ibirapuera - Yuny Incorporadora

Transcrição

ibirapuera - Yuny Incorporadora
A
R E V I S T A
D A
Y U N Y
I N C O R P O R A D O R A
IBIRAPUERA
BAIRRO
Ibirapuera: 10 maravilhas da
Paulicéia em um lugar só
CULTURA
João Pedrosa destaca uma galeria
de arte a céu aberto em São Paulo
TURISMO
Paris: mais que perfeita!
ANO 01 | REVISTA NÚMERO 01
Editorial
ACREDITE EM 2010!
Ao apresentar a vocês nossa primeira revista da Yuny,
convido todos a tomar uma atitude com a cara de
2010 - plena de otimismo, mas com planejamento,
e os pés no chão. Foi assim que atravessamos 2009
e chegamos aqui cheios de esperança no ano que
começa. Através deste novo espaço, repleto de
informações sobre a cidade que compartilhamos com
todos aqueles que nos acompanham, nossos muitos
clientes e diversos e talentosos parceiros, queremos
dividir ideias e realizações dos últimos quatorze anos
que vivemos juntos, e dos que vêm por aí. De agora
em diante, também através da You, a revista da
Yuny Incorporadora, descubram conosco o que São
Paulo nos apresenta de bom e sonhem com uma
Um helicóptero especialmente projetado para o seu conforto.
realidade que pode nos fazer aprimorar cada vez mais
a existência dos cidadãos conscientes e responsáveis
que somos. Com espírito progressista, agregamos
a sustentabilidade, um dos temas principais deste
veículo que surge como um canal de comunicação
entre nós.
A todos, desde já, nosso muito obrigado.
O EC145 Stylence incorpora elegância e tecnologia avançada para que o passageiro tenha uma
experiência inigualável com largas por tas corrediças, confor to diferenciado de cabine, janelas amplas e
várias outras facilidades, o EC145 Stylence apresenta baixos níveis de ruído e vibração. Os passageiros
contam com um amplo espaço interno. Dispondo de aviônicos avançados, fácil manutenção e custo
eficaz por hora de voo, o EC145 é uma aeronave com baixo consumo de combustível e baixa emissão de
poluentes. Quando você pensar em voar com confor to, pense no EC145 Stylence.
Marcos Yunes
Presidente
www.helibras.com.br
4
REVISTA
FEV. 2010
ÍNDICE
ANO 1 NÚMERO 01
2 0 1 0
EXPEDIENTE
12
40
50
64
CEO
72
Marcelo Yunes
Diretor de Incorporação
Fábio Romano
Gerente de marketing
Carolina Khappaz
Projeto Gráfico
J3P Propaganda
Diretor de Criação
Fabio Pereira
Direção de Arte
Cesar Rodrigues
Revisão
Helder Tiso
Arte Final
Osmar Junior
Diretor Executivo
pág.
10
INSTITUCIONAL
Ousadia e inovação: Yuny busca
diferenciais no mundo
pág.
12
ARQUITETURA
Quem salva o planeta?
pág.
18
CULTURA
“Tour Guidé”
pág.
34
ARTE
O Papel da Arte
pág.
ESTILO YUNY II
Novos olhares sobre o Ibirapuera
24
GIFT
Luxo dos mares
pág.
30
BEM-ESTAR
Pós-spa
8
REVISTA
FEV. 2010
pág.
78
TURISMO
Paris: Mais que perfeita!
Raphael Siqueira
Diretor de Atendimento
Giuliano Pereira
Diretor Produção Gráfica
Sandro Biasoli
pág.
40
GASTRONOMIA
À francesa
pág.
44
BAIRRO
O bairro do Ibirapuera
pág.
pág.
50
PERFIL
Do parque à pista
pág.
54
62
SOCIAL
O que é sustentabilidade?
64. E agora, Zezinho?
70. Sustentabilidade em casa
pág.
pág.
58
72
LIFE STYLE
Da África, máscaras,
figuras e utensílios
Fotógrafo
pág.
84
VITRINE
Tudo que você queria ter
em casa. E terá!
pág.
86
DESIGN
Joia rara
pág.
92
Paulo Brenta
Editor chefe
Sergio Zobaran
Colaboradores
João Pedrosa
Denise Fernandes
Contato
[email protected]
NOTAS YUNY
Atua Construtora
ESTILO YUNY I
Le Paysage
9
REVISTA
FEV. 2010
INSTITUCIONAL
Ousadia e inovação:
Yuny busca diferenciais
no mundo.
E aplica, no Brasil lições de design e sustentabilidade em busca da maior
qualidade para seus empreendimentos.
o
usar em todos os tipos de empreendimentos é o desafio
constante posta em prática diariamente pela empresa” – ele fala
deste new design de grandes edifícios adaptados às necessidades do
com 1.400 vagas em cinco subsolos, iluminação dos andares com
constante da Yuny, segundo Marcos Yunes, que começou
como quem dá um selo de garantia que efetivamente tem. Hoje
mundo novo, e os novíssimos critérios de construção em direção à
direito a brise soleil para aparar luz e calor, etc.”, confirma Marcos,
a empresa ao lado do pai e do irmão há quatorze anos,
cada vez mais sólido, especialmente desde que a empresa teve um
eficiência em todos os sentidos. Através de Tom Shapiro, presidente
que buscou nova parceria com o famoso escritório paulista de
apenas. Se os primeiros imóveis serviram como um
aporte de capital trazido pelo fundo de investimento norte-americano
do GTIS, e amigo pessoal de Eugene Kohn, principal sócio da KPF
arquitetura Aflalo & Gasperini para uma cooperação também neste
investimento tradicional, a evolução maior se deu a partir da entrada
GTIS, sediado em Nova York.
– Kohn Pedersen Fox Associates – com seus potentes escritórios
projeto. “Uma escultura, em forma de vela de barco, no projeto da
mais forte na área de incorporação – na região do Itaim e da Av. Faria
Através de um fundo específico para o Brasil, o GTIS trouxe a
de NY, Londres e Xangai, importou-se o evoluído know-how para
KPF”, encanta-se Marcos Yunes, que relembra a circulação futura de
Lima – e hoje tem a pegada da inovação que atinge diversos bairros
possibilidade da aquisição de muitos novos terrenos ao longo deste
desenvolver, no Itaim, uma imponente construção. Um edifício
3.000 pessoas/dia por lá.
da cidade (e até o litoral), o que resulta em uma gama muito diversa
primeiro ano de parceria. E os projetos começam a surgir cada vez
com 18 andares e pelo menos 2.000 m de laje, localizado em um
O orgulho se une aos demais empreendimentos que sempre
de ofertas ao público, tanto na área residencial quanto na corporativa.
mais sofisticados, buscando a contemporaneidade requerida no Brasil
terreno com 9.100 m na Rua Leopoldo Couto de Magalhães, uma
envolvem as questões de design e estética, praticidade e
“Não pensamos exclusivamente no fluxo de caixa”, diz um convicto
e, especialmente, no exterior. Com o máximo de eficiência, sempre
das mais nobres da cidade.
funcionalidade, associadas, naturalmente, à legislação vigente,
Marcos, que discorre com orgulho sobre os bons negócios que
em função de um progresso na construção, e um resultado traduzido
“O estudo é extremamente detalhado; é admirável o quanto eles
ao zoneamento correto e ao gabarito permitido. Itens que podem
identifica, a localização e as características dos terrenos que descobre,
no conforto para os usuários de cada um de seus cuidadosos
se aprofundam no entorno em tudo o que existe e acontece”,
parecer óbvios, mas que nem sempre são cumpridos no Brasil, e por
e as oportunidades que encontra em sua cada vez maior rede de
empreendimentos.
diz Marcos, admirado com a preocupação destes profissionais
isso ganham destaque quando se trata de uma incorporação que
relacionamento. Parceria aí é palavra-chave, desde aquela obtida com
Fascinado pelos marcos arquitetônicos modernos, Marcos - incentivado
que chegam e se entregam às nossas questões ambientais, bem
traz novidades e bem-estar, como consequência. Inclusive visual:
os fundos, a gerada com as construtoras e também com os escritórios de
pelo GTIS - decidiu trazer para o Brasil a grandiosidade dos arranha-
como no reconhecimento dos marcos geográficos e históricos que
não só os volumes carregam em si novas formas, mas também
arquitetura nacionais e estrangeiros que contrata: “Desde o momento
céus que o mundo viu surgir na última década nos mais variados países
circundam o empreendimento que se pretende erguer. “Um prédio
os espaços internos e as áreas externas das edificações ganham
em que se faz algo, é preciso que cause impacto – para que nossa marca
– dos Estados Unidos, onde nasceram, até às economias emergentes
triple A, com todas as características de quem tem como exigência
ainda mais beleza com a aplicação de obras de arte de artistas
tenha sustentação – e nossos empreendimentos maior durabilidade”.
da Ásia. E, em sua viagem real em busca deste novo conceito, aportou
os melhores padrões: dimensão da laje, pé-direito com 3,20 m
nacionais de peso. Como Tomie Ohtake, cuja obra embeleza o
Uma forma de pensar sempre aberta, em boas soluções e
para São Paulo o que de mais avançado existe lá fora.
livres, uso de piso elevado em todo o pavimento, ar condicionado
grande empreendimento litorâneo que nasce e cresce em Santos,
de última geração (com inteligência na gestão de sua demanda
e Antonio Peticov, com um trabalho que atrai o olhar em um dos
estética, além da alta qualidade inerente, claro. Marcos não teme
2
2
o clichê: “procuramos sempre um diferencial”. E justifica: “Nossos
Impacto
de carga) e eficiência térmica e de ruído, número adequado de
edifícios Arte & Arquitetura (são dois: nos Jardins e no Itaim) – o
equipamentos e materiais são os melhores dentro de cada orçamento,
Compromisso assumido com a propalada qualidade e a inovação
elevadores e suas velocidades controladas, sistema de segurança,
outro, com o mesmo nome replicado em função do sucesso, tem
mas com doses de inteligência e sustentabilidade, uma preocupação
desejada, a Yuny foi aos Estados Unidos para entender a proposta
e uma super infraestrutura de forma geral, como uma garagem
escultura assinada pelos talentosos irmãos Campana.
10
REVISTA
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11
REVISTA
FEV. 2010
ARQUITETURA
Na tentativa de recuperar a Terra, o que cabe a cada um de nós?
A
revista YOU fez três perguntas a seis de nossos
Agora, com os pés no chão, veja o que cada um destes
grandes arquitetos/parceiros: Gianfranco Vannucchi,
profissionais fala do relacionamento conosco, do que
da Königsberger Vannucchi Arquitetos Associados;
espera para o ano que começa e de um futuro melhor.
Jonas Birger, da Jonas Birger Arquitetura; Luiz Felipe
Aflalo Herman, da Aflalo & Gasperini Arquitetos;
“Com a Yuny fizemos o Good Life da Vila Romana, que
Curi, da MCAA Arquitetos; e Pablo Slemenson, da Pablo
vendeu em apenas 12 horas! A Yuny é uma empresa
Slemenson Arquitetura. Em primeiro lugar, questionamos
que busca lançar projetos diferenciados, e neste sentido
porque estas parcerias, na opinião deles, dão tão certo.
há uma grande identificação com nosso trabalho”.
Depois, buscamos previsões conjuntas – ou não – para
(Gianfranco Vannucchi)
2010. E, por último, quisemos saber o que cada um pensa
“Acho que existe uma estimulante sinergia entre a
sobre a tal da sustentabilidade, palavra mundial da moda,
Yuny e meu escritório. É a constante procura da melhor
e como cada um a aplica em seu trabalho.
solução. O objetivo é superar as expectativas dos usuários,
Em tempos de aquecimento global desenfreado (é o
que dizem e tentam provar), intempéries-catástrofes, e
Quem salva o
PLANETA?
12
REVISTA
FEV. 2010
Parcerias Que Dão Certo – Como?
Marc Rubin, da Botti Rubin Arquitetos Associados; Marcio
oferecendo o partido arquitetônico mais adequado para
cada tipologia de construção”. (Jonas Birger)
consequente preocupação geral sobre o que vai acontecer
“Realizando com a Yuny projetos em que acreditamos
com o mundo – e conosco –, às vezes ficamos atônitos. E,
hoje, com o objetivo de nos alegrarmos com a qualidade
ao mesmo tempo, loucos para fazer algo que possa ajudar
deles amanhã”. (Luiz Felipe Aflalo Herman)
a sobrevivência do nosso Planeta, e da Humanidade.
“De forma tranquila, pois descobrimos, num primeiro
As intervenções do homem, especialmente em sua
projeto com a Yuny, uma afinidade total que facilitará todo
concentração de intervenções construtivas advindas
o seu desenvolvimento”. (Marc Rubin)
do progresso – dos arranha-céus às grandes usinas
“Já há alguns anos temos com a Yuny uma forte e bem
hidrelétricas – costumam ser as grandes vilãs e, portanto,
sucedida parceria. Em função do porte da empresa, que
culpadas pelo grande movimento de terras e águas, e
atua em todos os segmentos do mercado imobiliário,
por grande parte de tudo o que acontece à nossa volta,
temos desenvolvido projetos para empreendimentos
inclusive no ar, na atmosfera.
diversificados, residenciais e comerciais”. (Marcio Curi)
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ARQUITETURA
01
Nesta página
01. Pateo Leopoldo, projeto
de Pablo Slemenson.
02. Atílio, projeto de
Marc Rubin.
14
REVISTA
03
02
“O início com a Yuny foi em 2005, com os projetos
trabalho em conjunto deverão surgir em 2010”. (Marc Rubin)
dos edifícios Pateo Leopoldo e Terraço Leopoldo, com
“Há muito por fazer em nosso país, e o mundo tem
exclusivos apartamentos de luxo e inovadores no conceito
olhado para isto, além da Copa e das Olimpíadas”. (Luiz
de morar e no estilo arquitetônico, simultaneamente
Felipe Aflalo Herman)
Nesta página
03. Montblanc, projeto
de Marcio Curi.
04. Good Life, projeto de
Gianfranco Vannucchi.
04
“A retomada do mercado imobiliário, no segundo semestre
de 2009, deu-se de modo surpreendente, impondo um ritmo
o presente consciente, essa foi nossa mensagem de ano
novo para 2010”. (Marcio Curi)
bastante forte a todos agentes. O que deverá continuar em
“Sustentabilidade é uma palavra da moda; hoje em
2010 - e até mesmo ser intensificado. Por isso vemos ótimas
dia todos se dizem verdes e sustentáveis! Projetamos,
clássico, formal, elegante e atual. Com volumetria
“As perspectivas são muito promissoras, mas para
possibilidades e oportunidades de continuarmos trabalhando
no passado, e estamos projetando edifícios dentro das
variada, eles têm monumentais pés-direitos no térreo
quem fizer ‘a lição de casa’ muito bem feita”. (Gianfranco
em parceria com a Yuny, desenvolvendo projetos significativos
exigências do Leed. É natural para Botti Rubin procurar
e nos pavimentos inferiores e elegantes pergolados no
Vannucchi)
e de porte”. (Marcio Curi)
trabalhar com as novas tecnologias que permitem o uso
coroamento das coberturas. A partir de 2007, a vontade de
“Nos planos para 2010, o lançamento de dois projetos
ousar tomou conta de ambas as equipes. E dois edifícios
em bairros ‘prime’. O primeiro com apartamentos de pé-
E a sustentabilidade em seus projetos?
certificações baseadas em atributos teóricos, muitas vezes
inéditos foram concebidos com vista para o Parque do
direito duplo e o segundo com apartamentos duplex de
“É impossível pensarmos arquitetura hoje sem interação
desejáveis, mas outras injustificáveis – a não ser para
Ibirapuera”. (Pablo Slemenson)
200 m e 250 m ”. (Pablo Slemenson)
com processos de sustentabilidade e preservação do
ganhar os pontos necessários para obter o diploma.
“O ano que se inicia promete consolidar a crescente
meio ambiente. Arquitetura voltada para um mercado
Planos (conjuntos) para 2010?
importância da indústria imobiliária. O imóvel é o grande
específico, como o imobiliário, tem que se aproveitar
“Em virtude desta afinidade com a Yuny, e do potencial
objeto de desejo para o investidor e o usuário final”.
dessa condição, da industrialização da construção e da
“O edifício de escritórios eficiente sempre fez parte
que o mercado está apresentando, outras oportunidades de
(Jonas Birger)
dimensão do mercado. O futuro sustentável começa com
de nossa meta, porém o edifício sustentável depende da
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2
2
mais racional da energia. Isto independe da procura de
Razões do marketing, de fato, podem ignorar às vezes
o bom senso”. (Marc Rubin)
15
REVISTA
FEV. 2010
ARQUITETURA
São soluções habituais o uso de pisos drenantes em
como ideal a preservação do planeta, e locam imóveis
jardins, o reuso de água de chuva, a medição individual
com um selo Green Building – e esta consciência tem
de água, o uso de aquecimento solar, bem como de
aumentado. Nós temos trabalhado muito por isso”. (Luiz
outros sistemas de economia de água e energia. Estamos
Felipe Aflalo Herman)
permanentemente envolvidos em processos de trabalhos
implantar os edifícios no meio urbano, fazendo análise
instigantes e inovadores que reforçam a cada dia nosso
interesse pela atividade profissional”. (Pablo Slemenson)
da rua, insolação e visibilidade do empreendimento no
realidade cada vez mais presente em nosso trabalho e
contexto urbano. Além de respeito pela vizinhança, temos
uma demanda do mercado, especialmente quando não
preocupação com relação ao conforto acústico, visual
se resumem à ‘marketização’ do produto e incorporam
e térmico dos apartamentos. E procuramos especificar
conceitos mais amplos”. (Gianfranco Vannucchi)
materiais não-agressivos ao meio ambiente, de fácil
“Os projetos de meu escritório nascem de um estudo de
manutenção e longa durabilidade. Atualmente, o projeto
implantação onde são verificadas as condições ambientais
requer uma infinidade de discussões, na busca de soluções
do entorno. Julgo ser este o compromisso primordial do
de economia de água, energia elétrica, gás, etc. E nosso
arquiteto. E o conceito da sustentabilidade se manifesta
grupo vem intensificando sua participação em projetos
na concepção da iluminação, ventilação, acessibilidade e
com certificação verde.
especificação de materiais”. (Jonas Birger)
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16
REVISTA
FEV. 2010
*Dados Imovelweb novembro de 2009.
“Os edifícios mais sustentáveis estão se tornando uma
Onde
está o seu
cliente
ac
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a.
criteriosa do entorno: edificações, praças, níveis de ruído
mais difícil que
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“Estudamos cuidadosamente a melhor forma de
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e
c
ro
02. The Gift, projeto de
Luiz Felipe Aflalo Herman.
vontade do usuário final. Hoje muitas empresas têm
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Nesta página
01. Plaza Mayor, projeto
de Jonas Birger.
02
Encontrar o
01
C U LT U R A
‘Tour
Guidé’
O colecionador paulista João Pedrosa, um apaixonado por arte em
19 . 19
geral – especialmente
pelas artes decorativas e arquitetura – elege
São Paulo para sua visita guiada por lugares que estão sob nossos
olhos – e que nem sempre vemos com atenção.
POR SERGIO ZOBARAN
S
ofisticado, o marchand, colecionador, jornalista e professor
de estilos João Pedrosa sugere um “vol d’oiseau” (voo de
pássaro) sobre a cidade onde nasceu, e que tanto sabe
admirar. Para ele, a cultura não está restrita aos lugares
fechados como os museus, ainda que tenha a maior
intimidade com eles. Vizinho do MASP até hoje, passou em suas salas
grande parte da adolescência. E considera que ali, em termos de mundo
recente, do pós-Segunda-Guerra, “este é um exemplo de museu em
qualquer lugar do mundo”, por sua coleção moderna-clássica, e que
abrange o que há de melhor – do século XIX até os anos 1950. Como as
obras de Toulouse-Lautrec, Degas e Picasso.
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Edíficio Bretagne
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foto 01| 02: Edíficio Prudência
foto 03: Praça Respiro 9 de Julho
foto 04: Edíficio Santo André
01
02
03
04
21 . 21
João admira a Pinacoteca do Estado por seu conteúdo: coleção
assinado por Emiliano Di Cavalcanti, mas que será reconstruído no
e arquitetura impecáveis. A intervenção moderna de Paulo Mendes
mesmo local; a Sala São Paulo brilhantemente instalada na Estação
da Rocha, que projetou o MuBE, o qual admira pela volumetria da
Júlio Prestes, e que abriga a OSESP – Orquestra Sinfônica do Estado de
construção em concreto aparente. E destaca, ainda, o Museu de Arte
São Paulo, e o Teatro Municipal, “um clássico” no centro da cidade.
Moderna, no Parque do Ibirapuera, e seu espaço. O Instituto Moreira
E é a arquitetura o que mais encanta nosso estudioso diário em suas
Salles, na Praça Buenos Aires, em Higienópolis, é lugar obrigatório de
andanças por São Paulo, que nem precisa buscar na memória aquilo
visita para ele. Assim como algumas galerias de arte, que seleciona a
que mais chama sua atenção: a arquitetura característica de Artaxo
dedo: Fortes Villaça, na Vila Madalena, Leme, no Butantã, e Vermelho,
Jurado e seus prédios emblemáticos, localizados desde o centro até
em Higienópolis.
o bairro de Higienópolis: “uma fantasia kitsch”. Em tom didático, João
No campo das artes musicais e cênicas, nosso tour por ele
Pedrosa fala de décadas e estilos com propriedade, e enumera alguns
apontado inclui necessariamente três salas de espetáculos: o Teatro
highlights de sua predileção: do art nouveau, a Villa Penteado, que
Cultura Artística, que sofreu um incêndio – do qual restou o painel
pertenceu à tradicional família do mesmo nome, em Higienópolis; e
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Nesta página
foto 05 | 06: Estádio do Pacaembu
05
06
do art déco, o prédio da Secretaria de Cultura, no centro.
Dos anos 30, o Edifício Esther, na Praça da República,
assinado pelo carioca Vital Brazil. Dos anos 40, dois prédios
assinados por Elisário Bahiana – autor também do projeto
do Viaduto do Chá: o Jockey Club na Cidade Jardim e o
Estádio Paulo Machado de Carvalho, o Pacaembu.
“Os anos 50 ficaram marcados por Artaxo Jurado e seu
estilo Hollywood Baroque, como nos prédios Bretagne e
Cinderela, uma cópia de Morris Lapidus, (que nasceu na
Rússia e se radicou com a família nos Estados Unidos, onde
ficou famoso por seus projetos de hotéis em Miami). E os
60 pela arquitetura de Vilanova Artigas, como por exemplo
em seu Edifício Louveira e sua promenade de rampas, na
Praça Villaboim, como o Edifício Guaimbé (1964), de Paulo
Mendes da Rocha, na Rua Haddock Lobo, nos Jardins”.
Nos anos 1980 e 90, sempre dentro deste espírito
da cultura que carrega muito de nossa observação – e,
às vezes, infelizmente, apenas para quem acessa – João
cita a casa do publicitário José Zaragoza, da DPZ, como
um dos ícones da arquitetura de Aurélio Martinez Flores
e as diversas obras de Isay Weinfeld e Marcio Kogan, que
continuam produzindo a mil por toda a cidade.
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GIFT
Luxo
MARES
dos
Cada vez mais luxuosas, as lanchas que são verdadeiras mansões flutuantes ganham
também toques de designers famosos, além de sistemas completos de automação que são
muito mais do que objetos de desejo.
24
REVISTA
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Intermarine 760 Full ganha novo interior
A 760 Full, maior embarcação da linha flybridge da Intermarine, com 76,12 pés (23,20 m) de
comprimento e boca máxima de 18,04 pés (5,50 m), tem agora novo interior, com linhas retas
no mobiliário, dando ar ainda mais contemporâneo ao espaçoso salão e às quatro suítes. Os novos
acabamentos agregam sofisticação a esse barco que leva 24 pessoas em passeio e acomoda 8
pessoas em pernoite. A combinação de dois tipos de madeira no mobiliário – Tanganica Rosewood
bege, e Wengé marrom escuro –, além do couro nas forrações de camas e em apliques nas portas,
acrescentam charme extra. O posto de pilotagem no salão possui agora duas poltronas individuais.
25
REVISTA
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GIFT
O painel de comando ganhou nova tonalidade marrom
escuro e novo arranjo dos instrumentos de navegação. No
salão a bombordo (esq.), há um grande sofá em forma
de U. A boreste (dir.), um móvel reúne equipamentos de
áudio e vídeo. Adiante, ficam a mesa de refeições e a
cozinha de apoio, com pia, geladeira e micro-ondas. A
suíte VIP, na proa, tem grandes janelas e acomoda um
casal com muito conforto. Mais duas suítes, a bombordo e
a boreste, têm duas camas de solteiro cada. A suíte master,
à meia-nau, com enormes janelas quadradas de vidro, tem
closet, sofá, grande cama de casal e móvel versátil, ao
mesmo tempo cômoda-penteadeira-aparador. O banheiro
tem piso e bancada de mármore na pia de duas cubas e
uma banheira Jacuzzi.
Conforto e amplitude também caracterizam as áreas
externas do barco, distribuídas entre a proa com amplo
Pré-lançamento da Intermarine 540
solário, a praça de popa com mesa em teca e sofás, e
o flybridge, com o segundo posto de comando, sofás,
Concebida para quem gosta de desfrutar tanto o dia como a noite a bordo, a Intermarine 540 vai a
mesa, geladeira e grill elétrico. Na popa ficam a cozinha
teste no mar em fevereiro deste ano e tem lançamento programado para o Rio Boat Show, em abril.
principal e dois camarotes para três tripulantes. No mar, a
Com certeza o novo barco cabinado com flybridge, de 54 pés, surpreende pela beleza, dinamismo,
Intermarine 760 Full causa impressão futurista com seus
amplitude e farta luminosidade – e o design da mais nova Intermarine se caracteriza pela combinação
traços firmes, mesclando linhas retas e sinuosas, e esbanja
harmoniosa entre sofisticação e esportividade. No interior, os destaques são grandes janelas no salão,
desempenho com seus dois motores Man de 1.550 HP,
o excelente aproveitamento de espaço e o mobiliário de linhas retas que traz ar contemporâneo à
com velocidade cruzeiro de 32 milhas por hora (mph) e
decoração. As enormes janelas do salão equipado com dois amplos sofás, dinette (mesa e sofá) para
máxima de 36 mph.
refeições e equipamentos de áudio e vídeo proporcionam vista privilegiada para o mar.
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GIFT
A grande porta de acesso ao salão, composta por três folhas
de vidro, permite a integração entre interior e exterior.
A cozinha, abaixo do parabrisas do salão, alia beleza e
C
funcionalidade, com bom espaço, farta iluminação natural
M
e os equipamentos necessários. A suíte master localizada
Y
na proa, e as duas cabines de hóspedes à meia-nau, são
CM
luxuosas, muito iluminadas e versáteis. A suíte traz espaço,
MY
conforto e sofisticação, com janelas panorâmicas, cama de
CY
casal e armários espaçosos. As duas cabines de hóspedes
CMY
também têm farta iluminação natural proporcionada por
K
janelas retangulares, mais uma inovação da Intermarine, e
armários espaçosos. As camas de solteiro das duas cabines
de convidados têm mecanismos deslizantes que as
convertem em camas de casal. No flybridge, a distribuição
inovadora do espaço compõe um lounge a céu aberto,
com solário integrado aos assentos, sofás confortáveis e
uma grande mesa para refeições, além do balcão de apoio
com pia e espaço para ice-maker.
A plataforma de popa submergível, acionada por
mecanismo hidráulico, é um equipamento padrão da
embarcação que facilita o embarque de um bote ou jet
ski, e ainda pode ser usada em momentos de recreação.
Espaçosa e de fácil circulação, a praça de popa possui
mesa para refeições. A motorização composta por dois
Volvo Penta D12 de 800 hp forma com o casco da nova
Intermarine um conjunto de excelente navegabilidade.
Serviço:
Intermarine: www.intermarine.com.br
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REVISTA
FEV. 2010
B E M - E S TA R
PÓSSPA:
Como enfrentar o dia a dia na volta para casa.
A
última palestra da semana em que se faz um Spa
• 1.600 kcal/dia são necessárias para manter o peso de mulheres
pode ser definitiva na sua tomada de decisão: mudar
com atividade física sedentária (ler, ver televisão, usar o computador)
a vida alimentar e manter o corpo em forma na
e adultos idosos.
volta para casa. Será que os spasianos colocarão em
• 2.000 a 2.200 kcal/dia para crianças, adolescentes do sexo feminino,
prática aquilo que tão duramente aprenderam em
mulheres com atividade física intensa (correr, andar de bicicleta,
seus retiros voluntários, e assim reatar cuidados mais permanentes
ginástica aeróbica) e homens com atividade física sedentária. Às
consigo mesmos? “A base de tudo está na reeducação”, diz a
gestantes e nutrizes é necessário acréscimo energético.
nutricionista Waldinez S. Nogueira, do Spa Lapinha, no Paraná.
• 2.500 kcal/dia ou mais para homens com atividade física intensa
“Ou seja, no comportamento da pessoa em relação à alimentação,
e adolescentes do sexo masculino.
mais especialmente em alguns detalhes, como: a mastigação, não
É importante salientar que não é saudável montar uma dieta em que
ultrapassar três horas entre as refeições, optar por alimentos mais
seja obedecido somente o valor calórico, mas sim a proporcionalidade
saudáveis, como arroz e pão integral, produtos orgânicos, não-frituras,
correta dos grupos de alimentos existentes.
além da redução de doces, refrigerantes e álcool”. E se o caso é de
Na rotina diária não se deve fazer menos de 1.000 calorias, para
necessidade de perda de peso, ela sugere “um cardápio de 1.200
manter um equilíbrio nutricional adequado. “Se necessito de 1.600
calorias para a continuidade do emagrecimento, e a possibilidade da
calorias para manter o peso e passo a fazer 1.200 calorias ao dia, já
pessoa fazer um controle diário através de uma pirâmide que dá uma
que tenho o desejo de emagrecer, deixarei de ingerir 400 calorias ao
relação visual muito interessante no dia a dia da pessoa”.
dia. E para auxiliar nos resultados, inicio um programa de exercícios
diários que duram em torno de 1 hora (como uma hidroginástica ou
Quantidade
caminhada) que queimam em torno de 300 calorias”.
Cada pessoa tem uma quantidade ideal de calorias para manter
A economia calórica agora é de 700 calorias, não mais de 400
a saúde. Essa quantidade depende de fatores como idade, sexo,
apenas (dieta); isto significa que, em 11 dias procedendo dessa
altura, nível de atividade física e metabolismo, entre outros. Mas
maneira, estará economizando no total 7.700 calorias, que é
para dar-lhe uma ideia do quanto se trata, consideramos:
igual a 1 kg de gordura. A cada quilo que você engorda é porque
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B E M - E S TA R
ingeriu 7.700 calorias além do necessário
fruta proposta, no jantar repetir 1 fatia de
para manter o peso – essas são calorias
pão com 1 fatia de queijo branco e antes
cumulativas, e é por isso que ao final de
de dormir comer uns 3 biscoitos, você já
um período fazendo excessos alimentares
conseguiu fazer um excedente de 650
e não queimando acumulamos peso.
calorias aproximadamente, o que é superior
Cálculo:
É importante lembrar que ao fazer
à proposta de economizar 400 calorias. Isso
1.600 calorias/dia para manter o peso
dieta apenas com base na alimentação,
significa que a economia de calorias diárias
de mulheres sedentárias
podemos perder massa magra além da
ainda poderá ser muito maior se conseguir
-1.200 calorias/dia para emagrecer
massa gorda, aumentando as chances do
controlar os repetecos de alimentos nas
efeito sanfona, daí a extrema importância
refeições ou fora delas.
400 calorias de economia/dia
+ 300 calorias/dia dispensadas em exercícios
de aliar dieta alimentar com uma atividade
física frequente. Bem, estamos falando de
Solução em Casa
uma economia de 400 calorias por dia em
Se você for morar em um dos empreen-
700 calorias economizadas e/ou gastas
alimento, que poderá inclusive ser muito
dimentos Yuny mais recentes, o pós-spa
• x 11 dias
maior conforme os excessos alimentares
está garantido, pois ali mesmo você vai
rotineiros. O hábito de fazer repetições de
usufruir de um belo spa com serviços de
7.700 calorias = 1 kg de peso corpóreo
alimentos nas refeições provoca um bom
nível internacional. No 106 Seridó, são mais
Neste exemplo a pessoa estará
acúmulo de calorias desnecessárias. Afinal,
de 700 m2 de bem-estar, com serviços de
emagrecendo 1 kg a cada 11 dias, mas
não estamos mais com fome, é o mau
beleza e fitness no 106 Health & Club, onde
deverá cumprir com a economia de
hábito que nos faz repetir alimentos.
você poderá obter orientações de nosso
alimento e com o exercício diariamente,
Por exemplo: se no desjejum você repetir
Personal SPA, especializado em customizar
senão o resultado poderá não ser o
1 fatia de pão com manteiga e 1 xícara de
os tratamentos e atividades. Os tratamentos
esperado.
café com leite e adoçante, no almoço repetir
vão da face a todo o corpo, e a atividades in
Só colheremos os resultados do que
metade de um bife e 2 colheres de arroz,
& outdoor, do spinning ao yoga, passando
realmente fizermos para merecê-los!
à tarde comer 1 pão de queijo além da
pelas massagens. Relaxe!
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106 HEALTH&CLUB
HealtH&Club de 700 m administrado por tânia Ginjas é mais uma exClusividade dos moradores do 106 seridó. serviços de
2
estétiCa, relaxamento, fitness e bem-estar estarão à sua disposição todos os dias do ano. mais que um spa, o seu spa.
OBRAS INICIADAS
O
ARTE
papel
te
da ar
O que é uma gravura afinal? E uma lito? Uma arte que vale menos que
uma tela? Conheça este universo pelas mãos de duas especialistas no
assunto, em São Paulo: Mônica Filgueiras e Ivana Almeida.
POR SERGIO ZOBARAN
Mônica Filgueiras de Almeida
O
s anos 2000 marcaram a quebra de um
acima. Certa vez, ainda nos anos 1960, enviou cinquenta e
numeração no canto inferior esquerdo, com o número
lobby ele entra na mídia, como no caso de Vik Muniz e
preconceito, segundo a marchand Mônica
seis mil cartas falando de dez gravuras, com uma tiragem
daquela peça sobre o número total da tiragem, como
Beatriz Milhazes, então...”.
Filgueiras de Almeida, que tem uma galeria de
de cem exemplares cada. Vendeu tudo. E ficou muito feliz.
numa fração. E como, normalmente, 10% da edição
Então como adquiri-las com segurança afinal? “Pro-
arte com seu nome nos Jardins. Sempre fascinada
Como estaria hoje, tempos de internet, onde o interesse
vai para o artista, este percentual leva ainda uma outra
curando um marchand de confiança, que pode elaborar
pelo papel, ela volta a encontrar eco, entre
pelo assunto permanece (ou recrudesce), e até clubes
sigla: P.A., que quer dizer Prova de Artista, o que não
um plano de aquisições utilizando critérios diversos”.
seus colecionadores, neste tipo de arte que mais ama.
de gravura existem e se mantêm fortalecidos (como no
significa – naturalmente – que seja a única, mas um
Como assim? “Ora, tentando montar uma coleção
“Gosto de olhar, de sentir antes mesmo de emoldurar,
Museu de Arte Moderna de São Paulo, com pagamento de
número proporcional à tiragem, como acabamos de ver.
histórica, ou temática, ou por gênero, como o abstrato –
e mais ainda quando é de pequenas dimensões”, ela se
anuidade que dá direito a receber, ao longo do ano, uma
Já a P.I., marcação pouco utilizada entre nós, se refere a
depende do que aqueles clientes vão querer”.
empolga, ao valorizar a carga emocional que um trabalho
série com tiragem única e limitada), e com certeza este
um costume europeu que quer dizer Prova de Impressão.
artístico sobre papel lhe traz, mais que uma tela. E Mônica
sucesso está ligado a um trabalho de algumas pessoas –
Mas todas estas acabam chegando ao mercado e sendo
Fotografia e grafite em alta
relembra o ano de 1973, quando abriu seu Gabinete de
como ela –, lá atrás.
comercializadas.
“A fotografia está com tudo nos últimos cinco anos”, constata
Artes Gráficas na Rua Haddock Lobo, onde hoje existe o
O próprio desenho sobre papel chegou a ser considerado
Curiosidade: para Mônica, as formas geométricas, tão
a marchand, que acompanha os leilões internacionais. Na
Café Armani. Lá promovia de onze a doze exposições por
menor, um mero estudo para as telas, quando nem
comuns no construtivismo e no momento concreto das artes,
verdade, desde a década de 1990 o gênero entrou em altís-
ano, em temporadas que se sucederam até 1980.
sempre o é. “Ele pode até ser um exercício, mas também
se apresentam de uma forma muito fácil de ser assimilada.
sima no mundo – e o Brasil está indo nesta onda, que parece
Para a expert, que aprecia todas as técnicas de
o resultado final da criatividade de um artista”, afirma
E como estes movimentos aconteceram nos anos 1960/70,
não parar mais e viver assim um estilo tsunami que só cresce.
impressão tradicionais (serigrafia – feita a partir de uma
Mônica, que não tem qualquer preconceito. Por exemplo,
o período foi de popularização da gravura por esta facilidade
“É papel, e também tem uma tiragem limitada, assim como
tela; litografia – feita na pedra; metal e xilogravura – com
com o boom da fotografia que tanto aprecia. “São barreiras
de entendimento da obra. “O único trabalho que a pessoa
a gravura”, compara Mônica, satisfeita com este movimento
base na madeira), grande mesmo nesta arte é Maria
que vão sendo rompidas”.
tem, neste caso, é o de gostar ou não – sem a necessidade
ascendente em geral. Em São Paulo há momentos em
de uma grande elaboração mental”, ela simplifica. E ainda
que todas as instituições importantes (entre museus e
já partiram, como Oswaldo Goeldi e Lívio Abramo. Mas
Para entender esta arte
alega que o preço é outro motivo que incentiva as pessoas,
centros culturais), além de galerias e até outros espaços
best sellers também foram Marcelo Grassmann, Darel e
As gravuras são diferentes das meras reproduções, e
pois afinal existem no mercado gravuras sendo vendidas a
públicos menos votados fazem exposições de fotografia
as sempre modernas e atuais Regina Silveira e Carmela
consideradas em si como uma obra original, assinada pelo
partir de R$ 50,00 – o que não quer dizer que não possam
simultaneamente. A arte se popularizou de tal forma que seu
Gross, com seus carimbos e desenhos. Mônica fez muito
artista, ainda que reproduzida em série, e numerada. E
atingir preços de até R$ 15 mil. “Muitas vezes, hoje, depende
resultado hoje disputa as paredes das casas com a mesma
pela gravura, o termo genérico para as artes que citamos
aí cabe a explicação: normalmente a gravura tem sua
do sucesso que um contemporâneo faz – se através de um
respeitabilidade das telas de pouco tempo atrás.
Bonomi, até hoje em atuação, ao lado dos mestres que
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ARTE
Existe um lugar
01
01. Graffiti, autor: Os Gêmeos.
02. Gravura Retrato de familia.
03. Colagem, fotografia do autor Vick Muniz.
02
Ivana Almeida
Das prensas de um escritório e oficina em
Pinheiros saem algumas das mais belas
gravuras dos melhores artistas do País.
E a onda também pegou em cheio o grafite. Antes restrito ao seu
habitat natural, as ruas, o grafite invadiu as galerias de arte: “veio para
ficar”, pontua uma de suas grandes fãs, a própria Mônica Filgueiras,
que tem certeza de que neste momento ele perde sua característica
de arte efêmera. “É uma imagem de fixação, e vai ser importante
como nos Estados Unidos e na Europa (Berlim foi o grande berço
desta consagração). É impressionante como os nossos grafiteiros de
03
REVISTA
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em Pinheiros, um lugar que não é um ateliê, mas
onde sempre se pode encontrar um artista plástico
trabalhando. Instalada em uma casa antiga em
terreno profundo, com seus tijolos à vista e uma
São Paulo estão se expandindo. Através mesmo da internet eles se
oficina de gravura como nos velhos tempos, dentro de um
conectam e estão expondo em Amsterdam, em Roma, no mundo
grande galpão, é a Almavera, “que vinha editando apenas
inteiro, mesmo que nem tenham a possibilidade de viajar para ver
litografias num ritmo tranquilo até final de 80, quando já
in loco suas obras”.
existia um acervo consistente para ser comercializado”.
E rebate qualquer crítica à institucionalização do estilo: “O que
Hoje, além de editora (sim, no caso das gravuras também
está acontecendo é que o grafite (o imaginário que vem da rua)
se chama de edição), a Almavera atua fortemente como
está se tornando acessível ao cliente, que pode comprá-lo dentro
escritório de arte, comercializando arte contemporânea,
da galeria. Por que não? O desejo sempre existiu, ou os grafites de
além de múltiplus”, diz a proprietária Ivana Almeida.
rua, os ‘stencil’ sobre papel sumiam!
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D
esde o início dos anos 1980 existe na Rua Lisboa,
“Editamos litografias e serigrafias e administramos as
Por fim, ela fala do desenho, novamente, reforçando sua
edições em metal para os artistas”, diz Ivana, ao se referir
importância. “Quando um artista toma a postura de fazer um
aos serviços que presta (à arte) dentro das diferentes
desenho, é diferente de quando ele pensa em um esboço para uma
técnicas da gravura. Para ela, o maior boom do papel no
futura obra de arte (outra)”. E aponta para um belíssimo exemplar
Brasil foi nos anos 70, quando começaram a ser produzidas
atrás dela na parede, assinado pelo lendário Flávio de Carvalho,
gravuras aqui: “Na abertura de mercado houve a invasão
e no qual ela própria está ali retratada: “É um desenho acabado,
de posters, o que tomou um bom lugar da gravura por um
finito”. Para terminar, vale ressaltar a importância das aquarelas,
público que não comprava quase nada, e que se encantava
também sempre sobre papel, uma tradição que vem em nosso
principalmente com eles, que só encontravam em lojas de
país desde os viajantes estrangeiros como Debret e Rugendas: “são
museus no exterior. A Almavera nunca parou de produzir por
itens de coleção em cores suaves e delicadas, e que representam a
essa ou outras razões – sempre acreditei que o importante
real iconografia brasileira – as pessoas se identificam”.
era ter um bom acervo de gravuras, e deu certo”.
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REVISTA
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ARTE
01
03
02
Um pouco de história
“O primeiro artista a fazer litos (como também são
chamadas as litografias) conosco foi Aldemir Martins,
que nos deu seu aval para sempre. Amilcar de Castro
nunca havia feito gravuras para comercialização, até que
o encontrei em um evento, e o ‘seduzi’ para que fosse
até nossa oficina – e ele nunca mais parou de desenhar
Nesta página
01. Ivald Granato prepara.
02. Ivana Almeida.
03. Máquina para impressão.
nesta técnica. Este foi um dos maiores prazeres que tive”,
relembra Ivana, que enumera outros craques das artes
como seus parceiros. Por exemplo, o carioca Paulo Garcez,
que ao participar de uma Bienal nos anos 80 fez um projeto
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REVISTA
E neste aspecto da conscientização do público em
para uma instalação de 12 litos que chamou de musicais.
relação à arte, ela diz: “acho que houve uma tomada
Trabalhos de outros artistas consagrados (como Leonilson
de consciência com relação à gravura; afinal, é melhor
e Abelardo Zaluar) também passaram por lá. Como até
ter uma boa gravura a ter um original que não significa
hoje passam nomes importantes do cenário nacional das
nada!”. Para a Almavera, atualmente, o melhor mercado
artes: Ivald Granato, Regina Silveira, Leda Catunda, Silvio
é o das empresas, “que não têm dúvidas quanto a ter
Oppenheim e Zélio, ou internacionais, como o argentino
boas gravuras em seus escritórios”. Mas Ivana também
Leon Ferrari. Referência no setor, as gravuras impressas
vê nos jovens colecionadores os bons consumidores de
na Almavera normalmente têm tiragens entre 20 e 100
gravuras – sempre.
exemplares.
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GASTRONOMIA
Naturalmente tendo como base a comida que eles
amam: aquela com base “à francesa”, “de verdade”, “que
enche a boca”, explica Demian, que lembra dos primeiros
jantares na casa de Pila para os amigos, com muito foie gras,
escargot, escalope e cassoulet. Bem longe do macarrão com
creme de leite e da sopa de banana com curry que ele fazia
na casa da avó – professora de culinária – desde os 12 anos.
Os jantares assinados em conjunto foram um primeiro teste
profissional. E a dupla partiu, em janeiro de 2007, para a
montagem de uma cozinha industrial na Vila Madalena, na
À
FRANCESA
Dupla de chefs paulistas – com formação na França – abre as portas para as melhores delícias
REVISTA
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grupos diversos: “dos 2 aos 200 (comensais)”, que podem
virar 300 convidados ou mais, como em casamentos, ou
nos lounges do site Glamurama, nas edições do São Paulo
Fashion Week, e nos eventos da Casa Glamurama, da
jornalista Joyce Pascowitch, de quem se tornaram darling.
Deu certo: o Les Amis fez sucesso com seu testadíssimo
cassoulet, seu arroz de pato, o escargot à moda dos chefs
(segredo que eles não revelam). E, também, desde os
canapés – como as torradas com foie gras e caramelo de
Explicam o que irão servir naquela noite – um menu que
pimenta do reino; as entradas – como o cone de tartare
pode variar entre a comida espanhola e a degustação de
de salmão com maçã verde, erva doce e creme azedo, e
pratos tipicamente novaiorquinos – e são todos convidados
a terrine de foie gras com geleia de sauterne; além das
a se sentar. Não há lugares marcados, pois o plâcement
crudités, como brandade de bacalhau com flor de sal.
tiraria a naturalidade deste encontro.
Na página anterior,
Demiam Figueiredo e Pila
Fonseca: Chefs fazem tour
pela comida francesa de SP.
Acima, Torta de pera e
amêndoas com compota
de frutas vermelhas e
Calvados.
E aí começa a experiência à mesa bem posta, mas
Portas fechadas
sem muita complicação. Boa louça, guardanapos e copos
De um ano para cá, Demian e Pila decidiram compartilhar
e cada prato sendo anunciado previamente em seus
suas experiências com pessoas que nem sempre
ingredientes, seus sabores diversos, a forma como foram
conhecem. E criaram, na casa de Demian, um jantar de
feitos e alguma explicação de como devem ser apreciados
Portas Fechadas, para grupos de 12 pessoas, em torno
e ingeridos, se for o caso. O papo rola solto ao longo
da grande mesa de caviúna, típica dos anos 1950, que
das diversas entradas (que podem ser até três) e prato
pertenceu à avó dele – e que foi devidamente herdada,
principal, além da sobremesa – tudo harmonizado com
com muito orgulho, pelo neto talentoso na cozinha.
seus respectivos vinhos, os mais apropriados para cada
É tudo divertido e saboroso. As pessoas chegam curiosas
situação. Assim, o que seria uma degustação a Portas
A história de nossa dupla de chefs começa em 2002, com as primeiras lições que Demian aprendeu
ao apartamento de Pinheiros, com sua grande sala, piso
Fechadas (o nome oficial deste encontro tipo blind date em
em duas especializações pelo Institut Vatel, na Provence: Gastronomia Francesa e Administração Hoteleira,
todo em tacos, decoração descolada. O clima é dado pela
grupo) apenas para os dois chefs e seus amigos, como no
e Estágio Prático em Pâtisserie. Já a nossa chef Pila entrou em 2005 para a Ecole Lenôtre – onde se
música moderna, velas e serviço atencioso. Enquanto o
início, passou a ser um programa completo para pessoas
especializou e estagiou em cozinha e pâtisserie – e cursou o Centre de Formation d’Alain Ducasse, onde
garçon oferecem o primeiro drinque, sempre de acordo
que ali acabam conhecendo novas culinárias temáticas, de
aprendeu “tudo do básico”. Depois das experiências francesas de ambos, e de volta ao Brasil, os amigos
com o menu escolhido, as pessoas vão conversando, se
diversos países. E um monte de gente, gerando amizades
de longa data Demian Figueiredo e Pila Zucca – com a paixão pela comida que os uniu pela (jovem) vida
conhecendo e se integrando. Até que os chefs aparecem
e o que atualmente se chama de network, uma verdadeira
inteira, agora iniciando a casa dos 30 anos – juntaram caçarolas e criaram em São Paulo o buffet Les Amis.
na sala e se apresentam.
corrente de relacionamento. Pode ser mais interessante?
francesas de São Paulo e apresenta sua receita de sucesso, a Portas Fechadas.
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capital, onde os dois preparam seus eventos e jantares para
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GASTRONOMIA
Hennessy Paradise
TOUR GASTRONÔMICO
A pedido da You, Demian e Pila fizeram um roteiro da gastronomia francesa
Um bom começo...
em São Paulo. Aqueles lugares que eles gostam de frequentar em diferentes
ocasiões e horários, para curtir os mais variados produtos e pratos, que vão do
O barman José Clébio Carneiro, hoje à frente do
pão à moule.
chocobar Sweet Brazil, nos Jardins, fazia parte de
um campeonato onde o desafio era apresentar
LA TARTINE – para conversar com os amigos à noite, em ambiente típico de
um drinque à base de conhaque. E ele agora nos
bistrô francês, com decoração casual e uma loja ao lado para se fazer hora
apresenta a sua receita, com toque francês:
e compras de casa e decoração, enquanto se espera uma mesa: “arrisque os
pratos do dia e não se incomode com o mau humor dos garçons, pois faz parte”.
50ml de conhaque Hennessy
25ml de licor Grand Marnier
Rua Fernando de Albuquerque, 267 – Consolação. Tel.: 3259-2090
ALLEZ ALLEZ – Ideal, segundo eles, para um jantar durante a semana. Pila vai de
LA BRASSERIE – do chef francês Erick Jacquin – Pila ama o foie gras de lá e
língua com molho de carne bem tradicional, com seu purê de batatas. E Demian
recomenda para o jantar o pato de panela tradicional da casa, o Dr. Ricardo, que
insiste nas vieiras do cardápio atual, mas lembra que as pernas de rã também
demora 48 horas para ficar pronto e é um dos clássicos da casa, com seu purê
são deliciosas. “Despretensioso”, ele diz deste lugar cheio de ambiance.
de batata, além do steak tartare.
Rua Wisard, 288 - Vila Madalena. Tel.: 3032-3325
Rua Bahia, 683 – Higienópolis. Tel.: 3824-4322
DOUCE FRANCE – Para os dois jovens chefs, o lugar perfeito
ROBIN DES BOIS – Demian adora jantar lá e comer o confit de pato e o steak au
para se buscar um pain au chocolat ou um croissant.
poivre, pratos franceses sem sombra de dúvida. E da moule com fritas: no ponto
You recomenda também o mil folhas, considerado o
certo, “e que vem em uma panelinha de ágata linda”. É a filial da casa do mesmo
melhor da cidade. Tome um café enquanto aguarda
nome em NY, bistrô com charme em clima rétro.
suas compras, ou tome um sorbet – ou um sorvete de
Rua Capote Valente, 86 – Pinheiros. Tel.: 3063-2795
LE VIN – Cada um tem sua hora de frequentar uma das
casas paulistas da cadeia Le Vin: sua primeira estada,
nos Jardins, ou as filiais do Itaim ou de Higienópolis. Mas
o que importa, mais que tudo, é o clima (além do pão
com manteiga servido à mesa). Preciosistas, Demian e
Pila preferem o lugar por sua pâtisserie: “os mil folhas e
demais folhados são o forte”.
Alameda Tietê, 184 – Jardim Paulista. Tel.: 3081-3924
DELI PARIS – Sabe aquele pão que não é oco, que tem
consistência, feito por um padeiro francês que prepara a
massa – e não usa tanto fermento, este um dos segredos
– no dia anterior? Pois é lá que ele está, segundo Demian,
que avisa: “dá para comprar, congelar e comer sempre”.
Aproveite e tome um café na calçada.
Rua Harmonia, 484 - Vila Madalena. Tel.: 3816-5911
REVISTA
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4 ou 5 gotas de Grenadine
Junte tudo numa coqueteleira e bata com gelo - que
depois deve ser retirado, diz Clébio, que serve o
drinque em taça de dry martini. Um bom começo, com
toque francês.
lugar. Mas para Pila, as gallettes (crepes feitos com trigo sarraceno, típicos da
Bretagne), são uma delícia.
Rua Vupabussu, 71 – Pinheiros. Tel.: 3097-8589
chocolate amargo divino.
Alameda Jaú, 554 – Cerqueira César. Tel.: 3262-3542
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PETIT TROU – Um almoço cai bem ali. O cardápio é simples, como pequeno é o
20ml de suco de laranja
Menu dos Chefs:
Les Amis fazem a sugestão
Pedimos e ganhamos um menu completo. As receitas? Ah, contrate
os dois e, quem sabe, um dia as terá. Aos canapés e pratos:
Entrada
Vieiras com endívias e redução de tangerina.
Prato principal
Magret de pato com molho de vinho do Porto e purê de batatas com
favas de baunilha sobre cama de espinafre.
Sobremesa
Folhado caseiro com sorvete de canela, maçãs massis (casca de noz
moscada, mas mais suave que ela), caramelo de gengibre.
Harmonização com os vinhos
Com espumante desde antes do jantar, passando por um vinho tinto
bem encorpado, que pode ser um Bordeaux ou um vinho português
para acompanhar o prato principal. Para a sobremesa: sauterne ou
tacaj, vinho húngaro.
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REVISTA
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BAIRRO
O BAIRRO DO
IBIRAPUERA
As 10 maravilhas da Paulicéia em um lugar só.
POR JOÃO PEDROSA
E
m 1951, a comissão do quarto centenário de São Paulo, presidida pelo mecenas Ciccillo Matarazzo,
também inventor das Bienais, casado com Yolanda Penteado e cuja coleção é a origem do acervo
inicial do MAC, definiu que a inauguração do Parque do Ibirapuera deveria ser junto das comemorações
do centenário, em 54. A ideia do Parque era antiga, vinha desde os anos 20, mas o local, chamado de
YpY-ra-ouêra pelos habitantes originais, e que queria dizer “pau podre”, por causa do terreno alagadiço,
não parecia promissor. Um funcionário da Prefeitura, Manequinho Lopes, plantou eucaliptos por todo o terreno
para secá-lo. Essa foi uma ideia original que deu tão certo que fez com que mais tarde dessem seu nome para
um viveiro de plantas, e escola de jardinagem, que lá existe até hoje, funcionando muito bem. É uma das
maravilhas do Parque, atestando a sua vocação ecológica. O fato de o terreno ser alagadiço se tornou positivo,
pois foi o que permitiu o desenho de dois lagos em seu paisagismo.
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BAIRRO
Acima, o paisagismo
de Burle Marx.
À direita, o Auditório
de Oscar Niemeyer.
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REVISTA
O conjunto, arquitetado por Oscar Niemeyer e com
Museu de Arte Contemporânea, com a doação de Ciccillo,
que fazem dela um lugar perfeito para a prática do
uma das maiores acionistas do Banco Itaú. Com a disputa
paisagismo de Burle Marx, atrasou sete meses, mas
e que volta ao parque, em uma instituição que tem tudo
esporte no Parque, mesmo com chuva. Na outra ponta da
tornada pública, nenhum dos dois ganhou a briga.
agradou a população com seus pavilhões de exposições,
para ser a nossa Tate Modern. E o prédio da Assembleia
marquise se encontra o Pavilhão das Artes Padre Manoel
“Tenho excelentes memórias de milhares de manhãs,
com representações de 13 estados brasileiros e 19 países.
Legislativa, no melhor estilo Brasília anos 60/70, também
da Nóbrega, onde funciona hoje o ótimo museu Afro-
tardes e até de chuvas repentinas e torrenciais no parque,
O único que sobrou foi o Pavilhão Japonês, circundado
é belo, bem mais pela estética do que pela ética.
Brasil, do super competente Emanoel Araújo. Foi onde
onde malhei minha vida inteira em comunhão com
pelo delicioso jardim típico, em um visual e astral senão
O prédio da Bienal, de Niemeyer, é considerado
funcionou a segunda Bienal de São Paulo, quando seu
a natureza, prefiro mil vezes do que o ambiente das
de outro mundo, pelo menos, do outro lado do mundo. E
uma obra-prima por muitos artistas do mundo todo que
próprio prédio ainda não estava pronto. A primeira foi no
academias. Corria pelo parque, ao redor do grande lago, fui
está intacto.
participaram das 28 Bienais e que se relacionaram com
salão de festas do Parque Trianon, que existia no lugar do
muitos anos de bicicleta, malhava nos pit-stops da pista de
As 10 maravilhas do Parque e do seu entorno são o
ele, tendo-o como um dos mais belos e funcionais do
MASP, na Avenida Paulista. O Pavilhão Governador Lucas
jogging, e dava uma paquerada em qualquer lugar. Ele é
paisagismo tropical e genial de Burle Marx, o prédio da
mundo. A fluidez original da grande marquise foi um
Nogueira Garcez, conhecido atualmente como OCA, foi
a praia de SP. Tudo nele é cosmopolita, fino, interessante,
Bienal, a Marquise, a Oca, o Jardim japonês, o Planetário, o
pouco comprometida ao longo dos tempos, porque foi
onde funcionou o Museu da Aeronáutica, até 1999. Em
culto, bem arquitetado e de bela natureza, desde os
MAM, o Obelisco, o Monumento às Bandeiras e o auditório
incorporada por comércio de comidas, e outras instituições,
2004, seu uso foi motivo de uma queda de braço poderosa
prédios, a diversidade de vistas, um paisagismo que faz
do Ibirapuera. Ainda no entorno se encontra, unido por
que criaram obstáculos físicos e visuais. Mas sua maior e
entre Edemar Cid Ferreira, o banqueiro das artes, agora
cenário glorioso, até o astral das centenas de pessoas,
uma passarela, o prédio do Detran, onde funcionará o
melhor ocupação é feita, além do MAM, pelos skatistas,
falido e ex-presidiário, e Milú Vilela, presidente do MAM, e
durante a semana, e milhares, nos fins de semana, que
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BAIRRO
À esquerda, o Obelisco
homenagem à Revolução
Constitucionalista.
Abaixo, o bibelô art deco
de Brecheret, na página
ao lado, um dos lagos do
parque.
passeiam, malham ou vão às feiras, concertos, shows e
vivi, me foi contada pelo colecionador Bruno Musatti, que
contou uma vez o prof. Bardi. O Obelisco é o nosso falo
pela dedicada Milú Vilela. Também vale pela loja e pelo
eventos lá realizados.
morava com seu pais na Vila Nova Conceição, em uma rua
simbólico e formal, porque ele é feito em homenagem aos
restaurante, um grande programa visual e gastronômico.
Tenho lembranças não só esportivas do parque, mas
atrás da República do Líbano. Bruno, como jovem do bairro,
combatentes da revolução constitucionalista de 1932, que
Outro passeio inusitado no Ibirapuera é o Planetário,
intelectuais também, porque lá estudei nos anos 70 para
frequentou o ateliê de Brecheret, em um mundo em que
SP perdeu, mas que foi uma vitória moral contra o ditador
inaugurado em 1957, onde um projetor Zeiss Oberkochen
guia da Bienal, como faria um jovem interessado nas artes.
as portas viviam abertas, que construía ali, com a ajuda de
Getúlio Vargas. O Obelisco com seus relevos tridimensionais
III reproduz na cúpula de vinte metros de diâmetro um
Tenho lembranças do Museu do Presépio, também uma
inúmeros escultores, o Monumento às Bandeiras, o famoso:
é estupendo. É tão importante para nós quanto o de Buenos
cosmo de oito mil estrelas, com as fases da Lua, do Sol
doação de Ciccillo Matarazzo, que funcionava na marquise.
Deixa, que eu empurro! o maior bibelô art déco do mundo.
Aires. E possui em seu interior um capela/cripta, também
e dos cinco planetas visíveis a olho nu: Júpiter, Saturno,
De palestras lá sobre arte barroca brasileira, e outros
Pelo menos o mais lindo”. Bruno viu com fascínio a criação e
realizada toda em mármore travertino, com planta em forma
Vênus, Mercúrio e Marte. Durante pouco tempo, graças
“babados”. E, principalmente, do Museu da Aeronáutica,
instalação dessa obra magnífica, esculpida em um pavilhão
de cruz e poemas nas paredes, de Menotti Del Picchia. Uma
a Deus, saía em frente dele um serviço de passeios de
que funcionava na OCA. E, que além de diversas obras-
no parque, ao lado da sua casa, e depois transportada para
atração escondida da cidade, mas muito chique de estilo, e
helicóptero, que eu confesso que cometi.
primas do estilo aerodinâmico, que eu já admirava, possuía
o seu local definitivo, em um dos seus extremos. Sem
importante pela civilidade.
também aviões de época; entre eles, uma réplica do 14-Bis,
dúvida, um momento único na história do bairro. Brecheret,
O Museu de arte Moderna, que no início sofreu
Paulicéia, ou valendo simplesmente como experiência
de Santos Dumont, que para um adolescente como eu era o
de talento discutido na época, mas nunca mais depois, era
muitas críticas por sua ocupação da marquise, é hoje um
humana, intelectual ou natural, nada se compara, em São
equivalente à Vitória da Samotrácia, no Louvre.
um charmeur e originalmente se chamava Brecheretti,
dos museus mais atuantes de SP, com um importante
Paulo, ao Parque do Ibirapuera, uma concentração das
mas afrancesou o nome para ficar mais fino, conforme me
acervo, ótimas exposições, cursos e clubes, administrado
nossas melhores virtudes.
Uma lembrança maravilhosa do parque, que eu não
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Cantado em música e letra por Rita Lee, musa da
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PERFIL
DO
PARQUE
À
PISTA
Apaixonado pela cidade em que nasceu e onde mora, o piloto de Stock Car
e comentarista da F1 Luciano Burti fala do Parque do Ibirapuera e de sua
mudança de vida – exemplo de superação.
A
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os 34 anos, Luciano Burti nunca descuidou de
para recuperar-se totalmente. “Perdi a confiança, fiquei
seu físico. Afinal, para quem começou a correr de
sensível, o lado emocional ficou abalado”. Para culminar,
kart aos 16 anos, e só parou – literalmente – por
em 2002 a equipe em que trabalhava faliu, e ele se viu
acidente, manter-se em forma é fundamental.
desempregado.
Tudo começou com uma decisão tomada em 1993,
Mas vieram tempos de bonança, pois em seguida
quando ainda estudava, trabalhava no negócio da família
Luciano foi para a Ferrari (de 2002 a 2004), aprendendo
e avançava no kart, tudo ao mesmo tempo. Durante o ano
muito como piloto de teste da F1 durante “estes três anos
seguinte, decidiu dedicar-se exclusivamente ao esporte
bem sucedidos” (entre os oito que morou fora, além dos
e ganhou os campeonatos paulista e sul-americano. E, já
seis na Inglaterra, passou dois em Mônaco), enquanto
que deu certo – e apesar de ter passado no vestibular e
Rubens Barrichello e Michael Schumacher eram os pilotos
iniciado a faculdade de Administração – pisou fundo: em
de prova – “só que eles não dão conta, ao longo do ano, de
1996 foi para a Inglaterra (morou em Cambridge), onde
testar tudo, como os chassis, os pneus...”. Em 2004, mesmo
passou pela Fórmula Chevrolet, depois pela Fórmula 3 e
ganhando muito bem, mas sentindo falta das competições,
chegou à Fórmula 1 (em 2000), como piloto de teste e
do Brasil e de sua família, voltou para São Paulo, onde
depois da própria equipe. O foco no automobilismo foi um
retomou a autoconfiança e a carreira de piloto, agora na
acerto e, em 2001, ele chegou lá: fazia parte da (pequena)
Stock Car, que vinha crescendo por aqui. “Melhoravam a
equipe oficial Prost. “Não foi fácil”, ele diz, ao recordar-se
categoria, os pilotos, as equipes; as empresas passavam
do forte acidente que sofreu naquele ano na Bélgica, com
a investir mais”. E, em seguida, procurou a Rede Globo
direito a concussão cerebral, e que o fez interromper a
para, em 2005, ser contratado como comentarista ao lado
temporada. Levou quatro meses para ficar bem, e um ano
de Reginaldo Leme (“que sabe tudo, tem história”) e do
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PERFIL
Urbano na veia
Luciano adora São Paulo. Apesar de obcecado pela boa
alimentação – come de três em três horas – ele curte
comida japonesa, como no Kosushi do Itaim, e a culinária
italiana na Vinheria Percussi, em Pinheiros. Mas faz
academia todo dia, durante duas horas, variando entre a
esteira, onde corre, o spinning e a musculação.
Na verdade, começou seus treinos aos 18 anos, no
campus da USP. E passou a correr (“a pé”, ele sempre
repete, já que conversa normalmente sobre rodas) no
Parque do Ibirapuera, no entorno do qual sempre morou,
apesar de ter nascido na Mooca, origem de sua família.
Dicas do Burti
Em horários variados, mas sempre “em busca de luz
A corrida começa no
Parque do ibirapuera.
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e sol”, o exercício acompanhado de seu preparador físico
Para o fã eterno de Ayrton Senna e admirador de gente do
é fundamental para a manutenção de seus 70 quilos em
mundo dos negócios – que aprecia cada vez mais e especialmente
1,74m de altura. Hoje a frequência é menor, infelizmente,
empresários que apoiam o esporte, como o publicitário Nizan
pois suas atividades como comentarista de TV e, ainda, na
Guanaes em relação à Stock Car – o Luciano de fala agitada, mas
revista Quatro Rodas, tomam muito de seu tempo. Mas
perfeitamente estudada, dá alguns conselhos práticos, simples e
recomenda, como bom piloto que ainda é, que vale a
absolutamente necessários para quem utiliza o carro:
pena praticar a corrida dentro do Parque, e até fora dele,
Prestar muita atenção ao que acontece ao seu redor: “um maluco
já que circunda as grades quando quer fazer um circuito
pode estar a seu lado!”;
um pouco maior.
Calibrar pneus, verificar o fluido de freio, as pastilhas e a luz: “faça
isso quando estacionar no supermercado e for dar marcha à ré”;
veterano Galvão Bueno. No final de 2006, já amadurecido
elogia: “aqui, apesar da quantidade de automóveis, até
Se os shopping centers não o atraem tanto, Luciano
na nova função, assinou novo contrato – que deverá
se dá passagem, usa-se a seta, o nível das ruas é melhor
inicia em sua vida, e no casamento com Dani, o hábito
Usar o cinto de segurança mesmo estando no banco de trás,
cumprir até o final – comentando assim todas as corridas
que por aí Brasil afora, por mais que se reclame”. E, além
de receber os amigos em casa, um programa gostoso
crianças inclusive – já que ele relembra que é comum que elas
automobilísticas transmitidas pela casa.
de detestar buzina, jura que não é apegado a carros
e paulistano, com certeza. Quando não está viajando a
andem de pé no banco depois que deixam de usar as cadeirinhas:
Luciano estreou no Fantástico seu lado editorial,
para andar na cidade: “a adrenalina de correr na pista é
trabalho, o que acaba normalmente em turismo e lazer,
“em um acidente, é comum que pessoas do banco de trás –
que teve que aprender, mesmo não sendo jornalista.
tão superior!”. Fácil de acreditar em quem corre a 250
como em sua ida para a corrida de F1 em Cingapura, que
que estão sem cinto – acabem sendo atiradas e machuquem
“Dizem que eu sou o Dr. Drauzio Varella do trânsito!”. E a
km/h na Stock Car, e atingiu 351 km/h como velocidade
virou esticada na Tailândia, onde visitou templos, palácios,
quem está na frente, corretamente sentadas com seus cintos
brincadeira para ele se transforma em desafio. Depois de
máxima na Fórmula 1, em Monza, na Itália. E que hoje
o mercado flutuante, onde foi “conhecer a cultura local”
afivelados”;
gravar 40 horas de vídeo, ele ficou craque na entonação,
dá palestras para empresas sobre o que aprendeu em
de lugares novos para ele, que adora descobrir novos
“E cuidado com os motoqueiros!”, diz o proprietário de uma
no falar diretamente, com mais objetividade, sobre a
sua carreira, especialmente pós-acidente: fala de tudo o
horizontes. E faz coro com todos aqueles que amam Nova
Ducatti de 916 cilindradas (que pouco utiliza em SP em função
formação do motorista, do motoqueiro e como tratar do
que viveu as pessoas que, como ele, buscam o tal desafio
York, pois lá sente o mesmo que em SP: “apesar do trânsito
da agressividade dos demais ‘colegas’).
carro. Ao ser lembrado do caos que é São Paulo, ele até
como meio de vida.
e da violência, você encontra tudo o que quiser”.
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ESTILO YUNY I
Le Paysage
A Yuny apresenta mais um projeto exclusivo, diferenciado e
com vista única para o Parque do Ibirapuera.
FICHA TÉCNICA
Le Paysage Ibirapuera
Rua Pirapora, 255
Ibirapuera – São Paulo, SP
24 unidades
(22 pavimentos tipo + 1 cobertura duplex
+ 1 Jardin)
Área Privativa
322 m2 e 367 m2 (apartamento tipo
com 4 suítes)
541 m2 (cobertura duplex)
512 m2 (Jardin)
5 a 7 vagas na garagem
1 torre - 1 unidade por andar
Perspectiva artística da vista do terraço com vista para o Parque do Ibirapuera.
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A Yuny Incorporadora, uma das empresas que mais cresce no mercado imobiliário brasileiro, lançou um
No empreendimento, os moradores encontram diferenciais
exclusivo produto de altíssimo padrão no mais desejado dos bairros da capital paulista: o Ibirapuera. O
exclusivos como a possibilidade de personalização de
Le Paysage reúne um projeto arquitetônico diferenciado, exclusivo e que possibilita aos compradores
algumas unidades, podendo incluir no projeto do Terraço
uma belíssima vista para o Parque do Ibirapuera. Com projeto arquitetônico no estilo contemporâneo,
Gourmet churrasqueira e forno de pizza, além de lareira na
o Le Paysage reuniu diversos profissionais renomados para sua concepção.
área do terraço, integrado ao living.
A Arquitetura é assinado por Pablo Slemenson; a decoração por Fernanda Marques e o paisagismo
As unidades contam com pé-direito duplo no terraço e no
por Evani Kuperman Franco. O empreendimento terá apenas 24 unidades, um apartamento por andar,
living (apartamentos de 367 m2) ou na sala de jantar e
sendo 22 tipos (com área privativa de 322 m2 e 367 m2), uma cobertura duplex (541 m2) e um
terraço (apartamentos de 322 m2), garantindo um amplo
apartamento no estilo Jardin (512 m2), em uma única torre.
espaço social e de lazer aos moradores.
Perspectiva artística da fachada.
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ESTILO YUNY I
Perspectiva artística da praça de entrada.
Perspectiva artística do living com pé-direito duplo.
As unidades tipo e cobertura contam ainda com cinco e sete vagas na garagem, respectivamente,
além de depósito privativo no subsolo. A área comum tem um hall social com pé-direito de 8 metros
de altura, salão de festas com vista para o espelho d’água, spa com sauna seca e sala de descanso,
fitness, piscina adulto com raia de 25 metros, brinquedoteca, playground e jardim.
Outro diferencial do Le Paysage é o apartamento tipo Jardin, no 1º pavimento, que possibilita um maior
espaço privativo de lazer ao morador, com jardim de cerca de 200 m2, piscina e espaço gourmet,
totalizando 512 m2 de área privativa.
Enfim, o Le Paysage consegue ser um empreendimento à altura de sua privilegiada localização.
Pensado e projetado nos mínimos detalhes para consumidores exigentes.
Serviço:
www.lepaysageibirapuera.com.br
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Perspectiva artística da piscina adulto com raia de 25 m.
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ESTILO YUNY II
Novos olhares sobre o
IBIRAPUERA
Perspectiva artística do salão de festas.
A
Fotografias de autor revelam o Parque
Yuny e a R.Yazbek trazem para a região do Ibirapuera
um empreendimento único: o Marquise Ibirapuera. Para ilustrar - com
moradores terão como vista privilegiada de suas varandas e janelas, ou
em seus passeios pela imensa área verde à sua frente.
olhar contemporâneo - a campanha publicitária de lançamento deste
Em um privilegiado terreno de 3.060 m2 na Rua Pirapora,
edifício de alto padrão, que fica em frente ao Parque, as empresas
esquina com as ruas Joinville e Hermano Ribeiro da Silva, o edifício
convidaram quatro grandes fotógrafos de São Paulo: Daniel Klajmic,
tem apartamentos que variam de 400 a 800 m2 (coberturas). Com
Cássio Vasconcelos, Renato Elkis e Kadu Niemeyer.
arquitetura e decoração de Pablo Slemenson, e paisagismo de
Em diferentes estilos, os trabalhos destes artistas são bem autorais
Marcelo Novaes. O lazer a ser compartilhado pelos poucos moradores
e trazem para as fotos suas leituras individuais do Parque. O resultado?
é composto por hall social, quadra de squash, salão de festas
A beleza do Ibirapuera eternizada sob vários ângulos. Aqueles que os
envidraçado, sala infantil, sauna e sala de descanso.
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Perspectiva artística da fachada.
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l a n ç a m e n t o
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a YunY e r.Yazbek apresentam a são paulo o marquise ibirapuera. apartamentos de 400 a 800 m2, inspirados
no requinte e na amplitude da arquitetura dos anos 60 e 70. soma a nostalgia dos espaços com as
tendências mais modernas de conforto e design. terraços que expressam o privilégio de ter o parque
Docol City. Formas quadradas e detalhes arredondados, a opção
certa para quem procura um design moderno. Uma linha completa
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creci nº j-19.585. o empreendimento só será comercializado após o registro do memorial de incorporação no cartório de imóveis.
SOCIAL
LIBERDADE É
UMA CALÇA AZUL
E DESBOTADA.
E SUSTENTABILIDADE?
É o equilíbrio entre os resultados econômicos, sociais e ambientais de uma empresa. Quer saber mais?
“E
falar de sustentabilidade é falar de futuro”, afirma Bettina Grajcer,
da Lynx Consultoria, a empresa que dá suporte na área à Yuny e
seus empreendimentos, apresentando ações e soluções para todas
as questões sociais e ambientais que surgem quando se fala em
empreender novos negócios.
“Não adianta apenas plantar uma árvore e achar que o assunto está
resolvido”, diz Bettina, “precisamos minimizar o impacto do gasto energético
de água, por exemplo”. A Lynx faz assim uma análise daquilo que a empresa
consome e aponta as necessidades para que se gere um benefício para todos os
seus públicos e a sociedade como um todo – desde os moradores de cada um
dos empreendimentos até aqueles ao entorno.
Para Bettina, “responsabilidade social é uma nova forma de gestão e de se
fazer bons negócios”. E, para a Yuny, a Lynx apresentou soluções que envolvem
ações sociais, como o apoio a entidades não governamentais que desenvolvem
trabalhos concretos e interessantíssimos. Uma ação e uma solução: neste
número da YOU, você vai conhecer a história de Tia Dag e sua Casa do Zezinho,
ONG instituída em 1994 na periferia de São Paulo. E também vai aprender
a tratar daquilo que não lhe interessa mais, do lixo que geramos e do qual
precisamos tratar.
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SOCIAL
E AGORA,
ZEZINHO?
ONG apoiada pela Yuny, e dirigida por Tia Dag na periferia de SP, aplica sua
Pedagogia do Arco-Íris – e transforma ‘Zezinhos’ em gente grande, profissional e feliz.
E
sta é uma história que começa e acaba bem: era uma vez... uma
menina chamada Dagmar Rivieri Garroux, que cresceu no Brasil em
uma família de classe média onde o pai, engenheiro mecânico de
ascendência italiana, mistura de calabrês com siciliana, se casou com
uma tecelã, filha de mongol com portuguesa. Nas andanças pelas
fábricas onde ele implantou pela primeira vez no Brasil a pedagogia industrial
(e criou o SENAI nos anos 1950), nasceu o amor dele, Waldemar, por sua Isaura,
a proletária, que mais tarde criou o primeiro Spa do Brasil em plenos anos 1960.
Deste casamento nasceu Dagmar, também filha de Ogum, que não sonhava
nem de longe um dia ser a Tia Dag, mas que já era, pela educação daquela
família tão engajada (levavam mendigos para casa e tratavam deles até que
pudessem voltar a uma vida normal e produtiva), uma jovem revolucionária.
Senão vejamos: vivendo nos anos 1970 como adolescente rebelde em um país
deslumbrado por seu próprio milagre econômico, mas já uma crítica do sistema,
Dag via que a coisa tinha solução ou, pelo menos, que se poderia tentar uma
saída que não fosse o aeroporto. Expulsa dos colégios onde estudava, conseguiu
formar-se em Pedagogia. E seguiu os passos dos pais politicamente antenados.
Em 1976, com muita vontade de fazer alguma coisa para mudar a realidade
que tão bem conhecia, Dag pôs o primeiro pé na favela e abrigou 17 crianças
em casa. Em 1986 -1987 decidiu que não trabalharia mais para os ricos, e sim
para os pobres.
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SOCIAL
E, em 1993, abriu as portas de sua futura residência,
e Jardim Ângela, que compõem o Capão Redondo), e suas
aquela mesma em que iria morar com o marido e o filho,
ferramentas pedagógicas – que envolviam inicialmente a
em seus 100 m , e a transformou em abrigo. Mas um abrigo
prática da cerâmica, da literatura de cordel e outras coisas
voltavam todos os dias, ali foi criada a ideia da mãe solidária, que abrigava em casa estes ‘Zezinhos’
diferente, ainda muito pequeno e nada assistencialista, e
da vida cotidiana daquelas pessoas e de suas famílias – Tia
(o nome vem da poesia de Carlos Drummond de Andrade – E agora, José?), e assim ganhavam
voltado para o fazer, apenas durante o dia, de crianças
Dag começou a ensinar de tudo um pouco para jovens
cesta básica e roupas, e tinham suas contas de luz e água pagas. Em 1994 a Casa do Zezinho foi
fugidas de regimes então ditatoriais, como os do Chile e
que naturalmente estariam marcados para morrer pelo
juridicamente constituída – como uma entidade não governamental, no Parque Maria Helena, em
da Argentina. E do nosso: “uma realidade massacrada há
Esquadrão da Morte. Porque, apesar de irem à escola,
meio ao chamado Triângulo da Morte, última periferia invadida depois do Rio Pinheiros, Zona Sul
400 anos”, ela se empolga.
roubavam. E este empenho deu certo. As amigas de Dag
de São Paulo. Passados quase quinze anos, atende 1.200 crianças e jovens de 7 a 21 anos em seus
iam se revezando – cada um matava um dia de trabalho
4.000 m2 de área construída, em dois períodos (manhã e tarde), assistidos por mais de 50 outros
para realizar este voluntariado.
Zezinhos-professores-orientadores, que aplicam a Pedagogia do Arco-Íris criada por Tia Dag.
2
Com o mapeamento da região em mãos, feito por ela e
amigas (por todo o Parque Santo Antônio, Jardim São Luiz
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Instalações da Casa do Zezinho
Vista do Parque Maria Helena.
E assim cuidavam do material, da comida, da limpeza. Como eram profissionais de diversos
setores, começou uma troca intensa de conhecimentos e saberes. E já que as crianças iam e
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SOCIAL
microcrédito para quem quer abrir o seu negócio. “Temos
grandes potenciais, por isso aqui todos passam por tudo. E
quem passa por tudo está preparado para qualquer coisa.
“CADA UM AQUI SABE O
QUER SER NO FUTURO,
APESAR DE POBRE.”
Conseguimos bolsas até para quem quer ser astronauta! E
40% dos 10 mil Zezinhos que estiveram na Casa chegaram
à faculdade – ou vão para o curso técnico; cada um vai se
especializar no seu sonho”. Assim a Casa do Zezinho virou
referência, com seu trabalho que inclui até alfabetização
de adultos (em breve começa o terceiro turno, à noite)
e terapia familiar. Dagmar lançou seu livro Pedagogia do
Afeto, com quarenta histórias verídicas e sua metodologia
baseada em trinta anos de experiência, e o aval do cientista da educação Celso Antunes. A Casa do Zezinho conta
Aposta no futuro
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com o apoio de diversas empresas. Entre elas, a Yuny,
“Trata-se de uma conspiração espiritual universal”, diz
você começa a entender tudo o que tem lá: de acupuntura
Dag, orgulhosa de seu pensamento autônomo e do foco
a yoga, da massagem à iridologia. Os esportes são muitos:
que escolheu: o do desenvolvimento humano, na expec-
natação, basquete e vôlei, atletismo, capoeira, entre ou-
Toca Zezinho
tativa de superar os obstáculos da pobreza. “Cada um aqui
tros. E tem teatro, cinema, exposições de artes plásticas,
E assim, doando mais de cinquenta instrumentos como
sabe o que quer ser no futuro, apesar de pobre”. E tudo
dança, música com orquestra, tambores. E lago, cachoeira,
teclados, guitarras e baixos – desde outubro de 2008 –, a
acontece em oito salas de aula, ou melhor, espaços de
horta e pomar. E pet terapia, e todos os tipos de pássa-
Yuny ajudou a Casa do Zezinho a compor seu conjunto mu-
aprendizado, divididos por cores (Sala Jeans – azul, do
ros em um viveiro. E mais: rádio Zezinho, estúdio de som,
sical formado por crianças e adolescentes, transformando-o
Coração – vermelha...), por faixa etária, e em três pila-
vídeo, fotografia, jornal, web site, ensino de web design. E
em verdadeira orquestra. No repertório clássico, Chopin e
res: aprender brincando (7 a 14 anos), comunicação e ex-
gastronomia, cabeleireiro, inglês para todos: “uma prepara-
Mozart. E, no popular, Chico Buaque e Tom Jobim – uma
pressão (15 a 21 anos), saúde e esporte (para todos). E ai
ção para o século XXI”, visando a empregabilidade, dando
grande harmonia.
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desde 2008.
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SOCIAL
Fique por dentro da coleta seletiva em
SUS
T
E
N
TABILI
DADE
EM
CASA
Fontes:
USP • Prefeitura de São Paulo • CEMPRE • www.lixo.com.br
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Baterias - não podem ser recicladas.
programa de coleta seletiva: veja como é fácil.
• embalagens de Tetra Pak
molhadas (Não podem ser
recicladas)
O lixo pode e deve ser separado em apenas
• etiquetas adesivas
fabricante.
dois recipientes: lixo seco e molhado. O
• papel carbono e celofane
conteúdo do lixo seco é o que pode ser
• fita crepe
Lixo orgânico
reciclado. E o molhado se refere ao que
• papéis sanitários
A reciclagem pode ser aplicada aos
chamamos de ‘lixo’ propriamente dito, ou
• papéis metalizados
resíduos orgânicos (restos de frutas,
seja, o material que não pode ser reciclado
• papéis parafinados
legumes, alimentos em geral, folhas,
e será encaminhado ao aterro sanitário.
• papéis plastificados
gravetos, etc.), desde que esse lixo
Exemplos de materiais secos (recicláveis) e
• guardanapos
seja processado, de maneira a ser
molhados (não recicláveis):
• bitucas de cigarro
transformado em adubo orgânico.
residências.
Qualquer pessoa pode se envolver num
Baterias de celulares e automóveis
precisam ser devolvidas ao
• fotografias
Essa transformação chama-se
Seco (podem ser reciclados)
• cabos de panela
compostagem. O resultado da
• jornais e revistas
• tomadas
compostagem é um adubo com
• folhas de caderno
• embalagens plásticas aluminizadas,
grande capacidade de reposição de
• formulários de computador
como as de salgadinhos
sais minerais e vitaminas.
• caixas em geral
• clips
A compostagem de resíduos
• aparas de papel
• grampos
orgânicos pode vir a ter grande
• fotocópias
• esponjas de aço
importância na redução do volume
• envelopes
• tachinhas
do lixo do país, pois a parte orgânica
• rascunhos
• pregos
constitui-se habitualmente na maior
• cartazes velhos
• espelhos
parcela na composição dos resíduos
• papel de fax
• cristal
domiciliares municipais (cerca de
• sacos e sacola
• lâmpadas
62%, em média) . • CDs e disquetes
• tubos de televisão e válvulas
• embalagens de margarina
• ampolas de medicamentos Materiais recicláveis que tenham
• embalagens de produtos de limpeza
• vidros temperados planos
resíduos:
• pets
Alguns materiais devem ser tratados
Estas embalagens precisam
• vasilhas de plástico, brinquedos
de forma específica:
estar limpas e secas antes de
• embalagens de produtos de higiene
serem jogadas no recipiente.
• frascos de leite
Tetra Pak - podem ser reciclados:
Caso contrário, há o risco delas
• folha-de-flandres
Embalagens de leite, sucos, extratos
contaminarem os outros materiais.
• tampinha de garrafa
de tomate.
• latas de óleo, leite em pó e conservas
Importante: as embalagens devem
Como fazer a coleta seletiva:
• latas de refrigerante, cerveja e suco
estar bem limpas e dobradas.
Separar os resíduos em seco
• cabides
e molhado, de acordo com as
• alumínio
Óleo de Frituras - pode ser reciclado:
especificações acima.
• embalagens metálicas de congelados
Colocar em garrafas plásticas.
O lixo molhado, não reciclável,
• garrafas de vidro
O óleo é encaminhado para
continuará sendo coletado da mesma
• copos de vidro
empresas que o negociam como
forma que é feito atualmente.
• potes de conservas de vidro
matéria-prima para sabão, biodiesel
Verificar se o seu condomínio já
ou ração.
implantou a coleta seletiva.
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LIFE STYLE
MÁSCARAS,
FIGURAS E
UTENSÍLIOS.
DA ÁFRICA E DA
ÁSIA PARA
SÃO PAULO
PELAS MÃOS DE
UM FRANCÊS.
Christian Jack-Heymès coleciona arte africana e asiática há 30 anos, mostra
sua casa e explica a diferença entre o étnico e o tribal.
POR SERGIO ZOBARAM
P
arisiense do 16ème, Christian-Jack Heymès cresceu em meio às artes. A mãe era amiga
de Picasso e Jean Cocteau, que escreveu um poema como convite de inauguração de
sua galeria em plena Île Saint-Louis. Ainda na juventude ele veio ao Brasil, através
de amigos que trabalhavam em uma empresa francesa por aqui. E, naquela sorte
de quem está no lugar certo (o Guarujá, Praia de Pernambuco), e na hora certa (aos
25 anos), conheceu as pessoas certas (como José Zaragoza, sua mulher e sua turma) nesta sua
primeira viagem à América Latina. Eram os anos 1970 e a paixão por nossa terra foi instantânea.
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LIFE STYLE
Mas precisava voltar à França. Não havia concluído o curso de Arquitetura em Bruxelas e ainda precisava cumprir o
serviço militar, que em seu país podia ser feito antes ou depois da universidade. E lá se foi para o Tahiti por um ano e meio.
Terminada a obrigação, e já sem grandes vínculos com sua Paris natal, Christian decidiu mudar-se de “armas” e bagagens
para cá. De onde nunca mais saiu. Quer dizer, à exceção de suas inúmeras viagens-paixão pela África e pela Ásia, onde
deu início à sua extensa coleção de arte tribal.
Aqui chegando foi trabalhar com o arquiteto Aurélio Martinez Flores em sua Interdesign, em 1971. E, em seguida,
começou a fazer decoração, como para as casas de Zaragoza e de seu sócio Francesc Petit, na pequena cidade de Santana
de Parnaíba. Lá abriu um antiquário, que deu muito certo. E que fez Christian se voltar para São Paulo, onde abriu um
segundo, em 1985, com nome e logotipo dados pelo amigo Zaragoza, naturalmente. Hoje ele mora em um triplex nos
Jardins, próximo à sua segunda loja na capital, e visitá-lo nos dois lugares é fazer uma viagem pelas tribos que este
colecionador de quase 500 peças conheceu em suas incursões por países exóticos – e às vezes muito estranhos aos nossos
ouvidos (mas não aos dele, por terem sido colonizados pelos franceses).
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LIFE STYLE
Assim, Christian visitava especialmente a África do
Oeste, assim como a Ásia, pelo menos duas vezes por ano,
durante mais de duas décadas (dos anos 1980 aos 2000),
em viagens quase sempre solitárias, para conhecer as
tribos de perto. E por isso suas histórias envolvem lugares
como Mali, Togo, Benin, Costa do Marfim, Camarões, na
FLORENSE e YUNY firmam parceria. E quem ganha é VOCÊ.
África; e Indonésia, Laos, Birmânia e Tailândia, entre outros,
na Ásia. “Fazia paradas obrigatórias em Abidjan (Costa do
Marfim), Dakar (Senegal) e Bamako (Mali). E de lá seguia
para a visita às tribos, em percursos intermináveis de carro,
para fazer as compras – ou, às vezes, as trocas, o que era
incentivado pela UNESCO. “Levei muito sal, em sacos de
60 kg, farinha e até remédios. Cheguei a aplicar um para
conjuntivite, e eles todos entravam em fila! É que eu não
podia deixar lá para estragar e ser utilizado assim, mesmo
naquele calor de 50 graus”, ele relembra. A experiência
foi muito rica: “hoje não tem mais isso, porque para uma
tribo se firmar são necessárias muitas condições: primeiro,
que não aumente ou diminua muito de população; depois,
que tenha terra (não-invejável) com bom solo e subsolo, e
que não esteja em lugar de passagem; e mais: que possa
manter a sua subsistência e que ali possa se cultuar os
ancestrais – é muito para os dias de hoje!”.
Christian expõe suas peças da Indonésia, em seu
antiquário – e em casa – em grande quantidade, e de
maneira permanente e invejável a quem gosta de arte.
étnico é hoje tão valorizado no Ocidente: “O étnico é tudo aquilo que é feito para
E, didaticamente, vai explicando como tudo aquilo chegou
ser vendido, ainda que se mantenha a tradição; mas o tribal é mais importante,
lá, com suas nuances: “Se na África se consegue uma
pois se trata daquilo que é feito pela tribo para uso próprio”.
aproximação com as pessoas, uma intimidade mais fácil,
E para aqueles que ainda se assustam ao ver máscaras e imagens nas decorações
isso não ocorre na Ásia, que é totalmente diferente: lá
contemporâneas, Christian dá o tom: “na tradição, as máscaras são sempre sacras,
não há interatividade alguma, as pessoas se fecham – a
e representam o espírito que se tem que agradar para que sejam benevolentes –
colonização foi diferente e existem impérios, ao contrário
já as imagens normalmente representam os ancestrais, a quem se deve cultuar”.
da África tribal”. Christian continua, para quem quer saber
Portanto, é uma arte que não requer bagagem para ser compreendida e admirada:
um pouco mais sobre esta diferença, já que tudo o que é
“são espíritos que estão ali para proteger”, ele encerra.
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REVISTA
FEV. 2010
Ao adquirir um imóvel Yuny, você entra para um círculo de pessoas especiais onde os conceitos de vida ganham novas dimensões. E, para lhe oferecer mais do
que um excelente lugar para morar, Florense e Yuny firmaram uma parceria de alto nível para colocar à sua disposição toda a coleção de móveis Florense – para
todos os ambientes da casa – em condições especiais para os empreendimentos Yuny. Você também pode contratar os serviços de projetos dos móveis pelo
sistema de Entrega Futura, pagando em várias parcelas, quase sem perceber, durante o período da obra. Assim, após receber as chaves, seu apartamento será
totalmente mobiliado, permitindo imediata ocupação. Consulte estas e outras vantagens desta parceria exclusivamente nos endereços abaixo.
florense e verde
SÃO PAULO Av. República do Líbano, 2153 - Tel 5053.3999 | SANTOS Gov. Pedro de Toledo, 67 - Tel 3288.1204 | [email protected]
TURISMO
PARIS:
“MAIS QUE
PERFEITA”
Referência mundial eterna de estilo e bom gosto, a capital francesa mostra
tradição e se adapta aos tempos modernos e ecologicamente corretos.
POR DENISE FERNANDES
N
ão por acaso Paris é conhecida como a Cidade Luz. No século XVIII (o Século das Luzes), os
Um dos marcos da cidade, o Sena, é parada e passagem obrigatória. A partir dele são medidas
do Iluminismo francês, como Voltaire, Montesquieu e Rousseau. Já em pleno século XXI,
as distâncias, assim como a numeração das ruas. O rio, um dos mais famosos do mundo, divide a
continua irradiando as mais diversas sensações. Romântica, cultural, fascinante e sofisticada,
metrópole em duas partes: a Rive Droite e a Rive Gauche. Através das janelas dos Bateaux Mouches,
a capital da França convida a apreciar a grandiosidade de suas construções em meio à
os charmosos barcos de passeio, é possível admirar a arquitetura antiga da cidade, que se concentra
Qualquer passeio em Paris é inesquecível. A metrópole concentra o universo da cultura, da gastronomia,
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Beleza Natural
cafés parisienses foram o décor de empolgantes discussões filosóficas entre grandes nomes
tecnologia recente, o que torna a cidade um lugar ainda mais que perfeito.
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Acima, final de tarde
em café parisiense.
no lado leste do rio, ao passo que no lado oeste estão as construções dos séculos XIX e XX. Há ainda
a opção das vedettes, barcos um pouco menores, mas não menos aconchegantes.
da moda, do lazer e das compras. Pelos quatro cantos da cidade estão espalhadas inúmeras atrações
Na Île de La Cité, coração da Paris medieval, podem ser apreciadas, além das belíssimas praças e
para deixar qualquer turista boquiaberto. A começar pelos templos arquitetônicos, passando pelos
jardins, a mais antiga ponte de Paris, a Pont Neuf, e a conhecida Conciergerie, prisão de milhares à
museus, antigos e recentes – que conservam uma quantidade inacreditável da riqueza histórica francesa
época da Revolução Francesa. E, ao lado, a Île St-Louis é uma bucólica e sofisticada área residencial
e mundial – e, literalmente, pelos restaurantes, representantes primeiros da alta gastronomia mundial. de artistas e milionários. 79
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TURISMO
Roteiro Cultural
Conhecer todas as propostas culturais de Paris pode ser
uma tarefa prazerosamente demorada. A temporada
teatral vai de setembro a julho, e a mais antiga companhia
do mundo, a Comédie Française, instalada nas Tuilleries,
Acima, Arco do Triunfo.
tem suas peças baseadas em Molière. Exemplo do teatro
francês, conta com a mais alta tecnologia, mas segue um
repertório clássico, embora também receba outros autores
franceses e estrangeiros. Muito populares também, os
cafés-teatros proporcionam um clima mais descontraído.
Para este tipo de entretenimento destacam-se o Au Bec Fin,
e o Théâtre d’Edgar. No verão as ruas tornam-se palco das
Acima, ponte-Neuf bridge em Paris.
À esquerda, Torre Eiffel.
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mais diversas atividades artístico-culturais, especialmente
Estar em Paris é respirar arte e história. Obras primas dos artistas mais conhecidos
no Centro Pompidou, nas Tuilleries e em Montmartre, onde
do mundo, como Van Gogh, Renoir, Picasso e Braque, estão distribuídas em seus
se podem assistir apresentações de músicos, malabaristas
museus, edificações importantes e de estilos diversos. O lendário Louvre abriga
e mímicos, entre outros performáticos.
a principal coleção, com 35 mil peças, e está situado entre o Sena e a Rue de
Paris está repleta de uma infinidade de templos
Rivoli. Vale a pena visitar o Museu Picasso, que contém o maior acervo mundial
religiosos construídos séculos atrás. A religião católica é
do artista; o Museu de Cluny, com seu impressionante acervo medieval, o Musée
Cidade das Compras
uma das bases da história francesa e, justamente por isso,
d’Orsay e o Centre Pompidou, conhecido por Beaubourg.
Quando se fala em moda, Paris é a capital mundial, a referência, et pour cause:
pode-se encontrar pela cidade igrejas construídas nos mais
lá foram criadas as boutiques e maisons. Na Av. Montaigne estão as mais belas
diversos estilos e épocas. Vale a pena visitar a Catedral
Altas gastronomias
vitrines de estilistas consagrados e suas marcas: Christian Dior, Nina Ricci e Chanel,
de Notre-Dame, em estilo gótico e situada na Île de La
Gastronomia é sinônimo de Paris. Em toda a cidade, restaurantes e bistrôs
entre muitas outras, em cenário de luxo – pura elegância, requinte e bom gosto.
Cité, finalizada em 1330, 167 anos depois de seu início.
recebem com charme e boa comida. O restaurante mais antigo é o Le Procope,
Mais adiante fica a charmosa Rue du Faubourg-St. Honoré, o outro point da moda,
Lá Napoleão foi consagrado imperador. Outros templos
no bairro de Odéon. Inaugurado em 1686, foi antes um dos cafés preferidos
com Christian Lacroix, Yves Saint Laurent e Hermès. A alta-costura está na Champs-
famosos: Saint-Chapelle, Sacre Coeur, La Madeleine
dos filósofos e políticos franceses. Típicas, as brasseries são um mix de café,
Elysées, uma das principais avenidas de Paris, palco das grandes celebrações como o
e a gigante Saint-Sulpice, que teve sua popularidade
bar e restaurante, e têm grande movimento a qualquer hora do dia: além
Réveillon e o 14 Juillet, que comemora a República Francesa pós-Revolução.
aumentada ainda mais, recentemente, com o livro e o
da atmosfera descontraída, os preços são relativamente mais baratos e, ao
A avenida concentra grandes galerias e lojas – de perfume a decoração.
filme O Código Da Vinci.
contrário dos restaurantes, não é necessário fazer reserva.
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REVISTA
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TURISMO
Na página anterior, bicicletas de Paris.
À esquerda, Museu do Louvre.
Abaixo, Jardins de Luxemburgo.
PARIS CHIC: CONSUMA!
Administradora de empresas e com MBA em Luxo na FAAP, Cris
Tamer é globe trotter e tem uma agência de turismo de luxo em São
Paris de bicicleta: liberté!
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Paulo, a Concierge. Aqui ela abre seu notebook e nos dá suas dicas
Bon appétit!
de conaisseuse.
“Uma curiosidade é o restaurante da Anahí (Le Relais d’Entrecôte),
A partir de 2007, Paris entrou no estilo “ambiental-
“Nos passeios, nunca deixo de ir aos Jardins de Luxemburgo, bonito
uma francesa apaixonada pela América do Sul e sua culinária: da
responsável”. A cidade passou a contar com o sistema
no verão e no inverno também. Perco-me em Saint-Germain-des-
Argentina, do Peru, do Brasil. Informal como nós, não precisa de
Vélib’: todo mundo pode alugar uma bicicleta e usufruir
Prés, visito as exposições da Fundação Cartier e o Galliera, o museu da
reserva. E a seu lado talvez se sente a atriz Juliette Binoche. Le Thion:
da liberdade que é o símbolo francês pós-Revolução. A
moda e dos têxteis. E também vou à missa na Medaille Miraculeuse,
ali a comida é asiática e a qualquer hora podem entrar Jacques Chirac
iniciativa pioneira dá a qualquer um a oportunidade
na Rue du Bac. É gostoso mexer em tudo no Marché aux Puces e
e o Presidente Sarkozy. L’Ami Louis é dica do Boni e da Lillian Pacce
de admirar a paisagem sentindo o vento no rosto, e
passar o domingo no Marais, entrando em suas boutiques jovens
para se comer um frango trinchado à sua frente com batatas em um
contribuiu em 15% também para a diminuição do tráfego
e ainda visitar a Place des Vosges, com seus prédios maravilhosos
lugar muito estreito e pequeno. Vale também o cassoulet de Alain
de automóveis. Sua consequência: a redução da emissão
e cafés. No setor compras, vale conhecer a marca Zadig & Voltaire:
Ducasse em seu Taillevant. Joel Robuchon fez do L’Atelier, com seu
de poluentes. Foram construídas 750 estações para pouco
para meninos e meninas que curtem o estilo parisiense de se vestir,
balcão central para se acomodar à volta, um lugar diferente e mais à
mais de 10.000 bicicletas. No futuro planeja-se construir
em t-shirts e cashemires. Para as guloseimas: La Reine Astrid e seus
vontade que o seu La Table. As porções são pequenas, prove todas.
uma estação Vélib’ a cada 200 metros.
chocolates, Fouquet’s e seus caramelos e balas. Ladurée, na Place de
Le Grand Vefour é uma experiência! Haja tempo e dinheiro! Tem
Um passeio interessante começa a partir de uma das
la Madeleine, e seus macarons. No Bon Marché, em Saint-Germain, o
placa dourada nas cadeiras com o nome das celebridades de época,
partes mais altas da cidade, Montmartre, passando pela
sonho de gourmets e gourmands: de lá vem o sal de Guérande, bom
como Émile Zola, por exemplo. O serviço é impecável desde o século
Basílica de Sacre-Coeur, a partir da qual se tem uma das
para as saladas, além de mais chocolates e mais caramelos, estes
XVII. Para encerrar este circuito, o romantismo do Jules Verne, na Tour
melhores vistas da Cidade-Luz.
com cristais de sal que realçam o sabor.”.
Eiffel, um dos melhores restaurantes de Paris para se jantar.
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REVISTA
FEV. 2010
VITRINE
Tudo que você
E terá!
TRADIÇÃO
O sofá Chesterfield capitoné, em couro marrom, ganha o nome
de Akans na Beach & Country, a nova e sofisticada marca da
queria ter em casa.
Artefacto para praia, campo e para sua casa nova também.
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Artefacto Beach & Country - Tel.: 11 3087.7000 | www.artefacto.com.br
TECNOLOGIA E CONFORTO
Premiada na Feira Internacional de Móveis de Las Vegas,
em 2008, a poltrona de massagem Human Touch é a única
que deixa o joelho em altura superior à do coração, em
posição que ativa a circulação sanguínea do corpo inteiro.
Faz shiatsu e tem 8 programas, entre eles para alívio de
dores musculares, tratamento das costas, alongamento
corporal, relaxamento do pescoço e ombros.
Mevolution - Tel.: 11 3061.3551 | www.mevolution.com.br
‘HIGH’ ARTESANATO
Da coleção Extrusões, a mesa do designer alemão
Konstatin Grcic, que se inspirou na asa de um avião.
Com tampo em alumínio de até 3,60m, é um produto
ao mesmo tempo tecnológico e artesanal.
Micasa - Tel.: 3088.1238 | www.micasa.com.br
LUZ!
Da Wall Lamps, o abajur Flow, da nova Linha
Fabbian. Design moderno que vai bem em qualquer
canto, e remete ao clássico, em metal cromado.
Wall Lamps - Tel.: 11 3064.8395 | www.wallamps.com.br
ALTA COSTURA
Peças diferentes com ideais semelhantes, feitas à mão. Como
As três esculturas de Emanoel Araújo trazem a
a cadeira Siri, no elegante desenho de Claudia Moreira
leveza do metal e as cores da França para sua
Salles, as poltronas de resina e couro de Ricardo Fasanello, e
casa. Você encontra estas e muitas outras no
as releituras de Jorge Zalszupin pelo próprio criador.
Etel – Tel.: 11 3064.1266 | www.etelinteriores.com.br
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BLEU, BLANC, ROUGE
REVISTA
FEV. 2010
endereço secreto da Rua Lisboa, em Pinheiros.
Almavera – Tel.: 11 3088.8437 | www.almavera.com.br
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REVISTA
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DESIGN
MÓVEIS VIVOS
JOIA
RARA
Etel Carmona: Uma brasileira decidiu contar a história do nosso
design de móveis com o uso sustentável dos recursos naturais.
POR SERGIO ZOBARAN
D
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REVISTA
FEV. 2010
Ah, se eles falassem. O que contariam? Ou será que
cantariam para nos encantar?
Revelariam suas terras de origem?
As mãos que o acariciaram?
Os desenhos que os inspiraram? Que móveis são esses?
Tão brasileiros e atemporais... Que respiram respeito.
E inspiram conforto.
Suaves em sua existência maciça. De ética robusta
e traços delicados.
Em cada peça, um único DNA. Identidade que
nasce e nunca morre.
Aqui não existe um tempo, mas vários. Marcados em cada
feixe de madeira, no design das peças, nos vincos das mãos,
nos cuidados com a Terra. Códigos genéticos que provocam a
admiração porque transformam móveis em objetos do desejo.
Luciana Bisker
os anos 1930, o resgate do trabalho de Gregori Warchavchik, que
projetou e construiu para si aquela que foi considerada a primeira
residência moderna do País, em São Paulo. Dos anos 1950, a pureza de
linhas da marca Branco & Preto e os móveis do lendário Jorge Zalszupin,
fundador da loja L’Atelier. Dos psicodélicos 70 em diante, as novas
“A madeira é uma joia e a confecção dos móveis em
formas e materiais de Ricardo Fasanello. Em 1990, o início da parceria com a
si já é um trabalho de joalheria”, diz Etel entre as árvores
designer Claudia Moreira Salles. E, em seguida, a introdução do mobiliário de
do jardim de sua casa-loja, localizada na rua emblemática
um de nossos papas da arquitetura, Isay Weinfeld. Depois vieram os também
da decoração na cidade, a Alameda Gabriel Monteiro da
arquitetos Lia Siqueira e Dado Castello Branco e suas criações. A constelação de
Silva. E ouvi-la em seu discurso ecológico-sustentável
talentos vai se formando assim, aos poucos, de forma extremamente cuidadosa,
em plena capital é quase inacreditável. Porque é difícil
na história de Etel Carmona, em sua vida e obra – ela mesma uma talentosa
imaginar que aquela mulher loura e elegante, em seus
criadora, a criatura que decide desenvolver em 1985, no seu sítio de Louveira,
olhos claros e óculos escuros, deixa uma vez por mês
no interior do Estado de São Paulo, um laboratório daquela que um dia seria
seu habitat natural de cidade grande para se embrenhar
(como foi a partir de 1988) a primeira fábrica Etel de móveis que contam a
na mata do Acre – há oito anos! E segue para a terra
história do melhor design brasileiro. E que hoje chegam à loja que leva seu
de Chico Mendes, a lendária Xapuri, para comandar sua
nome, em São Paulo-capital, e a Belo Horizonte, no Brasil. Além dos grandes
equipe de lá na confecção de móveis sofisticados em sua
espaços que ocupa em importantes showrooms da América e da Europa: em
simplicidade de linhas, mas com um DNA absolutamente
Nova York e Los Angeles, Toronto, Lisboa, Zurique e Dusseldorf.
brasileiro e politicamente correto.
Peças de Jorge Zalsupin
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REVISTA
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DESIGN
Poltrona e Ottoman Kudasay
E não é só isso: além da Etel Carmona-pessoa física,
que trabalha com uma comunidade naquele estado
tão longe de São Paulo, existe ainda a empresária
consciente que é sócia de um outro sonho: também
na Região Norte, mais especificamente no Pará, ela
compra terras e recria florestas em áreas degradadas,
onde está plantando mais de 100 mil mudas de árvores
como freijó, paricá e cedro.
“Fico preocupada com tudo, inclusive com os bichos,
até mesmo os insetos que estão desaparecendo –
estamos acabando com a nossa fauna, que corre risco
em função da falta de polinização. Tem que haver uma
conscientização!”. Consciente, Etel continua seu discurso
de quem já dormiu muito em redes e tem medo de cobra,
mas nunca de ousar e abusar do empreendedorismo e da
busca incessante de uma estética do olhar e do fazer
móveis da melhor qualidade, e de maneira interessante
e até, por que não, inovadora. Em suas próprias criações,
ela hoje não resiste. E entram em campo, além da
madeira, a prata e as pedras brasileiras, como o lápislázuli, enfeites típicos inseridos em situações ousadas,
até com um toque de luxo e humanização no radicalismo
do uso da madeira a que se propôs há mais de vinte anos
– e que terá com certeza uma continuação, pelas mãos
de sua filha Lissa Carmona, que hoje orgulhosamente
trabalha com a mãe.
88
REVISTA
FEV. 2010
Poltrona Sênior
A YUNY TEM UM SISTEMA
DE ATENDIMENTO QUE PENSA
EM TUDO PARA VOCÊ.
ESTILO DE VIDA
Para a Yuny, pensar em tudo é pensar em você,
por conta disso criou um canal de relacionamento
Através dele você recebe atendimento e tratamento
especial, seja em busca de uma informação ou
até uma visita à obra.
O SAY é contato direto com seu apartamento, assim
você fica informado, atualizado e tranquilo com a
realização do seu sonho.
SAY. Pronto para ouvir você.
Três Marias Preciosas
“Estamos contando a história do design brasileiro através
Aparador Cacos
Mesa Compasso
do uso sustentável dos recursos naturais que temos, diz
Etel em meio aos objetos do desejo do grupo cada vez
maior de cultuadores das belas formas do mobiliário
nacional de peso e de vanguarda – de hoje e das diversas
décadas do século XX em que teve sua origem. Mas não
para por aí. Em busca de vendas e de um reconhecimento
internacional, Etel foi à luta pela internacionalização do
bom gosto brasileiro. De arquitetos e designers nativos ou
aqui radicados, como um dia foi comum entre nós. “Quero
que continuem com este meu trabalho, que é muito
verdade”, ela afirma sem medo de ser piegas. “Quero
que as pessoas olhem para a madeira, para a natureza e
para as outras pessoas com o mesmo amor”. E olha que
ela tem ainda que olhar por muitas pessoas por muito
tempo ainda, pois sob seu comando estão hoje cerca de
quinhentas delas trabalhando incessantemente pelo mais
genuíno móvel nacional.
“Acredite: esta é uma missão que recebi. E pensar que
tudo começou com cinco meninos de Jundiaí, na garagem
do meu sítio... e continua na Amazônia, onde vou com o
maior prazer. Hoje trago os operários de lá, os capacito em
minha fábrica e levo de volta à selva para trabalhar”. Para
ela, a filosofia é uma só: “Em plena era dos importados,
finalmente vejo que o Brasil está dando mais valor ao
Brasil, respeitando a autoria de suas criações”.
Mesa Flor
www.yuny.com.br | SAY 3045 1234
90
REVISTA
FEV. 2010
j3p
exclusivo, o SAY - Sistema de Atendimento Yuny.
N O TA S Y U N Y
Um ATUA é sempre feito
para você e feito do seu jeito
ATUA, uma empresa de construção civil voltada para a oferta de projetos diferenciados e para a
correta administração de recursos em obras, sempre em busca da satisfação de seus clientes.
E
92
REVISTA
m junho de 2001 nasceu a Econ, uma
prioriza a manutenção a longo prazo da qualidade
empresa inovadora, com técnicas construtivas
de
avançadas, profissionais especializados e foco
responsáveis. Esse conjunto de medidas, reunidas sob
na otimização dos produtos ofertados. Graças
o selo do Planeta ATUA, visa estimular a preservação
a
diferenciais
competitivos,
através
de
projetos
ambientalmente
como
e a conscientização, ao mesmo tempo que evita
qualidade e rapidez, a empresa firmou importantes
desperdícios e proporciona economia, não só para
parcerias para reformas urbanas, construções e obras
cada unidade, mas para o condomínio como um todo.
da CDHU. Em 2008, a partir da associação com a Yuny,
Dentre as medidas do Planeta ATUA destacam-se:
uma das mais respeitadas incorporadoras do Mercado,
sensores de presença nas áreas comuns, coleta seletiva
surgiu a ATUA Construtora e Incorporadora, uma
de lixo, utilização de lâmpadas econômicas, previsão
empresa de construção civil voltada para a oferta de
de medidores individuais de água e gás e elevadores
projetos diferenciados, para a correta administração
com motores de alto desempenho.
de recursos em obras e que opera sob os alicerces
A ATUA foi uma das primeiras construtoras a adotar
da inteligência construtiva, da solidez e dos bons
o maior programa habitacional do país: o Programa
negócios, sempre em busca da satisfação plena de
Minha Casa, Minha Vida do Governo Federal, financiado
seus clientes.
pela CAIXA, que, com sua tradição de mais de cento e
Além de trabalhar para atender às necessidades dos
cinquenta anos de apoio à população brasileira, agrega
moradores, a ATUA adota uma série de medidas que
ainda mais valor aos produtos ATUA.
FEV. 2010
esses
vida,
93
REVISTA
FEV. 2010
Corra Pra Vida
www.lopes.com.br
Lopes. O shopping de imóveis do Brasil.

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