Molina - Grupo Photon
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Apoio ANO 24 - # 231 Abril de 2014 Automec Pesados & Comerciais Em sua 4ª edição, feira de autopeças voltada para o segmento de veículos pesados se consolida e tenta estabelecer canal para levar as demandas do setor ao poder público Entrevista 40 anos de experiência no aftermarket 487043 Molina Pedro 0 0 2 3 1 Oliver Elxleben, presidente da Knorr-Bremse Brasil, fala sobre a expectativa de crescimento da empresa no País Respeite a sinalização de trânsito. w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r MERCADO DE PESADOS EM DESTAQUE N Além de novidades, a feira também foi uma oportunidade não só para reunir todos os elos da cadeia, mas também para debater questões que envolvem todo o mercado. Esta edição traz na matéria de capa as novidades apresentadas na feira. Divulgação o início do mês de abril aconteceu a Automec Pesados & Comerciais, que reuniu entidades do setor de reposição automotiva, fabricantes de autopeças, equipamentos, produtos e serviços e apresentou lançamentos para o segmento de veículos pesados. A Andap apoiou a feira e esteve presente em seu estande nesta 4ª edição, onde recebeu visitantes de várias partes do Brasil. Renato Giannini, presidente da Andap – Associação Nacional dos Distribuidores de Autopeças Também destacamos, na seção Especial, matéria com Pedro Molina, há 30 anos presidente da Roles, que está completando 45 anos de fundação. Ele conta fatos marcantes de sua trajetória no setor de distribuição e sua participação como presidente da Andap. A entrevista do mês é com Oliver Elxleben, presidente da Knorr-Bremse no Brasil, fabricante de sistemas de freios que atua no segmento de veículos pesados. A frota circulante de veículos pesados no Brasil vem aumentando, segundo levantamento divulgado pelo Sindipeças na Automec, e mostra que os veículos pesados, somando comerciais leves, caminhões e ônibus, representam 25% do total de 40 milhões de unidades que trafegam pelo País, e que, por conta das restrições em grandes centros, o número de comerciais leves dobrou de 2006 para 2013, chegando a 6,3 milhões. Assim como a frota de veículos pesados cresce, o mercado de reposição para este segmento também se desenvolve para acompanhar esta evolução. Esta edição é dedicada a este importante mercado, com a cobertura da Automec Pesados & Comerciais. Boa leitura! 4 Mercado Automotivo • abril • 2014 Índice w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r 10 14 28 Entrevista Especial Em Destaque Presidente da Knorr-Bremse Brasil, Oliver Elxleben analisa o setor ferroviário do País O presidente da Roles, Pedro Molina, conta como começou na empresa há quatro décadas e fala sobre desafios para o futuro Líder no segmento de powertrain e drivetrain, BorgWarner investe no aftermarket nacional 18 Novos Negócios A ferramenta de gestão para o segmento do aftermarket automotivo Índice 20 Capa Abril de 2014 Automec Pesados reuniu mais de 600 marcas e atraiu público de 30 mil profissionais; confira as novidades 30 Geomarketing Automotivo São Paulo 32 Estatísticas Emplacamentos em 2014 34 Eventos – Mahle Mahle inaugura novo centro de distribuição para a América Latina 38 Gestão e Tendências Empresas adotam o Home Office, mas temem por questões trabalhistas 42 Tecnologia O mercado de reposição de câmaras de freio da linha comercial pesada. 43 Andap News 44 Artigo – Leandro Martinho Leite Comercialização de Mercadorias Importadas – Resolução 13 – Tributação e Tratamento Fiscal – Obrigações Assessórias – Cst e Fci 48 Flash 6 Mercado Automotivo • abril • 2014 Cinto de segurança salva vidas. Diretoria Marilda Costa Salles Ávila [email protected] Jarbas Salles Ávila Filho [email protected] Jornalista Responsável Jarbas Salles Ávila Filho (MTB 35.378) Conselho editorial Renato Giannini, Rodrigo Carneiro, Antonio Carlos de Paula e Ana Paula Cassorla PRESIDENTE Apoio Renato Giannini VICE-PRESIDENTES Ana Paula Cassorla, Anselmo Dias, José Ângelo Bonarette Esturaro, Rodrigo Francisco Araújo Carneiro 1º SECRETÁRIO 1º TESOUREIRO Antonio Carlos de Paula Guido Maria Luporini 2º SECRETÁRIO 2º TESOUREIRO Joaquim Alberto da Silva Leal Cláudio Gilberto Marques Redação DIRETORES [email protected] Jarbas Salles Ávila Filho, diretor; Cléa Martins, Majô Gonçalves, Sérgio Duque, Thassio Borges e Weslei Nunes, colaboradores; Mariangela Paganini, revisora Armando Diniz Filho, Carlos Alberto Pires, Fernando Luiz Pereira Barreto, Gerson Silva Prado, Jayme Scherer, José Carlos Di Sessa, Leda Yazbek Sabbagh e Sandra Cristine Cassorla de Camargo Departamento de negócios Alcides José Acerbi Neto, José Álvaro Sardinha e Nilton Rocha de Oliveira Marilda Costa Salles Ávila [email protected] CONSELHO FISCAL SUPLENTES Comercial Arte e produção Fernanda Soares [email protected] Elvis Pereira dos Santos [email protected] Financeiro mídias digitais Valdirene Fernandes [email protected] Agência Bcicleta http://bcicleta.com.br Fotografia Arquivo Photon, Divulgação Fale com a mercado Automotivo pela Internet www.revistamercadoautomotivo.com.br www.photon.com.br @ CONSELHO FISCAL EFETIVO Arnaldo Alberto Pires, Diogo Sturaro, Guido Luporini, Renato Franco Giannini e Walter Pereira Barreto de Schryver CONSELHO CONSULTIVO Carlos Raul Consonni, Frederico dos Ramos, Luiz Cassorla, Luiz Norberto Paschoal, Mario Penhaveres Baptista, Pedro Molina Quaresma, Renato Giannini e Sergio Comolatti DIRETORIA REGIONAL 2014 - 2018 ESPÍRITO SANTO NORDESTE Carlos Raul Consonni Carlos Eduardo M. de Almeida GOIÁS/ DISTRITO FEDERAL NORTE Neomar Guimarães Felipe Caldeira Carneiro Martins MINAS GERAIS SANTA CATARINA Rogério Ferreira Gomide Jayme Scherer Por e-mail Para anunciar: [email protected] Para assinatura: [email protected] Fale com a Andap pela Internet Por telefone www.andap.org.br 55 (11) 2281-1840 No twitter www.twitter.com/automotivo www.twitter.com/grupophoton No Facebook www.facebook.com/ revistamercadoautomotivo1 Grupo Photon As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores. Reproduções de artigos e matérias estão autorizadas, desde que citada a fonte. Revista MERCADO AUTOMOTIVO é uma publicação mensal do Grupo Photon. Circulação abril de 2014. Avenida do Guacá, 1.067, 1º andar - CEP 02435-001 - São Paulo - SP - Brasil @ [email protected] 55 (11) 3266-7700 Por e-mail Por telefone Respeite a sinalização de trânsito. Entrevista R edação Crescimento necessário Com a expectativa de aumentar a participação da América Latina em suas vendas globais, a Knorr-Bremse Brasil, fabricante de sistemas para veículos ferroviários e veículos comerciais, transferiu-se recentemente para uma planta mais ampla no interior de São Paulo, em Itupeva. Atualmente, o mercado brasileiro representa somente 3% do faturamento mundial da empresa e parte desse atraso pode ser creditado à fraqueza do País em relação ao sistema ferroviário disponível, setor de grande importância para a Knorr-Bremse. “No Brasil, o problema básico é a falta de planejamento dos investimentos no setor. A rede está defasada em relação aos países desenvolvidos pelo menos uns 30 anos”, afirma Oliver Elxleben, presidente da empresa no Brasil. Confira a seguir a entrevista completa concedida pelo executivo à revista Mercado Automotivo. 10 Mercado Automotivo • abril • 2014 w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r Mercado Automotivo – Há pouco mais de um ano, a fábrica da Knorr-Bremse no Brasil foi transferida de São Paulo para Itupeva. O que motivou essa transferência? Oliver Elxleben – Com o crescimento que a empresa atingiu no Brasil após 35 anos, a área que tínhamos disponível em Jurubatuba (SP) já não atendia mais às nossas necessidades de expansão. A ampliação da área construída tinha restrições legais e, além disso, a região começou a ter características mais residenciais, o que era totalmente incompatível com o nosso movimento logístico e a otimização do fluxo de materiais. Gostaria que falasse sobre a logística dessa transferência. Foi necessário parar a produção, por exemplo? Durante quanto tempo a empresa planejou essa mudança até que, de fato, ocorresse? O terreno em Itupeva foi adquirido no ano de 2007 e a construção efetiva da nova fábrica se deu entre 2011 e final de 2012. Começamos a produzir na nova planta já em fevereiro de 2013 e a inauguração oficial se deu no dia 17 de abril do ano passado. A logística da mudança foi planejada minuciosamente por meses o que nos levou a apenas cinco semanas de parada de produção. Foram produzidos estoques de segurança para atender os clientes durante este período. Abrigamos atualmente na mesma planta as duas divisões. A Rodoviária, que atende à produção de montadoras de veículos comerciais e o mercado de reposição, e a Ferroviária, que atende os fabricantes de trens e metrôs. A fábrica foi construída já com a possibilidade de expansão futura e contamos hoje com os processos mais modernos e otimizados de produção. Itupeva é uma cidade que fica muito próxima à capital paulista. Quais são as principais vantagens obtidas pela Knorr-Bremse ao estabelecer sua produção fora da cidade de São Paulo? E as desvantagens? Itupeva foi escolhida depois de uma avaliação criteriosa de localidades possíveis para as novas instalações. A proximidade da capital e de rodovias importantes, a área disponível, os incentivos fiscais, a disponibilidade de mão de obra local entre outros fatores foram essenciais para a decisão. A maior dificuldade que enfrentamos durante o processo da mudança, mas já esperada, foi a alteração considerável no quadro da mão de obra. A empresa disponibiliza até hoje transportes fretados para atender os funcionários que não puderam se mudar para a região. No Brasil, qual é o peso das vendas referentes a sistemas para veículos ferroviários? E para veículos comerciais? O senhor pode informar também a parcela referente ao aftermarket? As vendas para veículos ferroviários representam em torno de 30% a 35% do total do faturamento da Knorr-Bremse no Brasil. As vendas do aftermarket representam 30% do faturamento da área de Veículos Comerciais. Qual é a avaliação que a Knorr-Bremse faz da malha ferroviária brasileira atualmente? Faltam incentivos para este tipo de transporte? O senhor considera a rede do País defasada? No Brasil, o problema básico é a falta de planejamento dos investimentos no setor. A rede está defasada em relação aos países desenvolvidos pelo menos uns 30 anos. Os incentivos criados pelo governo não se materializam com a mesma velocidade do crescimento da demanda. Se compararmos os investimentos do Brasil nesse setor aos investimentos feitos pelos países desenvolvidos ou mesmo países do BRIC [Brasil, Rússia, Índia e China], principalmente a China, podemos dizer que os do Brasil são insignificantes. As “Américas”, de forma geral, respondem por quase 24% dos negócios da Knorr-Bremse no mundo, índice muito próximo ao da Ásia/Austrália. Qual é a expectativa para estes índices nos próximos 5, 10 anos? Existe a possibilidade de os negócios na América ultrapassarem os da Ásia/Austrália? O faturamento da Ásia/Austrália é puxado principalmente pela intensa expansão da infraestrutura ferroviária. A expectativa é de que isto seja mantido durante os próximos anos. Os 24% referentes às “Américas” são predominantemente referentes à América do Norte. A América Latina representa apenas 3% do faturamento global. Não enxergamos para o Brasil uma expansão significativa da malha ferroviária para os próximos anos e por isso não estamos prevendo uma participação maior em comparação com a Ásia. Mercado Automotivo • abril • 2014 11 Entrevista R edação As vendas globais da companhia registraram crescimento significativo entre 2009 e 2011, e nos últimos dois anos mostraram-se estáveis. Qual a previsão/expectativa para este ano? Globalmente esperamos um crescimento considerável já que temos uma economia recuperada nos Estados Unidos e também na Europa. Na Ásia esperamos a continuidade do crescimento principalmente no segmento ferroviário. Para a América Latina, as expectativas são cautelosas e contamos com uma produção de veículos comerciais de 10% a 15% menor do que no ano passado. O segmento Ferroviário deve ficar no mesmo nível do ano passado. Como é a atuação da Knorr-Bremse Brasil atualmente? Temos uma fábrica no Brasil que atende toda a América Latina. No Brasil atendemos as montadoras de Veículos Comerciais e os fabricantes de trens e metrôs. Gostaria que falasse sobre o projeto Formare – Uma escola para a vida. Como ele funciona e qual sua importância social? Apoiamos o projeto Formare da Fundação Iochpe durante nove anos. Participam adolescentes carentes entre 15 e 17 anos e os professores são funcionários voluntários da empresa. Realmente é uma escola para a vida, pois, além das aulas programadas, estes jovens acabam se inserindo num ambiente socialmente mais saudável do que sua realidade e podem buscar também sua primeira oportunidade de traba- 12 Mercado Automotivo • abril • 2014 lho. Temos vários participantes trabalhando conosco hoje. Este ano começamos com um novo projeto social para aprendizes em parceria com a Unisal de Campinas. Estes jovens ficam três dias na empresa aprendendo as atividades das diversas áreas. Em um dia eles têm as aulas para aprendizes e a Knorr-Bremse lhes proporciona outro dia a mais de aulas no curso de logística com os professores da Unisal, em Campinas. Desta forma os alunos têm contato com o ambiente empresarial e também com o ambiente acadêmico considerando a qualificação excelente dos professores da Unisal. Que outros projetos sociais a empresa apoia no Brasil? O senhor considera esse tipo de ação essencial atualmente para as grandes empresas que atuam no País? O Grupo Knorr-Bremse fundou um instituto chamado Global Care que é administrado pela matriz e apoia diversos projetos mundialmente sempre com o foco em ajudar as pessoas a se ajudarem. O instituto já realizou um projeto no Brasil, reformando um dormitório para moradores de rua, e agora inicia outro projeto voltado para a educação de jovens. Vamos construir na nossa área uma unidade piloto, com sala de aula, laboratório, biblioteca e área de convivência que será destinada à educação e começamos com um curso de mecatrônica ministrado pelos professores da Unisal durante dois anos. Paralelamente teremos outras atividades e workshops sempre voltados à comunidade carente da região. A empresa hoje se volta cada vez mais para a Responsabilidade Corporativa. Estamos focados na sustentabilidade como um todo e isto significa a parte econômica, ambiental e humana. A Knorr-Bremse afirma que passou a adotar um projeto integrado à natureza e preparado para futuras expansões. Essas expansões ocorreriam no Brasil ou num cenário global? A fábrica se destaca por sua construção totalmente integrada ao meio ambiente visando a preservação e a utilização racional de recursos naturais como, por exemplo, a iluminação e a ventilação, minimizando consideravelmente os gastos com energia elétrica, entre outros. Temos uma estação de tratamento de água que nos permite reutilizar toda água consumida no processo de produção e destinar apenas os resíduos sólidos para empresas especializadas, telhados verdes e lagos para captação das águas das chuvas e reutilização. O Grupo Knorr-Bremse investiu em expansões o valor de 250 mil euros e o Brasil é parte significativa destes investimentos. A nossa fábrica no Brasil está preparada para crescer em torno de 50%. Quais os planos e as expectativas da Knorr-Bremse para os próximos cinco anos no Brasil? Contamos com um crescimento a médio e longo prazos tanto na área para Veículos Comerciais como na área Ferroviária. Por isso foram feitos os investimentos na fábrica atual. Faça revisões em seu veículo regularmente. Divulgação Especial M ajô G onçalves Acompanhar a evolução do mercado Há 30 anos na presidência da Roles, Pedro Molina fala da importância de investimento em marca própria e também do desafio de preparar a gestão para a profissionalização. P edro Molina tem a mesma rotina há 40 anos. O empresário e presidente da Roles Distribuidora de Autopeças, cuja razão social é Car Central, veio do segmento da indústria de embalagens para trabalhar na empresa, fundada em 1969, por Sidney Baldassarini e Eduardo Monzoni. Ambos já trabalhavam como re- 14 Mercado Automotivo • abril • 2014 presentantes de autopeças e começaram a importar rolamentos. “Na época, havia um controle rígido na importação desse componente e eles se especializaram nesse nicho que deu origem ao nome da empresa”, explica. Formado em Contabilidade e Direito, Molina chegou na Roles alguns anos após a sua fundação e se tornou sócio sete anos depois que começou a trabalhar na empresa. Inicialmente, a distribuidora atuava apenas em São Paulo. Hoje, possui 16 centros de distribuição, filiais em todas as regiões do País, e a sede fica localizada no bairro do Sacomã, na capital paulista, desde 1978. É onde de segunda a sexta-feira Molina dá expediente. “Gosto de trabalhar, não conseguiria ficar em casa”, revela o empresário que não esconde a sua paixão pelo trabalho. Ele conta que, em 1982, Sidney e Eduardo receberam uma proposta de venda de suas partes na empresa. Molina e José Carlos Di Sessa, que tinham uma parte menor na participação da empresa, resolveram permanecer na sociedade com os novos donos. Di Sessa, recentemente, decidiu parar de trabalhar, mas permanece com sua parte na sociedade. Em seu lugar assumiu Sérgio Teixeira, que começou como auxiliar, se tornou diretor de TI e hoje ocupa a diretoria de Vendas. Molina lembra que Angelo Sturaro já trabalhou na Roles, cuidando da área comercial de rolamentos e teve uma parte na sociedade, mas resolveu vender e abrir a Cobra Rolamentos. Molina permanece na presidência há 30 anos. “Está no sangue, gosto do que faço. Existem dois tipos de presidentes: o que dá lucro e o ex-presidente”, afirma e garante que mantém o desempenho na média ou acima há três décadas. Pioneirismo – Sempre buscando inovar para garantir melhoria de resultados na operação, entre 1979 e 1980 a Roles já possuía computadores. Com a dificuldade de importar devido à burocracia em obter licença do governo, a empresa optou em adquirir equipamentos do único fabricante nacional que existia. Esta medida revolucionou o processo na operação e agilizou os procedimentos de venda. O kardex tinha um procedimento lento para dar baixa no pedido, passando por várias etapas: pré-nota, nota manual, nota datilografada e cópia Divulgação w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r Da esq. para dir.: Wilson Molina, diretor Administrativo do grupo CAR, Pedro Molina, sócio-presidente da Roles, e José Carlos Di Sessa, que foi sócio e diretor Comercial da empresa até se aposentar, 2013 da nota para finalmente concluir o processo. O trabalho era demorado e ainda havia a complexidade de produtos e muitos códigos que complicavam a operação. Com o auxílio da informática, tudo se tornou mais simples e rápido. À noite eram emitidas as notas do dia em uma listagem e já saíam as duplicatas. “Foi uma grande evolução. Para quem não viveu nessa época, hoje, com tudo eletrônico, fica difícil de imaginar como era antes da era da informática.” Atuação na Andap – Durante sua gestão de dois mandatos como presidente da Andap, entre 1999 e 2003, e mesmo antes ainda como vice-presidente, quando Jaime Ozzi estava na direção da entidade, conta Molina, a implantação da substituição tributária já estava em discussão. Antes disso, ele recorda que foi feita uma tentativa de implantar a substituição tributária no Estado de São Paulo para alguns itens durante seis meses. “Houve movimentação e o governo de São Paulo desistiu de seguir em frente com a medida.” Mas, depois o assunto voltou à tona. Foram realizadas várias reuniões em Brasília. A entidade pleiteava que a medida fosse adotada em nível nacional. Inicialmente, a ideia da substituição tributária parecia ser uma solução para acabar com concorrência desleal. Mas, a lei saiu de forma diferente. Goiás antecipou-se e depois vieram outros Estados. As empresas com unidades fora do Estado de São Paulo têm entrave para movimentar mercadoria. O processo transferência é demorado e burocrático. Além disso, Molina revela que há muita divergência, em São Paulo, por exemplo, peças de uso comum em linha industrial e no setor automotivo têm código genérico e alguns itens ainda não estão incluídos no sistema de substituição tributária, enquanto que nos outros Estados todos os produtos estão. “O ideal seria unificar as informações para todos os Estados”, analisa. Mercado Automotivo • abril • 2014 15 Especial M ajô G onçalves Na tentativa de reverter a situação, foram realizados estudos pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), para apresentar à Secretaria da Fazenda. Isso continua sendo feito até hoje, regularmente. Molina explica que a antecipação dos impostos acaba atravancando a movimentação da mercadoria e aumenta o custo operacional dos distribuidores. Além da parte tributária, em sua gestão foi instituído o encontro de confraternização no final do ano, do qual participam associados e fabricantes. “Um momento agradável para o convívio fora da rotina de trabalho.” Ainda na Andap, contou com a ajuda do diretor Executivo Luiz Carlos Vieira, profissional com larga experiência, que ocupou cargos importantes na Bosch. Após deixar a presidência, Molina ficou como conselheiro consultivo da entidade. Ele comanda a empresa que tem mais de 800 funcionários e vem acompanhando a evolução do mercado. Em sua opinião, a grande virada ocorreu por volta de 2000, quando houve a intensificação de entrada de produtos importados no País. “Até então, o distribuidor tinha um papel mais forte e expressivo. Existiam poucas marcas e a distribuição era a extensão da fábrica”, reflete. Como o mercado cresceu com a chegada de novas montadoras, ocorreram mudanças de lá para cá. “Há varejos que partem para vender no atacado na região em que atuam. Montadoras investem em marcas próprias para comercialização de peças”, acrescenta. Além disso, Molina revela também que muitos vendedores acabaram 16 Mercado Automotivo • abril • 2014 criando empresas de distribuição porque tinham conhecimento do produto e viram uma oportunidade de negócio. O mercado de reposição tem peso significativo para as fábricas. Ele acredita que as transformações continuarão e que não há um modelo definido para o Brasil. Pode haver um híbrido entre os formatos adotados pelos Estados Unidos e pela Europa. O mercado norte-americano conta com grandes varejos e a Europa tem grupos de compra. “Com tudo isso, no Brasil, o grau de dificuldade tem aumentado nos últimos anos, principalmente com a substituição tributária, onerando a operação e diminuindo o capital de giro dos distribuidores. O varejo compra fracionado, o tíquete cai muito e o custo com sistema de cobrança e transporte aumentou. Esses custos não foram repassados.” O transporte em grandes cidades, como São Paulo, com trânsito intenso e congestionamentos diários, exigiu que as empresas investissem no aumento de frotas para atender as demandas do varejo, com volume maior de pedidos e pouca quantidade de itens. Diversificar para inovar – Há 14 anos a Roles investiu em marca própria para complementar linhas de produtos. Em 2005 a marca passou a ser chamada de Autho Mix e vem crescendo de maneira sólida no mercado com produtos mais focados na linha leve. “É preciso aumentar a estrutura, não ficar parado no tempo e fazer um trabalho para fidelizar o cliente e aproximar a marca do aplicador.” O desenvolvimento tecnológico também exige investimento na área de engenharia e laboratório para testes de produtos. Hoje, a linha Autho Mix possui por volta de 1.000 itens e todas as peças da marca são homologadas, de acordo com os padrões de qualidade. Para Molina, o mercado passa por transformação, mas o crescimento da frota movimenta a reposição que conta com muita variedade de marcas. Além da marca própria, a Roles, seguindo as características de especialização que deu origem à empresa, trabalha com itens com foco em undercar para a linha leve. Também trabalha com itens para comerciais leves e motocicletas. No ano passado, a marca passou a ter a assinatura do slogan “Ótimos negócios para você”, estratégia que visa reforçar a imagem de confiança e segurança para o segmento de autopeças, ao representar um ótimo negócio para todos os elos do mercado, seja para o varejista, para o aplicador ou para o consumidor final. Renovação sempre foi o lema da empresa. Recentemente, a Roles ganhou novo logotipo e o site foi reformulado, com exclusivo catálogo on-line, um canal de comunicação com os clientes. A ferramenta traz a aplicação completa, observações técnicas e similaridade de todos os produtos comercializados pela empresa. Com pulso firme e disposição, Molina tem muitos projetos, entre eles, pretende fortalecer a marca Autho Mix e também preparar a empresa para a profissionalização da gestão. Ele nem cogita em parar, mas já pensa no futuro. Respeite a sinalização de trânsito. Elvis P. Santos Novos Negócios R edação Enfim uma ferramenta que faltava: geomarketing automotivo on-line Ferramenta de gestão para o segmento do aftermarket automotivo A Audamec Marketing, empresa associada ao Grupo Photon e que desenvolve pesquisas e estudos de mercado aplicados ao segmento da reposição automotiva, dispõe a seus leitores, desde outubro de 2013, a edição atualizada e para consulta via internet do Geomarketing Automotivo 2014. Interativo e totalmente concentrado nos negócios do setor, traz um índice de potencial de consumo de autopeças por segmento da frota, para cada um dos 5.566 municípios brasileiros. Inclui ainda informações sobre (1) a localização de veículos por marca e modelo no município; (2) o consumo de combustível entre as alternativas de etanol, gasolina e diesel, e (3) gastos previstos com consumo de peças e acessórios em cada município. 18 Mercado Automotivo • abril • 2014 As consultas podem ser efetivadas de forma individual para cada município, ou agrupadas por microrregião ou mesorregião de acordo com distribuição e classificação do IBGE. O usuário poderá selecionar mais de uma região ou município, interagindo com o sistema para obter dados agrupados de acordo com interesses específicos, podendo até selecionar de acordo com sua própria distribuição regional de vendas, exportando os dados para planilha de excel ou imprimindo tabelas da forma com que são apresentadas. Sergio Duque, economista e especialista em marketing, responsável técnico pelo produto, explica que a construção desta ferramenta demandou muito estudo, aplicações de conceitos esta- w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r res influenciam o desempenho local para mais ou para menos. Até fatores naturais, como altas variações climáticas que provoquem catástrofes estão consideradas na composição do algoritmo de influência. Empresas interessadas poderão assinar o serviço por período de contrato anual e acessar o banco de dados através de login e senha, na certeza de que os dados estarão sempre atualizados. O acesso pode ser liberado para o País todo ou apenas para regiões de interesse, com custos otimizados. O sistema, segundo Duque, deverá dinamizar e auxiliar muito os negócios com autopeças para montadoras, fabricantes, distribuidores e até representantes comerciais regionais, que poderão ter acesso a preços customizados apenas à suas respectivas regiões de atuação. Para mais informações, consulte www.audamec.com. br ou envie e-mail para [email protected]. Se preferir ligue para (11) 2281-1840. Respeite a sinalização de trânsito. tísticos além da análise temporal de uma série de dados. “Para se ter ideia da amplitude deste trabalho a da representatividade dos índices gerados pelo estudo, basta saber que 11 fatores de influência no consumo de peças foram nomeados para compor a construção de um algoritmo. Consideramos desde a frota municipal localizada divulgada pelo Denatran até consumo de combustível por tipo, condições de intensidade de trânsito nos principais municípios, além de acompanhar a tendência da cultura de produtos agrícolas ou pecuários em cada uma das 137 mesorregiões do País, entre outros”, diz Duque. Se um determinado município sofre com queda de produção agrícola ou pecuária, importantes para o negócio regional, imediatamente é corrigido o indicador no sistema, que recalcula e registra uma nova tendência na capacidade demandante de peças do município já que, com certeza, estes fato- Mercado Automotivo • abril • 2014 19 Divulgação Capa C léa M artins Além da vitrine A Automec Pesados & Comerciais, evento voltado ao setor de reposição de autopeças e reparo de veículos pesados e comerciais, foi palco de ações inéditas, como a Oficina Modelo A 4ª Automec Pesados & Comerciais, feira internacional especializada em peças, equipamentos e serviços para veículos pesados e comerciais, abriu as portas no dia 1º de abril, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo, sob a ótica de um mercado otimista. Se de um lado o faturamento do setor de autopeças teve crescimento de 4,3% no acumulado de janeiro a novembro de 2013 em comparação ao mesmo período de 2012, de acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes de Veículos Automotores (Sindipeças), 20 Mercado Automotivo • abril • 2014 de outro, a frota circulante de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus ultrapassou os 40 milhões de unidades em 2013. Deste montante, 25% são comerciais leves e veículos pesados. “No total são 1,7 milhão de caminhões, 6 milhões de comerciais leves e 386 mil ônibus. Os dados mostram que a frota cresceu 5,7% em 2013”, afirmou Elias Mufarej, conselheiro do Sindipeças para o mercado de reposição e coordenador do GMA – Grupo de Manutenção Automotiva. O levantamento do Sindipeças aponta ainda que, no faturamento do segmento, as vendas para mon- tadoras e o mercado de reposição cresceram 8,5% e 4,8%, respectivamente, demonstrando que as grandes empresas do setor estão apostando cada vez mais no mercado brasileiro. As safras recordes também influenciam positivamente o segmento, acredita Renato Giannini, presidente da Associação Nacional dos Distribuidores de Autopeças (Andap) e do Sindicato do Comércio Atacadista, Importador, Exportador e Distribuidor de Peças, Rolamentos, Acessórios e Componentes para Indústria e para Veículos no Estado de São Paulo Evento reuniu cerca de 30 mil profissionais do segmento Divulgação (Sicap): “A maior parte do PIB gerado pelo País é movimentada sobre rodas e o setor de reposição acompanha essa evolução e vem crescendo, mesmo diante de novos desafios para todos os elos da cadeia do setor de reposição automotiva, entre eles, aumento do número de itens para atender a frota circulante diversificada”. Diante de um quadro tão favorável, a feira conseguiu reunir 520 expositores responsáveis por mais de 600 marcas. Um avanço em relação à primeira edição da Automec Pesados, que aconteceu em outubro de 2008 e reuniu pouco mais de 400 marcas. “O setor de autopeças está crescendo bastante no Brasil e o mercado está vendo seus lucros aumentar. As grandes montadoras não precisam mais importar os produtos, pois temos aqui qualidade igual ou até superior. E a Automec Pesados & Comerciais é um espaço para que compradores e empresários possam fechar negócios e conhecer as novidades e potenciais do setor”, disse Rodrigo Rumi, diretor de Portfólio Automotivo da Reed Exhibitions Alcantara Machado. Apesar do aumento nas participações, a feira, que é voltada para os profissionais do setor, como compradores da indústria automobilística nacional e internacional, comerciantes de autopeças e acessórios, profissionais de logística, empresários da indústria, frotistas e oficinas mecânicas, vai além da vitrine de novos produtos e tecnologias. Ela serve também para levantar bandeiras e unir o segmento na luta de causas em prol tanto do mercado como da sociedade. Por isso, as entidades que representam os mais diversos elos da cadeia de autopeças e reparação de veículos aproveitaram a ocasião para Divulgação w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r Visitantes puderam testar produtos e ferramentas na Oficina Modelo destacar alguns assuntos primordiais, entre eles a importância da inspeção veicular. “Com a inspeção ambiental veicular consegui ver o céu mais estrelado em São Paulo”, afirmou Antonio Fiola, presidente do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo (Sindirepa-SP), demonstrando que a medida melhorou as condições dos veículos da frota circulante e, consequentemente, da qualidade do ar na cidade: “Foi um erro a prefeitura de São Paulo abolir o programa sem ter colocado nada em seu lugar”. Paulo Butori, presidente do Sindipeças, que também esteve presente no evento, concordou com a importância da inspeção de emissões, mas enfatizou que se deve ter atenção com a inspeção técnica veicular. Mercado Automotivo • abril • 2014 21 Divulgação Capa C léa M artins Entidades do setor, como Andap e Sicap, são apoiadoras da feira A renovação de frota foi outro tema lembrado por Butori. Segundo ele, esse programa tem dois pilares de sustentação – segurança à vida e a proteção ao meio ambiente. Atualmente, 4% da frota possui mais de 20 anos, o que motiva a implantação de um programa que incentive a troca dos veículos usados por novos, especialmente entre os proprietários de caminhões e ônibus. Segundo ele, as entidades já trabalham na elaboração de um projeto sobre o assunto, falta apenas definir a contribuição da iniciativa privada e do governo. Paulo Bedran, diretor do Departamento de Indústrias de Equipamentos de Transporte do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), que esteve na abertura do evento, ressaltou que o governo federal não irá se omitir e se comprometeu a reativar o debate sobre inspeção veicular. O Ministério já está participando ativamente das ações do Contran e levará o tema para o órgão. Sobre a renovação da frota, Bedran disse que os estudos já es- 22 Mercado Automotivo • abril • 2014 tão avançados no âmbito federal para retirar de circulação os veículos com mais de 30 anos de uso. A formalização do varejo e a valorização da expertise logística dos distribuidores foram outros pontos ressaltados no evento. Para Francisco de La Tôrre, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Peças e Acessórios para Veículos no Estado de São Paulo (Sincopeças-SP), a formalização do negócio por meio de novas tecnologias da receita federal também provoca mudanças no setor, como melhoria na qualidade de atendimento e gestão. “Apesar das ameaças econômicas, estou otimista com o cenário”, afirmou. Ainda segundo La Tôrre, o fato da formalização do varejo ser algo inevitável tem gerado interesse de investidores e grupos internacionais. Por todas estas mudanças e a entrada do e-commerce, a entidade quer mostrar aos empresários como esse canal pode ser interessante e ajudar a encontrar meios de tornar o ponto de venda uma experiência agradável de consumo. “Esse é o desafio do varejo”, aponta o presidente do Sincopeças-SP, que promoveu durante a feira a palestra “V@rejo on-line”. (Mais sobre o tema no box Eventos Paralelos) Seja quais forem as mudanças, o distribuidor está preparado, acredita Rodrigo Carneiro, vice-presidente da Associação Nacional dos Distribuidores de Autopeças (Andap). Seus investimentos constantes e expertise permitem que tenham uma capilaridade de atendimento no País hoje que nenhuma concessionária tem: “O distribuidor, frequentemente, tem de fazer entregas três a quatro vezes ao dia. Somos benchmarking para o mundo”. O executivo ressaltou ainda a excelência do aftermarket, apesar de alguns problemas que precisam ser sanados: “O segmen- NÚMEROS O s números de crescimento do setor apresentados no início desta matéria fazem parte do levantamento Desempenho do Setor de Autopeças, anuário lançado pelo Sindipeças durante a Automec Pesados. O livro é tido como uma das principais fontes de consulta sobre a indústria brasileira de autopeças e a mais completa publicação com dados oficiais, levantados e consolidados pelo Sindipeças até 2013. Destacam-se na edição deste ano, por exemplo, estrutura e variação percentual dos custos de produção de 2005 a 2013. O levantamento do Sindipeças existe há mais de 20 anos e baseia-se na venda de veículos no mercado interno desde 1957. São feitos cálculos por modelo, considerando-se um índice médio de mortalidade de 1,5% ao ano para a linha leve e 1% para a pesada. w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r to de reparação independente e o aftermarket detêm 80% da manutenção de veículos leves e pesados e contamos com 3 mil pontos de distribuição, que garante ampla cobertura em todo o território nacional e representa 70% das redes de concessionárias de todas as marcas do Brasil. Além disso, temos competência em logística”, concluiu. Cerca de 30 mil visitantes, entre eles compradores internacionais de 51 países, como Argentina, Peru, Bolívia, Chile, Colômbia, Paraguai, Uruguai, Estados Unidos, Itália, Equador, entre outros, passaram pela feira, que acabou no dia 5 de abril. Para saber mais sobre esses profissionais e até entender melhor o potencial do evento, o Sindipeças promoveu durante a Automec Pesados & Comerciais uma pesquisa que vai apontar novas demandas e identificar melhor o objetivo do visitante na exposição. Segundo Antonio Carlos Bento, conselheiro do Sindipeças, responsável pela área de feiras e eventos, o objetivo é ajudar o expositor a de fato promover negócios, sabendo identificar onde estão as oportunidades. Segundo ele, a entidade também está intensificando ações do Projeto Comprador, em parceria com a Apex-Brasil, para promover reuniões de negócios. Só nesta edição da Automec estavam previstos 420 encontros com compradores de diversos países. Em levantamento entre os pré-credenciados para o evento, 35% dos visitantes são tomadores de decisões, 80% participam do processo de compras e 55% ocupam cargos de liderança (gerentes, diretores, presidentes e sócios proprietários). O ramo de atividade que mais atraiu a atenção dos credenciados foi o de Oficinas/Centros EVENTOS PARALELOS O Sindirepa Nacional, entidade que representa os Sindirepas dos Estados da Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo e da cidade de Ponta Grossa/PR, realizou durante a Automec Pesados & Comerciais encontro para debater temas relevantes para o desenvolvimento do setor. “Neste encontro, os representantes dos Sindirepas nos Estados apresentaram temas de interesse do setor para continuarmos realizando ações para promover o desenvolvimento das oficinas em todo o País”, afirmou Antonio Fiola, presidente do Sindirepa-SP e Nacional. Outro encontro que mobilizou os visitantes foi a palestra “V@rejo on-line”, realizada pelo Sincopeças. O evento abordou as soluções de comércio eletrônico para pequenas e médias empresas, com destaque para o segmento de peças e acessórios automotivos. Participaram da ação Francisco de La Tôrre, presidente da entidade, Jairo Lobo Migues, consultor do Sebrae-SP, que ministrou a palestra “Site empresarial – uma oportunidade de negócios na internet”, e o representante dos Correios, Michel Herrera, que falou sobre o tema “Sua loja conectada aos Correios”. O Conselho Nacional de Retíficas de Motores (Conarem) também reuniu seus associados no IV Encontro Nacional da Rede Conarem, realizado no dia 4 de abril, durante a Automec Pesados & Comerciais. Na ocasião, a entidade abordou as novas leis do desmanche, bens reprocessados, missão empresarial 2014, assistência técnica 24 horas, formação de mão de obra técnica e a Rede União, central de negócios para compra de peças de motores. Importantes fabricantes de motores e peças, como a Cummins e a KS, estiveram presentes no encontro. Automotivos/Reparação (36%), seguido dos de Distribuição (25%), Varejo/Comércio/Reposição (20%), Frotistas (14%), Concessionárias e Fabricantes, ambas com 3%. “Esses números são ótimos e nos surpreendem. Na pesquisa notamos ainda que 52% dos credenciados estão interessados em procurar parceiros e manterem-se informados. Isso mostra que a feira está se consolidando como um gerador de negócios e apostamos muito no seu sucesso”, afirmou Rodrigo Rumi, da Reed. Novidades Além da exposição de novos produtos e tecnologias, a Automec Pesados & Comerciais promoveu o Fórum Automec, evento que discutiu, durante dois dias, oportunidades, desafios e soluções para todo o setor de autopeças e reposição. “Desdobramentos e Oportunidades da Inovar Autopeças para o Mercado Brasileiro” e “Aproximando a Cadeia dos Canais de Distribuição-Acesso e Compartilhamento de Informações” foram os temas debatidos. Outra atração do evento foi a Oficina Modelo. Criada para que as empresas pudessem fazer demonstrações técnicas e práticas de seus produtos aos visitantes, explicando o uso correto e suas vantagens. O espaço atraiu milhares de profissionais, entre eles 200 alunos dos cursos técnicos da área de mecânica do Senai-SP/Fiesp. Depois das demonstrações técnicas de produtos e ferramentas, os participantes das aulas receberam um certificado. Realizado com apoio do Sindirepa-SP, Senai e IQA, o evento contou com oito patrocinadores: Mercedes-Benz, Ezatta, Rokim, Rotary Lift, Sebrae, Duroline, Original Filter e Corneta. Mercado Automotivo • abril • 2014 23 Capa C léa M artins EXPOSIÇÃO C onsolidado como o maior ponto de encontro entre os principais representantes do setor de peças, equipamentos e serviços voltados para veículos pesados e comerciais da América Latina, a Automec Pesados & Comerciais foi palco de muitas novidades, confira algumas: AFFINIA AUTOMOTIVA – A Affinia Automotiva, pertencente à Affinia Group – multinacional norte-americana líder mundial em fabricação e distribuição de componentes automotivos para o mercado de reposição –, apresentou no evento conceitos de novas tecnologias em cardans, além de lançamentos das marcas Spicer, Nakata e Wix. Bastante focada no atendimento e na orientação técnica, a equipe de técnicos da Affinia, que estava à disposição dos visitantes, orientou sobre a linha de produtos e aplicação. Também distribuiu ao público novos catálogos e manuais técnicos. AUTOLINEA – Mostrou ao público sua nova linha de kits para motores a diesel, com bronzinas, pistões, anéis e buchas. Os novos produtos são aplicados nos motores das principais marcas de caminhões do País, como Cummins, Perkins, Mercedes-Benz, MWM, Scania e Volvo. Também apresentou a nova linha de cabeçotes para vans e caminhonetes médias movidas a diesel e os cabeçotes e bloco da linha Iveco. Os complementos de linhas de produtos para motores, como o bloco 447 e o cabeçote 457, além de novos modelos de bielas, bombas de óleo e componentes para sistemas de freios, foram outras das novidades. BORGWARNER – Focada nas modernas tecnologias para máquinas agrícolas, lançou o Turbo S300, que, segundo a empresa, alia performance e durabilidade a baixas emissões de poluentes. Vale lembrar que as novas regras para o setor agrícola a serem implantadas pelo governo devem ocorrer apenas em meados de 2017. Entre outras novidades expostas pela empresa destaque para o Turbo para Sprinter CDI, desenvolvido especialmente para o mercado de reposição global, e o Turbo Tipo EFR de Aplicação na Fórmula Truck, em aço inoxidável para alta performance em competições. BOSCH – Apresentou soluções em peças, equipamentos de diagnose e ferramentais, além de linha completa de autopeças e linha Reman. Destaque para a nova bancada diesel EPS625, com preço mais acessível. Ela permite que oficinas testem e regulem bombas rotativas de forma eficiente, possibilitando imprimir relatórios de testes e gravar os dados e testes realizados. EATON – A companhia apresentou novos volantes para motores, além de uma linha de embreagens para caminhões e ônibus a partir de 7 toneladas; seu portfólio de produtos remanufaturados; caixas de câmbio; peças e lubrificantes; tomadas de força; bloqueios de diferencial, e válvulas para motores. A nova transmissão automatizada UltraShift® Plus MXP foi um dos destaques. A solução, considerada adequada às condições do mercado brasileiro, pode ser aplicada em caminhões pesados 24 Mercado Automotivo • abril • 2014 rodoviários até 74 toneladas e está disponível em 16 ou 18 velocidades a frente e 4 a ré. Elring – A marca de autopeças de reposição da ElringKlinger do Brasil apresentou as Juntas de Cabeçote (metal-borracha) para motores MWM X12 Acteon - EURO 5, MAN D0834, D0836 e D2676, Scania DC 13 e a Junta da Tampa de Válvula para motor Iveco Cursor 8L. No já típico tradicional estande em estilo alemão, os principais executivos da empesa aproveitaram para esclarecer as dúvidas do público HENKEL – Destacou as soluções para mercado de reposição e indústria automotiva, como o Loctite SF Auto 100, um descarbonizante com odor agradável e biodegradável que realiza com alta performance a limpeza de bicos injetores e canalizações do sistema de injeção eletrônica. Altamente diluente e incolor, o produto é pronto para uso e recomendável para motores que trabalham com gasolina, etanol ou diesel. HONEYWELL – Uma ampla linha de lonas pesadas e pastilhas para o sistema de freios de veículos comerciais e ônibus, com a marca Bendix e Jurid, estava entre as novidades da Honeywell Friction Materials. A marca promoveu ainda o lançamento simultâneo de dez turbos Garrett para o mercado de reposição dos mercados brasileiro e da América do Sul. São turbos para motores a diesel das vans Ford Transit e Citroën Jumper; da minivan Jac M2 Refine, de tratores Same e LG e automóveis Jaguar XJ e Honda Civic DTi-S. A gama de produtos envolve, também, as empilhadeiras Linde Forklift e o motor marítimo Volvo Penta. MERITOR – Este ano a Meritor apresentou ao mercado de reposição uma linha própria de rolamentos para diferenciais, que oferece, segundo a empresa, melhor custo-benefício ao consumidor final, pois promove baixo atrito e excelente isenção de contaminação, tornando a vida útil do produto mais longa. Os amortecedores com certificado Inmetro também foram evidenciados na feira. Na extensa lista de novidades da marca há ainda as embalagens da linha de reposição, que fazem parte de uma estratégia global de padronização de identidade visual da Meritor. SAINT-GOBAIN SEKURIT – A empresa, que presta serviços de vidros para caminhões no Brasil, na Argentina e no Chile, comemorou durante a feira a consolidação da rede Sekurit Veicom, que cria postos de serviços para transportadores nas estradas para evitar tráfego de veículos sem condições ideais de segurança ou sujeitos a instalação de produtos sem a qualidade dos originais. O objetivo é atender prontamente as necessidades dos clientes por intermédio das lojas e oficinas que integram a rede de serviços. SCHULZ – Também novata no evento, a empresa apresentou uma série de novidades em peças e ferramentas para distribuidores, frotistas, varejistas e reparadores. Foram cerca de 150 componentes em exposição. Destaque para a linha de compressores de ar e as ferramentas pneumáticas, elétricas e manuais. Cinto de segurança salva vidas. Em Destaque C léa M artins Uma marca turbinada Com a previsão de aumentar suas vendas diretas às montadoras em pelo menos 250 mil turbos já em 2015, graças às novas exigências de emissões e de inovação energética do Governo, BorgWarner investe também no aftermarket C om 25% do seu faturamento nacional vindo do aftermarket, a BorgWarner quer mais. Para isso, a empresa líder no segmento de tecnologia e aplicações para powertrain e drivetrain de veículos de passeio, utilitários leves e pesados lançou, durante a 4ª edição da Automec Pesados & Comerciais, uma nova campanha de vendas focada no mercado de reposição. Até junho, cada caixa de turbo da marca trará a miniatura colecionável de um caminhão. Serão distribuídos 18 mil caminhõezinhos, disponíveis nas cores vermelho, verde, preto, azul e cinza. A promoção, que tem como foco a aproximação com o reparador, é válida para todos os produtos da marca. “Entendemos que esta iniciativa abrirá as portas para uma nova fase de relacionamento da empresa com os aplicadores, o que é muito importante, do ponto 28 Mercado Automotivo • abril • 2014 de vista de geração de demanda para nossos clientes”, explica Sidney Aguilar, gerente de Aftermarket da BorgWarner. Além desta ação, a empresa também conta com iniciativas que a aproximam de lojistas e frotistas, como os programas de visitas às lojas de autopeças e principais frotas de ônibus e caminhões do País. Atualmente a BorgWarner conta com 20 distribuidores. Mas tem planos para expandir seu alcance, para isso já estuda a adesão de distribuidores regionais à sua carteira. O aumento de postos autorizados também é outra das metas da empresa, que renovou sua equipe de aftermarket. Com um portfólio de aproximadamente 500 componentes, entre turbos novos, remanufaturados e conjuntos centrais, 55% deles destinados ao mercado de pesados, a empresa tem hoje os itens para aplica- ção em ônibus urbanos como carros-chefes de vendas no aftermarket. 35% do portfólio atende o mercado de comerciais leves (picapes e caminhões com até 10 toneladas), enquanto o segmento agrícola fica com 10% da gama de produtos da empresa. Entre os produtos voltados para a reposição apresentados pela empresa na Automec Pesados, os destaques ficaram com o turbo para Sprinter CDI e o turbo em aço inoxidável Tipo EFR de aplicação na Fórmula Truck. OEM No canal de vendas diretas para montadoras, a empresa comemora o novo regime automotivo, Inovar Auto. Graças ao programa, que estimula a adoção de motores menores com a potência amplificada pelos turbos, processo conhecido como downsizing, a BorgWarner, que hoje responde por cerca de 56% dos turbocompressores comercializados no mercado nacional, deve ter um acréscimo de 250 mil unidades de turbos às suas vendas já no próximo ano. O mercado agrícola também está na mira da empresa. As novas exigências ambientais e de eficiência energética para o campo, previstas para implantação em 2017, devem favorecer a fabricante de turbos, que, para este segmento, apresentou na Automec Pesados o Turbo S300, que alia performance e durabilidade às baixas emissões de poluentes. Histórico Fundada em 1928, nos Estados Unidos, a BorgWarner é uma multinacional com mais de 19 mil colaboradores distribuídos em 57 plantas e centros de desenvolvimento, localizados em 19 países. Instalada no Brasil desde 1975, a empresa, que tinha como sede a cidade de Campinas, em São Paulo, iniciou processo gradativo de mudança para Itatiba, também no interior paulista, em novembro de 2012. A nova fábrica possui um Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em engenharia e mantém 500 colaboradores. R$ 70 milhões foram investidos nessa unidade fabril, com 17.800m² de área construída, ante os 10.074,86m² da planta anterior. O projeto visa comportar a fabricação de turbos para veículos comerciais, picapes e vans, Divulgação w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r Sidney Aguilar, gerente de Aftermarket da BorgWarner turbos para carro de passeio, ventiladores e embreagens viscosas e sistema de acionamento por corrente. A aquisição da tradicional fabricante de válvulas termostáticas Gustav Wahler foi outro investimento de peso recentemente anunciado pela marca. Com plantas na Alemanha, no Brasil, nos Estados Unidos, na China e Eslováquia, a Wahler conta com 1.250 empregados e fornece para montadoras como Daimler, Volkswagen, BMW, GM e John Deere. Aqui no Brasil, sua unidade está situada em Piracicaba, São Paulo. Reconhecimento e incentivo Nos últimos anos a BorgWarner conquistou diversos prêmios e certificações, dentre elas a Customer Zero PPM, a 1 Million Hours Without Accidents, 2010 MAN Supplier Award, AMCHAM ECO Award 2010 e o Environmental Responsibility Award Mercedes-Benz. Entre as ações apoiadas por ela, destaque para a parceria com o Instituto Ayrton Senna, que comporta programas de reforço no ensino escolar, e com o Instituto Ingo Hoffman, respeitado centro de tratamento do câncer infantil. Projetos socioambientais também fazem parte dos programas apoiados pela BorgWarner, como o SOS Planeta, a Ecoteca e a Semana do Meio Ambiente. No motor-esporte, a marca se faz presente ao patrocinar equipes em competições como Fórmula Truck e Rally dos Sertões. Mercado Automotivo • abril • 2014 29 Fotolia.com Geomarketing S érgio D uque São Paulo O Estado de São Paulo possui extensão territorial de 259.415,9 km2, com população residente estimada em 43,7 milhões de pessoas em 645 municípios, onde circulam aproximadamente 15,1 milhões de veículos e resulta em índice de 2,8 habitantes por veículo, enquanto a média nacional atual é de 4,0 habitantes por veículo. Estado de economia bastante diversificada e maior PIB do País, tem previsão de atingir o expressivo número de US$ 632,9 bilhões em negócios em 2014, concentrados sobretudo nas atividades de serviços e indústria. O setor primário é o menos representativo da economia paulista, contribuindo com pouco mais de 7% do PIB no Estado. O setor secundário é forte com participação de aproximadamente 40% dos negócios, ficando por fim o setor terciário com a maior parcela, de 53%. São 15 mesorregiões, com seus respectivos municípios de referência: (1) Araçatuba; (2) Araraquara; (3) Assis; (4) Bauru; (5) Campinas; (6) Itapetininga; (7) Litoral Sul Paulista; (8) Macro Metropolitana Paulista; (9) Marília; (10) Metropolitana de São Paulo; (11) Piracicaba; (12) Presidente Prudente; (13) Ribeirão Preto; (14) São José do Rio Preto; (15) Vale do Paraíba Paulista. 30 Mercado Automotivo • abril • 2014 No Estado de São Paulo a malha rodoviária é de 195,3 mil km de extensão, sendo 29,2 mil km de estradas pavimentadas, equivalente a 14,9% do total, e 165,0 mil de estradas não pavimentadas, mais 1,1 mil km de estradas planejadas, segundo dados de 2012 do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes). Já os estudos da CNT (Confederação Nacional de Transportes) apontam que, das estradas pavimentadas existentes no Estado de São Paulo, 49,9% delas estão em ótimo estado de conservação, sendo que 28,8% encontram-se em bom estado, 10,8% em estado regular, 6,9% em estado ruim e os restantes 3,6% em péssimo estado de conservação. Para 2014, estima-se que serão movimentados R$ 5,18 bilhões na cadeia de distribuição automotiva no Estado, algo em torno de 29,7% de todo o volume a ser negociado no aftermarket brasileiro, incluindo serviços. A Audamec Marketing e Pesquisas Automotivas realiza estudos e análises da demanda de autopeças por Estado da federação, por regiões nos Estados ou por município brasileiro. Consulte custos para ter um estudo personalizado com a linha de autopeças da sua empresa. Acesse www.audamec.com.br para mais informações ou ligue para (11) 2281-1840. w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r Geomarketing Automotivo – São Paulo Estado em Referência São Paulo População 43,2 milhões PIB Estimado 2014 US$ 632,9 bi Índice Potencial Demanda Regional em Relação ao Brasil (%) Araçatuba 0,75 Ourinhos 0,55 Araraquara 0,69 Piracicaba 0,83 Bauru 0,87 Presidente Prudente 0,60 8.960.520 Campinas 2,39 Vale do Ribeira 0,21 1.627.250 Casa Branca 0,31 Ribeirão Preto 1,53 Nº Veículos 15.033.270 Automóveis Comerciais Leves Caminhões 481.210 Guarulhos 0,77 Grande ABC 1,60 Ônibus 188.500 Jundiaí 1,21 Baixada Santista 0,80 Tratores 110.520 Marília 0,44 Vale do Paraíba 1,45 Mogi das Cruzes 0,36 São José do Rio Preto 1,60 Mogi-Mirim 0,41 São Paulo - Capital 9,96 Osasco 0,96 Sorocaba 1,39 Motos 3.665.270 Habitantes por Veículo 2,8 Gastos com Veículos Próprios Classe social A 9.440.000.000,00 Classe social B 26.807.000.000,00 Classe social C 7.592.000.000,00 Classe social D 521.850.000,00 Classe social E 8.451.000,00 Potencial Demanda Estado 29,68 Nº estimado de pontos de venda e consumo de autopeças Lojas de Varejo 8.406 Postos de Combustíveis 7.732 Centros Automotivos 2.746 Concessionárias 2.061 Frotistas 8.749 Retíficas 819 Fontes: ANP, IBGE, Sincopeças, Renavam e Sebrae para dados gerais. Audamec Marketing para dados sobre frota e pontos de venda (www.audamec.com.br) Photon na Internet SEMINÁRIO DA REPOSIÇÃO AUTOMOTIVA Seguindo as tendências mundiais, o Grupo Photon marca presença no Twitter para que todo o seu conteúdo seja apresentado de forma dinâmica. @grupophoton Siga nossos Twitters: @automotivo @reposicao Mercado Automotivo • abril • 2014 31 w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r Elvis P. Santos Estatísticas S érgio D uque O emplacamento de veículos até março de 2014 Um ano que começa melhor para o setor. Mas o IPI vai aumentar. S e até fevereiro os números de emplacamento moscomo há previsão de novos recordes de safra que precisará travam-se positivos e com tendência a melhorar, ser transportada. o acumulado de veículos emplacados até março Na contramão vai o segmento de motocicletas. Há pelo de 2014 mostrou uma completa reviravolta no quadro, menos três anos com números ruins, finalmente começa a demonstrando a forma rápida e intempestiva com que o apresentar recuperação, pelo visto de forma mais sustensetor reage às alterações no cenário político e econômico. tada. O emplacamento neste primeiro trimestre do ano já O IPI reduzido para carros, prorrogado até junho, conatingiu 3,75% maior em relação ao mesmo período de 2013. tribuiu para gerar uma postergação no interesse de conEm se mantendo o cenário atual, com reflexos diretos sumo dos compradores potenciais de veículos novos, que na economia das inconstâncias observadas na atividade ficaram, em março, estocados nos pátios das montadoras política nacional, com elevação da insegurança dos invese das concessionárias. tidores e retirada de capitais estrangeiros por aumento O segmento de automóveis que iniciou o ano com das incertezas, os volumes de vendas e emplacamenalta de 2,11% em relação ao mesmo período de 2013, caiu tos para o segmento automotivo em 2014, mesmo senagora para -4,91% lembrando que já vinha apresentando do este ano de copa e eleições, será menor. Reduziu-se recuperação constante nos últimos meses do ano anterior. a estimativa de venda de 500 mil unidades em relação O segmento de comerciais leves continua a registrar ao previsto. bons números e o volume a ser alcançado de vendas e emplacamento em 2014 LICENCIAMENTO DE VEÍCULOS AUTOMOTORES não deverá surpreender, já que a tenAcumulado jan-mar dência de crescimento destes veículos Previsão Segmento % Var. se consolida e confirma as previsões do 2014 2014 2013 mercado. 2.550.000 Automóveis 581.409 611.421 -4,91 ▼ Até aqui, comerciais leves superaram os volumes de venda e emplacamento 800.000 Comerciais Leves 192.991 176.222 9,52 ▲ em 9,52% em relação ao mesmo período 150.000 Caminhões 30.643 34.518 -11,23 ▼ de 2013. Os segmentos de caminhões e ôni33.000 Ônibus 7.707 8.284 -6,96 ▼ bus apresentaram resultados negativos 60.000 Implementos Rodov. 13.948 14.582 -4,34 ▼ e tendência de queda. Fica mantido o registro de surpresa 1.500.000 Motos 365.393 352.184 3,75 ▲ pelos números apresentados, pois este 5.093.000 Total 1.192.091 1.197.211 -0,42 ▼ é um ano onde investimentos em transportes públicos se incrementam, assim 32 Mercado Automotivo • abril • 2014 Fonte: Licenciamento acumulado Fenabrave. Previsão 2014, estudos Audamec Marketing. Respeite a sinalização de trânsito. Eventu’s Video & Photo Eventos – Mahle J arbas Á vila Mahle inaugura novo centro de distribuição na América Latina A Mahle dobra sua capacidade logística com a inauguração em Limeira, interior de São Paulo, de um novo centro de distribuição na América do Sul O aumento das vendas aliada à ampliação de seu portfólio de produtos ocorridos nos últimos anos foram os responsáveis pela decisão desta ampliação, que consumiu investimentos de cerca de R$ 46,9 milhões. Em evento marcado por apresentações de música e balé e uma visita guiada às instalações da empresa, a inauguração contou também com a presença e discurso do Prof. Dr. Heinz Junker, presidente mundial da Mahle, além de Claus Hoppen, presidente da Mahle no Brasil, e do Conselho de Administração da companhia. O professor Junker ressaltou o formidável trabalho que permitiu, em apenas 12 meses, construir a partir do zero uma estrutura funcional e integrada que não apenas oferece maior capacidade logística e eficiência, mas também adota princípios de sustentabilidade. Além disso, através de uma arquitetura de qualidade, promove a convivência e o bem-estar dos colaboradores da planta. 34 Mercado Automotivo • abril • 2014 Música e dança A cerimônia foi marcada por duas apresentações artísticas: da orquestra Camerata Ivoti, composta por jovens instrumentistas, que tem carreira internacional e é mantida pela Associação Pró-Cultura e Arte Ivoti e apoiada pela Mahle como parte das ações de cunho social da empresa. E o grupo de dança Ballet Harmonia, do Projeto Dança e Cidadania, também apoiado pela Mahle, apresentou coreografias clássicas e modernas. Sobre o novo Centro de Distribuição Projetado pelos renomados arquitetos Roberto Loeb e Luís Capote, as novas e modernas instalações, localizadas a apenas sete quilômetros da antiga planta em Limeira e concluídas em dezembro de 2013, têm 32 mil m² de área construída, alocadas num terreno de 100 mil m². O novo depósito, com 25 mil m², altura de 12 metros e capacidade para cerca de 19.000 paletes, mais que w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r Eventu’s Video & Photo Eventu’s Video & Photo dobra a capacidade de armazenamento da antiga planta. A área destinada aos escritórios, por sua vez, soma 2,5 mil metros quadrados. Luis Armando Tonioli, gerente da planta de Limeira, destaca um aspecto social importante: “Como o novo centro de distribuição foi construído em Limeira mesmo, a Mahle conseguiu manter os colaboradores da cidade”. O novo centro de distribuição passa a contar com 26 docas (antes eram 5), o que possibilita maior produtividade. O aumento da estrutura física associaDa esquerda para a direita: Claus Hoppen (Diretor Presidente da MAHLE Metal Leve), Mauro do a processos otimizados encurtarão Arruda, Peter Grunow (membros do Conselho de Administração da MAHLE Metal Leve), consideravelmente os tempos de proPaulo Hadich (Prefeito de Limeira/SP), Prof. Heinz Junker (Presidente Executivo Mundial do Grupo MAHLE), Dr. Bernhard Volkmann (membro do Conselho de Administração da MAHLE cessamento desde o recebimento dos Metal Leve) e Dr. Rudolf Paulik (Vice-Presidente Executivo para Componentes de Motores) pedidos até seu embarque, levando à melhoria do serviço prestado aos clientes da Mahle em toda a América do Sul. Cuidadosamente pensado em todos os detalhes, a construção de um prédio único simplificou o transporte e manuseio de materiais e também promoveu a melhoria do trabalho em equipe e sua eficiência. A nova arquitetura promove significativo conforto térmico das áreas operacionais e de escritórios. Algumas partes do prédio têm “telhados verdes”, que proporcionam uma temperatura interna mais baixa e, assim, um clima mais agradável e geram menor consuCamerata Ivoti mo de energia. No piso do armazém foi usado concreto protendido que, por ter menos juntas de dilatação, melhora o uso de equiO novo armazém inclui ainda uma área de 9 mil m² pamentos de movimentação de materiais, reduzindo destinada à sua expansão. também sua manutenção. Entre entradas e saídas, a nova estrutura deverá A nova estrutura, que agora tem capacidade para atender um fluxo de aproximadamente 770 caminhões montar, a cada dia, 17.000 kits de pistões com anel e por mês. camisas e 160.000 kits de bronzinas e tuchos, tem 43 O grupo Mahle é uma das 20 maiores empresas do equipamentos de movimentação, sendo 40 deles elésetor de autopeças em todo o mundo. Com as unidades tricos. Até o final de 2014 está programada a entrada em “Engine Systems and Components” e “Filtration and operação do Miniload, um sistema automatizado para Engine Peripherals”, está entre os três principais formanuseio, organização e armazenamento de peças penecedores do mundo de sistemas de pistões, compoquenas, como válvulas, bronzinas, anéis, tuchos, guias nentes de cilindros e também de sistemas de trem de e sedes de válvulas, com capacidade para armazenar válvulas, de gerenciamento de ar e de gerenciamento de líquidos. mais de 25 mil caixas. Mercado Automotivo • abril • 2014 35 SEMINÁRIO DA REPOSIÇÃO AUTOMOTIVA Respeite a sinalização de trânsito. O Seminário da Reposição Automotiva é uma realização do GMA (Grupo de Manutenção Automotiva), que integra as principais entidades representativas do setor: • Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores), • Andap (Associação Nacional dos Distribuidores de Autopeças), • Sicap (Sindicato do Comércio Atacadista de Peças e Acessórios para Veículos de São Paulo), • Sincopeças (Sindicato do Comércio Varejista de Peças e Acessórios para Veículos no Estado de São Paulo), • Sindirepa (Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo), e organizado pelo Grupo Photon. E ndere ço Avenida Paulista, 1313 - São Paulo R eali z aç ão : Abrapneus ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA A poio 2 0 1 3 organi z aç ão grupo photon [email protected] 11 - 2281.1840 DOS REVENDEDORES DE PNEUS 14 de Outubro de 2014 Teatro ruth cardoso fiesp www.seminarioautomotivo.com.br Patroc í nio 2013 Fotolia.com Gestão e Tendêncais R edação Mudando de ambiente Empresas adotam o sistema de Home Office, mas temem por possíveis processos trabalhistas A chamada Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) completou sete décadas em 2013. Na época, o aniversário de 70 anos foi alvo de diversas reportagens, em sua maioria ressaltando que o texto original sofreu diversas modificações desde 1943, mas ainda preserva artigos considerados curiosos. Sancionada pelo presi- 38 Mercado Automotivo • abril • 2014 dente Getúlio Vargas, a CLT representou um avanço aos trabalhadores da época, mas hoje é tema de diversos embates nos quais os empresários alegam sentirem-se “engessados” devido a várias determinações do conjunto de normas. Se por um lado o texto original da CLT realmente apresenta artigos que hoje podem ser considerados retrógrados, a sociedade brasileira presenciou nos últimos anos mudanças importantes no que diz respeito ao ambiente e às formas de trabalho. Uma delas é a adoção do Home Office ou teletrabalho. Ou seja, o trabalho desempenhado da residência do empregado. Segundo pesquisa realizada pela companhia de recrutamento w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r Hays Recruiting Experts, 31% das empresas já oferecem aos funcionários a possibilidade de desempenhar suas funções de casa. Os benefícios podem ser listados praticamente na mesma proporção dos pontos que pesam contra, mas muitas companhias acabam optando por proibir a prática por receio de complicações jurídicas futuras. Afinal, a que pontos as empresas devem atentar para evitar problemas na Justiça com relação ao Home Office? É possível oferecer esse sistema de trabalho a apenas parte da equipe? Quem adota o Home Office corre o risco de ver sua produtividade cair? Para (tentar) responder a todas essas questões, a revista Mercado Automotivo consultou Flávia Filhorini Lepique, sócia da área trabalhista do Escritório Castro, Barros, Sobral, Gomes Advogados. Para ela, o Home Office é uma realidade cada vez mais presente em grande parte das empresas. No entanto, ressalta, o Direito do Trabalho não prevê diferença entre o trabalho realizado na empresa e aquele na residência do empregado. Assim, a companhia deve atentar a alguns cuidados primordiais para reduzir o risco de processos trabalhistas originados por este tipo de trabalho. “Primeiramente, o ideal seria o ajuste da forma pela qual se dará este trabalho (condições), por meio de instrumentos individuais ou coletivos de trabalho. Embora não haja uma legalização no que se refere à jornada de trabalho no Home Office, o seu controle e o direito ao recebimento de horas extras deve ser regido pelo contrato de trabalho”, explica a advogada. O contrato deve ser detalhado, determinando todas as condições que regem o trabalho do funcionário. Assim, a empresa se protege de possíveis reclamações, que podem nem seguir para o foro judicial, mas lhe trará uma grande dor de cabeça. Há casos, por exemplo, de funcionários que questionam na Justiça o pagamento de horas extras que teriam desempenhado ao trabalhar de casa. Por motivos óbvios, o controle deste ponto pelo setor empresarial não é preciso e pode gerar conflitos entre as partes. “Atualmente, os Tribunais consideram como meio de prova o controle de jornada feito por e-mail, mensagens, telefones e softwares”, explica Flávia. No entanto, não é apenas o cumprimento das horas que preocupa as empresas. O fato de trabalhar de casa não faz com que o trabalhador “perca” os direitos que teria trabalhando presencialmente. “Mesmo em se tratando de trabalho à distância, há necessidade do cumprimento das normas trabalhistas, o que muitas vezes não é fácil, considerando que o empregado não está na empresa, resultando em diversas dificuldades operacionais, de segurança, e, inclusive, no que toca à confidencialidade”, completa a advogada, que cita ainda os principais pontos que podem deixar as empresas vulneráveis neste tipo de situação. “Controle da jornada, trabalho noturno, aspectos relacionados à medicina e segurança do trabalho, incluindo acidentes, doenças ocupacionais e ergonomia, confidencialidade, dentre outras questões diversas”, completa. Benefícios Apesar de todos os possíveis problemas que pode gerar, o Home Office acaba sendo muito bem visto por funcionários de empresas que o adotam. Os motivos são simples: conforto, tempo, qualidade de vida, entre outros. Em grandes metrópoles como São Paulo, nas quais os trabalhadores muitas vezes têm de encarar 3, 4 horas por dia no deslocamento até o trabalho, atuar em casa representa um enorme ganho de qualidade de vida. Some a isto o fato de que, neste esquema de trabalho, o funcionário ganha mais flexibilidade em sua rotina, mais tempo com sua família e, em muitos casos, rende mais pois tem um fluxo de produção mais dinâmico. Se puder trabalhar de casa, o funcionário estará “livre” das conversas improdutivas, das distrações promovidas por outros colegas, dos intermináveis “cafezinhos” e da perda de foco gerada pelas redes sociais. É claro que ele poderá enfrentar esses mesmos tipos de situações em casa, mas diferentemente do trabalho na empresa, dependerá só dele manter o foco em sua produção. Basta se organizar para isso. “Dependendo do tipo de trabalho e da postura profissional do empregado, [o Home Office] pode ser favorável aos dois lados (empresa e empregado). Nesse sentido, aconselho sempre as empresas a fazerem um acordo individual ou coletivo e, com base em outros elementos, avaliar as condições/ controle do trabalho e como ele deve ser para que sejam evitados futuros riscos trabalhistas”, avalia a advogada. Mercado Automotivo • abril • 2014 39 Problemas Nem tudo são flores, no entanto, no ambiente trabalhista. E quem tem empresa sabe muito bem disso. Graças à defasagem da CLT, cabe a cada juiz, em cada ação, determinar o que foi, de fato, hora extra e o que o empregado que aciona a empresa na Justiça deve receber. No caso do Home Office, uma das maiores preocupações das empresas é em relação à distância física em que o empregado está. Esse cenário torna muito difícil a tarefa de controlar as horas extras executadas e o empenho demonstrado pelo funcionário em todas as suas tarefas. Assim, conforme já foi dito, é necessário que se redija um contrato extremamente detalhado, não somente em relação ao horário de trabalho, mas em relação às condições para que as horas extras possam existir. E o empregador evita processos futuros nos quais é acusado de não pagar pelo tempo a mais de atividade. Não há legislação definida, por exemplo, sobre o trabalho desempenhado através dos celulares. Afinal, o gestor que aprova relatórios pelo celular após deixar o ambiente de trabalho merece o pagamento de horas extras? O entendimento tem cabido a cada juiz. O empresariado clama por mudanças na CLT que consertem esse tipo de problema, mas as negociações para tanto não parecem avançar. Questionada sobre a possibilidade de oferecer esse sistema de trabalho somente a parte da equipe, Flávia Filhorini afirma que, para isso, é necessário analisar as posições ocupadas que estarão su- 40 Mercado Automotivo • abril • 2014 Fotolia.com Gestão e Tendêncais R edação jeitas ao Home Office, a política interna e os acordos de trabalho, individual ou coletivo. “De qualquer maneira, o ideal é que as regras sejam claras, [...] dispostas em acordo”, conclui, afirmando, no entanto, que este tipo de trabalho tem tudo para ganhar mais adeptos nos próximos anos. Vale a pena, portanto, analisar em sua empresa os tipos de trabalhos que podem ser desempenhados de forma remota. Com os devidos cuidados jurídicos e sob orientação adequada, é possível reduzir significativamente o número de empregados presentes na empresa, o que pode gerar uma economia no médio prazo. Dicas para quem deseja adotar o Home Office - Para o empregado • Organize e estabeleça um ambiente de trabalho adequado. Não é porque você trabalhará de casa que deve atuar de pijama e do sofá. • Evite interrupções. Deixe claro às outras pessoas na residência que você está trabalhando normalmente e, portanto, não deve ser incomodado. • Respeite seus horários. Você deve se organizar para trabalhar durante as horas combinadas, nem mais e nem menos. Se trabalhar a mais, tem direito ao pagamento de hora extra. - Para a empresa • Certifique-se de que o funcionário está, de fato, produzindo. Trabalhar de casa não significa trabalhar menos que os que estão na empresa. • Deixe claro no contrato de trabalho os termos que regimentam a relação com o funcionário. Assim você evitará processos jurídicos movidos por outros funcionários. • Avalie com frequência se os profissionais que adotaram o Home Office estão, de fato, rendendo. Caso contrário, pode ser o caso de se pensar em novas orientações para o trabalho. Respeite a sinalização de trânsito. Caminhos, tendências e reflexões para o aftermarket Assine a revista Mercado Automotivo 55 11 2281-1840 WWW. REVISTAMERCADOAUTOMOTIVO .COM.BR Tecnologia S érgio D uque w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r A demanda de câmaras de freio para linha pesada Estima-se que serão consumidas 2,630 milhões de unidades em 2014 O tipo de veículo são estimadas em 3,85 para cada camisistema de freio pneumático de um veículo nhão, 2,58 para cada ônibus e 1,46 para cada carreta, comercial pesado, onde há um circuito com segundo estudos considerados no mercado americano componentes que agem no gerenciamento e redimensionados para o Brasil. do ar comprimido, deve prioritariamente executar as Pesquisas indicam ainda que a reposição de uniseguintes tarefas: (1) frear o veículo no tempo certo e dades novas ocorre após 2 ou 3 reparos nas unidades com equilíbrio necessários; (2) manter ar comprimido em uso, isto é, o mercado demanda pouco mais de 1/3 estocado em reservatório apropriado para permitir que de unidades novas para as necessidades de reparação o veículo permaneça estacionado com segurança quando sistema. Pouco menos de 2/3 são consumidos por do desligado; (3) quando aplicados em caminhão trator unidades reparadas em postos de serviços especiali(cavalo) regular, o tempo de frenagem ligeiramente zados em sistemas de freios pneumáticos. diferente da carreta (semirreboque) a fim de evitar o A Audamec Marketing e Pesquisa, baseada em famoso “L”; (4) equilibrar o esforço de frenagem entre estudos estatísticos tendo como referência a frota de os eixos do veículo. veículos em circulação, estima que a demanda de câIntegram o circuito de freio em ônibus, caminhões maras de freios novas em 2014 será de 2,630 milhões e carretas as chamadas câmaras de freio, conhecidas de unidades, incluídos todos os segmentos da frota. pelo País por nomes bastante peculiares. Funcionam sob pressão do ar comprimido que é injetado em seu interior, fazendo Demanda de câmaras de freio linha pesada acionar uma haste que empurrará ou soltará (Em unidades novas) os ajustadores de folga que, ao movimenSegmento 2014 2015 2016 tarem os eixos “S” acionadores das sapatas Caminhões 1.825.000 1.950.000 2.080.000 e lonas nos tambores, freiam as rodas e o Ônibus 520.000 560.000 600.000 veículo como um todo. Há, portanto, uma sequência de operaSemirreboques 285.000 300.000 320.000 ções no circuito pneumático antes do acioTotal da demanda 2.630.000 2.810.000 3.000.000 namento das câmaras de freio que são duas Base a.a. % + 6,5 + 6,8 + 6,7 nas versões mais usuais: a chamada popularmente de cuíca de freio (ou cuiquinha), que são instaladas nos eixos dianteiros e dos cilindros Pelo sistema de cálculo da Audamec Marketing é combinados que são instalados nos eixos traseiros. São possível conhecer volumes de demanda de grande chamados de combinados porque são compostos por amplitude de linhas de autopeças, por modelos de duas câmaras: uma atuando no freio de serviço e outra veículos leves e comerciais pesados, por Estado da atuando no freio de estacionamento. federação, separados em 137 mesorregiões de vendas. A vida útil média destas câmaras atinge o tempo de Consulte pelo telefone (11) 2281-1840 ou mande um reparação entre 10 e 12 meses em ônibus, 15 meses em e-mail para [email protected] e conheça concaminhões e 18 meses em semirreboques, sendo que dições de preços para fornecimento de um exemplar os fatores de substituição em quantidades médias por do mesmo. 42 Mercado Automotivo • abril • 2014 ANDAP NEWS A INMETRO E CERTIFICAÇÃO Andap tem participado das reuniões que o Sindipeças realiza com o Inmetro para discutir a certificação de autopeças, atendendo as portarias nº 299/2012 para baterias de chumbo-ácido e nº 301/2011 que relaciona amortecedores, buzinas, bronzinas, itens de motor (pistões, anéis de pistões, pinos e travas) e lâmpada. A exigência da comercialização dos produtos com o selo do Inmetro no varejo começa a partir de 18 de junho de 2014 no caso da bateria e 25 de julho de 2014 para os itens da portaria nº 301/2011. Há uma lista de produtos que estão em processo de certificação. As reuniões permitem esclarecer dúvidas sobre este tema complexo, definir medidas que visam manter o mercado informado sobre a nova exigência e aspectos sobre a adequação do mercado a esta medida. A cional e representa 70% das redes de concessionárias de todas as marcas do Brasil. Além disso, temos competência em logística”, afirmou Carneiro. Segundo o vice-presidente da entidade, o distribuidor frequentemente tem de fazer entregas três a quatro vezes ao dia. “Somos benchmarking para o mundo”, salientou. Entre os temas destacados por representantes do Sindipeças, Sincopeças-SP e Sindirepa Nacional estão crescimento da frota circulante, renovação de frota, aumento do número de veículos em circulação – gerando impacto no varejo de autopeças –, formalização do varejo e a importância da implantação da inspeção técnica veicular para garantir mais segurança no trânsito. Divulgação Presença na Automec Andap foi uma das entidades que apoiou a 4ª edição da Automec Pesados & Comerciais, realizada de 1º a 5 de abril, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo, SP. O estande da entidade recebeu visitantes de várias partes do País. Abertura do evento – O presidente da Andap, Renato Giannini, participou da abertura do evento juntamente com os dirigentes de outras entidades que representam o setor de reposição automotivo (Sindipeças, Sincopeças-SP e Sindirepa Nacional). Na ocasião, falou sobre a importância da feira que permite aos visitantes conhecer tendências e lançamentos deste segmento, que tem mudado com o advento de novas tecnologias embarcadas nos caminhões. Também comentou sobre a entrada de novas montadoras no País devido ao transporte predominante ser rodoviário. “O setor de reposição acompanha esse mercado que vem crescendo e traz novos desafios para todos os elos da cadeia do setor de reposição automotiva, entre eles, aumento do número de itens para atender a frota circulante diversificada”, ressaltou. Encontro com a imprensa – Ainda durante a Automec, o vice-presidente da Andap, Rodrigo Carneiro, participou do encontro com jornalistas do setor. Ele pontuou questões relacionadas às características do mercado de distribuição brasileiro de autopeças. “O segmento de reparação independente e o aftermarket detêm 80% da manutenção de veículos leves e pesados e contamos com 3 mil pontos de distribuição, que garante ampla cobertura em todo o território na- Prazos de vigência para os componentes certificados no comércio: Líquidos para freios hidráulicos 07/02/2014 Bomba elétrica de combustível para motores ciclo Otto 25/01/2015 Bronzinas 25/07/2014 Buzinas ou equipamentos similares 25/07/2014 Lâmpadas automotivas 25/07/2014 Pistões, pinos e anéis de trava 25/07/2014 Terminais e barras de direção 29/05/2016 Componentes de motocicleta 24/03/2017 Material de atrito para freios (lonas e pastilhas de freios) 30/07/2017 Fonte Inmetro Mercado Automotivo • abril • 2014 43 Fotolia.com Leandro Martinho Leite Comercialização de Mercadorias Importadas – Resolução 13 – Tributação e Tratamento Fiscal – Obrigações Assessórias – Cst e Fci C onforme previsto pela Constituição Federal, o Brasil segue um modelo de governo denominado Federativo, segundo o qual cada Estado é uma pessoa jurídica autônoma e detém competência para instituir, regular e cobrar internamente o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS. Apesar da legislação federal regular a forma de concessão de incentivos e benefícios fiscais, a enorme desigualdade entre as Regiões do País e Estados acarreta uma verdadeira “competição” na busca de mecanismos que incrementem suas respectivas receitas. Atualmente o mecanismo mais utilizado pelos Estados é a concessão de incentivos fiscais relacionados ao ICMS (concessão de regimes especiais, diferimentos, créditos presumidos etc.). Dentre as práticas habitualmente adotadas, nos últimos anos houve um grande crescimento na concessão de incentivos fiscais à atividade de importação e comercialização de mercadorias importadas (Guerra dos Portos). Independentemente da existência de aspectos favoráveis à concessão de incentivos fiscais em situações específicas (como o incremento da atividade industrial e comercial em Estados menos favorecidos e equalização 44 Mercado Automotivo • abril • 2014 das diferenças regionais) são grandes as críticas feitas à concessão de incentivos fiscais à importação e comercialização de produtos importados. Objetivando minimizar os efeitos decorrentes de tal prática, o Senado Federal editou a Resolução 13/2012, atualmente regulamentada pelo Convênio ICMS nº 38/2013 e Ajuste Sinief nº 20/2012. Com exceção de situações específicas taxativamente indicadas nas normas regulamentares, quais sejam: • mercadorias industrializadas com conteúdo de importação menor que 40%, • mercadorias sem similar nacional, • em processos produtivos aplicáveis à Zona Franca de Manaus e aos setores de informática e automação e gás natural (para as quais foi mantida a tributação interestadual às alíquotas de 7% ou 12%, conforme a origem e destino), a tributação na circulação interestadual de mercadorias importadas passou a ser tratada de forma diversa. Referidas normas reduziram e unificaram em 4% a tributação das operações interestaduais com mercadorias importadas que não tenham sido submetidas a processo de industrialização, deslocando o recolhimento da w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r maior parte da tributação para o Estado de destino das mercadorias. O mesmo tratamento foi aplicado à comercialização de produtos que, ainda que submetidos a processo de industrialização, resultem em mercadorias ou bens com Conteúdo de Importação superior a 40%. Com o deslocamento da maior parcela da tributação para o Estado de destino, a alteração teve como efeito reduzir significativamente o espaço que os Estados tinham para concessão de incentivos à importação, diminuindo a atratividade das operações incentivadas na comercialização de produtos importados. Como forma de documentar e possibilitar o controle das alterações trazidas, a legislação instituiu dois mecanismos fiscais. O primeiro deles foi a instituição de novos Códigos de Situação Tributária – CST. Como forma de identificar o tratamento a ser dado a cada mercadoria pelo adquirente, a legislação instituiu Códigos de Situação Tributária, identificados da seguinte forma: CST O segundo mecanismo criado foi a instituição da Ficha de Conteúdo de Importação – FCI –, que tem como objetivo apenas possibilitar à fiscalização a aferição do correto tratamento atribuído pelo Contribuinte Industrial na comercialização de produtos que contenham em sua composição insumos importados. A obrigatoriedade de preenchimento da FCI se aplica a toda operação de industrialização que utilize como insumo produto importado, independentemente do percentual que tal insumo represente na composição do produto. A FCI deverá indicar, além dos dados básicos do produto fabricado (Descrição, NCM, Código, Código GTIN quando possuir, Unidade de Medida), os dados específicos relativos ao conteúdo de composição importada: Valor da Parcela Importada em cada Unidade de Medida, Valor da Saída Interestadual por Unidade de Medida e Conteúdo de Importação Calculado – CI. O Conteúdo de Importação será o percentual correspondente ao quociente entre o valor da parcela importada e o valor total da operação de saída interestadual da mercadoria ou bem submetido a processo de industrialização, aplicando-se a seguinte fórmula: OPERAÇÃO CI = 0 Nacional, exceto as indicadas nos códigos 3, 4, 5 e 8. 1 Estrangeira – Importação direta, exceto a indicada no código 6. 2 Estrangeira – Adquirida no mercado interno, exceto a indicada no código 7. 3 Nacional, mercadoria ou bem com Conteúdo de Importação superior a 40% e inferior ou igual a 70%. 4 Nacional, cuja produção tenha sido feita em conformidade com os processos produtivos básicos de que tratam o Decreto-Lei nº 288/67, e as Leis nºs 8.248/91, 8.387/91, 10.176/01 e 11.484/07. 5 Nacional, mercadoria ou bem com Conteúdo de Importação inferior ou igual a 40%. 6 Estrangeira – Importação direta, sem similar nacional, constante em lista de Resolução Camex e gás natural. 7 Estrangeira – Adquirida no mercado interno, sem similar nacional, constante em lista de Resolução Camex e gás natural. 8 Nacional, mercadoria ou bem com Conteúdo de Importação superior a 70%. Valor da Parcela Importada Valor da Saída Interestadual – ICMS e IPI O Conteúdo de Importação (CI) deverá ser recalculado sempre que uma mercadoria ou bem, submetida ao tratamento previsto pela nova legislação, seja submetido a novo processo de industrialização. A FCI deverá ser preenchida nos moldes do Anexo Único do Convênio ICMS 38/2013, de forma individualizada por bem ou mercadoria produzidos, e apresentada mensalmente em arquivo digital pelo fabricante à Fiscalização do Estado de sua respectiva Unidade Federada. Deverá ser feita uma nova entrega da FCI sempre que houver alteração do percentual do conteúdo de importação, que implique modificação da alíquota interestadual. A Nota Técnica 2013/006 regulamentou a alteração do layout da NF-e, criando um campo específico para a inserção dos dados da FCI relativa a cada produto industrializado. A obrigação de inserção dos dados da FCI nas NF-e que documentam a circulação de produtos com conteúdo de importação se aplica a todas as operações internas ou interestaduais, inclusive naquelas realizadas pelos comerciantes integrantes das etapas subsequentes de circulação de mercadorias (atacadistas e varejistas). Como forma de facilitar a visualização dos impactos das alterações para cada elo da cadeia de fornecimento, indicamos abaixo a forma de tratamento aplicável às mer- Mercado Automotivo • abril • 2014 45 cadorias sujeitas às novas regras, conforme a atividade desenvolvida: Divulgação Leandro Martinho Leite Comercialização pelo Importador No caso de venda interestadual de mercadorias importadas pelo próprio Contribuinte Importador, que não sejam submetidas a qualquer processo industrial no País, teremos a aplicação da alíquota de 4% para operações interestaduais e aplicação da alíquota interna do Estado em que o Contribuinte estiver situado para as demais operações (17%, 18% ou 19%). Para controle, as operações serão identificadas pelo CST nº 1. Leandro Martinho Leite é advogado do escritório Leite, Martinho Advogados-LMA, especializado em Tributação, Planejamento Societário e Estruturação de Logística Fiscal. Comercialização pelo Industrial No caso do Contribuinte Industrial, que fabrique produtos utilizando componentes importados, teremos o seguinte tratamento, conforme o percentual de conteúdo importado do produto: • Mercadorias que contenham conteúdo de importação inferior a 40%: aplicação das alíquotas de 7% ou 12% (conforme a origem e destino) para as operações interestaduais e aplicação da alíquota interna do Estado em que o Contribuinte estiver situado para as demais operações (17%, 18% ou 19%). Para controle, as operações serão identificadas pelo CST nº 5. • Mercadorias que contenham conteúdo de importação entre 40% e 70%: aplicação da alíquota de 4% para as operações interestaduais e aplicação da alíquota interna do Estado em que o Contribuinte estiver situado para as demais operações (17%, 18% ou 19%). Para controle, as operações serão identificadas pelo CST nº 3. • Mercadorias que contenham conteúdo de importação superior a 70%: aplicação da alíquota de 4% para as operações interestaduais e aplicação da alíquota interna do Estado em que o Contribuinte estiver situado para as demais operações (17%, 18% ou 19%). Para controle, as operações serão identificadas pelo CST nº 8. Em todos os casos acima o Contribuinte Industrial encontra-se sujeito ao preenchimento da Ficha de Conteúdo de Importação – FCI –, na qual será indicado o respectivo conteúdo de importação. A FCI será disponibilizada apenas à fiscalização para conferência do tratamento atribuído às operações. Comercialização pelo Atacadista ou Varejista No caso do Contribuinte Atacadista ou Varejista, a comercialização de produtos importados ou com conteúdo de importação terá o seguinte tratamento: • Na comercialização de mercadorias importadas (identificadas no momento da aquisição pelo CST nº 1): aplicação da alíquota de 4% para as operações interestaduais e aplicação da alíquota interna do Estado em que o Contribuinte estiver situado para as demais operações (17%, 18% ou 19%). O contribuinte deverá indicar nas saídas internas ou interestaduais o mesmo CST constante na NF-e de aquisição. • Na comercialização de mercadorias com conteúdo de importação superior a 40% (identificados no momento da aquisição pelos CST nº 3 ou 8): aplicação da alíquota de 4% para as operações interestaduais e aplicação da alíquota interna do Estado em que o Contribuinte estiver situado para as demais operações (17%, 18% ou 19%). O contribuinte deverá indicar nas saídas internas ou interestaduais o mesmo CST constante na NF-e de aquisição. Também deverá transcrever em sua NF-e de saída o número da FCI de cada produto constante na NF-e de aquisição. As operações que destinem mercadorias a consumidores finais permanecem sujeitas à aplicação da alíquota interna (17%, 18% ou 19%), independentemente do destinatário se encontrar dentro ou fora do Estado de origem. Além da observância de todas as obrigações acima indicadas, é importante que os Contribuintes integrantes de todas as etapas da cadeia analisem o fluxo de tributação das respectivas operações, adotando procedimentos para evitar que as alterações impliquem em impacto para suas atividades, em especial o acúmulo de créditos de ICMS em razão da diferença de alíquotas de entrada e saída. 46 Mercado Automotivo • abril • 2014 Flash C léa M artins e J arbas Á vila Em comemoração aos 20 anos da série FH no Brasil, Volvo lança série especial do caminhão P bancos e volante em couro, rádio, CD, MP3, comandos no volante e uma faixa de madeira no painel. O caminhão também possui sensor de chuva, espelho frontal, trava elétrica com controle remoto, lâmpadas 3 Marias, luz de 5ª roda e anel nas rodas dianteiras. O exclusivo FH 20 anos pode sair da linha de produção com duas opções de cor: branco ou preto magic metálico. Magneti Marelli lança pastilhas de freio unidade Aftermarket da Magneti Marelli, focada no mercado de reposição e segunda maior empresa do segmento no Brasil, líder de mercado com os amortecedores Cofap e injeção eletrônica Magneti Marelli, aumentou seu portfólio de produtos com a linha de pastilhas de freio Cofap e pretende conquistar uma parcela significativa nesse segmento. As pastilhas de freio Cofap contam com a tradição e a qualidade da marca. “Essa linha de produtos vem preencher uma lacuna em nosso portfólio, que oferece componentes para diversos sistemas veiculares, mecânicos e eletroeletrônicos. Acreditamos na força da marca e na tecnologia presente em nossos produtos para conquistar esse mercado em pouco tempo”, declara Eliana Giannoccaro, diretora presidente da divisão Aftermarket do grupo Magneti Marelli. Divulgação ara comemorar os 20 anos da série FH a Volvo lançou uma série especial e limitada do seu caminhão, que foi introduzido no mercado brasileiro no início de 1994, importado da Suécia. “Temos orgulho de apresentar esta série especial e exclusiva do FH, um modelo que liderou várias vezes o ranking nacional de caminhões pesados e que é de longe o caminhão mais admirado e desejado do Brasil”, afirma Daniel Mello, gerente de Marketing da Volvo. O modelo comemorativo chega ao mercado com todas as opções de motorização da Volvo: 420cv, 460cv, 500cv e 540cv. Externamente, o caminhão tem uma faixa colorida cruzando toda a lateral da cabine e o logotipo FH 20 anos, além do letreiro superior Globetrotter no alto da parte frontal do veículo com a identificação visual da comemoração ao fundo. Internamente, o FH 20 anos tem uma série de itens de fábrica: air bag, climatizador de ar, suspensão a ar na cabine, 20 anos do primeiro turbo no Brasil Honeywell Turbo Technologies comemora os 20 anos de lançamento do primeiro turbo aplicado em um automóvel brasileiro de produção em série, o Uno Turbo. Lançado no mercado brasileiro em maio de 1994, o automóvel tinha motor 1.4L a gasolina, alimentado por um turbo Garrett T2, que gerava 116 cv, a 6.000 rpm e torque de 17 m.kgf a 3.500 rpm. Com câmbio de 5 marchas, o Uno Turbo alcançava velocidade máxima de 192,6 km/h e atingia 100 km/h em 8,96 segundos. A 48 Mercado Automotivo • abril • 2014 Divulgação A O Dayco nos mercados OEM e de reposição Dayco, tradicional fabricante de correias dentadas, poly v, tensionadores, dampers, cabos de ignição e kits de distribuição com qualidade assegurada por certificações ISO/QS 9000 e ISO TS16949, fornecendo atualmente peças originais do motor Sigma que equipa os Ford New Fiesta 1.5 e 1.6 flex, Focus 1.6 flex e o New EcoSport 1.6 flex, passa a equipar também, como equipamento original, na linha de montagem o novo KA, que virá com correia dentada em óleo, tensionador de distribuição e correia da bomba de óleo. Os equipamentos também estarão disponíveis no aftermarket para reposição. Alex Wiederhold, diretor-geral da TVH-Dinâmica NetCarShow.com Grupo belga reafirma compromisso com País grupo belga TVH-Thermote & Vanhalst, atuando no Brasil desde 2000 na área de distribuição de peças para equipamentos de movimentação e industrial e expandiu sua atuação para a o mercado agrícola em 2012, com a aquisição da distribuidora Dinâmica, anuncia que deve continuar investindo no País. O grupo que tem operação em mais 173 países, e faturamento global anual da ordem de 1 bilhão de euros, enxerga o mercado brasileiro como importante polo de oportunidades de negócios. A empresa continua com planos de investimentos no Brasil para aumentar a participação de mercado de distribuição com peças e acessórios para equipamentos de movimentação, industriais e agrícolas. Divulgação w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r A Divulgação 2013 FOI UM ANO DE BONS NEGÓCIOS PARA AS EMPRESAS RANDON egundo informações, o ano de 2013 foi muito positivo para os negócios das Empresas Randon, apesar do fraco desempenho da economia brasileira. As empresas trabalham com uma expectativa de crescimento do PIB para 2014 da ordem de 2%. A receita bruta total de 2013 alcançou a marca dos R$ 6,6 bilhões, crescimento de 23,7% sobre 2012. “A recuperação dos volumes de produção, aliada a um conjunto de ações internas, promoveu uma soma de bons resultados para a companhia”, comemora o diretor-presidente, David Abramo Randon, citando, entre outros, a aquisição das cotas da controlada Suspensys do sócio Meritor Inc., que reitera a estratégia de crescimento reforçando o segmento O veículo, com motor 1.0 de três cilindros, deverá ser lançado no Brasil ainda neste primeiro semestre. S de autopeças. Ele lembra que em 2013 também avançou o projeto de expansão da nova unidade fabril em São Paulo, com a compra do terreno que deverá abrigar a nova planta de rebocados em Araraquara, interior de SP, cujo início de operação está previsto para 2015. Mercado Automotivo • abril • 2014 49
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