Apresentação Ferrugem Aralaranjada

Transcrição

Apresentação Ferrugem Aralaranjada
Estimativa de Perdas
com a Ferrugem Alaranjada
UDOP
Encontro Tecnológico da Cultura da Cana-de-Açúcar
Araçatuba - SP
06/04/2010
Hermann Paulo Hoffmann
Roberto Giacomini Chapola
PMGCA – RIDESA - UFSCar
Notificação da doença no Brasil
Fonte: www.agricultura.gov.br
Sumário
• Histórico
• Situação na Austrália, Costa Rica, Florida e Guatemala
• Condições climáticas favoráveis à doença
• Diferenças entre a Ferrugem Alaranjada e a Ferrugem Marrom
• Danos na produtividade causados pela Ferrugem Alaranjada
• Controle químico
• O que podemos esperar
Sumário
• Histórico
• Situação na Austrália, Costa Rica, Florida e Guatemala
• Condições climáticas favoráveis à doença
• Diferenças entre a Ferrugem Alaranjada e a Ferrugem Marrom
• Danos na produtividade causados pela Ferrugem Alaranjada
• Controle químico
• O que podemos esperar
Ferrugem Alaranjada da Cana-deAçúcar: Impactos na Produção
Australiana de Açúcar
2007
Dr Rob Magarey
President, Australasian Plant
Pathology Society
Situa
ção da Ferrugem Alaranjada
Situação
na Costa Rica. 2007 – 2009.
LAICA
Erick Chavarría Soto
Julio C. Barrantes Mora
[email protected]
[email protected]
Histórico – Ferrugem Alaranjada
• Conhecida desde 1890, enquanto que a ferrugem marrom é
conhecida desde 1949
• Considerada de maior importância a partir de 2000 (Austrália Q124)
• Observada pela primeira vez no Ocidente na Flórida, EUA, em
junho de 2007
•
2007/08: reportada em vários países da América Central:
México, Costa Rica, Guatemala, Panamá, Cuba e Jamaica.
•
07/12/2009: Brasil Rincão/SP
Fonte: Chavarría, 2009; Arrigoni, 2010
Situação da Austrália
• Variedade Q124, de alto rendimento agroindustrial,
chegou a ocupar 45% da área de cultivo de
Queensland
• Queda de produtividade da Q124 chegou a 22%
após a incidência da doença
• Quedas de 40% na produtividade observadas em
ensaios com fungicidas
Fonte: Magarey, 2007
Austrália 2000 – Danos da Ferrugem Laranja na Cana
Produção de Cana-de-açúcar na Austrália de 1994 a 2001. Fonte: Wallis (2002)
20% de redução
http://www.docstoc.com/docs/19777627/Research-and-Development-for-the-Australian-Sugar-Industry
Fonte: Sentelhas, P. C.
Banco de Germoplasma Austrália
Parent Varieties Infected with Orange Rust
140
Number of Clones
120
100
Maior parte dos progenitores resistentes
80
60
40
20
0
0
1 to 5
6 to 10
11 to 15
16 to 20
21 to 25
26 to 30
31 to 35
36 to 40
% Leaf Area
41 to 45
46 to 50
51 to 55
56 to 60
61 to 70
Fonte: Magarey, 2007
Clones da Austrália 00/01
Orange Rust
Number of Clones
1200
1000
800
85% Resistentes
600
400
200
0
R
I
Resistance
S
Fonte: Magarey, 2007
Clones do Brasil – Série 2001
Local: CCA/UFSCar
Quadra 16
Data plantio 05/06/2007
Campo H
Parc
Faixa 1
Faixa 2
Faixa 3
Faixa 4
Faixa 5
Faixa 6
Faixa 7
Faixa 8
Faixa 9
Faixa 10
Faixa 11
1
RB72454
RB015249
RB72454
RB015052
RB867515
RB015164
RB015088
RB015298
RB015118
RB015446
RB925211
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2
RB015224
RB015201
RB015050
RB015035
RB015017
RB015168
RB015094
RB015177
RB015246
RB015445
RB015089
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
3
RB015271
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
4
RB015219
RB015248
RB015029
RB015028
RB015003
RB015106
RB015101
RB015134
RB015115
RB015137
RB015086
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
RB015247
RB015216
RB015046
RB015020
Mist.
RB015016
RB015125
RB015107
RB015447
RB015144
RB015140
RB015095
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
6
RB015210
RB015207
RB015044
RB015037
RB015010
RB015160
RB015179
RB015478
RB015142
RB015124
RB015087
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
7
RB015255
RB015260
RB015040
RB015033
RB015009
RB015157
RB015312
RB925211
RB015096
RB015108
RB015077
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
5
RB015205
RB015012
RB015005
RB015008
RB015079
RB015057
RB015128
RB015120
RB015143
RB015476
RB015145
RB015127
RB015135
RB015141
RB015114
8
RB015264
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
RB015235
RB015267
RB015051
RB015048
RB015001
RB015167
RB015082
RB015444
RB015471
RB855536
RB015147
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
10
RB015223
RB015239
RB015024
RB015049
RB015002
RB015158
RB015152
RB015133
RB015441
RB015112
RB015081
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
11
RB015226
RB015232
RB015023
RB015045
RB015013
RB015062
RB015151
RB015132
RB015450
RB015105
RB015119
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
12
RB015233
RB015221
RB015041
RB015030
RB015004
RB015066
RB015159
RB015130
RB015300
RB015110
RB925211
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
14x10m
13
RB015222
RB015287
RB015261
RB925211
RB015011
RB015055
RB015067
RB015116
RB015092
RB015123
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
14
RB015225
RB867515
RB015258
RB015034
RB015018
RB855536
RB015072
RB015138
RB867515
RB015146
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
15
RB015281
RB015274
RB015042
RB015043
RB015021
RB015071
RB015100
RB015097
RB015104
RB015113
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
16
RB015294
RB015174
RB015290
RB015025
RB015015
RB015154
RB015076
RB015098
RB015080
RB015165
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
17
RB015305
RB015278
RB015053
RB015022
RB015006
RB015014
RB015054
RB015053
RB015085
RB015111
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
RB015311
RB015288
RB015032
RB015026
RB015007
RB015102
RB72454
RB015068
RB015084
RB015065
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
19
RB015058
RB015069
RB015059
RB015070
RB015122
RB015091
RB015464
RB015073
RB015465
RB015454
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
20
RB015064
RB015078
RB015074
RB015150
RB015121
RB015056
RB015131
RB015090
RB015456
RB015139
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
21
RB015075
RB015103
RB015093
RB015153
RB015117
RB015063
RB015477
RB015060
RB015448
RB015136
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
RB015083
RB015109
RB015313
RB015061
RB015099
RB015087
RB015449
RB015129
RB015475
RB015126
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
23
RB015302
RB855536
RB015308
RB015242
RB015269
RB015455
RB015289
RB015453
RB015331
RB015012
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
24
RB925211
RB015285
RB015304
RB015262
RB015027
RB015039
RB015330
RB015293
RB015295
RB015020
Mist.
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
25
RB015303
RB015231
RB015297
RB015259
RB015031
RB015345
RB015291
RB015442
RB015348
RB72454
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
2x10m
22
RB015047
RB015038
9
18
RB015276
RB015301
LEGENDA
FERRUGEM LARANJA
RB015443
86% clones sem sintomas
Total de clones: 247
Clones com Ferrugem Alaranjada: 35
% de clones com Ferrugem Alaranjada: 14,17%
OBS.: o nível de severidade não foi
mensurado, apenas foi avaliada a presença
ou ausência da doença.
Ferrugem Alaranjada
8,5% da área
cultivada
Ferrugem Comum
62% da área
cultivada
Censo 2009
Variedades
TOTAL
Área (ha)
%
1- RB867515
610 072
20,5
2- SP81-3250
373 536
12,6
3- RB855453
246 204
8,3
4- SP83-2847
185 288
6,2
5- RB72454
184 158
6,2
6- RB835486
127 737
4,3
7- RB855156
124 499
4,2
8- RB855536
110 072
3,7
9- SP80-3280
78 103
2,6
10- SP80-1842
72 671
2,4
11- RB835054
65 655
2,2
12- SP79-1011
64 512
2,2
13- SP80-1816
61 768
2,1
14- SP91-1049
56 952
1,9
15- SP89-1115
41 105
1,4
16- PO88-62
33 310
1,1
17- RB855035
32 237
1,1
18- RB935744
26 717
0,9
19- RB925345
25 808
0,9
20- SP84-2025
25 547
0,9
Outras
428.609
14,4
TOTAL
2.974.561
100,0
FLORIDA, USA
CENSO 2009
77,5 % COM VARIEDADES
SUSCETÍVEIS
Situação atual - Austrália
Variedades comerciais
– Novos lançamentos: RESISTENTES
– Cruzamentos com parentais resistentes
Áreas comerciais
– Alta resistência ou índices insignificantes da doença
A Ferrugem Alaranjada voltou a ser uma doença
de importância secundária
Região de P
érez Zeled
ón ((Sul
Sul
Pérez
Zeledón
da Costa Rica)
• Principal variedade: SP71-5574 (suscetível a
Ferrugem Alaranjada
• Antes de 2008: 9,5% do total Nacional, 97% do
total da região
• 2009: 77% do total da região: substituição com
variedades resistentes.
Fonte: Chavarría, 2009
FLORIDA
NOVAS LIBERAÇÕES
Resistentes/Mod. resistentes
FLORIDA, USA
GUATEMALA
Ferrugem Alaranjada
Materiais da RIDESA enviados para avaliação
na Costa Rica
RB72454
RB925345
RB947520
RB972616
RB99381
RB835054
RB928064
RB951541
RB972631
RB99386
RB855035
RB93509
RB956911
RB972769
RB99395
RB855156
RB931003
RB96524
RB972810
RB991536
RB855453
RB931011
RB962962
RB972816
RB992506
RB855536
RB935744
RB965902
RB97319
RB002504
RB892989
RB937570
RB965917
RB975944
RB002900
RB92579
RB942991
RB966928
RB975952
RB002988
RB925211
RB946903
RB971754
RB98710
RB051501
RB867515
RB72454 x ?
Costa Rica
Fonte: Arquivo PMGCA
RB855546
SP70-1143 x RB72454
Costa Rica
Fonte: Arquivo PMGCA
RB845257
RB72454 x SP70-1143
Costa Rica
Fonte: Arquivo PMGCA
Sumário
• Histórico
• Situação na Austrália, Costa Rica, Florida e Guatemala
• Condições climáticas favoráveis à doença
• Diferenças entre a Ferrugem Alaranjada e a Ferrugem Marrom
• Danos na produtividade causados pela Ferrugem Alaranjada
• Controle químico
• O que podemos esperar
Nossas perguntas ao pesquisador Erick Chavarría (29/01/2010):
P: Das variedades da RIDESA, apenas a RB72454 tem mostrado sintomas mais severos.
Temos notado que a severidade da ferrugem alaranjada varia muito em locais não muito
distantes uns dos outros. Isto é comum?
R: Efetivamente a severidade da doença pode variar em distâncias muito curtas,
especialmente em variedades que são tolerantes ou mediamente suscetíveis. Inclusive em
algumas variedades encontramos inconsistências grandes em seus comportamentos, algumas
vezes associadas a condições especiais no campo.
P: A Ferrugem Alaranjada é mais severa em plantas jovens ou em plantas adultas?
R: Temos visto que a severidade está talvez mais associada a condições de ambiente que à
idade das plantas. Normalmente plantas muito jovens tendem a mostrar menor severidade
que plantas um ou dois meses mais velhas. É possível que você veja um reflexo do
comportamento com a idade conforme avançarmos com as avaliações do material de RIDESA
na Zona Sul.
Nossas perguntas ao Dr. Magarey (22/02/2010):
P: Na Austrália, qual foi o futuro das variedades de reação intermediária? Elas continuaram a ser
cultivadas em áreas menos favoráveis a manifestação da doença?
R: Intermediárias: sim, algumas continuam se desenvolvendo muito bem na presença da doença. Isto
também depende um pouco de quão favorável seja o ambiente para a Ferrugem Alaranjada. Sua experiência
aí no Brasil logo revelará isso.
P: Qual é a atual situação da doença na Austrália? Variedades suscetíveis, como a Q124, foram
completamente substituídas?
R: As variedades altamente suscetíveis foram todas substituídas. Existem poucas áreas com Q124, mas
elas são muito poucas e distantes entre elas.
P: A doença foi reportada no Brasil pela primeira vez em Dezembro de 2009. As variedades
suscetíveis tem apresentado diferentes reações em diferentes regiões, mas a doença está sempre
presente. Isto é devido a pressão de inóculo ou ao ambiente?
R: Severidade regional: a severidade varia principalmente com o ambiente, e nos primeiros estágios da
epidemia com o nível do inóculo. Mesmo em estágios mais avançados da epidemia, nós encontramos
grandes diferenças devido ao ambiente. Será interessante verificar quais são as áreas mais favoráveis a
doença no Brasil.
Germinação de Esporos –
Efeito da Temperatura
Germination of Orange Rust Spores after 24 Hours
40
35
% Germ ination
30
25
20
15
10
5
0
8
17
19
22
24
26
Temperature (Celsius)
28
31
34
Fonte: Magarey, 2007
Percent spore germination
Germinação de Esporos –
Efeito da Umidade Relativa (%)
70
60
50
40
30
20
10
0
92.9
96.2
96.9
97.6
98.2
98.8
99.3
100.0
Relative humidity (%)
Fonte: Magarey, 2007
Dados meteorológicos –
CCA / Araras - SP
Temperaturas máximas e mínimas - CCA/UFSCar Média histórica x 2009
35,0
30,0
25,0
ºC
Máxima histórica
20,0
Mínima histórica
15,0
Máxima 2009
Mínima 2009
10,0
5,0
0,0
Jan Fev Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago Set
Out Nov Dez
Balanço Hídrico - CCA / UFSCar - Jan 2008 a Dez 2009
500,0
400,0
300,0
Janeiro 2008
a
Janeiro 2010
200,0
100,0
0,0
2008
500,0
Média histórica
1971 - 2010
2009
Jan
Dez
Out
Nov
Set
Ago
Jul
Jun
Mai
Abr
Mar
Fev
Jan
Dez
Nov
Set
Out
Jul
Ago
Jun
Mai
Abr
Fev
Mar
Jan
-100,0
2010
Balanço Hídrico - CCA / UFSCar - Média Histórica de 1971
a 2010
400,0
300,0
200,0
100,0
0,0
-100,0
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
Gráficos de Favorabilidade –
Fonte: www.scoralert.com.br
Piracicaba 2009
Piracicaba 2008
Rib. Preto 2008
Araçatuba 2008
Aspectos Bio-ecológicos da
Ocorrência da Ferrugem Laranja na
Cana-de-açúcar
Paulo Cesar Sentelhas
Professor Associado, Dr.
Área de Agrometeorologia
Departamento de Engenharia de Biossistemas
ESALQ - Universidade de São Paulo
Austrália 2000 – Condições climáticas nas áreas
produtoras de cana-de-açúcar
Concentra 95% das
áreas produtoras
de cana
2000 foi o ano mais chuvoso desde 1984
Austrália 2000 – Condições climáticas nas áreas
produtoras de cana-de-açúcar
Como conseqüência das
chuvas mais intensas em
2000, as temperaturas
sofreram redução, atingindo
níveis mais favoráveis para a
ferrugem laranja.
2001/02
Brasil - Chuva
2008/09
2009/10
2002/03
2003/04
2007/08
2004/05
2005/06
2006/07
2001/02
Em 2001/02, as chuvas foram
bastante intensas em todo o Brasil,
porém não houve manifestação da
ferrugem laranja na cana ,
provavelmente pela ausência do
patógeno no país.
2009/10
Com a introdução do patógeno nas
regiões produtoras de cana do Brasil
em 2009, as chuvas excessivas e as
temperaturas favoreceram a
ocorrência da ferrugem laranja.
Ferrugem Laranja no Brasil
Chuvas no Brasil
A variação interanual da chuva e, consequentemente
do molhamento foliar, os quais afetam o processo
infeccioso e a dispersão dos esporos, poderá ser um
fator a condicionar a ocorrência da ferrugem laranja
em diferentes anos, nas variedades suscetíveis.
Sintomas das Ferrugens
Ferrugem Alaranjada
Ferrugem Marrom
(Puccinia kuehnii)
(Puccinia melanocephala)
Fonte: Chavarría, 2009
Diferenças Epidemiológicas
entre as Ferrugens
•
Ferrugem Marrom: temperaturas amenas e alta umidade
relativa
•
Ferrugem Alaranjada: temperaturas e umidade relativa
elevadas
•
Ferrugem Marrom: ocorre mais em plantas com entre 3 e 8
meses de idade
• Ferrugem Alaranjada: ocorre mesmo em plantas adultas
Fonte: Matsuoka, 2010
Sumário
• ANTES
• Histórico
• Situação na Austrália e na Costa Rica
• DURANTE
• Condições climáticas favoráveis à doença
• Diferenças entre a Ferrugem Alaranjada e a Ferrugem Marrom
• DEPOIS
• Danos na produtividade causados pela Ferrugem Alaranjada
• Controle químico
• O que podemos esperar
FLORIDA
AUSTRALIA
PERDAS ENTRE 7,9 A MAIS DE 40%
DEPENDENDO DA VARIEDADE E A
FREQUÊNCIA DAS APLICAÇÕES;
EXPERIMENTALMENTE
CHEGOU-SE A 9 APLICAÇÕES COM PLANTAS A
PARTIR DE 2 MESES ATÉ 5 MESES
NA REGIÃO DE MACKAY EM 2000 AS PERDAS
CHEGARAM A 58% E MÉDIA FOI DE 40%
FUNGICIDAS PARA CONTROLE DA FERRUGEM ALARANJADA
NA AUSTRALIA ANTES DA DOENÇA NÃO HAVIA RELATOS DA APLICAÇÃO DE
FUNGICIDAS PARA O CONTROLE DE DOENÇAS FOLIARES EM CANA
NA LITERATURA MUNDIAL SÃO POUCOS OS RELATOS DE FUNGICIDAS PARA O
CONTROLE DE DOENÇAS FOLIARES EM CANA-DE-AÇÚCAR (Autrey et al., 1983).
NA AUSTRALIA, FLORIDA E COSTA RICA FORMA FEITAS APLICAÇÕES EM
SITUAÇÕES EMERGENGIAS EM VARIEDADES SUSCETÍVEIS
FUNGICIDAS UTILIZADOS : PROPRICANAZOLE, CYPROCONAZOLE E MANCOZEB.
NECESSIDADE DE 2 A 9 APLICAÇÕES (Magarey et al., 2004, Staier et al., 2004)
Aplicações são preventivas
Fonte: Magarey, R.
Segundo Pedro Singer, gerente de Desenvolvimento Fungicidas da
Bayer CropScience, que acompanha o desenvolvimento da safra na
regiãoas lavouras que estão chegando em ponto de colheita já estão
indo para a quarta ou quinta aplicação de fungicida para ferrugem,
sendo que na temporada passada a média foi de duas aplicações e
meia.
"Quando se chega no pico da colheita, a soja que está no campo
recebe muita ferrugem. O Mato Grosso está entrando nessa fase mais
sensível e a soja que for retirada por último pode registrar casos de
até sete aplicações",
Produtores já se preparam para reduzir o prazo para apenas 10 dias.
Segundo o estudo, dependendo do produto e da maneira como o fungicida for aplicado,
se for com pulverizadoras independentes ou utilizando trator e pulverizadora de arresto,
os custos por hectare podem variar entre R$ 20,41 e R$ 58,73 por aplicação.
19/03/2010 18:12 - Agronegócios
Em muitas lavouras foram feitas 5 aplicações de fungicida, quando o normal são 2, e o
problema não foi resolvido.
Estimativa de danos causados
pela Ferrugem Alaranjada
Fonte: Arquivo PMGCA
Efeito do dano no desenvolvimento e
produtividade
SP71-5574 – Costa Rica
80
2,35
78
2,30
Rendimiento (Caña t/ha)
2,25
Altura (m)
y = 69,41x - 81,12
R² = 0,904
r = 0,95
76
2,20
2,15
y = -0,012x + 2,791
R² = 0,836
r = -0,91
2,10
74
72
70
68
66
64
62
2,05
60
35
40
45
50
AFA Hoja +3 (%)
55
60
2,05
2,10
2,15
2,20
2,25
2,30
2,35
Altura (m)
Fonte: Chavarría, 2009
Escala de severidade utilizada
Planilha – Estimativa de danos na
produtividade
Resultados obtidos
Nota
AFA%
TCH
1
2
3
4
0,00
0,50
1,00
5,00
100,00
99,63
99,26
96,30
5
6
7
8
9
10,00
25,00
35,00
50,00
>50,00
92,60
81,51
74,11
63,02
44,52
%
danos
0,37
0,74
3,70
7,40
18,49
25,89
36,98
55,48
Conclusão
•• A
A interação
interação da
da doença
doença com
com oo ambiente
ambiente éé muito
muito grande;
grande; umidade!
umidade!
•• Controle
Controle químico
químico no
no Brasil
Brasil não
não será
será solução
solução
•• As
As variedades
variedades intermediárias
intermediárias poderão
poderão ser
ser cultivadas
cultivadas em
em ambientes
ambientes
menos
menos favoráveis
favoráveis àà doença
doença
•• As
As variedades
variedades suscetíveis
suscetíveis terão
terão que
que ser
ser substituídas:
substituídas: RB72454,
RB72454, SP84SP842025
2025 ee SP89-1115
SP89-1115
•• Para
Para isolar
isolar os
os efeitos
efeitos do
do ambiente,
ambiente, teremos
teremos que
que esperar
esperar oo próximo
próximo
período
período favorável
favorável para
para uniformizar
uniformizar aa pressão
pressão do
do inóculo
inóculo