Projeto Esportivo transforma a vida de crianças em Palotina

Transcrição

Projeto Esportivo transforma a vida de crianças em Palotina
Nº 01 | SET/OUT/NOV 11
Conheça a história
da família Miyazaki,
pioneiros da agricultura
na cidade de Guaíra-PR.
Sucessão
familiar
no campo
Pais e Filhos trabalham juntos com o mesmo propósito – dar continuidade
ao patrimônio da família
Projeto Esportivo transforma a vida de crianças em Palotina 08
EDITORIAL
ESPECIAL
Sucessão familiar fortalece a
agricultura na região 06
Lariane A. Paludo – Assessora de Imprensa da
I.Riedi
SUMÁRIO
MERCADO NACIONAL
03
Produtividade de soja no Paraná é a
maior em cinco safras.
Atendimento ao leitor:
TÉCNICA AGRÍCOLA
04
Resistência de plantas daninhas a herbicidas:
Um entrave para o agricultor.
SAÚDE
05
Hiperatividade também é problema
de adulto.
RESPONSABILIDADE SOCIAL
ACONTECE I.RIEDI
Internet:
www.iriedi.com.br
Email:
[email protected]
EXPEDIENTE:
08
Projeto esportivo transforma a vida
de crianças.
09
Segregação da soja convencional traz
boas oportunidades para o produtor.
Presidente da I.Riedi:
Wanda Inês Riedi
Vice-Presidente da I.Riedi:
Ivo Ilário Riedi Filho
Jornalista Responsável/Coordenação Editorial:
Lariane Aline Paludo R.P 8477/PR
Projeto Gráfico/Diagramação:
Agência Nasser/dmp
Impressão:
Midiograf
Tiragem: 2.000 Exemplares
REFLITA
10
Sobre a fonte das normas de
conduta.
AGENDA
É com imenso prazer e sensação de dever
cumprido que levamos até você a primeira
edição da revista AgroCultura. Foram anos vislumbrando a melhor maneira de apresentar
aos nossos leitores, informações consistentes
sobre o agronegócio, mercado financeiro,
saúde, culinária, exemplos de pessoas que
fazem a diferença na sociedade, entre outros
assuntos que deverão agregar conhecimento
ao produtor rural, sua esposa, filhos e demais
interessados. Chegamos ao fascínio em ver o
projeto finalizado. Definitivamente, à altura de
nossos clientes, fornecedores e amigos.
A revista AgroCultura terá uma periodicidade
trimestral e chegará na sua casa gratuitamente.
Também o convidamos a visitar nosso site
www.iriedi.com.br, que oferece informações
gerais sobre a agricultura.
E como nosso maior objetivo é proporcionar
uma leitura qualitativa e agradável ao leitor,
disponibilizamos o email revistaagrocultura@
iriedi.com.br para que você possa se comunicar conosco, enviando sugestões e críticas
para melhorar cada vez mais nosso projeto.
Sem mais, lhes convido agora para conhecer a
revista AgroCultura.
Boa leitura!
10
GASTRONOMIA
11
MERCADO NACIONAL
Produtividade de soja no Paraná
é a maior em cinco safras
A
liar tecnologia a dedicação do
produtor é receita de sucesso
garantida. Foi desta forma
que o estado do Paraná alcançou
pelo quinto ano consecutivo a melhor produtividade do país (3,36 ton/
ha), ultrapassando o maior produtor
nacional de soja do Brasil, o estado
do Mato Grosso (3,19 ton/ha). Segundo o consultor em gerenciamento
de risco da FC Stone, Étore Baroni, os
bons resultados do estado começaram a aparecer na década de 70, em
função do crédito rural, da cotação
internacional da soja, melhoria de
gestão e novas tecnologias aplicadas ao agronegócio brasileiro. “Estes
fatores impulsionaram o tamanho
da área cultivada e a produtividade
da oleaginosa. Após duas décadas
de produção instável, a partir dos
anos 90 fica claramente delineada a
tendência altista e sustentada da colheita”, diz.
Atualmente, o Paraná é o segundo
maior produtor de soja do Brasil.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que sua
produção da safra 2010/11 tenha
ficado em 15.424,1 mil toneladas, o
que representa 20,55% do total nacional de 75.039,3 mil toneladas. As
cidades paranaenses detentoras da
maior colheita, representando 46%
do total, são Campo Mourão, Cascavel, Ponta Grossa e Pato Branco.
A capacidade total de consumo de
soja no ano passado no Paraná também teve grande representatividade,
alçando 43,8 mil toneladas, em que
36,1 são de capacidade ativa. O estado deteve 20,4% da parcela ativa,
ficando novamente atrás do Mato
Grosso.
Com base nos dados de anos anteriores, entre a safra de 2000/01 e
2010/11 houve um aumento de 9,8%
de produtividade do Paraná, contra
12,8% do Brasil. Com relação a esta
participação na produção brasileira,
o Paraná recuou 1,8%. “Estes dados
refletem mais a incidência de intempéries climáticas afetando a produtividade, do que a falta de aplicação
de recursos técnico-científicos às
plantações”, explica Baroni.
Historicamente, a última quebra da
oleaginosa foi no ano de 2004/05,
em função da forte estiagem que
ocorreu na região sul. O Paraná foi o
mais afetado nesta época, pois 54%
das lavouras foram plantadas em
outubro e estavam em fase reprodutiva.
Previsões para
próxima safra
Segundo estimativas de órgãos oficiais lançadas no mês de julho, o
plantio da próxima safra de soja do
Brasil 2011/12 deverá atingir um recorde de 24,92 milhões de hectares,
excedendo 764 mil hectares na comparação com a temporada anterior.
Se confirmada a previsão, será o
quinto ano consecutivo de aumento
de área na oleaginosa no Brasil. No
caso de a produtividade se repetir
em 2011/12, o Brasil poderia ter a
maior safra da história novamente.
Estados detentores da maior produção nacional na safra de
2010/11
Fonte: Conab
I.RIEDI AGROCULTURA | SET/OUT/NOV 11
3
TÉCNICA AGRÍCOLA
FOTO: Fernando Berti
plantio”, alerta o coordenador do
conselho técnico da I.Riedi, Edson
Rockenbach. Para fazer a dessecação
o produtor deve seguir os passos
subsequentes: identificar as plantas daninhas, escolher o produto
químico correto, avaliar a condição
climática e fazer uma boa regulagem
do pulverizador. Entre as diversas
vantagens deste processo, é verificada a melhora do rendimento do
maquinário no plantio e aumento da
produtividade, em função de não haver mato competição.
A Buva está presente em praticamente
todas as lavouras. Na fase adulta ela
pode comprometer até 80% da produtividade.
• BUVA
Resistência de plantas daninhas
a herbicidas: Um entrave para o
agricultor
Presente em praticamente 100% das
lavouras, a Buva deve ser eliminada o
quanto antes, por ser uma planta de
difícil controle a medida que chega a
fase adulta.
A
- Plantio subsequente de aveia logo
após a colheita do milho;
- Plantio de trigo ou aveia no período
do inverno;
- Controle químico, através de herbicidas, logo após a colheita do milho e
durante o ciclo do trigo e da aveia;
- Associação de Brachiaria Ruziziensis
ao plantio do milho safrinha.
Algumas alternativas para
reduzir a incidência:
da I.Riedi, Fernando Berti, uma das
formas de evitar esta resistência é o
uso de um manejo racional dos herbicidas, além de produtos com diferentes mecanismos de ação. Uma
outra indicação é para que os agricultores façam a rotação de culturas
na propriedade.
Para evitar maiores perdas, o processo de dessecação é extremamente
necessário. “Ele deve ser realizado
pelo menos 20 dias antes do início
• CAPIM AMARGOSO
O capim amargoso passou rapidamente de planta invisível na lavoura de
soja para problema sério. A principal
diferença desta planta com a Buva é
que está menos alastrada nas lavouras, ainda.
Algumas alternativas para
reduzir a incidência:
- Uso de herbicidas específicos para
folha estreita (graminicidas);
- Controle mecânico, como arranque e
capinagem.
Na fase inicial, a Buva tem grandes
chances de ser controlada.
FOTO: Fernando Berti
resistência de plantas daninhas a herbicidas ocorre em
todo território mundial e é
um problema que atenta cada vez
mais os produtores. Os primeiros casos de resistência na agricultura do
país aconteceram na década de 80,
com relato da seleção de espécies
tolerantes ao herbicida Metribuzin.
Atualmente, o Brasil conta com o
registro de 22 biótipos, sendo que
pelo menos cinco deles são resistentes ao Glifosato (Glyphosate). O
chefe do departamento agronômico
da I.Riedi, Edson Hachiya, explica
que isto ocorre quando a planta daninha não é mais controlada pelo herbicida. “A exemplo da Buva (Conyza
Bonariensis) e do Capim-Amargoso
(Digitaria Insularis), que adquiriram a
capacidade de sobreviver ao produto”. O principal fator desencadeador destes indivíduos resistentes é
o uso exclusivo de herbicidas ou a
aplicação continuada do mesmo. De
acordo com o engenheiro agrônomo
4
Buva e Capim-Amargoso:
plantas resistentes ao
glifosato:
As orientações são do setor agronômico da
I.Riedi. Para qualquer procedimento no campo,
consulte os profissionais habilitados da empresa.
I.RIEDI AGROCULTURA | SET/OUT/NOV 11
SAÚDE
Hiperatividade também
é problema de adulto
I.RIEDI AGROCULTURA | SET/OUT/NOV 11
frequênte em homens (6,7%) do que
em mulheres (2,1%) e gritantemente
mais comum em classes sociais mais
baixas. Os dados mostram que filhos
de mães fumantes e que beberam
álcool durante a gestação também
tiveram mais probabilidade de ter
a doença. “Tendo como base esses
achados, estimamos que cerca de 2,9
milhões de brasileiros são portadores de TDAH”, salientou o Guilherme
Polanczyk, coautor deste estudo.
Como não existem exames específicos para identificar o problema, o
diagnóstico pode ser diferenciado
para cada paciente. O tratamento é
a base de medicamentos e terapias
com fonodiólogos, psicopedagogo
e psicólogo, dependendo da necessidade. O mais importante é que o
transtorno deve ser diagnosticado
pelo médico e tratado o quanto
antes.
Dra. Marta Clivati
FOTO: Lariane A. Paludo
E
mbora seja uma doença comumente relacionada a crianças,
o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) traz
sérias consequências também aos
adultos. Os pequenos hiperativos
geralmente são distraídos, agitados,
desorganizados e ansiosos. “O que
determina a presença do transtorno
é a ocorrência de vários desses sinais
em pelo menos dois ambientes”, enfatiza a Dra. Marta Clivati, neurologista pediátrica. Adultos hiperativos
geralmente são inquietos, mostramse sempre ocupados com alguma
coisa, dando a impressão de estarem
sempre muito atarefados, quando
na verdade o que ocorre é uma dificuldade em diminuir o nível de
atividade. Estes sinais nos adultos,
porém, são mais agravantes à medida que prejudicam as atividades
nos âmbitos profissional, familiar,
afetivo e social. A falta de atenção
e impulsividade também fazem com
que essas pessoas sofram mais acidentes, seja a criança em ambiente
doméstico ou o adulto que busca
adrenalina no excesso de velocidade,
por exemplo.
Apesar de sempre existir, o TDAH é
pouco conhecido e alvo de polêmicas. “Ainda não existem no país
políticas públicas fundamentadas
para a doença, que é resistente ao
longo dos anos em 60% dos casos”,
diz a médica. Um recente estudo
de psiquiatras e neurologistas da
USP, Unicamp, do Instituto Glia de
Pesquisa em Neurociência e do Albert Einstein College of Medicine
(EUA), apresentou índices alarmantes e desconhecidos sobre a doença
no Brasil. Segundo os dados, a
prevalência nacional do TDAH é de
4,1%, sendo significativamente mais
Médica formada pela UFPL com especialidade na USP em Neurologista
Pediátrica e mestrado em Ciências
Médicas.
Membro da Associação Brasileira de
Neurologia e Psiquiatria Infantil.
4
ESPECIAL
Sucessão familiar fortalece a
agricultura na região
6
de sucessão é trazer para a família
os valores que foram conquistados
pelo empreendedor no campo. “É
preciso que todos reconheçam a
conquista deste patrimônio, gerando para os filhos uma imagem positiva do trabalho dos pais”, destaca.
Outro ensinamento que deve ser
passado para os sucessores desde
cedo é que a agricultura é instável,
sofre com altas e baixas e que é uma
atividade de risco e retorno.
A idade também é um fator determinante. Segundo Rogério, no ambiente de trabalho agrícola é indicado
levar o filho desde pequeno para o
campo, para ir se familiarizando com
a atividade. “O pai pode levar o filho
para roça, ensinar a dirigir o trator,
fazer com que ele tenha contato com
a terra mesmo, para ver se o filho
FOTO: Divulgação
N
uma região essencialmente
agrícola, é comum encontrar pais e filhos trabalhando
juntos no campo. A maioria com
o objetivo de dar continuidade
aos negócios da família, seguindo
tradições repassadas por gerações
e embasadas em experiências dos
antecessores. Afinal, os pais servem
como exemplo e são os maiores responsáveis pela formação de personalidade de seus filhos. No Brasil,
de cada 100 fortunas atuais, apenas
18 são fruto de herança. Prova esta
de que para dar continuidade aos
negócios, a sucessão deve ser bem
pensada para preservar o espírito
empreendedor da família e fazer o
patrimônio crescer.
De acordo com Rogério Yuji Tsukamoto, especialista em gestão de
empresas familiares e professor na
Fundação Getúlio Vargas (FGV), os
primeiros passos para o processo
“É preciso que todos
reconheçam a conquista do patrimônio,
gerando, para os filhos
uma imagem positiva
do trabalho dos pais.”
I.RIEDI AGROCULTURA | SETEMBRO/11
FOTO: Lariane A. Paludo
Vilson, Luiz e Cristiane na
propriedade mais antiga da
família.
gosta. A agricultura tem isso, se você
não gosta do negócio, dificilmente
você vai conseguir ser bem sucedido”, ressalta.
O mais importante é que os filhos sejam felizes na carreira que optaram.
Não é indicado obrigar o sucessor a
gostar da agricultura, por outro lado,
ele deve conhecer o patrimônio que
estará herdando e saber que o negócio precisa ser conduzido por profissionais capacitados.
Formados para o
campo
Pioneiros da agricultura na cidade
de Guaíra, a família Miyazaki migrou
para o oeste do Paraná na década de
50, em busca de melhores condições
de vida. A plantação de cereais,
como soja, milho e trigo, foi o principal meio de subsistência da família
I.RIEDI AGROCULTURA | SET/OUT/NOV 11
FOTO: Lariane A. Paludo
Família Mussato mostra o primeiro maquinário adquirido
para o trabalho no campo.
e continua sendo a maior fonte de
renda das gerações atuais. Foi na
adolescência que o patriarca, Luiz
Juniti Miyazaki, começou a trabalhar na lavoura, ajudando os pais, e
hoje transmite tudo que aprendeu
no campo para os filhos Vilson,
agrônomo e responsável pela área
técnica, e Cristiane, administradora
que cuida das finanças. Miyazaki
conti-nua administrando as propriedades e orientando os mais novos
com um aprendizado que faculdade
nenhuma dá - a experiência de anos
a fio enfrentando crises, geadas e estiagens. “O processo de sucessão na
agricultura não é feita de uma hora
para outra, pois cada safra é uma
história diferente, e isso leva anos
de experiência e aprendizado. O
ciclo de vida das empresas se divide
em quatro fases que é a fundação,
crescimento, apogeu e declínio, por
isso sempre enfatizo o crescimento
aos meus filhos, com cautela para a
busca do sucesso” finaliza Miyazaki.
Vivendo a agricultura
Filho de agricultores, Waldemar
Mussato decidiu dar continuidade a
profissão da família migrando para
Assis Chateaubriand a procura de
terras férteis. Com o dinheiro que
juntou colhendo café em Dracena
- São Paulo, comprou um pequeno
pedaço de terra na região de Assis,
onde vive até hoje com a família.
“Tudo era muito difícil naquela
época, pois o processo na agricultura
era manual e exigia muito esforço
físico. Depois com a mecanização as
coisas facilitaram bastante”, relembra. Aos 79 anos de idade, Waldemar
aposentou-se e quem cuida hoje do
patrimônio da família é o filho Sérgio e o neto Giovani. “Tudo que sei,
como operar máquinas e cuidar das
plantações, aprendi com meu pai
e com meu avô”, conta o neto. A
família explica que não é fácil o processo de sucessão familiar e que é
comum acontecerem discordâncias
em momentos de decisão, mas que a
união e a compressão são os pilares
para vencer os momentos difíceis.
“Meu pai sempre nos dizia que tinha
uma meta na vida. Quando chegasse
aos 100 alqueires de terra pararia
de trabalhar. E assim o fez”, lembra
Sérgio. A persistência é o que move
a família Mussato em dar continuidade ao patrimônio e planejando
sempre crescer pensando nas gerações futuras.
7
FOTO: Lariane A. Paludo
RESPONSABILIDADE SOCIAL
“A bola é o item menos importante. A minha principal luta é contra a vulnerabilidade social”, diz Eliseu Lopes dos Santos (agachado na foto junto a Jaqueline e Clailton
– jovens beneficiados pelo projeto).
Projeto esportivo transforma a
vida de crianças
O
importante. A minha principal luta
é contra a vulnerabilidade social”,
reflete Eliseu. Prova disso é a inacreditável ordenação com que as crianças se movimentam pela quadra,
movidos pelo respeito mútuo, disciplina e motivação. O “Ensinando a
ser Campeão” deu o pontapé inicial
com poucos alunos e infraestrutura
precária. “Me recordo que chegávamos antes do horário dos treinos
para ajudar na limpeza da quadra,
que quase sempre estava encharcada pela água da chuva”, conta Jaqueline Medin, de 19 anos, que participa
desde os dez no projeto. Apesar das
dificuldades inerentes a condição social dos participantes, isso não impedia, nem dificultava o aprendizado.
FOTO: Lariane A. Paludo
eco comum de uma quadra
esportiva inexiste aqui. As
crianças rigorosamente enfileiradas esperam a primeira ordem para iniciarem as atividades do
treino de futebol. Este é o cenário do
projeto “Ensinando a ser Campeão”,
gerido pelo voluntário Eliseu Lopes
dos Santos, que tem ganhado referência em Palotina e região. Ativo há
15 anos no município, o projeto oferece treinos de futebol duas vezes
por semana para crianças, jovens e
adultos em condições de risco social. Tirá-los da rua, melhorar o índice de aproveitamento escolar e
orientá-los para o caminho correto
são propósitos singulares absolvidos
pelo esporte. “A bola é o item menos
I.Riedi e Transvale doaram coletes, bolas e redes para os participantes do projeto Ensinando a Ser Campeão.
8
Cerca de 1.500 pessoas foram beneficiadas nestes anos, direta ou indiretamente. Algumas, selecionadas
para jogarem em times profissionais,
outras conquistaram bons empregos
e a maioria teve a oportunidade de
se apoiar em exemplos de sucesso.
Como é o caso do jovem de 21 anos,
Clailton Ferreira de Oliveira. Desde os
seis anos treinando com Eliseu, hoje
ele também é voluntário de um projeto social similar e repassa tudo que
aprendeu para crianças de outros
bairros da cidade. “O Eliseu nunca foi
jogador profissional, o que ele tem
é vontade de fazer a diferença”, diz.
Motivado e guiado por Deus, é nele
que o gestor do projeto deposita todas as suas forças. “Só Deus conhece
tudo que passamos aqui e todas as
situações difíceis que enfrentamos
por causa da droga, prostituição e
miséria. “Procuro fazer tudo que
está ao meu alcance para que estas
pessoas tenham uma vida melhor”,
resume o gestor.
Acreditando no futuro deste projeto, as empresas I.Riedi e Transvale
investiram nos estudantes doando
bolas, redes e coletes. As empresas
também dão incentivo com a inserção do projeto Felicidade Interna Bruta (FIB), onde são realizadas
oficinas educacionais e profissionalizantes para os alunos.
I.RIEDI AGROCULTURA | SET/OUT/NOV 11
ACONTECE I.RIEDI
FOTO: Lariane A. Paludo
Silos da unidade de Pérola
Independente têm capacidade de receber 35 mil
toneladas de grãos.
Segregação da soja convencional traz
boas oportunidades para o produtor
E
m vantagem no mercado interno e externo, por atender
um nicho de mercado e uma
demanda crescente, a soja convencional vem se tornando cada vem
mais uma alternativa viável para
aumentar o rendimento dos agricultores. As principais vantagens estão na comercialização da saca, que
ganha uma valorização de dois reais
se comparada a semente transgênica
e alcança em torno de 4% de rentabilidade por alqueire. Este benefício
é incentivado pela I.Riedi, que conta
hoje com 24 unidades de recebimento localizadas no estado do Paraná,
em que 14 delas têm condições de
fazer a segregação da soja convencional, ou seja, separá-la da transgênica para melhor comercialização
do grão. “Na safra passada a soja
convencional ocupou 15% de espaço
das estruturas de armazenagem da
empresa”, relata o gerente da Divisão de Grãos da I.Riedi, Moyses
Castanho. A I.Riedi possui hoje uma
capacidade de estocagem de cinco
milhões de sacas de grãos e uma
demanda de quatrocentas mil sacas
por dia de beneficiamento e processamento em época de colheita.
“Com esta estrutura, a I.Riedi oporI.RIEDI AGROCULTURA | SET/OUT/NOV 11
tuniza ao produtor agilidade no recebimento, principalmente no período
de safra, segurança na armazenagem
e estocagem da produção. Com isso
o agricultor sempre poderá contar
com condições para comercializar a
safra atual e a futura”, finaliza Moyses.
• MAIS CONVENCIONAL
Com o mercado de soja muito ofertado, algumas empresas dão preferência
à compra do produto convencional,
livre de transgenia. A empresa tem nas
mãos um produto mais rentável nas
negociações externas.
• PRODUTOR GANHA
Os armazéns que fazem a segregação
pagam US$ 15 a mais por tonelada
de soja convencional para o produtor,
o correspondente a R$ 1,60 por saca
no Paraná, segundo um comprador da
oleaginosa.
• COMPENSAÇÃO
Os produtores que plantam soja transgênica pagam 2% do valor da produção
como royalties, no ato da venda do
grão. Desse valor, 40% retornam ao
segregador como forma de pagamento
pela prestação do serviço.
Fonte: Folha de São Paulo
4
REFLITA
AGENDA
Sobre a fonte das normas
de conduta
Esta coluna da revista tem como objetivo provocar reflexões sobre as
principais inquietações do ser humano. Nesta primeira edição, o colunista será o professor Armindo Moreira, graduado e mestre em Filosofia
pela Universidade Pontifícia de Salamanca na Espanha. O trecho abaixo
faz parte do livro “Subsídios para Polêmicas”, ainda não editado.
A
s normas de conduta voluntária são de três espécies,
a saber: legais, morais e sociais. As normas legais, aquelas a que
chamamos leis, são definidas ou formuladas pelo poder civil; portanto
pelo governo ou pelo parlamento.
A punição para o descumprimento
da lei é sempre física: multa ou
prisão. As normas morais são formuladas pela autoridade religiosa. A
punição para o descumprimento da
norma moral é o arrependimento,
o remorso. As normas sociais emanam das pessoas mais prestigiosas
duma comunidade. A punição para o
descumprimento das normas sociais
é a vergonha gerada pela censura
social. O escopo da lei é alcançar o
bem duma comunidade; o da moral
é impedir que alguém prejudique
alguém; o das boas maneiras a que
chamamos urbanidade é tornar
agradável a convivência das pessoas.
Acontece que alguns atos são proibidos pela lei e permitidos pela moral
– ex: conduzir sem portar a carteira
de habilitação; outros são permitidos pela lei mas desaprovados pela
moral – ex: comer exageradamente.
Atualmente verifica-se uma certa rebeldia contra a autoridade religiosa
enquanto fonte das normas morais.
Algumas pessoas não querem que
as normas morais sejam formuladas
por uma autoridade religiosa. Essas
pessoas porém não apontam outra
fonte para a orientação da conduta
moral. Então cabe perguntar: se a autoridade religiosa deixar de exercer
essa função, quem deverá exercê-la?
Examinem-se as seguintes hipóteses:
a) Entregamos a formulação das normas morais à UNESCO;
b) Entregamos a formulação das normas morais a um conselho de cientistas;
c) Entregamos a formulação das normas morais a um conselho de prêmios Nobel;
d) Deixamos que cada qual formule
suas próprias normas morais.
Alguém terá sugestão melhor?
Palotina
Expo Palotina - 1 a 4 de Setembro
Romaria Nossa Senhora Salette – 25 de
Setembro
Assis Chateaubriand
Almoço Igreja Luterana – 25 de Setembro
Festa do padroeiro São Francisco – 8 e 9
de Outubro
Cascavel
Festa das Nações – 8 a 12 de Outubro
Expovel – 11 a 20 de Novembro
Guaíra
Torneio Internacional de Pesca – 1 e 2 de
Outubro
Festa do Pintado na Telha – 14 de Novembro
Bragantina
Festa na Comunidade Santa Inês – 11 de
Setembro
Jantar na Capela Nossa Senhora Aparecida – 19 de Novembro
Jesuítas
Festa da Polenta na comunidade Carajá
– 25 de Setembro
Festa do Porco no Tacho na Vila São Paulo
– 27 de Novembro
Santa Rita
Festa Santa Rita de Cássia na Igreja Católica – 6 de Novembro
Terra Roxa
Festa da Padroeira do Município – 9,11 e
12 de Setembro
Festa na Capela São Benedito – 17 e 18 de
Setembro
Nova Santa Rosa
Festa da Ponta de Peito na Comunidade
de São Mateus – 11 de Setembro
São Pedro do Iguaçu
Festa na Comunidade de São Francisco – 2
de outubro
Festa da Comunidade São Judas Tadeu
(padroeiro) – 30 de outubro
10
I.RIEDI AGROCULTURA | SET/OUT/NOV 11
GASTRONOMIA
Gastronomia Italiana
M
angiare la polenta!!! Enunciavam os mais antigos no
momento mais esperado
do dia, em que toda família se reunia
para degustar o prato mais famoso
da Itália no Sul do Brasil. A polenta
é originária das regiões do Friuli e
da Lombardia, ao norte da Itália. Na
Roma antiga, a pulmentum, como
era chamada a polenta, era feita com
farinha de outros grãos e cereais,
como aveia, o trigo, o farro e as
castanhas. O milho só chegou a Itália
no século 16 trazido por Critóvão Colombo. E cada local escolheu a forma
que mais lhe agradava. As regiões de
Verona, Veneza, Padova, Mantova e
Ferrara utilizavam a farinha branca,
enquanto todo resto da Itália, a amarela.
Dar continuidade aos costumes e
manter acessa a tradição italiana na
comunidade local, são objetivos levados a sério pelos representantes
do Centro Cultural Italiano de Palotina. A receita da polenta e do frango
caipira (listada abaixo) é servida no
maior evento da cidade, a Expo Palotina, realizada nos dias 1 a 4 de setembro.
Conheça os segredos da polenta e
frango caipira servidos na Expo Palotina:
Receita
Dica: Cozinhar a polenta na panela
de ferro e no fogão a lenha acentua
o sabor do prato.
FRANGO AO MOLHO
INGREDIENTES
- 1 frango caipira de aproximadamente 2 Kg
- 4 cebolas
- 6 tomates maduros sem pele
- 2 dentes de alho
- Sal a gosto
- Tempero verde a gosto
- 1 colher de colorau
- 4 xícaras de óleo
Polenta com molho de frango caipira.
Receita para 8 pessoas
POLENTA
INGREDIENTES
- 1 Kg de fubá moído na pedra de
milho amarelo e grão médio
- 3 litros de água
- 2 colheres de sopa de sal
- 1 colher de margarina de milho
- 1 caldo de frango caipira
I.RIEDI AGROCULTURA | SET/OUT/NOV 11
MODO DE PREPARO
Adicione na água o sal, a margarina
e o caldo de frango caipira. Aqueça a
mistura até começar a surgir pequenas bolhas de ar no fundo da panela
e então adicionar a farinha aos poucos, mexendo sem parar. Ela deve
ser cozida em fogo médio e por uma
hora. O ponto é percebido quando a
massa da polenta começa a descolar
das laterais da panela. Ao ficar pronta, despeje numa travessa.
MODO DE PREPARO
Inicie o preparo fritando os pedaços
de frango em quatro xícaras de óleo.
Reserve o frango em um recipiente
e utilize a mesma panela, mantendo
meia xícara de óleo, para fritar as
cebolas e os dentes de alho. Depois
que estiverem dourados, acrescentar os tomates e o colorau. Deixar
cozinhar até ficar numa consistência
mais homogênea, mantendo o fogo
baixo para não queimar. Quando
estiver pronto adicionar o tempero
verde.
Dica: Acrescentar 3 batatas salsas
para engrossar e saborear o molho.
11
RESPEITE A SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO.