Visualizar - Mundo Animal

Transcrição

Visualizar - Mundo Animal
B e t a m e t a s o n a
CARACTERÍSTICAS
Antibiótico, antifúngico e corticosteróide para tratamento de otites externas
agudas e crônicas de cães e gatos.
DOSAGEM E MODO DE USAR:
Cães: instilar 4 gotas duas vezes ao dia em cães com peso inferior a 14 kg
ou 8 gotas duas vezes ao dia em cães com peso superior a 14 kg.
Gatos: instilar 3 gotas duas vezes ao dia independentemente do peso do animal.
O tratamento deve ser realizado por 7 dias consecutivos.
APRESENTAÇÃO
Cartucho contendo frasco de 20 mL com bico aplicador.
Mundo Animal Laboratório Veterinário Ltda.
0800 7722 523
www.mundoanimal.vet.br
C e t o c o n a z o l ,
FÓRMULA
Gentamicina, Cetoconazol, Valerato de Betametasona
G e n t a m i c i n a ,
OTO SANA
®
Atualização Científica
Mundo Animal
Volume V
Gentamicina, Cetoconazol, Betametasona
Atualização Científica - Mundo Animal - Volume V
Oto Sana®
INTRODUÇÃO
A orelha é um órgão vestibulococlear que proporciona equilíbrio ao animal e converte informações
acústicas do meio ambiente em impulsos nervosos, que são transmitidos para o sistema nervoso
central (SNC)1. É formada pelo pavilhão auricular, revestida em ambos os lados por tecido
cutâneo fortemente aderido ao tecido pericondral, e pelos canais auriculares, que são
sustentados pelas cartilagens auriculares e anular, podendo variar entre 5-10 milímetros
2
de diâmetro e até 2 centímetros de comprimento, de acordo com a raça e a espécie .
Anatomicamente, a orelha pode ser divida em três compartimentos (Fig. 1)3 :
Figura 1
Estruturas da orelha
Gentamicina, Cetoconazol, Betametasona
• Orelha externa, formada pelo pavilhão auricular e meato auditivo externo (canal auditivo);
• Orelha média, que inclui a cavidade timpânica e três ossículos (martelo, estribo e bigorna) e
trompa de Eustáquio com seu divertículo;
• Orelha interna ou labirinto, que consiste em uma parte acústica, a cóclea, e uma parte nãoacústica, o órgão vestibular.
Otite é a inflamação do conduto auditivo, uma enfermidade muito comum na clínica de
pequenos animais, correspondendo a aproximadamente 8% dos casos, estando presentes
em 18 a 20 % do total de animais apresentados ao clínico com outras enfermidades4,5. Pode
ser classificada quanto à localização em externa, média e interna e quanto ao agente
6
etiológico em seborréica, parasitária, alérgica, bacteriana e fúngica . A otite externa é uma
inflamação dos componentes de tecido mole do meato auditivo externo7, que pode também
8
acometer o pavilhão auricular . Nas inflamações crônicas, as glândulas apócrinas que
secretam o cerúmen aumentam seu volume, havendo um conseqüente aumento na produção
de cera 9,10.
De acordo com a etiologia das patologias otológicas podem existir causas primárias ou
predisponentes, como excesso de pêlos e umidade no conduto auditivo, orelhas pendulosas,
predisposição racial, alterações endócrinas, traumatismo auditivo iatrogênico, doenças
obstrutivas, alergias e outros3,11. Além das causas primárias, há os chamados fatores
perpetuantes que agravam e mantêm as otites, como a oclusão e/ou estenose do canal e
presença de exsudatos inflamatórios, que podem alterar o pH e preservar o foco da infecção7.
Os agentes mais comumente isolados em casos de otite externa são as bactérias
Staphylococcus intermedius, Pseudomonas aeruginosa, Proteus sp., Streptococcus sp.,
Escherichia coli e Klebsiella spp.11, 12,13 e as leveduras Malassezia sp. e a Candida sp.1,8,14.
Um estudo realizado no Hospital Veterinário do Paraná (Campus Palotina), através de
culturas de material colhido no ouvido de 87 cães com suspeita de otite, mostrou que 24
(27,59%) tinham Staphylococcus intermedius, 9 (10,34%) Pseudomonas aeruginosa,
15 (17,24%) Malassezia sp., 27 (31,03%) associação entre microorganismos, 5 (5,75%)
9
outros agentes e 7 (8,05%) casos negativos .
Em outro estudo realizado na Escola de Veterinária da UFMG e na Clínica Veterinária São
Francisco de Assis (Belo Horizonte - MG), onde foram examinados 50 cães de diversas raças
com sintomatologia compatível com otite externa, verificou-se que 39 (78%) animais tinham
8
Malassezia pachydermatis à microscopia óptica e 44 (88%) à cultura .
Clinicamente, a otite externa é caracterizada pelo ato do animal coçar ou esfregar a orelha no
chão, pender ou balançar a cabeça, tumefação do pavilhão auditivo externo e presença de
exsudato, podendo haver hiperqueratose e estenose do conduto auditivo nos quadros mais
6
avançados .
O diagnóstico é baseado na anamnese e exame clínico com otoscopia e citologia auricular,
podendo-se ainda realizar avaliações radiográficas, vídeo-otoscopia e/ou tomografia
8
computadorizada .
Atualização Científica - Mundo Animal - Volume V
O manejo eficaz das otopatias em cães depende do diagnóstico correto dos fatores etiológicos
envolvidos e o tratamento clínico pode ser tópico e/ou sistêmico.
Antes de se iniciar o uso de medicamentos tópicos para o tratamento das otopatias, deve-se
realizar uma completa remoção dos pêlos, do cerúmen, do exsudato, do tecido degenerado e
eventuais corpos estranhos e resíduos celulares15. Normalmente o tratamento tópico é realizado
com a aplicação local de preparações onde estão associados corticóides, antibióticos,
antifúngicos e ectoparasiticidas11.
CORTICÓIDES
O reconhecimento do papel essencial das adrenais (antigas supra-renais) data de 1855, quando
Thomas Addison relatou a insuficiência de seu córtex, enfermidade que recebeu seu nome
(doença de Addison). Em 1949, Hench relatou os efeitos benéficos da cortisona em portadores de
artrite reumatóide, inciando-se então um uso mais efetivo dos glicocorticóides em inúmeras
16,17
doenças .
As adrenais são formadas por duas porções, a medular, que produz dois hormônios (epinefrina e
norepinefrina), e a cortical, que produz dois grupos de hormônios, os mineralocorticóides
(aldosterona) e os glicocorticóides (cortisol e corticosterona), denominados em seu conjunto de
corticosteróides. Além disto, as adrenais produzem ainda andrógenos e estrógenos, incluindo
16
uma pequena fração de testosterona .
Devido a pouca importância terapêutica dos mineralocorticóides, principalmente em medicina
veterinária, o termo corticosteróide ou simplesmente corticóide acabou se transformando, na
16
prática, em sinônimo de glicocorticóide .
Os principais representantes naturais dos glicocorticóides são a hidrocortisona (cortisol)
e a corticosterona, que atuam no metabolismo de carboidratos, lipídeos e proteínas.
Os glicocorticóides são importantes agentes antiinflamatórios e imunossupressores, exercendo
profundos efeitos sobre quase todos os sistemas orgânicos2.
Modificações na estrutura química do cortisol determinaram o aparecimento de vários
corticosteróides sintéticos, que se diferenciam pela sua meia-vida plasmática e pela potência
antiinflamatória. A meia-vida plasmática permite classificar os glicocorticóides em curta ação
(inibição do eixo hipotálamo-hipófise-adrenais menor que 12 horas - hidrocortisona, cortisona e
fludrocortisona), ação intermediária (12-36 horas - prednisona, prednisolona, metilprednisolona e
2,11,16
triancinolona) e longa ação (acima de 36 horas - betametasona, dexametasona e flumetasona) .
Os glicocorticóides possuem efeitos potentes sobre a pele e afetam profundamente a atividade
11
imunológica e inflamatória , através da inibição da resposta macrofágica e da sensibilização
dos linfócitos, bloqueio da resposta celular aos mediadores inflamatórios e inibição da
proliferação de fibroblastos16.
®
A betametasona (corticóide presente na fórmula do Oto Sana ) é um antiinflamatório esteróide
que inibe a ação enzimática da fosfolipase A2, impedindo a liberação do ácido araquidônico e, em
conseqüência, a síntese de prostaglandinas, tromboxanos e leucotrienos, mediadores da
inflamação. Também diminui a secreção de enzimas lipolíticas e proteolíticas, bem como o
extravasamento de leucócitos (macrófagos) para as zonas de lesão. Altera o número de linfócitos,
Gentamicina, Cetoconazol, Betametasona
retarda a fibrose, bloqueia a produção e liberação de algumas citocinas que exercem
múltiplos efeitos no processo inflamatório, além de promover a melhora de sintomas de
18
manifestações inflamatórias, sem afetar a evolução da doença básica . É indicada na terapia
sistêmica de doenças endócrinas, reumáticas, dermatológicas, alérgicas, oftálmicas,
gastrintestinais, respiratórias, hematológicas e gestacionais19.
A maioria dos corticóides liga-se às proteínas plasmáticas (globulina e albumina) e são
rapidamente absorvidos pelo trato gastrintestinal, membrana mucosa e pele. A taxa de
ligação protéica da betametasona é cerca de 64% 2. Parenteralmente podem ser utilizados
16
pelas vias IV, IM, intra-articular ou subconjuntival .
Entre 12 a 14% da dose administrada por via cutânea é absorvida sistemicamente. Entre os
fatores que aumentam a absorção percutânea citam-se: graus de inflamação da pele, uso de
18
curativos oclusivos, tipo de veículo e concentração do produto .
Cerca de 70% do metabolismo da betametasona ocorre no fígado, com a formação de
substâncias inativas; os 30% restantes são metabolizados em territórios extra-hepáticos
ainda não muito bem definidos, possivelmente sendo o rim um destes locais, a eliminação é
feita quase que exclusivamente pela urina, embora pequenas quantidades possam aparecer
nas fezes e bile16.
ANTIFÚNGICOS
Os principais agentes químicos usados como antifúngicos em medicina veterinária são os
imidazóis (cetoconazol, miconazol, clortrimazol e econazol), os triázois (itraconazol e
fluconazol) e a fluocitosina. Entre os antibióticos antifúngicos, destacam-se a anfotericina B,
nistatina e griseofulvina20,21,22.
®
O cetoconazol (antifúngico presente na fórmula do Oto Sana ) é um antifúngico azólico de
caráter fungistático ou fungicida, dependendo da dose empregada. Atua por inibição da
biossíntese de elementos essenciais à formação da parede do fungo e ao seu próprio
metabolismo, inibindo a síntese do ergosterol, o principal lipídeo das membranas de células
fúngicas; com os níveis de ergosterol diminuídos a célula é incapaz de manter a integridade
da membrana, resultando em permeabilidade aumentada com conseqüente degeneração
celular e morte do fungo11.
A droga tem como principal indicação o tratamento de infecções por leveduras como a
Malassezia, mas atua bem nas dermatofitoses e em certas micoses profundas (Blastomices,
Coccidioides, Criptococcus e Histoplasma)16,20.
A absorção do cetoconazol é facilitada por pH ácido. Poucos são os dados disponíveis a
respeito da farmacocinética da droga nas diferentes espécies animais. Em seres humanos,
sabe-se que aproximadamente 84% do cetoconazol liga-se à albumina, 15% aos eritrócitos
20
e 1% fica livre . É metabolizado pelo fígado em produtos inativos, sendo eliminado
predominantemente por via biliar1.
O cetoconazol é bastante tolerado em cães e os efeitos colaterais relatados, como
inapetência, prurido, alopecia, náusea e diarréia, são decorrentes de sua administração
11,20
sistêmica .
Atualização Científica - Mundo Animal - Volume V
ANTIBIÓTICOS
Os aminoglicosídeos são antibióticos que agem inibindo a síntese protéica na unidade 30S dos
ribossomos. Sua eficiência é dose-dependente e possuem uma atividade residual mesmo após
os níveis sangüíneos terem caído abaixo da concentração inibitória mínima; isto explica a
possibilidade de administração com intervalos grandes entre doses, até mesmo uma única
aplicação diária16. São antibióticos bactericidas extraídos de actinomicetos do grupo
Streptomyces. Pertencem a este grupo a gentamicina, neomicina, amicacina, tobramicina,
2
estreptomicina, dihidroestreptomicina, netilmicina e framicetina .
A distribuição dos aminoglicosídeos é restrita, pois os mesmos não atravessam as barreiras
hematoencefálica e hemato-ocular, apenas uma pequena parte dos aminoglicosídeos é
16,20
metabolizada no fígado e a excreção é renal .
Ototoxicidade geralmente irreversível, manifestada por surdez e ataxia, é causada principalmente
por neomicina e estreptomicina, sendo a gentamicina uma droga segura para o tratamento
16
das otopatias .
Vários aminoglicosídeos são empregados topicamente nas orelhas e nos olhos23. A gentamicina
(antibiótico presente na fórmula do Oto Sana®) é efetiva no tratamento de Gram-positivos e
2
Gram-negativos .
Em 2003, realizou-se um estudo na Escola de Veterinária da UFMG, com o objetivo de avaliar a
susceptibilidade aos antimicrobianos de Staphylococcus spp. isolados de cães com otite externa
crônica. Foram utilizadas 96 amostras obtidas de cães com otite externa crônica e os resultados
revelaram que a gentamicina, enrofloxacino, cefaloxina, cloranfenicol e neomicina foram os mais
efetivos frente aos microrganismos isolados24.
®
EFICÁCIA DO OTO SANA PARA O TRATAMENTO DA OTITE EXTERNA EM
CÃES E GATOS
O presente estudo teve como objetivo avaliar a eficácia antibacteriana e antifúngica do Oto Sana®
para o tratamento da otite externa em cães e gatos.
Para avaliar esta eficácia, foram utilizados 14 cães e 11 gatos de raças, sexos e idades variadas
(Tab. 1), provenientes do ambulatório do Hospital Veterinário da UFMG e da Sociedade Mineira
Protetora dos Animais (Belo Horizonte - MG). Os animais foram selecionados aleatoriamente e o
diagnóstico das otites externas foi realizado após anamnese, exame clínico com o auxílio do
otoscópio para avaliar a integridade da membrana timpânica, cultura com antibiograma e
citologia. Todos os pacientes apresentavam eritema, exsudato amarelo e/ou negro e
hiperqueratose; alguns animais apresentavam alopecia na pina auricular e oclusão do canal
auditivo por excesso de pêlos ou cerúmen.
I
O tratamento preconizado foi a remoção dos pêlos do pavilhão auricular , limpeza diária
II
®
do pavilhão auditivo e instilação de 4 a 8 gotas de Oto Sana para tratamento da otite 2 vezes ao
dia, durante 7 a 14 dias (dependendo do peso do animal e da cronicidade da otite).
No primeiro dia de tratamento foi realizada coleta de material para citologia auricular (Fig. 2) e cultura
com antibiograma; remoção do excesso de pêlos do pavilhão auricular e início do protocolo de
I - Pó para Limpeza das Orelhas - Mundo Animal Laboratório Veterinário; II - OtoCare - Solução Acidificante Otológica - Mundo Animal Laboratório
Veterinário; III -Kinolox 50 mg- Enrofloxacino - Mundo Animal Laboratório Veterinário
Gentamicina, Cetoconazol, Betametasona
tratamento (instilação da solução de limpeza e do medicamento). Após 7 dias realizou-se nova
coleta de material para citologia auricular e cultura com antibiograma, encerrando-se o tratamento
naqueles animais que apresentavam cura clínica e laboratorial (18 = 72%). Os animais restantes
permaneceram por mais 7 dias em tratamento, após os quais realizou novamente a citologia e a
cultura, observando-se cura em 4 (16%). Os animais remanescentes necessitaram de tratamento
por um total de 21 dias antes de se apresentarem sem alterações e apenas um deles não respondeu
ao esquema terapêutico proposto.
Figura 2
Campo repleto de ceranócitos e com
presença de Malassezia sp.
Microscopia de imersão/HE 100X.
O animal 11, além da otite externa causada pela Malassezia sp., Staphylococcus intermedius,
Pseudomonas aeruginosa e Streptococcus sp., tinha um abscesso na orelha média direita,
visualizado após radiografia e otoscopia. Além do protocolo citado acima, foi necessária
a administração sistêmica de antibiótico (enrofloxacino, 20 mg/kg/SID/14 dias)III. Decorridos 14
dias de tratamento, este felino teve cura clínica e laboratorial total, mas persistiu com a pina da
orelha acometida pendulosa e enrugada (Fig. 3, 4 e 5).
Figura 3
Animal 11 com orelha pendulosa
e enrugada
Atualização Científica - Mundo Animal - Volume V
Gentamicina, Cetoconazol, Betametasona
Figura 4
Animal 11 com grande quantidade de cerúmen
purulento, edema e abscesso (dia 0).
Figura 7
Animal 24 ao término do tratamento (dia 7).
®
Tabela 1: Relação das alterações clínicas e laboratoriais de 25 animais tratados com Oto Sana .
Animal
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
Figura 5
Animal 11 ao término do tratamento (dia 14).
Os animais 8 e 17, além das afecções causadas por leveduras e bactérias (Tab. 1), tinham
também otite parasitária causada por carrapatos (Rhipicephalus sanguineus), sendo necessário
aspergir Pulgoff spray anti-pulgas (permetrina) duas vezes ao dia, durante três dias, para o
controle.
Os animais 4, 19 e 24 (Fig. 6 e 7) tinham grande quantidade de pêlo no conduto auditivo,
dificultando a higienização, acumulando umidade e favorecendo a proliferação de leveduras,
como a Malassezia sp.
1
C/F
C/F
C/M
C/F
C/M
F/F
F/F
F/M
F/F
F/M
F/F
F/F
F/F
F/F
F/F
C/M
C/M
C/M
C/F
C/M
C/M
C/F
C/F
C/M
C/M
4a
4a
7a
5a
7m
1a
5a
5a
3a
6a
3a
1a
4a
5a
8a
11 a
5a
4a
3a
9a
2a
6a
12 a
11 m
7a
Pina3
Exsudato4
A/C/O/H
O
O/H
C/O/H
C/H
O
O/H
A/C/ES
O
C/H
C/E/O/Abscesso
O
H
C/ES/O
O
E/O/Otohematoma
A/C/ES/O
C/H
A/O/H
E/O
O
C/ES/O/H
E/ES/O/H
O/H
O
amarelo
negro
negro
negro
amarelo
negro
amarelo
negro
amarelo
amarelo
negro
negro
negro
amarelo
negro
negro
amarelo
negro
negro
amarelo
amarelo
negro
amarelo
negro
negro
Cerúmen5 Pêlo6 Cel. descamativas7
+++
++
++
+
++
+
+
+
++
+
+
+
++
+++
+
++
+++
+
+
++
+
+++
++
++
+
+
++
+++
+
+
+
+++
+
++
+
+++
+++
+
-
++
+
+
++
+
+
+
+++
++
+
+
+
+
+
+
+
+
+
++
+
+++
+
Malassezia sp. 8
0
7
14
++
+
++
+
+
+
++
++
++
+
+
+
+
++
++
+
++
++
++
+
++
+
++
+
++
+
-
Candida sp. 9
0
7
14
++
+
++
+
++
-
Bactérias 10
0
7
14
1/3
1/8
4
4
3/4
1
2
6
1
1
4
4
1/4
4
1/2/4 4/2
2
1/5
7
2
1
1/3
1
1
1
1
1
2
6
1
1
1
4
2/4
4
-
C: canino / F: felino
M: macho / F: fêmea
3
Pina: (A) alopecia, (C) crostas, (E) edema, (ES) escoriação, (O) odor, (H) hiperpigmentação.
4
Aspecto do exsudato: negro, amarelo, branco.
5
Quantidade de cerúmen: (+) mínimo, (++) moderado, (+++) acentuado.
6
Quantidade de pêlos: (+) mínimo, (++) moderado, (+++) acentuado.
7
Quantidade de células descamativas: (+) mínimo, (++) moderado, (+++) acentuado.
8
Malassezia sp.: (+) presente, (-) ausente
9
Cândida sp.: (+) presente, (-) ausente
10
Bactérias: (-) ausente, (1) Staphylococcus intermedius, (2) Pseudomonas aeruginosa, (3) Proteus sp., (4) Streptococcus sp., (5) Escherichia coli, ( 6) Klebsiella spp.,
(7) Enterococcus sp.,(8) Enterobacter sp.
2
Figura 6
Animal 24 com grande quantidade de pelos e
cerúmen enegrecido no conduto auditivo (dia 0).
Espécie1 / sexo2 Idade
Atualização Científica - Mundo Animal - Volume V
Os resultados laboratoriais indicaram que 60% das otites bacterianas dos animais selecionados
eram causadas por Staphylococcus intermedius, seguida pelo Streptococcus sp. (24%) e
Pseudomonas aeruginosa (20%) e as leveduras Malassezia sp. e Cândida sp. corresponderam a
92% e 16%, respectivamente. Entretanto, vale ressaltar que vários animais apresentavam otite
externa produzida por mais de um agente bacteriano e/ou fúngico (Tab. 1).
®
Após o término do presente estudo, foi possível concluir que o Oto Sana mostrou resultados
satisfatórios para o tratamento da otite externa em cães e gatos, com 96% de eficácia para as
otites bacterianas e 100% para as micóticas. Não houve nenhum efeito colateral nos animais
tratados e a viscosidade do produto e seu dosador com bico siliconado, proporcionaram fácil
instilação e manuseio do mesmo.
Figura 8
Animal 22 com orelha repleta de cerúmen
causado por Malassezia sp. (dia 0).
Figura 9
Animal 22 após término do tratamento (dia 7).
Gentamicina, Cetoconazol, Betametasona
BIBLIOGRAFIA
1. AIZAWA, T.; KANO, R.; NAKAMURA, Y.; WATANABE, S.; HASEGAWA, A. The genetic diversity of clinical isolates of Malassezia
pachydermatis from dogs and cats. Medical Mycology, v.39, n.4, p. 329-34, 2001.
2. ANDRADE, S. F. Manual de Terapêutica Veterinária. São Paulo: Roca, 2002, 698 p.
3. SWENSON, M. J.; REECE, W. O. Fisiologia dos animais domésticos. 11ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1996. 856p.
4. NASCENTES, P.S.; CLEFF, M.B.; FARIA, R.O.; NOBRE, M.O.; XAVIER, M.O.; MEIRELES, M.C.A.; MELLO, J.R.B. Malasseziose ótica
canina: inoculação experimental e tratamento. Clínica Veterinária, ano 10, n. 55, p. 54-60, 2005.
5. MANSFIELD, P.D; BOOSINGER, T.R.; ATTLEBERGER, M.H. Infectivity of Malassezia pachydermatis in the external ear canal of dog.
Journal American Animal Hospital Association, v. 26, p. 97-100, 1990.
6. BORGES, K. D. A.; VIANA, F. A. B.; VIEIRA, M. R. U.; BATISTA, L. M. Uso do enrofloxacino oral no tratamento da otite externa em cães.
A Hora Veterinária. N. 146, p. 22-23. 2005.
7. BIRCHARD, S. J.; SHERDING, R. G. Manual Saunders-Clínica de Pequenos Animais, São Paulo: Roca,1998, 1.591p.
8. LEITE, C. A. L.; ABREU, V.L.V.; COSTA, G. M. Freqüência de Malassezia pachydermatis em otite externa de cães. Arq. Bras. Med. Vet.
Zootec. v. 55, n.1, 1. 2003.
9. MAURÍCIO, B.G., KÜHL, S. L., SOUZA, C., CUNHA, O. Otites Bacterianas. Revista Nosso Clinico, n. 38, p. 6-8, 2004.
10. SCOTT, D. W.; MILLER, W.H.; GRIFFIN, C.E. Dermatologic therapy. In. Small Animal Dermatology. Philadelphia, Sounders, pp. 174-277, 1995.
11. KIRK, R. W. Atualização Terapêutica Veterinária Pequenos Animais, Rio de Janeiro: Interlivros, 1984.1.130p.
12. Scott, D. W.; Muller Jr, W. H.; Griffin, C. E. Small Animal Dermatology. Philadelphia: WB Saunders Company, 5 ed., 1995, 1140 p.
13. CHARACH, M. Malassezia dermatitis. Canadian Veterinary Journal, v.38, n.5, p.311-4, 1997.
14. MANSFIELD, P.D.; BOOSINGER, T.R.; ATTLEBERGER, M.H. Infectivity of Malassezia pachydermatis in the external ear canal of dogs.
Journal of the American Hospital Association, v.26, n.1, p.97-100, 1990.
15. FARIAS, M. R. Terapêutica otológica. In: ANDRADE, S. F. Manual de Terapêutica Veterinária, 2 ª ed. São Paulo: Roca, 2002, p. 1030-1031.
16. VIANA, F. A. B. Fundamentos de Terapêutica Veterinária. Universidade Federal de Minas Gerais, Escola de Veterinária; Departamento
de Clínica e Cirurgia Veterinárias. Edição 2000.
17. MORIELLO, K. A.; FEHRER-SAWYER, S. L.; MEYER, D. J.; FEDER, B. Adrenocortical suppression associated with topical otic
administration of glucocorticoids in dogs. Journal of American Veterinary Medical Association, v. 193, n. 3, p. 329-331, 1988.
18. BARRAGRY, T. B. Veterinary Drug Therapy, Philadelphia: Lea & Febiger, 1994, 1076 p.
19. GABAL, M.A. Preliminary studies on the mechanism of infection and characterization of Malassezia pachydermatis in association with
canine otitis externa. Mycopathologia, v.104, n.2, p.93-98, 1998.
20. SPINOSA, H. S.; GÓRNIAK, S. L.; BERNARDI, M.M. Farmacologia Aplicada à Medicina Veterinária. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan. 2002, 752 P.
21. FRIMMER, M.; LAMMLER, G. Farmacologia e Toxicologia em Veterinária, 2ª ed., Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1982. 250p.
23. FRASER, C. M. Manual Merck de Veterinária, 8ª ed. São Paulo: Roca, 1998. 2305 p.
24. GOODMAN, L. S.; GILMAN, A. As Bases Farmacológicas da Terapêutica, 9ª ed.; Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 1996.1.436p.
25. August J. R. Otitis Externa: A disease of multifactorial etiology. Vet Clin North Amer n. 18, p. 731-742, 1988.
26. MACHADO, M-L. S.; APPLET, C. E.; FERREIRO, L.; GUILLOT, J. Otites e dermatites por Malassezia spp. em cães e gatos. Clínica
Veterinária, ano 8, n.44, p.28-34, 2003.
27. BOOTH, N. H; Mc DONALD, L.E. Farmacologia y Terapéutica Veterinaria. v. 2, Zaragoza: Acribia, 1988. 819p.
28. TILLEY, L. P.; SMITH JUNIOR, F. W. K. Consulta Veterinária em cinco minutos. Barueri: Editora Manole, 2 ed., 2003, 1423 p.
29.VIANA, F. A. B. Guia Terapêutico Veterinário. Lagoa Santa: Editora CEM, 2003, 324 p.
30. WALKER, J. C. The fluroquinolones.Mayo Clin. Proc., n. 74, p. 1030, 1999.