Política de Juventude – "São precisos mais recursos", afirma o CES
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Política de Juventude – "São precisos mais recursos", afirma o CES
CES Publicação mensal do Dirigindo-se à assembleia plenária, a relatora observou no entanto que "não era função da Comissão discutir a remodelação de uma ONG – o Fórum Europeu da Juventude". E acrescentou que os jovens tinham de ser envolvidos a todos os níveis e que a proposta não tratava suficientemente essa sua participação. Solicitou então à Comissão que publicasse Comissário Verheugen na reunião plenária de Abril Günter VERHEUGEN, comissário europeu, esteve presente na reunião plenária do Comité de 24 de Abril para informar os membros do CES Europeu sobre o processo de alargamento. Igualmente presentes estiveram os co-presidentes dos nove Comités Consultivos Mistos (CCM) – organismos oficiais de ligação da sociedade civil da UE e de vários países candidatos. De acordo com G. VERHEUGEN, o actual «plano» do alargamento podia ser definido como realista. Na presidência dinamarquesa teriam de ser tratadas algumas questões centrais, como os mecanismos de equilíbrio orçamental (para assegurar que a situação financeira dos novos Estados-Membros não venha a piorar nos anos imediatos à adesão) e a agricultura. Quanto a esta última, reconheceu que alguns países candidatos estavam bastante insatisfeitos com a proposta em discussão, mas acrescentou esperar "poder resolver esse problema". Apelou a que os agricultores de países como a Polónia analisassem todo o pacote que lhes fora proposto. Jillian HASSETT, relatora regularmente relatórios sobre a situação dos jovens na Europa, bem como para fazer corresponder ideias a recursos. Entretanto, a Convenção Europeia devia "examinar a fundo o estatuto dos jovens, que deviam ser chamados a colaborar para tornar a Europa mais democrática". No tocante a um novo referendo na Irlanda, a ratificação do Tratado de Nice era uma "condição indispensável" para a adesão de novos Estados-Membros. G. VERHEUGEN referiu o problema de Chipre, mas observou que «estamos a incentivar a procura de soluções que poderão vir a ter êxito». A situação do enclave russo de Kaliningrado (no que diz respeito ao acesso dos seus habitantes ao resto do país) era igualmente uma questão pendente, mas G. VERHEUGEN mostrou-se confiante na possibilidade de um acordo, em estreita cooperação com a Polónia e a Lituânia, sobre o regime de vistos a aplicar após o alargamento. * Título integral: "Um novo impulso à juventude europeia". Foram co-relatores J. RODRIGUEZ GARCIA CARO (Espanha, Empregadores) e M. SOARES (Portugal, Trabalhadores). O parecer foi adoptado na reunião plenária do CES de Abril por absoluta maioria dos votos expressos. Que rumo dar ao sector florestal europeu após o alargamento? UE. A análise incide especialmente no papel do sector florestal como fonte de prosperidade económica e de emprego. Examina igualmente a importância das florestas do ponto de vista ambiental. Na óptica comunitária, reveste-se de importância a sustentabilidade das florestas em termos económicos, ecológicos e sociais. A abordagem adoptada tem em vista a aplicação do princípio de subsidiariedade em relação a todas as questões ligadas ao sector florestal, já que as florestas diferem nas características, não só entre os actuais 15 Estados-Membros da UE, como também entre os países candidatos. Seppo KALLIO, relator O CES Europeu adoptou um amplo parecer de iniciativa que contempla o papel desempenhado pelo sector florestal e pelas indústrias a ele associadas nos países candidatos à adesão e as mudanças que o alargamento trará para o sector florestal da Abril de 2002 COMITÉ ECONÓMICO E SOCIAL EUROPEU Política de Juventude – "São precisos mais recursos", afirma o CES Europeu Novo parecer de iniciativa do Comité reclama mais fundos para as iniciativas no âmbito da política de juventude da UE. O CES Europeu emitiu este parecer* (relatora: J. HASSETT, Irlanda, Grupo de Interesses Diversos) em resposta ao Livro Branco da Comissão sobre política de juventude. Esse documento estabelece um quadro para a cooperação europeia que se articula em dois eixos principais: 1) aplicação do método aberto de coordenação no domínio específico da juventude, e 2) melhor integração da dimensão "juventude" noutras iniciativas políticas. Apoiando inteiramente esta medida, susceptível de criar uma nova dinâmica para enfrentar os desafios com que os jovens se confrontam na Europa, o Comité incita a Comissão a desenvolver rapidamente acções específicas e a atribuir os recursos necessários à sua execução, esperando que a abordagem aberta adoptada nos processos de consulta e de formulação de políticas no domínio da juventude se mantenha no desenvolvimento futuro da política de juventude. N°- 04/2002 Após um animado debate, o parecer foi adoptado por ampla maioria de votos (relator: S. KALLIO, Finlândia, Grupo de Interesses Diversos). Falando em plenária, S. KALLIO fez notar o crescente número de pessoas que aproveitam as possibilidades recreativas oferecidas pelas florestas. Também observou que o próximo alargamento da União significaria um aumento do património florestal e das superfícies arborizadas da UE de cerca de 25%. Título do parecer: O alargamento da União Europeia e o sector florestal. Alexander-Michael GRAF VON SCHWERIN, presidente da Secção de Relações Externas do CESE, destacou o impacto positivo do trabalho dos vários CCM: um exemplo específico era a promoção de uma resolução conjunta búlgara-romena para a construção de uma ponte sobre o Danúbio. Acrescentou que ao aproximarem a sociedade civil da UE e a dos países candidatos, os CCM eram um motor da estabilidade política. Entretanto, um membro grego do CESE, Nikolaos VASSILARAS, manifestou o seu receio quanto aos níveis de financiamento das regiões mais pobres e remotas da actual Europa dos 15 após o alargamento. Os representantes das organizações da sociedade civil dos países candidatos presentes na reunião expressaram várias preocupações: Malgorzata NIEPOKULCZYCKA, co-presidente do CCM UE/Polónia, mostrou aprovação pelo calendário do alargamento, mas apelou a um apoio mais concreto aos grupos de interesses por parte da Comissão. Bojidar DANEV, co-presidente do CCM UE/Bulgária, considerou necessário reforçar as ligações entre o trabalho das diversas instituições europeias nas suas relações com os países candidatos. O co-presidente do CCM UE/Eslovénia, Metka ROKSANDI_, mostrou-se preocupado com o facto de as variações regionais nos países candidatos mais pequenos poderem não ser tomadas em devida conta após o alargamento. Sobre o tema da agricultura, Gábor HORVÁTH, co-presidente do CCM UE/Hungria, questionou-se se a sorte da maior parte dos agricultores dos países candidatos melhoraria efectivamente no futuro próximo. Finalmente, Dan CRISTESCU, co-presidente do CCM UE/Roménia, apelou a que fossem tomadas novas medidas para liberalizar o movimento de capital e de bens. Na sua resposta, o comissário VERHEUGEN mencionou a Polónia como o "maior beneficiário de ajudas comunitárias que alguma vez houve". Os grupos de interesses estavam a ajudar a desenvolver programas tanto na Polónia como noutros países. Quanto à agricultura, insistiu que não seriam aceites compromissos sobre padrões de qualidade após o alargamento. Os matadouros e os aviários, por exemplo, que não respeitassem os novos padrões não seriam encerrados, mas os seus produtos ver-se-iam restritos ao mercado local. No tocante ao apoio às regiões mais pobres dos actuais 15 Estados-Membros numa União alargada, G. VERHEUGEN afirmou que essas regiões continuariam a ser tidas em conta mas que não deveria criar-se "um fardo indevido para os contribuintes europeus". Conclusões do II Encontro da Sociedade Civil Organizada da União Europeia, da América Latina e das Caraíbas – Madrid, 19 de Abril de 2002 Os participantes no II Encontro da Sociedade Civil Organizada da UE, da América Latina e das Caraíbas adoptaram uma Declaração, que será transmitida à Cimeira de Chefes de Estado e de Governo das mesmas regiões prevista para 17 e 18 de Maio próximo. O evento foi organizado pelo CESE em cooperação com o conselho Económico e Social de Espanha e realizou-se em Madrid, de 17 a 19 de Abril. De entre os pontos fundamentais do documento, destacam-se os seguintes: C E S - info -1- É necessário que as organizações da sociedade civil desempenhem um papel activo no desenvolvimento de relações interregionais baseadas numa participação significativa nos processos de negociação e na cooperação para o desenvolvimento. Para tal, há que fortalecer as organizações da sociedade civil e reforçar o seu papel institucional. Nesta perspectiva, os participantes apelam à Cimeira de Chefes de Estado e de Governo de 17 e 18 de Maio para que confira um estatuto institucional aos encontros da sociedade da União e nas políticas a empreender a nível europeu. Neste contexto, a incorporação da Carta dos Direitos Fundamentais no Tratado foi igualmente reclamada pela maioria dos intervenientes. A subsidiariedade: Alguns oradores invocaram uma forma de subsidiariedade, denominada "subsidiariedade horizontal", que consiste em definir, para uma mesma política, a parte que compete às autoridades públicas e a que compete aos próprios cidadãos. A cultura: Um número importante de participantes sublinhou que este conceito deveria ser entendido no sentido mais lato do termo, que iria da criação artística à educação e à formação. Göke Frerichs, presidente do Comité Económico e Social Europeu (à direita) cumprimenta Jaime Montalvo Correa, presidente do Conselho Económico e Social espanhol, na segunda conferência da sociedade civil da UE – América Latina e Caraíbas. Também está presente Juan Carlos Aparicio Pérez, Ministro espanhol do Trabalho e dos Assuntos Sociais. civil organizada – como o I Encontro efectuado há três anos no Rio de Janeiro e o agora realizado em Madrid –, que deverão ter lugar sempre que se realizem cimeiras dos dirigentes políticos das três regiões. Por analogia, os participantes salientaram que o Acordo de Cotonou permitiu progressos qualitativos no que se refere à participação de representantes da sociedade civil organizada na definição e gestão das políticas (por exemplo, no financiamento e na programação) e das estratégias de desenvolvimento. O diálogo entre as organizações da sociedade civil das três regiões e entre elas e os governos deve basear-se na estabilidade democrática, na construção de consensos e em valores como a transparência, a responsabilidade social e o respeito mútuo. Os participantes também propuseram um conjunto de iniciativas específicas em A reunião em apreço foi presidida por Jan OLSSON, membro do CESE particularmente incumbido das relações com a sociedade civil organizada. Participaram igualmente Anne-Marie SIGMUND, observadora do CESE na Convenção, e Jens-Peter BONDE, membro da Convenção. Também se fizeram representar diversos outros membros do Parlamento Europeu. Pareceres adoptados na 390 ªreunião plenária diversos domínios, expostos em pormenor no texto integral da Declaração: Direitos Humanos: Há que dar atenção especial aos direitos dos migrantes, das populações indígenas e dos sectores rurais pobres, bem como à igualdade entre os sexos. Comércio e Sociedade da Informação: As pequenas e médias empresas podem ter um papel importante na criação de emprego e de riqueza. Há, entretanto, que melhorar o acesso ao crédito e às novas tecnologias. Dimensão Social: É feito um apelo expresso à Cimeira de Chefes de Estado e de Governo para que se empenhe na rápida redução ou remissão da dívida externa destas regiões. É igualmente necessário reforçar a cooperação entre as regiões, de modo a contribuir para a integração de um número crescente de migrantes e para o seu acolhimento na Europa em termos sociais, culturais e de mercado de trabalho. O alargamento da União Europeia e o sector florestal Relator: S. KALLIO (Gr. III – FI) Um novo impulso para a juventude europeia Relatora: J. HASSETT (Gr. III – IRL) Ano Europeu da Educação pelo Desporto 2004 Relator: C. KORYFIDIS (Gr. II – GR) Imigração clandestina Relator: L. M. PARIZA CASTAÑOS (Gr. II – E) Acordo de cooperação ACP/EU Relator: R. BAEZA SANJUAN (Gr. II – E) Sobreendividamento das famílias Relator: ATAÍDE FERREIRA (Gr. III – P) As PME nas regiões insulares da União Europeia Relator: N. VASSILARAS (Gr. III – GR) NOTÍCIAS DA CONVENÇÃO Veículos a motor – espelhos retrovisores Relator: S. COLOMBO (Gr. II – I) Convenção Europeia: Fazer ouvir a voz da sociedade civil organizada – primeira reunião de informação e de diálogo no CESE Em 18 de Abril, o Comité Económico e Social Europeu (CESE) realizou em Bruxelas, a pedido da Convenção Europeia e em presença do seu vice-presidente Jean-Luc DEHAENE, uma primeira reunião de informação e de diálogo com as organizações e redes de organizações europeias da sociedade civil. Estiveram presentes cerca de uma centena de representantes de um largo espectro da sociedade civil organizada: organizações socioprofissionais, associações, ONG activas nos sectores social, do ambiente, dos direitos humanos, da educação e da cultura, bem como comunidades de fé e religiosas. Alguns participantes também evocaram a necessidade de criar grupos de trabalho sobre temas específicos, incluindo os temas supramencionados – ou outros assuntos fixados pela Convenção – para sobre eles reflectir com mais profundidade. Prolongamento das redes transeuropeias de transporte para as regiões insulares europeias (iniciativa) Relator: N. VASSILARAS (Gr. III – GR) europeus e tomasse efectivamente em consideração as aspirações, solicitações e expectativas da sociedade civil. Nesta matéria, muitos dos participantes colheram a oportunidade para solicitar um acesso mais vasto aos debates da Convenção, nomeadamente às reuniões plenárias. Outros insistiram junto de Jean-Luc DEHAENE sobre a importância da repercussão que teria a manifestação das expectativas dos cidadãos europeus no interior da própria Convenção, bem como sobre a tomada em consideração das críticas, sugestões e propostas que nos próximos meses seriam formuladas no âmbito do Fórum. Biocarburantes/Transportes Relator: C. WILKINSON (Gr. I – UK) Redacção Nick Foster Assistente Hayet Maraoub O debate colocou em evidência um certo número de preocupações comuns aos participantes, nomeadamente: Endereço Comité Económico e Social Europeu Rue Ravenstein 2, B – 1000 Bruxelles Tel.: (32-2) 546.92.07 ou 546.93.93 Fax: (32-2) 546.97.64 e-mail: [email protected] Os diversos participantes também apoiaram a iniciativa do Comité e insistiram em que a Convenção estivesse atenta aos cidadãos A cidadania europeia: Os oradores insistiram bastante na tomada em conta da dimensão "cidadã" nos futuros mecanismos institucionais internet: http://www.esc.eu.int -2- Substâncias perigosas/Riscos de acidentes graves Relator: Ph. LEVAUX (Gr. I – F) Concorrência fiscal e consequências na competitividade das empresas Relator: P. MORGAN (Gr. I – UK) Direitos dos cidadãos da União de circular no território dos Estados-Membros Relator: J. I. RODRÍGUEZ GARCÍA CARO (Gr. I – E) Estatísticas do rendimento e das condições de vida na UE (EU-SILC) Relatora: S. FLORIO (Gr. II – I) Co-relator: J. BENTO GONÇALVES (Gr. III – P) Co-relator: U. BURANI (Gr. I –I) Reforçar a dimensão local da estratégia europeia de emprego (aditamento a parecer) Relator: G. VINAY (Gr. II – I) Protecção de segurança interior e cumprimento das obrigações (documento de trabalho da Comissão) Relator: D. RETUREAU (Gr. II – F) Terceira fase do programa Tempus (Tempus III – 2000-2006) Relatora: S. FLORIO (Gr. II – I) CES Jean-Luc DEHAENE agradeceu ao CESE o facto de se ter oferecido como "mediador" na instauração de um diálogo estruturado entre a Convenção e a sociedade civil organizada. C E S - info Recursos genéticos na agricultura Relator: L. RIBBE (Gr. III – D) CES-Info é uma publicação gratuita do Serviço de Imprensa do Comité Económico e Social Europeu. Existente em 11 línguas, CES-Info divulga, todos os meses, o essencial da informação sobre as actividades recentes do CES. CES-Info não pode ser considerado como o relato oficial dos trabalhos do CES, que se encontra no Jornal Oficial das Comunidades Europeias e noutras publicações do Comité. A reprodução – com menção de CES-Info como fonte – é autorizada (mediante o envio de cópia ao redactor). Tiragem: 23 839 exemplares. O próximo número sairá em Junho de 2002.
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