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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS CAMPUS JATAÍ CURSO DE AGRONOMIA DETERMINAÇÃO DA FUNÇÃO DE DANO DA PINTA BRANCA DO MILHO YASMIN SANTOS SILVA Jataí, GO Agosto, 2013 2 YASMIN SANTOS SILVA DETERMINAÇÃO DA FUNÇÃO DE DANO DA PINTA BRANCA DO MILHO “Trabalho apresentado à Universidade Federal de Goiás, Campus Jataí, como parte das exigências do curso de graduação em Agronomia, para obtenção do titulo de Bacharel em Agronomia.” Prof. Dra Luciana Celeste Carneiro Jataí, GO Agosto, 2013 3 4 Resumo - Este trabalho buscou estabelecer a relação de dano no patossistema Pantoea. ananatis - milho, sob infestação natural pelo patógeno, empregando o método da parcela experimental e utilizando diferentes épocas e números de aplicação de fungicida para obtenção de diferentes níveis de intensidade da doença. O ensaio foi conduzido na fazenda experimental do Campus Jataí da Universidade Federal de Goiás, localizado no município de Jataí, no ano de 2013. O delineamento experimental foi o de blocos casualizados com quatro repetições e cada unidade experimental foi constituída por uma parcela de cinco linhas por seis metros de comprimento. As condições ambientais durante o experimento foram favoráveis ao desenvolvimento da pinta branca, causada por P. ananatis., mas precipitação abundante logo após a segunda pulverização, não usual nessa época do ano, impossibilitou a obtenção de parcelas com menores níveis de doença, assim como parcelas livres da doença, essenciais para a obtenção da função de dano. Apesar da alta intensidade da doença nos 2/3 inferiores das plantas, houve gradiente de doença, demonstrando diferença entre os tratamentos, que por sua vez não influenciaram a produtividade. A alta severidade nos 2/3 inferiores das plantas comprometeu o rendimento de todas as parcelas experimentais. Termos para indexação: Zea mays, Pantoea ananatis, Phaeosphaeria maydis, severidade. INTRODUÇÃO O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de milho, superado apenas pelos Estados Unidos e pela China e se posiciona atualmente como um dos primeiros colocados no ranking dos maiores exportadores mundiais (Kowalski, 2013). O milho é a terceira commodity mais produzida no país (FAO, 2007) e projeções para 2019/2020 sugerem que as exportações terão um aumento de 80,3% em relação à safra 2008/2009 (MAPA/AGE, 2010). O aumento de produção é importante devido à ampla utilização do cereal na alimentação animal e humana e, mais recentemente, também na produção de etanol utilizado como biocombustível em alguns países (Gravina, 2011). Nos últimos anos, notadamente a partir do final de década de 90, as doenças têm se tornado uma grande preocupação por parte de técnicos e produtores envolvidos no agronegócio do milho. Relatos de perdas na produtividade devido ao ataque de patógenos têm sido frequentes nas principais regiões produtoras do país. Dentre as doenças que atacam a cultura do milho no Brasil, merecem destaque a mancha ou pinta branca, a cercosporiose, a ferrugem polissora, a ferrugem tropical, os enfezamentos vermelho e pálido, as podridões de colmo e os grãos ardidos. Além destas, a antracnose foliar e a mancha foliar de diplodia, consideradas de menor importância, tem ocorrido com elevada severidade em algumas regiões produtoras. A importância destas doenças é variável de ano para ano e de região para região, em função das condições climáticas, do nível de suscetibilidade das cultivares e do sistema de plantio. No entanto, algumas doenças são de ocorrência mais generalizada nas principais regiões de plantio, como é o caso da mancha ou pinta branca (Oliveira et. al, 2004; Reis et. al., 2004; Pereira et. al., 2005). A “pinta branca” na cultura do milho é também denominada de Mancha foliar de Phaeosphaeria. Essa dupla nomenclatura é resultado da controvérsia sobre a etiologia da doença. Os primeiros trabalhos no Brasil apontam o fungo Phaeosphaeria maydis como agente causal (Fantin, 1994; 6 Fernandes & Oliveira, 1997). No entanto, trabalhos recentes sugerem que, ao menos no Brasil, a doença seja causada por um complexo microbiano, uma vez que mais de um patógeno pode causar sintomas semelhantes, entre os quais a bactéria Pantoea ananatis e os fungos Sclerophthora, Phyllosticta sp., Phoma sorghina e Sporormiella sp. (Pereira et. al., 2005) Os sintomas da pinta branca do milho iniciam-se com lesões foliares verde escuras, com aspecto encharcado, do tipo anasarca, ficando acinzentadas e posteriormente necróticas de cor palha (Fantin, 1994). A bactéria normalmente é encontrada na forma epifítica (Wysmierski et. al., 2006), porém ferimentos nas folhas originados pela ação abrasiva das partículas do solo, hábitos alimentares dos insetos e até mesmo o atrito planta-planta provocado pela ação de ventos fortes, podem resultar em epidemias da doença. Geralmente, os sintomas aparecem primeiro nas folhas inferiores, progredindo rapidamente para o ápice da planta. Normalmente, esses sintomas são manifestados após o florescimento (Paccola-Meirelles, 2001). Em condições favoráveis de temperatura, alta umidade relativa e água livre na superfície da folha a doença pode promover a redução do ciclo da planta através da seca prematura de suas folhas, reduzindo a área foliar da planta e, consequentemente interferindo na fotossíntese durante a fase de enchimento de grãos. Godoy et al. (2001) observaram uma redução na eficiência fotossintética não só no tecido lesionado como também em parte do tecido verde remanescente de folhas infectadas. Foi observada também uma redução na taxa de transpiração foliar proporcional à redução da área de tecido sadio. Como consequência dessas alterações a doença provoca a diminuição no tamanho das espigas e no peso dos grãos devido a um enchimento parcial, principalmente em áreas de plantio direto e semeaduras tardias como as da safrinha (Pinto, 1997). Em culturas sensíveis, a doença pode reduzir a produção de grãos de até 63,1% (Pinto, 1999). Essa correlação negativa entre a produtividade do milho e severidade da doença tem sido relatada por vários 7 autores em condições tropicais (Sawzaki et al., 1997; Brasil & Carvalho, 1998 e Pegoraro et al., 2001). Até o momento são escassos os trabalhos relacionando a intensidade da pinta branca e os danos, ou seja, redução da quantidade da produção. No Brasil, para algumas doenças de importância econômica como ferrugem polissora, a helmintosporiose comum (Perkins & Pedersen, 1987), cercosporiose (Nutter & Jenco, 1992), entre outras, já existem informações sobre a quantificação de danos. Segundo Amorim & Bergamin Filho (2011) o método da parcela experimental é o mais frequente nos trabalhos de pesquisa, empregando principalmente experimentos de tratamentos múltiplos, nos quais dois ou mais níveis de intensidade da doença compõem o mesmo experimento. Para determinar danos na produção, examina-se a relação entre rendimento e severidade da doença. O cálculo de dano, invariavelmente, implica a determinação da produção das parcelas sadias. Dano é calculado, portanto, como a diferença de produção, usualmente expressa em porcentagem, entre parcelas com diferentes níveis de doença e parcelas sadias. O conhecimento dos danos causados por essa doença poderá contribuir também para o conhecimento preciso da sua importância relativa e dos benefícios resultantes do seu controle. Objetivou-se com este trabalho estabelecer a relação de dano no patossistema P. ananatis - milho, sob infestação natural pelo patógeno, empregando o método da parcela experimental e utilizando diferentes épocas e números de aplicação de fungicida para obtenção de diferentes níveis de intensidade da doença. 8 MATERIAL E MÉTODOS O ensaio foi conduzido na fazenda experimental do Campus Jataí da Universidade Federal de Goiás, localizado no município de Jataí, GO, a 15o18’ de latitude SUL, 49o 7’ de longitude Oeste e 650 m de altitude. A semeadura foi realizada durante o período da safrinha, no dia 15 de fevereiro de 2013. O tipo de solo predominante era o latossolo vermelho distrófico e a semeadura foi realizada dentro do sistema de plantio direto sobre palhada de soja. Foram utilizadas sementes do híbrido simples, não comercial, HS200, sabidamente suscetível à pinta branca. O delineamento experimental foi o de blocos casualizados com quatro repetições e cada unidade experimental foi constituída por uma parcela de cinco linhas de seis metros de comprimento com espaçamento entre linhas de 0,45 m e uma média de cinco plantas por metro linear. Considerou-se como área útil para coleta de dados as três linhas centrais, descontando meio metro de cada extremidade de cada linha. A adubação de base e de cobertura, o manejo de pragas e plantas daninhas foram realizados conforme a recomendação de pesquisa para o cultivo de milho. Os níveis de intensidade da pinta branca foram obtidos por meio de tratamentos que empregaram diferentes números e épocas de pulverização com o fungicida mancozeb, na dosagem de 3Kg ha-1 do produto comercial Dithane® (Tabela 1). Segundo Pinto (2004) e Bomfeti et al. (2006) o fungicida mancozeb apresenta efeito no controle da pinta branca e não interfere no controle de outras doenças foliares. 9 Tabela 1 – Tratamentos empregados no ensaio de quantificação de danos da pinta branca na cultura do milho. Jataí, GO, safrinha 2013. Tratamento Momento da pulverização N° aplicações (DAE*) 1 Sem controle 0 2 30 1 3 30 e 45 2 4 30, 45 e 60 3 5 30, 45, 60 e 75 4 6 30, 45, 60, 75, 90 5 7 45, 60, 75, 90 4 8 60, 75, 90 3 9 75, 90 2 10 90 1 *DAE – Dias Após a Emergência As aplicações foram realizadas com auxilio de pulverizador pressurizado a CO2 que foi adaptado para a cultura do milho, de maneira que a barra de pulverização ficasse acima das plantas. Isso foi conseguido por meio da fixação da barra de pulverização em um cano de PVC de 0,5 polegadas de diâmetro e 2,7 metros de comprimento. Nas extremidades do cano, formando um ângulo de 90°, foram fixados mais dois canos de 2,0 m de comprimento, local onde os aplicadores (um aplicador para cada lado) seguravam para que a barra com as ponteiras ficasse suspensa sobre as parcelas. Um dos aplicadores carregava o cilindro de CO2 e o gatilho de acionamento do pulverizador. Também foi realizada uma pulverização com um fungicida comercial à base de ciproconazole, em área total, a fim de controlar as outras doenças foliares como manchas e ferrugens, sem interferir na incidência da pinta branca. A quantificação da severidade foi feita por meio da escala diagramática sugerida por Capucho et al. (2010), desenvolvida especificamente para a pinta branca. A severidade foi estimada nas folhas imediatamente acima e abaixo da espiga, em cinco plantas escolhidas 10 aleatoriamente dentro da parcela útil. Capucho et al. (2010) concluíram que a severidade da pinta branca na planta de milho correlaciona-se significativamente com a severidade nas folhas imediatamente acima e abaixo da espiga, facilitando a quantificação da doença. Foram realizadas três estimativas da severidade, aproximadamente a 69, 89 e 99 Dias Após a Emergência, todas após o estágio de pendoamento, sendo a primeira no dia 30 de abril, a segunda e a terceira nos dias 20 e 30 de maio, respectivamente. A última estimativa da severidade foi realizada nas folhas do ponteiro das plantas, pois a doença havia atingido 100% de severidade nas folhas acima e abaixo da espiga em vários tratamentos. Foi calculada a severidade média das duas folhas de cada planta avaliada e em seguida a média das cinco plantas de cada parcela, em cada data de avaliação. Com os dados de severidade das três avaliações foi calculada a área abaixo da curva de progresso da doença pelo método da integração trapeizodal (Berger, 1988). No final do ciclo da cultura as espigas das plantas da área útil de cada parcela foram colhidas manualmente e posteriormente procedeu-se a trilhagem dos grãos. A umidade dos grãos foi determinada por meio do equipamento portátil e foi feita a correção para padronização a 13% de umidade. Para a determinação da produtividade, os grãos provenientes de cada parcela foram pesados em balança com capacidade para 5 kg e os valores obtidos, transformados para kg ha-1. Para determinação do peso de 100 grãos foi utilizada uma balança com sensibilidade de centésimo de grama. Os dados foram submetidos análise de variância e as médias comparadas pelo teste Scott-Knott a 5% de probabilidade. 11 RESULTADOS E DISCUSSÃO O desenvolvimento da cultura ocorreu dentro dos padrões esperados para o híbrido HS200. Os primeiros sintomas da pinta branca foram observados no dia 1º de Abril de 2013, aos 39 DAE, quando as plantas encontravam-se no estádio V8 de desenvolvimento. Foram observadas pequenas lesões nas folhas inferiores, em poucas plantas distribuídas aleatoriamente no ensaio. Entre a segunda e terceira pulverização ocorreu o crescimento epidêmico da doença, sendo observada alta severidade nas folhas inferiores, indistintamente em todos os tratamentos. Nesse período, houve precipitação intensa (Figura 1), o que provavelmente lavou o fungicida da segunda aplicação, interferindo no efeito protetor do mancozeb. Chuva contínua por vários dias impediu a reaplicação do produto, que embora seja facilmente lavado pelas chuvas, é até então o único capaz de controlar a pinta branca e não interferir nas outras doenças foliares. Precipitação contínua por vários dias nessa época do ano não é comum na região e se tornou um problema metodológico. Figura 1. Dados climáticos coletados da Estação Meteorológica de Observação do INMET de Jataí, GO, quinzenalmente, no período de fevereiro a junho/2013. 12 Provavelmente a ineficiência do controle químico na segunda pulverização permitiu o crescimento explosivo da doença tomando 2/3 da área foliar das plantas em todas as parcelas. Há pouca informação sobre a epidemiologia da doença, mas sabe-se que P. ananatis permanece de forma epifítica na superfície das folhas (Wysmierski et. al., 2006). Algumas bactérias fitopatogênicas possuem um mecanismo chamado quorum-sensing que permite a população epifítica comunicar quimicamente entre si. A principal substância sinalizadora pertence ao grupo químico das acilhomoserinas lactonas, que são empregadas na expressão de muitos caracteres fenotípicos importantes para virulência e ataque ao hospedeiro (Agrios, 2005; Amorim & Pascholati, 2011). Essas substanciâs também são responsáveis pela produção de um exopolissacarídeo, que protege a célula bacteriana de mecanismos de defesa do hospedeiro e obstrui a circulação da seiva nas folhas que origina o tecido necrosado (Pomini et al., 2007). Provavelmente a população epifítica de P. ananatis aumentou durante o período chuvoso e, posteriormente, encontrando condições ambientais propícias, principalmente umidade e quedas de temperatura (diferenças entre temperaturas diurnas e noturnas) a doença surgiu de forma generalizada. Sabe-se que a manutenção de um nível populacional baixo, com aplicação de mancozeb ou controladores bacterianos, a doença não aparece. Observa-se, na figura 2, que após o período chuvoso, houve maior amplitude térmica, justamente quando a doença apresentou crescimento explosivo. P. ananatis apresenta a capacidade de produzir cristais de gelo em temperaturas onde esses cristais não poderiam ser formados (Wysmierski et al., 2005). Esse fenômeno recebe o nome de nucleação de gelo e assume importância quando incide em culturas que não toleram o congelamento do meio intercelular, exteriorizando na forma de lesões do tipo anasarca, como no caso do milho. Esta propriedade é relacionada à virulência de bactérias fitopatogênicas e para P. ananatis, a proteína extracelular relacionada à nucleação de gelo denomina-se KUIN-3 (Muryoi et al., 2003). Os tratamentos 4, 5 e 6 deveriam ser aqueles que proporcionariam menores intensidades da doença, sendo o tratamento 6 o responsável pelas 13 parcelas totalmente livres da doença. Parcelas totalmente livres da doença são essenciais para a estimativa de dano (Amorim & Bergamin Filho, 2011, Jesus Júnior et al., 2004). Infelizmente esses dados não foram obtidos, contudo houve gradiente de severidade nas folhas do terço superior das plantas, permitindo estimativa da intensidade da doença. Os dados de severidade das três avaliações e a área abaixo da curva de progresso da doença estão apresentados na tabela 2. Tabela 2. Severidade média da pinta branca nas folhas acima e abaixo da espiga e área abaixo da curva de progresso da doença em 3 avaliações. Ensaio conduzido em Jataí, GO, na safrinha 2013. Tratamentos 1- Sem controle 2- 30* 3- 30 e 45 4- 30, 45 e 60 5- 30, 45, 60 e 75 6- 30, 45, 60, 75, 90 7- 45, 60, 75, 90 8- 60, 75, 90 9- 75, 90 10- 90 C.V. Aval 1 0,97* b 0,93 b 0,49 a 0,27 a 0,22 a 0,44 a 0,27 a 0,5 a 1,07 b 0,87 b Severidade Aval 2 10,6 b 13,95 b 2,25 a 3,02 a 1,65 a 2,67 a 1,66 a 4,42 a 9,85 b 10 b Aval 3 25,5 b 17,5 b 9,75 a 5,9 a 2,9 a 5,87 a 4,57 a 11,5 a 21,4 b 29,9 b 46,98 31,71 32,42 AACPD 296,22 306,07 79,8 74,82 42,31 78,82 61,86 167,42 259,05 332,47 c c a a a a a b c c 28,75 *Médias seguidas de letras iguais na coluna, não diferem entre si pelo teste de Scott Knott a 5% de significância *DAE – Dias Após a Emergência. Observa-se que nas três avaliações de severidade os tratamentos 2, 9 e 10 apresentaram severidade semelhante à testemunha sem pulverização. No tratamento 2, que recebeu uma única pulverização aos 30 DAE, o efeito residual do fungicida acabou antes da infecção pelo patógeno. Já os tratamentos 9 e 10 receberam o tratamento fungicida após o período infeccioso do patógeno. Os demais tratamentos não diferiram entre si. Em relação a área abaixo da curva de progresso da doença, o mesmo resultado foi 14 observado, embora o tratamento 8, com 3 pulverizações a partir dos 60 DAE tenha mostrado maior AACPD em relação aos tratamentos 3 a 7. Nota-se que, embora a severidade nas folhas inferiores tenha sido igualmente elevada em todos os tratamentos, houve gradiente de doença nas folhas médias e superiores. Contudo, a alta severidade reduziu a produtividade em todos os tratamentos, como pode ser observado na tabela 3. Tabela 3. Produtividade e Massa de 100 grãos. Ensaio conduzido em Jataí, GO, na safrinha2013. Produtividade Massa 100 Tratamentos (kg ha-1) grãos (g) 1- Sem controle 4380,5 a 16.87 a 2- 30 4625,75 a 16,27 a 3- 30 e 45 4069,25 a 19,09 a 4- 30, 45 e 60 4697,38 a 16,55 a 5- 30, 45, 60 e 75 4338,87 a 16,78 a 6- 30, 45, 60, 75, 90 4413,83 a 18,48 a 7- 45, 60, 75, 90 4600,08 a 18,13 a 8- 60, 75, 90 4614,15 a 16,29 a 9- 75, 90 3838,91 a 16,08 a 10- 90 4165,34 a 16,72 a C.V. 13,4 10,4 *Médias seguidas de letras iguais na coluna, não diferem entre si pelo teste de Scott Knott a 5% de significância *DAE – Dias Após a Emergência. O gradiente de doença nas folhas superiores absolutamente não influenciou a produtividade, uma vez que 2/3 da área foliar das plantas foram comprometidos pela doença. Não houve diferença significativa entre os tratamentos, tanto para a produtividade, quanto para peso de 100 grãos e a produtividade média dos tratamentos, 4.374 Kg ha-1, foi bastante baixa. A produtividade não se correlacionou com a severidade na terceira avaliação e com a área abaixo da curva de progresso da doença (Figuras 3 e 4). 15 Figura 3. Produtividade (Kg.ha-1) e severidade (dados da 3ª avaliação) da doença no ensaio para quantificação de dano conduzido em Jataí na safrinha 2013. Figura 4. Produtividade (Kg.ha-1) e Área abaixo da curva de progresso da doença no ensaio para quantificação de dano conduzido em Jataí na safrinha 2013. 16 CONSIDERAÇOES FINAIS 1. Não foi possível obter a curva de função de dano no Patossistema P. ananatis – milho, em função da ausência de uma parcela totalmente livre da doença. 2. As condições ambientais durante o experimento foram favoráveis ao desenvolvimento da pinta branca, causada por P. ananatis. 3. Precipitação abundante logo após a segunda pulverização, não usual nessa época do ano, impossibilitou a obtenção de parcelas com menores níveis de doença assim como parcelas livres da doença, essenciais para a obtenção da função de dano. 4. A severidade foi estimada nas folhas acima da espiga e mostraram que apesar da alta intensidade da doença nos 2/3 inferiores das plantas, houve gradiente de doença, demonstrando diferença entre os tratamentos. 5. Os tratamentos não influenciaram a produtividade. A alta severidade nos 2/3 inferiores das plantas comprometeu o rendimento de todas as parcelas experimentais. 17 REFERÊNCIAS AGRIOS, G. N. Plant Pathology. 5 th ed. California: Academic Press, 2005. 922p. AMORIM, L.; BERGAMIN FILHO, A. Fenologia, patometria e quantificação de dano. In: AMORIN, L.; REZENDE, J.A.M.; BERGAMIN FILHO, A. (Ed). Manual de Fitopatologia: Princípios e Conceitos. 4. ed. São Paulo: Editora Ceres, 2011. cap. 33 p. 517-540 . AMORIM, L.; PASCHOLATI, S.F. 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