- Nosso Jornal Abaeté
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2 nossojornal / mar14 FOLHA COMUNITÁRIA DE ABAETÉ Empresa de Comunicação Soares Ribeiro Ltda CNPJ 00.815.984/0001 - 69 Rua 13 de Maio, 20 - Centro 35620.000 - Abaeté - MG Rumo à regionalização Com a publicação das matérias gentilmente escritas, em espírito colaborativo, pelas jornalistas Ana Lúcia Lopes e Bernadete Ribeiro, o Nosso Jornal ensaia os primeiros passos rumo à regionalização. Esta edição destaca a poesia e graciosidade do menor município de Minas, Serra da Saudade, localizado a 85 quilômetros de Abaeté. E enfatiza o excepcional trabalho do escritor Rubens Fiúza, de Dores do Indaiá, com as mais inéditas e surpreendentes histórias da nossa região. A ideia é que a “Folha Comunitária de Abaeté”, criada há mais de 18 anos, transforme-se, aos poucos, na “Folha Comunitária do Alto São Francisco”, no desafio de ajudar a promover uma maior integração e divulgação de toda a região. Com a participação ativa das pessoas e comunidades de Abaeté, Dores do Indaiá, Quartel Ge- Tels: 37 3541-2203 37 9929 3967 / 9131-5050 [email protected] Redação Diretora de Redação: Christiane Ribeiro - Mtb 4.815/MG Diretor Financeiro: Prof. Modesto Pires Assistente de Redação: Monique Soares de Sousa Adolescente Aprendiz: Jéssica Taís Capa: Fotos de Ana Lúcia Lopes (Serra da Saudade) e outros. Arte de Rodrigo Bastos Impressão: iGráfica Editora Ltda - Brasília (61) 3356-7654 / 8605-7876 Tiragem: 1.800 exemplares Transporte: Viação Sertaneja (cortesia) Os artigos assinados não representam, necessariamente, a opinião do jornal. Assinaturas: Em Abaeté Semestral: R$ 25,00 Anual: R$ 35,00 Demais Cidades Semestral: R$ 35,00 Anual: R$ 50,00 Exterior Semestral: R$ 60,00 Anual: R$ 100,00 ASSINANTE Benfeitor A partir de R$ 100,00 Importante: Ao fazer o depósito em conta, lembre-se de enviar o comprovante, para que possamos atualizar nossos registros. ASSINANTES BENFEITORES José Carlos de Medeiros Pereira (BH/MG), José Júlio Pereira (BH/ MG), Walter Rodrigues e Silva (BH/ MG), Ronan Soares de Oliveira (BH/ MG), Nilson do Espírito Santo (Abaeté/MG), José Osvaldo Alves de Assis (Bonito/MS), Fernando Alves de Andrade (BH/MG), Maria Dalca Santos Oliveira (Pompéu/MG), Rogério Arruda Luz (BH/MG), Dr. Arnaldo da Cunha Pereira (Abaeté/ MG), Dr. Osvaldo José de Campos Melo (Rio de Janeiro/RJ), Dr. Wilson Carlos Pereira (Abaeté/MG). ral, Paineiras, Biquinhas, Morada Nova de Minas, Cedro do Abaeté, Martinho Campos, esperamos apresentar, nas páginas do Nosso Jornal, a força, a beleza, os projetos, a potencialidade, bem como os problemas, carências, desafios e reivindicações de nossa gente, de cada município. Quem sabe, juntos, podemos debater problemas e desafios comuns da região, trocando ideias e experiências, na busca do desenvolvimento de todos? Quem sabe um projeto desenvolvido por uma pessoa ou um grupo de Dores do Indaiá ou Morada Nova possa ser um modelo para outras cidades da região? É uma ideia. A concretização desse projeto depende do interesse e da participação de cada um, das várias comunidades da região. Afinal, “sonho que se sonha só é só um sonho que se sonha só. Mas sonho que se sonha junto é realidade”. Na saga dos anos 60 Parabéns, Christiane e toda equipe do Nosso Jornal, pela brilhante matéria “Na saga dos anos 60”, sobre a trajetória do jornalista abaeteense Carlos Olavo. Quando eu era criança, ouvia meu pai contar aquelas histórias. Sempre ficava fascinado com as narrativas. Confesso que “viajei” no tempo lendo a entrevista descontraída, reveladora da personalidade simples, espontânea e realista desse quase “super herói” da minha infância. Justa homenagem a um personagem importante da nossa história, que enfrentou perseguições implacáveis de regimes autoritários repressivos e exterminadores. Graças a pessoas como Carlos Olavo, hoje podemos viver e manifestar com liberdade, numa democracia em ascensão. Show de bola! Luiz Carlos Vieira Xavier, Rio de Janeiro (RJ) Parabéns pela matéria sobre a vida do ilustre conterrâneo comunista Carlos Olavo. Quando o conheci, já nos anos 90, assim o chamava, o grande comunista brizolista. Foi assessor de Darcy Ribeiro, uma das maiores inteligências de todos os tempos em nosso país. Na convivência com Darcy Ribeiro, Carlos Olavo nos mostra esse seu lado combativo e lutador. Aos 90 anos, continua ativo, jorra experiência e sabedoria de sua vida em defesa da liberdade. Carlos Olavo é um exemplo vivo para os jovens e adultos de Abaeté e do Brasil! O Nosso Jornal merece um prêmio por essa reportagem. Wagner Túlio de Faria Andrade, Belo Horizonte (MG) Onde assinar o Nosso Jornal Redação do Nosso Jornal Rua 13 de maio, 20 (3541-2203) Banca de Revistas do Adriano Pça. Amador Álvares (3541-2962) Professor Modesto (3541-1231) Helenice Soares (3541-2008 Lindalva Carvalho (9929-4710) “A mesma rocha que bloqueia o caminho poderá funcionar como um degrau.” (Osho) nossojornal / mar14 3 População protesta contra abusos dos carros de som no carnaval O que pode ser feito, nos próximos anos, para evitar o abuso de dezenas de carros com sons superpotentes que estacionam próximos uns dos outros na região da Praça da Prefeitura e ligam suas caixas na última potência, cada um tocando um funk diferente e concorrendo com o vizinho? “É um terror! Ninguém aguenta. Isso nunca foi e nunca será carnaval. São 200 ou 300 pessoas parecendo curtir e 5.000 odiando. Será que a maioria da população concorda que a Prefeitura conceda alvarás para essa competição de sons automotivos?”, questiona Camila Andrade, no grupo Nosso Jornal, no Facebook. “Chega a doer no peito a batida do som. Este ano, ficou impossível levar crian- ças e os mais idosos para ver, mesmo que de longe, o carnaval na praça. Ninguém estava aguentando aquele barulho estridente até meia noite. Isso estragou o nosso carnaval”, completa Valnice Val. Além de várias denúncias e desabafos nas ruas e rede social, a contravenção penal da perturbação ao sossego e trabalho alheio foi responsável pelo maior Fogos Herculano Sousa número das ocorrências policiais registradas durante o carnaval, segundo a comandante da 141ª Cia de PM, Tenente Marianna Atatília. “Tivemos que atuar de forma incisiva, com multas, apreensão de alguns veículos e condução dos proprietários à delegacia de polícia civil”, informa a comandante. Mas, apesar de advertidos, muitos carros com “paredões de som” não puderam ser apreendidos pela polícia, por estarem de posse de alvará e TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) assinado pelo “Em si, a vida é neutra. Nós a fazemos bela, nós a fazemos feia; a vida é a energia que trazemos a ela.” (Osho) Ministério Público, Poder Judiciário e Prefeitura. Nem a polícia, nem a Prefeitura dispõem de equipamentos de medição sonora. A expectativa geral é que esta regulamentação seja revista, para evitar esses transtornos nos próximos carnavais. COOPERATIVA DE CRÉDITO DE LIVRE ADMISSÃO DO OESTE DE MINAS GERAIS LTDA SICOOB CREDIOESTE Demonstrações Contábeis R$ 1 Período: 03/02/2014 a 28/02/2014 ATIVO CIRCULANTE DISPONIBILIDADES RELANÇÕES INTERFINANCEIRAS Correspondentes Centralização Financeira - Cooperativas OPERAÇÕES DE CRÉDITO Setor Privado (Provisão para Operações de crédito de Liquidação Duvidosa) OUTROS CRÉDITOS Créditos Por Avais e Fianças Honrados Rendas a Receber Diversos (Provisão para Outros Créditos de Liquidação Duvidosa) OUTROS VALORES E BENS Outros Valores e Bens Despesas Antecipadas PERMANENTE INVESTIMENTOS Ações e Cotas IMOBILIZADO DE USO Imóveis de Uso Outras Imobilizações de Uso (Depreciações Acumuladas) Outros INTANGÍVEL Ativos Intangíveis DIFERIDO Gastos de Organização e Expansão (Amortização Acumulada) TOTAL DO ATIVO 71.925.065,78 701.173,66 21.004.756,93 1.091,72 21.003.665,21 48.774.932,38 50.760.780,16 (1.985.847,78) 1.111.227,07 10.867,92 74.523,97 1.027.130,44 (1.295,26) 332.975,74 301.047,98 31.927,76 4.339.090,39 3.183.980,09 3.183.980,09 1.103.674,80 368.884,85 694.139,15 (386.730,47) 427.381,27 27.683,61 27.683,61 23.751,89 49.477,48 (25.725,59) 76.264.156,17 PASSIVO CIRCULANTE 55.398.637,62 DEPÓSITOS 38.596.067,42 Depósitos à Vista 13.110.357,09 Depósitos a Prazo 25.485.710,33 RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS 13.490.410,90 Repasses Interfinanceiros 13.490.404,09 Correspondentes 6,81 RELAÇÕES INTERDEPENDÊNCIAS 34.108,76 Recursos em Trânsito de Terceiros 34.108,76 OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS 175.000,00 OBRIGAÇÕES POR REPASSES NO PAÍS INSTITUIÇÕES OFICIAIS 175.000,00 Outras Instituições 175.000,00 OUTRAS OBRIGAÇÕES 3.103.050,54 Cobrança e Arrecadação de Tributos e Assemelhados 53.979,69 Sociais e Estatutárias 640.074,34 Fiscais e Previdenciárias 154.567,25 Diversas 2.254.429,26 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 20.540.243,45 Capital 14.526.787,79 De Domiciliados no País 14.854.962,88 (Capital a Realizar) (328.175,09) Reservas de Lucros 5.436.170,13 Sobras ou Perdas Acumuladas 577.285,53 CONTAS DE RESULTADO 325.275,10 Receitas Operacionais 2.394.595,12 (Despesas Operacionais) (2.037.562,56) Receitas Não Operacionais 1.433,14 (Despesas Não Operacionais) (91,69) (Participações no Lucro) (33.098,91) TOTAL DO PASSIVO 76.264.156,17 nossojornal / mar14 5 Fotos Cristian Fagundes Concurso de Marchinhas revela novos talentos de Abaeté e anima foliões As 10 composições inéditas que encantaram e animaram o público presente ao 1º Concurso de Marchinhas de Abaeté, no sábado de carnaval, já estão gravadas em um CD, que será lançado dia 19 de abril, na inauguração da Casa da Cultura. O grande destaque do evento foi Lúcia Pereira, autora de 80% das músicas. Dentre elas, a campeã, Marchinha da Vovó. “Embora tenha sido tudo de última hora, sem muito tempo para a divulgação, achei o 1º Concurso de Marchinhas um sucesso surpreendente. Não tinha aquele clima de competição, todos os participantes estavam muito alegres, unidos, querendo apresentar alguma coisa. Foi formidável!”, avalia Lucinha. A presidente da Casa da Cultura, que fez sua primeira música aos 16 anos de idade, contabiliza mais de 100 composições Lúcia Pereira, autora de 8 das 10 marchinhas apresentadas, já tem três composições prontas para o concurso do próximo ano, à disposição de quem quiser interpretá-las. de sua autoria e dois CDs gravados, anuncia que já tem três marchinhas prontas para o concurso do próximo ano. “Estão às ordens para quem quiser cantá-las”, oferece Lúcia. Este ano, algumas de suas músicas foram interpretadas por Luciana & Divina e por Fábio Alexandre, que ficaram, respectivamente, em segundo e terceiro lugares com Falta Você e Amanhã tenho que trabalhar. Outros compositores que se revelaram no concurso foram André Vianna e Caíque, autores de O palhaço na avenida e Cortaram a minha água. “A expectativa é que, no ano que vem, consigamos ter uma maior divulgação do evento. E tomara que ele seja mais longo, para irmos, aos poucos, sugerindo um outro carnaval, para as pessoas que tenham essa identificação com o carnaval de rua, de marchinhas, alegre, feliz por si mesmo, sem tantos artifícios”, declara André. O Concurso de Marchinhas integra o projeto Abaeté em Festa, promovido através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, com o objetivo de resgatar essa tradição, valorizar a música carnavalesca, seus compositores, intérpretes, a brincadeira lúdica e a criação popular. Foi organizado por Nenety Eventos, Casa da Cultura, Prefeitura Municipal e Secretaria da Cultura, com patrocínio da Ambev. Geração promissora Um jovem talento revelado pelo concurso é Fábio Alexandre Alves de Sousa Júnior, 16 anos, aluno do 2º ano da E. E. Dr. Edgardo da Cunha Pereira, que interpretou duas marchinhas compostas por Lúcia Pereira, recebendo o troféu de terceiro colocado. Ele conta que toca violão, teclado e começou a cantar aos 7 anos de idade, no Coral Mirim Frederico Zacarias, depois no grupo Mi-do-si-sol-la-re, coordenado pela professora Marta Álvares. Hoje, Fabinho se apresenta em casamentos, formaturas, aniversários e outros eventos, geralmente em parceria com o amigo e colega de escola Caíque Miguel, também com 16 anos. Já conhecido e admirado por sua habilidade em tocar cavaquinho, violão, viola e guitarra, Caíque começa a se revelar agora como compositor. “Deixe que o riso seja o seu templo, e você se sentirá em profundo contato com o divino.” (Osho) 6 nossojornal / mar14 Flashes do Abaeté Folia Integrantes da nova diretoria do Consep Segurança Pública, direito e responsabilidade de todos O show da banda baiana Psirico marcou o auge do Abaeté Folia 2014, levando milhares de foliões ao Campo do Atlético, na terça-feira de carnaval, dia 04 de março. Um momento emocionante do show foi quando o cantor Márcio Vítor viu e pediu para subirem ao palco a jovem cadeirante Luísa Maia, que não se conteve de tanta alegria, dançando e cantando o “Lepo Lepo”. A gravação deste momento pode ser conferida no site www.abaetexas. com.br, recém lançado com a proposta de ser “um point de encontro para aqueles que, mesmo estando longe, queiram estar por dentro do que acontece em Abaeté”. Outra atração que brilhou e não deixou ninguém parado no Abaeté Folia foi a dupla sertaneja Henrique & Juliano. Já a cantora Anitta foi considerada o ponto negativo da festa, com atrasos e falta de interação com o público. Este ano, o trajeto do trio elétrico ficou restrito ao quarteirão do Campo do Atlético, o que frustrou muitos foliões que não compraram o abadá e esperavam participar da festa, como nos anos anteriores. Você tem alguma dúvida, reclamação, problema, sugestão ou denúncia referente a tráfico de drogas, criminalidade em geral, ação policial, perturbação do sossego ou outras questões relacionadas à segurança pública em Abaeté? Esses e outros temas são debatidos todos os meses nas reuniões do Conselho Comunitário de Segurança Pública (Consep), realizadas na segunda terça-feira de cada mês, às 9 horas, na Câmara Municipal de Abaeté. O próximo encontro será dia 08 de abril. “Muitas pessoas têm receio de fazer uma denúncia direta à polícia, mesmo que anonimamente, porque falam que na Delegacia ou no Quartel da PM tem bina. Essas pessoas podem fazer essa reclamação através do Consep, que direciona a demanda para a entidade competente”, orienta o empresário Éverton de Oliveira Campos. Dia 11 de março, ele foi empossado como o novo presidente do Conselho, ao lado do vice-presidente Augusto Faria, do secretário Anselmo Botelho, do tesoureiro Luiz Mendes e dos conselheiros fiscais Claudionor Santana, Flávio Nicoli, Paulo Oliveira e Leila. A intenção da equipe é montar um escritório, com telefone sem bina, para um melhor atendimento ao público. Éverton explica que o Consep é um órgão que faz um laço entre a sociedade e as entidades responsáveis pela segurança pública: Ministério Público, Poder Judiciário, Polícia Civil, Polícia Militar, Conselho Tutelar, Prefeitura, Comissariado de Menores. “Nesse trabalho em conjunto, já foram desmanchados oito pontos de drogas no município”, informa. Além de fazer, receber e encaminhar denúncias, debater e buscar soluções para questões envolvendo segurança pública, o Consep ajuda a resolver problemas como a falta de viaturas policiais, despesas de manutenção, dentre outros. É que o órgão recebe e administra verbas repassadas pelo Ministério Público e Judiciário, através de multas, transações penais, Termos de Ajustamento de Conduta, fazendo prestações mensais aos órgãos competentes. Este ano, recebeu, por exemplo, R$ 18 mil provenientes do TAC do carnaval. “Dentre outras ações, o Consep já conseguiu uma viatura para a PM, custear a pintura do Fórum, resolver, através da Prefeitura, problemas de infraestrutura do Conselho Tutelar. A população nem imagina o quanto o Consep é importante para a cidade. Queremos desenvolver um trabalho melhor ainda, com a participação da comunidade”, finaliza Everton, convidando os interessados para a próxima reunião, dia 08 de abril. Participantes da última reunião do Consep, dia 11 de março. “Torne-se comum e você será extraordinário; tente se tornar extraordinário e você continuará sendo comum.” (Osho) nossojornal / mar14 7 Copa Rivas de Futebol movimenta esporte na região Onze equipes disputam a 4ª Copa Rivas Sport de Futebol de Campo, que teve início dia 08 de março, com partidas em Luz, Bom Despacho, Pompéu e Abaeté. Na abertura do torneio, o público lotou o Campo do Independente para assistir ao clássico São José X CIA, que terminou empatado em zero a zero na categoria aspirante. Na categoria principal, o São José venceu o Independentespor 1 X 0. O Independente é o vice-líder do turno no grupo C, após empatar em 1 a 1 com o Cristalino, em Pompéu, na rodada do dia 22 de março. No próximo sábado, dia 29, a partir 13:30hs, o CIA enfrenta novamente a equipe pompeana no Estádio Dr. Eduardo Soares de Faria, valendo pelo returno. Já o São José está em terceiro lugar no grupo, após empatar com a Seleção de Martinho Campos no último fim de semana. Também disputam o campeonato os times Cruzeiro (Luz), Cristalino E. C. (Bom Despacho), Famorine (Bom Despacho), Associação de Arcos, Avaí (Pompéu), Araújo F. C e Associação de Bom Despacho. (Colaboração J. Costa) Cultura de Abaeté em destaque na TV Alterosa Fotos Jéssica Taís “Se você estiver feliz, o amor fluirá em sua direção… não há necessidade de pedi-lo.” (Osho) No mês de abril, Abaeté será destaque em um dos programas da Viação Cipó, da TV Alterosa (SBT). Dias 20 e 21 de março, o apresentador Otávio Di Toledo esteve na cidade com a produção, fazendo reportagens em vários pontos da município, como Casa da Cultura, WG Reciclagem, Frutuai, Balneário, Fazenda Bom Sucesso, enfocando também o aquecimento para a cavalgadas Sem Rumo, jovens tocadores de sanfona, viola e violão, artistas locais. Não foi divulgada a data de exibição do programa. 8 nossojornal / mar14 O sabor da vitória na luta contra o vício V Christiane Ribeiro iver um dia de cada vez, reconhecendo, com humildade, que é impotente perante o álcool e as drogas, enquanto celebra, passo a passo, a construção de uma nova vida, alicerçada na fé, no amor, na família, na determinação de vencer o vício e ser feliz. Assim tem sido o dia a dia de Alessandra Martins, 32 anos, desde a sua volta para casa, no Bairro São João, dia 09 de março, após passar nove meses em tratamento na Fazendinha Vida Nova, em Papagaios. Ao lado de três dos seus seis filhos, ela mostra, com orgulho e alegria, o diploma que recebeu pelo seu processo de recuperação. “Parece que eu nasci no dia da minha graduação. Após alguns anos de muito sofrimento, sou uma nova mulher”, declara. “É muito bom ter sobriedade. É muito bom levantar de manhã, estender a cama, fazer o café pros filhos... A emoção é outra, sabe? Antes, não tinha prazer em nada. Hoje, eu tomo um copo de água e acho gostoso”, completa, sorrindo. A força para lutar contra o vício e enfrentar o duro processo de desintoxicação na fazendinha, Alessandra encontrou no companheiro Bosco e nos filhos. “Eles foram a razão da minha luta diária lá. O anjo de guarda de meu marido me acompanhou na minha caminhada inteira, sempre esteve ao meu lado, me apoiando. Eu ficava firme de dia, mas à noite eu chorava, pensava em desistir. Daí falava que não podia desistir, porque tinha frutos lá fora, crianças que precisavam de mim. Cada dia, eu colocava um na minha cabeça. Dizia: hoje eu vou lutar pela Bru- Alessandra, ao lado dos filhos Emily, Vitória e Alessandro: “após anos de muito sofrimento com bebidas e drogas, sou uma nova mulher”. na, hoje eu vou lutar pelo João Vitor... Depois pela Emily, pelo Alessandro, pela Ketellyn, pela Maria Vitoria... Quando eu senti que estava forte, falei: não, hoje é por mim mesma, porque, pra eles serem felizes, eu preciso ser feliz. Se eu não estiver bem comigo mesma, não tem como ficar bem com mais ninguém, não tem como eu falar ‘eu te amo’ se eu não me amar”, reflete. Ao recordar sua experiência no submundo do álcool e das drogas, Alessandra manda um recado, principalmente aos jovens: “Não aconselho ninguém a cair nessa. E pra quem já está nessa, que tenha muita força de vontade. Sair não é fácil, mas também não é impossível. Pra Deus, tudo é possível”, acredita. A experiência com o vício Como muitos adolescentes, ela começou a beber muito cedo, aos 13 anos, por curiosidade. Rapidamente, se viciou na cachaça e no cigarro, a exemplo do pai, que também era alcoólatra. Aos 15 anos, saiu de casa para morar com um homem que tinha mais que o dobro de sua idade. Dessa relação, nasceu a primeira filha, Bruna, hoje com 16 anos. Depois, teve outros companheiros e mais dois filhos, Vítor e Emily, de 8 e 5 anos, respectivamente, até se casar com o atual marido, Bosco, pai de Alessandro, 4 anos, Ketellyn, 2, e Maria Vitória, 11 meses. A bebida sempre acompanhou esses relacionamentos, provocando brigas, conflitos e ocorrências policiais. “Bebi até vinte e tantos anos, todo dia. Depois de muito problema com o Conselho Tutelar, de muita briga de faca com o meu marido, com a polícia na porta quase todo dia, nós largamos o álcool. Mas aí eu passei pro crack”, conta Alessandra. Ela diz que fumou a primeira pedra após uma discussão com o marido, quando estava grávida de 8 meses do quarto filho. “Eu tinha curiosidade de conhecer a vida, a gente acha que pode tudo né? Aí eu me envolvi com o crack e vivi dois anos e meio de sofrimento, onde cheguei quase no fundo do poço. Não vendi nada de dentro de casa porque o Bosco não deixava, mas as roupas do corpo, o que era pertence meu, eu levava tudo lá pra cima. Chegava a avançar nas minhas vasilhas de alumínio pra vender no ferro velho, pra arrumar 2 ou 3 reais, ficava doidinha”, lembra. Apesar disso, mesmo no auge do desespero para fumar a pedra, ela garante que nunca roubou dinheiro de ninguém. “Roubei a saúde do meu marido e a felicidade dos meus filhos”, reconhece. “Quando comecei com as drogas, eu ainda trabalhava. Sempre fui trabalhadeira, graças a Deus, e nunca mexi em nada dos outros, mesmo usando o crack. Só que eu comecei a perder a responsabilidade, chegava atrasada no emprego, não tinha ânimo pra mais nada. No final, não tomava banho, ficava toda desleixada, não conseguia cuidar das crianças, xingava e brigava com todo mundo, o Conselho Tutelar vinha aqui, ameaçava tirar meus filhos de mim, era um inferno!” Ela diz que é importante se lembrar dos momentos tristes do passado para sentir a dor e não cometer erros de novo. “Eu errei demais, machuquei muitas pessoas, principalmente os meus filhos, fiz coisas que achava que Deus nem ia me perdoar”, reconhece. Foi no parto de Maria Vitória que Alessandra tomou a decisão de mudar de vida. “Fumei crack durante minha gravidez inteira, e o bebê ficava até dois dias sem mexer na minha barriga. Na sala de parto, escutei a enfermeira dizer que achava que o neném tinha morrido. Fiquei desesperada e falei: ‘Senhor, se minha bebezinha nascer, vou dar um jeito na minha vida, e o nome dela vai ser Maria Vitória’. Graças a Deus, ela nasceu, está forte, saudável, alegre, minha cunhada cuidou bem demais dela quando eu estava internada”. Nesse processo de internação e tratamento, ela agradece o apoio que teve da equipe do Creas, do Conselho Tutelar, da assistente social do Fórum e, especialmente, do empresário Edson Antônio Batista, que pagou todo o seu tratamento. “Na fazendinha, eu aprendi a me perdoar. Até agradeço por ter passado pelo crack e ter bebido álcool, porque foi através desse sofrimento que eu conheci o amor de Deus e sei que Ele é maravilhoso na minha vida. Antes, eu nem ligava pra religião. Hoje, eu sou católica, apaixonada por Jesus. Quando fico nervosa, ouço louvor o dia inteiro”, conta, na consciência de que sua luta contra o vício continua. “Todo dia, eu tenho que admitir que sou impotente perante o álcool e as drogas. A doença fica no sangue. Pra eu ficar livre, limpa mesmo, são 10 anos. Então, é uma luta diária. Por hoje, tenho certeza, coloco na cabeça, bato meu pé que não bebo e nem fumo. Mais tarde, quero parar com o cigarro também. Estou me sentindo, nem sei explicar, como uma águia, cheia de vontade de viver”, finaliza. “Ser feliz é a maior coragem. Todo mundo é capaz de ser infeliz; para ser feliz é preciso coragem – é um risco tremendo.” (Osho) nossojornal / mar14 9 Uma experiência para toda a vida D e volta ao Brasil após estudar um ano no Canadá pelo programa Ciência sem Fronteiras, o abaeteense Felipe de Oliveira Andrade, 23 anos, prepara-se para formarse em Engenharia Civil pela UFMG e não descarta a possibilidade de retornar à École de Technologie Supérieure, em Montreal, para fazer um mestrado e aprofundar os estudos em uma nova tecnologia que pode baratear muito o asfaltamento e manutenção de estradas. Ele falou sobre essa experiência, em entrevista ao Nosso Jornal, durante uma visita a Abaeté, no carnaval. Fale sobre a experiência de estudar um ano no Canadá. O que foi mais marcante para você? Bom, a princípio foi a diferença de temperatura. Saí daqui no verão, em janeiro do ano passado, e cheguei ao Canadá em um inverno muito rigoroso, uma diferença de 60 graus daqui pra lá, algo que eu nunca tinha vivido. Na volta, foi o mesmo choque, estou ainda me acostumando com o calor. Saí de uma temperatura de -25º e encontrei uma de Felipe, andando em trenó de cachorros perto de Québec City e em frente a uma cachoeira congelada, em Val-David, no Canadá. 30º aqui. Outro choque foi em relação à língua. O Canadá é um país de língua inglesa, mas eu estudei na província do Québec, que é majoritariamente francesa, e todos os meus estudos foram em francês. Na verdade, o país é bilingue, as pessoas se cumprimentam falando “Bonjour Hi”. “Bonjour” é bom dia em francês e “hi” em inglês. Se você responder “bonjour”, eles continuam a falar com você em francês. Se falar “hi”, a conversa prossegue em inglês. No aeroporto, assim que eu cheguei, já foi assim: “Bonjour Hi”. Eu tentei “bonjour” e não deu muito certo, tive que passar para o inglês. Mas logo comecei um curso de francês e, depois de seis meses, já falava fluentemente. As diferenças culturais também são enormes. Nos países nórdicos, como o Canadá, o frio acaba mexendo muito com a cabeça das pessoas. Elas ficam mais agressivos, é totalmente diferente de um país sulista como o nosso. O que eu notei é que o humor das pessoas varia muito com o tempo. No Canadá, o inverno dura praticamente seis meses, e é muito frio. No ano passado, até abril ainda estava nevando e às 4 horas da tarde tudo escurecia. Aí já era noite, o comércio fechado, você não via mais ninguém na rua, só aquela nevasca, aquele frio absurdo. E as pessoas ficam muito depressivas nessa época, o país desenvolve campanhas de prevenção ao suicídio. Por outro lado, elas aproveitam o verão ao máximo, todo mundo fica nas ruas até uma ou duas da manhã. É como se a cidade estivesse em festa, até de madrugada as ruas ficam cheias de pessoas. No verão, lá escurece por volta de 9 e meia da noite, com muito calor e muita umidade, como se você estivesse na praia. A primavera também é muito bonita e, no outono, quando as folhas começam a cair, todas as ruas ficam cobertas com aquele vermelho, alaranjado, amarelo, que é lindo, o cartão postal da cidade. O símbolo do Canadá é aquela folha vermelha. Você se adaptou bem “Opte por aquilo que faz o seu coração vibrar... Apesar de todas as consequências”. (Osho) à comida? Sim. O Canadá não tem uma cultura tão forte em relação à culinária. Tem praticamente um prato típico que chama “Poutine”, uma mistura de batata frita, queijo e molho de carne cozida. No mais, lá você encontra comida de todos os cantos do mundo. Como o Canadá é um pais enorme, o segundo maior do mundo, mas muito pouco povoado, há um tempo atrás, eles abriram bem as fronteiras, e gente do mundo inteiro foi para lá. Continua na pág. 10 10 nossojornal / mar14 Felipe Andrade, a vivência de um estudante abaeteense no Canadá (Continuação da entrevista iniciada na página 09) Felipe, você sentiu vontade de ficar no Canadá? Senti sim. Eu fiz, inclusive, um elo para fazer um mestrado, os professores gostaram bastante do meu trabalho. Mas morar mesmo no Canadá, eu não sei. Eu fiquei em Montreal, uma cidade maravilhosa, com qualidade de vida boa, transporte público que funciona, ciclovias, parques bem cuidados. Eles têm um sistema interessante, que eu já vi também no Rio de Janeiro, de aluguel de bicicletas. São vários pontos espalhados na cidade. Então, você faz um plano, paga 60 dólares anuais, pega a bicicleta num lugar e devolve no outro ponto da cidade. Isso é maravilhoso! Você anda pela cidade inteira sem precisar pegar metrô, ônibus, inclusive de madrugada. Como tinha um ponto na porta da minha residência, que era em frente à faculdade, eu podia ir a qualquer lugar e voltar de bicicleta. A cidade é muito plana e tem uma qualidade de vida imensa. Mas o inverno é muito rigoroso, não sei se conseguiria viver lá. Também senti muita falta do calor do povo brasileiro. Eles não são acolhedores como a gente. Nós temos a necessidade de fazer os outros se sentirem bem, todos os estrangeiros que vêm para o Brasil saem daqui maravilhados com tudo, tanto com o clima, com a comida, mas principalmente em como o brasileiro acolhe bem e faz com que eles se sintam em casa e à vontade. Os canadenses não têm essa preocupação, mas Montreal é uma cidade tão cheia de cultura que eu não me senti estrangeiro. Tinha amigos de todas as partes do mundo. Quando comemorei o meu aniversário lá, contei pessoas de sete nacionalidades diferentes, gente do mundo inteiro. E na universidade, como foi a experiência? Em relação ao nível de estudo, eles são muito mais práticos, realmente botam a mão na massa. No Brasil, as universidades federais são mais teóricas, não passam muito a parte prática. No Canadá, metade da carga horária é teórica e metade prática, nos laboratórios, ou mexendo com softwares, com projetos. Eles saem da faculdade bem mais técnicos. Outra coisa diferente é que, a cada ano, eles param os estudos e fazem quatro meses de estágio. São dois quadrimestres de estudo e um de estágio a cada ano. E eles só têm um mês de férias, em agosto. Fora isso, é praticamente uma semana de folga entre um período e outro. Tem o spring break, uma semana sem aulas após os quatro primeiros meses do ano, e o winter break, também uma semana, nos feriados de Natal e Ano Novo. Você chegou a fazer estágio no Canadá? Sim, trabalhei em um laboratório de asfalto e pavimentação e desenvolvi um projeto, junto com dois professores da faculdade, sobre a reutilização de borracha de pneu reciclado para fazer a camada de superfície do asfalto. Trabalhei em um laboratório com tecnologia de ponta e, a partir da segunda semana, eu já estava fazendo todos os ensaios e as notas do projeto. Esse projeto teve um andamento bom, conseguimos dar sequência, chegar a um material menos poluente e mais barato, com diminuição do betume e utilização da borracha reciclada. No final, eles me pediram para escrever um relatório, os professores estão tentando fazer uma publicação acadêmica desse artigo, que valeu também como minha monografia aqui no Brasil. Você acredita que essa tecnologia seria aplicada aqui no Brasil, com uma redução considerável nos custos de asfaltamento e manutenção de estradas? Com certeza. Seria um material mais barato e daria um fim aos pneus velhos, além de reduzir a poluição, uma vez que diminui a quantidade de betume, que é a parte colante, o ligante do asfalto, que vem do petróleo, é o que mais polui e o mais caro. Com a aplicação desse projeto, estaríamos fazendo um asfalto de baixo custo, com propriedades mecânicas melhores e ainda utilizando material reciclável. Uma professora que dá aula de estradas na UFMG me falou que aqui também há projetos de utilização de betume com aditivo de borracha. Aqui, não seria um processo químico com aditivos, o que encareceria muito a obra, mas uma mistura quente, feita no caminhão, no momento da aplicação do asfalto. Ela disse que a maior dificuldade está na mão de obra, que não é qualificada, e nos estudos que ainda não são conclusivos, nem aqui, nem no Canadá. Você pretende continuar trabalhando nesse projeto? Pretendo. Já conversei com os professores sobre a possibilidade de retornar ao Canadá, para fazer um mestrado e continuar trabalhando nesse projeto de pesquisa por mais um ano e meio, escrever uma tese mais aprofundada. Eles chegaram, inclusive, a me apresentar um projeto de bolsa de estudos. Estou estudando a possibilidade Filho da abaeteense Márcia Oliveira e do dorense Paulo Andrade, Felipe estudou por um ano na École de Technologie Supérieure, no Canadá. Abaixo, placas de asfalto, com aditivo de borracha, prontas para serem ensaiadas. de retornar em agosto, assim que eu me formar na UFMG, para a sessão de outono. Você gostaria de fazer mais alguma observação? Vejo muita gente que vai participar desse programa e fica muito fechado, não procura se misturar, se integrar com o povo, com a cultura do lugar. Muitos ficam só entre brasileiros lá e acabam perdendo a oportunidade de ouro de aprender a língua, fazer novas amizades, adquirir novos conhecimentos. Então, se fosse dar alguma dica para quem está indo, eu diria para aproveitar essa oportunidade e procurar se integrar, conhecer o máximo de estrangeiros possível. Qualidade e confiança no LÍDER de sempre! “Quando seu coração está pleno de gratidão, qualquer porta aparentemente fechada pode ser uma abertura para uma bênção maior.” (Osho) nossojornal / mar14 11 Cantinho da Poesia Água Doce ANÚNCIO DE JORNAL Clay Regazzoni* Troco. Objeto pessoal. Usado. O tenho comigo desde nascido. Já o entreguei pra outras pessoas. Mas ele sempre voltou pra mim. Razoável estado de conservação. Um pouco empoeirado pela solidão. Durante a vida, Sofreu quedas e arranhões. Restaram marcas, Gravadas pra sempre. Possui algumas cicatrizes de tristezas, Mas também tem cravejado em suas paredes, Pérolas de felicidade. Às vezes sente dor e chora. Esteve vazio por um tempo, Mas então eu vi você. A vida o deixou endurecido por várias vezes. Mas hoje recuperou o seu rubor. Condições de troca: Dou meu coração Por um pouco do teu amor. Maria das Dores Caetano Guimarães (D. Branca), de Dores do Indaiá É mesmo! Já falaram pra mim que eu só escrevo miudezas, coisas assim-assim, que minhas crônicas são como chazinho de bebê, aguinha doce... Então, de vez em quando, tento mudar... “Onde já se viu ficar omissa (ai, que palavra mais complicada!) com tanta violência, fome, bombas, analfabetismo?” É mesmo! Bem que perco o sono com tanta tristeza. Bem que perco o sono! Mas... como escrever feito vó, feito economista, se o céu de Dores do Indaiá está jogando tanto azul e tanto ouro no meu olhar? Como ficar sorumbáti- ca, se o sol caipira do interior não me dá sossego e fica me chamando com voz quente, com a cara inteira na minha janela? Se olho pras casas com a pintura descascada, pulo o olhar lá pra dentro e penso nos sonhos que elas abrigam... Claro! Eu também sinto saudades das pedras antigas da minha avenida. Mas meu olhar se encanta com a alegria dos jovens que pisam o asfalto novo... Pois então. Nasci assim mesmo, alegrinha, água doce. Fui benta por uma fada sonsinha que não deixa meu coração virar pedra. Afinal, alguém precisa estar alerta, descobrir os pássaros no meio do mato, descobrir o vento, descobrir a esperança que mora nas escolas, descobrir o azul, a poesia... Pois então. Nasci assim mesmo... Uma água doce... Choro com a falta de paz. Choro pelas crianças famintas, pelos jovens sem rumo certo. Mas, choro sozinha, à noite, sem ver o céu. Porque, se deixar uma fresta na janela... Ah, o céu de Dores do Indaiá me chama e eu embarco no seu brilho. A culpa é dele... POETANDO Clay Regazzoni* Poetar é fertilizar os dias É regar as flores que nascem em cada coração É manter as abertas janelas da alma Para que o raiar da poesia ilumine os caminhos da vida. Poetar é deixar levar-se pelo sopro azul da manhã É eternizar-se nas coisas efêmeras É ouvir o trêmulo silêncio das matas É ver luzir na noite escura O rosto sereno da esperança. Poetar é fecundar os sonhos É ver a beleza no olhar do mendigo É como repousar no remanso do Éden É a sobriedade lírica dos bêbados É transbordar-se de alegria e fé E pode até ser oração para os incrédulos. Poetar é o delírio divino do homem É ter nas mãos os mistérios do mundo É ter no peito sentimentos etéreos Poetar é a sublime sapiência dos loucos Que descobrem o que é amar. *Clay Regazzoni Chagas, 33 anos, é natural Belo Horizonte e residente em Abaeté. Apresenta-se como franciscano, filho e irmão, cruzeirense, amante de literatura, música, cinema e teatro. Publica seus poemas no blog http://relicariodapoesia.blogspot.com.br SAUDADES DE NOSSO CLUBE Herculano Vanderli de Sousa Verificando meu relicário, deparei com fotos dos bons tempos do “Nosso Clube”, onde arrisquei meus primeiros passos de dança. Onde “estreei” meu primeiro terno, apesar de tê-lo adquirido em segunda mão... “Nosso Clube” foi fundado pelos políticos do PSD (Partido Social Democrático), enquanto o “Abaeté Clube” fora fundado pela UDN (União Democrática Nacional). Abaeté Clube era mais elitista. Nosso Clube, do qual comprei minha cota, já que eu me enquadrava ali, era mais popular. Saudades dos verdadeiros carnavais, animados por conjuntos, hoje chamados de “bandas”, com trombones, clarinetas, trompetes e bateria, tocando as saudosas marchinhas. Ambiente seleto. Forasteiros e visitantes só entravam apresentados por um sócio efetivo. Havia as chamadas “horas dançantes”, bailes de gala, as famosas quadrilhas conduzidas pelo saudoso maestro Niquinho e animadas pelo Si- mião Sanfoneiro. Eu esperava ansioso um baile de gala para que pudesse estrear minha fatiota. Certa vez, sabendo que haveria um baile em Nosso Clube, liguei para lá e fui atendido pelo gerente Zé Negrinho, o popular Zé do Clube. Após me identificar, perguntei se o baile era social (Queria saber como seriam os trajes). Ele, rindo, me disse que o baile era social, mas que eu poderia ir assim mesmo, ele me quebraria o galho... Assim, finalmente pude estrear meu terno, comprado a duras penas e a prestações. Fiquei todo “intimando”... Os artistas da foto, do conjunto “The Raiders Boys”, que animavam as horas dançantes, são Ronaldo Soares, Élio Romualdo, Geraldo Toledo e Moacir Araújo. Não consegui identificar o baixista. O prédio onde funcionava o clube hoje é um hotel. Guardo com carinho os recibos das mensalidades. Bons tempos que não voltam mais... “Compartilhar é uma das maiores qualidades espirituais. O milagre é que quanto mais você compartilha sua felicidade, mais você tem”. (Osho) 12 nossojornal / mar14 Serra da Saudade: poesia e graciosidade em um único e pequeno lugar. ntre muitas montanhas e com um nome poético, está Serra da Saudade, segundo dados do IBGE, o menor município mineiro, com 825 habitantes. Já em nível Brasil, perde apenas para Borá, em São Paulo, que é considerado o menor do país. As pequenas dimensões geográficas e demográficas não são comparáveis com a enorme hospitalidade, belezas de suas paisagens e da gente especial e hospitaleira que ali habita. Com um clima tropical e ar puro, a cidade está localizada no centro-oeste mineiro, a 230 Km de Belo Horizonte e a 85 km de Abaeté, tendo como vizinhos os municípios de Dores do Indaiá, Quartel Geral, São Gotardo e Es- trela do Indaiá. O registro do surgimento de Serra da Saudade tem um encontro com a história da construção de Brasília, pois a Estrada de Ferro Belo HorizonteParacatu seria o caminho mais perto para se chegar lá na época e necessitava passar pela serra, o que fez aumentar o progresso na região, dando origem ao lugarejo. Ali era ponto de parada para viajantes que transportavam material para a construção de Brasília. Uma lenda de Serra da Saudade Há muitos anos, por volta do século 18, vivia no lugarejo uma tribo indígena, que, por motivos desconhecidos, acabou sendo dizimada, restando ali apenas uma índia. Esta, Graciosidade e preservação da história. por sua vez, vivia em total abandono e solidão. Até que, um dia, parentes que moravam na Bahia lhe escreveram uma carta. No entanto, naquela época, as correspondências eram transportadas por carros de boi, charretes, trens de ferro, automóveis, onde as malas se molhavam e secavam. Tudo isso acabou danificando a correspondência destinada à índia. Quando a carta chegou ao seu destino, ela já tinha falecido de desgosto e saudades de seus entes queridos. Os moradores da época abriram a correspondência, e a única palavra que se podia ler era SAUDADE. Daí o nome de Serra da Saudade. Os túneis da Estrada de Ferro Belo Horizonte- Paracatu ainda lá estão. São dois, inaugurados em 1925, em arco pleno, e desativados em 1968. Hoje, são pontos turísticos da cidade, que mantém a preservação da paisagem aos seus redores. Uma boa opção de passeio com história, encanto e cheiro de natureza. Ao andar pelas ruas, é fácil perceber a hospitalidade de seus moradores com um “opa, bom dia” que quer traduzir: “sei que você não é daqui, mas seja bem vindo!”. Hospitalidade esta que podemos observar ao entrar na Sabores da Serra, nome sugestivo para a única padaria da cidade. O local é administrado por Aloísio Alves, 49, e conta com o apoio da família nos trabalhos. Existe há três anos. Rua principal: limpeza, leveza e calma. Serras e mais serras envolvem a “cidade Os túneis linha Belo Horizonte Paracatu, pon “Somente aquilo que a morte não pode levar embora é real. Tudo o mais é irreal; é feito da mesma substância de que são feitos os sonhos” (Osho) nossojornal / mar14 13 Texto e fotos: Ana Lúcia Lopes, de São Paulo / Dores do Indaiá bolos. Outra peculiaridade da cidade é a marca de mãos femininas em sua administração. Em 1963, após a fundação da prefeitura municipal e a emancipação do município, quem o administrou foi Elza Soares Moreira. Hoje, a administração pública também conta com uma mulher, Neusa Maria Ribeiro. Ela afirma que procura levar o desenvolvimento ao município, mas dentro do contexto tradicional de preservar a tranqüilidade do povo, neste cenário de pequena cidade. saudade”. Verde a se perder de vista. ntos obrigatórios para os turistas. Antes disso, os moradores tinham acesso ao pãozinho para o caféda-manhã somente às segundas e sextas-feira, quando eram trazidos de Estrela do Indaiá. Hoje, ao chegar, há orgulho e bom preço para servir os visitantes e moradores, com quitandas que vão desde o tradicional pão-de-sal, aos biscoitos com nomes bem mineiros como Peta, Cinco Pratos e Em Serra da Saudade, a vida segue em silêncio. Emancipada em 1963 de Dores do Indaiá, mantém o ar de interior com orgulho. Possui um total de cinco ruas, dois bairros, uma rádio, uma padaria, um armazém, uma casa lotérica, duas escolas, que atendem 250 alunos, acesso a saúde, dentistas, religiosidade, festas tradicionais, a praça aos pés da Igreja Matriz e a Praça Ademar Ribeiro de Oliveira (Praça Central). Esta é ponto de encontro de muitos ao final da tarde e dos jovens nos finais de semanas. Tudo com um ritmo próprio. 51 anos de emancipação política Em primeiro de março, a cidade completou 51 anos de emancipação. Comemorou com festa, cultura e levou a arte da palhaçaria à população, segundo Deusdedit Francisco Rosa (Deth), criador do projeto cultural “Godofredo e amigos”, um grupo de teatro formado por pessoas que se dedicam à arte em Dores do Indaiá, Abaeté, Quartel Geral e Martinho Campos. Foi um momento de levar a arte do palhaço em um dia especial para a cidade e fazer do paspalho a criatura que leva sorriso e leveza para todos. Serra da Saudade sustenta e quer manter o título de menor cidade de Minas em número de habitantes, mas tem características onde quer ser única. “Aqui todo mundo é amigo”, afirma orgulhosa Rafaela Alves, estudante de 15 anos, que sonha ser médica. E é fácil compreender esta verdade, pois o município não registra um único homicídio há 50 anos. Serra da Saudade, fácil de chegar e mais fácil compreender porque tudo tem seu ritmo, seu estilo e suas peculiaridades. Com seu relógio Tagus lá está a igreja: tradição e fé. Aloísio Alves, 49, ao lado da filha Rafaela Alves, 15. “Sabores da Serra, Um sonho realizado”, afirma o orgulhoso por estar com seu próprio negócio. Foto: amomartinhocampos.com.br Paspalhos de Dores do Indaiá e Martinho Campos marcaram presença nas comemorações dos 51 anos de emancipação de Serra da Saudade. “Se alguém ama você, seja grato, mas não exija nada - porque o outro não tem obrigação de amá-lo. Se uma pessoa ama, trata-se de um milagre. Emocione-se com o milagre.” (Osho) 14 nossojornal / mar14 Mocidade Espírita Sementes de Luz Dia 02 de março, a Mocidade Espírita Sementes de Luz completou dois anos de atividades. Trata-se de um grupo de adolescentes e jovens espíritas, que se reúnem em prol do objetivo comum de estudar a Doutrina Espírita e o Evangelho de Jesus e vivenciar estes ensinamentos através do trabalho espírita cristão. Para participar, é preciso ter 12 anos completos, compromisso e dedicação, para que os encontros sejam de forma espontânea e gradativa, oferecendo sempre oportunidades de trabalho, estudo, apoio, segurança, confiança, incentivo e respeito à sua capacidade como espírito, permitindo o diálogo e a troca de experiências dentro de uma convivência fraterna. Utilizamos os recursos valiosos que os jovens oferecem, como entusiasmo, boa vontade, energia, alegria e conhecimento. Realizamos ações filan- Os integrantes do grupo contam com o apoio do coordenador geral Fábio Júnior, um jovem muito dedicado e empenhado do sucesso e crescimento do movimento jovem espírita na nossa cidade. A coordenação de integração musical fica por conta do André Luiz, muito alegre, animado, carismático, super talentoso e que contribui muito para o fortalecimento do grupo. (Vera Lúcia e Margarete) Criação: Jéssica Taís Ligue os pontos e aprenda a desenhar o nosso amigo Reciclonaldo Colônia Z-25 dos Pescadores Artesanais e Aquicultores de Abaeté MG EDITAL DE CONVOCAÇÃO Pelo presente Edital de convocação, faço saber que no dia 14/04/2014 (quatorze de abril de dois mil e quatorze), horário das 08:00 (oito) horas as 17:00 (dezessete) horas, na sede da Colônia Z-25 dos Pescadores Artesanais e Aquicultores de Abaeté MG, será realizada a eleição para composição da Diretoria, Conselho Fiscal e respectivos suplentes, para o mandato de 15 (quinze) de maio de 2014(dois mil e quatorze) a 14 (quinze) de maio de 2017 (dois mil e dezessete). O prazo para registro de chapas é de 10 (dez) dias contados da data de publicação deste Edital. O requerimento acompanhado de todos os documentos exigidos para o registro será dirigido ao Presidente da entidade, podendo ser assinado por qualquer candidato componente da chapa, devidamente formalizado em duas vias. A Secretaria da entidade funcionara no período destinado ao registro de chapas, no horário das 08:00 (oito) horas as 11:00 (onze) horas e das 12:00 (doze) horas as 17(dezessete) horas, onde encontrara a disposição dos interessados, pessoa habilitada para atendimento, prestação de informações concernentes ao processo eleitoral, recebimento de documentação e fornecimento do correspondente recibo. A impugnação de candidatura devera ser feita no prazo de 02 (dois) dias a contar da publicação da relação das chapas registradas. Serão garantidas por todos os meios possíveis, a lisura e a democracia do pleito. Abaeté, 14 de Fevereiro de 2014. A Vandelio Jose Ribeiro – Presidente da Colônia Z-25 da Colônia dos Pescadores de Abaeté MG. trópicas, buscando ajudar ao próximo, a comunidade, aos menos afortunados e às instituições que abrangem essa causa. Nesse grupo, há também muita diversão com ensaios e apresentações musicais, peças teatrais, confraternização e retiros espirituais. As reuniões aos sábados são compostas de músicas, palestras, dinâmicas, filme, debates e estudo, onde os jovens podem questionar e tirar as suas dúvidas. CRUZADINHA Vamos aprender um pouco mais sobre os materiais recicláveis? Responda e preencha a cruzadinha: 1 - O que pode ser transparente ou colorido e é feito de areia? 2 - O que é formado pelo petróleo e está presente na maior parte dos brinquedos? Depois, faça um colorido bem bacana! 3 - O que vem das árvores, é branco e fininho? 4 - O que é usado para fazer latinhas de refrigerante? “Se você é capaz de ser feliz quando está sozinho, você aprendeu o segredo de ser feliz.” (Osho) Respostas: 1 - VIDRO; 2 - PLÁSTICO ; 3 - PAPEL; 4 - METAL E D ITAL CONTRIBUIÇÃO SINDICAL RURAL PESSOA FÍSICA EXERCÍCIO DE 2014 A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA, em conjunto com as Federações Estaduais de Agricultura e os Sindicatos Rurais e/ou de Produtores Rurais com base no Decreto-lei nº 1.166, de 15 de abril de 1.971, que dispõe sobre a Contribuição Sindical Rural - CSR, em atendimento ao princípio da publicidade e ao espírito do que contém o art. 605 da CLT, vêm NOTIFICAR e CONVOCAR os produtores rurais, pessoas físicas, que possuem imóvel rural ou empreendem, a qualquer título, atividade econômica rural, enquadrados como “Empresários” ou “Empregadores Rurais”, nos termos do artigo 1º, inciso II, alíneas a, b e c do citado Decreto-lei, para realizarem o pagamento das Guias de Recolhimento da Contribuição Sindical Rural do exercício de 2014, devida por força do que estabelecem o Decreto-lei 1.166/71 e os artigos 578 e seguintes da CLT, aplicáveis à espécie. O seu recolhimento deverá ser efetuado impreterivelmente até o dia 22 de maio de 2014, em qualquer estabelecimento integrante do sistema nacional de compensação bancária. A falta de recolhimento da Contribuição Sindical Rural até a data de vencimento acima indicada, constituirá o produtor rural em mora e o sujeitará ao pagamento de juros, multa e atualização monetária previstos no artigo 600 da CLT. As guias foram emitidas com base nas informações prestadas pelos contribuintes nas Declarações do Imposto Sobre a Propriedade Territorial Rural – ITR, repassadas à CNA pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, com amparo no que estabelece o artigo 17 da Lei nº 9.393, de 19 de dezembro de 1.996, remetidas, por via postal, para os endereços indicados nas respectivas Declarações. Em caso de perda, de extravio ou de não recebimento da Guia de Recolhimento pela via postal, o contribuinte deverá solicitar a emissão da 2ª via, diretamente, à Federação da Agricultura do Estado onde têm domicílio, até 5 (cinco) dias úteis antes da data do vencimento, podendo optar, ainda, pela sua retirada, diretamente, pela internet, no site da CNA: www. canaldoprodutor.com.br. Eventuais impugnações administrativas contra o lançamento e cobrança da contribuição deverão ser feitas, no prazo de 30 (trinta) dias, contados do recebimento da guia, por escrito, perante a CNA, situada no SGAN Quadra 601, Módulo K, Edifício CNA, Brasília - Distrito Federal, Cep: 70.830-903. O protocolo das impugnações poderá ser realizado pelo contribuinte na sede da CNA ou da Federação da Agricultura do Estado, podendo ainda, a impugnação ser enviada diretamente à CNA, por correio, no endereço acima mencionado. O sistema sindical rural é composto pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil–CNA, pelas Federações Estaduais de Agricultura e/ou Pecuária e pelos Sindicatos Rurais e/ou de Produtores Rurais. Brasília, 26 de março de 2014. Kátia Regina de Abreu, Presidente nossojornal / mar14 15 Sejam bem-vindos os pequeninos cidadãos recém-chegados à Cidade -Menina: Victor César (dia 20/02, filha de Sirlei Aparecida e Romário), Letícia Emanuelly (dia 24/02, filha de Maria Geralda e Eduardo Henrique), Thaila Sophie (dia 23/02, filha de Elzele Aparecida e Wanderson Aparecido), Manuela (dia 25/02, filha de Cinara e Rubens Mateus), Filipe Gabriel (dia 26/02, filho de Jaqueline Aparecida e José Maria), Manuella Victória (dia 26/02, filha de Karine Carla e José Maurício), Michaell Henrique (dia 26/02, filho de Keila Luana e Willian Henrique), Matheus Henrique (dia 27/02, filho de Neuza e Ronei), Carlos Fabian (dia 02/03, filho de Karla Fabiana e Fabiano), Isabella (dia 05/03, filha de Rejane Aparecida e Nivaldo Aparecido), Emanuelly (dia 06/03, filha de Amanda Aparecida e Wellington), Maria Eduarda (dia 06/03, filha de Daniela e Robson), Henzo Rodrigo (dia 09/03, filho de Talita Lorraine e Rodrigo), Levi Victor (dia 09/03, filho de Aldeneide e Wagner), Guilherme (dia 10/03, filho de Mônica Aparecida e Geraldo), Davy Taylor (dia 11/03, filho de Priscila e Johnata), Ana Cecília (dia 13/03, filha de Tamires Antônia e Fabiano), Samuel Lucas (dia 19/03, filho de Lídia Priscila e Marlúcio Francisco), Alice Vitória (dia 20/03, filha de Brenda e Marcos Antônio), Arthur Gabriel (dia 20/03, filho de Jéssica Caroline e Marcos Antônio). Noticiamos a partida dos seguintes conterrâneos de volta à Pátria Espiritual: Jorge Alves do Nascimento (Jorge da Camig, dia 25/02, nasc. 26/04/1934), Maria José de Fátima Carmo (filha da Ana do Timóteo, dia 26/02, nasc. 16/02/1954), João de Paula da Costa (dia 26/02, nasc. 26/06/1957), Valdoir Campos de Almeida (irmão do Nenê pedreiro, dia 28/02, nasc. 16/03/1955), Lucimar Regina Valentim (irmã da Lucília da Policlínica, dia 01/03, nasc. 29/06/1951), Iracema Simões da Cunha (dia 04/03, nasc. 08/09/1925), Joaquim Dias de Oliveira (sogro do Orlando Amorim, avô do Guilherme vendedor, dia 08/03, nasc. 20/05/1928), Terezinha Ferreira da Cruz (Terezinha do Zé Miguel, dia 09/03, nasc. 07/06/1933), Terezinha Afonso de Almeida (dia 09/03, nasc. 11/06/1928), João de Oliveira Campos (João Batista, dia 11/03, nasc. 03/09/1941), João Lucindo da Silva (interno da Vila Vicentina, irmão gêmeo do José Lucindo, dia 13/03, nasc. 21/03/1942), Túlio Alves Teixeira (pai do Pé de Manga, dia 19/03, nasc. 01/09/1929), Valdemar José de Andrade (Demar do Táxi, dia 19/03, nasc. 03/04/1949), Maria Lúcia Baldoíno da Silva (Lucinha, dia 20/03, nasc. 06/10/1973), Maria Nazaré de Vargas (mãe do Eli caminhoneiro, dia 20/03, nasc. 20/05/1936), Giselda Maria de Lima (irmã do Dr. José Eustáquio de Lima, dia 23/03, nasc. 24/09/1947), Celso Luís de Oliveira (Cé, esposo da D. Arminda, dia 26/03, nasc. 25/12/1924). “A maior liberdade é ser livre de nossa própria mente.” Homenagem a Frei Orlando Banda de música, missa festiva, inauguração de busto, apresentação musical e apresentação de um DVD com a história de sua vida marcaram as comemorações do centenário de nascimento de Frei Orlando Álvares da Silva em Abaeté, dia 16 de março. Este mês, a vida do capelão do exército brasileiro, falecido durante a II Guerra Mundial em 1945, foi celebrada pela Diretoria de Patrimônio Histórico e Cultural do Exército Brasileiro em todas as cidades pelas quais Frei Orlando passou. Nascido na região de Morada Nova, em 13 de fevereiro de 1913, Frei Orlando foi criado em Abaeté pela família de um farmacêutico, pois perdeu os pais muito cedo. Em 1925, foi para o seminário menor em Divinópolis. Seis anos depois, embarcou para a Holanda, onde fez o noviciado, filosofia e o primeiro ano de teologia. Voltou ao Brasil em 1935. No ano seguinte, foi ordenado diácono e, em 1937, presbítero em Divinópolis. Em 1938, foi nomeado diretor espiritual do Colégio, em São João Del-Rei. Caridoso, o jovem padre inaugurou uma obra de assistência social chamada “Sopa dos Pobres” e, daí em diante, começaram os contatos com o Exército na cidade em busca de auxílio para a obra de caridade. No dia 15 de março de 1944, de forma voluntária, Frei Orlando apresentou-se para ser capelão do Exército Brasileiro na II Guerra Mundial. Seu embarque aconteceu em 22 de setembro, levando consigo um cachimbo e uma gaita. A primeira missa celebrada em território italiano foi na cidade de Pisa. No campo de batalha, ele tinha tanto preocupação com a assistência espiritual dos soldados, como a ajuda às famílias italianas em estado de grave pobreza devido à guerra. Preferia a frente de batalha, ao invés da retaguarda. Em uma de suas folgas, foi até Roma, onde se encontrou com o papa Pio XII. No dia 20 de fevereiro de 1945, enquanto se diri- Músicos de Abaeté apresentaram uma canção composta por Lúcia Pereira de Andrade, em homenagem ao frade de bom humor, dedicado aos pobres, simples e de “boa prosa”. gia de Docce para Bombiana para levar assistência espiritual aos soldados, às vésperas da tomada de Monte Castelo, o jipe no qual estava ficou preso a uma pedra e, na tentativa de retirá-la, um oficial acertou, acidentalmente, um disparo na direção do frei, que morreu nesse instante. Tinha 32 anos. Seus restos mortais e também de outros com- batentes foram trazidos ao Brasil em 1960, sendo depositados no Monumento Nacional aos Mortos da II Guerra, no Rio de Janeiro. Em 2009, foram transferidos para São João Del Rei. Ao final da Guerra, o governo brasileiro instituiu Frei Orlando como patrono do Serviço de Assistência Religiosa do Exército, criado, em caráter permanente por decreto-lei, em 1946. Vendo barato, ou troco por carro, moto etc., restaurante self-service funcionando com clientela fixa, ao lado da rodoviária e do Disk Gole do Juliano. Ótima oportunidade de ser dono do próprio negócio: (37) 9138-2000 (Vivo) 16 nossojornal / mar14 Projetos de leis apreciados na Câmara Municipal outras providências”, de Fazenda Pública Muniautoria do Executivo. cipal através de seus representantes a celebrar - Projeto de Lei acordo em processos ju006/2014 - “Autoriza a diciais e administrativos, abertura de Crédito Su- de autoria do Executivo. plementar e dá outras providências”, de autoria - Projeto de Lei do Executivo. 009/2014 - “Dispõe sobre repasse a título de Projetos de leis contribuição financeira ao em tramitação: Clube Independentes de Abaeté e dá outras pro- Projeto de Lei vidências”, de autoria do 007/2014 - “Autoriza a Executivo. - Projeto de Lei 005/2014 - “Autoriza inclusão de programa de Governo na Lei nº 2.628/2013, que dispõe sobre as Diretrizes para elaboração da Lei Orçamentária de 2014 e na Lei 2.637/2013 que Dispõe sobre o Plano Plurianual do Município de Abaeté/ MG para o período financeiro de 2014 a 2017. Autoriza a abertura de Crédito Adicional Especial e dá Prestando esclarecimentos sobre a Saúde Pública Na reunião ordinária do dia 19 de março, o Presidente do Conselho Municipal de Saúde, Norberto dos Santos, fez uso da palavra na Tribuna Livre desta Câmara e trouxe aos vereadores e também à população alguns pontos discutidos na última reunião do Conselho. Disse que, dentre outras atribuições do Conselho, destaca-se a fiscalização da aplicação dos recursos destinados à Saúde, assim como auxiliar nos caminhos e soluções nas questões que apresentarem deficiências e insatisfação da população. A partir de estudos feitos pelos integrantes do Conselho, divididos em várias comissões temáticas como setor financeiro, físico, recursos humanos, funcionalismo, salários, foram determinadas várias deliberações, todas embasadas em lei e homologadas pelo Prefeito. O Conselho verificou, por exemplo, que os recursos destinados à saúde não estavam sendo aplicados e aproveitados da melhor forma, muitas vezes ocorrendo em desperdício, especificamente na telefonia e no transporte de pacientes que faDesta forma, o Conse- orientações e deliberazem tratamento de saúde lho apresentou algumas ções que foram acatadas fora do domicílio. Participe das reuniões ordinárias da Câmara Municipal de Abaeté, às segundas-feiras, às 20 horas. Sua resença é muito importante. VISITE O SITE DA CAMARA MUNICIPAL DE ABAETÉ/MG E FIQUE POR DENTRO DOS TRABALHOS DO LEGISLATIVO. www.camaraabaete.mg.gov.br pelo Prefeito Municipal e Secretária de Saúde, procedendo desta forma a adoção de novas medidas, contribuindo para o melhor funcionamento, desempenho e atendimento da Secretaria Municipal de Saúde. Dentre as deliberações, ficou determinado que o transporte de pacientes para tratamentos em outros municípios (TFD) será concedido exclusivamente a pacientes atendidos na rede pública ou conveniada contratada do SUS. As pessoas que fazem tratamento particular ou via convênios médicos só serão transportadas quando sobrarem vagas. Também está vedada a autorização de TFD para acesso de pacientes a outro município para tratamentos que utilizem procedimentos contidos no piso de atenção básica PAB, casos que podem ser resolvidos em Abaeté. Segundo Norberto, estas deliberações estão embasadas na Portaria 55 de 24 de fevereiro de 1999 da Secretaria de Assistência de Saúde, que dispõe sobre a rotina do tratamento fora de domicílio do Sistema Único de Saúde, estabelecendo os pré-requisitos para a utilização do serviço. nossojornal / mar14 17 Histórias Perdidas... e reencontradas Bernadete Ribeiro, de Belo Horizonte À s vezes, penso que a vida se traduz em ondas e, como as do mar, elas despejam algumas vezes, em nossa praia do cotidiano, algumas boas surpresas. E este é um dos motivos da vida ser tão fascinante. Um destes dias em que tudo apontava para uma rotina maçante, recebi uma carta. Já era diferente, porque se tratava de uma carta, meio de comunicação ameaçado de extinção. A caligrafia pequena, bem traçada e cuidadosa, não me era estranha. O missivista era ninguém mais, ninguém menos, do que o melhor professor que já tive na vida. E olha que não o encontrei na faculdade, e sim nos tempos do Colégio Nossa Senhora de Fátima, em Abaeté. Ele me ensinou muito mais que português e filosofia. Ele me ensinou, com seu exemplo, princípios de caráter e retidão. Ele me ensinou a gostar de ler e de escrever. Por isso, escolhi o jornalismo como profissão. Há muitos anos, fui a Paineiras dizer isto pessoalmente a ele. Cheguei no dia do seu aniversário. Creio que ele recebeu o elogio como um presente dado com sinceridade. O professor Leonído, depois da aposentadoria, se recolheu à sua fazenda em Paineiras. Para lá, se retirou também uma das mais brilhantes e profun- das mentes que pude conhecer. Sei que ele me lê neste momento com ar de reprovação. Me pediu um dia que, se contasse esta história, o poupasse dos elogios que sabia que eu iria fazer, por não acharse merecedor. Perdoe-me, querido professor, mas estes são apenas pequenos e merecidos gravetos que não farão crepitar qualquer fogueira de vaidade, discórdia ou inveja alheias. Depois da primeira carta, se sucederam muitas outras. Fiquei feliz por poder sustentar um diálogo escrito, do mais alto nível. Costumo brincar que, quando recebo uma carta do Professor Leonídio, tenho que convocar às pressas todos os meus neurônios. A correspondência gerou frutos. Leonídio me enviou seus belos livros de poesia, além de outros dois livros do escritor Rubens Fiúza, que me revelaram as mais inéditas e surpreendentes histórias sobre a região onde está Abaeté. Os títulos são: “Do São Francisco ao Indaiá” e “Águas de Piraquara”. Natural de Dores do Indaiá e falecido em 2000, aos 77 anos, Rubens Fiúza é daqueles geniais escritores e pesquisadores que, infelizmente, passam despercebidos pelo mundo. Sua biografia, por si só, já merecia um livro à parte. Nela consta que "sofreu várias tentativas de sequestro e assassinato, das quais escapou ileso, apesar de não ter nenhuma ligação com partidos políticos e viver exclusivamente em função de sua atividade intelectual". Merecia ter recebido homenagens literárias, de historiadores, e placa de rua e busto em sua cidade natal (perdoem-me dorenses, se já o fizeram). Rubens Fiúza escreve a história com poesia, com maestria. Transforma seus livros em verdadeiros filmes escritos, que mereciam serem levados para as telas de cinema. Sobre eles, o próprio Leonídio escreveu : "Sob o pretexto de historiar Dores do Indaiá, traça, holisticamente, a geografia, a história política, a antropologia da região entre os dois rios, concluindo por conectála à História de Minas, do Brasil e do Mundo. A obra nos leva a pensar que, depois dela, nada mais resta a dizer, tão vasta a pesquisa que a precedeu". E o mais impressionante. Tudo acontecido nos nossos sertões, na imensidão das terras compreendidas entre os rios São Francisco e Indaiá. É por isto que quero convidá-los a viajar comigo por estas narrativas que me trouxeram tantas descobertas. A partir deste número do Nosso Jornal, vou escrever sobre as histórias contadas por Rubens Fiúza, que são verdadeiras e amparadas por detalhados documentos e enumerados em seus livros. Continua nas pág. 18 e 19 “Não há necessidade alguma de ter medo. Você pode perder apenas aquilo que tem que ser perdido. E é bom que perca logo – porque quanto mais tempo ficar, mais forte aquilo se torna.” (Osho) 18 nossojornal / mar14 A CABEÇA PERDIDA DE TIRADENTES Bernadete Ribeiro, de Belo Horizonte - continuação da matéria iniciada na página 17 Quero começar com aquela que mais me surpreendeu. Sob o título “A cabeça do Alferes”, o autor conta em detalhes como a cabeça de Tiradentes foi roubada do poste em que se encontrava exposta na antiga Vila Rica, e trazida para a fazenda chamada Santiago, em Quartel Geral, onde foi enterrada. O surpreendente relato nos conta como os maçons, homens enriquecidos pelo tráfico de diamantes para a Inglaterra e Holanda, planejaram meticulosamente o resgate da cabeça de Tiradentes, exposta em praça pública como punição pela trama da Inconfidência Mineira. Há trezentos anos, a fazenda pertencia a Juca de Souza, que por si só merece um capítulo à parte. Sua vida é digna de livro e filme. Dorense, Juca de Souza era o mais influente maçom e traficante dos diamantes da região compreendida entre o Rio São Francisco e o Indaiá. Neste rio, mantinha um garimpo. Numa reunião secreta da maçonaria mineira, ficou decidido que a cabeça do Tiradentes, exposta dentro de uma gaiola de ferro para não virar alimento de abutres e vigiada dia e noite em Vila Rica, seria roubada e enterrada na fazenda Santiago, em Quartel Geral. Cumpriam assim o que consideravam uma missão cristã, de enterrar o companheiro de Acreditem. Com os livros do professor, jornalista e escritor Rubens Fiúza, é possível sonhar acordado com as incríveis histórias do passado de nossa região. revolução. Nem que este ato católico se resumisse no enterro do que sobrou do corpo de Tiradentes. Foi assim que, numa das noites mais frias, enevoadas e chuvosas da antiga Vila Rica, um homem baixo, de olhos azuis, acompanhado por um escravo e puxando uma carroça com um carregamento de vinho, se aproximou do único guarda que vigiava os despojos de Tiradentes. No início, eram quatro guardas. Com o tempo, e o arrefecimento do susto e das emoções populares, a vigia passou a ser feita por um único guarda. Os ma- çons esperaram pacientemente pela melhor hora para executar o plano. O velho se aproximou e ofereceu um bom e legítimo vinho do Porto ao tiritante guarda. Disse que levava um carregamento de vinho e que sempre havia alguns abertos para noites como aquela. Iniciou uma conversa regada a copos e mais copos, que só terminou quando o guarda se entregou a Morfeu, dormindo pesadamente. Só de manhã, quando um menino gritou: “cadê a cabeça do condenado? - é que deram pela coisa. A cabeça, já seca, foi colocada em uma espécie de odre de couro que envolvia uma garrafa com vinagre, porque, a essa altura, mal cheirava a léguas. E o velho que levou a cabo o plano dos inconfidentes era ninguém menos que o Padre Francisco de Assis Garcia, também ele um maçom e inconfidente, apesar de português. A história da vinda desta cabeça, transportada em carro de boi de Ouro Preto até Quartel Geral, também merece ser contada à parte. É o que farei em outra edição. Basta dizer que até o carro de boi foi perdido, com bois e tudo, carregados pela maior enchente daqueles anos do lagoão da Piraquara, uma vasta reserva de água doce do Rio São Francisco, tão grande que parecia um mar interior. Ficava no município de Bom Despacho, e hoje não existe mais nenhum vestígio desta imensidão de água que, acreditem, media mais de 100 quilômetros de comprimento. Também contarei depois sobre a Piraquara. Bem, mas voltando à nossa estória...... Nesta mesma viagem, “O amor deve ser como a respiração. Não é uma questão de estar amando alguém, é uma questão de ser amor.” (Osho) estavam também a viúva de Tiradentes, Dona Eugênia, e o filho dela e de Tiradentes, João Almeida Beltrão, menino de gênio taciturno e depressivo, que se suicidaria 46 anos mais tarde. Enquanto os viajantes tratavam de salvar as próprias vidas, a garrafa com a cabeça desapareceu. Mas depois que as águas baixaram, um escravo a encontrou entre as cordas de uma rede que ficara presa ao rabo de uma mula, o único animal que sobrevivera, e que garantiu também a sobrevivência do grupo. Montados nela, Eugênia e o filho, com o Padre e o escravo com águas correntes pelos joelhos, a velha mulazinha garantiu seu lugar na história ao “marchar em trotezinho firme e seguro pela cismeira submersa da lombada, até os altos barrancos do Porto da Piraquara”. Tanto o filho de Tiradentes quanto sua mulher Eugênia trocaram seus sobrenomes para não sofrerem perseguições. Assim, Eugênia Joaquina da Silva passou a se chamar Eugênia Maria de Jesus. É incrível, mas muitos dos descendentes de Tiradentes com o sobrenome Beltrão estão espalhados por nossa região, incluindo Abaeté, sem que saibam que carregam o sangue do mártir da inconfidência. (Continua) nossojornal / mar14 19 A saga dos caçadores da cabeça perdida de Tiradentes Professor Modesto Pires Desde que tomei conhecimento desta história despertou em mim o lado detetivesco que todo jornalista, bem lá no fundo, carrega. Decidi que iria procurar a velha fazenda Santiago, palco de tantos acontecimentos, e tentar localizar o pequeno cemitério de garimpeiros próximo à sede, e "com vista para a lagoa", como é descrito o local onde foi enterrada a cabeça. Como nada é por acaso, recebi, em um belo dia, um telefonema entusiasmado do professor Leonídio, me dizendo que havia descoberto quem era o dono atual da fazenda Santiago: Élio Romualdo, um de meus melhores amigos em Abaeté. Então cheguei à casa dele e lhe entreguei o livro, dizendo-lhe que precisava ler o capítulo sobre a cabeça do alferes. Em pouco tempo, eu tinha um interessadíssimo companheiro de busca. E foi assim que, no final de 2013, em pleno domingo, teve início a saga dos caçadores da cabeça perdida de Tira- dentes. Na primeira missão, partimos eu, Élio e Maria Amália rumo a Quartel Geral, para conversarmos com o Sr. Simão, que guarda, em sua ainda aguçada memória, toda a estória daquela região. Ele por certo haveria de nos dizer onde ficava a sede antiga. Sr Simão, depois de ouvir pacientemente a leitura de dois capítulos inteiros, feita pelo Élio, nos explicou que a fazenda Santiago original, cujas terras ocupavam mais um município, foi desmembrada em várias com o passar dos anos. Muitas delas conservaram o mesmo nome. Então ele nos falou de algumas possibilidades, apontando as direções. Mas...ah, o tempo. Sempre ele. Faltou tempo. Precisava voltar para não perder minha carona para BH. Assim, nossa procura pela cabeça perdida de Tiradentes teve que esperar por uma nova oportunidade. Mas uma coisa já está certa, a viagem seguinte terá mais pessoas. Ao saberem da história, muitas se entusiasmaram. Minha amiga, a Lourdinha do Gelito, já confirmou presença na "expedição" e até me confidenciou que ouviu dizer que por lá aparece um certo fantasma. Será ele um barbudo? Mais um mistério a esclarecer. Por certo, não encontraremos o cemiteriozinho de garimpeiros, que já se encontrava em estado de abandono há cerca de 300 anos. Muito menos a garrafa enterrada, porque é como achar uma agulha no palheiro, já que não foi feita nenhuma lápide. Isto já é trabalho para profissionais. Mas que vamos encontrar a Santiago original, ah, isto vamos! E quem sabe ainda colocamos Abaeté, Dores do Indaiá e Quartel Geral no roteiro turístico histórico de Minas?!! Menos, não é gente? Mas que teremos assunto por muitos anos, ah, isto teremos. Enquanto isto, já de volta (infelizmente) a Belo Horizonte, olhando a lua cheia, fico pensando em quantas lacunas nossa história oficial deixou. Quantos fatos deixaram de ser contados, alguns muito mais empolgantes do que os que estão nos livros. E que se não fosse a perseverança e coragem de uma outra cabeça - a de Rubens Fiúza, talvez nunca ficássemos sabendo sobre a cabeça perdida de Tiradentes, nem de outras fascinantes histórias. E fiquei pensando também se todo o empenho de Fiúza não se deve ao fato de ser, ele mesmo, um descendente da sétima geração do próprio Tiradentes. Esta é uma das surpresas do livro, quando o autor menciona um a um seus ascendentes, até chegar ao herói da Inconfidência. Nos acompanhe nesta viagem. Vamos desenterrar outras estórias perdidas no tempo, que embalaram vários dos meus dias, e os dias (e noites, aposto) do professor Leonídio. Acreditem. Com os livros do professor, jornalista e escritor Rubens Fiúza, é possível sonhar acordado com as incríveis histórias do passado de nossa região. E isto também é de perder a cabeça. (Bernadete Ribeiro) ““O amor não é uma relação entre duas pessoas. É um estado de espírito dentro de si mesmo.” (Osho) Fique atento para acertar: 1 - Não “se o diz”. É errado juntar o se com os pronomes o, a, os, as. Assim, nunca use: fazendo-se-os, não se o diz (não se diz isso), vêse-a, etc. 2 - Acordos “políticos-partidários”. Nos adjetivos compostos, só o último elemento varia: acordos político-partidários, medidas econômico-financeiras, bandeiras verde-amarelas, partidos socialdemocratas. 3 - Andou por “todo” país. Todo o (ou a ) é que significa inteiro. Toda a tripulação (a tripulação inteira) foi demitida. Sem artigo, todo quer dizer cada, qualquer. Todo homem (cada homem) é mortal. Toda nação (qualquer nação) tem inimigos. “Todos” amigos o elogiavam. No plural, todos exige o artigo: todos os amigos o elogiavam. Era difícil apontar todas as contradições do texto. 4 - Favoreceu “ao” time da casa. Favorecer, nesse sentido, rejeita o artigo: favoreceu o time da casa. A decisão favoreceu os jogadores. 5 - Ela “mesmo” arrumou a sala. Mesmo quando equivale a próprio, é variável - Ela mesma (própria) arrumou a sala. As vítimas mesmas recorreram à polícia. 20 informe publicitário Construção da UPA será iniciada em abril Dia 10 de março, foi realizada a licitação para construção da UPA - Unidade de Pronto Atendimento, no valor de R$ 1.011.176,62 (um milhão onze mil cento e setenta e seis reais e sessenta e dois centavos). As obras serão iniciadas na primeira quinzena de abril. Confira outros recursos e obras que devem chegar ao município em 2014, de acordo com várias emendas apresentadas na Câmara dos Deputados, no mês de março: - Emenda do Deputado Federal Eduardo Barbosa no valor de R$ 512.000,00 (quinhentos e doze mil reais) para construção da Unidade Básica de Saúde Heliana Valadares; - Emenda do Deputa- do Federal Vitor Penido para compra de equipamentos das Unidades Básicas de Saúde do Município no valor de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais); - Emenda do Deputado Federal Eduardo Barbosa para compra de equipamentos das Unidades Básicas de Saúde do Município no valor de R$ 220.000,00 (duzentos e vinte mil reais). - Emenda do Deputado Federal Marcus Pestana para construção da passarela sobre a ponte do rio Marmelada que liga o Bairro São Lucas aos Bairros São Pedro e Progresso, no valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais); - Emenda do Deputado Federal Miguel Correa no valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais) para compra de três veículos para a Assistência Social; - Emenda do Deputado Federal Marcus Pestana no valor de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais) para pavimentação asfáltica no município; - Emenda do Deputado Federal Vitor Penido para compra de três veículos para nosso município. Prefeitura traz três novos médicos para Abaeté O Prefeito Municipal, Armando Greco Filho, juntamente com a Secretária Municipal de Saúde, Célia Lage, conseguiram três novos médicos para atender a nossa população, através do PROVAB - Programa de Valorização do Profissional de Atenção Básica. Dr. Rafael Ribeiro de Assis está em atendimento ao PSF Rural, Dr. Leonardo de Magalhães Machado Nogueira Batista no PSF Terezinha Nicoli e a Dra. Heloísa Aparecida Lacerda e Silva no PSF Feliciana Lage. FIQUE POR DENTRO: Em 2013, a Prefeitura Municipal investiu R$10.364.940,34 na área da saúde. Foram R$7.421.501,30 em recursos próprios (71,6%) e R$2.943.439,04 repassados pela União e Estado (28,4%). A Secretaria Municipal de Saúde atuante contra a Leishmanione Nas ações de combate à Leishmaniose da Secretaria Municipal de Saúde de Abaeté, foram realizados 387 testes rápidos na população canina no ano de 2013 e 296 em 2014, com eutanásia dos animais portadores de doença infectocontagiosa incurável, a Leishmaniose Visceral, a partir de exames clínicos e autorização dos proprietários. Todas as ações realizadas pela equipe de zoonose seguem estritamente as diretrizes e protocolos do Ministério da Saúde. Ainda não foi possível implantar o programa de controle popula- cional de cães e gatos através da esterilização cirúrgica devido à inexistência de local adequado para o pré e pós operatório, ou seja, para a permanência no tempo mínimo necessário para a recuperação dos animais. Trata-se da criação de um canil municipal (Lei Municipal nº 2130/2003), cuja medida impõe ao poder público um investimento bastante elevado, tanto a nível de estrutura física, como para a manutenção dos animais dentro das normas adequadas de sanidade (recursos humanos/ custeio da ali- mentação, higienização, vermifugação, medicação, etc). A SMS informa que toda a população de cães errantes recebe a vacina antirrábica anualmente, no mês de setembro. Frente às diversas e crescentes demandas da área de saúde, a SMS ainda não pôde disponibilizar recursos suficientes e necessários para a criação e manutenção de um canil municipal. Mas todas as ações passíveis de serem executadas sem a criação do canil estão sendo realizadas pela equipe de zoonose. Grande evento cultural A Secretaria Municipal de Cultura e Casa da Cultura de Abaeté convidam todos os abaeteenses para o 4º Encontro de Capoeiristas da Universidade Brasileira Capoeira de Sol Nascente, dias 02, 03 e 04 de maio, na Praça Dr. Amador Álvares. Organizado pelo Contra mestre Matheus (Gato Preto), com supervisão do Mestre Romeu, o evento vai reunir capoeiristas de sete estados: Bahia, Piauí, Distrito Federal, Goiás, São Paulo, Pará e Minas Gerais. Participe! 22 nossojornal / mar14 Deus nos deu um presente durante anos de nossas vidas! “Aqueles que amamos nunca morrem. Apenas partem antes de nós”. João Batista 03/09/1941 - 11/03/2014 Sentimos sua falta todos os dias. Você partiu, mas sua lembrança continua sempre viva entre nós. Eternas saudades. Esposa, filhos, genro, noras e netos Jorge Alves do Nascimento * 26/04/1934 + 25/02/2014 “Ninguém parte na véspera. Todos temos o momento certo para seguir adiante. Às vezes, a morte não parece justa. Contudo, neste mundo que vivemos, de caminhos intrincados, tudo acaba seguindo para um único e determinado ponto. Não sabemos o porquê”. GRATIDÃO E SAUDADES!!!! Túlio, inhô, pai, tio, vô, biso e muitos outros nomes recebeu nesta vida. Veio para educar, criar e nos fazer rir. Parte para mais uma etapa, deixando saudade e o muito que nos ensinou. Agradecemos a Deus por fazer parte de nossas vidas. Saudades que jamais se apaga em nós. Esposa, filhos, genro, noras, sobrinhos, netos e bisnetos. Túlio Alves Teixeira 01/07/1929 - 19/03/2014 Três anos se passaram e, até hoje, não conseguimos nos acostumar com a sua ausência. Temos saudades profundas de coisas comuns, das boas risadas, da sua voz, sempre chamando a todos com cordialidade e alegria, de vários momentos marcantes, sejam eles alegres ou tristes, dos breves e longos momentos, onde a sua companhia foi essencial e hoje não é mais a mesma. Saudades eternas de seus famíliares. José Balbino de Almeida * 21/10/1923 + 03/03/2011 “A menos que você aceite com gratidão tudo o que a vida traz, você está deixando escapar o sentido.” (Osho) nossojornal / mar14 23 Renata Leão Juliana Parabéns pela sua Formatura em Farmácia, por sua determinação e por seu esforço ao longo dessa caminhada! Estamos orgulhosos de você, por esta grande conquista. Pedimos a Deus que abençoe e ilumine seus passos nessa nova etapa de sua vida. Sucesso e muitas felicidades! Amamos você! Tia Lusia e familiares. Parabéns aos queridos aniversariantes Geraldo (dia 01/03) e FrancyARA (31/03). Que Deus os abençoe neste novo ano de Vida. Beijos de Francisca, Robson e Rouglas. Parabéns, filha querida. Você como meu primeiro fruto é muito importante pra mim, minha jóia preciosa. Te amamos muito. Feliz aniversário Parabéns pelo seu 1º aninho de vida, que será completado dia 23 de abril. Que o menino Jesus sempre ilumine seu caminho. De seus pais Kennedy e Fernanda e sua avó Iva. Desde 14/04/1978 Que Deus a ilumine e proteja! Papai Otávio, Mamãe Taísa, vovô Orlando e vovó Dorotea. De sua mãe Vilma, pai Edmundo e irmãos Cristiane, Flávia, Rodrigo, Renata, Wagner, seu marido Edson e seu filho Kelvin. Letícia Cecília ACIAB 36 anos Júlia Helena Sou de Moema. Vocês me conhecem? Sou uma bênção de Deus. Sou herança do Senhor. Sou o presente mais precioso, Que, aos meus pais, Deus enviou. Faz um ano que só dou alegria e felicidade Moema, 08/02/2014 União + Trabalho = Vitória A ACIAB nomeia a sua nova diretoria para gestão 2014/2016, composta pelos seguintes membros: Presidente: Heleno César da Cunha (Macal) Vice-presidente: Ewerton de Oliveira Campos (Liderança Auto-Peças) 1º Secretário: Fabiana Aparecida da Silva (Sonho Infantil) 2º Secretário: Ediley Ângelo Jorge (Security) 1º Tesoureiro: Maria José Pereira (Pezinho & Cia) 2º Tesoureiro: Artur José Andrade (Credioeste) Diretor Administrativo: Maurício Elias Gomes (Loja do Darci) Eventos com. e exp.: Rita de Cássia C. Pereira (Fofa) Produtos e Serviços: Emerson Mariano da Silva (Mersinho Calçados) Conselho Fiscal Efetivos: Elismar Maria Noronha (Mobiliadora Noronha) Vitor Hugo Ferreira (Hugo Calçados) Cássio Arruda da Silva (Selaria Imperial) Suplentes: Márcio Antônio Pereira (Credioeste) Claudinei Antônio Rodrigues (Tucano Motos) Rivelino Gomes de Sousa (Riva’s Sport) Colaboradoras: Cristiane e Isabel “Unir-se é um bom começo, manter a união é um progresso e trabalhar em conjunto é a vitória” (Henry Ford) Nova sede: Rua Almirante Barroso, 460 - Loja 2 - Centro - Abaeté - MG (ao lado da Loja do Evando) - Fone: (37) 3541-1699 A nova diretoria convida todos os associados e interessados a participarem das reuniões mensais realizadas na ACIAB (2ª quarta-feira de cada mês - das 7:30 às 8:30 da manhã). É muito importante contar com o prestígio e confiança de todos. Este é, sem dúvida, nosso maior estímulo em busca de ideias e troca de informações para superarmos problemas e produzir soluções criativas. Aguardamos todos para uma “tempestade de ideias”. A colaboração de todos é essencial para o sucesso da ACIAB e, consequentemente, para o sucesso de todos nós, comerciantes. 24 nossojornal / mar14 Fotos: www.festasvip.com.br Empossada a nova diretoria do Sindicato Rural de Abaeté Promover o 6º Churrascão Solidário de Abaeté, dia 19 de abril, dar continuidade aos leilões quinzenais e iniciar a construção imediata de uma arena de 4.100 m2 para julgamento de animais e concurso de marcha de cavalos, com gramado, cerca, arquibancada e caixa d’água, são os dois primeiros desafios da nova diretoria do Sindicato dos Produtores Rurais de Abaeté, empossada dia 14 de março. “A verba para esta obra já está em nosso caixa, graças a um convênio firmado entre a gestão anterior e a Secretaria Estadual de Agricultura. Temos muito trabalho pela frente, e nossas expectativas são as melhores possíveis”, otimiza o presidente Getúlio Lopes. Nessa empreitada, ele conta com o apoio dos parceiros, produtores rurais, colaboradores e companheiros da diretoria (o vice presidente Nilson José da Silva, o tesoureiro Juliano Aguimar de Faria , o secre- tário Luiz Mauro Machado e os suplentes João Luiz da Silva, Dr. Orestes Campos Menezes, Heleno César da Cunha e Renato Vieira de Freitas). Outra meta da equipe é promover a Exposição Agropecuária completa em 2014, com a terceirização da parte de shows e rodeios. “Já iniciamos contatos nesse sentido. Como está muito em cima da hora, temos o Churrascão em abril, muita burocracia na mudança de diretoria e a Copa do Mundo em junho e julho, devemos realizar a exposição em setembro, mesmo correndo o risco de chuvas”, planeja Getúlio. Ele pretende também dobrar a área do salão de festas, num projeto orçado em R$ 600 mil, com parte dos recursos da venda de uma área ociosa atrás do parque de exposições, avaliada em R$ 1,2 milhão. “Essa negociação já foi aprovada pelos associados em assembleia”, informa Getúlio, disposto a cumprir todo o seu programa de governo. “Não tenho o dom da oratória, mas pretendo trabalhar muito”, garante. Na solenidade do dia 14 de março, também foram empossados os membros do Conselho Fiscal, Amador César de Faria, Felipe Antônio de Castro, Francisco Pereira de Amorim e José Pereira de Lima, com os suplentes Ricardo Cordeiro de Toledo, Carlos Roberto de Oliveira e Sueli Ferreira Alves. “O único modo de evitar os erros é adquirindo experiência, mas a única maneira de adquirir experiência é cometendo erros”.
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