1 introdução
Transcrição
1 introdução
1 UNIVERSIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO ANÁLISE DO POLIMORFISMO -1612 NO GENE DA MMP-3 E -509 NO GENE DO TGF-β β1 EM INDIVÍDUOS COM DOENÇA PERIODONTAL CRÔNICA André Luis Shinohara Dissertação apresentada à Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, da Universidade do Sagrado Coração, como parte dos requisitos para obtenção do Título de Mestre, no Programa de Pós-Graduação em Biologia Oral. Orientadora: Profª. Drª. Ana Paula de Souza Pardo BAURU 2005 Shinohara, André Luis S5569a Análise do polimorfismo -1612 no gene da MMP-3 e –509 no gene do TGF-β1 em indivíduos com doença periodontal crônica / André Luis Shinohara -- 2005. 42f. Orientadora: Profa. Dra. Ana Paula de Souza Pardo. Dissertação (Mestrado em Biologia Oral) Universidade do Sagrado Coração - Bauru - SP. 1. Doença periodontal crônica 2. Fator transformador do crescimento-β1 (TGF- β1) 3. Metaloproteinase da matriz-3 (MMP-3) 4. Polimorfismo genético. I. Pardo, Ana Paula de Souza II. Título 2 3 Dedico este trabalho À minha esposa Raquel Aos meus pais Yassuo e Taiko À minha irmã Ana Luisa Aos meus sogros Ivete e Vande À minha cunhada Roberta E a “DEUS DEUS” DEUS pelo dom da vida 4 AGRADECIMENTOS À minha orientadora, Profª. Drª. Ana Paula de Souza Pardo, por sua competência, conhecimento, paciência, dedicação e carinho, proporcionando crescimento não só profissional, mas também espiritual. Minha eterna admiração e agradecimento. Ao Coordenador do programa de Mestrado em Biologia Oral, Prof. Dr. Sergio Augusto Catanzaro Guimarães, pelo seu incentivo, pela sua prontidão em ajudar e pela sua capacidade de cativar a todos. Minha eterna gratidão. Ao Prof. Dr. José Jobson de Andrade Arruda, Coordenador da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade do Sagrado Coração, pelo seu conhecimento e competência. Aos demais professores do programa de Mestrado em Biologia Oral, Profª. Drª. Ana Claudia Bensuaski de Paula Zurron, Prof. Dr. Spencer Luiz Marques Payão, Prof. Dr. Cássio Vicente Pereira, Profª. Drª. Ângela Mitie Otta Kinoshita e Prof. Dr. Jesus Carlos Andreo, meus agradecimentos pelos ensinamentos prestados, pela amizade e dedicação. Aos ex-professores do programa de Mestrado em Biologia Oral, Profª Drª. Raquel Mantuanele Scarel-Caminaga e Prof. Dr. Antonio de Castro Rodrigues, o meu muito obrigado. À Irmã Marisabel Leite, Madre superiora provincial do IASCJ, pela confiança, carinho e oportunidade de crescimento profissional e pessoal. Minha eterna gratidão e admiração. À Irmã Jacinta Turolo Garcia, Magnífica Reitora da Universidade do Sagrado Coração, pelo carinho e oportunidade de me permitir estudar nesta Universidade. À Irmã Ilda Basso, Vice-Reitora desta Universidade, pelo apoio e incentivo. À Irmã Adelir Weber, Diretora do Centro de Ciências Biológicas e Profissões da Saúde da Universidade do Sagrado Coração, pela dedicação e presteza. 5 Meu eterno agradecimento às Irmãs do IASCJ, Madre Olívia Santorosa, Ir. Evanira Maria de Souza, Ir. Susana de Jesus Fadel, Ir. Teresa Ana Sofiatti, Ir. Maria Aparecida de Lima, Ir. Geni da Silva e Ir. Maria Luiza de Lucca, meu muito obrigado pela disponibilidade e carinho. À Profª. Drª. Claudia de Almeida Prado Piccino Sgaviol, Diretora do Curso de Odontologia da Universidade do Sagrado Coração, pelo apoio. À Profª. Drª. Gesilda Correa de Melo, coordenadora da disciplina de Periodontia do curso de Odontologia da Universidade do Sagrado Coração, por permitir a coleta das amostras, em sua atividade clínica, necessárias ao nosso estudo. À Maria Geralda Leite Marcelino (Dona Alda), Coordenadora administrativa da clínica de Odontologia da Universidade do Sagrado Coração. À Profª. Drª. Adriana Terezinha de Mattias Franco, orientadora do meu estágio docência, por todo o ensinamento. Ao Prof. Dr. Dejair Caitano do Nasimento, um dos examinadores da minha banca de qualificação. Ao Prof. Dr. Sergio Roberto Peres Line, por sua participação na banca de defesa, pelos comentários, críticas, e correções a minha dissertação, meu muito obrigado. À Profª. Drª. Ana Cláudia Cardoso de Oliveira Demarch, Coordenadora Técnica do Laboratório de Análises Clínicas - LAC, por permitir a utilização do laboratório durante o desenvolvimento de nossa pesquisa. Aos funcionários Ricardo Borgo e Ângela Moraes da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade do Sagrado Coração. À Marili Ferreira Caridade, secretária do Laboratório de Análise Clínica - LAC da Universidade do Sagrado Coração, pela presteza. 6 Às funcionárias do Laboratório de Análise Clínicas - LAC da Universidade do Sagrado Coração, Leonice Ferreira (Nice), Luani Aparecida de Fátima Matias (Lu) e Leonilda dos Santos (Nena), por estarem sempre prontas a nos ajudar. À Terezinha Edina Morbi, coordenadora do Laboratório de Química da Universidade do Sagrado Coração, por todo seu serviço prestado. Aos amigos do programa de Mestrado em Biologia Oral, Fabio Barbosa Freiria, Cláudia Maria Astolfi, Marcelo Morgeti, Daniela Buchaim e Carlos Renato Aur, pela amizade, respeito e alegrias. Ao Rodrigo Augusto da Silva, aluno do curso de Biologia e de iniciação científica e Wilson Aparecido Orcini, técnico do laboratório de biologia molecular da Universidade do Sagrado Coração, pela amizade e companheirismo em todos os momentos em que estivemos desenvolvendo nossa pesquisa no laboratório. Também à Ariadne Letra, aluna do programa de Doutorado em Biologia Oral da FOB-USP, por toda a sua ajuda. Aos alunos, Aline, Adriana, Gisele, Fabio, Nilva, Rita e Isidra, da segunda turma de Mestrado em Biologia Oral, pelo companheirismo. À bibliotecária Mônica Pereira Losnak, pela colaboração e ajuda na confecção deste trabalho. À Profª. Drª. Cinthia Maria Ramazzini Remaeh, do curso de Letras-Português da Universidade do Sagrado Coração e à sua monitora Caroline Barbosa Zanferrari, pela importante ajuda na confecção deste trabalho. Ao Carlos Alberto Macedo de Farias, secretário da Reitoria da Universidade do Sagrado Coração, por sua simpatia e prontidão a ajudar. Aos professores e amigos da área de Endodontia da Universidade do Sagrado Coração, Prof. Dr. Milton Carlos Kuga, Prof. Dr. Marco Antonio Húngaro Duarte, Prof. Dr. José Carlos Yamashita, Profª. Drª. Eliane Cristina Gulin de Oliveira e Prof. Dr. Sylvio de Campos Fraga, pela amizade e incentivo. 7 Aos voluntários que contribuíram com a ciência, oferecendo as amostras para a realização deste estudo. À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – FAPESP, pelo patrocínio oferecido para o desenvolvimento deste estudo. À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES, pelo auxílio financeiro cedido a mim, para a freqüência e dedicação a este programa e ao desenvolvimento da pesquisa. À Universidade do Sagrado Coração, a PRPPG-USC e ao LAC-USC, pelo apoio técnico, físico e científico oferecidos. À Maria Lucia Tristão, ex-funcionária da PRPPG-USC, pela ajuda e dedicação no início do programa de Mestrado em Biologia Oral. Meu muito obrigado. Ao casal de amigos Paulo Mauricio Motta e Silva e Ester Grassi Pinto Ferreira (Profª. Ms. de Dentística –USC) e sua filha Luisa, pela amizade, aconselhamento, apoio e por todos os momentos de descontração pelos quais passamos quando estivemos juntos. Ao amigo Marco Antonio Vilela, pela nossa eterna amizade e companheirismo. Meu muito obrigado À minha sogra Ivete Muccio, ao meu sogro Vande Malmonge Salorno e à minha cunhada Roberta Muccio Malmonge, por toda ajuda, respeito e carinho. Ao meu pai Yassuo Shinohara, à minha mãe Taiko Aikawa Shinohara e à minha irmã Ana Luisa Shinohara, por todo o amor e carinho dedicados a mim. Ao meu grande amor, minha esposa Raquel Muccio Malmonge Shinohara, por todo seu amor, respeito e companheirismo em todos os momentos de nossa vida. Meu eterno amor. 8 RESUMO Metaloproteinases da matriz (MMPs) degradam muitas das proteínas que compõe a matriz extracelular, estando sua atividade implicada com a destruição do tecido conjuntivo durante a invasão do câncer, destruição da cartilagem na artrite, ruptura da placa aterosclerótica e destruição dos tecidos periodontais na periodontite. Recentemente, variações genéticas foram detectadas na região do promotor do gene de várias MMPs. Esses polimorfismos genéticos têm apresentado alelos-específicos que afetam a atividade de transcrição do promotor do gene das MMPs, podendo estar associados com suscetibilidade e/ou severidade a doenças comuns e complexas. Similarmente, polimorfismos genéticos foram encontrados no promotor do gene do fator transformador do crescimento (TGF-β1), um importante fator responsável pelo aumento na síntese de colágeno. Essas alterações poderiam contribuir com o descontrole entre síntese e destruição dos componentes da matriz extracelular. Atualmente, a doença periodontal representa o principal fator responsável pela perda de dentes em adultos. O papel das bactérias na iniciação da doença está bem documentado, mas a ativação das células de defesa requeridas para produção e liberação de mediadores que estimulam os mecanismos de destruição do tecido conjuntivo não é clara. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi detectar polimorfismos genéticos no promotor do gene da MMP-3 e TGF-β1 e associar à suscetibilidade da doença periodontal crônica em uma população brasileira. Os pacientes foram divididos em dois grupos: Controle e Doença Periodontal. O DNA obtido a partir de células epiteliais da mucosa jugal foi amplificado por PCR, digerido por RFLP e analisados por eletroforese. Análise estatística foi realizada através do teste estatístico de χ2, ao nível de significância de 5%. Os resultados mostraram diferença nas freqüências alélicas e genotípicas do polimorfismo do gene do TGF-β1 entre os dois grupos estudados (p<0.05%). Indivíduos com o genótipo T/T parecem ter um risco maior em desenvolver a doença periodontal. Já o polimorfismo da MMP-3 apresentou freqüência genotípicas estatisticamente diferentes (p<0.05%). Indivíduos com o genótipo 5A/5A parecem ter também um risco maior em desenvolver a doença periodontal. Enquanto, em relação aos alelos, não apresentou diferença estatisticamente significante (p>0.05%). Conclui-se que o polimorfismo no gene TGF-β1 (-509 C/T) e do gene da MMP-3 (-1612 5A/6A) mostram estarem associados com a doença periodontal crônica em brasileiros. Palavras – Chave: Doença periodontal crônica. Fator transformador do crescimento-β1 (TGF-β1). Metaloproteinase da matriz-3 (MMP-3). Polimorfismo genético. 9 ABSTRACT Matrix metalloproteinases (MMPs) degrade a range of extracellular matrix proteins and have been implicated in connective tissue destruction during cancer invasion, cartilage destruction in arthritis, atherosclerotic plaque rupture, and periodontal tissues destruction. Recently, genetic variances have been detected in the promoter of a number of MMPs genes. These genetic polymorphisms have been shown to have allele-specific effects on the transcription activities of MMP gene promoters, and to be associated with susceptibility and/or severity to several diseases. Similarly, genetic polymorphisms have been found in the gene promoter of the transforming growth factor-β1 (TGF-β1), an important growth factor reponsible to increase the collagen production. These alterations could contribute to the imbalance between the synthesis and degradation of the extracellular matrix components. Presently, periodontal disease represents the main factor responsible for loss of teeth in adults. The role of bacterial in the initiation of periodontitis is very well documented, but the activation of the host defense cells required to release mediators that stimulate the pathway connective tissue breakdown is unclear. Likewise, the aim of our study was to detect genetic polymorphisms in the gene promoter of MMP-3 and TGF-β1 and to associate with susceptibility of the chronic periodontal disease in a Brazilian population. Subjects were divided into two groups: Control and Periodontal Disease. Genomic DNA from jugal mucosa was amplified by PCR, digested by RFLP, and analyzed by electrophoresis. Statistical analysis (p<0.05%) was made through χ2-test. Statistically significant difference was observed for allelic and genotype frequencies of the TGF-β1 polymorphism between the two groups (p<0.05%). Individuals bearing T/T genotype seem to have a bigger risk in developing the periodontal disease. Statistically significant differences were observed for the genotypes frequencies in the MMP-3 gene between the two groups (p<0.05%). Individuals bearing 5A/5A genotype seem to also have a bigger risk in developing the periodontal disease. However, no statistically significant differences were observed for allelic frequencies in the MMP-3 gene (p>0.05%). In the conclusion, polymorphisms in the MMP-3 (-1612 5A/6A) and TGF-β1 (-509 C/T) genes seem to be associated with disease periodontal chronic in Brazilian population. Keywords: Chronic periodontal disease. Transforming growth factor-β1 (TGF-β1). Matrix Metalloproteinase-3 (MMP-3). Genetic polymorphism. 10 LISTA DE FIGURAS FIGURA 1- Polimorfismo TGF-β1 C-509T. FIGURA 2- Polimorfismo MMP-3 -1612 5A/6A. 11 LISTA DE TABELAS TABELA 1- Resumo das informações sobre as reações de PCR e RFLP. TABELA 2- Distribuição percentual da idade, sexo e raça. TABELA 3- Freqüência dos diferentes alelos e genótipos do gene do TGF-β1. TABELA 4- Freqüência dos diferentes alelos e genótipos do gene da MMP-3. 12 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS A: adenina C: citosina °C: grau celsius DNA: ácido desoxirribonucléico dNTP: deoxinucleotídeo et al.: e colaboradores G: guanina IL: interleucina Kb: quilo bases KD: quilo dalton LPS: lipopolissacarídeos M: molar mm: milímetro MMP: metaloproteinase da matriz mRNA: RNA mensageiro (ácido ribonucléico mensageiro) ON: durante a noite (overnight) pb: par de bases PCR: reação em cadeia de polymerase (polymerase chain reaction) Primer: oligonucleotídeo RFLP: polimorfismo de comprimento de fragmento de restrição (restriction fragment length polymorphism) SNP: polimorfismo de base única (singles nucleotide polymorphism) T: timina TBE: tampão tris-borato-EDTA (ácido diamino tetracético), para corrida de eletroforese. TGF-β: fator transformador do crescimento – beta (transforming growth factor-β) TIMP: inibidor tecidual de metaloproteinase (tissue inhibitors of metalloproteinase) TNF: fator de necrose tumoral (tumor growth factor) U: unidade µL: microlitros %: por cento χ2: qui-quadrado 13 SUMÁRIO 1. Introdução................................................................................................... 14 2. Revisão da Literatura................................................................................. 15 2.1. Metaloproteinases da matriz extracelular.......................................... 15 2.2. Fator transformador do crescimento β1............................................. 18 2.3. MMPS E TGF-β1 na destruição tecidual da doença periodontal..... 19 2.4. Polimorfismos genéticos no gene do TGF-β1 e da MMP-3............. 20 3. Proposição.................................................................................................. 22 4. Material e método....................................................................................... 23 4.1. Seleção da amostra............................................................................................. 23 4.2. Obtenção das amostras de DNA.......................................................................... 23 4.3. Análise dos polimorfismos genéticos.................................................................. 24 4.4. Análise estatística dos resultados........................................................................ 25 5. Resultados................................................................................................... 26 6. Discussão.....................................................................................................30 7. Conclusão.................................................................................................... 33 8. Referências bibliográficas.......................................................................... 34 14 1. Introdução A doença periodontal crônica ou periodontite é caracterizada por uma inflamação crônica de progressão lenta, que afeta os tecidos componentes do periodonto (MATTIOLI et al., 2004; TUNES et al., 2004; ANZAI et al., 2004), um órgão com características anatômicas e fisiológicas peculiares, exposto a um microambiente onde a ameaça bacteriana pode ser muito variável. Essa patologia é relativamente comum em adultos após a terceira década de vida e representa uma das maiores causas de morbidade dental. Embora muitos pontos permaneçam obscuros sobre a patogênese da periodontite, outros já estão bem esclarecidos. Sabe-se que a doença tem início com a infecção bacteriana sobre a superfície dos dentes e dos tecidos que o circundam e que a destruição tecidual ocorre pela ação de proteases produzidas pelo organismo do indivíduo durante o processo inflamatório. Entre essas proteases encontramos a atividade de uma família de enzimas composta por aproximadamente vinte e cinco membros - denominados metaloproteinases da matriz (MMPs). Acredita-se que a ação das MMPs nos tecidos periodontais deva ser a mais importante via efetora da destruição do tecido periodontal. Deste modo, o controle da atividade e da síntese das MMPs é fundamental para que exista equilíbrio entre a taxa de produção e de destruição das moléculas que constituem os tecidos periodontais. Influenciando a síntese das MMPs, encontramos algumas citocinas inflamatórias (como as interleucinas) e fatores do crescimento (como o fator transformador do crescimento-β1), que são moléculas sinalizadoras que atuam durante a inflamação, podendo levar a um aumento ou diminuição da taxa de produção destas enzimas. Além disto, polimorfismos genéticos, que são variações genéticas encontradas na população e consideradas biologicamente normais, podem também influenciar a taxa de síntese de enzimas, citocinas e fatores do crescimento, levando à progressão da periodontite ou protegendo o indivíduo da doença. Polimorfismos genéticos foram encontrados em genes de várias MMPs e do fator transformador do crescimento-β1 (TGF-β1), associados a outras doenças (HOBBS at al., 1998; SYRRIS et al., 1998; ZHANG et al., 1999; PULLEYN et al., 2001; GHILARDI et al., 2002; HINODA et al., 2002; KINANE; HART, 2003; DE SOUZA et al., 2003a; DE SOUZA et al., 2003b; VASKU et al., 2004; DORR et al., 2004; DOS SANTOS et al., 2004; DE SOUZA et al., 2005). Porém, pouco ainda se sabe sobre como e quais polimorfismos poderiam estar atuando na periodontite. O objetivo do nosso estudo foi avaliar se polimorfismos no gene da MMP-3 e do TGF-β1 estariam associados ou não com a doença periodontal crônica. 15 2. Revisão da Literatura 2.1. Metaloproteinases da matriz extracelular As metaloproteinases da matriz (MMPs) compreendem uma família de enzimas que apresentam especificidade pelas macromoléculas da matriz extracelular (YE, 2000; KERRIGAN; MANSELL; SANDY, 2000; CASTRILLO et al., 2003; PICKARD; DAMJANOVSKI, 2004; MIZON-GÉRARD et al., 2004; AMANO et al., 2005). A família das metaloproteinases é formada por pelo menos vinte e cinco membros que exibem similaridades estruturais e funcionais. As metaloproteinases são secretadas na forma de zimógeno, estando às vezes associadas ao seu inibidor natural (STRICKLIN et al., 1983; EMONARD; GRIMAUD, 1990; DE SOUZA; LINE, 2002; HOPPMANN et al., 2004). A ativação das MMPs se dá em duas etapas. Inicialmente, o zimógeno sofre clivagem proteolítica que resulta na remoção da porção amino-terminal. A clivagem pode ser feita por várias enzimas como a tripsina, plasmina, catepsina B, elastase ou outra MMP. Em uma segunda etapa, a enzima sofre autodigestão que resulta na sua forma ativada (VAN WART; BIRKEDAL-HANSEN, 1990; DE SOUZA; LINE, 2002). Acredita-se que a ativação é causada pela ruptura da ponte existente entre o aminoácido cisteína e o íon zinco, que bloqueia o sítio ativo da molécula. Outra característica comum entre as metaloproteinases é a dependência pelos íons zinco e cálcio. A interação do zinco com dois resíduos de histidina presentes no domínio catalítico da molécula tem importância crucial para o funcionamento adequado das metaloproteinases (DE SOUZA; GERLACH; LINE, 2000). Os dois átomos de cálcio conferem estabilidade para a estrutura terciária da proteína (DIOSZEGI; CANNON; VAN WART, 1995). Estas enzimas desempenham papel importante em vários processos fisiológicos e patológicos, como na involução pós-parto (WEEKS; HALME; WOESSNER, 1976; SOUZA et al., 1989; KERRIGAN; MANSELL; SANDY, 2000), na reabsorção óssea (SHAPIRO; KOBAYASHI; LEY, 1993; OKADA et al., 1995; DORR et al., 2004), na inflamação através da migração leucocitária (KNAUPER et al., 1993; CASTRILLO et al., 2003), na osteoartrite (WOESSNER, 1994; BARAGI et al., 1995; YORIOKA et al., 2002), na doença periodontal (BIRKEDAL-HANSEN, 1993b; DE SOUZA; LINE, 2002; DE SOUZA et al., 2005), no crescimento e expansão de tumores benignos (AUTIO-HERMAINEN et al., 1993) e na invasão e metástase tumoral (DE CLERCK et al., 1992; STERNLICHT et al., 1999; YE, 2000; YOSHIZAKI; SATO; FURUKAWA, 2002). 16 A família das metaloproteinases da matriz está dividida em classes, sendo três muito importantes para o processo de destruição tecidual. São elas: colagenases intersticiais, gelatinases e estromelisinas. Essa classificação se baseia na especificidade pelo substrato. As colagenases intersticiais são as mais específicas. Foram as primeiras a serem descritas (GROSS; NAGAI, 1962) e, durante as últimas décadas, têm sido objeto de muitos estudos que versam sobre sua expressão, distribuição, estrutura química e molecular em processos normais e patológicos. Estas enzimas são as únicas com a capacidade de clivar a tripla hélice dos colágenos tipo I, II, III em condições fisiológicas, tornando estas moléculas suscetíveis à ação de outras enzimas (SOUZA et al., 1993). Existem dois tipos de colagenases intersticiais que, apesar de exibirem grande semelhança estrutural e de especificidade, são codificadas por genes distintos. A MMP-1, que exibe uma distribuição ambígua, é sintetizada por fibroblastos, queratinócitos, células endoteliais, macrófagos, osteoblastos, condrócitos e osteoclastos (BIKEDAL-HANSEN, 1993b). Quando analisada em eletroforese de gel de poliacrilamida, a colagenase de fibroblastos aparece como várias bandas com peso molecular variando entre 57 e 52 kDa. Essa variação provavelmente se deve à proteólise parcial da molécula. A MMP-8 é produzida exclusivamente por leucócitos polimorfonucleares. Apesar de possuir um núcleo protéico muito semelhante ao da colagenase de fibroblastos, a alta taxa de glicosilação faz com que esta molécula tenha peso molecular de 75 kDa. Ao contrário da colagenase de fibroblasto, que é rapidamente secretada após a sua síntese, a colagenase de polimorfonucleares é armazenada em grânulos intracelulares que só são liberados após a ativação das células (HIBBS; BAINTON, 1989). Existem também as colagenases bacterianas que clivam as cadeias alfa do colágeno em inúmeros sítios ricos no aminoácido glicina. Elas são muito utilizadas em laboratório devido à sua grande especificidade pela tripla hélice da molécula do colágeno. As gelatinases são capazes de degradar colágeno tipo V e VII, elastina e gelatina (colágeno desnaturado). A gelatinase de 72 kDa (MMP-2) parece ser capaz de clivar também o colágeno tipo X (WELGUS et al., 1990), porém, não é ativa sobre o colágeno tipo I, II e III, laminina e proteoglicanos. A especificidade dessas enzimas sobre o colágeno tipo IV parece indicar que elas participam da remodelação e degradação da membrana basal. É também possível que a atividade gelatinolítica dessas enzimas esteja relacionada com a remoção de fragmentos de colágeno desnaturado que sofreram ação de outras metaloproteinases (REPONEN et al., 1992 e REPONEN et al., 1994). 17 A gelatinase de 72 kDa (MMP-2) é a metaloproteinase mais abundante, sendo secretada por fibroblastos, queratinócitos, células endoteliais, macrófagos, osteoblastos e condrócitos, estando também presente no plasma sangüíneo (BIRKEDAL-HANSEN, 1993a). A gelatinase de 92 kDa (MMP-9) é produzida por neutrófilos polimorfonucleares, queratinócitos e macrófagos e, ocasionalmente, por fibroblastos. Estudos de hibridização “in situ” têm demonstrado que as gelatinases de 92 kDa são fortemente expressas nos tecidos embrionários de ratos (REPONEN et al., 1994). O terceiro grupo de metaloproteinases é formado pelas estromelisinas. As estromelisinas-1 (MMP-3) e –2 (MMP-10) são capazes de digerir várias proteínas da matriz extracelular como a laminina, fibronectina, proteoglicano (core protéico), colágeno tipo IV, V, VII e X, colágeno desnaturado (gelatina) e caseína (CHIN; MURPHY; WERB, 1985; STERNLICHT et al., 1999; HUMPHRIES et al., 2002; MEDLEY et al., 2003; HOPPMANN et al., 2004). Além das estromelisinas-1 (MMP3) e -2 (MMP10), existe também a estromelisina-3 (MMP-11) (YE, 2000; AMANO et al., 2005). Quando analisada em gel de poliacrilamida, a MMP-3 apresenta um peso molecular entre 60 e 53 kDa. Esta enzima parece não ser expressa por leucócitos ou queratinócitos. A MMP-10 é expressa em menor quantidade e, aparentemente, pelas mesmas células que expressam a MMP-3. Apresenta um peso molecular semelhante ao da MMP-3 e parece não responder a fatores de crescimento (BIRKEDAL-HANSEN, 1993b). As metaloproteinases da matriz são expressas por várias células do estroma conjuntivo. Estas células podem responder de formas diferentes aos estímulos dos diversos fatores do crescimento e citocinas inflamatórias. O TGF-β1 (fator transformador do crescimento, membro da superfamília TGFs-β) é aparentemente um dos mais importantes fatores do crescimento reguladores da síntese de MMPs em fibroblastos. Esse fator atua como estimulante da atividade reparadora nos tecidos, inibindo a expressão, síntese e liberação de MMPs pelos fibroblastos, além de estimular a produção de TIMP (inibidor tecidual de metaloproteinase) que neutraliza a atividade da enzima na matriz extracelular. A regulação da atividade proteolítica das metaloproteinases ocorre a nível extracelular, através da ação de uma molécula inibidora específica de tecidos, a TIMP (inibidor tecidual de metaloproteinase). Quatro membros da família TIMP - TIMP-1, -2, -3 e -4 - já foram caracterizados (HERRON et al., 1986; MACNAUL et al., 1990; DE CLERCK et al., 1994; CLARCK et al., 1997; SZKLARCZYK et al., 2002). Esses inibidores estão distribuídos pelos tecidos e fluídos e são secretados por diversos tipos celulares, incluindo 18 fibroblastos, neutrófilos polimorfonucleares, células endoteliais, condrócitos e células neoplásicas. O mecanismo de ação da TIMP é complexo e envolve numerosos pontos de interação com as metaloproteinases. O evento principal parece ser resultado da ligação ao domínio catalítico N-terminal, do sítio ativo da metaloproteinase (MURPHY et al., 1994). TIMP-1 parece ser mais efetivo na regulação das colagenases, enquanto que TIMP-2 é mais efetivo com o grupo das gelatinases (HOWARD; BULLEN; BANDA, 1991; DE SOUZA; LINE, 2000). 2.2. Fator transformador do crescimento - β1 O fator transformador do crescimento-β1 (TGF-β1) pertence a uma extensa família de moléculas codificadas por genes distintos (GRAINGER et al., 1999; MURAOKA et al., 2003; DOS SANTOS et al., 2004), responsáveis pela regulação da ativação, do crescimento, da diferenciação e da função celular (GRAINGER et al., 1999; HUANG et al., 2002; ANDREOTTI et al., 2002; MURAOKA et al., 2003; CARTURAM et al., 2004; COLL et al., 2004: STOLL et al., 2004). O TGF-β1 é secretado na forma latente de pró-proteína, contendo 25 kDa. Sua ativação ocorre por clivagem proteolítica que requer a ação de uma variedade de enzimas, incluindo a participação das MMPs. (GRAINGER et al., 1999; DOS SANTOS et al., 2004). TGF-β1 possui ação pleiotrópica, isto é, atua ora com função pró-inflamatória e ora com função antiinflamatória (STEINSVOLL; HALSTENSEN; SHENCK, 1999). Muitos autores o consideram um agente antiinflamatório devido à forma potente com que induz a expressão dos genes do colágeno, podendo provocar fibrose tecidual em certas circunstâncias (ANDREOTTI et al., 2002; HUANG et al., 2002; DUNNING et al., 2003; CARTURAN et al., 2004; DOS SANTOS et al., 2004), bem como pela capacidade de reduzir a síntese de outras citocinas inflamatórias - tais como interleucina-1α/β, fator de necrose tumoral - e diminuir a transcrição de algumas MMPs. Entretanto, outros autores classificam o TGF-β1 como um fator pró-inflamatório, uma vez que ele atua como um agente quimiotático para neutrófilos, monócitos e linfócitos do sangue (TORRE-AMIONE et al., 1990; YE, 2000), contribuindo com a migração destas células da corrente sangüínea para os focos de inflamação. TGF-β1 desempenha papel importante em vários processos fisiológicos e patológicos, como nas fibroses (GRAINGER et al., 1999; HUANG et al., 2002; CARTURAN 19 et al., 2004), no câncer (GRAINGER et al., 1999; BLOBE; SCHIEMANN; LODISH, 2000; DUNNING et al., 2003; MURAOKA et al., 2003), nas doenças coronárias (SYRRIS et al., 1998; GRAINGER et al., 1999; YOKOTA et al., 2000; ANDREOTTI et al., 2002), nas doenças inflamatórias (ANDREOTTI et al., 2002; JAAKKOLA et al., 2004), na doença periodontal (WAHL et al., 1993; STEINSVOLL; HALSTENSEN; SCHENCK, 1999; DE SOUZA et al., 2003b), na asma (HOBBS et al., 1998; PULLEYN et al., 2001) e também em doenças renais (COLL et al., 2004). 2.3. MMPs e TGF-β1 na destruição tecidual da doença periodontal A gengivite representa o início da lesão caracterizada pela inflamação do tecido de sustentação que circunda os dentes, onde várias citocinas são produzidas por linfócitos, monócitos, entre outras células (STEINSVOLL; HALSTENSEN; SCHENCK, 1999). Uma vez instalada a gengivite, tem início à destruição dos tecidos após três a quatro dias de acúmulo de placa bacteriana na superfície dental, estando associada com a migração de neutrófilos polimorfonucleares do sangue para o local da inflamação pela ação da quimiotaxia provocada pela interleucina-8 (IL-8) e do TGF-β1. O TGF-β1 é um potente ativador de leucócitos polimorfosnucleares, principalmente neutrófilos, facilitando a adesão na parede dos vasos sanguíneos e posterior liberação para a matriz extracelular. Os lipopolisacarídeos bacterianos (LPS) também induzem a secreção de TGF-β1 por monócitos, o qual contribui para sua liberação na região da infecção (WAHL et al., 1993). O TGF-β1 é um dos mais importantes fatores do crescimento reguladores da síntese de MMPs em fibroblastos. A destruição do colágeno começa nas proximidades dos vasos sangüíneos. Aproximadamente 70% do colágeno presente nos focos de inflamação é perdido como conseqüência da liberação de MMPs armazenadas nos grânulos citoplasmáticos dos neutrófilos (DE SOUZA; GERLACH; LINE., 1998). Os neutrófilos e os macrófagos são as mais importantes células responsáveis pela destruição do periodonto. Alguns autores têm demonstrado que a doença periodontal ocorre em ciclos recorrentes de destruição tecidual e ciclos de estabilidade. Esta teoria relaciona as perdas com os períodos de ativação de MMPs liberadas pelos neutrófilos na matriz extracelular do periodonto e os ciclos de estabilidade com os períodos necessários para a síntese de novas enzimas após a exaustão das proteases contidas nos grânulos citoplasmáticos (VAN DER ZEE; BURTSEN, 1997). 20 Alterações qualitativas e quantitativas ocorrem nos colágenos gengivais durante a periodontite. Na gengiva, o colágeno se torna mais solúvel devido à presença de inúmeras fibrilas de colágeno que não chegam a se polimerizar em fibras e são degradadas, indicando síntese de novo colágeno ou de colágeno deficiente (BARTOLD et al., 1996). Duas vias estão implicadas com a degradação fisiológica e patológica do colágeno periodontal. A primeira ocorre pela fagocitose de fibrilas do colágeno pelos fibroblastos, após MMPs sintetizadas por este tipo celular terem desnaturado o colágeno tipo I. A segunda via está relacionada com a degradação do colágeno pela exacerbação na síntese de MMPs, associada com o processo inflamatório. Ambas as vias são mediadas pela ação de fatores do crescimento e citocinas da inflamação (BIRKEDAL-HANSEN, 1993a), estando a via efetora da destruição sempre relacionada com a atividade de MMPs. O valor dos parâmetros clínicos, tradicionalmente usados na determinação do prognóstico da doença periodontal, parece estar - pelo menos em parte - relacionado com genótipos específicos. São recentes as primeiras descrições de polimorfismos gênicos associados à doença periodontal. Polimorfismos nos genes da IL-1α e β e TNF-α foram os primeiros a serem associados com à periodontite, identificando indivíduos suscetíveis à severidade da doença periodontal do adulto (KORNMAN et al., 1997; GORE et al., 1998). Foi demonstrado estatisticamente em um estudo longitudinal de 14 anos, que a presença de genótipos variantes (chamados positivos para IL-1) resultantes de polimorfismos genéticos aumentariam as chances de morbidade dental em 2,7 vezes e, quando associado ao efeito do fumo, poderiam resultar em risco de até 7,7 vezes maior de perda dental (MCGUIRE; NUNN, 1999). A associação entre uma dada doença e um polimorfismo genético conhecido, além de permitir a identificação de indivíduos de maior risco ao desenvolvimento da doença em questão, contribui para decifrar a heterogeneidade etiológica da mesma auxiliando na elucidação de sua patogênese (SOFAER, 1990). 2.4. Polimorfismos genéticos no gene do TGF-β1 e da MMP-3 Os genes estão estruturados em três regiões básicas distintas: promotor, exons e introns. Exons representam regiões que são transcritas em mRNA e posteriormente traduzidas em aminoácidos que formam a proteína. Um ou vários exons podem compor um gene. O mesmo ocorre com os introns, mas estes são regiões silenciosas, normalmente não transcritas 21 em mRNA. O promotor representa uma região do gene que está posicionada aquém do início do primeiro exon. O promotor não é transcrito em mRNA, mas controla as taxas de expressão do gene (DE ROBERTIS; HIB, 2001). O símbolo negativo que antecede a posição do polimorfismo está relacionado com o promotor e significa que este está a um certo número de pares de bases nitrogenadas, aquém do início do primeiro exon. Polimorfismos são alterações que ocorrem com freqüência maior ou igual que 1% na população e estão dentro de um padrão de normalidade. No entanto, os polimorfismos genéticos podem interferir com o metabolismo celular e estar relacionados com a proteção ou predisposição a certas doenças (THOMPSON; McINNES; WILLARD, 1993). Polimorfismos genéticos em genes de proteínas, que podem estar envolvidas com a patogênese da doença periodontal, vêm sendo investigados com bastante interesse. Kornman et al. (1997) foram os primeiros a reportar uma correlação positiva entre a presença de um genótipo composto no gene da interleucina-1 com a suscetibilidade à doença periodontal crônica na população norte-americana. Atualmente, outros polimorfismos em genes de citocinas, fatores do crescimento e metaloproteinases da matriz têm sido pesquisados, havendo resultados positivos para a presença de alelos específicos com a suscetibilidade e/ou severidade da periodontite (SCAREL-CAMINAGA et al., 2002; DE SOUZA et al., 2003a; DE SOUZA et al., 2003b; TREVILATTO et al., 2003; SCAREL-CAMINAGA et al., 2003; DE SOUZA et al., 2005). Polimorfismos genéticos foram verificados em várias posições do promotor do TGF-β1. O polimorfismo que corresponde à troca de base C/T na posição –509 do promotor do gene TGF-β1 foi correlacionado com a severidade à asma e risco à alergia (HOBBS et al., 1998), à doença periodontal (DE SOUZA et al., 2003b), entre outras patologias. O genótipo T/T apresentou forte associação com a severidade à asma (PULLEYN et al., 2001). Polimorfismo genético também foi identificado no gene da estromelisa-1 (MMP3) na posição –1612, onde a inserção/deleção de uma base adenina cria os alelos 5A e 6A. Este polimorfismo vem sendo investigado para várias doenças com resultados positivos e apresenta forte associação com problemas relacionados à desordem vascular como ateroesclerose, infarte do miocárdio e aneurisma (YE et al., 1995; HUMPHRIES et al., 1998; DE MAAT et al., 1999; TERASHIMA et al., 1999; YOON et al., 1999). Polimorfismos genéticos podem estar associados ou não com certas patologias, dependendo da população estudada. Deste modo, é sempre importante testar a hipótese de associação em populações diferentes. O estudo em brasileiros tem valor devido à alta taxa de miscigenação da população brasileira. 22 3. Proposição O objetivo do nosso estudo foi investigar a existência de associação entre o polimorfismo na posição -1612 do promotor do gene da MMP-3 e o polimorfismo na posição -509 do promotor do gene do TGF-β1 com a doença periodontal crônica. 23 4. Material e método 4.1 Seleção da Amostra A amostra foi composta por indivíduos do sudeste brasileiros, adultos (acima de 25 anos), de ambos os sexos e não-fumantes. Foram excluídos os pacientes fumantes, pois o fumo por si só aumenta o risco à doença em cerca de 03 vezes, e o objetivo foi avaliar risco conferido por polimorfismos genéticos. Pacientes com histórico de diabetes, pacientes grávidas ou em lactação, pacientes com histórico de hepatite e infecção por HIV ou pacientes com pré-medicação antibiótica recente, como também uso crônico de antiinflamatórios, foram excluídos. Pacientes que possuíam menos de 20 dentes também foram excluídos. Não foram excluídos pacientes pertencentes a qualquer grupo étnico-racial, pois a tentativa de se isolar determinadas características raciais é de pouco valor em um país altamente miscigenado como o Brasil. Os pacientes em tratamento na clínica de periodontia da Faculdade de Odontologia da Universidade do Sagrado Coração foram triados e divididos em dois grupos. Todos os pacientes assinaram um termo de consentimento para a participação voluntária na pesquisa conforme as normas do Comitê de Ética em Pesquisa da Instituição. Os grupos foram classificados de acordo com a profundidade de sondagem encontrada e perda de inserção conjuntiva em: 1) Pacientes do Grupo Controle: Ausência de dentes com sinais clínicos de perda de inserção conjuntiva ≥3 mm 2) Pacientes do Grupo Doença Periodontal: Pacientes apresentando perda de inserção conjuntiva ≥5 mm em pelo menos três dentes e em pelo menos dois quadrantes diferentes 4.2. Obtenção das amostras de DNA O DNA foi obtido a partir de células epiteliais da mucosa bucal, e as células obtidas após bochecho com solução contendo glicose a 3% durante 2 minutos, seguido de leve raspagem da mucosa jugal com espátula de madeira autoclavada. Parte das amostras de DNA foram extraídas com fenol/clorofórmio/álcool isoamílico (24:1:1) (MANIATIS et al., 1989). A outra parte das amostras de DNA foram extraídas com acetato de amônia 10M/álcool isopropílico/álcool etílico. 24 4.3. Análise dos Polimorfismos Genéticos Análise do polimorfismo no gene do TGF-β1 Reação de PCR foi utilizada para amplificação do fragmento da região promotora do gene do TGF-β1 (740pb). Em seguida, os fragmentos resultantes foram submetidos à digestão pela enzima de restrição Bsu36 I (RFLP - Restriction Fragment Length Polymorphism) para verificação da presença dos alelos. Os primers, as condições de amplificação e a análise do material amplificado estão descritos abaixo: Primers: 5`- TTT TGC CAT GTG CCC AGT AG-3` Antisense: 5`- CAC CAG AGA AAG AGG ACC AG-3` PCR: Desnaturação do DNA a 95°C durante 3 min seguida por 35 ciclos a 95°C durante 1 minuto, 57°C durante 1 minuto e 72°C durante 1minuto, extensão final a 72°C durante 7 min. RFLP: 15 µL do produto de PCR foram submetidos à digestão com 3U da enzima de restrição Bsu36 I (New England Biolabs), durante 16 horas a 37°C. A enzima reconhece e corta o alelo contendo a base citosina (alelo C), gerando fragmentos contendo 551pb e 189pb. Análise de polimorfismo no gene da MMP-3 Para analisar a presença do polimorfismo neste gene foram utilizados primers sense diferentes e específicos para cada alelo, desenhados de forma que englobavam a região polimórfica. Duas reações de PCR foram realizadas para todas as amostras. O primer sense, com desenho para o polimorfismo 5A, amplificava 95pb, enquanto o primer sense para o polimorfismo 6A amplificava 92pb. Os primers, as condições de amplificação e a análise do material amplificado estão descritos abaixo: Análise da presença do polimorfismo 5A no promotor da MMP-3 Sense: 5`- GAC AAG ACA TGG TTT TTC -3` Antisense: 5`- AGA CAT GGG TCA CGG -3` PCR: Desnaturação do DNA a 95°C durante 3 min seguida por 35 ciclos a 95°C durante 1 minuto, 44°C durante 1 minuto e 72°C durante 1 minuto, extensão final a 72°C durante 7 min. 25 Análise da presença do polimorfismo 6A no promotor da MMP-3 Sense: 5`- AAG ACA TGG TTT TTT -3` Antisense: 5`- AGA CAT GGG TCA CGG -3` PCR: Desnaturação do DNA a 95°C durante 3 min seguida por 35 ciclos a 95°C durante 1 minuto, 41°C durante 1 minuto e 72°C durante 1 minuto, extensão final a 72°C durante 7 min. As seqüências gênicas foram amplificadas em um termociclador convencional (GeneAmpPCR System 9700) e analisadas por eletroforese de géis de poliacrilamida a 10%. Os géis foram corados pela prata, técnica descrita por Sanguinetti, Dias Neto e Simpson (1994). 4.4. Análise estatística dos resultados A associação entre polimorfismos genéticos e o grau de severidade da doença periodontal em pacientes adultos e portadores de periodontite de início precoce foi avaliada através do teste χ2 ao nível de significância de 5%. Tabela 1: Resumo das informações sobre as reações de PCR e RFLP Anelamento Enzima Fragmento (PCR) Restrição (pb) 57°C Bsu 36I 740 (1 min) (37°C) 551 + 189 F: GAC AAG ACA TGG TTT TTC 41°C X 95 5A R: AGA CAT GGG TCA CGG 1 min MMP-3 F: AAG ACA TGG TTT TTT 44°C X 92 6A R: AGA CAT GGG TCA CGG 1 min SNP TGF-β β1 (- 509) MMP-3 Primer (5` - 3`) *F: TTT TGC CAT GTG CCC AGT AG **R: CAC CAG AGA AAG AGG ACC AG *Primer Sense **Primer Antisense 26 5. Resultados As características da população estudada estão na tabela 2 que mostra a distribuição percentual da idade, sexo e raça nos dois grupos estudados: Tabela 2. Distribuição percentual da idade, sexo e raça. Parâmetros Grupo controle Grupo doença 38,12 42,58 Desvio padrão (+-13,8) Desvio padrão (+-9,9) Feminino 71,3% 76,8% Masculino 28,7% 23,2% Caucasiano 86,4% 72% Nego/Mulato 10,6% 28% Japoneses 3% 0% Média de idade TGF-β β1 O polimorfismo no gene do TGF-β1 foi analisado em 101 pacientes no grupo controle e 103 pacientes no grupo doença periodontal. O padrão da análise por enzima de restrição é mostrado na Figura 1. Esse polimorfismo corresponde a uma troca de base entre citosina e timina na posição –509 do promotor do gene do TGF-β1, que cria dois alelos diferentes: alelo C e alelo T. Analisando os resultados, encontramos diferença estatisticamente significante na freqüência dos genótipos (p=0,0284) e alelos (p=0,0438) entre os grupos controle e doença. No grupo controle, o genótipo T/T foi encontrado com freqüência de 10,8%, enquanto que no grupo doença periodontal foi observado em 25,3% dos pacientes (p=0,0214). A freqüência dos alelos e dos genótipos do gene TGF-β1 é mostrada na tabela 3. 27 740pb 551pb 189pb Figura 1: Polimorfismo TGF-β1 C-509T Tabela 3. Freqüência dos diferentes alelos e genótipos do gene do TGF-β1. Grupo doença Valor de p Valor de p periodontal Teste χ2 Teste χ2 104 (50,5%) 0,2322 *0,0438 79 (39,1%) 102 (49,5%) 0,1020 Genótipos n = 101 n = 103 T/T 11 (10,8%) 26 (25,3%) *0,0214 C/C 33 (32,7%) 27 (26,2%) 0,5186 C/T 57 (56,5%) 50 (48,5%) 0,5619 TGF-β β1 Grupo controle Alelos n = 202 n = 206 C 123 (60,9%) T * P ≤ 0,05 (Significante) *0,0284 28 MMP-3 O polimorfismo 5A/6A na região promotora do gene da MMP-3 foi analisado em 103 pacientes no grupo controle e 90 pacientes no grupo doença periodontal. O padrão da análise por enzima de restrição é mostrado na Figura 2. Observando os resultados dos genótipos, notamos uma diferença estatisticamente significante entre o grupo controle e o grupo doença periodontal (p=0,0286). Os resultados mostram freqüência do genótipo 5A/5A de 7,8% no grupo controle e de 21,1% no grupo doença periodontal (p=0,0543). Observando a freqüência dos alelos encontrados nos dois grupos, não encontramos diferença estatisticamente significante (p=0,1281). Entretanto, quando comparamos isoladamente a freqüência do alelo 6A, encontramos diferença estatística significante (p=0,0454). A freqüência dos genótipos e dos alelos do gene MMP-3 se encontra na tabela 4. Figura 2: Polimorfismo MMP-3 -1612 5A/6A 29 Tabela 4. Freqüência dos diferentes alelos e genótipos do gene da MMP-3. Grupo doença Valor de p Valor de p periodontal Teste χ2 Teste χ2 MMP-3 Grupo controle Alelos n = 206 n = 180 5A 86 (41,7%) 90 (50,0%) 0,8211 6A 120 (58,3%) 90 (50,0%) *0,0454 0,1281 Genótipos n = 103 n = 90 5A/5A 08 (7,8%) 19 (21,1%) *0,0543 *0,0286 6A/6A 25 (24,3%) 19 (21,1%) 0,4510 5A/6A 70 (67.9%) 52 (57,8%) 0,1238 * P ≤ 0,05 (Significante) 30 6. Discussão A doença periodontal é multifatorial e seu grau de severidade é influenciado por fatores ambientais e genéticos (HART; KORNMAN 1997). Nos últimos anos, o estudo dos polimorfismos genéticos se tornou assunto de interesse na área da periodontologia, uma vez que polimorfismos genéticos em genes de citocinas inflamatórias, fatores de crescimento e proteases, moléculas que participam do complexo mecanismo que envolve a destruição dos tecidos periodontais, podem estar envolvidos com a doença periodontal. Este assunto também tem nos interessado, por isso neste trabalho investigamos o possível envolvimento do polimorfismo na posição -509 do gene do TGF-β1 e o polimorfismo na posição -1612 do gene da MMP-3 com a severidade da doença periodontal. O genótipo T/T do TGF-β1 foi encontrado com freqüência maior no grupo doença periodontal quando comparado com o grupo controle. Este resultado concorda com outro encontrado anteriormente por De Souza et al. (2003b), onde o mesmo genótipo foi encontrado com maior freqüência no grupo de pacientes que apresentavam periodontite severa, mas discorda do resultado encontrado por Holla et al. (2002), que não verificou associação entre este polimorfismo e a doença periodontal. Os mecanismos de controle da concentração do TGF-β1 no plasma são pouco compreendidos. Evidências mostram que a concentração da molécula ativa do TGF-β1 pode estar predominantemente sob controle genético. Grainger et al. (1999), observaram que o polimorfismo genético na posição -509 está significantemente associado com os níveis plasmáticos do TGF-β1. A associação entre esse polimorfismo e a densidade óssea foi analisada em um estudo envolvendo 625 mulheres japonesas na menopausa. Os resultados mostraram que o genótipo T/T foi encontrado com maior freqüência em mulheres que apresentavam osteoporose (YAMADA et al., 2001). O genótipo T/T também foi associado com a severidade à asma (PULLEYN et al., 2001). Os resultados mostram que este polimorfismo no gene do TGF-β1 exerce influência moderada sobre o curso da doença periodontal. Isto pode ter explicação no fato do TGF-β1 apresentar ação pleiotrópica (STEINSVOLL; HALSTENSEN; SCHENCK, 1999). TGF-β1 estimula de forma potente a síntese do colágeno tipo I (OVERALL; WRANA; SODEK, 1991b), diminui a produção das metaloproteinases da matriz e estimula a síntese dos inibidores de metaloproteinases (OVERALL; WRANA; SODEK, 1991a; BIRKEDALHANSEN, 1993b), resultando na formação de matriz extracelular. Devido a isto, o TGF-β1 é 31 considerado um fator capaz de promover fibrose tecidual (PAGE, 1991; HOBBS et al., 1998). Por outro lado, TGF-β1 promove a migração de neutrófilos, monócitos e linfócitos da corrente sangüínea para o local da doença (WAHL et al., 1993), contribuindo assim com o processo inflamatório. A bifuncionalidade do TGF-β1, além de explicar o fato de encontrarmos uma moderada associação entre o polimorfismo genético e a doença periodontal, lança a hipótese que polimorfismo no gene do TGF-β1 dificilmente será descoberto como sendo o principal no controle da periodontite. Em nosso estudo encontramos também o genótipo 5A/5A do gene da MMP-3 com maior freqüência no grupo doença quando comparado ao grupo controle. Entretanto, este polimorfismo foi investigado na doença periodontal em japoneses, e os resultados demonstraram que este polimorfismo não influencia a doença em japoneses (ITAGAKI et al., 2004). A MMP-3 ou estromelisina-1 degrada uma grande variedade de moléculas da matriz extracelular, possuindo importante papel durante a remodelação da matriz (NAGASE, 1997). O alelo 5A promove maior atividade do promotor em relação ao alelo 6A em fibroblastos (YE et al., 1996). Fatores de transcrição que promovem repressão na taxa de expressão do gene demonstraram ter maior afinidade pelo alelo 6A, reprimindo a síntese da MMP-3 (Ye et al., 1996). Estudos têm demonstrado que o alelo 5A possui forte associação com o enfarte agudo do miocárdio (YE et al., 1995; HUMPHRIES et al., 1998; TERASHIMA et al., 1999). Indivíduos que carregam o alelo 5A podem sofrer mais comumente ruptura da placa ateroesclerótica devido à maior atividade transcripcional do promotor do gene da MMP-3. A placa ateroesclerótica e o periodonto possuem proteínas que servem de substrato para a MMP3. O aumento na síntese desta enzima leva a uma destruição de diversas proteínas encontradas no ateroma e no periodonto. Outro mecanismo que requer a participação da MMP-3 pode estar implicado com o processo da periodontite. As metaloproteinases são sintetizadas na forma de zimógeno e sua ativação ocorre na matriz extracelular. A ativação das MMPs requer a participação de proteases que clivam a ligação do íon zinco com resíduos de cisteína existentes no sítio ativo da enzima (MURPHY; KNAUPER, 1997). Sabe-se que a MMP-3 é capaz de ativar outras MMPs (BIRKEDAL-HANSEN, 1993b). Desta forma, polimorfismo no promotor da MMP-3 que aumenta a síntese desta enzima contribui com o aumento na taxa de ativação de outras MMPs, acarretando em uma maior taxa de destruição tecidual. Relacionar polimorfismos genéticos à doença não é uma tarefa simples, visto que alterações em nosso genoma ocorrem a cada 10 Kb, sendo a maioria delas silenciosas (HENNIG et al., 1999). Polimorfismos em gene diversos vêm sendo investigados para a 32 doença periodontal (KORNMAN et al., 1997; GORE et al., 1998; DIEHL et al., 1999; SCAREL-CAMINAGA et al., 2002; DE SOUZA et al., 2003a; DE SOUZA et al., 2003b). Os principais genes candidatos são os envolvidos com a degradação do colágeno tipo I e com a quimiotaxia de células sangüíneas para o local da inflamação. Consideramos que, além dos polimorfismos estudados nos gene do TGF-β1 e da MMP-3, muitos outros polimorfismos e genes ainda não investigados podem ser candidatos de estudo para a doença periodontal. Em resumo, observamos que os polimorfismos no gene do TGF-β1 e da MMP-3 apresentaram associação com a doença periodontal. A importância destes dados não deve ser desprezada. Entretanto, devemos ter cautela ao dizer que são marcadores genéticos para a doença periodontal, uma vez que esta é multifatorial e não sabemos ao certo qual o papel e a importância destes polimorfismos durante o desenvolvimento da doença. 33 7. Conclusões • O polimorfismo C/T na posição -509 do gene TGF-β1 está associado à doença periodontal crônica. Os resultados apresentados mostram que o genótipo T/T apresenta maior freqüência em indivíduos com a doença periodontal. • O polimorfismo 5A/6A na posição -1612 do gene da MMP-3 está também associado com a doença periodontal crônica. Os resultados obtidos mostram que o genótipo 5A/5A apresenta freqüência maior nos pacientes com a doença periodontal crônica em brasileiros. 34 8. Referências Bibliográficas AMANO, T. et al. The matrix metalloproteinase stromelysin-3 cleaves laminin receptor at two distinct sites between the transmembrane domain and laminin binding sequence within the extracellular domain. Cell Res, v.15, n.3, p.150-159, Mar., 2005. ANDREOTTI, F. et al. Inflammatory gene polymorphisms and ischaemic heart disease: review of population studies. Br Heart J, v.87, n.2 p.107-112, Feb., 2002. ANZAI, D. et al. Análise da diversidade da microbiota periodontopatogênica e sua influência sobre o tratamento periodontal. REVISTA PERIDONTIA-Sobrape, v.14, n.1, p.58-62, mar, 2004. AUTIO-HARMAINEN, H. et al. Expression of 72 kDa type IV collagenase (gelatinase A) in benign and malignant ovarian tumors. Lab Invest, v.69, n.3, p. 312-321, Sep., 1993. BARAGI, V.B. Immunofluorescence quantitation of stromelysin in human synovial fibroblasts by confocal laser scanning microscopy. Lab Invest, v.72, n.4, p.484-490, Apr., 1995. BARTOLD, P.M. The biochemistry and phisiology of the periodontium. In:.WILSON, T.G.; KORNMAN, K.S. Fundamentals of Periodontis. Carol Stream, Quintessence Publishing Co., Cap. VI, 1996. p. 61-108. BIRKEDAL-HANSEN, H. Role of cytokines and inflammatory mediators in tissue destruction. J Periodontal Res, v.28, n.6, p.500-510, Nov., 1993a. ______, H. Role of matrix metalloproteinases in human periodontal diseases. J Periodontol, v. 64, n.5, p.474-84, May, 1993b. BLOBE, G.C.; SCHIEMANN, W.P.; LODISH, H.F. Role of transforming growth factor-β in human disease. N Engl J Med, v.342, n.18, p.1350-1358, May, 2000. CARTURAN, S. et al. Association between transforming growth factor beta 1 gene polymorphisms and Iga nephropathy. J Nephrol, v.17, n.6, p.786-793, Nov-Dec., 2004. CASTRILLO, A. et al. Liver X receptor-dependent repression of matrix metalloproteinase-9 expression in macrophages. J Biol Chem., v.278, n.12, p.10443-10449, Mar., 2003. CHIN, J.R.; MURPHY, G.; WERB, Z. Stromelysin, a connective tissue-degrading metalloendopeptidase secreted by stimulated rabbit synovial fibroblasts in parallel with collagenase. Biosynthesis, isolation, characterization, and substrates. J Biol Chem, v.260, n.22, p.12367-12376, Oct., 1985. 35 CLARK, I.M. et al. Transcriptional activity of the human tissue inhibitor of metalloproteinases 1 (TIMP-1) gene in fibroblasts involves elements in the promoter, exon 1 and intron 1. Biochem J, v.324, n.2, p.611-617, Jun., 1997. COLL, E. et al. Association of TGF-β1 polymorphisms with chronic renal disease. J Nephrol, v.17, n.6, p.794-799, Nov-Dec., 2004. De CLERCK Y.A. et al. Inhibition of invasion and metastasis in cells transfected with an inhibitor of metalloproteinases. Cancer Res, v. 52, n.3, p.701-708, Feb., 1992. ______, Y.A. et al. Characterization of the promoter of the gene encoding human tissue inhibitor of metalloproteinases-2 (TIMP-2). Gene, v.139, n.2, p.185-191, Feb., 1994. De MAAT, M.P. et al. Effect of the stromelysin-1 promoter on efficacy of pravastatin in coronary atherosclerosis and restenosis. Am J Cardiol, v.83, n.6, p.852–856, Mar., 1999. De ROBERTIS, E. M. F.; HIB, J. Bases da biologia celular e molecular. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. 418p. De SOUZA, A.P. et al. Analysis of the TGF-B1 promoter polymorphism (C –509T) in patients with chronic periodontitis. J Clin Periodontol, v.30, n.6, p.519-523, Jun., 2003b. ______. Analysis of the MMP-9 (C-1562T) and TIMP-2 (G-418C) gene promoter polymorphisms in patients with chronic periodontitis. J Clin Periodontol, v.32, n.2, p.207211, Feb., 2005. ______. MMP-1 promoter polymorphism: Association with chronic periodontitis severity in a Brazilian population. J Clin Periodontol, v.30, n.2, p.154-158, Feb., 2003a. De SOUZA, A.P.; GERLACH, R.F.; LINE, S.R.P. Inhibition of human gingival gelatinases (MMP-2 and MMP-9) by metal salts. Dent Mater, v.16, n.2, p.103-108, Mar., 2000. ______. Perspectivas para o uso de inibidores enzimáticos na terapia periodontal. REVISTA PERIODONTIA-Sobrape, v.7, p.169-174, 1998. De SOUZA, A.P.; LINE, S.R.P. The biology of matrix metalloproteinases. Rev. FOB, v.10, n.1, p.1-6, jan./mar., 2002. DIEHL, S.R. et al. Linkage disequilibrium of interleukin-1 genetic polymorphisms with earlyonset periodontitis. J Periodontol, v.70, n.4, p.418-430, Apr., 1999. DIOSZEGI, M.; CANNON, P.; VAN WART, H. Vertebrate Collagenases. Methods Enzymol, v.248, p.413-431, 1995. 36 DORR, S. et al. Association of a specific haplotype across the genes MMP1 and MMP3 with radiographic joint destruction in rheumatoid arthritis. Arthritis Res Ther, v.6, n.3, p.R199R207, Mar., 2004. Dos SANTOS, M. C. L. G. et al. Analysis of the transforming growth factor-β1 gene promoter polymorphisms in early osseointegrated implant failure. Implant Dent, v.13, n.3, p.262-269, Sep., 2004. DUNNING, A.M. et al. A transforming growth factorβ1 signal peptide variant increases secretion in vitro and is associated with increased incidence of invasive breast cancer. Cancer Res, v.63, n.10, p.2610-2615, May, 2003. EMONARD, H.; GRIMAUD, J.A. Matrix Metalloproteinases. A review. Cell Mol Biol, v.36, n.2, p.131-153, 1990. GHILARDI, G. et al. A single nucleotide polymorphism in the matrix metalloproteinase-3 promoter enhances breast cancer susceptibility. Clin Cancer Res, v.8, n.12, p.3820-3823, Dec., 2002. GORE, E.A. et al. Interleukin-1β+3953 allele 2: association with disease status in adult periodontitis. J Clin Periodontol, v. 25, n.10, p.781-785, Oct., 1998. GRAINGER, D..J. et al. Genetic control of the circulating concentration of transforming growth factor type β1. Hum Mol Genet, v.8, n.1, p.93-97, Jan., 1999. GROSS, J.; NAGAI, Y. Specific degradation of the collagen molecule by tadpole collagenolytic enzyme. Proc Natl Acad Sci U S A, v. 54, p.1197-1203, 1962. HART, T.C.; KORNMAN, K.S. Genetic factors in the pathogenesis of periodontitis. Periodontol 2000, v.14, p.202-15, Jun., 1997. HENNIG, B.J. et al. Association of a vitamin D receptor gene polymorphism with localized early-onset periodontal diseases. J Periodontol, v.70, n.9, p.1032-1038, Sep., 1999. HERRON, G.S. et al. Secretion of metalloproteinases by stimulated capillary endothelial cells. Expression of collagenase and stromelysin activities is regulated by endogenous dodecyl. J Biol Chem, v.261, n.6, p.2814-2818, Feb., 1986. HIBBS, M.S.; BAINTON, D.F. Human neutrophil collagenase is a component of specific granules. J Clin Invest, v. 84, n.5, p.1395-1402, Nov., 1989. HINODA, Y. et al. Association of functional polymorphism of matrix metalloproteinase MMP-1 and MMP-3 genes with colorectal cancer. Int J Cancer, v.102, n.5, p.526-529, Dec., 2002. 37 HOBBS, K. et al. Interleukin-10 and transforming growth factor-β promoter polymorphisms in allergies and asthma. Am J Respir Crit Care Med, v.158, n.6, p.1958-1962, Dec., 1998. HOLLA. L.I. 5 polymorphisms in the transforming growth factor-beta 1 gene (TGF-beta 1) in adult periodontitis. J Clin Periodontol, v.29, n.4, p.336-341, Apr., 2002. HOPPMANN, P. et al. The 5A/6A polymorphism of the stromelysin-1 gene and restenosis after percutaneous coronary interventions. Eur Heart J, v.25, n.4, p.335-341, Feb., 2004. HOWARD, E.W.; BULLEN, E.C.; BANDA, M.J. Preferential inhibition of 72 and 92 kDa gelatinase by tissue inhibitor of metalloproteinases-2. J Biol Chem, v.266, n.20, p.13070-13075, Jul., 1991. HUANG, M. et al. IL-7 inhibits fibroblast TGF-β production and signaling in pulmonary fibrosis. J Clin Invest., v.109, n.7, p.931-937, Apr., 2002. HUMPHRIES, S.E. et al. The 5A6A polymorphism in the promoter of the stromelysin (MMP3) gene as a risk factor for restenosis. Eur Heart J, v.23, n.9, p.721-725, May, 2002. ______. The 5A/6A polymorphism in the promoter of the stromelysin-1 (MMP-3) gene predicts progression of angiographically determined coronary artery disease in men in the locat gemfibrozil study. Lopid Coronary Angiography Trial. Atherosclerosis, v.139, n.1, p.49–56, Jun., 1998. ITAGAKI, M. et al. Matrix metalloproteinase-1 and -3 gene promoter polymorphisms in Japanese patients with periodontitis. J Clin Periodontol, v.31, n.9, p.764-769. Sep., 2004. JAAKKOLA, E. et al. The effect of transforming growth factor β1 gene polymorphisms in ankylosing spondylitis. Rheumatology, v.43, n.1, p.32-38, Jan., 2004. KERRIGAN, J. J.; MANSELL, J.P.; SANDY, J.R. Matrix Turnover. J Orthod, v.27, n.3, p.227-233, Sep., 2000. KINANE, D.F.; HART, T.C. Genes and gene polymorphisms associated with periodontal disease. Crit Rev Oral Biol Med, v.14, n.6, p.430-449, 2003. KNAUPER, V. et al. Fragmentation of human polymorphonuclear-leucocyte collagenase. Biochem J, v. 291, n.3, p.847-854, May, 1993. KORNMAN, K.S. et al. The interleukin-1 genotype as a severity factor in adult periodontal disease. J Clin Periodontol, v.24, n.1, p.72-77, Jan., 1997. 38 MACNAUL, K.L. et al. Discoordinate expression of stromelysin, collagenase, and tissue inhibitor of metalloproteinases-1 in rheumatoid synovial fibroblasts. J Biol Chem, v.265, n.28, p.17238-17245, Oct., 1990. MANIATIS, T. et al. In: Molecular Cloning: A Laboratory Manual. 2nd Edition, Ed. Cold Spring Harbor Laboratory Press, 1989. MATTIOLI, F. et al. Doença peridontal como fator de risco para doença cardiovascular. REVISTA PERIDONTIA-Sobrape, v.14, n.1, p.40-45, Mar, 2004. McGUIRE, M.K.; NUNN, M.E. Prognosis versus actual outcome. IV. The effectiveness of clinical parameters and IL-1 genotype in accurately predicting prognosis and tooth survival. J Periodontol, v.70, n.1, p.49-56, Jan., 1999. MEDLEY, T.L. et al. Matrix metalloproteinase-3 genotype contributes to age-related aortic stiffening through modulation of gene and protein expression. Circ Res, v.92, p.1-8, Jun., 2003. MIZON-GÈRARD, F. et al. Prognostic impact of matrix metalloproteinase gene polymorphisms in patients with heart failure according to the aetiology of left ventricular systolic dysfunction. Eur Heart J, v.25, n.8, p.688-693, Apr., 2004. MURAOKA, R.S. et al. Increased malignancy of meu-induced mammary tumors overexpressing active transforming growth factor β1. Mol Cell Biol, v.23, n.23, p.8691-8703, Dec., 2003. MURPHY, G. et al. Regulation of matrix metalloproteinase activity. In Inhibition of matrix metalloproteinases: therapeutic potential. Annals N Y Acad Sci, v.732, p.31-41, Sep., 1994. MURPHY, G.; KNÄUPER, V. Relating matrix metalloproteinase structure to function: why the hemopexin domain? Matrix Biol, v.15, n.8-9, p.511-518, Mar., 1997. NAGASE H. Activation mechanisms of matrix metalloproteinases. J Biol Chem, v.378, n.34, p.151-160, Mar-Apr., 1997. OKADA, Y. et al. Localization of matrix metalloproteinase 9 (92-kilodalton gelatinase/type IV collagenase/ gelatinase B) in osteoclasts: implications for bone resorption. Lab Invest, v.72, n.3, p.311-322, Mar., 1995. OVERALL, C.M.; WRANA, J.L.; SODEK, J. Induction of formative and resorptive cellular phenotypes in human gingival fibroblasts by TGF-beta 1 and concanavalin A: regulation of matrix metalloproteinases and TIMP. J Periodontal Res, v.26, n.3, p.279-282, May, 1991a. 39 ______. Transcriptional and post-transcriptional regulation of 72-kDa gelatinase/type IV collagenase by transforming growth factor-beta 1 in human fibroblasts. Comparisons with collagenase and tissue inhibitor of matrix metalloproteinase gene expression. J Biol Chem, v.266, n.21, p.14064-14071, Jul., 1991b. PAGE, G.G. Chronic pain and the child with juvenile rheumatoid arthritis. J Pediatr Health Care, v.5, n.1, p.18-23, Jan-Feb., 1991. PICKARD, B.; DAMJANOVSKI, S. Overexpression of the tissue inhibitor of metalloproteinase-3 during Xenopus embryogenesis affects head and axial tissue formation. Cell Res, v.14, n.5, p.389-399, Oct., 2004. PULLEYN, L. et al. TGF-β1 allele association with asthma severity. Hum Genet, v.109, n.6, p.623-627, Dec., 2001. REPONEN, P. et al. High expression of 92- kDa type IV collagenase (gelatinase B) in the osteoclast lineage during mouse development. J Cell Biol, v.124, n.6, p.1091-1102, Mar., 1994. ______. Molecular cloning of murine 72-kDa type IV collagenase and its expression during mouse development. J Biol Chem, v.267, n.11, p.7856-7862, Apr., 1992. SANGUINETTI, C.J.; DIAS NETO, E.; SIMPSON, A.J. Rapid silver staining and recovery of PCR products separated on polyacrylamide gels. Biotechniques, v.17, n.5, p.914-921, Nov., 1994. SCAREL-CAMINAGA, R.M. et al. Investigation of an IL-2 polymorphism in patients with different levels of chronic periodontitis. J Clin Periodontol, v.29, n.7, p.587-91, Jul., 2002. ______. Investigation of IL4 gene polymorphism in individual with different levels of chronic periodontitis in a Brazilian population. J Clin Periodontol, v.30, n.4, p. 341-345, Apr., 2003. SHAPIRO, S.D.; KOBAYASHI, D.K.; LEY, T.J. Cloning and characterization of a unique elastolytic metalloproteinase produced by human alveolar macrophages. J Biol Chem, v.268, n.32, p.23824-23829, Nov., 1993. SOFAER, J.Á. Genetic approaches in the study of periodontal diseases. J Clin Periodontol, v.17, n.7, p.401-408, Aug., 1990. SOUZA, L.B. Estudo morfométrico e bioquímico da atrofia da glândula parótida do rato provocada por ligadura do ducto excretor principal. 1989. 150f. Tese (Doutorado Odontologia)- Universidade de São Paulo, Bauru, 1989. SOUZA, S.J. et al. Regulation of extracellular matrix-degrading proteases. Ciência e Cultura, v.45, p.313-8, 1993. 40 STEINSVOLL, S.; HALSTENSEN, T.S.; SCHENCK, K. Extensive expression of TGF-β1 in chronically-inflamed periodontal tissue. J Clin Periodontol, v.26, n.6, p.366-373, Jun., 1999. STERNLICHT, M. D. et al. The stromal proteinase MMP3/Stromelysin-1 promotes mammary carcinogenesis. Cell, v.98, n.2, p.137-146, Jul., 1999. STOLL, C. et al. Analysis of polymorphic TGF-β1 codons 10, 25, and 263 in german patient group with non-syndromic cleft lip, alveolus, and palate compared with healthy adults. BMC Med Genet, v.5, n.1, p.15, Jun., 2004. STRICKLIN, G.P. et al. Human skin fibroblast procollagenase: mechanisms of activation by organomercurials and trypsin. Biochemistry, v.22, n.1, p.61-68, Jan., 1983. SYRRIS, P. et al. Transforming growth factor-β1 gene polymorphism and coronary artery disease. Clin Sci, v.95, n.6, p.659-667, Dec., 1998. SZKLARCZYK, A. et al. Matrix metalloproteinase-9 undergoes expression and activation during dendritic remodeling in adult hippocampus. J Neurosci, v.22, n.3, p.920-930, Feb., 2002. TERASHIMA, M. et al. Stromelysin promoter 5A/6A polymorphism is associated with acute myocardial infarction. Circulation, v.99, n.21, p.2717–2719, Jun., 1999. THOMPSON, M.W.; McINNES, R.R.; WILLARD, H.F. Genética médica. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1993. 339P. TORRE-AMIONE, G. et al. A highly immunogenic tumour trnsfected with a murine transforming growth factor type β1 cDNA escapes immune surveillance. Proc Natl Acad Sci U S A, v. 87, n.4, p.1486-1490, Feb., 1990. TREVILATTO, P.C. et al. Polymorphism at position -174 of IL-6 gene is associated with susceptibility to chronic periodontitis in a Caucasian Brazilian population. J Clin Periodontol, v.30, n.5, p.438-42, May, 2003. TUNES, R.S. et al. Fitoestrógenos na periodontia: um futuro promissor? REVISTA PERIDONTIA-Sobrape, v.14, n.1, p.46-50, mar, 2004. VAN DER ZEE, E.E.V.; BURTSEN, W. Cytokines modulate routes of collagen breakdown. J Clin Periodontol, v.24, n.5, p.297-305, May, 1997. VAN WART, H.E.; BIRKEDAL-HANSEN, H. The cysteine switch: A principle of regulation of metalloproteinases activity with potential applicability to the entire matrix metalloproteinase gene family. Proc Natl Acad Sci U S A, v.87, n.14, p.5578-5582, Jul., 1990. 41 VASKU, A. et al. A haplotype constituted of four MMP-2 promoter polymorphism (1575G/A, -1306C/T, -790T/G, and –735C/T) is associated with coronary triple-vessel disease. Matrix Biol, v.22, .7, p.585-591, Jan., 2004. WAHL, S.M. et al. Role of transforming growth factor beta in the pathophysiology of chronic inflammation. J Periodontal, v.64, n.5, p.450-455, May, 1993. WEEKS, J.G.; HALME, J.; WOESSNER, J.F. Extraction of collagenase from the involuting rat uterus. Biochem Biophys Acta, v.445, n.1, p.205-214, Aug., 1976. WELGUS, H.G. et al. Differential susceptibility of type IV collagen to cleavage by two mammalian intersticial collagenases a 72-kDa type IV collagenase. J Biol Chem, v.265, n.23, p.13521-13527, Aug., 1990. WOESSNER, J.F. The family of matrix metalloproteinases. In Inhibition of matrix metalloproteinases: therapeutic potential. Ann N Y Acad Sci, v.732, p.11-21, Sep., 1994. YAMADA, Y. et al. Association of the C-509T polymorphism, alone of in combination with the T869C polymorphism, of the transforming growth factor-beta1 gene with bone mineral density and genetic susceptibility to osteoporosis in Japanese women. J Mol Med, v.79, n.23, p.149-156, Apr., 2001. YE, S. et al. Preliminary report: genetic variation in the human stromelysin promoter is associated with progression of coronary atherosclerosis. Br Heart J, v.73, n.2, p.209–215, Mar., 1995. ______. Progression of coronary atherosclerosis is associated with a common genetic variant of the human stromelysin-1 promoter which results in reduced gene expression. J Biol Chem, v.271, n.22, p.13055–13060, May, 1996. YE, S. Polymorphism in matrix metalloproteinase gene promoters: implication in regulation of gene expression and susceptibility of various diseases. Matrix Biol, v.19, n.7, p.623-629, Dec., 2000. YOKOTA, M. et al. Asssociation of a T29-C polymorphism of the transforming growth factor-β1 gene with genetic susceptibility to myocardial infarction in japanese. Circulation, v.101, n.24, p.2783-2787, Jun., 2000. YOON, S. et al. Genetic analysis of MMP3, MMP9, and PAI-1 in finish patients with abdominal aortic or intracranial aneurysms. Biochem Biophys Res Commun,.v.265, n.2, p.563–568, Nov., 1999. YORIOKA, C.W. et al. Matrix metalloproteinase-2 and –9 activities correlate with the disease-free survival of oral squamous cell carcinoma patients. Int J Oncol, v.20, n.1, p.189194, Jan 2002. 42 YOSHIZAKI, T.; SATO, H.; FURUKAWA, M. Recent advances in the regulation of matrix metalloproteinase 2 activation: From basic research to clinical implication (Review). Oncol Rep, v.9, n.3, p.607-611, May-Jun., 2002. ZHANG, B. et al. Functional polymorphism in the regulatory region of gelatinase B gene in relation to severity of coronary atherosclerosis. Circulation, v. 99, n.14, p.1788-1794, Apr., 1999. ______. Polymorphisms in matrix metalloproteinase-1, -3, -9, and –12 genes in relation to subarachnoid hemorrhage. Stroke, v.32, n.9, p.2198-2202, Sep., 2001.