BRASIL NA II GUERRA MUNDIAL COPA, MAS A QUE CUSTO

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BRASIL NA II GUERRA MUNDIAL COPA, MAS A QUE CUSTO
EDIÇÃO #6 – VERÃO 2014
Brasil
aqui
VIAGEM DE ESTUDOS AO PORTO
Mais uma turma foi ao Porto aprender sobre as
diferenças linguísticas e culturais entre Brasil e
Portugal
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Porto 2014
BRASIL NA II GUERRA MUNDIAL
Alunos do mestrado foram à Itália ver de
perto o que estavam estudando sobre a
participação do Brasil na II Guerra Mundial
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Viagem de estudos do mestrado à Itália
COPA, MAS A QUE CUSTO?
O mestrando dos Estudos Brasileiros da UA Peter Haldborg,
apaixonado por futebol, conta sobre suas reflexões sobre a
Copa no Brasil.
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Peter Haldborg, Mestrando
dos Estudos Brasileiros
OBRIGADA POR TUDO!!!!
Caro Vinicius, meu professor, colega, mentor, conselheiro, amigo. Temos uma história longa, desde
2000, ano em que nos conhecemos na UFJF, em que você foi meu professor de latim. Anos depois o
destino nos uniu novamente como professor e aluna, mas dessa vez na Dinamarca, onde eu estava
iniciando o mestrado. Em seguida nos tornamos colegas, mas a amizade já estava presente. Foram
bons anos de parceria e trabalho em equipe e você será sempre um mentor para mim. O trabalho
diário terminará, mas a parceria e amizade continuarão. Desejo a você muitas felicidades e sucesso
nessa nova fase da sua vida! Até breve!
Brasil
aqui
EDIÇÃO #6 – VERÃO 2014
Brasil
EDITORIAL
Por Fernanda Gláucia
Caros leitores,
Esse semestre foi marcado por viagens de
estudos pela Europa, palestrantes visitantes,
trabalho duro, mas também diversão com
nossos alunos. Tivemos nossa tradicional
viagem ao Porto em janeiro com os alunos
que iniciaram em setembro de 2013 e os
alunos do mestrado fizeram uma viagem à
Itália para verem de perto o que estavam
estudando sobre a participação do Brasil na II
Guerra Mundial. O curso de Linguagem
Teórica do mestrado contou com visitas de
palestrantes brasileiros e canadense, o que
enriqueceu muito as aulas. Mas esse
semestre também foi marcado por certa
tristeza, pois foi o último do nosso querido
Vinicius Mariano de Carvalho aqui conosco.
Mas nossa cooperação não parará por aqui e
estaremos sempre em contato. Boa leitura!
Passeio ao
centro
histórico do
Porto
Mestrandos
do Estudos
Brasileiros e
Latinoameri
canos na
Itália
aqui
Passeio pelo Porto
VIAGEM DE ESTUDOS AO PORTO
Por Louise Gjørtz, Anne Lindbald & Yara
Henriques
A viagem para o Porto acontece no primeiro
semestre, depois das provas em janeiro. A
viagem é uma experiência super legal que dá
oportunidade para fortalecer a amizade entre
os alunos e também melhorar o vocabulário
em português. A viagem normalmente dura
em torno de uma semana. A semana ofereceu
várias atividades culturais, aula e diversão.
Fizemos um passeio guiado pelo centro
histórico do Porto e assim conhecemos melhor
a história da cidade. Também participamos
dum curso em português, ministrado pela
adorável Ana Paula, em que aprendemos
sobre a cultura portuguesa e as diferenças
entre o Português Europeu e o Português
Brasileiro. Nos dias livres, nós saímos para
dançar, assistimos a um jogo de futebol,
passeamos pela cidade, comemos um bom
churrasco brasileiro, degustamos vinho do
Porto e bebemos uma cerveja ou cinco num
dos muitos bares do Porto. A viagem reforçou
tanto nossas competências lingüísticas bem
como o nosso coleguismo.
BRASIL NA II GUERRA MUNDIAL
Por Louise Lauritsen & Selva Sol
Em abril, os mestrandos dos Estudos Brasileiros e dos Estudos Latino-Americanos fizeram uma
excursão à Itália. A viagem tinha como propósito seguir o trajeto histórico feito pelos soldados
brasileiros e ver de perto sua participação ao lado dos Aliados na Campanha da Itália, durante
a Segunda Guerra Mundial. O grupo foi recebido por Mário Pereira, responsável pelo Monumento
Votivo Militar Brasileiro em Pistóia, cujo cargo foi antes ocupado por seu pai, soldado brasileiro e
veterano da guerra. Durante 3 dias, o grupo visitou os diferentes pontos estratégicos e os bunkers ao
longo da Linha Gótica, lugar onde os soldados brasileiros combateram. Os estudantes tiveram a
oportunidade de conhecer as diferentes regiões pelas quais passaram a FEB (Força Expedicionária
Brasileira), assim como de ver os monumentos construídos pelo povo italiano para homenagear a
contribuição brasileira.
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O MASSACRE EM GRENAA – UMA NARRAÇÃO AUTÊNTICA
Por Peder Carlsen & Mads Nyborg
9 de dezembro, Grenaa, Dinamarca. Uma Grenaa de um jeito
diferente. Esperava-se uma grande partida que definiria o
direito de se gabar entre os jogadores do Brazil Football
College, os anfitriões, e ”os gigantes” dos Estudos Brasileiros da
Universidade de Aarhus. Uma partida que além de ter sido
bonita será recordada pela torcida na linha lateral da quadra
feita pela professora Fernanda Gláucia, sempre com tanta
energia. A disputa intensa terminou com uma vitória para os
acadêmicos de Aarhus, que ganharam por inteligência tática,
manobra técnica e trabalho duro, apesar do adversário ter
jogado muito bem. Foi uma experiência muito boa para o
fortalecimento da cooperação entre os dois institutos
brasileiros da Jutlândia e depois da partida havia um
ambiente descontraído que incluiu abraços e sorrisos.
Prof. Dr. Vinícius Mariano de Carvalho
OBRIGADA AO NOSSO PROFESSOR
VINÍCIUS PELO SEU TEMPO AQUI NA AU
Por Louise Lauritsen
Depois de cinco anos aqui, nosso querido
professor Vinicius Mariano de Carvalho
deixará seu posto nos Estudos Brasileiros
para começar um novo capítulo da sua
vida num cargo no King’s College em
Londres. Vinicius tem sido o coordenador
do nosso curso e tem trabalhado na
construção de um programa bastante
interessante e original. Durante seu tempo
aqui, o professor trabalhou em prol de um
conhecimento maior sobre o nosso curso e
sobre o Brasil em geral. Além de ser o
fundador da revista acadêmica Brasiliana,
revista dedicada a temáticas brasileiras,
Vinicius trouxe várias pessoas importantes
para participar em eventos do curso como,
por exemplo, os escritores Carola Savedra
e Milton Hatoum e o cantor, político e herói
nacional, Gilberto Gil. Por isso e muito
mais, nós vamos sentir falta do prof.
Vinicius, mas também nos alegramos com
a vinda de um novo professor.
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Jogadores dos dois times em Grenaa
VISITAS NO CURSO DE LÍNGUAS DO MESTRADO
Por Hassan O. Haibeh
Neste semestre, no curso de Linguagem Teórica do
mestrado de Estudos Brasileiros, tivemos três
pesquisadores visitantes: Ana Paulla B. Mattos (UA),
Marcel Álvaro de Amorim (UFRJ) e Stéphane Goyette
(Canadá). Eles deram três palestras que nos
proporcionaram uma melhor percepção da história e
do desenvolvimento da língua portuguesa. No
começo do semestre, Stéphane falou sobre a história
das línguas românicas e o desenvolvimento da língua
portuguesa. Marcel deu uma palestra sobre a
polêmica em torno dos estrangeirismos no português
brasileiro e das questões sociopolíticas. No final do
semestre, Ana Paulla fez uma apresentação sobre a
influência das línguas africanas no português
brasileiro.
Vinícius
Mariano
de
Carvalho
e
Gilberto
Gil
na UA
PARA SABER MAIS VISITE : BRASAQUI.BLOGSPOT.COM
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EDIÇÃO #6 – VERÃO 2014
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COPA – MAS A QUE CUSTO?
Por Peter Haldborg*
A recém-construída Arena Corinthians recebeu seis jogos no total. Seu preço final? R$1,2
bilhões, ou seja, mais ou menos 30% a mais do que a previsão inicial de R$820 milhões.
Ademais, o estádio pode receber apenas 61 mil espectadores em vez dos 69 mil que era a
exigência da FIFA. Ao menos a Arena Corinthians será usada após a Copa, sendo repassada ao
Corinthians, um dos principais times brasileiros. Os estádios que foram construídos em Cuiabá,
Brasília, Natal e Manaus sediaram no total 19 jogos e o preço final deles atingiu mais de R$3,2
bilhões. Após a Copa, eles simplesmente serão “elefantes brancos”, pois os times desses lugares
já têm estádios próprios ou tais estados não têm times de futebol com grandes torcidas.
Outras construções por conta da Copa foram centros comerciais, áreas de estacionamento e
linhas de ônibus. Em princípio, elas são úteis, porque quem não gostaria de outra linha de ônibus
e mais um centro comercial? Infelizmente, para poder realizar essas construções, diversas
famílias foram removidas de seus lares, algumas até de forma muito inadequada, com uso de
força desproporcional e com práticas nazistas; tendo suas casas marcadas e sendo expulsas no
dia seguinte. A comunidade do Metrô Mangueira (RJ) existe há 34 anos e a Copa durou 32 dias,
mas mesmo assim, as famílias foram removidas para um lugar muito distante com pior
infraestrutura.
Levando em conta tudo acima, pode-se entender o motivo pelo qual o povo brasileiro até hoje
está manifestando nas ruas. Uma grande parte do dinheiro público foi usado na Copa do
Mundo, cujo custo está mais alto do que as últimas três Copas agregadas, e o que o povo
ganhou em troca? Escolas? Ônibus escolares? Casas populares? Não, ‘ganhou’ vários elefantes
brancos e famílias sem abrigo. Segundo o ex-jogador Romário, as preparações infelizmente
desandaram para um lado totalmente negativo. Pelo visto, ele tinha razão. Segundo opinião
pública, quase metade do povo brasileiro foi contra o Brasil sediar a Copa. Em comparação
com 2008, apenas 10% da população eram contra.
Teve Copa, sim. Agora, se os fins justificam os meios já é outra coisa. Vale a penar notar que
haverá eleição presidencial em outubro de 2014, apenas três meses após a Copa...
* Peter Haldborg é Mestrado dos
Estudos Brasileiros da UA
CRÉDITOS e CONTATO
Conceito: Vinicius Mariano de Carvalho. Colaboradores: Anne Johansen, Peter Haldborg,
Peder Carlsen, Louise Gjørtz, Mads Nyborg, Louise Lauritsen, Yara Henriques, Selva Sol e
Hassan Haibeh. Coordenação e Revisão de texto: Fernanda Gláucia. Logo e assistência em
design: Marc Vincent Klitgaard. Arte e design: Ludimilla Fonseca.
Contato: [email protected]
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