Jornal OJE
Transcrição
Jornal OJE
PUB ANGOLA w w w.o j e . pt OJE mais responsável BRASIL SUPLEMENTO RSA RAPOSO SUBTIL E ASSOCIADOS SOCIEDADE DE ADVOGADOS, RL Aquisição de Direitos Fundiários em Angola – Fundamental conhecer os passos, os riscos e as oportunidades. www.rsa-advogados.pt Número 1119 • Terça-feira, 17 de Maio de 2011 O JORNAL ECONÓMICO Preço: 1cênt. • Director: Luís Pimenta PUB Estamos presentes em mais uma plataforma OJE EM VERSÃO IPAD DEPOIS do iPhone e Android, chega agora a vez do iPad: o jornal OJE, diário de economia com maior circulação em Portugal, está a partir de agora disponível no tablet da Apple, com uma aplicação que pode ser UE de acordo na ajuda a Portugal ▲ RESGATE OS MINISTROS das Finanças europeus chegaram ontem, em Bruxelas, a acordo sobre o programa de assistência financeira a Portugal de 78 mil milhões de euros. Os responsáveis chegaram a um “acordo político” numa reunião extraordinária do Eurogrupo (17 países) alargada aos responsáveis da União Europeia (mais 10 para um total de 27). O Eurogrupo formalizou, já durante a noite, a parte do empréstimo correspondente ao Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) enquanto os ministros da União Europeia irão hoje dar o seu acordo definitivo à parte correspondente do Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira (MEEF). A assistência financeira a Portugal vai ser repartida em partes iguais de 26 mil milhões de euros pelo FEEF, MEEF e Fundo Monetário Internacional (FMI), o que dá um total de 78 mil milhões. O ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, já se tinha manifestado, à entrada para a reunião, “confiante” na aprovação da assistência Financeira a Portugal, apontando que os problemas que havia já foram resolvidos. A questão mais difícil de resolver foi ultrapassada na semana passada depois de ter sido afastada a ameaça de a Finlândia se opor à decisão. Para receber a assistência financeira, Portugal comprometeu-se a realizar um programa de três anos, de Junho de 2011 até meados de 2014, que inclui reformas estruturais para assegurar um aumento do potencial de crescimento da economia, a criação de empregos e a melhoria da competitividade. VER PÁG 10 descarregada gratuitamente na Apple Store. Os conteúdos retomam a nossa filosofia de informação, respondendo às necessidades de quem quer e precisa de estar ao corrente de tudo o que mais importante se passa no meio económico. As notícias surgem, porém, com uma apresentação exclusiva para este suporte, proporcionando uma visualização mais agradável e optimizando todas as possibilidades deste tablet. A página inicial é, aliás, paradigmática disso mesmo, já que os temas surgem como “thumbnails” e não como mera lista. Em suma, não nos limitámos a transpor a Internet para um tablet. Construímos algo de novo. ÁFRICA DO SUL: Mandela vota nas eleições autárquicas Sonae compra em Espanha Pág. 3 Petrobras bate expectativas Pág. 6 Strauss-Kahn fica detido Pág. 10 Inflação sobe na Zona Euro Pág. 11 Como melhorar máquina fiscal Págs. centrais MERCADOS PSI 20 FTSE 100 DAX €/$ €/£ Brent O ANTIGO presidente da África do Sul e Nobel da Paz, Nelson Mandela, é ajudado pela sua neta, Ndileka Mandela, enquanto vota nas eleições para o governo local, em Joanesburgo. Mandela Foto EPA/Elmond Jiyane votou em casa devido ao seu estado de saúde. COTAÇÃO VARIAÇÃO 7741,96 5923,69 7387,54 1,4207 0,8752 113 -0,32% -0,04% -0,21% +0,65% +0,51% -0,73% Cotações em tempo real em: www.oje.pt PUB TERÇA-FEIRA 17 de Maio de 2011 Login 2 www.oje.pt www.oje.pt SONDAGEM ONLINE TOP 10: As mais lidas • EDP vende “até 14%” no Brasil • Portuguesa TemaHome cresce 22% nos EUA • Somague ganha menos 33,3% até Março • Nova lei penaliza investimento estrangeiro abaixo de um milhão • Director do FMI acusado formalmente em tribunal • Euro em queda na Ásia depois da detenção do director do FMI • Cisco formaliza construção da cidade inteligente em Paredes no valor de 10 mil milhões • Portugal leva acordos sobre dupla tributação à Cimeira da CPLP • Charutos começam cá… • Vamo-nos ver gregos Título do dia: BPI 1.241 1/Abr 1.261 16/Mai O BPI valorizou 1,45%, para 1,261 euros, no último dia em que as acções conferiam o direito a participar no aumento de capital por incorporação de reservas, de 90 milhões de euros. À QUESTÃO “Acredita na necessidade de subida do IVA actualmente nos 23%?” , 65% dos leitores do OJE online responderam “não”. O memorando de entendimento entre o Governo português e a troika, que enquadra o pedido de assistência financeira de 78 mil milhões de euros, engloba a manutenção dos aumentos do IVA, IRS e IRC previstos no OE/2011 até final de Não 35% Sim 65% Saiba mais em www.oje.pt 2013, com revisão em 2011 da lista de bens e serviços sujeitos a IVA reduzido. Pergunta da semana Portugal vai conseguir cumprir as condições do empréstimo de 78 milhões de euros até meados de 2014, como se comprometeu? Informação financeira ao minuto em www.oje.pt Veja a sondagem completa em www.oje.pt SUÍÇA: Cientistas tentam desenvolver dispositivos energéticos eficientes Lisboa INE Recenseamento agrícola, resultados definitivos de 2009. MOR ONLINE A empresa apresenta a primeira plataforma electrónica criada no País, integrada no Mercado Organizado de Resíduos, para transaccionar vários tipos de resíduos: industriais, urbanos, de construção e demolição e outros fluxos. Argel, Argélia SIFTECH 2011 NOTA 12.º Salão Siftech: As novas tecnologias no Norte de África, por um futuro digital partilhado (decorre até dia 19 de Maio). AGORA EM IPAD NUM ESFORÇO contínuo de melhoria e de crescimento da presença junto dos leitores, o jornal OJE arranca agora com a aplicação para iPad, numa sequência lógica da iniciativa que nos levou a estar já, com um sucesso que nos honra, nas plataformas móveis Android e iPhone. “Radar” matinal, como a nós se referiu recentemente um conhecido empresário português, o OJE caminha cada vez mais para ser uma presença ao longo de todas as horas, acompanhando assim o ritmo cada vez mais exigente da informação económica. [LP] TENHO DITO “Ajudando Portugal protege-se a retoma económica na Alemanha e as poupanças dos alemães” Olli Rehn, comissário europeu dos assuntos financeiros, in Die Welt O NÚMERO 2,8% Bruxelas, Bélgica COMISSÃO EUROPEIA/EPEC Fórum sobre o sector privado – emissão de dívida (eurobond) para o financiamento de projectos. Conferência no âmbito das parcerias com sector privado, iniciativa da Direcção Geral dos Assuntos Económicos e Financeiros da Comissão Europeia, com o European PPP Expertise Centre, em cooperação com o Comité Económico e Social. ECOFIN O PROGRAMA “Anjos da Guarda para uma vida mais inteligente”, da Escola Politécnica Federal de Lausanne, tem como objectivo a criação de aparelhos de energia eficientes e capazes de ajudar os humanos nas áreas da saúde e protecção ambiental. Os cientistas preFoto EPA/Laurent Gillieron tendem também ajudar a comunicar as pessoas que perderam a fala. OS SITES ÀS 20H00 DE ONTEM UE www.bloomberg.com Teva adquire 57% da Taiyo A Teva Pharmaceutical, maior fabricante mundial de medicamentos genéricos, acordou a compra de uma participação de 57% na Taiyo Pharmaceutical Industry. A aquisição de 460 milhões de dólares (326 milhões de euros) valoriza a Taiyo, terceira maior farmacêutica de genéricos japonesa, em 1,3 mil milhões de dólares (921,3 milhões de euros). www.folha.com RIM recolhe mil PlayBook A Research in Motion (RIM) vai pro- A inflação anual na Zona Euro subiu para 2,8% em Abril deste ano, face aos 2,7% registados em Março, e contrastando com os 1,6% no mesmo período em 2010, de acordo com o Eurostat. Reunião dos ministros das Finanças da União Europeia. O pacote de ajuda externa a Portugal domina a agenda da reunião. A sucessão de Jean-Claude Trichet na presidência do BCE domina o encontro anual dos governadores dos bancos centrais da Zona Euro. Publicado em todos os dias úteis PROPRIEDADE Megafin Sociedade Editora S.A. – Registo na ERCS Nº 223731 – Nº de Depósito Legal: 245365/06 SEDE Atrium Saldanha, Prç. Dq. de Saldanha, nº1, 3º andar, fracção F, 1050-094 Lisboa Tel.: 217 922 070 Fax: 217 922 099 Email: [email protected] ceder à recolha de cerca de mil unidades do seu computador tablet PlayBook, as quais apresentam uma falha na compilação do sistema operativo, informou o blog de tecnologia Engadget. Em nota remetida ao site crackberry.com, a RIM defendeu que a maioria dos aparelhos afectados estava em estágio de distribuição e ainda não tinha chegado aos consumidores. www.cincodias.com Espanha atrai turistas nas redes sociais Espanha vai contar com três novos produtos turísticos promocionais nas redes sociais e nas plataformas móveis, medidas englobadas no pla- DIRECTOR Luís Pimenta EDITORA EXECUTIVA Helena Rua REDACÇÃO Ana Santos Gomes (colaboradora), Armanda Alexandre, Almerinda Romeira, Catarina Costa (revisão), Inês Andrade, Isabel Cabral, Mafalda Simões Monteiro, Pedro Assis Conceição, Pedro Castro, Sandra Martins Pereira (colaboradora) e Vítor Norinha ARTE Carlos Hipólito; Marta Simões FOTOGRAFIA Victor Machado ÁREA COMERCIAL DIRECTOR João Pereira 217 922 088 – [email protected] GESTORES DE CONTAS Alexandra Pinto – 217 922 096 Isabel Silva – 217 922 094 no de promoção do turismo espanhol na Internet. Está prevista a criação de um novo canal no YouTube e de uma aplicação para iPad, no âmbito de um investimento de 8 milhões de euros. www.eleconomista.es Conselho de ministros da Agricultura e das Pescas. Frankfurt, Alemanha BCE Situação financeira consolidada do sistema euro. Madrid, Espanha EUA atingem limite de endividamento Os EUA chegaram ao limite legal de 14,29 milhões de milhões de dólares (10,12 milhões de milhões de euros) de endividamento, adoptando medidas de emergência. Em concreto, Washington vai suspender os investimentos em dois fundos de pensões que não sejam necessários para pagar aos beneficiários. André Domingues – 217 922 073 Miguel Dinis – 217 922 090 PROJECTOS ESPECIAIS Paulo Corrêa de Oliveira 217 922 097 DIRECTOR DE CIRCULAÇÃO Jorge Tavares d’Almeida 217 922 092 – [email protected] PRODUÇÃO João Baptista, Rafael Leitão ECONOMIA ESPANHOLA O Tesouro Público realiza um leilão de letras a 12 e a 18 meses. Washington, EUA ECONOMIA NORTE-AMERICANA Produção industrial e capacidade de utilização. ÁREA FINANCEIRA Florbela Rodrigues CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO João Lino de Castro (Presidente), GRISA – Gestão Imobiliária e Industrial S.A., Pedro Morais Leitão e Guilherme Borba – [email protected] IMPRESSÃO SOGAPAL – Soc. Gráfica da Paiã, S.A. TIRAGEM 22 000 Nenhuma parte desta publicação, incluindo textos, fotografias e ilustrações, pode ser reproduzida por quaisquer meios sem prévia autorização do editor. Membro da: PARA ASSINAR O OJE, VÁ JÁ A: www.oje.pt www.oje.pt NEGÓCIOS RETALHO A SONAE SR, unidade de retalho especializado do grupo liderado por Paulo Azevedo, anunciou ontem um princípio de acordo para a transferência da operação de oito lojas PC City em Espanha. “A Sonae está confiante que concluirá o acordo a mais breve trecho, sendo que este será gerador de valor para todos os ‘stakeholders’, particularmente para os colaboradores que mantêm os seus postos de trabalho”, declarou a propósito o CEO da Sonae SR, prevendo que, no prazo de um mês, as negociações com o grupo Dixons estejam concluídas. Acresce que a transacção visa reforçar a presença da marca Worten, especializada em electrodomésticos e electrónica de consumo, em Espanha, prosseguindo a estratégia de crescimento em capital light, acrescentou a Sonae em comunicado. Segundo Miguel Mota Freitas, “a operação substitui uma parte do plano de expansão orgânica previsto para o mercado espanhol, com vanta- gem ao nível do investimento e da velocidade na concretização”. O responsável salienta ainda que a integração das lojas PC City se assume como “mais um passo no cumprimento da estratégia de internacionalização em Espanha, mercado que é já fundamental no desenvolvimento das actividades da Sonae em Espanha”. Em concreto, os oito espaços comerciais abrangidos localizam-se em Palma de Maiorca, Pamplona, dois em Barcelona, três em Madrid e um em Tenerife. Sublinhe-se que a Sonae está presente no retalho especializado em Espanha através das insígnias Worten, Zippy (roupa para bebé e criança) e SportZone (material e roupa desportiva), na gestão de centros comerciais com a Sonae Sierra, na área de software e sistemas de informação com a WeDo e a Mainroad e na área de corretagem de seguros com a MDS. No total, a multinacional portuguesa emprega mais de 3100 colaboradores no mercado espanhol, reforçando agora o seu quadro de funcionários com mais 350 pessoas. 3 Pedro Baltazar pode chegar aos 5% na Inapa ▲ Sonae adquire 8 lojas PC City em Espanha LONDRES: Primeira exposição de Mark Leckey TERÇA-FEIRA 17 de Maio de 2011 MERCADOS MARK Leckey apresenta a sua primeira exposição individual na Serpentine Gallery, em Londres. O artista aborda temas do desejo humano e da transformação em esculturas, Foto EPA/Mark Leckey som e filme. A exposição encerra a 26 de Junho. A NOVA Expressão SGPS, liderada por Pedro Baltazar, tomou uma posição de referência de 2% na Inapa IPG, uma companhia que é detida maioritariamente pela holding do Estado, a Parpública. Em nota enviada à entidade de supervisão, a empresa admite um investimento adicional no médio prazo, que lhe poderá permitir chegar aos 5% do capital da empresa. Pedro Baltazar – que através da mesma holding chegou a ser o accionista principal da Sporting SAD – está apostado em “criar valor no que é português. A Inapa é um exemplo perfeito de uma empresa nacional forte com uma estratégia de crescimento coesa e bem definida”, afirma. Os primeiros investimentos na Inapa IPG aconteceram há quatro anos e tiveram como “drive” o facto de a empresa apostar forte no mercado externo, sendo que mais de 90% da distribuição de papel (a sua actividade “core”) é feita nos mercados europeus consolidados. O accionista Estado tem mantido esta empresa na lista das privatizáveis. A Nova Expressão, por seu lado, é accionista da maior agência portuguesa de meios em 2010, e tem ainda participações na Powermedia, na Richdun (detém a Dunhill) e ainda no grupo ASK. PUB 4 TERÇA-FEIRA 17 de Maio de 2011 Mitusibishi Tramagal pára duas semanas INDÚSTRIA AUTOMÓVEL A PRODUÇÃO na fábrica da Mitsubishi no Tramagal iniciou ontem uma suspensão de duas semanas devido ao atraso de entrega de componentes japoneses decorrente do sismo ocorrido em Março naquele país. A fábrica, única na Europa a produzir o modelo Canter, exportando-o para 32 países do continente e ainda para Israel, vê-se obrigada a suspender a produção, tendo a sua administração informado os trabalhadores da empresa que a paragem de produção decorrerá entre os dias 16 e 27 de Maio. Jorge Rosa, administrador da fábrica da Mitsubishi Fuso Truck Europe (MFTE), disse que o sismo ocorrido no Japão teve como consequência directa o “atraso na chegada de componentes e consequente rearranjo do planeamento da produção”. Durante este período, os trabalhadores vão gozar “férias parciais”, durante uma das duas semanas de paragem, estando também prevista a recuperação do atraso de produção através do regime de trabalho suplementar, no âmbito do acordo para bolsa de horas em vigor para 2011. José Madeira, do Sindicato das Indústrias Transformadoras, Energia e Ambiente, afirmou que os trabalhadores estão “tranquilos”, não temendo eventuais despedimentos, referindo que a situação é “pontual”. www.oje.pt NEGÓCIOS Mota/Engil e Soares da Costa iniciam ponte em Moçambique INTERNACIONALIZAÇÃO A CONSTRUÇÃO da segunda maior ponte sobre o rio Zambeze, no Centro de Moçambique, arranca em Agosto próximo e vai durar 42 meses, disse o director da empresa responsável pela obras, Estradas do Zambeze, Jorge Valério. A ponte está orçada em 105 milhões de euros e será construída pelo consórcio português Mota/Engil e Soares da Costa, que, com um grupo de investidores moçambicanos, integram a Estradas do Zambeze. Citado pelo diário “Notícias de Maputo”, Valério afirmou que os trabalhos de sondagem do subsolo onde vai ser erguida a infra-estrutura já foram concluídos e decorrem agora as operações de delineamento, colocação de marcos e construção do respectivo estaleiro. A nova ponte será construída a cinco quilómetros a jusante da Ponte Samora Machel, que dá acesso à cidade de Tete. A estrutura vai ligar a cidade e o distrito de Moatize, que contém uma das maiores reservas de carvão do mundo. “A ponte Samora Machel revela-se cada vez mais incapaz de satisfazer as actuais necessidades do tráfego, que usa aquele empreendimento para a travessia do rio Zambeze, uma situação que vai prevalecer mesmo após a sua reabilitação”, frisou o director da Estradas do Zambeze. Aquela que é a maior ponte sobre o rio Zambeze, baptizada Armando Emílio Guebuza, actual chefe de Estado moçambicano, foi inaugurada em Agosto de 2009 e tem um total de 2,5 quilómetros de comprimento. ÁFRICA DO SUL: Festival “Afrika Burn” apela à criatividade A maior concessionária de energia da Polónia comunicou um crescimento do lucro líquido de 38%, para 1,24 mil milhões de zloty (320 milhões de euros), avança a Bloomberg. Há um ano, a PGE tinha lucrado apenas 899,1 milhões de zloty (228,7 milhões de euros). As contas do primeiro trimestre beneficiaram da subida de vendas e da maior contribuição das subsidiárias. ASAE inspecciona 3000 A MonteAdriano Engenharia e Construção ganhou uma empreitada no valor de cerca de 91 milhões de euros na Roménia, que corresponde à construção de um troço de auto-estrada entre as cidades de Nadlac e Pecica. BCP converte dívida perpétua O Millennium bcp conseguiu converter a quase totalidade da dívida perpétua em capital do banco. A operação concluída ontem na Euronext Lisbon permitirá ao banco que dos mil milhões de euros de dívida perpétua, cerca de 990,147 milhões de euros sejam convertidos em capital. Pelas condições da oferta, os accionistas vão ser ainda chamados a entrar com 260 milhões de euros em dinheiro “fresco”. O core capital atingirá 9% e o banco espera chegar a 10% em meados de 2012. A AGÊNCIA de notação financeira Moody’s reviu em baixa as obrigações hipotecárias da Caixa Geral de Depósitos (CGD) para A1, anunciou a empresa em comunicado. Este tipo de obrigações do banco público português desce assim de Aa3 para A1, e continua sob perspectiva negativa. A agência Moody’s refere também no comunicado que a vigilância negativa reflecte a análise em curso para possível revisão em baixa do rating de longo prazo da Caixa Geral de Depósitos, bem como a revisão para possível descida do rating soberano. A Moody’s destaca ainda que, mesmo que se confirmem os ratings de longo prazo e das obrigações soberanas, o programa exigirá uma sobre garantia exigente, antes de ser confirmado o rating A1 da entidade bancária nacional. AMBIENTE Lucro da PGE cresce 38% MonteAdriano vence projecto RATING VALNOR investe em combustível alternativo BREVES Três mil operações de fiscalização foram levadas a cabo pelos inspectores da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica nos primeiros quatro meses deste ano, das quais metade para controlo da segurança alimentar, informou fonte da ASAE à Lusa. A taxa de incumprimento diminuiu de 29,05%, no ano passado, para 27,86% até Abril. Moody’s baixa obrigações da CGD para A1 O FESTIVAL “Afrika Burn”, um dos eventos mais alternativos do mundo, decorreu no Parque Nacional de Tankwa Karoo, na África do Sul. Os participantes têm como objectivo conseguir uma longa semana de nirvana. No “Afrika Burn” há total liberdade de expressão Foto EPA Kim Ludbrook artística, mas todos têm de cooperar nas actividades: dos espectáculos à alimentação. A VALNOR, empresa que se dedica ao tratamento e valorização de resíduos urbanos, vai investir três milhões de euros na construção de uma central de preparação de combustíveis derivados de resíduos. “Com este projecto em marcha, nós vamos produzir entre 25 e 30 mil toneladas anuais de combustível alternativo”, disse à agência Lusa Pinto Rodrigues, administrador-delegado da VALNOR. De acordo com o responsável, a obra deverá estar concluída em Outubro e vai permitir a criação de cinco postos de trabalho. O equipamento que a VALNOR vai explorar será o primeiro no País a utilizar resíduos sólidos urbanos como matéria-prima. Nesta primeira fase, a produção será destinada a cimenteiras e papeleiras. Segundo o administrador Pinto Rodrigues, a venda durante os próximos “dez anos está assegurada”. Estradas de Portugal Azkoyen lucra 126,1% o entrega 10 milhões no 1. trimestre de 2011 DIVIDENDOS A ESTRADAS de Portugal (EP) vai entregar ao Estado 10 milhões de euros em dividendos e 41 milhões de euros a título de IRC, depois de registar um resultado líquido de 102 milhões de euros em 2010, avançou a empresa, citada pela Lusa. A Estradas de Portugal realizou ontem a sua assembleia geral, que aprovou o relatório e contas do ano passado. O lucro cresceu 8% em termos homólogos e a distribuição de dividendos ocorreu pela primeira vez. A empresa tem vindo a fazer o enfoque, desde 2007, na optimização da estrutura empresarial, o que lhe permitiu reduzir os custos operacionais quer ao nível de colaboradores quer ao nível da frota. O administrador Rui Dinis disse, na semana passada, citado pela mesma fonte, que a companhia tem uma dívida de 1990 milhões de euros. Frisou: “É uma dívida acumulada destes anos todos em que, como qualquer empresa com este nível de investimentos, tem de ter para poder desenvolver as suas actividades.” MÁQUINAS DE DISTRIBUIÇÃO O GRUPO Azkoyen fechou o primeiro trimestre de 2011 com lucro líquido de 508 mil euros, uma subida de 126,1% face ao mesmo período de 2010, refere em comunicado. Nos primeiros três meses deste ano, a empresa teve um EBITDA de 3,79 milhões de euros, mais 92,4% que no mesmo período do ano transacto. Já o volume de negócios desceu 15,6%, para 31,12 milhões de euros. Em termos de áreas de negócio, assinalou uma queda de 9% nas vendas nas máquinas de tabaco, ainda que, acrescenta a Azkoyen, a possibilidade de instalar estas máquinas em algumas lojas “permitirá uma clara recuperação das vendas em 2011”. O volume de negócio dos sistemas electrónicos de segurança caiu 0,9% no período, embora o clima “positivo” na economia alemã, principal mercado para este segmento, “faça com que as expectativas de melhoria a curto prazo sejam significativas”. Nos meios de pagamento electrónico, as vendas aumentaram 12% face ao homólogo, já que se deu uma “mudança no comportamento dos mercados” onde tem maior “participação”. www.oje.pt NEGÓCIOS TERÇA-FEIRA 17 de Maio de 2011 5 PUB Fundo de recuperação compra três empresas ▲ SECTOR TÊXTIL TRÊS das maiores empresas de têxteis para o lar nacionais foram adquiridas pelo Fundo de Recuperação de Empresas, detido pelo Estado e pelos cinco maiores bancos portugueses, que vai “proceder a ajustamentos para responder às efectivas necessidades do mercado”. O fundo comprou a Coelima, a José Machado de Almeida e a António Almeida & Filhos (AAF), empresas de artigos para o lar com problemas financeiros, que manterão uma gestão independente ainda que agrupadas na ‘holding’ MoreTextile, que será o maior grupo nacional do sector. Fonte oficial da MoreTextile adiantou que “o principal objectivo da operação é garantir a viabilidade das empresas, que estavam ameaçadas em consequência da situação financeira e das dificuldades de mercado decorrentes da procura, da concorrência dos países asiáticos e da subida exponencial dos custos de produção”. Segundo a mesma fonte, a operação de reestruturação empresarial não pressupõe a fusão das três têxteis: “a gestão mantém-se independente, não existindo fusão”. SINGAPURA: Nova atracção no Universal Studios O PARQUE temático inaugurou uma atracção do filme “Madagáscar”. Os visitantes fazem uma viagem de barco no rio, de nove minutos, que é uma autêntica aventura com as perFoto EPA/Stephen Morrison sonagens do filme Alex, Marty, Melman e Gloria. APAVT defende privatização da TAP ▲ TRANSPORTE AÉREO A APAVT (Associação Portuguesa das Agências de Viagem e Turismo) defendeu ontem a privatização da TAP, alegando que só esta operação pode permitir “a necessária recapitalização” da companhia aérea. “A oportunidade da sua concretização [da privatização] só peca por tardia”, refere a APVT em comunicado, ressalvando que o processo de privatização seja “pensado e conduzido” de forma a “proteger os interesses” do turismo, um sector que a associação considera “estratégico” para a retoma e desenvolvimento da economia portuguesa. “O sector do Turismo em geral, e a APAVT em particular, esperam, naturalmente, vir a ser ouvidos neste processo, estando também certos que qualquer governo que seja constituído após as próximas eleições venha a considerar esta matéria como prioritária e fundamental”, refere. A APAVT considera “fundamental” que a privatização seja feita em moldes que assegurem que o adquirente garanta, “durante um período de tempo alargado, a manutenção de rotas estratégicas para o turismo e do actual ‘hub’ [centro de distribuição de voos] no aeroporto da Portela, a fim de se evitar o agravamento da situação periférica de Portugal no contexto europeu”. 6 TERÇA-FEIRA 17 de Maio de 2011 Resultado trimestral da CLH cresce 5,6% CANNES: Brad Pitt marcou presença no festival INDÚSTRIA PETROLÍFERA A COMPAÑIA Logística de Hidrocarburos (CLH) obteve um lucro de 35,6 milhões de euros nos primeiros três meses do ano, desempenho que traduz um crescimento de 5,6% face ao mesmo período do exercício anterior, informou a empresa em comunicado remetido à Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV). Por seu lado, o EBITDA aumentou 7,1% para a fasquia dos 76,5 milhões de euros, enquanto o resultado antes de impostos se fixou nos 50,8 milhões de euros, mais 5,6%, e a receita de exploração nos 149,2 milhões de euros, sofrendo uma quebra de 9,3%. O volume total de saída de produtos petrolíferos das instalações da CLH totalizou 10,6 milhões de metros cúbicos, um recuo de 3,6 pontos percentuais em comparação com o primeiro trimestre de 2010. Em concreto, 9,4 milhões corresponderam a produtos para transportes terrestres e 1,4 milhões a produtos navais e de aviação. Os fornecimentos de produtos destinados à aviação aumentaram 10%, confirmando a tendência positiva iniciada no exercício de 2010. A CLH reiterou ainda o seu objectivo de investimento de 119,5 milhões de euros para o conjunto de 2011. BREVES Ikea quer duplicar em Espanha A Ikea quer duplicar as lojas em Espanha até 2020, para cerca de 30 pontos de venda ou mais. “A ideia é ter uma loja Ikea a menos de uma hora de todos os espanhóis, o que significa entre 25 a 32 lojas no total”, referiu Peter Betzel, director-geral da empresa sueca em Espanha. Nos últimos 15 anos o grupo investiu mais de mil milhões de euros na construção de 13 pontos de venda, um centro comercial em Jerez de la Frontera e dois centros de distribuição em Valls. Dia vai abrir 8 mil lojas até 2013 O grupo de supermercados Dia quer alargar a rede comercial dos actuais 6373 estabelecimentos para mais de 8 mil em 2013, com a aceleração da expansão nos mercados emergentes como a China, onde pretende duplicar o seu tamanho. A Turquia liderará o número de aberturas, devido ao potencial de crescimento detectado pelo Dia nas regiões onde não está presente. Joint-venture Pang Da e Saab A Saab, propriedade da holandesa Spyker, anunciou um acordo com a chinesa Pang Da Automobile, que injectará 110 milhões de euros para reforçar a marca sueca. A Pang Da, a maior distribuidora da China, com 1100 concessões no país, vai pagar 65 milhões de euros à Spyker, em troca da participação de 24% da empresa. A joint-venture será detida em até 50% pela Saab. ZMB já pode comprar a GWH A Comissão Europeia (CE) aprovou a aquisição da austríaca GWH Gashandel pela suíça ZMB (que controla o gigante energético russo Gazprom). Bruxelas chegou à conclusão de que a transacção não terá um impacto negativo no mercado europeu. A GWH opera sobretudo no sector da venda de gás natural, fornecendo também serviços de transporte de combustível. www.oje.pt NEGÓCIOS Petrobras bate estimativas de lucro INDÚSTRIA PETROLÍFERA O ACTOR norte-americano esteve em Cannes, no 64.o Festival Internacional de Cinema, para promover o filme “The Tree of Life”, do director Terrence Malick. O filme foi apreFoto EPA/Ian Langsdon sentado na competição oficial do festival. A PETROLÍFERA estatal brasileira Petrobras indicou que o seu lucro do primeiro trimestre superou as estimativas dos analistas, impulsionado pelo aumento da produção de crude e pela subida dos respectivos preços. Desta forma, o resultado líquido da quinta maior petrolífera mundial em valor de mercado avançou para 10,99 mil milhões de reais (4,75 mil milhões de euros), ou 84 centavos por acção, em comparação com os 7,73 mil milhões de reais (3,34 mil milhões de euros), ou 88 centavos por título, apurados no período homólogo, informou a companhia em comunicado remetido ao regulador. A estimativa média dos quatro analistas contactados pela agência Bloomberg previa que a Petrobras, que alienou 70 mil milhões de dólares (49,6 mil milhões de euros) em acções em Setembro, apresentasse Saudi Aramco duplica capacidade eléctrica para poupar petróleo e gás ENERGIA ve necessitar de consumir até 3 milhões de barris de petróleo por dia em 2020 apenas para gerar energia, caso não melhore a sua eficiência, acrescentou Al Shiha. Este valor excede largamente os 800 mil barris que o Ministério do Petróleo e Recursos Minerais saudita estima que as centrais do país utilizam actualmente. A Saudi Aramco definiu como meta um aumento da capacidade de geração transversal à companhia para até 4700 MW, em comparação com os actuais 2000 MW, referiu o responsável, sem avançar um calendário concreto para a expansão. A SAUDI Aramco, maior petrolífera estatal em todo o mundo, planeia duplicar a sua capacidade de geração de energia para o patamar dos 4000 megawatts (MW) até 2015, com o objectivo de assegurar o fornecimento da totalidade da electricidade que estima precisar para produzir crude e gás natural. Neste sentido, a companhia saudita está a expandir as centrais eléctricas nas suas actuais instalações de produção de petróleo e gás e pretende construir geradores para refinarias e outras infra-estruturas ainda em desenvolvimento, informou ontem Ziyad Al Shiha, director-executivo da Aramco Power Systems, em declarações reproduzidas pela agência Bloomberg. Recorde-se que a Arábia Saudita e outros países produtores de petróleo do golfo Pérsico estão a reforçar os seus fornecimentos de energia com o intuito de responderem às exigências de economias e populações em crescimento. Estas nações procuram ainda formas de utilizar menores quantidades de crude e gás enquanto combustíveis para as centrais de produção de electricidade. Neste quadro, a Arábia Saudita de- Google emite 2,1 mil milhões em obrigações Eskom procura fornecedores de carvão INTERNET A GOOGLE, cujas acções já desvalorizaram 9% este ano, vai fazer a sua primeira investida no mercado de obrigações através de um oferta de 3 mil milhões de dólares (2,1 mil milhões de euros), destinada a pagar empréstimos de curto prazo. A empresa proprietária do principal motor de busca online mundial planeia emitir títulos com maturidade a três, cinco e 10 anos, avançou à Bloomberg uma fonte próxima do processo. ENERGIA A ESKOM Holdings, produtora energética estatal da África do Sul, solicitou propostas para o abastecimento da sua central eléctrica de Duvha com carvão, numa altura em que a empresa procura responder ao crescimento da procura na maior economia do continente africano. Desta forma, a Eskom, sedeada em Joanesburgo, pretende garantir 3 milhões de toneladas métricas de carvão por ano entre 2015 e o final de 2024, avançou ontem em comunica- do. Acresce que os interessados têm até ao próximo dia 10 de Junho para apresentarem as suas propostas. A Eskom está a investir um total de 460 mil milhões de rands (46,5 mil milhões de euros) no reforço da sua capacidade, numa tentativa de reduzir as falhas de energia. A infra-estrutura de Duvha tem uma capacidade instalada total de 3600 megawatts (MW). A construção da central eléctrica teve início em Novembro de 1975 e a última das suas seis unidades começou a operar em 1984. ganhos de apenas 74 centavos por título. Por seu lado, as vendas cresceram cerca de 9% no período em análise para a fasquia dos 54,8 mil milhões de reais (23,7 mil milhões de euros). A produção de petróleo e gás natural registou um incremento de 3 pontos percentuais, depois de a Petrobras ter acrescentado novas plataformas de produção “offshore” nas bacias de Campos e Santos, enquanto o preço do crude negociado em Nova Iorque aumentou 20% para uma média de 94,60 dólares o barril no trimestre. A empresa obteve ainda um ganho financeiro de perto de 2,7 mil milhões de reais (1,16 milhões de euros), ajudada pela valorização do real, que reduziu o valor da sua dívida denominada em dólares. O lucro por acção do primeiro trimestre recuou em consequência da oferta de novas acções concretizada em Setembro do ano passado. BP negoceia aquisição da russa TNK INDÚSTRIA PETROLÍFERA A BP está a tentar um acordo para a aquisição da posição de um conjunto de milionários seus parceiros na TNK-BP, terceira maior produtora petrolífera da Rússia, numa altura em que expira o prazo para a planeada troca de acções com a estatal OAO Rosneft, avançaram à agência Bloomberg três fontes próximas do processo. Ainda não foi alcançado um entendimento quanto ao preço da transacção, acrescentaram as mesmas fontes. Recorde-se que os milionários, representados pelo grupo AAR, rejeitaram uma oferta de cerca de 27 mil milhões de dólares (19,1 mil milhões de euros) no mês passado. Acresce que a Rosneft pode participar na aquisição e Moscovo terá de dar luz verde a um eventual acordo, concretizou uma das fontes. Por seu lado, o “The Wall Street Journal” noticiou que a nova proposta da petrolífera britânica deve valer, pelo menos, 30 mil milhões de dólares (21,2 mil milhões de euros). A BP planeava trocar 5% do seu capital por uma fatia de 9,5% da Rosneft, ajudando a desenvolver os recursos energéticos do Árctico, segundo um acordo firmado no passado dia 14 de Janeiro. No entanto, a AAR venceu uma acção judicial contra a aliança, alegando que o acordo de accionistas confere à TNK-BP os direitos exclusivos para desenvolver a actuação conjunta com a BP no mercado da Rússia. BP e AAR detêm cada uma 50% da TNK-BP. www.oje.pt PUBLICIDADE TERÇA-FEIRA 17 de Maio de 2011 7 8 TERÇA-FEIRA 17 de Maio de 2011 Filial australiana causa prejuízos à Hochtief CONSTRUÇÃO A HOCHTIEF, detida a 43% pelo grupo espanhol ACS, apresentou prejuízos de 169,5 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, depois de ter registado um lucro de 34,1 milhões no mesmo período do ano passado. A empresa justifica este desempenho com a redução dos ganhos na filial australiana Leighton, avança a Europa Press. Os responsáveis pelo negócio na Austrália comunicaram que vão encerrar o ano com prejuízos em consequência da deterioração de vários dos seus investimentos e também por problemas encontrados em alguns projectos, em causa a construção de uma fábrica de dessalinização no estado de Vitória e de uma ligação ao aeroporto de Brisbane, onde a empresa espera perder 305 milhões de euros. Apesar da quebra nos resultados, as receitas do grupo construtor alemão cresceram 7,3%, para um total de 5100 milhões de euros, graças ao estabelecimento de novos BREVES Vértice 360 com menos 98% O grupo de audiovisual Vértice 360 obteve lucro líquido de 27 mil euros no primeiro trimestre deste ano, menos 98% face ao período homólogo, em que registou lucro de 1,3 milhões de euros. A companhia espanhola refere que esta queda se deve às amortizações e aos gastos financeiros com a ampliação do capital social após a fusão com a empresa Lavinia, no final de 2010. Abengoa reforça capital próprio O grupo de engenharia Abengoa subscreveu a opção de compra de 1,75 milhões de acções próprias, a um preço unitário de 30,37 euros. Este volume, segundo o comunicado enviado pela empresa ao regulador espanhol, afecta 1,9% do seu capital, e representa 53 milhões de euros, ampliáveis até um máximo de 68 milhões de euros. Amper perde 2,48 milhões A tecnológica espanhola Amper registou perdas de 2,48 milhões de euros no primeiro trimestre de 2011, face ao lucro de 589 mil euros no mesmo período de 2010. A empresa refere em comunicado que o EBITDA foi de 1,14 milhões de euros, uma queda de 66%, enquanto as vendas se situaram nos 62,81 milhões de euros, menos 1,8% que no homólogo. Wynn quer investir em Macau A Wynn pretende inaugurar um complexo turístico em Macau até 2015, num investimento de pelo menos 1760 milhões de euros, disse à agência Lusa Steve Wynn, presidente do grupo. O executivo espera no entanto pela “aprovação final” por parte do Governo da concessão do terreno na zona de casinos do Cotai, entre as ilhas da Taipa e de Coloane. www.oje.pt NEGÓCIOS contratos. Contudo, as receitas contabilizadas pelas sucursais na América, na Europa e na divisão de concessões não conseguiram compensar o “colapso” proveniente da região Ásia-Pacífico. A Hochtief conseguiu um volume de 45 610 milhões de euros em carteira de obras até ao mês de Março, mais 25% que no período homólogo. A maior construtora alemã não acredita que esta tendência de crescimento de novos contratos se mantenha no mesmo ritmo durante os próximos trimestres. Para este ano, o grupo de construção prevê que o volume de negócios se situe ao mesmo nível do ano passado, mas com um lucro superior, proveniente de ganhos potenciais com a venda de parte do negócio de concessões. Já para os próximos dois anos, a empresa mantém as previsões e espera conseguir um lucro líquido consolidado de 500 milhões de euros em 2012, depois da venda da participação que detém na imobiliária Aurelis Real Estate. Securitas lança OPA sobre Niscayah SERVIÇOS O GRUPO multinacional Securitas lançou uma oferta pública de aquisição sobre a Niscayah, líder mundial no mercado da segurança electrónica, de 5800 milhões de coroas suecas (643 milhões de euros). A empresa sueca de serviços de segurança oferece aos accionistas uma nova acção da Securitas por cada 4,19 títulos da Niscayah, o que equivale a um prémio de 34% face ao valor das acções do grupo Niscayah A DAIMLER e o grupo Rolls-Royce aumentaram a oferta pela Tognum, para 3,4 mil milhões de euros. Esta proposta representa uma subida de 8,3% face à oferta inicial, que foi rejeitada por parte dos accionistas. A oferta agora apresentada define um prémio de 26 euros por acção. A Daimler, proprietária da Mercedes-Benz, já detém 28,4% da se- AS autoridades britânicas saíram às ruas da capital depois de uma ameça de bomba no centro da cidade, que não discriminava hora nem local. A tradicional avenida Mall foi uma das ruas que foram encerradas, depois deste alerta de segurança. Algumas fontes Foto EPA/Kerim Okten atribuem a ameaça a um grupo de dissidentes irlandeses. gunda maior fabricante mundial de motores a gasóleo para a indústria energética, de defesa e náutica, mas mantém o interesse por uma participação mais robusta no negócio. A nova oferta foi submetida por escrito e fontes contactadas pela Bloomberg admitiam a possibilidade de a Tognum se pronunciar a este respeito ontem ou durante o dia de hoje, contudo, até ao fecho desta edição, não foi revelada a decisão. Ganhos do Mitsubishi UFJ recuam 82% BANCA O MITSUBISHI UFJ Financial Group, maior banco cotado do Japão, apresentou uma quebra de 82% no lucro líquido do primeiro trimestre, para 31,3 mil milhões de ienes (273,9 milhões de euros), depois de ter conseguido ganhos de 171,7 mil milhões de ienes (1,5 mil milhões de euros) no período homólogo. O banco atribui o resultado às perdas na VENDER MAIS VINHO LUCRAR COM... Jack Soifer* PORTUGAL tem vinhos excepcionais, mas o marketing deve melhorar. Algumas rotas ainda se voltam para espanhóis e ingleses, talvez franceses. Há grupos menores, mas com maior despesa por cá. Não esquecer as prendas, roupas típicas, porcelana, olarias, mesmo que se tenha de comprá-las em Alcobaça. É vital ter caixas com alças, O grupo sueco quer reforçar a sua capacidade de oferta de tecnologia de segurança e integração de sistemas, serviços que fazem parte da carteira da Niscayah, empresa que já fez parte do grupo Securitas mas que se separou em 2006. Quando concluído o negócio, os accionistas da Securitas vão controlar 81% do novo grupo, enquanto os accionistas da Niscayah ficam com os 19% restantes. A Niscayah seleccionou um comité independente para analisar a proposta e tomar as decisões necessárias. LONDRES: Ameaça de bomba põe autoridades britânicas em alerta Daimler e Rolls-Royce sobem oferta MOTORES nos últimos três meses, refere a Europa Press. A oferta estará disponível de 20 de Junho a 18 de Julho. A Securitas prevê que esta aquisição possa criar sinergias de custos, por ano, de cerca de 200 milhões de coroas (22 milhões de euros), com plenos efeitos a partir de 2013. Em contrapartida, a empresa sueca estima que os custos de reestruturação, em 2011 e 2012, possam chegar aos 250 milhões de coroas (28 milhões de euros). para 6, 10 e 12 garrafas, assim como bag-in-box de 5 litros, para festas. Ofereça a alternativa de entregar em domicílio ou hotel, por uma transportadora. Algumas adegas mostram parte da vinha, poucos mostram a herdade, que muitas vezes tem uma história que deve ser contada. Vinho é também odor, flor, calor. Mostre mais do que a cave. Tenha restaurante na quinta ou perto. É essencial um acesso adequado, enólogo local, parking e sinalética. Ofereça um curto historial de cada vinho, até de cada casta. Tenha um belo jardim e um pequeno lago ou até chafariz, para atrair pássaros. Para trazer estes turistas, contacte as associações de sommeliers e clubes de vinho do Norte da Europa, Rússia, Canadá e do Brasil. Proprietários de restaurante raramente tiram férias, exceptuando Fe- vereiro-Março, quando as vendas são fracas. Nesta altura temos um clima já ameno. Organize visitas a restaurantes de caça no seu distrito, aos de comida típica, e convide associações de norte-europeus para no Inverno conhecerem os vinhos e a gastronomia da sua região. Faça embalagens de madeira para três ou seis garrafas e adicione uma prenda que ele use sempre, p.ex., uma faca para queijos, para ele lembrar da sua marca. Descreva a região no rótulo, em três línguas. Forme um cluster com outros produtores para exportar. Esqueça os grandes eventos da AICEP e embaixadas. Os directores das associações acima, jornalistas e peritos preferem pequenos eventos, com contacto mais directo com os produtores. *Autor de Como Sair da Crise, Lucrar na Crise e Transportes unidade de financiamento ao consumidor e no negócio de corretagem. O lucro proveniente de empréstimos caiu 0,5%, enquanto os rendimentos de títulos de negociação e de outros valores mobiliários aumentaram 51%. Este ano, o banco estima uma subida dos lucros de 2,9%, para 5,2 mil milhões de euros, com a recuperação do crédito ao consumidor e a conversão das acções do Morgan Stanley. Preços junto do consumidor sobem na Índia INFLAÇÃO A inflação, na Índia, subiu 8,66% em Abril, pressionada pelo maior aumento, em três anos, do preço dos combustíveis, avança a agência Bloomberg. Os preços continuam a subir, mas a um ritmo menos acelerado face ao mês de Março, altura em que o crescimento foi de 9,1%. Apesar do abrandamento, a taxa de inflação continua muito longe do nível exigido pelo Banco Central, o que poderá levar a instituição a subir os juros. www.oje.pt NEGÓCIOS TERÇA-FEIRA 17 de Maio de 2011 9 PUB PlayStation Network retoma de forma parcial ▲ REDES ONLINE A SONY retomou parcialmente as operações da PlayStation Network e dos serviços de entretenimento Qriocity nos EUA e na Europa após a interrupção de mais de três semanas, anunciou a empresa em comunicado. As operações agora retomadas incluem os jogos online, o serviço de chat e o download de música. A multinacional acrescentou que planeia fazer o mesmo na Ásia brevemente. A companhia suspendeu os serviços a 20 de Abril após um ataque de hackers, que levou a uma brecha nos dados de mais de 100 milhões de utilizadores, tornando-se o segundo maior roubo online de dados pessoais. Como resultado, os afectados receberam da Sony um ano gratuito de protecção de roubo de identidade. A empresa referiu que a rede está a ser restaurada por fases, e que alguns Estados dos EUA ainda estão sem os serviços. A fase de recuperação também teve início na América do Sul, Médio Oriente, Nova Zelândia e na Austrália. A Sony espera ter as operações a funcionar na totalidade, incluindo a aquisição de jogos e vídeos online, no final de Maio. SIDNEY: Edifício recebe árvores “Banksia” O NÚMERO 1 de Bligh Street, no distrito financeiro de Sidney, Austrália, foi o primeiro edifício da cidade a ser galardoado com as seis estrelas da Greenstar, que classificam o Foto EPA/Angela Brkic prédio como ambientalmente sustentável. Venda de carros derrapa 37,5% no início de Maio ▲ ESPANHA AS NOVAS matrículas de automóveis no mercado espanhol durante a primeira quinzena de Maio situaram-se nas 25 815 unidades. Este valor, de acordo com os dados do Instituto de Estudios de Automoción (IEA), elaborados para a Asociación Nacional de Vendedores de Vehículos a Motor (Ganvam), representa uma queda a pique de 37,5% face ao mesmo período de 2010. Esta descida, superior à registada em Espanha durante os quatro primeiros meses deste ano, surge como uma consequência do colapso no mercado de particulares, assim co- mo do fim do efeito sazonal associado às férias da Semana Santa, o que pôs um travão nas compras realizadas por parte das empresas de aluguer de viaturas. Assim, e segundo a informação veiculada pela IEA, as vendas de carros a particulares desceram 50,6% nos primeiro 15 dias do mês corrente, para 11 740 unidades. A IEA acrescenta ainda que as aquisições feitas pelas empresas de aluguer baixaram 28,9%, para 6835 unidades, o que sucedeu após o elevado aumento que se registou antes do período da Semana Santa, quando os rent-a-car procederam a uma renovação de frota em grande escala. 10 TERÇA-FEIRA 17 de Maio de 2011 www.oje.pt NACIONAL E INTERNACIONAL Programa “ambicioso” para Portugal A aprovação da ajuda a Portugal foi ontem decidida por unanimidade no seio da União Europeia. Ao todo, são 52 mil milhões de euros, que se juntam aos 26 mil milhões da assistência prestada pelo FMI OS MINISTROS das Finanças da Zona Euro e da União Europeia aprovaram ontem por unanimidade, em Bruxelas, o resgate a Portugal, um pacote financeiro de 78 mil milhões de euros para três anos, considerando que o programa negociado com Lisboa é “ambicioso”. Numa declaração divulgada em Bruxelas, na sequência de uma reunião do Eurogrupo (17 países membros da Zona Euro) alargada aos restantes (10) Estados-membros da Os ministros do Eurogrupo consideram o programa ambicioso, mas dizem estar confiantes UE, na qual foi dada “luz verde” ao programa de assistência a Portugal, os ministros das Finanças europeus consideram ainda que o programa “salvaguarda os grupos mais vulneráveis na sociedade” portuguesa. “Os ministros do Eurogrupo e do Ecofin estão confiantes em que o programa de ajustamento económico e financeiro vai responder de uma forma decisiva aos desafios que a economia portuguesa enfrenta a nível orçamental, financeiro e estrutural”, lê-se na declaração. O documento indica à cabeça que os ministros acordaram por unanimidade prestar assistência financeira em resposta ao pedido formulado pelas autoridades portuguesas a 7 de Abril, por concordarem com a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu (BCE) que o empréstimo a Portugal também salvaguardará a estabilidade financeira da Zona Euro e da UE no seu conjunto. Os ministros saúdam ainda o apoio dado pelos partidos da oposição ao programa de ajustamento anunciado pelo Governo português a 5 de Maio, e exortam “todos os partidos políticos a garantir uma implementação rigorosa e imediata do programa”. O pacote de ajuda a Portugal atinge os 78 mil milhões de euros, repartido em partes iguais, de 26 mil milhões de euros, pelo Fundo Europeu de Estabilização Financeira (suportado pelos países da Zona Euro), pelo Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira (a UE, através do orçamento comunitário), e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). O montante da primeira tranche e a taxa de juro precisa a ser aplicada ao empréstimo europeu ainda não tinham sido divulgados até à hora de fecho desta edição. Foto EPA/Olivier Hoslet Teixeira dos Santos com Jean-Claude Trichet, presidente do BCE, ontem, em Bruxelas Alemanha é quem garante maior parte do empréstimo proveniente da Zona Euro A Alemanha é o parceiro da Zona Euro que vai garantir a parte maior do empréstimo de 26 mil milhões de euros provenientes do Fundo Europeu de Estabilização Europeia que os ministros das Finanças europeus aprovaram ontem em Bruxelas. A assistência financeira a Portugal será repartida em partes iguais de 26 mil milhões de euros pelo Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira (MEEF) e Fundo Monetário Internacional (FMI), o que dá um total de 78 mil milhões. Enquanto o FMI garante a sua parte no empréstimo, assim como acontece com a União Europeia através do orçamento comunitário no MEEF, a fatia do FEEF é garantida através dos pesos relativos no Banco Central Europeu pelos Estados-membros da Zona Euro, sem contar com Portugal, Irlanda e Grécia, países que estão a ser alvo de assistência financeira. Em termos práticos, o empréstimo de 26 mil milhões de euros tem uma garantia total 20% acima desse montante, que é distribuída por todos os membros da Zona Euro em função do seu peso relativo no BCE, conforme explicou fonte comunitária. Repartição da garantia do empréstimo do FEEF Zona Euro Alemanha França Itália Espanha Holanda Bélgica Áustria Finlândia Eslováquia Eslovénia Luxemburgo Estónia Chipre Malta Total ME 9070 6811 5984 3978 1909 1161 930 599 330 156 84 84 65 31 % 29,07 21,83 19,18 12,75 6,12 3,72 2,98 1,92 1,06 0,50 0,27 0,27 0,21 0,10 31.200 Strauss-Kahn fica sob prisão mas FMI “permanece operacional” O director do FMI, ontem, num tribunal de Nova Iorque. Foto EPA/Andrew Gombert O DIRECTOR-GERAL do FMI, Dominique Strauss-Kahn, vai continuar detido, depois de uma juíza nova-iorquina ter ordenado ontem a sua prisão preventiva. A defesa sugeriu uma caução de um milhão de dólares, mas a magistrada de Manhattan recusou libertá-lo, aparentemente sensível aos argumentos da acusação, que considerava existir risco de fuga do país. Entretanto, a Comissão Europeia garantiu ontem que a detenção do director-geral do FMI não terá “qualquer impacto” sobre o programa de assistência financeira a Portugal. Referindo-se a “títulos alarmistas” na imprensa sobre o possível impac- to da detenção de Strauss-Kahn, em Nova Iorque, sobre os programas de resgate em curso, o porta-voz do comissário dos Assuntos Económicos europeu disse, em Bruxelas, que a Comissão está “absolutamente confiante que haverá uma continuidade Está “fora de questão” o caso de Strauss-Kahn poder afectar os programas de ajuda em curso total, não só nas operações, mas também nos processos decisórios do FMI”. Reiterando que está “fora de questão que as decisões que estão em curso e os programas que estão a ser aplicados possam ser alterados” devido à situação do director-geral do FMI, o porta-voz lembrou também a declaração divulgada na véspera por esta instituição, “que é muito clara”. Numa curta declaração divulgada à comunicação social, a directora de relações externas do FMI, Caroline Atkinson, disse em Washington que a organização “permanece totalmente operacional e em funcionamento”. www.oje.pt NACIONAL E INTERNACIONAL COMÉRCIO EXTERNO NOS PRIMEIROS dois meses de 2011, Portugal registou o sexto maior défice da balança comercial entre os países da União Europeia, de 2,7 mil milhões de euros, de acordo com os dados avançados ontem pelo Eurostat. O gabinete de estatística europeu destaca, pela negativa, o Reino Unido, que obteve um défice de 18,4 mil milhões de euros, seguindo-se a França (com 15,9 mil milhões), a Itália (10,2 mil milhões de euros), a Espanha (com 8,1 mil milhões), a Grécia (3,9 mil milhões de euros) e Portugal (com 2,7 mil milhões). A entidade revelou ainda que o excedente comercial da Zona Euro aumentou em Março. As estimativas preliminares do gabinete indicam que, durante o mês de Março, o excedente comercial dos 17 países que integram a Zona Euro ascendeu aos 2,8 mil milhões de euros, face aos 2,7 mil milhões de euros obtidos no mês homólogo; isto após o défice de 3 mil milhões de euros registado em Fevereiro deste ano. Na União Europeia, o défice aumentou para 9,6 mil milhões de euros em relação aos 8,9 mil milhões obtidos em Março de 2010. O défice energético dos 27 países da União Europeia (UE 27) progrediu de forma significativa, ao registar 61 mil milhões de euros no período entre Janeiro e Fevereiro de 2011, face aos 44,4 mil milhões de euros no homólogo, o mesmo acontecendo com o excedente relativo aos bens manufacturados, de 27,1 mil milhões de euros face aos 17,4 mil milhões no mesmo período do ano transacto. As trocas comerciais cresceram com quase todos os parceiros comerciais, intensificando-se as exportações para a Turquia (47%), a Rússia (46%), a China (33%) e a Coreia do Sul (31%). O Eurostat acrescenta que a Alemanha foi o país que obteve o maior excedente comercial, de 21,9 mil milhões de euros entre os meses de Janeiro e Fevereiro, seguindo-se a Holanda, com 7,5 mil milhões de euros, e a Irlanda, ao registar 6 mil milhões de euros. 11 Inflação na Zona Euro ascende a 2,8% em Abril ▲ Portugal tem o 6º maior défice comercial FLÓRIDA: Última missão do vaivém Endeavour TERÇA-FEIRA 17 de Maio de 2011 MACROECONOMIA O VAIVÈM Endeavour descolou da Base Espacial Kennedy, na Flórida, para a sua última missão. Mark Kelly comanda uma equipa de seis astronautas à Estação Espacial Foto EPA/Justin Dernier Internacional, para instalar um espectrómetro magnético. A INFLAÇÃO anual na Zona Euro subiu para 2,8% em Abril, face aos 2,7% em Março, e contrastando com os 1,6% registados no mesmo período em 2010, segundo o Eurostat. Estes valores confirmam a estimativa rápida do gabinete de estatística da União Europeia (UE), divulgada a 29 de Abril. Na UE a 27, a taxa de inflação homóloga situou-se nos 3,2%, face aos 3,1% de Março, e acima dos 2,1% obtidos em Abril de 2010. As taxas de inflação homólogas mais baixas em Abril foram observadas na Irlanda (1,5%), na República Checa (1,6%) e na Suécia (1,8%). Já a Roménia (8,4%), a Estónia (5,4%) e a Lituânia e a Hungria (4,4%) registaram as taxas de inflação mais elevadas. Em Portugal, a taxa de inflação situou-se nos 4%. A impulsionar a inflação na Zona Euro estiveram os sectores dos transportes (5,9%), da habitação (5%), do álcool e tabaco (3,4%), enquanto as comunicações registaram uma descida de 0,9%, de acordo com os dados do Eurostat. A inflação volta assim a situar-se acima do limite dos 2% estabelecidos pelo Banco Central Europeu (BCE), que tem como principal desígnio a manutenção da taxa num nível próximo de 2%. PUB 12 TERÇA-FEIRA 17 de Maio de 2011 www.oje.pt ANÁLISE 700 MILHÕES EM IMPOSTOS PRESCREVEM ANUALMENTE A máquina fiscal precisa de ser mais eficaz, defendeu Luís Magalhães, partner da consultora KPMG, que, num encontro com jornalistas, apresentou um documento de reflexão sobre as questões abordadas no memorando com a “troika”. Por Vítor Norinha I mpreparação do legislador ou uma máquina fiscal que ganhou eficiência, mas não a suficiente para evitar 700 milhões de euros de impostos que em média prescrevem todos os anos, sendo que em 2009 prescreveram 1200 milhões de euros, são algumas das críticas do partner da KPMG Luís Magalhães. A litigância entre o contribuinte e o Estado tem vindo a aumentar e há 50 mil processos em aberto. Defende a definição de prioridades a este nível, sendo que a arbitragem é uma boa solução para se reduzir o volume de litígios. Defende ainda prioridades na acção, sendo que a evasão em sede de IVA é a mais relevante, pois é o imposto mais pesado. O memorando prevê, nesta óptica, um aumento do esforço relacionado com o combate à fraude e evasão fiscal, com o objectivo de aumentar a receita em 175 milhões de euros todos os anos. Luís Magalhães realça o ponto mais forte deste documento e que é o facto de estar dirigido para o lado da receita. “Esta é uma ocasião única”, afirma. Realça que esta é uma das primeiras vezes em que se toma Onde terá a receita de subir – IRC/2012: 150 milhões de euros – IRC/2013: 175 milhões de euros – IRS/2012: 150 milhões de euros – IRS/2013: 175 milhões de euros – IVA/todos os anos: 410 milhões de euros – Consumo/todos os anos: 250 milhões de euros – Património: redução das deduções e das isenções – Fraude e evasão/todos os anos: 175 milhões a direcção certa e diz que há tempo para os decisores políticos tomarem as opções acertadas até Setembro/ /Outubro. O encontro entre o partner da KPMG e os jornalistas destinou-se a debater alguns conceitos a nível fiscal inseridos no memorando assinado entre o Governo e a “troika”, sem qualquer valor do foro político. Sublinhou que é necessário que as opções (a nível fiscal) sejam de um ponto de vista técnico bem elaboradas. Disse que aquilo que foi negociado com a “troika” permite alguma “ponderação para trocas, desde que a O memorando prevê no combate à fraude e evasão fiscal aumentar a receita em 175 milhões de euros todos os anos receita não seja afectada”. Deu como exemplo de medidas que não podem ser levadas à letra o fim dos benefícios fiscais ao interior para a criação de emprego. O que muda no IRC As alterações a nível de IRC incluem a abolição de todas as taxas reduzidas e IRC. Nesse sentido deverá vir a extinguir-se a taxa reduzida de IRC de 12,5%, e que é aplicável à parcela da matéria colectável até 12 500 euros. Vão ser introduzidos limites à dedução de prejuízos fiscais reportáveis de exercícios anteriores, a par da redução do período de reporte de quatro para três anos. A medida deverá limitar a dedução de prejuízos fiscais de anos anteriores a uma determinada percentagem do lucro tributável apurado. Vão ser ainda revogadas as isenções subjectivas. O documento conhecido por memorando de entendimento não é específico e não identifica as isenções a revogar. A KPMG acredita que esta medida venha a abranger as isenções de que actualmente benefici- am as pessoas colectivas de utilidade pública e de solidariedade social. Está ainda prevista a eliminação de alguns benefícios fiscais inscritos no Estatuto dos Benefícios Fiscais. Aquilo de que se está a falar é de benefícios que vigoram durante cinco anos e poder-se-ão incluir os benefícios fiscais relativos à criação de emprego, o regime das SGPS e os benefícios relativamente à discriminação positiva pela interioridade. Irão ainda ser reforçadas as regras de tributação incidentes sobre os encargos suportados com viaturas. É expectável, segundo as mesmas fontes, um novo agravamento da tributação autónoma dos encargos suportados pelas empresas com viaturas ligeiras de passageiros e mistas. Será alterada a Lei das Finanças Regionais no sentido delimitar a redução da taxa de IRC em vigor nas regiões autónomas a 20% da taxa geral em vigor no continente. A KPMG conclui que com esta medida, a taxa de IRC mais elevada em vigor nas regiões autónomas passará a ser de, pelo menos, 20%, sendo que actualmente é de 17,5% na Região Autónoma dos Açores e de 20% na Região Autónoma da Madeira. maisresponsável Nº 32 • 17 de Maio de 2011 veja mais em www.oje.pt SUPLEMENTO MENSAL DE SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIAL Youth@Work estimula emprego entre jovens europeus EMPREENDEDORISMO Actualmente, um em cada cinco jovens europeus não consegue encontrar emprego, de acordo com dados do Eurostat 3T 2010 (relativo a jovens dos 15 aos 24 anos). A CE espera contribuir para inverter estes números, que podem pôr em risco a competitividade da UE durante os próximos anos, já que “representam um enorme desperdício de potencial humano”, com o programa Youth@Work, através da organização de sessões sobre temas como comunicação em rede, tutoria e recrutamento, a realizar em feiras de emprego por toda a UE. A Comissão Europeia (CE) apresentou recentemente a Youth@Work, uma acção que visa contribuir para a difícil meta de atingir uma taxa de emprego de 75% na União Europeia (UE) entre homens e mulheres com idades entre os 20 e os 64 anos, ainda esta década, definida na Estratégia Europa 2020. A ideia é estreitar a ligação entre jovens e pequenas e médias empresas, estimulando a procura destes potenciais talentos por parte dos empregadores das PME. Trabalhando activamente com os empregadores das PME, com a juventude e com os serviços públicos de emprego para incentivar a contratação de mais jovens desempregados pelas PME europeias, a iniciativa ambiciona transformar as ideias e o entusiasmo dos jovens em oportunidades de criação de negócios inovadores, estimulando o auto-emprego, ao mesmo tempo que espera melhorar os níveis de empregabilidade no Velho Continente. Neste contexto, construir sinergias entre os jovens e o tecido empresarial estruturado pelas PME pode ser estra- Energias renováveis podem “alimentar” o mundo em 2050 RELATÓRIO IPCC DENTRO DE quatro décadas, as energias renováveis poderão satisfazer cerca de 80% das necessidades energéticas globais, de acordo com um relatório apresentado pelo Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC) da Organização das Nações Unidas. Todavia, só com um compromisso sério por parte dos governos mundiais no que respeita às políticas necessárias para promover estas fontes de energia limpa será possível atingir este ambicioso, mas urgente, objectivo. O relatório, com cerca de mil páginas e já considerado como uma bíblia para o sector, marca a primeira vez que este organismo analisa, em pormenor, as energias baixas em carbono e foi elaborado por 120 investigadores. Apresentado na passada semana no Dubai, o documento inclui ainda a análise de 160 cenários científicos distintos com base em diferentes níveis de fontes de energia renovável e de acordo com factores sociais e ambientais variados. Destes, quatro cenários foram eleitos como os mais possíveis e, o mais optimista, projecta que 77% da procura global de energia em 2050 possa ser satisfeita com estas fontes, comparativamente a 13% de energias limpas utilizadas em 2008. Caso este caminho seja seguido, o IPCC defende que será possível manter os níveis de gases com efeitos de estufa em níveis suficientemente baixos para manter o aumento na temperatura global, em meados do século, abaixo dos dois graus (o limite de segurança definido para evitar alterações climáticas catastróficas e irreversíveis). De acordo com o responsável deste Painel Intergovernamental da ONU, Rajendra Pachauri, o investimento necessário para se atingir este objectivo custará apenas um por cento do PIB global anual. Das fontes analisadas, uma má notícia para os que apostam na energia geotérmica e na das ondas, que “não deverão contribuir significativamente para o fornecimento global de energia antes de 2020”. A boa notícia, principalmente para Portugal, é o facto de as energias eólicas terem sido já responsáveis por dois por cento da procura global de electricidade, sendo expectável que este valor ascenda a 20% em 2020. tégico, defende a CE, já que, por um lado, o que falta “muitas vezes” aos mais novos em “experiência e competências para serem competitivos num mercado laboral escasso em empregos”, sobra numa “visão refrescada do mundo” que significa frequentemente “ideias inovadoras e energia para oferecer aos empregadores”. E, por outro, o “papel preponderante” que as PME ocupam na recuperação da crise económica na Europa (pela rapidez com que o poderão fazer), justifica esta aposta para estimular o empreendedorismo jovem. FILME: “Lixo Extraordinário” ENTREVISTA LUÍSA PESTANA “Não damos donativos. Em dez anos, implementámos 60 projectos de raiz, que acompanhamos numa intervenção alargada, dando autonomia aos parceiros.” Pág. IV ESTUDO OCDE Investimento na primeira infância é crucial para Portugal Pág. VI À CONVERSA COM Ana Tojal AJU dá projecto de vida a crianças em risco Pág. VIII EM PARCERIA COM: A VIDA dos catadores de lixo do Jardim Gramacho, na periferia do Rio de Janeiro, serviu de mote a um documentário, premiado em diversos festivais, que segue o mais recente Foto DR projecto do famoso fotógrafo Vik Muniz. E já está em exibição em Portugal. www.ver.pt Gestores e empresários cristãos divulgam documento sobre a crise REFLEXÃO A Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE) divulgou um documento em que se reflecte sobre a crise que assola Portugal e que preconiza algumas medidas defendidas por esta associação. A responsabilidade pessoal e social dos líderes empresariais é amplamente focada no documento divulgado pela associação. A relação da empresa com todos os seus “stakeholders” significa, para os líderes empresariais cristãos, “tratar os outros como gostaríamos de ser tratados se estivéssemos no seu lugar” e constitui, a seu ver, o melhor guia para uma boa gestão. Utilizar o despedimento como o último recur- so, diagnosticar situações de emergência, construir sistemas internos de solidariedade, efectuar o pagamento pontual a fornecedores – um dos programas já lançados a nível nacional pela ACEGE – e apostar em projectos de cooperação e entreajuda empresarial são algumas das propostas apresentadas. Por outro lado, a protecção da fa- mília deverá estar igualmente no centro das preocupações dos líderes empresariais. E, no plano social, os gestores e empresários cristãos dever-se-ão recordar de que, mais do que nunca, a articulação com a obra social da Igreja Católica é absolutamente imperativa. Afirmando que Portugal sofre há muito de uma “doença prolongada” veiculada pela enorme dependência do Estado, que bloqueia o dinamismo e a vontade de arriscar, o documento alerta para a urgência de uma elite empresarial que seja independente do mesmo, que possa contribuir para uma sociedade civil mais participativa e que tenha como imperativo ser um exemplo ético para todos os sectores da sociedade. II TERÇA-FEIRA 17 de Maio de 2011 maisresponsável NOTÍCIAS maisresponsável IADE leva ideias sustentáveis ao GreenFest Coordenação editorial Paulo Corrêa d’Oliveira Helena Oliveira (VER) Gabriela Costa (VER) Fotografia Victor Machado ECODESIGN NO ÂMBITO da IADE Green Week, que decorreu entre 9 e 16 de Maio, os alunos do Instituto de Artes Visuais, Design e Marketing criaram propostas de comunicação que serão utilizadas na divulgação do GreenFest, a realizar entre 28 de Setembro e 2 de Outubro, no Centro de Congressos do Estoril. O concurso de ideias dirige-se aos finalistas das licenciaturas e a alunos de mestrado das áreas de Marketing e Publicidade, Design e Fotografia. A instituição seleccionou equipas incluindo cinquenta estudantes e dez professores que responderam a desafios de comunicação no âmbito da sustentabilidade e RS, centrados na sensibilização para as preocupações ambientais. Os elementos da equipa vencedora garantem o acesso a estágios na agência Ogilvy, parceira do IADE Green Week. Recentemente, o Instituto foi distinguido com um prémio internacional, o Gold Mercury Sustainability Awards 2010, que premeia boas práticas ambientais nos subsectores da Madeira, desde a utilização de matérias-primas sustentáveis à promoção de acções de consciencialização sobre a sustentabilidade, reconhecendo os indivíduos, as empresas e as organizações mais inovadores e sustentáveis da indústria do mobiliário. Director Comercial João Pereira [email protected] Gestores de Contas Alexandra Pinto – 217 922 096 Isabel Silva – 217 922 094 André Domingues – 217 922 073 Miguel Dinis – 217 922 090 Suplemento elaborado em parceria com Prémios para incentivar empreendedores ▲ CONCURSO CIDADES SUSTENTÁVEIS SABRINA FABER, do Iémen, foi a vencedora do Prémio Philips Cidades Habitáveis, no valor de 125 mil euros. Captar, filtrar e guardar água da chuva sobre os telhados na cidade de Sana’a foi a ideia vencedora, mediante a qual a jovem espera ajudar a resolver a habitual escassez de água naquele meio urbano durante os períodos secos, enquanto se fornece água potável. O sistema idealizado trará ainda significativos benefícios para a saúde de toda a população. Este concurso, promovido pela Royal Philips Electronics, constitui uma iniciativa global pensada para gerar ideias inovadoras e viáveis com o objectivo de contribuir para melhorar a saúde e o bem-estar dos habitantes das cidades em todo o mundo. Este programa terá continuação nos próximos anos e os vencedores trabalharão com mentores da própria empresa para tornar reais as suas ideias nas comunidades locais. CRIANÇAS “SOBRE RODAS” ▲ Siemens aposta no lema mais vale prevenir que remediar ▲ INCENTIVAR o empreendedorismo e a investigação junto dos empresários e da comunidade universitária, potenciando o desenvolvimento do capital humano à escala local e global, é o objectivo da Fundação everis, que lançou a edição 2011 dos prémios anuais “Entrepreneurs” e “Essay”. O primeiro tem como objectivo fomentar o espírito empreendedor, no âmbito universitário e científico, a par de facilitar o financiamento de projectos empresariais que sobressaiam pela inovação, viabilidade e beneficio para a sociedade. O segundo visa incentivar a reflexão e a divulgação das TI para os novos modelos sociais e organizacionais. Aos projectos vencedores será atribuído um valor monetário de 60 mil e 24 mil euros, respectivamente e, pela primeira vez, surge um prémio complementar de 40 mil e 6 mil euros para um segundo eleito em cada categoria. A entrega dos projectos candidatos deve ser realizada até ao dia 1 de Junho de 2011 através do site www.fundacioneveris.com. ▲ Arte Carlos Hipólito Marta Simões ▲ PUBLICADO NA ANTEPENÚLTIMA TERÇA-FEIRA DE CADA MÊS PHILIPS PREMEIA CRIATIVIDADE PREVENÇÃO PRECOCE NO MÊS em que se assinala o Dia da Mãe e também o das famílias, a Siemens oferece a cerca de mil mulheres a possibilidade de realizarem uma mamografia digital gratuita. Inserida na Campanha de Prevenção do Cancro da Mama e com o mote “Como proteger o mais delicado? Com amor e prevenção”, é objectivo da empresa, ao longo dos dois próximos meses, divulgar as várias formas de prevenir esta doença que, quando detectada precocemente, pode atingir uma taxa de cura na ordem dos 90 por cento. Como refere João Seabra, membro da Comissão Executiva da Siemens Portugal, a par da aposta da empresa no desenvolvimento de várias soluções que apoiam o diagnóstico desta doença, “o objectivo primordial é que as mulheres saibam como proceder da forma mais adequada para a detecção precoce da doença”. Para este efeito, associaram-se à em- presa 13 parceiros clínicos, de norte a sul do País e Açores, para oferecerem mais de mil mamografias correspondentes às primeiras inscrições no site www.siemens.pt/healthcare/pelasuasaude. Como condição, a participante terá de ter mais de 45 anos à data da inscrição e não poderá ter realizado uma mamografia durante os últimos dois anos. A empresa irá igualmente divulgar, em Junho, os resultados de um estudo sobre a detecção precoce do cancro da mama. SOLIDARIEDADE NO ANO em que celebra o seu 100.º aniversário, a Chevrolet doará 100 automóveis às Aldeias de Crianças SOS na Europa, sendo que quatro destes têm como destino as quatro aldeias existentes em Portugal. A parceria entre a empresa e a instituição, denominada “Wheels for Kids”, deu já frutos em Cascais, na Aldeia de Crianças SOS Bicesse. A partir de agora, um Chevrolet Orlando está já ao dispor para a deslocação das crianças para a escola ou para actividades extracurriculares, bem como dos colaboradores que se encontram a trabalhar nos Programas de Fortalecimento Familiar, no âmbito do qual visitam e prestam apoio a famílias em situação difícil. em agenda REITORIA DA UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA – 19 DE MAIO 3. SEMINÁRIO DE FUNDRAISING O Dicas para o fundraising em tempos de crise; as melhores abordagens para pedir apoios a empresas; as vantagens das contribuições e donativos dos particulares; a importância da fidelização dos doadores/sócios regulares; o recurso a softwares de base de dados para incrementar o dinheiro angariado; o conhecimento das motivações dos doadores (particulares, empresas, fundações) para melhorar resultados; e as oportunidades da crise para o nosso sector. São estes os temas-chave que estarão em análise no próximo seminário da consultora Call to Action. O evento inclui casos práticos e um debate dinamizado por especialistas nacionais e internacionais que visa alargar a capacidade de angariação e gestão de fundos de qualquer ONL, ONG, IPSS, associação, universidade, escola, centro social, paróquia ou fundação. AUDITÓRIO DA APAV – 25 DE MAIO GESTÃO DA QUALIDADE DAS RESPOSTAS SOCIAIS o processo e promover a adesão das organizações ao processo de certificação. O workshop será dinamizado por Cláudia Pedra e Sandra Costa, partners da Stone Soup, estando a sessão a cargo da formadora Filipa Pinto. será, pois, “muito inspirador conhecer a sua análise prospectiva sobre a evolução da sociedade portuguesa, a partir do acordo a que se chegou com os nossos credores internacionais”. LISBOA (RUA DOS DOURADORES, 57) – 26 DE MAIO 31 DE MAIO – BALLETEATRO NO PORTO ALMOÇO-DEBATE ACEGE COM MEDINA CARREIRA A Stone Soup Consulting realiza um workshop colaborativo sobre o Processo de Certificação da Qualidade das Respostas Sociais, de acordo com os modelos desenvolvidos pelo ISS. O evento é destinado a trinta dirigentes e quadros técnicos de IPSS portuguesas ou outras organizações com oferta de respostas sociais, e tem como objectivos informar sobre o processo de certificação da qualidade das respostas sociais, sobre as etapas do processo de certificação e sobre as principais vantagens e os desafios do processo de certificação das respostas sociais, bem como sensibilizar os participantes para a necessidade de preparar antecipadamente Numa altura em que é “essencial uma reflexão dos líderes empresariais sobre o impacto na economia portuguesa das medidas previstas no acordo assinado por Portugal com a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o FMI”, Henrique Medina Carreira é o convidado do próximo almoço-debate da Associação Cristã de Empresários e Gestores. Ao longo do percurso de declínio “que trouxe o País até à actual situação, poucas personalidades portuguesas tiveram a independência e o desassombro cívico” do antigo ministro das Finanças, “sempre alertando, com base em estudo e em números, para a trajectória insustentável em que nos encontrávamos”, alertou, a propósito do evento, o presidente da ACEGE, António Pinto Leite, para quem I CONCERTO DA PRIMAVERA DA PULMONALE A PULMONALE – Associação Portuguesa de Luta Contra o Cancro, assinala o próximo dia 31 de Maio – Dia Mundial sem Tabaco – com um concerto subordinado ao tema “O Exemplo de Heitor Villa-Lobos”. Da responsabilidade da Academia de Música de Vilar do Paraíso este é um espectáculo que constitui um tributo à vida e obra do compositor brasileiro, cinquenta anos após a sua morte. Os estudantes de História da Música contam a história de Villa-Lobos e, através de um jogo visual e sonoro repleto de humor, revelam as várias facetas daquele que foi um instrumentista, compositor, musicólogo, pedagogo e maestro marcante no século XX. O espectáculo de carácter pedagógico vai angariar fundos que revertem a favor da Pulmonale, sob o mote “Pelo e para o doente com Cancro do Pulmão”. maisresponsável TERÇA-FEIRA 17 de Maio de 2011 ACÇÕES III MÊS DO PRODUTOR NO JUMBO E PÃO DE AÇÚCAR NESTE MÊS de Maio, decorre nas lojas Jumbo e Pão de Açúcar, do grupo Auchan, o Mês do Produtor. A iniciativa pretende dar a conhecer os produtos locais e regionais, sensibilizando os clientes para as tradições e para os pequenos produtores nacionais, que também estarão presentes nas lojas. Nos últimos anos, as lojas Jumbo e Pão de Açúcar têm apoiado cada vez mais o desenvolvimento da produção local e nacional, “essencial para o desenvolvimento socioeconómico do País”, promovendo ainda a exportação de produtos portugueses, sobretudo para França, Luxemburgo e Polónia. Segundo Vítor Lamego, chefe de grupo dos Produtos Frescos, a campanha “Maio Mês do Produtor” tem como objectivo dar a conhecer “a grande aposta do Jumbo e do Pão de Açúcar em produtos nacionais, com elevado padrão de qualidade e diversidade”. De salientar a recriação de ambientes típicos portugueses, várias animações e teatralizações de loja e sessões de degustação de produtos, sempre acompanhadas pelos próprios produtores, que estão disponíveis para fornecer todas as informações relativas aos produtos. Outro objectivo é contribuir para divulgar conceitos como o DOP – Denominação de Origem Protegida, o IGP – Indicação Geográfica Protegida, o ETG – Especialidade Tradicional Garantida e o conceito Vida Auchan. Os Produtos Vida Auchan de Qualidade Sustentável são produtos portugueses que garantem o respeito pela segurança alimentar, pelo ambiente e pelo bem-estar animal, privilegiando as boas práticas das produções agrícolas e pecuárias. É dada especial atenção às questões que possam afectar a biodiversidade, promovendo-se a organização de um sistema de rastreabilidade útil e eficaz, explica a empresa. A Auchan pretende aproximar os seus clientes dos pequenos e médios produtores, que produzem o que de melhor se faz em Portugal. Esta estratégia socialmente responsável tem vindo a ser seguida pelo grupo, que considera que “este estímulo à economia portuguesa é fundamental”. Fundamental também, para a Auchan, é pôr à disposição dos clientes produtos de qualidade, promovendo a gastronomia e os produtores nacionais, objectivos que estão no cerne da iniciativa Mês do Produtor. PUB GALARDOADOS COM PRÉMIO D. DINIS NO FACEBOOK DURANTE 10 anos lectivos, entre 1963 e 1973, a Sociedade Central de Cervejas (SCC) premiou os melhores alunos dos diversos graus de ensino em Portugal. Foram 641 os galardoados com este prémio e, entre eles, várias personalidades como António Guterres, Ernâni Lopes, Francisco Louçã, Helena Roseta, Leonor Beleza, Marcelo Rebelo de Sousa, João Lobo Antunes, entre outras. Quase 40 anos passados, a SCC pretende agora fomentar o encontro destes alunos criando, para o efeito, uma página no Facebook (www.facebook.com/premiodomdinis). Como afirma Nuno Pinto Magalhães, director de Comunicação e Relações Institucionais da cervejeira portuguesa, “com esta iniciativa inédita, a SCC, mentora do Prémio D. Dinis, pretende saber onde estão e o que fazem os 641 alunos, dado que hoje alguns destes premiados consubstanciam os melhores exemplos em Portugal, para que, posteriormente se possam reunir as personalidades que, durante 10 anos, representaram uma elite e, com eles, ouvir as suas histórias de vida e as suas visões sobre a sociedade e o mundo”. O objectivo principal desta “procura” será o de servir de inspiração para as gerações presentes e futuras, numa altura em que Portugal precisa de restabelecer o seu optimismo. BP GÁS “AQUECE” MOINHO DA JUVENTUDE TUDO COMEÇOU com um concurso promovido pela BP Gás junto dos consumidores para a oferta de um aquecedor GOLD. O vencedor da melhor frase que traduzisse o que é um “momento gold”, não só ganhava o aquecedor, como poderia escolher uma associação para a oferta de outro. A Associação Cultural Moinho da Juventude, na Cova da Moura, foi a eleita e, ao longo de uma manhã, a dança, a música e a arte cabo-verdianas, nomeadamente a pintura de grafitti, animaram os convidados da BP e vários membros da associação. A requalificação de um novo edifício que visa acolher jovens, dedicado a acções de formação e a ateliês de trabalhos manuais, foi igualmente apadrinhada pela BP Gás, ao som de canções entoadas pelos 60 meninos da creche do Moinho. IV TERÇA-FEIRA 17 de Maio de 2011 maisresponsável NA PRIMEIRA PESSOA “A LÓGICA É DESENVOLVER EM CONJUNTO E DAR AUTONOMIA AOS PARCEIROS” “A lógica é desenvolver projectos em parceria, desenhados de raiz, a partir das necessidades identificadas.” Todos os sistemas desenvolvidos “são doados depois de um período-piloto e damos sempre formação aos parceiros envolvidos para que adquiram autonomia”. É desta forma que Luísa Pestana, presidente da Comissão Executiva da Fundação Vodafone, sintetiza a actuação da fundação, que assinalou em Abril o seu décimo aniversário. Por Gabriela Costa (texto) e Victor Machado (foto) Que balanço faz de uma década de actuação em prol do desenvolvimento da Sociedade de Informação e do combate à info-exclusão em Portugal ? A Fundação Telecel Vodafone foi criada em 2001 (dando, em 2003, origem à actual designação), no âmbito das licenças de 3.ª geração, às quais se candidatou na área “Promoção da Sociedade da Informação em PT”, comprometendo-se a fazer vários investimentos e a criar uma fundação, cujo objecto seria promover a SI, participando, em parceria, em alguns projectos em áreas de manifesta utilidade pública. Desde logo identificámos as áreas onde as novas tecnologias de Informação e Comunicação teriam grande mais-valia – a saúde, a educação e inclusão de pessoas com deficiência, a segurança... Os primeiros projectos desenvolvidos foram softwares e programas especiais para pessoas com necessidades especiais, concretamente cegas ou com baixa visão. A partir daí, fomos estendendo o âmbito da nossa actuação a outras áreas, como o ambiente ou a investigação científica e tecnológica. A lógica da fundação é desenvolver projectos em parceria com outras entidades, desenhados de raiz, a partir das necessidades identificadas no parceiro, e nunca apadrinhar iniciativas já formatadas. O balanço desta primeira década é muito positivo. Ao longo dos anos, concretizámos mais de sessenta projectos, apesar de o tempo de desenvolvimento de cada um ser sempre alargado, porque nós não damos donativos, implementamos as iniciativas de raiz: identificamos um problema e desenvolvemos uma solução para ser implementada em conjunto com o parceiro. Por exemplo, na área da saúde, a fundação criou um sistema de Monitorização Remota de Epilepsia Pediátrica, em colaboração com neurologistas e pediatras, para o Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental – que compreende o Hospital de São Francisco Xavier e o Hospital Egas Moniz. Este sistema permite aos médicos, independentemente de estarem dentro ou fora do ambiente hospitalar, o acesso e a manipulação da informação, a partir da sincronização da imagem do paciente com o registo encefalográfico, o que resultou na monitorização de quase o dobro dos doentes, face à que era feita antes de existir este sistema. Além disso, os médicos passaram a monitorizar casos muito graves de outros pontos do País. Este foi um processo que levou cerca de um ano e meio a instalar e demonstra como trabalhamos: todos os sistemas desenvolvidos são doados pado os municípios com máquinas de limpeza do areal. A pensar nos veraneantes com necessidades especiais, temos doado passadeiras especiais e cadeiras de rodas anfíbias. De referir que a fundação investe na praia saudável mais de um milhão de euros anualmente, entre os meios novos que doa e a montagem, desmontagem e reparação de todos os equipamentos que integram o programa, o que é significativo no total da nossa actuação. Finalmente, e na educação, criámos recentemente a primeira biblioteca online de Fernando Pessoa, integralmente digitalizada e que permite aceder a todos os livros da biblioteca pessoal do autor, bem como às suas anotações. Face ao agudizar da crise, prevêem alguma alteração na vossa política socialmente responsável ? Não perspectivamos que o montante global de investimento nestas acções e nos projectos de RS da Vodafone diminua, face à crise, apesar da difícil conjuntura. As áreas de intervenção mantêm-se, e estamos sempre à procura de novos parceiros e projectos. ao nosso parceiro depois de um período-piloto de teste da utilização da tecnologia e damos sempre formação aos parceiros envolvidos, antes de doar os equipamentos. O objectivo é que estes adquiram autonomia em relação aos projectos, os quais acompanhamos periodicamente, durante anos. Partindo do recurso ao know-how tecnológico da Vodafone para o desenvolvimento de soluções em benefício de projectos sociais, que importância tem hoje a aplicação das TIC a uma lógica de intervenção social ? Vejo essa lógica com muito bons olhos. O objectivo é ajudarmos os outros com aquilo que melhor sabemos fazer, que é desenvolver sistemas tecnológicos. Com os projectos que temos no terreno, podemos pôr essa tecnologia ao serviço da sociedade e por isso é que decidimos desenvolver sistemas inovadores para aplicar na área social, em vez de darmos donativos para esta ou aquela causa. O Táxi Seguro, por exemplo, é um sistema de alerta e seguimento das viaturas que estão em risco, que veio contribuir para resolver um problema levantado pela Secretaria de Estado da Administração Interna, depois do assassínio de alguns taxistas em 2005: não existia nenhum sistema de segurança que interligasse de forma directa os condutores de táxi com a polícia e, com o Táxi Seguro, o qual junta a tecnologia GPS (que dá a localização exacta em tempo real) a um serviço de SMS (por onde são enviadas as coordenadas em GPS da viatura), foi possível interligar todos os meios – PSP, GNR e esquadras –, testando a sua coordenação no terreno. Depois de um teste-piloto com 900 viaturas e da formação tecnológica e operacional que a Vodafone e as forças policiais deram a mais de dois mil homens, incluindo agentes da PSP e da GNR, aos condutores dos táxis e aos seus proprietários, actualmente existem quase 1500 viaturas com este sistema a funcionar nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto. De sublinhar que, tal como o projecto da Epilepsia Pediátrica, este é um sistema aberto a que qualquer particular pode aderir por um custo acessível, já que negociámos um preço de venda ao público com o fornecedor equivalente ao que pagámos pela aquisição dos 900 equipamentos: 300 euros, incluindo a instalação. Entre Abril de 2009 e Março de 2010, a fundação apoiou um total de 22 projectos, investindo cerca de 2,3 milhões de euros. Em relação ao primeiro ano de actividade, durante o qual financiaram com 832 mil euros doze projectos, como avalia o percurso traçado? A fundação tem, em média, quinze a vinte projectos “ongoing”. Como disse, o período de intervenção é alargado e, portanto, há sempre vários em funcionamento. Actualmente, e além do projecto de Monitorização Remota de Epilepsia Pediátrica e do Táxi Seguro, destaco o programa Praia Saudável, uma ini- ciativa lançada em 2005 que incide nas vertentes da segurança, acessibilidade, ambiente e sensibilização, abrangendo actualmente mais de 150 zonas balneares de Portugal continental e ilhas, incluindo fluviais. A Marinha, o ISN, o Instituto da Água, o ICNB, o INR e a Associação Bandeira Azul são os parceiros deste projecto, que permitiu desenhar uma rede de comunicações privada (VPN) para os nadadores-salvadores que faz a intercomunicação entre os postos de praia, as capitanias de Porto, os Bombeiros e os números de emergência nacionais. Uma rede de comunicações móveis acessível ao público permite que qualquer pessoa reporte, a partir da praia, situações de risco, como um afogamento ou uma criança perdida. Já nas zonas balneares não vigiadas instalámos mastros alimentados a painéis solares que permitem accionar um botão para reportar também emergências através de chamadas em alta voz para as autoridades competentes. O programa inclui ainda a disponibilização de equipamentos como veículos de salvamento GOES, motos de salvamento marítimo (existindo hoje mais de setenta disponíveis, depois de o piloto ter arrancado com vinte), macas flutuantes e torres de vigia. A nível ambiental, realizam-se todos os Verões acções de sensibilização para os mais novos, a propósito das regras básicas de segurança na praia e este ano queremos marcar presença nos ATL. Paralelamente, distribuímos cinzeiros e temos equi- Acredita que as fundações devem ser agentes de mudança pela grande capacidade de resposta que têm, já que graças à sua dimensão e à reputação que alcançam, podem facilmente agregar ideias, projectos e organizações? Acredito, aliás tem sido essa a nossa orientação desde o início: como é que podemos fazer a diferença, contribuindo para os resultados globais numa determinada área – seja a educação, a segurança ou as necessidades especiais? É este o nosso objectivo, contribuindo para que os nossos parceiros melhorem os seus recursos, trabalhando melhor. A mentalidade está a mudar e as pessoas estão hoje mais despertas para se associarem a uma causa ou fazerem voluntariado. Por outro lado, há uma maior abertura por parte das empresas, das organizações públicas e das IPSS para fazerem parcerias em áreas concretas, de modo a atacarem determinados problemas, até porque os recentes problemas orçamentais das instituições levam-nas a congregar sinergias. Se for continuado e não avulso, o trabalho das empresas nesta área pode trazer uma mais-valia às instituições, já que numa empresa habituamo-nos a trabalhar por objectivos e a ter uma boa capacidade de execução. Em princípio, estas são parcerias “win-to-win”, para as empresas porque conseguem dar algo de volta à comunidade, e para as organizações, porque acabam por tornar-se mais profissionais em algumas áreas. maisresponsável PUBLICIDADE TERÇA-FEIRA 17 de Maio de 2011 V VI TERÇA-FEIRA 17 de Maio de 2011 maisresponsável FAMÍLIA ESTUDO DA OCDE ASSINALA OS CONSTRANGIMENTOS DAS FAMÍLIAS PORTUGUESAS PELA PRIMEIRA vez, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) publicou, a 28 de Abril último, um extenso relatório no que respeita ao bem-estar das famílias nos países que dela fazem parte. Intitulado “Doing better for families”, o relatório conclui que a pobreza nos agregados com crianças está a aumentar em quase todos os países da OCDE. Uma em cada cinco crianças em Israel, México, Turquia, Estados Unidos da América e Polónia vivem em situação de pobreza. A seguir a estes quatro países, encontram-se a Espanha e o Chile, logo seguidos por Portugal. O relatório sublinha ainda o facto de as famílias, em toda a OCDE, terem sofrido alterações dramáticas em apenas uma geração. No seguimento da conferência dedicada ao impacto económico na economia portuguesa, promovida pelo jornal OJE e pela Associação Portuguesa das Famílias Numerosas, e que o OJE Mais Responsável considera ser um tema ao qual se tem de prestar atenção contínua, analisar as famílias portuguesas de acordo com as “lentes” da OCDE torna-se assim imperativo. E se nem todos os resultados são negativos, a verdade é que Portugal enfrenta desafios significativos, com tendência para se agudizarem, face à presente situação económica e financeira do País. Para os responsáveis do estudo “Doing better for families”, Portugal deverá tentar investir mais nos seus orçamentos familiares públicos, mesmo numa altura em que as pressões para a sua consolidação orçamental se encontram em níveis máximos. Em particular, o investimento em serviços de apoio para os primeiros anos da infância (até aos seis anos) é considerado essencial para o florescimento das famílias, bem como para a sustentabilidade futura do Estado Social e para o crescimento económico do País. Um dos dados mais preocupantes revelados pelo relatório em causa está relacionado com os investimentos nacionais no que respeita a todos os estágios da infância. Ou seja, os gastos nos últimos anos em Portugal relativamente à primeira infância cifram-se em menos de metade quando comparados com a média dos países da OCDE – 11 500 euros por criança face a 24 900 euros – sendo que os restantes estágios (dos 6 aos 11 anos e dos 12 aos 17), ficam igualmente aquém dos níveis médios da OCDE em cerca de um terço e um quarto, respectivamente. Um outro problema, já sobejamente conhecido pelos portugueses, é o facto de as taxas de fertilidade em Portugal estarem, há mais de uma geração, a diminuir substancialmente. Na actualidade, apenas um dos países da OCDE, a Coreia, tem índices de fertilidade ainda mais reduzidos. Uma fertilidade sustentável é importante para assegurar que os rácios de dependência não ameacem os sistemas de segurança social e a produtividade futura do País. Mas, na realidade, o problema português não significa que as famílias não tenham filhos, mas sim o de não terem mais do que um filho. Apesar de apenas uma em cada dez mulheres, até aos 49 anos, não ter filhos, cerca de metade de todas as famílias portuguesas têm um filho. O que implica que, para este fenómeno se inverter, as famílias precisam de mais serviços de apoio para os mais novos. A OCDE aponta, todavia, algumas medidas positivas nas políticas familiares nacionais. As recentes licenças parentais facilitam tanto as mães como os pais a passar mais tempo com os filhos recém-nascidos, bem como promovem a igualdade de género através dos incentivos financeiros partilhados nas licenças. Também as inscrições das crianças no pré-escolar triplicaram na última década, estando Portugal, neste patamar, acima da média da OCDE (65% contra 58,2%). Todavia, os constrangimentos em cuidados subsidiados permanecem e as desigualdades entre os serviços formais de cuidados à infância, por grupo de rendimento, são das mais gritantes no conjunto dos países da OCDE. Por outro lado, e por causa de as mulheres portuguesas terem, na ge- neralidade, mais estudos que os seus pares masculinos, combinado com os baixos níveis de educação no geral (mais de 67% casais têm habilitações inferiores ao 3.º ciclo), poderá explicar a elevada participação feminina no mercado de trabalho (mais de 60% das crianças e jovens vivem com ambos os pais que trabalham a tempo inteiro) e a pequena dimensão das famílias. As melhorias significativas nos níveis de literacia na leitura, no PISA (Programm for International Student Assessment) entre 2000 e 2009 foram igualmente sublinhados neste estudo. Pelo equilíbrio entre a família e o trabalho Conciliação QUANTO MAIS VÃO SOFRER AS FAMÍLIAS COMEMOROU-SE, a 15 de Maio, o Dia Internacional das Famílias. Todavia, para as portuguesas, não existem motivos para celebrações. Pelo contrário. Como tem vindo a ser amplamente noticiado e ainda de acordo com estimativas “por baixo”, o programa de resgate a Portugal no valor de 78 mil milhões de euros irá custar às famílias um montante que ronda os três mil milhões de euros em apenas dois anos, 2012 e 2013. Este valor resulta sobretudo do aumento de impostos e da diminuição das receitas no que respeita a benefícios, subsídios e pensões do Estado. E se Portugal já se confronta com um significativo sobreendividamento das famílias – números da Deco apontam para cerca de mil novos pedidos de ajuda só no primeiro trimestre do ano, contra três mil famílias num total de cerca de 17 mil créditos incumpridos em 2010 –, a tendência é para um estrangulamento ainda maior. Com o aumento certo dos impostos, será por esta via que as famílias mais sofrerão: a começar pelo IRS, devido ao limite nas deduções ou à eliminação dos benefícios fiscais; os bens e serviços que ficarão mais caros por causa do agravamento das taxas reduzidas do IVA; o “encarecimento” da habitação, pois sem poderem deduzir as amortizações de empréstimo, os proprietários de casas irão sofrer um forte abalo, sem esquecer o aumento do valor do IMI e a perda de isenção do mesmo. Outras medidas sociais, como a diminuição do subsídio de desemprego e das indemnizações por despedimento, o congelamento das pensões (com excepção para as mais baixas) e das prestações sociais e a menor retribuição das horas extraordinárias contribuirão para a necessidade de se apertar ainda mais o cinto. As famílias portuguesas podem ainda contar com uma diminuição das isenções nas taxas moderadoras e com o aumento das mesmas na saúde, sendo fortemente penalizadas as urgências e as consultas externas. A revisão das tarifas dos transportes públicos e consequente aumento é igualmente uma certeza. EVA CARVALHO INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA FAMÍLIA, UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA D e acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o conceito de qualidade de vida de um indivíduo centra-se na percepção do mesmo quanto à sua forma de estar na vida, aos seus objectivos, expectativas e preocupações. À luz deste conceito, que varia consoante o contexto cultural em que o indivíduo se insere, torna-se imperativa uma abordagem eficaz à realidade portuguesa. Tendo esta necessidade presente, o Projecto Conciliação procurou, ao longo de três anos de investigação, análise e debate, promover uma constante partilha de conhecimento e experiências entre Portugal e a Noruega. Sob a coordenação do Instituto de Ciências da Família da Universidade Católica e promovido pela Associação Portuguesa de Famílias Numerosas, conseguimos reunir diferentes entidades públicas e privadas e dar um importante contributo para o aumento da consciencialização social e promoção de uma cultura para a conciliação entre o trabalho e a vida familiar, elemento fundamental para o conceito de qualidade de vida aborda- do pela OMS. Partindo de uma metodologia assente no princípio da geminação – municípios portugueses e noruegueses –, foram definidas directrizes ao nível da construção e aplicação de instrumentos de diagnóstico, além da aplicação de uma sondagem, realizada a 800 inquiridos, para um melhor conhecimento das práticas existentes e necessidades de medidas de conciliação. Procurámos, ainda, a promoção de uma cultura para a conciliação, resultante da identificação de uma perspectiva deficitária deste conceito. Finalmente, desenvolvemos a “Rede de Conciliação”, um projecto de futuro composto por entidades públicas e privadas de forma garantir a sustentabilidade e evolução do projecto, facilitar a troca de conhecimento e promover a disseminação de boas práticas. As principais conclusões deste estudo inédito mostram que sensivelmente o mesmo número de inquiridos considera importante a conciliação da vida familiar com a vida profissional (66%) e/ou afirmam ter dificuldade em efectuar a conciliação (64%). De acordo com os dados da amostra, tanto os homens (59%) como as mulheres (69%) mencionam essa dificuldade. E em termos de medidas concretas de conciliação, quais são as mais conhecidas? Tanto a nível organizacional como legais, as respostas são inequívocas. O horário de trabalho flexível, regime de turnos e o estatuto de trabalhador-estudante, os subsídios sociais de maternidade, o abono de família, o abono de família pré-natal e a dispensa para amamentação/aleitação são os que se destacam. Apesar de existir um longo caminho pela frente quanto às políticas empresariais e municipais, acreditamos que a criação da rede, da qual fazem parte também entidades norueguesas, vai permitir aos governantes, autarcas e empresários aprenderem com as melhores práticas e caminhar em direcção da promoção de uma melhor qualidade de vida. Este é o grande objectivo do Projecto Conciliação, que agora conclui o seu ciclo. Acreditamos que estão lançadas as bases para o futuro. maisresponsável TERÇA-FEIRA 17 de Maio de 2011 INICIATIVAS VII UNIVERSIA E LEYA JUNTAM ÚTIL AO AGRADÁVEL NA SUA constante procura de novos projectos e parcerias que se traduzam em mais-valias e que criem valor para as universidades e para os jovens estudantes, o portal Universia e a editora Leya criaram uma parceria que resultou na LeYa Universia, uma loja online criada para os jovens universitários que oferece vantagens na compra de livros em formato electrónico (e-books) e em formato papel, disponível em www.leya.universia.pt. A criação de Bolsas de Oportunidades com 10 a 20 títulos mensais entre os cinco e os 10 euros e downloads gratuitos de novidades em e-book, descontos de 50% na compra de segundos títulos e um desconto constante de 10% na compra de novidades são alguns dos exemplos das vantagens que resultam desta parceria. Como serviço de valor acrescentado na área da cultura e do saber, a loja LeYa Universia visa colmatar uma falha existente no que respeita à oferta de conteúdos editoriais dirigidos às universidades e aos seus intervenientes. Para os vários formatos existirão diferentes preços e vários tipos de acções exclusivas para os utilizadores Universia. A loja LeYa Universia vai também disponibilizar gratuitamente o Dicionário de Português da Universal aos universitários vel superior de inovação no que diz respeito ao acesso aos livros e e-books dirigidos para esta faixa etária. O Universia é uma rede de 1216 universidades que está presente em 23 países ibero-americanos, que desenvolve acções dentro e fora do espaço virtual e faz parte da Responsabilidade Social Corporativa do Banco Santander. O que explica a sua parceria com a Leya, holding na qual se integram algumas das mais prestigiadas editoras de língua portuguesa. Líder do mercado editorial português, angolano e moçambicano, a LeYa está, também, e desde 2009, presente no Brasil. e docentes do portal Universia. Serão disponibilizadas duas grandes categorias de livros em formato electrónico (e-books) e em formato papel: livros para universitários de autores e títulos alinhados com as licenciaturas existentes nas várias universidades, sem esquecer a literatura de grandes autores que integram o catálogo das várias editoras que constituem a LeYa. Os parceiros deste projecto consideram que estas iniciativas são importantes no que diz respeito à forma como os jovens olham para a literatura. Não só ajudam a incutir e a relembrar os hábitos de leitura como também proporcionam um ní- TRATAR O ALZHEIMER COM ARTE PELA ARTE Recriar a Vida – Um Projecto de Arte para Pessoas com Demência” é o novo projecto-piloto da Alzheimer Portugal e da Calouste Gulbenkian, que decorre até 7 de Junho no Museu de Arte Clássica desta fundação. Testado em oito utentes do Centro de Dia e Apoio Domiciliário da Alzheimer Portugal, entre os 66 e os 85 anos, o projecto experimenta a estimulação cognitiva através do contacto com a arte e a interacção e melhoria da relação com os cuidadores. “Pela Arte Recriar a Vida” é o primeiro projecto concebido em Portugal que visa a aproximação das pes- soas com doença de Alzheimer à arte, constituindo uma “abordagem inovadora” através da qual se pretende “proporcionar momentos de estimulação, e reproduzir algumas práticas internacionais que têm obti- do bons resultados”. O projecto-piloto “Pela Arte Recriar a Vida” decorre em sessões quinzenais de noventa minutos. Os primeiros sessenta minutos de cada sessão são dedicados à observação e discussão de obras de arte, e os restantes trinta dedicados à realização de oficinas de arte ou actividades de lazer nos espaços do Museu de Arte Clássica e dos jardins da Gul benkian. Concluída a fase-piloto (três meses), são avaliados os resultados atingidos e os métodos e técnicas aplicadas, tendo como objectivo final a sua continuação futura. BES ANGOLA INVESTE 2 MILHÕES DE DÓLARES EM SUSTENTABILIDADE BRINQUEDOS FEITOS DE LIXO QUE ENSINAM CIÊNCIA A CRIANÇAS O BANCO Espírito Santo Angola (BESA), nomeado Banco Oficial do Planeta Terra Unesco para os próximos dez anos, apresentou o seu primeiro Relatório de Sustentabilidade, onde dá a conhecer os seus projectos de apoio social, ambiental e cultural. No relatório, o BESA descreve as linhas de actuação e projectos empreendidos a nível nacional e internacional, reflectindo a “prioridade estratégica” de promover o desenvolvimento sustentável: o banco angolano investiu dois milhões de dólares, entre 2009 e 2010, na concretização de projectos sociais. Para 2011, o BESA vai prosseguir com novas parcerias com o Ministério do Ambiente de Angola, na área da educação ambiental e, a nível internacional, acaba de apresentar uma proposta para a criação do primeiro Centro de Excelência da UNESCO para a Educação de Ciências da Terra em África, sedeado em Luanda, em conjunto com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Angola e com o Instituto do Planeta Terra. CHAMA-SE Arvind Gupta, é um inventor de brinquedos indiano e, em 1988, foi o vencedor do Prémio Nacional para a Popularização da Ciência entre as Crianças, conferido pelo Departamento de Ciência e Tecnologia do Governo da Índia. Desde então, a vida de Gupta tem sido exclusivamente dedicada a explicar aos mais novos – através de brinquedos feitos de materiais recicláveis e de livros, com histórias simples e publicados em inglês, hindu e noutras línguas nacionais indianas – muitos fenómenos científicos, aliando a teoria à prática e primando pelo baixo custo. A sua colecção de brinquedos (mais de 600), feita a partir de diferentes objectos que vai encontrando no lixo, exemplifica os mais variados caminhos da ciência. A finalidade é que cada criança possa construir o seu próprio brinquedo, que vem sempre acompanhado por um simples manual de instruções e com a explicação de cada experiência científica em causa. O trabalho de Gupta, especialmente junto das crianças mais desfavorecidas, é reconhecido por inúmeras organizações internacionais, desde a UNESCO, a UNICEF, o Media Lab pertencente ao MIT ou a Walt Disney Imagineering and Research. Gupta é agora consultor da UNESCO para a área de educação para as ciências e profere inúmeras palestras para ensinar professores, nos países desenvolvidos, a construir, com o que têm à mão, as suas experiências científicas para os alunos com mais dificuldades. O seu trabalho pode ser visto na Internet e o fabrico de brinquedos é explicado, em vídeos de aproximadamente um minuto, a todos os que quiserem seguir o seu exemplo. Arvind Gupta foi um dos oradores convidados para a edição TEDx de 2011, realizada no Porto, dedicada à juventude. VIII TERÇA-FEIRA 17 de Maio de 2011 PREVENÇÃO PRECOCE GERA PROJECTOS DE VIDA À CONVERSA COM ANA TOJAL Vice-presidente e coordenadora-geral da Associação Jerónimo Usera (AJU) A AJU (Associação Jerónimo Usera) é uma IPSS criada em 2001, no contexto de um dos bairros de realojamento social do concelho de Cascais. Nasceu com a missão de ajudar crianças em situação vulnerável, e respectivas famílias, motivando-as a encontrar o seu projecto de vida. Inspirada na vida e obra do P.e Jerónimo Usera, a AJU, “reconhecida pelo seu trabalho e intervenção na comunidade”, tem por objectivo a promoção integral da pessoa humana e da família, atendendo em especial os mais desfavorecidos e marginalizados. Segundo a coordenadora-geral da AJU, “reconhecemos os nossos limites e estamos dispostos a aprender com o que vamos experimentando. O nosso sucesso depende exactamente disso, estarmos abertos, envolvendo as pessoas, partilhando o que já foi feito e não deixando de ousar”. Para Ana Tojal, ainda mais importante “é a noção absoluta de que queremos que as pessoas que vêm ter connosco se sintam de facto acolhidas. Tentamos compreender para melhorar, de forma a garantir a missão à qual nos propusemos: dignificar a pessoa humana na sua totalidade”. Hoje, a intervenção da AJU vai “muito além” do trabalho desenvolvido no bairro de realojamento social da Abuxarda, estendendo-se a uma maisresponsável BOLSA DE VALORES Ajudar a organizar e capacitar famílias desfavorecidas dando-lhes novos modelos e oportunidades de mudança, prevenindo assim comportamentos de risco, é o grande objectivo da Associação Jerónimo Usera, que permite às crianças da freguesia de Alcabideche, em Cascais, encontrarem um projecto de vida. Tudo parte da prevenção precoce, garante a coordenadora da AJU área geográfica mais abrangente, que é a freguesia de Alcabideche, uma das mais vulneráveis do concelho de Cascais. Numa lógica de intervenção junto das famílias, surge a necessidade de dar resposta a problemas específicos, como a monoparentalidade, a emigração, problemas de saúde mental, carências económicas, desemprego e a fraca coesão social, explica. Identificados os principais problemas, o trabalho em rede, a “articulação privilegiada” com a Câmara Municipal de Cascais e com a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens, paralelamente ao estabelecimento de alguns protocolos, “permitem-nos dar respostas mais eficazes”. Ana Tojal defende a importância extrema do trabalho que a AJU desenvolve junto das famílias: “Acreditamos na intervenção precoce.” O objectivo da associação é ajudar a organizar e capacitar as famílias dando-lhes novos modelos e oportunidades de mudança, prevenindo assim comportamentos de risco. A promoção de passeios em família, por exemplo, que a AJU organiza com regularidade, proporciona a troca de experiências e saberes, envolvendo a comunidade local na organização e dinamização das actividades. Na sequência do trabalho desenvolvido pela AJU, o projecto Crescer sur- ge “como resposta às necessidades identificadas junto da população que apoiamos”. O objectivo principal da iniciativa consiste em promover a inclusão sociocultural das crianças e jovens mais desfavorecidos e marginalizados, motivando-as a encontrar o seu projecto de vida. Ou, nas palavras de Ana Tojal, abrindo-lhes horizontes, dando-lhes opções de escolha e ajudando-as a criar hábitos e estilos de vida saudável. Na opinião da responsável da AJU, neste momento de crise, as estruturas familiares estão cada vez mais fragilizadas, as crianças estão cada vez mais tempo sozinhas e as famílias investem cada vez menos na educação dos seus filhos. “Não querendo substituir os pais, propomo-nos a ser parceiros das famílias”, sublinha. Com a criação do Projecto Crescer, a associação investe no presente – gerando coesão nas famílias –, prevenindo no futuro situações de marginalidade e isolamento social, concretamente o abandono escolar. Numa lógica de “proximidade e valorização do sucesso escolar”, a AJU oferece um espaço de estudo individual ou em grupo adaptado às necessidades específicas de cada criança ou jovem, “motivando-os a dar continuidade aos seus estudos”. No âmbito deste projecto, promove-se ainda o desenvolvimento de competências sociais, pessoais e culturais através da ocupação saudável de tempos livres. Desporto, educação pela arte, oficinas de pintura, música ou teatro são algumas das opções, conclui Ana Tojal. A AJU quer “estreitar e estimular os laços entre a escola e a família e criar novas formas de acompanhamento”. Com o apoio do gabinete de psicologia, um dos objectivos específicos é “mudar as atitudes dos pais” através de sessões de formação parental e do grupo de encontro de pais. Através de dez projectos activos que se completam, a AJU presta assistência mensal a cerca de 250 famílias num total aproximado de 850 pessoas. A experiência do dia-a-dia “ajuda-nos a compreender o que é realmente necessário”, diz, e os projectos vão sendo criados de forma a responder a problemas específicos: desde o Projecto Bebé ao Colo até ao Clube Sénior, passando pela distribuição de alimentos (Projecto Recolhas), Loja de Roupa, Colónias de Férias e Projectos como o Recriar ou Ser Capaz. “Somos confrontados com todo o tipo de carências e é exactamente por isto que sentimos a necessidade absoluta de criar mudança: novos padrões e a promoção de valores que consideramos fundamentais. Acreditamos que as pessoas podem ser agentes da sua própria mudança, todos temos de estar prontos a mudar e é com este espírito que abordamos cada questão. Estarmos atentos, abertos ao outro, ao mais frágil e carenciado, dá-nos uma perspectiva nova e ajuda-nos a descobrir outros caminhos”, explica Ana Tojal. Os projectos vão sendo reavaliados, adaptados e reajustados conforme as necessidades com que a associação se depara, pois “é esta forma de estar que nos impele a ir mais longe e a fazer melhor”. Entusiasmo, esperança, esforço, amor e criatividade são ingredientes essenciais, em maior ou menor dose, para “fazer a diferença”, defende. Com uma equipa coesa composta por voluntários e técnicos, a AJU aceita desafios em conjunto, “desenvolvendo estratégias de coesão entre incluídos e excluídos e criando laços e sentido de comunidade”. A cotação do projecto Crescer da AJU na Bolsa de Valores Sociais (BVS) é um bom exemplo disso mesmo: a BVS traz à AJU “a possibilidade da boa prossecução destas respostas e da divulgação das mesmas, de forma a garantir a sustentabilidade do projecto”. Sublinhando a “clareza e transparência” com que a associação se dedica a uma intervenção na área social, Ana Tojal acredita que “o conceito inovador da Bolsa de Valores Sociais vem dar ainda mais sentido à nossa forma de estar”. FROTA SOLIDÁRIA DÁ VIATURAS A INSTITUIÇÕES DE ÉVORA Comércio solidário e sustentável MARCO SOUSA DOMINGUES COORDENADOR DO PROJECTO COMÉRCIO SOLIDÁRIO E SUSTENTÁVEL “CSS” E PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO ECOGERMINAR “CSS”, O MODELO DE COMÉRCIO JUSTO NACIONAL E stamos numa crise sistémica nacional. Esta é a oportunidade de mudança de políticas locais, da rentabilização das terras, do combate ao despovoamento e à desertificação e da promoção de novos hábitos de consumo. Como poderá o comércio justo contribuir? O comércio justo é um movimento global de redes comerciais mais justas entre produtores e consumidores, alicerçada em organizações conscientes da necessidade de reduzir a pobreza mundial e aumentar a justiça e equidade entre os povos. No dia 14 de Maio, comemorou-se o dia Mundial do Comércio Justo, este ano com o tema “Comércio para as Pessoas, Comércio Justo para o Mundo”, simbolizando a importância do comércio e do seu consumo para os territórios. Queremos crescimento económico ou desenvolvimento sustentável? Será que necessito de aumentar o consumo para ser mais feliz e realizado enquanto ser humano? A resposta é – não! Necessito de consumir me- lhor, de consumir com consciência do meu acto, do impacto económico e social da minha acção, do impacto ambiental para a manutenção da vida e dos ecossistemas naturais. Nós dependemos do que conseguimos produzir sustentadamente, e não do que conseguimos consumir desenfreadamente. Temos e devemos produzir por lógica do impacto e da necessidade (capacidade de produção no território, impacto social e ambiental da produção e necessidade de consumo local e global), e não consumir por impulso. É neste sentido que surge o “CSS – Comércio Solidário e Sustentável”, um projecto financiado pelo Programa EDP Barragens 2010 e promovido pela Associação EcoGerminar, em Castelo Branco, que tem como objectivo a inovação e “localização” do comércio justo. O CSS (www.css.org.pt) é um mecanismo de promoção de um consumo sustentável, consolidado numa estratégia de comunicação que permite criar valor social e ambiental e consciência na altura da decisão de compra, permitindo ao consumidor contribuir para o interesse comum e sustentável. Este projecto experimental até Setembro de 2012 está a consolidar a sua acção junto dos produtores da Beira Interior, esperando posteriormente ter uma abrangência nacional. Os requisitos de atribuição do selo CSS baseiam-se na avaliação do impacto de produção em três dimensões – económica, ambiental e social –, sendo requisitos eliminatórios ser um produto regional (modos de produção e tradições ligadas à cultura local, ao património ou à produção biológica e que desta forma os tornam distintos dos produtos massificados) e com recurso a 75% de fornecedores situados a menos de cem quilómetros. O CSS é a marca da sustentabilidade comercial e do consumo responsável. [email protected] NO ÂMBITO do projecto “Frota Solidária”, a Fundação Montepio entregou no dia 10 de Maio, em Évora, dezanove viaturas especiais e adaptadas a instituições de solidariedade social. A iniciativa, que teve lugar na presença do presidente da Câmara Municipal da cidade, José Ernesto de Oliveira, do presidente do Montepio, António Tomás Correia, do arcebispo de Évora e do presidente da Câmara Municipal de Pedrógão Grande, João Manuel Marques, concretizou a quarta edição deste projecto que, desde o seu lançamento, já ajudou 62 instituições a solucionar problemas de mobilidade de quem mais necessita. Na ocasião, a Fundação Montepio ofereceu ainda um veículo adaptado, que foi entregue à Associação Coração Delta, representada, na cerimónia, pelo comendador Rui Nabeiro. Em 2010, a Fundação Montepio recebeu, através do Ministério das Finanças, 465 mil euros resultantes de valores atribuídos, no ano 2008, no âmbito da Lei da Liberdade Religiosa (Consignação Fiscal). O montante entregue pelos contribuintes a esta instituição de utilidade pública é devolvido à sociedade civil através da sua aplicação na aquisição de veículos automóveis especiais e adaptados que, constituindo a “Frota Solidária”, se destinam a apoiar a actividade de vinte instituições particulares de solidariedade social. www.oje.pt Mas o mais relevante está na eficiência da máquina fiscal. Afirmou que o valor das dívidas fiscais prescritas todos os anos “é preocupante e fez as contas aos últimos seis anos com uma média de 700 milhões/ /ano”. Sublinha que “a máquina tem de cobrar” e as medidas que lhe estão associadas “não implicam mais carga fiscal”. Diz que a DGCI (Direcção-Geral de Contribuições e Impostos) tem de ser mais eficiente, tendo em conta os instrumentos que tem ao seu dispor a nível de “reporting”. Esta melhoria pode evitar aumento de impostos e, inclusive, poderia levar a reduções. Rematou ao afirmar que, independentemente das críticas, a sua percepção é de que o nível de eficiência tem vindo a melhorar, sendo que na actualidade o escrutínio é mais apertado e daí manter-se o enfoque em mais eficiência exigido à estrutura dos impostos. Luís Magalhães afirma que entretanto houve uma alteração de paradigma na fiscalidade. “Houve uma mudança na governação corporativa e estes são tempos de mais exigência e de mais cuidado.” Deu como exemplo uma medida que está no documento relativo ao regime dos prejuízos fiscais. Diz ser explicável a antecipação do reporte para três anos, assim como a introdução de limitações. TERÇA-FEIRA 17 de Maio de 2011 ANÁLISE to é relevante sobretudo para a grande maioria das empresas que se situam no Norte do País. Luís Magalhães sublinhou ainda o facto de a evolução das taxas de exportação ser muito animadora. Aquilo que é expectável com estas medidas é um aumento do estímulo à exportação e ainda a melhoria da política de emprego. Entre os sectores de maior impacto estão as tecnologias de informação, o calçado e os têxteis. Luís Magalhães diz que a análise destes sectores revela uma “visão interessante no País”. PARADIGMA A alteração de paradigma sobre a área fiscal que o memorando de entendimento assinado com a “troika” permite centra-se no facto de o foco estar dirigido para o lado da receita, sendo este um momento ímpar para o fazer. Pode-se “refundar a forma de ver este tema”, diz Luís Magalhães. Acrescenta que para atingir esses objectivos o documento terá de ser tratado com “uma visão política muito clara”. A nível de “corporate taxes”, o gestor não acredita na revogação de to- quando as taxas impostas ultrapassam certo nível, as receitas baixam, registando-se uma inversão comportamental. A nível do automóvel, aquilo que está previsto é a tributação em sede de IRS dos benefícios em espécie, agravando-se em sede de tributação autónoma. Afirma que pode ser mais eficiente pagar “cash” do que entre- É expectável com estas medidas um aumento do estímulo à exportação e ainda a melhoria da política de emprego 13 O que muda no IVA Neste imposto reduzem-se as isenções, além de estar previsto a transferência de determinadas categorias de bens e serviços sujeitos às taxas reduzidas e intermédia para a taxa normal de IVA. Está também prevista a alteração da Lei das Finanças Regionais com vista a impedir que a redução das taxas do IVA aplicadas na Regiões Autónomas possa ser superior a 20% das praticadas no continente. Isto significa que as actuais taxas de IVA de 4%, 9% e 16% sobem, pelo menos, para 5%, 10% e 18%, respectivamente. O que muda no consumo Está previsto o aumento do imposto de venda de automóveis e eliminação das respectivas isenções. Será aumentado o imposto sobre o tabaco; além de indexados os impostos especiais de consumo à inflação. Será introduzido o imposto sobre o consumo de electricidade, para respeitar uma directiva europeia. Será ainda estabelecido um novo quadro normativo no que respeita à tributação dos produtos energéticos em função do seu teor energético e dos respectivos níveis de emissões. SUJEITOS INDIVIDUAIS O que muda no património A nível de IRS, é possível a simplificação. Na actualidade existe a percepção de que é complicada a questão dos escalões, sendo possível a redução a apenas quatro escalões, o que permitiria reduzir a carga fiscal em alguns deles, sobrecarregando os escalões superiores para que a receita final não fosse afectada. A revogação de algumas deduções à colecta também são compreensíveis porque há benefícios desajustados, nomeadamente porque em alguns casos a sua criação tem o objectivo de determinadas metas anuais e os benefícios acabaram por perdurar depois de esgotados os efeitos que se pretendia. “Há aqui espaço para limpar”, afirma. Algumas das medidas apresentadas terão impacto sectorial. Desde logo poderão ter impacto nas empresas com dimensão, enquanto a questão da energia terá efeitos nefastos a nível do consumidor final, mas não sobre as empresas, que poderão deduzir o IVA liquidado. A questão dos prejuízos fiscais será relevante, assim como a eventual redução de bens que usufruem da taxa intermédia e que poderá agravar os preços de alguns bens. A nível de exportações, o que se espera é que existam medidas a privilegiar o sector. Este aspec- O foco das medidas está dirigido para o lado da receita, sendo este o momento ímpar para o fazer. Pode-se refundar a forma de ver este tema dos os benefícios fiscais, nomeadamente no regime da SGPS ou na criação de emprego. A nível dos impostos sobre o consumo, defende que o agravamento deve ser maciço para se obter receita adicional. Este agravamento deve poder compensar a redução do consumo e a evasão fiscal. Adverte que gar um carro, fazendo ainda sentido o aumento do prémio anual em detrimento das entregas em espécie. Por outro lado, o tema da revisão dos pacotes salariais pode levar à substituição de custos fixos por variáveis, enquanto o novo Código Contributivo terá um impacto faseável no tempo. Serão reduzidas substancialmente as isenções temporárias para casas desocupadas, enquanto a grande medida está na transferência de poderes do Governo para as autarquias locais será revista, com o objectivo de assegurar que as receitas adicionais sejam alocadas à consolidação orçamental. Associado a estas orientações estão conceitos vagos como sejam a melhoria do acesso à habitação e a promoção da mobilidade dos trabalhadores, a melhoria da qualidade da habitação e a redução dos incentivos à contracção de dívida por parte das famílias. Uma medida de forte impacto nas famílias será a revisão do actual método de avaliação fiscal do património imobiliário. Pretende-se garantir a aproximação do valor tributável dos imóveis do respectivo valor de mercado. E garantir a actualização regular da avaliação dos imóveis, sendo que os imóveis comerciais serão actualizados anualmente e os habitacionais a cada três anos. O documento quer ainda introduzir medidas que promovam alterações ao nível da propriedade imobiliária, com o objectivo de incentivar o arrendamento. Nesta óptica, serão introduzidas alterações no IMI e no IMT, sendo privilegiada a tributação associada à detenção de imóveis, ou seja, o IMI. Está previsto a redução das isenções temporárias de IMI para habitação e o agravamento da tributação relativamente aos imóveis devolutos ou desocupados, o que não inclui aqueles que são considerados segunda habitação ou habitação de férias, pois têm uma ocupação sazonal. O que muda no IRS Neste imposto, está prevista a introdução de um limite máximo aplicável às deduções à colecta em função do escalão de rendimento colectável dos contribuintes. Na prática, o limite das deduções decresce na medida em que aumenta o rendimento colectável. Esta medida já tinha sido introduzida pelo Governo, mas com a “troika” vai mais longe. Na verdade, pela primeira vez será aplicado um tecto máximo de dedução para as despesas da saúde; além de ser eliminada a dedução à colecta referente aos encargos com imóveis, sendo que esta era a dedução mais popular utilizada pelos sujeitos passivos em IRS. Está prevista a eliminação das deduções correspondentes ao valor das amortizações do empréstimo. Ainda a eliminação faseada da dedução respeitantes às rendas pagas e aos juros suportados no âmbito do empréstimo contraído para a aquisição de habitação permanente. E ainda a eliminação da dedução refe- rente ao valor dos juros pagos para novos empréstimos. Está ainda prevista a eliminação de outros tipos de despesa dedutíveis à colecta, caso dos encargos com lares e encargos com prémios de seguros. Será revista a tributação dos benefícios em espécie, que não são identificados no documento da “troika”. A KPMG antecipa que a revisão poderá incidir sobre a atribuição ao trabalhador do direito à utilização pessoal de viatura pela respectiva entidade patronal e sobre os empréstimos efectuados pela entidade patronal a favor dos seus trabalhadores. Irá ocorrer, também, uma alteração da Lei das Finanças Regionais com o objectivo de limitar a redução do IRS nas regiões autónomas a 20% das taxas de IRS aplicáveis no continente. Está também previsto a sujeição a IRS de todas as prestações de carácter social pagas em dinheiro, o que pode incluir o subsídio de desemprego, os subsídios de maternidade e pater- nidade, o abono de família e outros complementos sociais. Acontecerá ainda a convergência das regras de tributação dos rendimentos de pensões e rendimentos do trabalho dependente no que respeita à dedução específica. Na prática, opta-se pela redução do valor da dedução específica aplicável aos rendimentos de pensões de forma que o mesmo se aproxime do valor da dedução específica aplicável aos rendimentos de trabalho. TERÇA-FEIRA 17 de Maio de 2011 14 Toda a informação financeira em www.oje.pt MERCADOS Mercados ÍNDICES: PSI 20 E EUROSTOXX 50 Powered by Dados fornecidos por MNF Gestão de Activos DEFENSIVAS DE CONSUMO Cotação Consumer Staples Preço € Variação % Variação anual % Dividendo Max 52 sem. € Min 52 semanas € Dividend Yield % Leverage Dívida/Capitais Próprios % Valorização Dívida/EBITDA P/E EV/EBITDA Média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .-0,1 . . . . . . . . . . . . . .2,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .78 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . .17,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,5 CARREFOUR SA . . . . . . . . . . . . . . . .30,27 . . . . . . . . . . . . . . . .-1,1 . . . . . . . . . . . . . .-1,9 . . . . . . . . . . . . . .41,28 . . . . . . . . . . . . . . . . .29,83 . . . . . . . . . . . . . . . .3,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .124 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,2 DANONE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .49,68 . . . . . . . . . . . . . . .-0,4 . . . . . . . . . . . . . .5,7 . . . . . . . . . . . . . .50,34 . . . . . . . . . . . . . . . . .39,35 . . . . . . . . . . . . . . .2,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .79 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . .16,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11,4 JERÓNIMO MARTINS . . . . . . . . . .12,95 . . . . . . . . . . . . . . . .1,1 . . . . . . . . . . . . .13,6 . . . . . . . . . . . . . . .13,03 . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,80 . . . . . . . . . . . . . . .0,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .75 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . .23,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,5 L’ORÉAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .85,50 . . . . . . . . . . . . . . . .0,3 . . . . . . . . . . . . . .2,9 . . . . . . . . . . . . . .90,00 . . . . . . . . . . . . . . . . .71,46 . . . . . . . . . . . . . . .2,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . .19,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,9 UNILEVER NV-CVA . . . . . . . . . . . . .22,74 . . . . . . . . . . . . . . . .-1,1 . . . . . . . . . . . . .-2,4 . . . . . . . . . . . . . .24,11 . . . . . . . . . . . . . . . . . .20,68 . . . . . . . . . . . . . . .4,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .63 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . .14,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,9 Health Care Preço € Variação % Variação anual % Max 52 sem. € Min 52 semanas € Dividend Yield % Dívida/Capitais Próprios % Dívida/EBITDA P/E EV/EBITDA Média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .-0,2 . . . . . . . . . . . . . .8,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .39 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,5 BAYER AG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .58,22 . . . . . . . . . . . . . . .-0,3 . . . . . . . . . . . . . .5,3 . . . . . . . . . . . . . .59,44 . . . . . . . . . . . . . . . . .43,10 . . . . . . . . . . . . . . . .2,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .63 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,8 SANOFI-AVENTIS . . . . . . . . . . . . . .53,74 . . . . . . . . . . . . . . . .0,0 . . . . . . . . . . . . .12,3 . . . . . . . . . . . . . .56,50 . . . . . . . . . . . . . . . . .44,01 . . . . . . . . . . . . . . . .4,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,1 Cíclicas de Consumo Defensivas de Consumo 145 115 135 110 125 105 115 100 105 95 95 85 90 85 MSCI EURO MSCI EURO HEALTH CARE TELECOM SERVICE CONSUMER DISCRETIONARY CONSUMER STAPLE CÍCLICAS DE CONSUMO Cotação Consumer Discretionary Preço € Variação % Variação anual % Dividendo Max 52 semanas € Min 52 semanas € Dividend Yield % Leverage Dívida/Capitais Próprios % Valorização Dívida/EBITDA P/E Média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .-0,9 . . . . . . . . . . . . .-0,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .167 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . .15,9 DAIMLER AG . . . . . . . . . . . . . . . . . .50,09 . . . . . . . . . . . . . . .-0,8 . . . . . . . . . . . . .-1,3 . . . . . . . . . . . . . .59,09 . . . . . . . . . . . . . . . . .36,67 . . . . . . . . . . . . . . . .3,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .169 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,5 LVMH MOËT HENNES . . . . . . . . .120,70 . . . . . . . . . . . . . . . .0,0 . . . . . . . . . . . . .-1,9 . . . . . . . . . . . . .129,05 . . . . . . . . . . . . . . . . .80,04 . . . . . . . . . . . . . . . .1,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .29 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . .19,7 ZON MULTIMEDIA . . . . . . . . . . . . . .3,62 . . . . . . . . . . . . . . . .-1,8 . . . . . . . . . . . . . .6,9 . . . . . . . . . . . . . . .4,12 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,77 . . . . . . . . . . . . . . . .4,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .426 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . .26,4 Telecommunication Services Preço € Variação % Variação anual % Max 52 semanas € Min 52 semanas € Dividend Yield % Dívida/Capitais Próprios % Dívida/EBITDA P/E EV/EBITDA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,2 EV/EBITDA Média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .-0,2 . . . . . . . . . . . . . .5,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .127 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,1 DEUTSCHE TELEKOM . . . . . . . . . . .10,47 . . . . . . . . . . . . . . .-0,2 . . . . . . . . . . . . . .8,4 . . . . . . . . . . . . . . .11,38 . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,52 . . . . . . . . . . . . . . .6,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .117 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . .14,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,6 FRANCE TÉLÉCOM . . . . . . . . . . . . .15,60 . . . . . . . . . . . . . . . .0,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .17,45 . . . . . . . . . . . . . . . . . .14,01 . . . . . . . . . . . . . . . .9,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .134 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,5 PORTUGAL TEL-REG . . . . . . . . . . . . .8,71 . . . . . . . . . . . . . . . .0,3 . . . . . . . . . . . . . .4,0 . . . . . . . . . . . . . .10,12 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,48 . . . . . . . . . . . . . . .7,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .156 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . .13,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,9 SONAECOM SGPS SA . . . . . . . . . . . .1,62 . . . . . . . . . . . . . . . .-1,0 . . . . . . . . . . . . .19,9 . . . . . . . . . . . . . . . .1,72 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,20 . . . . . . . . . . . . . . .3,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .37 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . .14,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,0 TELEFÓNI CA . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16,76 . . . . . . . . . . . . . . . .-0,5 . . . . . . . . . . . . . .-1,2 . . . . . . . . . . . . . .19,69 . . . . . . . . . . . . . . . . . .14,80 . . . . . . . . . . . . . . .9,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .193 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,4 CÍCLICAS INDUSTRIAIS Cotação Energy GLOSSÁRIO DÍVIDA/CAPITAIS PRÓPRIOS Este rácio indica a proporção relativa de capitais próprios e de dívida utilizada para financiar os activos de uma dada empresa. Ajuda a compreender qual o principal meio de financiamento do activo de uma empresa. Quanto maior for o rácio, mais endividada a empresa, e vice-versa. Preço € Proveitos antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (“earnings before interest, taxes, depreciation and amortization”). É uma “purificação” do lucro, retirando-lhe acréscimos referentes a rendas acessórias e amortizações, bem como distorções referentes à maior ou menor incidência de impostos. É utilizado para comparar empresas do mesmo sector ou até de países diferentes, medindo apenas a produtividade e eficiência do negócio. Contudo, é um indicador com limitações, sendo utilizado em conjunto com outros. DÍVIDA/EBITDA Mede a capacidade de uma empresa para pagar a dívida. O rácio dá ao investidor o período de tempo aproximado de que a empresa precisa para saldar a dívida na totalidade, ignorando factores como taxa de juro, impostos, depreciações e amortizações. Quanto menor for o valor do rácio, menos tempo demorará uma empresa a saldar a dívida. Variação anual % Dividendo Max 52 semanas € Min 52 semanas € Dividend Yield % Média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .-0,7 . . . . . . . . . . . . . .3,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,4 ENI SPA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .17,07 . . . . . . . . . . . . . . . .-0,8 . . . . . . . . . . . . . .4,5 . . . . . . . . . . . . . .18,66 . . . . . . . . . . . . . . . . . .14,30 . . . . . . . . . . . . . . .5,9 GALP ENERGIA-B . . . . . . . . . . . . . .14,31 . . . . . . . . . . . . . . . .-1,1 . . . . . . . . . . . . .-0,2 . . . . . . . . . . . . . . .15,91 . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,72 . . . . . . . . . . . . . . . .1,4 REPSOL YPF SA . . . . . . . . . . . . . . . .22,50 . . . . . . . . . . . . . . .-0,6 . . . . . . . . . . . . . .7,9 . . . . . . . . . . . . . . .24,90 . . . . . . . . . . . . . . . . .15,51 . . . . . . . . . . . . . . . .4,7 TOTAL SA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .40,56 . . . . . . . . . . . . . . .-0,3 . . . . . . . . . . . . . .2,3 . . . . . . . . . . . . . .44,55 . . . . . . . . . . . . . . . . .35,66 . . . . . . . . . . . . . . .5,6 Industrials Preço € Variação % Variação anual % Max 52 semanas € Min 52 semanas € Leverage Dívida/Capitais Próprios % Valorização Dívida/EBITDA P/E EV/EBITDA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .71 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . .13,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .50 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .112 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . .27,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .14,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .74 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .50 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,6 Dividend Yield % Dívida/Capitais Próprios % Dívida/EBITDA P/E EV/EBITDA Média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .-0,1 . . . . . . . . . . . . . .2,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .113 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,9 BRISA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,47 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .-14,4 . . . . . . . . . . . . . . .5,68 . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,18 . . . . . . . . . . . . . . .6,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .188 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . .19,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .15,0 PHILIPS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .20,24 . . . . . . . . . . . . . . . .-1,4 . . . . . . . . . . . .-11,7 . . . . . . . . . . . . . .26,87 . . . . . . . . . . . . . . . . . .19,89 . . . . . . . . . . . . . . .3,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .31 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,2 MOTA-ENGIL SGPS . . . . . . . . . . . . . .1,73 . . . . . . . . . . . . . . .-0,6 . . . . . . . . . . . . .-1,0 . . . . . . . . . . . . . . .2,39 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,65 . . . . . . . . . . . . . . .6,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .253 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,5 SAINT GOBAIN . . . . . . . . . . . . . . . .45,30 . . . . . . . . . . . . . . . .0,3 . . . . . . . . . . . . .17,7 . . . . . . . . . . . . . . .47,64 . . . . . . . . . . . . . . . . . .27,81 . . . . . . . . . . . . . . . .2,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .54 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . .13,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,8 SCHNEIDER ELECTR . . . . . . . . . . .112,75 . . . . . . . . . . . . . . . .0,4 . . . . . . . . . . . . . .0,7 . . . . . . . . . . . . .123,65 . . . . . . . . . . . . . . . . . .74,60 . . . . . . . . . . . . . . .2,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .41 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . .13,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,2 SIEMENS AG-REG . . . . . . . . . . . . . .93,46 . . . . . . . . . . . . . . . .0,2 . . . . . . . . . . . . . .0,8 . . . . . . . . . . . . . .99,40 . . . . . . . . . . . . . . . . .67,25 . . . . . . . . . . . . . . . .2,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .68 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . .11,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,4 SONAE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,83 . . . . . . . . . . . . . . .-0,4 . . . . . . . . . . . . . .6,9 . . . . . . . . . . . . . . .0,89 . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,71 . . . . . . . . . . . . . . . .4,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .165 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,1 VINCI SA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .43,77 . . . . . . . . . . . . . . . .-0,2 . . . . . . . . . . . . . .7,6 . . . . . . . . . . . . . . .45,48 . . . . . . . . . . . . . . . . .33,01 . . . . . . . . . . . . . . . .3,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .153 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,0 Information Technology EBITDA Variação % Preço € Variação % Variação anual % Max 52 semanas € Min 52 semanas € Dividend Yield % Dívida/Capitais Próprios % Dívida/EBITDA P/E EV/EBITDA Média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,3 . . . . . . . . . . . . .-2,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .40 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . .15,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,3 NOKIA OYJ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,06 . . . . . . . . . . . . . . . .0,6 . . . . . . . . . . . .-21,8 . . . . . . . . . . . . . . .8,60 . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,42 . . . . . . . . . . . . . . .6,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .33 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . .14,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,7 SAP AG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .44,40 . . . . . . . . . . . . . . . .0,1 . . . . . . . . . . . . .16,5 . . . . . . . . . . . . . .46,15 . . . . . . . . . . . . . . . . . .33,20 . . . . . . . . . . . . . . . .1,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .47 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . .16,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,0 Materials Preço € Variação % Variação anual % Max 52 semanas € Min 52 semanas € Dividend Yield % Dívida/Capitais Próprios % Dívida/EBITDA P/E EV/EBITDA Média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .-0,5 . . . . . . . . . . . . .-3,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .147 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,8 ALTRI SGPS SA . . . . . . . . . . . . . . . . .1,66 . . . . . . . . . . . . . . . .-1,3 . . . . . . . . . . . . .-2,3 . . . . . . . . . . . . . . . .2,26 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,54 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .278 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,5 ARCELORMITTAL . . . . . . . . . . . . . .23,79 . . . . . . . . . . . . . . .-0,5 . . . . . . . . . . . . .-11,6 . . . . . . . . . . . . . .28,55 . . . . . . . . . . . . . . . . .20,24 . . . . . . . . . . . . . . .2,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .39 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . .11,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,6 BASF SE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .64,30 . . . . . . . . . . . . . . . .0,3 . . . . . . . . . . . . . .7,7 . . . . . . . . . . . . . . .70,22 . . . . . . . . . . . . . . . . .39,90 . . . . . . . . . . . . . . .3,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .66 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,4 CIMPOR-CIMENTOS . . . . . . . . . . . . .4,92 . . . . . . . . . . . . . . . .0,7 . . . . . . . . . . . . .-3,0 . . . . . . . . . . . . . . .5,37 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,91 . . . . . . . . . . . . . . . .4,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .98 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . .11,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,0 CRH PLC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .15,89 . . . . . . . . . . . . . . . .-1,2 . . . . . . . . . . . . . .2,5 . . . . . . . . . . . . . . .19,92 . . . . . . . . . . . . . . . . . .11,51 . . . . . . . . . . . . . . . .3,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .54 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . .17,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,3 PORTUCEL EMPRESA . . . . . . . . . . .2,48 . . . . . . . . . . . . . . .-0,2 . . . . . . . . . . . . . .8,8 . . . . . . . . . . . . . . .2,57 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,77 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .63 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,1 SEMAPA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,17 . . . . . . . . . . . . . . . .-0,5 . . . . . . . . . . . . .-1,3 . . . . . . . . . . . . . . . .9,38 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,00 . . . . . . . . . . . . . . .3,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .113 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,3 SONAE INDÚSTRIA . . . . . . . . . . . . . .1,50 . . . . . . . . . . . . . . .-0,9 . . . . . . . . . . . .-21,3 . . . . . . . . . . . . . . . .2,48 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,48 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .218 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,9 BREVES Cíclicas Industriais 125 120 115 110 105 100 95 90 85 80 75 OICVM seguem em queda MSCI EURO ENERGY INDUSTRIAL INFO TECHNOLOGY MATERIALS Em Abril deste ano, o valor sob gestão dos organismos de investimento colectivo em valores mobiliários (OICVM) foi de 8173,4 milhões de euros, menos 173,4 milhões de euros (2,1%) que em Março, mantendo a tendência de queda face a Fevereiro, refere a CMVM – Comissão do Mercado de Valores Mobiliários. A entidade reguladora acrescenta que o montante sob gestão dos fundos especiais de investimento (FEI) caiu 0,4%, para 5546,8 milhões de euros em Abril último, o que representa menos 19,7 milhões de euros que no mês anterior. FII descem 0,3% em Abril O montante gerido pelos fundos de investimento imobiliário (FII) caiu 0,3% em Abril de 2011, para 9475,8 milhões de euros (menos 32,1 milhões que em Março), de acordo com os dados da CMVM. O regulador refere ainda que o valor sob gestão dos fundos especiais de investimento imobiliário (FEII) desceu 0,2%, e o dos fundos de gestão de património imobiliários (FGPI) recuou 0,2% face ao mês antes. Editado por: Armanda Alexandre [email protected] TERÇA-FEIRA 17 de Maio de 2011 MERCADOS 15 SENSIVEIS À TAXA DE JURO Cotação Financials Preço € Variação % Variação anual % Dividendo Max 52 semanas € Min 52 semanas € Valorização Dividend Yield % ROE % Tier 1 P/E Price/Book Média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .-0,4 . . . . . . . . . . . . . .5,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,4% . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,7 BPI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,26 . . . . . . . . . . . . . . . .1,4 . . . . . . . . . . . . .-9,0 . . . . . . . . . . . . . . . .1,79 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,20 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,1% . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,8 BCP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,55 . . . . . . . . . . . . . . . .-1,3 . . . . . . . . . . . . .-1,7 . . . . . . . . . . . . . . . .0,67 . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,48 . . . . . . . . . . . . . . .3,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,5 BES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,92 . . . . . . . . . . . . . . .-0,6 . . . . . . . . . . . . . .1,4 . . . . . . . . . . . . . . . .3,85 . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,48 . . . . . . . . . . . . . . .4,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,8% . . . . . . . . . . . . . . . . .8,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,5 BANIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,71 . . . . . . . . . . . . . . . .-1,4 . . . . . . . . . . . .-18,4 . . . . . . . . . . . . . . . .1,22 . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,69 . . . . . . . . . . . . . . .5,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .469 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . B ANCO SANTANDER . . . . . . . . . . . .8,07 . . . . . . . . . . . . . . . .0,6 . . . . . . . . . . . . . .1,7 . . . . . . . . . . . . . .10,53 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,11 . . . . . . . . . . . . . . . .7,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,0% . . . . . . . . . . . . . . . . .7,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,9 BBVA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,09 . . . . . . . . . . . . . . . .0,6 . . . . . . . . . . . . . .7,1 . . . . . . . . . . . . . . .10,46 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,87 . . . . . . . . . . . . . . . .7,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,5% . . . . . . . . . . . . . . . . .7,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,0 BNP PARIBAS . . . . . . . . . . . . . . . . . .53,08 . . . . . . . . . . . . . . . .-1,0 . . . . . . . . . . . . .11,5 . . . . . . . . . . . . . .59,93 . . . . . . . . . . . . . . . . .40,81 . . . . . . . . . . . . . . . .4,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11,4% . . . . . . . . . . . . . . . . .7,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,0 CRÉDIT AGRICOLE . . . . . . . . . . . . .10,93 . . . . . . . . . . . . . . . .-1,3 . . . . . . . . . . . . .15,0 . . . . . . . . . . . . . .12,92 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,87 . . . . . . . . . . . . . . . .4,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,6% . . . . . . . . . . . . . . . . .6,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,6 DEUTSCHE BANK-RG . . . . . . . . . . .41,85 . . . . . . . . . . . . . . .-0,2 . . . . . . . . . . . . . .7,0 . . . . . . . . . . . . . . .51,61 . . . . . . . . . . . . . . . . . .35,93 . . . . . . . . . . . . . . . .1,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,3% . . . . . . . . . . . . . . . . .7,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,8 ING GROEP NV-CVA . . . . . . . . . . . . .8,53 . . . . . . . . . . . . . . . .-1,1 . . . . . . . . . . . . .17,1 . . . . . . . . . . . . . . . .9,50 . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,79 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,3% . . . . . . . . . . . . . . . . .5,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,7 INTESA SANPAOLO . . . . . . . . . . . . . .2,06 . . . . . . . . . . . . . . . .0,5 . . . . . . . . . . . . . .1,7 . . . . . . . . . . . . . . . .2,70 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,88 . . . . . . . . . . . . . . .3,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,4% . . . . . . . . . . . . . . . . .8,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,5 SOC GÉNÉRALE . . . . . . . . . . . . . . . .41,93 . . . . . . . . . . . . . . .-0,6 . . . . . . . . . . . . . .4,3 . . . . . . . . . . . . . .52,70 . . . . . . . . . . . . . . . . .29,71 . . . . . . . . . . . . . . . .4,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,6% . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,7 UNICREDIT SPA . . . . . . . . . . . . . . . . .1,64 . . . . . . . . . . . . . . . .-1,5 . . . . . . . . . . . . . .6,2 . . . . . . . . . . . . . . . .2,24 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,46 . . . . . . . . . . . . . . .1,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,5% . . . . . . . . . . . . . . . .10,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,5 Cotação Dividendo Leverage Valorização Utilities Preço € Variação % Variação anual % Max 52 semanas € Min 52 semanas € Dividend Yield % Dívida/Capitais Próprios % Dívida/EBITDA P/E EV/EBITDA Média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .-0,3 . . . . . . . . . . . . . .1,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .116 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . .14,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,0 E.ON AG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .20,46 . . . . . . . . . . . . . . . .0,0 . . . . . . . . . . . .-10,8 . . . . . . . . . . . . . .26,07 . . . . . . . . . . . . . . . . .20,00 . . . . . . . . . . . . . . .7,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .71 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . .11,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . EDP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,59 . . . . . . . . . . . . . . . .-1,1 . . . . . . . . . . . . . .4,1 . . . . . . . . . . . . . . . .2,92 . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,38 . . . . . . . . . . . . . . .6,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .166 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,1 EDP RENOVÁVEIS . . . . . . . . . . . . . .4,80 . . . . . . . . . . . . . . . .0,6 . . . . . . . . . . . . .10,7 . . . . . . . . . . . . . . . .5,28 . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,65 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .66 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . .40,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,0 ENEL SP A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,72 . . . . . . . . . . . . . . .-0,6 . . . . . . . . . . . . .26,2 . . . . . . . . . . . . . . . .4,86 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,42 . . . . . . . . . . . . . . . .5,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .124 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,8 GDF SUEZ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .25,88 . . . . . . . . . . . . . . . .0,1 . . . . . . . . . . . . . .-3,6 . . . . . . . . . . . . . .30,05 . . . . . . . . . . . . . . . . .22,64 . . . . . . . . . . . . . . .5,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .68 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,6 IBERDROLA SA . . . . . . . . . . . . . . . . .6,10 . . . . . . . . . . . . . . .-0,3 . . . . . . . . . . . . . .5,8 . . . . . . . . . . . . . . .6,50 . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,50 . . . . . . . . . . . . . . .3,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .100 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11,6 REN-REDE ENERGÉT . . . . . . . . . . . . .2,49 . . . . . . . . . . . . . . . .0,3 . . . . . . . . . . . . .-3,6 . . . . . . . . . . . . . . .2,76 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,43 . . . . . . . . . . . . . . .6,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .221 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,9 RWE AG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .42,26 . . . . . . . . . . . . . . . .-1,3 . . . . . . . . . . . .-15,3 . . . . . . . . . . . . . .60,64 . . . . . . . . . . . . . . . . .41,50 . . . . . . . . . . . . . . .8,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .114 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,8 Reuters BOLSAS Sensíveis à Taxa de Juro Reuters TAXAS EURIBOR 110 105 PSI 20 100 EURIBOR 3 MESES 95 90 85 1.425 80 7741.96 7723.11 MSCI EURO FINANCIALS Ter UTILITIES Reuters BOLSAS ÍNDICES INTERNACIONAIS Índice V. fecho (em pts) Var. dia (em pts) Var. dia Fecho ano (em %) (em pts) Qua Qui Sex Seg 1.082 18/Fev DAX 16/Mai EURIBOR 6 MESES Var. ano YTD (em pts) (em %) 1.707 PSI20 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7741,96 . . . . . .-24,66 . . . . .-0,32 . . . . .7588,31 . . . .153,65 . . . .2,02 ANÁLISE MERCADOS Em colaboração com: A SESSÃO accionista de ontem parecia ser de maior volatilidade, mas, com a abertura dos EUA, os principais índices europeus recuperaram das fortes perdas e terminaram a descer cerca de 0,5%. Em Bruxelas, discutia-se a possibilidade de aumentar o empréstimo à Grécia, no dia em que o índice grego ASE caiu para um mínimo de 13 anos, pressionado sobretudo pelos títulos financeiros, nomeadamente pelo Banco Nacional da Grécia. Os ministros das Finanças europeus pressionaram Atenas a vender mais activos, ou seja, a acelerar as privatizações e a aumentar os cortes da despesa. O ministro das Finanças austríaco afirmou que a Grécia tem um enorme potencial de privatizações e que os gregos se deviam ajudar a si próprios antes de pedir mais dinheiro. Estes desenvolvimentos fazem pensar que não estamos nem de perto nem de longe de uma resolução para o problema da dívida europeia à vista e, na nossa opinião, continuam a verificar-se razões para nos mantermos cautelosos. Acreditamos também que este adiar de decisões relativamente à Grécia não passa de tentar ganhar tempo. Tempo para outros países não terem eventualmente de reestruturar, caso de Portugal e da Irlanda, e também para que a Espanha não seja envolvida nesta crise, o que seria o descalabro para a Europa. A crise da periferia deverá continuar, portanto, a ser um tema dominante para os investidores esta semana, e com as reuniões do Ecofin a terminarem hoje, é possível haver notícias quanto às condições do pacote à Irlanda, uma medida a proibir o “naked short selling” de obrigações governamentais, a situação na Grécia e a próxima presidência do BCE. Por Duarte Caldas, analista 1.353 EUROSTOXX 50 . . . . . . . . . . .2881,31 . . . . . .-13,29 . . . . . .-0,46 . . . . .2792,82 . . . .88,49 . . . .3,17 7501.52 7387.54 FT 100 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5923,69 . . . . . .-2,18 . . . . . .-0,04 . . . . .5899,94 . . . .23,75 . . . .0,40 FT MIB . . . . . . . . . . . . . . . . . .21685,34 . . . . .-78,97 . . . . . .-0,36 . . . .20173,29 . . .1512,05 . . .7,50 Ter Qua Qui Sex Seg 18/Fev 16/Mai CAC 40 . . . . . . . . . . . . . . . . . .3989,82 . . . . .-29,03 . . . . .-0,72 . . . . .3804,78 . . .185,04 . . .4,86 IBEX 35 . . . . . . . . . . . . . . . . . .10363,9 . . . . . . .7,4 . . . . . . .0,07 . . . . . .9859,1 . . . . .504,8 . . . .5,12 ANÁLISE DO MERCADO DE TAXA DE JURO Agenda do dia 10h00 Sentimento económico do ZEW na Alemanha. 13h30 Dados do mercado imobiliário nos EUA. 14h15 Produção industrial nos EUA. Reuters CÂMBIOS COTAÇÕES DE DIVISAS EUA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,4196 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Dólar Brasil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,3134 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Real Cabo Verde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .106,931 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Escudo Canadá . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,3802 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Dólar China . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,2378 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Yuan Renmimbi Hong Kong . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11,0408 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Dólar Japão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .114,64 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Iene Reino Unido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,8752 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Libra Suíça . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,2528 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Franco Angola . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .132,08 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Kwuanza Coreia do Sul . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1549,67 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Won Dinamarca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,4561 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Coroa Portugal: Taxa de referência a 2 anos Desde Janeiro de 2011 12,0 11,0 10,0 9,0 8,0 Reuters MERCADORIAS E MATÉRIAS-PRIMAS 7,0 6,0 5,0 4,0 Fonte: MNF Gestão de Activos AS TAXAS de juro da dívida nacional a dois anos desceram ontem 44,3 pontos-base, a maior queda diária de sempre. A taxa paga pela República portuguesa está agora próxima de 10%, o valor mais baixo desde Abril. A aprovação do acordo fechado entre o Governo e a União Europeia/Fundo Monetário Internacional tem inf luenciado a percepção dos investidores relativamente à generalidade da dívida nacional. Petróleo WTI (N. Iorque) Brent (Londres) Mercadorias Cacau Café Milho Trigo Algodão Metais Platina Ouro Prata Cobre Fecho 97,98 113,2 Unidade dólar USD/barril dólar USD/barril % YTD 9,06 21,60 30,01 269 701,75 741,5 151,15 dólares/ton Cênt. de dól./libra Cênt. de dól/bushel Cênt. de dól./bushel Cênt. de dól./libra 0,03 13,84 13,92 -5,51 5,82 1755 1493,9 34,19 N.D. dólares USD/onça dólares USD/onça dólares USD/onça dólares/ton 0,60 6,40 12,36 N.D. 16 TERÇA-FEIRA 17 de Maio de 2011 Editado por Almerinda Romeira [email protected] EMPREGO E FORMAÇÃO FRANCISCO LOPES DA FONSECA, ADMINISTRADOR EXECUTIVO DA MIND SOURCE “O ESTÁGIO É APENAS O PRIMEIRO PASSO” Na maioria das vezes, o estágio é seguido de um contrato, dependente do desempenho de cada um e da motivação demonstrada em fazer parte da equipa Mind Source, explica o gestor da recentemente eleita 5.ª Melhor Empresa Portuguesa para Trabalhar em Portugal. Por Almerinda Romeira (Texto) e Victor Machado (Foto) A Mind Source está a recrutar? Temos uma preocupação constante pela captação dos talentos no mercado e estamos sempre atentos às melhores oportunidades presentes no mercado de trabalho. Este factor também ajuda a comprovar os mais de três currículos que recebemos por ano de potenciais consultores que querem fazer parte da nossa equipa. Como se processa o recrutamento na empresa? O nosso processo de recrutamento é bastante criterioso. É composto normalmente por uma detalhada triagem curricular seguida de cinco fases: apresentação da empresa e candidato, validação técnica, validação sobre a capacidade de ser consultor Mind Source, proposta de contratação e entrevista com o director-geral para validação final de expectativas da empresa e do futuro colaborador. Além disso, temos uma política de cooptação de candidatos de modo a garantirmos que as nossas próprias pessoas possam trazer profissionais que se revejam para fazer parte da Mind Source e com isso garantir o mesmo nível de talento no crescimento sustentado da empresa. Na nossa política de recrutamento, além das acções de captação de talentos específicos através de anúncios de emprego vocacionados para segmentos específicos, conta ainda com a participação em “jobshops” e eventos nas melhores universidades para garantir que todo o mercado de talentos tem acesso às oportunidades de carreira na Mind Source. Qual o perfil de candidatos pretendido? Ser consultor Mind Source implica ter ou desenvolver altíssimos níveis de capacidade técnica, comunicacional e comportamental. Os potenciais talentos, além da capacidade técnica e funcional necessária, têm ainda de revelar “soft skills” essenciais tais como ambição, rigor, dinamismo, espírito de equipa e gosto pelo “desafio”. Por isso mesmo, temos, hoje, pessoas que se revêm totalmente na cultura de grupo que temos instituída, e a melhor forma de provar isso foi o recente estudo do Great Place to Work Institute 2011 que classificou a Mind Source como 5.ª Melhor Empresa para trabalhar em Portugal logo no 1.º ano da sua participação. Em termos de rotatividade, há a possibilidade de passar por vários departamentos? A mais-valia de ser consultor Mind Source passa pela diversidade de áreas em que podemos trabalhar. Graças aos sectores nos quais trabalha- mos e em projectos dos mais variados âmbitos, os nossos consultores têm a oportunidade de apreender conhecimentos vividos nas diversas culturas empresariais. Também a nível interno existe sempre a oportunidade de cada colaborador, através da avaliação do seu plano de carreira, ir crescendo ao seu ritmo individual e de poder dar o seu contributo ao longo do tempo nas já existentes oito áreas técnicas e três áreas de negócio da Mind Source. Como é feita a avaliação? Na Mind Source, temos um plano de carreira ajustado à medida de cada consultor com o objectivo, em primeiro lugar, de alinhar as expectativas individuais com a resposta dada pela organização e ainda para corresponder às expectativas que os nossos profissionais depositam em nós. Consideramos este plano muitíssimo diferenciador face a outras empresas, pois além de critérios qualitativos introduzimos diversas variáveis quantitativas que tornam mensurável o desempenho de cada um para com os critérios de exigência da empresa e para com os restantes. É dada formação dentro da empresa? E fora? Têm acordo com escolas superiores para formação de executivos? A formação é também uma preocupação constante porque contribui para o aumento efectivo do “knowhow” dos nossos colaboradores e, consequentemente, para o seu desempenho superior nos projectos em que estamos integrados. Isto faz com que tenhamos um plano anual de formação interna e externa intensivo e que abrange uma vasta área de conhecimentos, incluindo um prémio que pode ser seleccionado pelos nossos gestores para uma pós-graduação executiva numa das mais reputadas universidades. Que incentivos são dados aos colaboradores? Uma das políticas internas da Mind Source diz respeito aos incentivos através de prémios financeiros por cooptação ou por projectos, assim como de prémios em formações ou até viagens. Incentivos estes que são acessíveis a todos de forma meritocrata, directamente proporcional ao seu contributo para o crescimento sustentado da empresa. Há outros benefícios? Sim. Além do que lhe disse, os colaboradores podem usufruir de um pacote de benefícios específicos, da existência de prémios atribuídos aos consultores que se destaquem durante o ano, das actividades de “team-building”, não esquecendo, o bom ambiente de tra- balho que cultivamos na Mind Source, onde cada membro se sente um peçachave fundamental para o sucesso da empresa e onde o objectivo é sermos o número um em tudo aquilo que fazemos individualmente para só então ambicionarmos sermos os melhores enquanto empresa. A Mind Source tem universidades preferidas para recrutar? Vai às escolas fazer apresentações? Tendo em conta o currículo do curso e as iniciativas próprias dos alunos, conseguimos, muitas vezes, compreender onde está o potencial de talento universitário. Neste sentido, uma das acções que concretizamos todos os anos é a realização de um “roadshow” pelas principais universidades nacionais, de norte a sul do País, de modo a conhecer os talentos e a forma de dar a conhecer a nossa empresa, a sua visão e os seus valores, bem como as oportunidades que temos para oferecer. Aceitam estágios curriculares? Somos uma empresa fortemente orientada para o crescimento dos nossos colaboradores e, nesse senti- do, recebemos estagiários na nossa equipa por períodos que variam consoante a área de actuação à qual se candidatam. Que perspectivas de futuro encontra o jovem estagiário na Mind Source? O estágio é apenas o primeiro passo, pois na maioria das vezes é seguido de um contrato, dependente do desempenho de cada um e da motivação demonstrada em fazer parte da equipa Mind Source. Mesmo enquanto estagiários todos participam, desde logo, nas acções internas da empresa, nas acções de “team-building” e nas formações de modo a que seja criado um sentimento de pertença ao grupo. Qual o grau de retenção de quadros na empresa? A Mind Source tem uma elevada taxa de retenção dos seus quadros, ao longo dos seus três anos de anos de vida, comparativamente ao nível actual do mercado e com os “benchmarks” existentes para as consultoras a nível nacional e internacional. Um facto que demonstra bem o esforço empregado pela Mind Source em man- ter os seus colaboradores motivados, para que cada dia de trabalho seja sinónimo de um desempenho superior nos projectos complexos e exigentes que a empresa tem com as maiores organizações a actuar em Portugal. Uma das razões apontadas com estudos internos e externos que realizámos prende-se com a cultura do ambiente de trabalho informal e ainda com a existência de boas práticas que maximizam a partilha de sucessos em grupo. Com 64 colaboradores e uma média de 25 recrutamentos por ano, a Mind Source é uma empresa especializada em consultoria e soluções de outsourcing em serviços de base tecnológica. A sua actuação na indústria do conhecimento divide-se em três grandes áreas de serviços: technical services, business services e strategic services. Foi eleita recentemente pelo Great Place to Work Institute como a 5.a Melhor Empresa Portuguesa para Trabalhar em Portugal. TERÇA-FEIRA 17 de Maio de 2011 EMPREGO E FORMAÇÃO FUNDAÇÃO EVERIS LANÇA PRÉMIOS DE 90 MIL EUROS 17 JOÃO MAIA OFFICE MANAGER HAYS RECRUITING EXPERTS WORLDWIDE Gestão de expectativas e comunicação num processo de recrutamento A FUNDAÇÃO everis anunciou o lançamento da edição 2011 dos prémios anuais Entrepeneurs e Essay, cujo objectivo é “ incentivar o empreendedorismo e a investigação junto dos empresários e da comunidade universitária, potenciando o desenvolvimento do capital humano à escala local e global”. As inscrições decorrem até 1 de Junho em todos os países onde a everis opera, entre os quais Portugal. São dois os prémios da everis: o Entrepreneur Award e o Essay Award. O Entrepreneur Award tem como objectivo fomentar o espírito empreendedor, no âmbito universitário e científico, e facilitar o financiamento de projectos empresariais que se destaquem pela inovação, viabilidade e benefício para a sociedade. O Essay Award pretende incentivar a reflexão e a divulgação das tecnologias de informação no âmbito dos seus benefícios para os novos modelos organizacionais e sociais. Os projectos serão analisados e avaliados por um júri composto por personalidades das áreas económica e social, que seleccionará os projectos vencedores aos quais será atribuído um valor monetário de 60 mil e 24 mil euros, respectivamente. Na edição de 2011, há um prémio complementar sob o formato de menção honrosa. “Portugal está a ser convidado para participar neste desafio, facto que representa uma importante oportunidade para mostrar ao País e ao mundo a dinâmica e capacidade dos nossos empreendedores e investigadores”, realça em comunicado Rui Costa Santos, patrono da Fundação everis em Portugal. O Entrepreneur Award 2010 foi conquistado pela empresa espanhola Deutecno Noses, com um projecto tecnológico dedicado ao desenvolvimento, produção e venda de dispositivos olfactivos artificiais, tendo o Essay Award 2010 sido atribuído ao mexicano Daniel Najar, autor do ensaio “Empreendedores Emergentes”, que analisa o espírito empreendedor na América Latina, bem como a mudança geracional e a transição das instituições sociais no âmbito do novo contexto mundial. E ste artigo versa acerca de um tema genericamente bastante actual, considerando a situação corrente do País político, económico, social e também laboral. Apesar da corrente conjuntura suscitar bastante material para desenvolver este tema, pretendo focar-me na última vertente, a laboral, e mais especificamente a da busca de emprego. Numa actividade como a do recrutamento e selecção, seja por via de uma consultora dedicada a esta área, seja pelos departamentos de Recursos Humanos das empresas, a gestão de expectativas durante um processo de recrutamento é fundamental. Do lado do empregador, existem dois vectores a ter em conta neste processo: – O empregador/cliente interno, que tem uma expectativa elevada em relação ao profissional que pretende admitir, competências necessárias, perfil e características de personalidade. – O factor tempo, outro vector fundamental e com bastante impacto nos candidatos. A gestão de expectativas num processo de selecção é feita por parte dos intermediários (quando existem), que devem utilizar uma comunicação simples, objectiva e transparente de parte a parte, assegurando que ambos os intervenientes estão informados acerca do andamento do processo. Nada é mais importante do que “feedback” contínuo, reforçado para o lado de quem se candidata a um novo projecto. Hoje em dia, encontramos candidatos a emprego com duas situações profissionais distintas. Por um lado, temos os desempregados que, dada a sua situação, apresentam grande ansiedade e procuram a todo o custo ter “feedback” imediato dos resultados do processo, entrevistas, testes, decisões. Por outro, temos os profissionais que se encontram empregados e que põem a tónica das suas preocupações no conhecimento do projecto, das condições oferecidas e do nível de responsabilidades, procurando saber se estão de acordo com as suas expectativas. Mais do que nunca, comunicação fluida e passagem de informação objectiva são fundamentais. O ruído na comunicação, quando lidamos com pessoas numa situação de iminente mudança (o chefe que vai ter um novo subordinado, o candidato que vai mudar de emprego) é sobremaneira prejudicial. E quando a componente emocional tem um peso forte sobre outras variáveis, é comum acontecer uma falha de comunicação, um “mal-entendido” que ponha em risco o sucesso da missão. O segredo está no modo como os intermediários gerem todas estas variáveis, transmitindo toda a informação pertinente de forma objectiva, consistente e constante. Para isso, é necessário saber medir e monitorizar as expectativas de parte a parte, perceber o que cada interlocutor valoriza e influenciar positivamente ambos os agentes, de modo que estes saibam com o que podem contar, quando e como. Em Recursos Humanos e na liderança de pessoas, a gestão de expectativas conduz ao sucesso. Tudo o resto vem depois. PUB 18 TERÇA-FEIRA 17 de Maio de 2011 Editado por Almerinda Romeira [email protected] EMPREGO E FORMAÇÃO Egor TT cresce 30% e expande rede de lojas GALP: Ferreira de Oliveira Doutor honoris causa da Universidade Técnica de Lisboa A comemorar 25 anos, a empresa de Amândio da Fonseca reforça a aposta nos “job centers” A Egor anunciou um crescimento de 30% da sua facturação no primeiro trimestre deste ano face a período homólogo de 2010, impulsionado pelo crescimento da área de trabalho temporário (TT). Nesta área, a Egor opera através dos “job centers”, um conceito que a empresa tem vindo a alargado geograficamente. No âmbito do reforço da aposta no trabalho temporário, a directora executiva, a nível nacional da área de TT, Andrea Nunes, assumiu a responsabilidade pelos “job centers” de Lisboa, Porto, Aveiro e Cacém, enquanto Tomás Canto Moniz ficou com a coordenação operacional do Job Center Porto. A Egor Trabalho Temporário viu recentemente confirmada pela APCER, pelo 12.º ano consecutivo, a certificação oficial da Qualidade, de acordo com a Norma Internacional ISO 9001: 2008, dos seus processos de trabalho. O grupo Egor comemora este mês 25 anos de actividade em Portugal. Fundada no mesmo ano em que Portugal aderiu à Comunidade Europeia, a empresa impôs-se rapidamente no mercado, beneficiando da associação societária com a Egor International e do surto de investimento estrangeiro em Portugal nas décadas de 80 e 90. Centrada no recrutamento e selecção, iniciou e prosseguiu desde a sua fundação uma política de diversificação que a levou a conquistar posições cimeiras nas áreas da formação, consultoria, trabalho temporário, outsourcing e mais recentemente no marketing dos incentivos. Actualmente, este grupo empresarial conta com mais de três mil colaboradores activos nas diferentes áreas de negócio, tendo concretizado em 1992 um “management buy out” em relação ao capital estrangeiro. De acordo com Amândio da Fonseca, CEO e fundador do grupo, a representatividade e importância da Egor mede-se mais do que pelas cerca de quatro dezenas de milhões de euros de facturação anual pelas muitas dezenas de milhares de gestores e quadros de empresa cujo percurso e desenvolvimento de carreira foram em alguma altura influenciados pela Egor. Manuel Ferreira de Oliveira, presidente da Galp Energia (3.o a contar da esq.), foi distinguido com o grau de Doutor “honoris causa” pela Universidade Técnica de Lisboa. Adriano Moreira (esq. p/ dta), presidente do Conselho Geral da UTL, Ramôa Ribeiro, reitor da UTL, e António Manuel da Cruz Serra, presidente do IST, presidiram à celebração. Foto DR IFB ABRE INSCRIÇÕES PARA CURSOS DE BANCA PARA JOVENS O INSTITUTO de Formação Bancária (IFB) tem a decorrer até dia 15 de Julho inscrições para a 21.ª edição dos cursos de formação em regime de alternância na banca para jovens, nas cidades de Lisboa e Porto. Esta formação é feita em parceria com o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), através de cursos de aprendizagem, que garante estágios em instituições financeiras, bolsas, entre outros apoios. O curso de formação em alternância destina-se a jovens com o 9.º ano, ou ensino secundário incom- pleto, tem a duração de três anos, garante estágio ao longo dos três anos em que decorre a formação e concede equivalência ao 12.º ano e nível quatro de formação profissional. Em comunicado, o IFB refere que desde 1992, a parceria que mantém como o IEFP permitiu formar perto de dois mil jovens e integrá-los, na sua maioria, em funções na banca e no sector financeiro. Do total dos alunos, 94% arranja emprego no sector bancário e financeiro, ou continua os estudos no ensino superior. PUB EMPREGO DA SEMANA Que qualidades pessoais lhe permitiram ter sucesso? Sou motivada e positiva por natureza. Nos projectos em que entro, sou empenhada, ambiciosa e tenho perfil comercial. Creio que estas foram as características que mais me ajudaram profissionalmente. SUSANA MARTINS Idade: 36 anos Função: Administradora Empresas: BodyConcept e City Gourmet Como se descreve profissionalmente? Possuo visão empresarial que me tem auxiliado na tomada de decisões estratégicas para o crescimento e sucesso das empresas que administro. Gosto de criar estratégias que gerem valor para as empresas e recursos humanos e que apresentem soluções para toda a estrutura (fornecedores, clientes, colaboradores). Há alguém em particular que tenha influenciado a sua carreira? A minha mãe pelo seu apoio e o meu pai pelo seu empreendedorismo. O administrador do grupo de empresas onde trabalhei durante oito anos, que me permitiu ter uma carreira transversal, de comercial, a chefe de vendas, directora de Marketing, directora de loja, bussiness manager, passando por uma carreira internacional, o que me preparou para as responsabilidades que possuo hoje. Qual foi a sua maior conquista? A criação há sete anos do grupo BodyConcept, actualmente líder de marcado na área de estética e cabeleireiro com mais de 80 unidades em Portugal e que no ano passado iniciou a sua expansão internacional para o Brasil e Polónia. Alguma medida em particular que destaque? Para o crescimento das empresas, é fundamental que haja um bom sistema de comunicação e trabalho entre departamentos para que tudo funcione no processo, desde a venda de franchising, à abertura das clínicas até à prestação do serviço ao cliente final. Desta forma, mesmo em conjunturas menos favoráveis as empresas têm crescido todos os anos quer a nível de número de franchisados, quer de facturação média das clínicas. Onde espera estar daqui a 5 anos? No mesmo grupo onde me encontro mas numa estrutura internacional maior e com uma maior diversidade de negócios. Na empresa City Gourmet, criada em 2010 e que se dedica à confecção de comida gourmet de preço acessível para entrega em casa e no escritório, na área de Lisboa, espero que em cinco anos tenhamos crescido a nível de franchising para ser mais uma empresa de referência na sua área, tal como as outras empresas o são na área de estética. Qual seria o seu emprego de sonho? Felizmente, tenho o emprego e trabalho com as equipas com que sonhei. PUBLICIDADE TERÇA-FEIRA 17 de Maio de 2011 19 Lifestyle TERÇA-FEIRA 17 de Maio de 2011 20 RELÓGIOS Lacoste lança relógios RIO CELEBRITY SOLSTICE ARTE EM VELOCIDADE DE CRUZEIRO LAZER Transavia.com lança promoção para viagens entre Junho e Outubro A companhia aérea de baixo custo transavia.com acaba de lançar uma campanha promocional com tarifas entre os 39 € e os 79 €/ida. As reservas podem ser efectuadas hoje e dia 25 de Maio para voos com partida do Porto para as cidades do Funchal, Paris ou Nantes (39 €). Já na rota Funchal-Paris, as tarifas estão disponíveis a partir dos 69 €/ida. Para viajar entre o Funchal e Nantes, há voos desde 79 €/ida. As promoções são válidas para viagens entre 15 de Junho e 29 de Outubro, inclusive. A 24 de Agosto, parte de Barcelona um cruzeiro muito especial, em que a Arte é a convidada principal. Por Sandra Martins Pereira (texto) e Victor Machado (fotos) Lazer ▲ A cidade brasileira do Rio de Janeiro inspirou a marca Lacoste na sua nova linha de relógios femininos mais desportivos: a RIO. De cores vibrantes, como o rosa-gerbera, o turquesa e o roxo, o novo RIO dispõe de um mostrador branco pique-texturizado com um crocodilo em relevo da mesma cor da moldura de alumínio e do bracelete de silicone. As três versões disponíveis têm a assinatura Lacoste na moldura. Preço: 135 €. A rte e lazer são uma conjugação excepcional para quem pretende partir de férias. E se a estes juntarmos a tranquilidade do mar e as paisagens mediterrânicas, aí o resultado só pode ser um bonito quadro. Esta é pois a proposta do “Celebrity Solstice”, o navio de cruzeiro da Celebrity Cruises, que a 24 de Agosto prepara um programa com partida de Barcelona (Espanha), no qual é possível revelar o seu toque artístico, durante os workshops de pintura a bordo, dirigidos pela artista Helena Pedro Nunes. Este, que é o primeiro navio de classe da Celebrity Cruises, inaugurado em 2008, tem 122 mil toneladas e capacidade para 2850 passageiros, aposta num design sóbrio, onde a arte é uma constante. Exemplo disso é a exposição viva que celebra a arte vidreira em colaboração com o The Corning Museum of Glass, onde soprar e moldar o vidro são ensinados por velhos mestres. Ou ainda os vários leilões que se realizam a bordo, onde obras de Picasso ou de Miró já por ali passaram. Desta vez, a aposta vai para as obras da artista portuguesa Helena Pedro Nunes, que se tem vindo a afirmar no panorama artístico nacional e internacional. A colecção de retratos de figuras públicas, em que é aplicada uma técnica única por si desenvolvida, criando no espectador “sen- sações de agradável harmonia”, é apenas um dos exemplos da sua vasta obra. “O meu trabalho é um casulo de um velho desejo humano, a fútil busca de vingar e de ter o tempo. Certamente em cada pintura do estilo rea- lista contém um pouco de essência da natureza, do ADN do Universo. Uma sugestão do universo das forças criativas”, descreve a pintora. A bordo do “Celebrity Solstice”, que fará escalas em Civitavecchia (Itália), Nápoles/Capri (Itália), Atenas/Pireu Editado por: Sandra Martins Pereira [email protected] Helena Pedro Nunes (Grécia), Ephesus/Kusadi (Turquia), Mykonos (Grécia), Santorini (Grécia) e Valletta (Malta), com chegada prevista a 5 de Setembro, Helena Pedro Nunes ensinará todas as técnicas durante estes workshops: “Vamos aplicar várias técnicas de desenho e pintura, que envolvem óleo e outros materiais, nos quatro dias de navegação. Haverá ainda tempo para uma explicação sobre algumas das peças de arte a bordo deste navio e para desenhar texturas e o mar. No fundo, o que se pretende é partilhar o bom gosto pela arte, num ambiente de relaxamento e de férias”, sublinha. Entre as novidades do “Celebrity Solstice” realce ainda para o “Clube da Relva”, que oferece um novo ambiente no deck superior, ocupando uma área de 2000 metros quadrados, na qual o passageiro é convidado a fazer uma partida de bocce ball ou croquet, praticar o seu putting, fazer um piquenique acompanhado do seu cesto de vinho e queijo ou simplesmente sentar-se sobre a relva verdadeira. As peças teatrais, as discotecas e os dez restaurantes disponíveis fazem parte da diversão a bordo. Este programa tem preços entre 1390 € (cabina interior) e 1749€ (exterior com varanda concierge), taxas incluídas. ORIENTAÇÕES: 1 Ao contrário do que pode parecer, ser atencioso, afável e até amoroso não é uma atitude débil ou ingénua mas demonstrativa de bom carácter. O mínimo que se pode fazer é tratar os outros como gostaríamos de ser tratados, isto é, com respeito, consideração e generosidade. ª POR MARIA DUARTE BELLO COACHING E GESTÃO DE IMAGEM [email protected] SEGREDOS DE COACHING Triunfar com a amabilidade Um coach ajuda a triunfar em tempos de crise. Orientando na tomada de atitudes que resultam a favor dos outros e de nós, porque provocam ânimo, transmitem prazer, causam alegria e dão conforto. PERGUNTAS PODEROSAS: 1.o Tratamos os outros com cuidado? 2 ª Pensa-se frequentemente que aqueles que elevam o tom de voz ou que se comportam com maior agressividade são mais fortes, sem dar conta que estes sinais são de insegurança e baixa auto-estima. 3 ª O entendimento e o diálogo não são incompatíveis com a rebeldia contra as injustiças. A gentileza e a bondade não significam não poder expressar o enfado ou descontentamento que seria a anulação da personalidade, levando a uma mansidão desequilibrada e extrema. 4 ª Estamos excessivamente orientados para a parte nega- tiva: a crise, as preocupações, o stress, o futuro incerto. Fica esquecido que podemos dedicar atenção e tempo a cultivar emoções e actos positivos, provocando melhorias no estado de ânimo. ª Em primeiro lugar, amabilidade connosco, porque 5 quando nos queremos temos mais claro o que esperamos dos outros. Só assim estaremos nas melhores condições para nos relacionarmos, porque sabemos o que queremos, com quem queremos estar e que trato merecemos. 2.o Associamos a bondade à fraqueza? 3.o Como equilibrar o fazer bem aos outros com o que consideramos ser justo? 4.o Porque é difícil ganhar o hábito de ser amável? 5.o Como aprendemos a ser amáveis? PARA REFLECTIR: É possível mudar as nossas vidas e a atitude daqueles que nos cercam simplesmente mudando-nos a nós mesmos. Rudolf Dreikurs PUB 22 TERÇA-FEIRA 17 de Maio de 2011 www.oje.pt LIFESTYLE SAPATEIRA (“CANCER PAGURUS”) Le Chef CHEFE CORDEIRO Chefe executivo do Grupo Altis Hotels VALE DAS AREIAS SAUVIGNON E ARINTO 2010 É um vinho regional de Lisboa, de cor citrina. Este vinho branco conjuga a exuberância do aroma da casta Sauvignon com a frescura da casta Arinto. Assim, consegue-se um bom equilíbrio na boca juntamente com uma acidez perfeita e algumas notas vegetais no final. A SAPATEIRA (“Cancer pagurus”) é um crustáceo decápode, braquiúro, da família dos cancrídeos, da costa atlântica rochosa da Europa. A carapaça de exemplares maduros mede Designação científica Sapateira Sapateira coxa Sapateira mortal (fresca do dia) Sapateira macho ‘Cancer pagurus’ ‘Cancer pagurus’ ‘Cancer pagurus’ ‘Cancer pagurus’ entre 11 cm e 13 cm de comprimento. FILOSOFIA DO PRATO: É um dos crustáceos que mais se consome nas marisqueiras portuguesas. Viva Congelada Cozida Regra geral, são compradas vivas e cozidas em água, sal, cebola, louro e um pouco de piripíri. Deixam-se arrefecer bem no frigorífico e só depois se desmancham, retirando todo o seu interior, a que nós chamamos “carne de sapateira limpa”. A partir desta operação, podemos utilizá-la como quisermos. Este prato foi inspirado no recheio de sapateira das marisqueiras, a ideia era dar mais frescura e qualidade e ao mesmo tempo mostrar que pode ser um prato sofisticado. Empratado sobre uma pedra de lousa e com algumas ligações de alfaces mesclun. SALADA DE SAPATEIRA COM NOTAS CÍTRICAS, FUNCHO E CORAÇÃO DE TOMATE Para 2 pessoas (sensivelmente) RECHEIO DE SAPATEIRA: DECORAÇÃO PARA A MONTAGEM DO PRATO: 1 sapateira (600 g) cozer no tacho em água com sal, e depois de cozida escolher/retirar o interior 2 pinças (cozidas ao vapor 8 minutos) 100 g tomate (concassé, reservar os corações) 5 g ovas tobiko 80 g aipo talo (brunesa, reservar as folhas para fritar) 10 g cerefólio fresco Concassé de tomate e corações Folhas de aipo fritas 20 g rabanete (lâminas finas e transparentes) 20 g folhas de acelgas vermelhas PREPARAÇÃO: PUB VINAGRETE DE VINHO TINTO E ALHO 40 cl vinho tinto Vale das Areias 60 g de alho (montado igual mas com alho ralado que havia sido bringido em três águas e com consistência quase de maionese) 30 g cebolinho picado 3 g pimenta-preta em grão Seguir todos os passos de preparação enunciados junto das quantidades. Depois de juntar todo o recheio de sapateira, adicionar o aipo, o cebolinho e as ovas de tobiko. Temperar e reservar para o empratamento. Fazer o vinagrete de vinho tinto e alho conforme descrição. Fazer a folha de brick. MONTAGEM/EMPRATAMENTO FLOR DE SAL DE CITRINOS: Para temperar todo o prato no final: 20 g zesto de limão desidratado 15 g flor de sal maldon PLACA DE BRICK: 1 folha de brick Cortar com o molde, cozinhar entre silpats 1 – colocar o recheio de sapateira em 3 montinhos. 2 – colocar o vinagrete de vinho tinto. 3 – colocar as folhas de brick já crocantes. 4 – colocar o concassé de tomate e os corações, as folhas de aipo fritas, o cerefólio fresco, as lâminas de rabanete e as folhas de acelgas. www.oje.pt “Festival para um Instrumento: A Herança de Paganini” no São Luiz Teatro Municipal MÚSICA GLASSER O Musicbox, no Cais do Sodré, em Lisboa, recebe no próximo dia 20 de Maio, a partir da uma hora da madrugada, o concerto da norte-americana Glasser. Em estreia no nosso país, o actual projecto de Cameron Mesirow teve especial impacto junto da imprensa especializada, que a comparou a nomes como Zola Jesus, Bates for Lashes ou Fever Ray, aquando o lançamento do disco de estreia, “Ring”, espectáculo que traz agora a Lisboa. Os ecos tribais que ecoam por “Ring” anunciam um mundo paralelo, torcido e traiçoeiro, que na sua face minimalista aparenta uma índole inócua. No entanto, o álbum (ed. True Panther Sounds, 2010) cedo se transforma em matéria envolvente, transcendente mesmo, que se afunda no peito em melodias encantatórias e decisivas. Cameron Mesirow é quem assina esta exploração pós-punk. Glasser é o nome que deu ao projecto, aproveitando a máscara para os movimentos de sedução inesperadamente assertivos. O que vem de Los Angeles tem este hábito de nos tirar o tapete em câmara lenta, enquanto mantemos os olhos bem abertos e o espanto bem marcado, sem acreditar que de facto estamos a cair numa teia mágica, saco sem fundo no momento seguinte. Glasser tem essa faceta escondida, à espera de uma distracção para nos caçar para sempre. A primeira parte do concerto estará a cargo de Drawlings, projecto a solo de Abby Portner, irmã de Avey Tare dos Animal Colective. Preço: 10 €. 20 de Maio, Musicbox, Cais do Sodré, Lisboa EXPOSIÇÃO COCA-COLA 18h30, ouvir-se-á logo no dia 20 de Maio João Andrade, interpretando obras de Ludwig van Beethoven e Eugène Ysaÿe, e ainda David Ascensão com obras de Johann Sebastian Bach e Ernest Chausson. Até 2 de Junho poderá assistir aos recitais dos jovens violinistas. Também a 2 de Junho destaque para “A História do Soldado”, de Igor Stravinski, que chega à Sala Principal do São Luiz. Esta é uma versão para concerto a partir do espectáculo apresentado em 2010, com direcção cénica de João Pedro Vaz. Com a interpretação de António Fonseca, os Solistas da Metropolitana e direcção musical de Cesário Costa, “A História do Solda- do” foi a primeira obra que Stravinsky escreveu num período criativo. O compositor queria uma opereta itinerante; objecto artístico fácil de pôr em qualquer palco. A partitura para sete instrumentos tem por isso forte dimensão cénica, à volta da história (“para ser lida, interpretada ou dançada”) de um soldado que regressa a casa com o seu velho violino, que é afinal figura central desta obra. Na viagem, revela-se um universo fantasioso, habitado por um diabo e uma princesa. Há amores desfeitos, o triunfo da traição. Mas, sobretudo, surpreende, intensamente, a magia da música. Preços: 10 € a 20 €. WORKSHOPS Adega Mayor promove “Wine Talks & Arts” a partir de quinta-feira A ADEGA MAYOR realiza de 19 a 26 de Maio mais uma iniciativa Wine Talks, desta vez inspirada na relação do vinho com o mundo das artes. Trata-se de um novo conceito de conversas informais, inaugurado este ano, em que se pretende explorar a relação do vinho com diferentes universos – música, arte, literatura e arquitectura. No âmbito desta iniciativa, a Galeria da Boavista, em Lisboa, recebe uma exposição colectiva de 11 artistas portugueses, referência no nosso país e no 23 Aonde ir ESPECTÁCULOS DE 30 DE MAIO a 4 de Junho, a Metropolitana e o São Luiz Teatro Municipal coproduzem o “Festival para um Instrumento: A Herança de Paganini”, na Sala Principal e no Jardim de Inverno daquele teatro, em Lisboa. Na sequência do êxito verificado em 2010 com o Festival Chopin, por ocasião do bicentenário do famoso compositor e pianista polaco, o São Luiz Teatro Municipal e a Metropolitana promovem nesta temporada um festival que dá relevo a outro instrumento, o violino. Durante seis dias, a Sala Principal e o Jardim de Inverno do São Luiz Teatro Municipal vão encher-se de sonoridades que fizeram a história dos últimos quatro séculos, evocando também um dos mais influentes intérpretes de todos os tempos, Niccolò Paganini (1782-1840). Compositor e violinista italiano, é um nome indissociável da própria história do violino. Menino-prodígio, o seu virtuosismo cedo captou as atenções e, aos 12 anos, já se apresentava regularmente em público. No seguimento do Concurso Jovens Pianistas 2010, que distinguiu Paulo Oliveira na temporada passada, a Metropolitana e o São Luiz Teatro Municipal dão lugar à descoberta de novos talentos na área do violino. São oito os concorrentes que se apresentam ao público em recital a solo e com piano. E são apenas trinta os minutos para impressionarem nestas apresentações o júri, constituído pelo violinista Vasco Barbosa, o compositor Sérgio Azevedo e o maestro Cesário Costa. Com entrada livre e no Jardim de Inverno, a partir das TERÇA-FEIRA 17 de Maio de 2011 LIFESTYLE panorama internacional, que aceitaram o desafio de criarem peças únicas que exploram a relação do vinho com o mundo das artes, tomando como caminhos criativos a História, a linguagem, a simbologia e a cultura do vinho. AKA Corleone, Arm Collective, Filipe Rebelo, I’m from LX, João Retorta, Kruella D’Enfer, Lara Portela, Maria Imaginário, Miguel Januário, Pixelejo e Tâmara Alves são os artistas que dão corpo a esta mostra, que é inaugurada dia 19 de Maio, pelas 19 horas e que irá estar patente ao público até 26 de Maio, entre as 10 e as 13 horas e as 15 e as 19 horas. Ao longo da semana, serão realizados vários workshops de arte e workshops específicos para escolas, dinamizados pelo artista plástico Gonçalo Mar, conhecido pela sua versatilidade e criatividade em compor formas e personagens. Estes workshops contemplam a realização de uma visita guiada à exposição “Wine Talks & Arts”, onde é explicado a todos os participantes algumas das linguagens e disciplinas artísticas que se cruzam nesta mostra colectiva. Serão, ainda, realizadas provas de vinhos em que a enóloga Rita Carvalho ensinará a arte de saber apreciar um bom vinho, no contexto da sua ligação à arte. Os workshops têm um número máximo de dez participantes. O ponto alto desta iniciativa será a personalização de uma garrafa de vinho Adega Mayor através de diferentes técnicas artísticas (stêncil, desenho, stickers), o que irá permitir a cada participante criar uma obra única, sob coordenação do artista Gonçalo Mar. O Museu da Farmácia, em Lisboa, inaugura a 25 de Maio a “Exposição dos 125 anos da Coca-Cola”. Ali será possível encontrar os artefactos com que John Pemberton criou o mítico xarope de cola, algumas garrafas históricas, originais, da Coca-Cola e a cronologia dos acontecimentos mais relevantes da marca no mundo e em Portugal. A Coca-Cola foi servida pela primeira vez a 8 de Maio de 1886, na Farmácia Jacob’s da cidade norte-americana de Atlanta, pela mão do Dr. John Pemberton, que inventou a bebida com o propósito de fazer as pessoas sentirem-se bem. Volvidos 125 anos, a Coca-Cola é hoje a marca mais conhecida do mundo, e a segunda expressão mais reconhecida, após a palavra ‘OK’. A marca mais valiosa e a preferida por milhões de consumidores nos mais de 200 países onde está presente. Entrada gratuita. 25 de Maio, Museu da Farmácia, Lisboa LAZER EMOÇÕES RADICAIS O Hotel Axis Vermar, na Póvoa de Varzim, disponibiliza um programa especial para os hóspedes mais aventureiros, que apreciam emoções fortes. A sugestão contempla um circuito de arborismo, onde é possível efectuar escaladas, rapel, saltos pendulares e de pontes, num parque de desportos radicais próximo daquela unidade hoteleira. Disponível até 20 de Julho, o programa integra ainda estada de duas noites naquela unidade de quatro estrelas, localizada a escassos metros da praia e com vista privilegiada para o oceano Atlântico. Preço: 85 € por pessoa, com pequeno-almoço bufete incluído. Reservas pelo telefone 252 298 900 ou pelo endereço electrónico [email protected] Até 20 de Julho, Hotel Axis Vermar, Póvoa de Varzim PUB 24 TERÇA-FEIRA 17 de Maio de 2011 Desporto Domingos Paciência atribui grande favoritismo à equipa do FC Porto O TREINADOR do Sporting de Braga, Domingos Paciência, considerou ontem natural atribuir ao FC Porto “um favoritismo muito grande” para a final da Liga Europa de futebol, que se realiza amanhã em Dublin. Em entrevista ao site da UEFA, o técnico bracarense notou que a for- mação portista “tem mostrado ser uma equipa muito forte” e que, não estando a disputar a Liga dos Campeões, “durante anos e anos esteve lá e é um clube” de Champions. “Numa final, e perante o que tem acontecido, é natural que se atribua um favoritismo muito grande ao FC Porto, mas é um jogo só, depende muito da inspiração e de outras situa- Chicago Bulls abrem final Este a vencer ▲ LIGA NBA OS CHICAGO Bulls derrotaram no domingo à noite os Miami Heat por 103-82, no primeiro de sete jogos da final da Conferência de Este da Liga norte-americana de basquetebol (NBA), com Derrick Rose mais uma vez em destaque. O jogador mais valioso da fase regular marcou 28 pontos e fez seis assistências. Luol Deng (21 pontos) também esteve em destaque na defesa ao conseguir secar LeBron James, que marcou apenas 15 pontos. Carlos Boozer marcou 14 pontos e conseguiu nove ressaltos, com o francês Joakim Noah a alcançar 14 ressaltos. Nos Heat, Chris Bosh (30 pontos e nove ressaltos) foi o melhor em campo, com Dwyane Wade a marcar apenas 18 pontos. Os Bulls ganharam pela quarta vez esta temporada aos Heat, mas conseguiram no domingo o resultado mais dilatado da temporada frente à equipa de Miami. Antes, os Oklahoma City Thunder conquistaram um lugar na final do Oeste, ao baterem em casa os Memphis Grizzlies por 105-90, no jogo 7 das meias-finais de conferência. Depois de ter estado apagado no encontro anterior, Kevin Durant recuperou o seu papel de líder da equipa e conduziu os Thunder ao confronto com os Dallas Mavericks (4-0 aos Los Angeles Lakers), com 39 pontos e nove ressaltos. ções e é isso que nos leva a acreditar que é possível”, disse. Domingos Paciência notou ainda que todos os jogos da campanha europeia do Braga foram “de grande motivação, contra grandes equipas como o Liverpool, Dínamo de Kiev, mesmo o campeão polaco, o Lech Poznan, tudo equipas fortes, e automaticamente os jogadores ficaram motivados”. TACO-A-TACO José Carlos Rodrigues HOJE AO final da manhã iremos saber se o segundo campo de golfe da Comporta começa já a ser construído ou se irá demorar mais algum tempo. Hoje, no clube britânico de Wentworth, será anunciado qual o país FC PORTO O MÉDIO João Moutinho foi ontem convocado pelo treinador do FC Porto, André Villas-Boas, para a final da Liga Europa frente ao Sporting de Braga. O regresso de João Moutinho ocorre depois da recuperação da lesão sofrida no jogo frente ao Paços de Ferreira, da 29.ª jornada, num lance com Nél- ASP WOMEN: Moore triunfa nas ondas cariocas son Oliveira, que obrigou o médio a falhar a deslocação ao terreno do Marítimo, na derradeira etapa do campeonato. Além de Moutinho, também Hulk, Helton e Fernando regressam aos convocados azuis e brancos, após terem sido poupados na viagem à Madeira, por troca com o guarda-redes Kieszek e o avançado Mariano Gonzalez. ÚLTIMA HORA WWW.ABOLA.PT O Cluj escolheu Jorge Costa para conduzir a equipa ao título da Roménia na próxima temporada. Segundo uma informação avançada pela imprensa local, o antigo treinador de SC Braga, Olhanense e Académica já terá mesmo um acordo verbal para prosseguir a sua carreira de treinador no país dos Cárpatos: o contrato será válido por uma temporada, com renovação automática por mais um ano caso vença o campeonato romeno de futebol. WWW.OJOGO.PT A tenista belga Kim Clijsters recuperou de uma lesão sofrida em Março, e desta maneira vai participar no torneio de Roland Garros, garantiu ontem o agente da tenista Bob Verbee. A jogadora tinha recentemente afirmado que não estaria presente no Grand Slam francês. WWW.MAISFUTEBOL.IOL.PT A SURFISTA havaiana Carissa Moore executa um leque na onda da última ronda do Billabong Rio Pro do circuito mundial feminino da ASP. Moore triunfou na etapa brasileira Foto AntónioLacerda/EPA ao vencer na final a australiana Sally Fitzgibbons. FUTURO DA COMPORTA SABE-SE HOJE que irá receber a Ryder Cup de 2018. Portugal, Espanha, França, Alemanha e Holanda são os cinco candidatos. Se for em Portugal, avança de imediato a construção do segundo campo da Herdade da Comporta (o primeiro já está marcado e a construção arranca ainda este Verão). No caso de ser Espanha a escolhida, serão construídos dois campos na zona de Madrid. Se for em França, será utilizado o campo de golfe nacional (perto Paris), sendo o centro de operações no Palácio de Versalhes. Caso a Ryder Cup vá parar à Alemanha, não há nada de novo a apresentar. No caso da Holanda, está a ser construído um campo dese- ▲ ▲ LIGA EUROPA João Moutinho convocado para a final da Liga Europa nhado por Colin Montgomerie. Ou seja, esta semana, a aldeia da Comporta saberá se será um destino internacional muito em breve ou se isso irá demorar mais tempo. O grupo Espírito Santo, proprietário da herdade da Comporta, garantiu que, com ou sem Ryder Cup, os dois campos de golfe serão construídos. Mas, logicamente, se a Ryder Cup não vier para Portugal, o campo desenhado por Tom Fazio irá demorar a ser construído. Mas se a Ryder Cup vier para Portugal em 2018, então o campo começa a ser construído ao mesmo tempo que o outro campo. Hoje, às 12h00, os golfistas (e alguns empreendedores) vão estar de ouvido colado ao rádio. Sergio Busquets pode jogar final da Champions FUTEB0L O MÉDIO do FC Barcelona Sergio Busquets poderá jogar a final da Liga dos Campeões com o Manchester United, depois de ter sido ilibado pela UEFA da acusação de insultos racistas ao lateral brasileiro Marcelo do Real Madrid no jogo da meia-final em Camp Nou. A UEFA confirmou ontem que não aceitou a queixa apresentada pelo Real Madrid contra o médio espanhol do FC Barcelona por “falta de provas sólidas e convincentes”. O FC Barcelona anunciou que renovou o acordo de parceria com a UNICEF até Junho de 2012. O clube abriu esta temporada uma excepção na sua tradição de não ter publicidade nas camisolas para a organização humanitária, mas na próxima temporada a sigla da UNICEF vai apenas aparecer na parte de trás das camisolas, por baixo do nomes do jogadores, já que a zona frontal está já ocupado pelo patrocínio da Qatar Foundation. TEMPO PARA OJE Porto MIN. 19 MÁX. 26 Lisboa MIN. 17 MÁX. 24 Faro MIN. 17 MÁX. 22