14 de Setembro de 2015

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14 de Setembro de 2015
Segunda-feira, 14 de Setembro de 2015.
DESTAQUES
Bovespa encerra semana quase estável
S&P retira grau de investimento de SP, MG e SC
Rombo da Previdência aumenta e chega a quase R$ 200 bi em 2016
Petrobras promete redução de gastos sem precedentes
Mercado prevê economia mais em 2015/2016
CVC diz não ter intenção de realizar operação societária com Smiles
Segunda-feira, 14 de Setembro de 2015.
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FECHAMENTO ANTERIOR (11/09/2015)
Terça-feira, 20 de Maio de 2014.
A Bolsa brasileira fechou em baixa nesta segundafeira. Segundo o analista Felipe P. Otero, da Ágora
Corretora, “–Sem alterações segue em cenário de
indefinição no curtíssimo prazo marca sina
MAIORES ALTAS
MAIORES BAIXAS
de fundo em 45.592 pts e a superação da
AÇÃO
PREÇO
%
AÇÃO
PREÇO
%
máxima recente enfrenta resistências curta
R$ 5,13
10,08
CSNA3
HGTX3 R$ 11,70 -5,72
em linha com sua MME de 21 em 47.083 e
R$ 4,65
9,66
USIM5
SMLE3 R$ 37,87 -5,46
depois tentaria esboçar melhora para
R$ 2,76
9,52
R$ 8,81
-5,37
OIBR4
PETR3
região dos 47.500 e 47.996, onde a
R$ 26,95 5,76
R$ 10,17 -3,96
BBSE3
BRAP4
superação deste último sinalizaria busca
4,77
R$ 7,66
-3,88
RUMO3 R$ 7,68
PETR4
pela MME de 50 que passa ao nível de
47.785 pts. Do lado inferior a perda da mínima recente pode indicar pressão de venda em busca dos 45.278 e
depois rumo aos 44.330 pts.”
BAIXA
ABERTURA
FECHAMENTO
0,22
46.508
46.503
MÍNIMA
MÁXIMA
VOLUME
46.175
46.558
5.728.734.053
BOLSAS INTERNACIONAIS
Índice
Dow Jones
S&P 500
Nasdaq
Pontos
%
17,826.30
-1,54
2,081.18
-1,13
4,931.81
-1,52
Índice
Euro
FTSE 100
DAX
Pontos
%
3,701.90
+0,76
7,041.73
+0,67
11,871.12
+0,29
Índice
CAC 40
Shangai
Nikkei
Pontos
%
5,164.94
+0,42
4,217.08
-1,64
19,634.49
-0,09
AGENDA
15:00 – Balança Comercial
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BOVESPA ENCERRA SEMANA QUASE ESTÁVEL
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de Maio
O Ibovespa registrou queda modesta nesta sexta-feira, com investidores reagindo à Terça-feira,
revisão das20
notas
de de 2014.
risco de crédito das principais companhias do país pela Standard and Poor’s (S&P). As alterações aconteceram
na sequência do rebaixamento da nota soberana para “BB+”, o que implicou na perda do grau de investimento.
No entanto, a decisão da S&P atingiu as empresas de forma diferenciada. Petrobras, Eletrobrás e os bancos estão
na lista dos que perderam a nota de grau de investimento. No caso da estatal de petróleo, o corte foi mais
drástico, de dois níveis, saindo de “BBB“ para “BB”. BM&FBovespa também teve sua nota rebaixada, mas ainda
mantém o selo de bom pagador com a nota “BBB”, assim como Ambev, Multiplan e Ultrapar. Vale, Embraer,
Fibria, Gerdau, Brasil Foods, Natura e Telefônica tiveram seus ratings mantidos pela S&P. Porém, nessa sextafeira o Ibovespa fechou em baixa de 0,22%, desta forma, a bolsa brasileira encerra a semana em que o Brasil
perdeu seu grau de investimento com baixa acumulada de apenas 0,21%. No mês, a queda está em 0,48% e no
ano, o índice cai 7,21%. Além do corte de dois níveis no seu rating, Petrobras foi influenciada pela queda do
petróleo no mercado internacional e por relatórios de bancos de investimento, que reduziram a recomendação
e/ou o preço alvo para os papéis.
S&P RETIRA GRAU DE INVESTIMENTO DE SP, MG E SC
A agência de classificação de risco Standard & Poor’s rebaixou, nesta sexta-feira, os ratings de crédito de
quatro Estados brasileiros e da cidade do Rio de Janeiro, seguindo a rodada de revisões iniciada na última quartafeira com a nota brasileira. Os Estados de São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina, assim como o Brasil,
perderam o grau de investimento ao terem a nota de crédito em moeda estrangeira cortada de BBB para BB+. O
Estado do Rio de Janeiro teve o rating revisado de BB+ para BB enquanto a nota da cidade do Rio de Janeiro foi
cortada de BBB/A2 para BBB /A3. No comunicado, a S&P cita como justificativa para o rebaixamento dos Estados
os mesmos fatores que levaram à retirada do grau de investimento do país. Como os desafios enfrentados pelo
governo, que “pesaram sobre a habilidade de submeter ao Congresso um orçamento para 2016 coerente com o
ajuste sinalizado durante o início do segundo mandato” de Dilma Rousseff. A agência também reduziu a nota em
escala nacional dos Estados de São Paulo, Santa Catarina (de brAAA para brAA+); de Minas Gerais de brAAA
para brAA; e do Estado do Rio de Janeiro de brAA+ para brAA. A S&P também revisou a perspectiva do rating
brAAA da cidade do Rio de Janeiro de estável para negativa, o que indica uma probabilidade maior da nota ser
rebaixada no curto prazo.
ROMBO DA PREVIDÊNCIA AUMENTA E CHEGA A QUASE
R$200 BI EM 2016
O governo federal deverá comprometer quase R$ 200 bilhões do orçamento de 2016 para cobrir o rombo
da Previdência Social e garantir o pagamento de aposentadorias e pensões dos trabalhadores da iniciativa privada
e servidores públicos federais. Para este ano, a estimativa é de rombo para os dois regimes de aposentadoria é
de R$ 157,3 bilhões. Em 2014, correspondia a R$ 120,1 bilhões. O elevado déficit preocupa a equipe econômica
que precisa fazer cortes nas despesas para melhorar o resultado primário e não tem muito espaço para isso. No
curto prazo, essas contas da previdência sofrem com a recessão econômica e o aumento do desemprego. A conta
salgada pode abrir espaço para que, futuramente, o governo faça nova reforma como, por exemplo, para adotar
de idade mínima de aposentadoria por tempo de contribuição. Mas, apesar da necessidade de reduzir gastos, é
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consenso que não há espaço político para se fazer isso agora. A proposta de orçamento do próximo ano,
encaminhada pela presidente Dilma Rousseff no fim de agosto, mostra que a elevação do déficit está concentrada
Terça-feira, 20 de Maio de 2014.
no Regime Geral de Previdência Social (RGPS), que agrega os trabalhadores da iniciativa privada e cerca de 28
milhões de benefícios. Neste caso, o rombo saltará de R$ 56,7 bilhões em 2014 para R$ 88,9 bilhões em 2015 e
R$ 124,9 bilhões em 2016, segundo estimativas do governo. Esse déficit estava caindo nos últimos anos devido à
formalização do mercado de trabalho, que alavancava a arrecadação previdenciária. O resultado negativo na
previdência dos servidores públicos, que tem cerca de um milhão de beneficiários, também é expressivo, mas
deve subir num ritmo menor que o do RGPS neste e no próximo ano. De acordo com dados do governo, o déficit
da previdência dos servidores deve sair de R$ 63,4 bilhões em 2014 para R$ 68,4 bilhões em 2015, atingindo R$
70 bilhões no fim de 2016. Desde 2008, que o déficit do RGPS era inferior ao apurado pelo regime dos servidores
públicos. No atual cenário de restrição fiscal, a despesa com previdência social é uma das mais altas e, por ser
obrigatória, exige uma nova reforma para corrigir distorções. Recentemente, foram estabelecidas algumas
restrições para a concessão de pensão por morte, porém, consideradas, por analistas, ainda tímidas. Mudanças
de legislação para novas mudanças podem dar uma boa sinalização de curto prazo, mas efeito em diminuição de
gastos só em prazo mais longo. Na primeira reunião do fórum criado para discutir mudanças na previdência
social com trabalhadores, aposentados e empresários, o governo não apresentou propostas concretas, mas deixou
claro que o atual quadro fiscal e a transição demográfica prevista para as próximas décadas tornam necessário
adotar reformas estruturais para controlar o crescimento de gastos na previdência social (RGPS), na previdência
dos servidores públicos (RPPS) e da assistência social (LOAS).
PETROBRAS PROMETE REDUÇÃO DE GASTOS SEM PRECEDENTES
O comando da Petrobras está revendo todas as variáveis sob sua gestão diante da deterioração do cenário
nas últimas semanas, o que inclui a disparada do dólar, queda do petróleo e rebaixamento da nota de risco de
crédito. Já que não consegue controlar o câmbio, a cotação do Brent nem o rating do Brasil, o principal foco da
companhia neste momento será o corte de gastos. Segundo uma fonte graduada, a Petrobras passará por um
processo de redução de custos e despesas de proporção sem precedentes no passado. As medidas em estudo
devem ser discutidas pela diretoria nesta semana e vão se somar aos cortes já anunciados, como o plano de
reduzir despesas administrativas em US$ 12 bilhões de 2015 a 2019, o que inclui diminuição de gastos com cursos,
viagens, taxi etc. Nesta linha, a empresa lançou na última quinta-feira um plano que prevê redução de 25% na
jornada e salários dos funcionários da área administrativa. A demissão de terceirizados também está na pauta. A
despesa de pessoal total da Petrobras incluindo os funcionários das plataformas supera R$ 30 bilhões por ano
e consome aproximadamente 7,5% da receita bruta da companhia. Mas os cortes não devem se resumir a gasto
com pessoas, como se nota com os anúncios recentes de renegociação e até mesmo rescisão de contratos com
fornecedores de sondas de exploração. Tirando matéria-prima, os principais gastos da empresa são com materiais,
serviços, fretes, aluguéis e outros. Só que essa linha de despesa vem crescendo nos últimos três trimestres, em
vez de diminuir, tendo somado R$ 62 bilhões em 12 meses, ou 15,4% da receita bruta. Se conseguisse retornar
ao padrão visto entre 2011 e 2013, quando o peso era de 13,4%, a empresa economizaria R$ 8 bilhões. Existe o
reconhecimento de que um processo de corte de despesas como esse deve sofrer resistência interna de
funcionários, mas a leitura da alta administração é de que não existe alternativa para a companhia neste momento.
Conforme noticiou a agência Reuters na quinta, a revisão do plano de negócios da empresa, documento onde a
estatal informa sua estratégia de investimentos e de venda de ativos para os próximos cinco anos, também deve
ser necessária, diante da mudança de variáveis chave usadas na sua elaboração. Mas este processo está em uma
etapa inicial e ainda vai precisar passar pela diretoria e conselho da empresa, o que significa que nenhum anúncio
nesse sentido deve ocorrer no curtíssimo prazo.
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MERCADO PREVÊ ECONOMIA CONTRAÍDA EM 2015/2016
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de Maio de 2014.
As expectativas dos analistas de mercado para a economia neste ano e no próximo Terça-feira,
continuam 20
a piorar,
de acordo com o boletim Focus, do Banco Central (BC), que colhe previsões entre cerca de cem instituições. Pela
nona semana consecutiva, a projeção para o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) de 2015 foi revista e a
expectativa agora é de contração de 2,55%. No documento anterior, o recuo econômico esperado era de 2,44%.
Para 2016, a estimativa passou de retração de 0,50% para queda de 0,60%. O desempenho da indústria também
tem sido sistematicamente revisto para baixo. No boletim divulgado nesta segunda-feira, a previsão é de recuo
de 6,20% na produção das indústrias neste ano e aumento de apenas 0,50% em 2016. As estimativas anteriores
apontavam queda de 6% e alta de 0,72%, respectivamente. Quanto à inflação, enquanto a projeção para este ano
tem oscilado em torno de 9,30% nas últimas semanas, a de 2016 não para de subir. De acordo com o Focus, a
mediana das estimativas para o avanço do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2015 saiu
de 9,29% para 9,28%. Há quatro semanas estava em 9,32%. Para 2016, a projeção subiu pela sexta semana, de
5,58% para 5,64% de aumento. A mediana para este ano passou de 9,41% para 9,37% de avanço. Na semana
passada, depois de a agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) reduzir a nota de crédito do país,
retirando o grau de investimento em moeda estrangeira, analistas consideraram que o câmbio pode continuar a
se desvalorizar, o que pode pressionar ainda mais a inflação. No Focus, os analistas elevaram a estimativa para a
taxa de câmbio, com o dólar indo de R$ 3,60 para R$ 3,70 neste ano e de R$ 3,70 para R$ 3,80 no próximo
calendário. A gota d’água para o rebaixamento da nota brasileira, segundo a S&P, foi a entrega do Orçamento
2016 ao Congresso com previsão de déficit primário de R$ 30 bilhões. Enquanto isso, as apostas para a taxa de
juros Selic no Focus se mantiveram novamente em 14,25% em 2015.
CVC DIZ NÃO TER INTENÇÃO DE REALIZAR OPERAÇÃO
SOCIETÁRIA COM SMILES
A CVC informou que não tem intenção de realizar qualquer tipo de operação societária com a Smiles,
empresa de programas de fidelidade por coalizão controlada pela Gol, neste momento, apesar de avaliar
constantemente oportunidades de negócio. A companhia divulgou fato relevante comentando notícias em relação
a uma eventual transação com a Smiles. Reportagens publicadas nesta semana informavam que a empresa de
fidelidade estaria negociando a compra da CVC, o que já foi negado pela Smiles. As ações da Smiles fecharam
nesta sexta-feira em queda de 5,47%, cotadas a R$ 37,87. Já os papéis da CVC recuaram 1,74%, a R$ 15,82.
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Segunda-feira, 14 de Setembro de 2015.
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Terça-feira, 20 de Maio de 2014.
(19) 3365-5417
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