O Golf contra o câncer
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O Golf contra o câncer
Editorial Dez motivos para falar de golfe Ano 2 - nº 10 Esta revista é uma publicação independente da Correcta Editora Ltda e de público dirigido Diretora de Redação Kelly Lubiato - MTB 25933 [email protected] Diretor Executivo Francisco Pantoja [email protected] Diretor Financeiro Luciano Silva [email protected] Editor Zeca Rodriguez [email protected] Executiva de Negócios Sandra Daher dos Reis [email protected] Diagramação e Arte Paloma Bessa [email protected] Viviane Kohl [email protected] Tiragem: 15.000 exemplares Circulação: Nacional Periodicidade: Bimestral CORRECTA EDITORA LTDA Administração, Redação e Publicidade: CNPJ: 00689066/0001-30 Rua Loefgreen, 1291 - cj. 133 - V. Clementino Cep 04040-031 - São Paulo/SP Telefones (11) 5082-1472 / 5082-2158 Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva de seus autores, não representando, necessariamente, a opinião desta revista. Acesse nosso site www.newgolf.com.br Belas paisagens, higiene mental, companheirismo, desenvolvimento de raciocínio, competitividade, exercício do poder de decisão, ambientes agradáveis, cavalheirismo, reuniões entre velhos amigos e surgimento de novos amigos. Sem pensar muito, em uma rápida lembrança, essas foram as dez características do golfe que me vieram à mente. Mas claro que essa lista não pára por aqui. As razões que nos levaram a falar desse esporte tão apaixonante e que acabaram alavancando o lançamento da Revista New Golf também são incontáveis. Chegamos à nossa 10ª edição com a sensação que estamos nos consolidando, mas ao mesmo tempo em que ainda temos muito por fazer pelo mercado editorial do golfe brasileiro. Motivos para seguirmos em frente não faltam e argumentos que nos inspiram brotam a cada instante. Nesta edição especial apresentamos ao nosso leitor 88 páginas de muita informação, com entrevistas especiais, eventos marcantes, opiniões, humor e dicas do esporte. A reportagem de capa é sobre a 4ª edição do Aberto do Damha Golf Club, eleito recentemente como o melhor torneio amador do Brasil. Quem esteve no evento entendeu o porquê. A Febragolfe também é assunto da New Golf 10. Pelo terceiro ano consecutivo, a feira organizada pela Barrichello Sports movimentou o mercado do golfe, neste ano com inúmeras novidades aos visitantes. Destaque também para a entrevista com Adilson da Silva, que mora e joga na África do Sul há quase 20 anos. Ele conta a sua história desde quando era caddie em Santa Cruz do Sul (RS), até chegar à condição de principal golfista profissional do Brasil na atualidade. Claro que os diversos torneios pelo País e pelo mundo também ganharam espaço em nossas páginas, como o Mundial Amador da Argentina, a FedEx Cup, muitos eventos beneficentes, o Brasileiro de Duplas, o Aberto do Guarapiranga, entre outros. De nossa co-irmã de Portugal, vem uma matéria especial sobre a sueca Annika Sörenstam, uma das melhores golfistas de todos os tempos. Nossas colunas de preparação física, fisioterapia, Tacada Cidadã, Golfe Nota 10, além da opinião e do humor de Marco Antonio Rodrigues também ajudam a abrilhantar mais essa Revista New Golf. Ótima leitura e muitas razões para falar de golfe! Zeca Rodriguez 3 S umário 10 | Entrevista 18 | Febragolfe 2010 24 | Aberto do Damha 30 | Brasileiro de Duplas 38 | Invitational Golf Cup 42 | Torneio Casa da Paz Mundial Amador Franceses conquistam grande vitória e fazem a festa na Argentina. Entre as mulheres o domínio foi da Coreia do Sul pág 14 Torneios nacionais Aberto do Guarapiranga, Brasileiro de Duplas, Aberto do VistaVerde, Casa da Paz, Invitational Golf Cup, entre muitos outros pág 24 Lendas do golfe 50 | Por trás dos campos New Golf de Portugal traz reportagem sobre a sueca Annika Sörenstam, um dos maiores expoentes da história do golfe feminino 56 | TV New Golf 58 | FedEx Cup 62 | I Copa Embrase 66 | Preparação física 70 | Fisioterapia 72 | Técnica 76 | Equipamentos 82 | Buraco 19 4 pág 52 Apoio coluna do amador Facilitando encontros empresariais por Humberto Monte Neto * A cada mês surgem novas oportunidades para conhecer este esporte fantástico. Neste ano tenho participado de vários fóruns empresariais, reunindo funcionários e executivos de grandes empresas brasileiras. São reuniões com uma média de 500 empresas participantes, basicamente tendo como objetivo criar mecanismos de relacionamentos, proporcionando contatos duradouros na busca da efetiva realização de negócios. Os encontros, normalmente realizados em locais altamente descontraídos, em resorts com campo de golfe, praias, passeios, são formatados para que, durante alguns dias, todos possam interagir ao máximo em atividades de trabalho e esportivas. O golfe entra definitivamente no programa após as atividades de trabalho. Os modernos simuladores são montados para entretenimento dentro das estruturas dos resorts no final do dia. Inicia-se neste momento a oportunidade para que os participantes conheçam o esporte. Alguns executivos, curiosamente terão o primeiro contato com o golfe. Após algumas tacadas no simulador, surgem depoimentos diversos como: “pensei que fosse mais fácil”, “acho que é um bom exercício” ou “já estou suando”. Também têm aqueles que acertam na primeira e dizem: “vou começar a jogar”. A introdução do golfe nestes encontros é mais do que um entretenimento, pois na prática deste esporte, você joga contra você e contra os desafios do campo. Entra em jogo também a estratégia, o equilíbrio, a honestidade, a ética, a perseverança, o poder de tomada de decisão e muitas outras atitudes. Os fóruns são montados com palestras, reuniões, finalizando com uma clínica de golfe para iniciantes. Instrutores profissionais preparam aulas práticas no drive range e torneios no putting green. Após essas atividades, são formados grupos de jogadores que entram pela primeira vez em um campo de golfe. Meus amigos, a paixão destes iniciantes é contagiante! O formato do jogo é bem simples e tem como objetivo mostrar como é fácil se iniciar no golfe. Os grupos são formados por um jogador com handicap, denominado “capitão”, e mais quatro ou cinco iniciantes. E como funciona este tipo de competição com iniciantes? Tive o privilégio de comandar uma das equipes. Todos davam as suas tacadas, aproveitávamos a melhor bola e quando entrávamos no green, somente os iniciantes que jogavam. Durante o percurso, passávamos informações sobre regras, etiqueta e curiosidades de uma partida. Quando terminávamos um buraco e conseguíamos nosso objetivo, a alegria se estampava no rosto de cada um. Tenho a plena convicção que a maioria dos executivos destas empresas continuará investindo neste esporte, pois enxergam soluções para a melhora na gestão da saúde, relacionamento, qualidade de vida, produtividade e satisfação no desempenho de seu trabalho. Parabéns a todas as instituições que realizam fóruns empresariais, pois é assim que estimularemos o desenvolvimento e o crescimento deste esporte em nosso País. Até breve! Espero vocês nos próximos eventos pelo Brasil. * Humberto Monte Neto Executivo de Marketing Golfista - Hcap Index 16,7 e-mail: [email protected] 8 entrevista Adilson: um gaúcho de Durban Ele chega aos 39 anos de idade tendo vivido metade sonhando em Santa Cruz do Sul, no Brasil, e a outra metade correndo atrás do sonho na África. O instrumento responsável por dividir esses dois períodos foi o golfe e os contornos que moldaram essa história de resiliência são caprichosos, mas muito inspiradores Por Zeca Rodriguez Fotos: Luke Walker / Divulgação 10 L á para meados da década de 80, um jovem gaúcho chamado Adilson descobriu um meio de juntar um dinheirinho carregando bolsa de tacos para os jogadores de golfe. Aquele esporte, até então bem distante de sua realidade, começou a atraí-lo de forma diferente. Ele decidiu até arriscar os primeiros swings, ainda desajeitados, até porque uns eram feitos com galhos de árvores, outros com pedaços de madeira imitando tacos, mas a verdade é que aos poucos o golfe estava tomando conta de sua vida. Passou a bater sua bolinha e seguia trabalhando como caddie para vários jogadores, entre eles, eis que aparece um senhor africano, empresário do ramo do tabaco, que vinha com frequência comprar mercadoria em Santa Cruz do Sul, um dos maiores pólos da indústria do fumo do Brasil. Criou-se uma relação de amizade entre os dois até que um belo dia surge a proposta para Adilson largar tudo, viajar para o Zimbábue e começar a jogar golfe. Mesmo com extremas dificuldades com a língua e levando uma habilidade no esporte cultivada praticamente apenas por ser autodidata, a resposta foi sim. E é por lá que ele está até hoje, atualmente como golfista brasileiro de melhor ranking no mundo, ocupando a 487ª posição. Nesta entrevista concedida diretamente de Durban à New Golf, Adilson da Silva conta sua história, que deixa como grande mensagem a coragem de arriscar sendo compensada com o sucesso. Conte como e onde você começou a se envolver com o golfe? Meu irmão tinha descoberto um lugar em que se praticava esse estranho jogo que não era o futebol. Ele costumava ir para lá depois da escola para carregar umas bolsas com alguns tacos dentro. Com isso ele fazia um dinheirinho bom, então quando eu tinha 14 anos comecei a ir lá também. Quando vi o pessoal jogando, achei o esporte muito interessante. Depois de algum tempo, comecei a tentar alguns swings e adorei. Naqueles tempos, infelizmente não tinha como conseguir nem mesmo um taco para jogar no campo. Costumávamos cortar um galho de árvore ou tentar fazer o taco com algum pedaço de madeira. Cheguei até a ter algumas aulas no próprio clube, o Santa Cruz Country Club. E como surgiu a oportunidade de você sair do Brasil? Alguns anos depois, passei a trabalhar como caddie com frequência para um senhor do Zimbábue, Andy Edmondson, empresário do ramo do tabaco, que sempre ia para Santa Cruz do Sul para comprar fumo e jogava golfe por lá. Depois de algumas temporadas, o Andy me deu um emprego como office boy na sua empresa. Ficamos muito amigos e no ano seguinte ele me perguntou se eu gostaria de largar tudo no Brasil e tentar só jogar golfe no Zimbábue. Topei na hora. Era uma chance incrível. Meus pais me perguntaram se era isso mesmo que eu queria, mas sempre me apoiaram em tudo. No ano seguinte, em 1990, parti para a África. E como foram os primeiros anos por lá? Meu inglês não era bom e o Andy viajava muito, então os dois primeiros anos foram muito difíceis, mas eu estudava todos os dias em casa e ia decorando 11 Me tornei profissional em 1994 e jogo no Sunshine Tour desde 1995. Nos últimos anos joguei na categoria 14 no European Tour. Eles subdividem o circuito em diversos níveis para determinar os torneios que cada golfista poderá jogar. Mas é difícil viajar para as competições, muito também porque eles não avisam com uma boa antecedência, o que dificulta a programação. Quais foram seus grandes momentos atuando no circuito sul-africano e nos torneios pelo mundo? nomes de objetos para começar a criar as primeiras frases. Foi um pesadelo. Depois passei a ter aulas de golfe com o Tim Price, irmão de Nick Price, em Harare. Foi muito difícil no começo, principalmente por causa da língua. Não conseguia entender muito bem o que ele me explicava e isso foi piorando o meu jogo. Antes de chegar lá, já estava jogando handicap 2, mas depois caí muito de produção. O pior é que não podia nem explicar o meu problema para ninguém porque não sabia inglês. Com o passar do tempo, fui me adaptando aos poucos e as coisas foram melhorando. Quais foram seus primeiros torneios? Foram alguns ainda na categoria junior em Harare. Fui bem, mas o melhor foi que tive a oportunidade de conhecer muitos outros jogadores mais ou menos da minha faixa etária. Comecei a jogar com mais frequência e isso foi bom também para melhorar a minha comunicação e a familiarização com a língua. Desde quando joga no Sunshine Tour? Já jogou em outros circuitos? 12 Nos últimos quatro anos consegui vitórias importantes, entre elas o Zambia Open, SAA Invitational Prince’s Grant Golf Estate, Origins of Golf, Suncoast Classic, Nashua Wild Coast e Leopard Rock Classic. Também tive alguns segundos lugares, tendo perdido alguns títulos em playoffs. Na última oportunidade, foi contra Louis Oosthuizen, atual campeão do The Open Championship. Consegui ainda diversas colocações entre os dez primeiros e o recorde de passagens de corte no Sunshine Tour, com 42 torneios consecutivos. Joguei duas vezes no British Open, participei do Torneio do Nelson Mandela e do Gary Player e também do Invitational do Ernie Els, todos só por convite, então esses foram momentos muitos especiais para mim. Como é hoje a sua vida por aí? Felizmente tive muita sorte. Tenho uma vida ótima aqui na África do Sul. Atualmente moramos dentro de um campo de golfe, no Umhlali Golf Estate & Country Club. Sou casado com Althea. Ela é da Inglaterra e tem um restaurante aqui, mas me ajuda bastante com organização e outros planos que tenho que fazer para viajar para torneios, entre outras programações. Ainda não temos filhos. Talvez tenhamos um pouco mais para frente. Fale um pouco de sua rotina. Como é seu dia-a-dia? Treino aqui mesmo, no campo que moramos. Caminho pela manhã para o local das práticas e treino por quatro horas. Depois do almoço volto para lá e treino mais duas ou três horas. No final da tarde faço musculação na minha casa por uma hora e meia. Apesar de tanto tempo fora, você ainda consegue guardar uma identificação com seu País? Como é sua relação com o Brasil hoje? Sempre que posso, falo por telefone com meus pais. Gosto muito de saber tudo o que está se passando por aí. Gostaria de poder visitar minha família mais vezes, mas infelizmente não é tão simples. Amo o Brasil, sinto muita falta daí e de todas as pessoas que deixei. Os brasileiros são muito mais carinhosos e alegres. Você sente que mais golfistas fazendo sucesso fora do País seja o caminho para o golfe brasileiro crescer e ser mais reconhecido? Sem dúvida. Gostaria de ver cada vez mais golfistas brasileiros no exterior. Definitivamente isso iria ajudar muito o desenvolvimento do esporte. Também faço um pedido para que a PGA do Brasil me comunique mais sobre as coisas do golfe por aí porque acabo ficando por fora do que se passa. Preciso saber dos torneios que acontecem. Talvez eu pudesse jogar alguns. Gostaria muito de representar o Brasil a qualquer momento. Acho que já acumulei muita experiência no esporte por aqui e poderia colocar isso a serviço do golfe brasileiro, mas queria que eu fosse mais inteirado a respeito. O que você achou do retorno do golfe aos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, em 2016? Foi uma notícia incrível e me sinto muito orgulhoso. Ótimo para o Brasil, além da Copa do Mundo em 2014 também. Sempre digo a todos por aqui o quanto o Brasil é lindo, festivo e receptivo. A maioria dessas pessoas já está fazendo planos para ver esses eventos de perto. Para o golfe brasileiro vai significar uma grande chance de evolução. Perfil Nome: Adilson José da Silva Data de nascimento: 24 / 01 / 1972 Onde nasceu: Santa Cruz do Sul - RS / Brasil Onde vive: Durban / África do Sul Signo: Aquário Ídolos: Minha mãe Filme: Coração Valente Livro: Mind Power - A força da mente Comida: Churrasco Ator: Mel Gibson Atriz: Cameron Diaz Hoje você seria um dos candidatos a representar o Brasil no Rio. Você pensa nisso? É um de seus objetivos? Teria um orgulho enorme em poder representar o Brasil na Olimpíada. Creio que seja uma das coisas mais emocionantes e marcantes na carreira de qualquer atleta poder defender as cores de seu País. Espero muito poder estar no time até lá. Com certeza seria uma das melhores lembranças da minha vida. Suas melhores qualidades: Paciência, honestidade Estilo musical: Todos dos anos 80 e 90 Banda / cantor (a): Elton John Hobby: Pescar Perfume: Alfred Dunhill Viagem inesquecível: Lua de mel em Florianópolis Lugar que gostaria de conhecer: Estados Unidos Sonho: Continuar sendo feliz 13 torneios internacionais Johann Lopez-Lazaro, Alexander Levy e Romain Wattel (FRA) Festa de franceses e Mundial Amador coreanas na Argentina Jong-IL Kim, Hyun-Soo Kim, Jung-Eun Han e Ji-Hee Kim 14 Vitória expressiva da França em competição masculina reduzida por causa do mau tempo marca o Campeonato Mundial Amador, que teve ainda o show da Coreia do Sul na disputa feminina. Dois clubes nos arredores de Buenos Aires foram os palcos do evento Por Zeca Rodriguez Fotos: USGA - John Mummert / Divulgação D urante as duas últimas semanas de outubro, os melhores golfistas amadores do mundo desfilaram no Buenos Aires Golf Club e Olivos Golf Club, clubes localizados nas imediações da capital argentina. O Campeonato Mundial Amador 2010 consagrou franceses e coreanas, que conquistaram os títulos com propriedade, liderando as disputas do começo ao fim. Chamada de Eisenhower Trophy, a competição masculina foi realizada no segundo final de semana, de 28 a 31 de outubro, mas teve sua disputa reduzida para 54 buracos em função do mau tempo que atingiu a re- ❙❙ O dinamarquês Joachim Hansen gião de Buenos Aires durante os quatro dias. Com os atrasos de sexta-feira, a segunda rodada só pôde ser concluída no sábado. Com isso, os 17 primeiros países na classificação parcial só começaram a terceira e última rodada no domingo. Com o time formado por Johann Lopez-Lazaro, Alexander Levy e Romain Wattel, a França conquistou o título colocando quatro tacadas à frente da vice-campeã Dinamarca, representada por Joachim Hansen, primeiro colocado no individual com 209 tacadas, além de Lucas Justra Bjerregaard e Morten Oerum Madsen. Apesar das tacadas de vantagem na classificação final e da liderança de ponta a ponta, os franceses tiveram bastante trabalho com a equipe da Dinamarca, que vendeu o título muito caro. Ao final da segunda rodada, a diferença era só de uma tacada e a disputa esteve acirrada até o buraco 17 do último dia. Os franceses fecharam as três rodadas com 423 tacadas, contra 427 dos dinamarqueses e 428 dos norte-americanos, que chegaram como favoritos, mas ficaram com o terceiro lugar na classificação final. Radiante após a conquista, o campeão amador francês de 2009, Alexander Levy, comemorou muito. “É inacreditável, fantástico, um momento único”, vibrou o golfista, que jogou 68, ❙❙ Alexander Levy foi o destaque da França 72 e 72 e foi o único da equipe a ter seu resultado contabilizado nos três dias de disputa, fechando como melhor da equipe, com 212 tacadas, em segundo lugar individual, uma posição à frente de Romain Wattel, que ficou com 213 tacadas e ajudou sua equipe a chegar ao título. “É sensacional para nosso país, para nossa Federação e para todos os golfistas franceses. Foi uma grande semana”, comentou Wattel. 15 ❙❙ Jung-Eun Han: campeã por equipes e primeira no individual A força asiática Foi uma vitória incontestável. O time coreano formado por Jung-Eun Han, Ji-Hee Kim e Hyun-Soo Kim não só conquistou o título do Espirito Santo Trophy, como também bateu o recorde de tacadas abaixo do par do Campeonato Mundial Amador. Para não deixar dúvida, elas também ocuparam as três primeiras colocações na classificação individual. A competição ❙❙ Jessica Korda, dos Estados Unidos 16 feminina abriu a programação na primeira semana do evento, de 20 a 23 de outubro, no Buenos Aires Golf Club e no Olivos Golf Club, na Argentina. A Coreia do Sul terminou os quatro dias com 546 tacadas, superando com sobras a marca de 558 anotada pelos Estados Unidos em 1998, que era a mais baixa até 2010. Com o resultado, as asiáticas fecharam com simplesmente 30 tacadas abaixo do par, ficando 17 à frente das vicecampeãs norte-americanas, que somaram 563. Foi o segundo título da Coreia do Sul na história da competição. Antes, o país só havia vencido em 1996, nas Filipinas. “Tentava não olhar para o placar. Só me dei conta da vitória no último buraco”, comentou Hyun-Soo Kim. Jogando 72, 65, 68 e 70, Jung-Eun Han teve o melhor desempenho no individual fechando com 275 tacadas. “Os coreanos que vivem aqui nos apoiaram bastante. Senti pressão porque queria muito ganhar esse título com a minha equipe”, disse Han, de apenas 17 anos. Jessica Korda, Cydney Clanton e Danielle Kang formaram o time dos Estados Unidos que terminou na segunda posição, conquistando a 19ª medalha do País em Mundiais. Empatadas em terceiro lugar com 572 tacadas ficaram França, África do Sul e Suécia. A disputa feminina teve o recorde de equipes participantes, com 53 países, batendo a marca de 48 times dos Mundiais de Porto Rico, em 2004, e da Austrália, em 2008. Organizado pela Federação Internacional de Golfe, o Mundial Amador é uma competição que acontece de dois em dois anos, com sedes intercaladas em países de três regiões do mundo, divididas em Ásia-Pacífico, Américas e Europa-África. As próximas edições estão marcadas para a Turquia (2012) e Japão (2014). O Brasil em campo O time composto pelos paulistas Rafael Becker e Guilherme Oda e pelo paranaense Daniel Stapff encerrou a disputa masculina do Mundial Amador em- ❙❙ Rafael Becker mais participações na história da competição. A capitã do time foi Vicky Whyte, vice-presidente técnica da Confederação Brasileira de Golfe. A convite do R&A, ela também atuou como árbitra ao lado de John Byers e Nigel Wynn Jones, diretor de regras e técnico da CBG, respectivamente. O chefe da delegação brasileira foi Rachid Orra, presidente da Confederação. ❙❙ Patrícia Carvalho ❙❙ Patrícia Carvalho, Mariana de Biase, Vicky Whyte e Isadora Stapff patado com Chile e Bermuda na 37ª posição, com 455 tacadas no total, parciais de 155, 150 e 150 tacadas (soma dos dois melhores resultados da equipe em cada rodada). O melhor desempenho foi de Rafael Becker, que mostrou muita regularidade na última rodada, quando jogou uma acima do par, fechando o Campeonato com 14 acima, na 71ª posição individual. O capitão do time foi o paranaense Ivo Leão. Já no feminino, as jovens golfistas brasileiras encerraram suas participações deixando o País na 42ª colocação empatado com a Islândia. As paranaenses Isadora Stapff e Patrícia Carvalho e a carioca Mariana de Biase fecharam com 609 tacadas no total, parciais de 153, 154, 152 e 150. Com boas atuações nos dois últimos dias, o destaque do time foi Patrícia Carvalho, que somou 302 tacadas para ficar empata- da na 86ª colocação no geral individual. Com cinco Mundiais disputados, Patrícia e Mariana eram as golfistas em campo com ❙❙ Guilherme Oda, Rafael Becker, Daniel Stapff e Ivo Leão 17 eventos nacionais Golfe, negócios e entretenimento Febragolfe Unindo a presença das melhores marcas do golfe mundial a uma grande plataforma de entretenimento, a Febragolfe 2010 conseguiu atrair um público seleto ao Transamérica Expo Center e se firmou como um dos principais eventos do gênero na América Latina Por Zeca Rodriguez Fotos: Carolina Ribeiro / Fernando Bueno 18 O rganizada pela Barrichello Sports, do piloto e golfista Rubens Barrichello, a terceira edição da Feira Brasileira de Golfe foi muito além de um evento apenas para comércio de produtos e serviços voltados ao mercado do golfe. Claro que marcas consagradas do setor estavam por lá, expondo suas novidades para os muitos visitantes que compareceram ao Transamérica Expo Center, em São Paulo, de 17 a 19 de setembro, mas a Febragolfe 2010 apresentou inúmeras inovações em relação aos anos anteriores, como a parceria com o PokerStars, shows ao vivo, mudança no posicionamento do lounge e disposição dos estandes, entre outras. “Temos sempre tentado nos adaptar ao que o mercado pede. Colocamos o lounge no meio da feira e preparamos alguns estandes já prontos, para que empresas menores também ❙❙ Os vencedores do prêmio “Os melhores do golfe no Brasil” pudessem participar. Nosso objetivo é chamar mais expositores e que eles tenham uma experiência cada vez melhor conosco”, explicou Christian Bartz, que organiza o evento ao lado de Andreas Wilcken Júnior e Renata Barrichello. “Estamos muito felizes com o crescimento significativo da feira e com o volume impressionante que tivemos nesses dias. A visita de artistas, personalidades importantes e de grandes empresários também engrandeceu muito a festa, pois são amigos que adoram o esporte. Saímos bem contentes por termos atingido o objetivo de divulgar e apresentar o mundo do golfe”, completou Bartz. Outra novidade da feira foi o prêmio “Os melhores do golfe no Brasil”, uma pesquisa baseada na opinião de golfistas que tiveram a oportunidade de votar através do site do evento. Os eleitos foram premiados pelos organizadores no primeiro dia da Febragolfe. A São Bento Golfe ganhou como melhor loja, a Tour Edge como melhor marca de equipamentos, o Damha Golf Cub foi escolhido o melhor campo e organizador do melhor torneio amador, o FPG Golfcenter ganhou como melhor driving range, o Iberostar foi eleito o melhor resort, o São Fernando Golf Club foi escolhido o melhor green, enquanto Eliecer Antolinez, o Papito, foi o melhor professor. Com apresentações ao vivo ao final dos dois primeiros dias, a música também foi atração no evento. O destaque ficou para a programação de sábado, dia 18. Quem visitou a Febragolfe e decidiu esperar até a noite, pôde conferir um show especial do cantor John Kip, que tem a música Ajustable fazendo sucesso na novela Passione, da Rede Globo. O anfitrião Rubens Barrichello, que disputava o Campeonato Brasileiro de Duplas no mesmo final de semana, também marcou presença no dia para conferir a atração. Quem visitava o Transamérica Expo Center e nunca havia praticado golfe também pôde ter os primeiros contatos com a modalidade nos estandes da Federação Paulista, que disponibilizou instrutores que davam suas dicas para quem queria se iniciar no esporte. As crianças também tinham seu espaço garantido no Golfe Nota 10, projeto da própria FPG, coordenado por David Oka, um dos palestrantes da Febragolfe 2010. As palestras, aliás, foram outra atração da feira. Além de Oka, também falaram ao público presente no evento Africa Alarcón, Claudio Zezza, André ❙❙ O cantor John Kip foi a atração na noite de sábado (18) 19 Akkari, Mark Diedrich, entre outros. A Febragolfe 2010 teve o patrocínio da G5 Blindagens, Chevrolet, Titleist, PokerStars, Banco Itaú, DeLonghi e Arnold Palmer Design, e contou com grandes expositores, como Broa Golf Resort, Hotel Transamérica, E-Smart, Equipesca, Itaipava, Sucrégolf, Valentina Jóias, Bikeboard, Nutty Bavarian, PhysioPilates, São Bento Golf, D&D Pilates, Brasil Golf, Golfer, Nicklaus Design, Damha Golf Club, Golfe Nota 10, Tacada Cidadã, Instituto Barrichello Kanaan, Golf 19, New Golf, Pro Tee, Saint Philippe, Editora Globo, entre outros. O charme do pôquer Em meio aos estandes, simuladores, marcas mundialmente famosas, tacos, bolinhas ❙❙ e palestras, quem esteve na Febragolfe 2010 também se deparou com uma mesa oficial da PokerStars, o maior site gratuito de pôquer do mundo, com mais de 40 milhões de usuários. Através dessa parceria, os visitantes da feira tiveram a oportunidade de participar de torneios em um ambiente caracterizado, com todos os benefícios que o site oferece para quem joga online. “Fiz uma primeira visita à Febragolfe no ano passado e o evento me impressionou bastante. Começamos a identificar similaridades que existiam entre o pôquer e o golfe. Ambos são esportes que mexem muito com a mente. Acho que a iniciativa foi um sucesso”, comentou Celso Forster, diretor da empresa. Todos os prêmios dos torneios de pôquer organizados pela PokerStars tiveram 40% dos lucros revertidos para o Instituto Barrichello Kanaan, o IBK, e o projeto Tacada Cidadã. Os torneios da Pokerstars movimentaram a feira 20 ❙❙❙❙ André Akkari: integrante do time Pró da Pokerstars ❙❙ Marcos Pasquim, Elaine Barreto e Rodrigo Lombardi Visitas ilustres Fãs de golfe declarados, os atores Rodrigo Lombardi e Marcos Pasquim visitaram a Febragolfe 2010 no sábado, dia 18. Os dois passaram um bom tempo no Transamérica Expo Center conferindo os estandes, jogando pôquer, assistindo aos shows e brincando nos simuladores, como no ProTee Golf Simulator. Por uma jogada quase perfeita, Marcos Pasquim foi premiado pela equipe da New Golf com um taco. Ele também foi o destaque na super rodada de pôquer, quando venceu um dos torneios da PokerStars, que também contou com as presenças de André Akkari, integrante do time pró da PokerStars, Otávio Mesquita e Rubão Barrichello, pai de 22 Rubinho e de Renata. “Para nós é uma satisfação muito grande observar o sucesso da feira ao longo desses três anos, com um ❙❙ Rubão Barrichello e Otávio Mesquita número cada vez maior de expositores e com várias novidades e atrações para o público”, comentou Rubão. Bate-papo com Rubinho porte no Brasil. Saiba um pouco mais de sua história com o mundo do golfe. Como surgiu seu envolvimento com o golfe? Quando ele está no Brasil, é presença certa em algum torneio de golfe. Estando fora, também arranja um jeito de jogar. Contaminado pelo vírus do golfe há cerca de 10 anos, o piloto Rubens Barrichello é hoje um fã inveterado do esporte. Além de participar frequentemente de competições beneficentes, Rubinho tem na realização da Febragolfe, evento organizado pela Barrichello Sports desde 2008, a consolidação do sonho de contribuir de forma efetiva para o fomento do es- Acabei sendo incentivado pelo meu sogro, que já jogava. Desde a primeira vez que entrei no campo, gostei tanto que não parei mais. Me apaixonei por ser um esporte competitivo e porque nos proporciona o prazer de jogar entre amigos. Há semelhanças entre o mundo da velocidade e o do golfe? Os mínimos detalhes fazem a diferença no automobilismo e é assim também no golfe. A concentração tem de ser total. Durante o ano, você consegue achar tempo entre uma corrida e outra para jogar? Sim, jogo sempre pela manhã com meus amigos. Jogo fora também, principalmente quando estou nos Estados Unidos ou viajando para uma corrida longa, como em Cingapura. Comente sobre o aspecto solidário do golfe no Brasil e o trabalho do Instituto Barrichello Kanaan. Sempre procuro ajudar o máximo pelo lado social, pois o Brasil realmente precisa dessa causa. O IBK se fortalece nesse sentido de, através do esporte, proporcionar respeito, cidadania e valorização da família. Fale um pouco sobre o Rubinho golfista, suas principais qualidades e o que no seu jogo poderia melhorar? Acho que é uma modalidade que você se encaixa e então começa a aprimorar com a prática. Quero cada vez mais baixar o meu handicap, mas faço por prazer, por curtir o esporte, não é nenhuma pressão ou algo com o que me preocupe. Foto: Zeca Resendes O golfe tem crescido no Brasil, mas ainda está engatinhando. O que poderia ser feito para alavancar a modalidade por aqui? O golfe tem ganhado espaço e crescido bastante. Temos grandes e vários eventos de primeira linha. Fico muito feliz com toda essa evolução. Acho que a Olimpíada de 2016 aqui no Brasil fará o esporte crescer ainda mais. Preciso também dar os parabéns para a minha irmã, que organiza a Febragolfe, dando sua parcela de contribuição para o desenvolvimento do golfe no Brasil. 23 torneios nacionais A festa do golfe Aberto do Damha amador brasileiro Comemorando quatro anos de história com muita música, boa gastronomia e diversas atrações, mais uma vez o Aberto do Damha não decepcionou quem esperava um evento diferenciado e fez escola na arte de transformar um torneio em uma grande festa, movimentando o golfe nacional durante três dias em São Carlos Por Zeca Rodriguez Fotos: Zeca Resendes 24 Q uando já se espera um grande evento, a responsabilidade dos organizadores sempre aumenta. Com o sucesso das três primeiras edições e o prêmio de Melhor Torneio Amador do Brasil, conquistado durante a Febragolfe, criou-se uma enorme expectativa para a edição 2010, prova disso foi que as inscrições se esgotaram em menos de 24 horas. Foi nesse clima que aconteceu o IV Aberto do Damha Golf Club - Taça São Carlos de Golfe, de 28 a 30 de outubro, em São Carlos, no interior de São Paulo. Em campo, o paulista Ivan Tsukazan sagrou-se campeão da categoria scratch masculina. O mau tempo e a ameaça de raios interromperam o jogo por duas vezes, o que acabou causando o cancelamento da rodada final no sábado. Tsukazan somou 74 tacadas. Em segundo lugar ficou Marcos Negrini, do Damha, com 77. “Venho de bons resultados neste ano e novamente consegui jogar bem. Acredito que estava me sentindo bem para manter a liderança. Queria jogar esse segundo dia, mas também não posso reclamar”, brincou o jovem golfista, que só neste ano já venceu sua categoria em um torneio no Chile, tem um título no Clube de Campo, também foi campeão no Aberto no Santos São Vicente e soma outra conquista em Porto Alegre. Entre as mulheres, o destaque foi Ruriko Nakamura, que ven- ceu com 78 tacadas. Uma tacada atrás ficou a vice-campeã Lucia Guilger, com 79, seguida por Nice Terni, com 80 tacadas. A campeã ainda fez um hole in one no buraco 13, que lhe rendeu como prêmio uma passagem da Azul Linhas Aéreas para qualquer lugar do Brasil. Ninguém fez hole in one no buraco 6, o que daria um Space Fox 0 km, oferecimento da New Golf e da Volkswagen. Nas outras disputas, Heitor Andrade Porto venceu a categoria de handicap 0 a 8,5, enquanto entre os jogadores de 8,6 a 14, o campeão foi Abelardo Ruiz Filho. Fernando Penazzo venceu a categoria de handicap 14,1 a 19,4. Única categoria que conseguiu completar 36 buracos, a de handicap de 19,5 a 25,7, teve a vi- ❙❙ Ivan Tsukazan venceu a categoria scratch masculina 25 em 8º lugar na categoria de 8,6 a 14. “Estou muito feliz com o meu resultado, pois fazia cerca de um mês que eu não jogava”, comentou Rubinho. Muito além do jogo ❙❙ Ruriko Nakamura fez um hole in one no buraco 13 tória de Ubirajara Amorin Filho. Nice Terni sagrou-se campeã da categoria feminina de handicap até 16 e Yasmin Damha venceu a de 16,1 a 25,7. Outra atração foi a participação do piloto Rubens Barrichello, que jogou na primeira rodada na companhia de Álvaro Almeida, ex-presidente da Confederação Brasileira de Golfe, e de Carlos Gonzalez, presidente do Damha Golf Club. “Jogar golfe com os amigos é uma ótima maneira de relaxar e estar preparado para as corridas”, disse o piloto, que disputou o GP do Brasil de 26 F-1 no final de semana seguinte. Barrichello somou 74 net e ficou ❙❙ Rubinho e Álvaro Almeida No Aberto do Damha Golf Club, o jogo é só mais uma das atividades. Além de três dias de golfe de alto nível, com diversas categorias e cerca de 150 jogadores de todo o País, todos também aguardavam uma recepção de excelência, com uma grande festa, muita música, boa comida, boa bebida e outras tantas novidades. A missão não era fácil, mas novamente ninguém se decepcionou. Na parte musical, atrações como Bee Gees Cover, Serial Funkers, apresentação de samba e da banda Los Cornetas agitaram as noites. Os convidados também puderam degustar cafés preparados em máquinas da Saeco, bebidas da Itaipava, drinques com o energético TNT e charutos da Monte Pascoal, além de conhecer os equipamentos da D&D Pilates e fazer massagens na Drika Saad Spa. Os golfistas também puderam testar tacos da São Bento Golfe e da Bridgestone. cardo Rossi, um dos maiores golfistas que o Brasil já teve, e possui nível internacional. Em seus 70 hectares, abriga 18 buracos com quatro tees de saída e 7.100 jardas de extensão, além de um driving range de 350 jardas e um putting green de 2.000 metros quadrados, além do Damha Executive Course, um campo de par 3 de 9 buracos excelente para o treino de tacadas curtas. O IV Aberto Damha Golf Club - Taça São Carlos de Golfe teve o patrocínio do Banco Alfa, Prefeitura Municipal de São Carlos e do Grupo Encalso - Damha, copatrocínio da Claro, Proexport Colômbia e Azul Linhas Aéreas, ❙❙ Professor de Camilo Villegas, Rogelio González ministrou clínicas no evento Outra novidade foi a presença do colombiano Rogelio González, que ministrou clínicas de golfe durante os três dias de evento. González é professor do jogador do PGA Tour Camilo Villegas, ganhador de US$ 13 milhões na carreira. Neste ano, o Aberto Damha Golf Club também participou do movimento Outubro Rosa, que luta pela prevenção do câncer de mama. O laço rosa, que é símbolo do evento, estava estampado nas camisas e bonés do evento. pesquisa realizada durante a Febragolfe 2010. “Quem vem ao evento tem a certeza de que será bem recebido e que vai se divertir muito, tendo jogado bem ou mal. Gosto de dizer que quem convida, tem que dar banquete. Oferecer sempre o melhor faz parte da filosofia do Grupo Encalso Damha, fundado pelo Dr. Anwar Damha”, lembra Carlão Gonzalez, presidente do clube. O campo foi projetado por Ri- ❙❙ Grupo Well Brasil ❙❙ Bee Gees Cover foi a primeira atração musical do evento O segredo do sucesso Idealizado pelo empreendedor Anwar Damha, o Damha Golf Club é considerado um dos quatro melhores campos de golfe do País, sendo o único campo paulista aberto a visitantes a figurar nessa lista. Seguindo essa linha de excelência, o Aberto do Damha chega à sua quarta edição em 2010 como melhor torneio amador do Brasil, segundo 27 além de parceria com a Latina, Saeco e D&D Pilates. O evento possui apoio oficial da Confederação Brasileira de Golfe e da Federação Paulista de Golfe, além da participação de Itaipava, Club Med, Nascimento Turismo, Tapetes São Carlos, Toalhas São Carlos, Shopping Iguatemi São Carlos, charutos Monte Pascoal, Spa Drika Saad, São Bento Golfe, New Golf, St. Patrick’s Pub, Klub Relógios Especiais, 2Golf / Bridgestone Golf, Tulha Restaurante e TNT. O evento foi organizado pela Federação de Conventions & Visitors Bureaux do Estado de São Paulo e Equipe Damha Golf Club, com apoio da Eurogolf e 4Dot. “Para se ter uma ideia, já temos o projeto do Aberto de 2011. Então acho que todo 28 esse planejamento e profissionalismo com que levamos esse evento são os segredos para seu ❙❙ sucesso”, comenta Marcio Marques, o Juruna, diretor de marketing e eventos. Quem fizesse hole in one no buraco 6 ganharia um Space Fox 0km Felipe Almeida e Rodrigo Ribeiro Clybas Ferraz, Antonio Carlos Cruz Lima, André Egoroff e Antonio Padula Claudio e Beth Buny Rogelio González e Carlão Gonzalez Valdemir Dantas, Álvaro Almeida e Paulo Coli Mario Mucio Damha, Osvaldo Barba e Guilherme Camargo Maria Olimpia e Eduardo Maistro Fernando Penazzo e Jair Junqueira Cecília e Fernando Moura João Pedro, Luiza e Larissa Altmann torneios nacionais Campeões a 3º Campeonato Brasileiro de Duplas quatro mãos Após cinco anos, CBG reedita o torneio nacional de duplas. Paulistas e paranaenses ficaram com os títulos no campo do Terras de São José Golfe Clube, em Itu (SP) Por Zeca Rodriguez Fotos: Zeca Resendes 30 O Campeonato Brasileiro de Duplas foi disputado pela primeira vez em 2004. O evento aconteceu novamente no ano seguinte, mas desde então não figurava no calendário da Confederação Brasileira de Golfe. Neste ano, a entidade resolveu reeditar a competição que aponta as melhores duplas do País e a iniciativa foi um sucesso, com recorde de inscri- tos e muita movimentação no Terras de São José Golfe Clube, em Itu, no interior de São Paulo, de 17 a 19 de setembro. O torneio foi disputado em 36 buracos na modalidade Best Ball, valendo sempre a melhor tacada de cada integrante da dupla. No masculino, os paulistas Felipe Almeida e Marcelo Muritiba garantiram o título na categoria scratch. Juntos, eles somaram 139 tacadas, sete de vantagem em relação a Julio Cruz Lima e Renato Araujo e Silva, os vicecampeões. “Jogamos direitinho e mostramos bastante regularidade”, conta Almeida. “Este é o nosso primeiro título brasileiro. Esperamos defendê-lo no ano que vem”, projeta o jogador. “A dupla deu certo. Estávamos bem entrosados. Sempre que um errava o outro estava ali para ajudar”, lembra Muritiba, golfista do próprio clube anfitrião e que sempre se destaca atuando em casa. “Jo- ❙❙ Rubinho Barrichello ❙❙ Adriana de Oliveira e Luciana de Oliveira Fuchs, campeãs scratch femininas gar um torneio desses é muito gostoso e com um amigo como o Felipe é melhor ainda”, completa o campeão. Entre mulheres, a vitória ficou com dupla das irmãs paranaenses Adriana de Oliveira e Luciana de Oliveira Fuchs, que deram um total de 149 tacadas. Em segundo lugar ficaram Lucia Guilger e Rosa Fernandes, com 152. “Apesar do vento forte nos dois dias, conseguimos um bom resultado na primeira rodada e mantivemos no final”, destaca Adriana de Oliveira. Outra atração do final de semana foi a presença do piloto Rubens Barrichello, que jogou ao lado do empresário Álvaro Almeida, ex-presidente da CBG. Apesar de não levar o título, Rubinho protagonizou jogadas de alto nível, como sua tacada final, quando ele embocou de uma distância de mais de 10 metros. “Pilotar um carro de Fórmula 1 faz parte da minha rotina e jogar golfe com os amigos é um prazer”, afirma Barrichello. “Não tivemos um bom dia ontem, recuperamos bem hoje, mas infe- 31 ❙❙ Renato Araújo lizmente não levamos”. A dupla marcou 169 tacadas para ficar com a 17ª posição. Mais destaques Nas demais categorias, as duplas vencedoras foram Paulo Cabernite e Wagner de Angelis na categoria de handicap até 30, Wagner Ângelo Fagnani e Oswaldo Santi, handicap de 30,1 a 57,5, e Dalila Costa e Luciana Dias na disputa feminina para golfistas de handicap até 57,5. Lembrando que o valor do handicap é resultado da somatória dos dois integrantes do time. Após a cerimônia de premiação, houve ainda um sorteio de diversos prêmios oferecidos pelos patrocinadores. Com mais de 60 duplas inscritas, além do patrocínio da Bombril, a terceira edição da competição contou também com o apoio da Grau Gestão, Embrase Segurança e Serviços, Callaway, Con- 32 crebase, Espaço A Spa, Golf Company, TAM Viagens, Terras de São José Golfe Clube e Federação Paulista de Golfe. A realização foi da CBG e o torneio contou com recursos da Lei de Incentivo ao Esporte, do Ministério dos Esportes. “Com essa iniciativa, a Bombril vai gerar mais exposição ❙❙ Julio Cruz Lima Neto e visibilidade, além de rejuvenescer a marca. Estaremos em contato direto com um público seleto gerando experimentação e mostrando a preocupação e o engajamento em questões de sustentabilidade”, destaca Marcos Scaldelai, diretor de marketing da Bombril. torneios nacionais Título de 34º Aberto do Arujá Golf Club ponta a ponta Líder desde o primeiro dia, o profissional Ronaldo Francisco foi soberano em Arujá e conquistou mais um título para a sua galeria 34 Foto: Renato Rebizzi / arquivo V encedor do LG Vivo Championship no início do ano e atual líder do ranking profissional brasileiro, Ronaldo Francisco não deu chance aos seus adversários no Aberto do Arujá Golf Club, 34ª edição do tradicional torneio paulista, que aconteceu de 16 a 19 de setembro e que distribuiu 50 mil reais aos primeiros colocados. Pela vitória, o campeão levou 10 mil reais. Jogador do Quinta do Golfe, de São José do Rio Preto, interior de São Paulo, Ronaldo liderou desde o primeiro dia, quando jogou 69. Ele foi mantendo a ponta durante os quatro dias e confirmou o título no domingo, sem sustos, somando 281 tacadas, com cinco de vantagem para o vice-campeão, o gaúcho Rafael Barcellos, seu parceiro no Mundial de Duplas de 2009, na China. O terceiro lugar em Arujá ficou com Tiago Silva, do Japeri Golf Links, do Rio de ❙❙ Ronaldo Francisco Janeiro, com 289, oito atrás do campeão. Cerca de 130 amadores disputaram o Aberto do Arujá. Os campeões por categoria foram Everton Luiz da Silva, (scratch); Giovanni Trude, (handicap índex até 8,5); Silvio de Souza, (handicap 8,6 a 14,0); Luiz Sawasaki, (handicap 14,1 a 19,1) e Francisco Fujii no torneio de convidados. torneios nacionais O esporte socialmente 8º Festival Primavera de Golfe Fotos: Agência Rebizzi / Divulgação responsável Com participação de diversas empresas, a oitava edição do Festival Primavera de Golfe comemora 30 anos da ONG, que atende cerca de 500 meninas de Campinas (SP) ❙❙ O integrante da equipe campeã Luís Alberto Dias Formada por Luís Alberto Dias, Luiz Carlos Gantus, Márcio Oliva e Alexandre Martins, a equipe da empresa Adere fez a festa ao conquistar a Taça Responsabilidade Social, disputada durante o 8º Festival Primavera, no Clube de Golfe de Campinas, interior de São Paulo. O evento, que aconteceu no dia 18 de setembro, reuniu 20 equipes de 15 grandes empresas da região, além de 11 times do clube anfitrião, tudo em prol da continuidade das atividades do Grupo Primavera. Em segundo e terceiro lugares ficaram as equipes da Têxtil Tapecol e 3M do Brasil, respectivamente Foi também o início das comemorações dos 30 anos da 36 ONG, que atende por volta de 500 crianças e jovens do Jardim São Marcos, em Campinas. Cerca de 400 pessoas estiveram presentes no encontro, que uniu esporte e lazer em prol da ONG. Além do torneio, atividades como sorteio de rifas, tenda de maquiagem, shiatsu express, teatro de fantoches, recreação infantil, aulas de golfe para iniciantes, venda de artesanatos, almoço especial e apresentação de 26 meninas Primavera também descontraíram os participantes do evento. Ao longo de oito anos de história, o torneio adquiriu visibilidade também entre os sócios do clube, comprovando que o golfe é também uma fonte de lazer capaz de agregar empresas em prol de uma causa. “Nossa entidade sobrevive por meio de doações de pessoas físicas e jurídicas. E o festival mostrou-se uma excelente maneira de as empresas participarem da causa do Grupo Primavera, sendo solidárias e colocando seus jogadores em campo em prol da formação das meninas da comunidade”, diz John Sieh, diretor da ONG. Fundado no início da década de 80, o Grupo Primavera vem crescendo a cada ano. Hoje a entidade atende jovens entre 8 e 18 anos com o foco de formar “as mulheres do amanhã”, por meio de programas e projetos nas áreas de educação, cultura, bem-estar e profissionalismo. O empreendedorismo inovador é marca já reconhecida em toda a região. A entidade é a única a atuar com uma loja em um centro de compras - a Oficina Primavera, localizada no Galleria Shopping. Com uma gestão visionária, o Grupo mantém uma rede de relacionamentos com outras instituições, empresas, escolas e demais parceiros com o intuito de compartilhar recursos. ❙❙❙❙ Equipe Adere - Alexandre Martins, Luís Alberto Dias e Marcio Oliva torneios nacionais O golfe VII Invitational Golf Cup contra o câncer ❙❙ Tupanangyr Gomes e Chico Neves com Ronald McDonald Com mais de 100 jogadores em campo e 150 mil reais arrecadados, o VII Invitational Golf Cup - Instituto Ronald McDonald confirma sua condição de um dos maiores eventos do gênero na América Latina Por Zeca Rodriguez Fotos: João Pires / Cinara Piccolo 38 C otas de patrocinadores, doações, leilões, venda de mulligans e diversas outras ações geraram uma arrecadação de mais de 150 mil reais em prol do combate ao câncer infanto-juvenil no Invitational Golf Cup - Instituto Ronald McDonald, sétima edição do evento, que se firma a cada ano como um dos principais torneios de golfe beneficentes da América Latina. Neste ano, um dia de sol após uma semana chuvosa em São Paulo colaborou com a festa no Terras de São José Golfe Clube, em Itu, no interior do Estado, que recebeu mais de 100 jogadores, divididos em 27 equipes de até quatro participantes. James Cleary, Ian Pacey, John Pacey e Richard Pacey formaram o time campeão, com uma pontuação ❙❙ Equipe campeã: James Cleary, John Pacey, Richard Pacey e Ian Pacey de 50 tacadas, cinco a menos do que os segundos colocados na disputa, Roberto Dhellome, Tarcísio de Angelis, Wagner de Angelis e Luiz Andrade. Os jornalistas Paulo Grecca e Renata Maranhão foram os mestres de cerimônia da premiação. Idealizado pela MartinBrower, do presidente Tupanangyr Gomes, em parceria com o Instituto Ronald McDonald, e organizado por Fu Shibuya, da Score Golf Events, o torneio teve como objetivo promover o encontro de amigos que se interessam pelo golfe e incentivar a prática do esporte, além de captar recursos em prol do Instituto Ronald McDonald, que atua para aumentar os índices de cura do câncer infanto-juvenil em todo o País. Quem foi ao Terras de São José acompanhou um dos eventos mais movimentados do ano. Os golfistas puderam desfrutar do Buffet Cucina, do chefe Carlos Bertolazzi, receberam brindes, participaram de clínicas e de sorteios de diversos prêmios, acompanharam um show da cantora Paulah Gauss e viven- ciaram um dia de muito golfe e solidariedade. O torneio contou com os patrocínios de empresas socialmente responsáveis. Martin-Brower, McDonald’s, Seara/Marfrig, BMW e Oakley patrocinaram o evento, que contou ainda com o apoio da AON, Chubb do Brasil, Lockton Corretora de Seguros, Coca-Cola, Ferreira Rodrigues Advogados, Tegon/Elancers, Ticket, Truck Plus, Icatu, e Niju. Destaque solidário Um dos destaques do dia acabou sendo um membro da equipe vice-campeã, Tarcísio de Angelis, sócio da rede de restaurantes Andiamo e presença certa nos principais eventos de golfe do Brasil. Tatá, como é conhecido no meio, arrematou a camisa do Santos, seu clube de coração, por 6 mil reais no leilão benefi- ❙❙ André Conolly, Mauro Rosemberg, Fu Shibuya, Mario Golombek e Carlos Bertolazzi 39 cente. Em seguida começaram os sorteios. E foi aí que ele teve sua boa ação recompensada, primeiro ganhando um pacote de viagem para a Argentina, com passagens aéreas e hospedagem no Llao Llao Resort e no Alvear Palace, com green fee incluso; depois sendo premiado com um pacote de hospedagem no Iberostar Praia do Forte, eleito recentemente o melhor resort de golfe do Brasil, também com green fee incluso. Claro que esses prêmios não foram só tacadas de sorte. Tatá tinha mais chances porque já tinha dado provas de seu grande coração ao ser um dos jogadores que mais compraram rifas em outra ação promovida pela organização do evento para arrecadar fundos. Justiça seja feita. Ele merecia. A camisa do Corinthians foi arrematada por Robert Wang. As obras em sete anos de história O Invitational Golf Cup - Instituto Ronald McDonald já des- ❙❙ ❙❙ Renata Maranhão, Tarcísio de Angelis e Paulo Grecca tinou, desde 2004, mais de R$ 1 milhão para a causa do combate ao câncer infanto-juvenil no País. Em 2009, a arrecadação do torneio foi destinada à construção da Casa de Apoio da Associação Colorindo a Vida, em Belém do Pará. Os recursos obtidos na edição de 2008 foram destinados à construção da Unidade de Internação Onco-Hematológica Pediátrica do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais. A arrecadação de 2007 Os voluntários mirins Rafael Gomes, Guilherme e Henrique Bandeira viabilizou a construção do Centro de Diagnóstico Precoce Instituto Ronald McDonald do Centro Infantil Boldrini, em Campinas. A ampliação da Casa de Apoio Criança Feliz, da Fundação Antonio Jorge Dino, que dá suporte aos pacientes do Instituto Maranhense de Oncologia Aldenora Bello foi possível graças à arrecadação de 2006. No torneio de 2005, a verba foi dirigida à compra de veículos para a Casa de Apoio do Grupo de Apoio à Criança com Câncer (GACC) de Rio Claro, à reforma do setor de transplantes, à aquisição de materiais industriais para a Associação de Amigos da Criança com Câncer (AACC) de São José do Rio Preto e à reforma da área de transplantados da casa de apoio do Centro de Apoio à Criança com Câncer (CACC) de Santa Maria (RS). Em 2004, na primeira edição do torneio, os recursos foram destinados a diversos projetos em benefício de crianças e adolescentes com câncer realizados por instituições de todo o País. Mais informações: www.instituto-ronald.org.br 40 torneios nacionais Foto: Zeca Resendes Renato e Ruriko Aberto do VistaVerde vencem no interior U ma disputa apertada marcou a principal categoria masculina do Aberto do VistaVerde Golf Club, quarta edição do evento, que aconteceu no final de semana de 16 e 17 de outubro, em Araçariguama, no interior de São Paulo, e que valeu para o ranking paulista. Golfista de Itu, Renato Araújo brilhou vencendo o duelo contra o presidente da Federação Paulista de Golfe, Manuel Gama. Araújo somou 156 tacadas no total, ficando apenas uma à frente de seu adversário, que somou 157. Já entre as mulheres, Ruriko Nakamura teve uma vitória bem mais tranquila na categoria scratch. Líder do ranking nacional, ela garantiu a vitória com 149 tacadas, colocando 22 de vantagem sobre a vice-campeã, Stela Miyagi, que fechou com 171. Os jogadores que doaram 5 kg de arroz ou feijão ou um livro em bom estado de conservação no dia da final, tiveram direito a cupons adicionais para o sorteio de brindes, entre eles dois televisores LCD de 32 polegadas da AOC, que foi realizado durante a cerimônia de premiação. As doações foram destinadas ao Fundo Social de Araçariguama. Projetado pelo designer norte-americano Dan Blankenship, o VistaVerde Golf Club (VVGC) foi inaugurado em 2007 e é apontado como um dos melhores do País. O 4º Aberto do VistaVerde contou com o patrocínio da AOC, Furukawa, Duarte, Garcia, Caselli Guimarães e Terra Advo- gados e Sheraton São Paulo WTC Hotel. A organização do torneio foi da Golfe & Cia. Mais campeões Na categoria handicap até 8,5, o campeão foi Vincent Roland Maurice Bouvet, enquanto Ademir Mazon dominou a série entre os jogadores de 8,6 a 14,0. João Cesar Tomazeli terminou na frente entre os jogadores handicap de 14,1 a 19,4. Já entre os golfistas de handicap de 19,5 a 25,7, a primeira posição ficou com Leandro Augusto Metzner. No feminino, Marise Sawada levou o título na categoria handicap até 16,0 e Maria Helena Hashida venceu na divisão de 16,1 a 25,7. 41 torneios nacionais ❙❙ Cássio Motta, João Paulo Diniz, Antonio Esteves e Raul Fretes Integração em prol 10º Torneio Casa da Paz da solidariedade No 10º Torneio Casa da Paz, profissionais e amadores se uniram e fizeram um dos mais movimentados eventos do ano. Ao final, grande premiação para os jogadores e arrecadação recorde para a entidade Por Zeca Rodriguez Fotos: Rebizzi / Divulgação 42 O espírito de solidariedade e o palco da festa talvez tenham sido as duas únicas coisas que não se modificaram na edição que comemorou o décimo aniversário do Torneio Casa da Paz, que tem como principal objetivo arrecadar fundos para a instituição. Realizado nos dias 9 e 10 de setembro, o evento teve novamente o São Fernando Golf Club como sede, localizado em Cotia, na Grande São Paulo. De cara, a primeira grande novidade para este ano foi o jogo de profissionais, que distribuiu R$ 80 mil em prêmios, quantia que já se tornou a segunda maior do Brasil na temporada, só ficando atrás do LG Vivo Championship, disputado em janeiro. Ao todo, 40 jogadores profissionais participaram do torneio. Além dos melhores do Brasil, diversos destaques sul-americanos estiveram presentes, como os paraguaios Carlos Franco e Raul Fretes, o colombiano Eduardo Herrera, entre outros. “Sem dúvida todos esses profissionais também atraíram a participação de mais empresas e de mais jogadores amadores. Essa iniciativa foi um sucesso. Batemos todos os recordes neste ano”, comenta Antonio Esteves, presidente da Casa da Paz e organizador do evento ao ❙❙ Rafael Barcellos venceu o torneio entre os profissionais lado de Rodrigo Somlo, golfista e diretor da entidade. Aproveitando a presença dos profissionais e integração com os amadores, a organização não perdeu tempo e inovou na forma de se arrecadar mais recursos para a entidade beneficiada; foi o leilão dos profissionais, que aconteceu na noite de quinta-feira, dia 9, no Jockey Club de São Paulo. Os amadores que formavam as equipes ❙❙ São Fernando Golf Club 43 ❙❙ Leilão dos profissionais foi uma das novidades do evento que jogariam na sexta-feira “arrematavam” os melhores jogadores profissionais para fortalecer o time visando o torneio Pro-Am. “Para esse décimo ano queríamos fazer algo diferente, então pensamos em todas essas novidades. Só no leilão, arrecadamos o dobro do que imaginávamos que conseguiríamos”, completa Esteves. Outra atração do torneio foi o prêmio que a Volkswagen ofereceu para o autor de um possível hole in one no buraco 8. A jogada acabou não acontecendo, mas o jogador que a fizesse levaria para casa um Space Fox 0 Km. Em campo, Rafael Barcellos sagrou-se campeão da disputa entre os profissionais, que terminou na sexta-feira, dia 10. O gaúcho somou 135 tacadas no total e foi seguido pelo colombiano Eduardo Herrera, vice-campeão com 139. O terceiro colocado foi o paulista Fabiano dos Santos, com 140 tacadas. “É muito importante para ganharmos ritmo de jogo, já que no Brasil quase não há competições para profissionais. Também foi muito legal a integração com os amadores. Todos adoraram o formato do torneio”, 44 comentou o campeão. O título do torneio Pro-Am ficou com o time do paraguaio Raul Fretes e os amadores João Paulo Diniz, Cassio Motta e Luís Felipe Gontier, que somou 129 tacadas. Os vice-campeões foram Antonio Pereira, Leo Nakata, Jun Kinugawa e Maurício Akimira, com 130. Os profissionais dos grupos primeiros colocados do Pro-Am dividiram um prêmio de R$ 20 mil. O evento foi patrocinado pela BM&F Bovespa, Columbia Trading e apoiado por outras 40 empre- ❙❙ sas. No total, foram arrecadados mais de R$ 350 mil, valor que foi destinado à Casa da Paz. Criada em 1994, a entidade desenvolve um trabalho preventivo e de educação com mais de 160 crianças em situação de risco social. Sediada em Embu-Guaçu, a instituição atende jovens de 5 a 18 anos, oferecendo atividades de arte, esporte, informática, jardinagem, gastronomia, teatro, música, beleza, reciclagem, entre outras. Para mais informações, acesse: http://www.casadapaz.org.br Ninguém levou o Space Fox, prêmio para quem fizesse o hole in one tacada cidadã Pelo futuro do golfe e do planeta Por Rafael Jun Mabe* N o último mês de agosto o Programa Tacada Cidadã, proposto pelo Instituto Vem Ser Sustentável, completou dois anos de atividades. Tudo começou com uma pesquisa realizada com jovens que prestavam serviço como caddies no Clube de Campo de São Paulo. A pesquisa fez parte do trabalho intitulado “O Golfe e a Educação Ambiental de Jovens Caddies”, que foi apresentado por Lucí Mabe, em 2007, no curso de pós-graduação de Administração para Organizações do Terceiro Setor, da Escola de Administração de Empresas de São Paulo Fundação Getúlio Vargas. O Programa Tacada Cidadã, que tem o objetivo de preparar adolescentes e jovens interessados na prática do golfe para o exercício da cidadania social e ambiental, iniciou suas atividades em agosto de 2008. O primeiro projeto, denominado Caddie Cidadão, foi desenvolvido na sede da Associação Beneficente Vida Nova – ABEVIN. Atendendo a uma demanda dos pais e demais membros da comunidade, iniciamos o projeto Golfe e Cidadania. O público alvo do projeto Golfe e Cidadania são jovens com idades entre 14 e 21 anos, em situação de vulnerabilidade social, moradores do entorno da Represa de Guarapiranga, zona sul da cidade de São Paulo. O objetivo do projeto é contribuir de maneira efetiva para que os jovens desenvolvam competências e habilidades a fim de que possam executar ações que visem à preservação e recuperação do meio ambiente, especialmente em áreas de mananciais. Os jovens participam de dois tipos de atividades: as referentes ao golfe e as atividades de educação ambiental, que são desenvolvidas no Clube ADC Eletropaulo e FPG Golfcenter, através de parcerias estabelecidas com a Associação Peixe Vivo, Federação Paulista de Golfe e Associação Paulista de Golfe. Além deste, são desenvolvidos outros dois importantes projetos envolvendo membros da comunidade, associações do entorno e interessados pelo esporte; o Projeto Conheça o Golfe com o Tacada Cidadã, que tem o objetivo de proporcionar aos participantes o primeiro contato com o esporte, e o Projeto Golfe e Cultura, que almeja possibilitar aos jovens, seus familiares e demais membros da comunidade o acesso a atividades culturais. O Programa Tacada Cidadã vem sendo desenvolvido graças ao apoio, confiança e incentivo de nossos amigos, parceiros e do esforço da equipe de voluntários composta por: Adailton Rodrigues de Souza; Adriane Coelho Cobra; Alfredo Nascimento Coelho; Leonardo Dan Mabe e Lucí M. Perez Mabe. No momento estamos em conversação com a Prefeitura do Município de São Paulo a fim de viabilizarmos a criação do Centro de Treinamento de Golfe e Educação Ambiental na Avenida Robert Kennedy, local onde está sendo implantado o Parque Praia São Paulo. * Rafael Jun Mabe, diretor do Instituto Vem Ser Sustentável e responsável pelo Programa Tacada Cidadã (www.tacadacidada.org), é arquiteto pós-graduado em gestão ambiental 45 golfe nota 10 Uma introdução ao golfe por David Oka* A metodologia do Golfe Nota 10 foi desenvolvida para crianças brasileiras de 6 a 12 anos, dentro da realidade das nossas escolas, com o auxílio de uma pedagoga, professores de Educação Física e profissionais de golfe. Ela visa divulgar os benefícios do golfe na formação do aluno, demonstrando os fundamentos do esporte como etiqueta, cortesia, integridade, respeito, honestidade e espírito esportivo. Outras características do golfe são o auxílio ao desenvolvimento da perseverança, do discernimento, da coordenação motora, da capacidade de julgamento e da confiança. São realizadas 10 aulas, sendo cinco dentro da escola, durante as aulas de Educação Física, uma vez por semana. Nestas oportunidades os alunos têm o primeiro contato com a história do golfe no Brasil e no mundo, seus equipamentos, como bolas, luvas, sapatos e tacos, como se joga o esporte, comportamento no golfe e noções de algumas regras. Eles também aprendem o movimento para dar as primeiras tacadas. As outras cinco aulas são realizadas em um campo de golfe ou em um centro de treinamento, o que for mais próximo da escola. Nesta parte, os jovens 46 ❙❙ Aula no Liceu Albert Sabin, em Ribeirão Preto (SP) golfistas conhecem as rotinas e o funcionamento de um clube e de um campo de golfe. Os alunos ainda treinam no drive range para ter noção de profundidade nas tacadas. Já na 10ª aula, acontece um jogo de alguns buracos no campo com o educador. Em todas as aulas são feitos aquecimento e alongamento para preparar o corpo para o esporte e evitar lesões, bem como revisão da aula anterior. O trabalho está baseado no Natural Swing, que é o movimento mais simples e fácil de executar. Obedece aos movimentos naturais do corpo sem provocar tensão para realizálos. Com uma metodologia simples e prática, plantamos a semente deste esporte que tanto amamos. *David Oka é árbitro de golfe e coordenador do projeto Golfe Nota 10, da Federação Paulista por trás dos campos Experiências além do jogo por Mark Diedrich * O golfe no Brasil vive um momento especial. Tudo conspira para que o jogo cresça por aqui. O mundo todo assiste com ansiedade aos preparativos do País para sediar os Jogos Olímpicos em 2016. Ao mesmo tempo, a economia sólida e a crescente classe média brasileira significam uma oportunidade para que mais e mais pessoas dediquem-se a atividades de lazer, incluindo o golfe. Novos empreendimentos residenciais e resorts com golfe estão sendo projetados e construídos por todo o Brasil por empresários do mercado imobiliário que se capitalizam com a popularidade do golfe. Milhões de pessoas pelo mundo atestam que viver numa comunidade com um campo de golfe é realmente uma experiência de vida especial. Para os brasileiros, é importante aprender as lições tanto de sucesso como de fracasso dos empreendimentos nos demais mercados de golfe pelo mundo que precederam o crescimento do Brasil. Com aproximadamente 30 milhões de golfistas, os Estados Unidos é o maior mercado do mundo no setor e o primeiro a lucrar com empreendimentos imobiliários usando o golfe como estímulo de venda de 50 imóveis residenciais. Talvez o número que mais se destaca nas estatísticas é que nos Estados Unidos somente 20 a 30% dos moradores dos residenciais de golfe praticam o esporte. O restante mora na comunidade pelos espaços livres, outras amenidades, maior valor imobiliário da residência e melhor qualidade de vida. É essa porcentagem, sobretudo, que ilustra a necessidade dos clubes de golfe e empreendedores a pensar além do golfe quando planejarem os itens de lazer que vão atrair os novos sócios e os compradores das casas. Em décadas passadas, o country club privado de golfe era acessível somente às camadas mais privilegiadas da sociedade. No entanto, com o crescimento da economia brasileira, a próxima geração de sócios parece ter um perfil de valores diferente, tornando obsoletos alguns aspectos dessas instalações e desafiando os clubes a tornarem-se mais competitivos no mercado pelo lazer das famílias e consequente venda de títulos. A geração mais nova das famílias de classe média superior (entre A e B) é a esperança da indústria do golfe no Brasil. O desejo de uma vida equilibrada, incluindo o foco na família, revela uma oportunidade de con- quistar essa geração quando ela atinge um nível de rendimento que a permite comprar um título de clube. Apontamos aqui o que os atrairá de uma forma geral: Tornar o golfe acessível: Ao mesmo tempo em que o campo de golfe é um ótimo local para os negócios durante a semana, as noites e os finais de semana deveriam ser preenchidos por oportunidades planejadas para toda a família, tanto para golfistas e não golfistas. Isso inclui atividades entre pais e filhos e campos de golfe para iniciantes e crianças. Um modo de conseguir um campo de golfe amigável para toda a família em alguns mercados tem sido a inclusão de tees de saída para crianças em campos de par-3 dentro do campo de golfe, mas alguns clubes têm ido além, criando horários especiais para crianças tornando o golfe uma brincadeira num campo menor ou num campo de putting sem as vestimentas tradicionais, até com pés descalços ou de sandálias. Alguns conservadores podem achar isso problemático, mas ficaríamos surpresos em ver como isso pode atrair a nova geração de golfistas. Instalações para outros esportes populares: Enquanto clubes no mundo todo incluem quadras de tênis e piscinas como parte das amenidades dos sócios, esta é uma oportunidade para customizar o clube ao país onde ele está. No Brasil, essas oportunidades poderiam também incluir campos de futebol, quadras poliesportivas, entre outras opções. Piscinas: Graças à TV, internet e uma indústria hoteleira crescente, os jovens sabem a diferença entre uma piscina de um resort e uma piscina infantil tradicional obsoleta. Considerem itens destinados à família como tobogãs, spray pads (setor infantil com sprays de água), etc., assim como playgrounds, casa na árvore, pavilhão para festas infantis na área da piscina e outras áreas flexíveis tanto internas quanto externas. Programas direcionados à família: Sem um serviço de recreação infantil no clube, uma família jovem terá pouca chance de aproveitar os outros programas oferecidos para fidelizá-la. Também é importante organizar atividades para as crianças e a família como noites de filmes, acampamentos e festas infantis. Atividades na natureza: Tire proveito de sua propriedade para outras atividades além do golfe, tênis e natação. O seu clube está localizado nas montanhas, próximo a lagos, rios, próximo de um parque nacional ou estadual? Aproveite a oportunidade de trazer a natureza para sua programação considerando serviços e atividades como um jardim comunitário. Saúde e bem-estar: No mundo todo, os atuais sócios procu- ram no clube por instalações que tragam bem-estar. Isso inclui não apenas fitness, mas serviços de spa como cabeleireiro, manicure e massagem. Experiência de jantares especiais: Nas comunidades de hoje, seus membros geralmente têm inúmeras alternativas de onde comer, seja ela uma noite calma a dois ou um jantar com toda a família. Se um clube quer ser competitivo, ele deve proporcionar uma experiência de jantar especial, que se renova no tempo. Algumas inovações recentes incluem tornar o Buraco 19 num bar de esportes equipado com TVs grandes, jogos de tabuleiro, uma cozinha aberta no setor de grelhados, ou criando um restaurante temático como o restaurante “The Big Easy” no The Els Club em Dubai. Ao mesmo tempo em que mais e mais famílias têm acesso a comunidades, clubes e resorts de golfe no Brasil, o jogo de golfe também crescerá nesse processo. Criando uma experiência no clube voltado para a família, o jogo do golfe fará contato com os que assegurarão a sua continuidade: as crianças. Os clubes que entenderem isso e pensarem além do golfe são os que encontrarão sucesso em criar um clube e uma comunidade de golfe sustentável. * Mark Diedrich, diretor da Kuo Diedrich, é arquiteto de clubhouses de golfe há mais de 16 anos. Escreve sobre o tema e ministra palestras pelo mundo todo, incluindo Febragolfe e Brasil Golf Show, no Brasil, Harvard Graduate School of Design e a Emory University, em Atlanta (EUA). [email protected] http://www.kuodiedrich.com 51 New Golf de Portugal A genialidade de Lendas do golfe Annika Sörenstam Considerada por muitos como a melhor jogadora de golfe de todos os tempos, Annika Sörenstam deixou um incomparável rastro de sucessos. Sua importância na exposição do golfe feminino no mundo e na própria projeção da Escandinávia, a transformaram em um nome respeitado e que será sempre lembrado no esporte Por Tiago Matos Fotos: DR 52 A nnika Sörenstam, uma recatada sueca nascida nos arredores de Estocolmo, cresceu com o sonho de ser jogadora de tênis. Tendo o conterrâneo Björn Borg como ídolo, iniciou a sua prática desportiva nesta modalidade e, juntamente com a sua irmã mais nova, Charlotta, chegou a estar entre as 20 melhores tenistas juniores de seu país. Acabou, no entanto, por desistir, aos 16 anos, quando percebeu que, em função de algumas insuficiências técnicas, não conseguia ultrapassar o nível a que chegara. Annika nunca desejou, porém, afastar-se por completo da prática desportiva. Para substituir o tênis, centrou atenções em um esporte que havia conhecido na Inglaterra durante os três anos em que a sua família lá vivera: o golfe. Naquela altura, mal sabia ela que seria essa modalidade que lhe iria permitir a conquista de um status semelhante ao alcançado por Borg no tênis. Annika revelou-se, de fato, um talento natural no golfe, ainda que só o tenha começado a levar realmente a sério em 1988, ano em que Liselotte Neumann venceu o U.S. Women’s Open, demonstrando que era possível uma sueca fazer a diferença neste esporte. Annika tomou o exemplo em conta, mas era tão tímida que inicialmente chegava ao ponto de se deixar cair para segundo lugar nos torneios, apenas para não ter de fazer os habituais discursos de vitória no final. Atentos a isso, os seus treinadores começaram a obrigar os dois primeiros classificados a discursar. Sendo assim, Annika achou que não valia à pena continuar a fingir e começou a revelar as suas reais capacidades. Em 1990, como nenhuma das universidades suecas tinha equipes de golfe, foi estudar na Universidade do Arizona, em Tucson, nos Estados Unidos. Viu-se então acompanhada por alguns dos melhores técnicos do mundo e colecionou prêmios e congratulações, incluindo uma dupla eleição como All-American (1991 e 1992). Era chegada a hora de se tornar profissional. Onda de sucessos Após alguma inconsistência inicial nos primeiros anos como profissional, que ainda assim lhe valeram ser considerada Jogadora Amadora do Ano, tanto no Ladies European Tour de 1993 como na LPGA em 1994, chegaria por fim a sua primeira grande vitória. E que vitória! No U.S. Women’s 53 Open de 1995, disputado em Colorado Springs, no Colorado, Annika surpreendeu tudo e todos ao ultrapassar a americana Meg Mallon na volta final, tornando-se uma das mais jovens vencedoras de todos os tempos do badalado torneio feminino. Habitualmente fria e acanhada ao falar com a imprensa, Annika revelou-se pela primeira vez emotiva no festejo da conquista, mas a verdade é que este seria apenas o primeiro passo de uma enorme onda de sucessos da sueca. Em um esporte predominantemente masculino, Annika conseguiu se impor e combater a desconfiança daqueles que duvidavam de sua qualidade. Chegou a um ponto de ser tão dominante entre as mulheres, que começou a se envolver também nos eventos dos homens. Em 2003, por exemplo, foi convidada para participar de um encontro do PGA Tour. O fato causou controvérsia e o fijiano Vijay Singh chegou a se opor à participação dela, mas até ele se viu forçado a reconhecer, no fim, o mérito da sueca. Ainda entre homens, Annika estabeleceu uma grande amizade com Tiger Woods, que a ajudou a melhorar a técnica do seu jogo e a ensinou a aumentar a distância de suas tacadas sem abrir mão da precisão. Entre 1995 e 2006, Annika venceu um impressionante número de competições, incluindo 10 Majors – U. S. Women’s Open (1995, 1996 e 2006), Kraft Nabisco Championship (2001, 2002 e 2005), LPGA Championship (2003, 2004 e 2005) e Women’s British Open (2003) – além de dezenas de condecorações que a proclamaram atleta do ano. Com os troféus, chegou também a notoriedade e, mais importante ainda, ganhou reconhecimento e 54 interesse do público para o golfe feminino. Despedida Em 2007, Annika sofreu a sua primeira grande lesão na carreira, uma fratura no pescoço que a afastou da grande maioria dos eventos daquele ano, o que acabou gerando, no final, a sua primeira temporada sem vitórias desde a época de sua estreia no LPGA Tour. Circulava a ideia que Annika teria já ultrapassado os seus melhores tempos e estava agora em fase de decadência. No entanto, em 2008, a sueca provou o contrário, retornando da lesão forte como sempre e acumulando, ainda no mês de maio, mais três vitórias na LPGA (SBS Open at Turtle Bay, Stanford International Pro-Am e Michelob Ultra Open at Kingsmill), além de mais de um milhão de dólares. Com a reputação consolidada e um papel cada vez mais preponderante na defesa do golfe feminino, Annika decidiu então dar por terminada a sua carreira competitiva e iniciou-se na vida empresarial. Atualmente ela conduz negócios nas mais diversas áreas, sob a sua marca: ANNIKA. Perfil Nascida em: 9 de outubro de 1970, em Bro (Suécia) Altura: 1,68m Casada com: Mike McGee (2009) Filhos: Ava Madelyn McGee (2009) Tornou-se profissional em: 1992 Aposentou-se em: 2008 Vitórias profissionais: 89 (72 no LPGA Tour) Majors conquistados: 10 Prêmios: Rolex Player of the Year (1995, 1997, 1998, 2001, 2002, 2003, 2004 e 2005), Vare Trophy (1995, 1996, 1998, 2001, 2002 e 2005) e World Golf Hall of Fame (2003) 55 interatividade O golfe ao vivo TV New Golf pela internet ❙❙ Fotos: funfsports.com / divulgação Zeca Rodriguez entrevista Ronaldo Francisco no Guarapiranga Golf & Country Club Em parceria com a Fünf Sports, TV New Golf completa 70 programas semanais e inova com transmissões de eventos ao vivo 56 E m maio de 2009, um mês após o lançamento da Revista New Golf, foi criado o primeiro programa semanal de golfe apresentado ao vivo pela internet. Com as principais notícias do esporte no Brasil e no mundo, entrevistas de especialistas, reportagens e comentários, o TV New Golf surgiu em parceria com o portal esportivo Fünf Sports, para preencher este espaço e, depois de um ano e meio no ar, já completou 70 edições. O programa tem duração de cerca de 20 minutos e é apresentado pelo jornalista Zeca Rodriguez. “Estamos preparando novidades para o próximo ano. Queremos dar cada vez mais uma cara de noticiário com variedades do esporte, com divisões de blocos, vinhetas, além manter as entrevistas e reportagens que já temos hoje”, comenta Zeca, que também é redator e editor assistente da Revista New Golf. Para marcar a continuidade das atividades e inovações, o canal lançou outra iniciativa inédita durante os meses de setembro e outubro, que marcaram as pri- meiras transmissões ao vivo de eventos de golfe no Brasil, primeiro durante a Febragolfe 2010, com um programa de uma hora e meia, direto do Transamérica Expo Center, no dia 17 de setembro. Um estúdio foi montado na feira e diversos convidados foram entrevistados, entre eles o organizador do evento Christian Bartz, o diretor da Pokerstars Celso Forster, Rubão Barrichello, entre muito outros expositores e palestrantes. Entre um convidado e outro, eram mostradas imagens da feira e o apresentador Zeca Rodriguez passava mais informações sobre o evento. Cerca de um mês depois, a TV New Golf fez a primeira transmissão ao vivo de um torneio de golfe pela internet. Foi no 39º Aberto do Guarapiranga Golf & Country Club - I Copa Embrase de Profissionais, competição disputada de 21 a 24 de outubro. A equipe da Fünf Sports montou toda a sua estrutura e o programa, que foi ao ar no final da tarde de domingo, 24, dia da final, começou com imagens gravadas dando um resumo do jogo até aquele momento, com resultados, informações e entrevistas ❙❙ Christian Bartz durante a Febragolfe 2010 gravadas. Quando o grupo dos líderes do torneio de profissionais chegou ao buraco 18, o final da disputa foi transmitido ao vivo com duas câmeras; uma do tee, pegando a batida dos jogadores, e outra no fairway e no green, que possibilitou aos internautas o acompanhamento do final do jogo e da comemoração do campeão Ronaldo Francisco. A programação continuou com várias entrevistas com patrocinadores, golfistas e organizadores. Foram quase três horas no ar. “Foi um sucesso. Sentimos que isso é apenas o início de um grande trabalho. O próprio programa semanal também passará por muitas reformulações, apresentando mais interatividade. Então a tendência é que cresçamos muito a partir do próximo ano, agora com essa novidade das transmissões ao vivo”, comenta Evandro Queiroz, diretor da Fünf Sports. Para saber mais, acesse www.newgolf.com.br e clique em “TV New Golf” 57 torneios internacionais O ano The Tour / FedEx Cup é de Jim Furyk Com o título do Tour Championship, o norte-americano sagrou-se campeão também da FedEx Cup e arrematou a maior premiação da temporada; uma bolada de mais de 11 milhões de dólares Sempre contido em suas comemorações, Jim Furyk abriu uma exceção no East Lake Golf Club, em Atlanta, no dia 26 de setembro, mas foi por um bom motivo. Quando viu que havia embocado a tacada que lhe dava o título do Tour Championship, o americano de 40 anos vibrou como um menino, muito provavelmente porque tenha se dado conta que a vitória lhe daria também o troféu da FedEx Cup. Com duas grandes primeiras rodadas, quando fez 67 e 65, o jogador assegurou o primeiro posto no torneio com 272 tacadas, fechando com oito abaixo do par, apenas uma à frente do vice-campeão, o britânico Luke Donald. “Foi um momento muito especial. Que ano incrível!”, vibrou Furyk, que teve seu grande momento no buraco 18 do domingo, quando precisava do par, estava na banca e só tinha mais duas tacadas. Na saída da areia, ele deixou a bola quase dada, concluiu com êxito e só comemorou. “Estou muito feliz. Me preocupei em ganhar o torneio, independentemente da oportunidade de levar a tempo- 58 rada”, lembrou o campeão. O terceiro posto coube ao sul-africano Retief Goosen, que fechou o torneio em 274 tacadas, ficando seis abaixo do par e somente duas atrás do campeão. Contando os dólares Ao melhor estilo Tio Patinhas, Jim Furyk terá trabalho para contar o “dinheirinho” que conquistou no final de semana de 23 a 26 de setembro. Pela vitória no Tour Championship, último torneio dos playoffs da FedEx Cup, Jim Furyk arrematou o prêmio de 1 milhão 350 mil dólares, que já não seria nada mal. Então some-se a isso a bagatela de 10 milhões de dólares que o jogador levou para casa por ter sido também o campeão da temporada. São 11 milhões 350 mil dólares, sem dúvida, a grande premiação de 2010. O segundo colocado na FedEx Cup foi o americano Matt Kuchar, que levou 3 milhões de dólares pelo resultado, sendo o segundo maior premiado do dia. O inglês Luke Donald também recheou os bolsos com os 2 milhões de dólares pelo terceiro lugar na temporada somados aos 810 mil dólares pelo vice-campeonato no Tour Championship. Classificação The Tour Championship 1º Jim Furyk (EUA) 67+65+70+70 / 272 tacadas (-8) US$ 1.350.000,00 2º Luke Donald (GBR) 66+66+71+70 / 273 tacadas (-7) US$ 810.000,00 3º Retief Goosen (AFS) 71+66+66+71 / 274 tacadas (-6) US$ 517.500,00 4º Nick Watney (EUA) 71+74+63+67 / 275 tacadas (-5) US$ 330.000,00 4º Paul Casey (GBR) 66+71+69+69 / 275 tacadas (-5) US$ 330.000,00 6º Charley Hoffman (EUA) 71+67+69+70 / 277 tacadas (-3) US$ 270.000,00 Ilustração: Marco Antonio Rodrigues Classificação final da FedEx Cup 2010 1º Jim Furyk (EUA) 2.980 pontos US$ 10.000.000,00 2º Matt Kuchar (EUA) 2.728 pontos US$ 3.000.000,00 3º Luke Donald (GBR) 2.700 pontos US$ 2.000.000,00 4º Charley Hoffman (EUA) 2.500 pontos US$ 1.500.000,00 5º Dustin Johnson (EUA) 2.493 pontos US$ 1.000.000,00 6º Paul Casey (GBR) 2.250 pontos US$ 800.000,00 59 opinião Um bom ano por Marco Antonio Rodrigues* P arece até que vamos escrever sobre enologia, mas a verdade é que se o golfe fosse comparado aos vinhos, poderíamos dizer que este ano de 2010 foi de boas safras, e em vários aspectos. Financeiramente, para o PGA Tour, ao contrário do que se andou comentando por aí, foi ótimo. Muitos contratos foram cancelados, porém substituídos por outros nos mesmos termos. Mais da metade dos patrocinadores dos últimos anos renovou seus contratos e nunca se ganhou tanto dinheiro no esporte, a ponto de os dois atletas que mais faturaram no mundo serem golfistas. O “incidente” Tiger Woods foi uma lição para todos os esportes, de que é muito arriscado quando se tem um grande ídolo e tudo se concentra em cima deste mesmo expoente. Aconteceu nos anos 90, na NBA, quando Michael Jordan foi jogar baseball. Mas a volta de Tiger, mais “mortal” do que nunca, provou que o golfe está acima de tudo. Para compensar algumas perdas de audiência em torneios em que ele esteve ausente ou jogou mal, tivemos todos os recordes batidos quando ele retornou em abril, no Masters de Augusta, e durante a emocionante competição da Ryder Cup deste ano. O americano justificou sua fama e jogou muito bem. 60 Tiger Woods Graeme McDowell Phil Mickelson e Angel Cabrera Mandela e Louis Oosthuizen Tivemos a grata surpresa de ver jovens como Rory McIlroy, Bubba Watson, Dustin Johnson, Graeme McDowell, Louis Oosthuizen, Martin Kaymer, enfim, muitos novos valores que estão provando que, depois de 1997, com a chegada de Tiger Woods, tudo mudou. Hoje o golfe está mais potente, mais atlético, mais preparado e mais talentoso. Os veteranos como Stricker, Kutchar, Els, Mickelson e Furyk se reinventaram e tiveram um ano brilhante. A vitória de Jim Furyk no The Tour e na Fedex Cup mostrou ao mundo que a estratégia e a precisão no golfe podem significar tanto quanto a força e distância. Só nos resta torcer para que 2011 seja igual ou melhor que 2010. Não faltarão patrocínios, nem telespectadores, tampouco grandes talentos ou momentos emocionantes para deixar-nos colados na TV. *Marco Antonio Rodrigues é comentarista e narrador de golfe na ESPN. 61 torneios nacionais Show de 39º Aberto do Guarapiranga / Copa Embrase Ronaldo Francisco Confirmando sua excelente fase, o jogador do interior de São Paulo foi impecável e sobrou na I Copa Embrase de Profissionais Por Zeca Rodriguez Fotos: Zeca Rodriguez / funfsports.com 62 R eforçado pelo paraguaio Carlos Franco, o time dos melhores profissionais do Brasil esteve presente no Guarapiranga Golf & Country Club, em São Paulo, de 21 a 24 de outubro. Simultaneamente com a 39ª edição do tradicional Aberto do Guarapiranga, foi realizada a I Copa Embrase de Profissionais, torneio que ficou marcado por um verdadeiro show de Ronaldo Francisco. Para conquistar seu quarto título válido pelo ranking nacional na temporada, o jogador do Quinta do Golfe, de São José do Rio Preto (SP), liderou a disputa desde o primeiro dia e confirmou a vitória com sobras, fechando os quatro dias com 272 tacadas, 12 abaixo do par, um dos melhores desempenhos da história do campo. “Em todos os torneios que participo, minha estratégia é tentar me preocupar somente com o meu jogo e com o campo. Procuro não ficar olhando para o placar. Só fui perguntar para o meu caddie qual era o meu resultado no green do buraco 18 deste último dia”, conta Ronaldo Francisco, que levou 10 mil reais pela vitória. “Está sendo um ano muito bom para mim. Conquistei todos os torneios que disputei válidos pelo ranking, além de duas etapas do Mini-Tour. Isso é fruto do meu treino e do apoio de meus patrocinadores. Sem isso eu não ❙❙ ❙❙ João Corteiz Rogério Bernardo teria condições de seguir em frente”, lembra o campeão, que é apoiado pela YKP e pelo seu clube, o Quinta do Golfe, e que nesta temporada já havia vencido o LG Vivo Championship, no Clube de Campo, o Chevrolet Open, no PL Golf Clube, além do Aberto do Arujá Golf Clube. Empatados em segundo lugar na I Copa Embrase de Profissionais ficaram Rogério Bernardo e João Corteiz, ambos com 284 tacadas, fechando no par do campo. Na sequência da classificação final aparece Marcos Silva, que garantiu o quarto lugar da competição com 285 tacadas, ficando empatado com uma das estrelas do evento, o paraguaio Carlos Franco, dono de quatro títulos do PGA Tour e com quase 10 milhões de dólares em prêmios conquistados na carreira. “Gosto muito de jogar no Brasil. Sempre que posso venho para cá. Tenho diversos amigos por aqui”, dis- se Franco, que já havia vindo ao Brasil neste ano para as disputas do LG Vivo Championship e do Torneio Casa da Paz. “Realmente o Ronaldo Francisco está jogan- ❙❙ Carlos Franco 63 ❙❙ Caco, da Embrase ❙❙ Ruriko Nakamura e Antonio Nascimento do muito bem. Parabéns a ele”, reconheceu o paraguaio. Além do patrocínio da Embrase, o torneio, que distribuiu 50 mil reais aos primeiros colocados entre os profissionais, contou com apoio da rede de restaurantes Andiamo, Konar ArCondicionado, Samsung e Sunson, YKP e MHM - Sociedade de Advogados. Amadores Claro que os golfistas amadores também fizeram a festa no 39º Aberto do Guarapiranga Golf & Country Club. Destaques para Moacir Avancini e Ruriko Nakamura, que ficaram com os títulos da categoria scratch após 36 buracos jogados. Jogador do clube anfitrião, Avancini garantiu o primeiro posto com 151 tacadas, seguido por Pedro Luca, de Bauru, que somou 155. Já Ruriko Nakamura, sócia do Lago Azul, de Araçoiaba da Serra, venceu 64 com extrema facilidade. Ela fechou a competição com 159 tacadas, 19 a menos que a vicecampeã, Eun Mee Kim, sócia do Guarapiranga, que jogou 178. Nas outras categorias, Adão da Silva foi o melhor na disputa de handicap índex até 8,5 e Jorge Chan, sócio do Clube de Golfe de Campinas, venceu a categoria handicap de 8,6 a 14. Já na competição para jogadores de handicap de 14,1 a 19,4, a vitória ficou com Leonardo Bustamante, de Poços de Caldas, enquanto Francisco Becker, do Guarujá ❙❙ Pedro Luca e Moacir Avancini Golfe Clube, dominou o torneio de 19,5 a 25,5. Entre as mulheres, a jogadora da casa Josefina Youn, venceu a categoria de handicap índex até 16 e Sae Lossano ficou com a vitória na disputa de 16,1 até 25,7. A equipe comandada pelo profissional Odair Lima sagrouse campeã do torneio Pro-Am, competição que abriu a programação do 39º Aberto do Guarapiranga Golf & Country Club - Copa Embrase de Profissionais. O grupo fechou com 117 tacadas. Lima jogou em companhia de Odecio Lenci, Francisco Matarazzo, Patrício Mendizabal e Ivan Jorge Ribeiro. O time de Claudio Pedroso também somou 117 tacadas, mas ficou com o vice no desempate. O profissional foi a campo com Gilberto Kassai, Hyung Cha, Jaime Chen e Mario Shimabukuro. eventos nacionais Entre tacadas Fotos: Alexandre Kid Oakley Golf Day e lançamentos ❙❙ Fernando (Luxottica) e Ricardo De Conto Pelo terceiro ano, golfe é tema do evento que apresentou novidades da Oakley. Clientes e jogadores profissionais estiveram presentes N ovamente o golfe esteve em pauta no evento que marcou a apresentação de algumas das novidades da Oakley para o próximo trimestre. Realizado nos dias 20 e 21 de outubro na nova sede da empresa californiana, em São Paulo, a terceira edição do ❙❙ Jonas, Ricardo e Célia Oakley Golf Day reuniu cerca de 70 convidados que representaram 20 dos principais clientes da marca em todo o País. Entre os novos modelos já disponíveis no mercado, destacam-se os masculinos Whisker e FatCat, que possui forte influência retrô dos skatistas dos anos 80. Na linha solar, a peça BatWolf foi lançada no Brasil antes do que em qualquer outro local. Identificada com o esporte, a Oakley escolheu o tema “golfe” por ser uma modalidade com características que coincidem com a personalidade da empresa. Contando com as presenças dos jogadores profissionais Felipe Lessa e Pedro Gatti, o evento teve um ambiente para que os convidados pudessem praticar o esporte entre um lançamento e outro. O local contou com o mais moderno simulador de golfe do mundo, o ProTee, que é utilizado no treinamento de atletas profissionais e sempre é a sensação dos principais eventos do esporte pelo Brasil. Também foram organizados campeonatos internos entre os participantes para maior interação. ❙❙ Pedro Gatti 65 preparação física Peitoral: melhore sua amplitude no backswing por Africa Alarcón* T rabalhar os músculos dos membros superiores que atuam no swing é uma ótima maneira de melhorar a potência da tacada e de prevenir lesões, que em muitos casos são ocasionadas por fatores limitantes de flexibilidade. Um dos fatores que mais restringem a amplitude do swing é a falta de flexibilidade de peitoral somada à fraqueza dos músculos da coluna torácica. Quando isso acontece prejudica, não somente a trajetória do taco no downswing, mas também a postura no stance. Os ombros ficam caídos e a coluna perde sua postura neutra. A pessoa apresenta uma postura arredondada na parte superior da coluna, como se fosse uma leve corcunda. Esta postura vai provocar dores na parte superior das costas e um desvio à frente da cabeça, afetando assim o alinhamento da coluna desde a cervical até a lombar e prejudicando a torção. A implicação deste desvio está na performance do swing. Na falta de flexibilidade em algum ponto, nosso corpo tenta compensar levando ao extremo alguma outra parte. No caso do peitoral, a falta de flexibilidade no braço direito (para os destros) e esquerdo (para os canhotos) provoca limitação na 66 amplitude do backswing, já que o braço não consegue a abertura ideal. Para compensar esta falta de amplitude a tendência é exagerar a torção da coluna na região torácica e quando isto não é possível sobrecarregamos a lombar e os joelhos e acaba acontecendo um desvio muito comum: o chamado sway. O jogador que apresenta sway desvia seu centro de gravidade no sentido oposto do alvo, ou seja, o destro vai deslocar seu quadril para a direita durante o backswing e apoiar seu peso totalmente no pé direito. Este desvio vai causar instabilidade na tacada e atrapalhar o timing no downswing. O sway não é causado somente pela falta de flexibilidade no peitoral e sim por uma soma de vários fatores. Nesta edição vamos discutir somente o peitoral e a coluna torácica e apresentar alguns exercícios para corrigir este defeito. O músculo encurtado por falta de exercícios de alongamento tem menor capacidade de se contrair e em alguns casos mais graves apresenta menor número de sarcômeros, que são as unidades de contração do músculo, mas a boa notícia é que esta condição é reversível com exercícios de flexibilidade. Esta incapacidade de se contrair vai provocar menor geração de força principalmente no caso do peitoral direito, que está especialmente ativo durante a fase de aceleração. A menor capacidade de se contrair vai provocar menor geração de força nesta fase e consequentemente menor aceleração do taco antes do impacto. Mas como podemos saber se apresentamos um caso de falta de flexibilidade de peitoral? O teste a ser realizado é fácil. Deitado sobre um rolo de espuma, ou algumas toalhas dobradas e colocadas no comprimento da coluna, deixe seus braços abertos com as palmas das mãos para cima e os cotovelos flexionados a 90 graus. No caso de boa flexibilidade, seus antebraços e o dorso das mãos poderiam tocar o chão sem sentir qualquer dor. O ombro oposto ao alvo (direito no caso dos destros) precisa apresentar uma rotação externa e adução horizontal ideal para conseguir uma boa amplitude de movimento e não sobrecarregar as estruturas do ombro. Um jogador habilidoso consegue girar o ombro horizontalmente melhor do que um jogador não habilidoso, indicando maior amplitude no backswing. Isto foi provado em um estudo realizado nos Estados Unidos e publicado em 2008 no International Journal of Sports Medicine. O trabalho de flexibilidade de peitoral pode ser feito junto com sua rotina normal de exercícios. Para ganho de flexibilidade realize os movimentos sugeridos a seguir duas vezes por semana e não se esqueça de aquecer e alongar os ombros e peitoral. Antes de jogar apenas faça os exercícios em uma intensidade mais leve. O trabalho de fortalecimento dos músculos na coluna dorsal vai ajudar a melhorar a postura no backswing e a estabilizar a cintura escapular. Estes músculos fazem com que os ombros fiquem em uma posição mais reta, tanto no stance como na postura ereta, e contribuem para a saúde de sua coluna vertebral. Fortalecimento de upper back: 1- Super-homem no chão: Deitado com os braços a 90 graus do lado do tronco, inspire, contraia o abdômen e realize uma extensão da coluna, levantando o peito do chão. Tente manter as pernas imóveis. A seguir estenda os braços soltando o ar e flexione inspirando. Repita cinco vezes. Tente evitar olhar para frente para não estender demais o pescoço. 2- Quadrúpede: Em quatro apoios com a coluna neutra, inspire, estenda o braço direito e a perna esquerda. Segure a posição neutra da coluna por três respirações e volte à posição inicial. Repita com o braço esquerdo e perna direita. 67 Flexibilidade e fortalecimento de peitoral: 3- Alongamento passivo na bola: Deite na bola com os braços e palmas das mãos abertas e relaxe por 3 minutos. 4- Adução de ombro com elásticos: Prenda um elástico de tensão média no alto de um espaldar. Fique de lado na posição de stance e segure o elástico com o cotovelo semi flexionado. Realizando um movimento de adução, desça o braço até encostar as duas mãos. Repita 10 vezes e mude de posição para trabalhar o outro braço. Na próxima edição discutiremos o fortalecimento dos músculos que seguram o ombro. Até lá desejo a todos muitos birdies! Agradecimento: Rodrigo Richter 68 *Africa Madueño Alarcón Formada em Educação Física (USP). Especializada em treinamento físico para golfe pela Hole in One Pilates for Golf USA. Certificada Personal Trainer pelo American College of Sports and Medicine. [email protected] Aruba Pro-Am Golf Tournament Comandada pelo profissional Dino Pádua, a equipe brasileira fez bonito e venceu no paradisíaco cenário da ilha caribenha V itória brasileira na 16ª edição do Aruba International Pro-Am Golf Tournament, tradicional e charmoso torneio de golfe realizado anualmente em Aruba, no Caribe. Formada pelo profissional Fernando Pádua Soares, o Dino, e pelos amadores Adriana Cinelly, Mario Moreira, Ricardo Pinto e Roberto Dhelomme, a equipe do Brasil venceu a competição, que se encerrou no dia 29 de agosto. Adriana Cinelly e Roberto Dhelomme foram escolhidos para disputar o torneio graças à vitória no Circuito Chevrolet de Golfe - Etapa Malibu, realizada em julho no São Fernando Golf Club, em Cotia (SP). Já Mario Mo- reira e Ricardo Pinto venceram o Festival de Golfe do Novo Frade, disputado também em julho, em Angra dos Reis (RJ). O time brasileiro somou 182 tacadas nos dois dias de disputa, contra 187 dos segundos colocados, os norte-americanos Scott Nei (profissional), Andy Dorer, Davis Moser, Larry Stohs e Ryan Hamond (amadores). Ao todo participaram do torneio 24 equipes de 10 países diferentes. O evento foi realizado no Tierra del Sol Spa & Country Club, resort de alto padrão que conta com campo profissional de 18 buracos projetado por Robert Trent Jones Jr., arquiteto reconhecido e renomado no mundo do golfe. De localização privilegiada, o campo está situado em meio à paisagem desértica do interior de Aruba, que se contrasta com a vista para o mar azul do Caribe mais ao fundo. ❙❙ Brasileiros comemoram em Aruba 69 torneios internacionais Fotos: Divulgação Em Aruba, deu Brasil fisioterapia O quadril na prática golfe por Claudio Zezza* M ais uma vez orgulhoso de estar presente nesta importante revista, que tanto sucesso fez nessa última Febragolfe, um maravilhoso e aconchegante evento. A New Golf contou com a maioria esmagadora dos palestrantes da feira. Parabenizo toda a equipe, que, com muito empenho e dedicação, está cada vez mais presente no mundo dos golfistas levando sempre muita seriedade e profissionalismo. Indo diretamente ao tema, vamos falar do quadril. Assustei-me ao pesquisar e constatar que não existem incidências de lesões dessa articulação. Mas isso não é privilégio do golfe, não. Na maioria dos esportes o quadril é, de certa forma, menosprezado, apresentando pouca ou quase nenhuma relevância científica, pelo menos por enquanto. O fato do quadril não ser muito discutido nas áreas esportivas pode se explicar por alguns motivos básicos. Em primeiro lugar é uma articulação extremamente estável do ponto de vista biomecânico e incrivelmente forte na grande maioria 70 da população, embora para alguns visualmente não pareça. Do lado ortopédico foi uma das últimas a contar com diagnósticos precisos e técnicas cirúrgicas modernas, levando sempre à lembrança de que quem tem lesão no quadril geralmente é por artrose e a solução para isso sempre é a prótese. Coisa de vovó, não é? E mais... quantos especialistas em quadril você conhece? De joelho e ombro está cheio, mas e quadril? Realmente são poucos. Com o advento da artroressonância, ou seja, ressonância nuclear magnética com contraste, o quadril começou a aparecer no meio ortopédico esportivo com lesões características e tratamentos específicos, tanto da ortopedia como da fisioterapia. A lesão de Lábrum ou Lábio tornou-se notória em nosso País, após as lesões de nosso inigualável Guga, o Gustavo Kürten, do tênis, que viveu um drama com cirurgias e reabilitação para tentar voltar ao seu esporte, e que infelizmente não teve grande sucesso. Explicando um pouco essa lesão, trata-se de uma “fissura” do lábio acetabular, que nada mais é que uma “continuação” da cartilagem que recobre a articulação do quadril com o fêmur, característica em desportistas que utilizam de muita rotação do quadril. Opa! Olha o golfe aí... A rotação interna do quadril esquerdo no finish é algo impressionante (ver foto ao lado). Mas será que todos nós fazemos isso? Se não fazemos, deveríamos, pois é essa rotação que, de certa forma, tira a sobrecarga da coluna. Ao não conseguirmos realizar a adequada rotação do quadril para o finish, tendemos a dar a famosa “barrigada”, a fim de completarmos o movimento. Isso geralmente ocorre no drive, quando o movimento depende de maior amplitude e força. Cabe aqui salientar que nessa edição, como não existem lesões do quadril descritas na literatura para o golfe, quis chamar a atenção para essa articulação que, como todas as outras, é fundamental para o jogo. Os glúteos máximo e médio, principalmente, bem como todos os outros músculos do quadril, têm seu papel bem delimitado no swing do golfe. O glúteo máximo é responsável por estabilizar meu tronco à frente sem que eu caia ou exerça força demasiada na coluna. O glúteo médio é responsável por estabilizar lateralmente meu tronco e rodar meu quadril para lateral ou externamente. Esse último músculo citado, o glúteo médio, é motivo de estudo de alguns autores como responsável por um swing inadequado. Seu encurtamento impediria a melhor rotação interna do fêmur limitando o movimento do finish. Pois se não conseguimos a rotação do fêmur iremos compensar na coluna. Fazendo alguns testes e um rápido exame, um especialista pode detectar esse possível encurtamento ou ainda essa assimetria nas rotações da perna direita e esquerda. Então, sem medo de ser repetitivo, digo e insisto que uma boa preparação aliada a uma minuciosa avaliação corporal podem, sem dúvida alguma, melhorar ou ainda prevenir movimentos compensatórios que muitas vezes são lesivos. A combinação de uma razoável flexibilidade juntamente com um equilíbrio muscular, tanto em lateralidade como em especificidade do esporte, é o que faz a diferença. Mais uma vez agradeço a atenção de todos e espero ter contribuído de alguma forma para um melhor entendimento desta “máquina” perfeita que é o corpo humano, combinada a esse esporte que, com um objetivo tão simples, consegue ser um dos mais complexos. Despedindo-me, desejo a todos excelentes jogos com aprendizados e melhorias constantes e fico no aguardo de nos encontramos na próxima edição. * Ft. Cláudio A. M. Zezza [email protected] Mestre em fisioterapia esportiva pela UNIFESP-EPM Especialista no aparelho locomotor no esporte UNIFESP-EPM Especialista em Ortopedia e Traumatologia UMC 71 técnica O que os pés querem dizer No momento em que se opta por determinado taco para se executar uma jogada já passa a existir também um alinhamento mais indicado para pés no stance em relação à posição da bola. São detalhes que podem fazer toda a diferença na hora da tacada 72 O s tacos têm comprimentos e angulações diferentes e, obviamente, cada um produz um determinado tipo de resultado. Alguns fazem com que a bola voe mais alto, mas não tão longe, outros resultam em tiros mais potentes e rasantes. Tudo vai depender da situação de jogo na qual o golfista se encontra. Porém, uma vez escolhido o taco para aquela dada jogada, o golfista tem que passar a ficar muito atento com a posição da bola em relação ao posicionamento dos seus pés na hora do swing. Alguns profissionais preferem apenas variar a abertura do stance e manter a posição da bola sempre alinhada pelo calcanhar esquerdo (para o destro). Outros jogadores optam por mudar ligeiramente o local da bola na hora da tacada. “Cada tipo de taco pede um determinado posicionamento da bola em relação aos pés. Isso faz com que o impacto aconteça no momento correto e a jogada seja mais eficiente”, explica o professor Dino Pádua, que dividiu os tipos de tacadas em cinco posicionamentos distintos. 1º nível - Bola no meio Para as tacadas utilizando o pitching wedge, o sand wedge ou o ferro 9, o mais indicado é que a bola esteja bem ao centro do espaço que compreende a abertura entre um pé e outro no stance. São tacos com a vara mais curta, portanto o melhor momento para o impacto na bola normalmente se dará nesse ponto. Ex: pitching wedge 2º nível - Um pouco à esquerda Na sequência, vêm as tacadas com os ferros 8, 7 ou 6. Neste caso, a bola deve ser colocada um nível à esquerda, mas ainda perto do meio. A explicação é a mesma; proporcionar o encontro do taco com a bola no instante em que será gerada uma tacada mais eficiente, sempre levando em conta a angulação da cabeça e o comprimento da vara. Ex: ferro 7 73 3º nível - Mais à esquerda Aqui a bola está chegando mais perto do alinhamento do pé esquerdo e a dica é utilizar esse posicionamento quando os tacos escolhidos são os ferros 5, 4 ou 3, que já possuem vara um pouco mais longa e menor angulação. A tacada perde altura em relação às anteriores, Ex: ferro 4 mas alcançará uma distância maior. 4º nível - Quase no pé esquerdo Este é o penúltimo estágio, quando a bola já está posicionada bem próxima do alinhamento do calcanhar esquerdo. Normalmente aqui são usados os híbridos ou as madeiras. A tacada terá ainda menos altura e mais potência. Ex: hídrido 5º nível - Alinhado no pé esquerdo Para se bater utilizando o drive, o ideal é que a bola esteja totalmente na linha do pé esquerdo. A vara bem mais longa do taco fará com que o impacto aconteça de forma natural justamente naquela região, o que irá produzir uma tacada muito mais Driver eficiente. 74 Da banca Quando a bola cai em alguma banca de areia que esteja cercando o green, a forma que o jogador vai preferir sair de lá provavelmente irá depender da localização da bandeira. Se ela estiver perto, a ideia é fazer a bola subir mais e parar quando tocar o solo. Neste caso, a bola deve estar mais alinhada com o pé esquerdo. Quanto mais longe o objetivo estiver, mais o golfista vai querer que a bola role. Para isso a bola deve estar mais ao centro do stance para que o movimento seja prolongado e gere uma tacada com mais força. 1 2 3 Casos especiais Em certas situações do jogo, o golfista pode abrir mão do posicionamento mais indicado para cada tacada. Em um dia de muito vento, para se evitar a resistência do ar, pode-se optar por um golpe mais rasante, mesmo que o taco tenha certa angulação que faria naturalmente a bola subir um pouco mais. Para isso, a bola tem de estar mais atrasada no stance, ou seja, um pouco mais próxima do pé direito. (foto 1) Assim como a intenção pode ser fazer a bola subir mais do que o normal, para se transpor um obstáculo como uma árvore. Neste caso, a bola deve ser colocada mais alinhada com o pé esquerdo. (foto 2) 1 1 2 3 Professor Dino Pádua 2 Fernando Figueiredo Pádua Soares, do Clube de Campo de São Paulo, tem 48 anos, é golfista desde 1966 e profissional desde 1999. Classificado pela PGA Brasil (Associação dos Golfistas Profissionais do Brasil) e pelo CREF (Conselho Regional de Educação Física) para ministrar aulas e cursos de golfe. Já fez diversos cursos no exterior com profissionais renomados como Jim McLean, Mitchell Spearman, Kevin Perkins, entre outros. Dino Pádua promove clínicas abordando todos os fundamentos do esporte, é professor de golfe e palestrante em importantes eventos do País. 75 Equipamentos São Bento Golfe Rua Mateus Grou, 152 São Paulo – SP www.saobentogolfe.com.br Fone: (11) 3086-3117 Bolsas de mão Puma Weekender - Preço promocional: R$ 130,00 (em 3x no cartão de crédito) * Tamanho aproximado: 25x30x50cm * 2 divisões internas protegidas por tela * 1 bolso interno com fechamento por zíper * Compartimento para sapatos com acesso externo por zíper * Alça removível Bolas Zero Friction 312 - R$ 105,00 (em 3x no cartão de crédito) * Superfície de 312 dimples, que traz baixa resistência do ar. A construção de duas peças a consolida como uma legítima bola de distância. Possui compressão 80 com uma macia camada de surlyn. O jogo no green fica diferenciado, com um toque macio, que permite uma rolagem suave e consistente, sem abrir mão da distância desejada. * As bolas Zero Friction ZF Distance são produtos ecologicamente corretos. Do núcleo à sua cobertura, elas são produzidas com materiais 100% renováveis e com uma mistura exclusiva de polímeros e materiais sintéticos não tóxicos, que a tornam uma alternativa mais saudável para o meio ambiente. * Cada trio de bolas é acompanhado por três tees Zero Friction biodegradáveis, líder em performance nos campeonatos de Longest Driver nos EUA, sendo um tee tamanho 3 1/4 para Drivers, um tee tamanho 2 3/4 para madeiras e outro tamanho 1 3/4 para híbridos e ferros. 76 Lançamentos 2010 Wedge Tour Edge TGS Series R$ 320,00 (em 3x no cartão de crédito) Varas Pure Feel Steel Set Tour Edge Bazooka QLS 5-PW Grafite R$ 1.299,00 (em 3x no cartão de crédito) Varas Ladies, Seniors e Regular Set Tour Edge Geomax 2 5-PW Grafite - R$ 1.820,00 (em 3x no cartão de crédito) Varas Ladies, Seniors e Regular Madeira Exotics XCG3 R$ 899,00 (em 3x no cartão de crédito) Vara Fujikura Motore 65 Driver Tour Edge HT Max R$ 699,00 (em 3x no cartão de crédito) Vara UST MAMIYA 65 Series 77 Golfe e futebol americano Para os fãs de golfe e futebol americano e aproveitando o início de temporada da NFL, a São Bento Golfe traz com exclusividade coleções de bolsas e marcadores personalizados com os principais times da mais importante e famosa liga da modalidade no mundo. Os marcadores são feitos em metal e com os logos das equipes dos dois lados. As bolsas possuem selo de autenticidade, licenciadas pela NFL. Elas são do tipo Stand Bag, com 14 divisões para tacos, 5 divisões externas, cooler externo, porta toalha e porta guarda-chuva. Preço de lançamento dos marcadores R$ 12,90 cada Preço de lançamento das bolsas - R$ 775,00 (em até 3x no cartão de crédito) Times disponíveis New Orleans Saints, Pittsburg Steelers, New York Giants, Buffalo Bills, San Francisco 49ers, New England Patriots, Oakland Raiders, entre outros. 78 Brasil Golf ® (SPGC) Golf Shop (CPG) Rua Deputado João Bravo Caldeira, 273 São Paulo – SP Fones: (11) 3884-6411 (11) 2619-6411 (11) 2307-6411 (11) 2495-6411 Titleist Staff Bag - Tamanho médio - R$ 1.195,00 Aparência e espaço das bolsas usadas pelos profissionais do Tour com menor peso e mais acessibilidade. Del Mar Linha Scotty Cameron Califórnia - R$ 1.228,00 Coronado Monterrey Hollywood Entre os modelos mais procurados estão o Monterrey, Coronado, Del Mar e Hollywood. 79 Lançamentos Nova linha de metais Titleist Driver 910 D2 e D3, Fairway Wood 910 F e Hibrido 910H - R$ 1.195,00 910 D3 Alta performance 445 cc: Cabeça pear-shaped clássica que produz trajetória média com spin médio-baixo. 910 D2 Alta Performance 460 cc: Cabeça pearshaped total que produz trajetória média-alta com spin médio-baixo. 910 F Fairway Woods (Disponível no Brasil em fevereiro de 2011) -R$ 935,00 Acompanham o novo 910 Driver com a mesma tecnologia SureFit com dois planos de ajuste, permitindo otimização da trajetória mediante a combinação de lie e loft ideais para cada jogador. 910 H Híbrido - R$ 825,00 Complementa a nova linha de metais com superior tecnologia de ajuste de trajetória com os tradicionais benefícios inerentes aos Fairway Woods da Titleist. Maior precisão e menor spin do que as madeiras de loft equivalente e trajetórias mais elevadas e com melhor controle que os ferros de mesmo loft. 80 Calendário CBG de Golfe em 2011 Fruto de parceria entre CBG e Brasil 1, o Pro Tour terá quatro etapas de R$ 100 mil e valerá vagas para o Brasil Open, que distribuirá bolsa de R$ 250 mil e reunirá melhores do continente A Confederação Brasileira de Golfe e a Brasil 1 Esporte divulgaram o calendário oficial de eventos da entidade para o golfe profissional brasileiro em 2011. O anúncio foi feito durante um evento realizado no dia 19 de outubro, no Club A, na zona sul da capital paulista. A iniciativa faz parte dos preparativos dos atletas brasileiros para a volta do golfe às Olimpíadas, no Rio 2016. A maior novidade é a criação do Circuito Brasileiro de Golfe - CBG Pro Tour, a ser disputado em quatro etapas no ano que vem. Cada um dos torneios reunirá 60 jogadores e terá três dias de duração, com premiação de R$ 100 mil. O circuito se inicia em abril, no Rio Grande do Sul. Em maio a segunda etapa acontece no Estado de São Paulo. Em agosto é a vez do Rio de Janeiro. Em setembro, a quarta e última etapa acontece no Paraná. As cidades 81 torneios nacionais Foto: Zeca Resendes Brasil terá Circuito e campos que sediarão os torneios ainda serão anunciados. Os melhores jogadores do CBG Pro Tour se classificarão para o Brasil Open, novo nome do tradicional Aberto do Brasil, o mais prestigiado torneio profissional do País. O Brasil Open acontecerá em dezembro de 2011 em quatro dias de competição em local a ser definido. O evento distribuirá R$ 250 mil em prêmios e reunirá 100 dos melhores profissionais da América do Sul. No lado feminino, o Rio de Janeiro receberá de 27 a 29 de maio a terceira edição do HSBC LPGA Brasil Cup. Etapa do LPGA Tour, principal circuito de golfe da atualidade, o torneio reunirá algumas das principais golfistas do mundo, que lutarão por uma premiação superior a US$ 700 mil, a maior do golfe sul-americano. Durante o evento, a Brasil 1 Esporte foi anunciada como a agência de marketing da Confederação Brasileira de Golfe. “A criação de um circuito profissional é vital para a preparação dos atletas brasileiros para os Jogos de 2016, que vão marcar o retorno do golfe às Olimpíadas”, diz Rachid Orra, presidente da Confederação Brasileira de Golfe. “O golfe vive um momento único em sua história no País. Estamos certos que o CBG Pro Tour, o Brasil Open e o HSBC LPGA Brasil Cup contribuirão para o crescimento e consolidação do golfe brasileiro”, diz Alan Adler, diretor da Brasil 1. “Ao nos unirmos, mais uma vez provaremos ao mundo que o Brasil, quando provocado, se transforma numa força imbatível. Nada resiste ao trabalho. Venceremos as dificuldades e colocaremos golfistas brasileiros nos Jogos Olímpicos de 2016”, disse Paulo Pacheco, vice-presidente de marketing da CBG. buraco 19 A volta dos rosados 82 Produto da mistura dos vinhos branco e tinto? Bebida para mulher? Na verdade ele está mais leve e com mais personalidade. Desvende os mitos e deixe-se levar pelos aromas do vinho rose Gianni Tartari* N os anos 70 era muito consumido. Na década seguinte foi considerado cafona e se tornou motivo de chacota. Após uma série de melhorias no processo de vinificação, o vinho rose voltou mais leve, cheio de personalidade e frescor. Na verdade, o caminho percorrido pelo vinho rosado ao longo dos últimos trinta anos também é marcado por mitos que, em algumas regiões, insistem em cercá-lo. Por exemplo: muitos ainda acreditam, erroneamente, que o rose é feito a partir da mistura de vinhos branco e tinto. Pura crença. As uvas utilizadas no processo de produção de vinhos roses são as tintas, que têm mais aroma e força. A diferença é que o suco fica pouco tempo em contato com a casca, ao contrário do que acontece com a produção do vinho tinto. Outro equívoco bastante comum é achar que, devido à sua tonalidade rosada e paladar leve, o rose virou bebida de mulher. Embora esse estigma ainda exista nos dias de hoje, a evolução dos processos de produção e qualidade é reconhecida por todos os apreciadores de vinhos, sejam esses homens ou mulheres. E nós, brasileiros, temos ain- da mais motivos para consumilo. Moramos em um País tropical, que propicia ótimas condições para o consumo de roses à beiramar, num final de tarde, happy hour ou mesmo em casa, após um longo dia de trabalho. Se me permitem a dica, vale a pena variar e substituir a tradicional cerveja por um rose gelado, entre 14 e 16 graus. Aproveite e harmonize com uma caprichada porção de frutos do mar “à la brasileira”. Só lembre-se de que o vinho rose não tem a obrigatoriedade de acompanhar pratos, pois é versátil o suficiente para valorizar um bate-papo casual e momentos de lazer. Para ajudar os menos íntimos dessa bebida relativamente nova, recomendo o francês Clos Canos Rosé Corbières 2007. Elaborado com um interessante assemblage de uvas típicas de Corbières, 25% Grenache Blanc, 25% Grenache Gris, 25% Grenache Noir e 25% Syrah, o vinho apresenta uma linda cor rosada pálida, aromas de flores brancas, paladar refrescante e de médio corpo. E para os paladares mais acostumados com a leveza dos roses, sugiro dois rótulos produzidos por Rimauresq, da Provence, considerado o melhor lugar do mundo para a produção desse tipo de vinho. O Rosé Classique Cru Classé 2008 mostra uma sutileza aromática surpreendente e ainda garante um toque delicado, refrescante e com boa intensidade e persistência. O R Cru Classé Rosé 2008, produzido com o assemblage de vinhas velhas de Cinsault 30%, Grenache 60% e Syrah 10%, é de cor rosada clara. A colheita e seleção das frutas são feitas pela manhã para preservar o frescor dos aromas. A maceração é longa, feita a frio em tanques de aço inox com controle de temperatura. Gianni Tartari é sommelier da Enoteca Fasano. 83 pelo Brasil Chuva de “hole in one” Alfredo de Larrea, Marcelo Varella, Henrique Lopez e Ruriko Nakamura fizeram com que a precisão encontrasse a sorte N os últimos meses, alguns ilustres golfistas amadores do Brasil experimentaram a incrível sensação de resolver o problema de um buraco em uma só tacada. O famoso hole in one é sempre muito comemorado pelo jogador, que sempre está acompanhando de amigos e familiares. Inspirado pelo suntuoso cenário do litoral baiano, Alfredo de Larrea só precisou de uma tacada com seu ferro 5 para embocar no buraco 17 do Comandatuba Ocean Course. O feito aconteceu no dia 5 de setembro, em um torneio organizado por Fernando e Cecília Moura, e foi testemunhado por Luiz Gonzaga Dias Filho e seu filho, André Reis e Rita de Larrea. Está certo que não foi em nenhum torneio, mas Marcelo Va- ❙❙ Alfredo de Larrea 84 rella abusou ao fazer um hole in one no dia 28 de julho e emendar outro quatro dias depois, no dia 1º de agosto. As duas jogadas aconteceram no Terras de São José Golfe Clube, em Itu, no interior de São Paulo. O primeiro foi no buraco 12, batendo com um ferro 8. Depois a estrela de Varella brilhou no buraco 15, quando ele bateu com um ferro 6. Es- ❙❙ Henrique Lopez ❙❙ Ruriko Nakamura ❙❙ Marcelo Varella tavam lá para comemorar junto com o sortudo Rodolfo Menendez, Arnaldo Mohr e companhia. Outro hole in one saiu no Aberto do Guarapiranga. O sócio do São Fernando Golf Club, de Cotia, Henrique Lopez registrou a façanha no dia 23 de outubro, ao embocar de primeira no buraco 16, usando um ferro 8 e vendo sua bola cair sem pingar, em um só vôo. Ele estava em companhia dos amigos Wagner de Angelis e Arthur Ramondini. Ruriko Nakamura também deixou sua marca neste time ao embocar de primeira no buraco 13 durante o Aberto do Damha Golf Club, em São Carlos (SP), no dia 30 de outubro. Como prêmio, a golfista levou uma passagem aérea da Azul Linhas Aéreas para qualquer lugar do Brasil. Vale lembrar que se fosse no buraco 6, ela teria levado um Space Fox 0 km, oferecimento da New Golf e da Volkswagen. curtas Projeto LAR N o dia 24 de setembro, o VistaVerde Golf Club, em Araçariguama da Serra (SP), sediou o 2º Torneio de Golfe Beneficente Projeto LAR & Giovanni Draft FBC, que fez parte de uma agenda de ações e eventos realizadas durante o ano em prol da instituição. Cerca de 100 participantes estiveram em campo e toda a renda das inscrições for revertida para o Projeto, que é um abrigo, em Sistema Casa Lar, que atende crianças e adolescentes em situação de risco, propiciando condições familiares ao desenvolvimento e reintegração social e priorizando a vida em família. Os troféus são pratos pintados pelas próprias ❙❙ Os campeões do torneio crianças da entidade. O evento, que contou com as presenças de Felipe Almeida, Aurélio Lopes, João Batista, Marcos Rosset, Jorge Adati, entre outros, teve o patrocínio da Giovanni Draft FBC e os apoios de Rei do Mate e de Reinaldo Martins & Advogados Presente para o campeão D urante a I Copa Embrase de Profissionais, realizada no Guarapiranga Golf & Country Club, o narrador da ESPN Marco Antonio Rodrigues, que também é colunista da New Golf e caricaturista, presenteou o golfista Ronaldo Francisco com o desenho que foi capa da Revista New Golf nº 6. “Fiquei muito contente. Fiz até um quadro com a revista e ficou lindo. Parabéns ao Marco. Acho que ele conseguiu pegar todos os detalhes. Agora esse quadro vai dar o que falar em São José do Rio Preto”, brincou Ronaldo após receber sua caricatura das mãos de Marco Antonio. 85 charge charge de Marco Antonio Rodrigues “Filha, eu adoraria lhe mostrar, mas seu pai gravou uma aula de golfe na fita de vídeo original do nosso casamento!” Frase do mês “Nos dias de hoje, os grandes empresários passam a manhã no escritório conversando sobre golfe e a tarde no campo de golfe falando de negócios!” Marco Antonio Rodrigues 86