Scientist Newsletter
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H T T P: / / WWW.CIENTISTASASSOCIA D O S . C O M . B R Volume 1, Edição 1 Agosto de 2003 Scientist Newsletter Quem são os Cientistas Associados? A Cientistas Associados é uma empresa com a missão de desenvolver projetos e produtos de alta tecnologia, nas mais diversas áreas. Formada a partir do ideal de doutores em computação e matemática computacional, física e engenharias, a empresa pretende preencher uma importante lacuna no mercado Latino Americano, muito carente na área tecnológica. O objetivo foi criar uma instituição que busca se destacar pela forma de agregar pessoas e Total de Colaboradores Doutores 8 Doutorandos 4 Mestres 7 Mestrandos 3 Graduados 2 Estagiários 9 Total 33 Chamada para o Scientist Newsletter O Scientist Newsletter pretende ser um canal de comunicação com todos os nossos colaboradores. Sinta-se a vontade em enviar artigos e informações relevantes para serem publicadas nas próximas edições. As contribuições devem ter no máximo 800 palavras, com no máximo 1 figura. Envie o material para o e-mail: [email protected] Editorial conduzir projetos. A meta é trabalhar com empreendimentos inovadores de alto valor agregado, usando tecnologias avançadas e conhecimento de ponta, onde a dificuldade do conhecimento associado e a mobilização de pessoal altamente qualificado seja uma barreira para possíveis concorrências. Essa idéia, compartilhada por todos participantes e amadurecida nos últimos anos, já apresenta seus primeiros resultados positivos com a aprovação de projetos importantes, incluindo dois concorridos projetos PIPE-FAPESP. “Percebemos que tinha chegado o momento de empreendermos mais do que palavras, era o momento de agirmos. Sinceramente, como professor de empreendedorismo em informática, chega um momento que é vazio você ensinar os alunos a serem empreendedores e você mesmo não escutar suas próprias palavras”, salienta Antonio Valerio Netto, gerente de desenvolvimento da divisão de Sistemas Interativos. A instituição foi batizada de "Cientistas Associados", devido a filosofia de agregar e associar cientistas motivados pelo desafio de produzir conhecimento tecnológico aplicado em diversas áreas do conhecimento. Por seu caráter empreendedor, eles muitas vezes não vêem perspectiva nas poucas instituições de pesquisa do país, a maioria ligadas as Universidades. Valerio salienta que a palavra para todo este empenho é "agregar/ unir". Criar uma instituição com fins lucrativos que reuna tantos doutores para trabalhar com tecnologias avançadas no Brasil é difícil. Mas, já que existem tantas classes d profissionais se unindo (metalúrgicos, médicos, etc.), porque não cientistas que trabalham em projetos aplicados? Hoje, além dos seis doutores envolvidos na fase inicial, existem mais 27 colaboradores: dois doutores, quatro doutorandos, sete mestres e mais 14 entre mestrandos e graduandos (ver o quadro ao lado). “Começamos com um grupo grande bastante esclarecido e consciente das etapas a serem percorridas, por isso a responsabilidade de dar certo é maior. Estamos criando um sistema para trabalho colaborativo pela Internet para dar suporte aos grupos técnicos, assim não existem problemas com deslocamento de pessoal, logística, etc. Esta é uma das nossas filosofias, criar um networking de cientistas espalhados pelo Brasil, que tenham um mesmo objetivo e que eventualmente se encontram um pouco isolados nos seus anseios e empreendimentos”, comenta Valerio. Lançamento do site dos Cientistas Associados Dia primeiro de agosto foi lançado oficialmente o site da Cientistas Associados. Buscando diferenciar-se dos demais, o site possui, além dos tradicionais tópicos, informações técnicas a respeito das áreas tecnológica que a instituição atua (Realidade Virtual, Robótica, etc.). Existe também uma área chamada Biblioteca Virtual, onde o navegador poderá acessar artigos técnicos publicados pelos colaboradores, além de teses e dissertações defendidas pelos mesmos. Acesse: http://www.cientistasassociados.com.br Página 2 Scientist Newsletter Simulador de treinamento para área de segurança aprovado junto ao PIPE-FAPESP O objetivo do sistema é oferecer aos centros de treinamento na área de segurança, um sistema de treinamento moderno utilizando tecnologia de simulação visual com interação do usuário e, futuramente, também com imersão ao ambiente em que o segurança atuará profissionalmente. Para gerar essa interatividade, o sistema irá exibir, em um anteparo, um filme a princípio 2D (comum) e, posteriormente, 3D (Fase 2), com situações reais do cotidiano do profissional da área, tais como assaltos, seqüestros, invasões, etc., utilizando uma projeção que gerará personagens em tamanho real (1:1). Por meio dessas imagens e dos sons emitidos, busca-se gerar uma sensação de presença física no ambiente naquele momento em que a situação está ocorrendo. Com uma arma real carregada com projéteis especiais, o usuário terá que tomar decisões, tais como o momento exato de sacar a arma e atirar. Posteriormente a sua ação, ocorrerá uma reação do filme de acordo com o resultado do disparo. Isto é, após efetuar o disparo, o sistema será responsável por definir qual a nova seqüência de imagens a ser mostrada na tela, dependendo do desempenho do disparo do usuário. O sistema será constituído de três partes principais: Geração de filmes; Módulo de aquisição; e Módulo de controle. Os filmes (parte 1) contêm situações do cotidiano prático dos profissionais de segurança. A parte 2 (aquisição) é constituída de um anteparo que terá um dispositivo composto por uma rede de lasers para definir em que ponto exato o projétil atingiu o anteparo (posição x e y) . O módulo de controle (parte 3), consiste de um software que comandará a exibição dos filmes, recebendo a informação correspon- dente ao local atingido pelo projétil e processando a análise dos dados para responder ao usuário o seu desempenho e também para determinar a seqüência que o filme interativo deverá projetado. Por exemplo, o software verificará se o disparo atingiu o criminoso e, dependendo aonde ele foi atingido, determinará se o mesmo deverá cair ou reagir contra a vítima. A mesma idéia de interatividade poderá ocorrer se o disparo atingir a vítima. Esse sistema de treinamento proverá um grau de assimilação muito elevado do conhecimento transmitido ao usuário, pois é um sistema que promove estímulos visuais, sonoros e interativos, produzindo um processo de aprendizado mais efetivo. Com isso, o sistema proposto visa oferecer aos profissionais da área de segurança um treinamento e uma formação mais adequada, possibilitando assim, que os mesmos desempenhem suas funções de forma mais segura e eficaz. Proposta do Scientist Newsletter O objetivo de se criar um Newsletter é manter um canal de comunicação junto aos colaboradores dos Cientistas Associados, e também divulgar nossas atividades técnicas e sociais. Essa iniciativa pode ser considerada também, como uma ferramenta para o fortaleci- mento da marca da instituição junto ao seu público interno (Endomarketing) e externo (Imagem Organizacional). Além disso, busca servir de espaço para disseminação de conteúdo técnico nas áreas onde a instituição atua. Conheça o ICSB – International Council for Small Business O ICSB é uma organização mundial que reúne profissionais e entidades promotoras do empreendedorismo, do desenvolvimento e da gestão de pequenas e médias empresas. No Brasil suas ações começaram em Maio de 1999, e hoje conta com 65 membros. A coordenação de suas atividades e filiações de novos membros são realizadas por meio da Fundação ParqTec em São Carlos. Para maiores informações acesse o en- dereço da Internet http://www. cientistasassociados.com.br/icsbbrazil.html Scientist Newsletter COOPERAÇÃO UNIVERSIDADE-EMPRESA COMO DIFERENCIAL COMPETITIVO Diante de uma competitividade crescente no mercado, as empresas cada vez mais necessitam de destaque, diferenciando de forma perceptível seus produtos e serviços. Requisitos como qualidade, preços de padrão mundial e marketing inteligente estão deixando de ser diferenciais. Entre as mudanças mais significativas deste novo panorama, estão os constantes avanços tecnológicos que levam à redução do ciclo de vida dos produtos e à contínua evolução dos serviços e processos. Isto faz, com que as empresas que desejam obter vantagens competitivas devam estar preparadas para agir a todo momento, de forma permanente, antecipando e formulando os problemas e riscos futuros. A inovação tecnológica e o know-how adquirido são os principais fatores que definem esta competitividade. Um mecanismo para estimular o desenvolvimento de projetos e investimentos tecnológicos no país é o financiamento, por parte de instituições governamentais estaduais e federais, a projetos cooperativos entre universidades e empresas. Idealmente, esse financiamento seria uma maneira de compensar o risco tecnológico e os juros altos. A FAPESP, a FINEP e o CNPq, possuem programas públicos que estimulam esta parceria visando o desenvolvimento ou aprimoramento de um produto. Os pontos positivos que podem ser observados quando uma empresa realiza um projeto por meio da cooperação universidadeempresa são inúmeros e abrangentes, sobretudo no que concerne geração de know-how e abertura e ampliação de mercado (geração de novos clientes). Com esta parceria, geralmente a solução para um determinado projeto é a mais ideal possível, pois um grupo maior de especialistas estarão desenvolvendo o melhor caminho tecnológico para a realização do mesmo. As empresas muitas vezes, não dispõem de muito tempo e dinheiro para pesquisa de alternativas na otimização da solução. As despesas e custos do período de planejamento e desenvolvimento do projeto são reduzidos. Este custeio pode chegar até o período de apresentação do primeiro protótipo. Além disso, os custos técnicos operacionais de um projeto em parceria podem ser sensivelmente diminuídos devido: ao acesso a dados de entrada técnicos e científicos, a um custo baixo ou nulo; a participação de mão de obra especializada no tema, não havendo a necessidade de contratação de especialistas; a geração de know-how para seus funcionários na área a um custo muito baixo. Posteriormente, a empresa dispõe da possibilidade de contratar está mão de obra já treinada na área que o projeto foi desenvolvido. Uma parceria envolvendo a empresa e uma universidade de renome, permite a realização de um trabalho de marketing, fortalecendo o nome desta empresa no meio tecnológico. Este fortalecimento da imagem institucional se realiza por meio da: • Exposição a novos clientes: a empresa pode ter acesso a vários meios de comunicação e espaço na mídia televisiva a um custo baixo ou nulo uma vez que qualquer divulgação por parte do órgão de fomento ou da universidade envolvida sobre o projeto, deverá citar/divulgar a empresa; • Divulgação do know-how da empresa: artigos científicos e publicações em jornais e revistas sobre os resultados e soluções obtidos com o projeto, contribuem para o fortalecimento de sua imagem; • Certificação da qualidade: um Página 3 Danielle M. Valerio, MSc. Consultora de Marketing da Cientistas Associados e Profa. do curso de Publicidade e Propaganda do Instituto Superior de Ciências Aplicadas (Limeira – SP) . projeto aceito por um dos órgãos governamentais (FAPESP, FINEP ou CNPq), atesta o knowhow e a competência da empresa envolvida na área em que o projeto está focado. Enfim, a principal vantagem da cooperação universidade-empresa é a de baixar custos para o desenvolvimento de aplicativos/soluções que posteriormente poderão ser vendidos, gerando dinheiro em caixa e aumentando o mercado de atuação da empresa. Outro ponto importante, diz respeito as vantagens a serem obtidas com a cooperação. Elas devem estar claramente delineadas e acordadas no contrato a ser elaborado pelas partes envolvidas. A cooperação universidadeempresa pode ser comparado a um canal de comunicação, como uma linha telefônica. O conteúdo que será “falado” por este canal varia muito de parceiro para parceiro. Dificultando assim, a antecipação de todas as vantagens. Por fim, vale ressaltar que as empresas que possuírem projetos em cooperação com universidades podem receber o benefício fiscal da lei de informática. Para receberem os benefícios desta lei, as empresas precisam dedicar 5% do total do seu faturamento à pesquisa, sendo que este percentual será dividido em 2,7% para investimentos na área no âmbito da própria empresa e 2,3% para investimentos em instituições de ensino, incubadoras ou entidades de pesquisa. As doações de bens e serviços de informática serão desconsideradas pelo governo como atividades de pesquisa e desenvolvimento. Página 4 Scientist Newsletter Projeto na área de distribuição de energia e Realidade Virtual em cooperação com ICMC/USP Terá início no segundo semestre o desenvolvimento de um projeto na área de distribuição de energia utilizando ambientes virtuais para interface homem-máquina. Este projeto é em parceria com os laboratórios de Inteligência Computacional (LABIC) e Computação de Alto Desempenho (LCAD) do Instituto de Ciências Matemáticas de Computação da Universidade de São Paulo (ICMC/USP). O enfoque do projeto é o desenvolvimento de um sistema computacional para redução de perdas em redes de distribuição de energia elétrica (redes urbanas) por meio de avançados algoritmos computacionais de reconfiguração de circuitos. Os resultados decorrentes da aplicação do sistema computacional proposto são: aumento do faturamento para as companhias distribuidoras de energia; melhor aproveitamento da energia gerada no país e aumento da qualidade da energia fornecida ao consumidor. Das perdas referentes à distribuição de energia elétrica, cerca de 52% é devido a dissipação nas linhas. Isso corresponde a um custo anual de cerca de 1,5 bilhão de dólares. Apesar da importância da redução de perdas na distribuição, o desenvolvimento de algoritmos computacionais para reduzir perdas por meio da reconfiguração da rede é extremamente complexo. Isso se deve a esse problema ser combinatorial (NP-Hard). Devido a essa dificuldade, os sistemas computacionais disponíveis para resolução deste problema requerem diversas simplificações no circuito (reduções no tamanho do sistema original) para permitir a obtenção de soluções em tempos computacionais praticáveis. Neste contexto, propõe-se a aplicação da técnica Algoritmo Evolucionário com Representação por Cadeias de Grafo (AE com RCG) para solução do problema de redução de perdas em redes reais grandes. Tal metodologia foi primeiramente utilizada para resolver um problema de reconfiguração similar ao de redução de perdas denominado restabelecimento de energia. O AE com RCG demonstrou ser capaz de elaborar planos de restabelecimento adequados para redes relativamente grandes utilizando pequenos tempos de computação. Além do desenvolvimento do AE com RCG para o problema de redução de perdas, uma interface homem-máquina eficiente é extremamente importante para: Dinamizar o trabalho com a grande quantidade de dados evolvidos em um sistema de distribuição, especialmente quando se trata de redes grandes; facilitar a interpretação (avaliação) das soluções propostas pelo sistema; e permitir uma fácil editoração do sistema de distribuição. Assim, a interface deve permitir uma fácil manipulação dos recursos do sistema computacional proposto, tornando o aplicativo também mais atrativo comercialmente. É proposta uma interface baseada em Ambientes Virtuais (Imersivos), as quais têm permitido grandes revoluções no que se refere a relação homem-máquina tanto na solução de problemas científicos quanto industriais. Desta forma, o sistema computacional proposto para o problema de redução de perdas em sistemas de distribuição de energia baseiase em duas tecnologias avançadas: o AE com RCG (o kernel do sistema) e os Ambientes Virtuais. Para maiores informações acesse o endereço: http://www.icmc. usp.br/~energ_rv Cientistas Associados apoiam o Grupo de Estudos Avançados em Robótica do ICMC/USP Como instituição baseada em preceitos do empreendedorismo e ligada a difusão da tecnologia, os Cientista Associados apoiam e buscam contribuir com outros grupos que acreditam nos mesmos princípios de fomentação do conhecimento e na disposição de agregar indivíduos para a formação de massa crítica. Com este perfil encontra-se o Grupo de Estudos Avançados em Robótica (GEAR) do Instituto de Ciências Matemática e Computação da USP, que é coordenado pelo Prof. Dr. Eduardo V. Simões e cujo objetivo é aprimorar as habilidade técnicas dos alunos de graduação de várias área (Engenharia Elétrica, Aeronáutica, Mecatrônica e Computação), para o desenvolvimento de sistemas robóticos para atuar em futebol de robô. O Prof. Simões comenta que a robótica tem grande potencial como ferramenta interdisciplinar, visto que a construção de um novo mecanismo, ou a solução de um novo problema, freqüentemente extrapola a sala de aula. Na tentativa natural de buscar uma solução, o aluno questiona professores de outras disciplinas que podem ajudá-lo a encontrar o caminho mais indicado para a solução do seu problema. A robótica, então, assume o papel de uma ponte que possibilite religar fronteiras anteriormente estabelecidas, agindo como um elemento de coesão dentro do currículo das escolas. Para maiores informações a respeito do grupo GEAR acesse o endereço: http://www.gear.icmc.usp.br O Scientist Newsletter é uma publicação bimestral da Cientistas Associados Ltda., cuja a redação pode ser contatada pelo e-mail newsletter@cientistasassociados. com.br - Editor responsável: MSc. Antonio V. Netto; Redação: Cientistas Associados Ltda.; Programação visual: MSc. Danielle M. Valerio. A Cientistas Associados é afiliada a Fundação ParqTec – São Carlos /SP.
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