postura pedagógica e não técnica de ensino postura pedagógica e

Transcrição

postura pedagógica e não técnica de ensino postura pedagógica e
Revista Bimestral - Março e Abril de 2004 • Ano III • Nº 15
Projetos:
postura pedagógica e não técnica de ensino
Nossa mensagem
Parece que foi ontem... Em dezembro de 2001, a revista Educando em Mogi nascia tímida, fininha
(tinha só 13 páginas) e nem fotolito foi usado em seu número 1.
Mas, com que emoção todos nós a seguramos e mostramos aos amigos que vieram partilhar conosco
a alegria de seu lançamento!
Lembro-me que chorei. E a equipe toda se espantou, pois não sou dada a essas demonstrações de
meus sentimentos. Mas é que, eu estava realmente emocionada, pois percebia toda a possibilidade que se
desenhava para o futuro. Aquele, como todo nascimento, trazia uma promessa de vir a ser, de crescimento
e de novas realizações.
Passados dois anos, eis aqui a revista número 15. O rebento desabrochou, está agora com 28
páginas e nova diagramação. E o mais importante, está sendo escrita pelos educadores mogianos, cumprindo assim sua finalidade: ser canal de comunicação entre eles, divulgando seus estudos e suas experiências e enriquecendo o trabalho de todos os que estão Educando em Mogi.
A emoção volta a se apossar de meu coração. Um abraço a todos.
Maria Geny
Júnior, Sabrina, Paulo, Ana, Bernadete e Daniel: a equipe responsável pela revista.
PREFEITURA MUNICIPAL DE MOGI DAS CRUZES
Secretaria de Educação / Secretaria de Comunicação Social
Av. Vereador Narciso Yague Guimarães, 277 - Centro Cívico
CEP 08780-900 - Mogi das Cruzes - SP
PABX: (11) 4798-5000 Fax: (11) 4799-3067
Site: www.mogidascruzes.sp.gov.br
2
Colaborações, sugestões e participações, entre em contato:
Equipe do Cemforpe - Centro Municipal de Formação Pedagógica
Sede da Prefeitura Municipal de Mogi das Cruzes - 3º andar
Telefone: (11) 4798-5145 ou 4798-5085 - Fax: (11) 4726-5304
E-mail: [email protected]
[email protected]
Secretaria Municipal de Comunicação Social
Telefone: (11) 4798-5155 ou 4798-5156
E-mail: [email protected]
CAPA: Profª Patrícia e alunos do Jardim II da EM Dr. Milton Cruz
Trabalhar com projetos,
mudança que faz bem!
Eloisa Bombonatti Gianini
A discussão sobre Pedagogia
de Projetos não é nova . Ela surge no
início do século com John Dewey e
outros representantes da “ Pedagogia
Ativa”. Já nessa época, a discussão
estava embasada numa concepção de
que educação é um processo de vida
e não uma preparação para vida futura
e a escola deve representar a vida presente - tão real e vital para o aluno
como a que ele vive em casa, no bairro ou no pátio.
Os tempos mudaram, quase
um século se passou e essa afirmação ainda continua atual. A discussão
cos entre nós, educadores. As recen-
dizagem. Nesse novo olhar, alunos e
da função social da escola, do signifi-
tes mudanças na conjuntura mundial,
professores são coadjuvantes no pro-
cado das experiências escolares para
com a globalização da economia e a
cesso; o enfoque é globalizado e
os que dela participam foi e continua
informação dos meios de comunica-
centrado na resolução de problemas;
a ser um dos assuntos mais polêmi-
ção, têm trazido uma série de refle-
o conhecimento torna-se instrumento
xões sobre o papel da escola
de compreensão e possível interven-
dentro do novo modelo de soci-
ção na realidade.
edade, desenhado nesse final
do século.
Essas são mudanças que propõem, principalmente uma nova pos-
É nesse contexto e den-
tura do professor: se normalmente ele
tro dessa polêmica que a dis-
é visto como o único informante, nes-
cussão sobre a Pedagogia dos
ta nova intervenção pedagógica ele
Projetos se coloca hoje. Isso
intervém no processo de aprendizagem
significa que é uma discussão
dos alunos, criando situações desafi-
sobre uma postura pedagógica
adoras e dando condições para que
e não sobre uma técnica de en-
eles avancem em seus esquemas de
sino mais atrativo para os alu-
compreensão da realidade.
Difícil? Talvez! Impossível? Só
nos.
Pensar uma prática pedagógica a partir dos projetos
traz mudanças significativas
para o processo ensino/apren-
para aqueles que negam a alegria de
ensinar e aprender melhor.
Eloisa Bombonatti Gianini é Diretora
Pedagógica do Colégio Policursos
3
A inclusão dos “incluídos”
Fábio Theoto Rocha
4
Desde maio de 2003, a EINA –
acompanhamento contínuo de nossa
pelo uso de drogas inclusive cigarro e
Estudos em inteligência Natural e Ar-
equipe para consolidarem sua
bebida, entre outros fatores. Aqueles
tificial Ltda vem trabalhando com os
profissionalidade em um trabalho de
alunos que sempre foram considera-
professores da EMESP em uma par-
intervenção e avaliação mais respon-
dos como preguiçosos, malcriados e
ceria que visa integrar a prática do
sável para com essa população. Os
até mesmo burros, na verdade, pos-
trabalho dos professores em sala de
próprios professores demonstraram tal
suíam problemas neurológicos que
aula com o conhecimento descober-
necessidade à Secretaria e com isso
hoje podem ser contornados com uma
to nos últimos anos sobre as causas
foi agendado um atendimento quinze-
aplicação pedagógica adequada.
neurológicas das dificuldades de
nal para os professores onde serão
Uma inclusão de verdade, en-
aprendizagem e sobre os mecanis-
exploradas as potencialidades de cada
tão, deve englobar não só as pessoas
mos utilizados pelo cérebro tanto para
aluno e programadas as atividades a
que estão fora da escola e das clas-
aprender quanto para contornar seus
serem aplicadas.
ses regulares mas também as pesso-
problemas. Com os resultados obti-
Com esse trabalho, a Secre-
as que freqüentam as aulas mas não
dos, a Secretaria optou por continuar
taria de Educação visa praticar uma
aprendem. Nesse ponto, a Secretaria
o trabalho de acompanhamento do
inclusão de qualidade fornecendo
nos incumbiu em auxiliar duas esco-
rendimento dos alunos e de orienta-
aos profissionais do ensino o supor-
las da rede regular: Escola Munici-
ção das atividades a serem utiliza-
te necessário para a compreensão
pal Profª Etelvina Cáfaro Salustiano
das em cada caso.
de problemas que não são analisa-
e Centro de Convivência Infantil
Paralelamente, no ano passa-
dos nos cursos de formação de pro-
Integrado Prof. Takao Ikeda, além
do realizamos um curso para apresen-
fessores através do atual conheci-
de fornecer um curso noturno para to-
tar, tanto aos professores da EMESP
mento adquirido pelas novas
dos os professores da prontidão e pri-
quanto aos professores que tinham
tecnologias de pesquisa.
meiros anos do fundamental. O traba-
alunos incluídos, o conhecimento ad-
Por outro lado, há uma certa
lho nas escolas consiste em discutir
quirido após anos de trabalho de pes-
porcentagem de alunos considerados
com os professores o desempenho es-
quisa sobre os mecanismos cerebrais
normais que, quando começam a ser
colar de cada aluno e investigar seu
responsáveis pelo aprendizado. O pró-
alfabetizados, passam a apresentar
histórico desde o período de gestação,
prio curso já tinha uma parte prática,
certas dificuldades. Pesquisas reali-
para dessa maneira investigar os pos-
pois discutia-se os problemas trazidos
zadas no mundo inteiro mostraram
síveis portadores dos distúrbios espe-
por professores e enfrentados em sala
que cerca de 6% da população mun-
cificados. A partir dessa triagem, pas-
de aula. Os professores passaram a
dial sofre pequenas lesões cerebrais
samos a orientar os professores na in-
compreender os problemas de cada
durante a gestação, ou durante o par-
tervenção mais adequada para cada
aluno, se convenceram de que todas
to, ou durante a primeira infância. Es-
caso bem como a implementar um sis-
as pessoas têm potencial de aprendi-
sas lesões acarretam dificuldade para
tema de avaliação contínuo para favo-
zagem independente de suas dificul-
leitura, escrita e aritmética, além de
recer uma progressão do aluno em
dades e começaram a visualizar como
distúrbios de atenção e hiperatividade,
função do seu próprio conhecimento
poderiam auxiliá-los no desenvolvimen-
e podem ser causadas por má alimen-
adquirido durante o ano.
to de seus conhecimentos. No entan-
tação ou estresse tanto da mãe quan-
to, sentiram que seria importante um
to da criança, por heranças genéticas,
Fábio Theoto Rocha é Gerente da EINA
Educação no Âmbito da Diversidade
Promovendo a escola de qualidade para todos
A Prefeitura Municipal de Mogi,
de fisioterapeuta e fonoaudiólogo. Tam-
cursos de qualificação profissional que
através da Secretaria de Educação,
bém contratamos a EINA – Estudos
são ministrados no CIP – Centro de
tem seu trabalho pautado na missão
em Inteligência Natural e Artificial Ltda,
Iniciação Profissional. Este projeto tem
de promover a escola de qualidade para
empresa dirigida pelo Dr. Armando
alcançado grande sucesso, pela sa-
todos. Para isso, especial atenção tem
Freitas da Rocha, professor da
tisfação pessoal que traz aos alunos
sido dada ao atendimento dos porta-
UNICAMP e USP, pesquisador desta
e sua conseqüente inclusão social.
dores de necessidades educativas es-
área, para assessorar na implantação
No programa de inclusão
peciais, que vem sendo feita através de
do Programa “Educação no Âmbito da
educacional, 52 escolas municipais,
duas frentes de trabalho:
Diversidade”, com a implantação do
de educação infantil e ensino funda-
√ Atendimento na EMESP – Escola
Sistema ENSCER (ensinando o cére-
mental, atendem 107 alunos portado-
Municipal de Educação Especial e no
bro), criado por ele. Sua assessoria
res de necessidades especiais incluí-
Programa de Inclusão das
dos nas turmas regulares, e
Escolas Municipais, e
mais 25 estão sendo avalia-
√ Atendimento através de
dos. Essas turmas devem
subvenção à APAE.
ter no máximo 30 alunos, um
A Escola Municipal
dos quais pode apresentar
de Educação Especial –
deficiência. Os professores
EMESP, atende 115 alunos
das escolas municipais são
portadores de deficiência
acompanhados e orientados
mental e de distúrbios globais
pela equipe do Serviço de
do desenvolvimento, que são
Apoio Itinerante, formado
os autistas e psicóticos. Ali-
pela Assessora de Educa-
as, a EMESP é a única insti-
ção
tuição educacional de Mogi
CEMFORPE e duas profes-
que atende autistas.
Especial
do
inclui: análise da função cerebral dos
soras especialistas na área. Contam,
Seu prédio passou no ano de 2002
alunos, para orientação aos profes-
também, com a assessoria técnico-
por uma ampliação, com construção de
sores e pais; implantação do serviço
pedagógica do Dr. Armando Freitas da
piscina, quadra esportiva, rampas para
de informática educacional, com uti-
Rocha.
acesso aos diversos patamares e refor-
lização de software do Sistema
Quanto ao atendimento atra-
ma geral em salas de aula e refeitório.
Enscer; orientação aos professores
vés da subvenção à APAE, o nú-
e técnicos da EMESP e acompanha-
mero de alunos atendidos aumentou,
mento do seu trabalho.
sendo hoje são 469, quando em 2000
O atendimento pedagógico foi
reestruturado, e dentro do projeto novos profissionais passaram a integrar
Visando desenvolver as habili-
eram 322. Os recursos repassados
a equipe já existente, como monitores
dades e socialização dos jovens e
aumentaram, em 2000 foram R$
para as áreas de artes visuais, músi-
adultos matriculados da escola, gru-
898.380,00 e neste ano de 2004 se-
ca, dança e práticas esportivas, além
pos de alunos estão freqüentando os
rão R$ 1.701.600,00 .
5
Mogi no
Fórum Mundial de Educação
Andréa R. B. Marinho
“Os profetas são
aqueles que se
molham de tal forma
nas águas de sua
cultura e da história
de seu povo, dos
dominados de seu
povo, que conhecem
o seu aqui e o seu
agora e, por isso,
podem prever o
amanhã em que eles
mais do que
adivinham, realizam.”
Paulo Freire
cipação; e nem sempre os profissio-
organizadores do evento, este índice
vos porque o Fórum aconteceu fora do
construir uma escola de qualidade na
indica que o Município teve uma exce-
município; muitas vezes os adminis-
esfera pública da educação.
lente participação, entre outros moti-
tradores dificultam este tipo de parti-
De 01 a 04 de abril de 2004
aconteceu em São Paulo o Fórum
Mundial de Educação, onde várias entidades, ONGs, poderes públicos, secretarias e profissionais da área reuniram-se para construir a Plataforma
Mundial de Educação. Superando as
expectativas, foram 106 000 pessoas
participando do evento, sendo quase
200 professores, diretores e técnicos
da Secretaria Municipal de Educação
de Mogi das Cruzes, ou seja, 25% dos
docentes e técnicos da rede municipal. Segundo e-mail enviado por
Vivaldo Armelin Junior, um dos
6
nais entendem a importância desses
eventos para a modificação e atualização de sua prática diária em sala
de aula.
A Secretaria Municipal de Educação de Mogi das Cruzes compôs o
Comitê Organizador do evento desde
outubro de 2003. Nestes seis meses
pudemos colaborar com toda organização temática do Fórum e fomos uma
das Secretarias mais presentes e
participativas. Além disso, duas escolas municipais apresentaram-se no dia
01 de abril, mostrando que é possível
A Escola Municipal Profª
Cynira Oliveira de Castro apresentou
seu
site
na
Internet
-
www.emcynira.pop.com.br - , um
trabalho realizado em equipe (direção,
professores, alunos e funcionários) ao
longo de um ano. O site apresenta links
importantes como os projetos de 2003
e 2004, eventos, biografia da patrona,
fotos, diversões culturais, resenhas,
informações, talentos mirins que vão
sendo descobertos na escola e uma
gama de outras atividades que acontecem numa escola com Gestão
Participativa. Mostrar um trabalho deste nível num Fórum Mundial de Educação é mais que ousadia, coragem
ou determinismo; é sim um ACREDITAR que a educação vale a pena, que
podemos sim ser exemplos de
tecnologia, qualidade e ensino efetivo
enquanto escola pública. A apresentação dos expositores Andréa Pereira
de Souza, Alex Soares da Silva, Cín-
atividade mostrou entidades, escolas
unidades indicaram caminhos possí-
tia M. A. de O. Arouca, Elisabete
e terceiro setor que fazem um traba-
veis de uma Escola Cidadã, papel este
Jacques Urizzi Garcia, Célia Regina
lho inovador na educação. As exposi-
que visa trabalhar a escola e socie-
Dias e Regina Célia Franco nos emo-
toras Fátima Melo (gestora) e Andréa
dade local na busca de qualidade de
cionou ao ver que eles mostram o ca-
Marinho (Coordenadora) falaram sobre
vida com consciência e participação
minho e abrem as portas para que
“Projeto- Político- Ecopedagógico: os
na construção de um outro mundo
outras escolas também acreditem que
desafios de uma nova prática”, discor-
possível.
são capazes, afinal temos um traba-
rendo sobre a Ecopedagogia como
lho de qualidade na rede municipal.
fundamentação
a
todas e todos os atores da educação
Podemos e devemos acreditar nele e
Semestralidade como metodologia de
municipal de Mogi das Cruzes é um
mostrar a todos e todas que a Educa-
trabalho. A escola demonstrou que a
exemplo a seguir, pois todas as esco-
ção de qualidade é mais uma missão
semestralidade não fragmenta o pro-
las e especialistas municipais traba-
que atingimos diariamente.
cesso educativo, mas sim, fortalece
lham no encontro da construção da
Já a Escola Municipal Profª
um trabalho em equipe, estrutura um
Cidade Educadora e as participações
Noêmia Real Fidalgo participou de
currículo integralizado e global (proje-
de todas e todos os inscritos mostra-
uma abordagem do “Movimento da
tos) e demonstra que a Ecopedagogia
ram isso concreta e efetivamente.
Escola Cidadã”, como segunda apre-
não é mais um modismo e sim um
sentação intitulada “Inédito Viável: Ex-
caminho para a evolução humana:
periências Educacionais Inovadoras”
uma Cidadania Planetária.
realizada pelo Instituto Paulo Freire. A
teórica
e
As apresentações das duas
Acredito que o envolvimento de
Andrea R. B. Marinho é Coordenadora
na E.M. Prof.ª Noêmia Real Fidalgo e
representante da SME - Mogi das Cruzes
no Comitê Organizador (Comissão de
Temática e Metodologia) do Fórum
Mundial de Educação.
7
Nossa Escola
tem um Site
EM Profª Cynira Oliveira de Castro
O uso da tecnologia
como ferramenta pedagógica
tem estado em voga há um bom
tempo, os questionamentos por
certo ainda estão longe de se
esgotarem, mas, pouco a pouco, fica evidente que a
modernidade pedagógica não
pode mais se dissociar do universo digital. Tendo em vista
esse panorama novo e sedutor,
a equipe da Escola Municipal
Professora Cynira Oliveira de
Castro decidiu levar adiante o
projeto de construção de um
site, que servisse de vitrine para
o seu cotidiano e, ao mesmo
tempo, estimulasse a participação dos alunos nos muitos empreendimentos que a escola pro-
8
move. A polêmica criada em torno da
a dis- ponibilização de computado-
ículo de informação.
inclusão digital nos espaços disponí-
res conectados à Internet no CEDIC
O passo seguinte foi refazer
veis para se pensar em educação no
- Centro de Divulgação e Construção
toda a trajetória de atividades do ano
Brasil, norteou o estabelecimento de
do Conhecimento - ficou patente que
anterior visto que a escola Cynira Oli-
objetivos para o funcionamento de nos-
vivemos uma realidade bem diversa
veira de Castro acabava de completar
so ambiente virtual, de forma que tanto
da maioria das escolas brasileiras.
seu primeiro ano de funcionamento,
os professores e seus alunos, como
Assim com a colaboração efetiva dos
pautado pela concretização de proje-
os demais funcionários da escola e a
monitores de informática, com o
tos cuja dinâmica fora acertadamente
comunidade tornaram-se multipli-
apoio da direção da escola e da Se-
escolhida. Catalogamos todos os
cadores de nosso entusiasmo inicial.
cretaria Municipal da Educação, alu-
eventos realizados, registramos em
Como a escola está capacitan-
nos e professores começaram a de-
nosso portifólio, resgatamos depoi-
do seus alunos para o papel de usuá-
linear a página, a selecionar materi-
mentos de alunos, revivemos cada um
rios desse site, com aulas de
al fotográfico, a discutir sobre o con-
deles no momento em que se trans-
informática para todas as séries e com
teúdo relevante para esse tipo de ve-
formavam em links em nossa página.
Por enquanto, estabelecemos
Aproveitamos “Momento Cultural”
ficar obsoletos. Estaremos sempre vi-
oito links contendo os assuntos que
para tratar de assuntos como dicas
gilantes para que a nossa página es-
julgamos pertinentes para o momen-
de saúde, sugestões de leituras, re-
teja em sintonia com o cotidiano de
to, mas, como é peculiar no universo
senhas de filmes, lembretes dos pro-
nossa escola e atrativo para quem
tecnológico, já estamos pensando na
fessores. Em nossa página não po-
acessá-lo.
periodicidade de renovação desse
deria faltar espaços para “Diversões”,
material.
pois como brincar também é coisa
mobilização para fazê-lo foi resultado
séria, uma pausa para matar uma
do trabalho em equipe, quando cada
é
charada, desvendar um enigma ou
um esteve motivado para contribuir
www.emcynira.pop.com.br, ficou a
curtir uma boa piadinha é fundamen-
com o que era solicitado e para supe-
cargo do professor Alex Soares da
tal. Tudo que é notícia, tudo o que
rar as expectativas. Esta deverá ser a
Silva, nosso monitor de informática,
coloca nossa escola em evidência é
filosofia de nossas atividades para que
valendo-se de palpites de todos os
tema para “Cynira News”, nosso jor-
a ferramenta pedagógica que ora se
envolvidos. Coube a ele simplificar ao
nal eletrônico.
configura ganhe as repercussões
O design deste site, cujo
endereço
máximo os recursos de navegação
Outros links podem se tornar
para que o site fosse atrativo para o
imprescindíveis,assim como os que já
usuário que pretendemos cativar.
foram programados não estão livres de
Vale
ressaltar
que
a
pretendidas,agregando valor ao trabalho de que tanto nos orgulhamos.
Um dos links que mais chamaram a atenção de nossos alunos nesse período de construção foi Nossos
Talentos, local em que pretendemos
evidenciar aqueles que apresentam
aptidões para qualquer modalidade artística ou esportiva. Verificar a alegria
daqueles que descobriram nesse espaço um jeito de vencer a timidez, de
compartilhar com seus pares algo que
até então era anonimato, foi para nós
o momento mais significativo, que nos
encheu de orgulho.
Separamos um espaço para
que nossos alunos conheçam melhor
a história de vida da professora Cynira
Oliveira de Castro em “Biografia”. Propomos ao visitante de nossa página
um passeio pelas dependências da
escola, conhecendo principalmente
nossos ambientes diferenciados, no
link intitulado “Nossa Escola”. Em
“Eventos”, contamos um pouco das
atividades festivas que permearam
nosso calendário letivo até agora.
9
Recordar é viver...
Um resgate mais que humano planetário
EM Profª Noêmia Real Fidalgo
10
A Escola Municipal
pos e comunidades e sociali-
Profª Noêmia Real Fidalgo,
zando a produção de conteú-
está situada entre a Serra do
do na Internet.
Itapety e às margens do Rio
Para tanto, temos como
Tietê, em Mogi das Cruzes. 97%
conceitos norteadores os se-
de nossos alunos de Educação
guintes pontos:
Infantil (prontidão) e Ensino Fun-
• A história de cada pessoa é
damental são oriundos do Con-
valiosa para a construção de
junto Residencial Jardim
uma memória social.
Maricá, um local com média de
• A memória oral abre espaço
1620 apartamentos de 58m²
para a transmissão de experi-
cada. Os outros 3% moram na
ências que se perdem com o
mata ciliar que circunda o bairro. Em
Aliás, é este um dos papéis da Esco-
passar das gerações.
meio de tantas famílias, etnias, cos-
la Cidadã. Pensando nisto, surgiu a
• Coletar e organizar histórias de vida
tumes, profissões, realidades, valores,
idéia do Projeto Recordar é Viver.
são formas importantes de produzir co-
expectativas de vida, sociedades... por
Nosso objetivo é valorizar e preservar
nhecimento.
que não aproveitar tudo isso em nos-
a história de vida de todas as pesso-
• A história dá senso de identidade e
so Projeto Educacional? Ainda conta-
as, incentivando o protagonismo de
pertencimento e pode estabelecer no-
mos com a Mata Atlântica em nosso
pessoas e grupos, construindo um
vos valores sociais.
quintal !
painel multifacetado de pessoas no
Somos realmente privilegiados!
mundo, estimulando o respeito à di-
É na diversidade que crescemos, é nas
versidade cultural, social, sexual, po-
diferenças que podemos trabalhar o
lítica, étnico-racial e religiosa dos vá-
currículo oculto de nossos alunos e
rios grupos e comunidades, colaboran-
professores. E por que não de nossos
do com a aproximação e o entendi-
funcionários? Nossa comunidade?
mento entre diferentes gerações, gru-
É uma forma da escola buscar
tária que pensa em suas ações de for-
na história do seu aluno, da sua co-
ma responsável na construção de uma
A partir daí, estamos abrindo
munidade, a valorização humana e pro-
“real” cidadania.
espaços para que a comunidade in-
mover no futuro uma sociedade plane-
• Cidadania inclui o respeito à história e aos valores de cada um.
tegre-se em nossa escola. E nesta
busca, as crianças e comunidades
vão conhecendo o bairro, o município,
os estados, os países, num trabalho
realizado em sala de aula, na troca,
no contato, nas socializações de
suas histórias, vivências e objetivos
de vida trazidos pelos próprios alunos. Juntamente com o resgate histórico, estamos realizando um resgate geográfico-ambiental, numa proposta de evolução humana, no qual
os alunos refletirão a partir destas gerações para as gerações futuras.
Logo, os alunos construirão a sua história, formarão a sua personalidade,
por meio desta pesquisa comum entre aluno/escola/comunidade.
11
Identidade e autonomia:
parceria para aprender
A convivência da educação infantil que enriquece toda uma vida
Ana Clara de Almeida Barrence
As crianças aprendem sobre
aos alunos, porém sempre respeitan-
se constituem nos princípios da ação
si próprias e sobre os outros através
do o universo cultural a que pertencem.
educativa...”, e é a partir desta con-
dos grupos sociais a que estão liga-
Neste contexto nossas crianças pre-
cepção que podemos refletir nas nos-
das desde o nascimento. A família é
cisam ter autonomia e independência
seu primeiro modelo e o mais impor-
para aprender, para formular suas pró-
tante, o que lhe dará estrutura emo-
prias hipóteses e é através do adulto
cional para toda a vida. Mas é através
que convive com ela diariamente na
da observação, experimentando e
instituição de ensino - professores,
imitando ações e situações novas,
ADIs (auxiliar de desenvolvimento in-
brincando e vivenciando acertos e er-
fantil), pessoal administrativo, direção
ros no meio em que convive diariamen-
- que descobrirá estes novos cami-
sas ações a validade de concepções
te, que a criança de 0 a 6 anos assi-
nhos. Porém, o adulto, seu “parceiro
e conceitos que achamos muitas ve-
mila limites e regras de convivência,
formando conceitos e construindo assim o conhecimento do mundo que a
cerca.
A escola deve estar preparada
para desempenhar seu papel
socializador na construção da identi-
zes importantes, pois “... muito mais
do que aprender a ler e escrever, as
crianças devem aprender a ser e a
viver”. Quando os alunos se desenvolvem numa atmosfera de respeito e
valorização, constroem uma “autoimagem positiva”, têm mais seguran-
dade e autonomia da criança. A insti-
experiente”, não lhe mostra estes ca-
ça em si próprios e elevada auto- es-
tuição (escola ou creche), por meio de
minhos para que siga sozinha; mas
tima (esta estimulada também, e lógi-
sim segue com ela, orientando-a nas
co, pela participação da família neste
dificuldades.
processo) por conseguinte, estaremos
“A escola deve estar
preparada para
desempenhar seu
papel socializador
na construção da
identidade e
autonomia da
criança.”
12
“É preciso
oferecer atividades
que sejam
prazerosas e ao
mesmo tempo
desafiadoras.”
“...muito mais do
que aprender a ler
e escrever, as
crianças devem
aprender a Ser e a
Viver.”
A escola desenvolve as possi-
contribuindo na formação de sua per-
bilidades de aprendizagem da criança
sonalidade e de futuros cidadãos mais
num ambiente que lhe proporcione
participativos nas decisões, e consci-
segurança, oferecendo atividades de
entes das responsabilidades da vida
acordo com suas necessidades e fai-
em sociedade.
xa etária, mas que lhe sejam também
prazerosas e ao mesmo tempo desa-
seu pessoal administrativo e docente,
fiadoras. Segundo o Referencial
deve estar atenta a fim de oferecer
Curricular Nacional de Educação In-
novas perspectivas e conhecimentos
fantil “...a autonomia e independência
Referência Bibliográfica
Referencial Curricular Nacional de Educação
Infantil – Mec – Volume I
Ana Clara de Almeida Barrence é
Diretora da EM “Antonio Pedro Ribeiro”
Adaptação sob uma nova visão
EM Profª Maria Colomba Colella Rodrigues
Foi pensando na importância da presença da criança na escola e no seu desenvolvimento físico, mental e
tam mais livres para aprender e desenvolver as atividades.” Cláudio Roberto, pai da Anne Caroline.
social, que a equipe de professoras, juntamente com a
“Eu sou a mãe do aluno Nalbert, a minha opinião
direção da Escola Municipal Maria Colomba Colella
é que esta escolinha é tão linda, limpinha, e as profes-
Rodrigues (Vila Natal) criou um Projeto de adaptação
soras tão capacitadas, que eu me sinto mais tranqüila
escolar: ADAPTAÇÃO SOB UMA NOVA VISÃO.
em deixar meu filho aqui. Estes dois dias foram muito
A finalidade desse projeto é permitir aos pais, e não
bons para nós, os pais, e as crianças. O meu filho gos-
só aos alunos (como era rea-
tou tanto que ficou até tar-
lizado anteriormente), um
de da noite falando sobre o
contato direto com o ambien-
que fez na escolinha. Es-
te escolar, já nos primeiros
pero do fundo do coração
dias de aula, participando de
que continue assim.” Bár-
atividades com os filhos.
bara, mãe do Nalbert.
Visamos transmitir aos
“Na minha opinião foi
pais uma segurança maior ao
muito bom, tanto para os
deixarem seus filhos na es-
pais, quanto para as crian-
cola. A partir daí, pretende-
ças, pois todos podemos
mos que ocorra uma adapta-
sentir o carinho das profes-
ção mais tranqüila e prazerosa
soras com os alunos e sa-
das crianças na escola, pois
ber o quanto podemos fi-
sabemos que muitas vezes a
car tranqüilos com os nos-
dificuldade de adaptação da
sos
criança se dá devido à inse-
Claudinéia Aparecida,
gurança dos próprios pais.
mãe da Thalia.
filhos
aqui.”
Essa mudança na
“Para mim foi muito
adaptação ocorreu a partir do
importante estar ao lado do
momento em que percebe-
meu filho num momento tão
mos a dificuldade dos pais em
especial. Tenho certeza de
se “desprenderem” dos filhos.
que o Evandro vai estar em
Ao final do projeto, foi realizada uma avaliação com os
pais, e ficamos felizes ao perceber que alcançamos nossos objetivos, e isso pode ser notado no depoimento de alguns deles:
boas mãos.” Débora, mãe do Evandro.
“Este novo projeto de trabalho que foi implantado
por vocês, para nós foi muito importante, pois, desta for-
“Eu e minha filha sentimos que podemos sim, ter
ma pudemos mostrar para os nossos filhos a forma que
um convívio entre pais, filhos e professores, conhecer as
nós nos integramos junto aos amiguinhos, aos seus fami-
crianças que irão estudar com nossos filhos, conhecer
liares, e assim, as crianças possam ter uma melhor adap-
também o que a escola está transmitindo às crianças no
tação junto aos professores.” Margarida, mãe da Ana
dia-a-dia. Isso também faz com que as crianças se sin-
Clara e Ana Paula, mãe da Michele.
13
Quem
Quem pp
colh
colh
Nosso espaço passou a ser dividido com outros seres que dependiam de
todos nós.
O auge desta fase foi a chegada
Tudo começou, certo dia, ao perceber que o produ-
de “Zé Buscapé” (o espantalho) e das minhocas, trazidas
to utilizado na elaboração
pela professora da 2ª série que mostrou
da merenda vem direto da
a grande importância que elas teriam
natureza. Na maior parte
para nossas novas amigas.
não são mais produtos industrializados.
perar e esperar. Foi uma fase de apren-
A partir daí pensei
dizado para todos na escola, não sabía-
que seria uma experiência
mos como lidar com plantações. Nesse
genial mostrar às crianças
momento a ajuda dos pais com seus
como esses produtos che-
conselhos foi fundamental.
gam até nossa mesa. Esta
A lição mais di-
história envolveu desde a
fícil foi a que tudo tem
semente, com a participa-
seu tempo, “há tempo
ção dos pais, até a meren-
de plantar e tempo de
deira que utilizou nossa co-
colher”. Respeitar o
lheita para enriquecer ain-
tempo da mãe nature-
da mais nosso cardápio. A
za
alegria de perceber que no
imediatista e materia-
prato estava a sementinha
lista não foi fácil.
cuidada por todos nós é a
em
época
Todos os dias
experiência que vou dividir com vocês.
realizávamos visitas aos canteiros, mas parecia que as
A Chegada de Novos Habitantes
plantinhas eram tímidas e não queriam ser incomodadas.
Decidido o espaço, ficou resolvido que os pais auxiliariam no envio de nossos novos habitantes, mudas de
14
Tudo pronto era só esperar... es-
Surgiram ameaças naturais dos pássaros que pareceram ter adorado nossas sementes.
couve, sementes de cenoura, salsinha, coentro, ervas me-
Mais uma vez tivemos que recorrer à sabedoria dos
dicinais... Uma enorme variedade de plantas que enrique-
mais velhos e cercamos os canteiros com linhas e com
ceram o conhecimento de todos. Com o auxilio de pais
tiras de sacolinhas, como rabiolas de pipas, para que ao
dividiu-se os canteiros e fomos colocar mãos à obra...
serem expostos ao vento espantassem os pequenos in-
planta,
planta,
he...
he...
Regina Célia Rissoni Valentim
trusos.
Assim surgiram os primeiros sinais de nosso trabalho diário.
O Dia-a-Dia
Dia a dia cuidávamos de nossas amiguinhas e vimos flores transformar-se em frutas, como no caso dos
morangos.
Hoje com mais conhecimentos já estamos decidindo a próxima safra.
Quem planta... colhe.
Os alunos perceberam que em alguns casos o que
comemos fica embaixo da terra, como a cenoura, e em
Regina Célia Rissoni Valentim é professora da EM Prof. Dr.
Jair Rocha Batalha
outros casos o que comemos são as folhas.
Algumas plantinhas pequenas, os temperos, davam
um toque todo especial ao cardápio diário (cheiro verde,
cebolinha, coentro e o maravilhoso orégano que os alunos
conheciam só da pizza).
A Colheita
Dia de festa, finalmente a colheita de verduras e legumes.
Os chás e os temperos eram colhidos diariamente onde eram utilizados
na merenda e os chás servidos em reuniões de pais e consumo diário.
Finalmente veríamos como estava nossa habitante escondida na terra,
a cenoura...
A expectativa era grande, inclusive das professoras
e a alegria foi geral, pois nosso trabalho foi finalmente recompensado com uma linda cesta de frutas, legumes e
verduras que, é claro, foi consumida por todos, inclusive
pelas crianças que não gostavam de verduras e legumes.
Foi uma experiência única que chegou a emocionar
a todos levando-nos a fazer uma avaliação geral do projeto
que agora faz parte integrante de nossa escola.
15
“Artes Mirim 2003”
supera expectativas
Nossa Revista tem divulgado as
um prazer enorme de ser mãe e por
artes visitando exposições, assistin-
práticas educacionais diversificadas
algumas horas consegui esquecer a
do filmes, entrando em contato com
que as escolas vêm desenvolvendo.
difícil rotina. Saber que temos filhos
artistas ou, através do manuseio de
Dentre estas falamos no nº 13 da Re-
surpreendentes é maravilhoso, mas
livros, revistas, entre outros materiais
vista Educando em Mogi ,do Projeto
saber que eles estão em boas mãos
que proporcionam o entendimento e a
Artes Mirim da Escola Municipal José
é melhor ainda.
compreensão. Fazer com que as cri-
Cury Andere.
A equipe de professoras, dire-
anças respeitem e valorizem as diver-
Hoje divulgaremos para vocês
tora e servidores está de parabéns
sidades das artes também faz parte
a carta de uma mãe de aluno que ex-
pela criação dos projetos que envol-
do projeto.
pressa os resultados destas práticas
veram 440 crianças. A satisfação dos
Com o apoio da direção, as edu-
cujos objetivos são comuns:
cadoras desenvolve-
garantir às crianças, jovens
ram o planejamento
e adolescentes a oportunida-
escolar de 2003 pri-
de de desenvolver suas
vilegiando a arte, e o
potencialidades constituindo-
resultado não pode-
se enquanto sujeitos plenos
ria ter sido melhor.
e cidadãos ativos.
Incentivos, motiva-
Partilhe nossa satisfa-
ções, estímulos, ori-
ção lendo a carta abaixo
16
Maria de Lourdes de Paula
entações e liberdade
“Queremos Paz” foi a
de expressão para o
mensagem deixada pelos
aluno criar e soltar a
alunos da escola de educa-
imaginação não falta-
ção infantil José Cury Andere, locali-
pais, que lotaram o pátio da escola,
ram. A diretora defende a realização
zada no bairro Jardim Universo, duran-
era visível e muitos não continham ta-
desse projeto porque leva o educando
te o encerramento do projeto “Artes
manha emoção. Na opinião da direto-
as várias formas de expressão artísti-
Mirim 2003”, entre os dias 27 e 28 de
ra Ana Maria de Oliveira Brito, a parti-
ca. De acordo com a educadora, a
novembro. A apresentação de grupos
cipação da família, principalmente dos
viabilização do projeto é possível por-
de dança representando vários países,
pais, é de fundamental importância,
que os recursos financeiros provêm da
teatro, coral, música, pintura, entre
tanto para a criança, como para a es-
Associação de Pais e Mestres (APM)
outros trabalhos que foram desenvol-
cola, porque ela é a platéia e
que deu o maior apoio por acreditar
vidos ao longo do ano letivo, foi um
consequentemente o maior incentivo.
no trabalho. Durante o evento Ana
sucesso e superou as expectativas de
Levar ao conhecimento dos bai-
Maria agradeceu a participação e con-
todos. Como mãe posso dizer com
xinhos as diversidades das artes foi o
orgulho que fiquei surpresa ao ver o
principal objetivo da diretora. Segun-
quadro que a minha bela Dara, com
do ela, durante o período de aulas as
apenas seis aninhos, pintou. Perdida
crianças tiveram várias oportunidades
em meio a floresta que ela criou, senti
de manter contato com o mundo das
tribuição de toda a comunidade.
Maria de Lourdes de Paula é jornalista e
mãe de uma aluna da EM “José Cury
Andere”
Projetos integram
escola e comunidade
EM Prof. Mário Portes
A Escola Municipal “Prof. Ma-
Mestre Leão (Raimundo Nonato Ca-
lência, a intolerância e o desrespeito na
rio Portes”, em seus oito anos, vem
valcante Barbosa) do Grupo Gaviões
sociedade em geral.
a cada dia aperfeiçoando sua prática
do Morro, sendo este filiado à Confe-
O projeto Banda abrange a
enquanto instituição de ensino, a qual
deração União dos Capoeiristas e
Percussão que trabalha cadências,
é responsável pela formação de cida-
Resgate da Capoeira (UNACAP), va-
possibilita a participação em desfiles
dãos atuantes e participativos. Para
loriza o aspecto social e o resgate
cívicos e concursos característicos da
tanto, busca garantir um padrão qua-
da cultura afro-brasileira.
categoria. Já a de Concertos implica
litativo de educação, resgatando os
O Futebol como gosto nacio-
em repertórios do erudito ao popular.
valores sócio-culturais através dos
nal também é uma opção para os alu-
Ambos têm como objetivo desenvol-
diversos projetos ofere-
ver as habilidades e
cidos aos alunos e à co-
potencialidades através
munidade em geral.
da música, possibilitan-
Atualmente, vári-
do a recuperação da
os projetos já estão em
auto-estima e o fortale-
prática graças ao progra-
cimento da sociedade,
ma “A Escola É Nos-
criando uma nova pers-
sa”, cuja finalidade é pro-
pectiva de vida. Junta-
mover a participação co-
mente, a Linha de Fren-
munitária para melhoria
te
harmoniza
e
do funcionamento das escolas públi-
nos. Este projeto consiste no preparo
complementa as apresentações, com
cas. Sendo o Tae Kwon Do (milenar
técnico para a participação nos tornei-
o corpo coreográfico.
arte marcial coreana que utiliza 70%
os e desperta o espírito de equipe.
No mundo atual, não podemos
dos pés e 30% das mãos, buscando
No bairro, em parceria com o
pensar em um cidadão global sem
o equilíbrio harmônico do corpo e da
Centro Esportivo foi implantado o pro-
que ele esteja incluído no universo
mente), um projeto social desenvolvi-
jeto do Jogo de Damas, o qual, além
digital. Para que haja essa inclusão
do pelo voluntário Mestre Marcelo
de disciplinar, desenvolve o raciocínio
o Programa de Tecnologia Educa-
Alcântara Paiva e equipe, cujo princi-
lógico e habilidades intelectuais.
cional instalado pela Prefeitura Mu-
pal objetivo é integrar comunidade e
Sob o aspecto interconfissional o
nicipal, atende todos os alunos da
escola; possibilitando aos praticantes:
projeto do Ensino Religioso propõe di-
unidade escolar com extensão à co-
defesa pessoal, auto-controle e pro-
fundir valores humanos e contribuir para
munidade. O programa introduz no-
pagação da disciplina.
a formação de caráter, sem desrespeitar
vas tecnologias de informação e co-
A Capoeira, uma mistura de
as crenças pessoais. Uma vez que se
municação, reforçando o processo de
ritmo, luta e jogo, embalada ao som
observa o desgaste da estrutura familiar,
ensino-aprendizagem.
do berimbau, atabaque, pandeiro e
a escassez do diálogo e o entendimento
Ao todo, os projetos desenvolvi-
agogô também constitui um projeto
entre as pessoas; o que vem fomentan-
dos auxiliam na formação da cidada-
da escola. Dirigido pelo voluntário
do cada vez mais a agressividade, a vio-
nia e na plena realização do indivíduo.
17
Pequenas atitudes,
grandes mudanças
Cíntia Maria A. Oliveira Arouca
Levantar cedo da cama é uma
dos e sem atropelos, ao som de can-
cação) carinhosamente prepara um
tarefa árdua para muitos de nossos
tos de pássaros e riachos iniciam o
delicioso leite com pãozinho.
alunos na Escola Municipal Profª Cy-
alongamento matinal. Em silêncio,
Agora, una um corpo bem dis-
nira Oliveira de Castro, pois sabemos
prestando atenção na inspiração e na
posto a uma barriguinha cheia e quen-
que para curtirem um pouco mais os
expiração, realizam seus movimentos
tinha, a um abraço compartilhado com
pais, que normalmente trabalham o dia
orientados por uma das professoras.
os colegas... o resultado..., mudanças
todo, ficam acordados até bem tarde
E as outras? Ficam conversando?
de comportamento e nas construções
e dessa maneira torna-se difícil enca-
Não!!. Como fonte de inspiração e
do conhecimento de modo prazerosos.
rar um novo dia de aula. Sendo este
modelo que somos, todas realizamos
Dá trabalho? No início sim!
impasse, que aliado a outros porqu-
o alongamento, afinal também preci-
Vale a pena? “Tudo vale a pena
ês, é um dos causadores das dificul-
samos desse momento para melho-
dades de aprendizagem e mudanças
rarmos nossa postura (dentro e fora
comportamentais é que resolvemos
da sala de aula).
deixar o início das aulas mais estimulantes.
18
Durante aproximadamente 20
quando a alma não é pequena...”
É perda de tempo? Não! É ganho na qualidade de ensino e principalmente na qualidade de vida!
minutos alongamos o corpo, canta-
As crianças chegam, são rece-
mos saudamos um novo dia e princi-
bidas pelas professoras, deixam suas
palmente cumprimentamos todos nos-
mochilas na sala de aula e calmamen-
sos amigos. Enquanto isso nossa ADE
te dirigem-se ao pátio. Lá, posiciona-
(Auxiliar do Desenvolvimento da Edu-
Cíntia Maria A. Oliveira Arouca é bióloga
e professora da EM Profª Cynira Oliveira
de Castro
O Resgate do Carnaval
pela Escola
Solange Janjardi Briz Llopis
A origem do carnaval é grega e
Souza Leite Filho, no Jardim São
foi trazido para o Brasil pelos portu-
Pedro, recebeu a Escola de Samba
gueses. Mas como no Brasil os es-
Império César de Souza. Vários ins-
cravos eram mão-de-obra indispensá-
trumentos foram trazidos, tais como
vel na época da colonização, não po-
o surdo, tamborim, apito, pandeiro,
dendo parar para se divertirem, eles
reco-reco, etc...
utilizavam o batuque como forma de
A Escola foi aos poucos sendo
lembrança de um lugar distante em
contagiada pelo batuque cadenciado
meio à terra brasilis
e vibrante dos integrantes da bateria,
Nascia aí o carnaval em nosso
que gentilmente tocaram para os alu-
país, que hoje é símbolo de alegria...
nos que, aliás, estavam lindos, vesti-
Com o passar do tempo, as fes-
dos com fantasias coloridas. Foi uma
tividades carnavalescas parecem ter
experiência diferente e rica observar
letas, fadas, piratas, samurais, baila-
perdido o sentido real em meio às pro-
os “pequenos olhinhos curiosos”, bor-
rinas, bruxinhas, baianas,...
pagandas de TV e outros meios de
boleteando pelo pátio da escola, dan-
A vibração e alegria foi geral :
comunicação que veiculam realidades
çando ao ritmo da bateria que tocava
diretora, professoras, funcionárias, alu-
estereotipadas.
com vontade!
nos, todos se divertindo.
A Escola Municipal Maurílio
Eram pequenas abelhas, borbo-
Percebi então, que o “mundo
dos baixinhos” é rico e cheio de surpresas.
A Escola também recebeu os
aluninhos do Centro de Convivência
Infantil Integrado Horácia de Lima Barbosa, que participaram com alegria da
“Nossa Festa de Carnaval”.
Naquele momento, o verdadeiro espírito de carnaval foi resgatado em
nossa escola, interagindo junto à Comunidade, como uma escola aberta e
vibrante.
Solange Janjardi Briz Llopis é pedagoga
e professora da EM Noêmia Real Fidalgo
19
Escola Municipal “Dr. Luiz Beraldo
Um ano de his
A Escola Municipal Dr. Luiz
Mogi das Cruzes por meio da Secre-
diversificado, de interação com o alu-
Beraldo de Miranda, localizada no bair-
taria Municipal de Educação, de uma
no, pais e comunidade, procurando
ro Parque Olímpico, distrito de Braz
escola com padrões arquitetônicos
respeitar os saberes e diferenças, o
Cubas, foi inaugurada no dia 12 de mar-
amplos , com ambientes que favore-
que trouxe no final do ano resultados
ço de 2003, data da inauguração, com
cem a interação social e formação
altamente positivos.
a presença de autoridades políticas e
educacional e cultural e que atende
A instalação do CEDIC – Cen-
educacionais, convidados e represen-
atualmente 442 alunos de 1ª a 4ª sé-
tro de Divulgação e Construção do
tantes da comunidade local.
rie do Ensino Fundamental e Educa-
Conhecimento (biblioteca escolar
ção de Jovens e Adultos.
multimídia) representou um marco
Hoje, ao comemorarmos o seu
primeiro aniversário, já há muito a se
A Escola recém-inaugurada re-
educacional, assim como a inaugu-
festejar e cabe aqui uma avaliação re-
cebeu alunos de escolas estaduais
ração da sala de informática, que pos-
flexiva vivencial e pedagógica, de um
vizinhas
sondagens
sibilitou aos professores, alunos e
ano letivo de aprendizagens, desafios
diagnósticas iniciais de aprendiza-
comunidade o acesso às aulas de
e projetos inovadores nas áreas da
gem, a preocupação da direção, co-
computação e a introdução de dife-
educação e cultura.
ordenação e professores foi de como
rentes tecnologias de informação e
A comunidade do Parque Olím-
desenvolver ações pedagógicas para
comunicação no processo ensino
pico acompanhou a construção e inau-
melhor atendê-los e prepará-los para
aprendizagem.
guração, pela Prefeitura Municipal de
as séries seguintes. Foi um trabalho
e,
após
Foi um ano de projetos educacionais, tais como: Verde para Viver (Tom da Mata), Natureza da Paisagem e Exposição do Meio Ambiente (Furnas), Projeto Descobrindo o
Prazer de Ler (Leitura), Reciclando
Materiais – Mudança de Valores, Projeto Reunião de Pais, Festa Junina,
Exposição Folclore, Projeto Educação Física (ginástica para a Comunidade) e um destaque para os Cursos
Descentralizados oferecidos pelo CIP
20
(Centro de Iniciação Profissional), que
o de Miranda”
stória
cessárias como agentes de transfor-
Vera de
Lúcia
dos Santos
Barba
Beraldo
Miranda”,
em avaliação
de
muito contribuiram para o desenvolvi-
mação de uma sociedade: amor, res-
seu primeiro ano de história, já guar-
mento pessoal dos membros da nos-
peito, responsabilidade, solidariedade,
da em si registros de sonhos e reali-
sa comunidade.
companheirismo, tolerância entre ou-
zações educacionais e culturais,
Para o ano de 2004 a equipe
tros; sendo trabalhado de forma
anseios por ver o aluno a se desco-
escolar tem à frente novos desafios,
interdisiciplinar, levando-se em conta
brir, crescer e aprimorar as suas com-
diante da realidade his-
p e t ê n c i a s .
tórica pessoal, social e
Relembramos o rosto
educacional de cada
alegre de nossas cri-
aluno, pois vivemos em
anças, a descoberta
uma sociedade que cla-
de talentos, apresen-
ma por refletir, viver e
tações musicais, tea-
compartilhar valores. E
tro, dança e poesia, fi-
a escola tem papel fun-
cando aqui registradas
damental no resgate e
palavras da diretora
integração dos valores
Rita Cristina Chavedar
no convívio social.
datas comemorativas e temas atuais,
Com essa visão nasceu o Pro-
integrando-os a outros Projetos como
jeto “Olimpíadas dos Valores” en-
“Parceiros do Futuro” (parceira com
volvendo toda a equipe escolar e co-
o Canal Futura).
munidade, enfocando as atitudes ne-
A Escola Municipal “Dr. Luiz
- “valeu a pena”.
Vera Lúcia dos Santos Barba é
Professora da 4ª série do Ensino
Fundamental da EM “Dr. Luiz Beraldo de
Miranda”
21
Projeto Horta
EM. Profª Cleonice Feliciano
As metas da atual L.D.B. dão
va-se uma política social voltada para
em 2004, que estamos desenvolven-
uma abrangência ao ato pedagógico
a conservação e preservação do meio
do em nossa escola o Projeto – Hor-
que otimizam e estimulam o exercí-
ambiente e manutenção da qualidade
ta; onde os alunos adquirem conheci-
cio para a cidadania. No que se refere
de vida, fornecendo elementos para
mentos que os habilitem no preparo
a área ambiental; temas transversais
que os alunos promovam a sua cida-
da terra para o plantio, sentindo-se
– nota-se uma preocupação que apon-
dania.
estimulados a utilizarem áreas dis-
ta na direção de uma integração mais
Refletindo sobre a importância
estreita entre escola, a informação e
do papel social da escola, ao longo
a comunidade. Nesse sentido obser-
do ano de 2003 e dando continuidade
poníveis a produção de hortaliças e outros alimentos.
Ficamos muito felizes
com a formação de canteiros em nossa escola, pois, ao final da germinação das sementes e crescimentos das
plantas, foi possível aproveitar as hortaliças no próprio preparo da merenda
escolar; tornando uma alimentação
saudável, rica em proteínas e sais minerais; revertendo em benefícios incontestáveis para o funcionamento e desenvolvimento do nosso organismo
Não podemos deixar de
agradecer a participação voluntária do
biólogo Sr. Nelson Barreto que gentilmente colaborou com a implantação
do projeto, orientando e esclarecendo
dúvidas dos alunos em relação a preparação da terra, aplicação de
substratos e outros procedimentos.
22
Responsabilidade
Social da Empresa
Uma ação voluntária
para promover mudanças
EM. Profª Cleonice Feliciano
Acompanhando as inovações e
avanços tecnológicos numa velocida-
forços que alcançaremos objetivos de
programa Bandeirante-Comunidade-
interesse comum.
Educação fazendo a doação a todos
de cada vez maior, as empresas não
Falando em empresas com res-
os alunos da unidade de ensino, kits
poderiam deixar de afirmar, através de
ponsabilidade social, gostaríamos de
de material escolar que acompanha-
iniciativas pioneiras, a sua responsa-
citar e destacar a Bandeirante Ener-
rão as crianças durante este ano leti-
bilidade social; que vão muito além de
gia, que no último dia 10 de fevereiro
vo; apoiando assim, o desenvolvimen-
atitudes filantrópicas ou na obrigação
esteve em nossa escola através do
to educacional dessas crianças.
de respeitar leis, pagar impostos, enfim, ela está firmada no compromisso
em construir uma sociedade mais justa, contribuindo através de uma ação
integradora entre empresa x escola x
comunidade.
Por isso, investem em projetos
educativos e programas voltados para
o futuro da comunidade, pois, bem
sabem que, investir na escolarização
da população com qualidade se tornou uma exigência do mundo contemporâneo e só assim, na união de es-
“Está na hora de começar a pensar a
educação para além da metáfora
organizacional da escola, tal como a
concebe a maior parte da população. De
formular e pôr em prática um sistema
educativo cuja função seja oferecer um
ambiente de aprendizagem rico e
socialmente integrado, em que todos os
indivíduos encontrem
um lugar para aprender.”
Juana Maria Sancho
23
Projeto Esporte Mogi
“Uma reflexão sobre o objetivo na Educação”
Zilda Bianconsini
Erramos ao perpetuar muitas
idéias defasadas sobre o objetivo da
Educação e, por isso, enfrentamos problemas sérios na educação contemporânea. A questão é, portanto, como
formular objetivos claros e relevantes
para, então desenvolver os programas
educacionais.
É preciso determinar o que a
sociedade espera da Educação. Isto
envolve pelo menos dois aspectos: as
aspirações dos pais quanto aos seus
filhos e as expectativas da sociedade
24
como um todo para a geração futura.
dem a sobrecarregar seus alunos com
sam ser considerados mais que pa-
Pais que realmente amam seus filhos
informações sem sentido para a vida.
ralelos, pois devem trocar informações
não pensam em usá-los para alcan-
É de se esperar que as crianças mui-
sobre si, e as interpenetrar de acor-
çar a própria felicidade. Uma socieda-
tas vezes não se interessem pelos
do com cada contexto, o estudo na
de deve se preocupar igualmente com
estudos e nem mesmo os compre-
vida e a vida no estudo, por toda exis-
as necessidade do indivíduo e o bem-
endam. Por outro lado a maior parte
tência do indivíduo.
estar das crianças. O objetivo da Edu-
das famílias enviam seus filhos para
O primeiro passo para a forma-
cação, formulado pela sociedade, deve
a escola, sem nenhuma pesquisa,
ção do objetivo da educação é a de-
ser compatível com as necessidade e
sem nenhum questionamento com re-
terminação de como se deve alcançá-
os objetivos dos indivíduos.
lação à filosofia da escola que esco-
lo, e a preocupação maior na formu-
lheu para seu filho.
lação do objetivo educacional deve ser
Por outro lado, a escola con-
a identificação daquilo que os própri-
temporânea usurpou os papéis e res-
os indivíduos consideram o propósito
ponsabilidades educacionais que por
da vida humana, ou seja, preparar as
direito pertenciam a outros setores da
crianças para se tornarem células res-
sociedade, isto é, ao lar e a comuni-
ponsáveis e saudáveis no organismo
dade. Uma Educação eficaz só pode
social, a fim de contribuir para a feli-
É comum dizer que a Educa-
ser alcançada se houver uma tripla par-
cidade da sociedade, e com isto, en-
ção é a preparação para a vida adul-
ceria entre escola, lar e comunidade.
contram sentido, propósito e felicida-
ta. Uma visão simplista desta opinião
O estudo não deve ser visto
defende que o que se ensina atual-
como uma preparação para a vida, ao
mente é suficiente, assim, a maioria
contrário ele deve acontecer enquan-
dos professores, pensando apenas
to se vive, e o viver acontece em meio
nas necessidades dos adultos, ten-
ao estudo. Estudo e vida real preci-
de em suas vidas.
Zilda Bianconsini é coordenadora do
Projeto “Esporte Mogi”, da Secretaria
Municipal de Esporte e Lazer
Reciclagem e Criatividade
EM Benedito Ferreira Lopes - CAIC
No mês de março, os alunos
evento, usaram de criatividade e origi-
ponsabilidade naquilo que se propu-
das 3ªs e 4ªs séries do Ensino Funda-
nalidade ante o tema abordado: “Plan-
seram realizar e que conseguiram
mental da Escola Municipal “Bene-
tando com qualidade, colhendo
com grande êxito.
dito Ferreira Lopes” - “CAIC”, par-
saúde”. Fizeram, tendo em vista a
Para a seleção dos trabalhos
ticiparam do 1º Concurso de Espan-
execução dos trabalhos e do tema,
denominados “Espantalho” foi nome-
talhos, promovido pela Associação
uma seleção prévia dos materiais
ada uma comissão julgadora compos-
Cultural de Mogi das Cruzes,
recicláveis a serem utilizados, ade-
ta por membros da parte administrati-
“Bunkyo”, em parceria com a Secre-
quando-os às finalidades dos seus
va e da parte pedagógica da escola
taria Municipal de Educação de
projetos. Durante essa tarefa tiveram
que adotaram critérios visando premi-
Mogi das Cruzes e da Diretoria de
a oportunidade de ver aflorar capaci-
ar a criatividade, originalidade, adequa-
Ensino – Região de Mogi das Cru-
dades criadoras que tinham latentes,
ção ao tema e utilização de material
zes , objetivando a integração da co-
o que os levou a executar com mais
reciclado.
munidade com a entidade durante o
entusiasmo suas atividades.
Também, foi realizada uma ex-
período da realização da 19ª. Festa
O concurso, também propiciou
posição dos “Espantalhos” nos jar-
de Outono – “Akimatsuri”, promovi-
oportunidade de desenvolver a
dins da escola, oportunidade em que
da, anualmente, pela colônia japone-
conscientização dos educandos para
todos os participantes desta comuni-
sa de nosso município e que neste ano
a percepção da importância de se fa-
dade escolar puderam presenciar os
será realizada nos dias 2 e 4 de abril.
zer trabalhos ecologicamente corre-
trabalhos e a comissão julgadora de
Orientados pelos professores
tos em qualquer campo de atividade
examiná-los para dar seu parecer so-
do Ensino Fundamental, os alunos se
e, neste caso, na agricultura
bre os bonecos.
envolveram no projeto de forma sadia,
objetivando a preservação e manuten-
organizando-se ora individualmente ora
ção do meio ambiente.
A comissão julgadora achou
oportuno premiar também os trabalhos
em grupos, levando esse envolvimento
O envolvimento dos alunos na
dentro da unidade escolar. Realizou-
até seus familiares que os apoiaram e
realização do concurso foi feito de
se então a premiação, cabendo aos
os auxiliaram na execução das tare-
maneira prazerosa e alegre, de-
primeiros lugares medalhas de ouro,
fas. Os alunos participantes desse
monstrando espontaneidade e res-
prata e bronze e lembrancinhas a todos os participantes.
Concluídos os trabalhos, o que
pudemos perceber, como participantes desta comunidade escolar, é que
havendo envolvimento de alunos, professores e familiares pode-se obter resultados eficazes, deixando todos
conscientes de seu papel como integrante e responsável pelo processo
educacional de uma entidade e com
um só objetivo: promover a formação
de cidadãos conscientes de seu papel na sociedade.
25
Por que educar para
o trânsito?
Maria Angela Aparecida Pires de Lima
De acordo com o novo Código
de Trânsito Brasileiro (CTB), Capítulo
o momento para educarmos nossas
do a cidadania no Trânsito.
crianças em relação às suas atitudes.
VI, Art. 74, “A Educação para o Trân-
A Educação para o Trânsito é
Dessa forma acreditamos ser
sito é direito de todos e constitui de-
um tema transversal que deve ser
o momento de estarmos incluindo
ver prioritário para os componentes do
trabalhado
da
em nosso cotidiano a “Segurança no
Sistema Nacional de Trânsito”.
interdisciplinaridade. Dessa forma po-
Trânsito” e de “Vidas Humanas”, pois
A Educação para o Trânsito tem
demos dizer que educar para o trânsi-
os problemas que o trânsito acarre-
o objetivo de transformar atos impru-
to é mais do que ensinar as regras
ta podem ser vistos de modo a se-
dentes e de irresponsabilidade, em
básicas, é também uma oportunidade
rem solucionados.
atos de elevar o potencial da vida; con-
do educador se aperfeiçoar, amplian-
tribuindo assim para a formação de
do seus conhecimentos.
uma sociedade melhor.
26
hábitos, atitudes e valores, favorecen-
no
contexto
Por acreditarmos que trânsito
A transformação se dá a partir
é uma questão educacional, devemos
de uma conscientização, portanto
trabalhar desde a mais tenra idade,
faz-se necessário que seja incutido
para que se tenha compromisso com
nas pessoas os conceitos de segu-
a construção da cidadania, enfocando
rança para a formação de hábitos
que a prática educacional deve estar
seguros no trânsito.
direcionada de acordo com a realida-
O educador ocupa um papel de
de social e com as responsabilidades
fundamental importância no processo
dos direitos e deveres em relação a
de mudança, pois é ele quem conduz
sua própria vida e a coletiva.
os educandos a desenvolver suas
A criança é um SER muito es-
potencialidades e habilidades, tornan-
pecial que a cada dia torna-se mais
do-os conscientes, reflexivos e
questionadora e participativa, portan-
participativos. Essa mudança deve
to em Campanhas de Educação para
acontecer de modo gradativo, envol-
o Trânsito, a criança torna-se um elo
vendo toda equipe escolar, para que
muito importante para atingirmos o
as ações educativas sejam praticadas,
objetivo principal: “o adulto”.
obtendo êxito no resultado. Sendo
Para que os adultos de ama-
assim os educandos desenvolverão
nhã não sejam punidos, aproveitemos
“O que é imediatamente experimentado não precisa ser ensinado,
nem repetido para ser memorizado”
(Rubem Alves).
Referência Bibliográfica:
PLANO, Consultoria e Tecnologia, Ações
na Educação para o Trânsito, 2003.
ANDRINO, Mauro Haddad. Educar para o
Trânsito, Uma Prática do Professor. 1ª
edição, São Paulo, Kalimera, 2001.
BRASIL, Código de Trânsito Brasileiro:
Instituído pela Lei nº 9.503, de 23-09-1997
– Brasília: DENATRAN, 2002.
Maria Angela Aparecida Pires de Lima
é pedagoga e professora da Rede
Municipal e Coordenadora de Educação
para o Trânsito
I Encontro de Formação
Complementar Sobre Educação
Para o Trânsito
A Prefeitura Municipal de Mogi
das Cruzes, através da Secretaria de
Transportes, realizou um encontro junto
aos professores coordenadores da Rede
Estadual e diretores da Rede Municipal
de Ensino no dia 31 de março do corrente ano, para entrega dos materiais didáticos, “IGOM E O BALÃO” e “IGOM
E A MÁQUINA DO TEMPO”.
Os materiais didáticos abordam a história da cidade de Mogi das
Cruzes, e desenvolvem noções sobre
trânsito e convívio social. Os livros são
ilustrados com atividades significativas
e lúdicas, despertando e motivando o
educando para a leitura e tornando o
ensino aprendizagem prazeroso, de
modo que os alunos compreendam os
textos e fixem a aprendizagem.
Os materiais pretendem auxiliar
no desenvolvimento da visão crítica do
aluno quanto aos condicionantes res-
os para desenvolverem atividades so-
ponsáveis pela evolução do meio, espe-
bre Educação para o Trânsito em suas
as Redes de Ensino, retratando a im-
cialmente no que se refere ao Trânsito.
respectivas Unidades Escolares. Em
portância de se educar para o trânsito.
O encontro foi realizado em par-
período integral, os participantes assis-
Dessa forma os professores te-
ceria com a Secretaria Municipal de
tiram palestras que abordaram os se-
rão instrumentos de trabalho para tratar
Educação e a Diretoria de Ensino no
guintes temas: “Cultivando Capacida-
de um assunto de relevância na forma-
SESI (Serviço Social da Indústria), o
des e Colhendo Realizações”, (Mauro
ção consciente para a vida no trânsito.
qual gentilmente nos cedeu o espaço.
Haddad Andrino) e ”Importância da
Essas reflexões contribuirão
Esse encontro proporcionou um dia de
Sinalização”, (Fábio Marcelo Vega).
para o desenvolvimento das atividades
reflexão para os 78 profissionais da
Em seguida foram elaboradas
que serão realizadas nas escolas jun-
área da educação de ambas Redes de
as propostas de trabalho sobre o mate-
tamente com os alunos, para que se-
Ensino do nosso município que lecio-
rial a ser utilizado pelos 6.170 alunos
jam agentes multiplicadores junto a
nam nas 1ªs e 2ªs séries, com subsídi-
de 1ª série e 6.856 de 2ª série de ambas
seus familiares e a sua comunidade.
27
Uma aliada do bom texto
Mônica Arouca
Dizem que certa vez, durante
e clareza em poucas linhas. Para tan-
não palavras figuradas na definição.
uma palestra, o economista Celso
to, é fundamental o conhecimento da
Não escreva, por exemplo, “o profes-
Furtado disse à platéia, em tom de
equação básica: definir é dar o gênero
sor é o fio condutor do conhecimen-
brincadeira, é claro, que havia escrito
próximo e uma diferença específica,
to”. No lugar de fio condutor prefira um
um artigo em quinze páginas porque
isto é, o algo a ser definido precisa de
vocábulo mais próximo do significado
não teve tempo de escrevê-lo em uma.
uma classificação e de uma caracte-
literal;
Parte ou não do anedotário popular, o
rística que o diferencie. Neste texto
- Não use palavras derivadas
que importa é que redigir textos cur-
apresentaremos regras básicas para
daquela que será definida. Exemplo:
tos é sempre mais difícil do que es-
utilizar definições:
Quiromante é a pessoa que pratica
crever textos longos. Isso acontece por
- Expressões como “é onde” e
vários motivos que vão desde a dificul-
“é quando” fazem referência a lugar e
Técnicas como essas ajudam
dade de se organizar o pensamento
a tempo, respectivamente. Portanto,
na redação de poucas linhas e trans-
até à falta de domínio da língua portu-
não se deve escrever frases tais quais
formam em cinco as dez páginas que
guesa. Embora esse não seja o caso
“uma boa aula é quando o professor
queremos ou precisamos verter em
do economista, há muitas pessoas
ensina relacionar idéias”, ou “histó-
sete. Se não for o caso de escrever
que sofrem diante de trinta linhas por
ria é onde se verificam feitos e di-
obras-primas literárias, deixemos para
desconhecer técnicas de redação per-
tos”;
Eça de Queiroz a definição de uma
- Não se deve definir pela nega-
tinentes para esse e outros propósi-
quiromancia.
mesa em duas páginas.
ção. Evite escrever, por exemplo, “um
tos.
O uso de definições no desen-
bom livro não é um livro cheio de am-
volvimento de parágrafos torna-se um
bigüidades”. Escreva o que é um bom
aliado do autor que pretende demons-
livro;
trar o seu pensamento com precisão
- Use vocábulos denotativos e
Mônica Arouca é jornalista, mestre em
Ciências da Linguagem pela USP,
professora de Comunicação da FAAP e
professora de Técnicas de Redação na
Escola Letra Livre
Dicas para o Sucesso
• Elogie as pessoas sinceramente.
• Tenha um aperto de mão firme.
• Olhe para as pessoas nos olhos.
• Gaste menos do que ganha.
• Saiba perdoar a si e aos outros.
• Trate os outros como gostaria de ser
tratado.
• Surpreenda aqueles que ama com presentes inesperados.
•
•
•
•
•
28
Faça novos amigos.
Saiba guardar segredo.
Não adie uma alegria.
Sorria.
Aceite sempre uma mão estendida.
• Pague suas contas em dia.
• Não ore para pedir coisas. Ore para
agradecer e pedir sabedoria e coragem.
• Dê às pessoas uma segunda chance.
• Não tome nenhuma decisão quando
estiver cansado ou nervoso.
• Respeite todas as coisas vivas, especialmente as indefesas.
• Dê o melhor de si no seu trabalho.
• Seja humilde, principalmente nas vitórias.
• Jamais prive uma pessoa de esperança. Pode ser que ela só tenha isso.