Jornal OJE

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Jornal OJE
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ANGOLA
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BRASIL
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Aquisição de Direitos Fundiários
em Angola – Fundamental conhecer
os passos, os riscos e as oportunidades.
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Número 1119 • Terça-feira, 17 de Maio de 2011
O JORNAL ECONÓMICO
Preço: 1cênt. • Director: Luís Pimenta
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Estamos presentes em mais uma plataforma
OJE EM VERSÃO IPAD
DEPOIS do iPhone e Android, chega agora a vez
do iPad: o jornal OJE, diário de economia com maior circulação em Portugal, está a partir de
agora disponível no tablet da Apple, com uma
aplicação que pode ser
UE de acordo
na ajuda
a Portugal
▲
RESGATE
OS MINISTROS das Finanças europeus
chegaram ontem, em Bruxelas, a acordo sobre o programa de assistência
financeira a Portugal de 78 mil milhões
de euros. Os responsáveis chegaram a
um “acordo político” numa reunião
extraordinária do Eurogrupo (17 países)
alargada aos responsáveis da União
Europeia (mais 10 para um total de 27).
O Eurogrupo formalizou, já durante
a noite, a parte do empréstimo correspondente ao Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) enquanto os
ministros da União Europeia irão hoje
dar o seu acordo definitivo à parte correspondente do Mecanismo Europeu de
Estabilização Financeira (MEEF).
A assistência financeira a Portugal
vai ser repartida em partes iguais de 26
mil milhões de euros pelo FEEF, MEEF e
Fundo Monetário Internacional (FMI), o
que dá um total de 78 mil milhões.
O ministro das Finanças, Fernando
Teixeira dos Santos, já se tinha manifestado, à entrada para a reunião, “confiante” na aprovação da assistência
Financeira a Portugal, apontando que
os problemas que havia já foram
resolvidos.
A questão mais difícil de resolver foi
ultrapassada na semana passada depois
de ter sido afastada a ameaça de a
Finlândia se opor à decisão.
Para receber a assistência financeira,
Portugal comprometeu-se a realizar
um programa de três anos, de Junho de
2011 até meados de 2014, que inclui
reformas estruturais para assegurar
um aumento do potencial de crescimento da economia, a criação de
empregos e a melhoria da competitividade.
VER PÁG 10
descarregada gratuitamente na Apple Store. Os
conteúdos retomam a
nossa filosofia de informação, respondendo às
necessidades de quem
quer e precisa de estar ao
corrente de tudo o que
mais importante se passa
no meio económico. As
notícias surgem, porém,
com uma apresentação
exclusiva para este suporte, proporcionando uma
visualização mais agradável e optimizando todas as possibilidades deste tablet. A página inicial
é, aliás, paradigmática
disso mesmo, já que os
temas surgem como
“thumbnails” e não como mera lista. Em suma,
não nos limitámos a
transpor a Internet para
um tablet. Construímos
algo de novo.
ÁFRICA DO SUL: Mandela vota nas eleições autárquicas
Sonae compra
em Espanha
Pág. 3
Petrobras bate
expectativas
Pág. 6
Strauss-Kahn
fica detido
Pág. 10
Inflação sobe
na Zona Euro
Pág. 11
Como melhorar
máquina fiscal
Págs. centrais
MERCADOS
PSI 20
FTSE 100
DAX
€/$
€/£
Brent
O ANTIGO presidente da África do Sul e Nobel da Paz, Nelson Mandela, é ajudado pela sua neta,
Ndileka Mandela, enquanto vota nas eleições para o governo local, em Joanesburgo. Mandela
Foto EPA/Elmond Jiyane
votou em casa devido ao seu estado de saúde.
COTAÇÃO
VARIAÇÃO
7741,96
5923,69
7387,54
1,4207
0,8752
113
-0,32%
-0,04%
-0,21%
+0,65%
+0,51%
-0,73%
Cotações em tempo real em:
www.oje.pt
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TERÇA-FEIRA
17 de Maio de 2011
Login
2
www.oje.pt
www.oje.pt
SONDAGEM ONLINE
TOP 10: As mais lidas
• EDP vende “até 14%” no Brasil
• Portuguesa TemaHome cresce 22% nos EUA
• Somague ganha menos 33,3% até Março
• Nova lei penaliza investimento estrangeiro abaixo de um milhão
• Director do FMI acusado formalmente em tribunal
• Euro em queda na Ásia depois da detenção do director do FMI
• Cisco formaliza construção da cidade inteligente em Paredes no
valor de 10 mil milhões
• Portugal leva acordos sobre dupla tributação à Cimeira da CPLP
• Charutos começam cá…
• Vamo-nos ver gregos
Título do dia: BPI
1.241
1/Abr
1.261
16/Mai
O BPI valorizou 1,45%, para
1,261 euros, no último dia em
que as acções conferiam o direito a participar no aumento de
capital por incorporação de reservas, de 90 milhões de euros.
À QUESTÃO “Acredita na necessidade de subida do IVA
actualmente nos 23%?” ,
65% dos leitores do OJE online responderam “não”.
O memorando de entendimento entre o Governo
português e a troika, que
enquadra o pedido de assistência financeira de 78 mil
milhões de euros, engloba a
manutenção dos aumentos
do IVA, IRS e IRC previstos
no OE/2011 até final de
Não
35%
Sim
65%
Saiba mais em www.oje.pt
2013, com revisão em 2011
da lista de bens e serviços
sujeitos a IVA reduzido.
Pergunta da semana
Portugal vai conseguir cumprir as condições
do empréstimo de 78 milhões de euros até
meados de 2014, como se comprometeu?
Informação financeira ao minuto em www.oje.pt
Veja a sondagem completa em www.oje.pt
SUÍÇA: Cientistas tentam desenvolver dispositivos energéticos eficientes
Lisboa
INE
Recenseamento agrícola,
resultados definitivos de 2009.
MOR ONLINE
A empresa apresenta a primeira
plataforma electrónica criada no
País, integrada no Mercado Organizado de Resíduos, para transaccionar vários tipos de resíduos: industriais, urbanos, de construção
e demolição e outros fluxos.
Argel, Argélia
SIFTECH 2011
NOTA
12.º Salão Siftech: As novas
tecnologias no Norte de África,
por um futuro digital partilhado
(decorre até dia 19 de Maio).
AGORA EM IPAD
NUM ESFORÇO contínuo de melhoria e de crescimento da presença junto dos leitores, o jornal
OJE arranca agora com a aplicação para iPad, numa sequência
lógica da iniciativa que nos levou
a estar já, com um sucesso que
nos honra, nas plataformas móveis Android e iPhone. “Radar”
matinal, como a nós se referiu
recentemente um conhecido
empresário português, o OJE
caminha cada vez mais para ser
uma presença ao longo de todas
as horas, acompanhando assim o
ritmo cada vez mais exigente da
informação económica.
[LP]
TENHO DITO
“Ajudando
Portugal protege-se a retoma
económica
na Alemanha
e as poupanças
dos alemães”
Olli Rehn, comissário europeu
dos assuntos financeiros, in Die Welt
O NÚMERO
2,8%
Bruxelas, Bélgica
COMISSÃO EUROPEIA/EPEC
Fórum sobre o sector privado – emissão de dívida (eurobond) para o financiamento de projectos. Conferência
no âmbito das parcerias com sector
privado, iniciativa da Direcção Geral
dos Assuntos Económicos e
Financeiros da Comissão Europeia,
com o European PPP Expertise
Centre, em cooperação com
o Comité Económico e Social.
ECOFIN
O PROGRAMA “Anjos da Guarda para uma vida mais inteligente”, da Escola Politécnica Federal de Lausanne, tem como objectivo a criação de aparelhos de energia eficientes e capazes de ajudar os humanos nas áreas da saúde e protecção ambiental. Os cientistas preFoto EPA/Laurent Gillieron
tendem também ajudar a comunicar as pessoas que perderam a fala.
OS SITES ÀS 20H00 DE ONTEM
UE
www.bloomberg.com
Teva adquire 57% da Taiyo
A Teva Pharmaceutical, maior fabricante mundial de medicamentos genéricos, acordou a compra de uma
participação de 57% na Taiyo Pharmaceutical Industry. A aquisição de
460 milhões de dólares (326 milhões
de euros) valoriza a Taiyo, terceira
maior farmacêutica de genéricos japonesa, em 1,3 mil milhões de dólares (921,3 milhões de euros).
www.folha.com
RIM recolhe mil PlayBook
A Research in Motion (RIM) vai pro-
A inflação anual na Zona Euro subiu
para 2,8% em Abril deste ano, face aos
2,7% registados em Março, e contrastando com os 1,6% no mesmo período
em 2010, de acordo com o Eurostat.
Reunião dos ministros das Finanças
da União Europeia. O pacote de ajuda
externa a Portugal domina a agenda
da reunião. A sucessão de Jean-Claude
Trichet na presidência do BCE domina
o encontro anual dos governadores
dos bancos centrais da Zona Euro.
Publicado em todos os dias úteis
PROPRIEDADE Megafin Sociedade
Editora S.A. – Registo na ERCS
Nº 223731 – Nº de Depósito Legal:
245365/06
SEDE
Atrium Saldanha, Prç. Dq. de Saldanha,
nº1, 3º andar, fracção F, 1050-094 Lisboa
Tel.: 217 922 070 Fax: 217 922 099
Email: [email protected]
ceder à recolha de cerca de mil unidades do seu computador tablet
PlayBook, as quais apresentam uma
falha na compilação do sistema operativo, informou o blog de tecnologia Engadget. Em nota remetida ao
site crackberry.com, a RIM defendeu
que a maioria dos aparelhos afectados estava em estágio de distribuição
e ainda não tinha chegado aos consumidores.
www.cincodias.com
Espanha atrai turistas nas redes sociais
Espanha vai contar com três novos
produtos turísticos promocionais
nas redes sociais e nas plataformas
móveis, medidas englobadas no pla-
DIRECTOR Luís Pimenta
EDITORA EXECUTIVA Helena Rua
REDACÇÃO Ana Santos Gomes
(colaboradora), Armanda Alexandre,
Almerinda Romeira, Catarina Costa
(revisão), Inês Andrade, Isabel
Cabral, Mafalda Simões Monteiro,
Pedro Assis Conceição, Pedro
Castro, Sandra Martins Pereira
(colaboradora) e Vítor Norinha
ARTE
Carlos Hipólito; Marta Simões
FOTOGRAFIA
Victor Machado
ÁREA COMERCIAL
DIRECTOR João Pereira
217 922 088 – [email protected]
GESTORES DE CONTAS
Alexandra Pinto – 217 922 096
Isabel Silva – 217 922 094
no de promoção do turismo espanhol na Internet. Está prevista a
criação de um novo canal no YouTube e de uma aplicação para iPad,
no âmbito de um investimento de 8
milhões de euros.
www.eleconomista.es
Conselho de ministros
da Agricultura e das Pescas.
Frankfurt, Alemanha
BCE
Situação financeira consolidada
do sistema euro.
Madrid, Espanha
EUA atingem limite de endividamento
Os EUA chegaram ao limite legal de
14,29 milhões de milhões de dólares
(10,12 milhões de milhões de euros)
de endividamento, adoptando medidas de emergência. Em concreto,
Washington vai suspender os investimentos em dois fundos de pensões
que não sejam necessários para pagar aos beneficiários.
André Domingues – 217 922 073
Miguel Dinis – 217 922 090
PROJECTOS ESPECIAIS
Paulo Corrêa de Oliveira
217 922 097
DIRECTOR DE CIRCULAÇÃO
Jorge Tavares d’Almeida
217 922 092 – [email protected]
PRODUÇÃO
João Baptista, Rafael Leitão
ECONOMIA ESPANHOLA
O Tesouro Público realiza um leilão
de letras a 12 e a 18 meses.
Washington, EUA
ECONOMIA NORTE-AMERICANA
Produção industrial e capacidade
de utilização.
ÁREA FINANCEIRA
Florbela Rodrigues
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
João Lino de Castro (Presidente),
GRISA – Gestão Imobiliária
e Industrial S.A.,
Pedro Morais Leitão
e Guilherme Borba – [email protected]
IMPRESSÃO
SOGAPAL – Soc. Gráfica da Paiã, S.A.
TIRAGEM 22 000
Nenhuma parte desta publicação, incluindo textos, fotografias e ilustrações, pode ser reproduzida por quaisquer meios sem prévia autorização
do editor.
Membro da:
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NEGÓCIOS
RETALHO
A SONAE SR, unidade de retalho especializado do grupo liderado por
Paulo Azevedo, anunciou ontem um
princípio de acordo para a transferência da operação de oito lojas PC
City em Espanha.
“A Sonae está confiante que concluirá o acordo a mais breve trecho,
sendo que este será gerador de valor
para todos os ‘stakeholders’, particularmente para os colaboradores que
mantêm os seus postos de trabalho”,
declarou a propósito o CEO da Sonae
SR, prevendo que, no prazo de um
mês, as negociações com o grupo Dixons estejam concluídas. Acresce
que a transacção visa reforçar a presença da marca Worten, especializada em electrodomésticos e electrónica de consumo, em Espanha, prosseguindo a estratégia de crescimento
em capital light, acrescentou a Sonae
em comunicado.
Segundo Miguel Mota Freitas, “a
operação substitui uma parte do plano de expansão orgânica previsto para o mercado espanhol, com vanta-
gem ao nível do investimento e da
velocidade na concretização”. O responsável salienta ainda que a integração das lojas PC City se assume
como “mais um passo no cumprimento da estratégia de internacionalização em Espanha, mercado que
é já fundamental no desenvolvimento das actividades da Sonae em Espanha”. Em concreto, os oito espaços
comerciais abrangidos localizam-se
em Palma de Maiorca, Pamplona,
dois em Barcelona, três em Madrid e
um em Tenerife.
Sublinhe-se que a Sonae está presente no retalho especializado em Espanha através das insígnias Worten,
Zippy (roupa para bebé e criança) e
SportZone (material e roupa desportiva), na gestão de centros comerciais
com a Sonae Sierra, na área de software e sistemas de informação com a
WeDo e a Mainroad e na área de corretagem de seguros com a MDS. No
total, a multinacional portuguesa
emprega mais de 3100 colaboradores
no mercado espanhol, reforçando
agora o seu quadro de funcionários
com mais 350 pessoas.
3
Pedro Baltazar
pode chegar aos
5% na Inapa
▲
Sonae adquire
8 lojas PC City
em Espanha
LONDRES: Primeira exposição de Mark Leckey
TERÇA-FEIRA
17 de Maio de 2011
MERCADOS
MARK Leckey apresenta a sua primeira exposição individual na Serpentine Gallery, em
Londres. O artista aborda temas do desejo humano e da transformação em esculturas,
Foto EPA/Mark Leckey
som e filme. A exposição encerra a 26 de Junho.
A NOVA Expressão SGPS, liderada
por Pedro Baltazar, tomou uma posição de referência de 2% na Inapa
IPG, uma companhia que é detida
maioritariamente pela holding do
Estado, a Parpública.
Em nota enviada à entidade de supervisão, a empresa admite um investimento adicional no médio prazo, que lhe poderá permitir chegar
aos 5% do capital da empresa.
Pedro Baltazar – que através da
mesma holding chegou a ser o accionista principal da Sporting SAD –
está apostado em “criar valor no que
é português. A Inapa é um exemplo
perfeito de uma empresa nacional
forte com uma estratégia de crescimento coesa e bem definida”, afirma.
Os primeiros investimentos na
Inapa IPG aconteceram há quatro
anos e tiveram como “drive” o facto
de a empresa apostar forte no mercado externo, sendo que mais de 90%
da distribuição de papel (a sua actividade “core”) é feita nos mercados
europeus consolidados.
O accionista Estado tem mantido
esta empresa na lista das privatizáveis. A Nova Expressão, por seu lado, é accionista da maior agência
portuguesa de meios em 2010, e tem
ainda participações na Powermedia,
na Richdun (detém a Dunhill) e
ainda no grupo ASK.
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4
TERÇA-FEIRA
17 de Maio de 2011
Mitusibishi
Tramagal pára
duas semanas
INDÚSTRIA AUTOMÓVEL
A PRODUÇÃO na fábrica da Mitsubishi no Tramagal iniciou ontem
uma suspensão de duas semanas devido ao atraso de entrega de componentes japoneses decorrente do sismo ocorrido em Março naquele país.
A fábrica, única na Europa a produzir o modelo Canter, exportando-o
para 32 países do continente e ainda
para Israel, vê-se obrigada a suspender a produção, tendo a sua administração informado os trabalhadores da empresa que a paragem de
produção decorrerá entre os dias 16
e 27 de Maio.
Jorge Rosa, administrador da fábrica da Mitsubishi Fuso Truck Europe
(MFTE), disse que o sismo ocorrido
no Japão teve como consequência directa o “atraso na chegada de componentes e consequente rearranjo do
planeamento da produção”.
Durante este período, os trabalhadores vão gozar “férias parciais”, durante uma das duas semanas de paragem, estando também prevista a
recuperação do atraso de produção
através do regime de trabalho suplementar, no âmbito do acordo para
bolsa de horas em vigor para 2011.
José Madeira, do Sindicato das Indústrias Transformadoras, Energia e
Ambiente, afirmou que os trabalhadores estão “tranquilos”, não temendo eventuais despedimentos, referindo que a situação é “pontual”.
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NEGÓCIOS
Mota/Engil e Soares da Costa
iniciam ponte em Moçambique
INTERNACIONALIZAÇÃO
A CONSTRUÇÃO da segunda maior
ponte sobre o rio Zambeze, no
Centro de Moçambique, arranca em
Agosto próximo e vai durar 42 meses, disse o director da empresa
responsável pela obras, Estradas do
Zambeze, Jorge Valério.
A ponte está orçada em 105 milhões de euros e será construída pelo
consórcio português Mota/Engil e
Soares da Costa, que, com um grupo
de investidores moçambicanos, integram a Estradas do Zambeze.
Citado pelo diário “Notícias de
Maputo”, Valério afirmou que os trabalhos de sondagem do subsolo onde
vai ser erguida a infra-estrutura já
foram concluídos e decorrem agora
as operações de delineamento, colocação de marcos e construção do
respectivo estaleiro.
A nova ponte será construída a
cinco quilómetros a jusante da Ponte
Samora Machel, que dá acesso à cidade de Tete. A estrutura vai ligar a
cidade e o distrito de Moatize, que
contém uma das maiores reservas de
carvão do mundo.
“A ponte Samora Machel revela-se
cada vez mais incapaz de satisfazer
as actuais necessidades do tráfego,
que usa aquele empreendimento
para a travessia do rio Zambeze, uma
situação que vai prevalecer mesmo
após a sua reabilitação”, frisou o
director da Estradas do Zambeze.
Aquela que é a maior ponte sobre
o rio Zambeze, baptizada Armando
Emílio Guebuza, actual chefe de
Estado moçambicano, foi inaugurada em Agosto de 2009 e tem um
total de 2,5 quilómetros de comprimento.
ÁFRICA DO SUL: Festival “Afrika Burn” apela à criatividade
A maior concessionária de energia da
Polónia comunicou um crescimento do
lucro líquido de 38%, para 1,24 mil milhões de zloty (320 milhões de euros),
avança a Bloomberg. Há um ano, a PGE
tinha lucrado apenas 899,1 milhões de
zloty (228,7 milhões de euros). As contas do primeiro trimestre beneficiaram
da subida de vendas e da maior contribuição das subsidiárias.
ASAE inspecciona 3000
A MonteAdriano Engenharia e
Construção ganhou uma empreitada no
valor de cerca de 91 milhões de euros
na Roménia, que corresponde à construção de um troço de auto-estrada
entre as cidades de Nadlac e Pecica.
BCP converte dívida perpétua
O Millennium bcp conseguiu converter
a quase totalidade da dívida perpétua
em capital do banco. A operação concluída ontem na Euronext Lisbon permitirá ao banco que dos mil milhões de
euros de dívida perpétua, cerca de
990,147 milhões de euros sejam convertidos em capital.
Pelas condições da oferta, os
accionistas vão ser ainda chamados a
entrar com 260 milhões de euros em
dinheiro “fresco”. O core capital atingirá 9% e o banco espera chegar a
10% em meados de 2012.
A AGÊNCIA de notação financeira
Moody’s reviu em baixa as obrigações hipotecárias da Caixa Geral de
Depósitos (CGD) para A1, anunciou a
empresa em comunicado.
Este tipo de obrigações do banco
público português desce assim de
Aa3 para A1, e continua sob perspectiva negativa.
A agência Moody’s refere também
no comunicado que a vigilância negativa reflecte a análise em curso para possível revisão em baixa do rating de longo prazo da Caixa Geral de
Depósitos, bem como a revisão para
possível descida do rating soberano.
A Moody’s destaca ainda que, mesmo que se confirmem os ratings de
longo prazo e das obrigações soberanas, o programa exigirá uma sobre
garantia exigente, antes de ser confirmado o rating A1 da entidade bancária nacional.
AMBIENTE
Lucro da PGE cresce 38%
MonteAdriano vence projecto
RATING
VALNOR investe
em combustível
alternativo
BREVES
Três mil operações de fiscalização
foram levadas a cabo pelos inspectores
da Autoridade de Segurança Alimentar
e Económica nos primeiros quatro
meses deste ano, das quais metade
para controlo da segurança alimentar,
informou fonte da ASAE à Lusa. A taxa
de incumprimento diminuiu de 29,05%,
no ano passado, para 27,86% até Abril.
Moody’s baixa
obrigações da
CGD para A1
O FESTIVAL “Afrika Burn”, um dos eventos mais alternativos do mundo, decorreu no Parque Nacional de Tankwa Karoo, na África do
Sul. Os participantes têm como objectivo conseguir uma longa semana de nirvana. No “Afrika Burn” há total liberdade de expressão
Foto EPA Kim Ludbrook
artística, mas todos têm de cooperar nas actividades: dos espectáculos à alimentação.
A VALNOR, empresa que se dedica ao
tratamento e valorização de resíduos
urbanos, vai investir três milhões de
euros na construção de uma central
de preparação de combustíveis
derivados de resíduos.
“Com este projecto em marcha,
nós vamos produzir entre 25 e 30 mil
toneladas anuais de combustível
alternativo”, disse à agência Lusa
Pinto Rodrigues, administrador-delegado da VALNOR. De acordo com o
responsável, a obra deverá estar concluída em Outubro e vai permitir a
criação de cinco postos de trabalho.
O equipamento que a VALNOR vai
explorar será o primeiro no País a
utilizar resíduos sólidos urbanos
como matéria-prima. Nesta primeira
fase, a produção será destinada a
cimenteiras e papeleiras. Segundo o
administrador Pinto Rodrigues, a
venda durante os próximos “dez
anos está assegurada”.
Estradas de Portugal Azkoyen lucra 126,1%
o
entrega 10 milhões no 1. trimestre de 2011
DIVIDENDOS
A ESTRADAS de Portugal (EP) vai
entregar ao Estado 10 milhões de
euros em dividendos e 41 milhões de
euros a título de IRC, depois de registar um resultado líquido de 102 milhões de euros em 2010, avançou a
empresa, citada pela Lusa.
A Estradas de Portugal realizou
ontem a sua assembleia geral, que
aprovou o relatório e contas do ano
passado.
O lucro cresceu 8% em termos
homólogos e a distribuição de dividendos ocorreu pela primeira vez.
A empresa tem vindo a fazer o
enfoque, desde 2007, na optimização
da estrutura empresarial, o que lhe
permitiu reduzir os custos operacionais quer ao nível de colaboradores quer ao nível da frota.
O administrador Rui Dinis disse,
na semana passada, citado pela
mesma fonte, que a companhia tem
uma dívida de 1990 milhões de
euros.
Frisou: “É uma dívida acumulada
destes anos todos em que, como
qualquer empresa com este nível de
investimentos, tem de ter para poder
desenvolver as suas actividades.”
MÁQUINAS DE DISTRIBUIÇÃO
O GRUPO Azkoyen fechou o primeiro trimestre de 2011 com lucro líquido de 508 mil euros, uma subida de
126,1% face ao mesmo período de
2010, refere em comunicado.
Nos primeiros três meses deste
ano, a empresa teve um EBITDA de
3,79 milhões de euros, mais 92,4%
que no mesmo período do ano transacto. Já o volume de negócios desceu
15,6%, para 31,12 milhões de euros.
Em termos de áreas de negócio,
assinalou uma queda de 9% nas vendas nas máquinas de tabaco, ainda
que, acrescenta a Azkoyen, a possibilidade de instalar estas máquinas em
algumas lojas “permitirá uma clara
recuperação das vendas em 2011”.
O volume de negócio dos sistemas
electrónicos de segurança caiu 0,9%
no período, embora o clima “positivo” na economia alemã, principal
mercado para este segmento, “faça
com que as expectativas de melhoria
a curto prazo sejam significativas”.
Nos meios de pagamento electrónico, as vendas aumentaram 12% face
ao homólogo, já que se deu uma “mudança no comportamento dos mercados” onde tem maior “participação”.
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NEGÓCIOS
TERÇA-FEIRA
17 de Maio de 2011
5
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Fundo de recuperação
compra três empresas
▲
SECTOR TÊXTIL
TRÊS das maiores empresas de têxteis para o lar nacionais foram adquiridas pelo Fundo de Recuperação de
Empresas, detido pelo Estado e pelos
cinco maiores bancos portugueses,
que vai “proceder a ajustamentos para responder às efectivas necessidades do mercado”.
O fundo comprou a Coelima, a José Machado de Almeida e a António
Almeida & Filhos (AAF), empresas de
artigos para o lar com problemas financeiros, que manterão uma gestão
independente ainda que agrupadas
na ‘holding’ MoreTextile, que será o
maior grupo nacional do sector.
Fonte oficial da MoreTextile adiantou que “o principal objectivo da operação é garantir a viabilidade das empresas, que estavam ameaçadas em
consequência da situação financeira
e das dificuldades de mercado decorrentes da procura, da concorrência
dos países asiáticos e da subida exponencial dos custos de produção”.
Segundo a mesma fonte, a operação de reestruturação empresarial
não pressupõe a fusão das três têxteis: “a gestão mantém-se independente, não existindo fusão”.
SINGAPURA: Nova atracção no Universal Studios
O PARQUE temático inaugurou uma atracção do filme “Madagáscar”. Os visitantes fazem
uma viagem de barco no rio, de nove minutos, que é uma autêntica aventura com as perFoto EPA/Stephen Morrison
sonagens do filme Alex, Marty, Melman e Gloria.
APAVT defende
privatização da TAP
▲
TRANSPORTE AÉREO
A APAVT (Associação Portuguesa das
Agências de Viagem e Turismo) defendeu ontem a privatização da TAP,
alegando que só esta operação pode
permitir “a necessária recapitalização” da companhia aérea.
“A oportunidade da sua concretização [da privatização] só peca por tardia”,
refere a APVT em comunicado, ressalvando que o processo de privatização
seja “pensado e conduzido” de forma a
“proteger os interesses” do turismo, um
sector que a associação considera
“estratégico” para a retoma e desenvolvimento da economia portuguesa.
“O sector do Turismo em geral, e a
APAVT em particular, esperam, naturalmente, vir a ser ouvidos neste
processo, estando também certos
que qualquer governo que seja constituído após as próximas eleições venha a considerar esta matéria como
prioritária e fundamental”, refere.
A APAVT considera “fundamental”
que a privatização seja feita em moldes que assegurem que o adquirente
garanta, “durante um período de
tempo alargado, a manutenção de
rotas estratégicas para o turismo e do
actual ‘hub’ [centro de distribuição de
voos] no aeroporto da Portela, a fim
de se evitar o agravamento da situação periférica de Portugal no contexto
europeu”.
6
TERÇA-FEIRA
17 de Maio de 2011
Resultado
trimestral da CLH
cresce 5,6%
CANNES: Brad Pitt marcou presença no festival
INDÚSTRIA PETROLÍFERA
A COMPAÑIA Logística de Hidrocarburos (CLH) obteve um lucro de 35,6
milhões de euros nos primeiros três
meses do ano, desempenho que traduz um crescimento de 5,6% face ao
mesmo período do exercício anterior, informou a empresa em comunicado remetido à Comissão Nacional
do Mercado de Valores (CNMV).
Por seu lado, o EBITDA aumentou
7,1% para a fasquia dos 76,5 milhões
de euros, enquanto o resultado antes
de impostos se fixou nos 50,8 milhões de euros, mais 5,6%, e a receita de exploração nos 149,2 milhões
de euros, sofrendo uma quebra de
9,3%. O volume total de saída de produtos petrolíferos das instalações da
CLH totalizou 10,6 milhões de metros cúbicos, um recuo de 3,6 pontos
percentuais em comparação com o
primeiro trimestre de 2010.
Em concreto, 9,4 milhões corresponderam a produtos para transportes terrestres e 1,4 milhões a produtos navais e de aviação. Os fornecimentos de produtos destinados à
aviação aumentaram 10%, confirmando a tendência positiva iniciada
no exercício de 2010.
A CLH reiterou ainda o seu objectivo de investimento de 119,5 milhões
de euros para o conjunto de 2011.
BREVES
Ikea quer duplicar em Espanha
A Ikea quer duplicar as lojas em Espanha até 2020, para cerca de 30 pontos
de venda ou mais. “A ideia é ter uma loja
Ikea a menos de uma hora de todos os
espanhóis, o que significa entre 25 a 32
lojas no total”, referiu Peter Betzel, director-geral da empresa sueca em Espanha. Nos últimos 15 anos o grupo investiu mais de mil milhões de euros na construção de 13 pontos de venda, um centro comercial em Jerez de la Frontera
e dois centros de distribuição em Valls.
Dia vai abrir 8 mil lojas até 2013
O grupo de supermercados Dia quer
alargar a rede comercial dos actuais
6373 estabelecimentos para mais
de 8 mil em 2013, com a aceleração
da expansão nos mercados emergentes
como a China, onde pretende duplicar
o seu tamanho. A Turquia liderará o
número de aberturas, devido ao potencial de crescimento detectado pelo Dia
nas regiões onde não está presente.
Joint-venture Pang Da e Saab
A Saab, propriedade da holandesa Spyker, anunciou um acordo com a chinesa
Pang Da Automobile, que injectará 110
milhões de euros para reforçar a marca
sueca. A Pang Da, a maior distribuidora
da China, com 1100 concessões no país,
vai pagar 65 milhões de euros à Spyker,
em troca da participação de 24%
da empresa. A joint-venture será
detida em até 50% pela Saab.
ZMB já pode comprar a GWH
A Comissão Europeia (CE) aprovou a
aquisição da austríaca GWH Gashandel
pela suíça ZMB (que controla o gigante
energético russo Gazprom). Bruxelas
chegou à conclusão de que a transacção
não terá um impacto negativo no mercado europeu. A GWH opera sobretudo
no sector da venda de gás natural,
fornecendo também serviços
de transporte de combustível.
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NEGÓCIOS
Petrobras bate
estimativas
de lucro
INDÚSTRIA PETROLÍFERA
O ACTOR norte-americano esteve em Cannes, no 64.o Festival Internacional de Cinema,
para promover o filme “The Tree of Life”, do director Terrence Malick. O filme foi apreFoto EPA/Ian Langsdon
sentado na competição oficial do festival.
A PETROLÍFERA estatal brasileira Petrobras indicou que o seu lucro do
primeiro trimestre superou as estimativas dos analistas, impulsionado
pelo aumento da produção de crude
e pela subida dos respectivos preços.
Desta forma, o resultado líquido
da quinta maior petrolífera mundial
em valor de mercado avançou para
10,99 mil milhões de reais (4,75 mil
milhões de euros), ou 84 centavos
por acção, em comparação com os
7,73 mil milhões de reais (3,34 mil
milhões de euros), ou 88 centavos
por título, apurados no período homólogo, informou a companhia em
comunicado remetido ao regulador.
A estimativa média dos quatro analistas contactados pela agência Bloomberg previa que a Petrobras, que
alienou 70 mil milhões de dólares
(49,6 mil milhões de euros) em
acções em Setembro, apresentasse
Saudi Aramco duplica capacidade
eléctrica para poupar petróleo e gás
ENERGIA
ve necessitar de consumir até 3 milhões de barris de petróleo por dia
em 2020 apenas para gerar energia,
caso não melhore a sua eficiência,
acrescentou Al Shiha. Este valor excede largamente os 800 mil barris
que o Ministério do Petróleo e Recursos Minerais saudita estima que as
centrais do país utilizam actualmente.
A Saudi Aramco definiu como meta um aumento da capacidade de geração transversal à companhia para
até 4700 MW, em comparação com
os actuais 2000 MW, referiu o responsável, sem avançar um calendário concreto para a expansão.
A SAUDI Aramco, maior petrolífera
estatal em todo o mundo, planeia duplicar a sua capacidade de geração de
energia para o patamar dos 4000 megawatts (MW) até 2015, com o objectivo de assegurar o fornecimento da
totalidade da electricidade que estima precisar para produzir crude e
gás natural.
Neste sentido, a companhia saudita está a expandir as centrais eléctricas nas suas actuais instalações de
produção de petróleo e gás e pretende construir geradores para refinarias e outras infra-estruturas ainda em
desenvolvimento, informou ontem
Ziyad Al Shiha, director-executivo da
Aramco Power Systems, em declarações reproduzidas pela agência Bloomberg.
Recorde-se que a Arábia Saudita e
outros países produtores de petróleo
do golfo Pérsico estão a reforçar os
seus fornecimentos de energia com o
intuito de responderem às exigências de economias e populações em
crescimento. Estas nações procuram
ainda formas de utilizar menores
quantidades de crude e gás enquanto
combustíveis para as centrais de produção de electricidade.
Neste quadro, a Arábia Saudita de-
Google emite
2,1 mil milhões
em obrigações
Eskom procura
fornecedores de carvão
INTERNET
A GOOGLE, cujas acções já desvalorizaram 9% este ano, vai fazer a sua
primeira investida no mercado de
obrigações através de um oferta de 3
mil milhões de dólares (2,1 mil milhões de euros), destinada a pagar
empréstimos de curto prazo. A empresa proprietária do principal motor de busca online mundial planeia
emitir títulos com maturidade a
três, cinco e 10 anos, avançou à Bloomberg uma fonte próxima do processo.
ENERGIA
A ESKOM Holdings, produtora energética estatal da África do Sul, solicitou propostas para o abastecimento
da sua central eléctrica de Duvha
com carvão, numa altura em que a
empresa procura responder ao crescimento da procura na maior economia do continente africano.
Desta forma, a Eskom, sedeada em
Joanesburgo, pretende garantir 3 milhões de toneladas métricas de carvão por ano entre 2015 e o final de
2024, avançou ontem em comunica-
do. Acresce que os interessados têm
até ao próximo dia 10 de Junho para
apresentarem as suas propostas.
A Eskom está a investir um total
de 460 mil milhões de rands (46,5
mil milhões de euros) no reforço da
sua capacidade, numa tentativa de
reduzir as falhas de energia.
A infra-estrutura de Duvha tem
uma capacidade instalada total de
3600 megawatts (MW). A construção
da central eléctrica teve início em
Novembro de 1975 e a última das
suas seis unidades começou a operar
em 1984.
ganhos de apenas 74 centavos por título. Por seu lado, as vendas cresceram cerca de 9% no período em análise para a fasquia dos 54,8 mil milhões de reais (23,7 mil milhões de
euros).
A produção de petróleo e gás natural registou um incremento de 3
pontos percentuais, depois de a Petrobras ter acrescentado novas plataformas de produção “offshore” nas
bacias de Campos e Santos, enquanto
o preço do crude negociado em Nova
Iorque aumentou 20% para uma média de 94,60 dólares o barril no trimestre. A empresa obteve ainda um
ganho financeiro de perto de 2,7 mil
milhões de reais (1,16 milhões de euros), ajudada pela valorização do
real, que reduziu o valor da sua dívida denominada em dólares. O lucro
por acção do primeiro trimestre recuou em consequência da oferta de
novas acções concretizada em Setembro do ano passado.
BP negoceia
aquisição
da russa TNK
INDÚSTRIA PETROLÍFERA
A BP está a tentar um acordo para a
aquisição da posição de um conjunto
de milionários seus parceiros na
TNK-BP, terceira maior produtora petrolífera da Rússia, numa altura em
que expira o prazo para a planeada
troca de acções com a estatal OAO
Rosneft, avançaram à agência Bloomberg três fontes próximas do processo.
Ainda não foi alcançado um entendimento quanto ao preço da transacção, acrescentaram as mesmas fontes. Recorde-se que os milionários,
representados pelo grupo AAR, rejeitaram uma oferta de cerca de 27 mil
milhões de dólares (19,1 mil milhões
de euros) no mês passado.
Acresce que a Rosneft pode participar na aquisição e Moscovo terá de
dar luz verde a um eventual acordo,
concretizou uma das fontes. Por seu
lado, o “The Wall Street Journal”
noticiou que a nova proposta da petrolífera britânica deve valer, pelo
menos, 30 mil milhões de dólares
(21,2 mil milhões de euros).
A BP planeava trocar 5% do seu capital por uma fatia de 9,5% da Rosneft, ajudando a desenvolver os recursos energéticos do Árctico, segundo um acordo firmado no passado
dia 14 de Janeiro. No entanto, a AAR
venceu uma acção judicial contra a
aliança, alegando que o acordo de accionistas confere à TNK-BP os direitos exclusivos para desenvolver a actuação conjunta com a BP no mercado da Rússia.
BP e AAR detêm cada uma 50% da
TNK-BP.
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TERÇA-FEIRA
17 de Maio de 2011
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TERÇA-FEIRA
17 de Maio de 2011
Filial australiana
causa prejuízos
à Hochtief
CONSTRUÇÃO
A HOCHTIEF, detida a 43% pelo
grupo espanhol ACS, apresentou prejuízos de 169,5 milhões de euros no
primeiro trimestre do ano, depois de
ter registado um lucro de 34,1 milhões no mesmo período do ano passado. A empresa justifica este desempenho com a redução dos ganhos na
filial australiana Leighton, avança a
Europa Press.
Os responsáveis pelo negócio na
Austrália comunicaram que vão encerrar o ano com prejuízos em consequência da deterioração de vários dos
seus investimentos e também por
problemas encontrados em alguns
projectos, em causa a construção de
uma fábrica de dessalinização no estado de Vitória e de uma ligação ao
aeroporto de Brisbane, onde a empresa espera perder 305 milhões de
euros.
Apesar da quebra nos resultados,
as receitas do grupo construtor
alemão cresceram 7,3%, para um
total de 5100 milhões de euros,
graças ao estabelecimento de novos
BREVES
Vértice 360 com menos 98%
O grupo de audiovisual Vértice 360
obteve lucro líquido de 27 mil euros
no primeiro trimestre deste ano, menos
98% face ao período homólogo, em que
registou lucro de 1,3 milhões de euros.
A companhia espanhola refere que esta
queda se deve às amortizações e aos
gastos financeiros com a ampliação
do capital social após a fusão com
a empresa Lavinia, no final de 2010.
Abengoa reforça capital próprio
O grupo de engenharia Abengoa
subscreveu a opção de compra de 1,75
milhões de acções próprias, a um preço
unitário de 30,37 euros. Este volume,
segundo o comunicado enviado pela
empresa ao regulador espanhol, afecta
1,9% do seu capital, e representa 53
milhões de euros, ampliáveis até
um máximo de 68 milhões de euros.
Amper perde 2,48 milhões
A tecnológica espanhola Amper registou
perdas de 2,48 milhões de euros no primeiro trimestre de 2011, face ao lucro
de 589 mil euros no mesmo período de
2010. A empresa refere em comunicado
que o EBITDA foi de 1,14 milhões de
euros, uma queda de 66%, enquanto
as vendas se situaram nos 62,81 milhões
de euros, menos 1,8% que no homólogo.
Wynn quer investir em Macau
A Wynn pretende inaugurar um complexo turístico em Macau até 2015,
num investimento de pelo menos 1760
milhões de euros, disse à agência
Lusa Steve Wynn, presidente do grupo.
O executivo espera no entanto pela
“aprovação final” por parte do Governo
da concessão do terreno na zona
de casinos do Cotai, entre as ilhas
da Taipa e de Coloane.
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NEGÓCIOS
contratos. Contudo, as receitas contabilizadas pelas sucursais na América, na Europa e na divisão de concessões não conseguiram compensar
o “colapso” proveniente da região
Ásia-Pacífico.
A Hochtief conseguiu um volume
de 45 610 milhões de euros em
carteira de obras até ao mês de Março, mais 25% que no período homólogo. A maior construtora alemã não
acredita que esta tendência de crescimento de novos contratos se mantenha no mesmo ritmo durante os
próximos trimestres.
Para este ano, o grupo de construção prevê que o volume de negócios se situe ao mesmo nível do ano
passado, mas com um lucro superior,
proveniente de ganhos potenciais
com a venda de parte do negócio de
concessões.
Já para os próximos dois anos, a
empresa mantém as previsões e
espera conseguir um lucro líquido
consolidado de 500 milhões de euros
em 2012, depois da venda da participação que detém na imobiliária
Aurelis Real Estate.
Securitas lança OPA sobre Niscayah
SERVIÇOS
O GRUPO multinacional Securitas
lançou uma oferta pública de aquisição sobre a Niscayah, líder mundial
no mercado da segurança electrónica,
de 5800 milhões de coroas suecas (643
milhões de euros).
A empresa sueca de serviços de
segurança oferece aos accionistas
uma nova acção da Securitas por cada 4,19 títulos da Niscayah, o que
equivale a um prémio de 34% face ao
valor das acções do grupo Niscayah
A DAIMLER e o grupo Rolls-Royce
aumentaram a oferta pela Tognum,
para 3,4 mil milhões de euros. Esta
proposta representa uma subida de
8,3% face à oferta inicial, que foi
rejeitada por parte dos accionistas.
A oferta agora apresentada define
um prémio de 26 euros por acção.
A Daimler, proprietária da Mercedes-Benz, já detém 28,4% da se-
AS autoridades britânicas saíram às ruas da capital depois de uma ameça de bomba no centro da cidade, que não discriminava hora
nem local. A tradicional avenida Mall foi uma das ruas que foram encerradas, depois deste alerta de segurança. Algumas fontes
Foto EPA/Kerim Okten
atribuem a ameaça a um grupo de dissidentes irlandeses.
gunda maior fabricante mundial de
motores a gasóleo para a indústria
energética, de defesa e náutica, mas
mantém o interesse por uma participação mais robusta no negócio.
A nova oferta foi submetida por
escrito e fontes contactadas pela Bloomberg admitiam a possibilidade de
a Tognum se pronunciar a este
respeito ontem ou durante o dia de
hoje, contudo, até ao fecho desta
edição, não foi revelada a decisão.
Ganhos do Mitsubishi
UFJ recuam 82%
BANCA
O MITSUBISHI UFJ Financial Group,
maior banco cotado do Japão, apresentou uma quebra de 82% no lucro
líquido do primeiro trimestre, para
31,3 mil milhões de ienes (273,9 milhões de euros), depois de ter conseguido ganhos de 171,7 mil milhões
de ienes (1,5 mil milhões de euros)
no período homólogo. O banco
atribui o resultado às perdas na
VENDER MAIS VINHO
LUCRAR COM...
Jack Soifer*
PORTUGAL tem vinhos excepcionais,
mas o marketing deve melhorar. Algumas rotas ainda se voltam para espanhóis e ingleses, talvez franceses. Há
grupos menores, mas com maior despesa por cá. Não esquecer as prendas,
roupas típicas, porcelana, olarias, mesmo que se tenha de comprá-las em
Alcobaça. É vital ter caixas com alças,
O grupo sueco quer reforçar a sua
capacidade de oferta de tecnologia de
segurança e integração de sistemas,
serviços que fazem parte da carteira
da Niscayah, empresa que já fez
parte do grupo Securitas mas que se
separou em 2006. Quando concluído
o negócio, os accionistas da Securitas
vão controlar 81% do novo grupo,
enquanto os accionistas da Niscayah
ficam com os 19% restantes.
A Niscayah seleccionou um comité
independente para analisar a proposta e tomar as decisões necessárias.
LONDRES: Ameaça de bomba põe autoridades britânicas em alerta
Daimler e Rolls-Royce
sobem oferta
MOTORES
nos últimos três meses, refere a
Europa Press. A oferta estará
disponível de 20 de Junho a 18 de
Julho.
A Securitas prevê que esta aquisição possa criar sinergias de custos,
por ano, de cerca de 200 milhões de
coroas (22 milhões de euros), com
plenos efeitos a partir de 2013. Em
contrapartida, a empresa sueca estima que os custos de reestruturação,
em 2011 e 2012, possam chegar aos
250 milhões de coroas (28 milhões de
euros).
para 6, 10 e 12 garrafas, assim como
bag-in-box de 5 litros, para festas. Ofereça a alternativa de entregar em domicílio ou hotel, por uma transportadora. Algumas adegas mostram parte
da vinha, poucos mostram a herdade,
que muitas vezes tem uma história
que deve ser contada.
Vinho é também odor, flor, calor.
Mostre mais do que a cave. Tenha restaurante na quinta ou perto. É essencial um acesso adequado, enólogo
local, parking e sinalética. Ofereça um
curto historial de cada vinho, até de
cada casta. Tenha um belo jardim e
um pequeno lago ou até chafariz, para
atrair pássaros. Para trazer estes turistas, contacte as associações de sommeliers e clubes de vinho do Norte da
Europa, Rússia, Canadá e do Brasil.
Proprietários de restaurante raramente tiram férias, exceptuando Fe-
vereiro-Março, quando as vendas são
fracas. Nesta altura temos um clima já
ameno. Organize visitas a restaurantes
de caça no seu distrito, aos de comida
típica, e convide associações de norte-europeus para no Inverno conhecerem os vinhos e a gastronomia da
sua região. Faça embalagens de madeira para três ou seis garrafas e adicione uma prenda que ele use sempre,
p.ex., uma faca para queijos, para ele
lembrar da sua marca. Descreva a
região no rótulo, em três línguas.
Forme um cluster com outros produtores para exportar. Esqueça os
grandes eventos da AICEP e embaixadas. Os directores das associações acima, jornalistas e peritos preferem pequenos eventos, com contacto mais directo com os produtores.
*Autor de Como Sair da Crise,
Lucrar na Crise e Transportes
unidade de financiamento ao consumidor e no negócio de corretagem.
O lucro proveniente de empréstimos
caiu 0,5%, enquanto os rendimentos
de títulos de negociação e de outros
valores mobiliários aumentaram
51%.
Este ano, o banco estima uma subida dos lucros de 2,9%, para 5,2 mil
milhões de euros, com a recuperação
do crédito ao consumidor e a conversão das acções do Morgan Stanley.
Preços junto
do consumidor
sobem na Índia
INFLAÇÃO
A inflação, na Índia, subiu 8,66%
em Abril, pressionada pelo maior
aumento, em três anos, do preço dos
combustíveis, avança a agência
Bloomberg.
Os preços continuam a subir, mas
a um ritmo menos acelerado face ao
mês de Março, altura em que o crescimento foi de 9,1%. Apesar do
abrandamento, a taxa de inflação
continua muito longe do nível exigido pelo Banco Central, o que poderá
levar a instituição a subir os juros.
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NEGÓCIOS
TERÇA-FEIRA
17 de Maio de 2011
9
PUB
PlayStation Network
retoma de forma parcial
▲
REDES ONLINE
A SONY retomou parcialmente as
operações da PlayStation Network e
dos serviços de entretenimento Qriocity nos EUA e na Europa após a interrupção de mais de três semanas,
anunciou a empresa em comunicado.
As operações agora retomadas incluem os jogos online, o serviço de
chat e o download de música. A multinacional acrescentou que planeia
fazer o mesmo na Ásia brevemente.
A companhia suspendeu os serviços a 20 de Abril após um ataque de
hackers, que levou a uma brecha nos
dados de mais de 100 milhões de utilizadores, tornando-se o segundo
maior roubo online de dados pessoais. Como resultado, os afectados
receberam da Sony um ano gratuito
de protecção de roubo de identidade.
A empresa referiu que a rede está
a ser restaurada por fases, e que alguns Estados dos EUA ainda estão
sem os serviços. A fase de recuperação também teve início na América
do Sul, Médio Oriente, Nova Zelândia
e na Austrália. A Sony espera ter as
operações a funcionar na totalidade,
incluindo a aquisição de jogos e vídeos online, no final de Maio.
SIDNEY: Edifício recebe árvores “Banksia”
O NÚMERO 1 de Bligh Street, no distrito financeiro de Sidney, Austrália, foi o primeiro
edifício da cidade a ser galardoado com as seis estrelas da Greenstar, que classificam o
Foto EPA/Angela Brkic
prédio como ambientalmente sustentável.
Venda de carros derrapa
37,5% no início de Maio
▲
ESPANHA
AS NOVAS matrículas de automóveis
no mercado espanhol durante a primeira quinzena de Maio situaram-se
nas 25 815 unidades. Este valor, de
acordo com os dados do Instituto de
Estudios de Automoción (IEA), elaborados para a Asociación Nacional
de Vendedores de Vehículos a Motor
(Ganvam), representa uma queda a
pique de 37,5% face ao mesmo
período de 2010.
Esta descida, superior à registada
em Espanha durante os quatro primeiros meses deste ano, surge como
uma consequência do colapso no
mercado de particulares, assim co-
mo do fim do efeito sazonal associado às férias da Semana Santa, o que
pôs um travão nas compras realizadas por parte das empresas de aluguer de viaturas.
Assim, e segundo a informação
veiculada pela IEA, as vendas de carros a particulares desceram 50,6%
nos primeiro 15 dias do mês corrente, para 11 740 unidades.
A IEA acrescenta ainda que as aquisições feitas pelas empresas de aluguer baixaram 28,9%, para 6835 unidades, o que sucedeu após o elevado
aumento que se registou antes do
período da Semana Santa, quando os
rent-a-car procederam a uma renovação de frota em grande escala.
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TERÇA-FEIRA
17 de Maio de 2011
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NACIONAL E INTERNACIONAL
Programa
“ambicioso”
para Portugal
A aprovação da ajuda a Portugal foi
ontem decidida por unanimidade no
seio da União Europeia. Ao todo, são
52 mil milhões de euros, que se juntam aos 26 mil milhões da assistência prestada pelo FMI
OS MINISTROS das Finanças da Zona
Euro e da União Europeia aprovaram
ontem por unanimidade, em Bruxelas, o resgate a Portugal, um
pacote financeiro de 78 mil milhões
de euros para três anos, considerando que o programa negociado com
Lisboa é “ambicioso”.
Numa declaração divulgada em
Bruxelas, na sequência de uma
reunião do Eurogrupo (17 países
membros da Zona Euro) alargada aos
restantes (10) Estados-membros da
Os ministros do Eurogrupo consideram o programa ambicioso, mas
dizem estar confiantes
UE, na qual foi dada “luz verde” ao
programa de assistência a Portugal,
os ministros das Finanças europeus
consideram ainda que o programa
“salvaguarda os grupos mais vulneráveis na sociedade” portuguesa.
“Os ministros do Eurogrupo e do
Ecofin estão confiantes em que o
programa de ajustamento económico e financeiro vai responder de uma
forma decisiva aos desafios que a
economia portuguesa enfrenta a
nível orçamental, financeiro e estrutural”, lê-se na declaração.
O documento indica à cabeça que
os ministros acordaram por unanimidade prestar assistência financeira em resposta ao pedido formulado pelas autoridades portuguesas a 7
de Abril, por concordarem com a
Comissão Europeia e o Banco Central
Europeu (BCE) que o empréstimo a
Portugal também salvaguardará a
estabilidade financeira da Zona Euro
e da UE no seu conjunto.
Os ministros saúdam ainda o
apoio dado pelos partidos da oposição ao programa de ajustamento
anunciado pelo Governo português a
5 de Maio, e exortam “todos os partidos políticos a garantir uma implementação rigorosa e imediata do
programa”.
O pacote de ajuda a Portugal atinge os 78 mil milhões de euros, repartido em partes iguais, de 26 mil milhões de euros, pelo Fundo Europeu
de Estabilização Financeira (suportado pelos países da Zona Euro), pelo
Mecanismo Europeu de Estabilização
Financeira (a UE, através do orçamento comunitário), e pelo Fundo
Monetário Internacional (FMI).
O montante da primeira tranche e
a taxa de juro precisa a ser aplicada
ao empréstimo europeu ainda não
tinham sido divulgados até à hora de
fecho desta edição.
Foto EPA/Olivier Hoslet
Teixeira dos Santos com Jean-Claude Trichet, presidente do BCE, ontem, em Bruxelas
Alemanha é quem garante maior parte
do empréstimo proveniente da Zona Euro
A Alemanha é o parceiro da Zona Euro que vai garantir a parte maior do
empréstimo de 26 mil milhões de euros provenientes do Fundo Europeu de
Estabilização Europeia que os ministros das Finanças europeus aprovaram
ontem em Bruxelas.
A assistência financeira a Portugal será repartida em partes iguais de 26 mil
milhões de euros pelo Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF),
Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira (MEEF) e Fundo Monetário
Internacional (FMI), o que dá um total de 78 mil milhões.
Enquanto o FMI garante a sua parte no empréstimo, assim como acontece com
a União Europeia através do orçamento comunitário no MEEF, a fatia do FEEF
é garantida através dos pesos relativos no Banco Central Europeu pelos
Estados-membros da Zona Euro, sem contar com Portugal, Irlanda e Grécia,
países que estão a ser alvo de assistência financeira.
Em termos práticos, o empréstimo de 26 mil milhões de euros tem uma garantia total 20% acima desse montante, que é distribuída por todos os membros
da Zona Euro em função do seu peso relativo no BCE, conforme explicou fonte
comunitária.
Repartição da garantia
do empréstimo do FEEF
Zona Euro
Alemanha
França
Itália
Espanha
Holanda
Bélgica
Áustria
Finlândia
Eslováquia
Eslovénia
Luxemburgo
Estónia
Chipre
Malta
Total
ME
9070
6811
5984
3978
1909
1161
930
599
330
156
84
84
65
31
%
29,07
21,83
19,18
12,75
6,12
3,72
2,98
1,92
1,06
0,50
0,27
0,27
0,21
0,10
31.200
Strauss-Kahn fica sob prisão mas
FMI “permanece operacional”
O director do FMI, ontem, num tribunal de Nova Iorque.
Foto EPA/Andrew Gombert
O DIRECTOR-GERAL do FMI, Dominique Strauss-Kahn, vai continuar
detido, depois de uma juíza nova-iorquina ter ordenado ontem a sua
prisão preventiva.
A defesa sugeriu uma caução de
um milhão de dólares, mas a magistrada de Manhattan recusou libertá-lo, aparentemente sensível aos argumentos da acusação, que considerava
existir risco de fuga do país.
Entretanto, a Comissão Europeia
garantiu ontem que a detenção do
director-geral do FMI não terá “qualquer impacto” sobre o programa de
assistência financeira a Portugal.
Referindo-se a “títulos alarmistas”
na imprensa sobre o possível impac-
to da detenção de Strauss-Kahn, em
Nova Iorque, sobre os programas de
resgate em curso, o porta-voz do comissário dos Assuntos Económicos
europeu disse, em Bruxelas, que a
Comissão está “absolutamente confiante que haverá uma continuidade
Está “fora de questão”
o caso de Strauss-Kahn
poder afectar os programas de ajuda em curso
total, não só nas operações, mas também nos processos decisórios do
FMI”.
Reiterando que está “fora de questão que as decisões que estão em curso e os programas que estão a ser
aplicados possam ser alterados” devido à situação do director-geral do
FMI, o porta-voz lembrou também a
declaração divulgada na véspera por
esta instituição, “que é muito clara”.
Numa curta declaração divulgada
à comunicação social, a directora de
relações externas do FMI, Caroline
Atkinson, disse em Washington que
a organização “permanece totalmente operacional e em funcionamento”.
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NACIONAL E INTERNACIONAL
COMÉRCIO EXTERNO
NOS PRIMEIROS dois meses de 2011,
Portugal registou o sexto maior défice da balança comercial entre os países da União Europeia, de 2,7 mil milhões de euros, de acordo com os dados avançados ontem pelo Eurostat.
O gabinete de estatística europeu
destaca, pela negativa, o Reino Unido, que obteve um défice de 18,4 mil
milhões de euros, seguindo-se a
França (com 15,9 mil milhões), a Itália (10,2 mil milhões de euros), a Espanha (com 8,1 mil milhões), a Grécia (3,9 mil milhões de euros) e Portugal (com 2,7 mil milhões).
A entidade revelou ainda que o excedente comercial da Zona Euro aumentou em Março. As estimativas
preliminares do gabinete indicam
que, durante o mês de Março, o excedente comercial dos 17 países que integram a Zona Euro ascendeu aos 2,8
mil milhões de euros, face aos 2,7
mil milhões de euros obtidos no mês
homólogo; isto após o défice de 3 mil
milhões de euros registado em Fevereiro deste ano.
Na União Europeia, o défice aumentou para 9,6 mil milhões de euros em relação aos 8,9 mil milhões
obtidos em Março de 2010.
O défice energético dos 27 países
da União Europeia (UE 27) progrediu
de forma significativa, ao registar 61
mil milhões de euros no período entre Janeiro e Fevereiro de 2011, face
aos 44,4 mil milhões de euros no homólogo, o mesmo acontecendo com
o excedente relativo aos bens manufacturados, de 27,1 mil milhões de
euros face aos 17,4 mil milhões no
mesmo período do ano transacto.
As trocas comerciais cresceram
com quase todos os parceiros comerciais, intensificando-se as exportações para a Turquia (47%), a Rússia
(46%), a China (33%) e a Coreia do
Sul (31%).
O Eurostat acrescenta que a Alemanha foi o país que obteve o maior
excedente comercial, de 21,9 mil milhões de euros entre os meses de Janeiro e Fevereiro, seguindo-se a Holanda, com 7,5 mil milhões de euros,
e a Irlanda, ao registar 6 mil milhões
de euros.
11
Inflação na Zona
Euro ascende a
2,8% em Abril
▲
Portugal tem o
6º maior défice
comercial
FLÓRIDA: Última missão do vaivém Endeavour
TERÇA-FEIRA
17 de Maio de 2011
MACROECONOMIA
O VAIVÈM Endeavour descolou da Base Espacial Kennedy, na Flórida, para a sua última
missão. Mark Kelly comanda uma equipa de seis astronautas à Estação Espacial
Foto EPA/Justin Dernier
Internacional, para instalar um espectrómetro magnético.
A INFLAÇÃO anual na Zona Euro subiu para 2,8% em Abril, face aos
2,7% em Março, e contrastando com
os 1,6% registados no mesmo período em 2010, segundo o Eurostat. Estes valores confirmam a estimativa
rápida do gabinete de estatística da
União Europeia (UE), divulgada a 29
de Abril.
Na UE a 27, a taxa de inflação homóloga situou-se nos 3,2%, face aos
3,1% de Março, e acima dos 2,1% obtidos em Abril de 2010.
As taxas de inflação homólogas
mais baixas em Abril foram observadas na Irlanda (1,5%), na República
Checa (1,6%) e na Suécia (1,8%).
Já a Roménia (8,4%), a Estónia
(5,4%) e a Lituânia e a Hungria (4,4%)
registaram as taxas de inflação mais
elevadas.
Em Portugal, a taxa de inflação situou-se nos 4%.
A impulsionar a inflação na Zona
Euro estiveram os sectores dos transportes (5,9%), da habitação (5%), do
álcool e tabaco (3,4%), enquanto as
comunicações registaram uma descida de 0,9%, de acordo com os dados
do Eurostat.
A inflação volta assim a situar-se
acima do limite dos 2% estabelecidos
pelo Banco Central Europeu (BCE),
que tem como principal desígnio a
manutenção da taxa num nível próximo de 2%.
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TERÇA-FEIRA
17 de Maio de 2011
www.oje.pt
ANÁLISE
700 MILHÕES EM IMPOSTOS
PRESCREVEM ANUALMENTE
A máquina fiscal precisa de ser mais eficaz, defendeu Luís Magalhães, partner da consultora KPMG,
que, num encontro com jornalistas, apresentou um documento de reflexão sobre as questões abordadas
no memorando com a “troika”. Por Vítor Norinha
I
mpreparação do legislador ou
uma máquina fiscal que ganhou eficiência, mas não a suficiente para evitar 700 milhões de euros de impostos que em
média prescrevem todos os anos,
sendo que em 2009 prescreveram
1200 milhões de euros, são algumas
das críticas do partner da KPMG Luís
Magalhães.
A litigância entre o contribuinte e
o Estado tem vindo a aumentar e há
50 mil processos em aberto. Defende
a definição de prioridades a este
nível, sendo que a arbitragem é uma
boa solução para se reduzir o volume
de litígios. Defende ainda prioridades na acção, sendo que a evasão
em sede de IVA é a mais relevante,
pois é o imposto mais pesado.
O memorando prevê, nesta óptica,
um aumento do esforço relacionado
com o combate à fraude e evasão fiscal, com o objectivo de aumentar a
receita em 175 milhões de euros todos os anos.
Luís Magalhães realça o ponto
mais forte deste documento e que é
o facto de estar dirigido para o lado
da receita. “Esta é uma ocasião única”, afirma. Realça que esta é uma
das primeiras vezes em que se toma
Onde terá a receita de subir
– IRC/2012: 150 milhões de euros
– IRC/2013: 175 milhões de euros
– IRS/2012: 150 milhões de euros
– IRS/2013: 175 milhões de euros
– IVA/todos os anos: 410 milhões de
euros
– Consumo/todos os anos: 250 milhões
de euros
– Património: redução das deduções e
das isenções
– Fraude e evasão/todos os anos: 175
milhões
a direcção certa e diz que há tempo
para os decisores políticos tomarem
as opções acertadas até Setembro/
/Outubro.
O encontro entre o partner da
KPMG e os jornalistas destinou-se a
debater alguns conceitos a nível fiscal inseridos no memorando assinado entre o Governo e a “troika”, sem
qualquer valor do foro político.
Sublinhou que é necessário que as
opções (a nível fiscal) sejam de um
ponto de vista técnico bem elaboradas. Disse que aquilo que foi negociado com a “troika” permite alguma
“ponderação para trocas, desde que a
O memorando prevê no
combate à fraude e
evasão fiscal aumentar a
receita em 175 milhões
de euros todos os anos
receita não seja afectada”. Deu como
exemplo de medidas que não podem
ser levadas à letra o fim dos benefícios fiscais ao interior para a criação
de emprego.
O que muda no IRC
As alterações a nível de IRC incluem a
abolição de todas as taxas reduzidas e
IRC. Nesse sentido deverá vir a extinguir-se a taxa reduzida de IRC de
12,5%, e que é aplicável à parcela da
matéria colectável até 12 500 euros.
Vão ser introduzidos limites à
dedução de prejuízos fiscais
reportáveis de exercícios anteriores, a
par da redução do período de reporte
de quatro para três anos. A medida
deverá limitar a dedução de prejuízos
fiscais de anos anteriores a uma
determinada percentagem do lucro
tributável apurado.
Vão ser ainda revogadas as isenções
subjectivas. O documento conhecido
por memorando de entendimento não
é específico e não identifica as
isenções a revogar. A KPMG acredita
que esta medida venha a abranger as
isenções de que actualmente benefici-
am as pessoas colectivas de utilidade
pública e de solidariedade social.
Está ainda prevista a eliminação de
alguns benefícios fiscais inscritos no
Estatuto dos Benefícios Fiscais. Aquilo
de que se está a falar é de benefícios
que vigoram durante cinco anos e
poder-se-ão incluir os benefícios fiscais relativos à criação de emprego, o
regime das SGPS e os benefícios relativamente à discriminação positiva
pela interioridade.
Irão ainda ser reforçadas as regras de
tributação incidentes sobre os encargos suportados com viaturas. É
expectável, segundo as mesmas
fontes, um novo agravamento da tributação autónoma dos encargos
suportados pelas empresas com viaturas ligeiras de passageiros e mistas.
Será alterada a Lei das Finanças
Regionais no sentido delimitar a
redução da taxa de IRC em vigor nas
regiões autónomas a 20% da taxa
geral em vigor no continente. A
KPMG conclui que com esta medida, a
taxa de IRC mais elevada em vigor
nas regiões autónomas passará a ser
de, pelo menos, 20%, sendo que
actualmente é de 17,5% na Região
Autónoma dos Açores e de 20% na
Região Autónoma da Madeira.
maisresponsável
Nº 32 • 17 de Maio de 2011
veja mais em www.oje.pt
SUPLEMENTO MENSAL DE SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIAL
Youth@Work estimula emprego entre jovens europeus
EMPREENDEDORISMO
Actualmente, um em cada cinco jovens europeus não consegue encontrar
emprego, de acordo com dados do Eurostat 3T 2010 (relativo a jovens dos 15
aos 24 anos). A CE espera contribuir
para inverter estes números, que podem pôr em risco a competitividade da
UE durante os próximos anos, já que
“representam um enorme desperdício
de potencial humano”, com o programa Youth@Work, através da organização de sessões sobre temas como comunicação em rede, tutoria e recrutamento, a realizar em feiras de emprego
por toda a UE.
A Comissão Europeia (CE) apresentou
recentemente a Youth@Work, uma acção que visa contribuir para a difícil
meta de atingir uma taxa de emprego
de 75% na União Europeia (UE) entre
homens e mulheres com idades entre
os 20 e os 64 anos, ainda esta década,
definida na Estratégia Europa 2020.
A ideia é estreitar a ligação entre jovens e pequenas e médias empresas, estimulando a procura destes potenciais
talentos por parte dos empregadores
das PME.
Trabalhando activamente com os empregadores das PME, com a juventude e
com os serviços públicos de emprego
para incentivar a contratação de mais
jovens desempregados pelas PME europeias, a iniciativa ambiciona transformar as ideias e o entusiasmo dos jovens
em oportunidades de criação de negócios inovadores, estimulando o auto-emprego, ao mesmo tempo que espera
melhorar os níveis de empregabilidade
no Velho Continente.
Neste contexto, construir sinergias
entre os jovens e o tecido empresarial
estruturado pelas PME pode ser estra-
Energias renováveis
podem “alimentar”
o mundo em 2050
RELATÓRIO IPCC
DENTRO DE quatro décadas, as energias
renováveis poderão satisfazer cerca de
80% das necessidades energéticas globais, de acordo com um relatório apresentado pelo Painel Intergovernamental
para as Alterações Climáticas (IPCC) da
Organização das Nações Unidas. Todavia, só com um compromisso sério por
parte dos governos mundiais no que respeita às políticas necessárias para promover estas fontes de energia limpa será
possível atingir este ambicioso, mas urgente, objectivo.
O relatório, com cerca de mil páginas e
já considerado como uma bíblia para o
sector, marca a primeira vez que este organismo analisa, em pormenor, as energias baixas em carbono e foi elaborado
por 120 investigadores. Apresentado na
passada semana no Dubai, o documento
inclui ainda a análise de 160 cenários
científicos distintos com base em diferentes níveis de fontes de energia renovável e de acordo com factores sociais e
ambientais variados. Destes, quatro cenários foram eleitos como os mais possíveis e, o mais optimista, projecta que
77% da procura global de energia em
2050 possa ser satisfeita com estas fontes,
comparativamente a 13% de energias
limpas utilizadas em 2008.
Caso este caminho seja seguido, o IPCC
defende que será possível manter os níveis de gases com efeitos de estufa em
níveis suficientemente baixos para manter o aumento na temperatura global, em
meados do século, abaixo dos dois graus
(o limite de segurança definido para evitar alterações climáticas catastróficas e
irreversíveis).
De acordo com o responsável deste
Painel Intergovernamental da ONU, Rajendra Pachauri, o investimento necessário para se atingir este objectivo custará
apenas um por cento do PIB global anual.
Das fontes analisadas, uma má notícia
para os que apostam na energia geotérmica e na das ondas, que “não deverão contribuir significativamente para o fornecimento global de energia antes de 2020”.
A boa notícia, principalmente para Portugal, é o facto de as energias eólicas
terem sido já responsáveis por dois por
cento da procura global de electricidade,
sendo expectável que este valor ascenda a
20% em 2020.
tégico, defende a CE, já que, por um lado, o que falta “muitas vezes” aos mais
novos em “experiência e competências
para serem competitivos num mercado laboral escasso em empregos”,
sobra numa “visão refrescada do mundo” que significa frequentemente “ideias inovadoras e energia para oferecer
aos empregadores”. E, por outro, o “papel preponderante” que as PME ocupam na recuperação da crise económica na Europa (pela rapidez com que o
poderão fazer), justifica esta aposta para estimular o empreendedorismo jovem.
FILME: “Lixo Extraordinário”
ENTREVISTA
LUÍSA
PESTANA
“Não damos donativos. Em
dez anos, implementámos
60 projectos de raiz, que
acompanhamos numa
intervenção alargada,
dando autonomia aos
parceiros.”
Pág. IV
ESTUDO OCDE
Investimento na
primeira infância
é crucial para
Portugal
Pág. VI
À CONVERSA COM
Ana Tojal
AJU dá projecto
de vida a
crianças em
risco
Pág. VIII
EM PARCERIA COM:
A VIDA dos catadores de lixo do Jardim Gramacho, na periferia do Rio de Janeiro, serviu
de mote a um documentário, premiado em diversos festivais, que segue o mais recente
Foto DR
projecto do famoso fotógrafo Vik Muniz. E já está em exibição em Portugal.
www.ver.pt
Gestores e empresários cristãos divulgam documento sobre a crise
REFLEXÃO
A Associação Cristã de Empresários e
Gestores (ACEGE) divulgou um documento em que se reflecte sobre a
crise que assola Portugal e que preconiza algumas medidas defendidas
por esta associação. A responsabilidade pessoal e social dos líderes empresariais é amplamente focada no
documento divulgado pela associação.
A relação da empresa com todos os
seus “stakeholders” significa, para os
líderes empresariais cristãos, “tratar
os outros como gostaríamos de ser
tratados se estivéssemos no seu lugar” e constitui, a seu ver, o melhor
guia para uma boa gestão. Utilizar o
despedimento como o último recur-
so, diagnosticar situações de emergência, construir sistemas internos de
solidariedade, efectuar o pagamento
pontual a fornecedores – um dos programas já lançados a nível nacional
pela ACEGE – e apostar em projectos
de cooperação e entreajuda empresarial são algumas das propostas apresentadas.
Por outro lado, a protecção da fa-
mília deverá estar igualmente no
centro das preocupações dos líderes
empresariais. E, no plano social, os
gestores e empresários cristãos dever-se-ão recordar de que, mais do
que nunca, a articulação com a obra
social da Igreja Católica é absolutamente imperativa.
Afirmando que Portugal sofre há
muito de uma “doença prolongada”
veiculada pela enorme dependência
do Estado, que bloqueia o dinamismo e a vontade de arriscar, o documento alerta para a urgência de uma
elite empresarial que seja independente do mesmo, que possa contribuir para uma sociedade civil mais
participativa e que tenha como imperativo ser um exemplo ético para
todos os sectores da sociedade.
II
TERÇA-FEIRA
17 de Maio de 2011
maisresponsável
NOTÍCIAS
maisresponsável IADE leva ideias sustentáveis ao GreenFest
Coordenação editorial
Paulo Corrêa d’Oliveira
Helena Oliveira (VER)
Gabriela Costa (VER)
Fotografia
Victor Machado
ECODESIGN
NO ÂMBITO da IADE Green Week,
que decorreu entre 9 e 16 de Maio, os
alunos do Instituto de Artes Visuais,
Design e Marketing criaram propostas
de comunicação que serão utilizadas
na divulgação do GreenFest, a realizar
entre 28 de Setembro e 2 de Outubro,
no Centro de Congressos do Estoril. O
concurso de ideias dirige-se aos finalistas das licenciaturas e a alunos de
mestrado das áreas de Marketing e
Publicidade, Design e Fotografia.
A instituição seleccionou equipas
incluindo cinquenta estudantes e dez
professores que responderam a desafios de comunicação no âmbito da
sustentabilidade e RS, centrados na
sensibilização para as preocupações
ambientais. Os elementos da equipa
vencedora garantem o acesso a estágios na agência Ogilvy, parceira do
IADE Green Week.
Recentemente, o Instituto foi distinguido com um prémio internacional, o Gold Mercury Sustainability
Awards 2010, que premeia boas práticas ambientais nos subsectores da
Madeira, desde a utilização de matérias-primas sustentáveis à promoção
de acções de consciencialização sobre
a sustentabilidade, reconhecendo os
indivíduos, as empresas e as organizações mais inovadores e sustentáveis
da indústria do mobiliário.
Director Comercial
João Pereira
[email protected]
Gestores de Contas
Alexandra Pinto – 217 922 096
Isabel Silva – 217 922 094
André Domingues – 217 922 073
Miguel Dinis – 217 922 090
Suplemento elaborado em parceria com
Prémios para
incentivar
empreendedores
▲
CONCURSO
CIDADES SUSTENTÁVEIS
SABRINA FABER, do Iémen, foi a vencedora do Prémio Philips Cidades
Habitáveis, no valor de 125 mil euros. Captar, filtrar e guardar água da
chuva sobre os telhados na cidade de
Sana’a foi a ideia vencedora, mediante a qual a jovem espera ajudar a
resolver a habitual escassez de água
naquele meio urbano durante os períodos secos, enquanto se fornece
água potável. O sistema idealizado
trará ainda significativos benefícios
para a saúde de toda a população.
Este concurso, promovido pela Royal
Philips Electronics, constitui uma
iniciativa global pensada para gerar
ideias inovadoras e viáveis com o
objectivo de contribuir para melhorar a saúde e o bem-estar dos habitantes das cidades em todo o mundo.
Este programa terá continuação nos
próximos anos e os vencedores trabalharão com mentores da própria
empresa para tornar reais as suas
ideias nas comunidades locais.
CRIANÇAS
“SOBRE RODAS”
▲
Siemens aposta no lema mais vale prevenir que remediar
▲
INCENTIVAR o empreendedorismo e a
investigação junto dos empresários e
da comunidade universitária, potenciando o desenvolvimento do capital
humano à escala local e global, é o
objectivo da Fundação everis, que lançou a edição 2011 dos prémios anuais
“Entrepreneurs” e “Essay”. O primeiro
tem como objectivo fomentar o espírito empreendedor, no âmbito universitário e científico, a par de facilitar o
financiamento de projectos empresariais que sobressaiam pela inovação, viabilidade e beneficio para a sociedade.
O segundo visa incentivar a reflexão e
a divulgação das TI para os novos modelos sociais e organizacionais. Aos
projectos vencedores será atribuído
um valor monetário de 60 mil e 24 mil
euros, respectivamente e, pela primeira vez, surge um prémio complementar de 40 mil e 6 mil euros para um
segundo eleito em cada categoria.
A entrega dos projectos candidatos
deve ser realizada até ao dia 1 de Junho
de 2011 através do site www.fundacioneveris.com.
▲
Arte
Carlos Hipólito
Marta Simões
▲
PUBLICADO NA ANTEPENÚLTIMA
TERÇA-FEIRA DE CADA MÊS
PHILIPS
PREMEIA
CRIATIVIDADE
PREVENÇÃO PRECOCE
NO MÊS em que se assinala o Dia da
Mãe e também o das famílias, a Siemens oferece a cerca de mil mulheres
a possibilidade de realizarem uma
mamografia digital gratuita. Inserida
na Campanha de Prevenção do Cancro
da Mama e com o mote “Como proteger o mais delicado? Com amor e prevenção”, é objectivo da empresa, ao
longo dos dois próximos meses, divulgar as várias formas de prevenir esta
doença que, quando detectada precocemente, pode atingir uma taxa de
cura na ordem dos 90 por cento. Como refere João Seabra, membro da Comissão Executiva da Siemens Portugal, a par da aposta da empresa no
desenvolvimento de várias soluções
que apoiam o diagnóstico desta doença, “o objectivo primordial é que as
mulheres saibam como proceder da
forma mais adequada para a detecção
precoce da doença”.
Para este efeito, associaram-se à em-
presa 13 parceiros clínicos, de norte a
sul do País e Açores, para oferecerem
mais de mil mamografias correspondentes às primeiras inscrições no site
www.siemens.pt/healthcare/pelasuasaude. Como condição, a participante terá de ter mais de 45 anos à
data da inscrição e não poderá ter
realizado uma mamografia durante
os últimos dois anos. A empresa irá
igualmente divulgar, em Junho, os
resultados de um estudo sobre a
detecção precoce do cancro da mama.
SOLIDARIEDADE
NO ANO em que celebra o seu 100.º
aniversário, a Chevrolet doará 100
automóveis às Aldeias de Crianças
SOS na Europa, sendo que quatro destes têm como destino as quatro
aldeias existentes em Portugal. A parceria entre a empresa e a instituição,
denominada “Wheels for Kids”, deu
já frutos em Cascais, na Aldeia de
Crianças SOS Bicesse. A partir de
agora, um Chevrolet Orlando está já
ao dispor para a deslocação das crianças para a escola ou para actividades extracurriculares, bem como
dos colaboradores que se encontram a
trabalhar nos Programas de Fortalecimento Familiar, no âmbito do
qual visitam e prestam apoio a famílias em situação difícil.
em agenda
REITORIA DA UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA
– 19 DE MAIO
3. SEMINÁRIO DE FUNDRAISING
O
Dicas para o fundraising
em tempos de crise; as
melhores abordagens
para pedir apoios a
empresas; as vantagens
das contribuições e
donativos dos particulares; a importância da fidelização dos doadores/sócios
regulares; o recurso a softwares de base de dados para
incrementar o dinheiro angariado; o conhecimento das
motivações dos doadores (particulares, empresas, fundações) para melhorar resultados; e as oportunidades da
crise para o nosso sector. São estes os temas-chave que
estarão em análise no próximo seminário da consultora
Call to Action. O evento inclui casos práticos e um debate
dinamizado por especialistas nacionais e internacionais
que visa alargar a capacidade de angariação e gestão de
fundos de qualquer ONL, ONG, IPSS, associação, universidade, escola, centro social, paróquia ou fundação.
AUDITÓRIO DA APAV – 25 DE MAIO
GESTÃO DA QUALIDADE DAS RESPOSTAS
SOCIAIS
o processo e promover a adesão das organizações ao
processo de certificação. O workshop será dinamizado por
Cláudia Pedra e Sandra Costa, partners da Stone Soup,
estando a sessão a cargo da formadora Filipa Pinto.
será, pois, “muito inspirador conhecer a sua análise prospectiva sobre a evolução da sociedade portuguesa, a partir do
acordo a que se chegou com os nossos credores internacionais”.
LISBOA (RUA DOS DOURADORES, 57) – 26 DE MAIO
31 DE MAIO – BALLETEATRO NO PORTO
ALMOÇO-DEBATE ACEGE COM MEDINA
CARREIRA
A Stone Soup Consulting realiza um workshop colaborativo
sobre o Processo de Certificação da Qualidade das
Respostas Sociais, de acordo com os modelos desenvolvidos
pelo ISS. O evento é destinado a trinta dirigentes e quadros
técnicos de IPSS portuguesas ou outras organizações com
oferta de respostas sociais, e tem como objectivos informar
sobre o processo de certificação da qualidade das respostas
sociais, sobre as etapas do processo de certificação e sobre
as principais vantagens e os desafios do processo de certificação das respostas sociais, bem como sensibilizar os participantes para a necessidade de preparar antecipadamente
Numa altura em que é “essencial uma reflexão dos líderes
empresariais sobre o impacto na economia portuguesa das
medidas previstas no acordo assinado por Portugal com a
Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o FMI”,
Henrique Medina Carreira é o convidado do próximo
almoço-debate da Associação Cristã de Empresários e
Gestores. Ao longo do percurso de declínio “que trouxe o
País até à actual situação, poucas personalidades portuguesas tiveram a independência e o desassombro cívico” do
antigo ministro das Finanças, “sempre alertando, com base
em estudo e em números, para a trajectória insustentável
em que nos encontrávamos”, alertou, a propósito do evento,
o presidente da ACEGE, António Pinto Leite, para quem
I CONCERTO DA PRIMAVERA DA PULMONALE
A PULMONALE – Associação Portuguesa de Luta Contra o
Cancro, assinala o próximo dia 31 de Maio – Dia Mundial
sem Tabaco – com um concerto subordinado ao tema “O
Exemplo de Heitor Villa-Lobos”. Da responsabilidade da
Academia de Música de Vilar do Paraíso este é um espectáculo que constitui um tributo à vida e obra do compositor
brasileiro, cinquenta anos após a sua morte. Os estudantes
de História da Música contam a história de Villa-Lobos e,
através de um jogo visual e sonoro repleto de humor, revelam as várias facetas daquele que foi um instrumentista,
compositor, musicólogo, pedagogo e maestro marcante no
século XX. O espectáculo de carácter pedagógico vai angariar fundos que revertem a favor da Pulmonale, sob o mote
“Pelo e para o doente com Cancro do Pulmão”.
maisresponsável
TERÇA-FEIRA
17 de Maio de 2011
ACÇÕES
III
MÊS DO PRODUTOR NO JUMBO
E PÃO DE AÇÚCAR
NESTE MÊS de Maio, decorre nas lojas
Jumbo e Pão de Açúcar, do grupo
Auchan, o Mês do Produtor. A iniciativa pretende dar a conhecer os produtos locais e regionais, sensibilizando
os clientes para as tradições e para os
pequenos produtores nacionais, que
também estarão presentes nas lojas.
Nos últimos anos, as lojas Jumbo e
Pão de Açúcar têm apoiado cada vez
mais o desenvolvimento da produção
local e nacional, “essencial para o desenvolvimento socioeconómico do
País”, promovendo ainda a exportação
de produtos portugueses, sobretudo
para França, Luxemburgo e Polónia.
Segundo Vítor Lamego, chefe de grupo dos Produtos Frescos, a campanha
“Maio Mês do Produtor” tem como
objectivo dar a conhecer “a grande
aposta do Jumbo e do Pão de Açúcar
em produtos nacionais, com elevado
padrão de qualidade e diversidade”.
De salientar a recriação de ambientes típicos portugueses, várias animações e teatralizações de loja e sessões
de degustação de produtos, sempre
acompanhadas pelos próprios produtores, que estão disponíveis para fornecer todas as informações relativas
aos produtos. Outro objectivo é contribuir para divulgar conceitos como o
DOP – Denominação de Origem
Protegida, o IGP – Indicação Geográfica Protegida, o ETG – Especialidade Tradicional Garantida e o conceito
Vida Auchan.
Os Produtos Vida Auchan de Qualidade Sustentável são produtos portugueses que garantem o respeito
pela segurança alimentar, pelo ambiente e pelo bem-estar animal, privilegiando as boas práticas das produções agrícolas e pecuárias. É dada especial atenção às questões que possam afectar a biodiversidade, promovendo-se a organização de um sistema de rastreabilidade útil e eficaz,
explica a empresa.
A Auchan pretende aproximar os
seus clientes dos pequenos e médios
produtores, que produzem o que de
melhor se faz em Portugal. Esta estratégia socialmente responsável tem
vindo a ser seguida pelo grupo, que
considera que “este estímulo à economia portuguesa é fundamental”.
Fundamental também, para a Auchan, é pôr à disposição dos clientes
produtos de qualidade, promovendo a
gastronomia e os produtores nacionais, objectivos que estão no cerne da
iniciativa Mês do Produtor.
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GALARDOADOS COM PRÉMIO
D. DINIS NO FACEBOOK
DURANTE 10 anos lectivos, entre
1963 e 1973, a Sociedade Central de
Cervejas (SCC) premiou os melhores
alunos dos diversos graus de ensino
em Portugal. Foram 641 os galardoados com este prémio e, entre eles,
várias personalidades como António
Guterres, Ernâni Lopes, Francisco
Louçã, Helena Roseta, Leonor Beleza, Marcelo Rebelo de Sousa, João Lobo Antunes, entre outras. Quase 40
anos passados, a SCC pretende agora
fomentar o encontro destes alunos
criando, para o efeito, uma página no
Facebook (www.facebook.com/premiodomdinis). Como afirma Nuno
Pinto Magalhães, director de Comunicação e Relações Institucionais da
cervejeira portuguesa, “com esta iniciativa inédita, a SCC, mentora do
Prémio D. Dinis, pretende saber onde estão e o que fazem os 641 alunos, dado que hoje alguns destes
premiados consubstanciam os melhores exemplos em Portugal, para
que, posteriormente se possam reunir as personalidades que, durante
10 anos, representaram uma elite e,
com eles, ouvir as suas histórias de
vida e as suas visões sobre a sociedade e o mundo”. O objectivo principal desta “procura” será o de servir
de inspiração para as gerações presentes e futuras, numa altura em
que Portugal precisa de restabelecer
o seu optimismo.
BP GÁS “AQUECE”
MOINHO DA JUVENTUDE
TUDO COMEÇOU com um concurso
promovido pela BP Gás junto dos
consumidores para a oferta de um
aquecedor GOLD. O vencedor da melhor frase que traduzisse o que é um
“momento gold”, não só ganhava o
aquecedor, como poderia escolher
uma associação para a oferta de outro. A Associação Cultural Moinho
da Juventude, na Cova da Moura, foi
a eleita e, ao longo de uma manhã, a
dança, a música e a arte cabo-verdianas, nomeadamente a pintura de
grafitti, animaram os convidados da
BP e vários membros da associação.
A requalificação de um novo edifício
que visa acolher jovens, dedicado a
acções de formação e a ateliês de trabalhos manuais, foi igualmente apadrinhada pela BP Gás, ao som de
canções entoadas pelos 60 meninos
da creche do Moinho.
IV
TERÇA-FEIRA
17 de Maio de 2011
maisresponsável
NA PRIMEIRA PESSOA
“A LÓGICA É DESENVOLVER EM CONJUNTO
E DAR AUTONOMIA AOS PARCEIROS”
“A lógica é desenvolver projectos em parceria, desenhados de raiz, a partir das necessidades identificadas.”
Todos os sistemas desenvolvidos “são doados depois de um período-piloto e damos sempre formação aos parceiros
envolvidos para que adquiram autonomia”. É desta forma que Luísa Pestana, presidente da Comissão Executiva
da Fundação Vodafone, sintetiza a actuação da fundação, que assinalou em Abril o seu décimo aniversário.
Por Gabriela Costa (texto) e Victor Machado (foto)
Que balanço faz de uma década de
actuação em prol do desenvolvimento da Sociedade de Informação
e do combate à info-exclusão em
Portugal ?
A Fundação Telecel Vodafone foi criada em 2001 (dando, em 2003, origem à actual designação), no âmbito
das licenças de 3.ª geração, às quais
se candidatou na área “Promoção da
Sociedade da Informação em PT”,
comprometendo-se a fazer vários investimentos e a criar uma fundação,
cujo objecto seria promover a SI, participando, em parceria, em alguns
projectos em áreas de manifesta utilidade pública.
Desde logo identificámos as áreas
onde as novas tecnologias de Informação e Comunicação teriam grande mais-valia – a saúde, a educação e
inclusão de pessoas com deficiência,
a segurança... Os primeiros projectos
desenvolvidos foram softwares e programas especiais para pessoas com
necessidades especiais, concretamente cegas ou com baixa visão.
A partir daí, fomos estendendo o âmbito da nossa actuação a outras
áreas, como o ambiente ou a investigação científica e tecnológica.
A lógica da fundação é desenvolver projectos em parceria com outras entidades, desenhados de raiz, a
partir das necessidades identificadas
no parceiro, e nunca apadrinhar iniciativas já formatadas.
O balanço desta primeira década é
muito positivo. Ao longo dos anos,
concretizámos mais de sessenta projectos, apesar de o tempo de desenvolvimento de cada um ser sempre
alargado, porque nós não damos donativos, implementamos as iniciativas de raiz: identificamos um problema e desenvolvemos uma solução
para ser implementada em conjunto
com o parceiro.
Por exemplo, na área da saúde, a
fundação criou um sistema de Monitorização Remota de Epilepsia Pediátrica, em colaboração com neurologistas e pediatras, para o Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental – que
compreende o Hospital de São Francisco Xavier e o Hospital Egas Moniz.
Este sistema permite aos médicos,
independentemente de estarem dentro ou fora do ambiente hospitalar, o
acesso e a manipulação da informação, a partir da sincronização da
imagem do paciente com o registo
encefalográfico, o que resultou na
monitorização de quase o dobro dos
doentes, face à que era feita antes de
existir este sistema. Além disso, os
médicos passaram a monitorizar casos muito graves de outros pontos do
País.
Este foi um processo que levou
cerca de um ano e meio a instalar e
demonstra como trabalhamos: todos
os sistemas desenvolvidos são doados
pado os municípios com máquinas
de limpeza do areal. A pensar nos
veraneantes com necessidades especiais, temos doado passadeiras especiais e cadeiras de rodas anfíbias.
De referir que a fundação investe
na praia saudável mais de um milhão de euros anualmente, entre os
meios novos que doa e a montagem,
desmontagem e reparação de todos
os equipamentos que integram o
programa, o que é significativo no
total da nossa actuação.
Finalmente, e na educação, criámos recentemente a primeira biblioteca online de Fernando Pessoa, integralmente digitalizada e que permite
aceder a todos os livros da biblioteca
pessoal do autor, bem como às suas
anotações.
Face ao agudizar da crise, prevêem
alguma alteração na vossa política
socialmente responsável ?
Não perspectivamos que o montante
global de investimento nestas acções
e nos projectos de RS da Vodafone diminua, face à crise, apesar da difícil
conjuntura. As áreas de intervenção
mantêm-se, e estamos sempre à procura de novos parceiros e projectos.
ao nosso parceiro depois de um período-piloto de teste da utilização da
tecnologia e damos sempre formação aos parceiros envolvidos, antes
de doar os equipamentos. O objectivo é que estes adquiram autonomia
em relação aos projectos, os quais
acompanhamos periodicamente, durante anos.
Partindo do recurso ao know-how
tecnológico da Vodafone para o desenvolvimento de soluções em benefício de projectos sociais, que importância tem hoje a aplicação das
TIC a uma lógica de intervenção
social ?
Vejo essa lógica com muito bons
olhos. O objectivo é ajudarmos os outros com aquilo que melhor sabemos
fazer, que é desenvolver sistemas tecnológicos. Com os projectos que temos no terreno, podemos pôr essa tecnologia ao serviço da sociedade e
por isso é que decidimos desenvolver
sistemas inovadores para aplicar na
área social, em vez de darmos donativos para esta ou aquela causa.
O Táxi Seguro, por exemplo, é um
sistema de alerta e seguimento das
viaturas que estão em risco, que veio
contribuir para resolver um problema levantado pela Secretaria de
Estado da Administração Interna, depois do assassínio de alguns taxistas
em 2005: não existia nenhum sistema de segurança que interligasse de
forma directa os condutores de táxi
com a polícia e, com o Táxi Seguro, o
qual junta a tecnologia GPS (que dá a
localização exacta em tempo real) a
um serviço de SMS (por onde são
enviadas as coordenadas em GPS da
viatura), foi possível interligar todos
os meios – PSP, GNR e esquadras –,
testando a sua coordenação no terreno.
Depois de um teste-piloto com 900
viaturas e da formação tecnológica e
operacional que a Vodafone e as forças policiais deram a mais de dois mil
homens, incluindo agentes da PSP e
da GNR, aos condutores dos táxis e
aos seus proprietários, actualmente
existem quase 1500 viaturas com este
sistema a funcionar nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto. De sublinhar que, tal como o projecto da Epilepsia Pediátrica, este é um sistema
aberto a que qualquer particular pode
aderir por um custo acessível, já que
negociámos um preço de venda ao
público com o fornecedor equivalente
ao que pagámos pela aquisição dos
900 equipamentos: 300 euros, incluindo a instalação.
Entre Abril de 2009 e Março de
2010, a fundação apoiou um total
de 22 projectos, investindo cerca de
2,3 milhões de euros. Em relação ao
primeiro ano de actividade, durante o qual financiaram com 832 mil
euros doze projectos, como avalia o
percurso traçado?
A fundação tem, em média, quinze a
vinte projectos “ongoing”. Como
disse, o período de intervenção é
alargado e, portanto, há sempre
vários em funcionamento. Actualmente, e além do projecto de Monitorização Remota de Epilepsia Pediátrica e do Táxi Seguro, destaco o
programa Praia Saudável, uma ini-
ciativa lançada em 2005 que incide
nas vertentes da segurança, acessibilidade, ambiente e sensibilização,
abrangendo actualmente mais de
150 zonas balneares de Portugal continental e ilhas, incluindo fluviais.
A Marinha, o ISN, o Instituto da
Água, o ICNB, o INR e a Associação
Bandeira Azul são os parceiros deste
projecto, que permitiu desenhar
uma rede de comunicações privada
(VPN) para os nadadores-salvadores
que faz a intercomunicação entre os
postos de praia, as capitanias de
Porto, os Bombeiros e os números de
emergência nacionais.
Uma rede de comunicações móveis acessível ao público permite que
qualquer pessoa reporte, a partir da
praia, situações de risco, como um
afogamento ou uma criança perdida.
Já nas zonas balneares não vigiadas
instalámos mastros alimentados a
painéis solares que permitem accionar um botão para reportar também
emergências através de chamadas
em alta voz para as autoridades competentes. O programa inclui ainda a
disponibilização de equipamentos
como veículos de salvamento GOES,
motos de salvamento marítimo (existindo hoje mais de setenta disponíveis, depois de o piloto ter arrancado
com vinte), macas flutuantes e torres de vigia.
A nível ambiental, realizam-se
todos os Verões acções de sensibilização para os mais novos, a propósito
das regras básicas de segurança na
praia e este ano queremos marcar
presença nos ATL. Paralelamente,
distribuímos cinzeiros e temos equi-
Acredita que as fundações devem
ser agentes de mudança pela grande capacidade de resposta que têm,
já que graças à sua dimensão e à reputação que alcançam, podem facilmente agregar ideias, projectos e
organizações?
Acredito, aliás tem sido essa a nossa
orientação desde o início: como é
que podemos fazer a diferença, contribuindo para os resultados globais
numa determinada área – seja a educação, a segurança ou as necessidades especiais? É este o nosso objectivo, contribuindo para que os nossos
parceiros melhorem os seus recursos, trabalhando melhor.
A mentalidade está a mudar e as
pessoas estão hoje mais despertas
para se associarem a uma causa ou
fazerem voluntariado. Por outro lado,
há uma maior abertura por parte das
empresas, das organizações públicas e
das IPSS para fazerem parcerias em
áreas concretas, de modo a atacarem
determinados problemas, até porque
os recentes problemas orçamentais
das instituições levam-nas a congregar sinergias.
Se for continuado e não avulso, o
trabalho das empresas nesta área
pode trazer uma mais-valia às instituições, já que numa empresa habituamo-nos a trabalhar por objectivos
e a ter uma boa capacidade de execução. Em princípio, estas são parcerias “win-to-win”, para as empresas
porque conseguem dar algo de volta à
comunidade, e para as organizações,
porque acabam por tornar-se mais
profissionais em algumas áreas.
maisresponsável
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TERÇA-FEIRA
17 de Maio de 2011
V
VI
TERÇA-FEIRA
17 de Maio de 2011
maisresponsável
FAMÍLIA
ESTUDO DA OCDE ASSINALA OS CONSTRANGIMENTOS
DAS FAMÍLIAS PORTUGUESAS
PELA PRIMEIRA vez, a Organização
para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) publicou, a 28
de Abril último, um extenso relatório
no que respeita ao bem-estar das famílias nos países que dela fazem
parte. Intitulado “Doing better for
families”, o relatório conclui que a pobreza nos agregados com crianças está a aumentar em quase todos os países da OCDE. Uma em cada cinco crianças em Israel, México, Turquia, Estados Unidos da América e Polónia vivem em situação de pobreza. A seguir
a estes quatro países, encontram-se a
Espanha e o Chile, logo seguidos por
Portugal. O relatório sublinha ainda o
facto de as famílias, em toda a OCDE,
terem sofrido alterações dramáticas
em apenas uma geração.
No seguimento da conferência dedicada ao impacto económico na economia portuguesa, promovida pelo
jornal OJE e pela Associação Portuguesa das Famílias Numerosas, e que
o OJE Mais Responsável considera ser
um tema ao qual se tem de prestar
atenção contínua, analisar as famílias
portuguesas de acordo com as “lentes” da OCDE torna-se assim imperativo. E se nem todos os resultados são
negativos, a verdade é que Portugal
enfrenta desafios significativos, com
tendência para se agudizarem, face à
presente situação económica e financeira do País.
Para os responsáveis do estudo
“Doing better for families”, Portugal
deverá tentar investir mais nos seus
orçamentos familiares públicos, mesmo numa altura em que as pressões
para a sua consolidação orçamental se
encontram em níveis máximos. Em
particular, o investimento em serviços
de apoio para os primeiros anos da
infância (até aos seis anos) é considerado essencial para o florescimento das
famílias, bem como para a sustentabilidade futura do Estado Social e para o
crescimento económico do País.
Um dos dados mais preocupantes
revelados pelo relatório em causa está
relacionado com os investimentos nacionais no que respeita a todos os estágios da infância. Ou seja, os gastos
nos últimos anos em Portugal relativamente à primeira infância cifram-se em menos de metade quando
comparados com a média dos países
da OCDE – 11 500 euros por criança
face a 24 900 euros – sendo que os
restantes estágios (dos 6 aos 11 anos e
dos 12 aos 17), ficam igualmente
aquém dos níveis médios da OCDE
em cerca de um terço e um quarto,
respectivamente.
Um outro problema, já sobejamente conhecido pelos portugueses, é o
facto de as taxas de fertilidade em
Portugal estarem, há mais de uma geração, a diminuir substancialmente.
Na actualidade, apenas um dos países
da OCDE, a Coreia, tem índices de fertilidade ainda mais reduzidos. Uma
fertilidade sustentável é importante
para assegurar que os rácios de dependência não ameacem os sistemas
de segurança social e a produtividade
futura do País. Mas, na realidade, o
problema português não significa
que as famílias não tenham filhos,
mas sim o de não terem mais do que
um filho. Apesar de apenas uma em
cada dez mulheres, até aos 49 anos,
não ter filhos, cerca de metade de todas as famílias portuguesas têm um
filho. O que implica que, para este fenómeno se inverter, as famílias precisam de mais serviços de apoio para
os mais novos.
A OCDE aponta, todavia, algumas
medidas positivas nas políticas familiares nacionais. As recentes licenças
parentais facilitam tanto as mães
como os pais a passar mais tempo
com os filhos recém-nascidos, bem
como promovem a igualdade de
género através dos incentivos financeiros partilhados nas licenças. Também as inscrições das crianças no pré-escolar triplicaram na última década,
estando Portugal, neste patamar, acima da média da OCDE (65% contra
58,2%). Todavia, os constrangimentos
em cuidados subsidiados permanecem e as desigualdades entre os serviços formais de cuidados à infância,
por grupo de rendimento, são das
mais gritantes no conjunto dos países
da OCDE.
Por outro lado, e por causa de as
mulheres portuguesas terem, na ge-
neralidade, mais estudos que os seus
pares masculinos, combinado com os
baixos níveis de educação no geral
(mais de 67% casais têm habilitações
inferiores ao 3.º ciclo), poderá explicar
a elevada participação feminina no
mercado de trabalho (mais de 60%
das crianças e jovens vivem com
ambos os pais que trabalham a tempo
inteiro) e a pequena dimensão das
famílias.
As melhorias significativas nos
níveis de literacia na leitura, no PISA
(Programm for International Student
Assessment) entre 2000 e 2009 foram
igualmente sublinhados neste estudo.
Pelo equilíbrio entre a família
e o trabalho
Conciliação
QUANTO MAIS VÃO
SOFRER AS FAMÍLIAS
COMEMOROU-SE, a 15 de Maio, o Dia
Internacional das Famílias. Todavia,
para as portuguesas, não existem motivos para celebrações. Pelo contrário.
Como tem vindo a ser amplamente
noticiado e ainda de acordo com estimativas “por baixo”, o programa de
resgate a Portugal no valor de 78 mil
milhões de euros irá custar às famílias
um montante que ronda os três mil
milhões de euros em apenas dois anos,
2012 e 2013.
Este valor resulta sobretudo do
aumento de impostos e da diminuição
das receitas no que respeita a benefícios, subsídios e pensões do Estado.
E se Portugal já se confronta com um
significativo sobreendividamento das
famílias – números da Deco apontam
para cerca de mil novos pedidos de
ajuda só no primeiro trimestre do ano,
contra três mil famílias num total de
cerca de 17 mil créditos incumpridos
em 2010 –, a tendência é para um estrangulamento ainda maior.
Com o aumento certo dos impostos,
será por esta via que as famílias mais
sofrerão: a começar pelo IRS, devido ao
limite nas deduções ou à eliminação
dos benefícios fiscais; os bens e serviços
que ficarão mais caros por causa do
agravamento das taxas reduzidas do
IVA; o “encarecimento” da habitação,
pois sem poderem deduzir as amortizações de empréstimo, os proprietários
de casas irão sofrer um forte abalo, sem
esquecer o aumento do valor do IMI e a
perda de isenção do mesmo.
Outras medidas sociais, como a diminuição do subsídio de desemprego e
das indemnizações por despedimento,
o congelamento das pensões (com excepção para as mais baixas) e das prestações sociais e a menor retribuição
das horas extraordinárias contribuirão
para a necessidade de se apertar ainda
mais o cinto.
As famílias portuguesas podem ainda contar com uma diminuição das
isenções nas taxas moderadoras e com
o aumento das mesmas na saúde, sendo fortemente penalizadas as urgências e as consultas externas. A revisão
das tarifas dos transportes públicos e
consequente aumento é igualmente
uma certeza.
EVA CARVALHO
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA FAMÍLIA,
UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA
D
e acordo com a Organização
Mundial de Saúde (OMS), o
conceito de qualidade de vida
de um indivíduo centra-se na
percepção do mesmo quanto à sua
forma de estar na vida, aos seus objectivos, expectativas e preocupações.
À luz deste conceito, que varia consoante o contexto cultural em que o
indivíduo se insere, torna-se imperativa uma abordagem eficaz à realidade portuguesa.
Tendo esta necessidade presente, o
Projecto Conciliação procurou, ao
longo de três anos de investigação,
análise e debate, promover uma constante partilha de conhecimento e experiências entre Portugal e a Noruega. Sob a coordenação do Instituto de
Ciências da Família da Universidade
Católica e promovido pela Associação
Portuguesa de Famílias Numerosas,
conseguimos reunir diferentes entidades públicas e privadas e dar um
importante contributo para o aumento da consciencialização social e promoção de uma cultura para a conciliação entre o trabalho e a vida familiar, elemento fundamental para o
conceito de qualidade de vida aborda-
do pela OMS.
Partindo de uma metodologia assente no princípio da geminação –
municípios portugueses e noruegueses –, foram definidas directrizes ao
nível da construção e aplicação de
instrumentos de diagnóstico, além da
aplicação de uma sondagem, realizada a 800 inquiridos, para um melhor
conhecimento das práticas existentes
e necessidades de medidas de conciliação. Procurámos, ainda, a promoção
de uma cultura para a conciliação,
resultante da identificação de uma
perspectiva deficitária deste conceito.
Finalmente, desenvolvemos a “Rede
de Conciliação”, um projecto de futuro composto por entidades públicas
e privadas de forma garantir a sustentabilidade e evolução do projecto,
facilitar a troca de conhecimento e
promover a disseminação de boas
práticas.
As principais conclusões deste estudo inédito mostram que sensivelmente o mesmo número de inquiridos considera importante a conciliação da vida familiar com a vida profissional (66%) e/ou afirmam ter dificuldade em efectuar a conciliação
(64%). De acordo com os dados da
amostra, tanto os homens (59%)
como as mulheres (69%) mencionam
essa dificuldade. E em termos de medidas concretas de conciliação, quais
são as mais conhecidas? Tanto a nível
organizacional como legais, as respostas são inequívocas. O horário de trabalho flexível, regime de turnos e o
estatuto de trabalhador-estudante, os
subsídios sociais de maternidade, o
abono de família, o abono de família
pré-natal e a dispensa para amamentação/aleitação são os que se destacam.
Apesar de existir um longo caminho pela frente quanto às políticas
empresariais e municipais, acreditamos que a criação da rede, da qual
fazem parte também entidades norueguesas, vai permitir aos governantes, autarcas e empresários
aprenderem com as melhores práticas e caminhar em direcção da promoção de uma melhor qualidade de
vida. Este é o grande objectivo do
Projecto Conciliação, que agora conclui o seu ciclo. Acreditamos que
estão lançadas as bases para o futuro.
maisresponsável
TERÇA-FEIRA
17 de Maio de 2011
INICIATIVAS
VII
UNIVERSIA E LEYA JUNTAM ÚTIL AO AGRADÁVEL
NA SUA constante procura de novos
projectos e parcerias que se traduzam em mais-valias e que criem valor para as universidades e para os
jovens estudantes, o portal Universia
e a editora Leya criaram uma parceria que resultou na LeYa Universia,
uma loja online criada para os jovens
universitários que oferece vantagens
na compra de livros em formato electrónico (e-books) e em formato papel, disponível em www.leya.universia.pt.
A criação de Bolsas de Oportunidades com 10 a 20 títulos mensais
entre os cinco e os 10 euros e downloads gratuitos de novidades em
e-book, descontos de 50% na compra
de segundos títulos e um desconto
constante de 10% na compra de novidades são alguns dos exemplos das
vantagens que resultam desta parceria.
Como serviço de valor acrescentado na área da cultura e do saber, a
loja LeYa Universia visa colmatar
uma falha existente no que respeita
à oferta de conteúdos editoriais dirigidos às universidades e aos seus intervenientes. Para os vários formatos
existirão diferentes preços e vários tipos de acções exclusivas para os utilizadores Universia. A loja LeYa Universia vai também disponibilizar gratuitamente o Dicionário de Português da Universal aos universitários
vel superior de inovação no que diz
respeito ao acesso aos livros e
e-books dirigidos para esta faixa etária.
O Universia é uma rede de 1216
universidades que está presente em
23 países ibero-americanos, que desenvolve acções dentro e fora do espaço virtual e faz parte da Responsabilidade Social Corporativa do Banco
Santander. O que explica a sua parceria com a Leya, holding na qual se integram algumas das mais prestigiadas editoras de língua portuguesa.
Líder do mercado editorial português, angolano e moçambicano, a
LeYa está, também, e desde 2009,
presente no Brasil.
e docentes do portal Universia.
Serão disponibilizadas duas grandes categorias de livros em formato
electrónico (e-books) e em formato
papel: livros para universitários de
autores e títulos alinhados com as licenciaturas existentes nas várias universidades, sem esquecer a literatura
de grandes autores que integram o
catálogo das várias editoras que
constituem a LeYa.
Os parceiros deste projecto consideram que estas iniciativas são importantes no que diz respeito à forma como os jovens olham para a literatura. Não só ajudam a incutir e
a relembrar os hábitos de leitura como também proporcionam um ní-
TRATAR O ALZHEIMER COM ARTE
PELA ARTE Recriar a Vida – Um Projecto de Arte para Pessoas com Demência” é o novo projecto-piloto da
Alzheimer Portugal e da Calouste
Gulbenkian, que decorre até 7 de Junho no Museu de Arte Clássica desta
fundação. Testado em oito utentes do
Centro de Dia e Apoio Domiciliário da
Alzheimer Portugal, entre os 66 e os
85 anos, o projecto experimenta a
estimulação cognitiva através do contacto com a arte e a interacção e melhoria da relação com os cuidadores.
“Pela Arte Recriar a Vida” é o primeiro projecto concebido em Portugal que visa a aproximação das pes-
soas com doença de Alzheimer à
arte, constituindo uma “abordagem
inovadora” através da qual se pretende “proporcionar momentos de
estimulação, e reproduzir algumas
práticas internacionais que têm obti-
do bons resultados”.
O projecto-piloto “Pela Arte Recriar a Vida” decorre em sessões quinzenais de noventa minutos. Os primeiros sessenta minutos de cada sessão são dedicados à observação e discussão de obras de arte, e os restantes trinta dedicados à realização
de oficinas de arte ou actividades de
lazer nos espaços do Museu de Arte
Clássica e dos jardins da Gul benkian.
Concluída a fase-piloto (três meses),
são avaliados os resultados atingidos
e os métodos e técnicas aplicadas,
tendo como objectivo final a sua continuação futura.
BES ANGOLA INVESTE 2 MILHÕES
DE DÓLARES EM SUSTENTABILIDADE
BRINQUEDOS FEITOS
DE LIXO QUE ENSINAM
CIÊNCIA A CRIANÇAS
O BANCO Espírito Santo Angola
(BESA), nomeado Banco Oficial do Planeta Terra Unesco para os próximos
dez anos, apresentou o seu primeiro
Relatório de Sustentabilidade, onde dá
a conhecer os seus projectos de apoio
social, ambiental e cultural. No relatório, o BESA descreve as linhas de
actuação e projectos empreendidos a
nível nacional e internacional, reflectindo a “prioridade estratégica” de
promover o desenvolvimento sustentável: o banco angolano investiu dois
milhões de dólares, entre 2009 e 2010,
na concretização de projectos sociais.
Para 2011, o BESA vai prosseguir
com novas parcerias com o Ministério
do Ambiente de Angola, na área da
educação ambiental e, a nível internacional, acaba de apresentar uma proposta para a criação do primeiro Centro de Excelência da UNESCO para a
Educação de Ciências da Terra em
África, sedeado em Luanda, em conjunto com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Angola e
com o Instituto do Planeta Terra.
CHAMA-SE Arvind Gupta, é um inventor de brinquedos indiano e, em
1988, foi o vencedor do Prémio Nacional para a Popularização da Ciência entre as Crianças, conferido pelo
Departamento de Ciência e Tecnologia do Governo da Índia. Desde então, a vida de Gupta tem sido exclusivamente dedicada a explicar aos mais
novos – através de brinquedos feitos
de materiais recicláveis e de livros,
com histórias simples e publicados
em inglês, hindu e noutras línguas
nacionais indianas – muitos fenómenos científicos, aliando a teoria à prática e primando pelo baixo custo.
A sua colecção de brinquedos (mais de
600), feita a partir de diferentes objectos que vai encontrando no lixo,
exemplifica os mais variados caminhos da ciência. A finalidade é que
cada criança possa construir o seu
próprio brinquedo, que vem sempre
acompanhado por um simples manual de instruções e com a explicação de
cada experiência científica em causa.
O trabalho de Gupta, especialmente junto das crianças mais desfavorecidas, é reconhecido por inúmeras
organizações internacionais, desde a
UNESCO, a UNICEF, o Media Lab pertencente ao MIT ou a Walt Disney
Imagineering and Research.
Gupta é agora consultor da
UNESCO para a área de educação
para as ciências e profere inúmeras
palestras para ensinar professores,
nos países desenvolvidos, a construir,
com o que têm à mão, as suas experiências científicas para os alunos
com mais dificuldades. O seu trabalho pode ser visto na Internet e o fabrico de brinquedos é explicado, em
vídeos de aproximadamente um minuto, a todos os que quiserem seguir
o seu exemplo.
Arvind Gupta foi um dos oradores
convidados para a edição TEDx de
2011, realizada no Porto, dedicada à
juventude.
VIII
TERÇA-FEIRA
17 de Maio de 2011
PREVENÇÃO PRECOCE GERA
PROJECTOS DE VIDA
À CONVERSA COM
ANA TOJAL
Vice-presidente e coordenadora-geral
da Associação Jerónimo Usera (AJU)
A
AJU (Associação Jerónimo
Usera) é uma IPSS criada em
2001, no contexto de um dos
bairros de realojamento social
do concelho de Cascais. Nasceu com a
missão de ajudar crianças em situação vulnerável, e respectivas famílias,
motivando-as a encontrar o seu projecto de vida. Inspirada na vida e obra
do P.e Jerónimo Usera, a AJU, “reconhecida pelo seu trabalho e intervenção na comunidade”, tem por objectivo a promoção integral da pessoa humana e da família, atendendo em especial os mais desfavorecidos e marginalizados.
Segundo a coordenadora-geral da
AJU, “reconhecemos os nossos limites
e estamos dispostos a aprender com o
que vamos experimentando. O nosso
sucesso depende exactamente disso,
estarmos abertos, envolvendo as pessoas, partilhando o que já foi feito e
não deixando de ousar”. Para Ana Tojal, ainda mais importante “é a noção
absoluta de que queremos que as pessoas que vêm ter connosco se sintam
de facto acolhidas. Tentamos compreender para melhorar, de forma a garantir a missão à qual nos propusemos: dignificar a pessoa humana na
sua totalidade”.
Hoje, a intervenção da AJU vai
“muito além” do trabalho desenvolvido no bairro de realojamento social
da Abuxarda, estendendo-se a uma
maisresponsável
BOLSA DE VALORES
Ajudar a organizar e capacitar famílias desfavorecidas dando-lhes novos modelos e oportunidades de mudança, prevenindo assim
comportamentos de risco, é o grande objectivo da Associação Jerónimo Usera, que permite às crianças da freguesia de Alcabideche,
em Cascais, encontrarem um projecto de vida. Tudo parte da prevenção precoce, garante a coordenadora da AJU
área geográfica mais abrangente, que
é a freguesia de Alcabideche, uma das
mais vulneráveis do concelho de
Cascais.
Numa lógica de intervenção junto
das famílias, surge a necessidade de
dar resposta a problemas específicos,
como a monoparentalidade, a emigração, problemas de saúde mental,
carências económicas, desemprego e
a fraca coesão social, explica. Identificados os principais problemas, o
trabalho em rede, a “articulação privilegiada” com a Câmara Municipal
de Cascais e com a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens, paralelamente ao estabelecimento de alguns
protocolos, “permitem-nos dar respostas mais eficazes”.
Ana Tojal defende a importância extrema do trabalho que a AJU desenvolve junto das famílias: “Acreditamos
na intervenção precoce.” O objectivo
da associação é ajudar a organizar e
capacitar as famílias dando-lhes novos
modelos e oportunidades de mudança, prevenindo assim comportamentos de risco. A promoção de passeios
em família, por exemplo, que a AJU
organiza com regularidade, proporciona a troca de experiências e saberes, envolvendo a comunidade local
na organização e dinamização das
actividades.
Na sequência do trabalho desenvolvido pela AJU, o projecto Crescer sur-
ge “como resposta às necessidades
identificadas junto da população que
apoiamos”. O objectivo principal da
iniciativa consiste em promover a inclusão sociocultural das crianças e jovens mais desfavorecidos e marginalizados, motivando-as a encontrar o
seu projecto de vida. Ou, nas palavras
de Ana Tojal, abrindo-lhes horizontes,
dando-lhes opções de escolha e ajudando-as a criar hábitos e estilos de
vida saudável.
Na opinião da responsável da AJU,
neste momento de crise, as estruturas
familiares estão cada vez mais fragilizadas, as crianças estão cada vez
mais tempo sozinhas e as famílias investem cada vez menos na educação
dos seus filhos. “Não querendo substituir os pais, propomo-nos a ser parceiros das famílias”, sublinha.
Com a criação do Projecto Crescer, a
associação investe no presente – gerando coesão nas famílias –, prevenindo no futuro situações de marginalidade e isolamento social, concretamente o abandono escolar. Numa lógica de “proximidade e valorização do
sucesso escolar”, a AJU oferece um
espaço de estudo individual ou em
grupo adaptado às necessidades específicas de cada criança ou jovem, “motivando-os a dar continuidade aos seus
estudos”.
No âmbito deste projecto, promove-se ainda o desenvolvimento de
competências sociais, pessoais e culturais através da ocupação saudável
de tempos livres. Desporto, educação
pela arte, oficinas de pintura, música
ou teatro são algumas das opções,
conclui Ana Tojal. A AJU quer “estreitar e estimular os laços entre a escola
e a família e criar novas formas de
acompanhamento”. Com o apoio do
gabinete de psicologia, um dos objectivos específicos é “mudar as atitudes
dos pais” através de sessões de formação parental e do grupo de encontro de pais.
Através de dez projectos activos
que se completam, a AJU presta assistência mensal a cerca de 250 famílias
num total aproximado de 850 pessoas. A experiência do dia-a-dia “ajuda-nos a compreender o que é realmente necessário”, diz, e os projectos
vão sendo criados de forma a responder a problemas específicos: desde o
Projecto Bebé ao Colo até ao Clube
Sénior, passando pela distribuição de
alimentos (Projecto Recolhas), Loja de
Roupa, Colónias de Férias e Projectos
como o Recriar ou Ser Capaz.
“Somos confrontados com todo o
tipo de carências e é exactamente por
isto que sentimos a necessidade absoluta de criar mudança: novos padrões
e a promoção de valores que consideramos fundamentais. Acreditamos
que as pessoas podem ser agentes da
sua própria mudança, todos temos de
estar prontos a mudar e é com este
espírito que abordamos cada questão.
Estarmos atentos, abertos ao outro,
ao mais frágil e carenciado, dá-nos
uma perspectiva nova e ajuda-nos a
descobrir outros caminhos”, explica
Ana Tojal.
Os projectos vão sendo reavaliados,
adaptados e reajustados conforme as
necessidades com que a associação se
depara, pois “é esta forma de estar que
nos impele a ir mais longe e a fazer
melhor”. Entusiasmo, esperança, esforço, amor e criatividade são ingredientes essenciais, em maior ou menor
dose, para “fazer a diferença”, defende.
Com uma equipa coesa composta
por voluntários e técnicos, a AJU aceita desafios em conjunto, “desenvolvendo estratégias de coesão entre incluídos e excluídos e criando laços e
sentido de comunidade”. A cotação
do projecto Crescer da AJU na Bolsa
de Valores Sociais (BVS) é um bom
exemplo disso mesmo: a BVS traz à
AJU “a possibilidade da boa prossecução destas respostas e da divulgação das mesmas, de forma a garantir
a sustentabilidade do projecto”. Sublinhando a “clareza e transparência”
com que a associação se dedica a uma
intervenção na área social, Ana Tojal
acredita que “o conceito inovador da
Bolsa de Valores Sociais vem dar ainda mais sentido à nossa forma de
estar”.
FROTA SOLIDÁRIA DÁ VIATURAS
A INSTITUIÇÕES DE ÉVORA
Comércio solidário
e sustentável
MARCO
SOUSA DOMINGUES
COORDENADOR DO PROJECTO COMÉRCIO SOLIDÁRIO E
SUSTENTÁVEL “CSS” E PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO ECOGERMINAR
“CSS”, O MODELO DE COMÉRCIO JUSTO NACIONAL
E
stamos numa crise sistémica nacional. Esta é a oportunidade de mudança de políticas locais, da rentabilização das terras, do combate ao
despovoamento e à desertificação e da
promoção de novos hábitos de consumo.
Como poderá o comércio justo contribuir? O comércio justo é um movimento
global de redes comerciais mais justas entre produtores e consumidores, alicerçada em organizações conscientes da necessidade de reduzir a pobreza mundial e aumentar a justiça e equidade entre os
povos.
No dia 14 de Maio, comemorou-se o dia
Mundial do Comércio Justo, este ano com
o tema “Comércio para as Pessoas, Comércio Justo para o Mundo”, simbolizando a importância do comércio e do seu
consumo para os territórios. Queremos
crescimento económico ou desenvolvimento sustentável? Será que necessito de
aumentar o consumo para ser mais feliz
e realizado enquanto ser humano? A resposta é – não! Necessito de consumir me-
lhor, de consumir com consciência do
meu acto, do impacto económico e social
da minha acção, do impacto ambiental
para a manutenção da vida e dos ecossistemas naturais.
Nós dependemos do que conseguimos
produzir sustentadamente, e não do que
conseguimos consumir desenfreadamente. Temos e devemos produzir por lógica
do impacto e da necessidade (capacidade
de produção no território, impacto social
e ambiental da produção e necessidade de
consumo local e global), e não consumir
por impulso.
É neste sentido que surge o “CSS – Comércio Solidário e Sustentável”, um projecto financiado pelo Programa EDP Barragens 2010 e promovido pela Associação
EcoGerminar, em Castelo Branco, que
tem como objectivo a inovação e “localização” do comércio justo.
O CSS (www.css.org.pt) é um mecanismo de promoção de um consumo sustentável, consolidado numa estratégia de comunicação que permite criar valor social
e ambiental e consciência na altura da
decisão de compra, permitindo ao consumidor contribuir para o interesse comum
e sustentável. Este projecto experimental
até Setembro de 2012 está a consolidar a
sua acção junto dos produtores da Beira
Interior, esperando posteriormente ter
uma abrangência nacional.
Os requisitos de atribuição do selo CSS
baseiam-se na avaliação do impacto de
produção em três dimensões – económica, ambiental e social –, sendo requisitos
eliminatórios ser um produto regional
(modos de produção e tradições ligadas à
cultura local, ao património ou à produção biológica e que desta forma os tornam distintos dos produtos massificados)
e com recurso a 75% de fornecedores
situados a menos de cem quilómetros.
O CSS é a marca da sustentabilidade comercial e do consumo responsável.
[email protected]
NO ÂMBITO do projecto “Frota Solidária”, a Fundação Montepio
entregou no dia 10 de Maio, em Évora, dezanove viaturas especiais e adaptadas a instituições de solidariedade social. A iniciativa,
que teve lugar na presença do presidente da Câmara Municipal da
cidade, José Ernesto de Oliveira, do presidente do Montepio,
António Tomás Correia, do arcebispo de Évora e do presidente da
Câmara Municipal de Pedrógão Grande, João Manuel Marques,
concretizou a quarta edição deste projecto que, desde o seu lançamento, já ajudou 62 instituições a solucionar problemas de mobilidade de quem mais necessita.
Na ocasião, a Fundação Montepio ofereceu ainda um veículo
adaptado, que foi entregue à Associação Coração Delta, representada, na cerimónia, pelo comendador Rui Nabeiro.
Em 2010, a Fundação Montepio recebeu, através do Ministério
das Finanças, 465 mil euros resultantes de valores atribuídos, no
ano 2008, no âmbito da Lei da Liberdade Religiosa (Consignação
Fiscal). O montante entregue pelos contribuintes a esta instituição de utilidade pública é devolvido à sociedade civil através da
sua aplicação na aquisição de veículos automóveis especiais e
adaptados que, constituindo a “Frota Solidária”, se destinam a
apoiar a actividade de vinte instituições particulares de solidariedade social.
www.oje.pt
Mas o mais relevante está na eficiência da máquina fiscal. Afirmou
que o valor das dívidas fiscais prescritas todos os anos “é preocupante e
fez as contas aos últimos seis anos
com uma média de 700 milhões/
/ano”. Sublinha que “a máquina tem
de cobrar” e as medidas que lhe estão associadas “não implicam mais
carga fiscal”. Diz que a DGCI (Direcção-Geral de Contribuições e Impostos) tem de ser mais eficiente, tendo
em conta os instrumentos que tem
ao seu dispor a nível de “reporting”.
Esta melhoria pode evitar aumento
de impostos e, inclusive, poderia levar a reduções. Rematou ao afirmar
que, independentemente das críticas, a sua percepção é de que o nível
de eficiência tem vindo a melhorar,
sendo que na actualidade o escrutínio é mais apertado e daí manter-se o
enfoque em mais eficiência exigido à
estrutura dos impostos.
Luís Magalhães afirma que entretanto houve uma alteração de paradigma na fiscalidade. “Houve uma
mudança na governação corporativa
e estes são tempos de mais exigência
e de mais cuidado.”
Deu como exemplo uma medida
que está no documento relativo ao
regime dos prejuízos fiscais. Diz ser
explicável a antecipação do reporte
para três anos, assim como a introdução de limitações.
TERÇA-FEIRA
17 de Maio de 2011
ANÁLISE
to é relevante sobretudo para a
grande maioria das empresas que se
situam no Norte do País. Luís
Magalhães sublinhou ainda o facto
de a evolução das taxas de exportação ser muito animadora.
Aquilo que é expectável com estas
medidas é um aumento do estímulo
à exportação e ainda a melhoria da
política de emprego. Entre os sectores de maior impacto estão as tecnologias de informação, o calçado e os
têxteis. Luís Magalhães diz que a
análise destes sectores revela uma
“visão interessante no País”.
PARADIGMA
A alteração de paradigma sobre a
área fiscal que o memorando de entendimento assinado com a “troika”
permite centra-se no facto de o foco
estar dirigido para o lado da receita,
sendo este um momento ímpar para
o fazer. Pode-se “refundar a forma de
ver este tema”, diz Luís Magalhães.
Acrescenta que para atingir esses objectivos o documento terá de ser tratado com “uma visão política muito
clara”.
A nível de “corporate taxes”, o gestor não acredita na revogação de to-
quando as taxas impostas ultrapassam certo nível, as receitas baixam,
registando-se uma inversão comportamental.
A nível do automóvel, aquilo que
está previsto é a tributação em sede
de IRS dos benefícios em espécie,
agravando-se em sede de tributação
autónoma. Afirma que pode ser mais
eficiente pagar “cash” do que entre-
É expectável com estas medidas um aumento
do estímulo à exportação e ainda a melhoria
da política de emprego
13
O que muda no IVA
Neste imposto reduzem-se as isenções,
além de estar previsto a transferência
de determinadas categorias de bens e
serviços sujeitos às taxas reduzidas e
intermédia para a taxa normal de IVA.
Está também prevista a alteração da
Lei das Finanças Regionais com vista a
impedir que a redução das taxas do
IVA aplicadas na Regiões Autónomas
possa ser superior a 20% das praticadas no continente. Isto significa que
as actuais taxas de IVA de 4%, 9% e
16% sobem, pelo menos, para 5%,
10% e 18%, respectivamente.
O que muda no consumo
Está previsto o aumento do imposto de
venda de automóveis e eliminação das
respectivas isenções.
Será aumentado o imposto sobre o
tabaco; além de indexados os impostos
especiais de consumo à inflação.
Será introduzido o imposto sobre o
consumo de electricidade, para
respeitar uma directiva europeia. Será
ainda estabelecido um novo quadro
normativo no que respeita à tributação
dos produtos energéticos em função
do seu teor energético e dos respectivos níveis de emissões.
SUJEITOS INDIVIDUAIS
O que muda no património
A nível de IRS, é possível a simplificação. Na actualidade existe a percepção de que é complicada a questão dos escalões, sendo possível a
redução a apenas quatro escalões, o
que permitiria reduzir a carga fiscal
em alguns deles, sobrecarregando os
escalões superiores para que a receita final não fosse afectada.
A revogação de algumas deduções
à colecta também são compreensíveis porque há benefícios desajustados, nomeadamente porque em alguns casos a sua criação tem o objectivo de determinadas metas anuais e
os benefícios acabaram por perdurar
depois de esgotados os efeitos que se
pretendia. “Há aqui espaço para
limpar”, afirma.
Algumas das medidas apresentadas terão impacto sectorial. Desde
logo poderão ter impacto nas empresas com dimensão, enquanto a questão da energia terá efeitos nefastos a
nível do consumidor final, mas não
sobre as empresas, que poderão deduzir o IVA liquidado. A questão dos
prejuízos fiscais será relevante, assim como a eventual redução de
bens que usufruem da taxa intermédia e que poderá agravar os preços de
alguns bens. A nível de exportações,
o que se espera é que existam medidas a privilegiar o sector. Este aspec-
O foco das medidas está dirigido para o lado
da receita, sendo este o momento ímpar para
o fazer. Pode-se refundar a forma de ver este tema
dos os benefícios fiscais, nomeadamente no regime da SGPS ou na criação de emprego.
A nível dos impostos sobre o consumo, defende que o agravamento
deve ser maciço para se obter receita
adicional. Este agravamento deve poder compensar a redução do consumo e a evasão fiscal. Adverte que
gar um carro, fazendo ainda sentido
o aumento do prémio anual em detrimento das entregas em espécie.
Por outro lado, o tema da revisão
dos pacotes salariais pode levar à
substituição de custos fixos por variáveis, enquanto o novo Código Contributivo terá um impacto faseável
no tempo.
Serão reduzidas substancialmente as
isenções temporárias para casas desocupadas, enquanto a grande medida
está na transferência de poderes do
Governo para as autarquias locais será
revista, com o objectivo de assegurar
que as receitas adicionais sejam alocadas à consolidação orçamental.
Associado a estas orientações estão
conceitos vagos como sejam a melhoria do acesso à habitação e a promoção da mobilidade dos trabalhadores, a melhoria da qualidade da
habitação e a redução dos incentivos à
contracção de dívida por parte das
famílias.
Uma medida de forte impacto nas
famílias será a revisão do actual método de avaliação fiscal do património
imobiliário. Pretende-se garantir a
aproximação do valor tributável dos
imóveis do respectivo valor de mercado. E garantir a actualização regular
da avaliação dos imóveis, sendo que os
imóveis comerciais serão actualizados
anualmente e os habitacionais a cada
três anos.
O documento quer ainda introduzir
medidas que promovam alterações ao
nível da propriedade imobiliária, com o
objectivo de incentivar o arrendamento.
Nesta óptica, serão introduzidas alterações no IMI e no IMT, sendo privilegiada a tributação associada à
detenção de imóveis, ou seja, o IMI.
Está previsto a redução das isenções
temporárias de IMI para habitação e o
agravamento da tributação relativamente aos imóveis devolutos ou desocupados, o que não inclui aqueles
que são considerados segunda
habitação ou habitação de férias, pois
têm uma ocupação sazonal.
O que muda no IRS
Neste imposto, está prevista a introdução de um limite máximo aplicável às
deduções à colecta em função do
escalão de rendimento colectável dos
contribuintes. Na prática, o limite das
deduções decresce na medida em que
aumenta o rendimento colectável. Esta
medida já tinha sido introduzida pelo
Governo, mas com a “troika” vai mais
longe.
Na verdade, pela primeira vez será aplicado um tecto máximo de dedução
para as despesas da saúde; além de ser
eliminada a dedução à colecta referente
aos encargos com imóveis, sendo que
esta era a dedução mais popular utilizada pelos sujeitos passivos em IRS.
Está prevista a eliminação das
deduções correspondentes ao valor das
amortizações do empréstimo.
Ainda a eliminação faseada da dedução
respeitantes às rendas pagas e aos
juros suportados no âmbito do empréstimo contraído para a aquisição de
habitação permanente.
E ainda a eliminação da dedução refe-
rente ao valor dos juros pagos para
novos empréstimos.
Está ainda prevista a eliminação de outros tipos de despesa dedutíveis à
colecta, caso dos encargos com lares e
encargos com prémios de seguros.
Será revista a tributação dos benefícios
em espécie, que não são identificados
no documento da “troika”. A KPMG
antecipa que a revisão poderá incidir
sobre a atribuição ao trabalhador do
direito à utilização pessoal de viatura
pela respectiva entidade patronal e
sobre os empréstimos efectuados pela
entidade patronal a favor dos seus trabalhadores.
Irá ocorrer, também, uma alteração da
Lei das Finanças Regionais com o objectivo de limitar a redução do IRS nas
regiões autónomas a 20% das taxas de
IRS aplicáveis no continente.
Está também previsto a sujeição a IRS
de todas as prestações de carácter
social pagas em dinheiro, o que pode
incluir o subsídio de desemprego, os
subsídios de maternidade e pater-
nidade, o abono de família e outros
complementos sociais.
Acontecerá ainda a convergência das
regras de tributação dos rendimentos
de pensões e rendimentos do trabalho
dependente no que respeita à dedução
específica. Na prática, opta-se pela
redução do valor da dedução específica
aplicável aos rendimentos de pensões
de forma que o mesmo se aproxime do
valor da dedução específica aplicável
aos rendimentos de trabalho.
TERÇA-FEIRA
17 de Maio de 2011
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Dívida/Capitais Próprios %
Valorização
Dívida/EBITDA
P/E
EV/EBITDA
Média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .-0,1 . . . . . . . . . . . . . .2,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .78 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . .17,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,5
CARREFOUR SA . . . . . . . . . . . . . . . .30,27 . . . . . . . . . . . . . . . .-1,1 . . . . . . . . . . . . . .-1,9 . . . . . . . . . . . . . .41,28 . . . . . . . . . . . . . . . . .29,83 . . . . . . . . . . . . . . . .3,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .124 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,2
DANONE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .49,68 . . . . . . . . . . . . . . .-0,4 . . . . . . . . . . . . . .5,7 . . . . . . . . . . . . . .50,34 . . . . . . . . . . . . . . . . .39,35 . . . . . . . . . . . . . . .2,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .79 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . .16,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11,4
JERÓNIMO MARTINS . . . . . . . . . .12,95 . . . . . . . . . . . . . . . .1,1 . . . . . . . . . . . . .13,6 . . . . . . . . . . . . . . .13,03 . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,80 . . . . . . . . . . . . . . .0,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .75 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . .23,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,5
L’ORÉAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .85,50 . . . . . . . . . . . . . . . .0,3 . . . . . . . . . . . . . .2,9 . . . . . . . . . . . . . .90,00 . . . . . . . . . . . . . . . . .71,46 . . . . . . . . . . . . . . .2,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . .19,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,9
UNILEVER NV-CVA . . . . . . . . . . . . .22,74 . . . . . . . . . . . . . . . .-1,1 . . . . . . . . . . . . .-2,4 . . . . . . . . . . . . . .24,11 . . . . . . . . . . . . . . . . . .20,68 . . . . . . . . . . . . . . .4,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .63 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . .14,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,9
Health Care
Preço €
Variação %
Variação anual %
Max 52 sem. €
Min 52 semanas €
Dividend Yield %
Dívida/Capitais Próprios %
Dívida/EBITDA
P/E
EV/EBITDA
Média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .-0,2 . . . . . . . . . . . . . .8,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .39 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,5
BAYER AG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .58,22 . . . . . . . . . . . . . . .-0,3 . . . . . . . . . . . . . .5,3 . . . . . . . . . . . . . .59,44 . . . . . . . . . . . . . . . . .43,10 . . . . . . . . . . . . . . . .2,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .63 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,8
SANOFI-AVENTIS . . . . . . . . . . . . . .53,74 . . . . . . . . . . . . . . . .0,0 . . . . . . . . . . . . .12,3 . . . . . . . . . . . . . .56,50 . . . . . . . . . . . . . . . . .44,01 . . . . . . . . . . . . . . . .4,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,1
Cíclicas de Consumo
Defensivas de Consumo
145
115
135
110
125
105
115
100
105
95
95
85
90
85
MSCI EURO
MSCI EURO
HEALTH CARE
TELECOM SERVICE
CONSUMER DISCRETIONARY
CONSUMER STAPLE
CÍCLICAS DE CONSUMO
Cotação
Consumer Discretionary
Preço €
Variação %
Variação anual %
Dividendo
Max 52 semanas €
Min 52 semanas €
Dividend Yield %
Leverage
Dívida/Capitais Próprios %
Valorização
Dívida/EBITDA
P/E
Média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .-0,9 . . . . . . . . . . . . .-0,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .167 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . .15,9
DAIMLER AG . . . . . . . . . . . . . . . . . .50,09 . . . . . . . . . . . . . . .-0,8 . . . . . . . . . . . . .-1,3 . . . . . . . . . . . . . .59,09 . . . . . . . . . . . . . . . . .36,67 . . . . . . . . . . . . . . . .3,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .169 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,5
LVMH MOËT HENNES . . . . . . . . .120,70 . . . . . . . . . . . . . . . .0,0 . . . . . . . . . . . . .-1,9 . . . . . . . . . . . . .129,05 . . . . . . . . . . . . . . . . .80,04 . . . . . . . . . . . . . . . .1,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .29 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . .19,7
ZON MULTIMEDIA . . . . . . . . . . . . . .3,62 . . . . . . . . . . . . . . . .-1,8 . . . . . . . . . . . . . .6,9 . . . . . . . . . . . . . . .4,12 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,77 . . . . . . . . . . . . . . . .4,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .426 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . .26,4
Telecommunication Services
Preço €
Variação %
Variação anual %
Max 52 semanas €
Min 52 semanas €
Dividend Yield %
Dívida/Capitais Próprios %
Dívida/EBITDA
P/E
EV/EBITDA
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,2
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,2
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,3
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,2
EV/EBITDA
Média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .-0,2 . . . . . . . . . . . . . .5,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .127 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,1
DEUTSCHE TELEKOM . . . . . . . . . . .10,47 . . . . . . . . . . . . . . .-0,2 . . . . . . . . . . . . . .8,4 . . . . . . . . . . . . . . .11,38 . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,52 . . . . . . . . . . . . . . .6,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .117 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . .14,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,6
FRANCE TÉLÉCOM . . . . . . . . . . . . .15,60 . . . . . . . . . . . . . . . .0,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .17,45 . . . . . . . . . . . . . . . . . .14,01 . . . . . . . . . . . . . . . .9,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .134 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,5
PORTUGAL TEL-REG . . . . . . . . . . . . .8,71 . . . . . . . . . . . . . . . .0,3 . . . . . . . . . . . . . .4,0 . . . . . . . . . . . . . .10,12 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,48 . . . . . . . . . . . . . . .7,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .156 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . .13,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,9
SONAECOM SGPS SA . . . . . . . . . . . .1,62 . . . . . . . . . . . . . . . .-1,0 . . . . . . . . . . . . .19,9 . . . . . . . . . . . . . . . .1,72 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,20 . . . . . . . . . . . . . . .3,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .37 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . .14,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,0
TELEFÓNI CA . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16,76 . . . . . . . . . . . . . . . .-0,5 . . . . . . . . . . . . . .-1,2 . . . . . . . . . . . . . .19,69 . . . . . . . . . . . . . . . . . .14,80 . . . . . . . . . . . . . . .9,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .193 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,4
CÍCLICAS INDUSTRIAIS
Cotação
Energy
GLOSSÁRIO
DÍVIDA/CAPITAIS PRÓPRIOS
Este rácio indica a proporção relativa
de capitais próprios e de dívida
utilizada para financiar os activos de
uma dada empresa. Ajuda a compreender qual o principal meio de financiamento do activo de uma empresa. Quanto maior for o rácio, mais endividada a empresa, e vice-versa.
Preço €
Proveitos antes de juros, impostos,
depreciações e amortizações (“earnings before interest, taxes, depreciation and amortization”). É uma
“purificação” do lucro, retirando-lhe
acréscimos referentes a rendas
acessórias e amortizações, bem como
distorções referentes à maior ou menor incidência de impostos. É utilizado
para comparar empresas do mesmo
sector ou até de países diferentes, medindo apenas a produtividade e eficiência do negócio. Contudo, é um indicador com limitações, sendo utilizado
em conjunto com outros.
DÍVIDA/EBITDA
Mede a capacidade de uma empresa
para pagar a dívida. O rácio dá
ao investidor o período de tempo
aproximado de que a empresa precisa
para saldar a dívida na totalidade,
ignorando factores como taxa
de juro, impostos, depreciações
e amortizações. Quanto menor
for o valor do rácio, menos
tempo demorará uma empresa
a saldar a dívida.
Variação anual %
Dividendo
Max 52 semanas €
Min 52 semanas €
Dividend Yield %
Média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .-0,7 . . . . . . . . . . . . . .3,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,4
ENI SPA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .17,07 . . . . . . . . . . . . . . . .-0,8 . . . . . . . . . . . . . .4,5 . . . . . . . . . . . . . .18,66 . . . . . . . . . . . . . . . . . .14,30 . . . . . . . . . . . . . . .5,9
GALP ENERGIA-B . . . . . . . . . . . . . .14,31 . . . . . . . . . . . . . . . .-1,1 . . . . . . . . . . . . .-0,2 . . . . . . . . . . . . . . .15,91 . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,72 . . . . . . . . . . . . . . . .1,4
REPSOL YPF SA . . . . . . . . . . . . . . . .22,50 . . . . . . . . . . . . . . .-0,6 . . . . . . . . . . . . . .7,9 . . . . . . . . . . . . . . .24,90 . . . . . . . . . . . . . . . . .15,51 . . . . . . . . . . . . . . . .4,7
TOTAL SA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .40,56 . . . . . . . . . . . . . . .-0,3 . . . . . . . . . . . . . .2,3 . . . . . . . . . . . . . .44,55 . . . . . . . . . . . . . . . . .35,66 . . . . . . . . . . . . . . .5,6
Industrials
Preço €
Variação %
Variação anual %
Max 52 semanas €
Min 52 semanas €
Leverage
Dívida/Capitais Próprios %
Valorização
Dívida/EBITDA
P/E
EV/EBITDA
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .71 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . .13,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,3
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .50 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,8
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .112 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . .27,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .14,0
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .74 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,9
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .50 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,6
Dividend Yield %
Dívida/Capitais Próprios %
Dívida/EBITDA
P/E
EV/EBITDA
Média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .-0,1 . . . . . . . . . . . . . .2,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .113 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,9
BRISA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,47 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .-14,4 . . . . . . . . . . . . . . .5,68 . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,18 . . . . . . . . . . . . . . .6,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .188 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . .19,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .15,0
PHILIPS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .20,24 . . . . . . . . . . . . . . . .-1,4 . . . . . . . . . . . .-11,7 . . . . . . . . . . . . . .26,87 . . . . . . . . . . . . . . . . . .19,89 . . . . . . . . . . . . . . .3,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .31 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,2
MOTA-ENGIL SGPS . . . . . . . . . . . . . .1,73 . . . . . . . . . . . . . . .-0,6 . . . . . . . . . . . . .-1,0 . . . . . . . . . . . . . . .2,39 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,65 . . . . . . . . . . . . . . .6,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .253 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,5
SAINT GOBAIN . . . . . . . . . . . . . . . .45,30 . . . . . . . . . . . . . . . .0,3 . . . . . . . . . . . . .17,7 . . . . . . . . . . . . . . .47,64 . . . . . . . . . . . . . . . . . .27,81 . . . . . . . . . . . . . . . .2,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .54 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . .13,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,8
SCHNEIDER ELECTR . . . . . . . . . . .112,75 . . . . . . . . . . . . . . . .0,4 . . . . . . . . . . . . . .0,7 . . . . . . . . . . . . .123,65 . . . . . . . . . . . . . . . . . .74,60 . . . . . . . . . . . . . . .2,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .41 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . .13,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,2
SIEMENS AG-REG . . . . . . . . . . . . . .93,46 . . . . . . . . . . . . . . . .0,2 . . . . . . . . . . . . . .0,8 . . . . . . . . . . . . . .99,40 . . . . . . . . . . . . . . . . .67,25 . . . . . . . . . . . . . . . .2,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .68 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . .11,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,4
SONAE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,83 . . . . . . . . . . . . . . .-0,4 . . . . . . . . . . . . . .6,9 . . . . . . . . . . . . . . .0,89 . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,71 . . . . . . . . . . . . . . . .4,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .165 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,1
VINCI SA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .43,77 . . . . . . . . . . . . . . . .-0,2 . . . . . . . . . . . . . .7,6 . . . . . . . . . . . . . . .45,48 . . . . . . . . . . . . . . . . .33,01 . . . . . . . . . . . . . . . .3,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .153 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,0
Information Technology
EBITDA
Variação %
Preço €
Variação %
Variação anual %
Max 52 semanas €
Min 52 semanas €
Dividend Yield %
Dívida/Capitais Próprios %
Dívida/EBITDA
P/E
EV/EBITDA
Média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,3 . . . . . . . . . . . . .-2,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .40 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . .15,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,3
NOKIA OYJ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,06 . . . . . . . . . . . . . . . .0,6 . . . . . . . . . . . .-21,8 . . . . . . . . . . . . . . .8,60 . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,42 . . . . . . . . . . . . . . .6,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .33 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . .14,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,7
SAP AG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .44,40 . . . . . . . . . . . . . . . .0,1 . . . . . . . . . . . . .16,5 . . . . . . . . . . . . . .46,15 . . . . . . . . . . . . . . . . . .33,20 . . . . . . . . . . . . . . . .1,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .47 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . .16,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,0
Materials
Preço €
Variação %
Variação anual %
Max 52 semanas €
Min 52 semanas €
Dividend Yield %
Dívida/Capitais Próprios %
Dívida/EBITDA
P/E
EV/EBITDA
Média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .-0,5 . . . . . . . . . . . . .-3,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .147 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,8
ALTRI SGPS SA . . . . . . . . . . . . . . . . .1,66 . . . . . . . . . . . . . . . .-1,3 . . . . . . . . . . . . .-2,3 . . . . . . . . . . . . . . . .2,26 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,54 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .278 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,5
ARCELORMITTAL . . . . . . . . . . . . . .23,79 . . . . . . . . . . . . . . .-0,5 . . . . . . . . . . . . .-11,6 . . . . . . . . . . . . . .28,55 . . . . . . . . . . . . . . . . .20,24 . . . . . . . . . . . . . . .2,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .39 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . .11,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,6
BASF SE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .64,30 . . . . . . . . . . . . . . . .0,3 . . . . . . . . . . . . . .7,7 . . . . . . . . . . . . . . .70,22 . . . . . . . . . . . . . . . . .39,90 . . . . . . . . . . . . . . .3,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .66 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,4
CIMPOR-CIMENTOS . . . . . . . . . . . . .4,92 . . . . . . . . . . . . . . . .0,7 . . . . . . . . . . . . .-3,0 . . . . . . . . . . . . . . .5,37 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,91 . . . . . . . . . . . . . . . .4,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .98 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . .11,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,0
CRH PLC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .15,89 . . . . . . . . . . . . . . . .-1,2 . . . . . . . . . . . . . .2,5 . . . . . . . . . . . . . . .19,92 . . . . . . . . . . . . . . . . . .11,51 . . . . . . . . . . . . . . . .3,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .54 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . .17,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,3
PORTUCEL EMPRESA . . . . . . . . . . .2,48 . . . . . . . . . . . . . . .-0,2 . . . . . . . . . . . . . .8,8 . . . . . . . . . . . . . . .2,57 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,77 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .63 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,1
SEMAPA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,17 . . . . . . . . . . . . . . . .-0,5 . . . . . . . . . . . . .-1,3 . . . . . . . . . . . . . . . .9,38 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,00 . . . . . . . . . . . . . . .3,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .113 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,3
SONAE INDÚSTRIA . . . . . . . . . . . . . .1,50 . . . . . . . . . . . . . . .-0,9 . . . . . . . . . . . .-21,3 . . . . . . . . . . . . . . . .2,48 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,48 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .218 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,9
BREVES
Cíclicas Industriais
125
120
115
110
105
100
95
90
85
80
75
OICVM seguem em queda
MSCI EURO
ENERGY
INDUSTRIAL
INFO TECHNOLOGY
MATERIALS
Em Abril deste ano, o valor sob gestão dos
organismos de investimento colectivo em
valores mobiliários (OICVM) foi de 8173,4
milhões de euros, menos 173,4 milhões de
euros (2,1%) que em Março, mantendo a
tendência de queda face a Fevereiro, refere
a CMVM – Comissão do Mercado de Valores Mobiliários. A entidade reguladora
acrescenta que o montante sob gestão dos
fundos especiais de investimento (FEI) caiu
0,4%, para 5546,8 milhões de euros em
Abril último, o que representa menos 19,7
milhões de euros que no mês anterior.
FII descem 0,3% em Abril
O montante gerido pelos fundos de investimento imobiliário (FII) caiu 0,3% em Abril
de 2011, para 9475,8 milhões de euros
(menos 32,1 milhões que em Março), de
acordo com os dados da CMVM. O regulador refere ainda que o valor sob gestão dos
fundos especiais de investimento imobiliário (FEII) desceu 0,2%, e o dos fundos de
gestão de património imobiliários (FGPI)
recuou 0,2% face ao mês antes.
Editado por: Armanda Alexandre [email protected]
TERÇA-FEIRA
17 de Maio de 2011
MERCADOS
15
SENSIVEIS À TAXA DE JURO
Cotação
Financials
Preço €
Variação %
Variação anual %
Dividendo
Max 52 semanas €
Min 52 semanas €
Valorização
Dividend Yield %
ROE %
Tier 1
P/E
Price/Book
Média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .-0,4 . . . . . . . . . . . . . .5,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,4% . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,7
BPI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,26 . . . . . . . . . . . . . . . .1,4 . . . . . . . . . . . . .-9,0 . . . . . . . . . . . . . . . .1,79 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,20 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,1% . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,8
BCP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,55 . . . . . . . . . . . . . . . .-1,3 . . . . . . . . . . . . .-1,7 . . . . . . . . . . . . . . . .0,67 . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,48 . . . . . . . . . . . . . . .3,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,5
BES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,92 . . . . . . . . . . . . . . .-0,6 . . . . . . . . . . . . . .1,4 . . . . . . . . . . . . . . . .3,85 . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,48 . . . . . . . . . . . . . . .4,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,8% . . . . . . . . . . . . . . . . .8,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,5
BANIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,71 . . . . . . . . . . . . . . . .-1,4 . . . . . . . . . . . .-18,4 . . . . . . . . . . . . . . . .1,22 . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,69 . . . . . . . . . . . . . . .5,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .469 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
B ANCO SANTANDER . . . . . . . . . . . .8,07 . . . . . . . . . . . . . . . .0,6 . . . . . . . . . . . . . .1,7 . . . . . . . . . . . . . .10,53 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,11 . . . . . . . . . . . . . . . .7,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,0% . . . . . . . . . . . . . . . . .7,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,9
BBVA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,09 . . . . . . . . . . . . . . . .0,6 . . . . . . . . . . . . . .7,1 . . . . . . . . . . . . . . .10,46 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,87 . . . . . . . . . . . . . . . .7,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,5% . . . . . . . . . . . . . . . . .7,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,0
BNP PARIBAS . . . . . . . . . . . . . . . . . .53,08 . . . . . . . . . . . . . . . .-1,0 . . . . . . . . . . . . .11,5 . . . . . . . . . . . . . .59,93 . . . . . . . . . . . . . . . . .40,81 . . . . . . . . . . . . . . . .4,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11,4% . . . . . . . . . . . . . . . . .7,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,0
CRÉDIT AGRICOLE . . . . . . . . . . . . .10,93 . . . . . . . . . . . . . . . .-1,3 . . . . . . . . . . . . .15,0 . . . . . . . . . . . . . .12,92 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,87 . . . . . . . . . . . . . . . .4,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,6% . . . . . . . . . . . . . . . . .6,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,6
DEUTSCHE BANK-RG . . . . . . . . . . .41,85 . . . . . . . . . . . . . . .-0,2 . . . . . . . . . . . . . .7,0 . . . . . . . . . . . . . . .51,61 . . . . . . . . . . . . . . . . . .35,93 . . . . . . . . . . . . . . . .1,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,3% . . . . . . . . . . . . . . . . .7,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,8
ING GROEP NV-CVA . . . . . . . . . . . . .8,53 . . . . . . . . . . . . . . . .-1,1 . . . . . . . . . . . . .17,1 . . . . . . . . . . . . . . . .9,50 . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,79 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,3% . . . . . . . . . . . . . . . . .5,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,7
INTESA SANPAOLO . . . . . . . . . . . . . .2,06 . . . . . . . . . . . . . . . .0,5 . . . . . . . . . . . . . .1,7 . . . . . . . . . . . . . . . .2,70 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,88 . . . . . . . . . . . . . . .3,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,4% . . . . . . . . . . . . . . . . .8,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,5
SOC GÉNÉRALE . . . . . . . . . . . . . . . .41,93 . . . . . . . . . . . . . . .-0,6 . . . . . . . . . . . . . .4,3 . . . . . . . . . . . . . .52,70 . . . . . . . . . . . . . . . . .29,71 . . . . . . . . . . . . . . . .4,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,6% . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,7
UNICREDIT SPA . . . . . . . . . . . . . . . . .1,64 . . . . . . . . . . . . . . . .-1,5 . . . . . . . . . . . . . .6,2 . . . . . . . . . . . . . . . .2,24 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,46 . . . . . . . . . . . . . . .1,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,5% . . . . . . . . . . . . . . . .10,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,5
Cotação
Dividendo
Leverage
Valorização
Utilities
Preço €
Variação %
Variação anual %
Max 52 semanas €
Min 52 semanas €
Dividend Yield %
Dívida/Capitais Próprios %
Dívida/EBITDA
P/E
EV/EBITDA
Média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .-0,3 . . . . . . . . . . . . . .1,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .116 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . .14,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,0
E.ON AG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .20,46 . . . . . . . . . . . . . . . .0,0 . . . . . . . . . . . .-10,8 . . . . . . . . . . . . . .26,07 . . . . . . . . . . . . . . . . .20,00 . . . . . . . . . . . . . . .7,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .71 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . .11,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
EDP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,59 . . . . . . . . . . . . . . . .-1,1 . . . . . . . . . . . . . .4,1 . . . . . . . . . . . . . . . .2,92 . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,38 . . . . . . . . . . . . . . .6,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .166 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,1
EDP RENOVÁVEIS . . . . . . . . . . . . . .4,80 . . . . . . . . . . . . . . . .0,6 . . . . . . . . . . . . .10,7 . . . . . . . . . . . . . . . .5,28 . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,65 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .66 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . .40,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,0
ENEL SP A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,72 . . . . . . . . . . . . . . .-0,6 . . . . . . . . . . . . .26,2 . . . . . . . . . . . . . . . .4,86 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,42 . . . . . . . . . . . . . . . .5,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .124 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,8
GDF SUEZ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .25,88 . . . . . . . . . . . . . . . .0,1 . . . . . . . . . . . . . .-3,6 . . . . . . . . . . . . . .30,05 . . . . . . . . . . . . . . . . .22,64 . . . . . . . . . . . . . . .5,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .68 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,6
IBERDROLA SA . . . . . . . . . . . . . . . . .6,10 . . . . . . . . . . . . . . .-0,3 . . . . . . . . . . . . . .5,8 . . . . . . . . . . . . . . .6,50 . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,50 . . . . . . . . . . . . . . .3,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .100 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11,6
REN-REDE ENERGÉT . . . . . . . . . . . . .2,49 . . . . . . . . . . . . . . . .0,3 . . . . . . . . . . . . .-3,6 . . . . . . . . . . . . . . .2,76 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,43 . . . . . . . . . . . . . . .6,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .221 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,9
RWE AG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .42,26 . . . . . . . . . . . . . . . .-1,3 . . . . . . . . . . . .-15,3 . . . . . . . . . . . . . .60,64 . . . . . . . . . . . . . . . . .41,50 . . . . . . . . . . . . . . .8,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .114 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,8
Reuters
BOLSAS
Sensíveis à Taxa de Juro
Reuters
TAXAS EURIBOR
110
105
PSI 20
100
EURIBOR 3 MESES
95
90
85
1.425
80
7741.96
7723.11
MSCI EURO
FINANCIALS
Ter
UTILITIES
Reuters
BOLSAS ÍNDICES INTERNACIONAIS
Índice
V. fecho
(em pts)
Var. dia
(em pts)
Var. dia Fecho ano
(em %) (em pts)
Qua
Qui
Sex
Seg
1.082
18/Fev
DAX
16/Mai
EURIBOR 6 MESES
Var. ano
YTD
(em pts) (em %)
1.707
PSI20 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7741,96 . . . . . .-24,66 . . . . .-0,32 . . . . .7588,31 . . . .153,65 . . . .2,02
ANÁLISE MERCADOS
Em colaboração com:
A SESSÃO accionista de ontem parecia
ser de maior volatilidade, mas, com a
abertura dos EUA, os principais índices
europeus recuperaram das fortes perdas e terminaram a descer cerca de
0,5%. Em Bruxelas, discutia-se a possibilidade de aumentar o empréstimo à
Grécia, no dia em que o índice grego
ASE caiu para um mínimo de 13 anos,
pressionado sobretudo pelos títulos financeiros, nomeadamente pelo Banco
Nacional da Grécia.
Os ministros das Finanças europeus
pressionaram Atenas a vender mais activos, ou seja, a acelerar as privatizações e a aumentar os cortes da despesa. O ministro das Finanças austríaco
afirmou que a Grécia tem um enorme
potencial de privatizações e que os gregos se deviam ajudar a si próprios antes de pedir mais dinheiro. Estes desenvolvimentos fazem pensar que não
estamos nem de perto nem de longe
de uma resolução para o problema da
dívida europeia à vista e, na nossa opinião, continuam a verificar-se razões
para nos mantermos cautelosos. Acreditamos também que este adiar de decisões relativamente à Grécia não passa de tentar ganhar tempo. Tempo para outros países não terem eventualmente de reestruturar, caso de Portugal e da Irlanda, e também para que a
Espanha não seja envolvida nesta crise,
o que seria o descalabro para a Europa.
A crise da periferia deverá continuar, portanto, a ser um tema dominante para os investidores esta semana, e com as reuniões do Ecofin a terminarem hoje, é possível haver notícias quanto às condições do pacote à Irlanda, uma medida a proibir o “naked
short selling” de obrigações governamentais, a situação na Grécia e a próxima presidência do BCE.
Por Duarte Caldas, analista
1.353
EUROSTOXX 50 . . . . . . . . . . .2881,31 . . . . . .-13,29 . . . . . .-0,46 . . . . .2792,82 . . . .88,49 . . . .3,17
7501.52
7387.54
FT 100 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5923,69 . . . . . .-2,18 . . . . . .-0,04 . . . . .5899,94 . . . .23,75 . . . .0,40
FT MIB . . . . . . . . . . . . . . . . . .21685,34 . . . . .-78,97 . . . . . .-0,36 . . . .20173,29 . . .1512,05 . . .7,50
Ter
Qua
Qui
Sex
Seg
18/Fev
16/Mai
CAC 40 . . . . . . . . . . . . . . . . . .3989,82 . . . . .-29,03 . . . . .-0,72 . . . . .3804,78 . . .185,04 . . .4,86
IBEX 35 . . . . . . . . . . . . . . . . . .10363,9 . . . . . . .7,4 . . . . . . .0,07 . . . . . .9859,1 . . . . .504,8 . . . .5,12
ANÁLISE DO MERCADO DE TAXA DE JURO
Agenda do dia
10h00 Sentimento económico do
ZEW na Alemanha.
13h30 Dados do mercado imobiliário
nos EUA.
14h15 Produção industrial nos EUA.
Reuters
CÂMBIOS COTAÇÕES DE DIVISAS
EUA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,4196 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Dólar
Brasil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,3134 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Real
Cabo Verde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .106,931 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Escudo
Canadá . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,3802 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Dólar
China . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,2378 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Yuan Renmimbi
Hong Kong . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11,0408 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Dólar
Japão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .114,64 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Iene
Reino Unido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,8752 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Libra
Suíça . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,2528 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Franco
Angola . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .132,08 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Kwuanza
Coreia do Sul . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1549,67 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Won
Dinamarca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,4561 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Coroa
Portugal: Taxa de referência a 2 anos
Desde Janeiro de 2011
12,0
11,0
10,0
9,0
8,0
Reuters
MERCADORIAS E MATÉRIAS-PRIMAS
7,0
6,0
5,0
4,0
Fonte: MNF Gestão de Activos
AS TAXAS de juro da dívida nacional a dois anos desceram ontem 44,3 pontos-base, a maior queda diária de sempre.
A taxa paga pela República portuguesa está agora próxima de 10%, o valor mais baixo desde Abril. A aprovação do
acordo fechado entre o Governo e a União Europeia/Fundo Monetário Internacional tem inf luenciado a percepção
dos investidores relativamente à generalidade da dívida nacional.
Petróleo
WTI (N. Iorque)
Brent (Londres)
Mercadorias
Cacau
Café
Milho
Trigo
Algodão
Metais
Platina
Ouro
Prata
Cobre
Fecho
97,98
113,2
Unidade
dólar USD/barril
dólar USD/barril
% YTD
9,06
21,60
30,01
269
701,75
741,5
151,15
dólares/ton
Cênt. de dól./libra
Cênt. de dól/bushel
Cênt. de dól./bushel
Cênt. de dól./libra
0,03
13,84
13,92
-5,51
5,82
1755
1493,9
34,19
N.D.
dólares USD/onça
dólares USD/onça
dólares USD/onça
dólares/ton
0,60
6,40
12,36
N.D.
16
TERÇA-FEIRA
17 de Maio de 2011
Editado por Almerinda Romeira [email protected]
EMPREGO E FORMAÇÃO
FRANCISCO LOPES DA FONSECA, ADMINISTRADOR EXECUTIVO DA MIND SOURCE
“O ESTÁGIO É APENAS
O PRIMEIRO PASSO”
Na maioria das vezes, o estágio é seguido de um contrato, dependente do desempenho de cada um e da
motivação demonstrada em fazer parte da equipa Mind Source, explica o gestor da recentemente eleita
5.ª Melhor Empresa Portuguesa para Trabalhar em Portugal. Por Almerinda Romeira (Texto) e Victor
Machado (Foto)
A Mind Source está a recrutar?
Temos uma preocupação constante
pela captação dos talentos no mercado e estamos sempre atentos às melhores oportunidades presentes no
mercado de trabalho. Este factor também ajuda a comprovar os mais de
três currículos que recebemos por
ano de potenciais consultores que
querem fazer parte da nossa equipa.
Como se processa o recrutamento na
empresa?
O nosso processo de recrutamento é
bastante criterioso. É composto normalmente por uma detalhada triagem curricular seguida de cinco fases: apresentação da empresa e candidato, validação técnica, validação
sobre a capacidade de ser consultor
Mind Source, proposta de contratação e entrevista com o director-geral
para validação final de expectativas
da empresa e do futuro colaborador.
Além disso, temos uma política de
cooptação de candidatos de modo a
garantirmos que as nossas próprias
pessoas possam trazer profissionais
que se revejam para fazer parte da
Mind Source e com isso garantir o
mesmo nível de talento no crescimento sustentado da empresa.
Na nossa política de recrutamento, além das acções de captação de
talentos específicos através de anúncios de emprego vocacionados para
segmentos específicos, conta ainda
com a participação em “jobshops” e
eventos nas melhores universidades
para garantir que todo o mercado de
talentos tem acesso às oportunidades de carreira na Mind Source.
Qual o perfil de candidatos pretendido?
Ser consultor Mind Source implica
ter ou desenvolver altíssimos níveis
de capacidade técnica, comunicacional e comportamental. Os potenciais
talentos, além da capacidade técnica
e funcional necessária, têm ainda de
revelar “soft skills” essenciais tais
como ambição, rigor, dinamismo,
espírito de equipa e gosto pelo
“desafio”. Por isso mesmo, temos,
hoje, pessoas que se revêm totalmente na cultura de grupo que temos
instituída, e a melhor forma de
provar isso foi o recente estudo do
Great Place to Work Institute 2011
que classificou a Mind Source como
5.ª Melhor Empresa para trabalhar
em Portugal logo no 1.º ano da sua
participação.
Em termos de rotatividade, há a possibilidade de passar por vários departamentos?
A mais-valia de ser consultor Mind
Source passa pela diversidade de
áreas em que podemos trabalhar. Graças aos sectores nos quais trabalha-
mos e em projectos dos mais variados
âmbitos, os nossos consultores têm a
oportunidade de apreender conhecimentos vividos nas diversas culturas
empresariais. Também a nível interno existe sempre a oportunidade de
cada colaborador, através da avaliação
do seu plano de carreira, ir crescendo
ao seu ritmo individual e de poder dar
o seu contributo ao longo do tempo
nas já existentes oito áreas técnicas e
três áreas de negócio da Mind Source.
Como é feita a avaliação?
Na Mind Source, temos um plano de
carreira ajustado à medida de cada
consultor com o objectivo, em primeiro lugar, de alinhar as expectativas
individuais com a resposta dada pela
organização e ainda para corresponder às expectativas que os nossos profissionais depositam em nós. Consideramos este plano muitíssimo diferenciador face a outras empresas, pois
além de critérios qualitativos introduzimos diversas variáveis quantitativas que tornam mensurável o desempenho de cada um para com os critérios de exigência da empresa e para
com os restantes.
É dada formação dentro da empresa?
E fora? Têm acordo com escolas superiores para formação de executivos?
A formação é também uma preocupação constante porque contribui
para o aumento efectivo do “knowhow” dos nossos colaboradores e,
consequentemente, para o seu desempenho superior nos projectos em
que estamos integrados. Isto faz com
que tenhamos um plano anual de
formação interna e externa intensivo e que abrange uma vasta área de
conhecimentos, incluindo um prémio que pode ser seleccionado pelos
nossos gestores para uma pós-graduação executiva numa das mais reputadas universidades.
Que incentivos são dados aos colaboradores?
Uma das políticas internas da Mind
Source diz respeito aos incentivos
através de prémios financeiros por
cooptação ou por projectos, assim
como de prémios em formações ou
até viagens. Incentivos estes que são
acessíveis a todos de forma meritocrata, directamente proporcional ao
seu contributo para o crescimento
sustentado da empresa.
Há outros benefícios?
Sim. Além do que lhe disse, os colaboradores podem usufruir de um pacote
de benefícios específicos, da existência
de prémios atribuídos aos consultores
que se destaquem durante o ano, das
actividades de “team-building”, não
esquecendo, o bom ambiente de tra-
balho que cultivamos na Mind Source,
onde cada membro se sente um peçachave fundamental para o sucesso da
empresa e onde o objectivo é sermos o
número um em tudo aquilo que fazemos individualmente para só então
ambicionarmos sermos os melhores
enquanto empresa.
A Mind Source tem universidades
preferidas para recrutar? Vai às escolas fazer apresentações?
Tendo em conta o currículo do curso
e as iniciativas próprias dos alunos,
conseguimos, muitas vezes, compreender onde está o potencial de talento universitário. Neste sentido, uma
das acções que concretizamos todos
os anos é a realização de um “roadshow” pelas principais universidades
nacionais, de norte a sul do País, de
modo a conhecer os talentos e a forma de dar a conhecer a nossa empresa, a sua visão e os seus valores, bem
como as oportunidades que temos
para oferecer.
Aceitam estágios curriculares?
Somos uma empresa fortemente
orientada para o crescimento dos
nossos colaboradores e, nesse senti-
do, recebemos estagiários na nossa
equipa por períodos que variam consoante a área de actuação à qual se
candidatam.
Que perspectivas de futuro encontra
o jovem estagiário na Mind Source?
O estágio é apenas o primeiro passo,
pois na maioria das vezes é seguido
de um contrato, dependente do desempenho de cada um e da motivação demonstrada em fazer parte da
equipa Mind Source. Mesmo enquanto estagiários todos participam, desde logo, nas acções internas da empresa, nas acções de “team-building”
e nas formações de modo a que seja
criado um sentimento de pertença
ao grupo.
Qual o grau de retenção de quadros
na empresa?
A Mind Source tem uma elevada taxa
de retenção dos seus quadros, ao longo dos seus três anos de anos de vida,
comparativamente ao nível actual do
mercado e com os “benchmarks”
existentes para as consultoras a nível
nacional e internacional. Um facto
que demonstra bem o esforço empregado pela Mind Source em man-
ter os seus colaboradores motivados,
para que cada dia de trabalho seja
sinónimo de um desempenho superior nos projectos complexos e exigentes que a empresa tem com as
maiores organizações a actuar em
Portugal.
Uma das razões apontadas com
estudos internos e externos que realizámos prende-se com a cultura do
ambiente de trabalho informal e ainda com a existência de boas práticas
que maximizam a partilha de sucessos em grupo.
Com 64 colaboradores e uma
média de 25 recrutamentos por
ano, a Mind Source é uma empresa
especializada em consultoria e
soluções de outsourcing em
serviços de base tecnológica. A sua
actuação na indústria do conhecimento divide-se em três grandes
áreas de serviços: technical services, business services e strategic
services. Foi eleita recentemente
pelo Great Place to Work Institute
como a 5.a Melhor Empresa
Portuguesa para Trabalhar em
Portugal.
TERÇA-FEIRA
17 de Maio de 2011
EMPREGO E FORMAÇÃO
FUNDAÇÃO EVERIS LANÇA PRÉMIOS
DE 90 MIL EUROS
17
JOÃO MAIA
OFFICE MANAGER HAYS RECRUITING
EXPERTS WORLDWIDE
Gestão de expectativas e comunicação
num processo de recrutamento
A FUNDAÇÃO everis anunciou o lançamento da edição 2011 dos prémios
anuais Entrepeneurs e Essay, cujo objectivo é “ incentivar o empreendedorismo e a investigação junto dos empresários e da comunidade universitária, potenciando o desenvolvimento
do capital humano à escala local e global”. As inscrições decorrem até 1 de
Junho em todos os países onde a everis
opera, entre os quais Portugal.
São dois os prémios da everis: o Entrepreneur Award e o Essay Award.
O Entrepreneur Award tem como
objectivo fomentar o espírito empreendedor, no âmbito universitário e
científico, e facilitar o financiamento
de projectos empresariais que se destaquem pela inovação, viabilidade e benefício para a sociedade.
O Essay Award pretende incentivar a
reflexão e a divulgação das tecnologias
de informação no âmbito dos seus benefícios para os novos modelos organizacionais e sociais.
Os projectos serão analisados e avaliados por um júri composto por personalidades das áreas económica e social,
que seleccionará os projectos vencedores aos quais será atribuído um valor
monetário de 60 mil e 24 mil euros,
respectivamente.
Na edição de 2011, há um prémio
complementar sob o formato de menção honrosa.
“Portugal está a ser convidado para
participar neste desafio, facto que representa uma importante oportunidade
para mostrar ao País e ao mundo a dinâmica e capacidade dos nossos empreendedores e investigadores”, realça em
comunicado Rui Costa Santos, patrono
da Fundação everis em Portugal.
O Entrepreneur Award 2010 foi conquistado pela empresa espanhola Deutecno Noses, com um projecto tecnológico dedicado ao desenvolvimento,
produção e venda de dispositivos olfactivos artificiais, tendo o Essay Award
2010 sido atribuído ao mexicano Daniel Najar, autor do ensaio “Empreendedores Emergentes”, que analisa o espírito empreendedor na América Latina, bem como a mudança geracional e
a transição das instituições sociais no
âmbito do novo contexto mundial.
E
ste artigo versa acerca de um tema genericamente bastante actual, considerando a situação corrente do País político, económico, social e também laboral. Apesar da corrente conjuntura suscitar bastante
material para desenvolver este tema,
pretendo focar-me na última vertente, a laboral, e mais especificamente a
da busca de emprego.
Numa actividade como a do recrutamento e selecção, seja por via de
uma consultora dedicada a esta área,
seja pelos departamentos de Recursos
Humanos das empresas, a gestão de
expectativas durante um processo de
recrutamento é fundamental.
Do lado do empregador, existem
dois vectores a ter em conta neste
processo:
– O empregador/cliente interno,
que tem uma expectativa elevada em
relação ao profissional que pretende
admitir, competências necessárias,
perfil e características de personalidade.
– O factor tempo, outro vector fundamental e com bastante impacto nos
candidatos.
A gestão de expectativas num processo de selecção é feita por parte dos
intermediários (quando existem), que
devem utilizar uma comunicação
simples, objectiva e transparente de
parte a parte, assegurando que ambos
os intervenientes estão informados
acerca do andamento do processo.
Nada é mais importante do que “feedback” contínuo, reforçado para o lado
de quem se candidata a um novo projecto.
Hoje em dia, encontramos candidatos a emprego com duas situações
profissionais distintas. Por um lado,
temos os desempregados que, dada a
sua situação, apresentam grande ansiedade e procuram a todo o custo ter
“feedback” imediato dos resultados
do processo, entrevistas, testes, decisões. Por outro, temos os profissionais que se encontram empregados e
que põem a tónica das suas preocupações no conhecimento do projecto,
das condições oferecidas e do nível de
responsabilidades, procurando saber
se estão de acordo com as suas expectativas.
Mais do que nunca, comunicação
fluida e passagem de informação objectiva são fundamentais. O ruído na
comunicação, quando lidamos com
pessoas numa situação de iminente
mudança (o chefe que vai ter um novo subordinado, o candidato que vai
mudar de emprego) é sobremaneira
prejudicial. E quando a componente
emocional tem um peso forte sobre
outras variáveis, é comum acontecer
uma falha de comunicação, um “mal-entendido” que ponha em risco o
sucesso da missão.
O segredo está no modo como os
intermediários gerem todas estas variáveis, transmitindo toda a informação pertinente de forma objectiva,
consistente e constante. Para isso, é
necessário saber medir e monitorizar
as expectativas de parte a parte, perceber o que cada interlocutor valoriza
e influenciar positivamente ambos os
agentes, de modo que estes saibam
com o que podem contar, quando e
como.
Em Recursos Humanos e na liderança de pessoas, a gestão de expectativas conduz ao sucesso. Tudo o resto
vem depois.
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18
TERÇA-FEIRA
17 de Maio de 2011
Editado por Almerinda Romeira [email protected]
EMPREGO E FORMAÇÃO
Egor TT
cresce 30% e expande
rede de lojas
GALP: Ferreira de Oliveira Doutor honoris causa da Universidade Técnica de Lisboa
A comemorar 25 anos, a empresa de Amândio
da Fonseca reforça a aposta nos “job centers”
A
Egor anunciou um crescimento de
30% da sua facturação no primeiro
trimestre deste ano face a período homólogo de 2010, impulsionado pelo crescimento da área de trabalho temporário (TT).
Nesta área, a Egor opera através dos “job
centers”, um conceito que a empresa tem
vindo a alargado geograficamente. No âmbito do reforço da aposta no trabalho temporário, a directora executiva, a nível nacional da área de TT, Andrea Nunes, assumiu a responsabilidade pelos “job centers”
de Lisboa, Porto, Aveiro e Cacém, enquanto
Tomás Canto Moniz ficou com a coordenação operacional do Job Center Porto.
A Egor Trabalho Temporário viu recentemente confirmada pela APCER, pelo 12.º
ano consecutivo, a certificação oficial da
Qualidade, de acordo com a Norma Internacional ISO 9001: 2008, dos seus processos
de trabalho.
O grupo Egor comemora este mês 25
anos de actividade em Portugal. Fundada
no mesmo ano em que Portugal aderiu à
Comunidade Europeia, a empresa impôs-se
rapidamente no mercado, beneficiando da
associação societária com a Egor International e do surto de investimento estrangeiro em Portugal nas décadas de 80 e 90.
Centrada no recrutamento e selecção, iniciou e prosseguiu desde a sua fundação
uma política de diversificação que a levou
a conquistar posições cimeiras nas áreas da
formação, consultoria, trabalho temporário, outsourcing e mais recentemente no
marketing dos incentivos. Actualmente, este grupo empresarial conta com mais de
três mil colaboradores activos nas diferentes áreas de negócio, tendo concretizado
em 1992 um “management buy out” em
relação ao capital estrangeiro.
De acordo com Amândio da Fonseca, CEO
e fundador do grupo, a representatividade e
importância da Egor mede-se mais do que
pelas cerca de quatro dezenas de milhões de
euros de facturação anual pelas muitas dezenas de milhares de gestores e quadros de
empresa cujo percurso e desenvolvimento
de carreira foram em alguma altura influenciados pela Egor.
Manuel Ferreira de Oliveira, presidente da Galp Energia (3.o a contar da esq.), foi distinguido com o grau de Doutor “honoris causa” pela
Universidade Técnica de Lisboa. Adriano Moreira (esq. p/ dta), presidente do Conselho Geral da UTL, Ramôa Ribeiro, reitor da UTL, e
António Manuel da Cruz Serra, presidente do IST, presidiram à celebração.
Foto DR
IFB ABRE INSCRIÇÕES PARA CURSOS
DE BANCA PARA JOVENS
O INSTITUTO de Formação Bancária (IFB) tem a
decorrer até dia 15 de Julho inscrições para a 21.ª
edição dos cursos de formação em regime de alternância na banca para jovens, nas cidades de
Lisboa e Porto.
Esta formação é feita em parceria com o Instituto
do Emprego e Formação Profissional (IEFP), através
de cursos de aprendizagem, que garante estágios em
instituições financeiras, bolsas, entre outros apoios.
O curso de formação em alternância destina-se a
jovens com o 9.º ano, ou ensino secundário incom-
pleto, tem a duração de três anos, garante estágio
ao longo dos três anos em que decorre a formação
e concede equivalência ao 12.º ano e nível quatro
de formação profissional.
Em comunicado, o IFB refere que desde 1992, a
parceria que mantém como o IEFP permitiu formar perto de dois mil jovens e integrá-los, na sua
maioria, em funções na banca e no sector financeiro. Do total dos alunos, 94% arranja emprego no
sector bancário e financeiro, ou continua os estudos no ensino superior.
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EMPREGO DA SEMANA
Que qualidades pessoais lhe permitiram ter
sucesso?
Sou motivada e positiva por natureza.
Nos projectos em que entro, sou
empenhada, ambiciosa e tenho perfil
comercial. Creio que estas foram as
características que mais me ajudaram
profissionalmente.
SUSANA MARTINS
Idade: 36 anos
Função: Administradora
Empresas: BodyConcept e City
Gourmet
Como se descreve profissionalmente?
Possuo visão empresarial que me tem
auxiliado na tomada de decisões
estratégicas para o crescimento e
sucesso das empresas que administro.
Gosto de criar estratégias que gerem
valor para as empresas e recursos
humanos e que apresentem soluções
para toda a estrutura (fornecedores,
clientes, colaboradores).
Há alguém em particular que tenha influenciado a sua carreira?
A minha mãe pelo seu apoio e o meu
pai pelo seu empreendedorismo. O
administrador do grupo de empresas
onde trabalhei durante oito anos, que
me permitiu ter uma carreira transversal, de comercial, a chefe de vendas, directora de Marketing, directora
de loja, bussiness manager, passando
por uma carreira internacional, o que
me preparou para as responsabilidades que possuo hoje.
Qual foi a sua maior conquista?
A criação há sete anos do grupo
BodyConcept, actualmente líder de
marcado na área de estética e
cabeleireiro com mais de 80 unidades
em Portugal e que no ano passado
iniciou a sua expansão internacional
para o Brasil e Polónia.
Alguma medida em particular que
destaque?
Para o crescimento das empresas, é
fundamental que haja um bom sistema de comunicação e trabalho
entre departamentos para que tudo
funcione no processo, desde a venda
de franchising, à abertura das clínicas
até à prestação do serviço ao cliente
final. Desta forma, mesmo em conjunturas menos favoráveis as empresas
têm crescido todos os anos quer a
nível de número de franchisados, quer
de facturação média das clínicas.
Onde espera estar daqui a 5 anos?
No mesmo grupo onde me encontro
mas numa estrutura internacional
maior e com uma maior diversidade
de negócios. Na empresa City
Gourmet, criada em 2010 e que se
dedica à confecção de comida gourmet de preço acessível para entrega
em casa e no escritório, na área de
Lisboa, espero que em cinco anos tenhamos crescido a nível de franchising para ser mais uma empresa de
referência na sua área, tal como as
outras empresas o são na área de
estética.
Qual seria o seu emprego de sonho?
Felizmente, tenho o emprego e trabalho com as equipas com que sonhei.
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TERÇA-FEIRA
17 de Maio de 2011
19
Lifestyle
TERÇA-FEIRA
17 de Maio de 2011
20
RELÓGIOS
Lacoste lança relógios RIO
CELEBRITY SOLSTICE
ARTE EM VELOCIDADE DE CRUZEIRO
LAZER
Transavia.com lança
promoção para viagens
entre Junho e Outubro
A companhia aérea de baixo custo transavia.com
acaba de lançar uma campanha promocional com
tarifas entre os 39 € e os 79 €/ida. As reservas
podem ser efectuadas hoje e dia 25 de Maio para
voos com partida do Porto para as cidades do
Funchal, Paris ou Nantes (39 €). Já na rota Funchal-Paris, as tarifas estão disponíveis a partir dos 69
€/ida. Para viajar entre o Funchal e Nantes, há voos
desde 79 €/ida. As promoções são válidas para viagens entre 15 de Junho e 29 de Outubro, inclusive.
A 24 de Agosto, parte de Barcelona um cruzeiro muito especial, em que a Arte é a
convidada principal. Por Sandra Martins Pereira (texto) e Victor Machado (fotos)
Lazer
▲
A cidade brasileira do Rio de Janeiro inspirou a
marca Lacoste na sua nova linha de relógios femininos mais desportivos: a RIO. De cores vibrantes,
como o rosa-gerbera, o turquesa e o roxo, o novo
RIO dispõe de um mostrador branco pique-texturizado com um crocodilo em relevo da mesma cor
da moldura de alumínio e do bracelete de silicone.
As três versões disponíveis têm a assinatura
Lacoste na moldura. Preço: 135 €.
A
rte e lazer são uma conjugação excepcional para
quem pretende partir de férias. E se a estes juntarmos a
tranquilidade do mar e as paisagens
mediterrânicas, aí o resultado só pode
ser um bonito quadro. Esta é pois a
proposta do “Celebrity Solstice”, o
navio de cruzeiro da Celebrity Cruises,
que a 24 de Agosto prepara um programa com partida de Barcelona
(Espanha), no qual é possível revelar o
seu toque artístico, durante os workshops de pintura a bordo, dirigidos
pela artista Helena Pedro Nunes.
Este, que é o primeiro navio de
classe da Celebrity Cruises, inaugurado em 2008, tem 122 mil toneladas e
capacidade para 2850 passageiros,
aposta num design sóbrio, onde a
arte é uma constante. Exemplo disso
é a exposição viva que celebra a arte
vidreira em colaboração com o The
Corning Museum of Glass, onde soprar e moldar o vidro são ensinados
por velhos mestres. Ou ainda os vários leilões que se realizam a bordo,
onde obras de Picasso ou de Miró já
por ali passaram.
Desta vez, a aposta vai para as
obras da artista portuguesa Helena
Pedro Nunes, que se tem vindo a afirmar no panorama artístico nacional e
internacional. A colecção de retratos
de figuras públicas, em que é aplicada uma técnica única por si desenvolvida, criando no espectador “sen-
sações de agradável harmonia”, é
apenas um dos exemplos da sua vasta
obra.
“O meu trabalho é um casulo de
um velho desejo humano, a fútil busca de vingar e de ter o tempo. Certamente em cada pintura do estilo rea-
lista contém um pouco de essência da
natureza, do ADN do Universo. Uma
sugestão do universo das forças criativas”, descreve a pintora.
A bordo do “Celebrity Solstice”, que
fará escalas em Civitavecchia (Itália),
Nápoles/Capri (Itália), Atenas/Pireu
Editado por: Sandra Martins Pereira [email protected]
Helena Pedro Nunes
(Grécia), Ephesus/Kusadi (Turquia), Mykonos (Grécia), Santorini (Grécia) e Valletta
(Malta), com chegada prevista a 5 de Setembro, Helena Pedro Nunes ensinará todas as
técnicas durante estes workshops: “Vamos
aplicar várias técnicas de desenho e pintura, que envolvem óleo e outros materiais,
nos quatro dias de navegação. Haverá ainda
tempo para uma explicação sobre algumas
das peças de arte a bordo deste navio e para
desenhar texturas e o mar. No fundo, o que
se pretende é partilhar o bom gosto pela
arte, num ambiente de relaxamento e de
férias”, sublinha.
Entre as novidades do “Celebrity Solstice” realce ainda para o “Clube da Relva”,
que oferece um novo ambiente no deck
superior, ocupando uma área de 2000 metros quadrados, na qual o passageiro é convidado a fazer uma partida de bocce ball
ou croquet, praticar o seu putting, fazer
um piquenique acompanhado do seu cesto de vinho e queijo ou simplesmente sentar-se sobre a relva verdadeira. As peças
teatrais, as discotecas e os dez restaurantes disponíveis fazem parte da diversão
a bordo. Este programa tem preços entre
1390 € (cabina interior) e 1749€ (exterior
com varanda concierge), taxas incluídas.
ORIENTAÇÕES:
1
Ao contrário do que pode parecer, ser atencioso, afável e até amoroso não é uma atitude débil ou ingénua
mas demonstrativa de bom carácter. O mínimo que se
pode fazer é tratar os outros como gostaríamos de ser
tratados, isto é, com respeito, consideração e generosidade.
ª
POR MARIA DUARTE BELLO
COACHING E GESTÃO DE IMAGEM
[email protected]
SEGREDOS DE COACHING
Triunfar com
a amabilidade
Um coach ajuda a triunfar em tempos
de crise. Orientando na tomada
de atitudes que resultam a favor
dos outros e de nós, porque provocam
ânimo, transmitem prazer, causam
alegria e dão conforto.
PERGUNTAS PODEROSAS:
1.o Tratamos os outros com cuidado?
2
ª Pensa-se frequentemente que aqueles que elevam o
tom de voz ou que se comportam com maior agressividade são mais fortes, sem dar conta que estes sinais
são de insegurança e baixa auto-estima.
3
ª O entendimento e o diálogo não são incompatíveis com
a rebeldia contra as injustiças. A gentileza e a bondade
não significam não poder expressar o enfado ou
descontentamento que seria a anulação da personalidade,
levando a uma mansidão desequilibrada e extrema.
4
ª Estamos excessivamente orientados para a parte nega-
tiva: a crise, as preocupações, o stress, o futuro incerto. Fica esquecido que podemos dedicar atenção e
tempo a cultivar emoções e actos positivos, provocando
melhorias no estado de ânimo.
ª Em primeiro lugar, amabilidade connosco, porque
5
quando nos queremos temos mais claro o que esperamos dos outros. Só assim estaremos nas melhores
condições para nos relacionarmos, porque sabemos o que
queremos, com quem queremos estar e que trato merecemos.
2.o Associamos a bondade à fraqueza?
3.o Como equilibrar o fazer bem aos outros
com o que consideramos ser justo?
4.o Porque é difícil ganhar o hábito
de ser amável?
5.o Como aprendemos a ser amáveis?
PARA REFLECTIR:
É possível mudar as nossas vidas e a
atitude daqueles que nos cercam simplesmente mudando-nos a nós mesmos.
Rudolf Dreikurs
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TERÇA-FEIRA
17 de Maio de 2011
www.oje.pt
LIFESTYLE
SAPATEIRA (“CANCER PAGURUS”)
Le Chef
CHEFE CORDEIRO
Chefe executivo do Grupo Altis Hotels
VALE DAS AREIAS SAUVIGNON E ARINTO 2010
É um vinho regional de Lisboa, de cor citrina. Este vinho
branco conjuga a exuberância do aroma da casta Sauvignon
com a frescura da casta Arinto. Assim, consegue-se um bom
equilíbrio na boca juntamente com uma acidez perfeita e algumas notas vegetais no final.
A SAPATEIRA (“Cancer pagurus”) é
um crustáceo decápode, braquiúro,
da família dos cancrídeos, da costa
atlântica rochosa da Europa. A carapaça de exemplares maduros mede
Designação
científica
Sapateira
Sapateira coxa
Sapateira mortal
(fresca do dia)
Sapateira macho
‘Cancer pagurus’
‘Cancer pagurus’
‘Cancer pagurus’
‘Cancer pagurus’
entre 11 cm e 13 cm de comprimento.
FILOSOFIA DO PRATO:
É um dos crustáceos que mais se consome nas marisqueiras portuguesas.
Viva
Congelada
Cozida
Regra geral, são compradas vivas e
cozidas em água, sal, cebola, louro e
um pouco de piripíri. Deixam-se arrefecer bem no frigorífico e só depois se
desmancham, retirando todo o seu interior, a que nós chamamos “carne de
sapateira limpa”. A partir desta operação, podemos utilizá-la como quisermos.
Este prato foi inspirado no recheio de
sapateira das marisqueiras, a ideia era
dar mais frescura e qualidade e ao
mesmo tempo mostrar que pode ser
um prato sofisticado. Empratado sobre uma pedra de lousa e com algumas ligações de alfaces mesclun.
SALADA DE SAPATEIRA COM NOTAS CÍTRICAS, FUNCHO
E CORAÇÃO DE TOMATE
Para 2 pessoas (sensivelmente)
RECHEIO DE SAPATEIRA:
DECORAÇÃO PARA A MONTAGEM DO PRATO:
1 sapateira (600 g) cozer no tacho em
água com sal, e depois de cozida
escolher/retirar o interior
2 pinças (cozidas ao vapor 8 minutos)
100 g tomate (concassé, reservar os
corações)
5 g ovas tobiko
80 g aipo talo (brunesa, reservar as folhas
para fritar)
10 g cerefólio fresco
Concassé de tomate e corações
Folhas de aipo fritas
20 g rabanete (lâminas finas e transparentes)
20 g folhas de acelgas vermelhas
PREPARAÇÃO:
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VINAGRETE DE VINHO TINTO E ALHO
40 cl vinho tinto Vale das Areias
60 g de alho
(montado igual mas com alho ralado que
havia sido bringido em três águas e com
consistência quase de maionese)
30 g cebolinho picado
3 g pimenta-preta em grão
Seguir todos os passos de preparação enunciados junto das quantidades. Depois de juntar todo o recheio de sapateira, adicionar o
aipo, o cebolinho e as ovas de tobiko.
Temperar e reservar para o empratamento.
Fazer o vinagrete de vinho tinto e alho conforme descrição. Fazer a folha de brick.
MONTAGEM/EMPRATAMENTO
FLOR DE SAL DE CITRINOS:
Para temperar todo o prato no final:
20 g zesto de limão desidratado
15 g flor de sal maldon
PLACA DE BRICK:
1 folha de brick
Cortar com o molde, cozinhar entre silpats
1 – colocar o recheio de sapateira em 3 montinhos.
2 – colocar o vinagrete de vinho tinto.
3 – colocar as folhas de brick já crocantes.
4 – colocar o concassé de tomate e os
corações, as folhas de aipo fritas, o cerefólio
fresco, as lâminas de rabanete e as folhas de
acelgas.
www.oje.pt
“Festival para um Instrumento: A Herança
de Paganini” no São Luiz Teatro Municipal
MÚSICA GLASSER
O Musicbox, no Cais do Sodré, em Lisboa, recebe no próximo dia
20 de Maio, a partir da uma hora da madrugada, o concerto da
norte-americana Glasser. Em estreia no nosso país, o actual projecto de Cameron Mesirow teve especial impacto junto da
imprensa especializada, que a comparou a nomes como Zola
Jesus, Bates for Lashes ou Fever Ray, aquando o lançamento do
disco de estreia, “Ring”, espectáculo que traz agora a Lisboa. Os
ecos tribais que ecoam por “Ring” anunciam um mundo paralelo, torcido e traiçoeiro, que na sua face minimalista aparenta
uma índole inócua. No entanto, o álbum (ed. True Panther
Sounds, 2010) cedo se transforma em matéria envolvente, transcendente mesmo, que se afunda no peito em melodias encantatórias e decisivas. Cameron Mesirow é quem assina esta exploração pós-punk. Glasser é o nome que deu ao projecto, aproveitando a máscara para os movimentos de sedução inesperadamente assertivos. O que vem de Los Angeles tem este hábito de
nos tirar o tapete em câmara lenta, enquanto mantemos os
olhos bem abertos e o espanto bem marcado, sem acreditar que
de facto estamos a cair numa teia mágica, saco sem fundo no
momento seguinte. Glasser tem essa faceta escondida, à espera
de uma distracção para nos caçar para sempre. A primeira parte
do concerto estará a cargo de Drawlings, projecto a solo de Abby
Portner, irmã de Avey Tare dos Animal Colective. Preço: 10 €.
20 de Maio, Musicbox, Cais do Sodré, Lisboa
EXPOSIÇÃO COCA-COLA
18h30, ouvir-se-á logo no dia 20 de Maio
João Andrade, interpretando obras de Ludwig van Beethoven e Eugène Ysaÿe, e
ainda David Ascensão com obras de Johann Sebastian Bach e Ernest Chausson.
Até 2 de Junho poderá assistir aos recitais
dos jovens violinistas.
Também a 2 de Junho destaque para “A
História do Soldado”, de Igor Stravinski,
que chega à Sala Principal do São Luiz.
Esta é uma versão para concerto a partir
do espectáculo apresentado em 2010, com
direcção cénica de João Pedro Vaz. Com a
interpretação de António Fonseca, os
Solistas da Metropolitana e direcção musical de Cesário Costa, “A História do Solda-
do” foi a primeira obra que Stravinsky escreveu num período criativo.
O compositor queria uma opereta itinerante; objecto artístico fácil de pôr em
qualquer palco. A partitura para sete instrumentos tem por isso forte dimensão
cénica, à volta da história (“para ser lida,
interpretada ou dançada”) de um soldado
que regressa a casa com o seu velho violino, que é afinal figura central desta obra.
Na viagem, revela-se um universo fantasioso, habitado por um diabo e uma princesa. Há amores desfeitos, o triunfo da
traição. Mas, sobretudo, surpreende, intensamente, a magia da música. Preços:
10 € a 20 €.
WORKSHOPS
Adega Mayor promove “Wine Talks
& Arts” a partir de quinta-feira
A ADEGA MAYOR
realiza de 19 a 26 de
Maio mais uma iniciativa Wine Talks,
desta vez inspirada
na relação do vinho
com o mundo das
artes. Trata-se de
um novo conceito
de conversas informais, inaugurado
este ano, em que se
pretende explorar
a relação do vinho com diferentes universos – música, arte, literatura e arquitectura. No âmbito desta iniciativa, a Galeria
da Boavista, em Lisboa, recebe uma exposição colectiva de 11 artistas portugueses, referência no nosso país e no
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Aonde ir
ESPECTÁCULOS
DE 30 DE MAIO a 4 de Junho, a Metropolitana e o São Luiz Teatro Municipal coproduzem o “Festival para um Instrumento: A Herança de Paganini”, na Sala Principal e no Jardim de Inverno daquele teatro, em Lisboa.
Na sequência do êxito verificado em
2010 com o Festival Chopin, por ocasião do
bicentenário do famoso compositor e pianista polaco, o São Luiz Teatro Municipal e
a Metropolitana promovem nesta temporada um festival que dá relevo a outro instrumento, o violino. Durante seis dias, a Sala
Principal e o Jardim de Inverno do São Luiz
Teatro Municipal vão encher-se de sonoridades que fizeram a história dos últimos
quatro séculos, evocando também um dos
mais influentes intérpretes de todos os
tempos, Niccolò Paganini (1782-1840).
Compositor e violinista italiano, é um nome indissociável da própria história do violino. Menino-prodígio, o seu virtuosismo
cedo captou as atenções e, aos 12 anos, já se
apresentava regularmente em público.
No seguimento do Concurso Jovens Pianistas 2010, que distinguiu Paulo Oliveira
na temporada passada, a Metropolitana e
o São Luiz Teatro Municipal dão lugar à
descoberta de novos talentos na área do
violino. São oito os concorrentes que se
apresentam ao público em recital a solo e
com piano. E são apenas trinta os minutos
para impressionarem nestas apresentações o júri, constituído pelo violinista Vasco Barbosa, o compositor Sérgio Azevedo e
o maestro Cesário Costa. Com entrada
livre e no Jardim de Inverno, a partir das
TERÇA-FEIRA
17 de Maio de 2011
LIFESTYLE
panorama internacional, que aceitaram o
desafio de criarem peças únicas que exploram a relação do vinho com o mundo
das artes, tomando como caminhos criativos a História, a linguagem, a simbologia e a cultura do vinho. AKA Corleone, Arm Collective, Filipe Rebelo, I’m
from LX, João Retorta, Kruella D’Enfer,
Lara Portela, Maria Imaginário, Miguel
Januário, Pixelejo e Tâmara Alves são os
artistas que dão corpo a esta mostra, que
é inaugurada dia 19 de Maio, pelas 19
horas e que irá estar patente ao público
até 26 de Maio, entre as 10 e as 13 horas e
as 15 e as 19 horas. Ao longo da semana,
serão realizados vários workshops de arte
e workshops específicos para escolas, dinamizados pelo artista plástico Gonçalo
Mar, conhecido pela sua versatilidade e
criatividade em compor formas e personagens. Estes workshops contemplam a
realização de uma visita guiada à exposição “Wine Talks & Arts”, onde é explicado
a todos os participantes algumas das linguagens e disciplinas artísticas que se cruzam nesta mostra colectiva. Serão, ainda,
realizadas provas de vinhos em que a enóloga Rita Carvalho ensinará a arte de saber
apreciar um bom vinho, no contexto da
sua ligação à arte. Os workshops têm um
número máximo de dez participantes.
O ponto alto desta iniciativa será a personalização de uma garrafa de vinho Adega
Mayor através de diferentes técnicas artísticas (stêncil, desenho, stickers), o que
irá permitir a cada participante criar uma
obra única, sob coordenação do artista
Gonçalo Mar.
O Museu da Farmácia, em Lisboa, inaugura a 25 de Maio
a “Exposição dos 125 anos da Coca-Cola”. Ali será possível encontrar os artefactos com que John Pemberton criou o mítico
xarope de cola, algumas garrafas históricas, originais, da Coca-Cola e a cronologia dos acontecimentos mais relevantes da
marca no mundo e em Portugal. A Coca-Cola foi servida pela
primeira vez a 8 de Maio de 1886, na Farmácia Jacob’s da cidade
norte-americana de Atlanta, pela mão do Dr. John Pemberton,
que inventou a bebida com o propósito de fazer as pessoas sentirem-se bem. Volvidos 125 anos, a Coca-Cola é hoje a marca
mais conhecida do mundo, e a segunda expressão mais reconhecida, após a palavra ‘OK’. A marca mais valiosa e a preferida
por milhões de consumidores nos mais de 200 países onde está
presente. Entrada gratuita.
25 de Maio, Museu da Farmácia, Lisboa
LAZER EMOÇÕES RADICAIS
O Hotel Axis
Vermar, na Póvoa de
Varzim, disponibiliza um programa
especial para os hóspedes mais aventureiros, que apreciam emoções
fortes. A sugestão
contempla um circuito de arborismo,
onde é possível efectuar escaladas, rapel, saltos pendulares e de
pontes, num parque de desportos radicais próximo daquela
unidade hoteleira. Disponível até 20 de Julho, o programa integra ainda estada de duas noites naquela unidade de quatro estrelas, localizada a escassos metros da praia e com vista privilegiada
para o oceano Atlântico. Preço: 85 € por pessoa, com pequeno-almoço bufete incluído. Reservas pelo telefone 252 298 900 ou
pelo endereço electrónico [email protected]
Até 20 de Julho, Hotel Axis Vermar, Póvoa de Varzim
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TERÇA-FEIRA
17 de Maio de 2011
Desporto
Domingos Paciência atribui grande
favoritismo à equipa do FC Porto
O TREINADOR do Sporting de Braga,
Domingos Paciência, considerou ontem natural atribuir ao FC Porto “um
favoritismo muito grande” para a final da Liga Europa de futebol, que se
realiza amanhã em Dublin.
Em entrevista ao site da UEFA, o
técnico bracarense notou que a for-
mação portista “tem mostrado ser
uma equipa muito forte” e que, não
estando a disputar a Liga dos Campeões, “durante anos e anos esteve lá e é
um clube” de Champions.
“Numa final, e perante o que tem
acontecido, é natural que se atribua
um favoritismo muito grande ao FC
Porto, mas é um jogo só, depende
muito da inspiração e de outras situa-
Chicago Bulls
abrem final
Este a vencer
▲
LIGA NBA
OS CHICAGO Bulls derrotaram no
domingo à noite os Miami Heat por
103-82, no primeiro de sete jogos da
final da Conferência de Este da Liga
norte-americana de basquetebol
(NBA), com Derrick Rose mais uma
vez em destaque.
O jogador mais valioso da fase regular marcou 28 pontos e fez seis assistências. Luol Deng (21 pontos)
também esteve em destaque na defesa ao conseguir secar LeBron James,
que marcou apenas 15 pontos.
Carlos Boozer marcou 14 pontos e
conseguiu nove ressaltos, com o
francês Joakim Noah a alcançar 14
ressaltos.
Nos Heat, Chris Bosh (30 pontos e
nove ressaltos) foi o melhor em campo, com Dwyane Wade a marcar apenas 18 pontos.
Os Bulls ganharam pela quarta vez
esta temporada aos Heat, mas conseguiram no domingo o resultado mais
dilatado da temporada frente à equipa de Miami.
Antes, os Oklahoma City Thunder
conquistaram um lugar na final do
Oeste, ao baterem em casa os Memphis Grizzlies por 105-90, no jogo 7
das meias-finais de conferência.
Depois de ter estado apagado no
encontro anterior, Kevin Durant recuperou o seu papel de líder da equipa e conduziu os Thunder ao confronto com os Dallas Mavericks (4-0
aos Los Angeles Lakers), com 39 pontos e nove ressaltos.
ções e é isso que nos leva a acreditar
que é possível”, disse.
Domingos Paciência notou ainda
que todos os jogos da campanha europeia do Braga foram “de grande motivação, contra grandes equipas como o
Liverpool, Dínamo de Kiev, mesmo o
campeão polaco, o Lech Poznan, tudo
equipas fortes, e automaticamente os
jogadores ficaram motivados”.
TACO-A-TACO
José Carlos Rodrigues
HOJE AO final da manhã iremos saber
se o segundo campo de golfe da Comporta começa já a ser construído ou se
irá demorar mais algum tempo.
Hoje, no clube britânico de Wentworth, será anunciado qual o país
FC PORTO
O MÉDIO João Moutinho foi ontem
convocado pelo treinador do FC Porto,
André Villas-Boas, para a final da Liga
Europa frente ao Sporting de Braga.
O regresso de João Moutinho ocorre
depois da recuperação da lesão sofrida no jogo frente ao Paços de Ferreira,
da 29.ª jornada, num lance com Nél-
ASP WOMEN: Moore triunfa nas ondas cariocas
son Oliveira, que obrigou o médio a
falhar a deslocação ao terreno do Marítimo, na derradeira etapa do campeonato.
Além de Moutinho, também Hulk,
Helton e Fernando regressam aos convocados azuis e brancos, após terem
sido poupados na viagem à Madeira,
por troca com o guarda-redes Kieszek
e o avançado Mariano Gonzalez.
ÚLTIMA HORA
WWW.ABOLA.PT
O Cluj escolheu Jorge Costa para
conduzir a equipa ao título da Roménia na próxima temporada. Segundo uma informação avançada
pela imprensa local, o antigo treinador de SC Braga, Olhanense e Académica já terá mesmo um acordo
verbal para prosseguir a sua carreira de treinador no país dos Cárpatos: o contrato será válido por uma
temporada, com renovação automática por mais um ano caso vença o
campeonato romeno de futebol.
WWW.OJOGO.PT
A tenista belga Kim Clijsters recuperou de uma lesão sofrida em Março,
e desta maneira vai participar no
torneio de Roland Garros, garantiu
ontem o agente da tenista Bob Verbee. A jogadora tinha recentemente
afirmado que não estaria presente
no Grand Slam francês.
WWW.MAISFUTEBOL.IOL.PT
A SURFISTA havaiana Carissa Moore executa um leque na onda da última ronda do Billabong Rio Pro do circuito mundial feminino da ASP. Moore triunfou na etapa brasileira
Foto AntónioLacerda/EPA
ao vencer na final a australiana Sally Fitzgibbons.
FUTURO DA COMPORTA SABE-SE HOJE
que irá receber a Ryder Cup de 2018.
Portugal, Espanha, França, Alemanha e Holanda são os cinco candidatos.
Se for em Portugal, avança de imediato a construção do segundo campo da Herdade da Comporta (o primeiro já está marcado e a construção arranca ainda este Verão).
No caso de ser Espanha a escolhida, serão construídos dois campos
na zona de Madrid. Se for em França,
será utilizado o campo de golfe nacional (perto Paris), sendo o centro
de operações no Palácio de Versalhes. Caso a Ryder Cup vá parar à
Alemanha, não há nada de novo a
apresentar. No caso da Holanda, está
a ser construído um campo dese-
▲
▲
LIGA EUROPA
João Moutinho convocado
para a final da Liga Europa
nhado por Colin Montgomerie.
Ou seja, esta semana, a aldeia da
Comporta saberá se será um destino
internacional muito em breve ou se
isso irá demorar mais tempo.
O grupo Espírito Santo, proprietário da herdade da Comporta, garantiu que, com ou sem Ryder Cup, os
dois campos de golfe serão construídos. Mas, logicamente, se a Ryder
Cup não vier para Portugal, o campo
desenhado por Tom Fazio irá demorar a ser construído. Mas se a Ryder
Cup vier para Portugal em 2018, então o campo começa a ser construído
ao mesmo tempo que o outro campo. Hoje, às 12h00, os golfistas (e alguns empreendedores) vão estar de
ouvido colado ao rádio.
Sergio Busquets
pode jogar final
da Champions
FUTEB0L
O MÉDIO do FC Barcelona Sergio Busquets poderá jogar a final da Liga dos
Campeões com o Manchester United,
depois de ter sido ilibado pela UEFA da
acusação de insultos racistas ao lateral
brasileiro Marcelo do Real Madrid no
jogo da meia-final em Camp Nou.
A UEFA confirmou ontem que não
aceitou a queixa apresentada pelo Real
Madrid contra o médio espanhol do FC
Barcelona por “falta de provas sólidas
e convincentes”.
O FC Barcelona anunciou que renovou o acordo de parceria com a
UNICEF até Junho de 2012. O clube
abriu esta temporada uma excepção
na sua tradição de não ter publicidade nas camisolas para a organização humanitária, mas na próxima
temporada a sigla da UNICEF vai
apenas aparecer na parte de trás das
camisolas, por baixo do nomes do
jogadores, já que a zona frontal está
já ocupado pelo patrocínio da Qatar
Foundation.
TEMPO PARA OJE
Porto
MIN. 19 MÁX. 26
Lisboa
MIN. 17 MÁX. 24
Faro
MIN. 17 MÁX. 22