Orplana Informa 0711

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Orplana Informa 0711
SEDE/ESCRITÓRIO TÉCNICO: Av. Dona Maria Elisa, 283 – CEP 13405 -125 Piracicaba/SP - Fone (019) 3423-3690
E-mail: [email protected]
SITE: www.orplana.com.br
N° 07 - 21 de fevereiro de 2011
PREÇO DO AÇÚCAR CAI E PREÇOS DO ETANOL ANIDRO E HIDRATADO
MANTÉM ALTA
POSIÇÃO: Semana de 14 a 18/02/2011
1. Preços médios do açúcar e do etanol levantados pela ESALQ/CEPEA
SEMANA
VARIAÇÃO
07 a 11/02/11
14
a
18/02/11
R$
%
PRODUTO
R$/kg
ATR
R$
ABMI – R$/saco
EAC – R$/m3
EHC – R$/m3
EHI – R$/m3
Dólar – R$
75,85
1270,90
1145,40
1161,10
1,6692
R$/kg
ATR
R$
0,7062
0,4471
0,4206
0,4263
75,03
1310,80
1189,90
1188,80
1,6677
0,6986
0,4612
0,4369
0,4365
2. Preço líquido do açúcar ao produtor
07 a 11/02/11
14 a 18/02/11
PRODUTO
ABMI
R$/t
1245,56
R$/saco
62,28
R$/t
1232,19
R$/saco
61,61
-0,81
39,90
44,50
27,70
-0,0015
VARIAÇÃO
R$/saco
-0,67
R$/t
-13,37
-1,07
3,14
3,89
2,39
-0,09
%
-1,07
O preço do açúcar apresenta no mês de Fevereiro uma queda de 2,5% (R$
32,02/t) e na safra apresenta uma alta de 11,7% (R$ 128,78/t ou R$ 6,44/saco).
Figura 1. Comportamento dos preços do açúcar de mercado interno
(ABMI) e externo, (ABME e AVHP) nos meses de abril de 2010 a Janeiro de
2011 e os projetados para o mês de Fevereiro (3ª semana)- SAFRA 2010/2011
80
TIPOS DE AÇÚCAR
70
R$ POR SACO DE AÇÚCAR
60
50
40
30
A
B
R
I
L
M
A
I
O
J
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O
J
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A
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R
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B
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O
20
10
ABMI
N
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V
E
M
B
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D
E
Z
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B
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AVHP
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B
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A
G
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T
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B
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B
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F
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E
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E
I
R
O
ABME
1
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3. Preços líquidos do etanol anidro carburante (EAC), do etanol hidratado
carburante (EHC) e industrial (EHI), ao produtor
A Tabela apresentada abaixo mostra a variação dos preços líquidos do etanol na 3ª
semana do mês de Fevereiro - Safra 2010/2011.
VARIAÇÃO
No Mês
Na Safra
EAC
EHC
%
6,9
54,6
5,6
48,1
EHI
5,2
54,2
Figura 2. Comparação entre os preços do Açúcar de Mercado Interno
(ABMI), expresso em preço do etanol anidro, e os do Etanol de todos os
tipos, nos meses de abril de 2010 a Janeiro de 2011 e os projetados para o
mês de Fevereiro (3ª semana) - SAFRA 2010/2011
2100
1900
R$/m3 de anidro
1700
1500
1300
1100
900
700
500
ABMI
EAC
EHC
EAI
EHI
EAE
EHE
4. Mercado Futuro
No mercado externo (mercado futuro), os preços da Bolsa de Nova York
(demerara) e os preços da Bolsa de Londres (refinado), fecharam a semana de 14
a 18/02/11 em queda; a cotação do dólar fechou a semana também em queda e
o Indicador de Preço do Etanol Hidratado Paulínia (SP) – ESALQ/BVMF fechou a
semana em queda, em relação à semana anterior (07/02 a 11/02/11). O açúcar
de mercado interno continua sem cotação na BM&F.
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ATIVIDADES DA SEMANA

Dia 17 – XI Encontro Anual da ORPLANA, reuniu cerca de 300 produtores, técnicos
do setor sucroenergético, diretores de Associações da Região Centro-Sul, imprensa e
pesquisadores. O evento ocorreu no recinto da Feicana/Feibio, em Araçatuba - SP.
NOTÍCIAS DA SEMANA
Precisa-se: Sessenta bilhões de dólares em seis anos
14/02/11 - O mercado de açúcar fechou em baixa pela segunda semana seguida.
O vencimento março, cujas opções vencem na próxima sexta e pode trazer
surpresas, caiu 30 dólares por tonelada, fechando a 31,30 centavos de dólar por
libra-peso. Os demais vencimentos tiveram quedas entre 8 e 23 dólares por
tonelada com maior pressão nos meses de inicio de safra (maio e julho de 2011 e
2012). Com esse fechamento, o açúcar é a única commodity agrícola que tem
desempenho negativo em 2011, com queda de 1,2% (o algodão é a melhor com
31,2%).
Há duas semanas comentamos sobre os bons ventos que sopram no setor no médio
e longo prazo. Recente estudo elaborado pela Archer Consulting apontava a
estimativa de uma frota brasileira de veículos perto de 51 milhões de unidades no
final de 2018. Desses, 68% serão flex. 59 bilhões de litros de etanol serão
consumidos pela somatória dessa frota devoradora de energia mais a exportação
residual e um consumo de álcoois outros fins. Além disso, imaginando que o
consumo de açúcar no mercado interno crescerá vegetativamente (estimativa de
pouco mais de 13 milhões de toneladas) e o mercado internacional continua sua
dependência do açúcar brasileiro, leva-nos a uma necessidade de cana de
extraordinários 1,046 bilhões de toneladas. Para alcançar essa proeza, o setor
precisa de investimentos da ordem de 50 a 60 bilhões de dólares nos próximos 6
anos. Conseguirá?
O mercado físico continua largado. Açúcar para embarque junho FOB Santos é
oferecido a 35-40 pontos de desconto sem comprador.
Finalmente a luz: o prestigioso jornal Financial Times trouxe matéria na última terça
citando a dura carta que o Comitê Mundial do Açúcar, um grupo consultivo que
reúne os grandes negociadores de açúcar, fundos de hedge, produtores e
refinarias, enviou para a bolsa de NY criticando a presença dos "parasitas" fundos
HFT (High Frequency Traders) "que servem somente para enriquecer a si mesmos à
custa dos tradicionais usuários do mercado".
Não há dúvidas que os fundos trazem liquidez ao mercado tirando dos ombros dos
produtores, operadores, consumidores e refinarias, os riscos que esses não querem,
não podem ou não devem tomar. No entanto, a falta de comprometimento desses
negociadores faz com que a mentalidade de cassino seja instaurada na bolsa,
alijando do dia-a-dia aqueles que usam o mercado como importante instrumento
para a gestão de seus riscos. Ninguém está achando que a alta dos preços tem a
ver com a presença desses especuladores. A alta é função do quadro
fundamentalista. Mas, esses operadores quantitativos (algorithmic traders) trazem
excessiva volatilidade ao mercado. Ou seja, não se discute a direção (calcada pelos
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fundamentos), mas a oscilação (que provoca volatilidade). Como não prescindir
deles sem prejudicar a liquidez do mercado?
O Comitê pede que a bolsa reintroduza um sistema informatizado, já utilizado
anteriormente, que consiste em combinar as ordens de compra e venda (cotação
implícita), diminuindo assim os espasmos de preços. Quando a bolsa desligou esse
sistema em março de 2009 o volume de negócios cresceu (a média diária de
negócios passou de 82.464 lotes de setembro/2008 até fevereiro de 2009 para
121.980 de março/2009 até agosto/2009, portanto quase 48% a mais), e os tais
operadores começaram a participar do mercado, especialmente nos spreads,
arbitrando contra as pontas individuais do spread e ganhando na velocidade. A
reintrodução do sistema, com as cotações implícitas, diminui as oportunidades de
arbitragem. Os HFT terão - a partir de 1º de março quando o sistema será
"religado" - que se adaptar a nova realidade. Segundo um executivo do mercado,
"quem tiver modelo bom vai continuar ganhando dinheiro. Quem ganhava na
velocidade apenas vai sair do mercado e isso poderá impactar no volume da bolsa a
partir de primeiro de março".
Alguns operadores teriam também sugerido à bolsa de NY que fosse estabelecido
um limite diário de variação de preços como meio de estancar a volatilidade.
Discordo de limites. Limitar a variação do mercado torna difícil a visibilidade de
preços e ainda mais cruel a vida do gestor que não sabe a extensão do seu risco
mascarado por um fechamento limitado artificialmente. A volatilidade recuou um
pouco e pode ser que recue ainda mais. Ótima oportunidade para quem quer
embolsar prêmios polpudos.
No Fundo Fictício da Archer Consulting, tivemos que vender 200 lotes no
vencimento maio a 29,10. Fechamos a semana, vendidos no delta em 47 lotes e,
graças a deterioração do tempo ganhamos US$ 491,989.18 na semana, elevando
nosso portfolio para US$ 2.971.361,18 com um rendimento líquido anualizado de
92,19% ao longo desses 771 dias. Nossos próximos níveis de ajuste são 27,90 e
30,20 no maio, vendendo e comprando 200 lotes, respectivamente.
Inflação de alimentos: quem tem culpa?
11/02/11 - O mundo debate a alta dos preços dos alimentos. E já começaram a
surgir posições terroristas sobre a questão.
O fundador do World Watch Institute, Lester Brown, por exemplo, disse
recentemente que se as safras de grãos não forem boas no futuro próximo,
"veremos novos aumentos que levarão o mundo ao território não mapeado da
relação entre preço de alimentos e estabilidade política". E amplia o catastrofismo:
..."os preços dos alimentos subirão para níveis anteriormente impensáveis. Os
saques de alimentos se multiplicarão, agitação política se espalhará, e governos
cairão". E arremata, trágico: "O mundo está hoje a uma safra ruim do caos nos
mercados mundiais de grãos".
Trata-se, evidentemente, de um exagero muito grande. Claro que há um problema
real de inflação de alimentos, e já tratamos disso neste espaço mais de uma vez. E
as causas estão fora do Brasil. Elas se devem a fatos já evidenciados: a demanda
cresceu muito nos países emergentes, a oferta não acompanhou este crescimento,
os estoques mundiais caíram e os especuladores inflaram os preços ainda mais. O
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resto é secundário.
Mas começo a me preocupar com uma possibilidade: logo, logo vai aparecer algum
maluco dizendo que a culpa é da ganância dos agricultores. Ora, estes,
especialmente os brasileiros, não têm absolutamente nada a ver com isso. Aliás, é
exatamente o contrário, como se pode verificar pelos últimos sucessivos aumentos
de produção. Nesta safra mesmo, cuja colheita está se iniciando, talvez
estabeleçamos novo recorde, chegando a 153 milhões de toneladas! Como os
preços subiram no mundo todo, e sendo a economia globalizada, os nossos
produtores também recebem o impacto positivo disso, mas eles não são os
causadores do aumento de preços. Na verdade, os nossos acabam recebendo bem
menos que os produtores de fora, que recebem em dólares: o real valorizado tira
parte desses ganhos.
Pode-se dizer que a carne bovina subiu demais, e é verdade. Mas há também
razões fortes para isso. Nos últimos anos, os preços da carne estavam tão baixos
que os pecuaristas mandaram as fêmeas para o frigorífico. Com isso, o nascimento
de bezerros caíu e a oferta de carne diminuíu. Consequentemente, os preços
subiram bastante no ano passado, até por causa da demanda mundial ascendente
já referida. Além disso, a seca de 2010 no Centro Oeste e no Sudeste do país
reduziu drasticamente a produção de carne. Mesmo assim, o preço já caíu em
janeiro deste ano. Pouco, mas caíu.
Segundo a Scot Consultoria, o produtor de boi recebe mais ou menos R$ 6,83 por
quilo do traseiro (mais ou menos porque o boi é vendido por arroba, e há
diferenciação de preços entre traseiro-filé, contra-filé, picanha, maminha, alcatra,
coxão mole e duro, lagarto, aba; e o dianteiro - carne de segunda), o frigorífico
vende este mesmo quilo por R$ 10,39 e o varejo por R$ 20,34. É certo que todos
têm seus custos, mas é evidente que há desequilíbrio nas margens da cada elo da
cadeia, e isso precisa ser bem avaliado.
Mas, como resolver o problema global de inflação? A solução definitiva só virá com
safras abundantes, e isso depende basicamente de 3 fatores:
- clima: se chover bem, já no ano que vem se restabelecerá o equilíbrio, porque o
mundo todo vai aumentar o plantio com estes preços bons, produzindo muito mais,
e os preços cairão.
- políticas públicas adequadas e estimulantes por parte dos governos dos países
produtores.
- redução dos subsídios dos países ricos. É isso que o presidente Sarcozy da França
e do G20, deveria defender, em vez de suas propostas populistas. Se nos próximos
10 anos a UE só aumentará em 4% sua produção de alimentos (segundo a OCDE),
os europeus deveriam reduzir seu brutal protecionismo para fomentarem os países
tropicais a produzirem muito mais, o que não acontece hoje porque não podem
competir com os tesouros dos poderosos...
Roberto Rodrigues
Coordenador do Centro de Agronegócio da FGV, presidente do Conselho Superior de
Agronegócio da FIESP e professor de Economia Rural da UNESP/Jaboti
Nós fazemos grandes coisas, acreditem!
14/02/11 - Devemos conhecer e aprender com a história. Ao mesmo tempo em
que é preciso agir com foco, eficiência e competência no presente para assegurar o
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futuro que desejamos.
Você já ouviu falar do Roberto Landell de Moura ? Vamos relembrar; ele foi o Padre
brasileiro responsável por fazer em 1894, ou seja, 2 anos antes de Marconi, uma
experiência pioneira de radiodifusão.
Landel transmitiu a voz humana por 8 quilômetros em linha reta, da avenida
Paulista até o Alto de Santana na zona norte da cidade, enquanto o rádio inventado
por Marconi só transmitia sinais telegráficos.
Em 1900, o Padre Landell, repetiu o experimento, agora na presença de
personalidades, jornalistas e de um representante do governo britânico.
O evento teve uma grande repercussão, mas pasmem-se! Repercussão contrária.
Alguns religiosos ficaram indignados, dizendo que aquilo era "bruxaria".
E para piorar, passados alguns dias da apresentação, algumas pessoas entraram
em seu laboratório para quebrar todos os seus aparelhos e equipamentos.
Como Landell era Brasileiro, e sabemos que o Brasileiro não desiste nunca, em
1901, lá vai o Padre para os EUA, onde deixou a comunidade cientifica
entusiasmada com a sua invenção.
Empresários americanos ofereceram uma fortuna pelo invento. Mas Landell recusou
todas as propostas.
Como grande Patriota, ele acreditava que as suas invenções pertenciam ao Brasil.
Após muito tentar e inúmeras dificuldades, conseguiu patentear suas invenções
apenas em 1904. Já era tarde: Marconi havia patenteado em 1896.
Ao voltar ao Brasil, Landell ainda insistiu mais uma vez na esperança de tentar
convencer o governo Brasileiro a ajudá-lo e financiá-lo. Não conseguiu.
Acabou menosprezado, desiludido, sem apoio e pior, taxado de louco. Frustrado,
abandonou a ciência e voltou-se exclusivamente a vida religiosa. Foi vitima da
mentalidade: "Santo de casa não faz milagre."
Ozires Silva costuma contar uma história que ilustra bem esse sentimento: "Em
1994, fui surpreendido com minha eleição como membro da Real Academia Sueca
de Engenharia. Durante o formal jantar de posse, em Estocolmo, com a presença
do rei Carl XVI Gustaf, debatia com colegas suecos à mesa o motivo pelo qual o
Brasil ainda não tinha nenhum cidadão contemplado com o Prêmio Nobel,
certamente o mais conhecido e consagrado reconhecimento mundial. Países como
Argentina, Chile, Colômbia e Venezuela, para mencionar apenas a América do Sul,
tiveram cidadãos agraciados. Vencendo o constrangimento, um dos colegas suecos
comentou: Vocês, brasileiros, são destruidores de heróis. E acrescentou que
brasileiros indicados devem ter sido retirados das listas de candidatos, muito
possivelmente, por cartas e manifestações, duras e ácidas, produzidas por outros
brasileiros."
O Padre Landell, tinha tudo para escrever o seu nome e o do Brasil na história da
ciência.
Mas infelizmente, lutou sozinho. Precisamos resgatar o sentimento de solidariedade.
Onde o todo deve ser maior do que a soma das partes. Precisamos torcer um pelo
outro e substituir a mentalidade de adversários por parceiros.
Em todos os setores sabemos que existem pessoas que desejam brilhar sozinhas.
Essa mentalidade é de uma cultura da mediocridade. Vamos todos juntos consolidar
uma cultura de excelência.
Vejamos a situação do nosso etanol. O mundo todo reconhece suas qualidades
como um combustível eficiente e sustentável.
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Todos os líderes mundiais estão conscientes de sua importância. E o que acontece ?
Nada. Continuam a defender subsídios e políticas de proteção aos produtos de seus
países. Como vimos principalmente com os EUA.
Agora o inacreditável; aqui no Brasil ainda existem municípios que enxergam o
Etanol como adversário.
Tentam aprovar leis municipais com o objetivo de evitar novos investimentos do
setor. Estas leis, além de serem claramente inconstitucionais, ferem mortalmente o
direito de livre mercado. É apostar numa mentalidade protecionista e incoerente
com a liberdade de nossa economia.
A sociedade deve construir um relacionamento de respeito e de diálogo na busca de
um formato onde todas as culturas (agrícolas) e setores da economia possam
conviver e progredir. E para isso as Palavras chaves são; respeito, humildade e
competência.
No mercado altamente competitivo, existe uma máxima: "Não basta você ser bom,
tem que mostrar que é bom." E esse "mostrar" significa comprometer todos os
brasileiros, para que cada um de nós sejamos "embaixadores" do nosso etanol e
da nossa energia renovável.
Como diz, Rogério Cerqueira Leite, "Com apenas 8% dos 200 milhões de hectares
de pastagem, seria possível substituir por etanol 5% da gasolina consumida no
planeta."
Será que iremos entrar para história como o Padre ? Inovou, saiu na frente, foi
batalhador, mas perdeu o bonde da história.
É preciso mais união e conscientização de todos. Estamos tendo a oportunidade de
ajudar a escrever a história das energias renováveis.
Sejamos mais unidos e menos individualistas. E acreditem, nós fazemos grandes
coisas.
E ao optar pelo etanol e defendê-lo como a energia do século 21, todos nós
estaremos optando pelo Brasil e por um futuro melhor.
Aparecido Mostaço Administrador
Diretor de Gente e Gestão, Sócio-Diretor Energia Humana Consultoria
Brasil terá sua primeira usina de biomassa a partir da palha de cana
16/02/11 - Esta previsto para este ano, a primeira usina do país que gera eletricidade
regularmente a partir da queima da palha da cana-de-açúcar, material que geralmente é
abandonado na lavoura. A iniciativa faz parte de um programa de US$ 68,5 milhões, que
pretende implantar pelo menos mais duas unidades o até 2015 e disseminar informações
para fortalecer o setor.
O objetivo do projeto, que tem apoio do Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (PNUD), é viabilizar o uso da palha da cana como alternativa de geração
de energia elétrica em usinas de cana. Estima-se que pelo menos metade das 80 milhões
de toneladas do resíduo produzidas atualmente no Brasil pode ser direcionada à
eletricidade. Segundo o responsável pelo projeto e coordenador de pesquisas no Centro
de Tecnologia Canavieira (CTC), Suleiman José Hassuani, o volume é suficiente para
abastecer 13 milhões de residências.
Na colheita da cana, os colmos (caule) é que são processados para produção de açúcar e
álcool, e suas sobras viram bagaço. As folhas (verdes ou secas) e a ponta da planta, que
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formam a palha, ficam no campo. Parte do material é eliminada com fogo, o que gera
monóxido de carbono e fuligem. Como as queimadas têm sido proibidas, a tendência é
aumentar a quantidade de palha no solo.
O resíduo traz alguns benefícios agrícolas, ajuda a evitar erosão, provê nutrientes para o
solo e preserva sua umidade, mas tende a favorecer o desenvolvimento de pragas e o
apodrecimento da raiz. Um estudo feito pelo PNUD com o Ministério da Ciência e
Tecnologia (MCT) e o Fundo de Ambiente Global (GEF), divulgado em 2005, concluiu que
pelo menos metade do material poderia ser destinado a geração de energia, sem
comprometer os benefícios da ação da palha na terra. Com isso, o Brasil elevaria sua
produção de energia renovável.
- O objetivo é que sejam três, uma em 2011, outra em 2013 e a terceira em 2015. E vamos
elaborar um modelo de negócios e um estudo técnico para outras sete - diz Hassuani.
O programa vai desenvolver equipamentos para possibilitar o processamento da palha e
adaptará os dispositivos que hoje são usados para gerar energia por meio do bagaço de
cana.
- O processo não elimina nem substitui o bagaço. É complementar - destaca o responsável
pelo projeto.
A primeira a receber o sistema, ainda neste ano, será a usina Alta Mogiana, em São
Joaquim da Barra, na região de Ribeirão Preto (SP).
A outra frente do trabalho, que está recebendo aporte de US$ 7,8 milhões do GEF,
consiste na disseminação de conhecimento e tecnologia sobre o assunto. Serão feitos
estudos sobre aspectos técnicos, comerciais, regulatórios (necessidade de alterar a
legislação para incentivar o aproveitamento da palha) e ambientais (cálculo mais preciso
sobre o impacto na redução dos gases de efeito estufa).
- Vamos estudar o modelo de negócios, a gestão ambiental e definir os marcos para fazer
usinas desse tipo - complementa Hassuani.
Fonte: Pnud Brasil
ORPLANA destaca os equívocos do Código Florestal
O XI Encontro Anual da ORPLANA, ocorrido ontem (17/02), reuniu cerca de 300 produtores,
técnicos do setor sucroenergético, diretores de Associações da Região Centro-Sul, imprensa e
pesquisadores. O evento ocorreu no recinto da Feicana/Feibio, em Araçatuba - SP.
Na abertura, a vice-presidente da ORPLANA, Maria Christina Pacheco, representou o
presidente, Ismael Perina Junior. Christina fez um chamado à classe produtora para manter a
união em um momento crucial para o setor, que é a discussão sobre as mudanças do Código
Florestal. Caso não haja alterações, o "Código colocará a maioria dos produtores na
ilegalidade. Tudo o que nós queremos é continuar a produzir e com sustentabilidade. O
Encontro da Orplana é um marco, que demonstra a força do Estado de São Paulo, na defesa
por mudanças", ressaltou Christina.
O deputado federal Aldo Rebelo, que iria ministrar a palestra, foi convocado para outra reunião
que tratou da proposta de mudanças do Código Florestal. Ele escreveu uma mensagem aos
produtores, em que ressaltou o equívoco da atual legislação. "A agricultura se encontra
premida por uma lei anacrônica e um decreto que a suspende. O projeto que relatei enfrenta
essa realidade, oferece soluções, tira os produtores da ilegalidade e ainda mantém o Brasil
com a mais rígida legislação de proteção ambiental do mundo", afirmou Rebelo em texto
enviado à organização do evento. Ele conclui pedindo o apoio de São Paulo. "Há um
movimento crescente pela aprovação do projeto que se manifesta do Norte ao Sul do País.
Aqui estão vocês, plantadores de cana, reunidos em Araçatuba. Em Rondônia, o governador do
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Estado defende o projeto. No Rio Grande do Sul, trabalhadores rurais organizam um
movimento para acelerar a votação em Brasília. Recebo diariamente mensagens de apoio de
brasileiros do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Santa Catarina, Bahia, Rio de
Janeiro, Paraná, Maranhão, Pernambuco, Goiás, Espírito Santo. Mas o Brasil espera muito de
São Paulo. O novo Código Florestal precisa do apoio do Estado maior da Nação."
O Prof. Luís Carlos Moraes foi o palestrante, que tratou do Código. Ele foi requisitado, junto à
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, pela Câmara dos Deputados, para prestar assessoria
à Comissão Especial do Código Florestal. O advogado defende que a manutenção da
legislação atual traz perdas ao país, quando reduz a produção. "O problema não é de falta de
terra, mas de ajuste no território nacional. Onde está a maior produção, a maior geração de
riqueza é onde se quer a maior recomposição (florestal)." Para o especialista, seria necessário,
resolver o problema das áreas consolidadas sem pensar em passado histórico. "Pensar em
quais são as áreas consolidadas necessárias a não prejudicar o Brasil, o rumo certo que o
Brasil está tomando em imposto, renda, qualidade de vida. Isso desmistificaria todo o resto. A
Amazônia vai ser muito pouco tocada, porque 75% dela é pública.", concluiu.
A outra palestra do dia foi proferida por Antonio de Pádua Rodrigues - Diretor Técnico da Unica
(União da Indústria de Cana-de-Açúcar). Ele falou sobre a situação do fornecedor de cana com
a consolidação do setor. Na opinião de Pádua, não é possível dizer que os preços do açúcar se
manterão em altos patamares. Por isso, "é necessária uma remuneração sustentável do
etanol". Ele ressalta que será necessário rever custos, já que a falta de preço nos anos
anteriores fez com que não houvesse renovação na lavoura. "Estamos com o mesmo canavial,
mesma tecnologia, mas com 10 toneladas abaixo [em termos de produtividade por hectare"
(Assessoria de Comunicação, 18/2/11)
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