Instituto Politécnico do Porto 1º CONCURSO DE PONTES
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Instituto Politécnico do Porto 1º CONCURSO DE PONTES
Instituto Politécnico do Porto 1º CONCURSO DE PONTES EM ESPARGUETE Edição 2011 Índice 1- Introdução ........................................................................................................................ 1 2- Objectivos ........................................................................................................................ 1 3- Fases principais................................................................................................................ 1 4- Regulamento .................................................................................................................... 3 1-Introdução No âmbito das unidades curriculares das áreas da Estática e da Mecânica de Materiais, é proposta a construção e ensaio de uma ponte em esparguete num modelo à escala reduzida. Pretende-se assim despertar no aluno o engenho e a capacidade criativa para solucionar um problema de engenharia estrutural, recorrendo aos conhecimentos que são adquiridos nas unidades curriculares referidas. 2-Objectivos O objectivo principal deste trabalho é projectar, construir e ensaiar de forma destrutiva um modelo à escala reduzida de uma ponte em treliça. A estrutura da ponte deverá ser estudada de forma a maximizar a relação capacidade de carga a meio-vão/peso próprio. Não sendo obrigatório, aconselha-se no entanto a realização de um estudo analítico ou numérico da estrutura em treliça com carregamento a meio-vão. Para o cálculo numérico sugere-se o recurso a um dos seguintes programas de cálculo automático simples: FTool, West Point Bridge Designer, MDSolids ou Arcade. Os links destes programas são: http://www.tecgraf.puc-rio.br/ftool/ http://bridgecontest.usma.edu/ http://mdsolids.com/ http://urban.arch.virginia.edu/arcade/index.html As dimensões limite da ponte, propriedades do material e condições de ensaio são as que constam no ponto 4-Regulamento. A escolha da geometria do modelo a construir à escala reduzida é feita pelo(s) concorrente(s). 3-Fases principais Estudo analítico/numérico (opcional): Nesta fase deverá ser calculado o valor do esforço normal em cada uma das barras em função de uma carga genérica (Q) aplicada a meio vão. Verificar a segurança em relação à resistência da secção para os estados limites últimos 1 de tracção e compressão, e a segurança dos elementos à compressão em relação ao estado limite último de encurvadura por varejamento, conforme a Tabela nº1 que consta no ponto 4Regulamento. O valor máximo da carga resistente deverá ser determinado em função do elemento que atinge primeiro o estado limite último, devendo-se analisar os estados de tracção e de compressão. Uma boa referência para o processo de cálculo pode ser consultada em 1. Construção da ponte: Construção do modelo à escala reduzida da ponte em massa esparguete. Ensaio da ponte: Ensaio destrutivo da ponte para determinação da carga de resistência máxima, por aplicação de uma carga aplicada incrementalmente a meio-vão até à ruptura da estrutura. 1 http://www.global.estgp.pt/docente/hbiscaia/concurso_pontesesparguete_regulamento.htm 2 4-Regulamento ARTIGO 1º - ELEMENTOS ESTRUTURAIS A ponte deverá ser constituída por elementos de massa esparguete do tipo corrente, com 1,75 mm de diâmetro. Estes poderão ser agrupados até 8 elementos para formar os diferentes segmentos da estrutura. Não é permitido utilizar quaisquer outros materiais como elementos estruturais ou elementos de reforço que resultem no aumento da resistência mecânica da estrutura. Apresenta-se nas tabelas seguintes um resumo das principais propriedades mecânicas do elemento de massa esparguete corrente com diâmetro de 1,75 mm, obtidas a partir de ensaios laboratoriais 1. Tabela 1- Propriedades mecânicas do elemento de esparguete Massa volúmica [kg/m3] 1300 Módulo de Elasticidade [MPa] 390 Tensão limite à tracção [MPa] 12 Tabela 2- Propriedades mecânicas à compressão, sendo L a distância entre nós. L [mm] Tensão de compressão [MPa] ≤ 50 1,6 80 0,8 100 0,5 120 0,35 160 0,28 3 ARTIGO 2º - MATERIAIS A UTILIZAR Na construção da ponte deverá ser utilizado massa esparguete do tipo corrente, como elemento estrutural, e cola térmica para ligação dos nós. Este material deverá ser adquirido pelos elementos de cada grupo. ARTIGO 3º - ELEMENTOS DE LIGAÇÃO Para facilitar a construção dos segmentos da ponte é permitido o uso cola PVA (cola para madeira) para unir as extremidades dos elementos de massa esparguete e formar os segmentos da ponte. A cola térmica só deverá servir como elemento de ligação dos diferentes segmentos da estrutura. No entanto, o diâmetro do nó criado pela cola não poderá exceder o valor de 15 mm, ver Figura 1. Figura 1 – Dimensão do nó de cola. 4 ARTIGO 4º - CADERNO DE ENCARGOS 4.1- A ponte deverá apresentar um comprimento mínimo de 320 mm, suficiente para vencer um vão de 300 mm, e um máximo de 340 mm, sem exceder uma massa de 250 g, ver Figura 2. Fixação da ponte Q 300 mm 320 mm < L < 340 mm Figura 2 - Dimensões do modelo, carregamento e apoios. 4.2-A ponte à escala reduzida deverá possuir uma largura e altura mínima útil de 90 mm e 60 mm, respectivamente, para que possa ser atravessada por um veículo com estas dimensões. 4.3-A meio vão da estrutura deverá existir um local para apoiar um sistema de aplicação de carga, constituído por duas barras em madeira de comprimento 130 mm e secção 7x10 mm2, ver Figura 2 e Figura 3. No ponto de apoio das barras é permitida a aplicação de cola térmica para reforço, contudo, a sua dimensão nunca não poderá exceder os 15 mm de comprimento, ver Figura 3. 5 Figura 3 – Pontos de apoios do sistema de carregamento. 4.4-Durante o ensaio, a ponte será fixa numa das extremidades e simplesmente apoiada na noutra de forma a criar uma estrutura isostática. Assim, num dos lados da ponte deverá existir um local para aplicar uma chapa de fixação, ver Figura 2. Na barra usada para fixação deve ser aplicada cola térmica para evitar o esmagamento da massa pela chapa, ver Figura 4. Cola térmica Figura 4 – Reforço no ponto de fixação da ponte. ARTIGO 5º - AVALIAÇÃO FINAL Será calculada a carga específica máxima, definida como o quociente entre a carga máxima suportada durante o ensaio e a massa da estrutura. A classificação final do concurso será estabelecida por ordem decrescente da carga específica máxima registada, sendo o 1º lugar atribuído à estrutura que tiver registado o valor mais elevado de carga específica. 6