Em São Paulo, também nos manifestamos: por um PSOL

Transcrição

Em São Paulo, também nos manifestamos: por um PSOL
Em São Paulo, também nos manifestamos: por um PSOL paulista
anticapitalista e democrático!
Tese estadual do Movimento Esquerda Socialista (MES) e Mandato do Deputado
Estadual Carlos Giannazi
Apresentação
A presente tese estadual é construída por centenas de militantes de todo o Estado
que também reivindicam as formulações presentes no “Manifesto ao PSOL”, assinado
por diferentes tendências nacionais e por companheiras e companheiros como Luciana
Genro, Vladimir Safatle, Carlos Giannazi, Raul Marcelo, Marcelo Freixo, Chico
Alencar, Jean Wyllys, Babá, Renato Roseno, Milton Temer, entre outros tantos que
compreendem a importância de o V Congresso do PSOL ser um marco para a
consolidação de nosso partido.
Nosso campo político, portanto, quer ser parte de um movimento mais amplo no
Congresso Estadual do PSOL, como alternativa à atual direção, que controla o partido
há 8 anos. Estamos presentes nas principais cidades do Estado, seja na Grande São
Paulo, RMC, Vale do Paraíba, litoral e interior. Nossa militância atua em várias frentes:
estivemos com entusiasmo nas manifestações de junho de 2013 e nas lutas cotidianas
com nossa combativa fileira de juventude, agregando mulheres, LGBTs,
antiproibicionistas, negras e negros; nas lutas de professores e pela educação; no
movimento popular, que polariza São Paulo com suas ocupações e lutas por moradia e
direitos; construindo um pólo sindical combativo e em oposição às burocracias em
diversas categorias. Sobretudo, temos lutado ao longo dos últimos anos para que o
PSOL cresça e se amplie em nosso Estado, enraizando-se em nossa classe e na
juventude e disputando processos reais.
A atual crise em curso no país e a abertura do espaço à esquerda nos exigem
fortalecer nosso perfil anticapitalista e nossas propostas de enfrentamento a este regime
político falido ao mesmo tempo em que devemos lutar contra as perigosas tendências
pela burocratização de nosso partido, que querem transformá-lo numa mera legenda
eleitoral. Nesta tese estadual, apresentamos nossa visão sobre a situação de São Paulo e
propomos iniciativas para que o PSOL paulista rompa com a inércia e possa constituirse como um pólo para milhares de trabalhadores, jovens e para o povo que quer uma
alternativa. A atividade construída pelos companheiros Raul Marcelo e Carlos Giannazi,
que reuniu centenas de pessoas na ALESP em debate com Ruy Braga, Plínio Sampaio
Jr. e Luciana Genro nos parece um exemplo a se seguir. Por um PSOL paulista para a
ação, democrático e anticapitalista!
Em São Paulo e no Brasil, a burguesia tenta jogar a crise nos ombros do povo e dos
trabalhadores
O V congresso do PSOL acontece em um momento qualitativamente diferente
do anterior. A partir de 2013 ficou evidente o esgotamento do projeto petista, sua
capacidade de distribuir pequenas concessões e “melhorias” para a classe trabalhadora
(como pequeno aumento do salário mínimo e políticas assistenciais como Bolsa
Família), seja como governo útil para a burguesia no sentido de servir como dique de
contenção das lutas populares. O PT já não é capaz de controlar o movimento de
massas, e essa marca de junho segue presente.
O agravamento dos efeitos da crise econômica no Brasil levou todos os governos
de plantão (federal e estaduais) a seguir o mesmo receituário neoliberal, o corte
orçamentário em setores fundamentais para a população como forma de garantir o
pagamento bilionário da dívida pública.
Em nível nacional, a “poupança” proposta por Dilma e Levy tem alvos claros,
cortes em áreas sociais e ataques aos direitos trabalhistas. Os cortes no orçamento
atingiram principalmente educação e saúde (com corte de R$ 9 e R$ 11 bilhões,
respectivamente), ao mesmo tempo em que as MPs 664 e 665 atacam conquistas
históricas da classe trabalhadora como direitos à pensão e ao seguro-desemprego, num
momento em que os patrões endurecem as negociações salariais e ampliam as
demissões, além de pressionar no Congresso pela ampliação das terceirizações. A
resposta de Dilma e Levy a estes ataques é o vergonhoso PPE, que reduzirá o salário
dos trabalhadores de empresas “em dificuldade”, subsidiando com dinheiro público os
lucros. Crise para quem?
Por tudo isso, já ao longo de 2014, mostrando a incapacidade dos aparatos da
burocracia sindical de controlar o movimento de trabalhadores, uma forte onda de
greves ocorreu no país, entre as quais as mais significativas foram as de greves de garis
(impulsionadas pela greve no RJ) e dos trabalhadores dos transportes. Ambas
impulsionadas por fora das direções sindicais na maioria das cidades, mostrando que a
classe trabalhadora retoma seu protagonismo e pressiona as velhas direções sindicais,
que são obrigadas a tomar iniciativas, mesmo que parciais e pouco coordenadas
nacionalmente. Em 2015, por sua vez, como resposta às demissões e à política de ajuste,
houve uma nova onda de greves, como as de metalúrgicos do ABC e de SJC e fortes
greves de professores em estados governados pelo PSDB, como no Paraná e São Paulo.
Outro elemento importante para a análise do atual momento político é o avanço
das investigações da operação “Lava-Jato”, que atingiu todos os partidos tradicionais,
da base governista e da oposição. O processo de corrupção na Petrobrás evidenciou a
relação promíscua entre o poder econômico e os partidos da ordem, deixando às claras
os mecanismos de controle e de compra de influência política pelas principais
empreiteiras do País. O que não é pouca coisa, pois estas empresas foram um
importante motor do desenvolvimento econômico do período anterior.
Todo esse processo trouxe à tona o real problema do financiamento privado de
campanha, colocando o PSOL como único partido com autoridade para fazer esse
debate no âmbito da reforma política, uma vez que nosso partido é o único com
Deputados Federais eleitos sem dinheiro das empreiteiras.
Se, por um lado, podemos afirmar que a nova situação política nacional segue
sob o signo das “jornadas de junho” de 2013, por outro lado, em 2015 com o
agravamento da crise econômica no país e a crise política tiveram novos
desdobramentos, como a saída às ruas de setores da direita, impulsionados pela mídia, e
o aumento da polarização no país. No Congresso, as medidas de ajuste do governo
deram a senha para que projetos de ataque aos direitos sejam levados adiante. Eduardo
Cunha, por sua vez, pressiona pela redução da maioridade penal e ataca mulheres e
LGBTs. Com sua falsa “reforma” política, Cunha ataca a democracia e pretende atingir
o PSOL, através de sua “lei da mordaça” que pretende nos retirar dos debates. A nova
situação apresenta novos desafios e o papel do V congresso é compreendê-los para
estarmos à altura da nossa tarefa de construção de uma alternativa à esquerda do PT.
Os tucanos também atacam
Diante da crise do governo petista, os tucanos tentam capitalizar o
descontentamento popular em um misto de oportunismo e hipocrisia, já que nos estados
onde governam as receitas aplicadas são as mesmas. No Paraná, Beto Richa foi alvo da
greve mais massiva e radicalizada do magistério neste primeiro semestre. Também
Alckmin, em São Paulo, da mesma forma que Dilma e Levy, ataca a educação.
No magistério, o fechamento de mais de 3000 salas de aula, com a consequente
superlotação, os baixos salários e a precarização das condições de trabalho foram o
estopim da maior greve da história da categoria, com mais de 90 dias de paralisação. A
postura de Alckmin foi a mesma do tucano Beto Richa: truculência, ataques e nenhum
canal de diálogo com o movimento. O corte de ponto foi uma demonstração de sua
política de sufocar e desmoralizar a categoria, que apesar do encerramento da greve
demonstrou disposição de luta, apesar das vacilações de sempre da direção petista da
APEOESP.
Nas universidades estaduais, cortes de orçamento que já tiraram das
universidades mais de R$ 400 milhões. O estrangulamento orçamentário das
universidades estaduais resultou, por exemplo, em cortes de bolsas de incentivo,
fechamento de restaurantes e creches, cortes que prejudicam principalmente os
estudantes que dependem de políticas de permanência estudantil e as mulheres
trabalhadoras e estudantes.
Após uma tentativa mal sucedida de arrancar mais recursos das universidades na
LDO, o governo agora impulsiona nas universidades programas de demissão
“voluntária”, que prejudicam vários serviços, bloqueando inclusive novas adesões ao
plano de assistência médica dos dependentes de funcionários, professores e alunos e o
atendimento à população pelos hospitais universitários. Além disso, o governo já acena
com uma proposta de mudança no regime de contratação de docentes, com jornadas
parciais e sem comprometimento com pesquisa e extensão.
Além da educação, desde 2013 vêm a público os casos de corrupção e desvios de
verbas nas obras do metrô e da CPTM (com prejuízos aos cofres do estado estimados
em mais de US$ 50 milhões). Com origem ainda no governo Covas (1998), o caso
envolve o alto escalão de todos os governos tucanos desde então.
Mesmo diante da revelação do caso de corrupção, que deveria ao menos
constranger o governo a tomar medidas antipopulares, Alckmin protagonizou um ataque
à categoria dos metroviários ao demitir 42 funcionários como forma de retaliação ao
movimento grevista de 2014. Além disso, não bastasse o atraso na entrega das obras de
ampliação, o governo acaba de anunciar a privatização da linha 5 do metrô!
Diante dos ataques do governo paulista, vale destacar a atuação de nossa
bancada estadual, com Carlos Giannazi e Raul Marcelo. Mesmo com apenas dois
deputados o PSOL tem conseguido manter uma atuação parlamentar exemplar,
colocando os mandatos a serviço das lutas das categorias, seja no apoio e participação
ativa na greve do magistério, seja na defesa dos metroviários demitidos na greve de
2014, com a realização de audiência pública em maio em defesa da reintegração dos
demitidos.
Mesmo diante de tantos ataques e da entrega do patrimônio público, o PT tem
deixado cada vez mais evidente sua falência e incapacidade de encabeçar um projeto
alternativo no estado. Na ALESP, mais uma vez, compuseram na eleição da mesa
diretora com os parlamentares do PSDB para eleger Fernando Capez à presidência da
ALESP. Nem no parlamento são capazes de se distanciar do projeto tucano. O resultado
é uma desmoralização crescente deste partido, mesmo em tradicionais bastiões petistas,
como o ABC.
Mas é pior do que isso. Em diversos momentos das lutas protagonizadas pelos
mais diferentes movimentos sociais (desde junho de 2013), vimos PT e PSDB lado a
lado para defender a repressão aos movimentos e a retirada de direitos. Cenas
lamentáveis como a de Haddad ao lado de Alckmin para condenar os atos contra o
aumento da tarifa de ônibus não foram um “raio num céu azul”.
Depois do levante de junho, podemos afirmar que a luta por moradia ocupo
lugar destacado, com mobilizações massivas, colocando o MTST na condição de
movimento mais dinâmico da luta social nos últimos anos. Os movimentos de ocupação
urbana têm tomado diversas cidades do estado e do País, evidenciando que a luta pelo
direito à cidade tem sido a maior expressão das novas contradições dos limites de
reprodução capitalista. A privatização dos espaços públicos e a expulsão das camadas
mais pobres da população cada vez para locais mais distantes das cidades são efeitos
imediatos da especulação imobiliária e dos que com ela lucram bilhões.
Mesmo nessa pauta, o PT de Haddad foi incapaz de se distanciar dos
posicionamentos do PSDB, como mostrou a recente reintegração de posse contra a
Ocupação Plínio de Arruda Sampaio (organizada no Grajaú, na capital, pelo Movimento
“Nós da Sul”), que removeu mais de 300 famílias. O prefeito petista silenciou e não
tomou nenhuma iniciativa para mitigar a situação das famílias desalojadas pela polícia
de Alckmin. A única solidariedade que receberam veio de outras ocupações da região,
que abriram generosamente suas portas para que elas pudessem abrigar-se. No entanto,
estes companheiros seguem sua luta e em 25 de julho o Movimento “Nós da Sul”
organizou nova ocupação no Grajaú, batizada de “Plínio resiste”, com as centenas de
famílias desabrigadas dias antes pela reintegração de posse.
A gestão petista à frente da prefeitura da maior cidade do país mostra a
incapacidade do PT de representar um modelo alternativo ao governo estadual. Mesmo
governando há três anos, Haddad não conseguiu em nenhum momento se colocar como
projeto de oposição no Estado. Muitos de seus compromissos não passaram de palavras
vazias: nem 10% das 50 mil moradias foram entregues; o déficit de vagas em creches
beira as 200 mil vagas, apesar das promessas petistas de zerar a fila; nenhum dos
hospitais prometidos pela campanha do “homem novo” foi erguido. Repressão e
indiferença foi a marca de Haddad com os movimentos sociais: não apenas em junho de
2013 ou com o movimento por moradia, também as greves de professores municipais
em 2013 e 2014 foram atacadas pelo governo petista na capital.
Nas ruas e no Parlamento, o PSOL deve enfrentar o ajuste!
Tal quadro coloca para o PSOL o desafio de encabeçar a construção de um
projeto alternativo. E aqui precisamos abrir um debate honesto dentro do partido. Não
há possibilidade de construção de um projeto alternativo em aliança com setores
petistas. Nos últimos anos, os governos federal, estadual e municipais (com destaque
para a capital paulista) têm estado do mesmo lado na aplicação do ajuste e no ataque aos
direitos dos trabalhadores e da juventude. A falência do projeto petista é cada vez mais
evidente, seja por sua incapacidade de promover a melhoria das condições de vida da
população ou pela impossibilidade de servir como ferramenta para impulsionar os
movimentos sociais.
Diante da crise em que se encontra o governo federal, setores do PT,
encabeçados por Lula, fizeram um “chamado” à unidade da esquerda.
Lamentavelmente, tivemos que acompanhar na mídia nacional notícias de que setores
do PSOL receberam positivamente o “chamado”. Inclusive foi noticiado um jantar na
residência do Senador Randolfe Rodrigues para tratar de iniciativas de construção dessa
frente de “esquerda”, jantar que contou com a presença do petista Lindbergh Farias,
investigado na Lava-Jato! Esse tipo de iniciativa desautoriza o partido nas lutas e atrasa
a construção de uma alternativa verdadeiramente de esquerda para o Brasil, capaz de
superar a falência do PT. Defendemos a unidade dos que lutam contra os ataques, mas
não podemos aceitar tentativas de “frentes” para atualizar figuras desmoralizadas na
sociedade e colocar o prestígio e o perfil do PSOL a serviço de Lula e Dilma.
É inadmissível que setores do partido, contra o acúmulo de discussão interna e
contra o acúmulo das lutas que o PSOL tem sido parte, tomem qualquer iniciativa de
aproximação com setores do PT. Precisamos ter claro que a crise do petismo é
consequência de suas próprias escolhas políticas, de sua adesão ao modo de funcionar
da política tradicional brasileira, incluído aí a prática da corrupção.
É devido a suas escolhas e a seu programa que o governo do PT se encontra com
um índice de reprovação histórico. Seguindo a velha cartilha tucana, que conhecemos
no país nos anos 90 e em São Paulo há 20 anos, o governo petista privatizou portos e
aeroportos, tentando convencer a população de que era mera “concessão”, retirou
direitos previdenciários e trabalhistas tentando convencer a classe trabalhadora de que
as medidas serviam para evitar distorções. Agora, com apoio da patronal e da velha
direita, propõe a redução de jornada com redução de salário e tenta convencer os
trabalhadores de que a medida é para proteger o emprego, quando na verdade visa
somente proteger os lucros das empresas. Diz ser o governo que mais combate a
corrupção enquanto a cada dia um novo dirigente do partido se vê envolvido em algum
escândalo. É por essas e outras tantas medidas contra o povo que o governo viu sua
popularidade despencar. E o PSOL não pode e não deve ser a salvaguarda do falido
projeto petista.
Precisamos sim impulsionar uma frente mais ampla que o próprio partido, um
terceiro campo para lutar contra o PL 4330 (das terceirizações), contra as MPs 664 e
665 (que atacam direitos previdenciários), para lutar contra o corte de verbas em áreas
sociais como educação, saúde e moradia, uma frente pra lutar contra a entrega do
patrimônio público através das privatizações, sejam elas federais (como a dos portos e
aeroportos) sejam as estaduais (como a privatização do metrô). É, portanto, uma frente
com os movimentos sociais como o MTST, com as categorias em luta como
professores, metroviários, metalúrgicos e garis, uma frente com a juventude que tem ido
às ruas pra combater o genocídio da juventude negra e lutar contra a redução da
maioridade penal. É com estes que devemos nos unir.
Crise da água: exemplo do descaso e desgoverno tucanos!
Não bastassem os ataques e cortes do ajuste, em São Paulo há mais de 1 ano
estamos sob risco iminente de colapso do fornecimento de água. Ao contrário do que
afirma Alckmin, o maior responsável pela crise do abastecimento não é a falta de
chuvas. Claro que o problema ambiental é concreto. A destruição da natureza, o
desmatamento, a poluição de rios e a destruição de áreas de recarga dos aquíferos são
todas consequências de uma lógica de produção orientada exclusivamente para a
acumulação. O problema ambiental é real, mas não é a principal causa do problema de
abastecimento de água no Estado.
A privatização da Sabesp em 1996 teve como consequência a diminuição da
capacidade de investimento da empresa em novos mecanismos de captação, como bem
denunciou Maringoni na candidatura ao governo do Estado. Entre 2004 e 2014 os
acionistas privados lucraram mais de R$ 4,3 bilhões, e não têm interesse algum em
diminuir seus lucros para aumentar o investimento da empresa. Lá se vão mais de 20
anos sem investimentos para aumentar a capacidade de tratamento e captação de água!
Ao mesmo tempo, grandes consumidores, empresas com lucros bilionários, recebem
tratamento diferenciado do governo e da SABESP, pagando tarifas reduzidas e
consumindo bilhões de litros d’água retirados do consumo humano e da agricultura
familiar!
O PSOL foi parte da construção de importantes lutas contra o desabastecimento,
como em Itu, onde nossa militância deu exemplo e orgulhou o partido nas mobilizações
populares, e na construção da Assembleia Estadual da Água. Precisamos agora lutar
para colocar em pauta a reestatização da Sabesp, como primeiro passo para retomar os
investimentos no abastecimento, e um plano de urgência para impedir o colapso e que a
crise de desabastecimento siga injustamente punindo a população mais pobre.
As eleições de 2014 como expressão de junho e do espaço para a construção do
PSOL
As eleições de 2014 foram um importante momento da construção do nosso
partido, deixando claro o espaço para a construção do PSOL e do perfil necessário para
ocupá-lo.
A candidatura de Luciana Genro foi, sem dúvida alguma, um grande salto de
qualidade na interlocução do partido com setores mais amplos do movimento de
massas. Ainda nos debates do primeiro turno, nossa candidata conseguiu deixar clara a
semelhança entre o projeto tucano e o petista. Quase como profecia, um dos últimos
programas eleitorais de Luciana deixava a convocação para a mobilização contra o
ajuste, afirmando que ganhasse quem ganhasse o resultado para o povo seria de ataques
aos direitos.
Conseguimos, ainda que com as conhecidas dificuldades decorrentes da
competição com campanhas milionárias, marcar para um amplo setor da população o
posicionamento do PSOL como o partido que expressou a luta da nova vanguarda
formada a partir das jornadas de junho. Por um lado, pudemos diferenciar-nos
firmemente do consenso tucano-petista em relação ao programa econômico. Por outro,
Luciana representou a única candidatura capaz de vocalizar a luta por mais direitos e em
defesa das liberdades democráticas: luta das mulheres pelo direito ao seu corpo, pelos
direitos das LGBT (foi a primeira e única candidata presidencial a falar em transfobia e
defender a legalização do aborto em rede nacional!), em defesa do direito de negras e
negros e contra a malfadada “guerra às drogas”. Em síntese, nossa candidatura
presidencial abriu um amplo diálogo com setores importantes da vanguarda, da
juventude aos movimentos sociais, como o MTST, e categorias de trabalhadores de todo
o país frustradas com o PT.
Em São Paulo, a votação expressiva de Luciana, com mais de 500 mil votos,
ultrapassando a marca de 3% dos votos válidos na maioria das grandes cidades do
Estado, mostrou o amplo espaço que temos para construir o partido estadualmente.
Conseguimos também a vitória da manutenção dos mandatos de Ivan Valente na
Câmara Federal e de Carlos Giannazi na Assembleia Legislativa (o mais votado da
oposição, ultrapassando todos os candidatos petistas), além da reconquista do mandato
de Raul Marcelo. As diversas candidaturas de jovens lideranças do partido, na capital e
interior, com expressivas votações, mostraram também o enraizamento do partido na
juventude e em diversos setores sociais. Foram candidaturas que consolidaram uma
nova geração de lideranças locais e expressaram diversas lutas concretas (candidaturas
feministas, de estudantes, LGBT, antiproibicionistas). Foram vitórias do conjunto do
partido.
O processo eleitoral mostrou o espaço que temos para construir com os mais
diversos movimentos uma pauta comum e o papel que o partido e seus parlamentares
têm na amplificação dessas pautas. A defesa intransigente tanto do nosso programa
econômico (cujas principais bandeiras foram a auditoria da dívida pública e a taxação
das grandes fortunas) quanto das pautas democráticas (casamento civil igualitário,
legalização do aborto, legalização da maconha), sem rebaixar nosso programa, foram
prova de que o espaço que existe à esquerda do petismo só pode ser ocupado pelo
partido se tivermos um perfil radicalmente democrático e anticapitalista. Não há espaço
para crescermos com mediação do programa ou das pautas dos movimentos sociais.
Ao mesmo tempo em que alcançamos estas vitórias, o processo de preparação
para a eleição de 2014 no estado expressou os maiores problemas que o partido tem em
sua condução pela Unidade Socialista. No Estado, as dificuldades impostas pela Direção
Estadual à pré-candidatura de Vladimir Safatle mostraram que este setor do partido,
comandado por Ivan Valente, coloca seus interesses eleitorais e o controle do aparato do
partido acima de nosso crescimento.
A pré-candidatura de Safatle já estava conseguindo mobilizar setores mais
amplos que o partido, seja na juventude, seja na intelectualidade, e se mostrava com um
imenso potencial de consolidar o partido na eleição estadual como um contraponto ao
morno debate entre Padilha e Alckmin. Os métodos burocráticos através dos quais a
candidatura de Safatle foi retirada lançaram dúvidas em milhares de ativistas que
vinham acompanhando com simpatia o partido, inclusive em atividades abertas de
construção programática que ocorriam havia semanas.
O companheiro Gilberto Maringoni, que nos representou muito dignamente,
apesar de seu lançamento pela Unidade Socialista nestas complicadas condições, acabou
sofrendo as consequências, inclusive eleitorais, da antipatia que tais práticas
burocráticas da US e de Ivan Valente geraram em diversos setores referenciados em
nosso partido. Ainda assim, o companheiro conduziu sua campanha bravamente, apesar
da clara prioridade dada pelo setor majoritário do diretório estadual à campanha de Ivan
Valente, em detrimento de outras candidaturas proporcionais e muitas vezes da própria
campanha ao governo do Estado. Por tudo isto, valorizamos o importante papel que o
companheiro Maringoni cumpriu na eleição, conseguindo “emparedar” Alckmin em
diversos momentos, em especial nos debates sobre a crise hídrica. Diga-se, para fazer
justiça, que foi o único candidato que conseguiu cumprir esse papel. Se a candidatura de
Maringoni não alcançou melhores resultados eleitorais, muito se deve às práticas da
direção estadual na preparação da campanha estadual de 2014. Tais métodos,
infelizmente, repetem-se ao longo dos anos na condução do PSOL em São Paulo por
Ivan Valente e sua tendência.
Por um PSOL anticapitalista e democrático
Nossa tese reivindica e é signatária do “Manifesto ao PSOL”, lançado em julho e
assinado por diversas tendências e lideranças do partido, como Luciana Genro, Marcelo
Freixo, Chico Alencar, Jean Wyllys, Vladimir Safatle, Babá, Milton Temer, Raul
Marcelo e Carlos Giannazi. Entendemos que o V Congresso será crucial para o futuro
do PSOL e esse é um entendimento de diversas teses que serão apresentadas ao V
Congresso.
O PSOL foi fundado a partir do processo de ruptura com o PT em 2003.
Criamos o partido para manter viva a luta pelo socialismo, enfrentamos e sobrevivemos
a períodos de muita dificuldade, quando o projeto lulista gozava de ampla popularidade.
Conseguimos nesse período consolidar o partido, somos os que estavam construindo as
mobilizações de junho de 2013, os que reivindicaram e construíram o partido nas
greves, nas lutas por moradia, nas marchas por direitos democráticos.
Diante da falência do PT, cada vez mais evidente, o PSOL sofrerá o assédio de
setores nada comprometidos com essas lutas. Pessoas e setores partidários que veem no
PSOL apenas uma legenda “limpa” pela qual desejam se candidatar sem o ônus do
passado dos seus partidos. Como afirmamos no “Manifesto”:
“A necessidade e urgência da luta do povo crescem, bem como a
responsabilidade do PSOL de ocupar um espaço vazio: o de participante ativo
das lutas e da construção de uma alternativa política dos trabalhadores, da
juventude e do povo. Em várias categorias e movimentos, a simpatia às nossas
posições é crescente. Milhares de ativistas honestos e combativos rompem com
as antigas direções governistas, paralisadas e burocráticas, e aproximam-se do
nosso partido. Devemos saudar e receber com alegria estes camaradas, ao
mesmo tempo em que precisamos estar preparados para impedir que arrivistas e
oportunistas – muitas vezes apresentando-se como defensores de ‘frentes’ –
utilizem nossa legenda para reinventar-se em meio à crise do condomínio
governista”.
Além dos perigos externos ao PSOL, temos que combater com toda a firmeza os
problemas internos na condução do partido pela Unidade Socialista. Perigos que vão
desde o controle burocrático da estrutura partidária, com pouca ou nenhuma
transparência na administração do Fundo Partidário, por exemplo, à falta de apoio aos
Diretórios do interior. Só recebem apoio os Diretórios “alinhados” com o grupo
majoritário, quando recebem. O PSOL precisa democratizar-se!
É preciso um Diretório Estadual atuante, que em conjunto com os municípios
impulsione campanhas e lutas, desenvolva um jornal periódico que funcione como
instrumento de mobilização de filiados e divulgação do Partido, e que seja capaz de
apoiar os municípios em suas demandas cotidianas, como a questão da prestação de
contas anuais cuja legislação foi alterada recentemente surpreendendo as direções
municipais que sequer foram orientadas antecipadamente sobre como deveriam
proceder, ficando sujeitas a notificações e multas da Justiça Eleitoral.
Para que o PSOL esteja à altura dos desafios e oportunidades que se colocam
nesta nova conjuntura política, o partido deve ser conduzindo de maneira radicalmente
democrática. Com respeito às diferentes posições e com a preservação do perfil
ideológico do partido. É inadmissível que haja no partido filiações em massa como as
que aconteceram em Alagoas, realizadas com setores ligados a Renan Calheiros,
legítimo representante da política coronelista e de tudo que há de mais podre na política
brasileira. São filiações que visam exclusivamente distorcer a correlação de forças
interna para manter-se no controle do partido. O V Congresso deve rechaçar com todas
as forças esse tipo de manobra por parte do grupo majoritário!
Pelas lutas do último período e por tudo o que temos construído, temos a
convicção de que o PSOL pode oferecer uma saída para milhões de trabalhadores,
jovens, mulheres e homens do povo, em São Paulo e no Brasil. Diante da crise do PT e
da desmoralização de uma esquerda que se rendeu aos velhos esquemas corruptos e
aceitou passar à história como agente dos ajustes e ataques contra os direitos do povo,
nós podemos construir uma alternativa. Nesse V Congresso, temos a oportunidade de
orientar o PSOL nesta direção. Queremos um partido aberto e democrático a serviço da
construção de uma alternativa anticapitalista. Um partido que dê lugar à diferença, que
valorize o surgimento de novas figuras públicas e espaços organizativos. Um partido
que de vez e voz para as mulheres, jovens, negras e negros, LGBTs, antiproibicionistas.
Um partido que sirva como ferramenta de luta para os trabalhadores e o povo sofrido,
que luta por outro futuro. Se você também concorda com estas ideias, junte-se a nós!
Manifeste-se também por um PSOL anticapitalista e democrático!
Assinam:
Carlos Giannazi – Deputado Estadual
Mariana Riscali – Executiva Nacional do PSOL e Secretária Geral PSOL SP
Israel Dutra – Executiva Nacional do PSOL
Luiz Ferreirinha – Mandato Deputado Estadual Carlos Giannazi
Toninho Ormundo – Mandato Deputado Estadual Carlos Giannazi e Executiva Estadual
PSOL SP
Rubens Carsoni – Mandato Deputado Estadual Carlos Giannazi e Executiva Municipal
PSOL São Paulo
Thiago Aguiar – Movimento Juntos!
Maurício Costa – Oposição APEOESP
Bruno Magalhães – Movimento Nós da Sul
Leanir “Raposão” da Costa – Movimento Nós da Sul
Cibele Lima – Rede Emancipa de Cursinhos Populares
Maia Fortes – Diretório Municipal PSOL
Dante Peixoto – PSOL São Carlos
Estevan Campos – PSOL Ribeirão Preto/ Bancário
Alex da Mata – PSOL Itapevi/ Oposição APEOESP
Jenis de Andrade – PSOL Taubaté
Fernando Borges – PSOL Taubaté/ Oposição APEOESP
Camila Souza – Diretoria Executiva da UNE
Pedro Serrano – Diretoria Plena da UNE
Barretos
Davi Barbosa
Presidente PSOL Barretos
Cachoeira Paulista
Gustavo Capucho
Presidente Psol Cachoeira
Paulista
Campinas
Beatriz Silva de Andrade
Beatriz Larentis de Souza
Bianca França Cintra Baptista
Camila Santana Mota de Castro
Diorgenes Armando de Araujo
Edson Barbosa de Oliveira Junior
Eduardo Cuzziol Vinagre
Eliaris Raira de Godoy Alvares
Filipe Jordão Monteiro
Giovanna Hernrique Marcelino
Guilherme Augusto Coelho
Barbosa
Gustavo Garcia de Andrade
PSOL Campinas
Movimento Estudantil/Mulheres
Movimento Estudantil PUCC
Movimento Estudantil Unicamp
Movimento Estudantil Unicamp
PSOL Campinas
Diretório PSOL Campinas
Movimento Estudantil Unicamp
Advogado Popular
Mulheres
Secundarista
Movimento Estudantil/Cursinho
Popular
Marina Silveira Carvalho Alves
Larissa Villela Canôas
Lorraine Delorenzo Nardi
Borowski
Lucas Villela Canôas
Madalena Silva Souto
Otávio de Almeida Mancuso
Rafael Filipin Ruggiero
Rainer Endler Rossler
Renan Francisco Fernandes
Ricardo Morishige Yokoya
Victor Augusto Petrucci
Ingrid Reis Magalhães Sotini
Eduardo Bernardes Jacob
Isabela Kojin Peres
Embu das Artes
Anivaldo Laurindo
Ferreira
Laurencio Barbosa de
Souza
Mônica de Oliveira
Antoniolli
Nilton Francisco
Alves
Odirlei Carlos
Bernardo Oliveira
Paulo Roberto Alves
da Silva
Viviane Neres de
Oliveira
Movimento Estudantil/Cultura
PSOL Campinas
Movimento Estudantil/Mulheres
Movimento Estudantil Unesp
Saúde/Sindical
PSOL Campinas
Oposição APEOESP
PSOL Campinas
Rede Emancipa
Movimento Estudantil Unicamp
Executiva PSOL Campinas
PSOL Campinas
PSOL Campinas
Ecossocialista
PSOL Embu das
Artes
PSOL Embu das
Artes
PSOL Embu das
Artes
PSOL Embu das
Artes
PSOL Embu das
Artes
PSOL Embu das
Artes
PSOL Embu das
Artes
Francisco Morato
Dionatas Pereira Silva
Edson Ribeiro Santiago
Clayton lopes Fonseca
Edenildo Santiago
Pamela Carla
Juliana Cirqueira
Everton Santos
Ronaldo Rodrigues Alves Braga
Samaia Cavalcante de Souza
Felipe Gilvan
Maykon Norberto do
Nascimento
Guareí
Argemiro Conceição Junior
Itu
Sandro Brasileiro
Mirelle de Morais Possarle Furlan
Monica Cristina Seixas Bonfim
Sergio Barna Christo de Camargo
Solange Aparecida Orteiro Andreazza
Pedro Candelo Scavacini
Militante do PSOL em Itu
Militante do PSOL em Itu
Tesoureira do PSOL ITU / Núcleo Ecosocialista
Secretario de Militância do PSOL ITU
PSOL ITU
PSOL ITU
Lagoinha
TADEU ARQUIMEDES
RIBEIRO DE OLIVEIRA
Presidente PSOL
Lagoinha
Lorena
JOSE APARECIDO DE
OLIVEIRA
Yuri Nunes Silva Luz
Apeoesp
DCE USP
Natividade da Serra
ALEX JUNIOR VIANA
FREITAS
Presidente PSOL
Natividade da Serra
Paraibúna
Nilton Carlos
Região Oeste da Grande SP (Itapevi, Carapicuíba, Barueri, Jandira e Osasco)
José Menezes
Davi Eduardo
Ana Laura Cardoso
Tatiane Ribeiro
Ricardo Freitas de Almeida
Erick Miranda
Akil Alexandre
Kaique França
Gisele Cristina Machado
Itapevi
Itapevi
Itapevi
Itapevi
Jandira
Itapevi
Itapevi
Barueri
Itapevi
SP
SP
SP
SP
SP
SP
SP
SP
SP
Presidente PSOL Itapevi
Secretário Geral PSOL Itapevi
Grupo de Trabalho Estadual Juntos
Grupo de Trabalho Estadual Juntos
Coordenador Rede Emancipa
Juntos
Juntos
Juntos
Juntos
Douglas Leonardo
Murilo Henrique Carramanhos
Rogério Pimenta
Caio Francisco da Silva
Thais Bispo
Diego Santos
Pâmela Gomes
Estefano Medeiros
Pâmela Roque Paz
Taline Chaves Silva
Vânia Pereira
Daniel Rojas
Evelin Minowa
Itapevi
Itapevi
Carapicuíba
Barueri
Osasco
Itapevi
Itapevi
Itapevi
Itapevi
Itapevi
Itapevi
Itapevi
Itapevi
SP
SP
SP
SP
SP
SP
SP
SP
SP
SP
SP
SP
SP
Juntos
Juntos
Juntos
Juntos
Juntos
Juntos
Professora rede municipal e estadual
Enfermeiro/PSOL Itapevi
Juntos
Rede Emancipa
Juntos
Juntos
Grupo de Trabalho Nacional do Juntos
Rio Claro
Airton Ferreira Moreira Junior
Fernando Indig Bongiovanni
Janes da Costa Rodrigues
Coelho
Leonardo Manoel Alves
Luiza Gonzalez
Maria Aldenir Mendes Cardoso
Natália Rafaela de Souza
Torres
Nathália Aparecida Ferreira
Sabrina Stein Kannebley
Thiago Bononi Dias
Yuri Martenauer Saweljew
Sean Kevin Feddersen
Tales Pegoraro
Presidente PSOL Rio Claro
Professor, militante da educação
Militante ecossocialista e do movimento estudantil da
UNESP
Militante LGBT
Militante secundarista da Frente das ETECs
Professora, militante da educação
Militante feminista e do movimento estudantil da UNESP
Militante feminista
Militante socialista
Militante socialista
Militante do movimento estudantil da UNESP
DCE USP
DCE UFSCar
Santa Cruz do Rio Pardo
Rodrigo Pietro
Bacelli
Alcides Renófio
Neto
Juntos!
Juntos!
São Carlos
Ariane Cristina Machado
Arthur Henrique Verdadeiro Silva
Cibele Aparecida Oliveira Ferreira
Dante Jose de Oliveira e Peixoto
Mov. Antiproibicionista
DCE UFSCar
Secretária de Comunicação do PSOL São
Carlos
Vice-Presidente do PSOL São Carlos
Diego Rorato Fogaça
Edson Roberto Chagas de Araújo
Emerson Paulinho Boscheto
Felipe Magnus Carvalho Schmidt
Gabriela Rizzo Piton
Genaro Joele
Geovane Cassiano
Guilherme Luis Desiderio
Leandro Gonçalves
Lucas Augusto dos Reis Beco
Maria Estela Silva Andrade
Mariana Nastri Perestrello de França
Marina Batalini de Macedo
Mateus Felipe Fumes
Natalia Pressuto Pennachioni
Patricia Peruchi
Rafael dos Santos Ferrer
Raissa Moda
Rodrigo Barreto
Sean Kevin Feddersen
Tales Pegoraro
Tulio Queijo de Lima
Vinícius Bachmann Laguzzi
Professor - Educação
Sindical
UFSCar
DCE USP
DCE USP
DCE USP
Mov. Direito à Cidade
DCE USP
DCE UFSCar
Rede Emancipa
Rede Emancipa
DCE UFSCar
DCE USP
DCE USP
DCE UFSCar
DCE USP
Mov. Direito à Cidade
DCE USP
Tesoureiro do PSOL São Carlos
Mov. Estudantil USP
DCE UFSCar
Pós-Graduação USP
DCE UFSCar
São José dos Campos
Tamires Arantes
Movimento Estudantil
São Paulo
Cindy Ishida
Sophia Tagliaferri
Luana Gurther
Joana Salém Vasconcelos
Flávia Brancalion
Felipe Ultramari Moreira
Tiago Madeira
Amanda Voivodic
Renan Theodoro
Gustavo Boriolo
Juntos
Juntos
Juntos
Professora
São Paulo - Rede Emancipa de Cursinhos Populares
Renata Almeida Vieira
Maria Lucia Soares de
Andrade
Silvana de Oliveira
Karina Silva Gomes de
Farias
Maria Luiza Perroni da Silva
Rubens Pereira da Silva
Alves
Barbara e Silva Scatolin
Yasmin e Silva Scatolin
Rodrigo dos Santos Silva
Cibele de Camargo Lima
Natasha Almeida Macedo
Joana Salem Vasconcelos
Renan Theodoro
Ivie Macedo Sousa
Sayuri Dorneles Kubo
Naiara Schranck do Rosário
Fabiana Alves do
Nascimento
Professora e Coordenadora da Rede
Emancipa
Professora e Coordenadora da Rede
Emancipa
Rede Emancipa
Coordenadora da Rede Emancipa
Professora da Rede Emancipa
Professor e Coordenadora da Rede
Emancipa
Rede Emancipa
Rede Emancipa
Coordenadora da Rede Emancipa
Professora e Coordenadora da Rede
Emancipa
Rede Emancipa
Rede Emancipa
Rede Emancipa
Rede Emancipa
Coordenadora da Rede Emancipa
Rede Emancipa
Rede Emancipa
USP
Caio Miazzi Vieira
Charles Rosa Silverio
Felipe de Oliveira
Bonchristiani
Gabriel Lindenbach
JULIA RIBEIRO AIDAR
Karitas Correia Gusmão
Lucas Domisio Vergara
Lucas Whaugham
Luísa Mira
Matheus Pinheiro Trevisan
MATHEUS PISMEL DE
JERONYMO
Mirna Cerqueira
Naiara Schranck
Nathan Xavier Carturan
Otavio de Mattos Junior
Pedro Maia Veiga
Rafael Marino
Ricardo Henrique Romano
DCE USP
DCE USP
DCE USP
DCE USP
DCE USP
DCE USP
DCE USP
DCE USP
DCE USP
DCE USP
DCE USP
DCE USP
DCE USP
DCE USP
DCE USP
DCE USP
DCE USP
DCE USP
Vieira
Tiago Lobo
Yan Pereira Rego
DCE USP
DCE USP
São Paulo - Zona Sul
Bruno Magalhães
Leanir "Rapozão" da
Costa
Gilvan Máximo
Euler André Mattos
Márcia Caetano
Lilian Rodrigues
Movimento de Moradia Nós da
Sul
Movimento de Moradia Nós da
Sul
Movimento de Moradia Nós da
Sul
Movimento de Moradia Nós da
Sul
Movimento de Moradia Nós da
Sul
Movimento de Moradia Nós da
Sul
São Paulo - Movimento de Juventude/ Núcleo Universidades
Amanda Gonçalves
Diego Santos
Carolina Borghi Ucha
Alexandre Terini
Bruno Zaidan
Camila Souza
Paula Kaufman
Tamiris Sakamoto
Cindy Fucidji Ishida
Felipe Simoni
Ana Laura Pacífico
Camila Garcia
Felipe Amorim
Gustavo Moraes
Matheus Trevisan
Rômulo Pereira
Icaro Lucio Queiroz
Aline Boalento
Wilson Vitorino
Julia Aidar
Vinicius Hidalgo
Carlos Esdras
Felipe Calbo
Movimento estudantil
Movimento estudantil
Movimento estudantil
Movimento estudantil
Setorial LGBT do PSOL
SP
Diretora da UNE
Movimento estudantil
Movimento estudantil
Movimento estudantil
Movimento estudantil
Movimento estudantil
Movimento estudantil
Movimento estudantil
Movimento estudantil
Movimento estudantil
Movimento estudantil
Movimento estudantil
Movimento estudantil
Movimento estudantil
Movimento estudantil
Movimento estudantil
Movimento estudantil
Movimento estudantil
Felipe Minoru
Sakamoto
Movimento estudantil
São Paulo – Sindical
Adrian Fuentes
Areta Alem
Santinho
Arlley Parreira
Bianca Boggiani
Cruz
Bruno Magalhães
Cibele de
Camargo Lima
Danillo Prisco
Douglas Favorin
Eduardo Vinagre
Gilberto Cunha
Idalício Reimberg
Joana Salém
Vasconcelos
Maria Lucia
Andrade
Maurício Costa
Renata Almeida
Vieira
Rodrigo Silva
Rubens Pereira
Yan Rego
(carioca)
Sâmia de Souza
Bonfim
Rafael Borguin
Ricardo Martins
Gabriel
Regensteiner
Felipe Santiago
Bisulli
Ana Cláudia
Borguin
Professor de matemática
Professor de filosofia/Oposição APEOESP
Coordenador Movimento Nós da Sul / Oposição
SIMPEEM
Coordenador rede Emancipa/Oposição APEOESP
Professor de Geografia
Professor de Sociologia/Oposição APEOESP
Campinas
Professor Universitário Sorocaba
Oposição APEOESP e SIMPEEM
Fundador da Rede Emancipa de cursinhos populares
e Oposição APEOESP
Coordenador Rede Emancipa
Coordenador Rede Emancipa
Professor Sociologia
Diretora de mulheres do SINTUSP
Conselheiro de base do SINTUSP
Técnico
Metrô
Metrô
Metrô
Sorocaba
Sâmela Guimarães Torquetti
Ana Beatriz de Oliveira Guedes
DCE UFSCar/Emancipa
DCE UFSCar/Emancipa
Victor dos Reis de Amarante
Elizete Waughan da Silva
Loirilene Basilio da Silva
Adriano Ramos Marthi
Pablo Wilson Queiroz
Gilberto Cunha Franca
Emancipa
DCE USP
PSOL MES
PSOL MES
Emancipa
Professor UFSCar
Taboão da Serra
Rodrigo Martins
Heloiza Ventura
Edinalva Maria
Ana Maria
Victor Hugo dos
Anjos
Taubaté
FERNANDO BORGES
CORREIA FILHO
JENIS DE ANDRADE
Presidente PSOL Taubaté
Liderança Agentes
Prisonais
Tremembé
JOSÉ VICTOR SALDANHA
COSTA SILVA GOMES
Unicamp

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