P2 rating (can be done during the I2, I3 or I4 ratings of Portugal vACC)
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P2 rating (can be done during the I2, I3 or I4 ratings of Portugal vACC)
P2 VATSIM rating Portugal vACC Maio 2012 Índice Objectivo ............................................................................................................................ 3 Exame P2 ............................................................................................................................ 3 Definições ........................................................................................................................... 4 Instrumentos e medidas .................................................................................................... 4 Forças ............................................................................................................................. 4 Dispositivos...................................................................................................................... 5 Movimentos ..................................................................................................................... 5 Planeamento ....................................................................................................................... 6 Considerações ..................................................................................................................... 6 Objectivo O exame para rating P2 da VATSIM pode ser efectuado em simultâneo com o rating I3 do Portugal vACC. O piloto deverá escolher um dos seguintes aviões: - Boeing 737/47/57/67/77 - Airbus A318/19/20/30/40 - Outro, que seja aprovado pelo examinador O vôo terá a duração mínima de 30 minutos com ATC presente. O piloto deverá estar preparado para, em qualquer instante, deixar de voar em piloto automático e voar manualmete, de acordo com instruções do controlador. Serão avaliados pontos tais como: Lift, drag, weight, thrust Combustível e sua distribuição Pitch, roll e yaw Correcta velocidade para cada fase do vôo (taxi, descolagem, subida, cruzeiro, descida e aterragem) Capacidade do piloto ligar os sistemas a partir de um avião completamente desligado Utilização de flaps, slats, spoliers e airbrakes Utilização do trem de aterragem Correcta interpretação dos instrumentos de altitude, velocidade, horizonte artificial, pranchamento, velocidade vertical, bússola O piloto deverá conseguir manter a altitude, rumo e velocidade sem recurso a auto-throttle nem a piloto automático. A tolerância para cada um destes parâmetros é a seguinte: Altitude +/- 100 pés Heading +/- 10 graus Velocidade indicada +/- 10 nós O piloto deverá planear a quantidade de combustível apropriada para o vôo em questão. Deverá também compreender outros parâmetros de performance como weight & balance, rate de subida/descida, altitude e velocidade apropriada de cruzeiro. Como forma de observação, o examinador deverá aceder remotamente ao cockpit do piloto através de um processo de visualização remoto tal como: - Teamviewer (preferencial) - SAGtv Exame P2 Para o exame online o piloto deverá: Enviar plano de vôo que inclua os valores de combustível e duração de vôo de acordo com o planeado Planear pesos apropriados tendo em conta o piloto, o examinador e os passageiros/carga Planear combustível que inclua a possibilidade de divergir para um aeroporto a 50nm e aterragem com combustível de reserva Operar o avião de acordo com os parâmetros apropriados para o avião em questão, de acordo com cada fase do vôo Compreender e seguir todas as instruções do controlador Definições Instrumentos e medidas Altimeter – instrumento usado para medir a altitude do avião acima do nível médio do mar. A unidade convencionada utilizada é “feet” (pés). Airspeed – velocidade relativa ao ar. Pode ser IAS (indicated airspeed), CAS (calibrated airspeed), TAS (true airspeed), mach speed (velocidade relativa à velocidade do som), GS (ground speed). Artificial horizon – o horizonte artificial é um instrumento que indica ao piloto a orientação do avião relativa ao solo. Mostra se o avião está com o nariz para cima ou para baixo (pitch), voltado para a esquerda ou direita (banking). Contribui, assim à noção de estado do avião (situational awareness). Turn and balance indicator – instrumento que permite mostrar a quantidade de “banking” que um avião está a efectuar, ou seja, o pranchamento das asas. Sempre que o avião não estiver nivelado, o seu rumo irá mudar com maior ou menor intensidade, visível neste instrumento. Vertical speed indicator – instrumento que indica se o avião está a subir, descer ou nivelado. O rate de subida/descida é apresentado em “ft/min” (pés por minuto). Directional gyro – também conhecido por “heading indicator”, indica ao piloto o rumo do avião. Outside air temperature (OAT) – valor de temperatura do ar à volta do avião sem envolver a passagem do avião nesse ar. Pitot – tubo instalado no avião que permite calcular a velocidade do avião, pela passagem de ar dentro do tubo. Pelo facto do avião voar a grande altitude com baixas temperaturas, este tubo pode correr o risco de congelar passando a apresentar valores irreais. Assim, deverá estar aquecido (pitot heat) de forma a fornecer um valor de velocidade real. Forças Thrust – força aerodinâmica produzida por uma turbina ou motor. Quando uma certa quantidade de massa é expelida ou acelerada numa direcção, a terceira lei de Newton prevê o surgimento de uma força de reacção na mesma direcção e sentido oposto. A propulsão é a força que permite que o avião progrida em rota. Lift – para fazer um avião voar, deve ser gerada uma força para compensar o seu peso. Esta força é chamada sustentação e é gerada pelo movimento do avião através do ar. A sustentação é uma força aerodinâmica, perpendicular à direcção do vento, mantendo o avião no ar, sem descer. Drag – à medida que o avião se move através do ar, há uma outra força aerodinâmica presente. O ar resiste ao movimento do avião e esta força de resistência é denominada arrasto (ou atrito). Tal como a sustentação, há muitos factores que afectam a magnitude da força de arrasto, como a forma do avião, a viscosidade do ar e a velocidade. O sentido da força de arrasto é sempre oposto ao sentido do vôo e o arrasto actua através do centro de pressão. Weight – o peso é uma força que é sempre dirigida para o centro da terra: trata-se da força da gravidade. A magnitude desta força depende de todas as partes do avião, incluindo a quantidade de combustível e toda a carga (pessoas, bagagens, etc.). O peso é gerado por todo o avião mas podemos simplesmente imaginá-la como se actuasse num único ponto, chamado centro de gravidade. Em vôo, o avião gira sobre o centro de gravidade. Durante um vôo, o peso do avião muda constantemente à medida que o avião consome combustível. A distribuição do peso e do centro de gravidade pode também mudar e, por isso, o piloto deve constantemente ajustar os controles ou transferir o combustível entre os depósitos para manter o avião equilibrado, algo que nos aviões mais modernos é feito automaticamente. Dispositivos Flaps – dispositivos sustentadores que consistem de abas ou superfícies articuladas, existentes na parte posterior das asas de um avião. Quando estendidos aumentam a sustentação e o arrasto ou resistência ao avanço de uma asa, pela mudança da curvatura do seu perfil e do aumento de sua área. São essenciais nas fases de descolagem e aterragem para dar maior estabilidade ao avião. Spoiler – dispositivo colocados sobre as asas. São chamados de speedbrake quando têm a função de quebrar a sustentação da asa e podem ser utilizadas em duas situações: * em vôo, quando não são abertos totalmente (<100%) com o objectivo de reduzir a velocidade e/ou altitude, mais rapidamente * na aterragem, onde é accionado totalmente (100%) após o avião tocar na pista, para quebrar rapidamente a sustentação da aeronave, fazendo com que ela não suba de novo e perca velocidade. Usado dessa forma, o spoiler ainda apresenta uma vantagem adicional: pode criar uma força de sustentação no sentido inverso, isto é, uma força de sustentação negativa, criando uma força vertical, de cima para baixo, aumentando o atrito com o solo, facilitando a redução de velocidade. Elevator – montados perto do estabilizador horizontal de cada lado da cauda do avião, movem-se para cima ou baixo em simultâneo. Quando o stick é puxado para trás, os elevators sobem, fazendo com que o nariz do avião levante. Assim, é gerado mais sustenção e arrasto. Este componente é responsável pela subida/descida do avião. Rudder – montado perto do estabilizador vertical, quando o piloto actua no pedal esquerdo, o rudder responde permitindo ao avião girar para a esquerda. O objectivo deste dispositivo é o de manobrar o avião na fase de taxi e enquanto o avião rola na pista, mantendo-o no alinhamento desejado. No ar é usado para permitir compensar que o nariz gire de acordo com o movimento pretendido. Ainda é utilizado para compensar o desvio causado por ventos cruzados na fase final de aproximação a uma pista. Aileron – são montados perto dos bordos de cada asa e movem-se em direcções opostas. Quando o piloto move o stick para a esquerda, o aileron sobe na asa esquerda e desce na asa direita. Um aileron levantado reduz a sustentação nessa asa enquanto que um aileron baixado gera sustentação. Assim, o avião irá voltar pela esquerda. O recentramento do aileron mantém o avião no ângulo em que está a voltar até que movimentos opostos façam com que volte a voar nivelado. Movimentos Pitch – movimento vertical do avião, permitindo que este suba ou desça (elevating). Roll – movimento de rotação do avião, permitindo que este volte pela esquerda ou pela direita (banking). Yaw – movimento horizontal do avião considerando que está nivelado. No caso de vento cruzado, moderado a forte, o avião tende a estar com o nariz desalinhado com a pista sendo necessário compensar este movimento (heading). Planeamento O piloto deverá planear diversos parâmetros de vôo. Um deles é o combustível. O combustível total deverá ser composto por: - combustível para taxi (200-500kgs tipicamente) - combustivel do vôo em si (número de horas de vôo * gasto típico de combustível por hora do avião). Este parâmetro deverá incluir uma SID e suas restrições de altitude, subida, cruzeiro, e descida para o IAF (initial approach fix) para a pista menos favorável - combustível de contingência (combustível para cobrir eventuais desvios de rota ou falhas operacionais. Deverá ser sempre pelo menos 5% do valor anterior - combustível para alternante (quantidade necessária para voar para o aeródromo alternante) - combustível de reserva (quantidade necessária para 30 minutos de espera/holding 1500ft acima do nível do aeródromo) - combustível extra (para cobrir situações de icing, consumo de APU entre outros) Exemplos de sites auxiliares no planeamento de combustível. http://www.airnav.com/plan/fuel/ http://fuel.aerotexas.com/index.php Outro parâmetro a planear será a rota. Dado que o vôo parte sempre de Lisboa mas com destino a definir pelo ATC, antes de iniciar o vôo, o piloto receberá a indicação de qual o aeroporto de destino e deve enviar nessa altura o plano de vôo com a rota apropriada e nível de vôo. Considerações O piloto deve reservar duas horas para todo o processo de avaliação. Esta duração inclui tempo para preparação e planeamento do vôo, vôo propriamente dito e análise pós-vôo (debriefing).