DESTAQUES Maria, a mulher que vai a Emaús Campanha da

Transcrição

DESTAQUES Maria, a mulher que vai a Emaús Campanha da
CENTENÁRIO DO
CONTESTADO
DIOCESE DE CAÇADOR
ANO XV
Nº 165
MAIO
2012
DESTAQUES
Maria, a
mulher que
vai a Emaús
Pág 03
Assembleia
Diocesana da
Pastoral da
Família
Pág 07
Campanha da
Fraternidade 2012
3ª parte: A Ação
Profética de Jesus e
a Saúde do Povo
Págs 08 e 09
III Interdiocesano
dos Grupos de
Reflexão
Pág 13
50 Anos do
Concílio
Vaticano II
Pág 15
Igreja
2
EDITORIAL
A
devoção mariana. A Igreja de Jesus Cristo não seria completa se esquecêssemos
de sua Mãe. O mês de abril nos ofereceu
momentos de intensa riqueza, primeiro a
Páscoa do Senhor, em seguida a assembleia diocesana da Pastoral Familiar e, depois a Assembleia Geral da CNBB. Agora
queremos um mês de satisfação espiritual,
os encaminhamentos pastorais, as perspectivas em nossas atividades eclesiais.
Chegou a hora de nos colocarmos diante
da proteção de Maria, mulher forte e sensível que antecipa tudo na vida e nos oferece o caminho da segurança trazida por
seu Filho Jesus. Seguir a Nosso Senhor
Jesus Cristo devolve em nós Católicos
Apostólicos Romanos, a originalidade de
nossa fé e a segurança na nossa vida familiar e comunitária. Fortalece-nos como
pessoas humanas.
Que Deus nos inspire a seguirmos
Filho e que, em nossa Diocese, em todas
as paróquias que compõem as 530 comunidades, alimentemo-nos com a força
cresçamos na fé e na esperança.
Divulguem o Jornal Fonte para que
todos os católicos estejam informados e
que tenham as respostas prudentes e sámentos vierem contra nós.
Que a Mãe de Jesus nos cubra com
sua bênção e nos sintamos mais amados
N
ós, Bispos do
Brasil,
estamos
reunidos
desde
o dia de ontem, para a
Assembleia Geral da nossa
Conferência
Episcopal,
junto
do
Santuário
Nacional de Nossa Senhora da Conceição
Aparecida. Somos quase 300 bispos, reunidos
exercício da nossa missão episcopal e para o
bem das nossas Comunidades Eclesiais.
Esta é a 50ª Assembleia Geral de nossa
Conferência que, neste ano, comemora também
o 60º aniversário de sua criação. Nesta reunião
jubilar iniciamos as comemorações do 50º
aniversário do Concílio Vaticano II, que se
estenderão por quatro anos no Brasil; durante
esse período, procuraremos ouvir de novo a
voz do Espírito, que falou no Concílio Vaticano
II, dando especial destaque ao Ano da Fé e ao
precioso dom do Catecismo da Igreja Católica.
No tema principal de nossa Assembleia
Geral – “A Palavra de Deus na vida e na missão
da Igreja” – queremos acolher melhor em nossas
Dioceses a Exortação Apostólica Pós-Sinodal
Verbum Domini, de Vossa Santidade. Somos
ministros e servidores da Palavra de Deus para
nossos irmãos e para o mundo.
Santo Padre, ao recordamos hoje o 7º
aniversário de sua eleição, como Sucessor de
Pedro, queremos expressar nossas especiais
congratulações a Vossa Santidade. Nesta manhã,
já oferecemos a Santa Missa em sua intenção,
pedindo que o Senhor Ressuscitado o fortaleça e
na fé. Que o Espírito Santo o assista sempre no
exercício do Ministério Petrino.
Elevamos nossa ação de graças pelo dom
Obrigado, ó Deus, pela mãe que me deste!
Dom Frei Severino Clasen, OFM
Expediente
Jornal de Circulação Interna - Tiragem: 15 mil exemplares
MITRA DIOCESANA DE CAÇADOR
Rua Mafra, 235 - Bairro Bom Jesus - C.P. 227 - CEP: 89.500-000 - Caçador - SC
EDITORIAL: Coordenação Diocesana de Pastoral
FONE/FAX: (49) 3563-2045
e-mail: [email protected]
DIAGRAMAÇÃO: Felipe Pelegrinello Caipers ([email protected])
JORNALISTA RESPONSÁVEL - PE. DR. GILBERTO TOMAzI – MTB: 38945
IMPRESSÃO: Diário Catarinense
que Deus fez à Igreja, ao
chamar Vossa Santidade
momento particularmente
exigente da vida da Igreja,
no início do século XXI.
A
profundidade
dos
documentos que Vossa
Santidade tem dado à
Igreja, a clareza de seus pronunciamentos, a
busca da comunhão que transparece em suas
decisões, são inspiradoras para o exercício do
nosso ministério pastoral e nos encorajam a
incompreensões e sofrimentos. Pedimos que o
Espírito de Deus fortaleça e conforte o coração
de Vossa Santidade e o recompense pelo valioso
serviço prestado a toda a Igreja e à humanidade.
Santidade, a Igreja no Brasil, com seus
jovens, prepara-se, com alegre expectativa para
a próxima Jornada Mundial da Juventude, em
julho do próximo ano, no Rio de Janeiro. Temos
a certeza de que esse novo encontro do Papa
com os jovens do mundo inteiro trará muitos
frutos para a nova evangelização e a transmissão
da fé cristã.
Ao manifestarmos nossa adesão e
povo brasileiro sua paterna Bênção Apostólica.
Aparecida, 19 de abril de 2012.
Presidente da CNBB
Raymundo Cardeal Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida
Vice-presidente da CNBB
Dom José Belisário da Silva
Arcebispo de São Luís do Maranhão – MA
Secretário Geral da CNBB
Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília - DF
ORAÇÃO PARA O DIA DAS MÃES!
nossa mãe e rainha, aqui na terra e no céu.
Bispo de Caçador
2012
CARTA DA CNBB PARA O SANTO PADRE BENTO XVI
Beatíssimo Pai,
s belas celebrações da Semana Santa, que
culminaram com a festa
magna, a Páscoa do Senhor, conduziram-nos para o mês da ternura que é maio. Em
MAIO
Seu semblante tranquilo fala-me do teu
rosto materno, ó Deus!
Neste dia dedicado às mães, o Universo
inteiro canta, Senhor,
as maravilhas que operaste nesta criatura
maravilhosa e boa:
obra-prima de tuas mãos.
Acompanha, Senhor, minha mãe,
nas alegrias e nas lágrimas, nos trabalhos e
nas preocupações.
E quando suas forças diminuírem e a idade
avançar,
que eu redobre a minha ternura
para que a solidão não a possa alcançar.
Abençoa, ó Deus, minha mãe!
Abençoa também todas as mães!
Autor: Celina H .Weschenfelder
MAIO
Evangelização
2012
3
CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES DA MISSÃO
U
missiologia ou missionariedade.
ma primeira característica refere-se ao reconhecimento
do protagonismo do Senhor e de seu Espírito. Isso
Pastor e missionário do Pai com a disposição de caminhar com
Ele, assumindo suas atitudes, critérios e opções proféticas. O
verdadeiro discípulo e missionário generosamente vive sua
missão a partir de Jesus Cristo, sabendo que, no dia a dia,
vive em processo permanente de aprendizado. O Senhor, como
protagonista da missão, transplanta em nós seu coração cheio de
amor, radicalmente solidário com os pequenos e pobres da terra,
à missão até o sangue derramar do alto da cruz. Acolher
Jesus e fazer missão a partir d’Ele ajuda a superar a tentação do
protagonismo pessoal, do ativismo estressante e mecânico, do
desânimo nas situações difíceis. O único pastor é o Senhor. Nós,
discípulos e missionários, participamos da sua “pastoralidade” ou
do seu pastoreio.
A segunda característica é a atenção solidária para com
os pobres, que consiste na defesa da vida, que recentemente
é apontada pelas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora
da Igreja como exigência fundamental. Dom Helder Câmara
que com
seu braço estendido horizontalmente, convida a uma paixão
missionária pelos pobres e o outro na vertical, convida a uma
paixão missionária por Cristo”. Sem essas duas paixões, nossa
ação missionária nada transforma, nem a nós mesmos. O “olhar
no amor e cuidado dedicado ao ser humano. Só assim a Igreja
vive sua dimensão missionária e exerce um serviço em favor da
vida.
A terceira característica refere-se à inculturação. Essa
característica exige que a Igreja atualize permanentemente o
mistério da
encarnação.
O Verbo de
Deus continua
fazendo-se
carne no meio
do
mundo,
na história e
carne humana.
Sem
a
enculturação,
Deus que divinamente dialogou com todos, inclusive com o
demônio, o tentador. Não podemos, como missionários, fechar
os olhos para a ação misericordiosa do Espírito Santo, que sopra
onde quer na sua liberdade amorosa e responsável.
A missão deve proporcionar um intercâmbio enriquecedor
de comunhão e unidade entre missionários, comunidades e Igreja,
que favoreça o serviço pela defesa da vida
de justiça e paz. O missionário é alguém que com alegria quer
fazer sua experiência com Jesus, mas também é sedento de ouvir
a experiência religiosa do outro. O missionário é mendigo que
visita outro mendigo para juntos descobrirem o tesouro que é o
se fazer compreender, contudo, é bom lembrar que, na missão, não
precisamos abandonar nossa identidade própria, nossos valores e
princípios... . Não precisamos nos anular. A missão é verdadeira
quando os diferentes se relacionam e crescem junto no respeito
cordial e mútuo, seguindo o exemplo de Cristo Bom Pastor que
na missão dialogou com todos sem ser absolvido, sendo sempre
Ele mesmo. Estamos em missão no mundo, mas não pertencemos
Essas características devem estar presentes na missão da
Igreja local, que alimentada pela Palavra, pela Eucaristia, pelos
Sacramentos, constrói-se através da variedade de dons, carismas
e ministérios
mundo, envia superando todas as fronteiras, pessoas como o Pe.
Flávio Melchior Tártari e o Pe. Renato Luiz Caron, que se tornam
ponte entre comunidades, povos e religiões na descoberta do
amor de Deus que liberta e salva.
Sejamos missionários vibrantes do Pai, a partir de Jesus
Cristo, no Espírito, na vibrante Diocese de Caçador. Que essa seja
nossa atitude em resposta a Deus que tem atitude permanente em
favor de nós – Amém!
Em continuidade à
da Igreja, nas próximas edições, publicaremos novos textos.
Acompanhe!
deste mundo, mas é para os homens e mulheres deste mundo.
Nossa identidade de discípulos e missionários também não deve
se anular nele ou nas suas circunstâncias.
A quarta característica convida para o diálogo interreligioso. Trata-se de dialogar com os diferentes, sabendo que
Deus e sua ação através do Espírito vão para além das fronteiras
estabelecidas pelo nosso círculo religioso que, por vezes tenta
engaiolar o Espírito Santo. Não devemos esquecer que juntos
podemos ser mais para sermos UM com o Pai do céu. Divididos,
com certeza, nada seremos e também nada realizaremos. Negar
o diálogo com outras denominações religiosas é negar o próprio
Inspirado na obra de Valdeci Antônio Ferreira
A MISSÃO NA PERIFERIA DO MUNDO.
Organizado por Pe. Moacir da Silva Caetano.
MARIA, A MULHER QUE VAI A EMAÚS
M
aria, um nome tão comum. Quando não se conhece o
nome de uma mulher, tenta-se chamá-la de Maria e,
muitas vezes, se acerta. Maria, um nome tão comum.
Provavelmente, ela se chamava Maria.
Era uma mulher baixinha. Os lindos cabelos negros recolhidos
em castas tranças. Este era o costume obrigatório das mulheres
judias de boa reputação. Maria gostava dos seus cabelos soltos;
eram macios e espalhavam um perfume quente de azeite de oliva
Maria penteava os seus longos cabelos negros, acariciando-os
suavemente. Cléofas gostava de olhar a sua esposa perdida em
pensamentos longínquos se penteando à luz frágil de uma vela.
Cléofas gostava, à noite, de se perder no cheiro quente de azeite
digna, pessoas contando histórias que devolviam a esperança ao
povo massacrado pelos impostos dos romanos e do templo. O
grupo de Jesus, gente de carinho e de cura, mulheres e homens
conhecedores da cura das ervas e das palavras boas que saram
feridas da alma e do coração.
Maria, um nome tão comum. Um nome que não precisa
ser citado nos livros de história. Ela, a esposa de Cléofas,
provavelmente era conhecida só como a «Maria de Cléofas».
Maria, discípula do grupo de Jesus. Fazia já duas noites que
sonhos assustadores visitavam o repouso de Maria. Ela acordava,
de repente, com o coração na garganta e o rosto molhado de
lágrimas amargas. O sono tranquilo do descanso não iria mais
casamento feito de sonho, amor e diálogo.
Há alguns meses, tinham conhecido o grupo de Jesus.
Um grupo como muitos outros existentes na Galiléia daquele
tempo. Um grupo como os outros e, ao mesmo tempo, tão
diferente. Quantas crianças participavam daquele grupo! Eram
amadas, acolhidas... Para elas, tinha espaço no grupo. Jesus
adorava brincar com elas, carregava-as no colo e, ao entardecer,
chamavam sonhos bons nos corpos cansados daqueles pequenos.
Jesus costumava dizer que o Reino de Deus é para as crianças.
Maria e Cléofas sorriam ouvindo aquelas palavras. Nos olhos
viveriam num mundo diferente, um mundo de partilha, de amor,
de carinho; um mundo com o mesmo cheiro do Reino de Deus.
O grupo de Jesus, um grupo como os outros e, ao mesmo
tempo, tão diferente. Quantas mulheres participavam do grupo
de Jesus! Mulheres casadas e solteiras, viúvas... Mulheres
discípulas, ministras da palavra e da fração do pão. O grupo de
Jesus, um espaço para crianças e mulheres, um espaço para todos
os empobrecidos. O grupo de Jesus, lugar de resgate da vida
Há dois dias, na lua cheia da primavera, Maria tinha
presenciado a morte do amigo. Jesus, morto como bandido,
incômodo ao poder do templo e do imperador romano. Foi
impossível consolar o amigo. Foi obrigada, como outras
mulheres do grupo, a ouvir os gritos de Jesus de longe, porque
muito perto das cruzes. Uma pergunta trágica estava enroscada
na garganta de Maria, parecia crescer à noite e quase a sufocava.
Por que tanta violência? Por que o amigo Jesus tinha sido
morto? Ele, o meigo contador de histórias para mulheres, pobres
e crianças... Ele, que fazia a esperança de um mundo melhor,
sem exploradores e explorados, voltar a brilhar nos corpos das
pessoas...
Ele que, superando todos os orgulhos patriarcais, fazia das
mulheres, discípulas amadas... Tudo estava acabado... Tudo...
E a tristeza sufocava a garganta de Maria. Cléofas também
acordava, à noite, quando Maria acordava. Ele sabia muito bem
que Jerusalém nunca tinha sido um lugar acolhedor e seguro
para a gente da Galiléia nem para quem aderia a ideias e práticas
novas, ainda menos agora, com a morte de Jesus.
Decidiram então sair da cidade e tentar recompor os
pedaços da vida e dos sonhos estraçalhados após a morte do
amigo. Saíram bem cedinho, às primeiras luzes, quando o dia
ainda não é dia e a noite não é mais noite. Saíram abraçados,
para se proteger do medo, do frio e da sufocante tristeza. Tinham
que percorrer alguns quilômetros. A palavra boa começou a se
fazer espaço entre o nó da garganta de Maria. Ela lembrava
os contos do amigo. Lembrava as palavras e as histórias que
nunca cansava de ouvir. Histórias de cura, de amor, de perdão,
de partilha... Histórias do Reino de Deus. Histórias já cantadas
e contadas desde Moisés até os profetas e profetisas... Histórias
do Sonho de Deus!
A tristeza e o desânimo enroscados na garganta e no
coração de Maria suavemente se desmanchavam, deixando lugar
para uma doce saudade... O coração do casal ia-se aquecendo
na memória do amigo amado. O sol começava a brilhar entre
a planície e as montanhas e Cléofas percebia de novo o cheiro
Chegaram em casa, cansados e famintos. Maria, como sempre,
foi buscar um pão guardado na despensa. Não precisaram de
palavras... O silêncio estava grávido de sentido. A vida cria
mortos, ressuscitou! A vida tem sempre a última palavra!»
Texto extraído do livro de Maria Soave
Luas...contos e en-cantos dos Evangelhos
www.cebi.org.br
Espiritualidade
4
MAIO
2012
ESTETIzAÇÃO DA FÉ
N
os últimos anos, é comum encontrar nas dioceses,
paróquias e comunidades pessoas que buscam
celebrações alegres, festivas, com muitos símbolos
e ornamentos bonitos. Preocupações que privilegiam a
beleza externa das celebrações com encenações religiosas
dramáticas e teatralização da fé, muitas vezes esquecendo
o aspecto da interioridade do mistério celebrado.
Apesar de nossa cultura ser tecnologicamente
aparecem na forma simbólica, alegórica e, por que
não dizer, mágica, de certas expressões religiosas, no
entanto, as paróquias vivem uma realidade de estetização
generalizada, cujos objetos adquirem, constantemente,
uma funcionalidade primária de embelezamento. A
da estetização do cotidiano das pessoas, acaba levando a
uma grande preocupação com o belo principalmente em
relação às crenças.
embelezamento das celebrações deixa de lado a beleza do
conteúdo doutrinal quando aprofundado. Precisa-se
resgatar o verdadeiro sentido da beleza como nos fala o
papa Bento XVI em muitas de suas obras e em diversos
da criação, da revelação, da tradição e coerência também
do homem receptor da obra divina”. “A beleza cristã não
a verdade sobre a dor”. “Uma beleza não aberta a Deus
reclui o homem nele próprio e é capaz de levá-lo ao
desespero ou a um espiritualismo sem estreita relação com
Deus”. “Os crentes devem mostrar a beleza de sua fé em
autênticas cerimônias, sobretudo em sua liturgia”.
Frente a “celebrações-espetáculos”, as paróquias
são chamadas a vivenciar o belo nas celebrações do
profundidade doutrinal, conscientização sobre o que
realmente se celebra e sobre como se celebra.
Profundidade Doutrinal
A grande missão da Igreja é evangelizar e levar a
P
lógica e teológica, um só ato de culto (cf. SC 56).
A beleza das celebrações com sinais, símbolos,
palavras, gestos, canto, música, imagens, cores, vestes,
etc. leva-nos a uma verdadeira comunicação com o
transcendente. Como dizia Simone Weil, “a beleza está
para as coisas como a santidade está para a alma”.
Conscientização sobre como se Celebra
Para celebrar o mistério pascal, é necessário que
nossas celebrações sejam ação simbólica, expressando
o grande mistério da fé cristã em gestos, palavras e
boa notícia do Evangelho a todos. Na era da estetização
da fé, as homilias estão perdendo sua relevância para as
dramatizações. As celebrações do mistério pascal estão
virando programas de auditórios. O importante é bater
palmas, estender as mãos, dançar mantras, gritar vivas,
aplaudir e balançar lenços ou bandeirinhas. O presbítero
se torna um animador de auditório.
homilias com argumentos convincentes. Uma boa homilia
tem começo (despertar curiosidade), meio (explicar a
Supõe preparar bem para falar o essencial. O segredo de
uma boa homilia, que transforme os corações, é uma longa
Ivan Dias,
arcebispo de Bombaim (Índia), em sua intervenção
durante o Sínodo em outubro de 2007. A meditação pessoal
é essencial para que a assembleia seja tocada pela Palavra.
Conscientização sobre o que se Celebra
As celebrações litúrgicas devem ser obra de Cristo
Sacerdote e de seu corpo que é a Igreja. É uma ação sagrada
é igualada a nenhuma outra ação da Igreja. Esta ação seja
uma ação festiva, realizada na gratuidade da fé e que se
faz com palavras, gestos, ações simbólicas, ritos... Sinais
emolduram os ritos centrais da Palavra e da Eucaristia,
intimamente ligados entre si e realizando, numa sequência
celebração cristã é ação ritual, é a atualização de uma
memória simbolicamente expressa da presença de Jesus,
por isso, o uso de símbolos não se faz somente pelo gosto
de novidade, mas pela sua capacidade de expressar o que
é essencial ao que se celebra ritualmente.
Uma liturgia sacramental deve ser tecida de sinais e
símbolos que expressam as dimensões da fé e da esperança,
sinais e símbolos que poderiam ser mais valorizados,
dentro de uma criatividade mais adequada aos anseios
mãos, sentar-se à mesa, ajoelhar, caminhar, cantar, impor
dominical, semanal e santoral e o evangeliário; aproveitar
âmbula, castiçal, candelabro, cruz, velas e ostensório,
dalmática e véu umeral.
Contudo, é fundamental o silêncio. Guarde-se, em
seu devido tempo, um silêncio sagrado (cf. SC.10; IGMR,
23). Neste momento da história, no contexto pós-conciliar,
de darmos «razões da nossa esperança» (lPd 3.15), grande
Cônego Edson Oriolo - Escritor e Conferencista
Revista Ecclesia Ano 2 n. 7 Dezembro 2011/Janeiro 2012
O DOM DE CUIDAR DE SI
arece estranho, mas num tempo em que tanto
a pena ter vivido. Apresentam o tempo presente como
uma dádiva e o futuro com alegre esperança. Conversa
agradável é aquela que não tem pressa de terminar.
Não é determinada por protocolos. Ela nasce de forma
espontânea de corações que se querem bem. Conversa
agradável é aquela em que até nos silêncios de palavras
há um sentido tão profundo que mesmo o discurso mais
belo não é capaz de proclamar.
Solidão acompanhada: quantas vezes você se
potencialidades e limites, talvez a pessoa com
quem menos nos preocupamos seja nós mesmos. Se você
relação aos outros e o que realiza para si, e verá uma
desproporção enorme, possivelmente. E, por que isso
os outros precisam de mim, sou insubstituível naquela
tempo para cuidar de mim?
Ter um tempo para si mesmo não é ser egoísta, é
ter amor por si próprio. É gestar um amor a partir de
dentro e não mendigá-lo de fora. De que vale carregar o
mundo inteiro se não se é capaz de cuidar da própria vida?
Se o amor que ofertamos resulta do amor que damos a
nós mesmos, que verdade possui o amor de quem não se
cuida, não se valoriza, não se ajuda, não se pensa, não se
ama? Talvez o grande segredo para uma mudança na vida
pessoal é justamente voltar-se para ela mesma em uma
atitude de solidariedade e amor. O primeiro a ser atingido
pelo amor que se crê é você.
uma pessoa que anuncia o amor e ao mesmo tempo se
autodenuncia nos comportamentos e palavras, revelando
que não se ama. É preciso, muitas vezes, durante toda a
vida, remodelar-se, garantir uma gestão de qualidade em
relação a si mesmo. E isso se dá através da mudança de
Rezar: quando foi a última vez que você se colocou
em oração? Orar faz bem para o coração e para a mente. A
oração é um caminhar para dentro de nós. É um encontro
entre seu “eu mais profundo” e Deus. Aquele que reza
é mais sensível ao que sente e pensa. Rezar, aqui, não é
simplesmente decorar palavras e repeti-las, mas, assim
como as ondas d’água nascem no mais profundo do mar,
assim também as palavras mais belas da oração mais
verdadeira nascem do fundo de nosso coração. Quem reza
se conhece melhor. Quem reza, só pelo fato de se colocar
em oração, já pode se considerar mais saudável.
Conversas agradáveis: quais os conteúdos das suas
últimas conversas? Conversar é entrar na casa de sentido
que a outra pessoa tem e deixá-la entrar em nossa. Se
a conversa resulta de palavras impróprias e assuntos
mesquinhos, somos presos nas armadilhas que as palavras
nos aprontam. Conversas agradáveis têm ligação direta
sinônimo de doença, mesmo que virtualmente, precisamos
estar conectados com alguém. Mas, será isso verdade?
Não somos merecedores de horas agradáveis de solidão?
Ficar sozinho, por vezes, é uma atitude saudável. Não
que a companhia dos outros incomode, mas aqui estamos
falando daquele momento em que você se retira para se
reencontrar. Depois de todo o movimento que o dia, a
semana ou o mês exigiu de nós, precisamo-nos reintegrar
em nós mesmos. Solidão acompanhada é aquele momento
especial onde você tem apenas você por companhia. Essa
é a sua hora. É o momento de visitar o seu interior para
ver o que tem acontecido com você no que se refere às
dimensões que comportam sua humanidade.
Ficar só é graça. Poder sentir-se e pensar-se é um
dom a ser conquistado, é desbravar nosso interior para
descobrir o que precisa ser lapidado e, principalmente,
as riquezas que ali residem. A solidão acompanhada é
justamente essa hora em que você viaja para dentro de si
e percebe o quanto é especial aos próprios olhos.
Éderson Iarochevski
MAIO
2012
PREGAI A BOA NOVA A TODA CRIATURA
Ascensão do Senhor – 20 de maio de 2012
1ª Leitura: Atos 1,1-11 - Jesus elevou-se à vista
deles e uma nuvem os
encobriu.
Salmo 46 (47), 2-3.67.8-9 - Subiu Deus
por entre aclamações,
o Senhor, ao som das
trombetas.
2ª Leitura: Efésios
1,17-23 - Sabedoria de Jesus Cristo, à direita do Pai.
Evangelho: Marcos 16,15-20 - Últimas
recomendações e subida ao céu
A Solenidade da Ascensão do Senhor quer
nos ensinar que Jesus Cristo, com sua ressurreição,
inaugurou um novo tipo de presença entre nós. Antes,
ele estava limitado ao local onde se encontrava.
Agora, ele passa a estar em toda parte.
O Evangelho de São Marcos termina, recordando
as últimas palavras do Senhor Jesus aos apóstolos
antes de ser levado ao céu.
dos demônios, falar novas línguas, manuseio de
serpentes, imunidade contra venenos, são na verdade
reprodução das palavras do profeta Isaías para
o lobo será hóspede do cordeiro, a pantera se deitará
ao pé do cabrito, o touro e o leão comerão juntos, e
um menino pequeno os conduzirá”. (Is. 11,6). O que
haver mais lugar em nossas comunidades cristãs para
inimizades, maledicências, ódios, invejas... Será com
nosso testemunho de bondade, caridade e verdadeira
fraternidade que os nossos irmãos compreenderão
que um mundo novo chegou.
A FORÇA DO ESPÍRITO SANTO!
Solenidade de Pentecostes - 27 de maio de 2012
1ª Leitura: Atos 2,1-11 - Vinda do Espírito Santo, em
meio a ruído como do vento.
toda essa descrição
maravilhosa
é
principalmente
revelar que o Espírito
Santo é um dom
destinado a todos os
povos. E que com
sua presença devem se derrubar os muros que os
separam. Quais serão as armas para conseguir tudo
isso? A linguagem do amor!
Salmo
Se enviais, porém, o vosso sopro,
eles revivem e renovais a face da terra.
2ª Leitura
diversos, mas um só espírito.
Evangelho
A liturgia apresenta uma derradeira advertência
aos que haviam sido batizados na noite santa da
Páscoa do Senhor. Diversos deles, tendo examinado
sua consciência, constatavam que continuavam
a praticar injustiças, ódios, maldades, tudo como
antes do Batismo. E estavam desanimados porque
esperavam que pelo Batismo houvesse uma
transformação imediata em seus corações e estariam
Celebrações Dominicais
imunes das paixões e tentações.
Jesus lhes indica o caminho para que se
pecados e lhes mostra que a conversão é como uma
pequena semente plantada em seus corações. Cresce
lentamente e só pela força do Espírito produz frutos
estar conscientes de que seus pecados não lhe seriam
perdoados se não criassem ambiente de paz para que
o Espírito pudesse entrar no coração de todos os seres
humanos.
EIS QUE ESTOU CONVOSCO TODOS OS
DIAS
Santíssima Trindade - 03 de junho de 2012
1ª Leitura: Deuteronômio 4,32-34.39-40 Salmo 33 (32): Feliz o povo que o Senhor escolheu
por sua herença.
2ª Leitura: Romanos 8,14-17
Evangelho: Mateus 28-16-20
No Evangelho
Mateus
registra
o
encontro
dos
discípulos com Jesus
em uma montanha
da Galiléia. Durante
seu ministério, Jesus
já havia enviado os
apóstolos em missão.
Agora, permanecendo vivo entre eles, reenvia-os
para fazer discípulos entre todas as nações. Não há
nenhuma eleição particular, todos são chamados ao
seguimento de Jesus, na adesão à vontade do Pai,
que é que todos tenham vida, em plena comunhão
de amor. Os discípulos são enviados para batizar,
em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Jesus
assumiu o batismo de João revelando que este batismo
de conversão é do agrado de Deus, e pela pratica da
justiça que promove a vida, removendo o pecado do
mundo, somos inseridos na própria vida divina, na
comunhão de amor entre o Pai e o Filho. Deixandonos conduzir pelo espírito de Amor, na fraternidade e
chamamos de “Pai Nosso”.
10 de junho de 2012
1ª Leitura: Gênesis 3,9-15
No Senhor, toda graça e redenção!
2ª Leitura: 2 Coríntios 4,13-5,1
Evangelho: Mc. 3,20-35
Jesus Cristo é
mais forte que o mal
que nos angustia.
Assim se desprende
do Evangelho de hoje
e nos recorda Paulo
na segunda leitura.
Desde que Jesus foi
capaz de vencer o pecado e o mal com sua morte e
ressurreição, estabelecendo o reinado de Deus na
terra, o discípulo de Cristo, unido a Ele e cumprindo
a vontade do Pai, pode também derrotar o mal em sua
vida pessoal e no ambiente que o rodeia.
Revista Ave Maria e Família Cristã
Liturgia Bíblia Paulinas
5
CONVITE PARA TREZENA DE SANTO
ANTÔNIO EM RIO DAS ANTAS
A Paróquia Santo Antônio de Rio das Antas
convida a todos para a Trezena de Santo Antônio
que se realizará entre os dias 01 e 13 de junho de
2012. Durante esses dias de oração lembraremos
a luta de Santo Antônio para viver o Evangelho
no seu dia-a-dia. Cada celebração será preparada
com a participação de padres de outras paróquias
e do Bispo Diocesano Dom Frei Severino Clasen.
programação:
01/06 – 19h00 - Santo Antônio, amigo do Coração
de Jesus; 02/06 – 18h30 - Santo Antônio, abençoa
as crianças (Bênção das crianças); 03/06 – 19h00
- Santo Antônio, olha nossos lares (Bênção das
chaves); 04/06 – 19h00 - Santo Antônio, cuida de
nossa saúde (Bênção das Ervas Medicinais); 05/06
– 19h00 - Santo Antônio, renascido nas águas do
batismo (Bênção da água); 06/06 – 19h00 - Santo
Antônio, protegei os trabalhadores (Bênção das
Carteiras de Trabalho); 07/06 –15h00 - CORPUS
CHRISTI Santo Antônio, adorador de Jesus
Eucarístico (Bênção do Santíssimo Sacramento);
08/06 – 19h00 - Santo Antônio, aponta o
verdadeiro caminho (Bênção das Velas); 09/06
– 19h00 - CRISMA – Santo Antônio protegei
os crismandos! Celebrante: Dom Frei Severino
Clasen, OFM – Bispo de Caçador; 10/06 – 10h00
- Igreja Matriz em Festa - Santa Missa (Bênção
das Imagens); 11/06 – 19h00 – Santo Antônio e
a Campanha da Fraternidade (Bênção da Saúde);
12/06 – 19h00 – Santo Antônio e o sabor da vida
nova (Bênção do Sal); 13/06 – 19h00 – Santo
Antônio, Padroeiro de Rio das Antas (Bênção
dos Pães)
Juliana Rodrigues
Paróquia Santo Antônio de Rio das Antas
MÃE É ANJO DE DEUS
Presente divino que me aconchegou em seu ventre
por nove meses
Aguardou ansiosamente minha chegada
Passou noites sem dormir por mim
Ensinou-me a dar os primeiros passos
Chorou de emoção ao ouvir pela primeira vez seu
nome pronunciado pelos meus lábios
Faz de tudo para me ver sorrindo
Está sempre preocupada comigo
Vibra de felicidade a cada uma das minhas
conquistas
O melhor abraço que ampara, colo que consola,
mãos que trabalham
E um coração que me ama incondicionalmente
Lembro-me da sua voz doce nas cantigas de ninar,
da sua mão me dando segurança quando tive medo,
dos seus conselhos nos meus momentos de dúvida
Com você aprendi a principal lição para a vida, o
amor ao próximo
Deus pensou em cada um de nós com tanto amor
que escolheu seu melhor anjo para nos cuidar na
terra nossa Mãe!
Juliana Rodrigues
Paróquia Santo Antônio de Rio das Antas
Notícias
6
MINISSÉRIE CONTARÁ A VIDA DE
DOM PEDRO CASALDALIGA
A
vida de Dom Pedro Casaldáliga, 84
anos, bispo emérito de São Felix de
Araguaia (Mato Grosso), vai virar
minissérie de TVs espanhola e brasileira.
O missionário catalão chegou ao Brasil
em 1968, como conta o jornalista Francesc
Escribano no livro “Descalço na terra roxa”,
no qual se baseia a minissérie. A minissérie
será produzida pela TV Brasil, TVc, TVE e
MAIO
2012
CONGRESSO MISSIONÁRIO NACIONAL
O
3º Congresso Missionário Nacional – CMN, acontecerá
em Palmas (TO) entre os dias 12 e 15 de julho, e deverá
reunir 600 pessoas de todas as partes do País, com o tema
pluricultural, à luz do Vaticano II” e lema “Como o Pai me enviou,
assim eu vos envio (Jo. 20, 21).
Realizado pelas Pontifícias Obras Missionárias (POM) e
Roxa” terá 13 episódios de 22 minutos cada.
Na Espanha, irá ao ar em dois episódios de 85 minutos.
O papel do religioso, que defendeu a democracia em plena ditadura
militar brasileira (1964-1985) e enfrentou latifundiários e posseiros de terras,
conhecer Dom Pedro Casaldáliga.
Desde que foi nomeado bispo da Prelazia de São Felix de Araguaia, em
23 de outubro de 1971, nunca deixou o Mato Grosso, com exceção de uma
visita à Nicarágua em 1985 e algumas audiências na Santa Sé.
A Prelazia Territorial de São Felix teve Dom Pedro como primeiro bispo
prelado. Seu sucessor foi Dom Leonardo Ulrich Steiner, que permaneceu no
cargo até a nomeação como auxiliar de Brasília, em setembro de 2011. O atual
prelado é Dom Adriano Ciocca Vasino, nomeado no último dia 21 de março.
www.cnbb.org.br
O APOSTOLADO DA ORAÇÃO É
UMA BÊNÇÃO PARA A IGREJA
“Senhor, eu Te ofereço, no altar de cada dia, trabalhos e
cansaços, reveses e alegria”. (Pe. Roque Schneider)
E
m 1844, num Seminário da Companhia de Jesus, em Vals, na França, um
grupo de seminaristas se entusiasmou pelas notícias que chegavam das
frentes missionárias que se abriam nos continentes africano e asiático.
Aqueles jovens estudantes sentiam-se motivados a deixar tudo e ir para terras
vocês é com os estudos, livros, salas da aula e professores”. No entanto, “as
suas orações, pequenos sacrifícios e renúncias diárias podem levar um precioso
auxílio aos que trabalham na messe do Senhor”.
Tais orientações foram acolhidas e colocadas em prática por aqueles
seminaristas. Mais tarde, a iniciativa foi divulgada em regiões vizinhas,
tornando-se conhecida em toda a França, difundindo-se logo em outras nações,
e assim, aos poucos, foi surgindo o Apostolado da Oração.
No Brasil, o Apostolado da Oração teve início em 01 de outubro de 1871,
na cidade de Itu - SP, quando o Pe. Bartolomeu Taddei, SJ, fundou ali o primeiro
centro do Apostolado da Oração. Mais tarde, Pe. Taddei estendeu o movimento
“o renascimento espiritual do Brasil é obra do Apostolado da Oração”.
do oferecimento diário de si mesmos unem-se ao Sacrifício Eucarístico e,
dessa forma, colaboram na obra de salvação do mundo. A vida espiritual do
e consciente na Santa Missa com o Oferecimento Diário; b) Culto ao Sagrado
Coração de Jesus; c) Devoção à Virgem Maria; d) Vontade de sentir com a
Igreja; e) Cuidado assíduo em orar.
Na Diocese de Caçador, o Apostolado da Oração está presente em quase
todas as paróquias. Trata-se de uma força muito grande para nossas comunidades,
sobretudo a partir da oração e das muitas atividades concretas que seus membros
realizam nas diversas realidades da vida paroquial. Vemos que o Apostolado da
Oração é uma bênção para toda a Igreja! A partir do próximo mês, veremos o
ensinamento recente dos Papas sobre o culto ao Sagrado Coração de Jesus.
Jesus manso e humilde de coração fazei o nosso coração semelhante ao
vosso!
Pe. Fábio Costa Farias
Paróquia Santo Antônio – Rio das Antas
Paróquia Santa Izabel – Ipoméia
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB); Conferência dos Religiosos
do Brasil (CRB); Conselho Missionário Nacional (Comina) e Centro
Cultural Missionário (CCM), o 3º CMN tem por objetivo preparar
as lideranças missionárias para o 4º Congresso Americano Missionário (CAM 4) e o 9º Congresso
Missionário Latino-Americano (Comla 9), que serão realizados simultaneamente em Maracaibo,
Venezuela, em 2013.
pluricultural em que vivemos hoje e qual o papel da dimensão missionária nessa nova realidade.
Segundo o presidente da Sociedade dos Catequetas Latino-americanos, irmão Israel José Nery, é
preciso rever práticas enquanto Igreja essencialmente missionária. “Diante da realidade do mundo em
tema para o Instrumento de Trabalho do evento.
O presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Missionária e Cooperação
Intereclesial da CNBB, dom Sérgio Arthur Braschi, lembra a preparação anterior ao 3º CMN e
destaca a sua importância para a Igreja no Brasil. “O 3º CMN é de suma importância para a nossa
Igreja e, nesses últimos dias antes de sua realização, quero dizer que ele se insere nas preocupações
da Igreja como forma de transmissão da fé para as novas gerações de famílias e novas comunidades
desse nosso mundo secular e pluricultural».
Já o arcebispo de Palmas (TO), Dom Pedro Brito Guimarães, presidente de honra do evento,
deixa sua mensagem, lembrando-se dos preparativos que ainda há pela frente. «Estamos em
contagem regressiva para este grande evento que será um divisor de águas para a Igreja no Brasil,
portanto, Conselhos Missionários Regionais, Conselhos Missionários Diocesanos, paróquias,
congregações, associações, vamos nos organizar para os últimos preparativos deste Congresso. Ele,
sem dúvida será um encontro para fortalecer questões que precisam ser evidenciadas na Igreja no
Brasil», destacou.
Durante os quatro dias de Congresso, serão ainda abordados temas como o discipulado no
Brasil e no mundo; as contribuições do Concílio Vaticano II para a dimensão missionária, 50 anos
após a sua realização e, o discipulado missionário Ad Gentes (além-fronteiras) no Brasil e no mundo.
www.cnbb.org.br
ESCOLA CATEQUÉTICA DIOCESANA
N
os dias 24 e 25 de março, aconteceu a 6ª etapa da Escola Catequética Diocesana da Região
Centro-Sul. O tema de estudo da etapa foi “Evangelhos Sinóticos” e a assessoria foi
do Pe. Osmar Debatin, da Diocese de Rio do Sul. Estiveram presentes, nesta etapa, 43
catequistas que persistiram nesta caminhada de formação e convivência. O estudo proporcionou o
reconhecimento das diferenças e as semelhanças dos Evangelhos de Marcos, Mateus e Lucas. Os
a realidade de cada comunidade na qual se encarnava o Evangelho. Na busca por uma catequese
mais iniciática e bíblica é essencial que os catequistas conheçam e rezem a Palavra.
Vanessa Petrykowski
Pela Coordenação Diocesana de Catequese
SECRETARIADO DIOCESANO DE PASTORAL
N
o Secretariado Diocesano de Pastoral,
trabalham diversas lideranças,
representando várias pastorais, o
Bispo Diocesano, o Coordenador Diocesano
de Pastoral, o Ecônomo, o Chanceler e os
responsáveis pelo setor administrativo da
diocese. Este grupo reuniu-se no dia 12 de
abril de 2012, para encaminhar algumas ações indicadas pelo Conselho Diocesano de Pastoral, em
novo Plano Diocesano de Pastoral e para encaminhar a formação de uma Comissão Diocesana para
a Jornada Mundial da Juventude, que se realizará, em 2013, no Rio de Janeiro. Entre os dias 22 e 25
de janeiro de 2013 a diocese de Caçador receberá a Cruz Peregrina e o Ícone de Nossa Senhora. Será
um momento de grande alegria, fé e esperança em nossa diocese.
Divanete Eloisa Bachi
Agente da PASCOM
MAIO
N
Destaques
2012
7
ASSEMBLEIA DIOCESANA DA PASTORAL FAMILIAR
os dias 14 e 15 de abril de 2012, realizou-se no Centro de Formação João Paulo II,
a Assembleia Diocesana da Pastoral Familiar, tendo a representação das Paróquias e dos Movimentos que evangelizam com família, na Diocese de Caçador. Este evento teve assessoria do Casal
Marivone e Volnei, Coordenadores do Regional
Sul IV e Vice-coordenadores Nacionais da Pastoral Familiar do Brasil e contou com a presença de
Dom Frei Severino Clasen, OFM, bispo referencial
da Pastoral Familiar no Regional Sul 4, do Pe. Valmor José de Deus, assessor eclesiástico da Diocese, do Pe. João Casara, coordenador diocesano de
pastoral e da equipe de coordenação diocesana da
pastoral. Entres as diversas atividades realizadas,
a Pastoral Familiar e seus objetivos, trabalho em
em cada paróquia. Estudo sobre o Pré-Matrimônio,
Pós-Matrimônio, Casos Especiais, Instituto Nacional da Família e da Pastoral Familiar, momentos fortes de oração, animação, socialização de
experiência e eleição da coordenação.
Sendo a Família a prioridade em nossa ação
evangelizadora, convém destacar a importância
dos valores da vida, sendo que esses estão se perde vida, e sim contra valores, como exemplo, a última decisão do Supremo Tribunal Federal na liberação do aborto dos fetos com anencefalia. Para isso
é de suma importância todos os movimentos e pastorais. Precisamos ter uma visão missionária, e não
uma visão única. Não devemos olhar somente para
os que estão dentro da igreja e sim olharmos para
os que estão fora, sem julgamento e preconceitos.
Demonstrar um olhar misericordioso para os casos
especiais. Para isso precisamos uma pastoral intensa e vigorosa. O Papa João Paulo II promulga a
Exortação Apostólica Familiaris Consortio (1981)
sobre “A Missão da Família Cristã no Mundo de
Hoje”. É nela que vamos encontrar uma abordagem
motivadora e atualizada sobre Pastoral Familiar.
seus valores e possibilidades, promovendo-os semos males que a ameaçam, para poder superá-los.” É
nesse sentido que precisamos ter uma Pastoral que
tenha um olhar de ternura para a família. Há diversos documentos da Igreja que trazem este olhar
desde o Concílio Vaticano II com seus diversos documentos que referencial a família, as conferências
de Santo Domingo, Medelim, Puebla e Aparecida
que recentemente aconteceu aqui no Brasil, chamam atenção para este campo de evangelização.
A caminhada da Pastoral Familiar no Brasil
teve grandes avanços. Iniciou na década de 80 e
teve diversos marcos. Em 1993 foi lançado o Documento 65 da coleção CNBB, a Pastoral Familiar
no Brasil. Em 1994, a Campanha da Fraternidade
Setor Família apresentou o Guia de implantação
da pastoral familiar na Paróquia. Em 2001 editou a
Guia de Preparação para a Vida Matrimonial (En-
contro de Noivos). Na 41º Assembleia Geral da
CNBB, o Setor Família e Vida e foram constituídos
na atual Comissão Episcopal Pastoral para a Vida.
ço que se realiza na Igreja e com a Igreja, de forma
cos, com metodologia própria, tendo como objetivo
apoiar a família a partir da realidade em que se encontra, para que possa existir e viver dignamente,
estabelecer relacionamentos. A Missão da Pastoral
todas as etapas e circunstancias da vida. Alguns
lecer e Evangelizar a Família”. Para isso destacados; Formação de qualidade aos Noivos; Acolher a
realidade familiar; Valorizar o ser humano desde a
concepção até a morte natural; Despertar o sentido missionário; (Diretório da Pastoral Familiar nº
461). “Pastoral é pastorear, animar, cuidar, zelar,
acompanhar uma fé que existe”. A pastoral familiar
criada para promover a formação geral de agentes
para a Pastoral Familiar e para outras Pastorais, o
Ensino Religioso e demais campos de evangelização. Promove também a vivência de valores humanos e cristãos em família e em sociedade. Oferece
um curso em 3 fases com 8 módulos cada uma.
Na primeira trata sobre relacionamento humano e evangelização, fundamentais para a pessoa
e sua aplicação na atividade Pastoral e em outros
campos missionários. Esses temas ajudam a pessoa a organizar e implementar a ação pastoral. Na
segunda fase os valores humanos e evangélicos
nos relacionamentos próximos e sobre a educação
para a vida familiar, comunitária e social - ampliam
e aprofundam os temas da fase anterior, Propõem
a vivência em família e comunitária dos valores
cristãos, essenciais para uma vida de comunhão e
os elementos essenciais para
os relacionamentos interpessoais na família e
na comunidade, para a educação da afetividade e
articulações interpastorais. Todos esses serviços à
família estão baseados nos valores evangélicos.
precisa ser cuidada, amada e valorizada. Se esta célula social estiver bem, todo seu conjunto vai bem.
Como Igreja cada um de nós pode fazer parte deste projeto tão belo e perfeito que é o REINO DE
DEUS.
Cleusa Furtado de Sousa e Edson Sidinei Hübner
Secretaria Diocesana da Pastoral da Família – Diocese de Caçador.
Pastoral Familiar é como o “eixo” das pastorais.
Ela é o ponto básico e fundamental, pois todas as
pastorais tem alguma coisa relação com a família,
CURSOS DE PÓSGRADUAÇÃO NA FACASC
com as outras pastorais. Muitas vezes precisamos
renunciar nosso projeto e seguir o projeto de Deus.
A pastoral familiar poderá contribuir para que a
família seja reconhecida e vivida como lugar de
realização humana, a mais intensa possível na ex-
recém-credenciada Faculdade Católica
de Santa Catarina (FACASC), criada
pelo episcopado catarinense sobre
as bases históricas e pedagógicas do ITESC,
oferece três cursos
de pós-graduação
e de educação contínua da fé. (Diretrizes Gerais da
Ação Evangelizadora nº 108). A Pastoral Familiar
Deus. Como estratégia de trabalho, temos o pré-matrimônio, pois precisa abordar o ser humano
desde a gestação, perpassando a primeira infância,
adolescência, namoro, noivado, dia do casamento e encaminhar para o pós-matrimônio, acompanhamento da formação da nova família que gera
engajamento de novas lideranças, encontros para
oração, partilha de vida, experiências, etc. E também para assistir as famílias desprovidas de uma
estrutura fortalecida onde temos os casos especiais.
Pois em primeiro lugar devemos seguir as ações
de Jesus, na acolhida a todos, sem discriminação e
preconceitos, amar sem julgamentos e orientar para
a vida em comunidade.
Fruto do trabalho realizado com famílias nasce o Instituto Nacional da Família e da Pastoral
Familiar – INAPAF, sua natureza é a formação de
agentes para trabalhar as diferentes realidades familiares. Com sede em Brasília-DF, é uma escola
A
Juventude, religião
e cidadania; 2)
Estudos bíblicos; 3
Espaço celebrativolitúrgico e arte
sacra.
Todos
têm início em
julho próximo e
acontecem em três
de 2013.
Contamos com seu apoio na divulgação
destes cursos, e no caso de lhe interessar, favor
orientações no folder que pode ser encontrado
itesc.org.br/index.php?option=com_k2&view=i
tem&layout=item&id=21&Itemid=260 .
Quanto ao curso da pós-graduação em
Juventude, Religião e Cidadania, pode-se
Gilberto Tomazi (coordenador).
8
Especial
MAIO
2012
CAMPANHA DA FR
3ª PARTE: A AÇAO PROFÉTICA DE
JESUS E A SAÚDE DO POVO
“Ao ver a multidão, Jesus teve compaixão dela, porque estava
cansada e abatida como ovelhas sem pastor” (Mt 9, 36). Jesus
atribui o cansaço e o abatimento do povo, à falta de uma boa
Introduzindo o assunto
Os vários aspectos da visão da saúde e da doença já encontrados
no Antigo Testamento continuam os mesmos no Novo
saduceus, anciãos, sacerdotes, escribas, essênios, herodianos,
zelotes; no entanto, apesar de tantos líderes, o povo estava cansado
e abatido como ovelhas sem pastor. Eram falsas lideranças que
faziam o povo sofrer, por isso, Jesus pede para rezar a Deus, para
que envie operários para a messe, isto é, para que apareçam boas
lideranças (Mt. 9,37-38). Ele mesmo andava por todo canto e
acolhia o povo. O seu modo de agir era uma crítica com relação às
doenças são causadas por maus espíritos ou demônios (Mc. 1,23;
Lc. 13,11.16; Mt. 9,32; 12,22; 17,14-18). 2) A doença, além disso,
é vista e interpretada como castigo de Deus pelos pecados (João
9,2). 3). O povo procura o profeta Jesus (Lc.7,16; Mt. 21,11) para
ele curar os doentes (Mc. 1,32). 4) A busca da cura muitas vezes
os escribas! Ele ensina com autoridade!» (Mc. 1,22).
ser curada!» (Mc. 5,28). 5) O médico é visto com pouca simpatia
(Lc. 4,23; Mc. 5,26).
Mas, o que muda substancialmente, com relação ao Antigo
Testamento é a presença maciça e constante dos doentes na
vida e na atividade de Jesus. De repente, aparecem os doentes
esquecidos e marginalizados até àquele momento; são trazidos à
luz do dia pela atividade profética de Jesus.
seus pais pecaram, mas é para que nele se manifestem as obras
de Deus!’’ (Jo. 9.3). Nem toda a doença é fruto do sistema injusto
ou fruto de estrutura pecaminosa. Mas o acolhimento do doente,
qualquer que ele seja, é sinal da “obra de Deus”. A cura é sinal de
Deus, sinal de uma Boa Nova. É uma Boa Nova que se propaga!
É Deus visitando o seu povo!
Jesus a respeito da ligação entre pecado e doença. A ligação
individualista e moralista, que culpa a própria pessoa pela doença
que ela carrega, satisfazia à classe dominante e era usada para
marginalizar os pequenos e os sofredores (Jo. 7,49; 9,34). Jesus
coloca a ligação entre pecado e doença em nível de sistema e
estrutura e devolve a todos a responsabilidade pelas coisas que
acontecem. Há uma ligação, de causa, entre o sistema judaico e a
falta de saúde do povo.
Vamos descrever a ação de Jesus para com os doentes, seguindo
visa à mudança de estruturas; 2) O caminho da solidariedade, que
visa à conversão da comunidade; 3) O caminho da mística, que
visa à renovação da consciência.
ou seus pais, para que nascesse cego?” (Jo. 9,2). Jesus não nega
a ligação entre doença e pecado, mas não repete, sem mais, a
pecaram!” (Jo. 9,3). Não é por motivo de culpa pessoal que o
homem nasceu cego. Por outro lado, ele diz ao paralítico, antes
outro paralítico, também curado por Jesus na piscina de Betesda,
acontecer coisa pior para você» (Jo. 5,14). Com outras palavras,
Jesus alarga a doutrina antiga e mostra que a ligação entre doença/
pecado existe, não em nível de pessoa, mas em nível de estrutura
e de sistema. Vejamos alguns fatos que esclarecem melhor este
1) O Sábado
Um homem de mão seca se apresenta para ser curado. Era dia de
sábado. Os fariseus observam para ver se Jesus transgride a lei
“É permitido, no dia de sábado, fazer o bem ou fazer o mal?
Salvar uma vida ou matar?» (Mc. 3,4), Pela sua pergunta, Jesus
é o mesmo que não curar. Para Jesus, a lei do sábado que proibia
a cura, era a causa do mal e da morte do povo! Foi a acusação
mais forte, que Jesus fez contra a lei do sábado. A decisão dos
plenamente a denúncia de Jesus. Se havia falta de saúde no povo,
isto era devido, em parte, à lei do sábado, que fazia parte de um
sistema de morte.
2) As lideranças
desastres e pela repressão política dos romanos nos anos 70 e 134
depois de Cristo. É como hoje. Um menino é espancado na praça
e morto debaixo dos chutes da botina de um policial. É porque o
menino pecou mais do que os outros? «Eu digo que não! Mas se
vocês não se converterem, vão perecer todos do mesmo modo!»
Se não houver uma mudança séria do atual sistema, todos vamos
ser espancados em praça pública. Isto é, estas coisas vão se repetir
como consequência lógica do sistema errado!
6) A Boa Nova
O que muda, ainda, é o lugar que os doentes ocupam na atividade
de Jesus. Eles ocupam o mesmo lugar que os «órfãos», as
«viúvas», os «pobres» e os «estrangeiros» ocupavam, na ação
dos profetas do Antigo Testamento. Os doentes são os «cacos
da humanidade». Eles revelam a Jesus que o «vidro da aliança»
está quebrado, por isso, junto com os outros marginalizados, os
doentes estão no centro da atividade e da missão, tanto de Jesus
(Mt. 8,16-17; Lc. 4,18; Mc. 1,32-34), como dos apóstolos (Mt.
10,1.8; Lc. 9,1).
1) O CAMINHO DA JUSTIÇA
“Se não mudarem de vida, vocês todos vão perecer do mesmo
modo!» ( Lc. 13,3)
Várias vezes, Jesus é confrontado com a mentalidade de que a
13,3.5). De um lado, Jesus não permite que a ligação entre pecado
e doença (sofrimento, desastre, morte) seja colocada em nível de
culpa pessoal. A doença, os sofrimentos, os desastres, a morte não
são fruto de pecados pessoais. Isto deixaria os que não sofrem
com a consciência tranquila e sem responsabilidade frente aos
males e sofrimentos dos outros. Por outro lado, Jesus insiste na
responsabilidade de todos, pois exige conversão e mudança. Se
não houver esta mudança, “todos vão morrer do mesmo jeito”
(Lc. 13,3.5), isto é, vão perecer pelos desastres e pela repressão
política de Pilatos! Jesus teve razão! O povo não fez a mudança
3) O ensino religioso.
Uma das causas do cansaço e do abatimento do povo era a religião,
da maneira como esta era ensinada pelos escribas e fariseus. «Eles
amarram fardos pesados e os põem nos ombros dos homens»
(Mt. 23,4). Deste modo, eles bloqueavam a entrada do povo para
Por tudo isso, a cura dos doentes não se fazia de maneira tranquila,
vocês todos que estão cansados sob o peso do fardo, e eu lhes
darei descanso!» (Mt. 11,28). O povo percebeu a diferença entre
(Mc. 3,1-6), faz lama (Jo. 9,14-17), manda carregar a cama (Jo.
5,8-10), permite arrancar espigas para matar a fome (Mt. 12,1-7).
Estas coisas, apesar de proibidas por lei ou por tradição, eram
contrárias ao bem-estar e à saúde do povo. A regra suprema
de Jesus é que o homem não existe para o sábado, mas o sábado
para o homem (Mc. 2,27).
2. Jesus incomoda a celebração, na sinagoga, chamando um
doente para frente (Mc. 3,3) e acolhendo aquela senhora de idade
contra a vontade do coordenador da sinagoga (Lc. 13,10-17), e
curou os dois. Jesus defende os doentes contra a intransigência
dos defensores do sistema e age com liberdade em defesa da
saúde do povo.
3. Jesus acolhe os leprosos e toca neles, transgredindo assim a
lei da pureza legal que marginalizava os leprosos e doentes de
pele (Lc. 5,12-14; 17, 11-14). Ele defende os apóstolos, contra a
acusação de comerem sem lavar as mãos (Mc 7,1-13). Tratavase de um costume de higiene, transformado em lei religiosa,
desviada do seu objetivo principal.
4. Jesus incomoda os sacerdotes e os obriga a dar um atestado de
cura e de boa saúde aos leprosos por ele curados (Mc. 1, 44; Lc.
17, 14).
ensinamento dado com autoridade!» (Mc. 1,27). Tirar a causa do
cansaço e do abatimento do povo, é uma forma de tratar da saúde
pública!
4) A lei da pureza legal.
No centro de todos os ensinamentos religiosos dos escribas estava
a lei da pureza legal. A pureza, em vez de ser uma atitude interior
de liberdade, passou a ser uma atitude exterior de observâncias
rituais, que infernizavam a vida do povo, levando-o a coar
mosquitos e a engolir camelos (Mt. 23,24); a pagar o dízimo das
(Mt. 23,23); a marginalizar os leprosos do convívio humano
(Lc. 17,12). Na sua origem, a lei da pureza era uma lei de saúde
pública. Na realidade, porém, ela impedia a saúde do povo. Jesus
critica duramente a maneira como os escribas interpretavam a lei
da pureza (Mt. 23,1-32) e diz que a verdadeira pureza, frente a
Deus, vem de dentro (Mc. 7,14-23). Recoloca, assim, nos seus
justos termos, o relacionamento entre Deus e o povo.
5) Os desastres e a repressão política.
Pilatos matou um grupo de galileus e misturou o sangue deles
com o sangue dos sacrifícios (Lc. 13,1). A torre de Siloé desabou
e matou dezoito pessoas (Lc. 13,4). O povo discutia estes fatos,
e alguns viam aí um castigo pelos pecados. Jesus entrou na
foi maior do que a dos outros? Eu digo que não. Mas se vocês
não se converterem, vão perecer todos do mesmo modo.” (Lc.
pessoas que representavam ou defendiam o sistema. Eis alguns
fatos em que a cura e o acolhimento dos doentes se transformam
2. O CAMINHO DA SOLIDARIEDADE
1. A falta de solidariedade que existia no tempo de Jesus
A quantidade imensa de doentes, que procuravam Jesus, é um
sinal evidente de que a comunidade do povo de Deus deixou de
ser um sinal de Deus no mundo. Os seus líderes não foram capazes
de ler os apelos do Reino, presentes dentro daquela situação de
MAIO
2012
Especial
9
RATERNIDADE 2012
absoluta falta de saúde em que vivia o povo. Eles mantinham um
sistema bem organizado de ajuda e de esmola para os «órfãos», as
«viúvas» e os «pobres». Continuavam assim a linha dos profetas,
mataram os profetas» (Mt. 23,31). Eles completavam a medida
dos pais! (Mt. 23,32).
Pois em nome da lei de Deus, expulsavam da comunidade os
pobres e os ignorantes (João 7, 49; 9, 34), marginalizavam
os leprosos, excluíam os estrangeiros, xingavam os doentes
que procuravam a cura na sinagoga, em dia de sábado (Lc.
13,14). Com outras palavras, a comunidade excluía exatamente
aqueles que, em nome da lei de Deus, deveriam ser acolhidos. A
comunidade era o contrário do que devia ser! Numa palavra, não
grito, o único direito que restava ao pobre! Jesus morre «soltando,
um grande grito» (Mc. 15,37). É o grito do pobre que, apesar
de rejeitado e abandonado até pelo próprio Deus (Mc. 15,34),
continua acreditando que Deus ouve o grito do pobre! E Deus o
ouviu, pois o ressuscitou no terceiro dia!
3. O CAMINHO DA MÍSTICA
“Seja feito segundo a vossa fé!” (Mt. 9,29)
Jesus, não só denuncia as causas que geram a falta de saúde do
povo, nem só coloca gestos de solidariedade com os doentes, mas,
também, procura envolvê-los na cura que pedem. Ele faz o doente
crescer em consciência, com relação a si mesmo e sua missão, e
o ajuda a fazer, da própria doença, o instrumento da sua cura e
libertação. Vejamos alguns pontos que esclarecem e aprofundam
nome da lei de Deus.
1. A tua fé te salvou! (Mc. 5,34)
2. Os gestos de solidariedade de Jesus
Jesus faz o contrário. Acolhia o povo com grande bondade
(Mt. 9,36; Mc 6,34). O povo ia atrás dele, sobretudo os pobres
e os doentes, dias inteiros (Mt. 15,32), no deserto (Lc. 9,12). A
quase nunca é feita mecanicamente, sem participação do próprio
doente. A pessoa deve participar ativamente pela fé. Deve crer
a todos” (At. 10,38). O povo trazia os seus doentes e ele curava a
te salvou!” (Mc. 5,34). Se Jesus diz isto, então devemos levar a
possessos, lunáticos, gente com febre, gente que sofria de toda a
espécie de males.
ativa na cura! E houve momentos, em que Jesus não pôde fazer
nenhum milagre por falta de fé do pessoal (Mc. 6,5-6).
único (Lc. 7,13), e diante de Maria que perdeu o irmão (Jo. 11,3234). Ele atende as pessoas que chegam a Ele com seus pedidos.
Ele não só condena o sistema que causa a doença e o sofrimento,
mas, através da sua atitude acolhedora, Jesus mostra, como o Pai
quer que seja o relacionamento entre as pessoas.
A solidariedade de Jesus, porém, não é só pena e compaixão,
e nada mais. Não! Ela é também apelo à conversão para a
Para Jesus, a ligação entre doença e pecado não deve ser colocada
em nível pessoal, isto é, se eu estou doente, não devo achar que
públicas, assistidas pelo povo. O povo percebe o recado, tira as
Mas, os responsáveis pela comunidade, procuram defender-se,
Assim, Jesus defendeu uma senhora doente, contra a prepotência
do coordenador da sinagoga· e o povo gostou da defesa (Lc.
13,17). Defendeu o paralítico, a quem perdoara os pecados e o
curou diante da agressão dos escribas. O povo assistiu e gostou,
os apóstolos, contra os fariseus, que os acusavam de estar
transgredindo o sábado. Jesus explicou e motivou a sua defesa,
o que eu quero e não sacrifício», vocês não estariam condenando
os que não têm culpa» (Mt. 12,7). Há muitos outros fatos que
Jesus agia, assim deveria agir a comunidade. Ele era, e continua
sendo, o modelo da verdadeira comunidade.
3. A vida solidária de Jesus
O mais importante sinal de solidariedade de Jesus, com os pobres
e doentes, não foi só o fato de Ele os ter acolhido e curado, mas
também, o fato de Ele ter vivido como eles, «carregando suas
doenças» (Mt. 8,17), e de ter sido solidário com eles em tudo, até
na morte!
É tanto povo que chega, com seus problemas e pedidos, que já
não sobra tempo para comer, nem para Jesus (Mc. 3,20) e nem
para os apóstolos (Mc 6,31). Por isso, Jesus convida os apóstolos
para ir descansar num lugar mais tranquilo e afastado (Mc. 6,3132). Mas, chegando lá, do outro lado do lago, encontra novamente
o povo com seus doentes. Deixando de lado o descanso, Jesus
acolhe o povo, fala do Reino de Deus e cura os doentes (Lc. 9,1011).
Na cruz, Jesus reza o salmo do pobre sofredor (Mt. 27,46;
Sl.22,2) e do doente abandonado por todos (Lc. 23,46; Sl. 31,6).
Jesus se fez solidário com o povo, na culpa e no pecado, embora
não tivesse culpa, nem pecado. Ele se fez solidário com povo no
acreditam que eu tenho o poder de fazer isto? “(Mt. 9,28) A própria
entre doença e pecado, deve ser colocada em nível de sistema.
Isto traz consigo sérias exigências para o doente que busca a cura.
perdoados» (Mc. 2,5). Isto é, a cura exige, por parte do doente,
uma tomada de posição frente a Deus. Ele deve rever a sua
situação, renovar a sua consciência. Deve fazer aquela conversão
que Jesus pede (Lc. 13,3.5), do contrário, poderá acontecer algo
até pior (Jo. 5, 14). Com outras palavras, Jesus retoma a doutrina
antiga, da ligação entre saúde e observância da lei de Deus. Jesus
pratica a verdadeira «re-ligião», isto é, re-liga o amor a Deus ao
amor ao próximo. Ele abre a consciência e a responsabilidade do
doente para além dos horizontes fechados da sua própria doença e
o faz participante ativo do processo da transformação do mundo.
A cura oferecida por Jesus não é esmola sem compromisso!
3. “Perder a vida para poder salvá-la!” (Mc 8,35)
Na vida de Jesus, há um mistério que nos ultrapassa, mas que joga
uma luz muito forte, sobre o «caminho da mística», isto é, sobre
que veio para curar os doentes e eliminar as dores (Lc. 4,18).
Neste sentido, Ele lutou contra a doença, contra o sofrimento,
contra tudo aquilo que diminui as condições de vida do povo.
(Jo. 10,10;15,11). Por outro lado, Jesus assume o sofrimento (Lc.
9,22). Leva uma vida de muitas privações, sem ter sequer onde
a cruz, todos os dias (Mt. 16,24; Mc 8,34), abandonar tudo por
amor a Ele (Lc. 14,33), renegar a vida (Mc. 8,35), ser o último
e servir (Mc. 9,35), suportar perseguição (Mc. 10,30; Mt. 10,1725), vender tudo e dar aos obres (Mt. 19,21). Como explicar esta
o sofrimento! Esta aparente contradição tem a ver com a mística,
com a renovação da consciência do doente. A própria doença
que oprime, marginaliza e faz chorar, deve ser transformada pelo
doente em instrumento que o liberta e reintegra e que lhe traz
alegria. A cruz é um sinal de morte; mas, pela ressurreição, ela se
transformou em sinal de vida.
4. “Ele assumiu nossas doenças” (Mt. 8,17)
O Servo Sofredor dos quatro cânticos de Isaías (ls. 42,1-9;
49,1-6;50,4-9; 52,13-53,12) indica um caminho, por onde o
sofrimento e a doença podem ser transformados em instrumentos
de libertação. Jesus andou por este caminho e se fez servo de
todos (Mt. 20,28), lavando os pés dos discípulos (João 13,1-15),
acolhendo os doentes, «levou as nossas enfermidades e carregou
nossas doenças» (Mt. 8,17; Is. 53,4). São Mateus diz, claramente,
que Jesus realizou a profecia do Servo (Mt. 12,15-21). O mesmo
é insinuado por São João, quando diz que Jesus é o Cordeiro de
Deus que tira o pecado do mundo (Jo. 1,29 e Is. 53,7.12). O Servo
Sofredor soube transformar a paciência em paixão e, assim,
conduziu o povo à libertação! A mística do Servo Sofredor não
tem nada de paciência fatalista e conformista. É a atitude criadora
do pobre, que sabe transformar o instrumento de opressão em
instrumento de libertação.
5. “Com Cristo estou pregado na cruz!” (Gl. 2,19)
estou pregado na Cruz. Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que
vive em mim!» (Gl. 2,19-20). Paulo busca uma participação no
sofrimento e na paixão de Jesus para poder ter parte também na
sua ressurreição (Fl. 3,10-11; Rm. 6,4; 8,11). Ele chega a dizer
que, através dos seus sofrimentos, sofrimentos de toda a espécie,
«ele completa o que falta à paixão de Cristo, pelo seu corpo, que
é a Igreja» (Cl. 1,24). Assim, Ele pode alegrar-se no meio do
sofrimento (2 Cor 7,4) e saber-se forte, quando se sente fraco (2
Cor. 12,10). Com outras palavras, é de suma importância ajudar
os doentes e descobrir a força libertadora do seu sofrimento, tanto
para a sua libertação pessoal, como para a sua integração, dentro
do processo de libertação, que atravessa a história.
e você me visitou” (Mt. 25,36). “O que você fez a um destes,
meus irmãos mais pequeninos, foi a mim que o fez!” (Mt.
25,40). O próprio doente deve procurar desenvolver em si este
parte no seu sofrimento, para poder experimentar a força da sua
ressurreição (FI. 3,10-11). Os que tratam os doentes encontram aí
7. “Meu Pai trabalha sempre, por isso eu também trabalho!”
(Jo. 5,17)
A última raiz da atitude de Jesus para com os doentes está no Pai.
O Pai, que é invisível, torna-se visível exatamente na cura que
«Quem vê a mim vê ao Pai! «(Jo. 14,9). Caso não acreditar, «ao
menos acredite por causa das obras que faço!» (Jo. 14,11). As
obras que Jesus faz são, sobretudo, as curas dos doentes. Ele
foi acusado de curar um doente no sábado e de ter ordenado
ao paralítico, curado, de «carregar a sua cama (Jo. 5,10). Jesus
trabalho!»(Jo. 5,17). É na cura, no cuidado para com os doentes,
que o rosto invisível do Pai chega ao próprio doente. A presença
de Deus se faz concreta, para o doente, na atitude de Jesus que o
acolhe, cuida dele e o cura. Aqui está, também, a raiz última de
eles descobrirem, neste relacionamento de amor, a raiz maior da
sua vida humana.
Conclusão
Jesus continuou, alargou e completou a ação dos profetas em
favor da saúde do povo. Ele veio para que todos tivessem vida,
e vida em abundância (Jo.10, 10). Em vista disso, denunciou as
estruturas erradas que causavam as doenças do povo, acolhia os
doentes que eram os mais abandonados e marginalizados, e deles
exigia fé, participação ativa na cura e uma postura nova frente a
Deus, frente aos outros e frente a si mesmos.
Para encerrar o assunto, vale a pena lembrar uma frase do
ano, dando fruto a cada mês, e cujas folhas servem para curar as
total, realizada pelo poder de Deus e a participação do homem.
“Não temas ocupar-te dos doentes, pois serás amado por isso”
(Eclo. 7,35). “Coração alegre, bom remédio! Espírito abatido,
cárie nos ossos” (Prov. 15,13).
Autor: Frei Carlos Mesters.
Bíblia
10
MAIO
2012
OS DOzE: O NOVO POVO DE DEUS
- A boa notícia para os discípulos missionários de Jesus (4ª parte) –
Irmãos e irmãs muito amados!
Em nossos encontros mensais, durante este ano de 2012, estamos
como ser discípulos missionários de Jesus? Este mesmo questionamento
tinha Marcos e sua comunidade cristã. Precisamos aprender com Jesus.
Ele está sempre disponível para acolher, ensinar, curar e libertar, nas
casas, na sinagoga, na cidade, na roça, na praia... Os quatro primeiros
foi chamado. Hoje vamos ver como Jesus escolhe os doze apóstolos.
A Boa Notícia é para todos
Jesus dirige-se à beira do mar. Multidões o
procuram de todos os lugares, não só do país da
Palestina, mas também do exterior. Marcos mostra
que a Boa Notícia - Jesus e sua proposta - é para todos
os povos. A universalidade do Evangelho é desejo de
Deus. Jesus vem para libertar e salvar a todos.
A multidão vai ao encontro de Jesus para ouvir
seus ensinamentos, para ser curada e libertada de toda
enfermidade e de toda opressão. A situação em que se
encontra essa gente revela que a sociedade no tempo
de Jesus e das primeiras comunidades cristãs era
injusta, excludente e opressora. Era subjugada pelo
espírito demoníaco manifestado pela dominação,
tanto do Império Romano, como do sistema religioso
de Jerusalém. Os demônios agem através de pessoas
impiedosas, que usam do poder para dividir, explorar,
violentar e matar. A ação destes demônios era
simbolizada pelo mar, lugar misterioso e cheio de
surpresas enganadoras.
O verdadeiro poder, porém, é manifestado pela
prática de Jesus. Ele se coloca sobre as águas do
mar, num barco (símbolo das comunidades cristãs).
o mal no meio do mundo, mas enfrentá-lo com a fé
em Deus e com o amor aos excluídos. Jesus não se
submete aos demônios, não se ajoelha diante deles;
são os demônios que se ajoelham diante de Jesus e
reconhecem que ele é “Filho de Deus”. Mas agem na
tentativa de impedir que o Filho de Deus cumpra sua
missão.
Os doze discípulos missionários
Jesus afasta-se do mar, símbolo da maldade, e
dirige-se à montanha que, para os judeus, representa
o lugar especial de encontro com Deus. Foi numa
montanha que Deus concedeu os Mandamentos ao
seu povo. É numa montanha que Jesus, agora, institui
os doze apóstolos. O povo de Israel era formado por
doze tribos; os doze apóstolos representam o novo
povo de Deus. Este novo povo não está mais ligado
a uma raça, nem à lei, nem ao templo ou a um lugar
O novo povo de Deus se caracteriza pelo
,
Jesus; ser enviado a pregar o Evangelho, isto é,
tornar-se missionário; com autoridade de expulsar
os demônios, isto é, romper com as ideologias
dominantes e empenhar-se para eliminar tudo o que
estraga a vida e a dignidade das pessoas.
Logo após a escolha dos doze, Jesus dirige-se a
uma casa. Muita gente o procura. Os seus familiares
acham que ele enlouqueceu. Quem segue a Jesus
terrenos onde caíam as sementes. A maioria deve
ter entendido a mensagem, porém, os doze e mais
outros discípulos não conseguem entender e precisam
de uma ajuda especial. Na verdade, Marcos está
querendo alertar os líderes das comunidades cristãs
do seu tempo. Eles estão deixando a semente da
Palavra de Jesus morrer sob os espinhos ou no meio
do pedregulho. Alguns se deixam levar por Satanás,
seguindo a ideologia dos poderosos; outros são
inconstantes por causa de perseguições; outros ainda
se deixam iludir pelas riquezas e outras cobiças. É
preciso ouvir a Palavra do Evangelho com muita
atenção e assumir a responsabilidade de produzir bons
em sua própria família. Nem sempre é fácil viver o
Evangelho na nossa própria casa.
Além disso, os escribas espalham a ideia de
que Jesus está possuído por Beelzebul, o chefe dos
demônios. Jesus diz que eles estão pecando contra
o Espírito Santo. É um pecado que não tem perdão,
pois eles sabem que Jesus é o Filho de Deus. Ele veio
para o bem e a salvação de todos. Os escribas não são
ignorantes ou ingênuos, são maldosos. Eles querem
impedir a ação de Deus no meio dos pobres. Estão
fechados em seu egoísmo. Enquanto permanecerem
neste fechamento, estão pecando contra o Espírito
Santo e não podem ser perdoados.
A verdadeira família de Jesus
A mãe e os irmãos de Jesus querem falar com
ele. Não conseguem entrar na casa. Jesus aproveita
mãe e quem são meus irmãos?” A família de Jesus
são todos os que estão sentados ao seu redor, isto é,
todos os que estão com ele, cultivam sua amizade,
ouvem seus ensinamentos e fazem a vontade de Deus.
Maria, sua mãe, deve ter ouvido estas palavras com
muita alegria, pois ela foi exemplar no cumprimento
da vontade de Deus.
A missão de Jesus não pode parar. Ele não se
deixa prender por ninguém, nem pela família. No
capítulo 4, Marcos conta que ele vai novamente à
beira do mar e entra numa barca para ensinar ao povo.
Ensina através de parábolas. Assim, ele aguçava os
seus corações e tirar conclusões para a vida. Ele
conhece a realidade do povo e seu ensinamento tem o
objetivo de formar a consciência para um novo jeito
de pensar e de agir. Todos os ouvintes conheciam a
atividade de um semeador no campo e os diversos
e de paz.
Cada um de nós tem seu jeito original de
construir a nova sociedade que Jesus chamou de
Reino de Deus. Uns produzem mais, outros menos,
porém ninguém é mais importante do que o outro.
Não se mede o valor de um ser humano pela sua
produtividade. O que importa é comprometer-se
com honestidade, pois a luz deve estar sobre a mesa
para iluminar a todos. Cada um de nós pode fazer
a sua parte, lançando a semente do Evangelho pelo
testemunho e pela palavra. A graça de Deus vai fazer
esta semente brotar, crescer e produzir frutos. Todos
nós – cada pessoa, cada família e cada comunidade tem ouvidos para ouvir, ouça!”. Será que os doze
apóstolos e os demais discípulos estão entendendo
o que Jesus quer dizer? Será que nós, discípulos
missionários de Jesus, estamos entendendo?
Celso Loraschi
[email protected]
Para dialogar e agir
* Reler Mc 4,1-20
1. Jesus anuncia a Boa Notícia dentro
de uma barca sobre o mar. O que isto
no tempo de Marcos e para nós hoje?
2. Quais são os diversos “terrenos”
que impedem a semente do Evangelho
produzir bons frutos em nossos dias?
Onde e como esta semente está
produzindo frutos? Podemos levantar
exemplos concretos...
3. Que outros pontos nos chamaram
a atenção no encontro de hoje? Que
compromissos, podemos assumir?
- Ler e repetir Mc 3,35 e concluir com
preces espontâneas –
Para o próximo encontro: ler os capítulos
4 e 5 do Evangelho de Marcos.
MAIO
Pastorais
2012
11
JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE - 2013
O QUE DEVERIA TER NA MALA DO
“JORNADEIRO” JOVEM?
A realidade juvenil: vontade de conhecer e se tornar conhecido
Para um encontro tão importante
como este, quem está partindo, não pode ir
sozinho. É preciso carregar na mala várias
alidade juvenil. Coisas vistas, coisas lidas,
coisas estudadas; fotos,
quadros, ilustrações. Os
bons “jornadeiros” são
curiosos destas realidades e, provavelmente,
na hora em que você começar a abrir o “mapa
das informações” que
carrega, aqueles que vai
encontrar, também vão
falar de coisas de suas
pátrias, de suas etnias, de
suas realidades e, nestes
troca-trocas, vai começar
a aparecer, bem provavelmente, com mais
força, a vontade de construir outro mundo
e fazer surgir, igualmente, uma outra juventude.
Não se imagina uma Jornada onde
não aconteçam estes intercâmbios de experiências. Os intercâmbios, contudo, precisam ser preparados antes de meter-se em
viagem. Graças a Deus, as pesquisas sobre
juventude estão crescendo e estão, também,
amadurecendo. Infelizmente nem sempre a
Igreja e nem os movimentos de jovens de
Igreja estão nesta dinâmica. Um “jornadeiro”, contudo, tem obrigação de ter na mala
informações a serem conversadas, espalha-
das, intercambiadas. E ai daquele jovem que
não carrega em si a vontade de conhecer
“outros mundos”.
O sair de si mesmo para ver “outros
mundos” nem sempre é tão fácil. Ser jovem
é viver a epopeia do êxodo. Em termos teológicos, é o nascimento do “missionário”
que vive em cada jovem. Por isso que se
fala de “conhecer” e “tornar-se conhecido”;
um implica no outro e
os dois são portadores
de felicidade. A juventude precisa estar atenta.
Tanto Bento XVI, como
João Paulo II, falam para
os jovens como sendo as
“sentinelas do amanhã”.
Não pode acontecer o
que o texto de Isaías diz
daqueles que não sabem
Os guardas estão
cegos e nada percebem,
são cachorros mudos
são capazes de entender (Is 56, 10-11). Conhecer é uma forma de estar atento. Não se
imagina uma juventude adormecida, sem
querer ver a realidade que a rodeia, também
à realidade juvenil. A JMJ deveria ser um
momento privilegiado das juventudes se
encontrarem, não como massa de manobra,
mas como “povo” que certamente carrega
em si novidades para toda a sociedade. Por
isso, a importância de carregar na mochila a
realidade juvenil.
MARIA MÃE DOS JOVENS
D
esde o dia 22 de
dezembro de 2000,
quando João Paulo II, durante o Jubileu da
Paz, compartilhou conosco
seu amor para com Nossa
Senhora,
permitindo-nos
chamá-La com o novo nome
de Maria, Mãe dos Jovens,
dedicamos a ela a oração,
em que o Santo Padre colocou a sua assinatura.
Maria! É dos jovens que
nasce o futuro.
São os jovens que podem
colher e tornar presente, no
mundo de hoje, tudo que o
passado tem de bom.
Nos jovens estão as sementes da santidade, da criatividade e da coragem.
Maria, Mãe dos Jovens,
cobre-os com o teu manto,
defende-os e protege-os do
C
om o objetivo de capacitar jovens das comunidades para a ação evangelizadora junto à juventude em suas diferentes realidades, a Equipe Diocesana da Pastoral da Juventude, organizou a EDJUV (Escola
Diocesana de Juventude), em quatro etapas (02 na Região Norte e 02 na Região Centro/Sul) para o ano de 2012. A primeira etapa foi realizada no salão
da comunidade de Poço Preto, Irineópolis – Região Norte, nos dias 14 e 15
de Abril com uma ótima receptividade e organização. Lá estiveram 35 jovens
preocupados com a Formação Integral e Espiritualidade.
Na oração inicial fomos convidados (pelo Grupo de Jovens Nossa
Senhora dos Campos da Matriz da
sobre “A Bíblia e o Pão”, e após a
abertura com o jovem Carlos, uma
dinâmica de apresentação, pelo Assessor Ederson Iarochevski, nos oportunizou grandes momentos de animação,
bém que a Juventude de hoje é tão idealista quanto a anterior e que o processo
de Evangelização exige conhecimento da dinâmica da subjetividade além da
Com a Sociedade e Com a Ação. Vale ressaltar a oração da noite, em forma de
“lual” com fogueira, velas, carta retirada do livro “300 conselhos de Jesus”.
No domingo pela manhã, o Assessor Pe. Moacir Caetano iniciou os
trabalhos fundamentando o tema da espiritualidade, motivando cada jovem
presente a ser protagonista da Evangelização. Houve ainda, Celebração Eucarística, com a presença das famílias da Comunidade. À tarde, continuidade
Peregrino do Evangelho que renunciou tudo, inclusive riquezas, para dedicar-se exclusivamente aos pobres, aos mais sofridos, aos humildes e esquecidos.
das outras Paróquias a participarem das três próximas etapas. Julgo inadmisFormação Diocesana que contém apoio incondicional de Dom Frei Severino
Clasen, Bispo Diocesano.
Padre Hilário Dick
N
sus, enviando-os como mensageiros de esperança ao
mundo todo. Amém!
arsenalesperanca.blogspot.com.br
Prof. Lidio Luiz Manenti
Paróquia Nossa Senhora dos Campos
Pela Comissão Diocesana de Assessores das Pastorais da Juventude
BINGO DA PJ MICRO DE CAÇADOR
ós, da PJ (Pastoral da Juventude), temos a
alegria de convidar você
e toda sua família para
participar, divertir-se e jogar bingo, na noite do dia
09 de junho, na Paróquia
Nossa Senhora Rainha –
Santelmo, em Caçador, a
partir das 19h30min.
O dinheiro arrecadado
será destinado para atividades da PJ em 2012
mal.
PRIMEIRA ETAPA DA
II EDIJUV 2012
e outras. O evento contará
com completo serviço de
bar e cozinha. Desde já
agradecemos a todos pela
presença. Maiores informações com Edenilson
(49) 84085521.
Edenilson Perego
Pela Comissão Organizadora do
Bingo
Pastorais
12
OS SUJEITOS E OS AGENTES
DA INICIAÇÃO CRISTÃ
“O
r a ,
como invocarão
aquele em quem
não creram? E
como crerão naquele que não ouviram? E como
ouvirão, se ninguém o proclamar? E como proclamarão se não
houver enviados?
(Rm 10,14-14)
Os participantes do Processo
de Iniciação Cristã
tem direito a animadores, agentes e catequistas competentes e testemunhas do Reino,
bem como a todo o apoio da comunidade eclesial que com eles trabalhem num processo participativo.
Diante disso, é fundamental um cuidado especial na preparação destes animadores, catequistas e agentes. A própria formação desses responsáveis, seja no estilo
catecumenal, possibilitando os próprios catequistas viverem a Iniciação à Vida Cristã.
ção, crescimento na espiritualidade, no conhecimento, na intimidade com o Mistério.
A Formação Permanente e a missão dos responsáveis diretos pela Iniciação à Vida
a comunidade eclesial que evangeliza, catequiza, celebra e age, por e com Cristo, na
Unidade do Espírito Santo.
A Igreja reconhece que há ainda um longo caminho a percorrer em sua missão de
oferecer a Iniciação à Vida Cristã a quem pede para ser cristão e aos que desejam aprofundar a fé recebida no Batismo, favorecendo um encontro pessoal com Cristo vivo,
uma opção consciente por Jesus, a inserção na Igreja e o engajamento na construção
do Reino de Deus.
É para caminhar nesta direção, renovando a Igreja, que os Bispos do nosso
para a iniciação cristã seja assumido em todo o Continente como a maneira ordinária
e indispensável de introdução na vida cristã e como catequese básica e fundamental.
Depois virá a catequese permanente que continua o processo de amadurecimento
da fé, na qual se deve incorporar um discernimento vocacional e a iluminação para
projetos pessoais de vida” (DAp, n.294).
É num clima de fé e amor que a evangelização e a catequese conseguirão sua
meta de formar discípulos missionários que o mundo de hoje necessita. Jesus desejou
sim também deveis amar-vos uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus
A comunidade inteira, no seu modo de viver e de se relacionar, deve ter um jeito de casa acolhedora, de família de irmãos que se amam e se ajudam mutuamente,
tornando-se cativante e atraente.
Discípulos formam novos discípulos e, nesse processo, interferem pessoas e circunstâncias. Temos que lidar com a história de vida dos iniciandos, mas também com
as Escrituras Sagradas, a liturgia, a vida da comunidade e o confronto com as necesde discípulos missionários, o acompanhamento próximo dos introdutores, amigos e
companheiros de caminhada, com os catequistas, os ministros ordenados, a fraternidade vivida na comunidade e a postura da Igreja diante da sociedade.
Com certeza, vai dar muito trabalho. Mas será que existe jeito melhor de crescer, de desenvolver talentos, de pôr em ação as capacidades que Deus nos deu? Não
teríamos que dar graças ao Senhor por essa tarefa? Ao nos pedir tanto, Ele nos está
conhecer e amar novas pessoas, de rever práticas para que a missão seja sempre mais
surpreendente, estimulante, construtiva. Sintamo-nos felizes por tudo isso.
Maria Rosa Schafaschek
Pela Equipe de Coordenação Diocesana de Catequese
MAIO
2012
CELEBRAÇÃO CATEQUÉTICA
MARIANA
T
emos falado muito de uma catequese mais mistagógica
e celebrativa, que faça o uso de símbolos para tocar o
coração dos nossos catequizandos. Neste mês de maio,
mês que dedicamos à Maria, segue uma sugestão de celebração
mesmo Mistério, do Pe. Vanildo Paiva, para ser utilizada em nossas
comunidades.
Ambiente e material: Tapete grande no centro. Almofadas, para que
tapete, pano colorido sobre o qual será colocada uma imagem de
Nossa Senhora.
(Durante o canto, a imagem de
Mãe de Jesus e nossa, e mostrar o seu lugar na espiritualidade cristã.
3. Proclamação da Palavra
- feliz é quem sabe escutar a Deus no coração! Eu quero, ó meu
Senhor, te amar.
Silêncio. Meditação. Partilha.
4. Partilha das “experiências com Maria”
sabe por que Maria, Mãe de Jesus, tem tantos nomes (Nossa Senhora
Aparecida, Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora Auxiliadora,
Mãe Rainha etc.)? Que lugar ocupa Maria na nossa vida cristã?
Como você demonstra seu amor e devoção por Maria?
atenção, no que se refere à devoção Mariana?
Entre o comentário de um e de outro catequizando, cantar variados
refrãos marianos.
5. Conversa catequética
se a Mãe de Jesus, nosso Salvador. A Deus, Maria deu um “sim”
obediente e colaborou com seu plano de amor e salvação. Ela nos
ensina a obediência na fé.
Também por ser tão especial no projeto de Deus, nós acreditamos
que ela esteja junto de
Deus, no céu, velando por todos nós. Com seu exemplo, podemos
de Jesus. Recebeu esses nomes por causa de suas manifestações aos
homens, levando o nome da cidade onde apareceu ou se manifestou
(Fátima, Lourdes, Guadalupe, Aparecida etc.) ou por causa de
alguma virtude sua (Nossa Senhora do Bom Parto, Nossa Senhora
da Luz, Nossa Senhora do Bom Conselho etc.).
Mãe de Jesus, é nossa Mãe também. Por isso, temos por ela carinho
e devoção especiais. Sabemos que ela não faz milagres, mas leva
nossas orações até Jesus. Também não adoramos suas imagens, mas
as tratamos com respeito e afeto, pois são sinais que nos recordam
o quanto ela nos ama.
nós!”.
7. Ave Maria
MAIO
Pastorais
2012
13
ACOMPANHAMENTO PRÉ-NATAL NO SUS
D
urante a gravidez, muitas mudanças acontecem no
corpo da mulher, fazendo com que esse período
exija cuidados especiais. São nove meses de
preparo para o nascimento do bebê. É importante que
durante a gravidez as futuras mães sejam acompanhadas
O Ministério da Saúde
salienta a importância do prénatal e incentiva todas as mães a
buscarem o atendimento gratuito
no Sistema Único de Saúde (SUS).
Com os exames médicos realizados
reduzir muitos problemas de saúde
que costumam a atingir a mãe e
seu bebê. Doenças, infecções ou
disfunções podem ser detectadas precocemente e tratadas
de forma rápida. O ideal é que as mães iniciem o pré-natal
no primeiro trimestre, assim que souberem da gravidez.
como hipertensão, anemia, infecção urinária e doenças
Alguns desses problemas podem causar o parto
precoce, o aborto e até trazer consequências mais sérias
para a mãe ou para o seu bebê. Segundo a técnica da
Coordenação da Saúde da Mulher do Ministério da Saúde,
Daphne Rattner, com o acompanhamento pré-natal, as
gestantes se sentem mais seguras, pois são informadas de
que sua gestação segue bem. Quando há algum problema,
a detecção precoce também auxilia o acompanhamento
5ª SEMANA SOCIAL
BRASILEIRA EM SC
N
os dias 23 a 25 de março de 2012, a CNBB Regional Sul 4 (Santa Catarina), realizou o Seminário Regional das Pastorais Sociais em Rio do Oeste(SC).
Participaram do seminário 50 lideranças de todas as dioceses catarinenses, bem como representantes das pastorais sociais em âmbito regional.
quem?” e planejar a sua preparação nas dioceses e no estado
de Santa Catarina.
Padre Nelito Dornelas, assessor da Comissão Episcopal para a Caridade, Justiça e Paz da Conferência Nacional
dos Bispos do Brasil, e o professor Valmor Schiochet, da
Secretaria Nacional de Economia Solidária, conduziram a
bilitando um olhar estrutural, para além dos governos.
No domingo, os participantes elaboraram o planejamento para processo da 5ª SSB nas dioceses e no regional.
Durante esse ano acontecerão seminários diocesanos, estudos, fóruns e outras atividades, culminando com a etapa
estadual, em março de 2013.
A 5ª Semana tem o objetivo de promover o debate sobre o Estado brasileiro e articular diversas forças da sociedade buscando construir alternativas de transformação.
Foi lançada em agosto de 2011 e seu processo se
estenderá até maio de 2013, com a etapa nacional. Até lá,
acontecerão centenas de seminários, debates, fóruns e outras
Estado que temos e o Estado que queremos”. Mais informações no site www.semanasocialbrasileira.org.br.
noticias.cnbbsul4.org.br
e pode auxiliar pra que ele não se agrave. “Isso é muito
importante para a tranqüilidade da gestante sobre o que
está acontecendo com seu corpo e com a saúde de seu
bebê“, reforça Daphne.
No pré-natal, elas também recebem informações
sobre cuidados necessários para uma gravidez saudável,
como a importância de manter uma alimentação
balanceada, de praticar exercícios físicos regulares
e
de evitar o alcoolismo e o tabagismo.
Algumas atividades ligadas ao pré-natal
são incentivadas pela rede do SUS,
como a participação das futuras mães
em cursos de preparação para o parto e
grupos
de gestantes. “As reuniões são montadas
para que as mulheres possam discutir e compartilhar as
alguns de seus problemas também são enfrentados por
Atendimento – O Ministério da Saúde lançou a
Política de Humanização do Pré-Natal e Nascimento,
em que se busca garantir o acesso e a qualidade
do acompanhamento pré-natal, com humanização.
Todas as Unidades Básicas de Saúde do SUS devem
oferecer atendimento adequado com uma assistência
médica freqüente. Também estão inclusos na política
do Governo Federal a realização gratuita de exames
laboratoriais e o fornecimento de medicamentos, vacinas
e outros tratamentos necessários, como por exemplo, o
odontológico.
A Coordenação da Área Técnica de Saúde da Mulher
do Ministério da Saúde preocupa-se com a qualidade
da atenção ao pré-natal, atribuição principalmente das
secretarias municipais de saúde. “Periodicamente, são
as normas técnicas do atendimento pré-natal“, explica
Daphne Rattner.
Acompanhamento contribui para reduzir
mortalidade
O Programa de Atenção Integral de Saúde da Mulher
(PAISM) foi criado na década de 80. Desde então, muitos
projetos ligados à saúde feminina foram consolidados,
com enfoque na atenção ao pré-natal. As melhoras na
atenção à saúde da mulher, como o atendimento pré-natal
e o planejamento familiar, poderão ter impacto importante
na redução da mortalidade materna e neonatal.
Em 08 de março de 2004, o Ministério da Saúde
lançou o Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade
Materna e Neonatal, em parceria com os estados,
os municípios e a sociedade civil. Esse processo foi
considerado pela Organização das Nações Unidas (ONU)
como uma experiência modelo para outros países em
redução da mortalidade materna e neonatal. Nesses
dois anos de atividades, ocorreu uma queda de 8,7% da
mortalidade infantil – em crianças com até 1 ano de idade
– e de 7,3% da mortalidade neonatal – bebês com até 28
dias de vida.
As complicações da gestação, parto e puerpério
(período que sucede o parto) constituem a décima causa
de mortes em mulheres. Com um acompanhamento prénatal e atenção ao parto, adequados, consegue-se evitar a
maior parte dessas mortes.
guiadobebe.uol.com.br/acompanhamento-pre-natal-no-sus
III INTERDIOCESANO DOS GRUPOS DE REFLEXÃO
O
s Encontros Interdiocesanos dos Grupos de
a partir da partilha das experiências e de momentos de
Oração do Encontro
Deus, Pai e Mãe da vida que revoa nos ares; que mergulha nos mares; que se move na terra; feita à tua imagem
“Justiça e Profecia no Campo e na Cidade” e lema “Ide
pelo mundo e anunciai a Boa Nova a toda criatura” (Mc
16,15). Acontecerá no dia 20 de maio de 2012, em quatro
regiões do Regional Sul 4/SC. Nas dioceses de Caçador,
Joaçaba e Chapecó será realizado na Paróquia São Luiz
Gonzaga, de Xaxim-SC. Início às 08h30 e término às
16h30.
Durante a manhã será realizada uma caminhada
penitencial, memória dos interdiocesanos anteriores e
sonhos de amor, de ternura e solidariedade; no adulto que
trabalha e luta por uma terra sem males, sem senhores e
sem escravos; no idoso que teima pela vida.
Derrama tua bênção, estende tua mão protetora sobre nós, ouve os gemidos de um parto novo, de um mundo
só de irmãos e irmãs.
Pela força do Ressuscitado, e pelas luzes do teu Espírito, faze ressurgir uma Igreja toda ministerial, na qual
todos tenham vez e voz.
Uma Igreja profética, humilde e corajosa, capaz de
Vaticano II, o Centenário do Contestado e a Animação
Bíblica da Pastoral, intercalados por apresentações
culturais (música, teatro, poesia). Como símbolo
do encontro, foi escolhida a Bíblia, que permeará
os diversos espaços e momentos do III
Interdiocesano.
Procure sua paróquia e leve toda sua
família para este belo momento da caminhada
na lágrima enxugada, na conquista da vida, na dignidade
maio de 2012 na Igreja Matriz de Xaxim,
ocorrerá o III Interdiocesano dos Grupos de
partilhado, portando leve um prato de alimento
para compartilhar. Participe!
Divanete Eloisa Bachi
Agente da PASCOM
e nações.
Deus, Pai e Mãe, faze com que nossa
fé se faça ação profética e transformadora,
rasgando as noites escuras das tempestades ameaçadoras.
Faze despontar a aurora de uma
nova Páscoa, onde a Justiça e a Profecia estejam a serviço da Vida. Uma
nova Ressurreição, de alegria e de
paz abundante para todas as pessoas
do teu mundo.
Amém, axé, auerê, aleluia!
Pe. Luiz Fachini
Espaço da Criança
14
MAIO
O
lá, crianças, no mês de maio,
somos convidados a amar e
cuidar mais da nossa mãe e a
Valorize a
Mãe de todas as mães, Maria.
sua mãe e peça
Maria não deve ocupar o lugar
de Deus, mas as pessoas procuram
a Nossa Senhora,
como aquela Mãe que está
Mãe de Jesus e nossa, Maria
no céu para ajudar nos momentos
que interceda por
de dor e sofrimento, e também para
louvar
e agradecer por tudo o que
todas as mães.
ela representa na Igreja e na nossa vida
de fé, por isso, existe a sua imagem nas
igrejas e em nossas casas. Maria é uma só, mas
com vários títulos, com muitos nomes. Apareceu em
vários lugares, com rostos diferentes, iguais ao povo
2012
ela é considerada mãe de todos os povos e também da
Os santuários marianos, dedicados à Mãe de
Jesus, recebem diariamente milhares de peregrinos
que pedem, agradecem e se dirigem a Maria como uma
intercessora junto a Deus. As imagens encontradas
nos momentos de orações, lembrando aqueles que
viveram profundamente sua fé em Deus e que são
modelos de vida e santidade. Jamais um católico deve
adorar uma imagem, pois adora somente a Deus!
A Ave Maria que rezamos todos os dias é uma
suas frases na oração abaixo.
AVE MARIA MEDITADA
Sabedoria e Humor
Mais duradouro que tudo, é somente o amor
de mãe. (Paul Raynal)
De todos os orgulhosos, o mais insuportável
é o que julga saber tudo. (Filodemo)
A unidade é um dom, mas constitui ao
mesmo tempo tarefa e responsabilidade (Juan Bosch
Navarro)
Não só precisamos entender-nos uns
aos outros como precisamos dos outros para
entender a nós mesmos. (Mahatma Gandhi)
Na escuta de Deus todos somos eternos
aprendizes. (Pe. Paulo Suess)
A pior prisão é um coração fechado. (Papa João
AVE: quer dizer Salve! É uma saudação.
Como nosso olá!
MARIA: nome da mulher que Deus
escolheu para ser mãe de Jesus.
CHEIA DE GRAÇA: Cheia de amor de
Deus, cheia dos favores e das bênçãos de
DEUS.
O SENHOR É CONVOSCO: Deus está
contigo, junto, com você.
BENDITA SOIS VÓS ENTRE AS
MULHERES: Bendita é dizer bem,
mulher muito especial que se destaca
entre as outras mulheres por suas qualidades, pelo
seu modo de ser.
BENDITO É O FRUTO DO VOSSO VENTRE: Seu
consagram a DEUS, que buscam a
perfeição, vivem seguindo o Evangelho,
os ensinamentos de JESUS.
MÃE DE DEUS: Mãe de Jesus. Como
Jesus é Deus, nós te chamamos de Mãe
de Deus. Mãe do Filho de Deus que veio
a esse mundo mostrar, revelar como é o
Deus PAI. Jesus é a imagem do Pai.
ROGAI POR NÓS: pede a Deus por
nós, intercede por nós, seja a nossa
advogada.
PECADORES: Quando falamos
NÃO a DEUS, não obedecemos a sua Vontade, nos
afastamos DELE. Somos pecadores.
AGORA E NA HORA DA NOSSA MORTE: Hoje,
JESUS: Deus Filho que se torna gente, pessoa
humana como nós.
SANTA MARIA: Chamamos de santos os que se
AMÉM: Assim seja, acredito, eu quero isso, que isso
aconteça.
Salve, Mãe Maria e salve todas as mães
Paulo II)
dos pais é a lição viva do amor. (Frei Anselmo Fracasso)
Se quiserdes cultivar a paz, preserve a
criação. (Papa Bento XVI)
Se carregares tua cruz com ânimo, ela te
carregará. (Santo Agostinho)
A professora pergunta ao aluno que não
- Como você consegue fazer tanta estripulia
num único dia?
- É que eu acordo cedo, professora!
Joãozinho, quando alguém está com dor no
coração, o que deve fazer?
- Fechar os olhos.
- Por que fechar os olhos?
-Simples. O que os olhos não veem o
coração não sente.
- Quem pegou o bolo da geladeira que ia
servir para minhas amigas?
- Fui eu, mamãe. Dei a um menino que
tinha fome.
- Eu, mamãe.
Circule no diagrama as palavras que representam
algumas virtudes de Maria e das mães
A mãe de Jesus é respeitada,
venerada e vista pelo seu povo como uma
grande PROTETORA, aquela que cuida
FORTE é a
DISCÍPULA mais perfeita do Senhor, por isso
muito admirada por todos nós. Suas virtudes
são modelo de seguimento para todos.
Maria é MÃE, EDUCADORA,
CORAJOSA e FIEL nos ensinamentos,
Jesus. TRABALHADORA, SIMPLES,
PARTICIPATIVA, MISSIONÁRIA e
ATENTA aos acontecimentos da vida do povo.
Mulher de muita FÉ, EVANGELIZADORA,
soube AMAR o povo, foi OBEDIENTE,
PREOCUPADA com a vida.
A
T
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O R A J O S A Y
L P M I S E R Z
O QUE É
1.
2. O que a espinha falou para o dedo?
3. O que a estrada falou para a rua?
4. O que a geladeira disse para o fogão?
5. O que a lata disse para o abridor?
3. Assim você
nunca vai longe na vida.4. Fique frio. 5. Para você não tenho segredos.
a união da alma com Deus. (São João da Cruz)
MAIO
Atualidades
2012
15
50 ANOS DO CONCÍLIO VATICANO II
AGENDA DIOCESANA 2012
Nova aurora da Igreja.
JUNHO
N
o dia 11 de outubro de 1962, o papa João XXIII inaugurou o Concílio Vaticano
II, encerrado por seu sucessor, o papa Paulo VI, em 08 de Dezembro de 1965.
João XXIII dizia profeticamente que o Concílio deve apresentar as verdades
-la espontaneamente, bem como provocar reformas e aberturas da Igreja à realidade
histórica.
Paulo VI deu seguimento ao Concílio como momento oportuno renovador da
Igreja, para que pudesse acolher a todos com misericórdia à maneira de Jesus. João
Paulo II, na encíclica Novo Millennio Ineunte,
01 a 03
segura para nos orientar no caminho da evangelização.
A preocupação marcante do Concílio foi-nos indicar caminhos para evangelizar
o mundo de hoje. Como anunciar o evangelho no mundo de hoje? O Concílio responde a tal questionamento com duas palavras-chave para entendermos a intenção
aggiornamento, sinônimo de atualização, rejuvenescimento da igreja;
diálogo consigo mesma, com outras Igrejas cristãs, com não cristãos, não crentes.
O Vaticano II foi um Concílio pastoral-eclesiológico. Oferece-nos duas constituições sobre a Igreja. A primeira é dogmática e se denomina Lumen Gentium (Luz
das Nações), que nos apresenta ensinamentos sobre a Igreja e sua missão. A segunda é
pastoral e se chama Gaudium et Spes (Alegria e Esperança) que nos fala a respeito da
Igreja no mundo de hoje. “O essencial do Mistério da Igreja é que seja uma comunhão
com o Pai por Jesus Cristo, no Espírito Santo, e que viva em comunhão fraterna. A
Igreja é instrumento da Salvação e da graça para a vida de todos.”
Diante de tal horizonte, o Concílio nos apresenta a Igreja como Povo
de Deus! Essa atitude é importante e
renovadora, pois evita restringir a missão profética somente aos ministros ordenados. Todos somos Povo de Deus,
chamados a evangelizar. E esta Igreja
03
as esperanças, as tristezas e as angústias
dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos os que sofrem, são, também, as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo”.
Apontando para o rejuvenescimento, renovação e atualização da Igreja, o Concílio Vaticano II alimentou-se da Palavra de Deus. Nas palavras da constituição Dei
Verbum “Deus invisível, na riqueza do seu amor, fala aos homens como a amigos e
convive com eles, para convidá-los a admitir à comunhão com ele.” Em suma, somos
convidados a acolher a palavra de Deus. Ao Deus que se revela, que fala conosco, deO Concílio Vaticano II também busca, no tocante a nossa fé, contemplar de
modo especial a liturgia. Na constituição denominada “Sacrossanto Concilio”, encontramos os princípios gerais da reforma e do incremento da Liturgia, assim como,
sobre a Eucaristia. A vida cristã tem seu centro vital na Eucaristia, quanto mais na celebração dominical que deve ser ainda mais valorizada. A liturgia é a família de Deus
em festa. É a celebração e atualização do mistério pascal de Cristo. A Igreja, povo de
O Concílio Vaticano II foi realizado com o objetivo fundamental de desencadear
na Igreja vigorosa convocação de todos para a missão evangelizadora. Paulo VI foi
mais apta ainda para anunciar o Evangelho à humanidade do mesmo século XX”. E
assim aconteceu nas conferências de Puebla, Medelín, Santo Domingo e Aparecida. A
Igreja reuniu suas forças, voltando-as para a evangelização. Bento XVI e João Paulo II
convidam a Igreja toda, em nossos dias, à nova evangelização, nova no vigor, métodos
e manifestações de fé”.
50 anos do Concílio nos motivam e inspiram a dizer que toda Igreja é convidada
a assumir atitude de permanente conversão pastoral, que implica escutar com atenção
e discernir o que o Espírito está dizendo às Igrejas, por meio dos sinais dos tempos
em que Deus se manifesta. “A conversão pastoral de nossas comunidades exige que
se vá além de uma pastoral de mera conservação para uma pastoral decididamente
missionária” (DAp 370).
O diálogo é ponto marcante na Igreja inspirada pelo Concílio Vaticano II, quanto
mais nos tempos atuais em que crescem a tentação e a prática do fechamento, do estrelismo, do centralismo, do autoritarismo. Na concepção do Concílio, o diálogo deve
palavra de Deus e humildade para escuta atenta de quem age e pensa diferente. Paulo
VI, durante o desenrolar do Concílio, exorta a Igreja a abrir-se ao diálogo com todos,
décadas do Concílio Vaticano II é render graças a Deus por saber que Ele caminha
Flávio Jascuf
3° Ano Teologia - Diocese de Caçador.
01 a 03
01 a 03
02
02 a 03
03
05
06
07
07 a 10
09 a 10
10
15
15 a 16
15 a 17
Retiro do EJA
Cursilho de mulheres Microregião de
Canoinhas
Conselho Regional da Pastoral Familiar
Reunião dos Coordenadores Diocesanos da
Pastoral da Criança
Reunião da Coordenação Diocesana das PJs
Solenidade da Santíssima Trindade
Encontro de Catequistas Microrregião de
Videira
Fórum Regional das Pastorais Sociais
Reunião Secertariado Diocesano de Pastoral
Corpus Christi
Reunião da Coordenação Regional da PJ
Encontro Regional Infância Missionária
Curso para Noivos
Sagrado Coração de Jesus
Reunião Regional da Pastoral da Comunicação
Encontro Regional de Agentes do Serviço de
Animação Vocacional
16 a 17
3ª Etapa Escola Diocesana da Juventude
17 a 19
17
18 a 19
19
19 a 20
19 a 21
19
20
20
20 a 22
22
22 a 24
Encontro Estadual de Formação – CPT-SC
Conselho Diocesano Pastoral Familiar
Fórum da Cáritas Regional Santa Catarina
Reunião da Microrregião de Caçador
Conselho Regional da Pastoral da Saúde
Encontro Regional da Pastoral da Criança
CONSEP
Equipe Executiva Pastoral da Saúde
Reunião do SDP
Conselho Permanente
Encontro de articulação da Pastoral do Menor
2ª Etapa Escola do CEBI - História de Israel
5ª Etapa do Curso de Gestão do Projeto
FORTEES
CAED
Encontro dos Assessores Diocesanos da
Infância Missionária
23
26
29 a
01/07
30 e
01/07
Encontro Diocesano da PASCOM
Caçador
Canoinhas
Criciúma
Porto União
PNSV
Arroio Trinta
Fraiburgo
Lages
SDP - 14h
Criciúma
Rio do Oeste
Treze Tílias
Rio do Sul
Lages
Poço Preto Irineópolis
Região Norte
Lages
Catedral
Florianópolis
Lages
Brasília/DF
Cúria
SDP - 14h
Brasília
SDP - 14h
Castelhano
Castelhano
SDP - 9h
Castelhano
Caçador
ANIVERSÁRIOS
NASCIMENTO
Pe. Lydio Milani
Pe. Ivaldo Hammes
Pe. Gabriel Jarozewski
Pe. Moacir S. Caetano
Dom Frei Severino Clasen, OFM
Pe. Luiz Pierdoná
02/06/25
05/06/70
06/06/60
09/06/67
10/06/54
21/06/34
ORDENAÇÃO
Pe. Elizeu Ozinski
Pe. Ludovino Labas
Pe. João Luiz Borges Lemos
Pe. Comercindo Zago
Pe. Fábio Luiz Hansch
Pe. Paulo Roberto Posonki
Dom Severino Clasen Ordenação Episcopal
Pe. Moacir da Silva Caetano
05/06/99
05/06/99
13/06/09
21/06/59
25/06/11
25/06/11
25/06/05
27/06/98
Acontece
16
VISITA DE DOM SEVERINO
A PORTO UNIÃO
2012
PASTORAL PRESBITERAL
A
equipe de Coordenação Diocesana da
Pastoral Presbiteral reuniu-se no dia 12 de
março de 2012, no Secretariado Diocesano
Paróquia São Pedro e São Paulo, de Porto União, no de Pastoral, para encaminhar as ações para o ano
dia 22 de março, recebeu a visita do Bispo Dom Frei
Severino Clasen, OFM, e do Chanceler Diácono Everaldo Antônio. Foi um encontro proveitoso e com boa participação das lideranças das pastorais e dos Conselhos Pastorais
A
MAIO
diocese. Esta pastoral tem como objetivo central
“animar a vida ministerial dos presbíteros” e a
equipe tem a responsabilidade de articular os
encontros, retiros que envolvem o clero diocesano.
Divanete Eloisa Bachi
Agente da PASCOM
ENCONTRO DE SECRETÁRIOS PARÓQUIAIS
Diante de Deus nós somos o bom perfume de Cristo (2 Cor 2,15)
paroquial entre outros.
Dom Severino, quando padre, atuou na Paróquia Nossa
Senhora das Vitórias, de onde a Comunidade São Pedro e São
Paulo foi desmembrada, tornando-se Paróquia. Dom Severino
pôde reencontrar amigos e relembrar histórias vividas. Esta
visita e as suas palavras servem de motivação para a caminhada e aproxima a Igreja do seu povo. Uma nova visita do bispo
está agendada para o dia 07 de julho na festa da fogueira.
A Paróquia São Pedro e São Paulo agradece a Dom Severino e ao Diácono Everaldo pela visita e pelo cuidado de
pastor para com seu rebanho. Agradece também ao Padre
Lourenço pelo ótimo trabalho que vem realizando na Paróseverantes na caminhada.
Andréia Simone Kerber
Paróquia São Pedro e São Paulo
CONSELHO MISSIONÁRIO
DIOCESANO
N
o dia 12 de abril de 2012, no Secretariado Diocesano
de Pastoral, reuniu-se uma equipe com representantes de ações missionárias realizadas na Diocese de
Caçador, para uma reunião que teve como foco principal, discutir sobre a direção que o Conselho Missionário Diocesano
– COMIDI deverá seguir a partir deste ano. A equipe decidiu
ampliar o número de pessoas que compõe o COMIDI, para
organizar um plano de ação que contemple a ação missionária na diocese, envolvendo todas as pastorais e experiências
missionárias, portanto, no dia 22 de maio de 2012, das 10h às
17h, será realizada uma reunião no Secretariado Diocesano
de Pastoral, onde deverão participar uma pessoa indicada por
cada pastoral organizada em nível diocesano.
Segundo Ivanir de Almeida, da equipe de articulação do
Conselho Missionário “é preciso dar um rosto para o COMImissionárias sejam efetivadas e fortalecidas”.
Divanete Eloisa Bachi
Agente da PASCOM
R
euniram-se, dia 16 de abril, nas
dependências do Centro de Formação
João Paulo II, em Caçador, as secretárias e
secretários das paróquias da Diocese de Caçador.
O encontro teve caráter formativo e informativo.
Recepcionados com o café da manhã,
o encontro continuou com a acolhida do Pe.
Moacir Caetano, e seguiu-se com o momento de
espiritualidade conduzido pelo Diácono Everaldo
Antônio, onde todos vivenciaram a oração do “bom
perfume de Cristo”, tendo por Palavra inspiradora
2 Cor 2,14-17. Na água abençoada e através
pétalas de rosas sentiu-se, verdadeiramente, o bom
odor da santidade e da graça conferida a nós por
Cristo, que nos mergulhou em seu amor, a partir
da sua morte e ressurreição.
O momento de formação foi assessorado
pelo Seminarista e Teólogo Ederson Iarochevski
“A educação dos sentidos”, onde
cada participante teve a oportunidade de pensar-se
em relação à sua função e missão. A educação dos
sentidos garante relações mais saudáveis, além de
fazer com que os secretários exerçam sua missão
de forma equilibrada vivendo-a na alegria de
servir por amor.
A parte da tarde foi conduzida pelo
Secretariado Diocesano de Pastoral onde foram
feitos repasses referentes à comunicação virtual
com as paróquias, apresentação da carta do Papa
Bento XVI para o Dia Mundial das Comunicações
e dos meios de comunicação que a diocese,
atualmente, dispõe (e-mail, facebook, site, jornal).
Em seguida foi apresentado o Edital do Fundo
Diocesano de Solidariedade. Em relação aos
programas, a equipe de contabilidade esclareceu
dúvidas sobre o Sistema Maister. O encontro
encerrou-se com a benção conferida pelo Pe.
Silvio Marciniak.
TEATRO EM PINHEIRO PRETO
Pinheiro Preto: das raízes aos pinhões – do assalto ao trem pagador à esperança de dias melhores.
dor à esperança de dias melhores.” Essa peça,
escrita pelo Pe. Gilberto Tomazi promete ser um
grande espetáculo. O texto partiu dos escritos que
se tem sobre a história de Pinheiro Preto e considerou diversos depoimentos, especialmente de
pessoas idosas que falam sobre essa história.
Essa peça de teatro nasceu de um pedido feito ao
grupo “Amigos de São Pedro”, pelo Prefeito MuEm comemoração aos 50 anos de emancipação
político-administrativa de Pinheiro Preto, um
grupo de aproximadamente 50 artistas irá apresentar, no Ginásio Municipal, no dia 01de junho
de 2012, às 20h00, a peça “Pinheiro Preto: das
raízes aos pinhões – do assalto ao trem paga-
“Temos muito orgulho de ver essa veia artística
desses jovens sendo desenvolvida e incentivamos
para que atitudes como essas sejam sempre realizadas.” Para a realização desse evento, a Prefeitura Municipal e a Câmara de Vereadores auxiliarão
com incentivos e ações diretas.
Grupo de Jovens Amigos de São Pedro

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