Livro da PequiM TRABALHO DE INFORMÁTICA

Transcrição

Livro da PequiM TRABALHO DE INFORMÁTICA
Os Últimos Dias
Os autores
Imagine unir capítulos de diferentes autores em um único livro. Parece uma idéia absurda, se não fosse os
fortes laços de amizade que unem a turma Pequim. Com uma idéia principal estabelecida, nós, os alunos
escreveram excelentes textos e, mesmo juntando todos, nada ficou desorganizado.
Mesmo não sendo tão amigo desta pessoa ou daquela, nós somos obrigados a conviver em harmonia,
durante mais de dez horas por dia. Mas isso nunca será algo ruim! Na verdade, nossa sala não possui
desavenças. Todos se aceitam do jeito que são e convivem pacificamente com o diferente, sempre de uma
maneira muito divertida. A turma Pequim, assim como o Colégio Juarez Wanderley, indubitavelmente
tornou-se nossa segunda casa. Nós vivemos alegrias e tristezas, dificuldades e momentos de descontração. A
nossa amizade nos tornou uma família.
PEQUIM EÔ! PEQUIM EÔ!
Primeira Edição – Editora Pequim
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Dedicatória
Nós escritores da Pequim, dedicamos este livro à nossa Professora de matemática, Helen, que devido a
algumas histórias não comprovadas em nossa escola, inspirou nossa sala a escrever este romance em sua
homenagem.
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Sinopse
Em uma trama surpreendente e emocionante, os autores relatam a história de uma paciente que passa
a conhecer o real valor da vida quando encontra-se prestes a perdê-la.
Ouvindo a cada dia uma nova história, Bruno passa a enxergar o mundo de outra forma, e descobre
que a fantasia também pode ser realidade!
Drama, romance, comédia e até mesmo terror! Entre nesse mundo de aventuras e se permita viver
uma: a sua vida!
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Capítulo 1 – A Doença, A Quarentena E A Primeira História.
Bruno, um homem ainda jovem (mais ou menos 22 anos de idade) havia desenvolvido câncer na
faringe e no pulmão. Estava em estado de recuperação após a difícil cirurgia e, quando recebeu essa noticia
e que poderia perder a fala, havia parado de comer e se deixado morrer lentamente. Tentando melhorar a
auto estima de Bruno, pediu a enfermeira Helen, uma jovem extrovertida e brincalhona recém formada em
enfermagem (que havia entrado na equipe do hospital recentemente), para que contasse histórias para ele
todos os dias para ver se o animava um pouco até o final da recuperação.
E uma das varias histórias que Helen contou foi “o vampiro da meia noite”.
E foi assim que começou...
Gina era uma vampira isolada de todos os seus semelhantes. Tinha por volta de 300 anos, mas
aparentava para os olhos humanos ter apenas dezessete. Caçava e vivia sozinha fazendo que ela fosse infeliz
com sua vida.
Quando estava andando pelo bosque entre as árvores esmagadas por sua fúria encontrou um jovem,
que apresentava a mesma monotonia que encontrava em seu rosto quando se olhava no espelho. Apesar de
seu instinto, Gina não sentiu atraída pelo sangue do jovem, não do jeito que sentia pelas outras criaturas
caçava. Por aquela criatura sentia algo diferente. Gina começou a se aproximar de sua “caça”, olhava-a no
fundo dos olhos, quando se sentou do lado da presa.
_Qual seu nome?- Olhava Gina curiosa para o jovem.
_Peter _Respondeu o rapaz. _e qual é o seu? _Perguntou ele curioso do porque daquela linda jovem
estar num lugar tão obscuro como aquele.
_O meu é Gina.
_E o que faz você, uma linda mulher estar aqui neste lugar sombrio, e ainda mais sozinha?
_Estou aqui porque minha vida não tem mais sentido.
_Curioso, estou aqui pelo mesmo motivo.
E assim ficaram conversando por varias horas, contando sobre seus sonhos e fracassos, e afastando o
desejo de angustia de ambos.
Gina começou a achar esquisito o desejo que sentia por aquele ser chamado Peter. Aos poucos
achava se aproximava dele. Peter percebendo o movimento, foi se aproximando também.
Quando faltavam centímetros para chegar ate a boca de Peter, o desejo de sangue tomou conta da mente de
Gina, fazendo com que desviasse seu alvo para o pescoço do rapaz.
Quando se deu conta do tinha feito, ela se viu novamente sozinha no mundo frio e monótono que era
sua vida.
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Capítulo 2 – A segunda história
No dia seguinte, Helen novamente visitou Bruno e entretida no bate-papo contou uma velha história:
_ Bruno essa é uma velha história, aconteceu com um amigo de um amigo meu...
Tudo começou numa cidadezinha do interior do Texas, Joseph era fascinado pelo mundo da música
especialmente pelas guitarras do rock.
Certo dia ele passeava pelo centro, quando se deparou com uma loja de artigos musicais bem ao
fundo ele viu uma guitarra (uma Dean), ficou paralisado e subitamente teve uma vontade de comprá-la.
Entrou na loja e desanimou-se com o preço, com o salário que tinha só mesmo juntando meses...
Ligou seu carro e foi embora, ao olhar o banco de trás o coração acelerou rápido, a guitarra estava lá!
Mesmo querendo devolver ao dono ele não pôde, passou o dia todo tocando e pasmem, apesar de nunca ter
aprendido nenhum instrumento tocou como um profissional!
Não demorou muito para entrar numa banda e muito menos para fazer sucesso, começou com
amadores em festivais no interior, logo sua habilidade o levou ao estrelato.
Ele e os Blackmurderers (esse era o nome da banda) fizeram muito sucesso entre os ‘headbangers”
de plantão e o mundo todo conheceu suas aptidões.
Dois anos depois de ganhar a guitarra Joseph já era rico e realizado, sua guitarra estava velha e
decidiu comprar uma nova.Como não queria que mais ninguém a tocasse doou para um museu do rock onde
ficaria guardada.
No mesmo dia em sua casa sentiu-se arrependido, para seu espanto quando foi a seu quarto viu ela
em cima da cama, parecia que o encarava. Por mais que desejasse permanecer com a amiga, achava muito
estranho o fato de a guitarra sempre voltar para ele.
Decidiu então procurar pelo dono antigo da guitarra. Olhou o numero de série e foi até a luthieria
onde eram produzidas as guitarras da Dean em sua cidade. Mostrou o numero de série ao dono da luthieria e
perguntou a ele qual foi o primeiro dono daquela guitarra.
Depois de dois dias esperando, Joseph recebe um telefonema do dono, que lhe disse (pasmem!) que
a guitarra era de Dimebag Darrel, guitarrista do Pantera que foi assassinado cerca de três anos atrás.
Foi então até uma vidente, que lhe disse que a guitarra só pararia de atormentá-lo caso essa voltasse
a seu dono original.
_Mas como se Dimebag morreu? _Disse Joseph.
_Então você deve enterrá-la no tumulo dele para que cesse o tormento. _Respondeu a vidente.
Assim, Joseph foi até Pantego com os outros membros da banda. Á noite, foram até o cemitério de
carro e invadiram-no levando pás e a guitarra. Encontraram o tumulo do guitarrista e começaram a cavar até
atingir o caixão, no qual da escrita de KISS só restou um K e um S. Colocaram a guitarra sobre ele e
cobriram de terra novamente. Saíram de fininho do cemitério, no qual todas as luzes queimaram de repente,
e entraram no carro.
Diz-se que até hoje na frente do portão, à noite, se prestar atenção, pode-se ouvir os últimos
armonicos chorosos de Cemetery Gates vindos do além como mostra de gratidão pela devolução do
instrumento.
Ah, e caso queira saber, Joseph não perdeu suas habilidades na guitarra depois do ocorrido.
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Capítulo 3 – A Jovem Insegura
Já no terceiro dia, Helen, como de costume, foi mais uma vez visitar Bruno. Chegando ao seu
encontro não ficou muito feliz ao ver um rosto triste e uma expressão de desânimo. Começou a contar mais
uma de suas histórias. Helen gostava de história de romance e escolheu uma de suas preferidas para aquele
dia. Agora vou contá-las pra vocês.
Aconteceu com Amanda, uma menina que estava no auge de sua adolescência, tinha seus 15 anos e
estava perdidamente apaixonada por um menino de sua escola. Eles moravam no mesmo bairro e por isso
iam todos os dias juntos à escola. Tiago não percebia os atos de Amanda, não percebia a agonia da menina,
nem sua ansiedade. Já estavam no meio do ano, e Amanda não agüentavam mais viver aquela paixão
escondida, foi então que decidiu contar tudo o que pensava e sentia para Tiago. Mas lhe faltava coragem,
tinha medo de perder sua amizade com Tiago, e isso faria com que ela ficasse muito mais triste. Tiago era
um bom companheiro, um verdadeiro amigo. Amanda sabia que ele era um pouco tímido, sabia de muitas
coisas de Tiago, talvez porque eles eram amigos ou também porque ela gostava dele, e então se esforçava
para saber um pouco mais de sua vida. Porém, quanto mais Amanda sabia, mais dúvidas lhe surgiam na
cabeça. Mil perguntas, pensamentos, e ilusões se passavam em seu pensamento, o que será que pode
acontecer se eu contar a verdade? Ele continuará sendo meu amigo? Nunca mais falará comigo? Com quem
irei pra escola? Cada dia quê se passava ela ficava mais apaixonada, à vezes achava que Tiago também
pudesse gostar dela, através de alguns atos que este fazia, mas continuava em dúvida.
Os dias se passavam, Tiago e Amanda se tornaram grandes amigos. Quando voltavam da escola, na
maioria das vezes Amanda sentia sono e encostava a cabeça no ombro de Tiago pra dormir. Vários dias isso
se repetiu, e quando adormecia Amanda sonhava com o dia em que iria contar tudo a Tiago.
Amanda não podia mais esperar No dia seguinte acordou decidida. Quando encontrasse com Tiago,
com delicadeza, contaria tudo para ele. A tão esperada hora chegou, os dois estavam frente a frente como
todos os dias, mas aquele era diferente, pois era um dia decisivo. Com calma e um pouco de vergonha
Amanda começou a contar do menino que gostava, como se fosse uma velha amiga de Tiago, sentia as
maças de seu rosto queimarem e Tiago até chegou a falar que ela estava vermelha, o que a deixou com mais
vergonha. E agora, o que será que ele irá falar? Qual será sua reação? Muitas perguntas passaram pela
cabeça de Amanda em poucos segundos. Foi então que Tiago resumiu tudo em poucas palavras: Eu te amo
muito. Nossa! Amanda não sabia o que fazer, não tinha pensado nessa reação. Foi então que Tiago se
aproximou e deu, de leve, um delicado beijo em Amanda.
Helen se sentia feliz, pois via um bonito sorriso, e olhos brilhando no rosto de Bruno, que agora já
não estava tão mal como se sentia antes. Helen esperou mais um tempo, conversou mais com Bruno e
percebeu que aquela história tinha o alegrado. Ficou a pensar, será que ele está apaixonado? Quem será a
menina? Ficou muito curiosa, mas não podia perguntar. Saiu um pouco mais leve, por fazer Bruno um
pouco mais feliz e ficou ansiosa para o dia seguinte.
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Capítulo 4 – Os Anões Encantados
No quarto dia, a enfermeira Helen foi o leito de Bruno para contar outra história.
Ele estava com fome, e antes de começar ela preparou um chá de morango com bolo pra acompanhar. Então
ela disse:
_Olha, até hoje não sei o final dessa história, então não me peça pra terminar...Ela não tem fim.
Então Bruno fez que sim com a cabeça, mordeu um pedaço do bolo, e ela começou:
Certo dia, fui visitar uma velha lá no asilo do centro. Nós conversávamos sobre histórias, e aí ela
disse que sabia de várias histórias legais. Mas que uma era muito estranha e não tinha final. Pedi, então, para
que me contasse, e aí ela me contou assim:
Minha avó estava sentada na cadeirinha de balanço, lá no sítio da família. Meu avô havia saído. Ela
estava sozinha, ela e Deus. Daí ela cochilou e teve um sonho bem estranho, que ela estava num paraíso,
lindo, onde as nuvens eram feitas de algodão doce, as flores eram feitas de espelho, e o sol tinha forma de
girassol. Nos rios, corriam sucos de uva, maçã, laranja e morango, os animais falavam e havia muitos anões,
era de manhã.
Mas eles eram estranhos... Falavam tudo ao contrário, andavam ao contrário, sorriam ao contrário,
sentavam ao contrário, tudo era contrário ao comum. Vovó se sentiu bem, mas quando foi cumprimentar os
anões, eles simplesmente á ignoraram. Até que o chefe deles veio até ela, e falou, na língua deles, para que
ela se sentasse, pois ela era a humana que salvaria todos daquele lugar. Ela estranhou, porque entendeu tudo
o que o pequenino falara, no entanto obedeceu. Eles a entregaram um livro. Lindo, e pediram para que ela
contasse o que vira, para que algum dia todos pudessem saber do maravilhoso lugar. Ela pegou o livrinho,
um dos anões pegou uma pena, e apareceu de repente um pote de tinta no chão. Ela descreveu tudo,
exatamente como era.
Helen tomou um pouco do chá e continuou:
_À tarde, tudo era mais lindo ainda. O sol se punha atrás da lua, e o mar mudava de cor. Então,
minha avó terminou de descrever o paraíso. Então o anão sorriu, ofereceu-lhe uma frutinha muito cheirosa,
e disse: “Quando precisar de alguma coisa, coma essa fruta. Atenderá seus desejos. Mas cuidado, não pense
só em você na hora de desejar algo á ela.”
Daí vovó acordou. De repente, assim mesmo, no susto. Ao lado da cadeira de balanço havia uma
mesinha, e em cima desta, havia um livro e em cima do livro, uma linda fruta.
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Meu avô chegou, ela contou o que sonhou, mas ele não acreditou. Então ela deixou pra lá e foi fazer
seu cafezinho bem forte, como já era de costume.
Helen parou de falar, e Bruno perguntou se havia acabado, então ela disse que sim. Aí ele disse,
ainda que com as cordas vocais bem falhas:
_Talvez ela fosse alguém legal, para que os anões dessem a frutinha pra ela.
Helen fez que sim com a cabeça, recolheu a xícara de chá, o pratinho do bolo e disse:
_Agora dorme, amanhã eu volto e quem sabe eu conte outra história pra você.
O menino fez que sim com a cabeça, ajeitou o travesseiro e adormeceu.
Capítulo 5 – Um Sonho de Natal
Já estamos no quinto dia de sua quarentena Bruno, então vamos a mais uma historia. Bom, você já
sabe de algumas e já deve ter percebido que eu e meu amado Bruno sempre estamos presentes nelas de
alguma forma, e essa não poderia ser diferente.
Certo dia enquanto íamos fazer compras de Natal, durante a noite, estávamos a pesquisar preços nas
lojas em diferentes ruas. Passamos despercebidos por uma, mas uma luz muito forte e viva nos chamou a
atenção, voltamos. Era uma viela, a maior parte das lojas e pontos comerciais estavam fechados, e de
repente vimos a luz novamente, ela vinha da ultima loja da viela, a que ficava mais escondida. Era discreta,
certamente para não chamar curiosos para lá e assim continuar a guardar o segredo.
Quando entramos, o Bruno guiado pelo seu espírito aventureiro foi na frente, tentando descobrir o
que era. Ainda me lembro da cara de espanto que ele fez naquele instante, espero que a minha não tenha
sido daquele jeito.
Era fascinante. Incrivelmente belo, havia luzes por toda parte, enfeites coloridos de todos os
tamanhos, aquilo me fez lembrar de quando era criança e acreditava em todas as historias que minha mãe
me contava. Minha felicidade havia me dominado naquele momento.
Não tínhamos percebido que estávamos sendo observados o tempo todo, quando nos demos por
conta ficamos ainda mais inconscientes da realidade.
Pequenas criaturas, duendes de Natal, ou gnomos se preferir, e uma presença ilustre: o próprio Papai
Noel. Estávamos em um dos locais onde os presentes de Natal eram fabricados e encaminhados pelo correio
Noel. Aquelas criaturas não pareciam ter se incomodado com nossa presença, nos receberam muito bem,
suas falas eram cantadas, tornando tudo muito mais mágico e incrível do que nos filmes.
Não sei bem ao certo como fui embora daquele local, quando me dei conta estava em completo
estado de transe, o choque por ter visto aquilo foi imenso.
No dia de Natal havia presentes especiais embaixo da arvore, ate então só acreditava em coelho da
Páscoa e Fada do Dente, pois já havia estado com eles, mas ter estado na presença do Noel superou tudo,
aquele foi o melhor Natal que tive em toda a minha vida.
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Capítulo 6 – Semelhanças Inquietantes
Helen chegou toda feliz no leito de Bruno no quinto dia dizendo a ele assim:
_Ai, essa história!A mais linda e incrível história de amor já contada! Nem os sonetos de Camões e
de Vinícius, ou os teatros de Shakespeare são tão intensos...
Tudo começou com um olhar, um simples olhar!Renato a via todos os dias na saída do trabalho e
preferia pensar no fim do dia seguinte do que na sua hora de descanso!Como sofria o rapaz nos finais de
semana. Uma tristeza inconsolável.
Por temer nunca mais ver a moça, Renato decidiu segui-la e descobrir mais sobre ela. Não conseguiu
muito, mas agora sabia seu nome! As letras mais doces e suaves compunham aquela palavra com perfeição.
Helena! Que belo nome!
No dia seguinte, descobriu onde ela trabalhava e aos poucos pôde perceber que já não mais era
invisível aos olhos de Helena. Não sabia se isso era bom ou ruim, mas sentia-se mais completo, com uma
esperança crescente de que algo poderia acontecer.
E para a surpresa de todos, isso ocorreu mais rápido do que se esperava. Um mês depois, Renato foi
assistir a uma peça teatral nada romântica, e sim muito macabra. Macadeth! Ele gostava disso. Encontrava mesmo que fosse mínimo – amor em tudo. Um gesto, uma palavra...
A peça havia sido perfeita, e mais perfeito ainda foi a saída do teatro.
Helena saia do municipal com olhar de fascínio! Provavelmente tinha adorado. E num segundo, tudo
parou. Nada mais existia, só aqueles dois corações que se conectaram sem perceber! Mas como diz Tim
Burton, depois que o tempo para ele volta acelerado, e tudo acontece num piscar de olhos. Ela saiu, levada
pela multidão e ele a perdeu de vista como tanto temia.
Mas Renato era persistente e não desistiria daquele amor tão facilmente. Descobriu seu endereço e
repentinamente se declarou entregando-lhe lindas orquídeas. Podemos achar que o rapaz estava louco, mas
Helena estava muito mais, pois aceitou o pedido de Renato sem hesitar.
Ficaram noivos e pouco tempo depois estavam casados!Felizes para sempre? Não se pode dizer que
sim. Renato recebeu uma carta de convocação para a guerra e sem escolha foi, mas jurou amor eterno à
Helena e prometeu que voltaria!
Passados dois anos, a esposa já sem esperança recebeu com grande surpresa seu marido, que também
ele acreditava que não voltaria.
Muitos acreditam no verdadeiro amor, outros preferem não conhecê-lo. Certo ou errado, não podemos
julgar, só dizer com certeza que o amor é possível e acontece!
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Capítulo 7 – A Sétima História
Helen estava no quarto com Bruno, num silêncio um pouco chato e então resolveu contar a ele um
pouco de quando ela era criança. Começou contando como o pai dela era um homem bacana e como ela
gosta de sair para passear com ele. Helen se lembrou de uma vez que eles foram a um parque de diversão
que estava na cidade, um desses parques fajutos, com brinquedos tortos e assustadores.
Contou que seu pai não gostava desses lugares, mas que de tanto ela insistir seu pai á levou.E começou
dizendo:
_Era uma noite bonita, mas um pouco nublada, eu estava muito entusiasmada, nunca ia a esses
lugares, queria aproveitar demais! Quando cheguei lá, fiquei um pouco maravilhada era um parque meio
ruim, mas grande, nunca tinha visto tantos brinquedos juntos...
Continuo descrevendo sobre o parque e sobre o que sentiu no passeio, contou sobre os brinquedos, mas de
repente mudou seu tom de voz e disse:
_Tava tudo tão bom no meu passeio até que... Estava eu naquele brinquedo que vai e volta, a barco
viking, sabe? Então, de repente o brinquedo trava, bem na hora que eu estava na ponta no mais alto possível,
eu comecei a querer chorar, as pessoas estavam com caras super assustadas e eu lá, sozinha. Justo no
brinquedo que fui acontece isso dá pra acreditar?
_Nossa Helen, que sorte a sua! Por isso que eu num gosto desses parques feitos de qualquer jeito.
_É, fiquei lá uns dois minutos, só pensando no que mais podia me acontecer. Pra que fui pensar, num
me começa a chover? Estava ficando com muitas raiva! Uma super chuva! Nossa!
_E então o que aconteceu?
_Depois de uns 20 minutos de ficar lá em cima, super assustada, o brinquedo voltou a funcionar! Sai
de lá com mais raiva e medo do que você pode imaginar! Meu ai não parava de rir da minha cara de medo e
eu molhada, nossa que raiva! Virei para meu pai e prometi, nunca mais volto nesses parques maus feitos e
muito menos nesse brinquedo besta! Estava com uma cara, no dia fiquei brava, mas agora dou muita risada
dessas coisas!
Bruno riu de Helen e novamente o silêncio voltou...
Capitulo 8 – Amor antigo
Hoje vou contar uma história que aconteceu na faculdade que eu estudava:
Dessa vez Diogo monitorador de redes da faculdade onde Helen dava aula, Diogo naquela história
era o funcionário mais charmoso da escola, no qual a maioria das alunas da faculdade cairiam ao pé dele, e
Helen era a professora mais tímida da face da Terra, porem muito bonita e gentil.
Certo dia os dois se esbarraram no corredor, Helen carregava uma pilha de livros que usaria na
próxima aula, Derrubando todos ao chão. Diogo a ajudou com os livros, era aquela típica cena de filme onde
o mocinho pega a mão da mocinha enquanto os dois pegam os livros caídos ao chão.
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Tudo leva a crer que seria um romance, daqueles que só são vistos na tela do cinema, e realmente
eram só vistos no cinema. Helen ficou perdidamente apaixonada por Diogo, que a desprezava.
Porém certo dia, Helen vai a sala de Diogo e encontra em sua gaveta, uma carta amassada e datada
de dez anos atrás, que surpresa, a carta era pra ela!
Era uma carta de amor que ela já havia lido, que surpresa, Diogo era aquele menino espinhento que
gostava dela na quinta série.
Agora como Helen olharia para Diogo? E realmente não olharia mais, pois Diogo saiu da faculdade
por sua causa, deixando Helen sozinha e desamparada, para o resto de sua vida escolar naquela escola.
Capítulo 9 – Acreditar?
A enfermeira Helen chega ao hospital para mais uma diária consulta e observação de Bruno.
Dessa vez era uma história nova sobre um garoto muito mentiroso. Ela começa assim:
Havia em uma pequena cidade no interior do estado um garoto chamado Diogo, que vivia
aprontando com todos e tudo da cidade, certa vez ele havia invadido a rádio e passado uma falsa notícia
sobre ataques terroristas na pacata cidade. Todos ficaram assustados e a cidadezinha entrou em estado de
alerta muitos estavam se suicidando outros se escondendo e muitos saindo de lá.
Depois que descobriram que não passava de uma brincadeira de um garoto de 10 anos a população
da cidade ficou enfurecida e quase o matou, o menino só se salvou graças ao fato de seus pais serem pessoas
influentes na cidadezinha.
Mas o povo deixou bem claro que nunca mais acreditariam em uma palavra sequer que viesse da boca de
Diogo, dito e feito, durante 2 anos o garoto foi totalmente ignorado na cidade, até que um dia meio que sem
querer Diogo viu de seu telescópio que algo vinha em direção a pequena cidade.
Era um meteorito que vinha. Diogo logo ligou na polícia para tentar avisar, mas a telefonista o
reconheceu e não acreditou na história então ligou na rádio, porém ninguém acreditou nele. Ligou correndo
no emprego de seus pais, mas eles não estavam. Pegou sua bicicleta e tentou ir até a delegacia de polícia,
mas virá que já não dava mais tempo o meteorito já estava chegando a cidade a única coisa que o restava
fazer era rezar.
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Helen ouve o barulho da porta abrindo. Eram os pais de Bruno que estavam chegando e ela nem
perceberá, mas ele já estava dormindo. Arrumou suas coisas, cobriu-o e partiu para mais um dia de trabalho.
Capitulo 10 – Os Caipiras
E Helen, a enfermeira, volta mais um dia, agora com uma nova historia. Os dois caipiras em São
Paulo:
_Era uma vez dois caipiras.Um deles chama Josefino e o outro Zé. Eles haviam acabado de chegar a
São Paulo. Em sua chegada já viram um grande amontoado de, como eu diria, de fezes e...
_Alguém tinha cagado lá. _Disse Bruno
_Exato. Eles ficaram observando, parados, olhando atentamente, até que o Josefino se vira para o Zé
e diz:
_Compadre, eu acho que isso é um monte de bosta!
O Zé olha:
_Não é compadre.
_Então eu quero vê você me prova Josefino!
O Zé pega o monte de fezes, come, olha para seu amigo e diz:
_Não! É que um monte de bosta mesmo!
_Falei.Que bom que nois não piso!
A enfermeira começou a rir muito e Bruno virou-se para ela, muito nervoso e diz:
_De todas as historias essa é a pior que você me contou até hoje!
Capitulo 11 – O marca texto
Já amanhecia, Helen chegou ao hospital e foi ver o seu habitual paciente, Bruno estava dormindo ela
chegou e lhe acordou dizendo:
_Olá Bruno, como você está?
_Bem, que bom que você chegou. Disse Bruno.
_Vamos a nossa história. _Disse Helen começando-a.
_Marcos estava se vestindo para o trabalho, quando sua mulher disse:
_Meu amor, quando voltar olhe no seu caderno deixei-lhe uma mensagem lá. Disse Mariana.
_Verei. Disse Marcos indo ao trabalho.
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Pouco depois de chegar ao trabalho, bateu uma vontade de ligar para sua esposa, assim o fez.
_Alô? Mariana é você? Perguntou Marcos.
_Não aqui é o Paulo, o que deseja com a Mariana?
_Eu gostaria de falar com ela. Disse Marcos.
_Ela não pode no momento. Disse Paulo desligando o telefone.
Não era normal ter alguém na sua casa neste horário, mas Marcos confiava em sua esposa; Algumas
horas depois Marcos ligou novamente.
_Alô, a Mariana está?
_Quem deseja? Disse Aline
_É o Marcos.
_Bem ela não pode agora ela está no quarto fazendo uma algazarra com o Paulo. Disse Aline rindo.
_Quem é este homem?
_O Paulo? Ele é o meu irmão. Disse Aline
Então Marcos desligou o telefone, e entrou no orkut, pois se houvesse alguma prova que sua mulher
o traía provavelmente o orkut a teria; na página de recados de sua mulher ele encontrou vários recados de
Paulo, a maioria com apelidos não dignos de uma mulher casada.
O orkut de Paulo tinha escrito como titulo em sua página, Paulo ♥ Ma, então ele entrou nas fotos
dele e viu várias fotos dele com sua mulher, dando beijos no rosto dela etc...
Marcos ficou descontrolado e foi para sua casa imediatamente, ao chegar ele ouviu um barulho na
cozinha mas ele foi ao seu quarto onde provavelmente a esposa infiel estaria com o amante imprestável, ele
pegou sua arma na escrivaninha da sala esbarrou em seu caderno que ficara mais cedo em cima da mesa,
que caiu ao chão se abrindo, e foi para o quarto.
Ao chegar lá viu os dois na Internet, sua esposa virou assustada, e então Marcos atirou, ao ouvir
barulho de tiros Paulo saiu do banheiro e Marcos atirou nele também, e foi para a sala guardar sua arma,
depois ele esconderia os corpos, e também teria de despachar o pessoal que ouvia musica alta em sua
cozinha.
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Então ele viu seu caderno no chão aberto, e nele havia um marca texto de sua mulher escrito, “ bem
meu amor como sei que você não gosta de surpresas vou te avisar, estamos fazendo uma festa surpresa para
você, eu convidei meu amigo Paulo lembra aquele da faculdade?, ele é gay acredita?, bem mais isso não
vem ao caso ele também trará seu namorado Marcelo, e vai estar me ajudando a preparar nosso quarto para
nós usarmos depois da festa, Feliz aniversário eu te amo.
Nisso Marcos caiu de joelhos, pegou a arma do seu bolso e atirou em sua cabeça.
Capítulo 12 – A raposa e a garça
Mais um dia amanhece e Bruno já está a espera de Helen para ouvir mais uma história. Ele aproveita
para fazer suas tarefas enquanto ela não chega.
Quando o relógio aponta oito e trinta e dois da manhã, a porta abre. É ela.
Mal diz bom dia e Bruno já quer saber qual será a próxima história que irá ouvir. Então, com um
sorriso, Helen diz:
- Hoje vou te ensinar uma coisa.
Seus olhinhos brilharam e ele logo se sentou para ouvi-la. Então ela começou a contar:
- Certo dia, uma raposa estava caçando quando encontrou sua velha amiga garça. Logo pensou em
tirar uma com a cara dela, e a convidou para jantar em sua casa. É claro que a garça aceitou.
No horário combinado, a garça estava lá, toda animada com o convite inesperado, e foi muito bem
recebida pela raposa. Mas toda sua animação foi diminuindo quando viu o jantar.
A sopa parecia estar deliciosa, mas foi servida no prato. Com seu bico comprido e fino, a garça
tentou, tentou, tentou, e nada de conseguir comer naquele prato raso, enquanto a raposa comia sem pressa e
ria da amiga.
Envergonhada, a garça retribuiu o convite à raposa antes de ir embora. E ela também aceitou.
No dia seguinte, lá estava a raposa na casa da garça para jantar, ansiosa. A garça fez questão de
acompanhá-la até a mesa de jantar, onde se encontravam duas jarras compridas cheias de sopa. A raposa não
compreendeu, então a garça disse:
- Você come no prato, e eu na jarra. Sirva-se.
Moral da história: Nunca faça aos outros o que você não quer que façam com você.
Capitulo 13 – O fantasma
A chuva estava forte lá fora, Helen preparou os remédios e se sentou ao lado de Bruno para
começar mais uma de suas histórias, as quais Bruno adorava ouvir.
Bruno tomou seu remédio com cara feia, então se encostou na cama de forma mais confortável
possível, Helen e sentou e abriu um sorriso simpático.
- Como está seu dia hoje? – perguntou ela, sorrindo novamente.
- Estou ótimo. – respondeu, depois de tossir.
- A chuva está forte não é? – disse ela, olhando fixamente pela janela – Está ótimo para contar uma
história de terror.
Bruno a olhou fixamente, esperando que ela começasse.
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- “A cidadezinha era pequena, não me lembro do nome, mas nunca acontecia nada de interessante
por lá, e quando acontecia era motivo de fofoca durante semanas. As pessoas de lá eram como pessoas
normais, adoravam ficar no portão conversando, era fácil ver crianças brincando no meio das ruas e os
carros passando devagar para não atropelar uma delas, que sempre passavam correndo.
Mas aquela cidade tranquila estava prestes a mudar totalmente.
Certa noite, depois de um dia chuvoso, um homem chamado José chegou correndo, pálido e
gritando:
- Um fantasma! Um fantasma! Eu vi...um...fantasma!
Ninguém acreditou nele, acharam que José era um pouco, mas ele sabia o que tinha visto, e mesmo
com todos o chamando de louco, defendeu sua idéia de ter visto um fantasma.
Na noite seguinte, alguns curiosos foram até a rua que supostamente havia aparecido o fantasma, e
lá, na esquina, no meio da escuridão, se via uma sombra branca se mexendo, que ia de um lado para outro.
Todos ficaram muito assustados, não ousavam chegar perto.
E a partir daí a cidadezinha tranquila foi tomada por um pavor enorme, toda noite aquela sombra
aparecia e ficava se mexendo de um lado para outro. Ninguém mais ousava chegar perto daquela esquina,
ficavam olhando de muito longe, assustados, ao fantasma que ia e vinha.
Acontece que na cidade existia um homem chamado Luis. Ele acreditava em forças espirituais, e
que podia ter contato com elas. Então, em uma dessas noites Luis resolveu falar com o fantasma, saber se
ele era do bem ou não.
Parou, olhou para esquina, lá estava o fantasma, aquela sombra branca que todas as noites apavorava
os habitantes daquela cidade. Foi chegando perto, mais perto, enquanto as outras pessoas ficaram na
esquina, observando de longe.
Luis sumiu na escuridão, só se via a sombra ...até que... Luis apareceu, quase caindo de tanto rir. A
população não entendeu nada, mas Luis não conseguia dizer nada, estava rindo muito.
Até que ele voltou para a escuridão da esquina e depois de alguns minutos apereceu de novo, dessa
vez, com uma corda na mão.
Ao puxar a corda para a claridade da luz de um poste, viram que o fantasma que todos os dias
assustavam os habitantes da tranquila cidade era na verdade um cavalo branco, que todas as noites ia lá para
comer a grama do terreno vazio da esquina.
Todos começaram a rir, aliviados por não existir fantasma nenhum.
Capítulo 14 – A Prova
No dia seguinte, Helen chegou até Bruno e começou a falar:
_Houve uma vez que eu estava muito mal, pois no tempo que era professora, não tive a oportunidade
de dar uma nota ruim para nem um dos meus alunos, pois eles haviam ido muito bem, mesmo a prova
estando extremamente acima do nível deles. Então, quando estava voltando para casa totalmente deprimida,
me encontrei com o Bozo que havia ressuscitado para me consolar.
E para me consolar, ele deixou com que eu aplique uma prova para ele.
Então ele sugeriu que, para me animar ainda mais, eu aplicasse duas provas, uma de informática e
outra de inglês.
Para diminuir ainda mais a nota dele, eu retirei as questões com menor percentual de acerto dos
vestibulares.
Como eu queria deixar o melhor para o final, resolvi avaliar primeiro a prova de informática.
Quando terminei de corrigir, minha auto-estima aumento muito, mas ainda faltava a prova de inglês.
Quando pensei que não podia melhorar, terminei de corrigir a prova de inglês, e foi ai que fiquei
extremamente feliz.
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Então o Bozo se foi, talvez para sempre.
Capítulo 15 – XV
Diário da Helen (15º dia)
Chovia muito quando saia do pronto socorro para fazer minha visita diária ao meu paciente no
hospital do câncer, o Bruno
Sempre contei a ele minhas aventuras amorosas, meu trabalho, enfim sobre minha vida, já que via
nele mais que um paciente mais um grande amigo, hoje em especial tinha muito pra falar a ele.
Chegando no hospital, fui direto ao seu quarto, animada para contar pra ele uma novidade e pedir
um conselho a ele.
Minha tarde sempre era animada, mais hoje por um motivo em especial recebi um convite para ir
trabalhar em Florianópolis em um grande hospital, como enfermeira chefe.
Cumprimentei Bruno como sempre e começamos a conversar, contei a ele sobre minha manhã e
sobre o convite que recebi; Mas ele encarou essa novidade como algo terrível uma despedida já que seria o
nosso ultimo dia junto, seu rosto se entristeceu coma despedida e dos seus olhos escorreram um a lagrima.
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Ele me pediu para não ir, não deixá-lo.
Fiquei sem opção e prometi a ele que não aceiraria a proposta já que eu era tão importante para
ele.
O dia já estava chegando ao fim quando enfim entendi que minha felicidade não estava longe dali,
pois ali estava quem eu mais amava e meus amigos.
Despedi-me de Bruno e fui embora feliz em saber que fiz a escolha certa, não abandonar quem eu
amo e quem me ama, me faria mais feliz do que qualquer dinheiro.
Capítulo 16 – XVI
No dia seguinte, lá estava Helen de novo, para contar mais uma história para Bruno. Ele estava tão
ansioso, que logo que a enfermeira chegou já pediu para ela começar logo a contar a nova história. Pois
assim ela fez, contou a história de Carlos, um rei velho e narigudo.
Carlos era um rei muito rico, e tinha muito poder em seu reino. Carlos ordenou que três
pintores do seu reino fizessem um retrato seu, pois não acreditava que tinha o nariz do tamanho que as
pessoas falavam.
O primeiro artista desenhou seu nariz como realmente era, quando o rei viu sua
imagem ficou insatisfeito e então este artista acabou sendo enforcado. O segundo a pintar, desenhou o nariz
do rei pequeno, Carlos ao ver aquilo achou que o pintor estava zombando de seu nariz, e também o
enforcou.
O terceiro a fazer um retrato do rei, desenhou-o com um arco e uma flecha na mão como se ele
estivesse caçando, neste desenho o nariz do rei ficou encoberto. O rei muito satisfeito acabou premiando
esse artista com muitas barras de ouro.
E assim Helen termina a história, Bruno a pede para contar mais uma história, mas ela acha melhor
contar no dia seguinte. E assim se passa mais um dia, Bruno começa a contar as horas para Helen voltar e
contar outra história para ele.
Capítulo 17 – A Jovem Da Torre
No 17º dia Helen contou à Bruno uma história muito interessante:
Numa terra muito distante, na época em que porcos ainda eram julgados e queimados pela
inquisição, morava uma garotinha muito bela. Sua mãe havia morrido e seu pai prometera que só se casaria
novamente se fosse com uma mulher que tivesse uma aparência muito semelhante a de sua antiga esposa e
que também conseguisse calçar seus sapatinhos de cristal perfeitamente.
Acontece que a menina cresceu e se tornou uma jovem exuberante, mas, ela até então era a única
que conseguia calçar os sapatos da mãe e era também muito parecida com ela. Então, como dois mais dois
são quatro, seu incestuoso pai, já desesperado por anos de castidade e a ponto de enlouquecer, decidiu se
casar com ela. Como ele tinha grande prestigio na corte, conseguiu que sua filha fosse trancada na torre
mais alta do palácio até o dia do casamento, que seria quando ela terminasse de tecer seu próprio vestido de
casamento. Caso contrario ela seria assassinada. A jovem, que não era ingênua, aproveitava a noite e
desfiava sempre um pouco do vestido, fiado de dia.
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Depois de dois anos de espera pelo vestido ficar pronto, o pai da jovem morreu afogado no mar, após
cair de um barco tendo imaginado sereias nas pedras, mas mesmo assim ela não foi avisada e continuou
trancada na torre. Na tentativa de tornar o fim da jovem – agora sem família – um pouco mais ameno, os
alquimistas do rei fizeram uma poção que, segundo eles, fá-la-ia dormir eternamente, sem perder a
juventude e sem morrer.
Quatro anos depois, veio a peste, que matou toda a população do reino, menos a moça trancada na torre. E
assim passaram-se os anos – oito, dezesseis, trinta e dois – mas a jovem não envelhecia e continuava
dormindo.
Depois de um século, um príncipe estrangeiro passeava pelas ruínas do palácio do antigo reino que
ali havia e viu que na torre mais alta que havia uma luz ainda acesa. Ele então subiu até o quarto do topo da
torre e lá estava a jovem dama deitada sobre sua cama. O príncipe então satizfez-se dela e foi embora sem
prestar ajuda.
Depois de nove meses, nasceram dois bebês. Um deles conseguiu amamentar-se, o que fez a dama
acordar, que percebeu que dormira cem anos e que tinha gerado filhos com algum homem. O príncipe então
voltou para as ruínas três meses depois e viu a princesa acordada. Tomou-a em casamento (pelo menos
isso!) e reconstruiu o reino que ruíra cem anos atrás.
Diz-se que seus cabelos ruivos estavam tão longos que foi possível produzir todo o vestido de
casamento usando de seus fios. Assim os dois viveram felizes para sempre! Bem... Pelo menos até a guerra
com os orcs!
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Capítulo 18 – O Que Disse?
Helen chega no quarto de Bruno e lhe diz:
_Olha, Bruno, não tenho histórias pra hoje, mas tenho uma charada zen budista, quer ouvir?
_Ja que não tem história mesmo... fala!
_Um navio com cem elefantes navegava pelo deserto, mas os quatro pneus furaram e ele intalou no
gelo. Quantas laranjas sobraram depois da chuva? Agora reflita sobre isso, pequeno gafanhoto. Adeus!
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Capítulo 19 - Palavras de consolo
O dia estava frio, morto, sem alegria. Bruno estava enrolado no lençol, tremendo incessantemente.
Sua dor não parava de aumentar. Ele não via motivos para encontrar felicidade, estava mesmo muito
abatido. Então, ouviu batidas na porta. Ele tentou esboçar um sorriso,
_Bom dia! _Disse a sempre sorridente Hellen. _Ah, vejo que você está muito ruim hoje.
_É... em dias como esse, sinto tanta dor que nada poderia me alegrar. – Replicou.
_Pois bem então. Hoje vou lhe contar uma história real, que aconteceu em um dia pacato, frio como
hoje. Garanto que você vai gostar.
Ela fechou as portas e as janelas. Ao começar a contar, Bruno não parava de olhar fixamente para
seus belos olhos. Este nem sequer pensava em piscar.
_Eu tinha uns 19 anos. Era muito imatura nesta época, para mim, uma pequenina briga com o
namorado, ou a dificuldade em encontrar um emprego, já eram motivos para eu desistir de viver. Sei lá, isso
já representava uma extrema dificuldade... Eu era muito dramática! – Disse a moça, confessando-se. – Mas
enfim, um dia, eu tomei a decisão. Na cidade onde eu morava, havia uma ponte enorme, mais ou menos 120
metros, que dava em um rio corrente. Além de este ser lotado de pedras pontiagudas, naquele dia, estava
demasiadamente gelado, eu poderia morrer de hipotermia.
_Que horror! – Disse Bruno, entre tossidos.
_Pois é. Mas bem... Ao chegar lá, em prantos, eu fui me aproximando vagarosamente. Foi quando
uma mão fraca, quase sem eu perceber, segurou abruptamente minha perna. Levei um pequeno susto, e
quando olhei, deparei-me com uma figura de dar pena. Devia ter uns 55 anos, suportando aquela geada
impiedosa com uma mantinha surrada, caindo aos pedaços. Faltava-lhe uma perna. Sua face suja revelava os
muitos anos de sofrimento e vida nas ruas. Eu permaneci imóvel, não tinha idéia do que fazer. Ele apenas
me encarava, com uma expressão rígida. Depois de alguns segundos, se esforçou para soltar algumas
palavras:
“Não faça isso, a vida é bela, faça-a valer a pena!”
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Nessa hora, fez-se um silêncio estranho, ameaçador. Hellen, ao se lembrar da cena, emocionou-se.
_Sabe, Bruno, antes de eu ser esta pessoa feliz e otimista que sou, eu não dava um pingo de valor à
vida. Só pensava em mim, não me importava com a vida alheia. Este acontecimento, meu amigo, mudou
completamente o meu modo de pensar. Este homem maltratado, em situação muitíssima pior que a minha,
me deu a receita de como viver a vida.
Bruno estava quieto, perplexo. A história realmente era forte, e ele começou a repensar seus atos.
- Eu sei que isso pode não ter tanto impacto para você, pois não viveu isso, e sei que seu problema é
muito grave também. Mas pelo menos, tente seguir o conselho do homem. Viva a vida intensamente, o
máximo que conseguir!
A chuva fraca cessou e o sol saiu. Olhando fixamente para a janela, Bruno refletia sobre aqueles
belas palavras como uma verdadeira mudança para sua vida. Quem sabe isto não o ajudaria a se curar
daquela enfermidade?
Capítulo 20 – Mais Coincidências, Não É Mesmo?
E assim mais uma história se inicia...
João era um dos alunos mais populares de seu colégio. Famoso por ser um dos melhores jogadores
de basquete, namorar umas das garotas de líder de torcida e por ser muito bonito.
Helena era uma tímida professora de física, considerada a mais brilhante em todo a cidade. Apesar
de não ser uma pessoa muito sociável, Helena era muito gentil com as pessoas que a cercavam além de ser
muito bonita.
Vocês devem estar se perguntando, o que esses dois têm em comum?
A resposta é bem simples. A tímida professora e o aluno mais popular do colégio mantinham um
relacionamento secreto. Ninguém sabia sobre isso e nenhum dos dois deixava transparecer esse
relacionamento.
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Mas como toda história de romance sempre tem um vilão, a história de amor de João e Helena não
podia ser diferente.
Julia era a namorada de João e como toda a namorada de um garoto popular, tinha suas duvidas
sobre a fidelidade dele. Ele se mostrava cada vez mais distante e quase não ficava perto de Julia, o que
gerou um grande aborrecimento para ela.
Um dia sem que João percebesse Julia o seguiu para ver o que ele fazia quando eles não estavam
juntos. Percebeu que depois que saia da aula ele não ia diretamente para casa, mas sim para um lugar um
pouco distante da cidade. Ele parou o carro em frente a uma casa simples, mas muito bonita. Assim que ele
desceu do carro, a porta dessa casa foi aberta e de lá saiu uma mulher que apesar de estar diferente Julia
sabia exatamente quem era. A professora Helena.
Quando foi embora Julia sabia perfeitamente o que deveria fazer. Foi direto a reitoria da faculdade
para falar com o reitor. Ela contou tudo o que viu. No dia seguinte foi um grande escândalo. Helena foi
demitida e João expulso da escola.
Mas de nada adiantou... O amor deles era verdadeiro e não poderia acabar.
Hoje em dia vivem na fazenda e cuidam de uma estufa para produção de cogumelos alucinógenos.
Capítulo 21 – Opa! O Que Foi Isso?
_Olá, Bruno, como vai? Está melhor? Vou te contar outra história...
_Estou sim, obrigado. Espero que essa história seja uma que assuste de verdade!
_Pode deixar! O nome dessa é: “Histórias para dormir”
_Era uma vez, um garoto de onze anos, Jacob. Ele era o típico jovem aventureiro, que gostava de
arriscar sua vida.
Um dia, estava em sua casa, lendo um livro de terror, em plena meia noite chuvosa. Pela janela,
podiam-se ver os galhos das árvores se mexendo; o barulho do vento até conseguia atrapalhar sua leitura.
Foi quando, de repente, viu uma luz forte. Resolveu espiar cuidadosamente pela janela para ver o que era. O
que ele viu? O que era aquilo? Era incrível!
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Saiu correndo de casa; pegou as chaves, abriu as portas e... Nada. Absolutamente nada. Mas como?
Acabara de ver...
Pensou consigo: “Devem ser alucinações!”. E voltou para sua cama. Mas esqueceu de fechar as
portas, de tanto que era o seu desespero.
Caiu no sono.
...
_Jacoooooooob!!! – berrou sua mãe.
_Nossa! Que susto... Que foi mãe? – acordou assustado e levantou da cama.
Ao chegar à sala, estava uma bagunça! Melecas verdes por todo lado e pegadas estranhas também.
_Jacob o que você fez ontem? Por que está essa bagunça?
_Não sei mãe. Ontem eu estava na cama, lendo um livro de terror quando vi uma luz forte. Aí fui ver
o que era. Mas pelo visto, acho que esqueci de fechar a porta... Oops... Desculpa. Não vai acontecer de
novo.
Mas Jacob estava errado.
Aconteceu de novo. Viu aquela luz...mas dessa vez foi mais esperto: abriu toda a janela para olhar
e... Saiu correndo de casa; pegou as chaves, abriu as portas e... Nada. Absolutamente nada, de novo. Voltou
para cama.
_Jacooooooooob!!! – berrou sua mãe. – Acorda! Está atrasado para a escola, menino! Está vendo, é
o que dá ficar lendo livros infantis e de terror.
Então, o garoto foi correndo para a escola. Mas ao voltar...
_Oi, mãe. Estou de volta... Mãe? Cadê você?
Subiu até seu quarto e viu manchas verdes espalhadas. E o livro estava aberto, em cima da cama.
Ao ver em que página estava, desmaiou. No desenho, era sua mãe, e o escrito, o seguinte:
“Jacob, acorda.”
_Fim. E então? Gostou, Bruno? – perguntou a enfermeira.
_ ...
_Bruno?
_Nossa, desculpa... Caí no sono.
Capítulo 22 – O Amor Florece – Troca de Papeis
Estavam conversando. Um sorriso daqui, outro dali. Mas ele não queria conversar com ela. Na
verdade, queria que o assunto acabasse. Queria parar de falar e admirar aquele pescoço fino, ver seus olhos
inquietos, tocar as mãos delgadas de sua amada. Foi lentamente emudecendo. Não resistiu aos seus lábios
grossos, que diziam mais alguma história para o tempo passar.
Suas últimas palavras foram "ai, ai, que coisa". Seus olhos se encontraram, mas logo que perceberam
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a tensão tentaram fugir um do outro. O único sentimento que funcionava era aquele arrepio tímido, um frio
nas mãos; tremedeira. O cheiro do corpo dela parecia um perfume; Bruno estava realmente louco.
Porém os olhos de Helen realmente incomodavam-se com a presença dos olhos de Bruno.
_Amiga sua?
_Sim, Renata.
_Que tinha um amigo doente?
_É... Sim...
_Não é sua amiga, é você. E o cara doente sou eu!
_Bobeira, para de dizer isso, você está...
_Louco?
_Bem... Olha, o que você está pensando? Que eu estou afim de você?
_Você vem aqui todo dia em meu quarto e me conta várias histórias: amores proibidos, outros
planetas; casos impossíveis, mirabolantes. De onde tira inspiração?
_Como... Como assim? Você ouviu o que disse?
_Desculpe, sou louco.
Helen se dirige à porta, mas antes de sair Bruno começa calmamente.
_Quero te contar uma história - ele inverteu os papeis. – Certo homem estava a caminho de casa
quando viu uma moça muito bonita, chamada Renata, passando na rua. Curiosamente, depois de alguns
acontecidos, ele foi parar num sanatório; disseram que ele estava louco.
_Bruno...
_Deixe-me terminar. Mas... Sabe, no primeiro dia de internação a moça bonita reapareceu, e,
resumindo, todos os dias ela nega que o ama.
Helen solta uma lágrima e a seca de seu rosto.
_As coisas não são tão simples assim.
_São sim. Nós é que as complicamos. Difícil mesmo é estar preso a uma maca e não poder ir pra
casa, principalmente quando a mulher que amamos está a dois metros de distância, e a cada dia que a vemos
ela vem com outra história. Só isso! Outra história, mas nunca a verdade. Conhece algo parecido?
_Conheço. Mas preferiria não conhecer... Até amanhã Bruno.
_Não venha com histórias! Até amanhã, Renata.
Capitulo 23 – O casamento, a bruxa e um amor incompreendido.
Mais um dia chega e Helen vem pra confortar Bruno com uma nova história, dessa vez disse que a
historia seria sobre um homem que se apaixonou por uma bela donzela enfeitiçada. Que começava assim:
Certo dia, Helen, princesa do reino Matemático, foi raptada por uma bruxa muito má chamada Mara,
que por sinal era mãe de Bruno. Ele era o mais forte dos guerreiros do reino e no dia do casamento de Helen
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com o bravo guerreiro o rapto aconteceu, porém, a bruxa não contava que seu único filho sairia atrás de sua
amada.
Com raiva, Mara jogou um feitiço sobre Helen que fazia com que ela se transformasse em dragão da
manhã até o por do sol, fora que há muitos perigos protegendo o esconderijo.
Bruno assim que soube do rapto preparou seu cavalo e sua armadura e saiu em disparada na direção
da floreta negra onde ele enfrentou as mais diversas feras, até que chegou a uma tenebrosa torre que estava
guardada por um dragão. Para que ela não tente se comunicar enquanto possui a forma de dragão trocou
suas palavras por chamas.
E quando Helen a enfermeira ia terminar a Historia a consulta acabou e ela disse: Termine você a
historia meu paciente querido.
Capítulo 24- Traição
-Hoje vou contar uma história de amor traição e tortura:
Certa noite Marcelo, um garoto alto de olhos azuis, um pouco gordo, estava indo até o Shopping da
cidade vizinha para retirar dinheiro no banco, pois morava em uma cidadezinha muito pequena e afastada,
que não possuía nenhum tipo de recurso, tal como bancos, caixas eletrônicos e, muito menos, cartão de
crédito ou débito. Ao se deparar com uma luz intensa, Marcelo parou e tentou enxergar do que se tratava,
mas, para sua surpresa, um homem, moreno de olhos negros- tão negros que mal se percebia a íris dento de
seu olho e, menos ainda, a parte branca em torno do mesmo-, alto, com um saco nas costas, o agarrou e,
num golpe só, desmaiou.Após um certo tempo, ao acordar, numa sala totalmente escura que mal dava para
enxergar a ratazana que passava, com seus olhos avermelhados e um ar ameaçador- ouvia-se apenas as gotas
de água de um esgoto furado. Marcelo começou a gritar por socorro, porém ninguém o ouvia. Uma voz
grossa e ameaçadora começou a falar:
- Como vai Marcelo! Você está bem...
-O que você quer? Tire-me daqui!
-Papai? Hahaha… Oi papai!- uma luz apontou no fim do corredor, vinha uma garotinha loira de olhos azuis.
- Filha? Filha? Como você cresceu! Eu te esperei tanto…
- Papai, eu voltei, eu estou aqui!
- Promete que nuca mais vai embora minha filha? Promete? Promete?
- Eu não vou mais embora! Agora eu vou ficar aqui pra sempre!
26
-
De repente, aos olhos de Marcelo, a garotinha começou a virar areia e se desfez em meio à poeira…
Está vendo Marcelo?- voltou a voz a falar- É tudo culpa sua! Se você não fosse tão doido por mulher,
ela estaria viva agora! Lembra-se? Aquela mulher bonita, atraente… Caroline não é? Bem que você quis
não é mesmo Marcelo? Você aceitou! Você merece! Existe um preço pra tudo nesse mundo Marcelinho!
Não foi assim? Não foi assim que ela te chamou! Agora não adianta se arrepender! O que foi feito já foi
feito! Você não pode voltar atrás Tudo o que vai não volta!
Marcelo se culpava pela morte de sua filha, Laís, que morreu aos 5 anos. Naquele dia, Marcelo havia
levado Laís para ir brincar no parque. Lá, encontrou a mãe de uma das amiguinhas de Laís. Era uma
loira alta de olhos claros, possuía um piercing no nariz e outro no umbigo, colocados de tal forma que
homem algum poderia resistir. Ao se aproximar de Marcelo deixou cair um pequeno papel, contendo a
seguinte mensagem:
Rua dos Alfeneiros, n° 265
Hotel palácio das Orquídeas
Quarto 163
Tel: 8156-6932
Bjs!!!
Marcelo, apesar de ser um homem muito fiel a sua mulher, pensou em seguir o endereço, porém
depois de um certo tempo, uma das crianças se aproximou e perguntou-lhe sobre Laís. Em desespero saiu a
procurar pela garota, mas era tarde demais. Ao entrar em um beco se deparou com Laís, caída no chão,
totalmente nua e ensanguentada. Uma autopsia mostrou que a garota havia sido estripada.
- É a vez de sua mulher! Ela é muito linda! Marina não é! Os seios sãos perfeitos! Acho que vou até
guardá-los, servirão de refeição para você hoje!- começou a dar a risada totalmente maligna e
assustadora.
- O que você quer? Eu te dou o que vc quiser! Fale!
- Eu quero vingança! Ainda não se lembra de mim! Do cabeção? O Lua cheia da sala?- começou a alisar,
com uma faca, os seios de Marina.- Você não parece tão valentão agora! Porque não faz uma daquelas
piadinhas idiotas! Vamos! FALE DESGRAÇADO!- dando um tapa na cara de Marcelo- O que é? Não
está de bom humor? Sabe, eu sempre quis a Marina para mim, mas ela nunca me quis! Ela sempre
desejou os garotos que jogavam futebol!
- Mentira! Eu sempre quis você Rogério! Você é quem nunca ligou para mim!- disse Marina tentando
acalmá-lo.
- Desculpe Rogério, eu não queria Ter feito tudo aquilo com você, mas o sentimento de poder que eu
sentia quando as pessoas riam por alguma palhaçada que eu fazia, era tentador!
- É tarde demais Marcelo! Sua garota agora é minha!
- Faça qualquer coisa comigo mas não faça nada com ela!
- Mas quem disse que eu vou fazer com ela, eu também vou fazer com a criança dentro dela!
- O que? Que criança?
- O que foi? Ela não te contou nada sobre isso? Talvez não seja seu!
- Mas como você sabe de todo isso?
- Você acha que eu sou um idiota? É claro que venho te observando há algum tempo! Aliás! A Marina
sabe da verdadeira história de como a sua filha morreu? Ela sabe sobre a Caroline?
- Como assim a verdadeira História? E quem é essa Caroline?- indagou Marina.
- Isto não vem ao caso, eu só quero saber o que você quer?
- Mas é CLARO QUE VEM AO CASO! Vamos lá! Joguinho da verdade! As regras são simples: cada vez
que você, Marcelo, falar a mentira, eu farei uma roleta russa na cabeça dela com a arma que está logo
ali! Não é divertido? Vamos pode começar.
- Está bem! Eu levei a Laís para o parque. Lá, ela foi brincar com suas coleguinhas e, uma mãe de uma
das coleguinhas de Laís se aproximou de mim e começamos a conversar. Então ela deixou, sem
querer…
- Pããããã… Errado! Primeira chance eliminada!- Rogério pegou o revólver e colocou uma bala no canhão
e começou a girá-lo.
- Não! Não! Por favor! Me desculpe!
- Vou contar até cinco! Um!- enquanto Rogério contava, Marina gritava e Marcelo ligava de seu celular
para a polícia, sem que Rogério percebesse- Dois! Três! Quatro! Cinco!- disparou mas nada saiu da
bala.- Continue Marcelo! O jogo está muito empolgante você não acha?
27
-
Tudo bem! Ela jogou no chão um papel com seu endereço hotel e telefone. Alguns segundos depois uma
amiguinha de Laís- começou a chorar- se aproximou de mim ae perguntou sobre ela. Então eu saí
desespererado atrás da Laís, mas já era tarde e eu a encontrei, morta, naquele beco!
- Cafajeste!- Gritou Marina e de supetão levantou-se da cadeira onde estava tomou a arma de Rogério e
mirou Marcelo.
- Vamos Marina! O que está esperando?- sussurrou Rogério no ouvido dela- Ele a matou! Ele te traiu! Ele
merece! Você tem que querer! Vamos mate-o!
Marina girou o canhão do revólver e, num disparo só, matou Marcelo. Na mesma hora a polícia chegou
e prendeu Marina, que percebeu que Rogério já tinha fugido e estava bem longe.
Capítulo 25- O Diário de Helen
Estava eu escrevendo em um diário que a tempos não usava. Fiquei com vontade de escrever sobre
mim, me descrever, já que estava um pouco confusa. E começou assim:
Sempre fui muito decidida e centrada em meus objetivos. Era a “liderzinha” da turma. Adorava
ficar conversando e rindo com minhas amigas e amigos, contando piada, cantando, aliás, amava cantar.
Passava horas e mais horas na frente do espelho dançando e cantando minhas músicas prediletas.
Decidi então, aprender a tocar guitarra. Achava super legal e interessante. Via algumas pessoas
tocarem e ficava toda impressionada. Como cantava, seria perfeito para a fazer minhas melodias no fundo
das “cantorias”. Mais um problema já havia sido resolvido e minha vontade tinha sido saciada.
Outro empecilho tinha aparecido, estava meio desnorteada, talvez apaixonada, mas não sabia de
certo. Às vezes me distraia com as coisas, mas não tinha a quem amar, estava querendo amar alguém e não
tinha medo de dispor meu sentimento, mas queria que fosse a pessoas certa. Quando criança, gostava de
um amiguinho meu. Ele me divertia às vezes, era referência, mas nada que o tornasse indispensável. Os
anos se passaram e tornei a vê-lo.
Muitas vezes, lembrava-me dos momentos de nós dois crianças, mas quando ele voltou, penso que
algo em mim foi um pouco mais forte. Gostei da sensação, mas achava impossível. A nossa história seria
como a de um conto de fadas, amigos crianças, separados pelo destino e depois do reencontro, amam-se
intensamente e pra sempre.
Seria bom demais pra ser verdade. Mas no fundo, queria acreditar e se acontecesse mesmo,
adoraria e estaria totalmente disposta. Até que o trabalho de enfermeira de Bruno apareceu. Ah, eu adorei.
Adorava o que fazia. Realmente acho que tinha vocação e nascera mesmo pra cuidar de pessoas
que continuariam a viver com o meu auxílio. Já pensei em ser médica, mas mudei de idéia. Não queria
apenas tratar das doenças, o que me interessava era os doentes. Bruno, querido Bruno, gostava de passar
as tardes com ele, ajudando-o e contando histórias a ele, mas as lembrava do meu amigo. Torcia para que
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se tornasse mais que um amigo, mas fazer o que... Decidi então dar tempo ao tempo, deixar a água rolar de
baixo da ponte, mas meu coração às vezes batia muito forte quando estava com ele.
Um dia resolvi de certo, não pensar mais no meu amiguinho, e tentar esquecê-lo, mas depois de um
tempo lembrei dele de novo. Será que meu plano daria certo. Aprendi com as outras pessoas, que as coisas
sempre acontecem diferente do que a gente pensa. Ah, como eu temia isso. Não queria que fosse diferente,
tinha medo de tudo mudar, tinhas planos e não estava acostumada a falhar, mas agora estava sujeita as
situações da vida e to assim, até hoje.
Capítulo 26 – XXVI
Bruno estava na cama, já acordado, à espera de Helen. A enfermeira, meio que, desanimada, abre a
porta, coloca a bolsa no cabideiro e solto um “bom dia” rotineiro.
A moça se senta, e inicia uma história.
“Bruna era muito animada, mas não tinha muitos amigos, ela só andava com duas meninas para as quais ela
não contava muita coisa. Porém, um dia, ela se viu em apuros, pois não podia ir à casa delas por ter ficado
de castigo. Foi então que, na rua da sua casa, a menina viu um grupo de crianças se divertindo.
Ligeiramente, teve a idéia de ir brincar com elas. Bruna nunca tinha se divertido tanto, brincou de tudo que
podiam e durante seis dias foi assim, pois tinha acabado o prazo do castigo. Mas, ao chegar o fim de
semana, ela não os viu-os e se entristeceu, assim recorrendo às velhas amigas, que a receberam de coração
aberto.”
_Mas Helen, não entendi. A Bruna foi e abandonou os amigos em uma dificuldade e recorreu a outros e
mesmo assim ficou tudo bem.
_Pois é Bruno, os amigos são tão especiais que mesmo quando erramo-los nos aceitam pelo verdadeiro
valor da amizade.
Capítulo 27 – A Vingança – Sinceramente, Não entendi!
A enfermeira Helen já estava cansada de esperar tanto tempo pra o seu encontro amoroso que
aconteceria naquela noite. Então resolveu beber a sua bebida favorita. Quando estava preste a se desarrumar,
o telefone tocou, ela atendeu e disse:
_Alô!?
Um homem imediatamente disse do outro lado da linha:
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_Estou mais perto do que você pensa! Estou no prédio onde você mora, estou quase tocando a sua
campainha...
E a campainha tocou. Helen desesperadamente derruba o telefone ao chão e atende a chamada que
vinha da porta do seu apartamento. Abriu a porta e não viu ninguém imaginou que aquele cara deveria estar
zuando com a cara dela ou os números que havia aprendido no curso de enfermagem havia queimado os
neurônios que havia em sua caixa cerebral.
Fechou a porta e viu que um vulto passava pelo corredor do apartamento; não hesitou em pegar sua
régua, pois a qualquer ameaça iria por a mesma em lugares obscuros.
Percebeu que a sombra estava se dirigindo para a cama onde ela dormia, e logo decidiu entrar no quarto e
abordar o estranho ali mesmo.
Quando entrou olhou ao redor e não viu ninguém, mais uma vez, jogou a régua ao chão e quando o
fez foi agarrada por trás quando se virou viu que era Bruno, que estava apenas se vingando do susto que
levou pelo atentado do gás que Helen tivera provocado.
Os dois começaram a dar risada mais logo a alegria acabou e Bruno saiu correndo, pois Helen estava
armada com a régua vingativa.
Capítulo 28 - O desastre
Diário da Helen (28º dia)
Cheguei naquele dia, ele se encontrava em sua cama esperando minha própria história. Foi tal
espanto quando lhe disse que iria lhe contar uma história de um teatro que assistira, e que muito me
alegrar.
E comecei.Em um certo reino a muitos anos atrás um velhinho chamado José tinha uma casa de
brinquedos e todos os dias recebia muitos para concertos, e outros para doação, além de ter um quarto
gigante somente para as crianças de todo o reino brincarem o tempo que fosse. Tamanha era a alegria da
criançada e de seus pais, pois com a casa de brinquedo elas não ficavam sozinhas, nem seus pais
preocupados.
A casa ficara aberta por muitos anos completando a alegria de todos, principalmente a de José que
se sentia gratificado com toda aquela companhia, e o bem que fazia para todos. Ele mal sabia o que era
viver sem tudo aquilo.
Até que um dia, uma forte tempestade atingiu todo o local e causara muitos danos, inclusive a Casa
do José, que nem pode conter as lágrimas ao observar toso aquele desastre. Foram tantos os brinquedos
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destruídos e perdidos que não haveria mais como existir o que era antes. Todos tentaram de primeiro
momento, convencer José a ir aos poucos reerguer tudo o que existia antes, mas a idade já tinha chegado a
tal estágio que ele nem mesmo trabalhara de pé.
Toda a cidade sofreu com o desastre, os pais não iam trabalhar porque não tinha com quem deixar
as crianças, os comércios não abriam porque não tinham funcionários, e as crianças já não tinham como
brincar e mais ninguém sorria, mais ninguém vivia. Tudo parecia perdido, quando as crianças mesmo
decidiram agir.
Pedro, menino de 10 anos teve a idéia de que, se cada criança doasse todos os seus brinquedos
velhos juntando com tosos que foram destruídos, eles poderiam reconstruir toda a estrutura da casa,
somente de brinquedos e objetos velhos, assim eles teriam um lugar mais bonito que antes e muito mais
alegre, e por mais que não teriam muitos brinquedos para se usar, eles fariam a alegria pelo menos de
José.
Todo o reinado se mobilizou, cada um doou o que podia, inclusive madeira, pedra e bambu. Com
isso os homens e as crianças começaram a reerguer toso o ambiente e dentro de algumas semanas tudo
ficou pronto.
José ficou tão feliz que começou a chorar de alegria e decidiu que dali em diante ensinaria todas as
crianças a concertarem e re-aproveitarem os todos estes, assim a casa nunca deixaria de existir, e por toda
a vida todos teriam como viver tranqüilamente.
Capítulo 29 – XXIX
Diário do Bruno (29º dia)
Hoje Helen me contou outra historia:
Ela tinha uma tia-avó, Josefina, uma mulher muito velhinha, e que sua mãe falava muito, mas que
ela nunca havia conhecido. Certo dia resolve conhecê-la, pois pela idade sabia que provavelmente já estaria
perto da morte, e talvez não teria outra oportunidade de conhecê-la.
Avisou Josefina a secretária do hospital que iria finalmente ver sua tia-avó, elas foram juntas para o
ponto de ônibus em frente do hospital. Elas achavam muito engraçado o fato de terem o mesmo nome e
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quase a mesma idade, isso era muita coincidência, e esse era um dos fatos com que fez Helen querer mais e
mais ver sua tia-avó.
Do hospital até a casa de sua tia-avó ela precisaria pegar dois ônibus e mais o metrô, mas poderia
ser a primeira e ultima vez que ela veria sua tia-avó, então o esforço valeria a pena. Sabia apenas o endereço
que sua mãe a passara, e suas histórias mirabolantes de sua tia-avó, e mais nada.
Após muito esforço, vários ônibus, chuva, frio, e etc. Ela finalmente chega na casa de Josefina, uma
casa bem bonita por sinal, e na garagem um carro igual ao da secretaria, Helen não acredita, e passa a
acreditar que as duas são a mesma pessoa.
Helen aperta a campainha, espera alguns minutinhos, uma voz grita:
- Já vai !
Helen acha que conhece aquela voz, deve ser porque é parecida com a da minha mãe. Espera mais
um pouco, e fica aflita com a demora.
Depois de um tempo, sai um mulher enrolada em uma toalha.
Josefina e Helen se olham por alguns segundos, que pareceram horas, após cair na gargalhada, Helen
descobre que Josefina do hospital e sua tia-avó Josefina são a mesma pessoa.
Sua mãe explicou isso por não saber direito a idade de Josefina, e Josefina explica que mudou muito.
Josefina conhece a mãe de Helen como Fafa e não como Aparecida, como todos fora da família conheciam.
Por muito tempo Helen trabalhou com sua tia-avó sem ao menos saber disso.
Capítulo 30 – O Assassinato do Sr. Fogg
Ah Bruno, agora vou te contar uma história muito legal que um amigo de um amigo meu contava
sempre:
Certo dia um riquíssimo homem chamado Phileas Fogg foi encontrado morto com uma facada no
peito. Para investigação do caso o detetive Roger Valentim, o melhor detetive da cidade.
Um dos inimigos de Fogg estava encabeçando a lista de suspeitos. O Detetive estava afoito para
seguir as pistas que indicavam que ele era o culpado pelo assassino do Sr. Fogg.
A noite estava copiosamente fria, e o detetive Roger trabalhava arduamente em seu escritório
tentando ligar o suspeito ao crime.
_Ora, se o Sr. Márcio não tem um álibe para o momento em que o rico senhor foi morto, foi ele que
encontrou o cadáver e ainda por cima estava com as roupas imundas com o sangue do homen, só pode ter
sido ele! _Refletia o detetive Bom; para provar se foi ele ou não, vou investigar a casa dele.
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E assim se sucedeu. Ao raiar do dia, o detetive engoliu rapidamente um pequeno pedaço de pão e
saiu apressadamente para a casa do novo suspeito. A casa se localizava próximo à estação de Metrô da
Barra Funda. Seria fácil entrar e sair do trem sem ser visto por alguém que o identificasse.
O trem estava muito cheio, dificilmente imagino que alguém notou o inspetor. O apito soou. Era a
próxima estação. O detetive não se continha de ansiedade para desembarcar e recolher novas provas para a
solução do caso.
A casa simples ficava na terceira rua paralela a da estação. Ao chegar lá, o detetive começou a
pensar:
_Pena eu não ter um mandato de busca, senão, poderia revirar a casa de cima em baixo!
Logo que terminara seu pensamento, sentiu algo gelado mexendo em sua perna direita. Era um
pequeno cão vira-lata que pertencia ao dono da casa. Estava aí a chance de revistar a casa do seu suspeito.
Vagarosamente, com um enorme sorriso no rosto, vai caminhando até a porta da casa e toca a
campainha.
_Pois não? Pergunta o dono da casa. _Em que posso ajudar?
_Bom dia, esse cachorrinho te pertence?
_Graças ao bom Deus!!!- como você o encontrou?
_Ah, ele estava na rua, vi a coleira com esse endereço e vim entregar.
_Queira entrar faço questão que tome café conosco.
Ao entrar, o detetive observou uma grande movimentação de caixas e de móveis, que estavam sendo
colocados aos pedaços em enormes caixas.
_Querida, aqui está o salvador de nosso pequeno cão!- dizia Márcio para sua esposa.
Depois de muita conversa, e de um saboroso café, despediram-se desejando boa sorte. Porém o
detetive estava com tanta certeza de o culpado era mesmo Márcio, que inesperadamente passou-lhe pela
cabeça uma idéia fascinante:
_Já que não posso apreender nada deste senhor, pois não tenho mandato, porém se ele quer mesmo
esconder algo, ele jogará no lixo e por um acaso, o lixo é público...
Revistando o lixo do senhor como se o desejo de sorte funcionasse, encontrou vários lenços sujos de
sangue e ainda uma adaga de prata com as iniciais de Márcio Alvarez. Afoito foi até o laboratório de perícia
criminal onde trabalhava, e ordenou com urgência ao seu ajudante:
_Essa é a sua prioridade, se até às cinco da tarde essa análise não estiver pronta, você está na rua!!!
Assim que terminou de dizer essa frase, seu empregado saiu em disparada. E o detetive trancou-se no
escritório e não se continha de tanta ansiedade.
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O relógio da sala soou três horas, quatro horas e nada do resultado chegar. O detetive já estava quase
tendo um ataque de nervos quando a porta da sala abriu rapidamente. Era o seu ajudante com o resultado do
teste de DNA da ponta da faca e das impressões digitais do cabo da faca.
Apressadamente arrancou o envelope de seu empregado, rasgou com fúria o papel e leu consigo
mesmo:
“ Amostra de sangue: pertencente a Phileas Fogg.”
“Impressões digitais: Márcio Alvarez”
Rapidamente, sai correndo e chama todos os policiais disponíveis para ir prender Márcio. Ao entrar
na viatura, acelera desesperadamente até que alcança a casa do culpado.
A rua estava deserta, e o sol já dizia adeus com seus raios laranja. A casa também estava completamente
vazia.
Na porta entreaberta, um pequeno pedaço de papel dizia...
“ Adeus Detetive... seu desejo de sorte me ajudou a fugir.
Márcio Alvarez.”
_Nossa Helen, onde você aprendeu essa história...
_Adeus Bruno já está tarde...
As luzes do quarto se apagaram, e pesada porta logo após um longo rangido, se fechou.
Capítulo 31 – Nota da Faxineira
...Depois disso você sabe o que ela fez? Ela pegou ele no colo e lhe deu um beijo de tirar o fôlego.
Por causa disso ele ficou feliz e cantou uma musiquinha pra ela:
Atirei o pau no gato-to-to, mas o goto-to-to não morreu-reu-reu.
Dona chica-ca-ca admirou-se-se do berrou, do berrou que o gato deu...
MIAU!!!!!
Capítulo 32 – A jóia desaparecida
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Bruno assistia à televisão desatento, não pensava em mais nada além da visita que Helen prometera,
mal tinha conseguido dormir, contava cada segundo até sua chegada. Ela estava muito preocupada com a
situação do paciente, que estava doente.
Sempre que aparecia para visitar o amigo contava alguma história sobre algo que tinha presenciado
em sua vida e ele aguardava ansiosamente pela próxima aventura.
Quando chegou, logo começou a contar sobre as coisas que tinha presenciado na escola. Foi então
que se lembrou que uma vez tinha ido para a praia com a família e encontrou nela uma caverna. Teve a
grande idéia de explorá-la. Encontrou lá várias outras pessoas todas admirando todo o interior, foi então que
logo ao fundo um aglomerado de pessoas chamou sua atenção. Estava ocorrendo uma exposição de algumas
pedras preciosas, várias fotografias eram tiradas a todo momento e uma grande confusão de pessoas que
queriam se aproximar cada vez mais era evidente.
Durante todo o tumulto das pessoas curiosas uma das jóias havia desaparecido, todos estavam agora
confinados dentro da caverna, a polícia já no local revistava cada visitante minuciosamente. Sem deixar
passar nenhum detalhe.
Acusações eram pronunciadas a todo instante. Um clima de tensão tomava conta de todos. Foi então
que uma garotinha olhou para o chão e pegando uma pedra reluzente perguntou se não era aquela.
O expositor não havia percebido que com o passar das pessoas a peça havia sido derrubada no chão.
Todos muito envergonhados, agora se desculpavam por criar acusações sem nem mesmo ter certeza dos
fatos.
A moral da história apresentada por Helen é que a honestidade acima de tudo é um fator que deve ser
considerado em todos os momentos de sua vida, não pode ser desconsiderado nenhum deles.
Capítulo 33 – Policia!
No trigésimo e terceiro dia, a enfermeira Helen chega no quarto de Bruno, como sempre, veio vê-lo e
aproveitou para contar uma história diferente. Hoje ela contou que quando era pequena, vivia brincando na
pracinha em frente sua casa e como era a maior da turminha e a mais ligeira. Sempre estava ganhando nas
competições de corrida, nas brincadeiras de pega-pega, manteiga derretida, bandeirinha e ficava mandando
em todas as brincadeiras que inventavam.
“Num belo dia eu estava brincando de polícia e ladrão com seus amiguinhos, eu era a polícia, estava
acreditando que era polícia mesmo, sai correndo atrás dos molequinhos e peguei um monte. Só que havia
um garoto chamado Gustavo, pequenino e muito magrinho, o vento acabava o arrastando de tão leve que
era. Ele foi o único que eu tinha que me esforçar mais, pois ele conseguia desviar muito bem de mim e saia
correndo (com a ajuda do vento quem não conseguiria?). Contudo consegui pegá-lo, depois de muito correr
até cansá-lo. Ele não aceitou o fato de ter sido raptado e fugiu depois de preso.Fiquei super furiosa e de
novo consegui pegá-lo nisso ele me deu um chute e saiu correndo de novo. Senti dor no memento mas a
sentimento maior era o fato dele ter feito aquilo comigo sendo que eu era POLICIAL! Ninguém faz isso ao
um policial, então raptei ele e joguei ele no chão, bati e bati muito nele até que ficou chorando e saiu
correndo para casa dele.
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Nisso a mãe dele saiu para saber o que houve e enfrentei ela também, mas a mãe do Gustavo achou
tudo aquilo um desaforo e foi conversar com meus pais. Fiquei de castigo por uma semana e depois disso
nunca mais conversei com ele. Hoje quando o encontro na rua praticamente nem cumprimenta”.
Depois de ter terminado sua história Bruno teve um ataque cardíaco gerado por falta de ar, mas
conseguiram socorrê-lo. Mediante daquilo Helen resolveu voltar ao seu trabalho e ficou pensando em outra
história pra contar a ele no próximo dia.
Capítulo 34 – Que Coisa Macabra!
_Bom dia Bruno!
_Bom dia Helen!
_Hoje eu vou lhe contar a história de uma menina chamada Priscila.
_Priscila era uma boa aluna. Certo dia um de seus professores lhe pediu para recolher o dinheiro de
uma prova, e ela, com todo cuidado, guardou muito bem o dinheiro no fundo de sua mochila para, não
perder. Mas não adiantou, pois o dinheiro sumiu. Uma de suas colegas de classe, chamada Cristiane, quis
emprestar o dinheiro para Priscila, para que ela pagasse depois, Priscila ficou com medo, mas acabou
aceitando. _Continuou Helen. _No dia seguinte, na escola Priscila escutou Cristiane contando para suas
amigas que havia roubado o dinheiro de sua mochila, e então ela pensou em contar ao diretor, mas ela não
tinha provas concretas. No mesmo dia ao voltar pra casa, uma amiga contou à Priscila um boato sobre um
site, que só abria à meia-noite e que se postasse o nome de uma pessoa, esta pessoa seria levada para o
inferno.
_Nossa!-exclamou Bruno.
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_Priscila ficou pensando naquilo, e quando deu meia-noite correu para o computador postar o nome
de Cristiane. No dia seguinte pela manha ao acordar se deparou com uma menina vestida de preto, que se
apresentou como Hell Girl, e essa disse: Eu vim para te vingar, mas com uma condição quando você morrer
sua alma irá para o inferno e lá padecerá eternamente. Então entregou um boneco com uma fita no pescoço
para Priscila. E disse: para aceitar minha proposta desate o nó. Priscila puxou a fita no mesmo instante. E a
menina de preto sumiu.
Longe dali, Cristiane notava que tudo ao seu redor estava mudando, as paredes se desmanchavam no
meio de sangue e um buraco negro se abria no chão. Nesse instante aparece Hell Girl, que disse à Cristiane:
Pobre sombra perdida na escuridão, sua alma maculada afoga-se na culpa. Quer saber como é a morte?
_Putz! O que aconteceu? _Perguntou Bruno.
_Cristiane foi sugada pelo buraco negro e nunca mais ninguém a viu.
_Nossa essa história é de arrepiar. _disse Bruno.
_E não é?_Respondeu Helen. _Então nos vemos amanhã, espero que melhore.
_Tchau. Até amanhã. _Disse Bruno.
_Tchau. _Respondeu Helen.
Capítulo 35 – Seria Melhor Ter Ido Ver O Filme Do Pelé!
Bruno se sentia muito mal por olhar pela janela e vê um dia lindo de sol que não podia aproveitar.
Helen ao chegar na casa de Bruno percebeu sua tristeza e resolveu contar a ele a historia do Pelé, pois ele
era seu fã.
Edison Arantes do Nascimento nascido em Três Corações, 23 de outubro de 1940 conhecido
como Pelé, trinta anos após sua retirada dos campos ele ainda é o mais famoso futebolista brasileiro e
mundial é considerado por muitos como o maior jogador da história do futebol. Ele recebeu vários prêmios
como Atleta do Século, eleito por jornalistas do mundo todo, na pesquisa realizada pelo jornal francês
L'Equipe: 1981, Atleta do Século, eleito pelo Comitê Olímpico Internacional: 1999, Atleta do Século, eleito
pelos jornalistas da Agência de Notícias Reuters: 1999, Jogador de Futebol do Século, escolhido pela
UNICEF: 1999, Jogador de Futebol do Século, eleito pelos vencedores da Bola de Ouro da revista France
Football: 1999, FIFA Jogador de Futebol do Século: 2000, Jogador de Futebol do Século, pela IFFHS Federação Internacional de Estatística e História do Futebol: 1999, Jogador de Futebol do Século - América
do Sul, pela IFFHS - Federação Internacional de Estatística e História do Futebol: 1999, Laureus World
Sports Awards - Prêmio pelo conjunto da obra, entregue pelo Presidente Sul-Africano Nelson Mandela:
2000, BBC Personalidade Esportiva do Ano: 1970, BBC Personalidade Esportiva do Ano - Prêmio pelo
conjunto da obra: 2005. Em sua historia ele leva títulos como Copa do Mundo de 1958, 62 e 70, Taça
Libertadores da América: 1962 e 1963,Taça Brasil: 1961/62/63/64/65, Torneio Roberto Gomes Pedrosa:
1968, Campeonato Paulista: 1958/60/61/62/64/65/67/68/69/73. O fato que deixou ele mais famoso ainda foi
o seu milésimo gol marcado em 19 de novembro de 1969, às 23h11, Vasco 1 - Santos 2, com 65.157
pagantes.A partida era válida pelo Torneio Roberto Gomes Pedrosa, o campeonato brasileiro da época. Aos
33 minutos do segundo tempo o zagueiro do Vasco Renê cometeu pênalti. Pelé cobrou com pé direito no
canto esquerdo do goleiro Andrada, que se esforçou, mas não conseguiu defender o pênalti.
Depois dessa historia Bruno se animou e pediu a Helen para contar outra historia de um jogador, mas
infelizmente já estava na hora dela ir embora então a historia ficaria para outro dia.
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Capítulo 36 – A História de Daniel
Era o trigésimo sexto dia de tratamento, e Hellen chegou para tratar de Bruno e continuar a contar
suas histórias.
_Bom dia Bruno, como vai você? Está animado para a história que contarei hoje?- Perguntou Hellen.
_Estou bem, estou muito animado e ansioso para ouvir uma nova coisa sobre sua vida.
_Está bem, vou começar.
Quando eu era adolescente, no colégio em que eu estudava tive vários amigos e pretendentes.
Contudo a pessoa que mais marcou minha vida neste colégio foi o Daniel.
Daniel era um rapaz do terceiro ano do ensino médio e estava próximo do vestibular. Já eu era uma
simples e boba garota que estudava no primeiro ano do ensino médio e gostava muito de ficar com meus
amigos. Foi através deles que conheci o Daniel, pois ele ia cantar músicas perto de onde eu ficava nos
intervalos.
Passou um tempo até que descobrimos que gostávamos um do outro e começamos a namorar
escondido de minha mãe, quando isso aconteceu estava próximo das férias de julho. Ao decorrerem três dias
do recesso escolar, fomos à casa de uma amiga nossa para assistirmos filme, porém minha mãe não sabia de
nada.
Depois desse dia passei a pensar e cheguei à conclusão que não queria esconder nada de minha mãe
e fui falar com ela. Nem comecei a falar quando ela me disse que não queria que eu namorasse, pois era
muito nova para isso, e só deixaria depois que eu fizesse dezoito anos. Fiquei arrasada, porque eu não sabia
se deveria ouvir minha mãe ou ouvir meu coração, pois eu o amava muito.
Passaram se os dias e voltamos a ter aulas. Na quarta semana depois das férias me deparei com uma
surpresa, tinha uma caixa de bombom no meu armário e a letra da musica que eu mais gostava, tudo
presente de Daniel.
Angustiada sobre qual atitude eu deveria tomar para ninguém sair magoado, resolvi devolver-lhe a
caixa. Daniel não aceitou de volta. Depois disso conversamos e decidimos sermos apenas amigos, pois eu
não gostaria de desacatar uma regra de minha mãe.
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Decorreu-se o ultimo trimestre dele na escola e ele foi embora, levando uma parte do meu coração
consigo. Não foi fácil esquecê-lo, esse amor durou muito tempo depois que ele foi embora. Até hoje lembro
dele e penso que poderíamos ter vivido um pouco mais da nossa historia de amor adolescente.”
_Bom Bruno, já esta na hora de eu ir embora. Amanhã eu volto e nós continuamos.
_Muito obrigado Hellen, por ter me feito acompanhado até agora.
_Não há de quê. Tchau.
Capitulo 37 – Casamento em Mercúrio
O sol já raiava e Helen continua dormindo, pois o dia anterior havia sido muito agitado.
Pouco tempo depois, ela despertou. Ficou olhando fixamente para a fresta de luz que entrava pela
sua janela, que estava quebrada, assim lembrou que tinha de trocá-la.
Trocou o pijama por uma roupa totalmente branca: calça, camiseta, blusa de frio, cachecol e até os
sapatos eram brancos!
Dirigiu-se para seu emprego, de ônibus, onde chegou alguns minutos atrasada, no que ocasionou,
mesmo que muito pequeno, um desconto no seu salário, no entanto, isso não foi motivo para acabar com
seu dia, que estava apenas iniciando.
Helen, como já sabemos, gosta muito de conversar com seus pacientes, em especial Bruno, que
adora contar histórias. Após visitar e observar os pacientes, ela chegou ao quarto de Bruno, muito ansiosa
para ouvir a história do dia.
- Olá Bruno, o que teremos de bom para ouvir hoje?, perguntou Helen, com um sorriso simpático.
Bruno parou por uns instantes, pensativo. Enfim respondeu:
- Teremos um romance, que eu mesmo escrevi, inspirado em você.
- Muito gentil da sua parte, sinto-me honrada com isso! Então comece a história.
Bruno respondeu com um belo sorriso, não podemos negar que de beleza ele era muito sortudo, e
iniciou a história:
“Em Mercúrio, morava uma menina bela e sorridente, assim como minha enfermeira Helen, ela
adorava voar com seus amigos e se teletransportar para planetas vizinhos e distantes. Seu maior sonho era
de possuir poder o suficiente para criar um novo planeta, somente para crianças, onde elas não teriam
mais que estudar, dormir cedo e ter horários”.
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Quando nós sonhamos, o universo inteiro conspira ao nosso favor, e foi justamente o que
aconteceu. Essa menina sorridente, conhecida como Márcia Anita, conheceu um belo rapaz, filho do
presidente dos planetas, chamado Fireright.
Fireright era muito poderoso e cobiçado por todas as meninas, mas só uma conseguiu se tornar dona do
seu coração: Márcia Anita.
Casaram-se, depois de 400 anos luz, assim passaram a ter seus poderes compartilhados, entre si. O
marido de Márcia sabia do seu sonho e tentou ajudá-la, no entanto, ela não sonhava mais em construir um
planeta para crianças, pois agora ela cresceu e passou a pensar em lucros, vantagens, desvantagens, brilho
social, assim ela queria construir um planeta para adultos. Um lugar sem crianças para atrapalhar, porque
crianças precisam de muitos cuidados sempre. Fireright, quando soube disso, decepcionou-se.
Após 20 anos luz, estavam separados. Não demorou muito até que essa notícia espalhasse por todo
o universo.
Márcia entrou em depressão, após a separação. Desde então não sabia mais o que era sorrir. Ficou
cerca de 50 anos luz trancada num quarto, todos a chamavam de louca e adjetivos do mesmo nível, até que
resolveu se matar.
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Dizem que sua alma vaga, até hoje, pelo universo, assombrando crianças que ousam desobedecer seus
pais.”
- Bravo!, disse Helen após ouvir a emocionante e,demais, crítica história.
Bruno ficou sem jeito, escondendo um sorriso tímido. Agradeceu o elogio.
Helen despediu-se, pois tinha muito trabalho pela frente, e garantiu que voltaria no outro dia, para
apreciar a genialidade e criatividade de Bruno.
Capítulo 38 – Não Tema Os Mortos!
Mas um dia estava se passando e Bruno continuava doente,e na cama repousando como o médico
havia prescrito na consulta.
Helen a enfermeira de Bruno foi novamente tomar conta dele e quando ele a viu foi logo pedindo
para ela contar uma história para ele como ocorreu nos dias anteriores.
Ela como nos dias anteriores aceitou o pedido e começou a contar.
João um menino inteligente que gostava muito de ir para a escola e sempre ia pelo mesmo caminho.
Para ir para a escola João sempre passava por um cemitério mas sempre andava bem rápido pois não
gostava de passar por lá.
Um dia quando João estava passando pelo cemitério quando ouviu uma voz, que dizia:
_Por favor, me ajude!
Dois dias se passaram e João continuava ouvindo a voz quando passava pelo cemitério.
No terceiro dia João estava passando pelo cemitério e novamente ouviu a voz, e mesmo com medo resolveu
entrar lá para ver o que era.
Logo que João entrou no cemitério a voz estava mais forte.
João gritou:
_Quem está ai?
E a voz respondeu:
_Me ajude, eu sou vigia noturno do cemitério, eu estava dando uma volta para ver se estava tudo
bem por aqui quando neste buraco!
João disse:
_Calma senhor que vou te ajudar!
Ele foi até rua chamou alguns homens que estavam passando por lá e eles o ajudaram a retirar o vigia do
buraco.
O vigia agradeceu muito e tomou mais cuidado deste dia em diante!
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Capitulo 39 - Pesadelo
Helen voltará mais uma vez para ver Bruno, quando de repente Helen começa a passar mal e é levada
a uma maca, o médico faz todos os exames necessários enquanto os resultados ficam prontos os dois
aguardam.
Impacientes eles decidem ir a procura do médico para saber os resultados dos exames quando são
surpreendidos pelo médico que acabará de chegar dizendo:
- O motivo da Sr.ª passar mal é uma gravidez e, termina dizendo parabéns a nova mamãe.
Helen fica tão contente, com a noticia que decide ir correndo para casa para ligar para seus parentes e
amigos, quando é incrivelmente surpreendida por outro carro que vinha na contra mão. O Helen ficou
gravemente ferido e foi levada de ambulância para o hospital, chegando lá o médico faz os primeiros
socorros e a interna na UTI.
Quinze dias depois...
De repente Bruno acorda e pergunta sobre Helen, o médico mente ao dizer que ela está bem e que ela
ficará bem novamente.
Uma semana depois Bruno sai do hospital e retorna para casa, já em sua casa começa a pensar em tudo
o que aconteceu e acaba se lembrando de tudo. Vai correndo para o hospital ver como está Helen, e assim,
todos os dias ia visita-la no hospital.
Passaram se duas semanas e no décimo quinto dia quando chega no hospital para visitar Helen é
surpreendido pelo médico que dá a triste noticia de que Helen havia falecido, ele no momento ficou
totalmente sem ação. E a partir deste dia Bruno nunca mais sorriu, nunca mais amou ninguém e passou o
resto de sua vida pensando em Helen.
Bruno acorda quando ele chega ele olha para ela e percebe que não passa de um pesadelo. Ele abraça
Helen e começa a chorar.
Capítulo 40 – Perto do Fim
A quarentena já estava no seu ultimo dia, porém Helen notou que Bruno não estava como ela
esperava. Ele estava muito ansioso pela volta a sua antiga rotina.
Helen pediu para que ele repousasse e disse-lhe que lhe contaria a ultima história. Essa se chamava: Até
mais.
42
Robson era um jovem muito diferente dos outros. Ele se isolava e sempre dizia que estava longe de
casa. Ele tinha uma doença terminal por isso nunca teve um amigo de verdade, pões as pessoas tinham medo
dele.
A única coisa que alegrava Robson era ouvir o CD da sua banda favorita: NXemo. Robson estava a
par de tudo que acontecia com a banda.Um dia ele descobriu que a NXemo havia criado um novo CD.
Logo quando soube já saiu de casa ás pressas, mas a sua loja preferida de CDs estava fechada.Ele foi
a uma outra loja que ficava em um beco estranho e úmido, a loja se chamava Alienmídia. Nessa tal loja
havia o CD que Robson queria, porém o que chamou a atenção dele foi o atendente, ele se chamava
Geresvardo, que o tratou muito bem.
Voltando para casa, Robson não conseguia parar de pensar no atendente. Então decidiu voltar à loja
para conversar com atendente. Chegando lá não conseguia falar, pois era muito tímido, então simplesmente
comprou um CD e foi embora. Geresvardo o embalou com muito cuidado e sempre tratando Robson muito
bem, o que não era muito comum para ele.
Dia após dia, Robson ia á loja para falar com Geresvardo, os CDs já não importavam mais para
Robson, ele só queria falar com alguém que o tratasse bem.
Três semanas depois Robson se sentiu mal e morreu lentamente e dolorosamente. Sua mãe triste
estava mexendo nas coisas de Robson e viu todos aqueles CDs embalados, quando ela abriu um deles viu
que havia uma carta lá dentro, era de Geresvardo.
Na carta dizia:
Achei-te muito legal, vamos ser amigos?
Em todos os outros CDs havia uma carta parecida.
Então a mãe de Robson viu que ele finalmente havia conseguido um amigo, porém não sabia por
isso nunca pôde dizer adeus á ele.
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Índice
Capítulo 1 – A Doença, A Quarentena E A Primeira História
pg.:5
Capítulo 2 – A segunda história
pg.:6
Capítulo 3 – A Jovem Insegura
pg.: 7
Capítulo 4 – Os Anões Encantados
pg.: 8
Capítulo 5 – Um Sonho de Natal
pg.: 9
Capítulo 6 – Semelhanças Inquietantes
pg.: 10
Capítulo 7 – A Sétima História
pg.: 11
Capitulo 8 – Amor antigo
pg.: 11
Capítulo 9 – Acreditar?
pg.: 12
Capitulo 10 – Os Caipiras
pg.: 13
Capitulo 11 – O marca texto
pg.: 13
Capítulo 12 – A raposa e a garça
pg.: 15
Capitulo 13 – O fantasma
pg.: 15
Capítulo 14 – A Prova
pg.: 16
Capítulo 15 – XV
pg.: 17
Capítulo 16 – XVI
pg.: 18
Capítulo 17 – A Jovem Da Torre
pg.: 18
Capítulo 18 – O Que Disse?
pg.: 20
Capítulo 19 - Palavras de consolo
pg.: 21
Capítulo 20 – Mais Coincidências, Não É Mesmo?
pg.: 22
Capítulo 21 – Opa! O Que Foi Isso?
pg.: 23
Capítulo 22 – O Amor Florece – Troca de Papeis
pg.: 24
Capitulo 23 - O casamento, a bruxa e um amor incompreendido.
pg.: 25
Capítulo 24- Traição
pg.: 26
Capítulo 25 - O Diário de Helen
pg.: 28
Capítulo 26 – XXVI
pg.: 29
44
Capítulo 27 – A Vingança – Sinceramente, Não entendi!
pg.: 29
Capítulo 28 - O desastre
pg.: 30
Capítulo 29 – XXIX
pg.: 31
Capítulo 30 – O Assassinato do Sr. Fogg
pg.: 32
Capítulo 31 – Nota da Faxineira
pg.: 34
Capítulo 32 – A jóia desaparecida
pg.: 34
Capítulo 33 – Policia!
pg.: 35
Capítulo 34 – Que Coisa Macabra!
pg.: 36
Capítulo 35 – Seria Melhor Ter Ido Ver O Filme Do Pelé!
pg.:37
Capítulo 36 – A História de Daniel
pg.: 38
Capitulo 37 – Casamento em Mercúrio
pg.: 39
Capítulo 38 – Não Tema Os Mortos!
pg.: 41
Capitulo 39 – Pesadelo
pg.: 42
Capítulo 40 – Perto do Fim
pg.: 42
45

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