entrevista - Colgate Profissional

Transcrição

entrevista - Colgate Profissional
C
.
D
.
ANO 2 Nº 10
S
M
I
PRÊMIO COLGATE
OS VENCEDORES
NAS CATEGORIAS
PROFISSIONAL E IMPRENSA
L
E
COMUNIDADE
PROGRAMAS DE INCENTIVO
À EDUCAÇÃO E PESQUISA
NAS FACULDADES DE
ODONTOLOGIA
A
N
COMPORTAMENTO
QUANDO O SORRISO REVELA
TRAÇOS DA PERSONALIDADE
E DOS SENTIMENTOS
O
PASSO A PASSO
REABILITAÇÃO DO ARCO
SUPERIOR DA CRIANÇA
2
TURISMO
AS BELEZAS NATURAIS
DO RIO GRANDE DO NORTE
N
º
ENTREVISTA
1
0
DR. NORBERTO FRANCISCO
LUBIANA PRESIDENTE DA
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA
DE ODONTOLOGIA (ABO)
capa14.indd 24
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4:52 PM
Brasilprev Estilo.
Agora com o novo conceito Ciclo de Vida.
O Bruno optou por um plano Brasilprev Estilo com o inovador conceito
Ciclo de Vida em previdência, que tem como principal característica
acompanhar cada fase de sua vida, moldando ao longo do tempo
a aplicação dos recursos do seu plano em renda fixa e renda variável,
para conquistar uma melhor rentabilidade.
Converse com um gerente ou entre em contato com a Brasilprev:
4004 7170 (Grande São Paulo) ou 0800 729 7170 (demais localidades).
O melhor Brasilprev é o que tem o seu estilo.
Um produto da Brasilprev Seguros e Previdência S.A. (CNPJ: 27.665.207/0001.31) comercializado pela BB Corretora de Seguros e Administradora de Bens S.A. A aprovação pela SUSEP não implica em seu incentivo ou recomendação à comercialização.
Nos termos da legislação vigente, é possível a opção de tributação por alíquotas decrescentes nos planos. Brasilprev Renda Total Ciclo de Vida 2020 FIC FIM - Processo SUSEP NO: PGBL 15414.002209/2007-06 (1) –15414.002206/2007-64 (2)
–15414.002208/2007-53 (3) – 15414.002084/2007-14 (4) – VGBL 15414.002151/2007-92 (1) – 15414.002147/2007-24 (2) – 15414.002113/2007-30 (3) – 15414.002081/2007-72 (4). Brasilprev Renda Total Ciclo de Vida 2030 FIC FIM - Processo SUSEP
NO: PGBL 15414.002207/2007-17 (1) –15414.002204/2007-75 (2) – 15414.002205/2007-10 (3) – 15414.002073/2007-26 (4) – VGBL 15414.002146/2007-80 (1) – 15414.002144/2007-91 (2) – 15414.002145/2007-35 (3) – 15414.002070/2007-92 (4). Brasilprev
Renda Total Ciclo de Vida 2040 FIC FIM - Processo SUSEP NO: PGBL 15414.002203/2007-21 (1) – 15414.002201/2007-31 (2) – 15414.002202/2007-86 (3) – 15414.002062/2007-46 (4) – VGBL 15414.002143/2007-46 (1) – 15414.002141/2007-57 (2) –
15414.002142/2007-00 (3) – 15414.002059/2007-22 (4). (1) Taxa de carregamento antecipada – (2) Taxa de carregamento híbrida – (3) Taxa de carregamento postecipada – (4) Taxa de carregamento para aportes a partir de R$ 100 mil.
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bb.com.br
Dupla 41.6x27.5 VELEIRO
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4:52 PM
Brasilprev Estilo.
Agora com o novo conceito Ciclo de Vida.
O Bruno optou por um plano Brasilprev Estilo com o inovador conceito
Ciclo de Vida em previdência, que tem como principal característica
acompanhar cada fase de sua vida, moldando ao longo do tempo
a aplicação dos recursos do seu plano em renda fixa e renda variável,
para conquistar uma melhor rentabilidade.
Converse com um gerente ou entre em contato com a Brasilprev:
4004 7170 (Grande São Paulo) ou 0800 729 7170 (demais localidades).
O melhor Brasilprev é o que tem o seu estilo.
Um produto da Brasilprev Seguros e Previdência S.A. (CNPJ: 27.665.207/0001.31) comercializado pela BB Corretora de Seguros e Administradora de Bens S.A. A aprovação pela SUSEP não implica em seu incentivo ou recomendação à comercialização.
Nos termos da legislação vigente, é possível a opção de tributação por alíquotas decrescentes nos planos. Brasilprev Renda Total Ciclo de Vida 2020 FIC FIM - Processo SUSEP NO: PGBL 15414.002209/2007-06 (1) –15414.002206/2007-64 (2)
–15414.002208/2007-53 (3) – 15414.002084/2007-14 (4) – VGBL 15414.002151/2007-92 (1) – 15414.002147/2007-24 (2) – 15414.002113/2007-30 (3) – 15414.002081/2007-72 (4). Brasilprev Renda Total Ciclo de Vida 2030 FIC FIM - Processo SUSEP
NO: PGBL 15414.002207/2007-17 (1) –15414.002204/2007-75 (2) – 15414.002205/2007-10 (3) – 15414.002073/2007-26 (4) – VGBL 15414.002146/2007-80 (1) – 15414.002144/2007-91 (2) – 15414.002145/2007-35 (3) – 15414.002070/2007-92 (4). Brasilprev
Renda Total Ciclo de Vida 2040 FIC FIM - Processo SUSEP NO: PGBL 15414.002203/2007-21 (1) – 15414.002201/2007-31 (2) – 15414.002202/2007-86 (3) – 15414.002062/2007-46 (4) – VGBL 15414.002143/2007-46 (1) – 15414.002141/2007-57 (2) –
15414.002142/2007-00 (3) – 15414.002059/2007-22 (4). (1) Taxa de carregamento antecipada – (2) Taxa de carregamento híbrida – (3) Taxa de carregamento postecipada – (4) Taxa de carregamento para aportes a partir de R$ 100 mil.
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Carta do Presidente
Caro leitor,
Desde o dia 1º. de agosto assumi a presidência da Colgate-Palmolive
Brasil com muita motivação e um grande desafio pela frente. Durante
a minha gestão, manterei o comprometimento estabelecido com você,
profissional de odontologia, por meio do amplo trabalho de nossa equipe
e de meu antecessor – Peter Dam. Acredito que, cada vez mais, o nosso
relacionamento se intensificará, por meio de diversas ações que a ColgatePalmolive desenvolverá especificamente para você. Aproveito, inclusive,
esta oportunidade para parabenizar todos os profissionais de odontologia
pelo Dia do Dentista, comemorado em 25 de outubro.
No mês de outubro acontece ainda o Mês da Saúde Bucal, durante o qual
promoveremos diversas ações em supermercados, farmácias e drogarias
de todo o Brasil, com o objetivo de conscientizar a população sobre a
importância de uma boa saúde bucal e de uma higiene oral adequada.
Por fim, gostaria de compartilhar com você o conteúdo de mais esta
edição, que traz matérias muito interessantes, como a entrevista com o
Dr. Norberto Francisco Lubiana, presidente da Associação Brasileira de
Odontologia (ABO), a divulgação dos vencedores da edição 2007-2008 dos
Prêmios COLGATE e ABO Profissional e de Imprensa, bem como dicas
sobre a saúde bucal na infância, em comemoração ao Dia das Crianças.
Boa leitura!
Um abraço,
RICARDO RAMOS
Diretor-Presidente da
Colgate-Palmolive do Brasil
COLGATE PROFISSIONAL:
CADA VEZ MAIS PERTO DE VOCÊ
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EMPREENDIMENTOS, PROMOÇÕES ARTÍSTICAS E EDITORA LTDA.
RUA SARANDI, 11 – CEP 01414-010 – SÃO PAULO, SP
PRESIDENTE
ARTHUR CARLOS BRIQUET JUNIOR
ANO 3 Nº10
Carta do Editor
HIGIENE BUCAL E
CUIDADOS COM O CORPO
Esta edição da revista C.D. Smile tem como
foco a relação entre higiene bucal e os cuidados
com o corpo em geral. Apresenta as técnicas
do RPG (Reeducação Postural Global) no auxílio
de tratamentos odontológicos e as vantagens
das corridas para o equilíbrio físico e emocional
dos profissionais da odontologia e de seus
pacientes. A higiene bucal infantil, já que em
outubro é comemorado o Dia das Crianças,
ganhou destaque. E para quem quer saber o
quanto o sorriso pode ser revelador, temos
uma matéria muito especial. O entrevistado
nas nossas Páginas Vermelhas é o Prof. Dr.
Norberto Francisco Lubiana, presidente da ABO
(Associação Brasileira de Odontologia). No Passo
a Passo, um trabalho realizado em conjunto por
conceituados profissionais analisa a Reabilitação
do Arco Superior Anterior em Crianças.
Você também vai conhecer os vencedores do
Prêmio Colgate ABO nas categorias Imprensa
e Profissional, como também saber mais sobre
os programas da Colgate de incentivo à educação
e pesquisa junto às faculdades de odontologia
de todo o País. As belas paisagens do Rio
Grande do Norte estão nas nossas páginas
de Turismo e os sabores da culinária potiguar,
na seção de Gastronomia.
Aprecie.
Expediente
Editor-Executivo
Valter Marin de Camargo
Conselho Editorial
Ricardo Ramos, Marcello Artacho, Patricia Scolletta, Paula Tommasini, Ricardo Grego,
Flavio Namur, Fabiano Carvalho e professor-doutor Eduardo Saba-Chujfi
Editora de Arte
Heloisa Campos
Assistente de Arte
Mario de Almeida Mattos
Edição de texto e Revisão e
Janaina Gimael
Fotografia
Mel Moreira
Colaboradores
Andréia Brasil, Cristina Cavelagna, Janaina Gimael, Elaine Hipólito,
Thiago Xavier e Vladimir Magalhães
Projeto Gráfico
Art & Stylo Studio e Editora Ltda.
Executiva de Negócios
Laísa Lambert ([email protected])
Tel.: (11) 3068-8975
Representantes Comerciais
Brasília, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins, Amazonas e Pará Global Comunicação
Integrada • Contato: Rui Fernandes • SCS Quadra 02, bloco C, 22, sala 718, Edifício Serra
Dourada, Brasília (DF) • CEP 70315-900 • (61) 322-4634 Paraná 3V Prestação de Serviços de
Publicidade • Contato: Valdilene Tres • Rua João Negrão, 731, cj. 1812, Centro, Curitiba • CEP
80010-200 • (41) 233-0008 Santa Catarina Yuri Representações • Contato: Atanil de M. Wagner
Filho • Rua Hilário Vieira, 49, Centro, São José, Florianópolis • CEP 88103–235 • (48) 247-7804
Ceará Campioni & Lopes Comunicação e Representação • Contato: Francisco Xavier • Rua Coronel
Linhares, 2400, 5º andar, cj. 501 B, Dionísio Torres, Fortaleza • CEP 70170-241 • (85) 32723399 Rio Grande do Sul Rogério Cucchiarelli e Lombardi • Contato: Rogério Cucchiarelli • Avenida
Coronel Marcos, 1334, casa 11, Pedra Redonda, Porto Alegre • CEP 91760-000 • (51) 3268-0374
Pernambuco Premium Representações • Contato: Frederico Guilherme • Rua Sansão Ribeiro, 120,
12º andar, cj. 1206, Recife • CEP 51030-820 • (81) 3462-0377 Rio de Janeiro Vic Assessoria em
Comunicação • Contato: Rogério Ponce de Leon • Rua Professor Gastão Baiana, 615, 14º andar,
cj. 1401, Lagoa • CEP 22071-030 • (21) 2513-2348 Espírito Santo Dicape Representações e
Serviços • Contato: Dídimo Effgen • Rua Pedro Palácios, 49, Ed. Centro Jurídico, sala 04, Prainha,
Vila Velha • CEP 29100-190 • (27) 3229-1986 Minas Gerais BH Brasil Representações • Contato:
Weber Batista de Oliveira • Rua Matipó, 412/01, Santo Antônio, Belo Horizonte • CEP 30350-210
• (31) 8849-1953 Bahia Canal C Comunicação e Representação • Contato: Carlos Chetto • Rua
Senador Teotônio Vilella, 225, 2º andar, sala 206, Edifício Cidadela, Center III, Brotas, Salvador •
CEP 40275-430 • (71) 2102-2670 Campinas, Jundiaí, Bauru, Marília, Sorocaba, Piracicaba, Jaú
e regiões circunvizinhas MSC Publicidade Propaganda e Marketing • Contato: Alexandre Catani •
Rua Osvaldo Cruz, 348, Guanabara, Campinas (SP) • CEP 13075-260 • (19) 3213-1015 Ribeirão
Preto, Franca, Birigüi, Araraquara, Araçatuba, Presidente Prudente, São José do Rio Preto e regiões
circunvizinhas Promix Representações • Contato: Adelino Pajolla Jr. • Rua Aurora, 295, Vila Tibério,
Ribeirão Preto (SP) • CEP 14050-100 • (16) 632-6333
Marketing
Michele Melão ([email protected])
Assinaturas
[email protected]
Gerente Financeira
Elisa Azevedo
Escaneamento e Tratamento de Imagens
Fátima Moreira
Impressão
Burti
A Revista C.D. SMILE é produzida pela Artell Editora por
encomenda da Colgate-Palmolive, tem tiragem de 45.000
exemplares e é distribuída nacionalmente para um mailing exclusivo
de profissionais da área de Odontologia
Boa leitura!
Valter Marin de Camargo
Editor-Executivo
Foto de Capa LWA-Stephen Welstead/zefa/Corbis/LatinStock
6|C.D. SMILE
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1 de 1
sumário
10 novidentes
Conheça as novidades
da Colgate
60
12 PÁGINAS VERMELHAS
Leia a entrevista com o Dr.
Norberto Francisco Lubiana,
presidente da Associação
Brasileira de Odontologia
(ABO)
18 PRÊMIO COLGATE
Confira os vencedores
do Prêmio Colgate nas
categorias Profissional e
Imprensa
26 saúde
Técnicas baseadas na
Reeducação Postural Global
(RPG) já são utilizadas para
tratar os pacientes como
um todo, inclusive quando
os problemas afetam a área
odontológica
30
palavra de quem
entende
A Profa. Dra. Daniele
Fabrícia Lopes Marinho e a
Profa. Dra. Sonia Groisman
explicam a importância do
uso de fio dental e avaliam
os diferentes tipos que
existem
70
34 COMUNIDADE
Os programas de incentivo à
pesquisa e educação junto às
faculdades de odontologia do
País
38 COMPORTAMENTO
Quando o sorriso revela
muito da personalidade e
dos sentimentos das pessoas
42 NOTÍCIAS DA ADA
As novidades da
American Dental
Association (ADA)
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fotos divulgação
48 passo a passo
18
Um grupo de
conceituados
profissionais discorre
sobre a Reabilitação
do Arco Superior
Anterior em
Crianças
54 especial
Os cuidados
com a higiene
bucal na infância
60 corpo
Corrida: uma
das melhores
alternativas para
diminuir o estresse
e conquistar
qualidade
de vida
66 BAZAR
Seleção de pequenos
e grandes objetos
de desejo
76
70 TURISMO
Um passeio
pelas belezas
naturais e arquitetônicas
do Rio Grande
do Norte
76 GASTRONOMIA
Confira as
delícias da
culinária potiguar
80 ESTANTE
Os melhores
lançamentos em livros,
CDs e DVDs
82 convite
Participe do
XV Congresso
Internacional
de Odontologia
da Bahia (CIOBA)
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PERSONALIZADAS
ESCOVAS
NOVIDENTES
NOVA COLGATE 360º SONIC POWER: SAÚDE EM 20
MIL VIBRAÇÕES POR MINUTO
A Colgate, marca que mais cresce no mercado de escovas dentais,
apresenta a nova escova Colgate 360º Sonic Power, que une todas
as características da já consagrada linha Colgate 360º às vantagens
de uma escova elétrica. A nova escova possui cabeça que vibra 20
mil vezes por minuto, proporcionando a remoção de até 96% mais
bactérias do que uma escova manual comum e mantendo o mesmo
tamanho e conforto de uma escova convencional. Além disso, ela
possui cabo emborrachado e anatômico, cerdas polidoras e elevadas
que facilitam a limpeza entre os dentes, e o exclusivo limpador de
língua da linha Colgate 360º.
A nova escova Colgate 360º Sonic Power está disponível no mercado
em quatro cores (verde, azul, rosa e laranja) e completa a linha Colgate
360º, que já conta com as versões com cerdas macias, cerdas médias
e Sensitive, ideal para pessoas com dentes e gengivas sensíveis. Ela
está à venda nos maiores supermercados e hipermercados do país
e também nas farmácias, ao preço sugerido de R$ 18,50. Para os
consumidores que desejarem mais informações sobre outros produtos
da Colgate-Palmolive, basta contatar o Centro de Atendimento ao
Consumidor pelos canais: 0800-7037722, www.colgate.com.br ou ainda
Caixa Postal 1862, CEP 01059-970, São Paulo, SP.
ESCOVA AROMATIZADA COLGATE MAX FRESH: MUITO
MAIS REFRESCÂNCIA NA ESCOVAÇÃO
A Colgate apresenta a primeira escova dental com aroma de menta do
mercado! O limpador de língua da escova Max Fresh proporciona uma nova
dimensão de refrescância para quem considera o hálito algo fundamental e
está sempre preocupado com a boa aparência.
Além de seu visual atraente e design moderno voltado ao público jovem,
a escova Max Fresh conta com quatro opções de cores (preto, verde, azul e
rosa), cerdas de pontas brilhantes e cabo com cristais em relevo, que fazem
referência ao gel dental Max Fresh. Seu aroma de menta pode ser conferido
na embalagem, que possui um adesivo “raspe e cheire” no exterior.
Esta inovação coloca a marca Colgate na vanguarda da saúde bucal e do
bem-estar. A nova Colgate Max Fresh proporciona ainda mais satisfação à
experiência da higiene bucal, inaugurando um novo benefício na categoria.
Agora, as escovas não apenas promovem a limpeza, mas também a
experiência de uma escovação muito mais refrescante.
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entrevista
Um guerreiro na
Odontologia
De vaqueiro a vendedor de picolé, de engraxate a comerciante de
laranjas, o hoje presidente nacional da ABO, Norberto Francisco
Lubiana, utiliza a vasta experiência e conhecimentos obtidos
ao longo da vida para gerenciar uma das maiores entidades do
País. Em entrevista à revista C.D. Smile, ele conta mais sobre a
Associação Brasileira de Odontologia
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N
ascido em Castelo e tendo gos já ocupou na entidade e quais
passado a adolescência e realizações poderia citar?
parte da juventude em Iniciei minhas atividades na ABO/ES
Nova Venécia, ambas no como diretor acadêmico, no ano de
Espírito Santo, o presidente da As- 1978, a convite de um colega. Uma
sociação Brasileira de Odontologia semana após colar grau, em julho de
(ABO) é um homem simples, que já 1982, fui convidado para ocupar o
foi vaqueiro, vendedor de picolé, en- cargo de diretor científico. De 1987 a
graxate e até vendedor de laranjas. 1995 presidi a ABO/ES, deixando o
Foi em Vitória, capital capixaba, que cargo com a inauguração de uma
ele se graduou em Odontologia, e EAP (Escola de Aperfeiçoamento
em Bauru (SP) e Campinas (SP) onde, Profissional) com 20 consultórios em
respectivamente, realizou especiali- terreno de 8 mil m². Naqueles oito
zação e mestrado em implantodon- anos na ABO/ES, realizamos três
tia. As diversas experiências e co- congressos e 13 jornadas, ou seja,
nhecimentos obtidos ao longo da dois eventos de grande porte por
vida ele certamente utiliza em seu ano, sem contar os inúmeros cursos
dia-a-dia, no qual gerencia uma das rápidos semanais. Na ABO Nacional
maiores entidades do País, além de fui primeiro-tesoureiro, vice-presiser conselheiro da FDI
dente e, agora, sou
(World Dental Federapresidente.
Atuei
A ABO é a
tion) e chairman do
também como memCongresso da FDI, entidade de maior bro do Conselho Fisque será realizado em
capilaridade no cal do Sindicato dos
2010, em Salvador
Odontologistas
do
Brasil, com 320
(BA). O Dr. Norberto
Espírito Santo, secrecélulas, e a maior tário, tesoureiro e
Francisco
Lubiana,
marido de Maria Hele- rede de educação presidente da Comiscontinuada em são de Tomada de
na e pai de Adélio,
Nina Rosa e Luna Celi,
Contas do CRO/ES e
Odontologia
ainda consegue tempo
conselheiro do CFO.
do mundo
para clinicar, se dedicar à vida acadêmica A ABO é uma rede
como professor de Histologia e Em- presente no Brasil todo. Como
briologia da Universidade Federal se dá essa abrangência da entido Espírito Santos – e à produção ru- dade e quais as principais ações
ral – como cafeicultor. Este guerreiro da ABO em níveis como educaainda consegue rodar os quatros ção, política, representação da
cantos do mundo para mostrar que classe etc.?
o Brasil possui uma odontologia viva A ABO é a entidade de maior capilae dinâmica, que está entre as melho- ridade no Brasil, com 320 células, e a
res do planeta. Com muito orgulho, maior rede de educação continuada
apresentamos o entrevistado deste em Odontologia do mundo. Esta ponúmero da C.D. SMILE, que nos con- sição foi conquistada com o esforço
ta mais sobre o trabalho da ABO.
de muitos colegas que, ao longo dos
anos, se dedicaram voluntariamente
Quando e como o senhor come- à entidade. Sempre costumo repetir:
çou a atuar na ABO? Quais car- A ABO é um patrimônio dos cirurgic.d. smile|13
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ENTREVISTA
ões-dentistas. Foi construída com a
contribuição associativa de cada associado. É uma entidade que nasceu
da vontade espontânea dos colegas
de todo o País, de forma totalmente
democrática, e isto explica o respeito
e a força alcançados em nível nacional e internacional.
dade para a América Latina. Assim,
o Brasil passou a ser o único país
com dois representantes no Conselho da entidade mundial.
Quais as principais frentes de
atuação política da ABO?
A ABO atua nas mais variadas frentes possíveis, com o objetivo de dar
A ABO também tem forte atua- visibilidade e conquistar mais resção fora do Brasil. Fale um pou- peito para a profissão, além de busco sobre este trabalho de inter- car mais saúde para a população. A
nacionalização da entidade.
entidade atua fortemente no ConO trabalho de internacionalização gresso Nacional, nos ministérios,
da ABO teve seu inicio na gestão do em movimentos contra os abusos
Dr. Paulo Frenkel que, em 1981, rea- da carga tributária e pela cidadania,
lizou um congresso
e está integrada às demundial da FDI no
mais profissões da
a abo Tem o
Rio de Janeiro. Após
área da saúde. Enfim,
melhor jornal
um período de estaga ABO mostra que é
nação, voltou forte
da Odontologia uma entidade viva e
na gestão do Dr. Perespeitada na sociedo Brasil em
dro Martinelli, e se
dade. Na educação
conteúdo e
manteve na do Dr.
continuada, é líder
Henrique Teitelbaun, qualidade gráfica, absoluta, realizando
e a Revista ABO é a centenas de cursos de
quando tínhamos um
conselheiro na entiespecialização e apermais lida no
dade mundial e direifeiçoamento, congresBrasil na área
to a três votos. No
sos e jornadas em
inicio da atual gestão
cada
canto
deste
vimos a necessidade de dar mais vi- imenso País. É fantástico ir a Cacoal
sibilidade à odontologia brasileira, (RO), Palmas (TO), Rio Branco (AC)
e com o apoio e patrocínio da Colgate- ou Macapá (AP), em plena região
Palmolive resolvemos contribuir amazônica, e ver a ABO promovenpara todos os cirurgiões-dentistas do a reciclagem profissional.
do Brasil. Assim, tornamos-nos a
maior representação política na Qual o contato da ABO com o goverFDI. Este trabalho, somado à atua- no federal? A entidade leva reivindição da ABO na América Latina, cre- cações a esta esfera do governo?
denciou a ABO a postular a Presi- A ABO Nacional solicitou ao Minisdência da FDI, e obtivemos uma tério da Saúde (MS), em 1996, um
grande vitória, elegendo o colega levantamento epidemiológico sobre
Roberto Vianna, com 70% dos vo- saúde bucal. Foi atendido em parte,
tos, durante o congresso da FDI em com o levantamento realizado nas
Dubai, em 2007. É a primeira vez em capitais dos Estados, e na faixa etá107 anos que a América Latina ele- ria de 5 a 12 anos. Em 2000, a ABO
ge um presidente da FDI. Um ano Nacional foi parceira do Ministério
antes me elegi conselheiro da enti- na realização do SB Brasil (levanta14|C.D. SMILE
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entrevista
mento das Condições de Saúde Bucal da População Brasileira 20022003), tendo à frente a colega Sonia
Dantas, possivelmente o maior levantamento epidemiológico em
saúde bucal já realizado em todo o
mundo, onde os dados sobre cárie,
doença periodontal, câncer bucal e
más-oclusões, em todas as faixas
etárias, foram levantados, possibilitando a construção de diretrizes sólidas para a atual política de saúde
bucal do governo federal, o Brasil
Sorridente, tão bem capitaneada
pelo colega Gilberto Pucca, e que
tem o apoio total de toda a Rede
ABO. Mais recentemente, a ABO
foi parceira do Ministério da Saúde
na capacitação dos gerentes dos
CEOS (Centro de Especialidade
Odontológica). Há outros projetos
em andamento, contribuindo para a
implementação da política de saúde
bucal, que esperamos que mudem
o quadro epidemiológico no médio
prazo. Nossa maior reivindicação é
tornar a política de saúde bucal uma
política de Estado, para que a mesma não sofra solução de continuidade. A avaliação dos cursos de
Odontologia visando à melhoria da
qualidade do ensino, incluindo aqui
também o fechamento das faculdades mal posicionadas, é outra bandeira da ABO. Projetos de lei que
possam trazer mais saúde para a
população e abrir o mercado de trabalho para os CDs também estão
constantemente na nossa pauta.
A ABO tem uma comunicação
forte e constante. Fale um pouco
sobre esta atuação.
Temos o melhor jornal da Odontologia do Brasil em conteúdo e qualidade gráfica, e a Revista ABO é a
mais lida no Brasil na área. Na atual
gestão, criamos, pela primeira vez
no Brasil, o Jornal ABO na língua
inglesa, que é distribuído para todos os países do mundo, o Jornal
ABO na língua espanhola, que distribuímos para todos os países de
língua hispânica, e o Jornal ABO/
Projeto Futuro Profissional, em parceria com a Colgate, que é distribuído para todos os estudantes de
Odontologia do País. Criamos também um site dinâmico, que é constantemente atualizado para bem informar os profissionais. Criamos
ainda o ABO Business, que atende
a publicidade da indústria, e o ABO
On-Line, que leva, todas as semanas, notícias de interesse para 144
mil profissionais, com a rapidez e a
eficiência da era eletrônica. Com todas estas ações podemos assegurar
que a ABO se tornou um fator de
desenvolvimento da Odontologia
brasileira. Isto se comprova quando
vemos, a cada dia, crescer o número de associados e também de participantes nos eventos que a rede
promove em todo o Brasil.
Na sua opinião, qual é a perspectiva para a saúde bucal e
para a profissão odontológica
no Brasil, com tamanho contingente profissional?
Temos duas vertentes que são importantes na minha visão. Uma é a
da atuação direta do setor público,
que pode e deve avançar mais, para
diminuir a grande dívida social expressa no descaso histórico de 500
anos sem políticas de saúde bucal,
deixando milhões de cidadãos brasileiros sem assistência. Isto abre
espaço para atuação profissional,
porém, a distribuição melhor da
renda será o grande fator que contribuirá realmente para termos mais
saúde para todos e melhor remuneração profissional.
C.D.
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prêmio colgate
Conheça os
vencedores da 2ª
edição dos PRÊMIOS
COLGATE E ABO
DE IMPRENSA E
PROFISSIONAL
Com o intuito de ampliar a prevenção da saúde bucal, a
Colgate-Palmolive promoveu o 2° PRÊMIO COLGATE E ABO
PROFISSIONAL. Os vencedores foram recompensados e
a população também, já que, com mais matérias e trabalhos
sobre o tema, aumenta o incentivo para os brasileiros
conquistarem sorrisos cada vez mais bonitos
Por Vanessa Vignati
A
primeira edição do prêmio já tinha
sido um sucesso. Nesta segunda,
com o apoio da Associação Brasileira de Odontologia (ABO), o
número de inscritos duplicou, chegando a
mais de 70 matérias e trabalhos científicos
em cada categoria. A ação teve como objetivo estimular a prevenção da saúde bucal
por meio dos profissionais da Odontologia
e da mídia impressa nacional.
O evento foi realizado no dia 18 de junho
no Bar Des Artes, em São Paulo. A premiação da IMPRENSA foi composta por uma
comissão julgadora escolhida por meio de
reunião. Entre eles, Dr. Eduardo Saba-Chujfi (do Departamento de Periodontia da Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas
- APCD), Dr. Flávio Namur (da área de Relações Profissionais da Colgate-Palmolive),
Dr. Norberto Francisco Lubiana (presidente da Associação Brasileira de Odontologia
- ABO), Renata Armas (editora da revista
Viva Saúde!), e Simone Iwasso (repórter do
jornal O Estado de S. Paulo). As matérias,
publicadas de 1º de dezembro de 2006 a 25
de abril de 2008, foram selecionadas a partir de um critério de avaliação descrito no
regulamento da premiação.
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O primeiro lugar ficou com Thais
Szegö, Eder Redder e Robson Quinafélix pela matéria “E a escova esburacou o dente”, publicada na revista
Saúde! de janeiro de 2007. O segundo foi concedido à Fernanda Calgaro
pelo texto “Aleitamento materno ajuda a diminuir índice de cárie”, publicado no jornal Folha de S. Paulo em
11 de março de 2007. E, finalmente, o
terceiro prêmio foi para Sara Rebeca
Aguiar de Carvalho pela reportagem
“Hoje é dia de dentista!”, publicada
no jornal O Povo (CE) na semana de
20 a 26 de maio de 2007.
E para incentivar o levantamento
de informações e a divulgação de assuntos relacionados à saúde bucal, o
prêmio PROFISSIONAL recompensou trabalhos científicos escritos por
cirurgiões dentistas em formato de
artigos. O primeiro lugar ficou com
Carina Faleiros Demito pelo trabalho “Avaliação da efetividade do
verniz fluoretado na prevenção da
desmineralização ao redor dos braquetes ortodônticos estudo in vivo
com monitoramento a laser (DIAGNOdent)”; o segundo, com Luiz Cesar da Costa Filho, com a pesquisa:
“Implantação de um serviço odontológico de promoção de saúde bucal e seus impactos na assistência”;
E o terceiro, com Patricia Elaine
Gonçalves, premiada pelo artigo “A
importância da motivação e da escovação supervisionada na promoção de hábitos bucais saudáveis em
pré-escolares”. Todos foram selecionados por meio de uma comissão
julgadora, na qual fizeram parte Dra.
Patrícia Bella Costa Scolletta (Colgate-Palmolive), Dr. Roberto Vianna
(ABO e Federação Dentária Internacional), Dra. Sheila Cavalca Cortelli
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prêmio colgate
(UNITAU e Revista Periodontia SOBRAPE
(Sociedade Brasileira de Periodontologia))
e Dra. Sônia Groisman (UFRJ). Os vencedores receberam, além do prêmio em dinheiro, uma escultura da artista plástica
Anita Kaufmann, criada especialmente
para o 2° PRÊMIO COLGATE E ABO PROFISSIONAL.
Para ler as matérias vencedoras na íntegra e saber mais sobre o Prêmio Profissional, acesse: www.colgateprofissional.com.
br e www.colgate.com.br.
C.D.
prêmio colgate e abo profissional
1° lugar:
2° lugar:
Carina Faleiros Demito
- “Avaliação da efetividade
do verniz fluoretado na
prevenção da desmineralização
ao redor dos braquetes
ortodônticos estudo in vivo
com monitoramento a laser
(DIAGNOdent)”
Luiz Cesar da Costa Filho
- “Implantação de um serviço
odontológico de promoção
de saúde bucal e seus impactos
na assistência”
3° lugar:
Patricia Elaine Gonçalves - “A
importância da motivação e da
escovação supervisionada na
promoção de hábitos bucais
saudáveis em pré-escolares”.
prêmio colgate e abo de imprensa
1° lugar:
Thais Szegö, Eder Redder
e Robson Quinafélix - “E a
escova esburacou o dente”
2° lugar:
Fernanda Calgaro “Aleitamento materno ajuda
a diminuir índice de cárie”
3° lugar:
Sara Rebeca Aguiar
de Carvalho - “Hoje é
dia de dentista!”
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O 1° colocado na 2ª edição do PRÊMIO COLGATE
E ABO PROFISSIONAL
Avaliação da efetividade do verniz fluoretado na prevenção da desmineralização ao redor
dos braquetes ortodônticos: estudo in vivo com monitoramento a laser (diagnodent )
Por Carina Faleiros Demito
A
proposta deste estudo foi avaliar in vivo a
eficácia do verniz fluoretado Duraphat®
quanto a prevenção da desmineralização do
esmalte ao redor de braquetes ortodônticos,
mediante o monitoramento a laser (DIAGNOdent®).
Foram selecionados 15 adolescentes entre 12 e
18 anos de idade que procuraram tratamento ortodôntico corretivo na Clínica Odontológica da Universidade Estadual de Maringá. Todos os pacientes
tiveram braquetes ortodônticos colados e foram
feitas leituras ao redor dos braquetes na superfície
vestibular por meio do aparelho DIAGNOdent®.
Utilizando-se o modelo crossover, foi aplicado verniz fluoretado Duraphat® ao redor dos braquetes em duas hemiarcadas cruzadas, sendo que as
demais serviram como controle. As aplicações de
verniz e as leituras foram repetidas trimestralmente. A amostra foi composta por 278 dentes, sendo
que metade recebeu aplicação de verniz. Os resultados mostraram que, apesar de não significante
estatisticamente, houve uma tendência de redução
de cerca de 32% na desmineralização adjacente
aos braquetes ortodônticos, quando considerouse a média das leituras gengival, mesial, distal e
oclusal no grupo que recebeu aplicação de verniz
fluoretado, durante um monitoramento por 6 meses. Entretanto, houve 40% menos progressão das
lesões de mancha branca na subface gengival (p<
0,05). Portanto, as regiões mais afetadas em ordem
decrescente foram a gengival, a distal, a mesial e
a oclusal. O presente trabalho também demonstra
que o DIAGNOdent compreende um método adequado para monitorar as lesões de mancha, auxiliando outros métodos de diagnóstico.
PALAVRAS-CHAVE: DIAGNOdent Mancha
branca. Verniz fluoretado. Braquetes ortodônticos.
INTRODUÇÃO
As lesões de manchas brancas do esmalte com-
prometem a estética dentária. Elas podem ocorrer
por cárie incipiente, opacidades do esmalte ou hipoplasia do esmalte. Nas três situações o conteúdo
mineral está diminuído e a organização estrutural
modificada, com aumento do conteúdo orgânico
do esmalte, reduzindo assim sua resistência física.
A superfície do esmalte não é absolutamente lisa,
existem ondulações minúsculas no esmalte. Nessas ondulações, ficam inúmeros poros que se comunicam com os espaços existentes entre os cristais que compõem os prismas de esmalte. Quando
se forma a placa bacteriana, os ácidos acumulados
entre a placa e o esmalte, adentram nos poros e
alcançam os espaços intercristalinos, tendo início
a desmineralização dos cristais, ocorrendo assim
alterações na sua forma e organização. Quando
a mancha branca se estabelece significa que os
cristais na subsuperfície reduziram seu volume
e os espaços ou poros intercristalinos aumentaram. Por um fenômeno óptico o esmalte fica mais
branco, denunciando clinicamente o processo de
desmineralização1. A literatura descreve que o
tratamento ortodôntico com aparelhos fixos (braquetes e tubos colados) predispõe os pacientes a
um acúmulo maior de placa bacteriana ao redor
dos mesmos. Geralmente, isto ocorre pela dificuldade de higienização na superfície vestibular dos
dentes, gerada por esses acessórios colados. Com
o acúmulo de placa na superfície dos dentes, inicia-se a desmineralização do esmalte e a formação
destas lesões pode ocorrer em apenas algumas semanas após a instalação do aparelho, até mesmo
entre as consultas ortodônticas. A presença destas lesões após a remoção do aparelho tem sido
um acontecimento freqüente que preocupa a especialidade, visto que um dos objetivos da área é a
estética dentária e os dentes mais frequentemente
afetados são os incisivos laterais superiores2-4.
Vários autores5,6 sugeriram métodos prevenc.d. smile|21
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prêmio colgate
tivos para combater essas manchas. A constante
instrução de higiene, como o uso de bochechos
fluoretados caseiros mostraram ser eficazes, mas
elas dependem da colaboração do paciente o que
acaba inviabilizando esse método, pois os pacientes
candidatos às descalcificações, por não realizarem
corretamente a higienização, provavelmente não
colaborariam com tais métodos. Assim, surgiram
pesquisas para um novo tipo de prevenção da desmineralização ao redor dos braquetes ortodônticos
que não dependesse da colaboração do paciente.
O uso periódico do verniz fluoretado ao redor dos
acessórios tem se mostrado o método mais eficiente
para a prevenção da formação de lesões de mancha
branca do esmalte, com redução variando de 35%
a 50% na desmineralização adjacente aos braquetes ortodônticos7-11. Geralmente a detecção clínica
dessas lesões de mancha branca é feita pelos profissionais por meio da secagem do esmalte por ar
comprimido. Entretanto este método só permite a
visualização das lesões quando estas se encontram
em nível subsuperficial, estágio que já não permite
mais total remineralização. Em busca de detectar
o mais precocemente possível essas lesões, outros
métodos diagnósticos têm sido testsdos. O DIAGNOdent (KaVo) compreende um destes métodos
de detecção precoce das lesões de mancha branca.
Alguns estudos já comprovaram que este método
de diagnóstico por meio do laser fluorescente é
eficiente para o monitoramento de pequenas mudanças incipientes de esmalte, e que pode ser bastante útil em investigações clínicas sobre medidas
preventivas em grupos de risco, como os pacientes
ortodônticos12-14.
12 a 18 anos, sendo 6 do gênero feminino e 9 do
gênero masculino.
Após a aprovação do projeto de pesquisa pelo
Comitê de Ética em Pesquisas envolvendo seres
humanos, os consentimentos esclarecidos, por
escrito, foram instituídos aos responsáveis pelos
pacientes antes destes ingressarem no estudo.
Todos os pacientes selecionados foram instruídos quanto aos métodos de higiene bucal.
Em todos os pacientes foram colados braquetes
metálicos (Abzil padrão Capelozza) sob a seguinte
metodologia: os dentes foram isolados com abridor
de boca para colagem e condicionados com ácido
fosfórico a 37% por 30s. Foram lavados com jato
de água e secos com jato de ar comprimido. Após
a secagem do esmalte, os braquetes foram colados
com resina composta fotopolimerizável Transbond
(3M) mediante instruções do fabricante.
Num período de uma a duas semanas após feita a colagem dos braquetes, os pacientes foram
submetidos à leitura das superfícies ao redor dos
braquetes por meio do equipamento DIAGNOdent® (KaVo, Alemanha) (figura 1) para conferir a
quantidade de descalcificação existente.
PROPOSIÇÃO
Todos os pacientes tiveram a superfície vestibular dos dentes limpas por meio de profilaxia feita com escova tipo Robinson, pedra pomes e água.
Em seguida, os arcos foram isolados por um abridor de boca próprio para colagem de braquetes e
secas com jato de ar comprimido. Após a secagem
das superfícies vestibulares dos dentes, foram realizadas leitura das mesmas, incluindo de pré-molar a pré-molar de ambos os arcos (superior e inferior). A superfície vestibular do dente foi dividida
em mesial, distal, cervical e oclusal e as quatro medidas foram anotadas em uma ficha individual. Foi
escolhido para a leitura, o ponto mais central de
A proposta deste estudo foi avaliar in vivo a
eficácia do verniz fluoretado Duraphat® quanto a
prevenção da desmineralização do esmalte ao redor de braquetes ortodônticos, mediante o monitoramento a laser (DIAGNOdent®) .
MATERIAL E MÉTODOS
A presente pesquisa envolveu 278 dentes de 15
pacientes da Clínica Odontológica da Universidade Estadual de Maringá (UEM) que procuraram
tratamento ortodôntico corretivo. Os pacientes foram selecionados pela faixa etária que variou de
Figura 1- A - Equipamento DIAGNOdent® (KaVo, Alemanha);
B – Fotografia de uma leitura da face distal.
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cada subface. Antes da tomada de leitura, o aparelho era calibrado individualmente, posicionando o
feixe de laser sobre uma área saudável de esmalte,
zerando o mostrador digital do equipamento.
Após a primeira leitura, foi realizada a aplicação
de verniz fluoretado Duraphat® (Colgate-Palmolive)
ao redor dos braquetes com o auxílio de um microbrush (FGM- Joinvile, Brasil). O estudo empregou o
modelo crossover (figuras 2 e 3), onde duas hemiarcadas cruzadas de cada paciente serviram como grupo experimental e as demais como grupo controle.
Então, após a primeira leitura, ainda com o campo
isolado e seco foram escolhidos aleatoriamente dois
hemiarcos experimentais (cruzados: 1-3 ou 2-4) e
foi realizada a aplicação de verniz fluoretado Duraphat® (Colgate-Palmolive) ao redor dos braquetes
com o auxílio de um microbrush (FGMJoinvile, Brasil). Os pacientes foram instruídos para escovarem
os dentes somente após um período de 12 horas. A
aplicação do verniz foi repetida trimestralmente e
a cada aplicação foi feita previamente nova leitura
completando três leituras durante um período de 6
meses de monitoramento.
Figuras 2 e 3- Exemplo do modelo crossover de aplicação do
verniz.
Foi obtido então o índice de Banks modificado
para leitura com o DIAGNOdent® (média das 4
subfaces) para obtenção do valor total de descalcificação para cada dente estudado, bem como também foram avaliadas individualmente cada subface
(gengival, oclusal, mesial e distal). Os dados foram
submetidos ao teste estatístico ANOVA e teste de
Tukey para a comparação entre os grupos. As variações entre a primeira e terceira leituras foram
comparadas pelo teste t de Student.
RESULTADOS
A tabela 1 apresenta a comparação entre as médias e os desvios-padrão, mediante ANOVA e teste
de Tukey, considerando-se a leitura total (gengival,
mesial, distal e oclusal) para as três leituras efetuadas, com intervalo de 3 meses.
As leituras iniciais foram semelhantes estatisticamente, como esperado, e representando igualdade do estado inicial do esmalte entre os dentes
dos grupos. As segundas leituras também comportaram-se semelhantemente, porém já aparentando
uma pequena tendência de aumento para o grupo
sem verniz. Tanto para o grupo com verniz como
para o sem verniz, o aumento das manchas brancas
lidas pelo DIAGNOdent foi estatisticamente significante, quando comparadas as leituras iniciais com
as finais (cerca de 6 meses após).
Não houve diferença estatisticamente significante quando comparadas as médias das 3ª leituras
para os grupos com (1,09) e sem aplicação do verniz
(1,40) (p>0,05). Entretanto, foi evidente a tendência
de redução das leituras no grupo que recebeu aplicação de verniz fluoretado, sendo em valor absoluto 32% menor para o grupo com verniz.
Para que se pudesse comparar a progressão das
lesões em ambos os grupos, bem como nas diferentes faces, no período de estudo, foram comparadas
as variações entre a primeira e a terceira leitura. A
tabela 2 apresenta as comparações, mediante o teste
t de Student, entre as variações médias (progressão
das lesões) entre as leituras para o índice médio, bem
como para cada face isoladamente. Ficou claro que a
região gengival se beneficiou da aplicação do verniz
fluoretado (p<0,05), evoluindo cerca de 40% menos
em relação ao grupo controle. Embora a subface
distal também tenha apresentado diferenças de leituras como a gengival, o desvio-padrão mostrou-se
aumentado, caracterizando uma variabilidade de
respostas, e igualando as médias em termos estatísticos. Também é notório que a subface oclusal sofreu pouco aumento nas leituras do DIAGNOdent, e
também pouca interferência do verniz.
DISCUSSÃO
A característica clínica da lesão de mancha branca se dá por um fenômeno óptico ocorrido na superfície do esmalte. Como os poros intercristalinos
aumentam de tamanho, os líquidos escoam e são
substituídos por ar. Quando a luz passa pelo esmalte tem um índice de refração igual a 1.
Sendo o índice de refração da luz no esmalte
igual a 1,62, a diferença dessa difração na passagem
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prêmio colgate
Tabela 1
Comparação entre as médias e os desvios-padrão da leitura total dos dois grupos estudados empregando-se ANOVA e Tukey, para as três leituras efetuadas.
Sem aplicação de Verniz
X
DP
1ª leitura
0,73a
0,97
Com aplicação de Verniz
2ª leitura
0,80ab
0,98
3ª leitura
1,40c
1,48
1ª leitura
0,58a
0,64
2ª leitura
0,59a
0,70
3ª leitura
1,09bc
0,89
* letras iguais representam igualdade estatística das médias e letras diferentes compreendem diferença entre as médias ao nível de 5% (p<0,05)
Tabela 2
Comparação entre as médias e os desvios-padrão dos dois grupos estudados, empregando o teste t
de Student, para as variações entre a primeira e terceira leituras efetuadas , considerando-se toda a
face, bem como cada subface isoladamente.
Sem aplicação de Verniz
variação entre a 1ª e 3a leitura
Total
X
DP
Gengival
X
DP
Oclusal
X
DP Mesial
X
DP
Distal
X
DP
Com aplicação de Verniz
variação entre a 1ª e 3a leitura
0,67a
1,60
0,89a
1,94
0,20a
1,20
0,67a
2,23
0,88a
3,59
0,51a
1,14
0,53b
1,33
0,32a
0,93
0,75a
1,62
0,54a
2,25
* na mesma linha letras iguais representam igualdade estatística e letras diferentes compreendem diferença entre as médias ao nível de 5% (p<0,05)
da luz se torna grande e a cor do esmalte nessas
condições se torna branca denunciando clinicamente um processo de desmineralização1.
Os acessórios colados (braquetes e tubos) para
o tratamento ortodôntico, dificultam a higienização da superfície dos dentes, conduzindo a um
maior acúmulo de placa bacteriana, consequentemente gerando um ambiente propício ao aparecimento de lesões de mancha branca. Este fato
provoca um problema estético, pois estas lesões
não regridem espontaneamente2.
A literatura é clara quando afirma a magnitude deste problema. Vários estudos têm mostrado
uma prevalência em média de 50% de lesões de
mancha branca em pacientes que sofreram tratamento ortodôntico corretivo2,3,11,15. O presente
estudo corrobora com a literatura ao demonstrar
valores estatisticamente maiores de descalcifica-
ção do esmalte em apenas 6 meses de monitoramento, tanto para o grupo que recebeu verniz
como para aquele que não recebeu.
Embora não tenha havido uma diferença estatisticamente significante entre os grupos que
recebeu e que não recebeu o verniz fluoretado,
para este período de seis meses, notou-se uma
clara redução no valor absoluto das leituras finais
para o grupo com verniz (figura 4).
Figura 4- Comparação das médias das 4 subfaces entre os grupos
com e sem aplicação do verniz nos diferentes tempos de leitura.
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As regiões mais afetadas pelo desenvolvimento
das lesões foram em ordem decrescente: a gengival, a distal, a mesial e a oclusal, como também
encontrado por Banks et al15. Provavelmente essas
regiões acabam refletindo a dificuldade que o paciente tem em higienizá-las, considerando-se que
a face oclusal é a mais fácil e a gengival a menos
acessível. Quando foram comparadas as variações,
ou seja, a progressão das lesões, entre a primeira
e terceira leituras, houve uma redução estatisticamente significante para a subface gengival. Nesta
região a variação média das leituras foi 40% menor,
sendo 0,89 para o grupo sem verniz e 0,53 para o
com verniz (figura 5).
Figura 5- Progressão das lesões comparando toda face (média das
leituras das subfaces) e cada subface isoladamente.
A tendência observada no presente estudo
corrobora os trabalhos prévios de Demito et al10,
Vivaldi-Rodrigues et al11. Vale ressaltar que nos
trabalhos anteriores o verniz utilizado foi o Duraflor, que apesar de conter a mesma quantidade
de flúor (5% de fluoreto de sódio), pode representar alguma variação de comportamento clínico. Em 1996, Ogaard et al7 demonstrou redução
de 48% nas manchas brancas com a utilização
do verniz Duraphat, que também foi utilizado no
presente estudo.
As lesões de manchas brancas desenvolvemse rapidamente (até mesmo no intervalo entre
as consultas ortodônticas), e nos seus estágios
mais avançados tornam-se irrecuperáveis16.
Diante disto a preocupação dos ortodontistas
deve ser grande, pois gera um grande problema estético.
Portanto, é de suma importância ressaltar a
responsabilidade do ortodontista em diagnosticar
as lesões de mancha branca em estágios iniciais,
quando ainda podem regenerar-se por completo.
No diagnóstico duvidoso pode-se utilizar a luz laser
fluorescente DIAGNOdent para o refinamento do
exame visual17. No presente estudo o DIAGNOdent
mostrou-se capaz de monitorar a progressão destas
lesões, podendo ser útil para auxiliar no diagnóstico, assim como sugerido por outros autores17,19.
Uma das soluções propostas na literatura para
minimizar a incidência destas lesões foi o uso caseiro de bochechos fluoretados. A implementação
de regime caseiro de bochecos diários com solução
de fluoreto de sódio a 0,05% foi testada em estudos
e se mostrou eficiente na prevenção dessas lesões,
apesar de não inibí-las completamente2,5,6. Porém,
esta eficiência está vinculada à colaboração do paciente que normalmente não segue as orientações
dos ortodontistas. Provavelmente os pacientes que
realmente necessitam de um método preventivo,
por não realizarem uma correta higienização, também não colaborariam com este regime2,6.
A literatura tem relatado que o verniz promove uma redução entre 40 e 50% nas descalcificações7,8,10,11. Apesar da sua grande eficiência na prevenção destas lesões, assim como todos os outros
métodos, a aplicação de verniz fluoretado não foi
suficiente para inibí-las completamente neste estudo, como em outros trabalhos8,10,11.
Todos os estudos que utilizaram o verniz fluoretado constataram redução das lesões de cárie
incipientes de esmalte. Isto já é algo unânime na
literatura e os ortodontistas conhecem tais fatos.
Entretanto, um estudo realizado com questionários
a 229 ortodontistas revelou que apenas 0,6% deles
sempre realizam a aplicação de verniz com flúor e
0% o fazem freqüentemente18.
CONCLUSÃO
Diante da metodologia empregada pode-se concluir que:
Embora não significante estatisticamente, houve uma tendência de redução de cerca de 32%
na desmineralização adjacente aos braquetes ortodônticos, considerando-se a média das leituras
gengival, mesial, distal e oclusal no grupo que recebeu aplicação de verniz fluoretado, a partir de 6
meses de monitoramento a laser (DIAGNOdent).
Entretanto, ao considerar- se a progressão da lesão, a subface gengival apresentou 40% menos
evolução no grupo que recebeu o verniz (p< 0,05).
Para consultar as referências acesse o
site www.colgate.com.br
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SAÚDE
RPG no
dentista?
Técnicas baseadas na Reeducação Postural Global
já são utilizadas para tratar os pacientes como um
todo, inclusive quando os problemas afetam a área
odontológica
Por Janaina Gimael e Leonardo Carvalho
A
s técnicas de Reeducação já é bastante reconhecida. “O cirurPostural Global, o chamado gião dentista faz o trabalho dele, e o
RPG, são cada vez mais pro- fisioterapeuta Rpgista faz a correção
curadas para a solução de da mandíbula e de todo o corpo enproblemas que têm origem em postu- volvido. São momentos diferentes”,
ras inadequadas. O método nascido da explicou a Sociedade em nota.
obra “O Campo Fechado”, publicado
O principal objetivo da Facilitação
por Philippe Emmanuel Souchard, em neuromastigatória é tratar disfun1981, na França, leva em conta a pre- ções temporomandibulares (DTMs),
missa de que o ser humano depende que podem ter origem tanto na posda harmonia das cadeias musculares tura inadequada como em próteses
para conseguir ficar em pé e realizar mal-adaptadas, oclusão incorreta
movimentos diários, e agora também e pressão causada pelo ranger dos
serve de base para o tratamento de dentes. Alguém que tenha escoliose
disfunções que, de certa forma, en- ou hiperlordose, por exemplo, acavolvem o aspecto odontológico. Neste ba sofrendo com o mau posicionacaso, o nome é “Facilitação neuromas- mento da cabeça e seu conseqüente
tigatória”, um proceefeito sobre a mandídimento desenvolvido
bula. Em muitos ca50
minutos
de
pelo cirurgião-dentissos, dores de cabeça e
RPG alongam
ta Edson Negrelli com
zumbido nos ouvidos
base nos conceitos de
podem ter como cauos músculos
RPG.
sa falhas no sistema
da mandíbula,
De acordo com a
mastigatório.
minimizando
Sociedade BrasileiA técnica de Nea
rigidez
e
o
ra de RPG (SBRPG),
grelli é baseada em
encurtamento
a técnica de Negrelli
uma visão mais global
da mesma
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FOTO EVERETT COLECTION / KEYSTOCK
dos pacientes. No consultório, sessões de DTMs. “Os sintomas que geralmente
de 50 minutos ajudam a alongar os indicam a necessidade de fisioterapia
músculos da mandíbula, reduzindo a são: dor muscular envolvendo os músrigidez e o encurtamento.
culos da cabeça e pescoço, e relação da
No artigo “Efeito da reeducação DTM com algum desequilíbrio na colupostural global e do alongamento es- na cervical como, por exemplo, uma má
tático segmentar em portadoras de postura associada à cefaléia cervicogêdisfunção temporomandibular”, a fi- nica. Deve-se ressaltar que um distúrbio
sioterapeuta Sâmia Amire Maluf con- oclusal também provoca um distúrbio
firma que os exercícios terapêuticos muscular, sendo, portanto, necessária a
têm sido utilizados na reabilitação e intervenção do fisioterapeuta”, explica.
prevenção das DTMs miogênicas, poEla afirma que o trabalho é realizarém, de forma associada a outros re- do por meio de exercícios manuais na
cursos da fisioterapia
mandíbula do paciente,
e/ou odontologia.
com o objetivo de aliAtenção aos sintomas
nhar e relaxar a musO RPG tem
- A dentista Ana Caroculatura, assim como
sido
usado
lina Rego Farias Capri,
diminuir a pressão inna reabilitação e tra-articular da ATM.
da Unidade de Terapia
prevenção
Oral e Corporal, possui
“Em um quadro agudo,
especialização em RPG e
com o objetivo principal
das DTMs
acredita na relação interde analgesia, o fisioteradisciplinar no tratamento
peuta pode usar alguns
Dores músculares
envolvendo as
regiões da cabeça
e pescoço, indicam
a necessidade de
fisioterapia
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SAÚDE
O fisioterapeuta pode
usar alguns aparelhos de
eletroterapia, mas cabe
ao dentista o uso de
ortodõnticos ou ortopédicos
aparelhos de eletroterapia: laser, ultra-som, TENS. O uso de aparelhos
ortodônticos ou ortopédicos é de uso
exclusivo do dentista”, diz.
Para Ana Carolina, é indispensável
o tratamento das DTMs com o RPG.
“Um paciente com uma DTM provavelmente apresenta algum distúrbio
no complexo crânio-cervical, sendo
necessário tratar a coluna vertebral
como um todo. Não é possível tratar
o corpo humano “por partes”, e é aí
que entra a globalidade tão falada no
RPG”, explica. “Este tratamento interdisciplinar tende a crescer principalmente porque dá resultado. Não são
todos os dentistas que reconhecem a
importância da fisioterapia e da fonoaudiologia. Os que mais reconhecem
e indicam nosso trabalho são os especializados em ortopedia funcional dos
maxilares, em ortodontia e em oclusão e ATM”, finaliza.
Por meio da Sociedade Brasileira
de RPG é possível encontrar mais informações sobre a técnica e também
sobre cursos de capacitação. O RPG
pressupõe avaliação global do paciente, razão por que são utilizados
conceitos de diversos métodos como
cadeias musculares, mobilização neural e coordenação motora. Um ponto
de extrema relevância é que o atendimento deve ser realizado por profissionais especializados na área para
que não haja danos à saúde no lugar
de benefícios.
C.D.
SERVIÇO:
Sociedade Brasileira de RPG (SBRPG) – (11)
50440940 – www.sbrpg.org.br
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O atendimento
deve ser realizado
por profissionais
especializados,
evitando assim
danos a saúde
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opinião
Palavra do
especialista
Por Sônia Groisman e Daniele Fabrícia Lopes Marinho
A
extensa literatura que aborda a relação da presença do biofilme dental e as doenças cárie e periodontal
aponta para o biofilme formado e
persistente nas superfícies dentárias como
um dos principais fatores etiológicos nessas
enfermidades e, de acordo com Axelson et al
2004, a prevenção das mesmas perpassa pela
desorganização desse biofilme .
O fio dental, conforme conhecemos na
atualidade, constituído de filamentos finos de
nylon, foi desenvolvido pelo Dr. Charles C.
Bass, sendo sua principal indicação a remoção biofilme na superfície dos elementos dentários. O fio dental é inserido entre os dentes
e arrastado ao longo deles, especialmente
próximo à gengiva (Trevisan et al, 1986). Sua
importância para promover a limpeza dos
dentes foi amplamente difundida após a Segunda Guerra Mundial, sendo considerado,
na atualidade, de suma importância na remoção do biofilme dental interproximal.
Tipos de Fio Dental
• Fio de nylon (ou multifilamento) e PTFE
(monofilamento)
Existem no mercado fios dentais de nylon,
encerados ou não, com uma grande variedade de sabores. Como esse tipo de fio é composto de muitas fibras de nylon, pode desfiar,
especialmente se os dentes estiverem muito
juntos. Embora mais caro, o fio de filamento
único (PTFE) desliza facilmente entre os den-
tes, mesmo com pouco espaço, e não se rompe. Usados de maneira adequada, ambos os
tipos de fio removem adequadamente o biofilme dental
Recomendações ao paciente
A “American Dental Association” aconselha usar o fio dental uma ou mais vezes por
dia e escovar os dentes antes da sua utilização. SCHMID et al., em 1980, descreveram a
técnica do uso do fio dental. Deve-se cortar
um pedaço de fio de aproximadamente 30 cm
e esticar o fio com firmeza entre o polegar direito e o esquerdo, passando-o com delicadeza através de cada área de contato, com um
movimento de serra contra a superfície proximal do dente até 2,5mm do sulco gengival.
Deve-se mover o fio, em movimentos verticais, na área de contato e abaixo do sulco, repetindo o movimento delicadamente cinco ou
seis vezes, cruzando a gengiva interdentária e
repetindo o procedimento sobre a superfície
do dente adjacente.
Axelson (1995) demonstrou maior eficácia
na utilização do fio dental ante a escova na
remoção do biofilme dental, comprovando
que a escova não permite o mesmo padrão
de limpeza que o fio dental em determinadas
regiões, sendo este um agente de limpeza das
faces proximais e não um coadjuvante na escovação. Assim, cabe ao cirurgião-dentista
passar essa informação e demonstrar esta
parte fundamental da higienização bucal.
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indicações
mães e crianças com dentição mista. O autor
A utilização do fio dental, muitas vezes, fica examinou 30 pares de mães e crianças com
subestimada e o produto destituído de seu dentição mista de ambos os sexos que não estavalor real, uma vez que os veículos de comu- vam em tratamento odontológico no momento
nicação e a educação familiar, geralmente, da pesquisa. No exame clínico foram registrapassam uma imagem limitada, simplesmente dos os índice de placa bacteriana (IP) e gengival
para remoção de restos alimen(IG). Através de questionários,
tares que causam desconforto,
respondidos pelas mães, foram
deixando para nível secundário
colhidas informações a respeito
a principal
sua principal função, que é a redos hábitos de higiene bucal do
função do
moção do biofilme interdental
binômio materno infantil. O autor
fio dental é
(Bignelli et al., 1993).
registrou maior correlação entre
a
remoção
O meio mais conhecido e
os índices de placa e gengival no
do biofilme
praticado de limpeza na cavigrupo de adultos do que no grudade bucal é a escova dental,
po de crianças, sem correlação
interdental
entretanto, sua ação, embora
significante entre IP e IG nos paatinja as faces proximais, é mais
res mães e crianças. O índice de
eficiente nas faces livres, havendo necessida- placa total das mães diminuiu com a “sempre”
de de meios auxiliares para as áreas proximais freqüência do uso de fio dental. Houve redução
com faces de contato (Daly et al., 1996). Deste no índice de placa das crianças quando auximodo, a higienização bucal só se faz adequada liadas pela mãe durante a higienização bucal
com associação da escova e fio e/ou fita dental, e quando as mães declaravam que usavam fio
não sendo o fio dental apenas um coadjuvante dental “sempre”. O índice gengival das crianças
da escovação (Chambrone et al., 2002).
foi reduzido com a associação de aumento da
Romitto, em 2000, estudou a correlação en- sua freqüência de escovação e a “sempre” utilitre os índices de placa e gengival em pares de zação do fio dental pela mãe.
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opinião
Prevalência de uso
do uso de fio dental e com o auxilio das mães
Todescan, Sima (1991) alertaram quanto na higienização bucal de seus filhos.
aos 17,2% dos entrevistados de sua pesquisa
Lafuente et al. (2002), entrevistando 1.380
assumirem não cuidar bem dos dentes, sendo adolescentes de 13 a 20 anos, verificaram que
que 7,71% alegaram não fazerem por falta de 64% dos adolescentes nunca haviam usado fio/
tempo e 5,51% por preguiça. E Rodrigues et fita dental e 30% faziam-no somente às vezes,
al. (1996) complementaram que uma das bar- e que 71,3% dos homens nunca haviam usado
reiras para a falta de uso do fio dental rotinei- fio/fita dental versus 56,8% das mulheres.
ramente pode ser justificada pela deficiente
Araújo et al. (2003) entrevistaram 473 unicoordenação psicomotora. Já Rimondini et al. versitários, e 72% afirmaram utilizar fio den(2001) avaliaram 202 universitários de 20 a 26 tal. Destes, 34% faziam-no uma vez ao dia, e
anos, e 35,1% deles nunca haviam usado fio 66% relataram faze-lo mais de uma vez. Já
dental e 33,2% usavam-no somente às vezes, nos trabalhos de Todescan, Sima (1991) e Olievidenciando o desconhecimento sobre há- veira et al. (2006), 79% dos adolescentes afirbitos de saúde plausíveis que visam permitir maram ter recebido orientação para usar fio
a longevidade dos elementos dentários sau- dental do cirurgião-dentista, mas somente
dáveis na cavidade bucal .
31% deles declararam fazer uso desse aparaAstrom & Rise, 1996, demonstraram a to de higienização, entretanto, 56% da amoscorrelação positiva entre a valorização dos tra acredita cuidar bem da sua saúde bucal,
pais pelo hábito de utilização do fio dental e o evidenciando maior necessidade de esclarecomportamento do adolescente, refletido em cimentos e sensibilização para uma efetiva
menores índices de sangramento gengival higienização da cavidade bucal.
quando comparado ao grupo de adolescentes
Oliveira et al. (2006), entrevistando 58 adocujos pais não motivavam este hábito.
lescentes da clínica de FO-USP, relataram que
Romitto, em 2000, estudou
apenas 39% dos pacientes
a correlação entre os índices
utilizavam o fio dental, sendo
de placa e gengival em 300
que 62% atribuíram o motipares de mães e crianças com
vo de esquecimento, e 57%,
Fita dental Colgate Total
dentição mista, que não estapreguiça. Os autores relatavam em tratamento odontoram uma associação positiva
lógico no momento da pesao correlacionar o uso do fio
quisa. Foram registrados os
dental ao sexo, faixa etária e
índice de placa bacteriana
orientação prévia.
(IP) e gengival (IG). Através
Moraes et al. (2006) avade questionários, respondiliaram 507 crianças de 2 a 8
dos pelas mães, foram colhianos de idade e demonstradas informações a respeito
ram que 84% das crianças
dos hábitos de higiene bucal
não recebiam limpeza indo binômio materno infantil.
terdental adequada. Como
O autor registrou maior corprincipais razões descritas
relação entre os índices de
pelas mães: ausência de
placa e gengival no grupo de
hábito diário do fio dental
adultos do que no grupo de
(36%), alto custo do producrianças, sem correlação sigto (22%) e falta de cooperanificante entre IP e IG nos pação das crianças. Os autores
res mães e crianças. O IP das
concluíram que a baixa ademães e das crianças diminuiu
são a esse hábito perpassa
com a freqüência “sempre”
pela falta de esclarecimento
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quanto à importância desta técnica e a própria ausência do hábito pelos pais e /ou responsáveis.
Santiago et al 2007, avaliaram a habilidade
no uso do fio dental de 30 pacientes adolescentes, entre 10 e 18 anos de idade, de ambos os
sexos, que passaram por tratamento odontológico e receberam orientações sobre higienização da cavidade bucal, contudo, essa orientação foi insuficiente para motivá-los ao seu uso
adequado, uma vez que apresentaram 54% de
inabilidade na utilização deste artefato.
Indubitavelmente, o adequado uso do fio
dental é de fundamental importância para a
integridade dos tecidos periodontais e elementos dentários. É corroborado por todos os
autores que o mesmo é efetivo na prevenção
das duas mais graves enfermidades bucais,
entretanto, é necessária maior motivação por
parte dos profissionais de saúde, cabendo a
eles educação e sensibilização adequada ao
paciente para transformá-lo em um agente ativo na co-responsabilidade de sua saúde.
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Araújo CA, Deliberador T, Cru ACC, Santos FA. O uso
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Suplement of 23 Annual SBPqO Meeting. 20: 41.
Oliveira Ta, Jarroug KE, Braga MM, et al. Avaliação
Profa Adjunta -Sônia Groisman - Especialista em Periodontia pela
UERJ; Mestre e Doutora em Odontologia Social e Preventiva pela
UFF, Coordenadora do Curso de Especialização em Saúde Coletiva
- UFRJ. Pós graduada em Cariologia – Suécia
Daniele Fabrícia Lopes Marinho AIRES - Especialista em
Odontopediatria pela Faculdade de Odontologia da Universidade
Gama Filho.
c.d. smile|33
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especial
Colgate incentiva
educação para a
saúde bucal
Conheça um pouco mais sobre os programas
desenvolvidos junto às faculdades de
odontologia de todo o país
Por Cristina Cavelagna
34|c.d. smile
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C
om o objetivo de estreitar o
relacionamento existente entre a empresa e o meio acadêmico, a Colgate realiza o
programa “Futuro Profissional”, que
acontece por meio de ações realizadas
dentro das instituições de ensino. O
programa foi implantado em 2004 em
várias universidades do Brasil, e oferece amostras de produtos, jornais, revistas científicas, patrocínios de jornadas
acadêmicas e atividades de prevenção
para auxiliar na educação desses futuros profissionais de saúde. Como segunda visita do Programa Futuro Profissional nas universidades, a Colgate
apresentou o “Programa de Atenção
Básica”, em parceria com a Faculdade
de Odontologia da Universidade de São
Paulo, apoiando a iniciativa do “Global
Child Dental Health Task Force” (Força
Tarefa para Prevenção da Cárie) e tem
por meta desenvolver ações iniciais no
atendimento de crianças entre 6 e 10
anos de idade.
Para participar do Programa Futuro Profissional, as faculdades de
odontologia devem ter alcançado notas entre 4 e 5 no Enade 2004. Desta
forma, os acadêmicos de odontologia, professores e coordenadores das
universidades têm à disposição amostras de produtos, palestras, materiais
educativos e, ainda, informativos colocados em clínicas que os auxiliam a
alcançar as comunidades.
Desde sua implementação, o programa já atingiu mais de 100 universidades
de odontologia das 175 existentes no
Brasil, representando um total de cerca
de 50% das universidades do país.
E isto não é tudo. O Programa também conta com ações especiais como
o Prêmio Nacional de Odontologia
Preventiva Colgate, que foi criado
para reconhecer, premiar e apoiar os
c.d. smile|35
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especial
educadores e os alunos em seus trabalhos de incentivo à pesquisa.
rio por 25 instituições do País, e possui
duas subdivisões. A primeira delas é
a ação coletiva extramuros com a parPROGRAMA DE ATENDIMENTO
ticipação de crianças das escolas da
ÀS CRIANÇAS
rede pública de ensino e de comuniAtividades educativas, escova- dades. A segunda é chamada de ação
ção supervisionada e
coletiva
intramuros,
evidenciação de placa
com atividades voltadas
bacteriana são algumas
para crianças que estão
A Colgate
das ações desenvolviem espera de tratamenoferece Kits do
das pelo Programa de
to nas clínicas de odonDr.
Dentuço
para
Atenção Básica, impletologia das faculdades.
o “Programa de
mentado este ano.
A participação da
O Programa, que
Colgate no desenvolviAtenção
desenvolve ações inimento do Programa de
Básica”, com a
ciais no atendimento de
Atenção Básica é caracfinalidade de
crianças de 6 a 10 anos
terizada pelo envio das
desenvolver
nas clínicas de odontoferramentas (kits do Dr.
ações iniciais no Dentuço) necessárias
pediatria das universidades brasileiras, já é
para a realização em
atendimento
considerado obrigatósaúde bucal.
de crianças
C.D.
36|c.d. smile
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comportamento
Quando
um sorriso
é revelador
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Sorrir é o melhor
remédio
Você sabia que o ato de sorrir varia de acordo com a pessoa ou a situação?
E que cada sorriso diz muito sobre a personalidade e os sentimentos? É o
que estudiosos do tema afirmam
Por Janaina Gimael e Andréia Brasil
U
m dos maiores sucessos – e mistérios médio, e que arrancar o sorriso de alguém si- da pintura mundial, a Monalisa, de sudo é quase como um milagre, mas vale a
Leonardo da Vinci, carrega no sorriso pena. Uma pesquisa científica realizada em
enigmático boa parte das atenções Portugal chegou a descobrir que, perto dos 55
dos críticos de arte. Isto tem razão de ser, afinal, anos de idade, em fase de menopausa, as mua curvatura de seus lábios permite interpreta- lheres passam a sorrir menos e com menor
ções dúbias a respeito de seus sentimentos; intensidade. Instigante, não? O fato é que o
justamente algo que poderia dizer tanto sobre a simples ato de remexer os lábios, curvando-os
personalidade da musa, ao menos de acordo um pouco a mais ou a menos, pode despertar
com os especialistas no assunto.
muita curiosidade, e não é à toa, já que quem
Segundo o dicionário Houaiss, o sorriso é estuda o sorriso encontra muitas histórias in“a expressão facial em que os lábios se disten- teressantes para contar.
Os primeiros relatos sobre estudem para os lados e os cantos
dos da anatomia do sorriso datam
da boca se elevam ligeiramente,
do século XIX, na França. De lá
e que expressa, geralmente,
Sorrir
para cá, muito já se pesquisou a
alegria, amabilidade, contentaexpressando
respeito do ato de sorrir. Já foi desmento, aprovação, mas que
alegria,
coberto, por exemplo, que ao sorrir
pode também expressar ironia,
proporciona
expressando alegria, o organismo
desdém, malícia etc.”. Muitos
produz hormônios neurotransmisdizem que sorrir é o melhor rebem-estar
c.d. smile|39
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comportamento
Sorriso largo
sores, que propor­cionam bemestar e até maior quantidade de
células defensoras.
Na década de 1970, Paul
Ekman, pesquisador da Universidade de São Francisco,
nos Estados Unidos, classificou 19 tipos de sorrisos.
Dentre eles, apenas um é
considerado legítimo. Todos
os outros são usados em momentos específicos e nos
ajudam a enfrentar situações
de constrangimento, medo,
saia-justa ou timidez.
O tal sorriso genuíno recebeu o nome de “sorriso de
Duchenne”, uma homenagem ao fisiologista francês
Guillaume Benjamin Amand
Duchenne que, em 1862, rea-
lizou muitas pesquisas sobre
os músculos envolvidos no
ato de sorrir. Para identificar
esse sorriso, basta prestar
atenção aos seguintes detalhes: os cantos da boca se
erguem, as pálpebras se
apertam, aparecem algumas
rugas em torno do canto do
olho e as partes superiores
das “maçãs” do rosto ficam
ligeiramente elevadas.
Abrindo um sorriso
Faça um teste: quando
sorri seus lábios ficam separados, mostrando os dentes,
ou unidos? Se a segunda opção foi a escolhida é porque,
de acordo com um estudo
português, você é uma pes-
Sorriso superior
40|c.d. smile
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soa afetiva. De acordo com
o psicólogo lusitano Freitas-Magalhães, autor da
pesquisa, quem sorri com
os lábios fechados é visto
pelos outros como alguém
mais afetuoso.
O levantamento, que
comparou os efeitos do
sorriso, catalogou três tipos de sorriso: o largo,
com a boca toda, em que
os lábios deixam os dentes
a mostra; o superior, em
que é possível ver apenas
os dentes de cima; e o sorriso fechado, que esconde
os dentes e não muda muito a fisionomia do rosto.
Entre as três maneiras de
Sorriso fechado
sorrir, esse último é o que,
aparentemente,
melhor
demonstra os sentimentos
e a afetividade. Além disso, ele foi considerado
pelo especialista como o
“sorriso da sedução”.
A pesquisa também
apontou diferenças entre os
sorrisos de homens e mulheres. Entre elas, a de que
o sorriso com os lábios cerrados é algo mais feminino,
assim como o fato de que as
mulheres sorriem mais socialmente do que os homens. Eles, por sua vez,
sorriem demonstrando poder, de maneira mais voluntária e estratégica.
C.D.
PArA sAbEr mAis
Se você quiser aprender a
reconhecer os sorrisos que
lhe são distribuídos por aí,
ou saber como sorrir em
determinadas situações,
existem alguns livros que
podem ajudar. Um deles, da
editora Sextante, se chama
“Desvendando os segredos
da linguagem corporal”, e
é obra dos autores Allan
e Barbara Pease. Ambos
especialistas no assunto, eles
esclarecem, por exemplo, que
mais de 90% da comunicação
humana é realizada por
expressões faciais e
movimentos do corpo. Eles
ainda apontam que os adultos
sorriem, em média, 15 vezes
por dia, e afirmam que o tipo
do sorriso pode revelar muito
a respeito de quem sorri.
Para se aprofundar um pouco
mais, do ponto de vista
da psicologia, é possível
encontrar pesquisas do
psicólogo português FreitasMagalhães. Em “A psicologia
do sorriso humano”, da
editora Universidade
Fernando Pessoa, o autor
aborda diversas temáticas
do sorriso, como seu
uso como instrumento
do desenvolvimento do
psiquismo humano, as teorias
sobre a formação do sorriso,
o lado neuropsicológico
do ato de sorrir e o efeito
do sorriso na percepção
psicológica da pessoa.
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american dental association
WHAT’S NEW
Seus pacientes vão adorar esta coletânea de notícias sobre
o mundo da Odontologia, com a assinatura da mais importante
entidade da área em todo o mundo
consulta precoce ao dentista é Fundamental para a saúde inFantil
Para conscientizar famílias e políticos sobre a importância das boas práticas da saúde bucal infantil,
a American Dental Association (ADA) chegou a eleger um mês inteiro, fevereiro, no caso, como o “mês
nacional da saúde da criança”. Segundo o Dr. Mark
J. Feldman, presidente da ADA, a saúde bucal é uma
parte muito importante da saúde geral, mas muitas
vezes é negligenciada, especialmente em crianças pequenas. “Boas práticas de saúde bucal deveriam começar com uma consulta odontológica inicial antes do
primeiro aniversário. Os dentes da criança devem durar por muitos anos e, com cuidado apropriado, uma
dieta balanceada e consultas odontológicas regulares
é possível ter uma vida inteira de sorrisos saudáveis”,
explica o Dr. Feldman.
A ADA recomenda check-ups odontológicos regulares, incluindo uma consulta com o dentista até seis
meses após a irrupção do primeiro dente, e não apenas no primeiro aniversário da criança. Alguns cuidados preventivos, como profilaxias e, se necessário,
tratamentos com flúor, constituem a segurança do
ADAOK.indd 42
sorriso dos pequenos.
Só nos exames dentais de rotina é possível descobrir
problemas que podem ser facilmente tratados nos estágios iniciais, quando o dano ainda é mínimo. O selante dental, por exemplo, é usado para proteger as
superfícies mastigatórias da cárie dentária, a doença
crônica mais comum da infância. Trata-se de um material resinoso transparente, ou da cor do dente, que
é aplicado nas superfícies mastigatórias dos dentes
posteriores, onde a cárie dentária ocorre com mais
freqüência. Um selante protege sulcos e depressões
normais dos dentes, que são denominadas fóssulas, e
fissuras dentárias, áreas que são particularmente suscetíveis à cárie dentária.
Outra medida preventiva é o uso de protetor bucal em
crianças que estejam praticando atividades recreativas como futebol, hockey, skate, scooter, ou mesmo
bicicleta. Normalmente, as lojas possuem este protetor em estoque, mas existe a possibilidade de encomendar um aparelho feito sob medida, prescrito pelo
dentista, o que permite melhor adaptação.
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Pacientes que tomam estatinas para baixar o colesterol podem estar recebendo proteção adicional para a saúde periodontal. A suposição é de
pesquisadores finlandeses, que dizem que mais
da metade dos adultos apresentam algum grau
de inflamação periodontal ou gengivite. Eles estudaram 100 pacientes com idade igual ou superior a 40 anos, que trataram doença periodontal
avançada na Clínica Dentária Universitária, no
Centro de Saúde de Helsinski, capital finlandesa.
A doença periodontal é uma infecção dos tecidos
que suportam o dente. A gengivite é a forma mais
leve e reversível do problema, que pode apresentar sintomas mais sérios e destrutivos, chamadas
de periodontites.
Os voluntários do estudo que tomavam estatinas
tinham cerca de 40% menos bolsas periodontais e
inflamação geral do que aqueles que não tomavam
a medicação. Entre os pacientes não fumantes, os
usuários de estatinas apresentavam 64% menos
inflamação. “As bolsas periodontais não tratadas
podem servir como uma fonte de inflamação persistente de grau médio com conseqüências sistêmicas, embora a inflamação seja mais suave e localizada do que, por exemplo, na artrite reumatóide”,
dizem os pesquisadores.
O levantamento sugere que a doença periodontal
pode contribuir para problemas cardiovasculares
por aumentar a carga inflamatória no corpo. Os cientistas comentaram que os resultados podem levar ao
desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas
para o tratamento da doença periodontal.
fotos divulgação
terapia do colesterol pode ajudar a reduzir o risco de
doença periodontal
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american dental association
amostras de saliva para detectar câncer,
doença cardíaca e diabetes?
Boa notícia para quem morre de medo dos exames de
sangue: é possível que, um dia, no lugar deles, os pacientes possam apenas cuspir em um recipiente ao fazer
exames para detecção de câncer, doença cardíaca ou
diabetes. Isto é o que descobriram pesquisadores dirigidos por Paul Denny, PhD, professor de Ciências Diagnósticas na Faculdade de Odontologia da Universidade
do Sul da Califórnia. O estudo foi patrocinado pelo National Institutes of Health e National Institute of Dental
and Craniofacial Research, e citado em um artigo, publicado online, no Journal of Proteome Research.
Na pesquisa de proteoma salivar, pesquisadores de cinco instituições (The Scripps Research Institute; Universidade de Rochester; Universidade do Sul da Califórnia;
Universidade da Califórnia, São Francisco; e Universidade da Califórnia, Los Angeles) usaram o termo “saliva” para identificar secreções da glândula salivar, uma
vez que uma teoria emergente afirma que a mistura de
proteínas nas secreções da glândula salivar se assemelha muito com aquela do sangue, tornando a saliva um
substituto diagnóstico potencial para o sangue.
O levantamento foi feito com as amostras de saliva de
23 adultos, de diversas raças e ambos os sexos. Os pesquisadores afirmaram que, embora pequena, a quantidade coletada foi suficiente para servir como uma lista
de referência para comparações, num futuro próximo,
entre pessoas saudáveis e pessoas com doenças gra-
ves. Usando técnicas de espectrometria de massa, os
pesquisadores identificaram 1.166 proteínas na saliva,
provenientes da glândula parótida e submandibular/
sublingual. Verificaram que mais de um terço dessas
proteínas também eram encontradas no proteoma do
sangue. Quando compararam essas proteínas com
rotas de proteínas conhecidas e outros proteomas, tiveram uma primeira visualização da função das proteínas centrais. Observaram ainda que várias das proteínas salivares coincidiam com proteínas de papéis
conhecidos nas doenças de Alzheimer, Huntington e
Parkinson; câncer mamário, colo-retal e pancreático; e
diabetes tipo 1 e 2. Especificamente, verificaram que a
maioria das proteínas eram parte de rotas de sinalização, que são centrais à resposta do corpo e, portanto,
diagnósticas de doenças sistêmicas.
“Os pesquisadores já mostraram que as proteínas da
saliva podem ser usadas para detectar o câncer bucal
e a infecção por HIV”, diz o co-autor do estudo, Dr.
Mireva Gonzáles Begné, professor assistente de pesquisa de Odontologia no Centro de Biologia Bucal do
Centro Médico da Universidade de Rochester. “Acreditamos que essa lista vá se expandir rapidamente
para incluir as principais causas de morte como câncer e doença cardíaca que, se detectadas precocemente, apresentam probabilidade muito maior de sucesso
no tratamento”, conclui o médico.
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produtos derivados do leite podem promover
saúde periodontal
Ingerir regularmente leite e derivados pode ajudar a promover a saúde periodontal, segundo um
estudo publicado no Journal of Periodontology. O
levantamento analisou a saúde periodontal de 942
pessoas e determinou que aquelas que consumiam,
com regularidade, produtos como leite, queijo e iogurte apresentavam menor incidência de doença
gengival. “A pesquisa sugere que a doença periodontal pode afetar a saúde sistêmica geral”, afirma o Dr. Yoshiro Shimazaki, autor do estudo, da
Universidade de Kyushu, Fukuoka, Japão. “Este
estudo reforça aquilo que a maioria das pessoas já
sabe: a importância do leite e de seus derivados
para ajudar a alcançar um estilo de vida saudável,
que inclui uma boca saudável”.
Os pesquisadores examinaram os participantes do estudo, com idades entre 40 e 79 anos, observando dois
parâmetros periodontais: a profundidade da bolsa
periodontal (BP) e a perda clínica de inserção (PCI).
Eles concluíram que as pessoas que consumiam 55 ou
mais gramas de produtos contendo ácido lático todos
os dias apresentavam prevalência significativamente
mais baixa de BP profunda e PCI severa, demonstrando menor incidência de doença periodontal. “Milhões
de adultos sofrem de doença periodontal”, diz a Dra.
Susan Karabin, presidente da American Academy of
Periodontology. “Por meio do consumo diário de laticínios, como leite e queijo, algo que muitas pessoas
podem fazer todos os dias, o risco de desenvolver este
tipo de doença (gengival) pode diminuir”, finaliza.
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american dental association
colaboração dentista-médico é necessária
para o tratamento da osteoporose
A parceria entre médicos e dentistas colabora para
melhorar a detecção e o tratamento precoces de
pacientes que tenham osteoporose, ou que possam desenvolver a doença. Essa foi a conclusão de
um estudo publicado na reportagem de capa do
Journal of the American Dental Association, em
sua edição de maio.
Os autores do artigo “Osteoporose e Suas Implicações em Pacientes Odontológicos” revisaram a
literatura médica e odontológica para examinar o
efeito da osteoporose na saúde pública dos Estados Unidos. Avaliaram também as implicações da
prestação de assistência odontológica à pessoas
que têm osteoporose ou que apresentam risco de
desenvolvê-la. De acordo com os pesquisadores, a
literatura indicou que a osteoporose, e as fraturas
a ela relacionadas, são mais comuns do que a doença coronariana, o derrame e o câncer de mama.
Fraturas ocasionadas pela doença também podem
afetar a qualidade de vida do paciente, diminuir a
capacidade funcional e aumentar o custo da assistência à saúde e à mortalidade.
A busca na literatura ainda revelou que o tratamento médico da osteoporose inclui controle da
dieta, exercícios para sustentação de peso, interrupção do uso de tabaco e ingestão de álcool e
uso de medicações – incluindo moduladores seletivos dos receptores de estrógeno, calcitonina,
agentes anabólicos e bifosfonatos – que foram
associados ao desenvolvimento de osteonecrose
na mandíbula.
O estudo determina que a manutenção da saúde bucal é importante em pacientes com osteoporose, e
que mudanças para terapia com bifosfonato, ou outro tratamento médico, devem ser feitas apenas após
consulta com o médico do paciente. “Os dentistas
precisam ter conhecimentos sobre a osteoporose,
seus tratamentos e suas complicações, para prestar
a assistência adequada”, escrevem os autores da pesquisa. Eles concluem que todos os profissionais da
saúde envolvidos no tratamento de pacientes odontológicos, particularmente pacientes que tomam bifosfonatos, devem discutir as decisões sobre o tratamento com o médico do paciente.
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passo a passo
Reabilitação do
Arco Superior
Anterior em Crianças
Por Ricardo Navarro - Doutor em Odontopediatria FOUSP
Marcia Nobre Tollara - Mestre em Odontopediatria FOUSP
Luciana Butini Oliveira - Doutora em Odontopediatria FOUSP
Marcelo Bönecker - Professor Livre-Docente FOUSP
N
a dentadura decídua as lesões de cárie podem acometer os dentes assim que
esses irrompem na cavidade bucal caso não estejam estabelecidos hábitos saudáveis de higiene e
alimentação. Os dentes mais frequentemente afetados nesta fase do crescimento e desenvolvimento são os incisivos superiores. Não raro algumas
crianças apresentam grande grau de
destruição nesta região, o que pode
causar redução da eficiência mastigatória, desenvolvimento de hábitos
para funcionais como interposição de
língua, perda de dimensão vertical e
comprometimento estético com intensa repercussão biopsicosocial.
A reabilitação do arco superior an-
terior em crianças com pouca idade
é um grande desafio para o cirurgião
dentista. A necessidade de restabelecer a função e estética nesta região até
que os dentes permanentes irrompam
na cavidade bucal contribuiu para que
muitos materiais e técnicas fossem desenvolvidos. O tipo de tratamento a ser
realizado depende essencialmente da
qualidade e quantidade do remanescente dentário, tipo de oclusão e idade
do paciente infantil. Outros fatores importantes em relação ao remanescente
radicular são o estágio do ciclo biológico em que se encontra, a integridade
com o periodonto e a qualidade do tratamento endodôntico realizado, permitindo a partir daí a realização da etapa
reabilitadora/funcional e estética.
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Dentre as opções de tratamento, a
mais conservadora, quando os dentes
foram acometidos por grandes lesões de
cárie (Figura 1) e possuem comprometimento endodôntico (Figura 2) seria recuperar as estruturas de esmalte e dentina
perdidas utilizando resina composta.
A presença de estrutura dentária
coronária remanescente, com grande
quantidade de esmalte na margem à
cavidade, (Figuras 3 e 5) foi neste caso
um bom indicador clínico do sucesso
do procedimento adesivo que foi realizado, tanto em relação à união micro
mecânica quanto à redução da micro
infiltração marginal.
Uma vez realizado o tratamento endodôntico, e confirmado seu sucesso
após o período de uma semana (Figura 4), iniciou-se o procedimento restaurador com o desgaste do material
selador provisório (Figura 5) até aproximadamente 1mm abaixo da região
cervical da coroa clínica. Ao final do
desgaste é importante observar a presença de grande área de exposição de
estrutura dentária remanescente tanto
em esmalte como em dentina (Figura
6) que também foi fundamental para o
sucesso do procedimento adesivo.
É importante salientar que foi realizado um cuidadoso isolamento absoluto do campo operatório visando à
boa visualização da área de trabalho,
a não contaminação com sangue e saliva que poderia interferir e prejudicar no mecanismo de adesão e cor do
material restaurador, além de ter protegido o paciente contra aspiração e
ingestão de substâncias (Figura 5).
Antes de iniciar propriamente o
procedimento adesivo foi indispensável uma correta adaptação das cunhas
de madeira e matrizes de acetato visando adequado contorno da anatomia proximal dos elementos que foram restaurados (Figura 6).
Previamente à realização do procedimento adesivo, realizou-se a limpeza cavitária com detergente aniônico (Tergensol®) por 10 segundos,
lavagem com água por 20 segundos e
posterior secagem com ar, visando à
remoção de gorduras e detritos.
O procedimento adesivo foi realizado utilizando a técnica de condicionamento ácido total (total etch) com
ácido fosfórico por 15-20 segundos
em esmalte e 15 segundos em dentina,
lavagem com água por 20 segundos e
secagem com leve jato de ar mantendo
a umidade dentinária. Isso propiciou a
remoção da smear layer, desmineralização da estrutura dental, a exposição
das primas de esmalte e túbulos dentinários para posterior hibridização
com sistemas adesivos. Tal protocolo
utilizado já foi amplamente estabelecido na literatura odontológica, tanto
para dente decíduo como para dente
permanente, e sabe-se que traz eficientes valores de resistência de união
tanto em esmalte como em dentina.
Essa modificação ocorrida na estrutura dentária propiciou condições
de micro-retenção para posterior
penetração do sistema adesivo e formação da camada híbrida e tags, que
são os mecanismos responsáveis pela
união dos materiais restauradores
adesivos ao substrato dental.
Imediatamente após o condicionamento ácido, realizou-se a aplicação do sistema adesivo simplificado
(dois passos- ácido e sistema adesivo)
quando se realizou simultaneamente
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passo a passo
1
a aplicação do primer e adesivo (bond).
Outra opção seria a utilização de sistemas convencionais (três passos), em
que realiza-se a aplicação do primer e,
posteriormente, do adesivo, em etapas
separadas. Foi muito importante a aplicação de um leve jato de ar para a volatilização do solvente e a remoção dos
excessos do sistema adesivo.
Como salientado anteriormente, o
protocolo de número de aplicações e
secagem é determinado pelo fabricante e deve ser seguido rigorosamente
pelo profissional. O aspecto clínico de
brilho/caramelização foi um sinal de
adequada hibridização da estrutura
dental remanescente. (Figura 6).
Atualmente, os sistemas adesivos
auto-condicionantes (self etching primers) estão sendo amplamente pesquisados. Estes sistemas apresentam em sua
composição um monômero ácido fraco
incorporado no primer, dispensando a
etapa clínica de condicionamento ácido
e lavagem, sendo, portanto, sistemas de
dois passos (primer+ácido e bond) ou
um passo (primer+ácido+bond). Estes
sistemas promovem a manutenção da
smear layer e sua incorporação na camada híbrida, sendo observada na prática clínica a redução da sensibilidade
2
após o procedimento adesivo e também
apresentando simplificação de técnica
e tempo clínico, muito importante na
prática clínica odontopediátrica. Entretanto, sua baixa capacidade acídica
promove reduzida desmineralização e,
conseqüentemente, reduzidos valores
de resistência de união no esmalte, sendo contra-indicados em restaurações de
dentes anteriores. Por outro lado, possui
maior indicação em dentes posteriores
que apresentam substancial remanescente dentinário com bons resultados de
união a este substrato.
Visando à máxima qualidade estética
foi realizada a técnica restauradora incremental-estratificada. Nesta técnica a resina composta é inserida em incrementos
para minimizar a contração de polimerização e em estratos em diferentes espessuras e diferentes saturações para mimetizar a estrutura dental.
A inserção da resina composta foi
realizada em incrementos de 2mm polimerizados com LED por 20 segundos,
sendo importante observar o tempo indicado pelo fabricante do material restaurador, a intensidade de emissão do
LED ou da lâmpada halógena (mínimo
de 400-450 W/cm2).
O uso dos LEDs não propicia au-
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3
mento da espessura do incremento
de resina, mas redução do tempo de
polimerização de cada incremento,
sendo fundamental a presença do fotoiniciador canforquinona para utilização desta fonte luminosa.
As melhores resoluções estéticas
anteriores são obtidas utilizando as
resinas compostas micro híbridas,
nano híbridas ou nano particuladas.
Foi utilizada uma resina composta
nano hibrida, pois são as que na atualidade associam boa resistência mecânica com lisura superficial, translucidez, opacidade e fluorescência.
No caso de dentes decíduos, a escolha da cor é ainda uma dificuldade clinica, pois as resinas compostas
se apresentam muito translúcidas ou
opacas havendo dificuldade em obter
o mimetismo com a estrutura dental.
Algumas marcas comerciais desenvolveram cores apropriadas para dentes
decíduos com maior translucidez, conseguindo-se boas resoluções estéticas.
A escolha de cor deve ser realizada seguindo uma escala Vita®, e pode ser
complementada com a escala do fabricante da resina composta, devendo
ser realizada após o preparo cavitário e
antes do procedimento adesivo. A confirmação da cor pode ser feita inserin-
4
5
do pequenos incrementos das opções
de cores a serem escolhidas e polimerizando estas amostras para se obter
com mais precisão a escolha final da
cor, pois na maioria das vezes a resina
composta torna-se mais saturada (mais
escura) após a polimerização.
Em toda restauração para dentes
anteriores, após a escolha da cor (matiz
- A, B, C ou D), escolhe-se a saturação
(intensidade ou croma) que vai de mais
translúcida (mais clara) para mais opaca
(mais escura). No presente caso, foi escolhida a matiz A com saturação 2, isto
é, mais opaca para reconstrução do corpo de dentina, também conhecido como
munhão (Figura 7 e 8). A matiz A1 com
menor saturação, isto é maior translucidez, foi escolhida para reconstrução da
porção do esmalte em toda a coroa denc.d. smile|51
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passo a passo
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tária ao redor do munhão. (Figura 9).
Na porção incisal realizou-se a inserção de maior quantidade de cor
translúcida simulando o esmalte dental e reduzindo a quantidade de resina opaca que simula dentina, criando
alto mimetismo com a estrutura dental natural.(Figura 10).
Para obter a melhor resolução estética e funcional, a resina composta
foi manipulada por meio de espátulas
fabricadas com tratamento superficial
apropriado, pincéis e pontas de borracha. Tal arsenal trouxe facilidade de
manipulação, inserção, alisamento e
acabamento da resina composta.
Imediatamente após terminada a
fase restauradora, realizou-se a hidratação da resina composta com penso
de algodão embebido em água por 10
minutos, minimizando o risco de hidratação das camadas superficiais do
material por saliva ou sangue.
Após a remoção do isolamento absoluto realizou-se o acabamento inicial que buscou remoção dos excessos
anatômicos e oclusais, sendo realizado preferencialmente com lâminas
de bisturi na região cérvico-proximal,
tiras e disco de lixa para acabamento
nas regiões proximais e, preferencialmente, pontas de borracha abrasivas
na porção palatina.
Após o período de 48 horas em
que se aguardou o término da contração de polimerização e possível
expansão higroscópica, realizou-se o
acabamento final, que buscou refinar
o ajuste oclusal, com pontas de borracha, brocas multilaminadas para acabamento de resinas compostas em
alta rotação refrigerada, que promovem menor rugosidade da superfície
e protegem o desgaste do esmalte
adjacente. Assim, as pontas diaman-
tadas para acabamento (F e FF) foram
evitadas, pois as mesmas promoveriam maior rugosidade superficial e
maior desgaste do esmalte adjacente.
O procedimento de polimento foi indispensável e fundamental para obtenção de adequado brilho e reprodução da
caracterização do material restaurador o
mais próximo possível da estrutura dentaria natural. Tal procedimento foi realizado com pasta abrasiva diamantada utilizando escovas e/ou discos de feltro.
Como pode ser observado na figura
10, há uma diferença cromática entre o
esmalte remanescente cervical e a resina composta devido à alta desidratação
do mesmo, porém, após uma semana,
pôde-se observar na Figura 11 a hidratação e a alta proximidade estética entre estrutura dental e resina composta.
Na Figura 11 pode-se observar
que os incisivos laterais foram restaurados seguindo a mesma técnica
incremental-estratificada.
A realização da técnica restauradora
incremental-estratificada visou recuperar estrutura dentária perdida e criar o
efeito de mimetismo obtendo assim resultado estético-funcional adequado.
C.D.
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especial
A higiene
bucal na
infância
Os cuidados com os dentes do bebê devem
começar na barriga da mãe. É desta forma que
aumentam as chances da criança ter uma perfeita
saúde bucal
Por Elaine Hipólito
P
revenir é melhor
do que remediar.
Esta máxima é verdadeira e não deixa dúvidas, especialmente
quando o assunto é higiene bucal. Para ter dentes
fortes, corretos e sadios,
nada melhor do que começar a cuidar deles ainda na
infância. E o ideal é que a
mãe tome algumas precauções já na gravidez.
“A gestante pode até evitar que seu filho tenha cáries ou use aparelhos orto-
dônticos. O primeiro passo
é cuidar da própria dieta,
fugindo de balas e doces;
e o segundo, depois que o
bebê nasce, é amamentar.
A amamentação ajudará no
desenvolvimento da musculatura da face da criança
e no correto posicionamento dos dentes”, explica Lise
Marino Millan, dentista
pós- graduada em ortodontia, com especialização em
dentística restauradora.
A partir do nascimento
do bebê, um cuidado sim-
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Cuidar da saúde bucal
desde a infância é
essêncial para que os
dentes fiquem fortes
e sadios
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especial
ples e efetivo é, após cada mamada,
limpar a gengiva da criança com uma
fralda umedecida em água filtrada.
Esta prática evitará a formação de
placa bacteriana por meio da lactose
contida no leite, que é bastante prejudicial à dentição.
Outro item de extrema importância é a utilização da chupeta sempre
limpa, com bico ortodôntico no tamanho ideal para cada idade. Com
ela, o bebê não adquirá o costume de
sugar o polegar; um hábito muito difícil de ser eliminado e causador de
problemas ortodônticos.
Vale também ficar atenta ao furo da
mamadeira. Um orifício maior do que
o normal fará com que a criança se
alimente mais rápido do que deveria,
e deixará a língua em posição incorreta. Além disso, a criança também
não aprenderá a sugar de maneira
adequada e não desenvolverá corretamente os músculos da face. “É por
isso que tanta gente usa aparelhos ortodônticos”, revela a odontopediatra
Adriana Vazquez Rodrigues. “O ideal
é que o bico ortodôntico possua o orifício no tamanho e posição corretos
para sucção”, acrescenta.
Primeira dentição
Se os dentes começam a nascer é
porque a criança precisa aprender
a mastigar. Ela poderá ficar irritada
nesta fase. Para acalmá-la, ofereça
mordedores e fique atenta à alimentação. A comida precisará ter itens
mais durinhos, como pedaços de legumes cozidos. Prefira amassar estes ingredientes em vez de batê-los
no liquidificador, pois eles forçarão a
criança a mastigar.
Ao saírem os primeiros dentes,
faça a higienização com uma dedeira de silicone ou escova dental apropriada à idade. Ah, e também é hora
É necessário que as
chupetas tenham
bico ortodôntico
no tamanho ideal
para cada idade
de levar o pequeno ao dentista para
que ele comece a se acostumar.
Dois aninhos
Por volta dos dois anos de idade, a
criança já terá todos os 20 dentes da
primeira dentição na boca. Ela precisará comer de tudo um pouco para
saber mastigar corretamente, e deverá voltar ao dentista, quando será
feita a primeira aplicação de flúor. O
profissional orientará a criança quanto à mastigação e escovação corretas,
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além de fazer a avaliação ortodôntica, própria língua ajuda a fazer a limpeza
ou seja, verificará se ela apresenta al- nos dentes.
guma má oclusão ou se respira pela
Já o fio dental poderá ser utilizaboca. Se for o caso, poderá encami- do com a ajuda dos pais para que os
nhá-la a um fonoaudióresíduos sejam remologo e também ao otorvidos definitivamente.
Ao saírem os
rinolaringologista para
Sua aplicação deverá
primeiros
dentes,
uma avaliação.
ser feita antes da esTambém é nesta ida- faça a higienização covação.
com uma dedeira
de que deve ser criado
Uma sugestão semo hábito de higienizar
pre
válida é evitar oferede silicone ou
os dentes três vezes por
cer à criança alimentos
escova dental
dia com escova infantil e
causadores de cáries,
apropriada
à
idade
creme dental com flúor.
como balas, chicletes e
Lembre-se de que a esdoces. Mas, se não tiver
covação noturna é a mais importan- mesmo jeito, é imprescindível que a
te. Quando a criança está acordada, a quantidade de açúcares ingerida seja a
O odontopediatra, além
de amar crianças, precisa
ganhar a confiança dos
pacientes mirins
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especial
A partir dos
dois anos de
idade, a criança
deve higienizar
os dentes três
vezes por dia
menor possível e logo em seguida seja
feita uma boa higiene bucal.
E não há nada de errado em guardar o dentinho embaixo do travesseiro, dá-lo à fada dos dentes, jogáa Partir dos quatro anos
lo no telhado ou trocá-lo por algum
Se a criança ainda chupa chupeta, brinquedo. Mas não se esqueça de
deve-se retirá-la para não favorecer explicar à criança que ela está cresdesvios nos dentes ou mordida aber- cendo. O dente que nasceu a acomta. Alimentos sólidos como carnes, panhará por toda a vida. Portanto,
frutas e verduras são indicados por- ela deverá ter cuidados redobrados.
que promovem o fortalecimento da
Nesta idade, a escovação também
musculatura da face.
deverá ser mais freqüente, os alimenA troca dos dentes
tos causadores de cáde leite pela segunda
ries devem ser evitados
Ao término de
dentição será feita por
ao máximo, e a visita
volta dos seis anos. Se
cada refeição ou ao dentista deverá ser
a criança mastiga incoringestão de bebida feita pelo menos a cada
retamente, o primeiro
seis meses.
é aconselhável
sinal é que o outro denCada dente que
tomar
água
ou
te nascerá sem que o
nascer precisará da
fazer bochecho
primeiro caia.
aplicação de flúor. Em
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alguns casos, quando a escovação é deficiente e a dieta
está descontrolada, é necessária a aplicação de selante,
uma resina líquida que protege o dente da cárie.
Para a higienização vale
fazer uso de todos os itens
já descritos anteriormente. E os pais devem fazer a
supervisão e observar se a
escova é adequada à idade
da criança.
Cuidados extras
Muitas vezes, por conta
da dieta incorreta - refrigerantes e doces em excesso
- e da escovação com força
desnecessária pode ocorrer
retração na gengiva. Para
evitá-la, sucos e refrigerantes devem ser tomados com
canudinhos, de forma que
os líquidos não terão contato com os dentes. Também
é importante que se aplique
menos força à escovação diária. Ao término de cada refeição ou ingestão de bebida
é aconselhável tomar água
ou fazer bochecho.
E finalmente, por volta
dos 12 anos de idade, todos
os dentes da criança estarão
formados e serão definitivos.
Tomando todos os cuidados
desde pequeno, o adolescente certamente terá o hábito de higienizar os dentes
corretamente. E vale lembrar que, como a saúde bucal se reflete no corpo todo,
possuir dentes perfeitos e
gengivas saudáveis é o melhor caminho para se tornar
saudável por inteiro.
quando é a vez das crianças
A odontopediatra Adriana Vazquez Rodriguez faz várias
recomendações para quem pretende contar com um público
infantil cativo no consultório. Entre elas, a necessidade de
lembrar de que cada criança é única*. Confira!
Atendimento
1) Como requisito básico, o odontopediatra deve, acima de tudo, amar
crianças.
2) O profissional precisa criar um vínculo de amizade com os pequenos
e ganhar a confiança deles, o que servirá de base para o tratamento
ser um sucesso.
3) É preciso ter paciência, intuição e bom senso; e possuir, além do
conhecimento dos procedimentos clínicos a serem realizados, conhecimentos psicológicos das várias etapas do desenvolvimento do público infantil. Cada criança é única e a forma de abordagem deve ser
adequada para sua faixa etária.
4) O paciente não é só a criança, mas todo o núcleo familiar. Para o
odontopediatra, o objetivo maior é a prevenção e a educação da família
em relação à saúde bucal.
5) O profissional deve demonstrar segurança ao atender uma criança
e, independente da sua idade, falar num tom adequado e firme de voz.
6) Também deve “apresentar” o consultório à criança, mostrar a cadeira, os equipamentos e o instrumental (espelho, pinça, etc.). Estas
atitudes fazem parte do condicionamento da criança ao tratamento.
7) Sempre seguir a ordem: falar, mostrar, fazer. Ou seja, sempre descrever o que será realizado, mostrar e explicar como será feito o tratamento, e explicar porque é importante realizar tal procedimento.
8) O mais importante é nunca mentir ou esconder o que será realizado.
Se isso acontecer, a criança perderá a confiança no profissional e o
atendimento ficará mais difícil.
9) E finalmente, é importante conversar com a criança durante o atendimento para distraí-la e obter sua colaboração. E elogiar sempre.
Consultório
1) O ambiente do consultório odontológico não precisa ser específico
para crianças, mas uma parte dele deve ser adequado a elas e contar com brinquedos, jogos, livros e revistas infantis na sala de espera.
Pode ter mesas e cadeiras pequenas também.
2) A sala de atendimento pode estar decorada especificamente com
motivos infantis, o que é uma escolha do profissional. O importante é
que seja um ambiente tranqüilo, com uma ambientação leve e clara.
3) Como o odontopediatra trata de crianças e adolescentes, ele também tem o papel de educador. Por isso é importante que disponha de
material educativo em seu consultório, como folders sobre prevenção,
tipos de tratamento, erupção dental, dieta, etc.
4) Modelos e fotos das diferentes fases da dentição, má oclusões,
estágios da cárie, etc. auxiliam o odontopediatra a explicar o que está
ocorrendo na boca da criança de uma maneira mais clara e fácil de ser
entendida.
*Todos os itens foram baseados no livro: SUCESSO NO
ATENDIMENTO ODONTOPEDIÁTRICO – ASPECTOS PSICOLÓGICOS,
da Prof. Dra. Maria Salete Nahás Pires Corrêa, Editora Santos.
C.D.
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corpo
Corra
e cuide-se!
Praticar exercícios físicos melhora a qualidade de vida
e o bem-estar. De quebra, pode servir como um bom
exemplo para os pacientes
Por Andréia Brasil e Janaina Gimael*
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corpo
Correr ajuda
a liberar
adrenalina
Q
uem cuida todos os dias da tênis. É possível dar aquela corridinha
saúde bucal dos pacientes, antes mesmo de chegar ao consultóprecisa lembrar que também rio. Correr ajuda a liberar adrenalina,
é necessário estar atento à relaxa e aumenta a resistência físiprópria saúde e bem-estar. Praticar ca. Além disso, a qualidade de vida,
atividade física certamente é uma das conquistada ao se exercitar, refletirá,
melhores alternativas para diminuir inevitavelmente, nas relações com os
o estresse e conquistar qualidade de pacientes. Entre as vantagens, o provida, e é aí que a corrida, esporte que fessor Ronaldo Martinelli, responsájá totaliza mais de quavel pela Bio Running,
tro milhões de adeptos
da Bio Ritmo Academia,
Os resultados
no Brasil, pode ser uma
destaca o combate à hipositivos
da
ótima opção.
pertensão, às doenças
corrida regular, cardíacas, e aos males
Para começar, a corrida é um esporte fácil
provenientes da obejá podem ser
de ser praticado, que
sidade, como diabetes.
sentidos no
não exige equipamento
Também há melhora
primeiro mês de
além de um bom par de
da condição cardiovas-
treino
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cular, da auto-estima e do estado de
atenção. “Os treinos devem ser feitos
de acordo com a condição física de
cada um, e os resultados são sentidos
já no primeiro mês de corrida regular”, afirma Martinelli.
Segundo Nabil Ghorayeb, cardiologista e médico do esporte do Hospital
do Coração (HCor), a prática de exercícios físicos - e da corrida, em particular
- traz muitos benefícios para a saúde.
Aliada a hábitos alimentares saudáveis,
ela pode ajudar a diminuir os níveis do
colesterol ruim e elevar a quantidade
do colesterol bom, por exemplo. “Uma
das maiores vantagens da corrida é
que ela estabiliza o endotélio, camada
que envolve a parede interna dos vasos
sanguíneos e protege contra o depósito de gordura em seu interior. Um enfraquecimento do endotélio pode levar
à má circulação e provocar um enfarte.
O exercício é capaz de melhorar as funções desse órgão e, portanto, colaborar
para diminuir os riscos de enfarte”, esclarece Ghorayeb.
Dentistas e
corredores
O dentista Daniel Eduardo Miranda começou a correr quanto tinha seis
anos, por incentivo do pai. “Nessa época, ele decidiu largar o cigarro e iniciou a prática de atividades físicas. A
corrida o ajudou a deixar o vício e, com
isso, me motivou”, relembra. “A corrida me ajuda a ficar mais determinado
para alcançar os objetivos. Tenho mais
disposição, fico mais bem-humorado”,
completa. Ele aconselha a prática a todos os colegas de profissão: “Ficamos
em posições bastante desconfortáveis
durante o dia de trabalho, e a prática
da corrida fortalece o físico e previne
lesões, além de ajudar na parte psicológica”, explica ele.
Já o dentista José Reynaldo Figuei-
redo começou a correr há 25 anos. “Antes disso, eu jogava futebol. Depois que
me casei e montei meu consultório, por
uma questão de tempo e de espaço, comecei a correr”. Figueiredo trabalha
na Associação de Assistência à Criança
Deficiente (AACD) e também é diretor
da Corpore, assessoria esportiva.
Entre os resultados positivos que o
esporte trouxe para sua vida, ele destaca o controle do peso e o alívio do
estresse cotidiano. Correr também
teve impacto no trabalho de Figueiredo. “Eu tenho mais força para atender
meus pacientes no consultório. Sou
dentista da AACD há 22 anos e o trabalho é bem delicado, não é qualquer
um que pode fazer. Tem que ter uma
força mental muito grande e a corrida
me ajuda muito nesse sentido”, diz.
Além de correr duas horas, de cinco
a seis dias por semana, o treino de Figueiredo também inclui musculação,
de duas a três vezes por semana. “Tenho uma média entre 250 km e 300 km
de corrida por mês. Já corri com treinador, mas agora treino sozinho. Leio
bastante sobre o assunto e converso
sempre com treinadores”. Orgulhoso,
ele conta que já participou de diversas
provas de rua. “Já corri 10 maratonas,
sendo quatro no exterior. Todos na minha família correm e, sempre que dá,
participamos de provas juntos”.
Para correr sem
problemas
Para quem já está empolgado e
pensa em sair correndo agora mesmo,
é preciso lembrar que, antes de calçar
o tênis, é muito importante consultar
um médico. “Todos podem praticar
a corrida desde que estejam aptos. E
quem pode dar o aval é o médico. Em
geral, o exame recomendado é o de
esforço (ergométrico ou ergoespirométrico)”, esclarece o professor Marc.d. smile|63
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corpo
Dicas Para sUa corriDa
Depois de uma consulta com o médico, vale
também procurar um profissional de educação
física para elaborar o programa de corrida mais
adequado para o seu caso. É importante sempre:
Para evitar
lesões, opte por
um piso que não
seja acidentado
tinelli, da Bio Ritmo Academia.
O diretor médico da Corpore,
Milton Mizumoto, diz que evitar lesões depende muito do cuidado que
o corredor tem consigo mesmo. “É
necessário que ele escute seu corpo
quando corre, pois qualquer sintoma
diferente, como falta de ar, palpitação, câimbras etc. deve ser investigado”, explica o médico.
Para quem está acima do peso, é
bom começar com uma caminhada
até se aproximar do peso ideal, e só
depois correr, diminuindo o tempo
de caminhada e aumentando o de
corrida, progressivamente. Também
é importante usar o tênis adequado,
fazer alongamento e treinamento de
força, dar o devido descanso para o
corpo, além de escolher um piso que
não seja muito acidentado ou duro,
para evitar lesões.
- Monitorar a freqüência cardíaca durante os
exercícios
- Antes de começar o treino, aquecer e alongar (o
que também deve ser feito ao final de cada corrida)
- Começar o treino com intensidade leve, com
uma caminhada, por exemplo, e depois introduzir
pequenos trotes
- Quem já tiver experiência em atividade física pode
começar o programa com um trote leve, de meia
hora, e em seguida partir para a corrida
- Lembrar de duas variáveis importantes na corrida:
tempo (ou distância) e ritmo (ou intensidade):
sempre aumentar apenas um de cada vez, nunca os
dois ao mesmo tempo
- Durante o primeiro mês de treinamento, o ideal
é praticar a corrida 3 vezes por semana. Depois
a freqüência pode aumentar, de acordo com sua
adaptação
- Não se esqueça de se alimentar bem e descansar
Uma boa alimentação
e tênis adequado
também são
importantes
C.D.
*Colaborou Felipe Aragonez
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turismo
Rio Grande
do
Norte:
exuberante o ano todo
De 10 a 13 de setembro de 2008, no Rio Grande do Norte, foi realizado o 14o.
Congresso Internacional da Sociedade Brasileira de Odontologia Estética (SBOE),
o Esthetics 2008 in Natal. Quem participou do evento pôde conhecer um pouco do
Estado, que tem história e belezas naturais a perder de vista
Por Elaine Hipólito
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Ponta Negra, uma
das praias mais
famosas de Natal
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turismo
R
epleto de belíssimas praias
e outras riquezas naturais
que devem ser apreciadas
bem de perto, o Rio Grande
do Norte (RN) possui a maior projeção para o Atlântico do País. Situa-se
em uma região onde o litoral faz um
ângulo agudo, e por isso é também
chamado de “Esquina do Brasil”.
Além das belezas naturais, o Estado é bem administrado, e a economia se volta principalmente para a
agricultura e o turismo. Além disso,
também apresenta o melhor Índice
de Desenvolvimento Humano (IDH)
do Nordeste, indicador que avalia o
bem-estar de uma população e, em
especial, a infantil. Nesse índice são
considerados, entre outros fatores:
riqueza, alfabetização, educação, expectativa média de vida e natalidade.
Historicamente, o RN é berço de
ilustres como Alzira Soriano, primeira mulher a ser eleita prefeita
na América do Sul (1929); João Café
Filho, ex-presidente da República;
Celina Vianna, professora na cidade
de Mossoró e primeira mulher a ser
listada como eleitora na América Latina (1927); Luís da Câmara Cascudo,
historiador e um dos maiores folcloristas do Brasil; Veríssimo de Melo,
folclorista, fundador do Museu Câmara Cascudo e escritor de mais de
100 obras publicadas; e Nísia Floresta, escritora e uma das pioneiras do
feminismo no Brasil.
A terra também é fértil na produção de talentos musicais: Gilliard,
Núbia Lafayete, Roberta Sá, Marina Elali e Cussy de Almeida (maestro que iniciou o projeto Orquestra
Criança Cidadã) nasceram lá.
História
Antes do descobrimento do Brasil,
o Rio Grande do Norte era povoado
pelos índios potiguares. Aliás, este
Praça Rodolfo
Fernandes em Mossoró
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Vista geral do Forte dos
Reis Magos
nome, que significa comedores de caEm 1701, após ser dirigido pelo
marão, conserva-se até hoje e é dado governo da Bahia, o Rio Grande do
a quem nasce no Estado, assim como Norte passou ao controle da capitania
norte-rio-grandense ou rio-granden- de Pernambuco. Em 1822, tornou-se
se-do-norte. Depois do descobrimen- província. Só em 1889, com a Repúto, vários descendentes potiguares blica, transformou-se em Estado.
se submeteram ao batismo cristão e
Atualmente, conta com 167 muadotaram o sobrenome Camarão.
nicípios, e ocupa uma área de
Em 1535, com a distribuição das ca- 52.796.791 km². É um pouco maior
pitanias hereditárias, o RN é doado a que a Costa Rica.
João de Barros pelo rei Dom João III
de Portugal. A colonização fracassa e nataL
Fundada em 25 de dezembro de
os franceses (traficantes de pau-brasil)
dominam a região até 1598. Só então 1599, Natal é a capital do Estado.
os portugueses, liderados por Manuel Também é a cidade mais populosa
de Mascarenhas Homem e Jerônimo do Rio Grande do Norte, com cerca
de Albuquerque, iniciam a constru- de 775.000 habitantes. É considerado
um dos municípios meção do Forte dos Reis
nos violentos do Brasil.
Magos para garantir a
As magníficas
Por possuir praias,
posse da terra.
praias e a boa
aeroporto e boa infraO domínio português
infra-estrutura estrutura hoteleira, a
durou até 1634, quando
hoteleira
capital potiguar atrai
o Forte caiu nas mãos
de Natal, atraem durante o ano inteiro
dos holandeses, expulturistas brasileiros e
sos de lá em 1654.
turistas o
ano todo
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turismo
estrangeiros que procuram por sol, tário e de pesquisa científica do Estamar e dunas.
do. Mantido por essa universidade, o
Com cerca de quatro quilômetros Museu Câmara Cascudo de Ciências
de extensão, Ponta Negra é uma praia Naturais e Antropológicas oferece,
bastante visitada em Natal. Ganhou entre outras exposições permanentes,
calçadão, iluminação e policiamento. a de fósseis, a de sedimentologia, a de
Como também é um bairro, possui ba- ciclos do couro e da cana-de-açúcar, e
res, restaurantes, hotéis e shoppings. Em a de artes sacra e popular.
seu extremo sul, localiza-se o Morro
Entre os católicos, o maior lugar
do Careca (duna de aproximadamen- de adoração em Natal é a Catedral
te 120 metros de altura, margeada por Nova Cidade, cuja construção teve
vegetação). É o ponto turístico mais início há mais de 30 anos e até hoje
famoso da região.
não terminou. A arquitetura é arrojaO principal evento da capital é o da, oferecendo à construção um asCarnatal. Só ocorre em dezembro e pecto bastante incomum.
é considerada a maior
EXtrEmoZ
micareta (bloco de
Apesar de ser consirua) do Brasil.
O vento move as
derada
uma das praias de
Mas como não só de
areias das dunas,
festa vive o homem, a
transformando Natal, Genipabu pertence
ao município de Extremoz,
cidade também possui
constantemente
que fica a 25 quilômetros
a Universidade Fedea paisagem de
da capital. É o mais famoral do Rio Grande do
so cartão-postal do Rio
Norte, principal cenGenipabu
Grande do Norte.
tro de ensino universi-
Restaurantes, hotéis
e shoppings cercam
o belíssimo bairro
Ponta Negra
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Nas dunas de Genipabu são
comuns passeios de bugguies,
jangadas e dromedários
Destaca-se por possuir águas limpas, imensas dunas, lagoa de água
doce, barracas de alimentos fresquinhos, pousadas, restaurantes e hotéis.
As dunas de Genipabu são uma
atração à parte. O vento intenso
move a areia de um ponto a outro
transformando com freqüência a
paisagem local. Nas dunas são comuns passeios de bugguies, jangadas e dromedários.
Reserve um tempinho para conhecer a praia da Redinha, que é a
mais antiga vila de pescadores da
região. Lá até hoje se vêem construções como a antiga igreja de pedra
de Nossa Senhora da Apresentação.
Parnamirim
É a terceira cidade mais populosa
do Estado, com cerca de 173.000 habitantes. Possui topografia plana, lençol
freático detentor de águas minerais, e
está a 14 quilômetros de Natal.
Uma de suas atrações é o maior
cajueiro do mundo. Cobre uma área
de aproximadamente 7.500 m2 e tem
perímetro de cerca de 500 metros.
Foi plantado em 1888 pelo pescador
Luiz Inácio de Oliveira.
Na alta temporada, por conta da
Morro do Careca, o
cartão postal de Natal
proximidade com Natal, essa cidade
fica repleta de turistas que procuram pelas praias do Cotovelo e de
Pirangi do Norte.
Mossoró
Possui localização privilegiada.
Está entre o litoral e o sertão do Rio
Grande Norte. Em terra, é o maior
município produtor de petróleo e sal
marinho do país.
A fruticultura irrigada é outra atividade bastante rentável para a cidade.
De acordo com o Comitê Executivo
de Fitossanidade do Rio Grande do
Norte (COEX), ela gera 24 mil empregos diretos e outros 60 mil indiretos.
O calendário de eventos da cidade é
extenso e as festividades atraem multidões. Mossoró Cidade Junina é uma
das maiores festas da região Nordeste.
Em setembro, a cidade é palco de
um grande espetáculo teatral ao ar
livre: O Auto da Liberdade. Por conta de seus quatro atos libertários históricos: Motim das Mulheres, Libertação dos Escravos, Resistência ao
Bando de Lampião e Voto Feminino,
mais de 400 pessoas encenam as trajetórias de conquistas e bravura do
povo de Mossoró.
C.D.
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água na boca
Rica e
saborosa
Para quem gosta de camarões, peixes e frutos do mar, a comida do
Rio Grande do Norte é um prato literalmente cheio. Repleta de sabores
regionais, sempre há uma novidade para ser experimentada. Comprove!
Por Cristina Cavelagna
A
bacaxi, acerola, caju, cajá, melão,
melancia, manga, castanha-de-caju,
coco, banana, cana-de-açúcar, seriguela, cajarana, batata doce. Estas são
algumas das delícias encontradas com abundância no Rio Grande do Norte, um Estado em
que a economia se volta principalmente para a
agricultura e o turismo, razão porque variadas
cores, sabores e aromas da culinária local são
utilizados para encantar o visitante e enriquecer o cenário, deixando-o quase indescritível.
De maneira geral, a comida do Nordeste é rica
e fortemente influenciada pelas condições geográficas, econômicas e históricas. Assim como
pela antiga mistura das culturas portuguesa, indígena e africana iniciadas ainda no século XVI.
As receitas quase sempre têm como ingredientes os vegetais e legumes, que os índios
que habitavam a região cultivavam desde muito
antes da colonização portuguesa. No Estado do
comedor de camarão (significado de potiguar),
este não poderia deixar de ser um ingrediente
bastante comum na culinária da região.
Peixes e frutos do mar também são: caranguejo e siri servidos na água e sal ou no leite de
coco podem ser petiscados de dia ou à noite nos
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botecos, bares e restaurantes que percorrem as
orlas marítimas. Existem ainda alguns endereços que se esmeram no preparo de pastéis com
recheios de lagosta, de queijo e de siri.
Os pratos principais dão água na boca só
de olhar e são bem coloridos. Bons exemplos
são o camarão grelhado com cogumelos, alcaparras e palmito; e a carne-de-sol com queijo.
O caldinho de peixe pode ser servido como
entrada. Outras iguarias solicitadas pelos turistas como acompanhamentos são o pirão, a
farofa, o vinagrete, a paçoca de feijão-verde,
e o arroz de brócolis.
Para bebericar, caprichadas caipifrutas de
cajá. Dependendo da época do ano, prove a
bebida com outras frutas. Uma ótima pedida
é a versão feita com cachaça e suco de abacaxi com hortelã.
Para as sobremesas não faltam as mais deliciosas receitas de bolos, sorvetes e mousses.
Nada mau para finalizar uma refeição com vista
para o mar. E outra dica: os pratos costumam
vir bastante cheios. Leve em conta que um pedido que serve duas pessoas pode ser dividido por até quatro. Em meio a tantas delícias, a
maior dificuldade será escolher. Aproveite!
C.D.
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MOUSSE DE CAJU
INGREDIENTES
• 2 caixas de gelatina branca
sem sabor
• 2 xícaras de (chá) de
água fervente
• 2 xícaras de (chá) de
suco de caju
• ½ xícara de (chá) de creme
de leite
• 1 xícara de (chá) de açúcar
• 1 xícara de (chá) de água fria
PREPARO
Coloque a gelatina numa tigela, adicione
água fria e deixe descansar por um
minuto. Ponha a água fervente e mexa
até dissolver completamente. Leve
à geladeira até obter a consistência
de clara. Coloque a gelatina no
liquidificador, junte os demais
ingredientes e bata até obter um creme
espumoso. Ponha em tacinhas e leve à
geladeira até ficar completamente firme.
C.D. SMILE|77
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água na boca
CARANGUEJO COM FAROFA
INGREDIENTES
• 1 quilo de massa de caranguejo lavada
com limão.
• 500 gramas de farinha para farofa
• 4 pimentinhas verdes ou vermelhas bem
picadas
• 5 tomates sem pele cortados em cubinhos
• 2 cebolas cortadas em cubinhos
• 4 dentes de alho bem cortadinhos
• 1 maço de cebolinha bem picado
• 1 maço de cheiro verde bem picado
• 1 maço de salsa bem picado
• 4 saquinhos de Ajinomoto
• 5 colheres de azeite de oliva
• 1 colher (chá) de sal ou a gosto
• 1 colherinha de açúcar
• 5 colheres de manteiga
• 100 gramas de bacon em cubinhos
• ½ copo de suco de limão
PREPARO
Aqueça o azeite em uma panela, acrescente
o alho, a cebola e o sal. Assim que dourar,
acrescente a massa do caranguejo e o
restante dos temperos aos poucos. Deixe
ferver por 15 minutos e reserve.
ACOMPANHAMENTO
A farofa frita na manteiga poderá ser
servida na casquinha ou no prato.
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Por Vanessa Vignati
PARALAMAS E TITÃS JUNTOS E AO VIVO
CD
Unindo repertórios, Titãs e Paralamas do Sucesso lançam o DVD
ao vivo pela Emi, registrando a turnê comemorativa dos 25 anos de
ambas. A gravação do show, que aconteceu na Marina da Glória,
no Rio de Janeiro, contou com participações especiais de Andreas
Kisser do Sepultura, o ex-Titã Arnaldo Antunes e Samuel Rosa do
Skank. As bandas tocam sucessos como Cabeça Dinossauro e versões misturadas de Ska e Sonífera Ilha.
Gravadora: Emi
O ENIGMA VAZIO - IMPASSES DA
ARTE E DA CRÍTICA
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a arte moderna e contemporânea dos séculos XX e XXI. O ENIGMA VAZIO
- Impasses da Arte e da Crítica, publicado pela editora Rocco, reflete por meio de
um verdadeiro mosaico de conceitos sobre estes artistas e suas obras, que podem
mais confundir do que localizar os parâmetros do que é ou não arte e ser artista. O
livro aponta as contradições e exageros das obras dessa época.
Autor: Affonso Romano de Sant’Anna
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A BELEZA IMPOSSÍVEL - MULHER,
MÍDIA E CONSUMO
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o quanto os meios de comunicação manipulam estes conceitos, em busca de
interesses comerciais? Rachel Moreno responde a estas e mais dúvidas em A
Beleza Impossível – Mulher, Mídia e Consumo, da editora Agora. Indicando
portas para que o público feminino não caia nestas emboscadas.
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perfeita Lila (Malin Akerman). Pressionado pelo melhor amigo e familiares, a
ter um relacionamento mais sério e duradouro, ele se casa com ela, após seis
semanas de namoro. Mas tudo muda na lua-de-mel. O casal embarca para o
México e Lila mostra sua verdadeira personalidade. Uma pessoa extremamente
insuportável. Enfurecido com as mudanças da esposa, Eddie acaba se
apaixonando por Miranda (Michelle Monaghan). Antes Só do que Mal Casado,
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ele precisa usar artimanhas para afastar a mulher com quem casou e conquistar
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A autora Sara Gay Forden conta em detalhes tudo sobre o clã da família
italiana Gucci. O luxo, glamour e sucesso deste império da moda. Ela
traça uma linha de tempo, começando com o fundador Guccio Gucci, o
apogeu da marca herdada por seu filho Aldo, na década de 50, e por fim
o assassinato de Maurizio Gucci, último membro da “dinastia” a dirigir a
empresa. Casa Gucci, lançado pela Seoman, ainda reúne a biografia à um
paralelo com o mundo fashion, incluindo a trajetória de outros estilistas
famosos.
Autor: Sara Gay Forden
Editora: Seoman
dvd
eu sou a lenda
Estrelado por Will Smith, como o cientista Neville, Eu sou a
Lenda tem aventura do começo ao fim. Com a finalidade de curar
o câncer, acaba sendo criado um vírus que extermina toda a
população nova yorkina. O cientista que é imune ao agente, vai
em busca de seres-humanos que não estão infectados. O longa,
lançado pela Warner Bros, ainda conta com a participação da atriz
brasileira Alice Braga. Imperdível!
Distribuidora: Warner Bros
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