PROTEÇÃO CATÓDICA PROGRAMAÇÃO
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PROTEÇÃO CATÓDICA PROGRAMAÇÃO
PROTEÇÃO CATÓDICA EFETIVO COMBATE À CORROSÃO ELETROQUÍMICA PARTE 6: TÉCNICAS ESPECIAIS DE INSPEÇÕES EM DUTOS TERRESTRES Este material contém informações classificadas como NP-1 PROGRAMAÇÃO 1.Passo a passo; 2.DCVG; 3.Atenuação de corrente; 4.ACVG. INTRODUÇÃO • Estas técnicas especiais de inspeção de são utilizadas para o controle da corrosão externa de dutos. • Fornecem informações do Revestimento e do Sistema de PC sem a necessidade de escavação. • Os dados obtidos são usados na elaboração de um Plano de Reabilitação da Proteção Anticorrosiva de Dutos. INTRODUÇÃO • A definição da técnica a ser empregada deve considerar: – Revestimento existente (novo/degradado); – Presença de correntes de interferência; – Necessidade de avaliar o estado do Sistema de PC. • Necessitam da localização do duto na faixa de servidão e da faixa de servidão em condições de se caminhar! QUANDO INSPECIONAR 1. Histórico de falhas (vazamentos por corrosão externa) ou de perda de espessura (PIG instrumentado); 2. Indicação que o Sistema de PC atingiu seu limite; 3. Atendimento ao Plano de Integridade do Duto (Periodicamente - intervalos de 5 a 10 anos). POTENCIAL PASSO A PASSO POTENCIAL PASSO A PASSO - OBJETIVOS • O método Passo a Passo, também conhecido como Close Interval Potencial Survey – CIPS tem por objetivo: – Traçar o perfil do potencial de proteção catódica “ON” E “OFF”; – Determinar locais com deficiência de proteção (localização indireta de falhas de revestimento); – Priorizar regiões para reabilitação da proteção catódica. POTENCIAL PASSO A PASSO EQUIPAMENTOS • O método Passo a Passo utiliza os seguintes equipamentos: – – – – – Interruptores de corrente dos retificadores; Data loger / Registrador de potenciais; Duas semi-células Cu/CuSO4 com hastes; Bobina de fios; Odômetro. POTENCIAL PASSO A PASSO EQUIPAMENTOS Chave de sincronismo Registrador de potenciais Equipamentos para a inspeção POTENCIAL PASSO A PASSO PROCEDIMENTO • A inspeção é realizada por um técnico caminhando na faixa sobre a diretriz do duto, registrando o potencial tubo-solo conectado a: – Duas semi-células de cobre-sulfato de cobre; – Um ponto de teste ou a um outro ponto de contato com a tubulação. • O alcance total dependente somente do comprimento da bobina de fio. POTENCIAL NO LOCAL DA FALHA DE REVESTIMENTO POTENCIAL PASSO A PASSO PROCEDIMENTO POTENCIAL PASSO A PASSO – DIFICULDADES... POTENCIAL PASSO A PASSO – INTERPRETAÇÃO • O desempenho da PC e eventual falha do revestimento são avaliados considerando os potenciais ON/OFF obtidos. • Mudanças bruscas nos potenciais, baixos valores entre ON e OFF (queda IR) e valores OFF fora do critério de proteção indicam existências de anomalias. POTENCIAL PASSO A PASSO – RESULTADOS POTENCIAL PASSO A PASSO – RESULTADOS 100,00% 90,00% 80,00% 70,00% 60,00% 50,00% 40,00% 30,00% 20,00% 10,00% 0,00% KM I N S P E ÇÃ O C I P S POTENCIAL PASSO A PASSO – CORRELAÇÃO COM PIG INSTRUMENTADO Distribuição da Quantidade de pontos de corrosão externa por km Potencial de subproteção catódica POTENCIAL PASSO A PASSO – CLASSIFICAÇÃO • São identificadas as regiões com deficiência de proteção catódica, ou seja, com potencial fora dos critérios de proteção. • A seguinte classificação pode ser usada: – Região não protegida catodicamente; – Região parcialmente protegida catodicamente; – Região protegida catodicamente. POTENCIAL PASSO A PASSO – LIMITAÇÕES • Não localiza diretamente falhas no revestimento. A localização de falhas depende da indicação de potenciais; • Depende do bom contato elétrico entre solo e a semi-célula. Difícil utilização em superfícies asfaltadas ou em travessia de rios; • Não aplicável a dutos sujeitos a correntes de interferência. DCVG DCVG - OBJETIVOS • Localizar a falha no revestimento; • Levantar áreas anódicas/anódicas, visando determinar locais com deficiência de proteção catódica; • Estimar o tamanho da falha (graduação); • Priorizar as falhas a serem mitigadas, fornecendo informações para reabilitação do revestimento ou da proteção catódica. DCVG – EQUIPAMENTOS • O método DCVG utiliza os seguintes equipamentos: – Interruptor de corrente; – Milivoltímetro analógico sensível, de escala com zero central; – Duas semi-células de Cu/CuSo4 com hastes; – GPS. DCVG – EQUIPAMENTOS Interruptor de corrente Milivoltímetro analógico DCVG – CONCEITO • Quando uma corrente contínua é aplicada num duto, um gradiente de potencial aparece no solo devido a passagem da corrente através da falha do revestimento. • O gradiente de potencial é proporcional ao fluxo de corrente e a proximidade da falha. Em geral, quanto maior a falha, maior é o fluxo de corrente. DCVG – PROCEDIMENTO • Instalam-se interruptores de corrente nos retificadores. • O milivoltímetro é conectado a duas semi-células. Um operador caminha pela faixa do duto tocando o solo com as semi-células simultaneamente, sendo uma em frente da outra, medindo o gradiente de potencial sobre o duto. • Quando o operador se aproxima da falha irá perceber, no milivoltímetro, o início do sinal e a direção do fluxo de corrente. DCVG – PROCEDIMENTO • Quando a falha é ultrapassada, a deflexão do ponteiro inverte, e lentamente diminui conforme o operador se afasta da falha. • Retornando alguns passos, o operador encontrará uma posição onde o ponteiro não está deflexionado, isto é, ficará no zero central, a falha estará, então, entre as duas semi-células. • Repetindo-se este procedimento em ângulo reto será encontrado o epicentro do gradiente de potencial. Este ponto estará diretamente sobre a falha do revestimento. DCVG – PROCEDIMENTO DCVG – PROCEDIMENTO DCVG – PROCEDIMENTO DCVG – PROCEDIMENTO Demarcação da falha Geoposicionamento da falha DCVG – AUSÊNCIA DE CABOS ELÉTRICOS DCVG – LEVANTAMENTO DA CARACTERÍSTICA DA FALHA • O método DCVG pode estimar as características eletroquímicas de cada falha, visando priorizar ações corretivas: – – – – Falha Falha Falha Falha catódica/catódica; neutra/catódica; anódica/catódica; anódica/anódica. • Nas inspeções realizadas pela TRANSPETRO, esta classificação não tem se mostrado muito eficiente. DCVG – ESTIMATIVA DO TAMANHO DA FALHA • Outra forma de classificação de falhas e tentativa de priorização de ações corretivas. • A expressão “percentagem IR” (%IR) é adotada para dar uma indicação do “tamanho elétrico” da falha. • A TRANSPETRO também encontrou deficiências na utilização desta classificação. DCVG – CLASSIFICAÇÃO • As falhas informadas no relatório de inspeção são classificadas segundo os seguintes dados: – Categoria (% IR); – Característica anódica/catódica/neutra; – Comprimento da Falha (metros). • A recomendação é utilizar correlacionar com outras técnicas de inspeção, como o PIG instrumentado. DCVG – LIMITAÇÕES • Não informa os potenciais de proteção catódica, porém depende de um sinal detectável; • É uma técnica condutiva, dependendo do bom contato elétrico entre solo e a semi-célula; • Apresenta erros na presença de correntes de interferência no solo; ATENUAÇÃO DE CORRENTE ATENUAÇÃO DE CORRENTE - OBJETIVOS • Localiza o duto e determina a sua profundidade a partir da superfície; • Determina regiões com revestimento degradado (avaliação qualitativa); • Identifica locais ou componentes com consumo excessivo de corrente de proteção catódica (pontos de contato com outros dutos ou estruturas); • Localiza cabos elétricos. ATENUAÇÃO DE CORRENTE – EQUIPAMENTOS • Os seguintes equipamentos são utilizados: – Gerador/transmissor CA multifreqüência; – Receptor digital; – Hastes de aterramento (ou um leito de anodos). ATENUAÇÃO DE CORRENTE – EQUIPAMENTOS Transmissor e receptor de sinais ATENUAÇÃO DE CORRENTE – CONCEITO • Essa técnica magnética não requer contato elétrico com o solo e é capaz de obter informações sobre coberturas como água, concreto e asfalto. • Uma corrente alternada é aplicada em trechos do duto. As regiões com falhas no revestimento são identificadas e classificadas conforme a mudança da magnitude da corrente de teste. • Essa técnica também é conhecida como PCM – Pipeline Current Mapper. ATENUAÇÃO DE CORRENTE – CONCEITO • A corrente aplicada entre o solo e o duto, retorna pela parede metálica do duto. • O campo eletromagnético gerado pela corrente pode ser medido na superfície do solo por um receptor eletromagnético. • A intensidade da corrente no duto varia, basicamente, em função de dois fatores: – A atenuação natural, em função da resistência transversal do revestimento do duto, e – A área metálica do duto (falha) em contato com o solo. ATENUAÇÃO DE CORRENTE – CONCEITO • A corrente aplicada entre o solo e o duto, retorna pela parede metálica do duto. • O campo eletromagnético gerado pela corrente pode ser medido na superfície do solo por um receptor eletromagnético. • A taxa de atenuação da corrente no duto é logarítmica. Ela ocorre, basicamente, em função de dois fatores: – A atenuação natural, em função da resistência transversal do revestimento do duto, e – A área metálica do duto (falha) em contato com o solo. ATENUAÇÃO DE CORRENTE – REPRESENTAÇÃO ELÉTRICA G ~ ATENUAÇÃO DE CORRENTE – LOCALIZAÇÃO DO DUTO • Para a aplicação desse método, as seguintes etapas são necessárias: – Verificação do isolamento do duto nos pontos de teste e junta de isolamento. Qualquer componente que não esteja desconectado, é visto como uma anomalia do revestimento; – Localizar o duto a inspecionar. O receptor pode captar o sinal de corrente e determina, por meio de setas, a correta posição do duto. ATENUAÇÃO DE CORRENTE – LOCALIZAÇÃO DO DUTO Duas bobinas, posicionadas 90º uma da outra, trabalham em conjunto para determinar a real posição do duto. LOCALIZAÇÃO DO DUTO – PROCEDIMENTO SOLO DUTO LOCALIZAÇÃO DO DUTO – PROCEDIMENTO SOLO DUTO LOCALIZAÇÃO DO DUTO – PROCEDIMENTO SOLO DUTO LOCALIZAÇÃO DO DUTO – PROCEDIMENTO Após a localização, posicionar o transmissor alinhado ao duto para determinar sua profundidade. SOLO DUTO AVALIAÇÃO DO REVESTIMENTO – PROCEDIMENTO • O transmissor/gerador é conectado a um ponto do duto e a terra. • Seleciona-se a corrente a ser aplicada ao duto: – 100, 300, 600, 1000 ou 3000 mA. • Caminha-se sobre o duto fazendo-se leituras da corrente com o receptor, em intervalos que podem variar de 30 a 100 metros. RETIFICADOR DE PROTEÇ PROTEÇÃO CATÓ CATÓDICA AVALIAÇÃO DO REVESTIMENTO – PROCEDIMENTO TRANSMISSOR LEITO DE ANODOS 1000 mA FALHA DE REVESTIMENTO 500 mA 1000 mA 500 mA 498 mA 495 mA 380 mA 378 mA RESULTADO TEÓ TEÓRICO ESPERADO REGIÃO A SER PESQUISADA - AUMENTAR O NÚ NÚMERO DE MEDIÇ MEDIÇÕES ENTRE OS PONTOS AVALIAÇÃO DO REVESTIMENTO – PROCEDIMENTO • Medir a corrente de teste ao longo do duto; • Calcular o valor dB/m entre os intervalos de medição; • Representar os resultados em gráficos e classificar as regiões conforme os valores calculados. AVALIAÇÃO DO REVESTIMENTO – GRÁFICOS AVALIAÇÃO DO REVESTIMENTO – GRÁFICOS AVALIAÇÃO DO REVESTIMENTO – CLASSIFICAÇÃO Classificação Atenuação (dB/m) A (alta) Maior que 0,030 B (média) de 0,030 a 0,021 C (baixa) Inferior a 0,021 AVALIAÇÃO DO REVESTIMENTO – CUIDADOS • Se a localização do duto não estiver precisa, as leituras de corrente e profundidade no receptor podem conter erros. • Em faixa com múltiplos dutos deve-se assegurar um fluxo adequado de sinal no duto a ser inspecionado. • Interligação subterrâneas entre dutos causam erros. Qualquer ligação deve ser realizada em pontos de teste. ATENUAÇÃO DE CORRENTE – VANTAGENS • Grande alcance, podendo chegar a 20 km dependendo da qualidade do revestimento; • Prioriza as falhas do revestimento a serem reparadas (é recomendável sempre fazer a correlação com outras técnicas, como o ACVG e o PIG); • Aplicável a dutos sujeitos a correntes de interferência. ACVG ACVG – OBJETIVOS • Localizar a falha no revestimento (avaliação quantitativa); • Classificar cada falha; • Priorizar as falhas a serem mitigadas. ACVG – EQUIPAMENTOS • Utiliza os mesmos equipamentos da técnica Atenuação de Corrente mais : – Suporte de contato com o solo (A-Frame); – Equipamento para geoposicionamento - DGPS. ACVG – EQUIPAMENTOS Arco A-Frame Receptor e transmissor de sinais ACVG – CONCEITO • A técnica ACVG (Alternating Current Voltage Gradient) é também conhecida como a Avaliação Quantitativa do revestimento. Essa técnica normalmente complementa a técnica Atenuação de Corrente. • Ela se baseia no gradiente de potencial no solo causado pela corrente CA do gerador. A localização é semelhante ao princípio de detecção de falhas pelo Método DCVG. ACVG – PROCEDIMENTO • Localiza-se regiões com deficiências no revestimento, por meio da Atenuação de Potencial. • Faz-se um pente fino nestas regiões, utilizando o equipamento A-Frame, acoplado ao receptor PCM, que identifica a diferença de potencial no solo e localiza a posição exata da falha. • A indicação da falha é dada por meio de uma seta no painel do receptor que aponta na direção da falha e faz sua graduação em decibéis (dB). ACVG – PROCEDIMENTO ACVG – RESULTADOS • O resultados dessa inspeção é apresentado em valor dB do A-Frame transversal, com a graduação de cada falha individual. • Como o valor dB transversal varia conforme a corrente ajustada no transmissor, essa leitura deve ser corrigida para um valor base de referência, por exemplo de 1000 mA. • Essa correção recebe o nome dB corrigido. ACVG – RESULTADOS ACVG – CLASSIFICAÇÃO DAS FALHAS Classificação A-Frame Transversal (dB corrigido) A (alta) Maior que 81 dB B (média) 66 a 80 dB C (baixa) 51 a 65 dB D (muito baixa) Inferior a 50 dB ACVG – CUIDADOS • Todos os cuidados com a técnica de Atenuação de Corrente (isolamento elétrico, localização do duto) também devem ser observados, uma vez que utiliza-se praticamente os mesmos equipamentos. • Depende de um bom contato das pontas do A-frame com o solo. ACVG – VANTAGENS • Assim como a Atenuação de Corrente: – – – Grande alcance, podendo chegar a 20 km dependendo da qualidade do revestimento; Complementa os resultados levantados pela técnica da Atenuação de Corrente, priorizando as falhas do revestimento a serem reparadas (é recomendável sempre fazer a correlação com outras técnicas, como o PIG); Aplicável a dutos sujeitos a correntes de interferência. EXEMPLOS DE FALHAS LOCALIZADAS FIM