Quando o cidadão se revolta… oferece um Prémio da Fúria

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Quando o cidadão se revolta… oferece um Prémio da Fúria
22
Página Cultural
7 | Outubro | 2011
Quando o cidadão se revolta…
oferece um Prémio da Fúria
O que fazer quando os serviços
prestados ao cliente não têm a
qualidade tão fortemente apregoada pelas empresas que os fornecem? Porque não denunciar o caso
na internet, identificando prestadores e relatando com pormenor
(e neste caso com humor) as cenas
que conduziram à apresentação de
uma reclamação?
Foi o que decidiu fazer Mário
Cipriano, um bombarralense que,
por motivos profissionais, vive há
vários anos em Lisboa.
É no seu blogue “Um dia de Raiva” que dá a conhecer à comunidade cibernética os vários problemas com que se tem deparado
enquanto cliente. O mais grave: um
corte de energia eléctrica que se
prolongou por nove dias. Os restantes relatos dizem respeito a
vários casos de atendimento ineficaz e que resultaram na apresentação de reclamações.
“Começo sempre por reclamar pelas vias legais”
legais”, afirma o
inspector da CP, consciente da pos-
sibilidade de recorrer ao Provedor
do Cliente sempre que o mesmo
integra a estrutura da empresa –
uma figura ainda pouco frequente
nas empresas portuguesas.
Quase nada funciona bem
“Quase
e em mais de 90% das queixas
e reclamações não recebo retorno
torno”, disse.
Cansado da ausência de feedback, resolveu criar um blogue
muito particular. Nome: “Um dia
de Raiva”, em homenagem ao filme “Falling Down”, realizado por
JoelSchumacherem1993equetem
como protagonista Bill Foster (interpretado por Michael Douglas),
um homem que fica desempregado e que, frustrado com as falhas
que encontra na sociedade e com
a azáfama citadina, acaba por recorrer à violência.
No blogue de Mário Cipriano, a
violência é substituída por um fino
sentido de humor. Ainda assim, o
dinamizador de “Um dia de Raiva”
acaba por transformar-se num Bill
Foster à portuguesa, uma perso-
nagem bem-humorada, mais denunciadora do que violenta.
Mário Cipriano, que também já
viveu nas Caldas da Rainha, lembrou-se de distinguir as empresas
e entidades más prestadoras de
serviços agraciando-as com “um
dos Caldas”. E explica aos seguidores do blogue: “Um dia de raiva!” vai ser um espaço onde,
não podendo ser um Bill Foster, serei um distribuidor de
prémios. Com assinatura
made in Caldas da Rainha, irei
periodicamente eleger uma
pessoa, entidade, empresa,
or
ganismo ou marca merecedoorganismo
ra do “Prémio da Fúria”. E espera “que lhes dê tanto prazer recebê-lo como a mim entregá-lo
entregá-lo.
Desde que iniciou este exercício
de cidadania, Mário Cipriano tem
constatado que são muitas as emrígipresas com uma estrutura “rígida, fechada e não adaptada às
necessidades dos seus clientes. Esperam que estes se adaptem aos produtos e serviços
que têm para vender “, disse à
Caldas, acrescentanGazeta das Caldas
do que vai dar continuidade a este
seu blogue, criado há dois meses.
Para reclamar, diz, é preciso ter
fechar os
muita paciência e “fechar
olhos aos custos, por exemplo,
do telefone, derivados do tempo passado a ouvir música e
das vezes que me deixam pendurado
durado!”. Neste seu projecto pessoal são muitas as empresas que
já foram brindadas com o Prémio
da Fúria. Destas, as mais conhecidas são a EDP e a Endesa, num
sem fim de situações onde todos
acabamos por nos rever. E já existem mais nomeadas para receber
o prémio, como a PT, a companhia
de seguros Zurich, a EMEL e a ZON.
Da sua experiência, Mário Cipriano remata que em Portugal entitêm mais
dades como a Deco “têm
uma posição de mediação do
que de defesa do consumidor”
consumidor”.
Se lhe aguçámos a curiosidade
e quiser aplaudir a atitude de um
reclamador profissional, vá a http:/
Colectivo de artistas da ESAD
apresenta ciclo de exposições
Quem conclui um mestrado
tem a designação de mestre.
Mas a verdade é que também
há os mestres do kung-fu. E foi
por isso que um grupo de exestudantes de Artes Plásticas da
ESAD resolveu brincar com o seu
título académico e organizar o
ciclo de exposições “Os Mestres
do Kung-Fu”.
O colectivo chama-se Electricidade Estética e os seus traba-
lhos podem ser vistos na rua
Emídio de Jesus Coelho, uma
das transversais que liga a Rua
General Queirós à Rua Heróis da
Grande Guerra.
Deste colectivo fazem parte
ex-estudantes da ESAD que já
realizaram várias iniciativas artísticas na cidade, sobretudo
quando nela estudavam.
Este primeiro ciclo inclui
“Este
artistas que já fizeram ou
que estão a terminar o seu
mestrado
mestrado”, disse Patrícia Faustino, que é um dos elementos
do colectivo, explicando que os
artistas deste ciclo prosseguiram estudos em Portugal e no
estrangeiro.
Para já as exposições terão a
duração de apenas três dias. A
6, 7 e 8 de Outubro vai estar “O
Golpe do Leão”, de Pedro Oliveira, e de 13 a 15 de Outubro será a
vez de Isa Ferreira apresentar
“five point palm exploding heart
technique”. André Bastos vai propor “O Sopro da Doninha” para
apreciar de 20 a 22 de Outubro e
de 27 a 29 de Outubro será a vez
de Susana Borges.
As exposições poderão ser
vistas todas as quintas (das
21h00 à meia-noite), sextas (das
22h00 à meia-noite) e
sábados(das 17h00 às 19h00) do
mês de Outubro.
O espaço expositivo fica na
Rua Emídio de Jesus Coelho, nº4
1ºdireito, nas Caldas da Rainha.
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/umdiaderaiva.w ordpress.com/.
Neste endereço, terá uma boa oportunidade para perceber que a apresentação pública de uma reclamação na Internet é sempre preferí-
vel a mantê-la no círculo restrito
da família e dos amigos.
Natacha Narciso
[email protected]
“A Rulote” estaciona
em Alcobaça
PUB.
JUDITE
É este o Prémio da Fúria, de características bem
caldenses e que o dinamizador do blogue espera que “lhes
dê tanta satisfação recebê-los como a mim entregá-los!”
“UMA NOVA VISÃO NA EDUCAÇÃO DOS SEUS FILHOS”
Contactos 262186060/918490047
ou 262838751/917972244
(junto à Escola Bordalo Pinheiro)
Actores e comunidade local juntam-se numa peça de
teatro ao ar livre
O que acontece quando uma
rulote, uma daquelas em que se
vendem cachorros, sumos e cervejas, estaciona num lugar improvável e junto a ela se encontram pessoas que estão apenas
de passagem e actores de uma
peça de teatro inesperada? Foi
o que aconteceu nas imediações
da vila de Palmela, em 2010,
onde a associação artística
Propositário Azul juntou comunidade e actores, pôs “o teatro a co-habitar com a
vid
a” e criou um espectáculo
vida”
que anda agora em itinerância
e passa este fim-de-semana por
Alcobaça.
Amanhã, 8 de Outubro, pelas
18h00, a envolvente do Mosteiro
de Alcobaça acolhe a peça encenada por Nuno Nunes e à qual
Carolina Bettencourt, David
Granada, Gonçalo Portela,
Hugo Sovelas, João Miguel
Mota, Rita Lucas Coelho, Sofia Dias e o Coral 1º de Maio
dão corpo e voz. Estreada em
2010, “A Rulote” passou já por
Montemor-o-Novo, Guimarães e
Montijo.
Depois de Alcobaça, seguese Aveiro, Abrantes e Cartaxo.
Joana Fialho
[email protected]

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