Arquitetas da Metri falam sobre os benefícios do uso do

Transcrição

ANO 7 - Nº 9
UMA PUBLICAÇÃO
DA KNAUF DO BRASIL
PARA O PÚBLICO
PROFISSIONAL
JANEIRO - 2015
Arquitetas da Metri
falam sobre os benefícios
do uso do drywall em
seus projetos.
Índice
03 Mais Estilo | Museus
11 Espaço em Ação | O Boticário
17 Ateliê | Ambientes Retrô
21 Em Perspectiva | Setor cultural
25 Sala de Estar | Metri Arquitetura
31 Obras em Destaque
45 Por dentro do Drywall
49 Knauf Aquapanel®
53 Especial Residencial | Cenarium
59 Especial Nordeste
67 Tecnotas
79 Folders Knauf
Editorial
Knauf do Brasil
Esta é uma publicação da Gerência
de Marketing da Knauf do Brasil
Expediente
Coordenação e Diagramação:
Equipe de Marketing da Knauf do Brasil
Projeto editorial:
Priorité Comunicação
Telefones: (21) 2284-2189 | (21) 3124-1030
[email protected]
www.prioritecomunicacao.com.br
Edição e Redação:
Anna Luisa Carvalho Fernanda Rocha
Günter Leitner
Diretor geral da Knauf do Brasil
Com boas ideias e tecnologia moderna, a construção avança
Os arquitetos, com os quais a Knauf mantém uma relação estreita e produtiva no
mundo inteiro, continuam a surpreender por suas ideias inovadoras. E os sistemas
Knauf de construção a seco têm contribuído para a modernidade das edificações
criadas ou recuperadas por esses profissionais, conforme se verá nesta edição.
Fotos:
Mais Estilo: Cidade das Artes • Jorge Bugarin e
Diogo Santacruz
Museu da Gente Sergipana • Juliana Vieira
Museu da Liturgia • Fábio Cançado
Espaço em Ação: O Boticário • Divulgação/ Metri - Soluções
em Arquitetura e Planejamento
Ateliê: Casa Cor Rio Grande do Sul • Divulgação
Casa Cor Rio • Divulgação
Em Perspectiva: MASP • Istockphoto
Museu Nacional de Brasília • Raniere Pedroza
Museu da Imagem e do Som • Istockphoto
Sala de Estar: Gerson Lima
Obras em destaque: Arquidiocese de Salvador • Juliana Vieira
360º São Paulo • Stan/Divulgação
Procuradoria Geral da República • Raniere Pedroza
Aquapanel: Hotel Go Inn • Julio Matias
Shopping Marabá • José Bugarin
Especial Residencial: Valdir Carniel
Especial Nordeste: Castelão • Allison Ferreira
Shopping Bela Vista • Paulo Kiki
Salvador Norte Shopping • Paulo Kiki
Shopping Rio Mar • Gleyson Ramos
Centro de Convenções do Ceará • Allison Ferreira
Tecnotas: Fábrica Salvador BA • Hitanez Freitas
Dia do Instalador Salvador 2014 • Paulo Kiki
Dentre as obras novas, destacamos a impressionante Cidade das Artes, no Rio de
Janeiro, projetada pelo arquiteto Christian de Portzamparc; o Centro de Pesquisa do
Grupo Boticário, em São José dos Pinhais, PR, das arquitetas Danielle Nicoladelli e
Márcia Shibue, também focalizadas na entrevista de capa desta edição; o arrojado
edifício residencial assinado pelo arquiteto Isay Weinfeld, na zona oeste da capital
paulista; um prédio de alto padrão em Maringá, PR; e as soluções acústicas do
novo auditório da Arquidiocese de Salvador, BA. Dentre as obras de readequação
de prédios antigos, apresentamos o Museu da Gente Sergipana, em Aracaju; o
Museu da Liturgia, em Tiradentes, MG; e a reforma do restaurante da Procuradoria
Geral da República, em Brasília.
Esta edição também dá destaque aos investimentos realizados pela Knauf em
Camaçari, BA, na construção de sua mais nova fábrica brasileira de chapas para
drywall, que aproxima nossas soluções do Nordeste, cuja construção tem alto
potencial de expansão e modernização.
Outro tema de relevo são as informações técnicas sobre produtos diferenciados
fabricados pela Knauf, como as chapas Resistentes ao Fogo (RF) e Resistentes à
Umidade (RU), que são as opções corretas paras o atendimento da Norma de
Desempenho respectivamente em ambientes úmidos, como banheiros e cozinhas,
e áreas para as quais se exige maior tempo de resistência às chamas em caso de
incêndio. Igual importância atribuímos aos sistemas baseados nas chapas Knauf
Safeboard, reconhecidamente a forma mais prática de proteção contra emissões de
aparelhos de Raios X utilizados em clínicas médicas, odontológicas e veterinárias e
em laboratórios de análises, substituindo com vantagem as soluções tradicionais à
base de placas de chumbo. E há ainda os inovadores sistemas de fachadas Knauf
Aquapanel, que vêm ganhando a preferência dos construtores e empreendedores que
já descobriram como é favorável sua relação custo/benefício em comparação com
os métodos convencionais de vedação externa. É o que comprovam os exemplos do
Go Inn, o mais novo hotel de Vitória, ES, e do Shopping Pátio Marabá, na cidade
paraense que lhe dá nome.
Em resumo, oferecemos mais uma edição muito rica em informações úteis para
os profissionais de arquitetura, engenharia e design de interiores, bem como para
incorporadores e construtores, e desejamos a todos que em 2015 tenhamos energia
e sabedoria para prosseguirmos na construção de um Brasil cada vez mais moderno.
Boa leitura!
Mais Estilo
Cidade das Artes - RJ
Construção e
reforma de museus
se beneficiam
das vantagens
do drywall
Com a recente valorização do setor cultural brasileiro, diversos
novos museus vêm surgindo. Seja em espaços erguidos para este
fim, seja através de reformas de prédios históricos, os equipamentos
culturais têm características específicas que requerem materiais
flexíveis, com alto desempenho e que ofereçam qualidade acústica.
Por isso, diversos projetos recentes têm utilizado sistemas em
drywall com sucesso.
Cidades das Artes
A maior sala de concertos da América Latina, a Cidade das Artes,
localizada no Rio de Janeiro, teve suas divisões erguidas com
sistemas construtivos a seco para viabilizar o funcionamento de
diversos ambientes com diferentes requisitos acústicos ao mesmo
tempo. No total, são 12 salas de ensaio, 10 salas de aula, uma sala de
música de câmara, uma videoteca, três salas de cinema, uma sala de
eletroacústica, um restaurante, quatro cafés, uma sala de exposição e a
majestosa Grande Sala, que pode receber de 1.250 a 1.780 pessoas.
Mais Estilo | 04 - 05
Ao longo de sua construção, várias empresas
de engenharia e arquitetura contribuíram
com a obra. Ao assumir a montagem de
parte dos sistemas construtivos a seco, a
Distribuidora Saraiva, instaladora autorizada
Knauf, encontrou algumas paredes com
estrutura irregular, em curvas. O projetista,
no entanto, requisitava paredes retas.
“Instalamos os sistemas de revestimento
Knauf W611 em salas de ensaio e
circulações, para deixá-las alinhadas”, explica
José Neto, sócio da Distribuidora Saraiva.
Um dos desafios foi o pé direito com 6 m a
7 m, altura que precisou ser vencida para a
instalação de sancas em drywall No total, José
Neto calcula que tenham instalado cerca de 5
mil m² de sistemas Knauf drywall, incluindo
os sistemas de teto Knauf D112 Unidirecional
e os sistemas de teto Knauf D127, com chapas
Cleaneo Acústico retilíneo quadrado, em
diversos ambientes, como os cinemas, salas de
ensaio, de dança, cafeterias, entre outros.
“O drywall é um material que permite
realizar um bom trabalho, de acordo com
as necessidades do cliente: se ele precisa de
isolamento acústico, adequa-se o sistema
para lhe conferir melhor desempenho. Já se
ele precisa de velocidade na instalação, você
tem recursos para entregar a obra em pouco
tempo. O produto pré-fabricado facilita
muito a aplicação conforme as funções que
o cliente demanda. É o melhor custobenefício considerando-se a produtividade
e a qualidade”, diz José Neto.
Um dos desafios foi o pé
direito com 6 m a 7 m,
altura que precisou ser
vencida para a instalação
de sancas em drywall.
De acordo com Jean Freitas, da Plano Forte
Drywall, distribuidor autorizado Knauf
responsável pela instalação de parte dos
sistemas construtivos a seco, seu principal
objetivo neste projeto era proporcionar
o melhor conforto acústico através de
revestimentos, tetos e paredes em drywall. A
leveza do material, a agilidade de instalação e o
desempenho acústico foram as características
que contaram a favor de sua escolha.
“As chapas Knauf Cleaneo Acústico
retilíneo quadrado foram escolhidas para
os ambientes que requeriam uma acústica
caprichada, como a Grande Sala, a de
música de câmara e as de ensaio. Já os
sistemas de teto Knauf D112 Unidirecional,
reforçados com lã de vidro, estão presentes
nas áreas administrativas, circulações, sala
do maestro e nos camarins”, afirma Jean
Freitas. Estes últimos foram projetados com
colunas móveis, permitindo aumentar ou
diminuir o tamanho de suas áreas.
O projeto arquitetônico da Cidade das Artes
foi concebido pelo arquiteto Christian de
Portzamparc e o maior desafio da obra foi
a parte estrutural. Como as paredes foram
projetadas como velas de barco invertidas,
isso requereu um cálculo estrutural muito
preciso. A obra foi coordenada pela Empresa
Municipal de Urbanização (RioUrbe), que
contratou um consórcio formado por duas
construtoras: Carioca Engenharia e Andrade
Gutierrez Engenharia.
Museu da Gente Sergipana
O Museu da Gente Sergipana, em Aracaju, o
primeiro em multimídia interativa das regiões
Norte e Nordeste, implantado pelo Banco do
Estado de Sergipe e o Governo do Estado.
O local escolhido para instalar o museu foi o
antigo prédio do Colégio Atheneu Pedro II,
uma das escolas públicas mais importantes
de Sergipe. A equipe que executou a reforma
encontrou o imóvel em avançado estado de
deterioração, com infiltrações, rachaduras nas
paredes, infestação de cupins, além de muito
entulho e sujeira.
“Antes de pensar nos usos do museu em
si, o projeto contemplou a restauração dos
elementos arquitetônicos característicos do
estilo eclético do prédio, como recomposição
de pinturas parietais históricas, que estavam
encobertas por diversas camadas de tinta,
recuperação da estrutura, do telhado e dos
assoalhos”, relata o arquiteto e urbanista
Ezio Déda, do escritório Ágora Arquitetos
Associados, que assinou o projeto do Museu
da Gente Sergipana.
Depois disso, os principais desafios desta
obra foram adequar o edifício para as novas
funções que um museu tecnológico de última
geração exigem, atender aos princípios
da acessibilidade universal e elaborar um
criterioso projeto acústico adequado às
necessidades específicas de cada ambiente.
O Museu da Gente Sergipana, que está
entre os 10 melhores museus do Brasil em
ranking do site de viagens TripAdvisor, tem
dois pavimentos, uma área total de 2 mil m²,
e consumiu cerca de 1.000 m² de sistemas
Knauf drywall. A obra durou dois anos e foi
inaugurada em novembro de 2011.
grande gama de frequências, quanto estética,
pois, por ser monolítico, oferece a sensação de
amplitude e continuidade. As chapas foram
instaladas de forma a não ter nenhum corte
na parte da ranhura e sempre dar a impressão
de estarem inteiras”, explica Débora Barretto.
“A praticidade de instalação dos sistemas
construtivos a seco torna o material uma
excelente opção para museus, pois permitem
a compartimentação dos espaços de
acordo com a mobilidade das exposições.
A utilização dos sistemas de teto Knauf
Cleaneo Acústico foi a melhor escolha para
garantir a qualidade acústica nos ambientes”,
afirma Ezio Déda.
Todo este cuidado estético tinha razão
de ser, pois foi necessário instalar grandes
vigas metálicas para reforço estrutural, o
que reduziu o pé-direito nos ambientes.
O projeto especificou ainda os sistemas de
teto Knauf D112 Unidirecional para criar
módulos independentes que intercalam
as funções entre difusor e absorvente. As
chapas Knauf ST também foram usadas no
isolamento vertical.
Os projetos de acústica e áudio do
empreendimento, elaborados pela Audium,
enfrentaram alguns desafios por se tratar de
uma edificação tombada. “As intervenções
técnicas necessárias para a implantação
de um museu moderno e extremamente
interativo deveriam respeitar e valorizar
todos os elementos arquitetônicos originais”,
conta a arquiteta e especialista em acústica
Débora Barretto, sócia-diretora da Audium.
O modelo de Cleaneo escolhido foi o B6, de
perfuração ranhurada, o que, de acordo com
a arquiteta, proporciona o efeito de listras – e
não furos – para dar mais personalidade ao
ambiente e apresentar uma aparência menos
comercial. “O Cleaneo Acústico com lã possui
tanto a função técnica, de absorver uma
O Museu da Gente
Sergipana, que está entre
os 10 melhores museus do
Brasil em ranking do site
de viagens TripAdvisor,
tem dois pavimentos, uma
área total de 2 mil m², e
consumiu cerca de 1.000 m²
de sistemas Knauf drywall.
A obra durou dois anos e foi
inaugurada em novembro
de 2011.
Museu da Gente Sergipana - SE
“A leveza dos sistemas construtivos a seco foi
fundamental, porque seria inviável construir
paredes em alvenaria. No caso dos tetos,
o material permitiu a execução de formas
convexas, importantes para proporcionar
reflexões sonoras úteis a ambientes que
exigem inteligibilidade”, completa. O projeto
acústico englobou o auditório, os lobbys e
toda a área de museografia.
Além das vigas, as fundações também foram
reforçadas com estacas raiz e a estrutura
recebeu pilares metálicos, restabelecendo a
estabilidade. Na fase de recomposição da
arquitetura original, foi preciso recorrer a
livros da época da construção do prédio
para restaurar peças ornamentais originais,
como cornijas, pináculos e capitéis,
com fidelização de cores e desenhos. “A
utilização do drywall foi fundamental para
a modulação dos compartimentos do museu
a suas respectivas funcionalidades, com a
vantagem de não sobrecarregar a estrutura”,
avalia o engenheiro civil Iramilton Gurjão,
sócio da empresa IGC Empreendimentos
Imobiliários, responsável pela execução da
obra do Museu da Gente Sergipana.
Além do prédio principal, a área externa,
que compreende jardins, estacionamento e
casas de máquina, também foi reformada. Já
na área central do espaço de exposições, foi
construído um átrio em estrutura metálica de
aproximadamente 250 m². Um prédio anexo,
com mais de 700 m², divididos em 4 andares,
foi erguido para abrigar a administração. “A
harmonia entre a preservação do antigo e a
modernidade do presente foi o ponto alto
desta obra que muito nos orgulha”, conclui
Iramilton Gurjão.
Museu da Liturgia - MG
Museu da Liturgia
Situado na Rua Jogo de Bola, uma das mais
antigas da cidade de Tiradentes, em Minas
Gerais, o Museu da Liturgia, ocupa um
prédio histórico, construído originalmente
para ser uma residência. A casa, no entanto,
tem uma longa história religiosa. Localizada
em uma área que no século XVIII era usada
pelos moradores para o lazer, a construção
foi comprada por paroquianos em 1863 para
ser doada à Paróquia de Santo Antônio.
Desde então, ela foi usada para ações de
caridade e já abrigou creche, posto de saúde,
organizações de apoio aos pobres e até uma
capela. Até que, em 2012, passou a sediar o
único museu da América Latina dedicado
à liturgia, um espaço para a celebração da
devoção religiosa da cidade.
Para operar esta transformação, o Santa
Rosa Bureau Cultural, responsável pela
direção geral, coordenação, planejamento,
articulação institucional e gestão financeira
do empreendimento, contratou os arquitetos
Angela Fernandes e Luís Alberto Therisod,
sócios do escritório AF&T Associados,
que elaboraram um projeto arquitetônico
cuidadoso. “O principal desafio era
preservar a arquitetura do núcleo original,
acrescentando as novas áreas necessárias
ao funcionamento do museu, de modo
que estivessem em harmonia com a
edificação histórica, mas ao mesmo tempo
evidenciando a intervenção atual”, explica
Angela Fernandes. Também foi preciso
adotar soluções contemporâneas na parte
interna e preparar os espaços para seus novos
usos. Daí a escolha pelos sistemas Knauf
drywall para a reforma da construção.
De acordo com a arquiteta Julia Brasil,
Gerente de Projetos da Total Engenharia,
responsável pela execução da obra, além de
“O principal desafio era
preservar a arquitetura
do núcleo original,
acrescentando as novas
áreas necessárias ao
funcionamento do
museu, de modo que
estivessem em harmonia
com a edificação
histórica, mas ao mesmo
tempo evidenciando a
intervenção atual”
– Angela Fernandes
restaurar a construção, que tinha cerca de
550 m² e estava em condições precárias,
foi necessário construir um anexo, de
aproximadamente 190m². Realizada de
janeiro de 2011 a abril de 2012, a reforma
tinha como objetivo conciliar a parte
moderna com a área histórica.
“Todas as paredes internas foram
executadas com os sistemas Knauf W111
não só pela rapidez, facilidade de execução
e sobrecarga menor, mas também por
possibilitar flexibilidade para alterações
futuras que venham a ser necessárias. Outro
benefício dos sistemas construtivos a seco
foi a possibilidade de criarmos shafts para
a passagem das tubulações sem nenhuma
interferência nas alvenarias originais”, relata
Angela Fernandes.
A montagem dos sistemas Knauf drywall
foi realizada pela Resicon Construtora,
instaladora autorizada Knauf. “No Centro
de Memória, foram utilizados os sistemas
de teto Knauf D127, com chapas Cleaneo
Acústico retilíneo quadrado. Nos demais
ambientes, como área administrativa, de
serviços, de reserva técnica e coordenação
pedagógica, estão presentes os sistemas de
teto Knauf D112 Unidirecional. No total,
quase 700 m² de sistemas Knauf drywall
foram instalados no local ao longo de
45 dias”, detalha o engenheiro Antônio
Brasiliense, sócio-gerente da Resicon.
Já em relação ao projeto acústico, elaborado
pela Oppus, o maior desafio foi o isolamento
entre o subsolo e o térreo, que são conectados
por uma escada metálica e separados por
tábuas com frestas. “O ruído de impacto,
proveniente do caminhar de pessoas subindo e
descendo a escada, seria um incômodo. Então,
foi instalada uma lâmina de borracha entre
a estrutura metálica e o piso. Além disso, era
necessário isolar o ruído aéreo entre os dois
andares sem interferir no sistema construtivo
de tábuas com frestas existente, típico de
construções da época colonial brasileira. Para
isso, foram utilizados os sistemas de teto
Knauf D112 Unidirecional, preenchido com
manta de poliéster, o que foi fundamental para
alcançar o desempenho acústico almejado”,
conta o engenheiro Marco Antônio Vecci.
De acordo com o engenheiro, as chapas
Knauf Cleaneo Acústico foram a melhor
opção para atenuar os sons provenientes da
Sala de Instalação e do Centro de Memória,
ambos no térreo, por sua função absorvedora.
Nas salas de exposição dos dois andares, a
absorção sonora dos sistemas chapas Knauf
Cleaneo Acústico foi reforçada com o uso
de manta de poliéster para controlar a
reverberação no interior do ambiente. “Os
sistemas construtivos a seco contribuíram
significativamente para o condicionamento
acústico dos diversos ambientes e o
isolamento sonoro entre eles, mas sem deixar
de preservar a construção histórica existente,
com o mínimo de interferência possível”,
afirma Marco Antônio Vecci.
Cidade das Artes
RioUrbe: www.rio.rj.gov.br/web/riourbe
Plano Forte Drywall: www.planofortedrywall.com.br
Distribuidora Saraiva: www.distribuidorasaraiva.com.br
Museu da Gente Sergipana
Ágora Arquitetos Associados: ezio.araujo@
institutobanese.org.br
Áudium: www.audium.com.br
IGC Empreendimentos: www.igcengenharia.com.br
Museu da Liturgia
AF&T Associados: [email protected]
Oppus: [email protected]
Resicon: www.resicon.com.br
Total Engenharia: www.totalengenharia.com.br
Museu da Liturgia - MG
Espaço em Ação
Centro de Pesquisa e Desenvolvimento do Grupo Boticário - São José dos Pinhais - PR
Grupo Boticário
investe em Centro
de Pesquisa com
mais de 8 mil m²
De olho na inovação de seus produtos e no crescimento do
mercado de cosméticos e perfumaria no Brasil, o Grupo Boticário
investiu na construção de um novo Centro de Pesquisa e
Desenvolvimento. Inaugurado em 2013, em São José dos Pinhais,
na região metropolitana de Curitiba (PR), onde fica a sede da
organização, o empreendimento, de R$ 37 milhões, foi construído
em pouco mais de um ano e conta com um time multidisciplinar
de 250 profissionais altamente qualificados e exclusivamente
dedicados ao trabalho de inovação em produtos.
O novo Centro reúne equipamentos de alta tecnologia, espaços
idealizados e projetados com a colaboração da equipe, e está
preparado para atender à demanda das quatro unidades de
negócio do Grupo: O Boticário, Eudora, quem disse, berenice?
e The Beauty Box.
Centro de Pesquisa e Desenvolvimento do
Grupo Boticário - São José dos Pinhais - PR
Espaço em Ação | 12 - 13
Centro de Pesquisa e Desenvolvimento do Grupo Boticário, em São José dos Pinhais (PR), durante a fase de acabamento da obra, em 2013
Além de um aumento considerável de espaço e
equipamentos, os ambientes foram concebidos
para estimular a criatividade e integração
de todas as áreas e pessoas envolvidas nos
processos de pesquisa e desenvolvimento de
produtos, incluindo as áreas de Marketing das
unidades de negócio.
As arquitetas Danielle Nicoladelli e
Márcia Shibue, da Metri - Soluções em
Arquitetura e Planejamento, responsáveis
pelo projeto arquitetônico, explicam que
o objetivo era tentar tangibilizar, através
da arquitetura, o caráter de pesquisa e alta
tecnologia das atividades desempenhadas
naquele edifício.
O edifício possui dois blocos com
dois pavimentos cada. Pelos andares
está distribuída a estrutura que inclui
laboratórios, salas de experiências sensoriais,
ambientes para testes e avaliações de
produtos, escritórios administrativos e salas
de reuniões. Os blocos são conectados, na
porção central, por uma área de convivência
e miniauditório. Na parte frontal, recepção
e mezanino para exposições complementam
a arquitetura.
Facilidades
De acordo com elas, o drywall contribuiu
em vários aspectos para a viabilidade
da obra. “A leveza gera fundações e
estrutura mais econômicas e a agilidade
de montagem permite o cumprimento
de prazos mais enxutos. Como é uma
tecnologia seca, não consome água em
obra, o que conta pontos no quesito
sustentabilidade e de quebra contribuiu
para a limpeza e organização geral da obra.
Todos estes aspectos foram considerados e
contribuíram neste projeto”, afirmam.
Para Keiichiro Nishii, diretor da Emadel
Engenharia e Obras, responsável pela
construção do novo Centro, outras vantagens
do uso do drywall foram “a redução do
prazo de execução da obra, a praticidade
para instalação de infraestruturas elétricas
e hidráulicas, a redução de entulhos, a
possibilidade de alteração de layout com
maior facilidade, além do alto padrão de
acabamento da obra”.
Ao todo, foram usados aproximadamente
8.300 m² de sistemas Knauf, segundo
Francine Reis, da R. Bassani, distribuidora
autorizada Knauf e responsável pela
instalação do drywall. Entre eles,
estão os sistemas de teto Knauf D112
Unidirecional, os de revestimento Knauf
W625 e os de parede Knauf W111 e
Knauf W112. Também foram usados os
forros removíveis Knauf Techniforro e
AMF Thermatex Feinstratos.
“Adotamos ainda, nas áreas molhadas, as
chapas verdes resistentes à umidade (RU) e,
nas salas de TI, as chapas rosas resistentes
ao fogo (RF)”, ressaltam as arquitetas, que
completam: “O emprego desta tecnologia
de construção a seco possibilitou a
segurança no atendimento à flexibilidade
exigida pelo projeto em todas as suas fases”.
Espaço em Ação | 14 - 15
A preocupação com os impactos ao meio
ambiente também esteve presente no
projeto, já que esta é uma das diretrizes
de sustentabilidade do Grupo Boticário.
As arquitetas Danielle e Márcia buscaram
adotar materiais certificados, recicláveis ou
reutilizáveis, com redução nas emissões tóxicas
pós instalação e cujos processos de produção
fossem responsáveis ambientalmente.
“Também adotamos materiais que visam
a economia de energia do edifício na
fase pós-ocupação como, por exemplo,
vidros de proteção solar”, afirmam. “Além
da implantação de procedimentos de
sustentabilidade, como o reaproveitamento de
água das chuvas, também houve a destinação
legalizada dos resíduos gerados pela obra”,
ressalta Keiichiro Nishii, da Emadel.
Com capacidade para desenvolver cerca de 2
mil produtos, em média, ao mesmo tempo, o
Centro de Pesquisa e Desenvolvimento ainda
possui salas de estudos e duas bibliotecas
“Adotamos ainda, nas
áreas molhadas, as
chapas verdes resistentes
à umidade (RU) e, nas
salas de TI, as chapas
rosas resistentes ao
fogo (RF)”, ressaltam
as arquitetas, que
completam: “O emprego
desta tecnologia de
construção a seco
possibilitou a segurança
no atendimento à
flexibilidade exigida pelo
projeto em todas as
suas fases”.
– uma tradicional, com acervo dedicado à
pesquisa tecnológica, e outra de fragrâncias,
com capacidade para comportar 8 mil
produtos, entre perfumes, óleos, amostras de
fragrâncias e de matérias-primas.
“Concebido numa época de transformação,
a inovação foi diretriz e linha mestra no
desenvolvimento deste projeto. O prédio
virou um marco na história do Grupo
Boticário”, finalizam as arquitetas.
Emadel
Engenharia e Obras
www.emadel.com.br
Metri Soluções
Arquitetura e Planejamento
www.metri.arq.br
R. Bassani
Tecnologia e Construção
www.bassani.com.br
Ateliê
Casa Cor Rio Grande do Sul
Projeto: O Living - Rogério Pandolfo
Casa Cor Rio de Janeiro
Projeto: Banheiro Feminino Público - Ana Luisa Quaresma
Estilo retrô
ganha força
na decoração
de diversos
ambientes
A tendência retrô está cada vez mais presente na decoração, dando
sinais de que veio para ficar. Representado por objetos, móveis,
revestimentos de parede e até o desenho arquitetônico do ambiente,
o estilo vintage vem ganhando força nas mostras de design de
interiores e pode ser visto em todos os cômodos da casa, da cozinha
ao banheiro, passando pela sala e o quarto.
Na edição 2014 do Casa Cor Rio Grande do Sul, o Living
assinado pelo arquiteto Rogério Pandolfo chamava a atenção pelo
conceito: Liberte-se e dê asas a sua imaginação. “Queria fazer um
contraponto entre o que nos prende e o que nos liberta. Então,
utilizei materiais e objetos tão diferentes, como arames farpados,
que nos limitam, e borboletas, cujas asas representam a liberdade,
para estabelecer esta analogia”, explica Pandolfo.
Casa Cor Rio Grande do Sul
Projeto: O Living - Rogério Pandolfo
Ateliê | 18 - 19
Para criar uma atmosfera retrô, o arquiteto
utilizou um painel cimentício cinza com
relevos, que traz uma releitura da década de
1970, um sofá com capitonê ladeado por
dois aparadores de pés palitos e poltronas
no mesmo estilo. Uma estante com vários
elementos antigos, como máquinas de
escrever, telefones, um rádio e uma mala
que pertenceram à família do arquiteto
complementam o estilo vintage do ambiente.
Em oposição, o living destaca uma sanca
iluminada com papel de parede multicolorido
assinado por Christian Lacroix, uma divisória
com vigas metálicas e uma lareira em formato
de balanço desenhadas por Pandolfo. Plantas
naturais, piso cimentício cinza e paredes em
vidro acidato cinza, além de tons de preto no
forro e um papel de parede com borboletas
em 3D atualizam a decoração.
“A mescla entre o contemporâneo e o retrô
é sempre bem vinda em qualquer ambiente,
mas é preciso tomar o cuidado de não usar
objetos demais. Quando a intenção é destacar
o vintage, as peças modernas devem ser
suaves e neutras. Dessa forma, a decoração
vai despertar uma emoção, remeter a boas
lembranças”, diz.
A arquiteta Ana Luisa Quaresma também
acredita que um dos principais trunfos do
estilo retrô é provocar a memória afetiva,
Projeto: Ana Luisa Quaresma
através de referências à infância, à juventude,
à casa da avó, a viagens e tudo que traz a
sensação de aconchego. No Casa Cor Rio
de Janeiro 2007, que foi realizado no Jockey
Club, a própria arquitetura do clube foi a
inspiração para que ela criasse o Banheiro
Feminino Público.
“O Jockey tem arquitetura eclética, com
elementos de vários estilos, e a própria
tradição do clube traz referências a épocas
passadas, como os chapéus usados pelas
mulheres. Dentro do meu ambiente, um dos
itens que mais se destacava era uma grande
janela redonda, então decidi valorizar a
tendência retrô”, afirma Quaresma.
O ambiente ganhou um espelho de 2,5 m
por 1,2 m, encontrado em um antiquário,
com moldura de madeira. Toda a paleta
de cores foi definida a partir das cores de
chapéus femininos que decoravam uma
das paredes do banheiro. Um sofá clássico,
pastilhas compridas, em estilo modernista,
e torneiras com jeito antiguinho
completavam o visual.
Um móvel especial também pode ser a
inspiração para um cômodo inteiro. É o
caso do quarto de um menino assinado
pela arquiteta Luiza Altman, da Clínica
Decoração, de São Paulo, que foi todo
projetado a partir de uma cômoda de madeira
que pertenceu à avó da cliente e está há 80
anos com a família. A peça foi repaginada
e ganhou pintura em tom turquesa com o
objetivo de criar um ambiente aconchegante e
ao mesmo tempo colorido, cheio de vida.
“Com base nas cores verde, branco e turquesa,
o quarto recebeu ainda peças modernas, como
o berço em laca e acrílico e cristais Swarovski.
Os arabescos da poltrona e o papel de parede
de bolinhas neutro trazem movimento e
delicadeza”, explica Altman.
De acordo com a arquiteta, qualquer
ambiente pode ganhar um toque vintage, mas
sempre com o cuidado de não abusar muito
das cores fortes e evitando misturar muitos
tons de madeira. “Ambientes que combinam
peças antigas com um estilo moderno
transmitem a mensagem de que o novo e o
velho sempre poderão coexistir, desde que
bem planejados”, completa.
Ana Luisa Quaresma
www.analuisaquaresma.com.br
Rogério Pandolfo
[email protected]
Luiza Altman
www.clinicadecoracao.com.br
Projeto: Quarto retrô - Luiza Altman
Em Perspectiva
MASP - Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand
Museu Nacional - Brasília
Setor cultural
brasileiro
amadurece e
recebe novos
investimentos
Quanto mais madura uma sociedade, maior a valorização de suas
diversas representações culturais. Esse amadurecimento tem se
mostrado no Brasil através da ampliação do investimento em
museus, galerias de arte e centros culturais. De acordo com uma
pesquisa realizada em 2013 pelo Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE), em parceria com o Ministério da Cultura,
os recursos investidos em cultura no país cresceram R$ 3 bilhões
entre 2007 e 2010.
Museu Nacional - Brasília
Em Perspectiva | 22 - 23
O montante total passou de R$ 4,4 bilhões para R$ 7,3 bilhões ao
longo de três anos. Nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e no
Distrito Federal, o aumento foi maior, passando de R$ 470,6 milhões
para R$ 992,9 milhões; de R$ 77,5 milhões para R$ 163,6 milhões;
e de R$ 65,9 milhões para R$ 152,7 milhões respectivamente. Já
a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), mostrou
que, em 2012, o setor de cultura ocupava 3,7 milhões de pessoas, o
equivalente a 3,9% da população ocupada no Brasil.
Os dados que os levantamentos apresentam podem ser percebidos
nas cidades, com a inauguração de museus e centros culturais. É o
caso do Rio de Janeiro, onde estão em construção os Museus do
Amanhã, previsto para inaugurar em 2015 no Porto Maravilha,
da Imagem e Som, que também fica pronto no ano que vem, em
Copacabana, o Museu da Bossa Nova, ainda sem previsão de
abertura no Leblon, e o novo prédio do Museu de Arte Moderna
(MAM), também sem data ainda.
Dados de
crescimento do
setor cultural
brasileiro no
período de 3 anos:
R$ 4,4
bilhões
R$ 7,3
bilhões
Já em São Paulo, os recém-inaugurados Museus Pelé, em Santos, e
Penitenciário Paulista, na capital, além do futuro Parque dos Museus,
que a USP vai inaugurar no próximo ano para abrigar os acervos de
Arqueologia, Etnologia e Zoologia, agitam o cenário. No Distrito
Federal, o Museu de Arte de Brasília (MAB), fechado há quase
dez anos, começou a ser reformado e está previsto para reabrir em
outubro de 2015. A obra está orçada em R$ 3,2 milhões e faz parte
da política de recuperação de espaços culturais do estado.
Mesmo com esta evolução, o Brasil ainda está aquém de países mais
desenvolvidos, como os que integram a União Europeia, que elaborou
um plano de investimentos de 1,8 bilhão de euros em cultura entre
2014 e 2020. A iniciativa é o maior projeto de fomento à cultura no
mundo e faz parte de uma meta para estimular a economia do bloco,
que já tem larga tradição no segmento e atrai turistas de diversos países
para seus museus, galerias e centros culturais.
Os Emirados Árabes Unidos também estão buscando se tornar
referência neste mercado, transformando a região em um polo cultural,
para atrair visitantes do mundo inteiro, principalmente os que têm
interesse em arte. Para alimentar esta estratégia, está sendo construída
uma filial do Museu do Louvre e outra do Guggenheim, em Abu
Dhabi. Já as tradicionais casas de leilão Sotheby´s e Christie´s estão
abrindo escritórios em Doha e em Dubai, respectivamente.
Os 3 três estados
que tiveram o
maior crescimento:
Distrito
Federal
3º
São
Paulo
de R$ 470,6
milhões para
R$ 992,9
milhões
1º
de R$ 65,9
milhões para
R$ 152,7
milhões
2º
Rio de
Janeiro
de R$ 77,5
milhões para
R$ 163,6
milhões
Obra do Museu da Imagem e do Som - RJ
Sala de Estar
Danielle Nicoladelli e Márcia Shibue
Metri - Soluções em Arquitetura e Planejamento
Projeto: Metri Soluções em Arquitetura e Planejamento
Escritório de
arquitetura do
Paraná aposta
em diferentes
segmentos, entre
eles, o industrial
Oferecer soluções criativas, inovadoras, tecnicamente adequadas
e customizadas a cada tipo de cliente. Este é o lema do escritório
Metri - Soluções em Arquitetura e Planejamento, localizado em
Curitiba, no estado do Paraná.
Fundado no ano de 2003, o escritório foi criado para atuar em
um segmento que ainda é precariamente atendido: o de projeto e
planejamento de espaços de trabalho em ambientes tipicamente
fabris, desenvolvendo soluções completas desde o chão de fábrica,
passando pelas áreas de convivência e administrativa, até a
implantação do complexo industrial.
Danielle Nicoladelli e Márcia Shibue
Metri - Soluções em Arquitetura e Planejamento
No mesmo ano de sua fundação, a Metri se classificou em primeiro
lugar em um rigoroso processo seletivo para fazer parte do corpo
de empresas incubadas do Hotel Tecnológico da Universidade
Tecnológica Federal do Paraná (antigo Cefet-Pr). A experiência
foi completamente transformadora. Durante os dois anos em
que passou na incubadora, o escritório amadureceu e, com a visão
ampliada e um novo entendimento do mercado, passou a atender
também outros segmentos: corporativo, comercial e residencial.
Sala de Estar | 26 - 27
Formadas pela Universidade Federal do Paraná, em 2002, as
arquitetas e sócias Danielle Nicoladelli e Márcia Shibue dividiram
com a revista Espaço K um pouco de suas trajetórias, experiências
e visão de mercado. Confira tudo isso na entrevista abaixo:
Espaço K: Como foi que vocês deram
início ao escritório Metri – Soluções em
Arquitetura e Planejamento?
Metri: Nosso escritório foi fundado em
abril de 2003. Começamos como uma
empresa incubada no Hotel Tecnológico da
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
(antigo Cefet-PR).
Espaço K: De que forma o escritório se
tornou uma empresa incubada?
Metri: O Hotel Tecnológico é uma
incubadora de empresas muito conceituada
em Curitiba. Ele tem como objetivo
atender ao público de estudantes e
egressos da instituição que desejam abrir
seu próprio negócio. Em uma seleção de
23 Planos de Negócios, nós ficamos em
primeiro lugar.
Espaço K: Como foi essa experiência?
Metri: Este começo foi muito importante
para nós, pois tivemos todo o suporte no
que tange às habilidades administrativas
de um negócio e, também, pudemos
disponibilizar de um espaço físico com
toda a estrutura de equipamentos e
pessoal durante nossa incubação. Ficamos
incubadas durante dois anos.
Espaço K: Como vocês se conheceram?
Espaço K: Qual foi o significado que
a incubação representou para o futuro
da empresa?
Espaço K: A Metri começou atuando
em projeto e planejamento de espaços de
trabalho em ambientes fabris, certo? Por que
fizeram esta escolha?
Metri: Após nossa graduação na
incubadora, alçamos voo independente,
mas sempre nos mantendo muito alinhadas
com os valores que aprendemos e com as
habilidades que desenvolvemos durante
nossa adesão ao programa.
Espaço K: Acreditam que este período foi
um divisor de águas para o escritório?
Metri: Sim, com toda a certeza foi um passo
definitivo. Tivemos uma vivência muito
importante neste programa que, certamente,
influenciou toda a nossa trajetória
profissional e posicionamento no mercado.
Metri: Estudamos na mesma faculdade.
Fomos colegas no curso de Arquitetura e
Urbanismo da Universidade Federal do
Paraná. Nos formamos na turma de 2002.
Metri: Sim. A Danielle cursou, mas não
concluiu, a faculdade de Engenharia
de Produção Civil na Universidade
Tecnológica Federal do Paraná. O nicho
de mercado de projeto e planejamento de
espaços de trabalho em ambientes fabris
nasceu da intenção de conciliar estas duas
formações e visões.
Espaço K: Mas hoje vocês atendem a outras
áreas também, correto? Quais são elas?
Metri: Sim, fazemos projetos corporativos,
comerciais e, também, residenciais.
Projeto Centro de Pesquisa O Boticário
Sala de Estar | 28 - 29
Espaço K: Qual ou quais dos projetos
já realizados pela Metri vocês poderiam
destacar como o mais desafiador? Quais
foram os maiores desafios deste(s) projeto(s)
para o escritório?
Metri: Certamente foi o projeto do Centro
de Pesquisa e Desenvolvimento O Boticário,
inaugurado em 2013 (ver matéria da página
12). O desafio estava principalmente
relacionado ao porte e à complexidade do
programa arquitetônico.
Espaço K: Cada vez mais vemos a
utilização de modernos materiais e sistemas
construtivos na arquitetura mundial – e o
drywall é um deles. A Metri utiliza sistemas
em drywall em seus projetos?
Metri: Sim, é bastante recorrente o uso de
diversos tipos de sistemas em drywall em
vários de nossos projetos.
Espaço K: Quais as vantagens que este
sistema construtivo traz para a concepção
e realização dos projetos arquitetônicos
desenvolvidos pelo escritório?
Metri: Na concepção, nós ganhamos
no dimensionamento e flexibilidade. Na
execução, ganhamos em agilidade e em prazo
de obra, que está sendo cada vez mais enxuto.
Espaço K: Dentre os seus projetos
realizados, podemos identificar a maior
utilização do drywall em qual segmento?
Metri: Com toda a certeza, o aumento na
utilização do drywall tem sido maior no
segmento corporativo.
Espaço K: No mercado brasileiro,
percebemos que ainda há uma resistência ao
uso do drywall em projetos residenciais. Seu
escritório percebe essa resistência?
Metri: Sim, percebemos esta resistência. Em
projetos residenciais, o proprietário teme não
conseguir ancorar seus móveis ou ter algum
tipo de perda no desempenho acústico e
térmico ou danos provocados por umidade
em áreas molhadas.
Espaço K: De que forma podemos mudar
esse pensamento?
Metri: A mudança de pensamento pode
ser promovida através de ações junto aos
formadores de opinião do setor, como os
arquitetos e os engenheiros, que conhecem as
características técnicas dos produtos e sistemas.
Espaço K: Quais outros tipos de sistemas
construtivos também exercem influência nos
novos projetos da Metri?
Metri: Trabalhamos bastante com vidros
estruturais em fachadas, pisos elevados e
forros modulares em ambientes corporativos,
e também estrutura metálica e steel deck no
esqueleto de nossos prédios.
Espaço K: Na opinião de vocês, quais
foram as maiores mudanças que
aconteceram na arquitetura brasileira e
mundial nos últimos anos?
Metri: A forma como as pessoas estão
usando e se relacionando com os edifícios
está muito diferente do que acontecia há
alguns anos atrás. As pessoas buscam arranjos
mais flexíveis e praticidade tanto nos espaços
dedicados ao trabalho, quanto nas áreas
residenciais. A interatividade é a protagonista
dos novos tempos. Os paradigmas
contemporâneos buscam soluções em relação
à sustentabilidade e melhor aproveitamento
dos recursos disponíveis.
Espaço K: Quais dicas vocês dariam para
os jovens arquitetos que estão iniciando
a carreira?
Metri: Atuar com ética, interesse e
curiosidade, ser persistente, atender ao
cliente da melhor forma possível e respeitar
colegas e parceiros de trabalho. O projeto
arquitetônico é o gerador de uma obra. No
entanto, nosso projeto só se torna realidade
após a contribuição do trabalho de toda
uma cadeia de profissionais, desde outros
projetistas, passando por engenheiros,
fornecedores, até os executores, que é o
pessoal que coloca a mão na massa e põe de
pé um edifício. Respeitar e valorizar a todos
contribui para o bom resultado final.
“Os paradigmas
contemporâneos buscam
soluções em relação à
sustentabilidade e melhor
aproveitamento dos
recursos disponíveis.”
Metri Arquitetura
www.metri.arq.br
Obras em Destaque
Arquidiocese de Salvador - BA
Arquidiocese de
Salvador utiliza
solução acústica
em drywall
no novo auditório
A necessidade de um espaço para a realização de atividades
religiosas e culturais foi o que motivou a Arquidiocese de São
Salvador da Bahia a construir um auditório com capacidade para
580 pessoas, sendo 12 cadeirantes.
Sede da Igreja Católica na Capital baiana e região do recôncavo, a
Arquidiocese de Salvador – como é mais conhecida - é composta
por 15 municípios e conta com densidade demográfica de 906,4
habitantes/km², segundo levantamento feito pelo IBGE em 2013.
Obras em Destaque | 32 - 33
De acordo com o padre Joelson Dias da Silva, arquiteto e urbanista
atualmente responsável pelas obras da Arquidiocese, a construção
do auditório era um desejo antigo. “A demanda por locais como esse
é muito grande em nossa Arquidiocese. Além do mais, a sociedade
civil também desejava um local assim”, afirma o padre.
foi com a acústica. A arquiteta e especialista em acústica Débora
Barretto, sócia-diretora da Audium, responsável pelo projeto acústico
do auditório, explica que a ideia foi interagir aspectos técnicos com
estéticos por meio de elementos capazes de proporcionar a sensação de
leveza, harmonia e amplitude.
Ele informa que, além das atividades religiosas como formação, retiro,
palestras e treinamentos, o auditório também é usado para eventos
culturais como teatro, música, dança, formatura, entre outros.
“Para obter reflexões sonoras úteis, foi projetado um forro em módulos
convexos acompanhando o desenho da plateia em planta. Essa
proposta arquitetônica permitiu a interação com a iluminação de
forma a valorizar os planos e proporcionar um efeito diferenciado e
cenográfico”, lembra Débora.
A arquiteta Denise Calasans, responsável pelo projeto e
acompanhamento técnico da execução das obras até outubro de
2012, explica que para atender a essa necessidade foi construído um
novo prédio dentro do terreno da Arquidiocese, que tem mais de 12
mil m² e área construída com mais de 9 mil m².
O edifício, de 2.182,37 m², conta com dois subsolos, que
abrigam os reservatórios, instalações, equipamentos para combate
à incêndio, garagem coberta para os funcionários e um pequeno
depósito. No térreo, foram construídos o palco, camarim, sanitário
para elenco, sala de som e iluminação, plateia, casa de máquinas e um
mezanino. No 1º pavimento, há uma recepção e área para exposições,
lançamentos de livros, ensaios, etc. Há também área para guardavolumes, cabines de estudo em grupo e sanitários.
Para execução deste projeto, o uso do drywall foi essencial. “O desafio
que tivemos foi a questão da compatibilização, por conta da estrutura
pré-existente. A instalação precisou ser muito criteriosa e algumas
adaptações precisaram ser realizadas por conta das instalações. O
drywall possui a flexibilidade e o custo-benefício que precisávamos
para esta execução”, completa.
As chapas de drywall foram aplicadas em todo o forro do auditório,
tanto na parte côncava reflexiva, quanto na parte plana localizada
entre os módulos curvos.
Acústica
“Também foi especificado drywall nas paredes para proporcionar
um maior reforço sonoro, intercalando com os módulos
absorventes”, relembra a arquiteta.
De acordo com ela, tanto no espaço do auditório quanto no da
biblioteca, a preocupação, além da acessibilidade, conforto e beleza,
Nas partes reflexivas foram usadas as chapas Knauf Techniforro,
própria para áreas curvas, e a parte absorvente plana do forro é
composta pelas chapas Knauf Cleaneo Acústico com lã de 75
mm sobre o mesmo, proporcionando tanto o aspecto monolítico
quanto sofisticado.
“As chapas Cleaneo são importantes para a absorção do som
dentro do auditório e as chapas Techniforro fazem a reflexão do
som, direcionando-o para o público”, resume Luciano Villas-Bôas,
diretor técnico da Acartonado, distribuidor autorizado Knauf e
responsável pela instalação do drywall no auditório.
Entre os sistemas utilizados estão o de revestimento Knauf W626,
que proporciona maior isolamento acústico e atinge grandes alturas,
os de tetos Knauf D112 e Knauf Cleaneo Acústico D127 e o de
forros removíveis Knauf Techniforro.
“Este foi um projeto especial, de grande complexidade, e que
exigiu uma dedicação muito grande da nossa equipe para chegar ao
resultado alcançado. O forro lembra um condomínio de casas, só que
de cabeça para baixo. As curvas no forro, que lembram os telhados,
foram calculadas para que o som fosse refletido e chegasse ao público.
Também executamos difusores acústicos curvos nas paredes, que
completam o sistema Techniforro utilizado no auditório para reflexão
do som”, relembra Luciano.
Arquidiocese de São Salvador da Bahia
www.arquidiocesesalvador.org.br
Pastoral da Comunicação
[email protected]
Arquiteta Denise Calasans
[email protected]
Audium – Áudio e Acústica
www.audium.com.br
Acartonado Divisórias e Forros
www.acartonado.com.br
Edifício 360 graus - São Paulo
São Paulo
ganha prédio
com arquitetura
arrojada e visão
de 360 graus
Ousado e inovador. Assim podemos definir o projeto do Edifício
360º entregue em 2013 na cidade de São Paulo. Com unidades
desenhadas como casas suspensas que se encaixam a uma
estrutura central pendente sobre pilotis (colunas) de 11 metros
e um espelho d’água, o prédio permite ao morador ter uma visão
360 graus de bairros como Vila Madalena, Pinheiros, Alto da
Lapa e Vila Leopoldina.
Referência da arquitetura contemporânea da cidade de São Paulo,
o projeto, assinado pelo arquiteto Isay Weinfeld, recebeu, em 2009,
importantes prêmios de arquitetura: o MIPIM AR Future Project
Awards, promovido pela revista inglesa Architectural Review, nas
categorias de “Projetos Residenciais” e “Overall Winner” (vencedor
geral), além do prêmio “High Rise Architecture”, promovido pelo
Americas Property Awards. Já em 2013 recebeu o “Prêmio Master
Imobiliário” na categoria empreendimento.
De acordo com Marcelo Campos, do setor de engenharia da Stan
Desenvolvimento Imobiliário, realizadora do projeto junto com
a Idea Zarvos, Anfab e PDG Realty, o empreendimento é fruto
de uma proposta inovadora, na qual estabelece uma nova relação
entre o morador e seus espaços, valorizando o sentido da visão e
qualidade de vida.
“Cada um dos 62 apartamentos conta com um generoso terraço,
extensão da sala de estar, que transmite a sensação de se morar
em uma verdadeira ‘casa suspensa’ com visão 360 graus dos
arredores”, explica Campos.
“A disposição dos apartamentos, que incluem opções de 127 m²,
130 m², 154 m², 170 m², 205 m², 251 m², não segue um padrão
regular, o que dá ao edifício uma aparência diferenciada. Além disso,
as quatro fachadas do prédio são formadas por caixas que se acoplam
à estrutura criando um ritmo assimétrico”, completa.
Desafios
Entre as soluções usadas para dar vida a um empreendimento
tão complexo está o drywall, que segundo Campos, possibilitou a
entrega da obra no prazo. “Entre as vantagens da utilização deste
sistema de construção a seco estão a rapidez da instalação e a baixa
geração de entulho”, afirma.
Para ele, um dos principais desafios desta obra foi a execução da
estrutura de concreto com todas as interferências das instalações
elétricas e hidráulicas, pois não existiu uma repetição de laje, cada
uma era diferente da outra. “O sistema drywall, pela sua praticidade,
leveza e maleabilidade, ajudou bastante”, lembra.
Marcelo Ayrosa, diretor da Gypsul, distribuir autorizado da
Knauf e responsável pela instalação do drywall, destaca que entre
os sistemas usados em todas as unidades residenciais estão os de
parede Knauf W111 e Knauf W115 e os de revestimento Knauf
W626 e Knauf W611.
De acordo com ele, um dos maiores desafios da instalação do
drywall foi a diversidade de plantas disponíveis para que o morador
escolhesse no momento da compra.
“Ao todo, tínhamos sete tipos e tamanhos de
apartamentos, com andares diferenciados, que
poderiam ter quatro, três ou duas unidades
por andar. As plantas eram diferentes e
tivemos que executar diversas customizações
para atender às necessidades específicas
de cada proprietário”, lembra Ayrosa,
ressaltando que “todos os apartamentos
tinham pé direito de 3,50 m e fachadas
revestidas e requadradas internamente
conforme modulação dos caixilhos que
revestiam totalmente as fachadas das
unidades. Uma verdadeira obra de arte”.
Com um terreno com 2.797,63 m² de área total, o empreendimento
conta ainda com ampla área de lazer, com salão de festas, fitness,
lounge, brinquedoteca, piscina adulto semiolímpica, piscina infantil,
playground, além de uma lavanderia coletiva. “O projeto foi pensado
nos mínimos detalhes, seja na escolha de materiais diferenciados, seja
na definição de uma comunicação visual alinhada com o conceito do
edifício”, completa Marcelo Campos, da Stan.
Stan Desenvolvimento Imobiliário
www.stan.com.br
Gypsul Materiais para Acabamentos e Instalações
[email protected]
Procuradoria Geral da República - Brasília
Drywall ajuda
na ampliação
e reforma do
restaurante da
Procuradoria Geral
da República
O restaurante da Procuradoria Geral da República (PGR),
em Brasília, acaba de passar por uma grande obra de reforma
e ampliação. As modificações foram necessárias devido a três
principais fatores: ao aumento no número de servidores lotados
na PGR, ao tempo de construção do edifício, que soma mais de
dez anos, e às exigências de adequação a boas práticas aplicáveis
em cozinha industrial.
O analista de arquitetura, autor do projeto, gestor do contrato e
fiscal da obra, Eduardo Henrique Soares, explica que a estrutura do
restaurante foi separada em três pavimentos (subsolo, térreo e andar
superior) do bloco D, com o objetivo de melhorar os setores de
administração, produção e distribuição.
Entre os destaques da obra, o arquiteto cita a expansão da cozinha,
situada no térreo. “Ela foi ampliada internamente para aprimorar a
produção de alimentos e conferir mais rapidez aos serviços. Além
disso, os compartimentos foram separados com divisória de granito
e vidro, viabilizando a integração visual das áreas e a supervisão das
atividades pelo nutricionista”, explica.
No subsolo, foi projetado a parte administrativa, com área para
recepção de fornecedores e funcionários, escritório, depósito/
despensa e sanitários/vestiários para uso exclusivo dos profissionais.
Já a ampliação do restaurante, localizado no pavimento superior,
resultou no aumento do número de assentos, que cresceu de 188 para
258, representando um aumento aproximado de 37% em comparação
com o antigo formato.
A preocupação com o quesito acessibilidade pode ser observada
em toda a estrutura, com exemplos no acesso a caixas, balanças,
bancada para higiene das mãos e sanitários, que foram ampliados e
adaptados aos critérios de inclusão social. A interação entre usuários
do restaurante também foi considerada na elaboração do projeto,
que previu mobiliário para acomodação individual (mesas altas),
pequenos grupos e mesas contínuas.
Outras melhorias se relacionam à instalação de revestimentos
especiais no teto e paredes, com o objetivo de garantir conforto
espacial, absorver odores e otimizar a acústica do local, já que o nível
de ruídos estava acima do permitido por órgão ambientais.
“Antes da reforma foi executada uma medição com o decibelímetro e
constatado que o nível de ruídos estava acima do permitido, ou seja,
estava entre 78 a 83,7 db”, lembra o arquiteto.
Conforto acústico
Para solucionar este problema de acústica, foram usadas no teto e no
revestimento das paredes do restaurante as chapas knauf Cleaneo
Acústico, que proporcionam melhor absorção acústica, diminuindo
o tempo de reverberação do som no ambiente, além de possuírem o
tratamento Cleaneo, que neutraliza os odores.
O drywall foi usado ainda em outras áreas da reforma. De acordo
com o montador de drywall Edmar Siriano de Sousa, responsável pela
instalação dos produtos da Knauf, entre os sistemas executados estão os
de parede Knauf W111, aplicados no hall de elevadores do restaurante
e na cozinha, e os de teto Knauf D112 unidirecional, executados nos
banheiros, cozinha, escritório, depósito e hall de elevador.
Nas áreas úmidas, como a cozinha e
banheiros, foram aplicadas ainda as
chapas Knauf Resistentes à Umidade (RU),
indicadas para estes tipos de espaço
por conter elementos hidrofulgantes”,
completa o montador.
O engenheiro Juarez Júnior, da Organização Floresta Engenharia,
responsável pela construção, ressalta que entre as vantagens da
utilização do drywall estão a agilidade na execução do projeto e uma
obra mais limpa. “Além disso, este sistema de construção nos ajudou
a enfrentar um dos maiores desafios deste projeto: uma obra com um
leque muito grande de acabamentos e instalações”, lembra.
A adequação da estrutura do Cleaneo Acústico com o sistema
de climatização existente foi outro desafio para os envolvidos no
projeto. “Demos atenção especial à instalação das grelhas de ar
condicionado, que tinham que ser trocadas simultaneamente ao
forro”, ressalta o montador Edmar.
Ele conta que devido a grande quantidade de grelhas próximas umas
das outras e em formato circular teve que fazer um grande trabalho
de reforço na estrutura bidirecional do sistema de teto Knauf
Cleaneo Acústico D127 aleatório, que teve que ser toda cortada e
travada novamente antes que fossem colocadas as chapas.
“O formato circular da obra também foi um desafio para um
acabamento perfeito nos cortes das chapas Cleaneo. Outro desafio
foi a grande quantidade de janelas redondas no revestimento, que
também feito com chapas Cleaneo”, completa Edmar.
Entre os profissionais envolvidos no projeto estão o secretário-geral
do Ministrério Público Federal, Lauro Cardoso; o secretário de
Engenharia e Arquitetura, engenheiro Civil André Khun; o chefe da
Divisão de obras, engenheiro Mecânico Plínio Santana Miranda Brito;
os fiscais: engenheiro Civil Daniel Vianna Paglia, engenheiro Eletricista
Emiliano Ibsen Maciel de Almeida e engenheiro Mecânico Galeandro
Braga Lorenzini; o autor e fiscal do projeto hidrosanitário, engenheiro
Civil Diego Popov dos Santos; o fiscal e autor do projeto de prevenção
e combate a incêndios, engenheiro civil Carlos Gustavo Kozak; autor
do projeto elétrico, engenheiro eletricista Rafael Vieira; o autor do
projeto de climatização, engenheiro mecânico Rodrigo Neiva e as
nutricionistas Yolanda Ivasaki Soares e Amanda Branquinho.
Procuradoria Geral da República
www.pgr.mpf.mp.br
Organização Floresta Engenharia
www.organizaçãofloresta.com.br
Edmar Siriano de Sousa (montador)
[email protected]
Por dentro do Drywall
Artigo Técnico RU
RU KNAUF
CHAPA
RESISTENTE
À UMIDADE
Uma das partes mais difíceis de se definir em uma obra ou
reforma é a escolha do material mais adequado para cada
ambiente. De acordo com a Norma ABNT NBR 15758:2009
(Sistemas construtivos em chapas de gesso para Drywall Projeto e procedimentos executivos para montagem), os sistemas
construtivos em chapas de gesso para drywall destinam-se à
utilização interna (paredes, forros e revestimentos) não sujeita às
intempéries e sem funções estruturais aplicáveis em edificações
residenciais e não residenciais.
Teto D112 - Unidirecional ou Bidirecional
As chapas RU também podem ser utilizadas em tetos sujeitos
à umidade, como banheiros, varandas, terraços, salas limpas,
hospitais, entre outros - desde que obedeçam ao correto
espaçamento dos perfis e a correta instalação das mesmas.
Utilização dos sistemas de drywall por ambiente:
A especificação do tipo de chapa deve levar em consideração
as condições de exposição a que a mesma estará submetida e o
desempenho requerido do sistema e seus componentes.
No caso de ambientes sujeitos à umidade por tempo limitado e de
forma intermitente, como banheiros, cozinhas, áreas de serviço,
etc., deverão ser utilizadas chapas verdes do tipo RU, que possuem
em sua composição química componentes hidrofugantes, que lhes
conferem uma maior resistência à umidade. Vale lembrar que a
chapa verde não é à prova d’água, por isso não deve ser usada em
tetos ou forros de piscinas ou saunas, já que a umidade é constante.
Uso correto das chapas Knauf RU
Resistentes à Umidade
As chapas verdes devem ser utilizadas em ambientes como
cozinhas, banheiros, lavatórios, lavanderias, áreas de serviços e
em paredes que, mesmo não sendo em áreas úmidas, irão receber
acabamentos cerâmicos assentados com argamassas colantes.
Qual a diferença das chapas em relação à umidade?
CONTATO COM A ÁGUA
INCREMENTO DO PESO EM 10% (POR ÁGUA)
48
46
44
42
40
38
36
34
32
30
28
26
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
100
90
80
70
RESISTÊNCIA DA CHAPA (%)
TEMPO CONTATO ÁGUA (H)
RU - Resistente a Úmidade
ST - Standard
60
50
40
30
ST - Standard
20
10
0
0
TIPO DE CHAPA
A chapa ST precisa de 2 horas em contato com a água para
incrementar 10% de água no seu peso. Já a chapa RU precisa de
48 horas para incremetar 10% de água no seu peso.
RU - Resistente a Úmidade
4
8
12
16
20
24
28
32
36
40
44
48
52
56
TEMPO EM HORAS (H)
Todas as chapas de drywall com um aumento de 10% de seu
peso, d
evido a absorção de água, perdem 70% da resistência.
60
Artigo Técnico RF
RF KNAUF
CHAPA
RESISTENTE
AO FOGO
Uma das principais características dos sistemas de drywall é sua
proteção ao fogo. Isto pode ser constatado desde a sua invenção,
em 1890, por Augustine Sacket, que, ao estudar um incêndio
ocorrido em Nova York, criou a chapa de gesso para drywall –
patenteada por ele em 22 de maio de 1894.
A composição química do gesso que constitui as chapas de drywall
é o Sulfato de Cálcio (CaSO4 + 2H2O) , ou seja, ele possui duas
moléculas de água, o que representa aproximadamente 20% de seu
peso. Portanto, para que o fogo destrua as chapas de drywall, terá
primeiro que consumir estes 20% do peso em água.
Quando tratamos de proteção ao fogo, temos que considerar
2 fatores distintos: a Resistência ao fogo e a Reação ao fogo.
Resistência ao fogo
A Resistência ao Fogo dos sistemas construtivos podem
ser comprovadas através de execução de ensaios específicos
de resistência ao fogo em laboratórios (TRRF) onde são
determinados o tempo de sua resistência em minutos podendo
ser classificados como 30, 60, 90, 120, 150, 180 e 240 min.
Para resistência ao fogo em tetos deve-se observar que os mesmos
devem ser totalmente estanques, ou seja caso haja aberturas de
iluminação, as mesmas devem ser protegidas de maneira que
tenham a mesma resistência ao fogo do teto.
Cabe observar que no Brasil, até o momento, não possuímos
uma câmara para realização de ensaios de compartimentações
horizontais (tetos, lajes, etc.) então a comprovação de sua
resistência ao fogo dar-se-a por ensaios realizados no exterior.
Reação ao fogo
A reação ao fogo é outro fator importante na escolha e controle dos
materiais de acabamento e de revestimento utilizados na construção,
por isto deve-se tomar muito cuidado quanto a sua combustibilidade.
Ao escolher um produto que iremos utilizar, caso o mesmo não
seja incombustível devemos avaliar suas características tais como o
Ip – Índice de propagação superficial de chama, o Dm – Densidade
específica ótica máxima., bem como avaliar se a fumaça gerada por
este produto não é toxica se o mesmo não possui gotejamento, etc.
Deve-se sempre considerar que caso hajam aberturas nas
compartimentações resistentes ao fogo, tais como portas, as mesmas
devem possuir o mesmo TRRF que as paredes onde estão instaladas.
Em função da utilização do produto (pisos, paredes, tetos,
revestimentos, etc.) e do tipo da ocupação (residencial, comercial,
hospitalar, etc.) as normas estabelecem o limite máximo de
propagação de chamas e emissão de fumaça.
As paredes de drywall tem sua classificação de Resistência ao
Fogo (RF) comprovada e prescritas na ABNT NBR 15758
conforme as seguintes tipologias:
O drywall é classificado como Classe II A, o que indica ser um
produto de menor propagação de chamas e menor nível de emissão
de fumaça em caso de incêndio.
Classificação dos materiais quanto a reação ao fogo
MÉTODO DE
ENSAIO
ISO 1182
NBR 9442
ASTM E 662
Incombustível
ΔT ≤ 30ºC;
Δm ≤ 50%;
Tf ≤ 10 s
-
Dm ≤ 450
CLASSE
I
II
III
IV
V
PAREDES W112 / W115 / W116
TIPO CHAPA
Nº TOTAL DE CHAPAS
ESPESSURA (MM)
RESIST. AO FOGO (MIN)
ST
4
12,5
60
ST
4
15,0
90
RF
4
12,5
90
RF
4
15,0
120
A
COMBUSTÍVEL
Ip ≤ 25
B
COMBUSTÍVEL
Ip ≤ 25
Dm > 450
A
COMBUSTÍVEL
25 < Ip ≤ 75
Dm ≤ 450
B
COMBUSTÍVEL
25 < Ip ≤ 75
Dm > 450
A
COMBUSTÍVEL
75 < Ip ≤ 150
Dm ≤ 450
B
COMBUSTÍVEL
75 < Ip ≤ 150
Dm > 450
A
COMBUSTÍVEL
150 < Ip ≤ 400
Dm ≤ 450
B
COMBUSTÍVEL
150 < Ip ≤ 400
Dm > 450
VI
COMBUSTÍVEL
Ip > 400
-
PRODUTO
CLASSE
IP
DM
DRYWALL
IIA
1,0
20
AMF
IIA
2,8
14
FORROS
I, IIA ou IIIA
≤ 75
≤ 450
Classificação dos materiais tendo como base método ABNT NBR 9442
Por dentro do Drywall | 46 - 47
Artigo Técnico Safeboard
Em salas onde se trabalha com Raios X é obrigatório um
sistema construtivo que impeça a passagem de radiação para os
ambientes contíguos.
A espessura da camada de proteção varia em função da tensão
elétrica no tubo do equipamento de Raios X utilizado (de
acordo com a aplicação médica), sendo o chumbo o material de
referência para blindagem.
Quanto maior a tensão elétrica do equipamento de Raios X,
maior é a espessura requerida da placa de chumbo.
Para blindagem com outros materiais, é necessário comparar a
espessura destes com a espessura equivalente de chumbo, indicando
a quantos milímetros de espessura de chumbo corresponde a
espessura dos materiais a serem aplicados na blindagem do
ambiente. A Tabela 16 da Norma DIN 6812 apresenta essas
equivalências para diversos materiais de construção.
O desenvolvimento das chapas Knauf Safeboard representa
uma importante evolução nesse cenário, não só em relação aos
métodos construtivos tradicionais, mas igualmente em relação
aos sistemas drywall utilizados para blindagem radiológica. Com
isso, os pesados materiais empregados nos métodos construtivos
tradicionalmente aplicados nas blindagens radiológicas em
hospitais e consultórios médicos e odontológicos, agora podem
ser substituídos de maneira fácil, racional e com flexibilidade
pelos novos sistemas Knauf Safeboard. Da mesma forma, podem
substituir as chapas de gesso revestidas por placas de chumbo até
então utilizadas em sistemas drywall para esse fim, o que tornava
seu manuseio difícil, devido ao seu peso elevado.
As chapas Knauf Safeboard, juntamente com a massa Safeboard,
são aplicadas do mesmo modo que as chapas de drywall,
oferecendo todas as vantagens construtivas desse sistema e
tendo ainda como benefícios adicionais um excelente isolamento
acústico e alta resistência ao fogo.
As chapas Knauf Safeboard podem ser utilizadas em paredes,
tetos rebaixados e revestimentos, proporcionando, com sua
utilização, blindagem radiológica, resistência mecânica, resistência
ao fogo e excelente isolamento acústico.
Descrição do produto
Knauf Safeboard são chapas de drywall do tipo alta dureza e
resistente ao fogo, desenvolvidas para blindar ambientes em
que houver utilização de Raios X para diagnóstico, impedindo a
passagem da radiação para outros ambientes.
Dados técnicos
Espessura
12,5 mm
Largura
625 mm
Comprimento
2.500 mm
Peso
17 kg/m²
Tipos de borda:
- Longitudinais - arredondada
- Transversais - quadrada
BA
BQ
Tipo de chapa conforme DIN EN 520
DF
Tipo de chapa conforme DIN 18180
GKF
Em 12 de março de 2014, o Instituto de Radioproteção e
Dosimetria - IRD / CNEN homologou o sistema Safeboard Knauf
em função dos resultados dos ensaios realizados no instituto. Estes
ensaios restringem-se à radiação Raios X de baixa intensidade.
“A Knauf está em tratativa com o IRD para realização de ensaios
do sistema Safeboard Knauf para aplicação na medicina nuclear”,
afirma o engenheiro Luiz Augusto Barreto, Coordenador de
Desenvolvimento de Mercado da Knauf.
“Com o resultado desses ensaios, iremos ampliar de forma
considerável a grade de aplicação do nosso sistema de blindagem
no campo de medicina”, conclui Luiz Augusto.
500
Perfil montante
mm
Chapa Safeboard
12,5 x 625 x 2500 mm
Parafuso
TA 25 mm
625 mm
Princípios básicos dos materiais de construção
para blindagem radiológica
Perfil guia
Chanfro bordas
das chapas
Massa Safeboard - Spachtel
para tratamento de juntas
Knauf Aquapanel®
Hotel Go Inn - Vitória - ES
Fachadas Knauf
Aquapanel®
viabilizam obras
em Vitória e
Marabá
O Go Inn, mais novo hotel de Vitória, localizado na região da
Enseada do Suá, na capital do Espírito Santo, está em fase final
de construção e terá o que há de mais moderno na indústria
hoteleira. Diante da principal exigência do empreendimento –
quartos silenciosos –, a Construtora Mazzini Gomes, responsável
pela execução da obra, optou pelos sistemas de fachadas Knauf
Aquapanel® e pelos sistemas de paredes Knauf drywall com chapas
ST, RU e RF de 15 mm de espessura. Para atingir o desempenho
acústico exigido, a obra utilizou ainda lã, esquadrias PVC e portas
de entrada maciças com vedações no batente do marco.
Knauf AQUAPANEL® | 50 - 51
“A escolha por sistemas construtivos a seco foi fundamental para
a redução do prazo da obra, que teve a etapa de fundação iniciada
em junho de 2013 e cuja fachada ficou pronta no final de 2014. As
paredes em drywall, que foram instaladas em cerca de cinco meses,
exercem as funções de vedação, divisões e shafts. Outros benefícios
foram a redução de peso na estrutura, o que gerou economia de
custo nas fundações, diminuição de entulho durante a obra e a
facilidade para executar e dar manutenção às instalações embutidas
nas paredes”, afirma o engenheiro Luiz Guilherme Mazzini Gomes,
diretor de construção da Mazzini Gomes.
No total, o hotel consumiu mais de 4.500 m² de chapas Knauf
drywall, além de quase 2.700 m² de sistemas de fachadas Knauf
Aquapanel®. O resultado são 160 quartos, distribuídos por 8
pavimentos que, somados ao térreo, garagem e cobertura, alcançam
5.100 m² de área total. O projeto acústico do empreendimento é
assinado por Diocelio Grasselli e a instalação foi realizada pela
Zaidan Produtos Arquitetônicos.
Shopping Pátio Marabá
Na reta final de suas obras, o Shopping Pátio Marabá, no Pará,
inaugurado em maio de 2013, precisou buscar um material diferente
para um trecho de sua fachada. Enquanto toda a estrutura do
shopping foi calculada com distância de 6 m entre os pisos, a parte
do cinema, no fundo do prédio, tinha mais de 7 m de pé-direito, o
que inviabilizava o fechamento desta parte com alvenaria.
“Começamos a procurar um produto que solucionasse a questão e ainda
pudesse receber o mesmo acabamento do restante da fachada, pois isso
era fundamental no projeto arquitetônico. Como estávamos na fase final
da construção, o prazo e a limpeza da obra eram fatores importantes,
pois o entulho já tinha sido retirado. Foi quando nos apresentaram os
sistemas de fachadas Knauf Aquapanel®, que conseguiam atender a
todos os pontos tanto técnica quanto esteticamente”, conta o arquiteto
Luiz Kromek, coordenador de projetos da construtora Dan-Hebert,
responsável pela execução do empreendimento.
Os profissionais envolvidos na obra foram orientados em relação
à estrutura, que recebeu perfis metálicos mais largos e robustos,
adequados para vencer espaços com mais de 4 m de altura, e
também em relação à aplicação da cimalha, presente em toda a
fachada e que não poderia ser descontinuada no trecho do cinema.
“O suporte técnico oferecido pelos representantes da Knauf do
Brasil foi essencial, pois nos mostraram todas as ferramentas
adequadas a cada tipo de instalação. No caso da cimalha, por
exemplo, usamos cimento adesivo em alvenaria, mas para as
chapas Aquapanel®, utilizamos o parafuso especialmente indicado
para este fim”, afirma.
O trecho da fachada erguido com os sistemas Knauf Aquapanel®
tem cerca de 700 m², foi montado em aproximadamente um mês
e recebeu exatamente o mesmo acabamento, uma textura acrílica
hidro-repelente. O shopping tem quatro pavimentos de lojas e
integra um empreendimento que reúne ainda uma torre comercial
e dois hotéis, com área que ultrapassa 100 mil m². O projeto
arquitetônico do centro comercial foi realizado pelo escritório
Couceiro e Rubim Arquitetos Associados, enquanto a instalação dos
sistemas Knauf drywall foi feita pela Coreng Engenharia.
“O suporte técnico oferecido pelos
representantes da Knauf do Brasil foi
essencial, pois nos mostraram todas
as ferramentas adequadas a cada tipo
de instalação. No caso da cimalha,
por exemplo, usamos cimento adesivo
em alvenaria, mas para as chapas
Aquapanel®, utilizamos o parafuso
especialmente indicado para este fim.”
Mazzini Gomes
www.mazzinigomes.com.br
Dan-Herbert
www.danherbert.com.br
Shopping Pátio Marabá - PA
Especial Residencial
Edifício Residencial em Maringá - PR
Edifício em
Maringá, no
Paraná, ganha
solução de
construção a seco
O drywall está conquistando cada vez mais espaço nos
empreendimentos residenciais. Se antes era difícil vermos as
chapas de drywall sendo utilizadas neste segmento, hoje já é
possível percebermos grandes edifícios aplicando esta solução de
construção a seco. É o caso do empreendimento de alto padrão
Cenarium Residence. Localizado no bairro Zona 2, considerada
a área mais nobre da cidade de Maringá, no Paraná, o edifício, de
108 apartamentos, teve todas as paredes internas das unidades e
o teto executados em drywall, inclusive as áreas molhadas como
banheiros, cozinha e área de serviço.
Especial Residencial | 54 - 55
O que chama a atenção nesta obra é o uso das chapas Knauf
Hardboard, que concede maior dureza superficial, maior resistência
à ruptura transversal e longitudinal e proporciona maior isolamento
acústico. Este é o primeiro prédio residencial a usar este tipo de
chapa no Brasil, o que demonstra a preocupação dos idealizadores do
projeto com o desempenho mecânico e acústico do empreendimento.
De acordo com Antônio Marcos de Souza, da EPS Produtos
Térmicos, instalador autorizado Knauf, responsável pela instalação do
drywall, foram usadas cerca de 15.300 m² de chapas Hardboard na
divisão interna das unidades.
Rodrigo Quirino, diretor técnico da Catamarã Engenharia,
responsável pela construção do Cenarium Residence, explica que
para obter um melhor desempenho acústico foi utilizado o sistema
composto pelas chapas Hardboard mais lã mineral.
“As chapas Hardboad possuem uma densidade maior, desta
forma, apresentam maior resistência a impactos e conferem
melhor isolamento acústico ao sistema. Associado à lã mineral,
este sistema gera aproximadamente 8dB de ganho em relação às
chapas Standard (ST)”, diz.
“Tanto a Catamarã quanto a Knauf se esforçaram para que a obra
fosse realizada utilizando o que houvesse de melhor no setor, a fim
de oferecer um produto final diferenciado”, completa o diretor. A
Knauf é a única fabricante de drywall a produzir esta chapa no Brasil.
De acordo com Quirino, a utilização do drywall trouxe outros
benefícios para a execução da obra. “Além da redução das cargas
na estrutura, o uso do drywall permitiu um processo de construção
mais limpo e industrializado, gerando menos resíduos e uma maior
precisão nas medidas”, enumera.
O diretor também ressalta a melhora na logística da obra devido à
redução do número de etapas e do transporte vertical do material.
“Tivemos ainda um maior controle do processo, já que todos os
materiais são certificados e homologados, além de reduzir o prazo de
execução do serviço e do número de funcionários, e de contar com
uma mão de obra mais técnica”, explica Quirino.
Especial Residencial | 56 - 57
Entre os sistemas utilizados estão os de parede Knauf W111, os de
revestimento Knauf W625 e os de teto Knauf D112 unidirecional.
Nos locais como banheiro, cozinha e área de serviço, foram utilizadas
as chapas Resistentes à Umidade (RU) – também conhecidas
como “chapas verdes”. Elas possuem, em sua composição química,
componentes hidrofugantes, que lhes conferem uma maior
resistência à umidade, por isso são indicadas para áreas sujeitas à
umidade por tempo limitado e de forma intermitente.
Arquitetura
A preocupação em ter um produto diferenciado se refletiu
também na concepção do projeto arquitetônico, realizado
pelo escritório Mendes Cardoso Arquitetura. De acordo com
o arquiteto Jose Carlos Mendes Cardoso, a ideia inicial era
aproveitar a excelente vista do Parque do Ingá, que fica ao lado do
empreendimento, e utilizar ao máximo a grande área do terreno,
que tem 4.500 m², para o lazer.
“Para tanto, optou-se por uma torre o mais alta possível, que
geraria vistas fantásticas e ocuparia menos o terreno, e atingiria
o perfil do público-alvo do empreendimento: apartamentos de
alto padrão, com excelente infraestrutura, não muito grande,
bem distribuído, e com uma ótima varanda gourmet e sala para
aproveitar a vista”, afirma Cardoso.
O arquiteto explica que, para otimizar ainda mais a vista do Parque,
a torre foi levemente rotacionada, voltada mais para onde tivesse
um melhor ângulo de visão por todos os apartamentos. “Inclusive, a
própria configuração da unidade tipo foi elaborada com o objetivo de
voltar todos os apartamentos com suas salas e varandas para a vista
do Parque do Ingá”, lembra.
De acordo com ele, entre as vantagens do uso do drywall está a
possibilidade da flexibilização do layout dos apartamentos. “O cliente
pode optar por plantas flexíveis e a utilização do drywall facilitou
muito atender às necessidades desses novos moradores”, completa.
Entregue em março de 2014, o empreendimento possui mais de
2.500 m² de área de lazer, composta por Parque das águas, quadra
poliesportiva, quadra de squash, salão de festas, Espaço Gourmet,
Espaço criança, spa com sauna e hidromassagem, academia, Lan
House, bicicletário, entre outros.
Catamarã Engenharia
www.catamara.eng.br
Mendes Cardoso Arquitetura
www.mendescardoso.com.br
EPS Produtos Térmicos
www.epsmaringa.com.br
Especial Knauf no Nordeste
Salvador - Bahia
Arena Castelão - Fortaleza - CE
Knauf está
cada vez mais
presente na
região Nordeste
A segunda fábrica da Knauf do Brasil no país já está em operação
na Bahia. A escolha da região atendeu a diversos critérios da
multinacional, que buscava um ponto no Nordeste, um dos
mercados brasileiros com maior potencial de crescimento para os
sistemas construtivos a seco. As obras realizadas nestes estados
estão investindo cada vez mais em materiais pré-fabricados como
forma de dar agilidade, eficiência e sustentabilidade às construções
ou reformas. Toda a região ganha com este processo, que permite
gerar experiência aos profissionais que atuam no setor, além de
edifícios mais modernos e competitivos.
Arena Castelão - Fortaleza - CE
Especial Nordeste | 60 - 61
É o caso dos centros comerciais Salvador
Shopping, Bela Vista e Salvador Norte
Shopping, na capital baiana, Rio Anil, em
São Luis, no Maranhão, e RioMar, em
Recife, do Centro de Convenções do Ceará e
do estádio do Castelão, ambos em Fortaleza.
Em comum, todos estes projetos utilizaram
os sistemas de tetos, paredes e revestimentos
Knauf drywall, inclusive produtos premium,
como as chapas Knauf Cleaneo Acústico
e Knauf Aquapanel®, os forros removíveis
Knauf AMF, Knauf Flexboard, entre outros.
O Shopping Bela Vista, por exemplo, foi o
primeiro do Nordeste a utilizar os sistemas
de fachadas Knauf Aquapanel®, no acesso
L3, consumindo 750 m² de material. Além
disso, foram instalados outros 65 mil m² de
sistemas Knauf drywall em todas as áreas
do shopping, como circulações, lojas, praça
de alimentação, cinemas e sanitários. De
acordo com o engenheiro civil Gustavo
de Carvalho Alves, gerente de obras da
JHSF, que executou a obra, seria impossível
substituir a Aquapanel® pela alvenaria para
realizar um fechamento de cerca de oito
metros de altura devido ao prazo e ao peso
que geraria à estrutura.
Shopping Horto Bela Vista - BA
Shopping Horto Bela Vista - BA
Salvador Norte Shopping - BA
Em outros shoppings, o ganho de área livre
que as paredes em drywall proporcionam e
a facilidade de alterar e refazer as divisões
entre os espaços contam muito na escolha
do material. O Salvador Norte Shopping
consumiu 35 mil m² de chapas Knauf drywall
que contribuíram para a linha clean
e sustentável do projeto arquitetônico,
assinado pelos arquitetos André Sá e
Francisco Mota. De acordo com eles, as
diversas vantagens na execução de extensos
painéis em obras de grande porte, onde
se tem necessidade de racionalização do
processo executivo – o que resulta em rapidez,
limpeza, padronização e qualidade –, foram
fatores decisivos na opção pelo drywall.
Já o primeiro shopping do Brasil a receber o selo AQUA (Alta
Qualidade Ambiental) nos três níveis (programa, concepção e
realização), o RioMar, em Recife, teve um motivo a mais para usar
drywall: a sustentabilidade. A obra, concluída em aproximadamente
dois anos, recebeu 93 mil m² de chapas de drywall nas divisões entre
lojas, áreas administrativas, praças de alimentação, fechamentos
laterais internos, shafts e forros. Para oferecer conforto acústico aos
clientes, o shopping instalou ainda cerca de 30 mil m² de chapas
Cleaneo – a maior quantidade em m² deste produto já fornecida pela
Knauf no país para uma mesma obra.
O Rio Anil Shopping, em São Luis, no Maranhão, é um exemplo de
que se pode fazer praticamente tudo em drywall. A obra teve apenas
dois anos para ficar pronta e utilizou 400 m² das chapas Knauf
Flexboard 6,5 mm para os fechamentos curvos, além de chapas
Cleaneo Acústico e sistemas de paredes e tetos Knauf drywall.
A arquiteta Anelise de Castro, que fez os projetos executivo e de
interiores do empreendimento, conta ainda que usaram chapas em
elipse para permitir um dinamismo e fluidez ao shopping.
Shopping Rio Mar - PE
Com objetivos diferentes, mas necessidades parecidas –
principalmente flexibilidade na construção e velocidade de instalação
–, o Centro de Eventos do Ceará demandou soluções inteligentes e
um planejamento acústico bem elaborado que viabilizasse os diversos
usos dos ambientes ao mesmo tempo. O complexo utilizou 10 mil
m² de chapas Knauf Cleaneo Acústico B4, distribuídas pelos dois
salões principais e na sala de eventos. O projeto consumiu ainda 19
mil m² de forros Knauf AMF Star Comfort 15 mm e 82.700 m² de
sistemas de tetos e paredes Knauf drywall.
A reforma da Arena Castelão, em Fortaleza, se destacou dentre os
campos da Copa de 2014 por ser a única a apresentar redução nos
custos previstos – com economia de R$ 104 milhões em relação
à projeção inicial. Para concluir a obra em 20 meses, a opção foi
tornar o processo construtivo o mais industrializado possível, além
de trabalhar em etapas independentes. Outro ponto importante do
drywall para o estádio foi a facilidade para realizar a manutenção
do prédio e acessar as instalações elétrica e hidráulica, sem gerar
entulhos e de forma rápida e simples de recompor.
Centro de Eventos do Ceará - CE
Tecnotas
Fábrica de Camaçari - Bahia
Camaçari
Knauf do Brasil inaugura sua segunda fábrica no país
A Knauf do Brasil inaugurou, em junho de 2014, sua segunda fábrica
no Brasil no município de Camaçari, na Bahia – situado a 41 km da
capital Salvador. Com investimentos na ordem de R$ 150 milhões,
a nova fábrica, que já está em plena operação, vai aumentar em 80%
a capacidade produtiva total da empresa, que já possui um parque
industrial no município de Queimados, no estado do Rio de Janeiro.
totalmente reformada. Além disso, a Knauf também construiu novos
prédios. Ao todo, são cerca de 20 mil m² de área construída (entre
prédios antigos e novos).
Dentro da nova fábrica, tem um Centro de Treinamento (CT) para
capacitar e treinar a mão de obra para a instalação dos sistemas
drywall. A expectativa é que a nova fábrica gere cerca de 150
empregos, entre diretos e indiretos, para a região.
De acordo com Günter Leitner, diretor geral da Knauf do Brasil,
além da excelente receptividade por parte do governo da Bahia, a
escolha de Camaçari se deu por vários fatores:
“Percebemos que a região Nordeste é um mercado crescente, com
disponibilidade de energia e infraestrutura. Esta nova fábrica nos
permitirá atender melhor nossos parceiros das regiões Norte e
Nordeste. Além disso, estamos próximos da nossa matéria-prima
para fabricação do gesso, a gipsita, que é um facilitador de processos
e logística da empresa”, conta o diretor.
De acordo com Leitner, a Bahia tem uma participação importante
no consumo de chapas de drywall na Região Nordeste. Com a nova
fábrica, a Knauf do Brasil espera um crescimento anual de 15% a 20%
no consumo de toda a região Nordeste para os próximos 3 anos.
Instalações
A nova fábrica possui tecnologia de ponta e foi instalada em terreno
de 157 mil m², onde já existia uma estrutura inacabada e que foi
Fábrica da Knauf em Camaçari - BA
Fábrica da Knauf em Camaçari - BA
Knauf Akademia
Tecnotas
Knauf do Brasil abre inscrições para cursos in company
através de ferramenta exclusiva de marcação online
Com o objetivo de capacitar cada vez mais os profissionais da
construção civil sobre o correto uso e aplicação dos sistemas drywall,
a Knauf do Brasil está com inscrições abertas para os cursos gratuitos
in Company, voltados para os escritórios de arquitetura, design de
interiores e engenharia.
Ao todo, serão disponibilizados quatro cursos: Básico e Avançado
de Especificação em Drywall; Produtos Premium Knauf; Soluções
Acústicas e Proteção ao Fogo. A novidade é que o serviço
estará disponível através da página exclusiva Knauf Akademia
(www.akademia-knauf.com.br) – uma ferramenta inovadora de
marcação de cursos no setor.
Nela, o profissional poderá escolher, de maneira prática e rápida,
o dia, o horário, o instrutor e o tipo de curso que deseja ser
ministrado em seu escritório. Tudo online. A carga horária varia de
uma a três horas, dependendo do curso escolhido. Ao final, todos
ganham um certificado de participação, que pode ser baixado direto
do site Knauf Akademia.
Além dos cursos, também estará disponível no site Knauf Akademia
palestras para estudantes das faculdades de Arquitetura, Design de
Interiores e Engenharia, e de Escolas Técnicas. A marcação também
será feita toda online. As palestras, que terão duração de uma hora,
poderão ser ministradas nos turnos da manhã, tarde ou noite e
deverão ter o mínimo de 30 participantes.
Acompanhamento técnico gratuito em obras
Obras podem solicitar acompanhamento técnico
gratuito da Knauf em todo o Brasil
Mesmo profissionais com experiência na especificação e execução de
sistemas construtivos a seco podem ter eventuais dúvidas em situações
muito específicas de cada construção ou reforma. Por isso, a Knauf do
Brasil oferece acompanhamento técnico gratuito em obras que utilizam
os sistemas completos Knauf drywall em qualquer lugar do país.
Independente do tipo de projeto, a equipe técnica da multinacional
alemã está à disposição para ir até o local da obra, conhecer seus
desafios e propor soluções ligadas aos produtos e sistemas Knauf. O
conhecimento aprofundado das características técnicas e dos níveis
de desempenho de cada material permite aos profissionais da Knauf
orientar sobre as melhores técnicas de instalação ou ainda sugerir
modelos de chapas, perfis ou montantes, por exemplo, que melhor se
adaptam a cada necessidade.
Os profissionais da Knauf também estão preparados para auxiliar na
escolha e especificação dos diversos tipos de sistemas de paredes, tetos,
revestimentos e fachadas Knauf conforme o nível de desempenho exigido
As solicitações de visitas técnicas às obras podem ser feitas através do
e-mail: [email protected] ou através do telefone (21) 2195-1182.
Tecnotas | 68 - 69
Chapa resistente à umidade - RU
Áreas úmidas requerem cuidados especiais na construção
Uma das partes mais difíceis de se definir em uma obra ou reforma é
a escolha do material mais adequado para cada ambiente. Áreas como
cozinhas, banheiros, lavanderias e tetos de varandas, por exemplo, são
sujeitas à umidade e por isso exigem alguns cuidados especiais. De
acordo com a Norma ABNT NBR 15758:2009 (Sistemas construtivos
em chapas de gesso para Drywall - Projeto e procedimentos executivos
para montagem), para áreas úmidas, a recomendação é o uso das chapas
de drywall Resistentes à Umidade (RU), também conhecidas como
chapas verdes. Mas nem sempre isso acontece.
O engenheiro civil Omair Zorzi, gerente técnico da fabricante de drywall
Knauf do Brasil, explica que a especificação do tipo de chapa deve
levar em consideração as condições de exposição a que a mesma estará
submetida e o desempenho requerido do sistema e seus componentes.
“No caso de ambientes sujeitos à umidade por tempo limitado e de
forma intermitente como banheiros, cozinhas, áreas de serviço, etc.,
deverão ser utilizadas chapas verdes do tipo RU, que possuem em sua
composição química componentes hidrofugantes, que lhes conferem
uma maior resistência à umidade”, diz Zorzi, ressaltando que “a chapa
verde não é à prova d’água”, por isso não deve ser usada em tetos ou
forros de piscinas ou saunas, já que a umidade é constante.
De acordo com ele, todas as áreas úmidas, independente do sistema
construtivo, devem ser impermeabilizadas. No entanto, nem sempre
a chapa RU é utilizada. “Muitos usam as chapas de drywall standard
(ST) com impermeabilizante, o que não está em conformidade com
a norma de desempenho 15758. Essa escolha pode trazer vários
problemas. Se a pessoa passa o impermeabilizante no banheiro e fura a
parede para colocar um espelho, por exemplo, acaba comprometendo a
impermeabilização”, explica o gerente técnico.
Outro cuidado que se deve ter é com paredes que, mesmo não sendo
em áreas úmidas, irão receber acabamentos cerâmicos assentados
com argamassas colantes. “Para esse tipo de revestimento, é preciso
utilizar as chapas verdes, pois a argamassa colante é misturada com
água. Quando colocada sobre a chapa ST, esta absorve a água fazendo
com que os azulejos se soltem da parede”, adverte Zorzi. “Por isso, é
importante saber a correta aplicação dos produtos de acordo com as
características de cada ambiente”, completa.
Chapa resistente ao fogo - RF
Chapas de drywall RF proporcionam maior resistência ao fogo
Uma das principais características dos sistemas de drywall é sua
resistência ao fogo, sendo uma das melhores opções para o uso em
paredes e tetos. De acordo com a fabricante de drywall Knauf do Brasil,
nos últimos anos, houve um expressivo crescimento na utilização das
chapas de drywall resistentes ao fogo (RF) – também conhecidas como
“chapas rosas” - nas suas mais diversas aplicações. O volume de vendas
deste produto, entre os anos 2010 e 2013, cresceu 46,8%.
O engenheiro civil Omair Zorzi, gerente técnico da Knauf do Brasil,
explica que uma parede construída com uma chapa RF de cada lado,
por exemplo, tem quase o dobro de resistência ao fogo que as chapas
standard (ST). Dependendo do número de chapas rosas usado, podese obter uma resistência ao fogo de até 120 minutos.
“A composição química do gesso que constitui as chapas de drywall é
o Sulfato de Cálcio (CaSO4 + 2H2O). Ele possui duas moléculas de
água, o que representa aproximadamente 20% de seu peso, então para a
ação do fogo destruir as chapas de drywall terá primeiro que consumir
estes 20% do peso em água”, explica Zorzi.
No caso das chapas RF, elas possuem também outros componentes
na sua composição, como verniculita (mineral) e fibra de vidro, que
são mais resistentes ao fogo. “Por isso estas chapas são mais eficazes
na proteção às chamas em comparação a outras chapas de drywall”,
diz o gerente técnico, ressaltando que as paredes de drywall têm sua
classificação de Resistência ao Fogo comprovada e prescrita na Norma
ABNT NBR 15758:2009 (Sistemas construtivos em chapas de gesso
para Drywall - Projeto e procedimentos executivos para montagem).
Zorzi alerta que também é preciso levar em consideração se
existem aberturas nas compartimentações resistentes ao fogo, tais
como portas. “Caso existam, elas devem possuir o mesmo Tempo
Requerido de Resistência ao Fogo (TRRF) – obtido em ensaios de
laboratórios –, que as paredes”.
Já para resistência ao fogo em tetos, é preciso observar que os
mesmos sejam totalmente estanques, ou seja, caso haja aberturas
de iluminação e outras, elas devem ser protegidas de maneira que
tenham a mesma resistência ao fogo que o teto.
A reação ao fogo é outro fator importante, segundo Zorzi, na
escolha e controle dos materiais de acabamento e de revestimentos
utilizados na construção. Por isso, deve-se tomar muito cuidado
quanto a sua combustibilidade.
“Ao escolher o produto a ser utilizado, caso ele não seja
incombustível, é preciso avaliar suas características tais como o Índice
de propagação superficial de chama (Ip), a densidade específica ótica
máxima (Dm), se a fumaça gerada por ele não é tóxica e se o mesmo
não possui gotejamento, entre outros”, enumera.
Dependendo da utilização do produto (pisos, paredes, tetos,
revestimentos, etc.) e do tipo da ocupação (residencial, comercial,
hospitalar, etc.), as normas estabelecem o limite máximo de propagação
de chamas e emissão de fumaça. “O drywall é classificado como Classe II
A, o que indica ser um produto de menor propagação de chamas e menor
nível de emissão de fumaça em caso de incêndio”, completa o gerente.
Tecnotas
Folder Safeboard
Novo folder das chapas Knauf Safeboard
Para atender ao aumento da demanda pelos sistemas de
blindagem radiológica e auxiliar os profissionais a sanar as
dúvidas técnicas sobre o produto, a Knauf acaba de atualizar o
folder sobre as chapas Knauf Safeboard.
O novo material traz os métodos de montagem e as diversas
tipologias dos sistemas de blindagem radiológica compostos pelas
chapas Knauf Safeboard, que são indicados para áreas de diagnóstico
por Raios X e terapia por radiação de baixa intensidade, como salas
de radiologia em hospitais e consultórios médicos e odontológicos.
Outras vantagens da utilização das chapas Safeboard são sua
praticidade, leveza, facilidade de instalação e agilidade na montagem
de paredes, revestimentos e tetos drywall. Além disso, são mais
amigáveis ecologicamente em relação ao chumbo, pois são recicláveis.
O site da Knauf (www.knauf.com.br) disponibiliza o recurso da Tabela
dinâmica Safeboard, que calcula a quantidade de chapas Safeboard que
deverão ser utilizadas em substituição às placas de chumbo.
Com os sistemas Knauf Safeboard, a blindagem é assegurada por
elementos construtivos que envolvem completamente o recinto,
substituindo o chumbo, pois uma chapa Knauf Safeboard de 12,5 mm
de espessura equivale a aproximadamente 0,4 mm de placa de chumbo.
As chapas Safeboard, inclusive, possuem o certificado de
homologação do Instituto de Radioproteção e Dosimetria
(IRD) da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). Sua
eficácia na blindagem de radiações ionizantes originadas por
equipamentos de Raios X de baixa intensidade ficou comprovada
após a realização de testes no IRD em 2013.
“Com estes resultados, as chapas Safeboard obtiveram
homologação para sua utilização em projetos de blindagem
radiológica de baixa intensidade em substituição ao chumbo”,
afirma o engenheiro Luiz Augusto Barreto, Coordenador de
Desenvolvimento de Mercado da Knauf.
Tecnotas | 70 - 71
Dia do Instalador
Salvador 2014
EDIÇÃO SALVAD
OR 2014
Dia do Instalador Salvador 2014 - BA
Segunda edição do Dia do Instalador de Drywall
faz sucesso em Salvador
A Knauf do Brasil promoveu, em maio de 2014, a segunda edição
do Dia do Instalador de Drywall, um evento gratuito sobre as boas
práticas para instalação dos sistemas drywall. O evento aconteceu no
Centro de Convenções da Bahia, em Salvador.
O objetivo foi apresentar, através de um grande showroom prático,
a todos os profissionais da cadeia produtiva da construção civil –
não só os instaladores de drywall, mas também os marceneiros,
pintores, instaladores elétricos e hidráulicos, arquitetos, engenheiros e
estudantes – a correta aplicação dos sistemas e produtos Knauf.
Diversas ilhas temáticas foram montadas para a realização de
apresentações com profissionais técnicos da Knauf. Nelas, os cerca
de 2.000 visitantes presentes nos dois dias de evento receberam
orientações dinâmicas sobre as atuais exigências de instalação
dos sistemas drywall e conheceram as características de produtos
como as chapas Cleaneo Acústico, que proporcionam conforto
acústico, neutralização de odores e estética diferenciada; as chapas
Flexboard, próprias para obtenção de curvas; e os sistemas de
fachadas Aquapanel®; entre outros.
Tecnotas
Tecnotas | 72 - 73
Tecnotas
Além destas apresentações, foram realizados workshops sobre
diversos temas, como tratamento de juntas (paredes, tetos e
revestimentos), pintura, fixação de cargas, instalações elétricas e
hidráulicas nos sistemas drywall, entre outros. Durante todo o
evento, também aconteceram minicursos, voltados para arquitetos
e engenheiros, que falaram sobre especificação de projetos,
aplicação do drywall no Design de Interiores, sistema de blindagem
radiológica (Knauf Safeboard), e sistemas drywall segundo a NBR
15.575, entre outros temas.
Em paralelo ao Dia do Instalador, a Knauf promoveu outros
três eventos no mesmo local: o Konferenz, o Architektur e o
Projektag. – Todos voltados para profissionais e estudantes
de engenharia, arquitetura, design de interiores e técnico em
edificações, entre outros.
Além disso, no dia 05 de junho, a Knauf realizou uma nova edição
do Architektur, desta vez, em Fortaleza. Cerca de 70 arquitetos
participaram do evento que abordou temas como os conceitos básicos
da acústica; a importância do conforto acústico para qualidade de
vida; a acústica arquitetônica; a norma de desempenho NBR 15.575
da ABNT; soluções acústicas alternativas, entre outros. Além disso,
serão apresentados Estudos de Caso sobre o Centro de Eventos do
Ceará e a Nova TV Assembleia.
As palestras foram ministradas pelos arquitetos Débora Barretto,
especialista em acústica, conselheira da Sobrac - Sociedade
Brasileira de Acústica e da Pró-Acústica; André Grieser, também
membro da Sobrac e Aline Fischer, arquiteta da Knauf do Brasil.
de cada ambiente”, completa.
Tecnotas | 74 - 75
Architektur Salvador 2014 - BA
Tecnotas
Konferenz Salvador 2014 - BA
Projektag Salvador 2014 - BA
Tecnotas | 76 - 77
Norma de Desempenho 15.575
Produtos da Knauf atendem requisitos da Norma de Desempenho
A Norma de Desempenho 15.575, que estabelece os parâmetros
para medir o desempenho das edificações habitacionais, foi criada
em 2008 e revisada em 2013, passando a vigorar em julho do mesmo
ano. Prestes a completar um ano e meio, a Norma veio estabelecer
critérios e garantir segurança a usuários e construtoras.
A partir dela, a construção civil passou a ter que atender aos
requisitos de desempenho acústico, proteção contra fogo e de
desempenho mecânico. O drywall é o único sistema construtivo
utilizado em vedações internas de qualquer tipo de edificação
que atende a todos os requisitos da Norma de Desempenho, fato
comprovado por ensaios de campo e laboratório.
A Knauf do Brasil oferece sistemas construtivos de alta
performace no qual todos os produtos são totalmente
normatizado, com diversas opções de paredes, revestimentos e
forros para todas as necessidades.
A empresa possui o Programa Setorial de Qualidade (PSQ), que
garante que todos os produtos comercializados (chapas de drywall,
perfis, massas, acessórios, etc) sejam produzidos em conformidade
com as normas brasileiras vigentes.
Folders Knauf
Linha de catálogos Knauf
A linha de catálogos está disponível para download no site www.knauf.com.br.
Tecnotas | 78 - 79
KNAUF NA BAHIA
O futuro da construção civil chega
ao Estado que construiu o Brasil.
www.knauf.com.br
A Knauf acaba de lançar a sua mais nova fábrica e o lugar escolhido não poderia ser
outro senão a Bahia, coração dos grandes acontecimentos do nosso Brasil.
O novo centro estratégico, localizado em Camaçari, vai beneficiar a construção civil das
regiões brasileiras mais promissoras: Norte e Nordeste. O motivo deste investimento é
valorizar a relação com os parceiros dessas regiões, aumentando a nossa capacidade
produtiva e gerando o progresso para o estado e o país.
Knauf. Construindo o futuro.

Arquitetas da Metri falam sobre os benefícios do uso do

Transcrição

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