2008 Relatório Anual
Transcrição
2008 Relatório Anual
Português 2008 Relatório Anual Vidas saudáveis. Resultados mensuráveis. PSI reconhece que é somente uma das muitas organizações que trabalham com vista à meta comum de melhorar a saúde dos mais necessitados. Com isso em mente, estabelecemos uma ligação explicita das notas metas de impacto de saúde aos padrões fora da PSI, tais como Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, para assegurar conformidade com a comunidade internacional de saúde pública e para compreender a nossa contribuição ao esforço global. Para computar o nosso impacto, nós estimamos o número de casos evitados pelas nossas intervenções em cada uma das principais áreas de saúde nas quais trabalhamos (HIV, malária, água limpa/sobrevivência infantil e saúde reprodutiva). Ao converter este impacto em Anos de Vida Ajustada por Incapacidade (DALY), a PSI está na rota de ganhar mais de 10 milhões de DALYs por ano. Casos de VIH Evitados Casos de Malária Evitados Milhares Milhões 200 20 150 15 100 10 50 5 0 2003 2004 2005 2006 2007 0 2003 2004 2005 2006 2007 Casos de Diarréia Evitados Casos de Gravidezes Não Planeadas Evitadas Milhões Milhões 4 3 3 2 2 1 1 0 2003 Photo: © Jenn Warren/PSI 2004 2005 2006 2007 0 2003 2004 2005 2006 2007 Conteúdo 2 Relatório do Presidente e Diretor Executivo 3 Mensagem do Presidente do Conselho de Administração 4 Malária 5 Água Limpa e Sobrevivência Infantil 7 HIV 9 Saúde Reproductiva 10 Programas de PSI 12 Conselho de Administração Pessoal Sénior Representantes nos Países 13 Relatório Financeiro Esquerda, Presidente Bush e a Primeira Dama Laura Bush visitam um programa de jovens no Ruanda. Direita, Sally Cowal da PSI faz o compromisso junto do Presidente Clinton na Reunião Anual da Iniciativa Global Clinton em Nova Iorque. Relatório do Presidente e Diretor Executivo N a minha primeira viagem ao estrangeiro como Presidente da PSI no ano 2007, concretamente durante a visita aos nossos parceiros da Greenstar Social Marketing em Paquistão, os nossos trabalhadores de extensão levaram me para as suas rondas de entrega de tratamento de TB nos bairros pobres de Karachi. Numa outra altura, na Tanzania, testemunhei uma demonstração de água limpa dirigida a grupos de residentes pobres de Dar es Salam. Em Mumbai, passei tempo com as nossas equipas teatrais de rua para mudança de comportamento, que alcançavam os nossos grupos alvos a medida que o tráfico fluía por um dos mais problemáticos distritos tidos como lanternas vermelhas. Em cada um dos nossos programas espalhados pelo mundo, obtenho uma útil recordação do lado humano de nosso trabalho. Gostamos das métricas, trabalhamos arduamente para quantificar o nosso impacto, o nosso enfoque está na eficácia e efectividade. Mas o impacto real do trabalho da PSI é mensurado nas pessoas: populações pobres e vulneráveis sem acesso aos produtos e serviços de saúde de qualidade a preços acessíveis, que com por razões óbvias nem sempre encontram cobertura no sector público. Tratar cada uma destas pessoas com dignidade— a mesma dignidade que nos é concedida quando fazemos escolhas de consumo sobre as nossas vidas — é a verdadeira pedra angular de nossa missão. Karl Hofmann aceita um presente do Projecto da PSI/Togo “Little Sister to Sister Project”. O projecto financiado por DFID proporciona serviços e treinamento de saúde a mulheres jovens desfavorecidas para lhes ajudar a melhorar suas vidas. Sentimo-nos humildes pelo que é requerido para alcançarmos o impacto de saúde definido no nosso Plano Estratégico 2007-2011, mas estamos entusiasmados em oferecer o melhor retorno possível para todos os que pretendem melhorar a saúde e salvar vidas de mulheres, crianças e populações vulneráveis. O nosso trabalho significa parcerias. Mesmo não sendo parte do governo, devemos contribuir para o alcance das estratégias de saúde dos nossos governos hospedeiros. Não somos o sector privado, mas sabemos que alcançamos o impacto máximo quando trabalhamos estreitamente com o sector privado, e quando nos mantemos firmes nos padrões de eficiência. Aspiramos ser os melhores, mas sabemos que somos melhores quando colaboramos com outros. Estamos profundamente agradecidos pela confiança que a nós é depositada por vós, nossos parceiros. 2 Karl Hofmann Mensagem do Presidente do Conselho de Administração E m 2006, o Conselho de Administração da PSI aprovou um plano estratégico para nossa organização com uma audaciosa meta de duplicar o nosso impacto de saúde em cinco anos, de 11 milhões de Anos de Vida Ajustados por Incapacidade (DALYs) no ano 2007 a 22 milhões para o ano 2011. A nossa meta para o ano 2008 é de 14 milhões de DALYs, e estamos em vias de excedê-los. O alcance destas metas depende de muitas coisas, mas nenhuma é importante do que a dedicação de 8.000 pessoas talentosas que trabalham para a PSI em mais de 60 países. O Conselho de Administração apoia fortemente o trabalho destas pessoas em nome do pobre e vulnerável em todo o mundo. Com membros provenientes de diferentes backgrounds, incluindo vozes de África, Europa e Ásia do Sul, o Conselho de Administração da PSI aprecia o seu papel de dirigir esta organização bastante rápida e inovadora. Parcerias e conexões são, mais do que nunca, muito importantes para o trabalho da PSI nas décadas vindouras. As adversidades dos pontos de vista do Conselho de Administração proporcionam uma sensata plataforma necessária para assegurar que o nosso crescimento contínuo satisfaça as necessidades dos nossos clientes. Frank Loy, Presidente do Conselho de Administração da PSI. Aguardamos ansiosamente pelos desafios de 2009, e contamos com a vossa parceria para melhorar milhões de vida em todo o mundo. Frank Loy, Presidente do Conselho de Administração da PSI 3 Malária N o início do século XXI, a comunidade internacional tem o compromisso de inverter a onda sobre o antigo flagelo de malária através da aplicação de estratégias comprovadas de prevenção e tratamento. A PSI está na vanguarda deste esforço global implementando programas de controlo da malária em 32 países em todo o mundo. Invertendo a Onda em Ruanda O Programa Nacional de Controlo da Malária (PNCM) em Ruanda, demonstra o que pode ser alcançado através da combinação duma forte liderança política, colaboração inter-agência e cometimento da comunidade doadora internacional. Com o apoio da PSI, o governo de Ruanda tem procurado agressivamente reduzir o fardo de malária através duma abordagem integrada do sector público-privado para prevenção e tratamento da malária. O PNCM e parceiros aumentaram agressivamente o acesso às redes tratadas com insecticida de longa duração (LLIN), resultando no aumento em cinco vezes a cobertura e posse da rede mosquiteira, e impulsionaram a conversão multisectorial à escala nacional para o mais efectivo medicamento antimalárico disponível. Dados recentemente publicados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que este aumento no acesso aos medicamentos antimaláricos e a grande cobertura de Na clínica de Ruanda, mães aguardam com os seus filhos para receberem vacinações e redes mosquiteiras gratuitas. Campanhas integradas como esta, podem alcançar uma ampla cobertura de rede e inclui educação sobre malária e uso correcto da rede. 4 LLIN reduziu em cerca de metade o fardo de doenças em Ruanda. Cobrindo a Lacuna de Redes Mosquiteiras Desde 1998, a PSI tem estado a apoiar o Ministério de Saúde em Ruanda a distribuir mais de 3.2 milhões de LLINs através de todos os canais disponíveis incluindo campanhas em massa para a rápida cobertura de redes gratuitas e rotina, fornecimento contínuo através de unidades sanitárias públicas, ONGs baseadas na comunidade e o sector privado. Durante a campanha nacional de 2006, dirigida pelo Ministério de Saúde, a PSI e parceiros distribuíram mais de 1.4 milhões de redes para mulheres grávidas e crianças em menos de um mês usando todos os meios de transporte, desde camiões até canoas para alcançar populações do interior da zona rural. Nesse mesmo ano, a PSI e parceiros distribuíram mais 1.6 milhões de redes através de esforços de distribuição de rotina nas clínicas pré-natal, pontos de venda do sector privado e ONGs. Desde 2006, a PSI tem estado a ajudar na manutenção de ganhos alcançados na cobertura de redes durante esta campanha, através da distribuição rotineira de redes via farmácias do sector privado, clínicas pré-natal, dias de vacinação rotineira nos centros, e distribuidores baseados na comunidade com capacidade para identificar pessoas vivendo com HIV e o mais pobre do pobre. Os centros de saúde formam a fundação da estratégia de distribuição do sector público com mais de 400 clínicas, providenciando LLINs e a terapia combinada baseada na artimisina (ACT) a nível comunitário. Alcançando a Meta de Abuja para o Tratamento Os esforços para aumentar a cobertura de redes em Ruanda têm sido complementados por um programa inovador para aumentar o acesso ao tratamento efectivo da malária no seio de crianças com menos de cinco anos. A política de Ruanda de tratamento progressivo da malária é de vender antimaláricos a preços profundamente subsidiados através de unidades sanitárias, trabalhadores de saúde baseados na comunidade e sector privado. No dia africano da malária, em 2007, o Programa Nacional de Controlo da Malária lançou o primeiro programa de âmbito nacional de gestão domiciliária da malária usando ACT. Este programa, financiado pela Iniciativa Presidencial contra Malária e Fundo Global Contra SIDA, Tuberculose e Malária, foi esboçado e – está sendo implementado – pelo PNCM em parceria com a PSI e outras ONGs internacionais. O programa baseia-se na distribuição de ACT, instruções de exigência mínima do nível de escolaridade através de trabalhadores de saúde baseados na comunidade, e farmácias do sector privado. A experiência de Ruanda é apenas um exemplo de compromisso da PSI em apoiar os Ministérios de Saúde a implementar os programas de redes e de ACT, em grande escala, nos países onde a malária é endémica. Desde 2006, a Apoiando o Plano de Acção Global contra a Malária No dia 25 de Setembro de 2008, a parceria Roll Back Malaria lançou o seu primeiro plano de acção global de malária, o plano que providencia o roteiro para o controlo, eliminação e eventual erradicação da malária a nível mundial. É certamente um plano ambicioso, mas está fundamentado na realidade e informado por uma base de evidência crescente e robusta. Optimamente maior evidência do impacto dos instrumentos existentes vem de epicentros de malária, em países como Ruanda e Etiópia. Como membros chave da parceria Roll Back Malária, a PSI está jogando um papel de liderança neste processo histórico de crescimento. PSI tem apoiado as campanhas de distribuição gratuita de redes na República Democrática do Congo, Malawi, Mali, Moçambique, Sudão e Uganda, e distribuição em curso de redes em mais de 17 países, incluindo programas de escala nacional no Quénia e Malawi. No tratamento, a PSI está na vanguarda da agenda global, apoiando os países endémicos a desenhar, implementar e documentar o impacto das estratégias de gestão domiciliária da malária que usa ambos canais do sector público e privados. A PSI é, também, um dos principais provedores de apoio na comunicação, ajudando os governos hospedeiros a assegurar que as populações em risco usam correcta e consistentemente estas intervenções. Desde 2005, a PSI distribuiu mais de 40 milhões de redes e 12 milhões de doses de medicação antimalárica. Nos próximos anos, à medida que a comunidade internacional se aproxima às metas de Abuja (para o controlo da malária) e os prazos de Metas de Desenvolvimento do Milénio, em 2010 e 2015 respectivamente, a PSI predispõe-se a aumentar e sustentar estes esforços de controlo da malária em nome dos Ministérios de Saúde nos países endémicos. Água Limpa e Sobrevivência Infantil P erto de um bilião de pessoas, carece de acesso a fonte segura de água potável. As repercussões são muitas vezes fatais. Cada ano, cerca de dois milhões de crianças em todo o mundo morre por doenças diarreicas, devido à água contaminada e às práticas de higiene, constituindo cerca de 17% de mortalidade infantil em todo o mundo. Em 29 países da Ásia, África e das Caraíbas, a PSI promove comportamentos saudáveis através da educação de indivíduos sobre a purificação de água 5 no domicílio, praticando higiene melhorada e oferecendo tratamento para doenças diarreicas se a criança cair doente. Os programas da PSI asseguram que as famílias têm instrumentos para manter a saúde dos seus filhos. Estes programas são possíveis com o apoio da colaboração internacional do Centro para Controlo de Doenças e Prevenção dos EUA, a Rede da OMS para Tratamento da Água na Família, Agência Norte Americana para o Desenvolvimento Internacional, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e Procter & Gamble. 6 Prevenção de Doenças Diarreicas Nos lugares onde a água está disponível para uma comunidade através dum furo ou poço, a água potável pode tornar-se contaminada durante o transporte ou quando estiver acondicionado em casa, causando surtos debilitadores de diarreia. O tratamento de água na família — realçado no relatório de 2003 das NU (Nações Unidas) do desenvolvimento mundial da água como solução de purificação de água mais efectiva em termos de custo — e associado a comportamentos higiénicos pode ser adoptado rapidamente e a baixo custo. Estas práticas empoderam indivíduos a assegurarem que a água para beber nas suas famílias é limpa. Os produtos da PSI para o tratamento da água incluem a Solução de Água Limpa baseada no hipoclorito de sódio, comprimidos baseados no cloro e um pó floculante/desinfectante. Usando ambos canais de marketing comercial e de mobilização comunitária, a PSI gera consciên- Quando o Ciclone Nargis atingiu Myanmar em Maio de 2008, a PSI achou-se bem posicionada par escutam um trabalhador de socorro a descrever a Solução de Água Limpa, crucial durante a fase pos beber. cia sobre o valor de desinfectar a água para beber, lavar as mãos e outros comportamentos chave de higiene. Tratamento de Doenças Diarreicas A PSI complementa o seu trabalho no tratamento da água na família com a promoção de sais de rehidratação oral e suplementos de zinco, para salvar vidas de crianças que poderão morrer por desidratação relacionada com a diarreia. Estas mortes são facilmente preveníveis, mesmo assim a falta de conhecimento generalizado das práticas melhoradas continua a colocar muitos desafios. Os sais de rehidratação oral são 95% efectivos na prevenção da desidratação, e foram identificados pelo antigo Director Geral da OMS como “uma das grandes histórias de sucesso de saúde pública do nosso tempo”. A OMS e UNICEF identificaram a suplementação de zinco em conjunção com sais de rehidratação oral como a melhor maneira para reduzir a incidência, severidade comuns no seio das pessoas afectadas. A PSI/Myanmar, uma das maiores ONGs internacionais trabalhando no país, reconheceu rapidamente que como distribuidor duma solução de baixo custo para purificação da água, estava bem posicionada para apoiar os esforços de ajuda às vítimas do ciclone. A produção local de WaterGuard aumentou rapidamente, e a sede da PSI em Yangon tornou-se o ponto de distribuição para providenciar a solução de cloro aos grupos organizando distribuição de ajuda às regiões mais afectadas do delta de Ayeyarwady. Através desta colaboração, a PSI/Myanmar providenciou suficiente WaterGuard gratuito para tratar água equivalente a um mês para cerca de 1,6 milhões de pessoas. HIV A ra ajudar esforços de socorro. Aqui pessoas ansiosas sterior à tempestade que contaminou a água para e duração de doenças diarreicas nas crianças. O Ciclone Nargis Em Maio de 2008, o Ciclone Nargis devastou a nação do Sudeste Asiático de Myanmar. Mais de dois milhões de pessoas sofreram na fase subsequente à tempestade. Os relatórios oficiais indicam que pelo menos 140,000 pessoas morreram, mais de um milhão ficaram sem abrigo. Relatos de infecções respiratórias, diarreias severas e outras desordens gastrointestinais eram pandemia de HIV/SIDA afecta pessoas em todo o mundo, estando elas no seio de 33 milhões de pessoas vivendo com a doença e seus entes queridos, pesquisadores e doutores procurando novas estratégias e tratamentos, ou defensores combatendo a doença através da educação, prevenção e empoderamento individual. Em mais de 60 países em todo o mundo, a PSI trabalha para influenciar as oportunidades, habilidades e motivações que permitem que as pessoas adoptem comportamentos que as protegerão do HIV. O marketing social de preservativos, a comunicação dirigida e o aconselhamento e testagem voluntária de HIV permanecem os pilares das intervenções da PSI na prevenção de HIV. A PSI usa o marketing social para fazer com que os preservativos e outros produtos de saúde estejam disponíveis para às populações vulneráveis, que doutra maneira não teriam acesso aos mesmos. Pacotes de cuidados básicos e prevenção para pessoas vivendo com HIV, kits pré-empacotados para gestão de infecções sexualmente transmitidas e lubrificantes são alguns dos outros produtos que a PSI promove. À medida que a epidemia desenvolve, os programas nacionais da PSI estão implementando novas iniciativas tais como circuncisão masculina e comunicação dirigida a múltiplas parcerias sexuais concorrentes e uso de droga injectável. Circuncisão Masculina Em 2008, a PSI fez um esforço concertado para aumentar a circuncisão masculina (CM) em diversos países em África. A pesquisa no Quénia, Uganda e África do Sul demonstrou uma redução de 60% na infecção de HIV no seio de homens heterossexuais quando comparado com homens não circuncisados. Esta pesquisa motivou a PSI a integrar serviços CM na sua programação de HIV e a encorajou a tornar-se promotor do assunto: durante a XVII Conferência Internacional sobre SIDA na Cidade do México, 7 na Zâmbia e Suazilândia, e para replicar modelos para o aumento de CM noutros lugares. Parceria Sexual Concorrente A PSI continua a abordar a prática amplamente conhecida de múltiplas parcerias concorrentes na África Oriental e Austral. Parcerias múltiplas concorrentes é a prática de ter vários parceiros sexuais que se sobrepõem muitas vezes por meses ou anos. A PSI está trabalhando para aumentar a consciência sobre o risco de HIV associado com esta prática e está implementando iniciativas para encorajar a redução de parceiros e o uso de preservativo. © Irene Abdou,photoswithsoul.com Na Nigéria, o educador de pares da Society for Family Health encontra-se com homens locais para falar sobre os riscos de sexo não seguro. Usando imagens para fazer passar o seu ponto, ele consegue alcançar pessoas nas áreas de baixo nível literário. 8 a PSI concedeu uma conferência de imprensa que realçou a importância da circuncisão masculina e foi coberta pelo The Economist, the New York Times, Agência France Press, Reuters e outros grandes medias. Consciente da segurança e desafios culturais associados com a promoção de CM, a PSI e seus associados estão trabalhando para gerar procura informada e para expandir o acesso aos serviços seguros de circuncisão para rapazes e homens. A PSI alcança também mulheres e líderes comunitários para criar uma atmosfera de apoio que encoraja normas sociais saudáveis e comportamentos sexuais pósoperatório. A Society for Family Health, uma organização afiliada da PSI na Zâmbia, começou a integração de serviço CM no aconselhamento e testagem de HIV, em Setembro de 2007, e planifica oferecer o procedimento a mais unidades de saúde públicas e privadas por todo o país. As plataformas da PSI em Lesotho, África do Sul, Suazilândia e Zimbabwe já lançaram campanhas de comunicação para promover a circuncisão masculina e estão oferecendo aconselhamento e testagem aos homens antes de se submeterem ao procedimento de CM. Em Dezembro de 2008, a PSI assinou um acordo com a Fundação Bill e Melinda Gates para aumentar a circuncisão masculina Fora da África, a PSI continua comprometida em abordar HIV em regiões onde a epidemia afecta desproporcionalmente pessoas que se injectam droga, homens que fazem sexo com homens e trabalhadoras de sexo. A PSI tem programas na Europa e Ásia Central, Sul e Sudeste para alcançar estes grupos em risco. A estratégia da PSI na prevenção de HIV para os utilizadores de drogas injectáveis focaliza em prevenir o uso de drogas no seio de jovens, reduzir a partilha de agulhas, aumentando o tratamento contra drogas, engajando as redes de farmácias do sector privado a aumentar a distribuição de equipamentos esterilizados de injecção para os utilizadores de droga injectável, e encorajando comportamentos saudáveis no seio de trabalhadoras de sexo que usam drogas. Saúde Reproductiva A través de produtos e serviços integrados de saúde reprodutiva efectivos em termos de custos, a PSI está trabalhando para melhorar a saúde e o bem estar das mulheres, crianças e famílias em mais de 30 países em todo o mundo. Os programas da PSI de saúde reprodutiva proporcionam a milhões de casais em todo o mundo a oportunidade de determinar se desejam, e quando querem ter filhos, e quantos. A carteira da PSI de saúde reprodutiva inclui um leque de contraceptivos hormonais orais e injectáveis, dispositivos intra-uterinos (DIU), implantes, contracepção cirúrgica voluntária, contraceptivos de emergência, preservativos masculinos e femininos, métodos de planeamento familiar, tais como o Método Padrão dos Dias. O aumento do acesso aos produtos e serviços contraceptivos ajuda os casais a evitar gravidezes indesejadas e reduz abortos. O uso de contraceptivos de barreira também ajuda a proteger contra as infecções sexualmente transmissíveis, incluindo o HIV. Combinados, estes resultados proporcionam saúde melhorada, benefícios económicos e sociais para as famílias e comunidades. Começando em 2008, a PSI lançou novos programas esboçados para aumentar o acesso aos métodos contraceptivos de acção prolongada — especificamente DIUs e implantes — e para reduzir mortes devido a aborto inseguro e hemorragia pós-parto em 14 países em África, Ásia e América Latina. Estes esforços vão fortalecer os programas exis- tentes da PSI de saúde reprodutiva, por proporcionar mais opções aos casais que desejam espaçar ou limitar suas gravidezes. Os implantes e DIUs oferecem uma variedade de vantagens, tais como efectividade a longo prazo e reversibilidade. Os implantes são efectivos até cinco anos, enquanto DIUs são efectivos até 12. Uma vez removidos, o retorno da mulher à fertilidade é quase que imediato. Outras vantagens destes métodos incluem a conveniência da utilizadora, taxas muito baixas de falha e efectivos em termos de custo ao longo do tempo. Apesar destas vantagens significantes, os métodos de acção prolongada são tipicamente inacessíveis para as mulheres na maior parte do mundo em desenvolvimento. A PSI vai expandir os seus programas de saúde reprodutiva para incluir serviço de alta qualidade de fornecimento de DIUs e implantes através das redes acreditadas de provedores para assegurar aconselhamento apropriado, escolha de métodos e cuidado no seguimento. Estas redes irão igualmente expandir o acesso das mulheres aos medicamentos salva-vidas para reduzir abortos e hemorragia pós-parto. Combinados, estes esforços devem salvar vidas de dezenas de milhares de mulheres e melhorar a saúde reprodutiva de mais centenas de milhares. Ashley Judd, membro do Conselho de Administração da PSI visita um grupo de mulheres organizado pela PSI na Índia. Educadores de pares trabalham com grupos como este para orientar discussões e treinamentos focalizados no empoderamento dos participantes para adoptarem vidas seguras e saudáveis. 9 10 11 Conselho de Administração Pessoal Sénior Representantes nos Países Frank Loy, Presidente África do Sul: Katie Schwarm Angola: Tim Neville Ásia Central: Leila Koushenova Belize: Norman García Benin: Leger Foyet Botsuana: Toby Kasper Burkina Faso: Bob Clark Burundi: Marie-Louise Baleng Camarões/República de África Central: Nestor Ankiba Camboja: Chris Jones Caribe: Julia Roberts China: Rakdaow Pritchard Costa do Marfim: Jennifer Pope Costa Rica: Marcela Cubero El Salvador: Gerardo Lara Etiópia: Marty Bell Guatemala: Alvan Alemán Guiné: Salifou Compaoré Haiti: Shannon Bledsoe Honduras: Julio Zúniga Índia: Sean Mayberry Laos: Rob Gray Lesoto: Michele Bradford Libéria: Axel Addy Madagascar: Brian McKenna Malaui: John Justino Mali: Steve Lutterbeck México: Pamela Faura Mianmar: John Hetherington Moçambique: Arild Drivdal Namíbia: Zacch Akinyemi Nepal: Andrew Boner Nicarágua: Donald Moncada Nigéria: Bright Ekweremadu Panamá: Ethel Gordon Papua Nova Guiné: Cynde Robinson Paquistão: Dana Tilson Paraguai: Sonia Marchewka Quênia: Daun Fest România: David Reene República Democrática de Congo: Theresa Gruber-Tapsoba República Dominicana: Chuck Szymanski Ruanda: Staci Leuschner Rússia: Michael V. Gorbachev Somália: Louisa Norman Suazilândia: Iulian Circo Sudão: Marcie Cook Tailândia: Rob Gray Tanzânia: Daniel Crapper Togo: Angelika Kobilke Uganda: Susan Mukasa Vietnam: Yasmin Madan Zâmbia: Richard Harrison Zimbábue: Michael Chommie Ex-Secretario Adjunto de Estado de Assuntos Globais Departamento de Estado dos Estados Unidos WASHINGTON, DC Rehana Ahmed Médica NAIROBI, QUÊNIA Frank Carlucci Presidente Emérito The Carlyle Group WASHINGTON, DC Sarah G. Epstein Consultora de População WASHINGTON, DC Karl Hofmann Presidente e Diretor Executivo Peter Clancy Vice-presidente Executivo, Programas e Diretor Executivo Operacional Steven Chapman Vice-presidente Sênior, Pesquisa e Métrica e Diretor Executivo Técnico Sally Cowal Vice-presidenta Sênior e Diretora Executiva, Relações Públicas David Reene Vice-presidente Sênior e Representante em România Douglas K. Stevens, Jr. Diretor Executivo Financeiro e Tesoureiro Desmond Chavasse Vice-presidente, Controle da Malária Shima Gyoh Presidente, Conselho Médico e Dental Nigeriano NKAR, ESTADO DE BENUE, NIGERIA Gail McGreevy Harmon Sócia Harmon, Curran, Spielberg & Eisenberg, LLP WASHINGTON, DC William C. Harrop Ex-Embaixador dos Estados Unidos na Guiné, Israel, Quênia e Zaire e Inspetor Geral para o Departamento de Estado dos Estados Unidos e o Serviço Consular WASHINGTON, DC Judith Richards Hope Professora /Advogada WASHINGTON, DC Adriaan Jacobovits de Szeged Vice-presidenta, Novos Negócios y Advocacia Kate Roberts Vice-presidenta, Marketing Corporativo e Comunicações Lisa Simutami Diretora Sênior, Contratos e Aquisições Moussa Abbo Diretor Regional, África do Oeste e África Central, Haiti Doug Call Diretor Regional, África do Sul Shannon England Diretora, Desenvolvimento de Negócios Nils Gade Diretor, PSI/Europa Jeff Govert Diretor, Serviços de Informação e Instalações Chris Holleman Controladora Ex-Embaixador dos Países Baixos nos Estados Unidos Haia, Países Baixos Steven Honeyman Ashley Judd Diretora, VIH Atriz / Ativista FRANKLIN, TENNESSEE Gilbert Omenn Professor de Medicina Interna, Genética Humana e Saúde Pública University of Michigan [Universidade de Michigan] ANN ARBOR, MICHIGAN Malcolm Potts Professor Bixby, Escola de Saúde Pública University of California [Universidade de California], Berkeley BERKELEY, CALIFORNIA Mechai Viravaidya 12 Chastain Fitzgerald Ganhador do Prêmio Gates 2007 de Saúde Mundial Presidente, Associação de População e Desenvolvimento Comunitário BANGKOK, TAILÂNDIA Diretor, Desenvolvimento de Capacidades Globais Krishna Jafa Kim Longfield Diretora, Pesquisa e Métrica Brad Lucas Diretor, Saúde Reproductiva Tim McLellan Diretor Regional, África do Leste Grace Roache Diretora, Recursos Humanos Celina Schocken Diretora, Organizações Internacionais Brian Smith Diretor Regional, Ásia Marshall Stowell Diretor, Comunicações Jeff Terry Diretor, Marketing Corporativo David Walker Diretor, Marketing Social Barry Whittle Diretor Regional, América Latina e Caribe Relatório Financeiro Fontes de apoio $336 Milhões 1% Contribuições Utilização dos fundos $335 Milhões 0.5% 6% Arrecadação Ingressos dos programas e outras fontes 6% 6.5% 38% Fundações e corporações Gestão e gastos gerais Governo americano 17% Organizações internacionais 1% 19% Governos outros 93% Governo britânico 3% Serviços de programas Governo holandês 8% Governo alemão Population Services International Declaração das Atividades Financeiras Para os anos concluídos em 31 de dezembro de 2007 e em 31 de dezembro de 2006 Total de 2007 Total de 2006 Receitas, ganhos e outro apoio: Doações, cotas por serviços, ingressos dos programas e outro apoio do (dos/as): Governo americano $129,292,644 $114,225,548 Governos estrangeiros 105,540,064 119,054,665 Organizações internacionais 57,355,574 57,166,097 Fundações e corporações 19,553,498 14,370,612 Ingressos dos programas e outras fontes 20,138,515 18,914,137 Contribuições 4,082,074 6,596,353 Total de doações, cotas por serviços, ingressos dos programas e de outro apoio 335,962,369 330,327,412 (367,274) - 3,008,907 2,116,864 1,613,635 407,145 340,217,637 332,851,421 Serviços de programas 311,470,499 302,888,645 Gestão e gastos gerais 21,693,391 19,916,866 1,807,424 722,262 334,971,314 323,527,773 5,246,323 9,323,648 Ativos netos, início do ano 56,128,916 46,805,268 Ativos netos, fi nal do ano 61,375,239 56,128,916 Renda líquida (perdas) Investimentos e outros ingressos Ganhos (perdas) netas provenientes de operações de cambio de moeda estrangeira Total de apoio, outras receitas e ganhos Gastos: Arrecadação Total de gastos Cambio em ativos netos Os números foram excerpted acima de declarações e os programas emitidos pelos auditores externos do PSI. Cópias de nosso auditadas declarações estão disponíveis mediante pedido, a partir de PSI em Washington, DC. 1120 19th Street, NW Suite 600 Washington, DC 20036 USA +1 (202) 785-0072 Fax: +1 (202) 785-0120 www.psi.org