Assim destroem as pessoas a ideologia de género: a realida

Transcrição

Assim destroem as pessoas a ideologia de género: a realida
O menino que cresceu como uma menina...
E marcou o caminho
Assim destroem as pessoas a
ideologia de género: a realidade estremecedora do seu inventor, John Money
O doutor John Money, pai da ideologia de género que adoptaram logo feministas e lobbies gay, experimentou e estragou as crianças da família Rainer, e mais
Actualizado 3 de Abril de 2014
Emanuele Boffi / Tempi.it
A Editoria San Pablo em Itália, catorze anos depois da sua publicação em inglês
no ano 2000, traduziu e publicou As Nature Made Him. The Boy Who Was
Raised as a Girl (“Como a natureza o fez. O menino que cresceu como uma
menina”).
O título, em italiano, reza assim: Bruce Brenda e David. Il ragazzo che fu cresciuto come una ragazza (“Bruce Brenda e David. O rapaz que cresceu como
uma rapariga”).
Nas primeiras três palavras recolhe-se o sentido deste caso: três nomes, uma
única pessoa.
O autor é um jornalista estadunidense, John Colapinto, que transformou em livro
a sua célebre investigação, publicada pela primeira vez em Dezembro de
1997 em Rolling Stone.
O caso, que nos Estados Unidos foi muito falado, é desconhecido em Itália [e em Espanha, nota de ReL], mas merece que
façamos um percurso pelo mesmo, porque é a base da denominada teoria de género.
Nascem dois gémeos, a um operam-no mal
Em 22 de Agosto de 1965 nasceram no hospital St. Boniface
de Winnipeg (Canadá) dois gémeos idênticos, Bruce e Brian Reimer. Ambos tinham um problema de fimose no pénis,
pelo que foi necessária uma circuncisão, operação simples e de rotina, à
qual os pais, Ron e Janet, deram o seu consentimento sem problemas.
Em 27 de Abril de 1966, o dia da operação, uma insólita tormenta de neve abateu-se sobre Winnipeg, presságio shakespeariano do que haveria de suceder,
pois marca o acidente que afectou o pequeno Bruce. Por um erro incrível,
queimaram o seu pénis. «Separou-se em pedaços» e «desapareceu
completamente».
O doutor Money, inventor da ideologia de
género
Os pais, desesperados, depois de uma série de consultas médicas puseram-se
nas mãos de John Money, um médico de que tinham ouvido falar na televisão
pelos seus milagres de «reafectação sexual» que levava a cabo no Johns Hopkins
Hospital de Baltimore.
Money era já então um dos investigadores em sexologia mais respeitados
do mundo.
Com um discurso brilhante e uma inteligência sofisticada, era o criador da ideologia de género, baseada na ideia de que a identidade de uma pessoa não está fundada nos dados biológicos do nascimento, mas sim nas influências culturais
e o ambiente em que cresce.
Money, que guiava a clínica pioneira em cirurgia transexual de Baltimore,
estevo encantado de ocupar-se do pequeno.
O bebé, cobaia para o cientista ideólogo
Bruce era a cobaia que ele estava esperando para demonstrar a bondade das
suas teorias, um pequeno varão sem pénis o qual podia transformar numa
menina.
Já então, o doutor era um assíduo dos plateaus televisivos, desde os quais argumentava a favor do «matrimónio aberto, do nudismo e de outras formas
de cultura sexualmente desinibida».
Definido pelo New York Times como um «agente provocador da revolução sexu-
al», defendeu a película porno Garganta profunda e assinou editoriais sobre
a «nova ética do sexo lúdico».
Animava os seus pacientes a experimentar com todo o tipo de desejo sexual, incluindo a «chuva dourada» (urinar-se em cima durante a relação sexual), a
coprófila, as amputações e o auto-estrangulamento. Para Money não eram
perversões, mas sim «parafilias».
Quando a pedofilia não se via tão mal...
Em Abril de 1980 explicou na publicação Time que una experiência de pedofilia
«não tinha necessariamente uma influência negativa sobre a criança».
Durante toda a sua carreira este homem foi reverenciado, recebendo homenagens, numerosos reconhecimentos e prémios, além de saborosas subvenções.
Criou a primeira clínica para a identidade de género, celebrada pelas maiores e mais importantes revistas estadunidenses e internacionais.
Hoje os seus estudantes e protegidos, conta Colapinto, «ocupam posições preeminentes em algumas das universidades, instituições de investigação
e revistas científicas mais estimadas dos Estados Unidos».
O doutor "parecia-me um deus", disse a
mãe
Até conhecer Bruce, o campo de acção de Money tinha-se limitado aos hermafroditas. O menino foi para ele a sua ocasião dourada.
Quando Ron e Janet, que então tinham só 20 e 21 anos, o conheceram,
ficaram fascinados pela personagem. «Parecia-me um deus», disse ela.
O médico explicou-lhes que podia dar ao menino uma vagina que funcionava perfeitamente, mas que necessitava da sua colaboração para que Bruce se
convertesse em menina.
Era importante que o vestissem como uma menina, que não lhe cortassem o cabelo, que fizessem o possível para que ela se sentisse “uma ela” e não
“um ele”. Assim teria uma vida feliz.
Primeiro passo: castrar o menino
Em 3 de Julho de 1967 Bruce foi castrado pelo Dr. Howard Jones, um colaborador de Money que seguidamente o abandonou para empreender uma profissão
mais remunerativa: abriu em Virgínia a primeira clínica para a fecundação
in vitro.
Deste modo, Bruce converteu-se em Brenda. Durante os primeiros anos, Ron e
Janet lançaram-se de cabeça nesta empresa.
Mas algo não ia bem. A pequena Brenda
ignorava as bonecas que lhe ofereciam,
adorava lutar com os seus amiguitos, construía fortes em lugar de pentear-se diante do
espelho. No banho, fazia xixi de pé.
Os primeiros anos de colégio pioraram muitíssimo a situação. Brenda começou a ser
especialmente violenta e suspenderam-na.
O menino que foi chamado Bruce ao nascer, reconvertido pelo doutor Money na
menina Brenda Vendendo o "êxito"
Entretanto, em 1972, Money publicou o
seu livro Man & Woman, Boy & Girl (Homem e Mulher, Menino e Menina), no
qual pôs o mundo ao corrente do extraordinário «caso dos dois gémeos».
O volume descrevia a experiência como um «rotundo êxito». Era a «prova concludente» de que «não se nasce varões ou fêmeas, mas sim que cada um
se converte em varão ou em fêmea».
O caso teve ressonância mundial. Adoptada pelo movimento feminista, a
obra foi louvada nas primeiras páginas do Time e do New York Times Book Review, o que deu ao seu autor a indiscutível celebridade de um guru.
As suas teses, escreveu-se então, teriam sobre a história da humanidade uma
influência comparável à «teoria da evolução de Darwin».
O mundo adoptou a nova ideologia
Só um desconhecido investigador chamado Milton Diamond se atreveu a expressar a sua perplexidade ante
o caso. Mas foi ignorado. Pelo contrário, «o caso dos
gémeos de Money foi decisivo para que se aceitasse
universalmente não só a teoria segunda a qual os
seres humanos são, quando nascem, psicosexualmente modeláveis, mas sim também a cirurgia de
reafectação sexual como tratamento para as crianças
com genitais ambíguos ou danificados. O método, que
antes se realizava só no Johns Hopkins, difundiu-se
rapidamente e hoje leva-se a cabo em quase todos os
principais hospitais do país».
Sem dúvida, a realidade ia noutra direcção muito diferente.
Brenda continuava comportando-se «como um machão», defendia o seu
irmão nas lutas e custava-lhe estar com as suas amigas.
As experiências de Money
Periodicamente, os dois irmãos iam à clínica de Money para ser submetidos
a uns stressantes testes psicológicos.
Durante estas sessões, aos dois gémeos de seis anos mostravam-lhes imagens de sexo explícitas «para reforçar a sua identidade/rol de género».
Os dois irmãos estavam obrigados a simular actos sexuais entre elos. Numa ocasião, o Dr. Money «fez-lhes uma foto com uma Polaroid».
Para Brenda, estas sessões, às quais tinha que se submeter também só, eram
uma tortura.
Nos seus sonhos imaginava que era um jovem de vinte anos «com bigodes», mas tinha medo de dizê-lo aos seus pais por temor a desiludi-los.
De facto, Ron e Janet, frustrados pelo comportamento da menina, tentavam por
todos os meios aplicar os conselhos de Money: passeavam-se nus pela casa, iam a acampamentos de nudistas, pressionavam a pequena para que assumisse atitudes femininas.
O preço da ideologia
Tudo isso levou-os a um esgotamento nervoso: Janet tentou suicidar-se, Ron
começou a beber.
Money, entretanto, publicou um novo livro de êxito (Sexual Signatures, "Características sexuais") no qual voltou a falar de Brenda, que «estava atravessando
felizmente a sua infância como uma verdadeira rapariga».
A realidade é que Brenda, com onze anos, começou a ter instintos suicidas.
Os assistentes sociais e os médicos da sua cidade entenderam que algo não ia
bem, mas a fama de Money era demasiado grande para poder ensombrecê-la.
Brenda percorreu a sua infância passando de um psicólogo para outro.
Aos doze anos começou o tratamento com estrógenos para fazer crescer
o peito.
Na última visita que teve no estúdio do Dr. Money teve um encontro com um
transsexual que lhe engrandeceu as vantagens da operação cirúrgica de mudança de sexo. Brenda fugiu e disse aos seus pais que se obrigassem a volver
«se suicidaria».
Ser uma "rapariga" sem o doutor Money
Ainda que já afastada do médico, Brenda continuou tendo uma vida difícil. No
colégio a chamavam «gorila» e alguns jornalistas começaram a interessar-se
por ela. Em 1977, uma equipa da BBC foi a Winnipeg para falar com os seus médicos. Todos confirmaram a mesma impressão: Brenda não era a «rapariga
feliz» da qual falavam os best-sellers de Money.
O mesmo doutor, contactado pela BBC, negou-se a ver os jornalistas, fechandolhes a porta nos narizes. O documentário, intitulado The First Question (A primeira pergunta), emitido em 19 de Março de 1980, passou inadvertido.
Alguns dias antes, em 14 de Março, Ron tinha revelado à sua filha a sua história.
Como relata Colapinto, Brenda «sentiu-se aliviada» porque por fim entendeu
que «não estava louca». A primeira pergunta que fez ao seu pai foi: «Qual é
o meu nome?».
Voltar a ser varão
Brenda decidiu voltar ao seu sexo biológico. Escolheu chamar-se David porque
este é o nome «do rei assassino de gigantes da Bíblia», o menino que combate e
vence o poderoso Golias.
Começou a injectar-se com testosterona, cresceram-lhe os primeiros pelos no rosto, aos dezasseis anos submeteu-se à primeira operação para a
criação do pénis.
Enquanto esperava a maioridade, permaneceu escondido dois anos no sótão
da sua casa.
Aos dezoito anos pode entrar na posse do dinheiro que o St. Boniface Hospital
lhe tinha concedido como indemnização e adquiriu uma furgoneta equipada com
todas as comodidades, a qual baptizou segundo o fim que tinha que ter: «Furgoneta para copular».
A coisa não foi assim. David não tinha capacidade de erecção e a coisa
soube-se entre os seus amigos.
Tentou de novo o suicídio duas vezes.
Aos vinte e dois anos submeteu-se a uma faloplastia e, dois anos depois, teve a
sua primeira relação sexual. Mas ainda era profundamente infeliz.
Algo de novo: orar
Colapinto relata que no Verão de 1988
David fez «algo que não tinha feito antes: acabei rezando. Disse: “Tu sabes
que tive uma vida terrível. Não tenho intenção de queixar-me contigo porque Tu
deves saber porque me estás fazendo passar por tudo isto.
David Raimer, depois de rejeitar a sua feminização Poderia ser um bom marido, se se me
desse a possibilidade”».
Dois meses depois conheceu Jane, uma mãe solteira que tinha tido três filhos de
três homens diferentes. Enamoraram-se. David vendeu a inutilizada furgoneta
para copular e comprou um anel de brilhantes. Casaram-se em 22 de Setembro
de 1990.
Uma ideologia que trazia financiamento
Milton Diamond, o primeiro investigador que contestou as teses de Money, assestou um duro golpe na sua credibilidade. Money, ainda que já não falava do
caso dos gémeos, continuava sustendo as teses de género que continuaram facilitando-lhe grandes financiamentos, também públicos.
Mas em 1994, Diamond, depois de ter conhecido David, escreveu um artigo
para revelar a realidade sobre o “caso dos dois gémeos”.
A tese do texto era que, ainda que a educação tinha um papel importante ao
plasmar a identidade, esta é fruto do dado biológico concedido pela natureza.
Diamond tardou dois anos a encontrar uma revista que aceitasse o texto
e quando apareceu foi uma bomba.
David concedeu algumas entrevistas na televisão com o rosto escondido. Depois
aceitou o pedido de reunir-se com Colapinto pelo simples motivo que este trabalhava para Rolling Stone e David gostava do rock’ n’ roll.
Se destapa a verdade
Para Money – «Hot Love Doctor» (Doutor Amor Quente, ndr), como o chamavam
os jornais – começou o declive.
No Johns Hopkins nomeou-se como director de psiquiatria Paul McHugh, um católico orgulhoso de sê-lo, que pôs em marcha uma investigação sobre cinquenta transsexuais tratados na clínica para a identidade sexual do
Hopkins desde a sua fundação em 1966. Nenhum deles tinha sentido nenhum benefício.
Fechou-se a clínica, apesar dos inúteis protestos da comunidade transgender.
Sem dúvida, em 1997 Money obteve um reconhecimento como «um dos maiores
investigadores do século no campo da sexualidade». Faleceu em 7 de Julho de
2006 em Towson.
A família Reimer nunca recuperou
Os demónios não deixaram de perseguir a família Reimer. Só Ron, depois de um
período difícil vinculado ao álcool, conseguiu retomar as rendas da sua vida.
Janet continuou sofrendo profundas crises depressivas.
Brian teve vários fracassos matrimoniais e passou pelas drogas e o álcool. Suicidou-se em 2002.
David, depois da morte do seu irmão, não foi o mesmo. A empresa na qual tra-
balhava fechou, zangou-se com a sua mulher. Em 4 de Maio de 2004 conduziu
até um parque de estacionamento isolado e disparou na cabeça. Tinha 38 anos.
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