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BiMestral o estudante José Luís Peixoto outubro 2010 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA bandas, tunas, festas e desporto universitário 07 Quim Barreiros análise de um fenómeno EDITORIAL imagem de capa José Miguel Soares Todos os editoriais do início do ano lectivo falam do início do ano lectivo. É uma pe na, mas nós vamos falar mesmo é do Quim Barreiros. Para quem conhece mal a nossa revista, pode parecer estranho, assim como se aparecesse um smiley no nosso editorial. :-) Mas nós somos uma revista com sorri sos. Só não somos nem queremos ser um jornal de traques engraçados e de palermi ces do dia-a-dia, daqueles que acham que os leitores são todos atrasados mentais e que é preciso escrever para esse nível. Na Aula Magna achamos que os nossos leito res não são atrasados mentais. Talvez seja esse o segredo do sucesso que temos tido entre os estudantes. Sim, é um facto, os melhores alunos de Física Teórica e de cursos demasiado com plicados para dizer o nome também fre quentam os mesmos eventos académicos que o Quim Barreiros. A teoria de que os estudantes só querem borga e cervejas foi sobretudo muito útil para um certo consen so que – bom ou mau – se foi criando na so ciedade em torno de os estudantes terem de pagar propinas. Isto é, foi uma teoria muito útil para o equilíbrio das finanças públicas. Mas não é verdade. Os estudantes que vão ao Quim Barreiros não são bêbedos destra vados nem meninos ricos do papá que não precisam de estudar. São pessoas saudáveis que, fora os excessos de ocasião e as depen dências excepcionais, gostam de se divertir. São estudantes como os melhores. Lamentamos desiludir, mas a imagem do estudante que só estuda, que só ouve música ligeira e que só festeja entre a fa mília, é uma imagem, essa sim, de algum atraso. Lamentamos desiludir, mas já a ve lha sabedoria chinesa alertava para as pro babilidades de os jovens demasiado bem comportados resultarem em adultos delin quentes. E, com efeito, não é difícil encon trar exemplos de meninos bem compor tados cuja pacatez de aldeia fez deles uma espécie de sociopatas quase ilustres, cujos estudos não trouxeram qualquer proveito à ciência, mas décadas de atraso para o país que teve a má sorte de os ver nascer. Afinal, por que é que o mesmo aluno que anda a ler o Einstein e o Aristóteles autores que quase ninguém mais lê senão estudantes - vai à noite dançar e cantar coisas tão brejeiras que as leitoras das mais ordinárias revistas de fofocas não consen tiriam ouvir? Não é moda de agora, é uma tendência estabilizada desde os anos oiten ta. Porquê? Fomos aprender. Colabora. Participa com os teus textos e fotos. Inscreve-te em www.aulamagna.pt Parcerias As opiniões veiculadas são da exclusiva responsabilidade dos seus autores e não reflectem necessariamente a opinião da revista ou dos seus colaboradores. Interdita a reprodução, mesmo parcial, de textos ou imagens por quaisquer meios e para quaisquer fins. APCT APImprensa Este projecto beneficia do apoio do programa Finicia e é participado pela InovCapital. Impressão Lisgráfica Rua Consiglieri Pedroso, n.º 90, Casal de Sta. Leopoldina, Barcarena Periodicidade Bimestral Tiragem 60 mil exemplares Membro da Direcção Luís Oeiras Fernandes Coordenação de Comunicação Pedro M. Quintino (ESCS-IPL) Rita Pedroso (ESCS-IPL) Grupo de Fotojornalismo Gonçalo Filipe Mata (FCUL) Miguel Cunhal (IST-UTL) Raquel Ferreira (FBAUL) Ricardo Teixeira (FCSH-UNL) Escrevem 07 João Pedro Barros Luís Ricardo Duarte Rita Malta Rosa Pires (ISCAL-IPL) Imagens 07 Gonçalo Filipe Mata (FCUL) José Miguel Soares José Veloso Salgado Maria Roque dos Santos (ULHT) Miguel Cunhal (IST-UTL) Raquel Ferreira (FBAUL) Paginam 07 Filipa Lourenço (FBAUL) Projecto gráfico (papel) Marisa Rodrigues (FBAUL) Estudo para projecto gráfico (papel) Eunice Oliveira (FBAUL) Sara de Castela Coelho (FBAUL) Marisa Rodrigues (FBAUL) Proprietário Magna Estudantil – Publicações S.A. R. Newton, n.º 12 – 1.º D, Lisboa CRC Lisboa/NIF: 508642558 Redacção e publicidade Av. 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Apanhando a boleia das co memorações do Centenário da República, com a qual está intimamente ligada, a UL ce lebra assim várias décadas de conhecimento e formação. Isso mesmo está patente nos objetivos: «Com estas come morações pretende-se reforçar a coesão da Universidade, divulgar o seu património cultural, museológico e cien tífico e projetar o seu nome e projetos de futuro no seio da sociedade». Agenda Aveiro U-Aveiro 1º Encontro Nacional de Jovens Investigadores em Educação 2010: desafios teóricos e metodológicos O ENJIE 2010 dirige-se a toda a comunidade académica e científica. Este encontro tem como principal objectivo fomentar a discussão sobre alguns dos desafios mais recentes na área da Educação. Sex, 08/10/2010 - 09:15 - Sáb, 09/10/2010 - 18:00 Inscrição: 50 euros Org: Centro de Investigação Didáctica e Tecnologia na Forma ção de Formadores da U-Aveiro Lisboa U-Lusíada R. da Junqueira, nº 194 Aldeias do Xisto: O Renascer Exposição de fotografia A exposição fotográfica «Aldeias do xisto: o renascer», decorre na sala de exposições da U-Lusíada de Lisboa. É uma homenagem ao importante legado que as 24 aldeias do xisto representam para o património cultural português. Seg, 13/09/2010 - Sex, 15/10/2010 De seg a dom das 10h às 22h Sala de Exposições F-Ciências da U-Lisboa Museu de Ciência da U-Lisboa Rua da Escola Politécnica, 56 +351 21 392 18 08 2.º Ciclo de Palestras - Ciência em Português 2010 A FCUL apresenta o 2º Ciclo de Palestras – Ciência em Português, a decorrer entre o dia 17 de Setembro e o dia 10 de Dezembro. Cada palestra ficará a cargo de um orador. Anfiteatro Manuel Valadares Entrada livre 5 de Outubro | O centenário da República confunde-se com o da U-Lisboa O que é que a geoquímica isotópica nos diz sobre o ar que respiramos? Oradora: Fátima Africano, Centro de Geologia, F-Ciências Sex, 17/09/2010 - 18:30 Contribuição da Química nas áreas de investigação da Malária e das doenças neurodegenerativas Oradora: Maria M. M. Santos, iMed, F-Farmácia da U-Lisboa Sex, 01/10/2010 - 18:30 Qualidade alimentar e susten tabilidade sob o olhar da So ciologia Oradora: Monica Truninger, I-Ciências Sociais da U-Lisboa Sex, 15/10/2010 - 18:30 Novos Modelos no Estudo de Parkinson Oradora: Ana Dulce Correia, I-Fisiologia, F-Medicina da U-Lisboa Sex, 29/10/2010 - 18:30 A subida do nível do mar: o que nos dizem os marégrafos, satélites e modelos climáticos Oradora: Susana Barbosa, Instituto D. Luís da U-Lisboa Sex, 12/11/2010 - 18:30 ES-Comunicação Social do IP-Lisboa Campus de Benfica do IPL Perto da ES-Educação do IPLisboa VII Arraial Escsito - ESCS Setembro de 2010 O Arraial da ESCS de Setembro é um evento de recepção ao caloiro, organizado pela AE da ES-Comunicação Social do IPLisboa. Contará com a presença de nomes sonantes na comunidade académica como Quim Barreiros, Dj Diego Miranda, Klepth e Nu Soul Family. Sex, 24/09/2010 - 17:00 - Dom, 26/09/2010 - 04:00 1 dia: 8 euros, 2 dias: 14 euros Org: AE da ES-Comunicação Social do IP-Lisboa F-Letras da U-Lisboa Alameda da Universidade Colóquio ‘Cancioneiro Geral de Garcia de Resende: um livro à luz da História’ Este colóquio assume-se como o ponto de partida para uma nova etapa nos estudos sobre a poesia do Cancioneiro Geral. O leque de intervenientes pretende potenciar o estudo desta importante compilação produzida entre 1451 e 1516. Seg, 11/10/2010 - Ter, 12/10/2010 Anfiteatro III Inscrição: 10 euros Org: Centro de Estudos Compa ratistas da F-Letras da U-Lisboa III Curso de Egiptologia Outubro a Dezembro de 2010 O III Curso Livre de Egiptologia ministrado pelo Centro Histórico da Faculdade de Letras de Lisboa destina-se não só aos alunos, como a todos os interessados. Este curso é composto por dez sessões com a duração de duas horas cada. Decorrerá de 6 de Outubro a 9 de Dezembro de 2010. Com os professores Luís Manuel de Araújo e José Varandas Quarta, 1 Setembro, 2010 Quinta, 9 Dezembro, 2010 Das 18h às 20h Org: Centro de História da F-Letras da U-Lisboa U-Lusófona de Humanidades e Tecnologias Campo Grande, nº 376 ETVCE 2010 - 1st International Conference on Eye Tracking, Visual Cognition and Emotion Congresso internacional sobre tecnologia de eye tracking, cognição visual e emoção. Serão ainda estudadas relações e aplicações em áreas como a Linguística, computação afectiva, realidade virtual, usabilidade ou Marketing. O evento inclui uma oficina (workshop) e acesso a equipamentos de eye tracking. Qua, 13/10/2010 - 23:00 - Qui, 14/10/2010 - 23:00 Auditório Agostinho da Silva Inscrições: entre 15 e 125 euros Org: CEPCA, CICANT, FP/ ULHT III Seminário de Educação Inclusiva 2010 «História», «património», «ensino e cultura» e «a ciência e inovação» são os quatro vectores do plano de actividades, que in clui a requalificação já em curso da Alameda da Universidade, um vasto plano editorial, uma enciclopédia virtual, exposi ções, ciclos de cinema e uma grande conferência interna cional, intitulada History of European Universities, uma organização conjunta da UL e do International Committee of Historical Sciences. Haverá também um jantar-convívio com antigos alunos, iniciativas organizadas pelas associações de estudantes e uma festa da Refundação, que assinala o de creto de 22 de Março de 1911 que deu origem à UL, a partir do Estudo Geral, criado em 1288/90. Em www.aulamagna. pt poderá acompanhar o calen dário destes eventos, à medida que forem sendo agendados. Este seminário dirige-se a todos os interessados na temática da educação inclusiva e nos efeitos que esta tem na nossa sociedade. Para além de debates com diversos convidados, terão ainda lugar alguns momentos musicais e de dança. Sex, 22/10/2010 - 13:30 - Sáb, 23/10/2010 - 18:30 Auditório Agostinho da Silva Edifício C IS-Economia e Gestão da U-Técnica de Lisboa (ISEG) Rua do Quelhas, 6 +351 21 392 58 00 UECE Lisbon Meetings 2010 - Game Theory and Applications A conferência contará com oradores como Pierre-André Chiappori (Columbia University), Matthew O. Jackson (Stanford University) e Myrna Wooders (Vanderbilt University). Qui, 04/11/2010 - 14:00 - Sáb, 06/11/2010 - 18:00 Inscrições: entre 100 e 300 euros Org: ISEG e UECE - Research Unit on Complexity and Economics Porto IPAM Matosinhos - Instituto Português de Administração de Marketing de Matosinhos Av. da Republica, nº 594 Call for papers: Kids Marketing - Trends on children consumer behavior and marketing to kids A Revista Portuguesa de Mar keting e o Instituto Português de Administração de Marketing organizam a Conferência Kids Marketing – Trends on Children Consumer Behaviour and Mar keting to Kids. A data limite para o envio de participações será o dia 31 de Outubro. Qui, 17/06/2010 - Dom, 31/10/2010 F-Engenharia da U-Porto Rua Dr. Roberto Frias +351 22 508 14 00 Qualidade das Tecnologia da Informação e Comunicações - 7.ª QUATIC 2010 - Conferência Internacional Vai decorrer no Porto a 7.ª Conferência Internacional sobre a Qualidade das Tecnologia da Informação e Comunicações – QUATIC 2010 (ou 7th International Conference on the Quality of Information and Communications Technology). Certificação, padronização, análise e melhoramento de processos são alguns dos temas abordados. Qua, 29/09/2010 - Sáb, 02/10/2010 Entre 100 a 700 euros 6th International Conference on Technology and Medical Sciences - 2010 A FEUP apresenta a 6th International Conference on Technology and Medical Sciences que decorrerá de 21 a 23 de Outubro e onde estarão presentes diversos oradores convidados. Qui, 21/10/2010 - Sáb, 23/10/2010 Inscrições:: 400 euros, estudantes: 250 euros Org: FEUP, IDMEC/IST (Institute of Mechanical Engineering), INEGI (Instituto de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial), ABCM (Associação Brasileira de Engenharia e Ciências Mecânicas) Vila Real U-Trás-os-Montes e Alto Douro I Fórum de Investigação Farmacológica 2010 - UTAD A AEMV-UTAD realiza, no próximo dia 6 de Outubro, um Fórum sobre Investigação Farmacológica, onde será abordada a sua aplicação à Saúde Humana e Animal. Qua, 06/10/2010 - 09:00 - 17:30 Auditório 1.01 - Complexo Pedagógico Entrada livre Org: AE de Medicina Veterinária da U-Trás-os-Montes e Alto Douro CORTAR O NOSSO CO2 EM 10% NUM ANO É simples: cada um reduz as suas emissões de CO2 em 10% durante um ano. Você, eu, os seus vizinhos, o seu emprego, a escola dos seus filhos, a junta de freguesia, o café da esquina, o hospital, a faculdade. Estaremos todos a ajudar-nos mutuamente à medida que tomamos os primeiros passos em direcção a uma sociedade sustentável. Não se preocupe se 10% parecer demasiado difícil. Dar-lhe-emos dicas práticas para tornar os seus hábitos de vida mais amigos do ambiente (e da sua carteira). 1010.pt Inscreva-se hoje em 1010.pt Cortar as nossas emissões em 10% aula aula magna magna066 José Miguel Soares Anfiteatro Festas académicas O que é que o Quim Barreiros tem? texto Luís Ricardo Duarte Pedro Gil M iguel cunhal Presidente da Associação Académica da U-Lusíada de Lisboa O segredo do Quim Barreiros é fácil de explicar: está na sua simplicidade e humildade. Vamos tê-lo no nosso arraial do caloiro, nos próximos dias 15 e 16 de Outubro, e mais uma vez sentimos isso. Quando telefonamos é ele que atende o telefone. Fala connosco de uma forma directa, sem exigências megalómanas. E os concertos cumprem sempre as expectativas, com as músicas que todos querem ouvir. Ele não é uma estrela das festas dos estudantes. É «a» estrela. Manuel Rui Gomes Organizador do primeiro Arraial do grelado e Antigo Presidente da AE-ISCAP D.R. Corria o ano de 1988 quando Manuel Rui Gomes, então com 23 anos, foi incumbi do de organizar uma festa que encerrasse com chave de ouro a terça-feira da Queima das Fitas do Porto, ou seja, o dia do corte jo académico. O estudante do ISCAP (ISContabilidade e Administração do Porto) costumava frequentar a Feira da Vandoma – a mais popular da cidade –, onde ouvia, com frequência, as trauteáveis canções de Quim Barreiros. Daí até ao convite para actuar no Pavilhão dos Desportos (tam bém conhecido como Palácio de Cristal), no primeiro Arraial do Grelado, foi um pequeno passo. Esta foi a estreia do músico de Vila Praia de Âncora perante uma plateia maioritaria mente universitária, que o viria a adoptar como a nenhum outro artista. Desde o fi nal dos anos 1980 que Quim Barreiros var re as universidades de Norte a Sul do país, especialmente nas semanas de Queima das Fitas e das recepções aos caloiros. A Aula Magna foi tentar perceber o que explica este verdadeiro case study. Voltemos, por isso, a recuar até 1988: foi pedido a Manuel Rui Gomes que des se «largas à imaginação». A contratação de Quim Barreiros foi um verdadeiro golpe de asa. «Tivemos muito sucesso. Queríamos fazer algo mais abrangente do que um baile de gala ou do que as festas que se realizavam no Coliseu ou no Rivoli. O interior do pavilhão estava um inferno, completamente a abarrotar. No final, o te soureiro não sabia o que havia de fazer ao dinheiro”, recorda. As razões para a escolha do músico, cuja popularidade estava até então limitada às comunidades imigrantes e às festas nas al Para contratar o Quim Barreiros, em 1988, tive mos de ir almoçar com ele a Vila Praia de Âncora. Quis conhecer-nos, para ver se éramos gente de confiança. No dia do concerto fomos jantar com os músicos e entramos no Palácio de Cristal num Opel Corsa. Foi quase impossível, com tanta gente. Tivemos de ir buscar bilhetes de festas de outros anos porque todas as expectativas foram superadas. deias, foram simples: «As noites de cortejo são aquelas em que os estudantes chegam à noite mais entusiasmados, porque já be beram um bocado. Queríamos algo alegre, divertido e não havia dinheiro para um grande nome. Aquele cantor do ‘bacalhau’ e das ‘picadas de enfermeiro’ pareceu-me perfeito». A comissão responsabilizou-se pelo jantar, montagem do palco e por um cachet de 120 contos (600 euros). O músi co tocou durante «quase cinco horas, com breves pausas para se refrescar». A receita ultrapassou os 2.000 contos (10 mil euros) e terão participado mais de 6.000 estudantes. «Lembro-me que, na quinta-feira seguinte, estava a entrar na discoteca Indústria e só se ouvia falar nisso», remata. Mais de 22 anos depois, Quim Barreiros ainda é sinónimo de casa cheia, a troco de um cachet que está longe de ser astronómico. «Ele tem o hábito de perguntar quantas pessoas estão previstas e estabelecer um critério justo. O que cobra para uma grande Queima, como no Porto ou em Coimbra, não é o mesmo que em Viseu, onde pode pedir uns 6.000 euros», revela António Santana, da produ tora Estratégia, que já trabalha há 12 anos com o músico. Isto explica, em parte, o grande número de concertos que consegue angariar, alguns deles até na mesma noite. Fernando Alvim, locutor e apresentador televisivo que já partilhou vários cartazes de festas académicas com Quim Barreiros, tem uma teoria muito particular: «Tenho a ideia que, depois da Guerra no Iraque, ele começou a imitar o Saddam Hussein e ar ranjou sósias. Só isso explica que faça três concertos no mesmo dia». Ainda assim, as comissões de festas fi cam invariavelmente satisfeitas: «Quem compra o espectáculo vê toda a gente ani mada e a sala cheia. Provavelmente, é o artista que mais concertos vende no país. Há queimas das fitas que são estrutura das em volta do dia em que ele vai tocar. Custos moderados aulamagna 07 O cantor de A garagem da vizinha é a prioridade número um de quase todos os organizadores de festas académicas do país. Como se explica este verdadeiro fenómeno que arrasta multidões? Fomos conhecer o seu modus operandi e descobrimos que, afinal, as letras picantes até podem ter ajudado os estudantes a libertar-se de alguns tabus Gonçalo Filipe Mata Quem compra o espectáculo vê toda a gente animada e a sala cheia. Provavelmente, é o artista que mais concertos vende no país aulamagna 08 Para mim, só tem paralelo com os Xutos & Pontapés: são duas instituições que não se discutem», resume António Santana. O profissionalismo é outro ponto de hon ra: Quim Barreiros não admite que os seus músicos bebam antes de entrar em palco. «Peca por excesso [risos]. Fora isso, é uma pessoa íntegra, acima de qualquer suspei ta. Para grande felicidade minha, 70 a 80 por cento das vezes em que ponho música numa festa académica entro depois dele em palco. Isso dá-me uma casa garantida e um nível de álcool muito acima do permi tido por lei», brinca Fernando Alvim. Começámos pela rama e vamos agora ao fulcro da questão. Já se percebeu como é que Quim Barrei ros, hoje com 63 anos, descobriu um novo público no meio académico e a razão pela qual é o mais desejado nas festas académi cas. Mas, como é que um músico conheci do por ser brejeiro granjeou tanta simpatia entre um público onde supostamente se integra a futura elite intelectual do país? «É quase kitsch gostar dele. A questão das letras não importa para nada», obser va Alvim. «Não são músicas sofisticadas, mas não se esquecem. Ele inventou e criou refrões que ficam na cabeça», considera Manuel Rui Gomes, que hoje é director de duas fábricas destinadas à produção de envelopes. «Um carisma muito próprio, humilde. É um artista que se dedica a dar autógrafos, a tirar fotos, não virar as costas ao público», acrescenta António Santana. É habitual começar os concertos com duas frases simples: «Já sabem como é que eu funciono. Eu toco e vocês podem cantar e dançar como vos apetecer». E quem nunca cantou ou dançou Mestre de culinária ou A cabritinha que atire a primeira pedra. A Aula Magna não podia deixar de ouvir a explicação do próprio Quim Barreiros so bre a sua popularidade. O cantor apresenta argumentos bastante prosaicos: «Sou um homem do povo, corro as aldeias e vilas, quase todas as festividades de Norte a Sul. Quem é o meu público? São os rapazes e raparigas de todo o país, que conhecem os Um homem do povo gonçalo filipe mata Angel Rozas Estudante Espanhol no Doutoramento do IS-Técnico da U-Técnica de Lisboa Em minha opinião, é um músico que gera um sentimento e uma onda muito positivos, graças ao seu tom humorístico. Mas não o veria fora do contexto de um grupo de amigos, em ‘consumo individual’. A música dele tem a capacidade de integrar as pessoas em contextos sociais, em que se fazem amizades, se bebe um copo e se brinca um pouco. Quando o vi no Super Arraial do Técnico diverti-me bastante. Quim: A malta gosta de sacanagem. O namoro também está aí. Os estudantes gostam de brejeirices, de paródia. A verdade é que quando eu não vou às festas eles ficam chateados e protestam Sónia Reis raquel ferreira Quim Barreiros o vivo no IS- Técnico| «Talvez tenha trazido mais liberdade de convívio entre rapazes e raparigas» meus temas porque os pais ou os avós já os ouviam. É preciso perceber que temos de recuar até aos anos 70, quando comecei a gravar discos». No entanto, o próprio autor não descarta a importância dos trocadilhos, quase sempre com uma conotação sexual: «A malta gosta de sacanagem. O namoro também está aí. Os estudantes gostam de brejeirices, de paródia. A verdade é que quando eu não vou às festas eles ficam cha teados e protestam». O homem que o trou xe pela primeira vez a uma festa académica considera até que os jogos de palavras e as metáforas de Quim Barreiros podem ter proporcionado uma mini-revolução sexu al: «Talvez tenha trazido mais liberdade de convívio entre rapazes e raparigas, porque se passou a falar de determinadas coisas…» As plateias não dão mostra de diminuir e Quim Barreiros atribui grande parte des se êxito ao facto de ter sido o primeiro «a atacar [o público universitário] e a ser con vidado». «Eu sou uma espécie de maestro e eles o orfeão. Nunca tive crise, e já ando nisto há uns 30 anos», sublinha. Porque há sempre a tentação de repetir as recei tas que funcionam, o músico garante que têm aparecido alguns imitadores «com um chapéu na cabeça». «Nunca têm sorte, porque o original vale sempre mais». Há pelo menos 20 anos que o actual slogan do acordeonista se mantém actual: «Não há festa académica sem Quim Barreiros». Presidente da AE da F-Belas Artes da U-Lisboa Não há dúvida que o Quim Barreiros tem uma grande popularidade entre os estudantes. As suas músicas ficam no ouvido e para as pessoas que vão às festas é a garantia de uma noite divertida. Os estudantes nunca ficam desiludidos. Por outro lado, as suas letras são sempre susceptíveis de várias leituras e interpretações... No fundo, numa festa os jovens não receiam aproximar-se do universo popular, que é mais simples mas também mais animado Anfiteatro.Conta-me como foi José Luís Peixoto Muita liberdade. Toda Aos 36 anos, José Luís Peixoto é um dos mais destacados escritores portugueses, com ecos em todo o mundo. Ao longo do ano, são muitas as universidades que visita para falar dos seus romances, como o recém lançado Livro. E provavelmente, sempre que entra numa faculdade ou instituto politécnico não deixará de recordar os seus tempos de estudante (de 1992-96), como aqui faz para a Aula Magna texto Luís Ricardo Duarte fotografia José Miguel Soares O que te levou ao curso de Línguas e Literaturas Modernas (Inglês e Alemão) da F-Ciências Sociais e Humanas da U-Nova de Lisboa? aulamagna 09 Queria estudar inglês e literatura. Forceime com o alemão porque tinha interiori zado o conceito antigo de «curso de ger mânicas». Qual foi a tua média final de curso? 11,6 - que considerei uma média excelente porque podia ser arredondada para 12. Eras aluno de ir a todas as aulas ou gerias com liberdade o teu estudo? Liberdade. Muita liberdade. Toda. Actividades extracurriculares: alguma no currículo? Três anos na direcção da associação de es tudantes. Coordenava o suplemento lite rário da publicação que fazíamos, o Nova em Folha. Além disso, tive o grato prazer de fazer parte dos fundadores do MATA Movimento Anti-Tradição Académica. Como eram as festas no teu tempo? Acabavam às 4 da manhã. O senhor que guardava a chave da cantina tinha sono e mau humor. Participaste activamente na tua AE? Sim, bastante. O ano em que entraste na faculdade foi de grande contestação às propinas. Que memória guardas dessa luta? Foi um tempo muito formativo para mim. Fez-me saber que tenho de lutar por aquilo que quero. As coisas que valem realmente a pena são conquistadas. Tens sido convidado por várias universidades estrangeiras, onde falas sobre os teus livros. Vês diferenças muito grandes em relação à realidade portuguesa? Há sempre grandes diferenças. Os con tornos das universidades dependem das latitudes. De um modo geral, acabo por visitar muitas instituições onde a realidade dos estudantes é mais confortável do que em Portugal. Há ainda muitas lutas por fa zer nas universidades portuguesas. Na sequência do curso, foste professor durante alguns anos. Foi uma óptima experiência. Sempre achei que seria professor durante toda a vida, mas quando tive oportunidade de ser escritor profissionalmente, não hesitei. Antes, não me permitia a sonhos desse tamanho. Sentes saudades dos tempos de estu- dante? Equacionas a hipótese de voltar à universidade? Sinto saudades de todos os tempos, mas não porque tenha vontade de voltar atrás. Além disso, há o futuro. Constrói-se pas so a passo. Neste momento, não anteve jo essa possibilidade, mas o futuro é tão grande. O meio universitário dava um bom romance? Dava e já deu bastantes. Philip Roth, Javier Marias, etc. O que podem os leitores esperar do teu novo romance, Livro? Podem esperar 264 páginas onde inscrevi o melhor que sei fazer neste momento da minha vida. Podem esperar um caleidos cópio de cores. Podem esperar frio, calor e todas as temperaturas intermédias. Pátio.Desporto Competições desportivas no Ensino Superior Uma época de ouro O desporto universitário está bem e recomenda-se, como se pode ver pelo currículo dos candidatos a melhor atleta na III Gala de Desporto Universitário, que se realiza no próximo dia 6 de Outubro. A Aula Magna entra em campo e revela-lhe os estudantes que mais se destacaram no passado ano lectivo AAC domina quatro das cinco nomeações: Diogo Carvalho, campeão universitário em 200 metros estilos e em 50 metros bruços e mariposa, Nuno Santos, campeão nacional em Bagminton, quer em singulares, quer em pares, e Sérgio Franco que em Rugby 7’s ganhou tudo o que havia para ganhar: os campeonatos nacional, europeu e mun dial. Nas equipas, a AAC está nomeada co lectivamente no futsal (feminino) e no ru gby 7’s (feminino e masculino). aulamagna 10 Associação Académica da U-Minho (AAUM) Desporto universitário | Com novos apoios até onde pode ir? texto Luís Ricardo Duarte fotografia Maria Roque dos Santos tário como um projeto educativo e despor tivo à parte, poderemos chegar ainda mais longe», remata André Couto. Os números falam por si. Ou melhor, as vitórias. No ano lectivo de 2009/10, o des porto universitário português teve uma das suas melhores épocas. Quem o diz é Luís André Couto, presidente da Federação Académica de Desporto Universitário (FADU): «Tivemos óptimos desempenhos individuais, na continuação do que tem acontecido nos últimos anos. E ao nível das selecções uma participação a 100 por cen to em todas as competições europeias, sem pôr em causa os campeonatos nacionais». Lançadas as sementes, a FADU começa ago ra a colher os frutos. Ao olhar para os nome ados da III Gala de Desporto Universitário, que se realiza a 6 de Outubro, no Casino da Figueira da Foz, rapidamente se confirma essa mais-valia adquirida. «Com os meios que temos, fazemos muito. E se no futuro deixar de se entender o desporto universi Associação Académica de Coimbra (AAC) Na III Gala de Desporto Universitário a AAC é a instituição que mais se destaca, com dez nomeações, incluindo treinadores. Para André Couto, esta é um boa notícia, já que confirma o despertar da maior estrutu ra universitária do país: «A AAC tem um potencial enorme e pode ser um elemento dinamizador do desporto estudantil». Com forte tradição no futebol, área profissionali zada, a AAC teve contudo bons desempe nhos em outras modalidades. Na categoria de melhor atleta feminina encontramos Cátia Nunes, actual campeã nacional nos 100 e 400 metros ao ar livre e nos 400 em pista coberta (com novo recorde), e Mar garida Marques que em Futsal foi Campeã Nacional, Vice-campeã Mundial, Campeã Europeia, numa competição onde foi con siderada a melhor jogadora. Nos homens, a A segunda instituição em destaque é a AAUM, que segundo André Couto tem um dos «melhores projectos desportivos do país, não só pela participação nas várias competições, mas também pela organiza ção de provas». Esse trabalho é particular mente visível nos quatro treinadores no meados e nos desempenhos coletivos em andebol e futusal, nomeados para melhor equipa masculina. Individualmente, Edu ardo Rodrigues surge na lista dos melhores atletas masculinos, pelo campeonato na cional de Taekwondo combates e pelas medalhes de bronze europeia e mundial, sempre na categoria -74kg. Os restantes nomea dos dividem-se por Lisboa e Porto. A Sul, da F-Motricidade Humana da U-Técnica temos Ana Rita Nabiço (medalha de bronze nos campeonatos mundiais de Taekwondo técnica e o campeonato nacional) e Vasco Pascoal (campeão em ténis individual e por equipas). Na U-Lisboa, Sara Madeira fez o pleno na natação, com vitórias nacionais nos 50 metros livres e em mariposa, nos 100 mariposa e nos 4x50 estilos. A Norte, o IP-Porto tem Sara Moreira como figura de proa, depois das conquistas em atletismo (3 mil e corta-mato). E nas equipas, foi cam peão no futebol 11, no basqutebol e vicecampeã no futsal (este pelo IS-Engenharia). Por último, a U-Porto é candidata a melhor equipa pelo campeonato nacional de Ande bol e pelo 3.º lugar europeu. Lisboa e Porto PÁTIO.festas O encanto da Latada De 18 a 24 de Outubro Miguel Cunhal Joana Almeida F-Medicina da U-Coimbra Coimbra tem mais encanto na hora das... festas. Quem o garante é Joa na Almeida. E fala por experência própria. Estuda Medicina Dentá ria e não perde uma oportunidade para conviver com os amigos. Na agenda já tem marcada a próxima Latada, que celebra a chegada de novos alunos. Este ano, realiza-se na semana de 18 a 24 de Outubro, com Rui Veloso como principal atracção, no dia 23. «É a não per Na agenda já tem marcada a próxima Latada, que celebra a chegada de novos alunos. Este ano, com Rui Veloso der», diz. «Não há melhor forma de começar uma aventura univer sitária». Se dúvidas houvesse em relação ao espírito académico da cidade, Joana Almeida recorda a primeira recepção ao caloiro des te ano lectivo, que animou as noi tes de Coimbra na última semana de Setembro. Houve actividades culturais, jogos tradicionais e um convívio/febrada. Muita música, finos e noitadas. «Em Coimbra, o que custa é despedirmo-nos da noite», remata. São muitos os seus encantos. A noite é dos estudantes Final de Outubro – Recepção ao caloiro de Évora Diogo Alexandre Silva U-Évora O Alentejo é conhecido pela cal maria e pacatez mas Évora, em tempo de aulas, foge ao estere ótipo. As noites começam com jantares caseiros. Depois, seguem para os bares, que em alguns ca sos, como o Tuareg, invocam me mórias de paragens mais exóticas. Daí ao Capítulo é um saltinho obrigatório. E nenhuma noite aca démica estará completa sem uma última passagem pela discoteca Em Évora, sem os universitários, a cidade fica vazia. À noite, em cada esquina há um estudante Praxis. «Sem os universitários, a cidade fica vazia. À noite, em cada esquina há um estudante», garan te Diogo Alexandre Silva. E com o início de mais um ano lectivo a invasão nocturna é total. É preci so dar as boas-vindas a mais um ano com a já tradicional Recepção ao Caloiro, no final de Outubro. E há música para todos os gostos, das batidas electrónicas ao ritmo popular. Como diz Diogo: «são recepções muito engraçadas, com muito convívio». E ninguém recu sa um pezinho de dança. A arte de receber os caloiros Gonçalo Filipe Mata Marta Bruno F-Ciências da U-Lisboa Viver numa cidade como Lisboa, com várias faculdades, tem a van tagem das festas se multiplicarem. No entanto, Marta não hesita quando lhe perguntamos qual a melhor festa da cidade: «Claro que são as que a minha faculdade organiza!» Não é que obedeçam a algum tema em especial. Segundo Marta, o que as torna assim tão especiais é o ambiente que se vive. «É a melhor ocasião para conviver com amigos e colegas de curso». Mas a cereja em cima do bolo é uma viagem ao Bairro Alto «no início ou no fim da festa». Para quem chega de fresco à fa culdade, Marta aconselha a recep ção ao caloiro. Apesar de ter ido à recepção ao caloiro quando já não o era, elege esta festa como a oca sião ideal para fazer novos ami gos. O que não quer dizer que não haja diversão para quem já não é caloiro. Para todos, «é a melhor altura para o pessoal se conhecer e conhecer a faculdade». A Recepção ao Caloiro é a melhor altura para o pessoal se conhecer e conhecer a faculdade aulamagna 11 Gonçalo Filipe Mata PÁTIO.Tunas aulamagna 12 Miguel Cunhal Samarituna | Música e consciênca social para homenagear a rainha Santa Isabel Samarituna Tuna Feminina da Universidade Lusófona Evocam o espírito samarita no da rainha Santa Isabel e viajam pelo país a espalhar a boa nova das tradições aca démicas. Assumem um re pertório de música popular e a descontração que reina nos ensaios e concertos. Talvez por isso digam no seu hino, alto e em bom som, que são «a Tuna Mais Tuna/ Alunas da Lusófona/ Só queremos galhofa/ Somos a Samarituna». DATA DE CRIAÇÃO 13 de Outubro de 1996 HISTÓRIA Foi com o objectivo de fomentar a vida acadé mica da U-Lusófona de Humanidade e Tecnologias que nasceu a sua tuna fe minina. A ideia surgiu em Maputo, durante a inau guração de um pólo da Lusófona em Moçambique. E não houve tempo a per der. De regresso a Lisboa, deram os primeiros passos, juntando vozes e instru mentos. À vontade de cantar juntam uma forte componente de responsabi lidade social, colaborando com diversas iniciativas promovidas pelas mais va riadas instituições. NOME Equacionadas todas as hipóteses, a opção recaiu sobre a padroeira do Campo Grande, onde fica o princi pal pólo da universidade. E Samarituna é um dos muitos cognomes da rainha Santa Isabel, dada a sua dedicação e bondade aos mais desfavo recidos. REPERTÓRIO Essencialmente música por tuguesa, tradicional e ligeira. FESTIVAIS Até à data, organizaram dois. Menina e Moça, o Festival de Tunas Femininas de Lisboa, que em 2009 teve a sua se gunda edição. Participaram várias agrupamentos, em bora a grande vencedora tenha sido A Feminina, da F-Farmácia da U-Lisboa, que recebeu cinco prémios. Em 2008, promoveram a primei ra edição do Samaritana, um encontro de tunas femininas de Lisboa. CONCERTOS De Bragança a Portimão, passando por Espanha. Entre os concertos recentes, destacam-se as actuações na Semana Académica de Lisboa, na sexta edição do INSULA, o festival de tunas de Ponta Delgada, na oitava edição do Acordes, organi zado pela Tuna Sadina, e na estreia do Tej & Tunas, dina mizado pela ESTeS La Tuna Feminina. HINO «Com as capas soltas/ Somos a Tuna Mais Tuna/ Alunas da Lusófona/ Só queremos galhofa/ Somos a Samarituna». ENSAIOS Duas vezes por semana, às terças e quintas, às 18h30, na sala da Tuna. Mais fotografias e informações em www.aulamagna.pt PÁTIO.BANDAS estudantis Thirteen Degrees to Chaos Raquel Ferreira É malta da pesada e têm gosto nisso. Já tiveram al guns problemas com a polícia e com alguns vizi nhos, mas não estão muito preocupados. Sabem até que o circuito das bandas de Death Metal, Progressi ve e Hardcore não é vasto em Portugal e que podem vir a ter de rumar a outras paragens. Por enquanto, vão espalhando energia em vários palcos, à medida que vão descobrindo novos caminhos para o som que procuram. A morte, o hor ror e a destruição podem ser os temas que dominam as músicas que criam. Mas esta banda está cheia de vida. aulamagna 13 Raquel Ferreira Nome O caminho para o caos só podia ter 13 degraus. E é esse ambiente gótico que marca o ambiente das suas músicas. Data de criação Maio de 2006 Membros da banda Cláudio Galante (baterista) do IS-Técnico da U-Técnica de Lisboa, Frederico Severo (baixista) da F-Ciências da U-Lisboa, Miguel Pires (guitarrista) da ES-Comunicação Social do IP-Lisboa, Nuno Dores (vocalista) do ISComunicação Empresarial e Tiago Silva (guitarrista). Género Death Metal, Progressive e Hardcore Concertos São muitos e em vários sítios. E o mês de Setembro foi particularmente agitado. Thirteen Degrees to Chaos | À conquista dos palcos do death metal Acaba de dar uma sequência de três concertos, em Pombal (com The Archaist, Engaging the Dead e Oath of Putrefaction), em Setúbal (com The Archaist e Porn Sheep Hospital) e no Montijo (com The Archaist, Porn Sheep Hospital e Swallows). A actuar ao vivo desde 2007, no currículo têm primeiras partes de bandas internacionais, como os All Shall Perish, dos Estados Unidos da América, e No Turning Back, da Holanda. Discografia Ainda a começar, apenas têm uma maquete, em que constam temas como Unheard Demand ou Brakyu, the Shapeshifter. Integram a compilação Attack – vol. 1, da revista Hornsup. Sítio na aula magna http://www.aulamagna.pt/ bandas/thirteen-degreeschaos Mais fotografias e informações em www.aulamagna.pt BAR Não trazia promessas vãs e inesperadas na mala, ou fundos escondidos com jóias raras. Traria algum desespero talvez. A vontade de acender o sol mais ardente ou da lua lhe piscar o olho à estrela cadente. Poderia até dissimular novidades, os cânticos ansiosos e deslumbrantes, ou alguma originalidade com um cunho muito pessoal. Advertência E o coração no check-in a tremer descompassadamente! aulamagna 14 Mas nada traria além do seu sabor ou uma gargalhada talvez irrequieta ou o nervosismo saltitante da borboleta que a flor fecundaria a mais fechada e nada ofereceria à mais aberta. Poderia até trazer os erros do costume queimar a ilusão no pó àqueles que se retratam detectados pela astúcia da aranha ou pelo olhar audaz e fixo da coruja por entre a neblina do inoportuno. E se o sol então se incendiasse e já nada seria igual por seu turno, e se a lua de manto em cinzas se transformasse na penumbra inconcebível do restolho? Mas passou sã e salva num passo suave de partitura por entre a multidão ansiosa e desatenta numa calma incrédula e sem desacatos. Ainda não tinha sido apanhada. E em jeito de retrospectiva vislumbrou o que lhe poderia acontecer: Abrirem-lhe de um só golpe e certeiro a vontade e as veias no peito esvaziando-lhe o ar e a razão do seu ser despindo-o e macabramente expondo-o para quem o quisesse ver! Rosa Pires Patricia Ajuda % 10 s ão va taç no en ra res * pa ap de to m ida on o lic sc s c ub de içõe a p r d sc in * Válido 14 dias após a publicação do anúncio. Não são aceites fotocópias a referência em Lisboa, Algês e Almada APRENDA FRANCÊS CURSOS 2010�2011 s63 anos de experiência no ensino do francês em Lisboa sTestes de nível gratuitos sPreparação para os exames oficiais DELF e DALF (6 níveis) www.alliancefr.pt TEL: 213 111 484/482 DES N OVI DA nçaise ra Culture F la Chanson r a p is ● França is ● França ma é in par le c ● Questão: OS TORNEIOS DE POKER, COMO FICOU PATENTE DURANTE O CAMPEONATO UNIVERSITÁRIO DE POKER DE €20.000, SÃO UMA VERDADEIRA REPRESENTAÇÃO DO PRINCÍPIO EVOLUTIVO DA SOBREVIVÊNCIA DO MAIS APTO. DISCUTA. 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