AVALIAÇÃO DE MÉTODOS DE SANITIZAÇÃO DE CHEIRO VERDE
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AVALIAÇÃO DE MÉTODOS DE SANITIZAÇÃO DE CHEIRO VERDE
Área: CV ( ) CHSA ( ) ECET ( ) MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI PRÓ-REITORIA DE PESQUISA Coordenadoria de Pesquisa – CPES Campus Universitário Ministro Petrônio Portela, Bloco 06 – Bairro Ininga Cep: 64049-550 – Teresina-PI – Brasil – Fone (86) 215-5564 E-mail: [email protected] AVALIAÇÃO DE MÉTODOS DE SANITIZAÇÃO DE CHEIRO VERDE COMERCIALIZADAS NA FEIRA LIVRE DE PICOS –PI E UTILIZADAS EM COZINHAS DOMÉSTICAS Ana Carla Rodrigues (bolsista do PIBIC/CNPq), Ana Carolina Landim Pacheco (Orientador, Depto de Biologia UFPI/CSHNB) INTRODUÇÃO: As hortaliças são fontes de fibras, vitaminas e minerais, e sua ingestão é recomendada para obtenção de uma alimentação saudável, entretanto estas apresentam-se como veículos para transmissão de doenças parasitárias. Tendo em vista seu amplo consumo pela população, o presente trabalho teve como finalidade verificar a presença de estruturas parasitárias e a eficácia do processo de sanitização. METODOLOGIA: Foram adquiridas na feira livre do município de Picos- Piauí 40 amostras de coentro e 40 amostras de cebolinha. As amostras foram obtidas de forma aleatória, considerando-se como unidade amostral para o coentro e a cebolinha, o maço constitui a unidade amostral. As amostras de coentro e cebolinha foram acondicionadas em saco de polietileno de primeiro uso e descartável, sendo identificadas e encaminhadas ao laboratório de Patologia Celular e Molecular da Universidade Federal do Piauí para análise laboratorial. A análise foi realizada pelo método de sedimentação espontânea. As amostras identificadas e as folhas separadas uma a uma, desprezando-se partes deterioradas e talos, pelo processo manual com a utilização de luvas descartáveis de látex, sendo um par para cada procedimento. Em seguida, as amostras foram lavadas, individualmente, com 250 mL de água destilada, com o auxilio da mão protegida com a luva, friccionando toda a superfície das folhas. O líquido obtido foi filtrado, através de gaze de quatro dobras, e transferido para um cálice de sedimentação onde permaneceu em repouso por 24 horas para decantação das estruturas parasitárias. Para o processo de sanitização as amostras já lavadas individualmente com água destilada (250 mL), ficaram submersa na proporção de 10 mL de hipoclorito de sódio 2,0-2,5% para 1 L de água corrente, permanecendo durante 15 minutos nessa solução. Após esse período, a água utilizada foi descartada, e as amostras foram novamente lavadas uma a uma e folha a folha com água destilada (250 mL), e as amostras desprezadas. O líquido obtido foi filtrado, com o auxilio de gaze de quatro dobras, e transferido para um cálice de sedimentação onde permaneceram em repouso por 24 horas para decantação das estruturas parasitárias. Para análise microscópica as amostras, sem sanitizar e sanitizada, seguiram o mesmo procedimento para coleta e análise do sedimento. Desprezou-se o sobrenadante. Coletou-se, com o auxilio de uma pipeta, quantidade suficiente para o preparo de lâminas que foram observadas em microscópio óptico. Preparou-se para cada amostra três lâminas sem sanitizar e três após a sanitização, as quais foram coradas com lugol e observadas diretamente em microscópio óptico nos aumentos de 10 X, 40 X e 100 X. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram encontrados nas amostras analisadas antes da sanitização 66,25% de contaminação, os parasitas encontrados com maior freqüência foram Ancilostomídeo, Ascaris lumbricóides, Taenia saginata Trichuris trichiura, Strongyloides stercoralis. Diversos estudos realizados não só no Brasil como também no México e na Noruega evidenciam os elevados níveis de contaminação parasitológica em hortaliças, detectando índices de 32% até 94,44% dependendo da região, local de venda e tipo de hortaliça analisadas, mostrando que a presença dessas estruturas parasitárias é uma desordem de fator mundial. Após o processo de sanitização em que as amostras foram submetidas ocorreu uma redução do percentual de contaminação (40%) das hortaliças. Os parasitas que tiveram resistência ao processo de sanitização foram os Ancilostomídeo (larva), Ascaris lumbricóides (ovo), Taenia saginata (ovo) e Trichuris trichiura (ovo e larva), justamente os parasitas que apresentaram maior contaminação antes do processo de sanitização, os mesmos apresentaram redução, mas não a eliminação total. A etapa de desinfecção das hortaliças demostrou ser de fundamental importância para a redução da carga parasitária. CONCLUSÃO: Campanhas de educação em saúde para produtores, consumidores e comerciantes de hortaliças da região, baseada nas técnicas de sanitização e uma rigorosa fiscalização pelos órgãos competentes da qualidade higiênico-sanitária dos alimentos de consumo no país se faz necessária, com a finalidade de reduzir os riscos de infecção por agentes infecciosos e parasitários evitando prejuízos à saúde pública. “Palavras-chave”: Contaminação de alimentos. Carga parasitária. Desinfecção. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. CANTOS, G. A. et al. Estruturas Parasitárias Encontradas em Hortaliças Comercializadas em Florianópolis, Santa Catarina. NewsLab, 66ªed., Florianópolis, 2004.asil. Parasitología latinoamericana, Santiago, v. 60, p. 144-49, 2005. 2. FALAVIGNA, D. L. M. et al. Qualidade de hortaliças comercializadas no noroeste do Paraná, Brasil. Parasitología latinoamericana, Santiago, v. 60, p. 144-49, 2005. 3. GREGÓRIO, D. S. et al. 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