Apresentação Ferrugem Aralaranjada
Transcrição
Apresentação Ferrugem Aralaranjada
Estimativa de Perdas com a Ferrugem Alaranjada UDOP Encontro Tecnológico da Cultura da Cana-de-Açúcar Araçatuba - SP 06/04/2010 Hermann Paulo Hoffmann Roberto Giacomini Chapola PMGCA – RIDESA - UFSCar Notificação da doença no Brasil Fonte: www.agricultura.gov.br Sumário • Histórico • Situação na Austrália, Costa Rica, Florida e Guatemala • Condições climáticas favoráveis à doença • Diferenças entre a Ferrugem Alaranjada e a Ferrugem Marrom • Danos na produtividade causados pela Ferrugem Alaranjada • Controle químico • O que podemos esperar Sumário • Histórico • Situação na Austrália, Costa Rica, Florida e Guatemala • Condições climáticas favoráveis à doença • Diferenças entre a Ferrugem Alaranjada e a Ferrugem Marrom • Danos na produtividade causados pela Ferrugem Alaranjada • Controle químico • O que podemos esperar Ferrugem Alaranjada da Cana-deAçúcar: Impactos na Produção Australiana de Açúcar 2007 Dr Rob Magarey President, Australasian Plant Pathology Society Situa ção da Ferrugem Alaranjada Situação na Costa Rica. 2007 – 2009. LAICA Erick Chavarría Soto Julio C. Barrantes Mora [email protected] [email protected] Histórico – Ferrugem Alaranjada • Conhecida desde 1890, enquanto que a ferrugem marrom é conhecida desde 1949 • Considerada de maior importância a partir de 2000 (Austrália Q124) • Observada pela primeira vez no Ocidente na Flórida, EUA, em junho de 2007 • 2007/08: reportada em vários países da América Central: México, Costa Rica, Guatemala, Panamá, Cuba e Jamaica. • 07/12/2009: Brasil Rincão/SP Fonte: Chavarría, 2009; Arrigoni, 2010 Situação da Austrália • Variedade Q124, de alto rendimento agroindustrial, chegou a ocupar 45% da área de cultivo de Queensland • Queda de produtividade da Q124 chegou a 22% após a incidência da doença • Quedas de 40% na produtividade observadas em ensaios com fungicidas Fonte: Magarey, 2007 Austrália 2000 – Danos da Ferrugem Laranja na Cana Produção de Cana-de-açúcar na Austrália de 1994 a 2001. Fonte: Wallis (2002) 20% de redução http://www.docstoc.com/docs/19777627/Research-and-Development-for-the-Australian-Sugar-Industry Fonte: Sentelhas, P. C. Banco de Germoplasma Austrália Parent Varieties Infected with Orange Rust 140 Number of Clones 120 100 Maior parte dos progenitores resistentes 80 60 40 20 0 0 1 to 5 6 to 10 11 to 15 16 to 20 21 to 25 26 to 30 31 to 35 36 to 40 % Leaf Area 41 to 45 46 to 50 51 to 55 56 to 60 61 to 70 Fonte: Magarey, 2007 Clones da Austrália 00/01 Orange Rust Number of Clones 1200 1000 800 85% Resistentes 600 400 200 0 R I Resistance S Fonte: Magarey, 2007 Clones do Brasil – Série 2001 Local: CCA/UFSCar Quadra 16 Data plantio 05/06/2007 Campo H Parc Faixa 1 Faixa 2 Faixa 3 Faixa 4 Faixa 5 Faixa 6 Faixa 7 Faixa 8 Faixa 9 Faixa 10 Faixa 11 1 RB72454 RB015249 RB72454 RB015052 RB867515 RB015164 RB015088 RB015298 RB015118 RB015446 RB925211 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2 RB015224 RB015201 RB015050 RB015035 RB015017 RB015168 RB015094 RB015177 RB015246 RB015445 RB015089 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 3 RB015271 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 4 RB015219 RB015248 RB015029 RB015028 RB015003 RB015106 RB015101 RB015134 RB015115 RB015137 RB015086 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m RB015247 RB015216 RB015046 RB015020 Mist. RB015016 RB015125 RB015107 RB015447 RB015144 RB015140 RB015095 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 6 RB015210 RB015207 RB015044 RB015037 RB015010 RB015160 RB015179 RB015478 RB015142 RB015124 RB015087 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 7 RB015255 RB015260 RB015040 RB015033 RB015009 RB015157 RB015312 RB925211 RB015096 RB015108 RB015077 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 5 RB015205 RB015012 RB015005 RB015008 RB015079 RB015057 RB015128 RB015120 RB015143 RB015476 RB015145 RB015127 RB015135 RB015141 RB015114 8 RB015264 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m RB015235 RB015267 RB015051 RB015048 RB015001 RB015167 RB015082 RB015444 RB015471 RB855536 RB015147 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 10 RB015223 RB015239 RB015024 RB015049 RB015002 RB015158 RB015152 RB015133 RB015441 RB015112 RB015081 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 11 RB015226 RB015232 RB015023 RB015045 RB015013 RB015062 RB015151 RB015132 RB015450 RB015105 RB015119 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 12 RB015233 RB015221 RB015041 RB015030 RB015004 RB015066 RB015159 RB015130 RB015300 RB015110 RB925211 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 14x10m 13 RB015222 RB015287 RB015261 RB925211 RB015011 RB015055 RB015067 RB015116 RB015092 RB015123 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 14 RB015225 RB867515 RB015258 RB015034 RB015018 RB855536 RB015072 RB015138 RB867515 RB015146 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 15 RB015281 RB015274 RB015042 RB015043 RB015021 RB015071 RB015100 RB015097 RB015104 RB015113 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 16 RB015294 RB015174 RB015290 RB015025 RB015015 RB015154 RB015076 RB015098 RB015080 RB015165 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 17 RB015305 RB015278 RB015053 RB015022 RB015006 RB015014 RB015054 RB015053 RB015085 RB015111 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m RB015311 RB015288 RB015032 RB015026 RB015007 RB015102 RB72454 RB015068 RB015084 RB015065 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 19 RB015058 RB015069 RB015059 RB015070 RB015122 RB015091 RB015464 RB015073 RB015465 RB015454 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 20 RB015064 RB015078 RB015074 RB015150 RB015121 RB015056 RB015131 RB015090 RB015456 RB015139 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 21 RB015075 RB015103 RB015093 RB015153 RB015117 RB015063 RB015477 RB015060 RB015448 RB015136 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m RB015083 RB015109 RB015313 RB015061 RB015099 RB015087 RB015449 RB015129 RB015475 RB015126 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 23 RB015302 RB855536 RB015308 RB015242 RB015269 RB015455 RB015289 RB015453 RB015331 RB015012 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 24 RB925211 RB015285 RB015304 RB015262 RB015027 RB015039 RB015330 RB015293 RB015295 RB015020 Mist. 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 25 RB015303 RB015231 RB015297 RB015259 RB015031 RB015345 RB015291 RB015442 RB015348 RB72454 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 2x10m 22 RB015047 RB015038 9 18 RB015276 RB015301 LEGENDA FERRUGEM LARANJA RB015443 86% clones sem sintomas Total de clones: 247 Clones com Ferrugem Alaranjada: 35 % de clones com Ferrugem Alaranjada: 14,17% OBS.: o nível de severidade não foi mensurado, apenas foi avaliada a presença ou ausência da doença. Ferrugem Alaranjada 8,5% da área cultivada Ferrugem Comum 62% da área cultivada Censo 2009 Variedades TOTAL Área (ha) % 1- RB867515 610 072 20,5 2- SP81-3250 373 536 12,6 3- RB855453 246 204 8,3 4- SP83-2847 185 288 6,2 5- RB72454 184 158 6,2 6- RB835486 127 737 4,3 7- RB855156 124 499 4,2 8- RB855536 110 072 3,7 9- SP80-3280 78 103 2,6 10- SP80-1842 72 671 2,4 11- RB835054 65 655 2,2 12- SP79-1011 64 512 2,2 13- SP80-1816 61 768 2,1 14- SP91-1049 56 952 1,9 15- SP89-1115 41 105 1,4 16- PO88-62 33 310 1,1 17- RB855035 32 237 1,1 18- RB935744 26 717 0,9 19- RB925345 25 808 0,9 20- SP84-2025 25 547 0,9 Outras 428.609 14,4 TOTAL 2.974.561 100,0 FLORIDA, USA CENSO 2009 77,5 % COM VARIEDADES SUSCETÍVEIS Situação atual - Austrália Variedades comerciais – Novos lançamentos: RESISTENTES – Cruzamentos com parentais resistentes Áreas comerciais – Alta resistência ou índices insignificantes da doença A Ferrugem Alaranjada voltou a ser uma doença de importância secundária Região de P érez Zeled ón ((Sul Sul Pérez Zeledón da Costa Rica) • Principal variedade: SP71-5574 (suscetível a Ferrugem Alaranjada • Antes de 2008: 9,5% do total Nacional, 97% do total da região • 2009: 77% do total da região: substituição com variedades resistentes. Fonte: Chavarría, 2009 FLORIDA NOVAS LIBERAÇÕES Resistentes/Mod. resistentes FLORIDA, USA GUATEMALA Ferrugem Alaranjada Materiais da RIDESA enviados para avaliação na Costa Rica RB72454 RB925345 RB947520 RB972616 RB99381 RB835054 RB928064 RB951541 RB972631 RB99386 RB855035 RB93509 RB956911 RB972769 RB99395 RB855156 RB931003 RB96524 RB972810 RB991536 RB855453 RB931011 RB962962 RB972816 RB992506 RB855536 RB935744 RB965902 RB97319 RB002504 RB892989 RB937570 RB965917 RB975944 RB002900 RB92579 RB942991 RB966928 RB975952 RB002988 RB925211 RB946903 RB971754 RB98710 RB051501 RB867515 RB72454 x ? Costa Rica Fonte: Arquivo PMGCA RB855546 SP70-1143 x RB72454 Costa Rica Fonte: Arquivo PMGCA RB845257 RB72454 x SP70-1143 Costa Rica Fonte: Arquivo PMGCA Sumário • Histórico • Situação na Austrália, Costa Rica, Florida e Guatemala • Condições climáticas favoráveis à doença • Diferenças entre a Ferrugem Alaranjada e a Ferrugem Marrom • Danos na produtividade causados pela Ferrugem Alaranjada • Controle químico • O que podemos esperar Nossas perguntas ao pesquisador Erick Chavarría (29/01/2010): P: Das variedades da RIDESA, apenas a RB72454 tem mostrado sintomas mais severos. Temos notado que a severidade da ferrugem alaranjada varia muito em locais não muito distantes uns dos outros. Isto é comum? R: Efetivamente a severidade da doença pode variar em distâncias muito curtas, especialmente em variedades que são tolerantes ou mediamente suscetíveis. Inclusive em algumas variedades encontramos inconsistências grandes em seus comportamentos, algumas vezes associadas a condições especiais no campo. P: A Ferrugem Alaranjada é mais severa em plantas jovens ou em plantas adultas? R: Temos visto que a severidade está talvez mais associada a condições de ambiente que à idade das plantas. Normalmente plantas muito jovens tendem a mostrar menor severidade que plantas um ou dois meses mais velhas. É possível que você veja um reflexo do comportamento com a idade conforme avançarmos com as avaliações do material de RIDESA na Zona Sul. Nossas perguntas ao Dr. Magarey (22/02/2010): P: Na Austrália, qual foi o futuro das variedades de reação intermediária? Elas continuaram a ser cultivadas em áreas menos favoráveis a manifestação da doença? R: Intermediárias: sim, algumas continuam se desenvolvendo muito bem na presença da doença. Isto também depende um pouco de quão favorável seja o ambiente para a Ferrugem Alaranjada. Sua experiência aí no Brasil logo revelará isso. P: Qual é a atual situação da doença na Austrália? Variedades suscetíveis, como a Q124, foram completamente substituídas? R: As variedades altamente suscetíveis foram todas substituídas. Existem poucas áreas com Q124, mas elas são muito poucas e distantes entre elas. P: A doença foi reportada no Brasil pela primeira vez em Dezembro de 2009. As variedades suscetíveis tem apresentado diferentes reações em diferentes regiões, mas a doença está sempre presente. Isto é devido a pressão de inóculo ou ao ambiente? R: Severidade regional: a severidade varia principalmente com o ambiente, e nos primeiros estágios da epidemia com o nível do inóculo. Mesmo em estágios mais avançados da epidemia, nós encontramos grandes diferenças devido ao ambiente. Será interessante verificar quais são as áreas mais favoráveis a doença no Brasil. Germinação de Esporos – Efeito da Temperatura Germination of Orange Rust Spores after 24 Hours 40 35 % Germ ination 30 25 20 15 10 5 0 8 17 19 22 24 26 Temperature (Celsius) 28 31 34 Fonte: Magarey, 2007 Percent spore germination Germinação de Esporos – Efeito da Umidade Relativa (%) 70 60 50 40 30 20 10 0 92.9 96.2 96.9 97.6 98.2 98.8 99.3 100.0 Relative humidity (%) Fonte: Magarey, 2007 Dados meteorológicos – CCA / Araras - SP Temperaturas máximas e mínimas - CCA/UFSCar Média histórica x 2009 35,0 30,0 25,0 ºC Máxima histórica 20,0 Mínima histórica 15,0 Máxima 2009 Mínima 2009 10,0 5,0 0,0 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Balanço Hídrico - CCA / UFSCar - Jan 2008 a Dez 2009 500,0 400,0 300,0 Janeiro 2008 a Janeiro 2010 200,0 100,0 0,0 2008 500,0 Média histórica 1971 - 2010 2009 Jan Dez Out Nov Set Ago Jul Jun Mai Abr Mar Fev Jan Dez Nov Set Out Jul Ago Jun Mai Abr Fev Mar Jan -100,0 2010 Balanço Hídrico - CCA / UFSCar - Média Histórica de 1971 a 2010 400,0 300,0 200,0 100,0 0,0 -100,0 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Gráficos de Favorabilidade – Fonte: www.scoralert.com.br Piracicaba 2009 Piracicaba 2008 Rib. Preto 2008 Araçatuba 2008 Aspectos Bio-ecológicos da Ocorrência da Ferrugem Laranja na Cana-de-açúcar Paulo Cesar Sentelhas Professor Associado, Dr. Área de Agrometeorologia Departamento de Engenharia de Biossistemas ESALQ - Universidade de São Paulo Austrália 2000 – Condições climáticas nas áreas produtoras de cana-de-açúcar Concentra 95% das áreas produtoras de cana 2000 foi o ano mais chuvoso desde 1984 Austrália 2000 – Condições climáticas nas áreas produtoras de cana-de-açúcar Como conseqüência das chuvas mais intensas em 2000, as temperaturas sofreram redução, atingindo níveis mais favoráveis para a ferrugem laranja. 2001/02 Brasil - Chuva 2008/09 2009/10 2002/03 2003/04 2007/08 2004/05 2005/06 2006/07 2001/02 Em 2001/02, as chuvas foram bastante intensas em todo o Brasil, porém não houve manifestação da ferrugem laranja na cana , provavelmente pela ausência do patógeno no país. 2009/10 Com a introdução do patógeno nas regiões produtoras de cana do Brasil em 2009, as chuvas excessivas e as temperaturas favoreceram a ocorrência da ferrugem laranja. Ferrugem Laranja no Brasil Chuvas no Brasil A variação interanual da chuva e, consequentemente do molhamento foliar, os quais afetam o processo infeccioso e a dispersão dos esporos, poderá ser um fator a condicionar a ocorrência da ferrugem laranja em diferentes anos, nas variedades suscetíveis. Sintomas das Ferrugens Ferrugem Alaranjada Ferrugem Marrom (Puccinia kuehnii) (Puccinia melanocephala) Fonte: Chavarría, 2009 Diferenças Epidemiológicas entre as Ferrugens • Ferrugem Marrom: temperaturas amenas e alta umidade relativa • Ferrugem Alaranjada: temperaturas e umidade relativa elevadas • Ferrugem Marrom: ocorre mais em plantas com entre 3 e 8 meses de idade • Ferrugem Alaranjada: ocorre mesmo em plantas adultas Fonte: Matsuoka, 2010 Sumário • ANTES • Histórico • Situação na Austrália e na Costa Rica • DURANTE • Condições climáticas favoráveis à doença • Diferenças entre a Ferrugem Alaranjada e a Ferrugem Marrom • DEPOIS • Danos na produtividade causados pela Ferrugem Alaranjada • Controle químico • O que podemos esperar FLORIDA AUSTRALIA PERDAS ENTRE 7,9 A MAIS DE 40% DEPENDENDO DA VARIEDADE E A FREQUÊNCIA DAS APLICAÇÕES; EXPERIMENTALMENTE CHEGOU-SE A 9 APLICAÇÕES COM PLANTAS A PARTIR DE 2 MESES ATÉ 5 MESES NA REGIÃO DE MACKAY EM 2000 AS PERDAS CHEGARAM A 58% E MÉDIA FOI DE 40% FUNGICIDAS PARA CONTROLE DA FERRUGEM ALARANJADA NA AUSTRALIA ANTES DA DOENÇA NÃO HAVIA RELATOS DA APLICAÇÃO DE FUNGICIDAS PARA O CONTROLE DE DOENÇAS FOLIARES EM CANA NA LITERATURA MUNDIAL SÃO POUCOS OS RELATOS DE FUNGICIDAS PARA O CONTROLE DE DOENÇAS FOLIARES EM CANA-DE-AÇÚCAR (Autrey et al., 1983). NA AUSTRALIA, FLORIDA E COSTA RICA FORMA FEITAS APLICAÇÕES EM SITUAÇÕES EMERGENGIAS EM VARIEDADES SUSCETÍVEIS FUNGICIDAS UTILIZADOS : PROPRICANAZOLE, CYPROCONAZOLE E MANCOZEB. NECESSIDADE DE 2 A 9 APLICAÇÕES (Magarey et al., 2004, Staier et al., 2004) Aplicações são preventivas Fonte: Magarey, R. Segundo Pedro Singer, gerente de Desenvolvimento Fungicidas da Bayer CropScience, que acompanha o desenvolvimento da safra na regiãoas lavouras que estão chegando em ponto de colheita já estão indo para a quarta ou quinta aplicação de fungicida para ferrugem, sendo que na temporada passada a média foi de duas aplicações e meia. "Quando se chega no pico da colheita, a soja que está no campo recebe muita ferrugem. O Mato Grosso está entrando nessa fase mais sensível e a soja que for retirada por último pode registrar casos de até sete aplicações", Produtores já se preparam para reduzir o prazo para apenas 10 dias. Segundo o estudo, dependendo do produto e da maneira como o fungicida for aplicado, se for com pulverizadoras independentes ou utilizando trator e pulverizadora de arresto, os custos por hectare podem variar entre R$ 20,41 e R$ 58,73 por aplicação. 19/03/2010 18:12 - Agronegócios Em muitas lavouras foram feitas 5 aplicações de fungicida, quando o normal são 2, e o problema não foi resolvido. Estimativa de danos causados pela Ferrugem Alaranjada Fonte: Arquivo PMGCA Efeito do dano no desenvolvimento e produtividade SP71-5574 – Costa Rica 80 2,35 78 2,30 Rendimiento (Caña t/ha) 2,25 Altura (m) y = 69,41x - 81,12 R² = 0,904 r = 0,95 76 2,20 2,15 y = -0,012x + 2,791 R² = 0,836 r = -0,91 2,10 74 72 70 68 66 64 62 2,05 60 35 40 45 50 AFA Hoja +3 (%) 55 60 2,05 2,10 2,15 2,20 2,25 2,30 2,35 Altura (m) Fonte: Chavarría, 2009 Escala de severidade utilizada Planilha – Estimativa de danos na produtividade Resultados obtidos Nota AFA% TCH 1 2 3 4 0,00 0,50 1,00 5,00 100,00 99,63 99,26 96,30 5 6 7 8 9 10,00 25,00 35,00 50,00 >50,00 92,60 81,51 74,11 63,02 44,52 % danos 0,37 0,74 3,70 7,40 18,49 25,89 36,98 55,48 Conclusão •• A A interação interação da da doença doença com com oo ambiente ambiente éé muito muito grande; grande; umidade! umidade! •• Controle Controle químico químico no no Brasil Brasil não não será será solução solução •• As As variedades variedades intermediárias intermediárias poderão poderão ser ser cultivadas cultivadas em em ambientes ambientes menos menos favoráveis favoráveis àà doença doença •• As As variedades variedades suscetíveis suscetíveis terão terão que que ser ser substituídas: substituídas: RB72454, RB72454, SP84SP842025 2025 ee SP89-1115 SP89-1115 •• Para Para isolar isolar os os efeitos efeitos do do ambiente, ambiente, teremos teremos que que esperar esperar oo próximo próximo período período favorável favorável para para uniformizar uniformizar aa pressão pressão do do inóculo inóculo