seu felino - Cão Cidadão

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©iStockphoto.com/ Olezzo
dúvidas de
comportamento
Entenda
seu felino
Nossos gatinhos, às vezes, podem nos deixar confusos com seu comportamento;
veja algumas dúvidas de leitores que podem ser as suas também
• Por Débora Squassina
Ataque felino
Minha gata, castrada há 1 mês,
tem comportamento normal, mas
se escuta algum barulho diferente
ou alguém conversando ela ataca qualquer pessoa. O que causa
esse tipo de comportamento? O
que sugere que eu faça? Karina
Dell Amatrice. Raça: SRD. Idade:
3 anos.
Débora: Olá Karina, estou desconsiderando qualquer tipo de
desconforto pós-cirúrgico. Provavelmente, ficou mais assustada com as idas ao veterinário,
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retirada de pontos etc. Temos de
considerar que felinos possuem
sentidos muito mais apurados do
que os nossos, e isso inclui a audição. Sendo assim, quando escutam algo fora do comum, podem
se assustar, demonstrando agressividade, pois esse foi o modo que
ela encontrou de escapar de algo
que a assusta. Quando não consegue atacar aquilo que a incomoda, foca em algo mais próximo.
Caso a investida aconteça, tome
cuidado com as broncas, porque
ela poderá ficar ainda mais arisca
e agressiva. Tente conversar com
amigos e brincar com sua gatinha ao mesmo tempo, ou ainda,
alimentá-la com um petisco saboroso. Faça o mesmo com os barulhos, porém, simule-os, aumentando seu volume gradualmente.
Apresente novamente esses estímulos sempre de maneira agradável, evitando qualquer desagrado
ou susto.
Mamar na própria barriga
Peguei uma gatinha de rua faz um
mês. Foi tratada e operada para
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dúvidas de
comportamento
retirada de útero e ovários, mas
está apresentando um comportamento singular: toda vez que faço
carinho nela, começa a mamar na
própria barriguinha. O que devo
fazer? Mara Lúcia Gesing. Raça:
SRD. Idade: 5 meses.
Débora: Olá Mara Lúcia, esse
comportamento não é tão incomum entre os bichanos. Pode
estar relacionado a um desmame
prematuro no período de socialização, por volta do segundo mês
de vida. Porém, os gatos que usufruíram do leite de suas mamães
no tempo certo também podem
expressar tal costume, por satisfação ou estresse. Um modo de
relembrar o aconchego de filhote,
de relaxar. Caso tenha o desejo de
inibir esse comportamento, não há
necessidade de repreensão. Tente
desviar a atenção de sua gatinha
com brinquedos, por exemplo. Se
porventura o comportamento se
agravar, consulte o médico veterinário de sua confiança e cheque a
saúde de sua companheira.
Adaptação
Tenho duas Persas uma de 4 anos
e outra de 7 meses. A mais velha
(Sion) tem atacado a mais nova
(Gaia). Elas já estão juntas há 3
meses, mas não brincam. A adaptação é demorada? Como posso
ajudá-las? Tanea Carla Maciel
Martins
Débora: Olá Tanea, é comum o
gato mais velho não aceitar o novato, mas essa situação não precisa ser eterna. Sion foi a única
por quatro anos. O território era
totalmente dela, não é mesmo?
Deve estar assustada e um pou-
co nervosa com essa nova situação. A apresentação entre Sion e
Gaia deve ser feita gradualmente,
evitando possíveis brigas e situações desagradáveis. Sendo assim, o melhor a fazer é separá-las.
Reserve paciência, observação
e muito carinho para essas gatinhas, pois essa adaptação pode
demorar meses. Acostume Gaia
a entrar na caixa de transporte
e, depois, leve-a para o território
da Sion. A caixa evitará situações
traumáticas e que ambas venham
a se machucar. Com um spray de
água, corrija a provocadora quando ocorrer intenção de ataque.
Desse modo, a agressão será
frustrada e Sion não conseguirá
afastar sua rival. Se a aproximação for sem intenção de ataque,
ambas devem ser recompensadas com um petisco bem gostoso. Carinhos e brincadeiras são
bem-vindos nessa situação, que
poderá ser repetida várias vezes
ao dia. Mas, cuidado para não
estressá-las. Sempre que se encontrarem, elas deverão receber
agrados. A partir do momento em
que as intenções de brigas cessarem, alimente-as lado a lado, mas
esteja sempre preparada para coibir investidas. Elas só ficarão realmente sozinhas quando estiverem
soltas e as brigas acabarem. Bom
trabalho!
à noite, para dormir, fica escondida atrás dos móveis. O que pode
ser? Acho que ela está com depressão. Mariane Martins Benetti. Raça: SRD Idade: 4 anos.
Débora: Olá Mariane, primeiramente recomendo descartar a hipótese de doença. Sendo assim,
leve sua gatinha em um médico
veterinário e faça uma avaliação
bem apurada, checando se está
tudo certinho. Gatos não podem
ficar sem comer, pois isso altera
seu metabolismo. Existe a possibilidade de haver uma agressividade sutil entre seus bichanos, e
aquele que for acometido acaba
em posição de submissão, desviando-se de confrontos. Outra
possibilidade é a depressão, que
pode estar relacionada com alguma mudança de rotina. O felino
depressivo demonstra alterações
na vocalização, na personalidade
e, ainda, tristeza, falta de apetite,
sonolência e isolamento. Passe
mais tempo com a Marrie, brincando, acariciando, estimulando
seus sentidos, deixando sua vidinha mais animada.
Gata depressiva
Tenho quatro gatos. A Marrie não
tem apetite e está bem magra (os
outros são bem gordinhos). São
todos castrados, e os demais ficam sempre juntos, já ela fica o
dia inteiro em cima do telhado e
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Débora Squassina
Especialista em comportamento da
Cão Cidadão
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