Yo! I bet`cha can learn ebonics: pluralidade cultural no

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Yo! I bet`cha can learn ebonics: pluralidade cultural no
Revista Interdisciplinar da Universidade Veiga de Almeida
ISSN: 14148846
Yo! I bet’cha can learn ebonics: pluralidade cultural no desenvolvimento
de material didático voltado para o ensino de língua inglesa.
Cláudia Cristina Mendes Giesel1
Romulo Pereira da Silva2
Resumo
Este artigo almeja inserir a diversidade cultural, como proposta pelos PCN (1997), explorando
outras vertentes da língua inglesa. Além disso, destaca a história, estrutura e uso do Black
English, revelando-se útil para analisar tais variações em qualquer língua, e não somente sua
forma-padrão. Os temas transversais abordados nessa pesquisa citam a importância da
pluralidade cultural nas aulas de Inglês. Para isso, utilizam-se os conceitos de PCN (1997),
Oliveira (2013), Ferreira (2011), Santos (2011), Lira (2007). A estrutura do Ebonics é
apresentada por Grim (2010), Fickett (1972) e Spears (2001). Foram elaboradas quatro
unidades, abordando diferentes tópicos voltados à raça, etnia e a questões sociais. Foram
usados os conceitos da Reorientação Curricular (2006).
Palavras-chave: Língua Inglesa; pluralidade cultural; material didático; Black English.
Abstract
This paper addresses cultural diversity, as proposed by the PCN (1997), exploring other aspects
of the English language teaching. Moreover, it highlights the history, structure and use of the
Black English. The cross-cutting themes, addressed by the PCN, cite the importance of cultural
plurality in English classes. For this, we use the concepts of PCN (1997), Oliveira (2013),
Ferreira (2011), Santos (2011), Lira (2007). The Ebonics structure is presented by Grim (2010),
Fickett (1972) and Spears (2001). An educational material addressing different topics related to
race and ethnicity was developed by concepts of Curriculum Reorientation (2006).
Keywords: English; cultural plurality; educational material; Black English.
1
Pós-doutora em Sociolinguística pela Universidade de Vigo, Ph.D. em Educação e Mestre em
Linguística Aplicada/Inglês pela Iowa State University. Professora da Universidade Veiga de Almeida e
da Faculdade Educacional da Lapa/PR - [email protected]
2
Licenciado em Letras Português/Inglês pela Universidade Veiga de Almeida - [email protected]
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Introdução
A comunicação entre as pessoas é algo imprescindível e a língua de um povo
torna-se um dos fatores fundamentais para esse contato. A respeito da língua e de suas
transformações, pode-se citar o exemplo da língua inglesa, que tem sofrido diversas
mudanças com o passar dos séculos. Essas mudanças ocorreram por diversos motivos
principalmente devido à classe social, econômica ou cultural dos falantes.
O tema desta pesquisa refere-se a uma variante linguística da língua inglesa, o
Black English (doravante BE), no intuito de demonstrar a possibilidade de aplicar o
African American Vernacular English, também chamado de AAVE, no ensino de
língua estrangeira através da elaboração de um material didático. Isso foi feito na
tentativa de abordar as demais vertentes de uma língua, estabelecendo uma conexão
com as questões sociais e culturais inseridas em dito contexto.
Acredita-se que a origem do BE se deva ao comércio dos escravos oriundos da
África Ocidental e Central que chegavam à América, por volta do século XVI, para
trabalhar nas colônias. Através do processo de separação e de uma aculturação forçada,
a linguagem dos africanos escravizados começou a transformar-se num dialeto que
daria origem à variante do inglês usada pelos escravos, chamada pidgin. Esse pidgin
caracterizava-se por ser uma mistura da língua franca, com base no inglês coloquial
dos marinheiros, e de diversos idiomas africanos. Através desse fenômeno, deu-se
origem ao creoles, um inglês crioulo falado nas Sea Islands, no litoral do estado da
Carolina do Sul. A evolução natural e a propagação dessa variante resultaram no Black
English, o inglês dos negros, falado em muitas comunidades nas grandes metrópoles
estadunidenses. Tal variante espalhou-se pelo país e acabou ganhando fama nacional e
atenção nos círculos político, social e acadêmico, além de tornar-se um identificador
étnico forte para muitos na comunidade afro-americana (GRIMM, 2010).
O objetivo geral desta pesquisa é, portanto, apresentar e aplicar o BE ao ensino
de língua inglesa. A pesquisa é qualitativa e o corpus será baseado em um material
didático composto de quatro unidades a fim de serem trabalhadas nas aulas de Inglês.
Busca-se inserir a diversidade cultural, como é proposto pelos PCN (1997), explorando
outras formas de expressão, para que, a partir dessa premissa, os alunos tenham uma
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visão aberta e crítica sobre as diferenças linguísticas em um mesmo idioma. Além de
destacar a história, estrutura e uso de uma variante linguística, essa pesquisa visa
contribuir para a análise de variações em qualquer outra língua, e não somente na sua
forma-padrão.
2. O ensino de língua estrangeira e a importância da pluralidade
cultural
O ensino de língua estrangeira ministrado no ensino médio, por exemplo, do
Inglês, não é tão atrativo segundo alguns alunos, pois as aulas são, com frequência,
maçantes e descontextualizadas. O foco das aulas é posto geralmente na gramática ou
em textos a serem traduzidos sem qualquer instrução prévia acerca de técnicas de
leitura. Há, portanto, um empobrecimento do ensino de línguas nas escolas, tornando-o
inferior em eficácia e atrativo se comparado com as outras matérias do currículo. De
acordo com os PCN (BRASIL, 1998, p.25), o papel do ensino de línguas caracteriza-se
por:
Ser parte indissolúvel do conjunto de conhecimentos essenciais que
permitem ao estudante aproximar-se de várias culturas e, consequentemente,
propiciam sua integração num mundo globalizado.
A partir do contato com as línguas estrangeiras, o aluno começa a ter acesso ao
conhecimento de outras culturas e diferentes formas de ver o mundo à sua volta, o que
lhe faculta uma formação mais sólida e abrangente. O conteúdo, o contato com as
semelhanças e diferenças entre as várias culturas e a constatação de que os fatos sempre
ocorrem dentro de um contexto, entre outros fatores, são aspectos que permitem
estabelecer de maneira clara diversas formas de relações entre as línguas estrangeiras e
as outras disciplinas que integram a área (BRASIL, 1998, p.26).
Dessa forma, aprender somente a gramática de forma isolada não garante, de
fato, um pleno aprendizado: é preciso que o aluno possua um bom domínio da
competência sociolinguística, da competência discursiva e da competência estratégica.
São esses os propósitos maiores do ensino de línguas estrangeiras no ensino médio. A
instituição e a coordenação pedagógica devem fazer um planejamento para que todas as
disciplinas possam andar em conjunto, de modo que o professor de línguas consiga
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abordar um conteúdo que se relacione com outras matérias, tais como Geografia,
História ou Sociologia, relacionando à gramática da língua, simultaneamente, aspectos
sociais e culturais.
É preciso que haja uma autorreflexão dos docentes de línguas estrangeiras de
instituições, tanto municipais quanto estaduais, para pôr em prática o que os PCN
recomendam, adotando medidas que atinjam e despertem o interesse dos jovens,
expondo-se as demais formas de cultura de maneira dinâmica e contextualizada, e
colocando em prática os conceitos da competência comunicativa, pois uma língua é o
veículo de comunicação de um povo e será através dela que o povo transmitirá sua
cultura, tradição e conhecimentos.
Um tema muito importante, e que deve ser trabalhado nas escolas, é a questão
da aceitação das diferenças e de sua acolhida harmoniosa. Os temas transversais no
meio social são uma ferramenta primordial para o respeito aos diferentes grupos e
culturas, porque a sociedade brasileira é formada não apenas de diferentes etnias, mas
ainda por imigrantes de diferentes países. Por isso, cabe à escola investir na superação
da discriminação, possibilitando que os alunos conheçam a riqueza e a beleza
representada pela diversidade etnocultural que compõe o patrimônio sociocultural
brasileiro (OLIVEIRA, 2013).
Onde há diversidade, é possível que também haja, infelizmente, o preconceito e
a discriminação. Mesmo assim, a cultura africana deve ser apresentada aos alunos desde
os primeiros ciclos. Há uma lei, em vigor desde 2003, que se refere a esse assunto.
Ferreira (2011, p.119-120) retrata a importância do ensino da cultura afro-brasileira e
cita a lei federal:
As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações
Etnicorraciais (2003) trazem a Lei Federal nº 10639, que modificou a LDB
(Lei Federal nº 9394/1996), que estabeleceu as diretrizes e bases da
educação nacional, incluindo, no currículo oficial da rede de ensino, o tema
sobre História e Cultura Afro-Brasileira, instituindo, inclusive, o dia 20 de
novembro como o dia da Consciência Negra. Com o advento da Lei Federal
nº 10639/2003 ficou evidente, portanto, a preocupação com os cidadãos
afrodescendentes. Sendo assim, é importante enfatizar que tal lei só foi
efetivada devido às lutas do chamado Movimento Negro.
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O conhecimento sobre a cultura africana é de suma importância, pois, através
desse aprendizado, espera-se que o aluno entenda mais sobre a sua própria cultura e
também sobre a herança que os povos africanos deixaram para o Brasil. A partir disso,
Ferreira (2011, p.120) ressalta ainda a importância da luta para que essa lei entrasse em
vigor. E acrescenta:
É importante enfatizar que tal lei só foi efetivada devido às lutas do
chamado Movimento Negro. A lei existe, mas para que ela possa
continuar a valorizar os afrodescendentes que tanto foram (e ainda
são) estigmatizados em todos os setores sociais, é necessária a união
de todos, assumindo a responsabilidade de continuar mudando a
realidade dos cidadãos que sofrem preconceito neste país.
A iniciativa do movimento negro foi importantíssima e cabe às escolas
implantarem atividades voltadas para essa questão para que, desde os primeiros ciclos, o
preconceito já seja discutido em sala, abordando-se a realidade do cidadão negro e a sua
discriminação presente na sociedade, de modo que os alunos tenham consciência e
saibam argumentar sobre o assunto.
3. Trabalhando a pluralidade cultural nas aulas de Inglês
A língua inglesa é repleta de cultural spot e de curiosidades que deixam os
alunos bastante interessados nas aulas, porém é preciso que haja criatividade e inovação.
Pode-se abordar a pluralidade cultural e ainda abordar um lado diferente da língua,
trazendo cada vez mais cultura para os alunos. Em relação à pluralidade cultural no
ensino de língua inglesa, Santos (2011, p. 56) afirma que:
Uma proposta de ensino intercultural de línguas deve incentivar o passeio
por diferentes mundos, com vistas à superação de preconceitos e conflitos
que possam decorrer do encontro destes mundos. O diálogo é o ponto chave
para o sucesso das relações interculturais.
No estudo de caso de Santos, ela observou a performance em sala de aula de
um professor de língua inglesa, o qual abordou em suas aulas as questões da cultura
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negra, quase não abordadas nos livros didáticos em inglês. Ela observou que o professor
aplicou diversas atividades para abordar esse assunto, dentre elas uma atividade que
consistia na análise de informações não verbais de duas propagandas envolvendo
pessoas negras, veiculadas em diferentes partes do mundo. Os alunos ficaram surpresos
com o conteúdo racista das propagandas estrangeiras e outros demonstraram acreditar
que esse conteúdo poderia também ser encontrado em propagandas brasileiras. Além
dessas atividades, também fizeram leituras de biografias, narrativas e histórias sobre
personagens negros. Com isso, tiveram o contato com imagens positivas do negro que
quase não são mostradas nos materiais didáticos (SANTOS, 2011).
Lira diz que os efeitos das novas diretrizes dos PCN, no que se refere ao tema
transversal “pluralidade cultural”, só terão efeito nos alunos se, primeiramente, forem
internalizadas pelos professores (LIRA, 2007). Desse modo, eles poderão mudar de
atitude perante a sala de aula, colocando em prática as novas diretrizes. Uma vez
ocorrendo essa mudança, os alunos serão em seguida beneficiados por ela. Sabe-se,
porém, que não será uma tarefa fácil de ser cumprida. A mudança de atitude dos alunos
não ocorre rapidamente, mas faz parte de um processo de transformação interna, pois
será a partir do professor ao reformular suas estratégias de ensino, que “o novo” será
dado aos alunos. Lira (2007, p.11) também ressalta a importância do papel do professor
em sala:
É necessário que o professor compreenda o ambiente sociocultural em que o
aluno está inserido, reconhecendo seus direitos como aprendiz de uma
segunda língua, procurando adaptar o conteúdo das aulas para assuntos e
conveniências que possam ser do interesse dos alunos. Para isso, é
necessário haver uma empatia do professor para com seus alunos e uma
maior interação em sala de aula. A interação professor/aluno/professor é de
importância fundamental no ensino/aprendizagem de línguas, pois sem ela o
ensino seria abordado de uma forma unilateral e verticalizada, nem sempre
respeitando os direitos e os anseios dos alunos. Está ligada diretamente à
forma como o professor percebe o aluno e para isso se faz necessário
compreender esse aluno como um ser holístico, levar em conta sua condição
de criatura cognitiva, sociolinguística e cultural.
Segundo Santos (2011, p.7) em relação à postura do professor no ensino de
Inglês ao abordar outras culturas, afirma que:
O professor deve ter identificação com o ensino crítico e reflexivo de inglês,
também com as questões étnico-raciais, muito mais do que formação
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acadêmica e profissional para desenvolver o trabalho proposto, já que sua
prática parece estar diretamente condicionada às crenças, valores e
posicionamentos
ideológicos
formados
a
partir
de
suas
identificações/identidade.
Segundo Júnior (2006), ele trabalhou em sala a atitude reflexiva a respeito da
pluralidade cultural após presenciar situações de falta de respeito de alunos brancos,
usando apelidos contra alguns alunos negros e gordos. Com isso, utilizou o diálogo
entre eles, ensinando o inglês a fim de descobrirem as diferenças e o respeito. Segundo
Oliveira (2003, p.10), ele assumiu a posição de “coordenador de debates” e também
“participante do círculo de cultura” com os alunos na condição de educador e eles de
educandos, dialogando e frisando a solidariedade e o respeito. Para colocar em prática
sua pesquisa, ele utilizou cartazes, livro didático, entrevistas e debates. Teve como
resultado novas maneiras de se comportar e agir diante das diversidades culturais na
convivência entre homens e mulheres e o exercício do respeito mútuo. Fez com que os
alunos entendessem que, dentro da mesma sala, há diferenças no modo de pensar, agir,
na aparência física, credo, profissão dos pais etc. Ele também mostrou que essas
situações não justificam que haja falta de respeito, pelo contrário, deve-se agir com
solidariedade e cidadania.
Através dos vocábulos referentes às profissões na língua inglesa, introduziu-os
durante as discussões (differences, diversity, values, cultures, respect) e expressões que
tivessem o valor devido ao objetivo da discussão (they all must be respected and
valued; different professions have different subjects; stressed jobs). A partir disso,
pôde-se enfatizar a existência das várias profissões, suas afinidades, diferenças, valores
e respeito, configurando traços culturais no interior de quaisquer culturas.
A atenção que o docente deve ter em sala é imprescindível, pois ele deve ter
uma visão ampla dos alunos. Ocorrem às vezes situações em que o professor não dá a
devida assistência ao aluno ou não percebe alguma dificuldade ou deficiência, tratandoo com indiferença. Essa interação e empatia tornam a aula mais produtiva e contribuem
para que diversos assuntos sejam abordados de maneira dinâmica, clara e efetiva.
Quando o professor acredita no potencial de seus alunos e trabalha totalmente em
conjunto, nota-se a qualidade nos resultados obtidos e a satisfação por parte da classe.
Vale lembrar que lidar com cada aluno, cada história de vida que trazem, não é uma
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tarefa fácil, porém, se houver dedicação e amor no que se faz, tudo se tornará mais
prazeroso.
4. Sintaxe do AAVE
A estrutura do AAVE difere-se do inglês-padrão em razão de uma mudança na
sintaxe, na semântica e na concordância dos termos. Spears (2001, p.5) explica e
exemplifica algumas peculiaridades do AAVE:
Há uma transformação linguística (onde forma e/ou significado
passaram por importantes alterações) encontrada no Inglês
Afro-americano que os linguistas chamam de semiauxiliar
“come” em frases como a seguinte (é usada a ortografia do
Inglês-padrão ):
“She come telling me that trash”.
“He come coming in here acting like a fool.”
Spears (2001, p. 6) refere-se ao uso do “come” da seguinte forma:
No segundo exemplo, “come” é o semiauxiliar, enquanto que
“coming” é o verbo de movimento mais familiar. O
semiauxiliar “come”, que expressa indignação ou
desaprovação, se encontra em funções idênticas em várias
línguas crioulas do Caribe (o que algumas pessoas chamam de
“patois”, “crioulo”, ou kweyòl) e em pelo menos uma língua do
Oeste Africano, falada por algumas pessoas escravizadas (e
pessoas livres e trabalhadores contratados também) que
chegaram às Américas, ou seja, a língua Bambara. O
semiauxiliar “come” é um exemplo especialmente útil porque
mostra claramente os vínculos entre os EUA, outras partes da
afro-América (áreas nas Américas com uma influência
fortemente Africana) e da África.
O quadro a seguir refere-se também às mudanças características do AAVE. A
divisão dos tempos verbais e a combinação dos auxiliares são marcantes e bastante
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distintas. As formas dos verbos no particípio tornam-se auxiliares e o verbo “to be” não
é flexionado, como no inglês-padrão em (am, is, are). O quadro abaixo apresenta as
fases e os tempos verbais com o verbo “to fly”.
Tabela sobre os tempos verbais do AAVE
Phases/Tenses of AAVE
Phase
Past
Example
Pre-recent
I been flown it.
Recent
I done fly it.
Pre-present
I did fly it.
Inceptive
I do fly it.
I be flyin it.
Present
Future
Immediate
I'm a-fly it.
Post-immediate
I'm a-gonna fly it.
Indefinite future
I gonna fly it.
Fickett, Joan G. (1972), "Tense and aspect in Black English".
Segundo Fickett (1972), o AAVE não necessariamente apresenta o marcador
de pretérito de outras variedades do inglês (ou seja, o -ed de worked), caracterizando-se
por um sistema de tempo verbal opcional com quatro passados e dois tempos futuros ou
fases. Conforme Green, “I flew it é gramatical, mas done (sempre átono) é usado para
enfatizar a natureza concluída da ação...” (GREEN 2002, p. 60-62). Além disso, Fickett
afirma que, “como verbos auxiliares de fase, been e done devem ocorrer como o
primeiro auxiliar; quando eles ocorrem como o segundo, eles carregam aspectos
adicionais...” (FICKETT 1972, p. 19).
Alguns linguistas e falantes acreditam que o AAVE seja uma língua e não
simplesmente uma variante dialetal. Esse tipo de pensamento gerou diversas discussões
e causou polêmica no âmbito educacional. Em relação às outras variantes do inglês
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americano, em 1940, destacavam-se três grandes dialetos: o setentrional, o Delaware e o
dialeto sulista, falado de Delaware até a Carolina do Sul. Alguns linguistas acreditam
que o Black English seja uma língua e não uma variante dialetal devido ao fato de, em
todas as regiões onde é falado, apresentar a mesma fonética, sintaxe e léxico1. Há
também outras nomenclaturas para a divisão das variantes do inglês, tais como: General
Northern (região norte em geral), Midland (região central do país) e General Southern
(região sudeste do país). Segue abaixo um mapa dos Estados Unidos, que ilustra as
regiões e seus respectivos dialetos.
Delaney, Robert (2000) A dialect map of American English.
5. O ebonics e a sala de aula: o caso de Oakland, na Califórnia
Em 1996, uma escola do distrito de Oakland, nos EUA, aprovou uma
deliberação declarando que o ebonics fosse o idioma principal dos estudantes afroamericanos. A resolução também declarou que o ebonics fosse uma língua em seu
próprio direito e não um dialeto do inglês. Diante da enorme oposição nacional à
resolução Ebonics de Oakland, esse movimento radical mudou-se para um movimento
mais conservador. Com isso, Oakland retraiu sua declaração de independência
linguística e reafirmou a meta pedagógica tradicional de ensinar aos alunos o inglês-
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padrão. Segundo Baron (2000, p. 1), em relação à polêmica educacional em Oakland e
sobre a política do uso da língua padrão sob outras variações:
A controvérsia do Ebonics em Oakland lembra-nos que, embora o
Inglês das ex-colônias britânicas tenha entrado sozinho na cena
literária, cultural e política, ao ponto em que falamos de outras
variantes do inglês pelo mundo, as variedades de inglês do que podem
ser consideradas como colônias internas, cidades internas e os
socialmente marginalizados, continuam a ser estigmatizadas por
falantes de variedades mais estimadas.
A afirmação de Baron (2000) é interessante, pois o ebonics sofria totalmente
preconceito pela sociedade americana e era visto de forma negativa nas escolas,
tratando-se de uma língua da minoria pobre da periferia, o que não causaria “prestígio”
a ninguém, se comparado a outros dialetos originados do inglês. Houve de fato um
equívoco em Oakland porque ninguém queria ensinar o ebonics para os alunos, pois
eles já o traziam de seus lares e do meio social. O intuito dessa resolução seria
apresentar aos professores a língua que os alunos traziam para a escola e, através dessa
língua, ensinar a língua-padrão para aqueles que não são fluentes nela. Dessa forma,
aplicar-se-ia uma metodologia de forma bilíngue, fazendo com que os alunos
traduzissem do ebonics para o padrão. Vale lembrar que não há uma imposição da
língua-padrão sobre o BE, o principal objetivo é fazer com que esses estudantes
consigam adequar-se a diferentes situações, sabendo usar a melhor forma de
comunicação, a depender do contexto exposto. Com relação aos diferentes falares, os
PCN (1997, p.26) indicam que:
A questão não é falar certo ou errado, mas saber qual forma de fala
utilizar, considerando as características do contexto de comunicação,
ou seja, saber adequar o registro às diferentes situações
comunicativas. É saber coordenar satisfatoriamente o que falar e como
fazê-lo, considerando a quem e por que se diz determinada coisa. É
saber, portanto, quais variedades e registros da língua oral são
pertinentes em função da intenção comunicativa, do contexto e dos
interlocutores a quem o texto se dirige. A questão não é de correção da
forma, mas de sua adequação às circunstâncias de uso, ou seja, de
utilização eficaz da linguagem: falar bem é falar adequadamente, é
produzir o efeito pretendido.
No dia 18 de dezembro de 1996, houve o reconhecimento do ebonics como
língua independente e não simplesmente um dialeto. A partir disso, viu-se como que a
declaração de independência do Black English. Esse fato também pôde ser interpretado
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como uma voz de clamor em favor do reconhecimento da sociedade negra que mora na
periferia e que, infelizmente, é marginalizada e esquecida pelo sistema opressor branco.
Naquela época, as notícias espalharam-se por todas as mídias e os críticos rapidamente
começaram a denegrir a imagem do Black English com uma visão totalmente
preconceituosa e negativa, no intuito de persuadir facilmente a opinião da sociedade.
Com relação ao preconceito sofrido, os falantes do BE sofreram, e ainda
sofrem bastante descriminação e quando o preconceito não é explicito, mascara-se. A
sociedade não está preparada para acolher e respeitar os direitos das minorias. É
evidente que a revolução linguística em Oakland falhou porque foi vista como radical
demais pelo público e mídia americana. Apesar do slogan de revolução, os professores e
administradores das escolas de Oakland compartilham uma visão linguística
conservadora que não dava atenção à língua que os alunos traziam para a escola, mas,
pelo contrário, aplicava um padrão de correção vago, idealizado e mal compreendido,
que os alunos deveriam assimilar.
6. Material voltado para a apresentação do ebonics: dando voz às
minorias
O material elaborado tem por objetivo principal apresentar outra vertente da
língua inglesa e seus temas sociais envolvidos na tentativa de sair dos temas-padrão das
aulas de Inglês e enfatizar a presença da sociedade negra no contexto do ebonics. Com
base nos PCN (1998) e na proposta de se trabalhar a pluralidade cultural, e tendo em
vista a lei 10639/03, que diz respeito à inserção do ensino da cultura afro-brasileira nas
instituições escolares, esse material almeja alcançar o pensamento crítico dos alunos e
ampliar a sua visão de mundo ao debater alguns temas sociais relacionados ao ebonics.
A sua estrutura baseia-se no material de reorientação curricular (2006) voltado
para o ensino de língua estrangeira para os níveis fundamental e médio. O material é
composto por quatro unidades que retratam o ebonics em diferentes temas, porém
somente uma unidade será mencionada neste artigo. As unidades são compostas pelos
gêneros textuais como, por exemplo: letra de música, tirinhas, imagens etc. O objetivo
desse material é abordar as questões da sociedade negra e uma variante da língua
inglesa que muitos alunos não conhecem e sequer sabem que existe. Segue abaixo o
exemplo da unidade 1 do material.
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Unidade 1
O tema principal da primeira unidade refere-se ao preconceito racial e à
discriminação. Nesta unidade, pode-se trabalhar a questão racial e trazer aos alunos o
que eles entendem sobre o assunto. A proposta de um debate seria interessante para que
cada um pudesse expor suas opiniões e chegarem todos a um consenso. Um trecho da
música de Kanye West retrata o tema da unidade, e o gênero música também pode ser
trabalhado, envolvendo essas questões. A apresentação do vocabulário busca fazer uma
comparação entre o inglês-padrão e o ebonics, não com o intuito de mostrar qual é o
certo e qual é o errado (pois não há errado), mas sim de apresentar as duas formas que
podem ser ditas na língua inglesa. Após a gramática, há uma tarefa a mais a ser feita,
que consiste em fazer uma pesquisa mais aprofundada que resultaria em atividades tais
como: montar um projeto de ação, elaborar campanhas na escola contra a discriminação,
distribuição de folders e cartazes ao redor da instituição. Com a participação e o
envolvimento do docente e dos alunos, poderão surgir trabalhos significativos, que
contribuam para a desconstrução de hierarquias raciais de poder.
UNIT 1
Ebonics and discrimination
LET’ S TYNK ‘BOUT DAT!
Janeiro/Junho de 2016 – pág.30
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• Você acha que existe racismo no Brasil? De que forma?
• E em outros lugares do mundo?
• A discriminação impede que negros consigam bons empregos e melhorem de vida?
• Você já sofreu ou presenciou discriminação racial? Descreva.
• Quantas raças você acha que existem?
1- Read the part of a song of the rapper Kanye West.
New Slaves - Kanye West
fonte: www.vagalume.com.br.
My momma was raised in an era when
Clean water was only served to the fairer skin
Doing clothes you would have thought I had help
But they wasn't satisfied unless I picked the cotton myself
You see it's broke nigga racism
That's that "don't touch anything in the store"
And this rich nigga racism
That's that "come here, please buy more"
What you want, a bentley? Aur coat ? a diamond chain?
All you blacks want all the same things
Used to only be niggas now everybody playing
Spending everything on alexander wang
New slaves
Y'all throwing contracts at me, you know that niggas don't read
Throw 'em some maybach keys, fuck it, c'est la vie
I know that we the new slaves, y'all niggas can't fuck with me
Y'all niggas can't fuck with ye, y'all niggas can't fuck with ye
I'll move my family out the country, so you can't see where I stay
So go and grab the reporters, so I can smash their recorders
See they'll confuse us with some bullshit like the new world order
Meanwhile the dea, teamed up with the cca
They tryna lock niggas up, they tryna make new slaves
Janeiro/Junho de 2016 – pág.31
Revista Interdisciplinar da Universidade Veiga de Almeida
ISSN: 14148846
2- Faça a leitura silenciosa do texto:
• identifique as palavras transparentes;
• identifique as palavras conhecidas;
• tente captar o sentido geral do texto;
• tente entender o sentido de palavras desconhecidas pelo contexto;
• relacione o conteúdo do texto ao conhecimento que você já tem.
3- Responda as seguintes questões:
a- Qual o assunto da canção de Kanye West?
__________________________________________________________________.
b- Qual o objetivo da canção?
( ) entreter (
rimas
) fazer uma crítica à sociedade racista ( ) informar ( ) fazer
c- Quem é Kanye West?
___________________________________________________________________.
d- O que significa a palavra niggas? Transcreva uma frase e explique o seu sentido.
___________________________________________________________________.
e- A expressão Y’all pode ser substituída por qual pronome?
___________________________________________________________________.
f- Em qual trecho da canção Kanye a presença de sua mãe é citada? Explique o sentido
do trecho.
___________________________________________________________________.
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ISSN: 14148846
VOCABULARY AND GRAMMAR
4- Observe as palavras destacadas nas frases abaixo:
EBONICS
You see it's broke nigga racism.
INGLÊS-PADRÃO
You see it’s broken nigger racism.
Y'all throwing contracts at me.
You all are throwing contracts at me.
They tryna lock niggas up.
They are trying to lock niggers up.
They gon' say now.
They are going to say now.
A construção dessas frases encontra-se em ebonics. Ebonics é uma variante da língua
inglesa, predominantemente falada por negros, que alguns também consideram como
uma língua independente. A sua estrutura se difere do inglês-padrão tanto na escrita
quanto na pronúncia de algumas palavras. Ela está ligada à cultura hip-hop também.
Logo, é claro que se pode observar a presença dessa variante linguística em letras de
rappers.
5- Agora volte ao texto e responda: o conhecimento que você acabou de construir
através da música de Kanye West possibilita que você faça uma leitura mais
aprofundada do texto?
LEMME WORK MO’ ON DIS!!
6- Há outros lugares onde o ebonics pode ser encontrado, diferente das letras de hiphop? Onde mais? Pesquise sobre a sua origem e locais de influência.
7- Elabore um projeto na sua escola que fomente grupos a trabalharem contra o
preconceito e a discriminação racial.
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ISSN: 14148846
7. Considerações finais
De acordo com o material desenvolvido neste trabalho, conclui-se que a
sua aplicação será de grande significância para que as aulas de Inglês tenham uma
abordagem ampla sobre o idioma, mostrando tanto a realidade da norma culta como a
coloquial. Além disso, é uma ferramenta que promove a pluralidade cultural em sala
juntamente com a abertura de discussões sobre temas sociais e culturais relacionados
ao Black English. É fundamental a questão da leitura trabalhada nas unidades, onde os
conceitos de pré-leitura, leitura e pós-leitura estão inseridos.
Observou-se também a questão dos gêneros textuais presentes no material,
proporcionando uma diversidade na leitura, no intuito de os alunos entenderem e lerem
através de diversos gêneros. É também uma maneira de deixar a leitura com um teor
mais atrativo aos jovens, diversificando os textos e literaturas exigidas no currículo. É
interessante que os textos sejam apresentados de uma maneira diferente. O material
desenvolvido, cujo temário envolve alguns temas sociais, colabora para a mudança na
construção do pensamento crítico dos alunos, além de expandir a sua visão de mundo,
ao abordar questões de cidadania.
O papel do professor também será um fator importantíssimo para que as
unidades sejam conduzidas de maneira eficaz. O seu background é fundamental para
que as questões e levantamentos que surgirem, sob a sua orientação, levem a promover
um debate sadio e produtivo. O professor deverá agir como um facilitador ao abordar as
unidades, fazendo com que alguns paradigmas e conceitos sejam desconstruídos no
intuito de trabalhar e implantar novas maneiras de enxergar o meio. Dessa forma,
mesmo que minimamente, os alunos sairão com um pensamento diferente sobre o
preconceito linguístico, a discriminação racial, dentre outros temas.
A partir desse material, pode-se analisar também a própria língua portuguesa e
as diferentes formas de comunicação. Pode-se abordar a norma culta em comparação
com a forma coloquial, demonstrando aos alunos que não há um “falar errado”, mas,
de acordo com as questões sociais, etárias ou regionais, determinado grupo comunicase de forma diferente de outro.
O papel principal desse projeto é, portanto, a
abordagem de uma cultura diferente presente na mesma língua inglesa, para que haja
respeito às demais culturas e às formas de expressões linguísticas em qualquer idioma.
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Revista Interdisciplinar da Universidade Veiga de Almeida
ISSN: 14148846
Nota:
1
Disponível em: <http://variacoeslinguisticasnoingles.blogspot.com.br>. Acesso em: 21 de janeiro de
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Janeiro/Junho de 2016 – pág.36

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