banking

Transcrição

banking
Resumo da Conferência &
Principais Conclusões
Serviços Financeiros para Áreas Rurais
Agent
Mobile
Linkage
BANKING
28 à 29 de Outubro de 2014
Maputo, Moçambique
ÍNDICE
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................ 1
AGENDA ................................................................................................................................................................. 3
DIA 1, Terça Feira, Dia 28 de Outubro de 2014.................................................................................................. 3
DIA 2, Quarta Feira, Dia 29 de Outubro de 2014 ................................................................................................ 4
AGENTES BANCÁRIOS ......................................................................................................................................... 6
Discurso de Sérgio José de Mesquita Gomes .................................................................................................... 6
Três Considerações Chave para a Criação de Redes de Agentes Bancários .................................................... 7
Assuntos Emergentes nos Agentes Bancários ................................................................................................... 8
Agente Bancário: Estratégias e Experiências do Gana e Índia ......................................................................... 10
FEIRA DE OPORTUNIDADES .............................................................................................................................. 11
Organizado por FSD Moç ................................................................................................................................. 11
DINHEIRO MÓVEL ............................................................................................................................................... 13
Modelos de Negócios Liderados pela Banca vs. Opeardores de Telefonia Móvel, Aspectos Regulamentares e
Operacionais ..................................................................................................................................................... 13
Desenvolvimentos de Dinheiro Móvel em Moçambique ................................................................................... 15
LIGAÇÃO FINANCEIRA ........................................................................................................................................ 16
Ligação Financeira: Estrategias e Experiências do Uganda e Índia ................................................................. 16
SERVIÇOS FINANCEIROS PARA ÁREAS RURAIS EM MOÇAMBIQUE ............................................................ 18
Diários Financeiros em Moçambique ................................................................................................................ 18
Desafios e Abordagens para Prestação de Serviços Financeiros em Moçambique Rural ............................... 19
SESSÃO DE CONCLUSÃO - REFLEXÃO DOS RESULTADOS & LIÇÕES APRENDIDAS ................................ 21
ENCERRAMENTO ................................................................................................................................................ 24
ANEXO .................................................................................................................................................................. 25
Biografias dos Participantes .............................................................................................................................. 25
Lista de Abreviaturas ........................................................................................................................................ 33
Lista de Participantes ........................................................................................................................................ 34
Fotos da Conferência ........................................................................................................................................ 39
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Serviços Financeiros para Áreas Rurais Agentes Bancários – Dinheiro Móvel – Ligação Financeira
Resumo da Conferência & Principais Conclusões
INTRODUÇÃO
Como podem os serviços financeiros alcançar as áreas rurais? O que funciona? Onde funciona? Quais são as
pré-condições? Estas perguntas foram discutidas em Maputo, Moçambique, nos dias 28 e 29 de Outubro de
2014 entre 130 participantes de bancos comerciais, bancos de micro finanças, operadores de dinheiro móvel,
bancos centrais, ONGs, empresas de programação e comunidade de doadores internacionais.
A nível global, clientes de baixa renda tem dificuldade de serem atingidos pois não são prioridades para os
bancos. Em Moçambique, isto reflecte-se no facto de apenas 11% da população adulta (Finscope Mozambique,
2009) ter acesso aos serviços financeiros formais, tais como contas bancárias, contas poupanças, empréstimos
e serviços de transferências – um nível muito baixo comparado a outros países Africanos. Isto é devido a níveis
de educação muito baixa no geral, e da educação financeira em particular, e acima de tudo a falta de instituições
financeiras nas áreas rurais. Actualmente, existem cerca de sete vezes mais sucursais de bancos em áreas
urbanas e cidades do que em áreas rurais. Por causa da dificuldade de encontrar uma agência bancária,mais de
100,000 pessoas juntaram-se a grupos de poupanças e empréstimos informais. Independentemente disso, o
potêncial de crescimento de MSMEs e o desenvolvimento económico da população são severamente
constrangidos pela falta de acesso aos serviços financeiros.
Contudo, novas tecnologias e modelos de negócios parecem promissores para ultrapassar esta situação.
Agentes bancários trazem serviços financeiros formais mais próximos a população rural de baixa renda. Dinheiro
móvel oferece serviços financeiros básicos com fácil acesso e requisitos CSC (Conheça Seu Cliente) reduzidos.
A ligação financeira usa grupos de poupanças e empréstimos informais existentes e liga-os a uma conta
bancária formal.
Durante a conferência, estes três mecanismos
para inclusão financeira foram discutidos e foi
analisado como funciona, onde funciona, e sob
que condições. O principal objectivo da
conferência era de compartilhar experiências
entre instituições financeiras, reguladores,
operadores de telefonia móvels e provedores
de terceira parte de Moçambique e outros
países.
Foram
apresentadas
experiências
internacionais e discutiu-se como estas
Veja o video de introdução no YouTube
experiências poderiam ser aplicadas no
contexto Moçambicano; e sob que pré-condições estes serviços financeiros funcionariam. Do Brasil, aprendeuse sob a perspectiva reguladora dos agentes bancários; do Gana, aprendeu-se sobre como um banco comercial
implementa a a banca através de agentes; da Índia, aprendeu-se sobre um modelo de negócio para agentes
(e.x. correspondentes de negócios); e do Quénia, aprendeu-se de como agentes bancários diferenciam-se de
agentes de dinheiro móvel.
GSMA, a associação global das telecomunicações, trouxe uma perspectiva global de dinheiro móvel e melhores
práticas para a conferência em Maputo, concentrando-se em modelos de negócios de dinheiro móvel. Junto com
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Serviços Financeiros para Áreas Rurais Agentes Bancários – Dinheiro Móvel – Ligação Financeira
Resumo da Conferência & Principais Conclusões
os representantes dos dois operadores do dinheiro móvel em Moçambique, discutimos o que seria necessário
para que o dinheiro móvel descolasse e qual seria a ‘aplicação assassina’ para Moçambique. Uganda e Índia
apresentaram suas experiências de ligação financeira, ambos de uma perspectiva micro e macro, e mostraram o
como este pode funcionar em zonas geográficamente difíceis. Finalmente, dados existentes e vindouros para a
distribuição de serviços financeiros em áreas rurais Moçambicanas foi apresentado e os painelistas de todos
sectores (governo, ONG, banca, dinheiro móvel e investigação) discutiram as abordagens existentes.
A sessão ‘Feira de Oportunidades’ deu a chance das empresas apresentarem seus productos e serviços,
variando de criadores de programas para gestores de rede de agentes. Numa exposição, os participantes da
conferência tiveram a chance de se informarem sobre os produtos e serviços oferecidos e iniciarem com
negócios.
A conclusão geral da conferência enfatizou
a forte necessidade de parcerias entre todos
sectores. Foi reconhecido que o mesmo
desafio era grande para ser enfrentado por
um único actor . Parcerias entre bancos e
operadores de telefonia móvel, governo,
sociedade civil e doadores seriam
necessário para fazer funcionar os serviços
financeiros
nas
áreas
rurais
de
Moçambique.
Uma lista de todos oradores, painelistas e
moderadores, bem como participantes da Filme "Desafios da Inclusão Financeira em Moçambique" no YouTube
conferência, podem ser achados no fim do
presente documento.
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Serviços Financeiros para Áreas Rurais Agentes Bancários – Dinheiro Móvel – Ligação Financeira
Resumo da Conferência & Principais Conclusões
AGENDA
DIA 1, TERÇA FEIRA, DIA 28 DE OUTUBRO DE 2014
08.30 – 09.00
Registo dos Participantes
09.00 – 09.15
Boas vindas e Abertura
Shaida Seni (Mestre de Ceremônias)
Michael Tröster (Embaixada da Alemanha)
Agentes Bancários
09.15 – 09.45
09.45 – 10.45
10.45 – 11.15
11.15 – 12.45
12.45 – 14.00
14.00 – 15.00
Discurso
Aspectos Regulamentares dos Agentes Bancários
Vantagens e Desvantagens do Modelo Brasileiro de
Agentes Bancários
Apresentação
Três considerações chaves a ter em conta pelos bancos
na construção de redes de agentes
Intervalo de Café
Painel de Discussão
Questões emergentes sobre Agentes Bancários

Quais as estrátegias que os bancos utilizam
para desenvolver grandes redes de agentes, e
como elas se comparam as seguidas pelas
operadoras de dinheiro móvel?

Quão longe pode um agente bancário ir nas
zonas rurais?
Intervalo de Almoço
Apresentação e Discussão
Agentes Bancários: Estratégias e Experiências de Ghana
e India
Sérgio José de Mesquita Gomes
(Banco Central do Brasil)
Mike McCaffrey
(Helix Institute of Digital Finance)
Sérgio José de Mesquita Gomes
(Banco Central do Brasil)
Mike McCaffrey (Helix Institute of Digital Finance)
Merene Botsio (Fidelity Bank Ghana)
Moderado por Annabel Schiff (Helix Institute of Digital
Finance)
Merene Botsio (Fidelity Bank Ghana)
C P Mohan (NABARD India)
Moderado por Mike McCaffrey (Helix Institute of Digital
Finance)
Feira de Oportunidades
15.00 – 15.30
15.30 – 17.00
Intervalo de Café
B2B Market Place / Feira de Oportunidades
Moderado por Anne Marie Chidzero (FSD Moç)
17.00 – 17.15
Sessão de Conclusão
William Diaz Alvarado (GIZ Moçambique)
18.00 – 20.00
Cocktail com apresentação de danças Moçambicanas
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Serviços Financeiros para Áreas Rurais Agentes Bancários – Dinheiro Móvel – Ligação Financeira
Resumo da Conferência & Principais Conclusões
DIA 2, QUARTA FEIRA, DIA 29 DE OUTUBRO DE 2014
Dinheiro Móvel
08.30 – 09.00
09.00 – 10.00
Apresentação
Brian Muthiora (GSMA)
Modelos de negócios de Dinheiro Móvel - Liderados pela
Banca vs. Liderados pelos Operadores de Dinheiro Móvel
Aspectos Regulamentares e Operacionais
Painel de Discussão
Brian Muthiora (GSMA)
Desenvolvimento do Dinheiro Móvel em Moçambique
Dylan Lennox (M-Pesa Moçambique)
Abubacar Chutumia (Carteira Móvel)
Moderado por Brigit Helms (USAID SPEED)
10.00 – 10.30
Intervalo de Café
Ligação Financeira
10.30 – 12.30
12.30 – 14.00
Apresentação & Discussão
Ligação Financeira: Estratégias e Experiências de Uganda
e India
Michael Jjingo (Centenary Bank Uganda)
C P Mohan (NABARD India)
Moderado por Kathryn Larcombe (Banco Oportunidade de
Moçambique)
Intervalo de Almoço
Serviços Financeiros para Áreas Rurais em Moçambique
14.00 – 14.30
14.30 – 15.30
Apresentação
”Diários Financeiros” em Moçambique
Quais são as ferramentas financeiras dísponiveis para as
famílias pobres gerirem o seu dinheiro?
Painel de Discussão
Desafios e abordagens para a prestação de serviços
financeiros nas zonas rurais em Moçambique
Henriqueta Hunguana (ICC Moçambique)
Leia Bila (Ministério da Administração Estatal)
Kathryn Larcombe (Banco Oportunidade de Moçambique)
Manuel Queiroz (ADEM)
Rob Bakker (Kambeny Financial Services)
Que ferramentas financeiras estão disponíveis e quais são Henriqueta Hunguana (ICC Moçambique)
necessárias para atingir a população rural de baixa renda?
Moderado por William Diaz Alvarado (GIZ
Moçambique))
15.30 – 16.00
16.00 – 17.00
Intervalo de Café
Sessão de Conclusão
Reflexões dos Resultados e Lições aprendidas
Brigit Helms (USAID SPEED)
17.00 – 17.15
Encerramento
William Diaz Alvarado (GIZ Moçambique)
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Serviços Financeiros para Áreas Rurais Agentes Bancários – Dinheiro Móvel – Ligação Financeira
Resumo da Conferência & Principais Conclusões
DISCURSO DE BOA VINDAS POR MICHAEL TRÖSTER
CHEFE DA COOPERAÇÃO, EMBAIXADA DA ALEMANHA, MAPUTO
Michael Tröster, Chefe da Cooperação na Embaixada da Alemanha em Maputo, desejou boa vindas a todos
participantes da conferência e sublinhou a oportunidade que a mesma apresenta para compartilharem
experiências, discutir novas abordagens, e networking – tudo com o objectivo final de aumentar a inclusão
financeira nas áreas rurais. Mais adiante, ele afirmou que 3 mil milhões de pessoas a volta do mundo tem um
telefone, mas apenas 2 mil milhões tem conta bancária. Isto enfatiza a grande oportunidade dos serviços
financeiros digitais, tais como dinheiro móvel. Estas novas tecnologias têm o potencial de mudar como lidamos
com dinheiro. Ele afirmou “Ter um telemóvel hoje pode ser similar a ter um banco nas suas mãos.”
Estas tecnologias e abordagens são especialmente relevantes para o contexto Moçambicano: 80% da
população Moçambicana vive em áreas rurais. De acordo com o estudo da FinScope de 2009, apenas 11% tem
acesso a serviços financeiros formais. Contudo, 77% da população com esse acesso vivem em áreas urbanas e
cidades. Isto significa que apenas 4.2% da população rural tem acesso a serviços financeiro formais.
Michael Tröster continuou a citar alguns factos que destacam a importância de expandir os serviços financeiros
nas áreas rurais em Moçambique. Por exemplo, em 2012 existiam 529 sucursais bancárias, 395 dos quais em
zonas urbanas, e 191 na Cidade de Maputo apenas. Isto significa que apenas 134 sucursais bancárias estavam
espalhadas para 63 distritos por todo pais.
Porque o acesso aos serviços financeiros tem um impacto importante no desenvolvimento económico e social, a
Cooperação Alemã apoia o desenvolvimento de um sector financeiro inclusivo em Moçambique, especialmente
em áreas rurais.
Uma pré-condição para o sector financeiro expandir para
as áreas rurais é um ambiente regulador favorável. Com
relação a isto, Moçambique esta num bom caminho. Em
Abril de 2013, o Conselho de Ministros aprovou a
Estratégia de Desenvolvimento do Sector Financeiro com o
objectivo de fortalecer, aprofundar e expandir o sector
financeiro em Moçambique. Alem disso, Mozambique está
a desenvolver uma Estratégia Nacional de Inclusão
Financeira e na semana passada o governo Moçambicano
lançou seu Programa de Educação Financeira.
O Governo Alemão pretende apoiar Moçambique na
implementação destas estratégias e programas e também
coopera com o sector privado, ex. bancos, e sociedade
civil. Ele destacou que um esforço coordenado será
necessário para atingir altos níveis de inclusão financeira e
que precisaremos de um sector financeiro que gostaria de
experimentar e pilotar novos modelos de negócios.
Michael concluiu agradecendo em especial aos convidados
Michael Tröster, Embaixada da Alemanha em Maputo
do exterior por compartilhar suas experiências durante o
decurso da conferência.
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Serviços Financeiros para Áreas Rurais Agentes Bancários – Dinheiro Móvel – Ligação Financeira
Resumo da Conferência & Principais Conclusões
AGENTES BANCÁRIOS
DISCURSO DE SÉRGIO JOSÉ DE MESQUITA GOMES
Aspectos Reguladores de Agente Bancário – Vantagens e Desvantagens do Modelo Brasileiro
de Agente Bancário
Durante o seu discurso, de Sérgio de Mesquita Gomes discutiu as vantagens e desvantagens do modelo
Brasileiro de Agente Bancário de uma perspectiva reguladora. Inicialmente, ele explicou a experiência do Brasil;
olhando na densidade populacional, divisão rural/urbana, e a importância do Agente Bancário para inclusão
financeira. Por exemplo, 34% das cidades Brasileiras não têm balcões bancários, masapenas 4.2% não pode
prestar serviços financeiros a sua população. Isto é devido a alta presença de agentes bancários no Brasil. Entre
2001 e 2014, o número de agentes bancários aumentou de 69,929 para 329,887.
Outro aspecto importante é do Banco Central do Brasil exigir que seus agentes retenham certos padrões de
qualidade, especialmente no que concerne o atendimento do cliente, integridade, confidencialidade e
cumprimento das leis e regulamentos.
O modelo brasileiro de agente bancário funciona como o
seguinte: um agente pode ser contratado por qualquer
banco e também por mais do que um banco, o que significa
que ele não tem que dar exclusividade a uma instituição
financeira. Os serviços que os agentes são permitidos a
oferecer incluem receber e encaminhar a documentação
para abertura de conta, depósitos nas contas bancárias
existentes, pagamentos de contas de água, electricidade e
gás, e troca de remessas até 10,000 doláres americanos,
entre outros.
Sérgio de Mesquita Gomes, Banco Central do Brasil
A principal vantagem da banca através de agentes são
custos de infraestruturas reduzidos para os bancos,
enquanto ao mesmo tempo mantém os bancos responsáveis
das transacções. Contudo, também existem desafios,
especialmente relacionados com a qualidade da prestação
de serviços, riscos de fraude e riscos de lavagem de
dinheiro.
Para mitigar estes riscos o Banco Central do Brasil toma a seguinte abordagem: ele supervisiona a instituição
financeira, que por sua vez controla o agente. O Banco Central concentra-se na qualidade do serviço prestado,
operações irregulares e uso ilegal dos serviços financeiros. Para isto, faz visitas aos locais dos agentes e
também toma medidas preventivas onde possível.
Sérgio de Mesquita Gomes concluiu que o crescimento contínuo do número de agentes no Brasil e o
crescimento de transacções de agentes ao longo do tempo são a prova da confiança que os clientes dão ao
modelo Brasileiro de agente bancário.
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Serviços Financeiros para Áreas Rurais Agentes Bancários – Dinheiro Móvel – Ligação Financeira
Resumo da Conferência & Principais Conclusões
APRESENTAÇÃO
TRÊS CONSIDERAÇÕES CHAVE PARA A CRIAÇÃO DE REDES DE AGENTES BANCÁRIOS
Mike McCaffrey, The Helix Institute of Digital Finance
Mike McCaffrey, Chefe de Finanças Digitais na MicroSave, baseado em Nairobi, Quénia, apresentou três
considerações chaves que os bancos devem ter em conta quando pretendem criar redes de agentes. A
MicroSave realiza investigações sobre agentes e gestão de agentes em quarto países Africanos, depois agrega
e integra os dados em cursos de aceleradores de rede de agentes ministrados pelo The Helix Institute of Digital
Finance. As seguintes reflexõesbaseam-se em
centenas de entrevistas realizadas com agentes. Mike
McCaffrey declarou que o sistema de venda de
recargas e os orçamentos disponíveis em operadores
de telefonia móvel oferece vantagens sobre os
bancos no desenvolvimento de redes de agentes.
Além disso, os bancos não possuem experiência em
distribuição. As três considerações chaves para os
bancos ao desenvolver redes de agente são: (1) A
proposição de valor para ancorar os seus serviços; (2)
a estrutura do pessoal e de gestão do banco; e (3) o
carácter dos agentes. Com relação ao primeiro ponto,
ele sublinhou a importância do iniciar com níveis
baixos: serviços que o banco já conhece, como
desembolso de salários. Com relação a estrutura do
pessoal e gestão do banco, Mike McCaffrey não
apenas sublinhou a importância de ter um pessoal
suficiente para gerir os agentes, mas também
enalteceu o tipo de pessoas que melhor trabalham
com redes de agentes. Enquanto, funcionários Mike McCaffrey - The Helix Institute of Digital Finance
bancários são formados para serem muito prudentes
e cuidadosos, os melhores gestores de rede de agentes tem uma experiência em BCMR (bens de consumo e
movimentação rápida). A tabela abaixo mostra as similaridades e diferenças entre BCMR e serviços financeiros
digitais (SFD), que enaltece a importância de tomar em conta empresas com experiência em BCMR (tais como a
CocaCola) ao desenvolver uma rede de agentes.
Conceito
Entender o cliente
Conhecimento do número de
lojas
Politica de Serviço ao Cliente
Investimento Sustentável
Rotinas e Processos de
Gestão
BCMR
Entender a abilidade disposição
de pagar
Tentar integrar todos
SFD
Entender a direcção e velocidade das
transações
Selecção de um canal insicivo
Garantia do produto e política de
devolução
Entender vendas & logisticas
Politíca de reversão e politicas de
linhas de clientes
Entender vendas & finanças
Gestão do Estoque
Gestão do Float
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Serviços Financeiros para Áreas Rurais Agentes Bancários – Dinheiro Móvel – Ligação Financeira
Resumo da Conferência & Principais Conclusões
Mike McCaffrey explicou a partir desta tabela que as grandes diferenças entre SFD e BCMR é que BCMR geri
estoque, o que pode ser feito semanalmente ou mesmo mensalmente, enquanto no SFD geri-se o float, o que
tem que ser feito diariamente. Outra diferença é que os clientes poderiam querer maior privacidade ao lidar com
SFD comparado com quando eles compram shampoo. No entanto, fora disso, o modelo de distribuição e gestão
é basicamente o mesmo.
O ponto final da apresentação olhou para as características dos agentes. É importante que os agentes comecem
de pequeno e subam de escala depois, usando clientes bancários existentes, tais como SMEs como primeiros
agentes. Ele enfatizou que “qualidade vem muito antes de escalar a quantidade.”
Como conclusão, os bancos não estão especializados em mover dinheiro em espaços geográficos. Assim,
transferências de pessoa para pessoa (P2P) não é um produto ideal para iniciar a banca através de agentes.
Históricamente, os bancos não oferecem produtos a segmentos do mercado de massa, e por tanto não
desenvolveram sistemas de distribuição adequados. Desenvolver estas redes requer pessoal maior e com
conhecimento especializado, assim sendo, os bancos devem contratar este tipo de especialistas, do que fazé-lo
por si próprio. Finalmente, os agentes são a cara dos serviços dos bancos e representam a marca da empresa.
Marcas de bancos devem ter altos níveis de confiança com os clientes e no entanto precisam de representantes
que possam manter a confiança. Isto significa que os bancos devem concentrar-se mais profundamente na
qualidade dos agentes nas suas redes.
DISCUSSÃO DO PAINEL
ASSUNTOS EMERGENTES NOS AGENTES BANCÁRIOS
Com Sérgio José de Mesquita Gomes, Mike McCaffrey, Merene Botsio e Annabel Schiff
Os painelistas trouxeram experiências da perspectiva reguladora, investigativa e do sector privado. Sérgio José
de Mesquita Gomes do Banco Central do Brazil apresentou o ponto de vista de regulador. Mike McCaffrey de
The Helix Institute of Digital Finance, realizou investigações em 8 países Africanos e Asiáticos, entrevistando
20,000 agentes. Merene Botsio contribuiu com a sua experiência no Fidelity Bank Ghana, o primeiro e até agora
o único banco no Gana engajado no agente bancário. A sessão foi moderada por Annabel Schiff, também do
Instituto de The Helix Institute of Digital Finance.
A primeira questão que os painelistas discutiram era até que ponto pode se estender o agente bancário nas
áreas rurais. Na discussão tornou-se claro que os bancos muita das vezes usam as sucursais como ponto
central para os agentes e que muitos agentes bancários estão relativamente próximos das sucursais bancárias.
Isto limita o alcance dos agentes nas áreas rurais. Contudo, o exemplo do Brasil também mostra que a
localização do agente depende muito dos serviços que o agente oferece. Se o banco apenas oferece pagamento
de contas a partir dos agentes, eles podem estender-se mais para as áreas rurais. Enquanto, se os agentes
oferecem serviços bancários como crédito, a localização é um factor de limitação.
O painel depois discutiu as principais diferenças entre tercialização e desenvolvimento de uma rede de agentes.
Mais uma vez, o Brasil, mostrou-nos que os tipos de serviços financeiros que são oferecidos a partir do agente
são um factor significante. Quanto mais arriscado os serviços financeiros, mais controlo o banco precisa ter sob
seus agentes. Esta noção foi exposta por Mike McCaffery, que disse que a consideração mais importante é o
desejo da organização de controlar a rede. Contudo, duma perspectiva de um ecossistema, a tercrialização é o
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Serviços Financeiros para Áreas Rurais Agentes Bancários – Dinheiro Móvel – Ligação Financeira
Resumo da Conferência & Principais Conclusões
caminho mais eficiente de criar redes de agentes, especialmente para bancos pois eles não sãonegócios de
distribuição em massa.
Depois
disso,
o
debate
concentrou-se
nos
factores
contribuintes que ajudam a gerir
as redes de agentes nas áreas
rurais. Merene Botsio enfatizou
que a selecção dos agentes é
critica. Os agentes deviam ser
membros de confiança da
comunidade. Mais adiante, é
extremamente importante ter o
sistema de incentivo certo para
que os agentes mantenham
interesse na operação. Esta
Sérgio de Mesquita Gomes, Mike McCaffrey, Merene Botsio, Annabel Schiff
opinião foi fortemente apoiada por
outros painelistas. No Brasil existem critérios claros para selecção de agentes, o que se defere de acordo com
os servicos os agentes irão providenciar.. E também importante ter critérios claros para desactivar e tirar a marca
dos agentes quando eles são inactivos. Numa escala global, inactividade é um grande problema. Apenas 12%
de todos agentes são activos e isto é por causa de gestores de rede de agentes não passarem tempo suficiente
na estratégia e selecção de agentes. Precisa ser analisado o grupo demográfico do canal que pode distribuir
melhor o produto.. Além disso, há necessidade de ter um sistema de assistência, geralmente uma central de
chamadas e visitas frequentes ao local. Isto é vital para manter os agentes activos. No que concernente a
selecção de agentes, Mike sublinhou que os gestores de agentes são importantes. Pessoas trabalhando nos
bancos são geralmente muito prudentes e tentam minimizar os riscos. Pessoas com experiências diferentes tais
como negócios de telecomunicação ou BCMR são mais aptas para tomar decisões que podem funcionar bem
em larga, mas também levam a erros. Após 10 anos de experiência com agente bancário no Brasil, Sérgio de
Mesquita Gomes concordou com isto. É fácil perder a vista para a inovação sendo constantemente auditados e
controlados. A troca é entre velocidade vs. escala, e inovação vs. segurança.
Após isso, Annabel Schiff, a moderadora, desafiou o painel da necessidade de existir regulamentos diferentes
para agentes rurais e/ou clientes rurais ou de baixa renda? No Brasil, isto já acontece: contas que são
transaccionadas abaixo de 700 doláres americanos por mês não precisam providenciar nenhuma documentação
e toda informação dada ao provedor de serviços financeiros é declarada pelo cliente, mas não é verificado pelo
banco. Os painelistas também debateram que regulamentos existentes em muitos países relacionam-se a
infraestruturas bancárias físicas. Não é possível manter isto quando engajadando-se em agentes bancários e
banca rural no geral. Contudo, a demanda de serviços financeiros existe nas áreas rurais, o que é a précondição mais importante ao expandir para as zonas rurais. Ainda assim, ‘tornar-se rural’ é desafiador, como
Merene Botsio declara: “Ir para as zonas rurais é um pesadelo logístico e extremamente caro.”
Finalmente, o debate concluiu que a maioria dos serviços financeiros digitais começam nas áreas urbanas e
movem-se para as áreas rurais depois. Parece que o único exemplo onde os provedores começaram em áreas
rurais é Paquistão, onde o Pagamento do Governo para Pessoas (G2P) está sendo feito por agentes. Também
depende muito dos produtos oferecidos. Os produtos devem ser adaptados às necessidades da população rural
para que o agenciamento bancário rural funcione.
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Serviços Financeiros para Áreas Rurais Agentes Bancários – Dinheiro Móvel – Ligação Financeira
Resumo da Conferência & Principais Conclusões
Na discussão com o plenário, o assunto de interoperabilidade entre contas móveis e bancariás foi considerado e
se o dinheiro móvel tem o potencial para competir com os serviços bancários de longo prazo. O debate concluiu
que inicialmente, os agentes precisam de sucursais bancárias para gerir a sua liquidez; e segundo, dinheiro
móvel está tentar substituir o dinheiro em numerário nas carteiras das pessoas, não suas contas bancárias.
Então os dois serviços são altamente complementares e a interoperabilidade é muito desejável.
APRESENTAÇÕES
AGENTE BANCÁRIO: ESTRATÉGIAS E EXPERIÊNCIAS DO GANA E ÍNDIA
Merene Botsio, Fidelity Bank Ghana & C P Mohan, NABARD Índia
Fidelity Bank é o primeiro e até agora o único banco no Gana trabalhando com agentes bancários. Merene
Botsio, responsável pelas Parcerias Estratégicas e RSE (Responsabilidade Social Empresarial), explicou como o
Fidelity Bank começou as operações de agente bancário. Antes de mais nada, é importante mencionar que
agente bancário é inclusão financeira e uma unidade inteira dentro do banco e não apenas uma medida RSE.
Isto é necessário para certificar a viabilidade comercial dos modelos de negócios. O Fidelity Bank é
tradicionalmente um banco de clientes da alta renda no Gana, e está usar os agentes bancários para atrair e
adequar-se aos mercados de baixo rendimento. O Fidelity Bank pilotou o modelo de negócios durante um
período de um ano com 24 agentes num ambiente urbano. O modelo era escalado apenas depois de ter
aprendido lições muito importantes durante
este período. De modo a fazer o modelo
adequado aos clientes alvos, o Fidelity Bank
contrata, treina e certifica comerciantes
tercializados para oferecer serviços bancários
em nome do Fidelity Bank. Além disso, o
Fidelity Bank também criou um produto
especial com requisitos CSC reduzidos. O
chamado “Smart Account” é uma conta de
pleno direito que requer apenas um B.I.
nacional válido e pode ser aberta dentro de 5
minutos usando um telemóvel. O modelo é Veja no YouTube
muito bem sucedido: dentro de um ano, o
Fidelity Bank recrutou mais de 300 agentes e abriu mais de 160,000 “Smart Accounts.” A chave para o sucesso
é a literacia financeira para clientes e agentes. Contudo, desafios continuam: conectividade é um problema,
mesmo nas zonas urbanas. Fazer dos agentes lucrativos e mante-los com cometimento é outro desafio
constante. Ainda assim, agentes bancários são comercialmente viáveis e têm um impacto significante nageração
de receitas do banco, bem como assegura uma vasta presença a nível nacional.
Subsequentemente, C P Mohan, Gerente Chefe Geral na NABARD, apresentou um modelo de negócios
correspondente na Índia como uma forma eficaz de alcançar a população financeiramente excluída. Neste
modelo, correspondentes de negócios ou agentes servem como intermediários para ligar pessoas sem relações
com a banca a rede bancária. Os correspondentes de negócios prestam uma série de serviços financeiros e não
financeiros. Serviços não financeiros são, por exemplo, concientização, colecta e processamento preliminar de
documentação de empréstimos. Os serviços financeiros providenciados pelos correspondentes incluem
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Serviços Financeiros para Áreas Rurais Agentes Bancários – Dinheiro Móvel – Ligação Financeira
Resumo da Conferência & Principais Conclusões
depósitos e levantamentos de valores, desembolsos e re-pagamento de microcréditos, e vendas de micro
seguros. Correspondentes de negócios (CN) podem ser empresas, ONGs, indivíduos específicos e funcionários
autorizados de grupos de poupanças e créditos bem sucedidas e ligados aos bancos. Cada correspondente de
negocio está ligado a uma sucursal bancária designada, onde a distância entre o CN e a sucursal bancária é
definida pelo regulador. O modelo é bem sucedido: actualmente existem oito vezes mais correspondentes de
negócios que sucursais bancários na Índia, e os depósitos feitos com CN duplicaram de 303 mil mihões de
dólares americanos em Marco de 2013 para 650 milhões até Março de 2014.
A discussão da plenária das duas apresentações passou
entre assuntos da literacia financeira e formação de
agentes, e um controlo de agentes e padrão de qualidade.
Houve um consenso geral que a literacia financeira é o
factor chave e deveria ser tratado á vários níveis. Antes de
mais nada, a literacia financeira deve de certa forma ser
integrada em produtos, de modo a manter os custos baixos.
Mais adiante, estruturas existentes, tais como grupos de
poupança e crédito deveriam ser utilizados uma vez que
estes apresentam uma vantagem fulcral de já estarem em
zonas remotas e com confiança dos clientes. Mas os
agentes como ponto de contacto directo são cruciais.
Portanto, a formação de agentes é extremamente
importante. No Gana, o Fidelity Bank desenvolveu vídeos de
formação que são instalados nos smartphones dos agentes,
de modo a que eles possam ter um treino contínuo. No
concernente ao controlo de agentes, o Sr. Mohan enfatizou que em muitos países, agentes não providenciam
serviços bancários complexos. Por tanto, os riscos gerais são baixos e o controlo não deve condicionar a sua
expansão.
C P Mohan, NABARD
FEIRA DE OPORTUNIDADES
ORGANIZADO POR FSD MOÇ
A Feira de Oportunidades B2B tem intenção de juntar provedores de serviços na área de pagamentos, bem
como outras tecnologias, com o objectivo de apresentar soluções de Mercado para possibilitar provedores de
serviços financeiros e outras partes interessadas de alcançar o mercado não bancarizado com soluções
inovadoras e de custos eficazes. Uma exibição possibilitou as empresas de apresentar os seus produtos e
serviços a todos participantes da conferência, em particular aos representantes dos bancos e operadores de
dinheiro móvel. Mais adiante, a Feira de Oportunidades permitiu aos provedores de serviços financeiros
ganharem conhecimentos de diferentes soluções que o mercado oferece e providenciou um espaço para
networking.
Durante a sessão de apresentação, cada empresa teve exactamente 4 minutos de apresentar-se a audiência da
conferência com seus produtos e serviços.
11
Serviços Financeiros para Áreas Rurais Agentes Bancários – Dinheiro Móvel – Ligação Financeira
Resumo da Conferência & Principais Conclusões
 Oradian é uma empresa baseada na Croácia que oferece um sistema central bancário baseado num
cloud – Instafin. Durante o curto tempo de apresentação, serviu 5 pessoas!
 Tacheyon está baseada na África do Sul e trabalha com bancos, bancos centrais e departamentos
governamentais em toda a África, oferecendo dados electrónicos e sistema de pagamento chamado EDAPT.
 Wizzit, também baseada na África do Sul, oferece uma plataforma de banco móvel. Na plataforma,
clientes tem a escolha de usar USSD, WAP, J2ME, BlackBerry, iPhone e Android. A solução pode
também ligar telemóveis ao cartões de crédito e débito de Maestro/Visa e outros..
 Comza está baseada nas Maurícias e é um provedor de soluções adicionado para as empresas de
telecomunicações, instituições financeiras e sectores relacionados. A Comza apresentou dois produtos
para audiência: ComzaXtraCash e Next Gen Mobile Financial Platform.
 Techno Brain é uma empresa IT baseada em Moçambique e oferece soluções IT e produtos nas áreas
de gestão de identidade, consultoria ICT, automação de negócios, infraestrutura IT, entre outros.
 Fluxo Control é uma empresa de consultoria Moçambicana, especializada na implementação de
dinheiro móvel, mudança organizacional nas empresas de ICT e criação de sistemas de central de
chamadas na industria de cuidados caseiros.
 UX é baseada em Moçambique e focaliza-se na criação de produtos e serviços de soluções IT para o
desenvolvimento industrial. A ideia é providenciar soluções auto sustentáveis, de longo prazo e dirigidas
ao Mercado para responder às necessidades de desenvolvimento.
12
Serviços Financeiros para Áreas Rurais Agentes Bancários – Dinheiro Móvel – Ligação Financeira
Resumo da Conferência & Principais Conclusões
DINHEIRO MÓVEL
APRESENTAÇÃO
MODELOS DE NEGÓCIOS LIDERADOS PELA BANCA VS. OPEARDORES DE TELEFONIA
MÓVEL, ASPECTOS REGULAMENTARES E OPERACIONAIS
Brian Muthiora, GSMA
Brian Muthiora, Especialista na GSMA Mobile Money baseado em Nairobi, começou sua apresentação com
alguns princípios básicos. Primeiro lembrou a audiência que o acesso a serviços financeiros formais e formas
seguras de poupar melhoram considerávelmente a vida dos desfavorecidos. Permite-lhes de gerir melhor os
riscos diários, aliviando os efeitos de choques financeiros, e possibilitando mais investimentos nas suas vidas.
Ele continuou explicando a distinção entre ‘ dinheiro móvel’ e ‘banco móvel.’ Quando falamos de banco móvel,
referimos-nos a extensão dos serviços bancários através de um telemóvel. Estes serviços são frequentemente
providenciados pelos bancos tradicionais, onde o telemóvel meramente serve como um canal. Dinheiro móvel,
de outro lado pode ser providenciado por instituições bancarias e não bancarias, e guarda dinheiro mas não
capta depósitos. Assim, aplicam-se princípios de pagamentos em vez de princípios de capitação de depósitos /
princípios bancários. Brian Muthiora define princípios de pagamento como os seguintes:
 Protecção – salvaguardar os fundos do cliente
 Segurança – isolamento de riscos de liquidez
 Eficiência – sistemas robustos, eficiência de custos, processamento de transacções em tempo real,
interoperabilidade
 Solidez – fundado em base jurídica sólida
 Acessibilidade – acesso financeiro
GSMA, Mobile Money for the Unbanked, State of the Industry 2013
13
De modo similar, agentes de
bancos e agentes de dinheiro
móvel também tem diferentes
características. A distinção mais
importante é de que agentes de
bancos aceitam depósitos em
nome do banco, enquanto
agentes de dinheiro móvel
trocam dinheiro electrónico
(float) por dinheiro. É importante
que esta transacção não seja
um depósito, mas basicamente
uma compra. Um cliente leva
seu dinheiro e compra dinheiro
electrónico com ele.
Serviços Financeiros para Áreas Rurais Agentes Bancários – Dinheiro Móvel – Ligação Financeira
Resumo da Conferência & Principais Conclusões
Após clarificar estes princípios básicos, Brian Muthiora olhou para a oportunidade de dinheiro móvel em
Moçambique e globalmente. De uma população de 25 milhões, apenas 11% de Moçambicanos tem acesso a
serviços financeiros formais, no entanto existam 9 mil milhões de subscritores de telefonia móvel. Podemos
observar a mesma tendência a nível global. Dos 2.5 mil milhões de pessoas no mundo que ainda não tem
acesso ao sistema financeiro, 1.7 mil milhões já tem um telemóvel. Provedores de serviços móveis identificaram
o potencial e novos serviços de dinheiro móvel iniciam cada ano. Actualmente existem 219 serviços de dinheiro
móvel em 84 países. Com o aumento do número de serviços de dinheiro móvel, tambem aumenta o potencial
para a interoperabilidade,
como mostra o mapa
acima. As oportunidades
tornam-se mais evidentes
quando consideramos os
seguintes factos: em 43
países
existem
mais
pontos de venda de
dinheiro
móvel
que
sucursais bancárias e em 9
mercados há mais contas
de dinheiro móvel que
contas
bancárias.
9
serviços de dinheiro móvel
ultrapassaram o limiar de 1
millhão de usuários activos.
Brian Muthiora, GSMA
Em jeito de conclusão, Brian Muthiora apresentou os princípios reguladores chave para condicções equivativas e
abertas. Estes incluem:
 Devia ser encorajada a diversidade de métodos de pagamento
 Instituições bancárias e não bancárias devem ser permitidas de providenciar serviços de dinheiro
móvel, especialmente operadores de telefonia móvel.
 Providores devem ser exigido a delimitação dos fundos colocadas com um zelador (normalmente um
fideicomissário)
 Com relação as devidas diligencias do cliente, a regulação deveria permitir agentes registrarem o
clientes remotamente por uso de registos de SIM.
 A regulação deveria permitir terciailização de serviços de numerário e registo de clientes enquanto
baixa os custos, e expande o alcance, aumentando assim a inclusão financeira.
 Operadores deveriam ser responsáveis pelo comportamento e acções dos seus agentes.
 Os sistemas deveriam ser capazes de trocar valores / interoperabilidade
14
Serviços Financeiros para Áreas Rurais Agentes Bancários – Dinheiro Móvel – Ligação Financeira
Resumo da Conferência & Principais Conclusões
PAINEL DE DISCUSSÃO
DESENVOLVIMENTOS DE DINHEIRO MÓVEL EM MOÇAMBIQUE
Com Brian Muthiora, Abubacar Chutumia, Dylan Lennox e Brigit Helms
O painel combinou profissionais de dinheiro móvel de Moçambique, bem como especialistas internacionais.
Brian Muthiora de GSMA Mobile Money apresentou um ângulo da indústria global, enquanto Abubacar
Chutumia, PCA do serviço de dinheiro móvel Carteira Móvel – mKesh, e Dylan Lennox, PCA de serviços de
dinheiro móvel Vodafone M-Pesa, contribuiram com sua experiência prática em Moçambique. A sessão foi
moderada por Brigit Helms, uma especialista internacional de renome sobre inclusão financeira.
No contexto das lições apresentadas durante a conferência até agora, especialmente na apresentação de Brian
Muthiora, os painelistas discutiram o que é relevante para Moçambique, e qual é o estado presente da indústria
de dinheiro móvel em Moçambique.
Abubacar Chutumia, PCA da Carteira Móvel, discutiu os grandes desafios da gestão da rede de agentes num
país como Moçambique, onde as distâncias são muito largas e a densidade populacional é muito baixa. Ele
explica a estratégia que a Carteira Móvel usou para tercializar a gestão da rede de agentes para super agentes.
Infelizmente, esta estratégia não foi tão bem sucedida como esperado e dos 3.000 agentes que foram
recrutados pela Carteira Móvel no principio da sua implantação, apenas 400 á 500 estão activos agora.
Dylan Lennox,PCA da Vodafone M-Pesa, enfatizou a importância de ter o apoio do quadro superior da empresa
para que o dinheiro móvel seja bem sucedido, porque mesmo com 100% de compromisso por parte da empresa,
levará 4 á 5 anos para fazer o dinheiro móvel bem sucedido e lucrativo. Mais em diante ele sublinhou a
importância da educação do cliente. As pessoas não devem saber apenas as características do produto, mas
também precisa-se mostrar as pessoas como usar o produto, como navegar no menu, etc.
No lado do cliente,
ambas empresas juntas
tem cerca de 500.000
clientes activos. Os
clientes activos são
definidos por ambas as
empresas como clientes
que tenham realizado
uma transacção que
gerou receitas dentro
dos últimos 30 dias.
Após discutir o estado
da indústria, o painel
discutiu
as
Brian Muthiora, Dylan Lennox, Abubacar Chutumia, Brigit Helms
oportunidades
para
Moçambique.
Todos
painelistas concordaram que a vasta exclusão financeira observada em Moçambique é a grande oportunidade
para o dinheiro móvel. Eles também concordaram que transferências P2P e pagamento de contas têm um
grande potencial de descolar neste momento. Ainda, os desafios também são consideráveis. A iliteracia, baixos
níveis de educação financeira e baixos níveis de saber usar tecnologias são alguns dos grandes
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Serviços Financeiros para Áreas Rurais Agentes Bancários – Dinheiro Móvel – Ligação Financeira
Resumo da Conferência & Principais Conclusões
constrangimentos. Se pessoas têm dificuldades de usar o menú ou simplesmente não podem ler as opções do
menú, isto exclui estes automaticamente de usarem o serviço.
Os painelistas, também enfatizaram a importância de desenvolver um ecossistema confiável. Ter uma
experiência ma com um serviço provavelmente ira impedir o cliente de experimentar outros serviços. Os bancos
maiores oferecem serviços de banca móvel e, portanto, devem abraçar o dinheiro móvel, não vê-lo como
concorrência. Ainda, os provedores de dinheiro móvel também sublinham a importância da sustentabilidade ao
entrar em parcerias. Não faz sentido fazer um projecto piloto, após outro se não conseguir que o serviço básico
seja comercialmente viável.
Subsequentemente, a plenária desafiou o painel com a seguinte questão: será que os produtos de dinheiro
móvel providenciados respondem as necessidades das pessoas? Parece que em casos bem sucedidos, como o
serviço pré-pago de electricidade Credelec, a educação financeira e iliteracia não foram um elemento proibitivo.
O ponto é que as pessoas são criativas e podem descobrir como usar os serviços que elas realmente precisam,
mesmo sem ser letradas. Este ponto foi bem recebido pelo painel.
O painel concluiu que o dinheiro móvel tem um grande potencial, mas é um negócio muito difícil. Isto reflecte-se
no facto deque apenas 15 das 200 implantações de dinheiro móvel a nível mundial são bem sucedidas.
.Contudo, os painelistas concordaram que Moçambique devia fazer parte desses 15 bem sucedidos, ou então,
tornar-se na dêcima sexta implantação de dinheiro móvel bem sucedida.
LIGAÇÃO FINANCEIRA
APRESENTAÇÕES
LIGAÇÃO FINANCEIRA: ESTRATEGIAS E EXPERIÊNCIAS DO UGANDA E ÍNDIA
Michael Jjingo, Centenary Bank Uganda & C P Mohan, NABARD India
O Centenary Bank começou há 30 anos atrás como SACCO (Savings and Credit Cooperative Organisation).
Hoje Centenary Bank está licenciado como banco comercial e tem 62 sucursais, 148 ATMs, 2.115 membros e
1,5 milhões de clientes. É o quarto maior banco no Uganda e tem a segunda maior rede de sucursais.
Começou com a abordagem de ligação
financeira na região de Karamoja, que é
uma área extremamente não atendida pelos
serviços financeiros com apenas 1% da
população usando servidos financeiros
formais. Dentro do sistema de ligação
financeira, Centenary Bank instalou
sucursais na região e engajou-se na
educação financeira, especialmente para
grupos de poupanças. Dentro de um ano,
conseguiram mobilizar 1.259 grupos de
poupanças, amotinando até 14.586
Michael Jjingo, Centenary Bank Uganda
16
Serviços Financeiros para Áreas Rurais Agentes Bancários – Dinheiro Móvel – Ligação Financeira
Resumo da Conferência & Principais Conclusões
indivíduos. No total, quase 1,5 milhões dedólares americanos foram depositados em contas de poupança. O
principal factor de sucesso foram as parcerias com uma variedade de partes interessadas, entre eles o governo
local, ONGs que promovem grupos de poupanças, e doadores para subsidiar o projecto. Contudo, o Centenary
Bank verificou que a literacia financeira e aconselhamento de grupos de poupança são críticos. Além disso,
grupos de poupanças são muito sensíveis ao custo e o propósito do valor para o cliente é outro elemento chave.
Depois, C P Mohan de NABARD Índia apresentou a perspectiva Indiana de grupos de poupança, os chamados
Self-Help-Groups (SHGs), que sublinhou uma perspectiva holística: da inclusão social, inclusão financeira,
inclusão económica, para a inclusão de mercado. A Índia começou com o sistema de ligação financeira em 1992
com uma fase piloto de dois anos. Durante estes dois anos, 4.750 grupos participaram, depositando uma
pequena centena de dólares em contas bancarias. Hoje, 7,43 milhões de grupos beneficiam deste sistema,
tendo acumulado 1.650 milhões de dólares americanos em poupanças bancárias. A regulação na Índia também
permite grupos de candidatarem-se a crédito sem colaterais. Hoje, esses grupos têm cerca de 7.155 milhões de
dólares americanos em crédito bancário em circulação. O modelo é unanimemente implementado em toda Índia,
a partir de guiões e programas de formação que o NABARD oferece.
O impacto do projecto é muito positivo: poupanças caseiras aumentaram entre 100 a 200%, o valor médio de
activos por domicilio aumento de 50 a 150%, e o emprego subiu de 15 a 30%. Mais em diante, 15% dos
membros SHG vivendo na pobreza subiram para acima da linha de pobreza e o emponderamento social dos
membros da SHG (particularmente mulheres) melhorou significativamente em termos de autoconfiança, melhor
tratamento por parte dos membros da família, espaço de comunicação melhorado para se expressar livremente
com os outros e tomar decisões colectivas.
Há alguns anos atrás, NABARD e sua subsidiária, NABFINS, promoveram um novo modelo de sistema de
ligação financeira, combinando
a banca com agente bancário, o
chamado modelo agente com
ligação. NABFINS é uma
empresa única de micro
finanças não bancária, que usa
ONGs e outras organizações de
voluntários como agentes.
Assim SHGs podem também
agir como agentes, tornando-se
uma espécie de ponto de venda
bancáriona sua comunidade.
Contudo, o grande desafio é a
qualidade do grupo.
Michael Jjingo, C P Mohan, Kathryn Larcombe
Durante a discussão, a moderadora Kathryn Larcombe, Directora de Operações do Banco Oportunidade em
Moçambique, resumiu algumas lições chave: primeiro, é importante aplicar uma abordagem integrada e envolver
uma variedade de pessoas interessadas, porque uma única organização não poderá responder adequadamente
aos desafios. O regulador tem um papel especialmente importante neste aspecto e requisitos CSC reduzidos
para contas de baixa renda deveria ser parte de negociações do projecto. Outro factor de sucesso é ter uma
consistência na implementação do projecto, como aprendeu-se da Índia.
17
Serviços Financeiros para Áreas Rurais Agentes Bancários – Dinheiro Móvel – Ligação Financeira
Resumo da Conferência & Principais Conclusões
Um assunto levantado pelos participantes da conferência foi de que muitas ONGs que promovem grupos de
poupança temem que os grupos deixariam de existir, uma vez ligados aos serviços financeiros formais. No
entanto, experiências em todo o mundo indicam que este não é o caso.
Outro ponto de discussão foi a viabilidade comercial dos programas de ligação financeira é a necessidade de
subsídio para implementação de tais iniciativas. Michael Jjingo do Uganda confirmou que os subsídios são muito
importantes para o programa no Karamoja devido a altos custos de expansão para áreas remotas. Os custos
altos incluem subsídios de dificuldades e privação para funcionários, compra de geradores e instalação de
sistemas solares devido a falta de electricidade, entre outros. O Centenary Bank calculou que levaria-lhe 15
anos para atingir o ponto de equilibro financeirose tivesse que pagar todos custos. C P Mohan argumentou que
todas iniciativas de desenvolvimento levam um longo tempo e deveriam no entanto ser julgadas numa base de
longo prazo. Ele sugeriu que ao em vez de falar de subsídios, deveríamos falar de “despesas de
desenvolvimento de negócios.”
SERVIÇOS FINANCEIROS PARA ÁREAS RURAIS EM
MOÇAMBIQUE
APRESENTAÇÃO
DIÁRIOS FINANCEIROS EM MOÇAMBIQUE
Henriqueta Hunguana, ICC
Henriqueta Hunguana, PCA do ICC, actualmente dirige o
projecto de Diários Financeiros em Moçambique, em
nome do BFA e CGAP. O estudo procura analisar quais
ferramentas financeiras estão disponíveis para as
pessoas mais pobres gerirem seu dinheiro. Como o
projecto de investigação está ainda em andamento,
Henriqueta Hunguana apresentou a metodologia,
algumas conclusões preliminares e resultados
esperados.
Os Diários Financeiros é uma pesquisa com um ano de
duração que examina a gestão financeira em famílias
pobres a partir de entrevistas quinzenais. Assim os
Diários Financeiros providenciam informação sobre
como famílias de baixa renda vivem e permite comparar
esses dados com estudos já existentes. A informação
também permite conceber produtos mais adequados
para clientes de baixa renda, adequando-os as
necessidades das famílias de baixa renda. O estudo já Henriqueta Hunguana, ICC
foi concluído em México, Quénia, Índia, Bangladesh,
18
Serviços Financeiros para Áreas Rurais Agentes Bancários – Dinheiro Móvel – Ligação Financeira
Resumo da Conferência & Principais Conclusões
USA, África do Sul e Ruanda. No momento, esta sendo conduzido em Moçambique, Tanzânia e Paquistão. É
financiado por CGAP (Banco Mundial).
Em Moçambique, o estudo concentra-se em dois locais na província de Nampula. Em Rapale 32 famílias estão
em estudo, e no Estaleiro e Kalima 64 famílias tomam parte do projecto de Diários Financeiros. O projecto tem
um foco especial em camponeses de pequena escala. Camponeses de pequena escala não só precisam gerir
os ganhos de diferentes culturas com escalas de colheita diferente, mas também outras fontes de lucro. O
projecto tem uma duração total de 14 meses. Durante os primeiros dois meses foram realizadosquestionários
iniciais. A seguir as famlílias serão observadas durante 12 meses de Diários Financeiros. O primeiro questionário
concentrou-se na informação sobre acomodação, membros da família, níveis de educação e colheitas. O
segundo questionário focou-se nas fontes de receita, tipos de pertenças e propriedades, bem como seu valor. O
último questionário coleccionou informação detalhada sobre os instrumentos financeiros que são usados dentro
das famílias. Seguindo esta fase inicial, o real Diário Financeiro iniciou, regularmente coleccionado informação
relacionada com o bem estar da família, ocorrências diárias (e.x. se existiram problemas na família, tal como
assuntos médicos, problemas com a policia, etc.). Mais em diante, o Diário Financeiro faz a monitoria da
produção de alimentos, vendas, perdas, colheitas, o fluxo de caixa da família, a renda e despesas da família e o
uso de instrumentos financeiros. Cada vez, os investigadores perguntam se existiram mudanças desde a última
visita, por exemplo se têm novas fontes de renda ou usam novos instrumentos financeiros. Além disso,
colecciona-se informação sobre eventos da vida da família, tais como casamentos, novas crianças nascidas,
funeráis, etc.
Resultados preliminares mostram que a vasta maioria de famílias têm terra própria (mesmo sem títulos oficiais
da terra), e que a maioria das famílias sofreu perdas de colheitas devidos a varias razões. Mais do que a metade
das famílias declararam que pelo menos um membro sofreu de fome no ano passado; e que levam meia hora
em media para a fonte de agua ou poço mais próximo.
A apresentação concluiu por discutir o que esperamos aprender do projecto de Diário de Financeiros de
Moçambique:
 Informação acerca da sazonalidade das rendas e despesas
 Riscos e pressões que as famílias sofrem e que mecanismos poderiam mitiga-los
 A gama de necessidades de serviços financeiros das famílias
 Níveis de uso de instrumentos financeiros
 Qual é o maior constrangimento de camponeses de pequena escala?
 Como pode-se conceber produtos mais apropriados?
 Como pode-se conceber mecanismos de dedistribuição mais apropriados?
PAINEL DE DISCUSSÃO
DESAFIOS E ABORDAGENS PARA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS FINANCEIROS EM
MOÇAMBIQUE RURAL
Com Leia Bila, Kathryn Larcombe, Manuel Queiroz, Rob Bakker, Henriqueta Hunguana e
William Diaz Alvarado
O painel de discussão a seguir da apresentação dos Diários Financeiros centrou-se nas seguintes questões:
Primeiro, que ferramentas financeiras estão disponíveis para a população Moçambicana, e segundo, que
instrumentos financeiros são necessários para alcançar a população rural de baixo rendimento? Estes assuntos
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Serviços Financeiros para Áreas Rurais Agentes Bancários – Dinheiro Móvel – Ligação Financeira
Resumo da Conferência & Principais Conclusões
foram discutidos pelos painelistas com uma variedade de contextos: Leia Bila é a Coordenadora de Finanças
Inclusivas no Ministério da Administração Estatal; Kathryn Larcombe representou o sector de microfinanças,
sendo Directora de Operações no Banco Oportunidade de Moçambique; Manuel Queiroz é director da Agência
de Desenvolvimento Económico de Manica; Rob Bakker tem uma vasta experiência como antigo super agente
de um serviço de dinheiro móvel; e Henriqueta Hunguana contribuiu com seu conhecimento como consultora de
inclusão financeira e investigadora.
O moderador, William Diaz da GIZ Moçambique, pediu aos painelistas que discutissem três aspectos chaves
com relação as ferramentas financeiras disponíveis e desejadas: acesso, uso, e qualidade.
Como já havia sido sublinhado durante as sessões anteriores, o dinheiro móvel ainda não é um produto
apropriado para a população rural. Rob Bakker explicou que a maioria dos produtos de dinheiro móvel são
projectados para a população urbana, tal como pagamento de contas. Em áreas sem electricidade e água
canalizada, estes pagamentos são quase irrelevantes. Além disso, dinheiro móvel não é fiável o suficiente para a
população rural em Moçambique. Além dos problemas óbvios com a liquidez do agente, problemas de
conectividade também tem um papel importante. Até agora, o dinheiro em numerário tem sido mais conveniente,
mais fiável e menos dispendioso para a população rural. Mais adiante, Rob Bakker declarou que o credito é o
produto financeiro mais procurido pela população de baixo rendimento rural. Como dinheiro móvel não oference
crédito, esta é mais uma razão de baixo uso do mesmo. Ele concluiu que não se pode vender a população algo
que ela não querou precise.
No entanto, os outros painelistas não concordaram que o crédito seja o produto financeiro mais exigido. De
acordo com a experiência do Banco Oportunidade, a população rural está mais interessada em produtos de
poupança. Contudo, Kathryn Larcombe destacou que providenciar estes serviços a população rural é
extremamento dispendioso devido a grandes despesas de infraestruturas que o banco tem que arcar. De modo
a prestar serviços financeiros de maneira mais conveniente aos clientes rurais, o Banco Oportunidade agora
oferece repagamentos de créditos via M-Pesa e funciona muito bem. Isto enfatiza mais uma vez a grande
necessidade de parcerias entre todos tipos de provedores de serviços financeiros.
Outro assunto discutido pelo painel foi a necessidade de habilidades técnicas por parte dos clientes. Até agora,
literacia financeira tem-se concentrado em produtos da banca. Contudo, pessoas precisam ser treinadas no uso
Rob Bakker, Kathryn Larcombe, Manuel Queiroz, Leia Bila, Henriqueta Hunguana, William Diaz Alvarado
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Serviços Financeiros para Áreas Rurais Agentes Bancários – Dinheiro Móvel – Ligação Financeira
Resumo da Conferência & Principais Conclusões
de ICT tais como telemóveis e mesmo ATMs, sublinhou Manuel Queiroz. A necessidade de desenvolvimento de
capacidades foi também apoiada por Leia Bila. Desenvolvimento de capacidades ou educação financeira não
deviam ser limitados a produtos financeiros ou mesmo tecnologia, mas também incluir os seguintes quatro
aspectos: primeiro, como ganhar dinheiro; segundo, como investir dinheiro; terceiro, como usar dinheiro e por
último, como desfrutar o dinheiro. A falta de capacidade financeira e/ou produtos que não respondem as
necessidades da população rural de baixo rendimento pode também ser a razão da questão provocadora da
Henriqueta Hunguana: mesmo que o número de sucursais bancários quase duplicou nos últimos anos, será que
o perfil de clientes mudou? Pode ser, argumentou, que a expansão das sucursais bancárias não tenha elevado a
inclusão financeira porque os serviços ainda não chegam à população de baixa renda em zonas rurais.
O painel concluiu que os produtos financeiros presentes podem não estar adequados para a população rural e
que mesmo dinheiro móvel pode não ser acessível para a população mais pobre nas áreasrurais. Ainda que, até
agora a “bala de ouro”, a “aplicação assassina,” o produto ou serviço financeiro que faria a diferença, ainda não
foi encontrado em Moçambique. Espera-se, que o projecto de Diários Financeiros dee-nos mais conhecimento
sobre o assunto e ajude a desenhar produtos e serviços que irão realmente melhorar as vidas da população
rural de baixa renda.
SESSÃO DE CONCLUSÃO
REFLEXÃO DOS RESULTADOS & LIÇÕES APRENDIDAS
Brigit Helms, USAID-SPEED
Durante o decurso da conferência, os participantes da conferência tiveram a chance de fixar as suas questões
num quadro. Palestrantes e painelistas foram convidados a responder a estas questões na sessão final.
Após as clarificações finais, Brigit Helms concluiu a conferência por partilhar seis lições aprendidas nos últimos
dois dias, tendo discutido quatro tópicos diferentes:
1. Clientes de baixa renda são surpreendentemente sofisticados, mais mesmo assim sem suficiente
literacia financeira
2. Agentes são a chave do sucesso do modelo de negócio
3. Oferecer produtos certos ao mercado alvo é mais difícil do que parece
4. Bancos e operadores de telefonia móvel são ʺanimaisʺ completamente diferentes
5. A regulação deve balançar devidamente inclusão com o risco sistemico
6. Doadores internacionais e subsídios continuam com um papel crucial
Pode achar estas seis lições detalhadas em http://bit.ly/1yPoADa.
Depois foi pedido aos participantes que anotassem num cartão uma única lição ou “momento da grande ideia”
da conferência e uma acção chave eles levam como resultado. Em seguida, cada participante da conferência
juntou-se a um parceiro anteriormente desconhecido para discutir suas lições e acções chave.
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Serviços Financeiros para Áreas Rurais Agentes Bancários – Dinheiro Móvel – Ligação Financeira
Resumo da Conferência & Principais Conclusões
Resumido de uma vasta
quantidade
de
lições
apreendidas
pelos
participantes da conferência,
estas foram os assuntos de
destaque:
 O potncial do agente bancário de alcançar áreas rurais e a complexidade de desenvolver redes de
agentes.
 É possível ter uma rede de agentes bem sucedida!
 Dinheiro móvel é apenas dinheiro electrónico. Porque usa-lo? Porque é conveniente e seguro.
 A literacia financeira é crucial!
 Parcerias!
 As questões que foram discutidas durante a conferência exigem ecossistemas complexos e
ferramentas complexas. Então parcerias são cruciais!
 A necessidade de uma abordagem integrada e parcerias entre reguladores, provedores de serviços
financeiros, comunidades, doadores e outras partes interessadas.
 Os serviços de dinheiro móvel e bancos devem trabalhar juntos – eles são complementares, não
competidores. Bancos são necessários para os serviços de dinheiro móvel rebalancarem.
 Provedores de dinheiro móvel devem trabalhar juntos para aumentar acesso dos serviços
financeiros nas áreas rurais – Apesar de serem concorrentes.
 Precisamos de maior foco nos serviços de valor acresentadoe comercializa-los para os clientes.
 A ligação financeira é uma forma de melhorar os negócios e melhorar as vidas da população rural.
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Serviços Financeiros para Áreas Rurais Agentes Bancários – Dinheiro Móvel – Ligação Financeira
Resumo da Conferência & Principais Conclusões
Os participantes comprometeram se nas seguintes acções:
 Irei traçar um plano de parcerias e tentar realizar isto em conjunto.
 Irei desenvolver maiores parcerias.
 Vou puxar parcerias com bancos mais forte e rapidamente. A interconexão com os bancos é crítica e
uma visão sinergética nos agentes bancários para alcançar áreas rurais é crucial.
 Eu irei abrir uma conta M-Pesa!
 Eu farei uma proposta para realizar um estudo de basesobre agentes em Moçambique.
 Eu compartilharei as lições desta conferência com colegas no Banco Central do Brasil que estão neste
momento a trabalhar na regulação de dinheiro móvel.
 Eu prepararei uma apresentação para o conselho de administração da minha instituição sobre as
oportunidades de modelos de negócios, constrangimentos e a necessidade de implementação.
 Eu explorarei a possibilidade de uma abordagem ganha-ganha de ligação entre grupos de poupanças e
bancos.
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Serviços Financeiros para Áreas Rurais Agentes Bancários – Dinheiro Móvel – Ligação Financeira
Resumo da Conferência & Principais Conclusões
ENCERRAMENTO
William Diaz Alvarado, GIZ Moç ambique
Os dois dias foram muito intensos e revelaram que providenciar serviços financeiros para áreas rurais é um
desafio complexo e difícil, especialmente em Moçambique. Contudo, modelos de negócios bem sucedidos a
volta do mundo também mostram que é possível. Mais a adiante, uma das maiores conclusões da conferência é
a grande necessidade de parcerias entre todos tipos de actores. De facto, “parcerias” parece ser a palavra chave
da conferência. Os participantes comprometeram-se todos em tomar acções e ultrapassar o desafio.
William Diaz Alvarado agradeceu aos convidados pela sua participação activa na conferência, especialmente
aos convidados internacionais que percorreram distâncias longas para compartilhar suas experiências com
Moçambique. Numa perspectiva mais alargada, criatividade, coragem de experimentar, e parcerias parecem ser
os factores mais importantes para enfrentar o problema de exclusão financeira em Moçambique.
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Serviços Financeiros para Áreas Rurais Agentes Bancários – Dinheiro Móvel – Ligação Financeira
Resumo da Conferência & Principais Conclusões
ANEXO
BIOGRAFIAS DOS PARTICIPANTES
Abubacar Amir Chutumia
Director Geral, Cartéira Móvel – Moçambique
Abubacar Amir Chutumia, para além da formação como perito contabilista, tem os
graus de bacharel em economia e licenciatura em gestão de empresas pela
Universidade Eduardo Mondlane. No âmbito profissional, trabalhou durante 10 anos
no Ministério das Finanças e, posterior e sucessivamente, trabalhou como técnico
com funções de chefia e/ou de consultor, para as seguintes empresas e instituições:
Sociedade de Construções Soares da Costa; Companhia da Zambézia; Projecto
Moz/92/005 da DNA financiado pelo PNUD; Ernst & Young. Nos últimos anos, de
2003 a 2007 exerceu funções de Director Financeiro da Empresa Telecomunicações
de Moçambique – TDM e, de 2007 a Dezembro de 2013, exerceu funções de
Administrador Financeiro da mcel, acumulando o cargo de Presidente do Conselho de Administração da Carteira
Móvel SA. A partir de Março de 2014, passou a exercer as funções de Director Geral da Carteira Móvel SA,
acumulando a função de Presidente do Conselho de Administração da mesma empresa.
Annabel Schiff
Gerente Sénior, Marketing& Communicação de Serviços Financeiros Digitais,
MicroSaveAfrica – Quénia
Annabel é gerente sénior que trabalha com foco no marketing e comunicação de
serviços financeiros digitais para MicroSave. Ela tem mais de cinco anos de
experiência internacional em desenhar e implementar estratégias de marketing,
comunicação e branding para empresas multinacionais de bens de grande
consumo.Actualmente está baseada na Quénia onde liderou o lançamento de várias
marcas locais antes de juntar-se a MicroSave.Agora Annabel aplica o seu
conhecimento de marketing e comunicação para apoiar bancos e provedores de
telecomunicações em tácticas tais como “below-the-line” marketing e contrução de percepções de confiança com
produtos de mercados de massa.
Quando se juntou a MicroSave, ela liderou o desenho e desenvolvimento da marca do The Helix Institute
(www.helix-institute.com) providenciando treinamentos de nível mundial e dados de ponta para provedores de
serviços financeiros digitais. É membro do corpo docente do Helix Institute, onde da treinamentos em áreas
técnicas de gestão de redes de agentes. Annabel também está envolvida em consultorias técnias para
MicroSave. Recentemente realizou um projecto de avaliação das necessidades de treinamento com Tigo
Tanzania, e realizou uma revisão da avaliação e estratégia das actividades dos agentes e o processo de
integração de novos agentes do First Bank Nigeria.
Annabel trabalhou em seis países do mundo. Ela formou-se em Espanhol: Negócios, Língua e Literatura na
Universidade de Bristol, Inglaterra.
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Serviços Financeiros para Áreas Rurais Agentes Bancários – Dinheiro Móvel – Ligação Financeira
Resumo da Conferência & Principais Conclusões
Anne-Marie Chidzero
Directora, Financial Sector Deepening FSDMoç – Moçambique
Anne-Marie lidera o Financial Sector Deepening (FSDMoç), tem mais de 20 anos de
experiência em finanças e desenvolvimento do sector privado. Antes de se juntar ao
FSDMoç, Anne-Marie trabalhou em países como Estados Unidos, Zimbabwe e Africa
do Sul, em organizações como WB em Washington onde fez parte da equipa que criou
o CGAP (The Consultative Group to Assist the Poor), ICC em Zimbabwe onde liderou
os serviços de consultoria desta empresa para clientes como World Bank, DFID,
UNDP, USAID, EU e GTZ na África Austral e Oriental.
Desde 2010, Anne-Marie é membro do comité de investimento e do conselho de
direcção do Africa Enterprise Challenge fund. Ela também é a presidente do conselho de administração da New
Faces New Voices. Desde 2005 Anne-Marie assume o cargo de presidente de conselho de AfriCap Microfinance
Investment Company, e desde 2011 ela é directora executiva da mesma empresa, gerindo os investimentos do
fundo.
Anne Marie tem um mestrado em Economia pela Universidade de Toronto, Canada.
Brian Muthiora
Especialista em Assuntos Regulatórios, GSMA Mobile Money – Quénia
Brian é especialista em assuntos regulatóriosna GSMA Mobile Money. Na sua
função, apoia operadores de telefonia móvel em assuntos relacionados a barreiras
regulatórias e contribui para o seu envolvimento em assuntos regulatórios.
Brian tem experiência sólida em leis e regulamentos de tecnologia e serviços
financeiros. Trabalhou cinco anos na Safaricom, providenciando apoio legal e
regulador a equipe que criou a inovação de serviços financeiros móveis M-PESA e
M-Shwari. Também trabalhou na TransUnion Kenya, Equity Bank e Kencall.
O seu trabalho influenciou resultados no âmbito da regulação, tendo sido
fundamental no desenvolvimento do quadro regulador para a regulação do dinheiro móvel em Quénia – o
regulamento do Sistema Nacional de Pagamento.
Brian é advogado é tem um bacherelato e mestrado em Direito.
Brigit Helms
Directora, SPEED – Moçambique
Brigit é a directora do SPEED (Support Program for Economic and Enterprise
Development). Ela tem mais de 25 anos de expriência em desenvolvimento do
sector privado e financeiro, encontrando soluções inovadoras para problemas de
desenvolvimento em mais de 30 países em África, Asia e America Latina.
Antes de se juntar à equipa do SPEED, Brigit foi especialista senior para Inclusão
Financeira em McKinsey and Company, onde trabalhou com bancos e empresas
de telecomunicações para construir novos modelos de negócios para alcançar
clientes de baixa renda. Antes disso, foi directora executiva de Unitus, Inc., uma
empresa global sem fins lucrativos dedicada a serviços financeiros na África Oriental e India. Trabalhou
durante quatro anos na Asia com a International Finance Corporation onde liderou os serviços de consultoria
desta organização na Indonesia em áreas tais como desenvolvimento da agricultura, silvicultura sustentável,
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Serviços Financeiros para Áreas Rurais Agentes Bancários – Dinheiro Móvel – Ligação Financeira
Resumo da Conferência & Principais Conclusões
infraestruturas, ambiente de negócios e serviços financeiros. Brigit foi membro fundador da equipe de
liderança de CGAP, um centro global de excelência para serviços financeiros.
Brigit doutorou-se em Economia de Agricultura e Desenvolvimento da Universidade de Standford e tem um
mestrado em Estudos Internacionais da Universidade John Hopkins SAIS.
Brigit é cidadã Americana e fala Espanhol, Francês, Italiano, Bahasa Indonésio, e está començando a
aprender Portugès. Vive em Maputo com o seu marido e duas crianças.
C P Mohan
Gerente-General, NABARD – India
Shri C P Mohan é Gerente-Geral doNational Bank for Agriculture and Rural
Development (NABARD), um banco criado pelo Parlamento Indiano. Actualmente
lidera o escritório regional de NABARD no estado Indiano de Uttarakhand,
localizado nas montanhas do Himalaya. Antes disso, ele foi indicado Presidente do
Conselho de Administração e Director Executivo da subsidiária de NABARD, a
NABARD Financial Services Limited (NABFINS) em 2009. Durante o seu mandato,
a empresa começou a operar. NABFINS é uma empresa de microfinanças nãobancária, a única que adoptou um modelo de ligação e agências (Linkage com
agency model) para providenciar empréstimos à populaçao de baixa renda.
Mohan tem um diploma de pós-graduação em Gestão Rural do Instituto para Gestão Rural Anand etem um
bacharelato da Universidade G B Pant para Agricultura e Tecnologia Pantnagar, Uttarakhand. Durante este
tempo, foi-lhe atribuido o ICAR Junior Fellowship in Plant Breeding & Genetics. As suas áreas de especialidade
incluem Finanças Rurais e Inclusão Financeira, especialmente a expansão de crédito rural através de
abordagens inovadoras, produtos fáceis para os clientes e distribuição apropriada com foco na inclusão. Além
disso, tem vasta experiência em microfinanças e na remoção de barreiras através de uma abordagem baseada
em valores morais e ética, e o fortalecimento de modelos de longo alcance baseados em correspondentes
(agentes) e facilitadores, banca de desenvolvimento, avaliação de projectos, monitoria e estratégia nas áreas de
agricultura e desenvolvimento rural, entre outros.
Dentro das suas áreas de foco eleapoiao comité de Microfinanças e Crédito Rural do Banco Central da India,
que recomendou os modelos de correspondente (agente) e facilitadores e a criação de um fundo de IT para
iniciativas direccionadas na inclusão financeira.
Dylan Lennox
Director Executivo, M-Pesa – Moçambique
Dylan graduou-se como revisor oficial de contas no PWC (Price Waterhouse Coopers)
em 1998. A seguir integrou-se na Vodacom Africa do Sul onde ocupou várias posições de
gestão dentro da equipe da facturação e administração.
Em 2004, Dylan mudou-se para Vodacom Tanzania onde trabalhou durante 8 anos como
responsável para o desenvolvimento do negócio, desenvolvimento de produtos e funções do m-comércio,
incluindo a introdução de M-Pesa em Abril de 2007.
Actualmente, Dylan assume a função de director executivo da Vodafone M-Pesa, SA, a subsidiária de serviços
financeiros da Vodacom Moçambique e é responsável pelo negócio M-Pesa.
Dylan tem um bacharelato em Comércio da Nelson Mandela Metropolitan University e é membro do instituto SulAfricano de Revisores Oficiais de Contas.
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Serviços Financeiros para Áreas Rurais Agentes Bancários – Dinheiro Móvel – Ligação Financeira
Resumo da Conferência & Principais Conclusões
Henriqueta Hunguana
Directora Executiva, ICC Moçambique – Moçambique
Henriqueta é a Directora Geral da ICC Moçambique. Ela tem mais 25 anos de
experiência directa no desenvolvimento das PME em Moçambique e mais de 15 anos
de experiência de consultoria em Acesso a Finanças, desenvolvimento da MPME e
planeamento estratégico.
Henriqueta tem experiência de trabalho fora de Moçambique incluindo Angola, Cabo
Verde, Botswana, Zâmbia e Brasil.
Henriqueta é a Chapter Director da New Faces New Voices (NFNV) em Moçambique,
uma organização Pan-Africana de mulheres profissionais do sector financeiro e
corporativo, que promove mudanças no sector financeiro para garantir que África beneficie dos recursos
económicos ainda não explorados.
Em Setembro de 2013, Henriqueta foi eleita como membro do Conselho de Direcção da Associação de
Comércio e Indústria (ACIS), a maior associação Moçambicana de empresas.
Kathryn Larcombe
Directora de Operações, Banco Oportunidade de Moçambique – Moçambique
Kathryn juntou-se ao Banco Oportunidade de Moçambique (BOM)em Junho de 2011
como Directora de Operações. As suas responsabilidades incluem os
departamentos de Operações, IT, Gestão de Mudança, Manutenção, e Procurement.
Desde que trabalha no BOM, ela supervisionou os desenvolvimentos para a
transferência de fundos electrónicos, cartões de débito e ATMs, acesso às contas
via telemóvel e internet, e trabalha actualmente para uma parceria no âmbito do
dinheiro móvel.
Kathryn trabalha em Moçambique há mais de 22 anos. Ela chegou em 1992 como
assessora para a Agência para a Promoção das Pequenas Empresas do Governo. Depois disso, trabalhou por
conta própria durante alguns anos, realizando consultorias na área de gestão de desenvolvimento, microcrédito
e análise de negócios. Começou a trabalhar em microfinanças nos finais dos anos 90 quando foi envolvida no
desenvolvimento do Banco Tchuma, a primeira instituição de microfinanças 100 % Moçambicana. Saiu do
Tchuma em 2009 para trabalhar num novo banco para o desenvolvimento, o Banco Terra.
Antes de vir a Moçambique, Kathryn trabalhou para uma empresa internacional de consultoria de gestão, um
conglomerado de têxtil e da confecção, e para a associação Británica daindústria de têxtil e da confecção
Está formada em Línguas Modernas na Universidade de Liverpool, Inglaterra.
Leia Alexandre Bila
Coordenadora do Projecto de Finanças Inclusivas, Ministério da Administração
Estatal, – Moçambique
Depois de leccionar por mais 17 anos no ensino Secundário Geral, entre 1978 a
1994, tornou-se Analista de Políticas de Finanças Rurais no país e exerce
actualmente as funções de Coordenadora do Projecto de Finanças Inclusivas,
baseado no Ministério da Administração Estatal, na Direcção Nacional de Promoção
do Desenvolvimento Rural, financiado pelo PNUD.
Desde 1994 até ao momento trabalha na área de desenvolvimento rural, tendo
passado sucessivamente pelo Instituto de Desenvolvimento Rural (INDER), Ministério
de Agricultura, Ministério da Planificação e Desenvolvimento e de momento no Ministério da Administração
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Serviços Financeiros para Áreas Rurais Agentes Bancários – Dinheiro Móvel – Ligação Financeira
Resumo da Conferência & Principais Conclusões
Estatal. Leia liderou o processo de concepção e posterior lançamento da Campanha Nacional de Promoção da
Poupança, lançada pelo Governo em Junho de 2012;o processo de elaboração da Estratégia de Finanças
Rurais, aprovada pelo Governo, em 2011; e foi membro do Grupo de Trabalho que, em 2004, fez a revisão da
Lei 15/99 do Banco de Moçambique que resultou na aprovação da Lei 57/2004 que incorpora a figura dos
Microbancos, como instituições de captação de poupança. Antes de
Participou em diferentes fóruns nacionais e internacionais de capacitação e de troca de experiência em matérias
relacionadas com as Microfinanças e Finanças Rurais.
Leia concluíu o grau de Mestrado em Desenvolvimento Agrário, Ramo de Economia e Análise de Políticas
Agrárias, na Universidade Eduardo Mondlane em 2003. Anteriormente, obteve o grau de Licenciatura em
Engenharia Agronómica em 1994 na mesma Universidade.
Manuel Queiroz dos Santos Júnior
Director Executivo, ADEM – Moçambique
Manuel é director executivo da ADEM, a Agência para o Desenvolvimento Económico de
Manica em Moçambique. As suas áreas de foco são gestão agrícola, gestão de
projectos, treinamento e orientação em serviços de desenvolvimento de negócios,
ligação financeira, comercialização de produtos agrícolas, desenvolvimento
instituicional/organzacional
de
ONGs,
instituições
públicas,
PMEs,
associações/cooperativas, e desenvolvimento comunitário. Antes de se juntar à ADEM,
Manuel era professor de economia e alimentação de animais no Instituto Agrário de Manica nos anos 1998 à
1999; e era director do Centro Provincial de Formação Agrícola de Manica nos anos 1997 à 2000. Desde 2012
Manuel é Presidente do Conselho de Directores do Instituto Politécnico de Manica.
Manuel lidera o ASCA Task Force Moçambique (ASCA = Accumulated Savings and Credit Associations/Grupos
de Poupança e Empréstimos).
É formado em gestão agrícola e actualmente é estudante de mestrado em gestão de empresas (MBA) no
MANCOSA na África do Sul.
Merene Botsio
Gerente Parcerias Estratégicas & RSE, Fidelity Bank – Ghana
Merene tem três anos de experiência em desenvolvimento internacional, dos quais dois
no âmbito da inclusão financeira. Actualmente é gerente de Parcerias Estratégicas e
Responsabilidade Social das Empresas (RSE) no Fidelity Bank Ghana Ltd., o maior
banco indígena em Ghana. Subordinado ao Director de Inclusão Financeira e RSE, ela
supervisona as parcerias estratégicas e a responsabilidade social do banco, contruindo
sinergias entre estes para ilustrar como osnegócios respondem as intervenções sociais
eficazes. Actualmente gere orçamentos consideráveis e projectos com GIZ, CARE
International, e UNCDF que usam a plataforma de agentes bancários do Fidelity Bank para incluir no sector
financeiro formal 500.000 habitantes rurais e semi-urbanos, na sua maioria mulheres agricultoras de pequena
escala. Ela joga um papel importante em impulsionar as estratégias do banco para agentes bancários e
expansão rural.
Antes de se juntar ao Fidelity, Merene trabalhou no Center for Financial Inclusion at Accion, em Washington
onde jogou um papel importante no Fórum Global FI2020.
Merene formou-se em Relações Internacionals e Estudos Africanos no Wellesley College, Wellesley,
Massachusetts (Estados Unidos).Também éFellowdo Instituto Madeleine Korbel Albright para Assuntos Globais
em Wellesley.
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Serviços Financeiros para Áreas Rurais Agentes Bancários – Dinheiro Móvel – Ligação Financeira
Resumo da Conferência & Principais Conclusões
Michael Jjingo
Gerente-Geral Crescimento do Negócio, Centenary Bank – Uganda
A procura duma carreira na banca, Michael juntou-se ao Centenary Bank em Junho de
2002 como oficial. Continuamente subiu de cargo até Supervisor de Agência em 2003,
Gerente Assistente em 2006, e Gestor de Agência em 2007. Depois disso foi nomeado
Gerente de Relações com o cliente na sede do banco. Em 2012 Michael foi nomeado
Gerente Geral Crescimento do Negócio. Nesta posição é responsável para a gestão de
relação com o cliente, crescimento geral do negocio de activos, passivos e rendimentos.
Durante este tempo, os passivos do banco cresceream de 870 bilhões à 1.1 trilhões de
Shillings Ugandeses, e crescimento de 1,1 à 1,5 milhões de clientes.
Michael tem um bacharelato em Economia da Universidade Makerere e mestrado em Gestão de Empresas
(Finanças) da Universidade Martyrs de Uganda, Nkozi.
Michale é um associado do Instituto da Banca de Uganda.
Michael Tröster
Chefe da Cooperação, Embaixada da Alemanha em Maputo – Moçambique
Michael trabalha como Chefe da Cooperação na Embaixada da Alemanha em Maputo.
Ele é responsável para a coordenação geral e a condução política da Cooperação
Alemã com Moçambique.
Por incumbência da Cooperação Alemã, Michael preside ao Private Sector Working
Group que é um fórum de coordenação de acções para melhoria do ambiente de
negócios entre o Governo, sector privado e comunidade de doadores. Antes de vir a
Moçambique, era Director Adjunto da Direcção para as Nações Unidas dentro do
Ministério Alemão para o Desenvolvimento e Cooperação Económica. Antes de se juntar ao Minstério, trabalhou
na fundação Friedrich-Ebert com foco regional na Ásia.
Tem um mestrado em Siências Políticas e Economia da Universidade de Berlím.
Mike McCaffrey
Director de Serviços Financeiros Digitais, MicroSave Africa – Quénia
Mike lideraos trabalhos de MicroSave na área de inclusão financeira digital em
Africa. Tem mais de 9 anos de experiência trabalhando com bancos centrais,
agências bilaterais e multilaterais, ministérios governamentais e provedores de
serviços financeiros. Trabalhou em mais de 15 países em via de desenvolvimento. O
seu foco actual é como serviços financeiros digitais podem ser desenhados deforma
a aumentar o seu uso e atingir níveis nacionais. Alguns dos projectos de grande
dimensão em que esteve envolvido: Lançar e gerir o Helix Institute of Digital
Finance, desenhado para oferecer claridade estratégica e conhecimentos
operacionais para bancos, empresas de telecomunicações, e providores terceiros; gerir o projecto “Acelerador
de Redes de Agentes” que vai implementar uma série de instrumentos de pesquisa qualitativa e quantitativa
para coleccionar boas práticas de mais de 25.000 agentes em oito países do mundo; e desenvolver e
implementar a estratégia para apoiar de forma táctica o desenvolvimento de serviços financeiros digitais em
mercados emergentes em toda África.
Mike tem um mestrado em Economia de Desenvolvimento da Universidade de Princeton,Woodrow Wilson
School, Estados Unidos.
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Serviços Financeiros para Áreas Rurais Agentes Bancários – Dinheiro Móvel – Ligação Financeira
Resumo da Conferência & Principais Conclusões
Rob Bakker
Consultor, Fluxo Control – Moçambique
Rob é um gestor de projectos senior, formado em psicologia cognitiva. Tem mais de
25 anos de experiência professional. Os projectos em que está envolvido
normalmente realizam-se no âmbito onde a tecnologia encontra a mente humana.
Tem uma empresa de consultoria chamada Fluxo Control, especializada em gestão
de projectos/programas e gestão de serviços.
Nos últimos anos foi Director Geral do superagente de mKesh, Kambeny Financial
Services onde se concentrou na criação e na gestão de uma rede de agentes para
mKesh bem como para outros produtos. Os projectos rurais maiores tomaram lugar
em Nampula com agricultores de gergelim e em Mancia e Sofala com membros de ASCAs.
Antes disso, trabalhou durante 12 anos para várias empresas na indústria de Sistemas Globais para
Comunicações Móveis, incluindo Vodafone Holanda e mCel Moçambique; com mCel estava envolvido quase
desde o íncio da empresa realizando projectos TICs bem como desenvolvimento de negócios, criando uma
unidade de gestão de projectos para implementar novos produtos e aplicações.
Até o ano 2000, Rob trabalhou na Holanda como consultor para o desenvolvimento organizacional especializado
na re-organização de departamentos IT, gestão de serviços e mudanças organizacionais.
Sérgio José de Mesquita Gomes
Banco Central do Brasil – Brasil
Formado em Administração de Empresas, actua na Diretoria de Fiscalização do
Banco Central do Brasil há sete anos. Desde 2013 ocupa posição na Supervisão de
Conduta dos Bancos e Conglomerados Bancários, directamente responsável pela
fiscalização da actuação das instituições financeiras no tema “Relacionamento com
Clientes e Usuários de Produtos e Serviços Financeiros”, em especial quanto à
gestão de Correspondentes Bancários, Tarifas, Ouvidoria e normas de
Contratação.
Antes de ingressar ao serviço público federal, actuou como consultor por sete anos
em programas de ética empresarial e relacionamento com stakeholders em
empresas dos mais diversos segmentos, como mineração, têxtil, metalomecânica e alimentícia, em países da
América Latina, Europa e Ásia.
Shaida Seni
Especialista de Desenvolvimento do Sector Privado, GIZ – Moçambique
Economista formada pela Universidade Católica de Moçambique, com mais de 18
anos de experiência ao serviço de desenvolvimento do sector privado e ambiente de
negócios em Moçambique, com especial foco na simplificação de procedimentos
para abertura de empresas e diálogo público privado.
Nos últimos anos tem dado um contributo directo nos processos de elaboração
participativa da Estratégia nacional para Melhoria do Ambiente de Negócios II (EMAN
II) bem como na concepção e implementação de processos e mecanismos de
monitoria e avaliação tanto de EMAN I como EMAN II.
Ela já trabalhou tanto no sector privado, associações comerciais e organizações internacionais para o
desenvolvimento. Actualmente lidera a equipa do programa ProEcon da GIZ que assessora o Ministério da
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Serviços Financeiros para Áreas Rurais Agentes Bancários – Dinheiro Móvel – Ligação Financeira
Resumo da Conferência & Principais Conclusões
Indústria e Comércio em reformas e acções para a melhoria do ambiente de negócios incluindo a implementação
e monitoria da Estratégia Nacional para Melhoria do Ambiente de Negócios EMAN II).
Facilitadora Professional certificada pelo International Institute of Facilitation and Change (IIFAC).
William Diaz Alvarado
Especialista de Desenvolvimento do Sector Financeiro, GIZ – Moçambique
É um especialista em Desenvolvimento do Sector Financeiro e Inclusão Financeira
que actualmente coordena as atividades desta natureza que o Programa ProEcon da
GIZ implementa em Moçambique. Nessa função, ele é responsável pelo suporte em
temas referentes ao marco regulatório junto do Banco de Moçambique assim como
promover parcerias com instituições financeiras para expandir seus serviços nas
áreas rurais.
William tem uma solida experiência acumulada ao longo 25 anos que vai desde a
gestão de entidades microfinanceiras; passando pelo fortalecimento institucional e formação de quadros de
entidades dessa natureza atendendo áreas urbanas e rurais; também no desenvolvimento de estratégias e
acompanhamento de iniciativas para provisão de serviços financeiros usando telefonia móvel; fortalecimento
institucional de reguladores em temas da arquitetura financeira tais como Sistemas de Informação de Créditos
(credit bureaus) e Registo de Colaterais assim como aspetos regulatórios do uso de agentes por instituições
financeiras; e apoio na implementação de Estratégias Nacionais de Inclusão Financeira. Esta experiência iniciou
em Perú, seu pais de origem, e já trabalhou em vários países da América Latina, Sudeste Asiático e África.
William é graduado em Gestão de Empresas e possui um mestrado em Economia.
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Serviços Financeiros para Áreas Rurais Agentes Bancários – Dinheiro Móvel – Ligação Financeira
Resumo da Conferência & Principais Conclusões
LISTA DE ABREVIATURAS
BC
Business Correspondent ( = correspondente de negócios; e.g. agente bancário)
BCMR
Bens de Consumo e Movimentação Rápida
CSC
Conheça Seu Cliente
DDC
Diligências Devidas ao Cliente
G2P
Governo para Pessoa
NABARD National Bank of Agriculture and Rural Development (India)
ONG
Organização Não Governamental
P2P
Pessoa para Pessoa
SACCO
Savings and Credit Cooperative Organizations
SFD
Serviços Financeiros Digitais
SHG
Self-Help Groups
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Serviços Financeiros para Áreas Rurais Agentes Bancários – Dinheiro Móvel – Ligação Financeira
Resumo da Conferência & Principais Conclusões
LISTA DE PARTICIPANTES
Nome
Organisação
Abdul Neves
Bayport
Abubacar Chutumia
Carteira Móvel
Aderito Pilica
Banco de Moçambique
Admiro Gama
COGER
Angelio Pita
Banco de Moçambique
Alok Pattnayan
Gapi
Amanda Fong
USAID
Ana Amorim
Bayport
Ana Conjo
GIZ
Annabel Schiff
The Helix Institute of Digital Finance
Anne Marie Chidzero
FSD Moç
Augusto Isabel
FARE-Maputo
Aurelio Rogerio Cuinica
BOM
Aurora Foguete
GIZ
Ben Botha
Socremo
Bernardo Luis Tempo
Hluvuku
Bill Mabasso
GIZ
Boaventura Huo
Instituto de Formacao Bancária
Brian Le So
BFA
Brian Muthiora
GSMA
Brigit Helms
USAID/Speed
C P Mohan
NABARD
Carla Fernandes
Banco de Moçambique
Carlos Chauque
Gapi
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Serviços Financeiros para Áreas Rurais Agentes Bancários – Dinheiro Móvel – Ligação Financeira
Resumo da Conferência & Principais Conclusões
Carlos Moamba
FSD Moç
Cathy Montgomery
Tacheyon
Chamaine Goves
SABRI
Charles R.
Wizzit SA
Claire Zimba
IPEME
Claudia Kaufmann
AHK
Cristian Bwavira
Daniel dos Santos
Gorson
Denise Cortez Keyer
ACIS
Dercio Pedro
FSD Moç
Dirk van Eijk
GIZ/EnDev
Dylan Lennox
M-Pesa
Eduardo da Cruz
Banco de Moçambique
Eilen Miamidian
Ayani
Elda Monteiro
Banco de Moçambique
Elisio Sabiri
BCI
Elsa Januario
GIZ
Elsa Mapilele
USAID
Emanuel Ofinar
BCI
Emilio Cossa
SICS
Emmett Costei
G Planet
Enoque Changamo
CCOM
Erastus Oyango
ADC
Erica Conselho
GIZ
Essita Singauque
Nicovida
Ezra Bumyenyezi
ComzAfrica
Fion de Vletter
Consultant
Friedrich Kaufmann
AHK
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Serviços Financeiros para Áreas Rurais Agentes Bancários – Dinheiro Móvel – Ligação Financeira
Resumo da Conferência & Principais Conclusões
Gabriel Mambo
Ministério das Finanças
Gersonia Rosse
Millenium Bim
Gisela Fonseca
M-Pesa
Gloria Baltazar
Moza Banco
Graça Caifaz
Ministério da Indústria e Comércio
Hagira Gelo
Ministério das Finanças
Hamid Tayob
ADEL-Sofala
Helder Langa
Techobrain
Henriqueta Hunguana
ICC
Ilidio Bata
Project Hope
Illse Fuernkranz
GIZ
Ivan Arizcurinaga
PNUD
Jane Grob
Techo Serv
Jens Dorn
KFW
João Gomes
Makesen
Jorge Faria
Banco Mundial
José Delgado
Techobrain
José Jaime José
Banco Terra
José Mussande
AMB
Katharina Braun
GIZ
Kathryn Larcombe
BOM
Katia Agostinho
FSD Moç
Leia Bila
Ministério da Administração Estatal
Leonel Mulando
BCI
Loide Mudanisse
GIZ
Loren Hostetter
MEDA
Lorena Machado
BCI
Lucrecia R.
M-Pesa
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Serviços Financeiros para Áreas Rurais Agentes Bancários – Dinheiro Móvel – Ligação Financeira
Resumo da Conferência & Principais Conclusões
Luis Pedro
Bayport
Majeed Isaak
MocCom
Manuel Augusto
Kukula
Manuel Queiroz
ADEM
Marco Abalroado
Moza Banco
Marco Horta
Dimagi
Maria Violante Manuel
Instituto de Formação Bancária
Mariamo Abubacar
FARE-Maputo
Mauro Litsure
Banco Terra
Merene Botsio
Fidelity Bank
Michael Tröster
Embaixadad da Alemanha
Michael Jjingo
CRDB-Uganda
Mike McCaffrey
The Helix Institute of Digital Finance
Nadia Lima
CTA
Paul Rippey
FSD Moç
Pedro Falcão
GIZ
Piedade Macamo
Ministério das Finanças
Ralph Pecker
Tacheyon
Raymond Jumah
ComzAfrica
Reinhard Gless
GIZ
Rob Bakker
Fluxo Control
Samson Geth
Techobrain
Sérgio Dista
DFID
Sergio Gomes
Millenium Bim
Sérgio Malwana
BOM
Sérgio Mesquita Gomes
Banco Central do Brasil
Shaida Seni
GIZ
Sheila Omargi
IPEME
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Serviços Financeiros para Áreas Rurais Agentes Bancários – Dinheiro Móvel – Ligação Financeira
Resumo da Conferência & Principais Conclusões
Siro Alvaro
IPEME
Sonia Ernesto
SICS
Sophie Teyssier
Calipso Lda
Sualeh Baraza
KFS
Susana Herrera
GIZ
Tamara Kangombe
Banc ABC
Tasia Costa
M-Pesa
Tavares Cebola
UX
Tobias Stolz
GIZ
Tuaha Mote
INCM
Vania Cardoso
AFD
Victor Cremente
Millenium Bim
William Diaz
GIZ
Yolanda Vilanculos
Project Hope
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Serviços Financeiros para Áreas Rurais Agentes Bancários – Dinheiro Móvel – Ligação Financeira
Resumo da Conferência & Principais Conclusões
FOTOS DA CONFERÊNCIA
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Serviços Financeiros para Áreas Rurais Agentes Bancários – Dinheiro Móvel – Ligação Financeira
Resumo da Conferência & Principais Conclusões
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Resumo da Conferência & Principais Conclusões
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Publicado por
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Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH
Escritórios registados
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Versão
Dezembro de 2014
Desenho & Layout
Katharina Braun
Fotos
Susana Flores
Reinhard Gless
Katharina Braun
Texto
Katharina Braun
Tradução
Arão Levi Mahalambe
A GIZ é responsável pelo conteúdo desta publicação.
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