bebé vida informa

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Março 2010
BEBÉ VIDA INFORMA
Células estaminais criam nova esperança contra leucemia (pág.1)
Investigadores portugueses e americanos, no âmbito do programa MIT-Portugal, estão usar
clinicamente células estaminais para neutralizar a rejeição de um transplante de medula óssea. Uma
técnica que aumenta a eficácia do combate contra a leucemia.
Células Estaminais no tratamento da Paralisia Cerebral (pág.2)
O programa The Early Show emitido na CBS News, nos E.U.A. divulgou uma aplicação o caso de
Dallas Hextell, um menino com paralisia cerebral que fez um tratamento experimental de sucesso
com as células estaminais retiradas do sangue do cordão umbilical, no momento do seu nascimento.
Tratamentos e Estudos com Células Estaminais do Sangue do Cordão Umbilical
(pág.3)
Breve reportagem sobre os estudos que foram feitos desde o inicio da investigação das aplicações
terapêuticas das células estaminais do sangue do cordão umbilical nos EUA.
Paralisia cerebral: aprovado primeiro ensaio clínico com células estaminais
(pág.4)
A entidade reguladora norte-americana do medicamento, a Food and Drug Administration (FDA),
aprovou o primeiro ensaio clínico controlado com o objectivo de determinar se uma infusão de
células estaminais do sangue do cordão umbilical pode melhorar a qualidade de vida das crianças
com paralisia cerebral, avança o site Saúde na Internet.
Células Estaminais no tratamento da Cegueira (pág.5)
Banco Público versus Banco Privado (pág.6)
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Março 2010
BEBÉ VIDA INFORMA
Células estaminais criam nova esperança contra leucemia
Investigadores portugueses e americanos, no âmbito do programa MIT-Portugal, estão
usar clinicamente células estaminais para neutralizar a rejeição de um transplante de
medula óssea. Uma técnica que aumenta a eficácia do combate contra a leucemia.
Uma investigação científica do programa MIT-Portugal pode ser a derradeira oportunidade
para doentes com leucemia. Para quem sofre de leucemia, encontrar um dador de medula
óssea compatível pode significar a cura. Mas, em cerca de 50% dos casos, surgem
episódios de rejeição que, em alguns doentes, podem ter consequências fatais. No âmbito
da parceria MIT-Portugal, investigadores portugueses e americanos estão a usar,
clinicamente, células estaminais que conseguem neutralizar a rejeição numa das suas
formas mais graves, conhecida como a doença contra o hospedeiro.
Ajudar o sistema imunológico
"Estas células mesenquimatosas podem ser isoladas a partir de vários tecidos do corpo
humano, mas no caso presente foram isoladas a partir da medula óssea. São células que
vão ajudar o sistema imunológico do paciente a responder relativamente a um
determinado tipo de doença, chamada doença contra o hospedeiro", garante Joaquim
Sampaio Cabral, o coordenador deste projecto. Cabe aos investigadores do Instituto de
Biotecnologia e Bioengenharia, do Instituto Superior Técnico, estudar a melhor maneira de
multiplicar estas células, e ao Centro Lusotransplante de Lisboa fazer com que
rapidamente se atinja o número a partir do qual se podem salvar vidas.
Cultura de células é essencial
Francisco Santos, investigador do Instituto de Biotecnologia e Bioengenharia, assegura que
"é preciso uma grande dose, porque a dose clínica que se tem estado a utilizar em Portugal
e na Europa é cerca de 1 a 2 milhões de células por quilograma de paciente, portanto,
chega-se a números de 80 milhões de células, que são bastante elevados e que só se
consegue com a cultura destas células". A triagem de doentes que poderão beneficiar
deste tratamento é da responsabilidade do IPO de Lisboa. O grupo José de Mello Saúde é
uma das empresas que tem contribuído para o financiamento desta investigação, e a
Associação Portuguesa Contra a Leucemia e o MIT-Portugal também têm angariado fundos
para este projecto cujos resultados são já uma realidade.
Doentes tratados com sucesso
Em Novembro de 2007 foi tratado com sucesso o primeiro caso de doença do enxerto
contra o hospedeiro, grave e resistente a todos os tratamentos e cujo desfecho sem o
recurso a este projecto seria fatal. Depois disso mais oito pacientes com doenças
hematológicas graves foram tratados com células estaminais com resultados positivos.
em 15 de Fevereiro de 2010
Fonte: SIC Notícias
Vídeo: http://www.bebevida.com/VidsFalarGlobal.asp
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Células Estaminais no tratamento da Paralisia Cerebral
O programa The Early Show emitido na CBS News, nos E.U.A. divulgou uma aplicação o
caso de Dallas Hextell, um menino com paralisia cerebral que fez um tratamento
experimental de sucesso com as células estaminais retiradas do sangue do cordão
umbilical, no momento do seu nascimento.
Fonte: The Early Show, CBS News, USA
Vídeo: http://www.bebevida.com/VidsPC.asp
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Tratamentos e Estudos com Células Estaminais do Sangue do Cordão Umbilical
Breve reportagem sobre os estudos que foram feitos desde o inicio da investigação das
aplicações terapêuticas das células estaminais do sangue do cordão umbilical nos EUA.
Fonte: Stemcellscure.info
Vídeo: http://www.bebevida.com/VidsCelulas5.asp
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Março 2010
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Paralisia cerebral: aprovado primeiro ensaio clínico com células estaminais
A entidade reguladora norte-americana do medicamento, a Food and Drug Administration
(FDA), aprovou o primeiro ensaio clínico controlado com o objectivo de determinar se uma
infusão de células estaminais do sangue do cordão umbilical pode melhorar a qualidade de
vida das crianças com paralisia cerebral, avança o site Saúde na Internet.
A paralisia cerebral, causada por uma lesão cerebral ou falta de oxigénio no cérebro antes
do nascimento ou durante os primeiros anos de vida, pode afectar o movimento,
aprendizagem, audição, visão e capacidades cognitivas. De acordo com o Centers for
Disease Control, 2 a 3 crianças em cada mil são afectadas por esta doença.
Segundo o líder da investigação, James Carroll, do Medical College of Georgia, nos EUA,
estudos prévios realizados em animais tinham indicado que as células estaminais
contribuíam para a recuperação das células danificadas do cérebro e substituíam aquelas
que tinham morrido.
Por outro lado, estudos anteriores também já tinham demonstrado uma melhoria
significativa nas crianças com paralisia cerebral três meses após a primeira infusão de
sangue do cordão umbilical.
Para este estudo, 40 crianças com uma idade compreendida entre os 2 e os doze anos irão
ser submetidas a um exame neurológico. Seguidamente, metade dos participantes
receberá uma infusão do seu próprio sangue do cordão umbilical, enquanto à outra
metade irá ser administrado um placebo. Três meses depois, as crianças voltarão ser
avaliadas sem que os médicos saibam que crianças receberam a infusão das células
estaminais. Numa fase posterior, as crianças pertencentes ao grupo de controlo também
irão receber a infusão.
Periodicamente, os investigadores vão avaliar as capacidades motoras e o
desenvolvimento neurológico das crianças.
Em comunicado de imprensa, James Carroll afirma que “Embora já várias terapias que
envolvem o uso de células estaminais do cordão umbilical tenham sido utilizadas com
sucesso nos últimos vinte anos, este estudo é inovador no que diz respeito ao
desenvolvimento de terapias para os danos cerebrais – uma condição que não tem cura
actualmente”.
em 15 de Fevereiro de 2010
Fonte: RCM Pharma em:
http://www.rcmpharma.com/news/6751/51/Paralisia-cerebral-aprovado-primeiro-ensaio-clinicocom-celulas-estaminais.html
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Células Estaminais no tratamento da Cegueira
As células estaminais também chamadas células-tronco, são células indiferenciadas, ou seja, não
possuem uma função determinada. Podem transformar-se em vários tipos de células diferentes,
através de um processo denominado “diferenciação”. A sua principal característica é a capacidade
de se transformar em vários tipos de tecidos que constituem o corpo humano. Elas podem ser de
dois tipos: embrionárias ou adultas. As embrionárias são aquelas que são retiradas do animal ainda
na fase de embrião. Como característica principal apresentam uma enorme capacidade de se
transformar em qualquer outro tipo de célula. As células estaminais adultas podem ser encontradas
em várias partes do corpo humano. As mais usadas para fins medicinais as células do cordão
umbilical, da placenta e da medula óssea. Para além da medula óssea, outros tecidos de onde se
podem extrair células estaminais adultas são a retina, a córnea, a polpa gengival, a pele, o fígado, o
tracto gastrointestinal e o pâncreas. Pelo facto de serem extraídas do próprio paciente, oferecem
pequeno risco de rejeição nos tratamentos médicos. A principal desvantagem em relação às células
estaminais embrionárias é a sua menor capacidade de transformação.
Os cientistas tem tentado encontrar a cura para várias doenças – Parkinson, Alzheimer, acidentes
vasculares cerebrais, a diabetes, doenças cardíacas e até mesmo a paralisia – utilizando as células
estaminais, especialmente as embrionárias mas em muitos países existem impedimentos legais para
a utilização destas células e outros ainda não possuem leis claras que regulem a investigação de
células estaminais humanas.
Em virtude destes impedimentos, as células estaminais mais utilizadas têm sido as adultas,
encontradas na medula óssea dos adultos, as quais têm o potencial de se diferenciarem em
diferentes linhagens celulares. Estas células têm a capacidade de se auto-renovar durante toda a
vida do organismo.
Tem havido investigações no sentido de manipular as células estaminais adultas para se
diferenciarem em células de diferentes tecidos tais como células nervosas, do cérebro, do fígado e
do coração.
As pesquisas no tratamento e cura de doenças com células estaminais, têm-se revelado auspiciosas.
Eis uma boa notícia, que traz esperança às pessoas invisuais ou que têm visão reduzida, publicada
no artigo Stem Cell Contact Lenses Cure Blindness in Less Than a Month de Adam Frucci. Foi
restabelecida a visão de três pessoas, duas cegas de um dos olhos e uma com visão muito reduzida
também num dos olhos, em menos de um mês, com lentes de contacto revestidas com cultura de
células estaminais.
Foram extraídas células estaminais dos olhos sãos, as quais foram cultivadas em lentes de contacto
durante 10 dias e depois colocadas nos respectivos pacientes. Dentro de 10 a 14 dias de utilização,
as células estaminais começaram a colonizar e a reparar a córnea.
O grau de recuperação da visão nestes três pacientes não foi igual. Os que tinham cegueira total,
passaram a conseguir ler letras grandes e o que tinha ainda alguma capacidade de visão passou a
ver normalmente.
A equipa de pesquisa está animada com os resultados mas ainda é cautelosa: ainda restam dúvidas
quanto a saber se a correcção da visão será permanente. Para já, é encorajador o facto de que os
pacientes tenham, não apenas recuperado a visão mas também tenham mantido a recuperação da
visão nos últimos 18 meses. A simplicidade da técnica e o seu baixo custo permitirá que
eventualmente ela seja levada a cabo em países com baixos recursos.
Fonte:
http://gizmodo.com/5277456/stem-cell-contact-lenses-cure-blindness-in-less-than-a-month
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Banco Público versus Banco Privado
A importância da criopreservação das células estaminais do sangue do cordão umbilical é um dado
inquestionável e que foi reforçado pelo próprio Estado Português quando, em 2009, criou o
primeiro Banco Público no nosso país.
É importante esclarecer, que os bancos públicos e privados são uma realidade em vários países.
Ambos são necessários pois os seus objectivos são distintos.
A BEBÉ VIDA acredita que o sangue do cordão umbilical deve ser guardado e que os bancos públicos
servem um propósito muito útil. Contudo, os pais devem estar completamente elucidados antes de
decidir doar o sangue do cordão umbilical do seu bebé a um banco público ou criopreservá-lo num
banco privado, para potencial uso familiar futuro.
É importante entender as diferenças antes de tomar uma decisão.
Banco Público
Banco Privado
Direito sobre as células
estaminais
Nenhum. O doador renúncia aos direitos
de posse do sangue do cordão umbilical.
O cliente é o proprietário das células
estaminais e todos os direitos sobre as
mesmas são exclusivos.
Custo
Serviço gratuito, dado estarmos perante
uma doação.
O cliente paga o serviço ao laboratório
de criopreservação.
Acesso às células
As células ficam ao dispor da
comunidade, não ficando ‘reservadas’
para uso exclusivo do doador.
Os pais têm a garantia que a amostra
está ao seu dispor e só poderá ser
utilizada mediante a autorização destes
ou do bebé, quando este atingir a
maioridade. Nos casos de medicina
regenerativa é muito importante que
os próprios tenham acesso às suas
próprias células.
Acesso à informação
A informação está ao dispor dos bancos
internacionais de doadores.
Toda a informação é confidencial.
Oportunidades terapêuticas
futuras
As células poderão não estar disponíveis.
As células estarão disponíveis para o
próprio, para qualquer terapia.
Disponibilidade da amostra
A localização de um doador compatível
pode demorar semanas ou meses. Muitas
vezes, poderá não se conseguir localizar
uma amostra compatível.
A amostra é
imediatamente.
Complicações associadas ao
transplante
Maior incidência de doença de Enxerto
contra Hospedeiro, em transplantes
alogénicos.
Em geral, há uma menor incidência da
doença de Enxerto contra Hospedeiro
(GVHD) quando o transplante ocorre
em contexto alogénico, pelo facto do
doador e do receptor serem
aparentados.
Compatibilidade
Varia. Pode ser difícil obter células
compatíveis, especialmente, para as
minorias étnicas e casais com identidade
mista.
Autólogo: 100% compatível
Entre irmãos: 25% de probabilidade de
compatibilidade.
disponibilizada
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