IMPERMEABILIZAÇÃO COM MANTA ASFÁLTICA E
Transcrição
IMPERMEABILIZAÇÃO COM MANTA ASFÁLTICA E
1 UNIVERSITÁRIO DA FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE BARRETOS - UNIFEB CURSO DE ENGENHARIA CIVIL IMPERMEABILIZAÇÃO COM MANTA ASFÁLTICA E ARGAMASSA POLIMÉRICA – ESTUDO DE CASO Leandro Meneguesso de Oliveira Junior Luciano Cantisano Barretos 2012 2 Leandro Meneguesso de Oliveira Junior Luciano Cantisano IMPERMEABILIZAÇÃO COM MANTA ASFÁLTICA E ARGAMSSA POLIMÉRICA – ESTUDO DE CASO Monografia apresentada como exigência parcial para obtenção do título de Bacharel em Engenharia civil do Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos (FEB) . Orientador: Prof. Adhemar Watanuki Filho Barretos 2012 3 CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE BARRETOS Autores do Trabalho: Leandro Meneguesso de Oliveira Junior e Luciano Cantisano Título do Trabalho: Impermeabilização com manta asfáltica e argamassa polimérica – estudo de caso. Monografia de Trabalho de Conclusão de Curso apresentada como exigência parcial para a obtenção do título de Bacharel em Engenharia civil do Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos (UNIFEB) Data da Aprovação: __/__/__ BANCA EXAMINADORA _____________________________________ Prof. Adhemar Watanuki Filho Orientador _____________________________________ Profª. Marony Costa Martins Convidado _____________________________________ Prof. Arthur Goncalves Convidado 4 DEDICATÓRIA Dedicamos aos nossos pais, que tornaram tudo isto possível. 5 AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus, pois sem ele nada disso seria possível. Á minha família que esteve sempre ao meu lado me dando força para concluir mais uma etapa da minha vida. A todos os meus amigos, em especial minha namorada pela compreensão, paciência e incentivo. Ao corpo docente e funcionários do UNIFEB, que não medirão esforços para nos ajudar a superar os obstáculos ao decorrer do curso. A Construtora Stéfani Nogueira, que autorizou usar seu empreendimento como estudo de caso. Leandro Meneguesso de Oliveira Junior Agradeço aos meus pais, Jose Mario e Ângela, meu irmãos, Gabriela, Helen e Artur, pela compreensão e apoio, que foram essências para chegarmos até aqui. A todos os colegas, professores e funcionários do curso de Zootecnia do Unifeb. A Construtora Stéfani Nogueira, que autorizou usar seu empreendimento como estudo de caso. E agradeço em especial a minha namorada, Marina, pela compreensão, paciência, incentivo e carinho a mim dedicado. Luciano Cantisano 6 RESUMO OLIVEIRA JR, L. M. & CANTISANO, L. Impermeabilização com manta asfÁltica e argamassa polimérica – estudo de caso. 57p. Trabalho de conclusão de curso – Curso de Engenharia Civil, Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos, Barretos, SP. Objetivou-se com este trabalho demonstrar e caracterizar, dentre os principais tipos de impermeabilizantes utilizados na construção civil, a argamassa polimérica e manta asfáltica, alem de fazer uma comparação entre as vantagens e desvantagens e custo de cada um deles. Realizamos o trabalho a partir de uma revisão de literatura buscando, em livros, artigos, boletins técnicos, acesso a sites, periódicos, teses e dissertação, sobre impermeabilização. Também foi realizado um estudo de caso no empreendimento Abrolhos Residencial da construtora Stefani Nogueira sobre os procedimentos por ela adotados para a impermeabilização do empreendimento. Foi realizada a impermeabilização com manta asfáltica nos banheiros e varanda por sofrem grande variação térmica e exposição solar. Já a cozinha e a área de serviço foram impermeabilizadas com argamassa polimérica por não serem locais com altos riscos de umidade. Concluiu-se que não se pode afirmar qual é o método mais eficiente de impermeabilização, pois dependerá de acordo com as peculiaridades e custo de cada um deles, do local a ser aplicado. Palavras-chave: impermeabilização, manta asfáltica e argamassa polimérica 7 ABSTRACT OLIVEIRA JR, L. M. & CANTISANO, L. Waterproofing blanket polymer asphalt and mortar - a case study. 57p. Conclusion of course – Civil Engineering Course, University Center of Educational Foundation Barretos. The objective of this study demonstrate and characterize, among the main types of waterproofing materials used in construction, the mortar and polymer asphalt mat, besides making a comparison between the advantages and disadvantages and cost of each. We work from a literature review looking at books, articles, technical bulletins, access to sites, journals, theses and dissertation on waterproofing. It was performed a case study in Abrolhos Residential development of the construction Stefani Nogueira on the procedures adopted by it for the waterproofing of the enterprise. Was performed with blanket asphalt waterproofing in the bathrooms and a balcony suffer large thermal variation and sun exposure. Have the kitchen and service area were coated with polymer mortar locations because they are not at high risk of moisture. It was found that one can not state which is the most efficient sealing, as it depends on according to the peculiarities and cost of each of the site to be applied. Keywords: waterproofing, asphalt and mortar polymer mat 8 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1. Porcentagem de investimentos nas construções (VEDACIT, 2012)..........................................................................................................................15 Figura 2. Custo da impermeabilização X Quando é executado (Adaptado de ARQUITETURA E CONSTRUÇÃO, 2005).................................................................21 Aplicação de argamassa polimérica na forma de pintura (SAYEGH, Figura 3. 2001)..........................................................................................................................26 Figura 4. Aplicação de argamassa polimérica na forma de revestimento. (SAYEGH, 2001)..........................................................................................................................26 Figura 5. Principais causas de infiltração em edificações (ANTONELLI, 2002)..........................................................................................................................37 Figura 6. Foto ilustrativa do empreendimento Abrolhos Residencial (CONSTRUTORA STEFANI NOGUERIA, 2012).......................................................42 Figura 7. Foto ilustrativa do apartamento tipo decorado (CONSTRUTORA STEFANI NOGUEIRA, 2012).....................................................................................................43 Figura 8. Imagem ilustrativa de como deve ser feito a impermeabilização nos cantos de parede (COSTRUTORA STEFANI NOGUEIRA, 2012)........................................46 Figura 9. Aplicação da manta de nylon nos cantos de parede (CONSTRUTORA STEFANI NOGUEIRA, 2012).....................................................................................46 Figura 10. Aplicação da manta asfaltica com maçarico (VIAPOL, 2012)..................50 9 Figura 11. Acabamento com maçarico no ralo (VIAPOL, 2012)...............................50 10 LISTA DE TABELAS Tabela 1. Quantitativa das áreas que serão impermeabilizadas com manta asfáltica e com argamassa polimérica (CONSTRUTORA STEANI NOGUEIRA, 2012)..........44 Tabela 2. Especificações técnicas da manta asfáltica Viaflex (VIAPOL, 2012)........48 Tabela 3. Comparativo das vantagens e desvantagens da argamassa polimérica e manta asfáltica...........................................................................................................54 Tabela 4. Custo de regularização de superfície.........................................................55 Tabela 5. Custo de impermeabilização com manta asfáltica e com argamassa polimérica...................................................................................................................55 Tabela 6. Custo da proteção mecânica.....................................................................56 Tabela 7. Custo total do processo de impermeabilização por metro quadrado.........56 Tabela 8. Custo total da impermeabilização do empreendimento.............................57 11 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS APP Polipropileno atático ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas IBI Instituto Brasileiro de Impermeabilização NBR Norma Brasileira SBRT Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas SBS Estireno-butadieno-estireno IBRACON Instituto Brasileiro de Concreto MSc Mestre Prof. Professor 12 SUMÁRIO RESUMO ABSTRACT 1 INTRODUÇÃO 14 2 OBJETIVOS 16 2.1 Objetivo geral 16 2.2 Objetivo especifico 16 3 METODOLOGIA 17 3.1 Revisão Bibliográfica 17 3.2 Tipo de estudo 17 4 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 18 4.1 Impermeabilização 18 4.2 Projeto de impermeabilização 19 4.3 Sistemas de impermeabilização 22 4.3.1 Sistemas Rígidos 23 4.3.2 Sistemas Flexíveis 24 4.4 Argamassa Polimérica 25 4.5 Manta Asfáltica 26 4.6 Umidade 32 4.7 Infiltração 33 4.8 Patologias 36 5 ESTUDO DE CASO – Empreendimento Abrolhos Residencial 41 5.1 Caracterização da obra 42 5.2 Aplicação da argamassa polimérica 44 5.3 Aplicação da manta asfáltica 47 5.4 Teste de estanquiedade 50 5.5 Proteção mecânica 51 6 RESULTADOS 51 6.1 Vantagens e desvantagens 52 6.2 Comparação de custo 54 7 COCLUSÕES 57 8 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 58 13 1 INTRODUÇÃO A umidade sempre foi um desafio para o homem desde a época das cavernas, onde os primitivos se refugiavam para estes locais para esconder dos animais, da chuva e do frio. Eles começaram a observar que havia umidade proveniente de infiltração por capilaridade que atingiam as paredes, tornando assim insalubre viver dentro delas com aquela ação natural. Com essas dificuldades para habitação foi que o homem começou a buscar e aprimorar seus métodos construtivos e isolar sua habitação da água, do calor e da abrasão que são os grandes fatores de depreciação e desgaste da construção. Acredita-se que civilizações romanas e incas já empregavam alguns tipos de impermeabilizantes, tais como materiais betuminosos ou óleos, para realizar a impermeabilização de saunas e aqueodutos. No Brasil os primeiros métodos de impermeabilização eram feitos com óleo de baleia misturado com argamassa para assentamento de tijolos e revestimentos de paredes quando necessitavam de proteção. No entanto, a impermeabilização no Brasil era entendida como um item da construção civil que necessitava de uma normalização. Porém, sua utilização ganhou impulso com as obras do metrô da cidade de São Paulo que se iniciaram em 1968. Aonde, a partir das reuniões foram criadas as primeiras normas brasileiras de impermeabilização na ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Por causa das obras do metrô de São Paulo, em 1975 foi fundado o IBI (Instituto Brasileiro de Impermeabilização) para dar continuidade os trabalhos de normalização e iniciou-se um processo de divulgação da importância da impermeabilização. Para combater a água, com o seu alto poder de penetração, foram criados sistemas de impermeabilização para criar maior proteção aos vários tipos de patologias das edificações e proporcionar maior conforto aos clientes da construção civil. Um dos principais problemas da construção civil ainda é a impermeabilização, pois mesmo depois de concluídas as obras, as áreas impermeabilizadas ficam fora do alcance visual, geralmente ela acaba sendo 14 negligenciada, e conseqüentemente não recebe um tratamento com a importância que necessita. Muitas construtoras não dão a devida importância para essa etapa no decorrer da obra, e assim após a entrega do imóvel começam a aparecer os problemas, gerando insatisfação do cliente com o imóvel, transtornos na residência e custo com a manutenção, que é muito alto. Essa situação, pode ser explicada pelo fato dos sistemas de impermeabilização corresponder a uma pequena fração do custo e do volume de uma obra (figura 1), quando planejada (Vedacit, 2012). Figura 1 – Custos comparativos de etapas de obra (Fonte: Vedacit, 2012) Assim, com o superaquecimento da construção civil no Brasil, a procura por processos de impermeabilização esta cada vez maior, tanto em projeto quanto na área de execução. No entanto, o nível de exigências dos clientes está aumentando, sendo assim se faz necessário a busca de projetos executivos que são realizado por empresas especializadas, e uma maior responsabilidade na parte da execução para a diminuição das patologias nas estruturas das edificações A pesquisa é direcionada a importância dos sistemas de impermeabilização em edifícios residenciais; os procedimentos e cuidados na execução do serviço, e os critérios para a elaboração do projeto. Assim, a justificativa do presente estudo parte do pressuposto de que os procedimentos de impermeabilização são bem mais sucedidos, tanto em aspectos econômicos 15 e de facilidade executiva, quando detalhados em projetos, ou seja, prevendo sua espessura, caimentos, encaixes, peso e quando compatibilizados com os projetos de hidráulica, ar condicionado, elétrica e paisagismo. Salienta-se, ainda, que a “importância da impermeabilização está intimamente relacionada à habitabilidade e à funcionalidade da edificação, na medida que seu objetivo é proteger a edificação da ação da água e dos inúmeros problemas patológicos que poderão advir com a infiltração de água, integrada ao oxigênio e outros componentes agressivos da atmosfera (gases poluentes, chuvas ácidas, ozônio) (Bauer, Vasconcelos, Granato, 2010) 2 OBJETIVOS 2.1 Objetivo geral O objetivo geral foi demonstrar, caracterizar e realizar um comparativo, entre os dois principais produtos, argamassa polimérica e manta asfáltica, em relação a suas vantagens e desvantagens técnicas e econômicas. 2.2 Objetivos específicos Como forma de alcançar o objetivo principal proposto, foram definidos os seguintes objetivos específicos: • Apresentar as características de cada tipologia de impermeabilizantes; • Apresentar o desempenho de cada tipologia de acordo com a área de aplicação; • Realizar um comparativo de custos; • Apresentar as principais vantagens e desvantagens. 16 3. METODOLOGIA Neste capítulo apresenta-se a metodologia desenvolvida para o alcance dos objetivos desta pesquisa. 3.1 Revisão da literatura Este trabalho foi desenvolvido a partir da revisão de literatura, realizada em livros, boletins técnicos, artigos, acesso a sites, consulta de periódicos, dissertações e teses que abordam o assunto, especificamente a impermeabilização em edifícios residenciais. Destaca-se também as normas preconizadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas, sobre o assunto. 3.2 Tipo de estudo Por se tratar de um estudo relacionado à impermeabilização na construção civil, optou-se por realizar um estudo de caso tendo em vista que esta modalidade de pesquisa possibilita a compreensão do problema de forma abrangente. De acordo com Gil (1999), “o estudo de caso é caracterizado pelo estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos, de maneira a permitir seu conhecimento amplo e detalhado [...]”. 17 Na opinião de Chizzotti (2000), o estudo de caso é uma caracterização abrangente para designar uma diversidade de pesquisas que coletam e registram dados de um caso particular ou de vários casos a fim de organizar um relatório ordenado e crítico de uma experiência, ou avaliá-la analiticamente, objetivando tomar decisões a seu respeito ou uma ação transformadora. O caso é tomado como unidade significativa do todo e, por isso, suficiente tanto para fundamentar um julgamento fidedigno quanto propor uma intervenção. Segundo o autor supracitado (2000), esta modalidade de estudo compreende três fases, a saber: a seleção e delimitação do caso, o trabalho de campo e a organização e redação do relatório. 4 REVISAO BIBLIOGRAFICA 4.1 Impermeabilização Inicialmente impermeabilização era definida como a proteção das construções contra a infiltração de água, segundo a NBR 12190 (ABNT 1992). Anteriormente, Picchi (1984) apresentou um conceito mais amplo, afirmando que além dos materiais devem-se incluir as técnicas de aplicação. Adicionalmente, em 1998, foi definido como um conjunto de camadas aplicadas sobre uma superfície, utilizando tecnologia construtiva, com o objetivo de garantir o desempenho do elemento quanto a estanqueidade (SOUZA & MALHADO, 1998). Por fim, surgiu a NBR 9575 (ABNT 2003) que define impermeabilização como um conjunto de camadas e serviços aplicados a execução do preparo das superfícies, como camadas separadoras, amortecedoras e proteção primária e mecânica, conferindo impermeabilidade as partes construtivas. Picchi (1986) afirma que a impermeabilização é considerada um serviço especializado dentro da construção civil, sendo um setor que exige uma razoável experiência, no qual detalhes assumem um papel importante e onde a 18 mínima falha, mesmo localizada, pode comprometer todo o serviço. Além disso, há a necessidade de acompanhamento da rápida evolução dos materiais e sistemas, o que propicia o surgimento de projetistas especializados. Segundo Bauer, Vasconcelos e Granato (2010) “ as falhas de desempenho dos sistemas de impermeabilização poderão gerar ainda custos de reimpermeabilização que superam 5 a 10% do custo da obra, já que muitas vezes as re-impermeabilizações envolvem quebras dos revestimentos de acabamento, sem levar em consideração os custos mais difíceis de se mensurarem, como os de depreciação do valor patrimonial, manchas, utilização normal da área impermeabilizada, dentre outros”. É importante salientar também, que os procedimentos de impermeabilização são destinados para aumentar a vida útil das estruturas, impedir a corrosão das armaduras de estruturas de concreto armado, proteger as superfícies de umidades, manchas, fungos e etc., preservar o patrimônio contra o intemperismo. (Vedacit, 2012). 4.2 Projeto de Impermeabilização Atualmente existem no mercado inúmeros materiais e sistemas utilizados na impermeabilização. Sendo assim, não é possível dizer quais são os melhores e mais eficiente, pois variam em função das características do local a ser impermeabilizado ou do tipo de patologia encontrada na edificação. Portanto, vários estudos e análises são realizados para determinar o melhor e mais eficiente sistema de impermeabilização para dada situação, ou seja, é feito o projeto de impermeabilização (SOMA, 2009). O Instituto Brasileiro de Impermeabilização (IBI), enfatiza a importância do Projeto de Impermeabilização, para um adequado desempenho da impermeabilização (GRANATO, 1991). De acordo com isto, a NBR 9575 (ABNT, 1998) define as condições necessárias para a concepção da impermeabilização impermeabilização. e os critérios para a elaboração do projeto de 19 O projeto de tem por finalidade minimizar a ocorrência de patologias, pois possibilita um controle mais eficiente dos detalhes e indica, com seus detalhes, quais acabamentos pode ser mais suscetíveis as problemas ao longo de sua utilização (SOMA, 2009). Segundo Hacker (1994) é de responsabilidade do projetista elaborar e detalhar o projeto de impermeabilização com desenhos, cortes, detalhes construtivos e determinar as cotas em função dos acabamentos posteriores a ser executado em capa particularidade da obra. De acordo com Zanotti (1999), o bom desempenho da impermeabilização é obtido com a interação de vários componentes, interligados entre si, pois uma falha em algum destes componentes pode prejudicar o desempenho e a durabilidade da impermeabilização. Estes componentes são: • Projeto de impermeabilização: deve ser parte integrante dos demais projetos de uma edificação, para ser estudada e compatibilizada com todos os componentes de uma construção, de forma a não sofrer ou ocasionar interferências; − Qualidade dos materiais e do sistema de impermeabilização: devem-se ter suas características bastante estudadas, sempre procurar conhecer os parâmetros técnicos A solução de todos os possíveis problemas de impermeabilização; − Os materiais que serão utilizados em cada caso; − A técnica de aplicação de desses materiais, em cada local; − Os serviços complementares à impermeabilização. • Qualidade de execução da impermeabilização: deve-se sempre recorrer a equipes especializadas, a mesma deve ter conhecimento do projeto e oferecer garantia do serviço executado; • Qualidade da construção da edificação: a impermeabilização deve ser aplicada a um substrato adequado para não sofrer interferências que comprometam seu desempenho; • Fiscalização: o rigoroso controle da execução da impermeabilização é fundamental para o bom desempenho do mesmo, e deve 20 ser feito não apenas pela empresa aplicadora como também pelo responsável pela obra; • Preservação da impermeabilização: deve-se impedir que a impermeabilização aplicada seja danificada por terceiros, ainda que involuntariamente, por ocasião de colocação de pregos, luminárias, pisos, revestimentos, etc. • e esforços mecânicos envolvidos para a escolha adequada de materiais e sistemas de impermeabilização; • Qualidade de execução da impermeabilização: deve-se sempre recorrer a equipes especializadas, a mesma deve ter conhecimento do projeto e oferecer garantia do serviço executado; • Qualidade da construção da edificação: a impermeabilização deve ser aplicada a um substrato adequado para não sofrer interferências que comprometam seu desempenho; • Fiscalização: o rigoroso controle da execução da impermeabilização é fundamental para o bom desempenho do mesmo, e deve ser feito não apenas pela empresa aplicadora como também pelo responsável pela obra; • Preservação da impermeabilização: deve-se impedir que a impermeabilização aplicada seja danificada por terceiros, ainda que involuntariamente, por ocasião de colocação de pregos, luminárias, pisos, revestimentos, etc. Segundo a NBR 9574 (1986), para o bom desempenho do projeto de impermeabilização, o executante do projeto deve ter em mãos documentos técnicos para a execução da impermeabilização. Estes documentos são: memorial descritivo, desenhos e detalhes específicos, especificações dos materiais que serão utilizados e dos sistemas que serão empregados, planilha de quantidade de serviços a serem realizados, estimativa dos custos do serviço e indicação da forma de medição dos serviços a serem executados. Por fim, para se obter um bom resultado, os elementos básicos que deve conter um projeto de impermeabilização são: − A solução de todos os possíveis problemas de impermeabilização; − Os materiais que serão utilizados em cada caso; 21 − A técnica de aplicação de desses materiais, em cada local; − Os serviços complementares à impermeabilização. Antonelli et al. (2002) conclui em sua pesquisa que a falta de projeto específico de impermeabilização é responsável por 42% dos problemas, sendo significativa sua influência na execução e fiscalização dos serviços de impermeabilização. O custo para executar uma impermeabilização é menor quando está previsto em projeto, conforme demonstrado na figura 2. Quanto maior o atraso para o planejamento e execução do processo de impermeabilização mais oneroso o mesmo ficará, chegando a custar até 15 vezes mais, quando o mesmo é executado depois que o problema surgir e o usuário final estiver habitando o imóvel. Figura 2. Custo da impermeabilização X Quando é executado (Fonte: Adaptado de Revista Arquitetura e Construção, 2005). Segundo Antunes (2004), as patologias mais comuns na construção civil – corrosão de armaduras, carbonatação do concreto, eflorescências, 22 degradação da argamassa, da pintura e dos revestimentos, bolor e fissuras – se devem quase sempre às impermeabilizações malfeitas. A existência de um projeto de impermeabilização minimiza a ocorrência das patologias, já que permite controlar a execução, além de prever detalhes como arremates. O projeto de impermeabilização assume maior importância quando se verifica que esse procedimento é um componente cuja execução interfere e sofre a interferência de outros subsistemas do edifício. De acordo com SOUZA & MELHADO, 1998), a eficácia de um bom projeto proporciona menos desperdício, menores custos e menores prazos de execução, e portanto maior rentabilidade no seu aspecto mais amplo. 4.3 Sistemas de Impermeabilização A escolha do sistema de impermeabilização mais adequado para dada construção é função de vários fatores como: forma da estrutura, movimentação admissível no cálculo da mesma, temperatura e umidade relativa local, efeito arquitetônico que se deseja obter, entre outros (PIRONDI, 1988). Cinco itens fundamentais devem ser levados em consideração ao escolher os sistemas de impermeabilização: 1. Impermeabilidade dos materiais; 2. Resistência dos materiais; 3. Longevidade do sistema de impermeabilização; 4. Proteção mecânica e isolamento térmico; 5. Custos. Os sistemas de impermeabilização são classificados segundo a NBR 9574 (ANBT 2003) em sistemas rígidos e flexíveis. De acordo com a Vedacit (2012), de uma forma mais detalhada o tipo de impermeabilização a ser empregado deve ser determinado segundo as solicitações impostas pelos fluídos (água e gás) nas partes construtivas, sendo que as solicitações podem ocorrer: • Imposta pela água de percolação; 23 • Imposta pelo fluído sob pressão unilateral ou bilateral; • Imposta pela umidade do solo; • Imposta pela condesação de água. Ressalta-se ainda que, os sistemas de impermeabilização sempre devem atender as exigências de desempenho, tais como:, resistência as cargas estáticas e dinâmicas, resistência aos efeitos dos movimentos de dilatação e retração do substrato, ocasionados pelas variações térmicas, resistência à degradação ocasionada por influências climáticas, térmicas, químicas ou biológicas, decorrentes da ação da água, de gases ou do ar, apresentar aderência, flexibilidade e uma vida útil adequada com as condições previstas em projeto (Vedacit, 2012). 4.3.1 Sistemas Rígidos É o que utiliza concreto impermeável e argamassa impermeável, aplicáveis sobre suportes não passiveis de fissuração. Seu uso é bem especifico e restrito, principalmente em casa de cobertura de concreto (VICENTINI, 1988). É um sistema indicado para aplicação em estruturas sujeitas a mínima variação térmica, pequenas vibrações e exposição solar, ou seja, este sistema é indicado para estruturas que as movimentações ou deformações sejam as menores possíveis. Para a norma NBR 9575 (ABNT 2003) são: − Argamassa impermeável com aditivo hidrófugo; − Argamassa polimérica; − Cimento modificado com polímero; − Membrana epoxídica; 24 4.3.2 Sistemas Flexíveis Para Bauer, Vasconcelos e Granato (2010) “são sistemas de impermeabilização que possuem flexibilidade e capacidade de deformação suficientes para absorver as movimentações da estrutura a serem impermeabilizadas, sem apresentar fissuras, rasgamentos e outras falhas que possam compormeter seu desempenho”. Também chamado por Ussan (1995) de sistemas de mantas ou industrializados, caracterizado pela aplicação de mantas compostas de asfalto e elastômeros, fornecidos em rolos em comprimento e largura definidos pelo fabricante. Mais utilizado em estruturas sujeitas a grandes variações térmicas ou grandes vibrações, cargas dinâmicas, recalques e/ou muita exposição solar. Para a norma NBR 9575 (ABNT 2003) são: − Membrana acrílica; − Membrana de emulsão asfáltica; − Membrana de poliuretano; − Manta asfáltica; − Entre outros. 4.4 Argamassa Polimérica De acordo com a NBR 9575 (ABNT, 2003) a argamassa polimérica ou cimento polimérico é um revestimento impermeável rígido, composto de materiais como cimentos especiais, agregados minerais inertes e látex de polímeros aplicados ao substrato. Como propriedade físico-química destaca-se a formação de uma película impermeável, de excelente aderência a estruturas de concreto, alvenaria e argamassa, e garantindo impermeabilização para 25 pressões d’água positiva e negativa, e pode ser reforçado com o uso de uma tela de poliéster (SILVEIRA, 2001). Para Bauer, Vasconcelos e Granato (2010) “ o princípio do funcionamento do produto é o mesmo dos cimentos cristalizantes: por pressão osmótica, as cadeias poliméricas e os mineirais são depositados na porosidade da estrutura, conferindo-lhe impermeabilidade. Por isso, há a necessidade de o substrato estar úmido no momento da aplicação para haver movimentação do polímero e minerais por osmose”. O produto é fornecido em dois componentes: o componente A é a resina o B contem o pó, que pode ser adicionado aos poucos na resina e misturado mecânica ou manualmente. Gabrioli e Thomaz (2002) acrescenta que após misturados os componentes não deve se passar mais de 40 minutos para sua aplicação, e a mistura deve ser agitado durante todo o processo de aplicação. Algumas de suas principais características são (VIAPOL, 2012): • Resistência a pressão hidrostática positiva; • Fácil aplicação; • Não altera a potabilidade da água; • É uma barreira contra sulfetos e cloretos; • Uniformiza e sela o substrato, reduzindo o consumo de tintas Pode ser aplicada na forma de pintura com o uso de trincha ou brocha (Figura 3), ou pode ser aplicado como revestimento final com o uso de desempenadeira (Figura 4), neste caso deve-se diminuir a quantidade de líquido na mistura. Pode ser aplicado sobre estrutura de alvenaria, concreto ou argamassa, e na primeira demão o substrato deve estar úmido (SAYEGH, 2001; VIAPOL, 2012). Ressalta-se que a aplicação deve ser realizada em superfícies previamente preparadas, de modo a garantir a impermeabilização por hidrofugação do sistema capilar (Yazigi, 2009). 26 Figura 3. Aplicação de argamassa polimérica na forma de pintura. (SAYEGH, 2001) Figura 4. Aplicação de argamassa polimérica na forma de revestimento. (SAYEGH, 2001) Sayegh (2001) complementa que o produto resiste a pressões positivas e negativas e acompanha de maneira satisfatória, pequenas movimentações das estruturas, e que a impermeabilização decorre da formação de um filme de polímeros que impede a passagem da água e da granulométria fechada dos agregados contidos na porção cimentícia. 4.5 Manta Asfáltica Iniciou-se na década de 70, do século passado, a fabricação nacional de mantas asfálticas, utilizando os asfaltos oxidados catalíticos, é aquele produzido a partir do asfalto de destilação direta, através da passagem 27 de ar, em temperaturas elevadas, que possui, em relação ao asfalto oxidado comum, ductilidade, penetração e resistências as baixas temperatura. Apresentava a propriedade de se autovedar, conhecida como “seif-healing”, em pequenos furos que surgiram pela ruptura na película. No entanto, atualmente as mantas são fabricadas com asfalto modificado (SELMO, 2002). De acordo com Ussan (1995), no Sistema de Mantas Asfálticas alguns fatores diferenciam uma manta da outra. Um destes fatores é o tipo de asfalto utilizado na fabricação, pois sua formulação varia de fabricante para fabricante, sendo melhor os com adição de polímeros que melhoram sua flexibilidade e vida útil. Betume pode ser definido, de acordo com a NBR 7208 (ABNT, 1990), como “produto complexo, de natureza orgânica, de origem natural ou pirogênica, composto de uma mistura de hidrocarbonetos (de consistência sólida, líquida ou gasosa) normalmente acompanhado de seus derivados metálicos, completamente solúvel em dissulfeto de carbono” (PETRUCCI, 1998) As características fundamentais do betume, segundo Bauer (1999), são: • È um aglomerante, como a cal e cimento, porém não necessita de água para fazer a pega; • Caracteriza-se pela sua força adesiva e é hidrófobo; • Tem grande sensibilidade a temperatura (funde e solidifica facilmente) sem perder suas propriedades; • Não apresenta ponto de fusão definido, amolecendo em temperaturas variadas; • É quimicamente inerte, não reagindo com cargas e agregados minerais que são adicionado para efeito de enchimento; • Apresenta ductilidade muito influenciada pela exposição ao calor e luz solar. Essas características são bastante requeridas pela indústria de impermeabilizantes e o betumo é o material básico na fabricação das mantas asfalticas (CUNHA & NEUMANN, 1979). 28 Segundo o Serviço Brasileiro de Resposta Técnica (SBRT, 2006), as mantas podem ser classificadas em: a. Elastômricas – com adição de elastômeros na massa. Normalmente é utilizado o SBS (estireno-butadieno-estireno); aumentando a tração e alongamento do produto, oferecendo memória elástica. b. Plastoméricas - quando ocorre a adição de plastômeros na massa.Usualmente, APP (polipropileno atático); c. Econômicas - mantas de asfalto oxidado, poli-condensado ou com a adição de um blend genérico de polímeros; d. Conforme o tipo de estruturante interno: - glass - véu de fibra de vidro; - poliéster - não-tecido de filamentos de poliéster; - polietileno - filme de polietileno de alta densidade; e. Conforme o tipo de acabamento é dado pelo acabamento aplicado na superfície da manta: - polietileno, em uma ou ambas as faces; - areia, em uma ou ambas as faces; - alumínio em uma das faces; - pó de ardósia em uma das faces; - geotêxtil em uma das faces; Os materiais constituintes das mantas devem possuir as seguintes características (SBRT, 2006): a. Asfaltos - asfaltos oxidados - resistentes à ação dos agentes atmosféricos (luz, calor, umidade), com baixa suscetibilidade à temperatura, elevado ponto de inflamação, ponto de amolecimento acima de 100º C e sem formar espuma no aquecimento, o que evita aparecimento de vazios no material. Para a saturação, usa-se asfalto de fluidez elevada e grande poder de impregnação. A penetração deve ficar entre 50 e 150, com ponto de amolecimento 26 de 40 a 60º C no caso de rolos; para placas, o asfalto deve ser mais duro. Asfaltos 29 elastoméricos (com adição de elastômeros - SBS). Asfaltos plastoméricos (com adição de plastômeros - APP) O asfalto pode ser enriquecido, com adição de polímeros que aumentam sua resistência a deformações e a vida útil do produto; ou empobrecido com aditivos e cargas adicionados sem qualquer função a não ser o de baixar o custo. As mantas elastoméricas são as mais nobres, por terem características elásticas. Em seguida, em escala decrescente de qualidade, vêm as mantas plastoméricas. As mantas blendadas vêm a seguir, oferecendo um blend de polímeros (geralmente obtidos de plásticos e borracha reciclada). Por último, vêm as mantas econômicas de asfalto com algumas cargas e plastificantes. b. Estruturantes - Respondem, quase que sozinhos, pela resistência da manta à tração e ao alongamento, que são as características mais exigidas quando a manta é aplicada na construção civil, por conta da dilatação das estruturas. • feltros – são constituídos de fibras orgânicas (animais ou vegetais) ou de amianto. Os feltros têm fabricação análoga ao papel ou papelão, pela formação de pastas. Os de fibras contêm polpa de madeira, juta, lã, raiom, seda, etc. Os feltros de amianto levam ainda amido ou silicato de alumínio. Os feltros de fibra podem ser saturados com asfalto ou alcatrão; nos de amianto podem utilizar-se apenas asfalto. • poliéster (uma lâmina de fibras prensadas de poliéster chamada de “não-tecido” de poliéster) - são em geral os mais resistentes. O véu de poliéster interno pode ter diferentes densidades e gramaturas (gramas por metro quadrado). • véu de fibra de vidro (mantas glass) - oferece uma razoável resistência à tração, mas é muito pouco resistente à flexão e a cisalhamento. • filme de polietileno (plástico) - não oferece resistência muito maior. É apenas um estruturante interno, que mantém a manta coesa. Pode ser usado somente em locais onde não deve haver praticamente nenhum requisito de tração longitudinal ou transversal. Caso contrário, a manta acaba se rompendo. 30 c. acabamento externo da manta • minerais superficiais, que têm a função de proteger os asfaltos da ação oxidante da luz e do calor solar, aumentam a resistência à ação do fogo e podem ser utilizados para fins estéticos. Podem ser usados grãos de basalto e quartzito com diâmetros de até 2,4mm. Muitas vezes os grãos são preparados artificialmente para permitir várias colorações. São obtidos a partir da calcinação de argilas com adição de compostos coloridos. • alumínio (em um dos lados), que tem por função impermeabilizar e isolar termicamente, além de não requerer aplicação de argamassa sobre a manta. Por se tratar de um processo bastante técnico e específico e, tendo em vista que os fabricantes deste tipo de produto não fornecem informações detalhadas sobre sua produção, foi possível obter somente informações básicas referentes ao processo de fabricação das mantas asfálticas. Segundo este Serviço Brasileiro de Respostas Tecnicas (SBRT, 2006), as mantas podem ser classificadas de acordo com os custos dos materiais utilizados na sua produção, a saber: a. Supereconômicas: são mantas com estruturantes internos em polietileno (um filme de plástico) e com massa pobre. Não possuem quase nenhuma resistência à tração ou a danos mecânicos. Só podem ser usadas em áreas bastante reduzidas (o que numa relação custo/ benefício justifica o uso de impermeabilizantes líquidos, que não trazem o inconveniente de se usar maçarico); b. Econômicas: são mantas com estruturantes internos em poliéster (bidim termoestabilizado) de gramatura aprox.120g/m2, ou de fibra de vidro (glass). A composição da massa é também de baixo custo. São 31 as mantas mais vendidas hoje em dia, pois são uma boa solução para a maioria dos problemas das obras em geral. Podem ser usadas em áreas de até 500 ou 600m2, onde não haja tráfego futuro de veículos/equipamentos e onde a movimentação estrutural é pequena os rolos são estocados necessariamente em pé; c. Intermediárias: o estruturante interno é em geral semelhante ao estruturante das mantas nobres (poliéster de aprox.180 g/m2), mas podem ser usados materiais reciclados. Em geral, não atendem às normas técnicas, mas atendem a determinadas condições de solicitação. d. Nobres: os estruturantes e as massas são adequados ao cumprimento das normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que tipificam as mantas (geralmente tipo III e tipo IV). Há uma série de quesitos a cumprir em resistência à tração, puncionamento, etc. São recomendadas onde haverá tráfego de equipamentos e autos, em que a movimentação dinâmica é elevada (grandes lajes, pré-moldados, etc). e. Técnicas: são geralmente desconhecidas do público não-técnico e são em geral vendidas diretamente pelas fábricas para aplicações muito específicas como impermeabilização e locais com temperaturas próximas de zero, altas dilatações, etc. A manta asfáltica proporciona uma impermeabilização de espessura e desempenho comparáveis ao sistema moldado no local (feltro asfáltico e asfalto), com economia de mão-de-obra e tempo, e custo menor (PICCHI, 1986). 32 4.6 Umidade Segundo Ulsamer (1989) o combate a umidade foi a origem das construções humanas. “Fugindo do frio, neve, granizo o homem primitivo se refugiava nas cavernas, no entanto, a umidade que penetrava pelas paredes e pelo solo expulsaram do seu habitat, fazendo com que construíssem as primeiras choupanas de madeira. Mas a putrefação da madeira, pela ação da umidade, obrigou o homem a buscar novos materiais mais resistentes a ação da umidade”. A água é um dos principais causadores de patologias nas construções civis. Pode ser vista como um agente de degradação ou como meio para instalação de outros agentes (QUERUZ, 2007). Lersch (2003) classifica a umidade em cinco tipos: • Umidade de infiltração: é a umidade que passa da área externa para as áreas internas da edificação, através de trincas ou materiais absorventes. Geralmente causada pela água da chuva; • Umidade ascensional: ocasionada pela presença de água proveniente do solo. Comumente percebida em parede e pisos pela existência do fenômeno de capilaridade; • Umidade por condensação: ocasionada pela presença de grande umidade no ar juntamente com superfície com baixas temperaturas; • Umidade de obra: é a umidade que ficou interna aos matérias durante a execução e acaba por se exteriorizar em decorrência do equilíbrio do material com o ambiente; 33 • Umidade acidental: que ocorre por falhas nos sistemas de tubulações, como águas pluviais, esgoto e água potável, que acabam gerando infiltrações. 4.7 Infiltração Conforme Yazigi (2004), dentre as manifestações mais comuns referentes aos problemas de umidade em edificações, encontram-se manchas de umidades, corrosão, bolor (ou mofo), algas, liquens, eflorescências, descolamento de revestimento, friabilidade da argamassa por dissolução de compostos com propriedades cimentícias, fissuras e mudança de coloração dos revestimentos. Há uma série de mecanismos que podem gerar umidade nos materiais de construção, sendo os mais importantes os relacionados com a absorção de água. A infiltração pode ser caracterizada como a passagem da água do meio exterior para o interior ou em sentido contrário, nos seus estados liquido e gasoso que penetra nas lajes por capilaridades através de fissuras ou trincas existentes no concreto/contrapiso, revestimento etc. De acordo com o autor supracitado, (2004) os principais tipos de infiltrações são: • capilar; • de fluxo superficial; • higroscópica; • por condensação capilar; • por condensação. Nos fenômenos de absorção capilar e por infiltração ou fluxo superficial de água, a umidade atinge os materiais de construção na forma líquida e, nos demais casos, a umidade é absorvida na fase gasosa. A seguir apresentam-se estes tipos de infiltração, conforme descrito por Yazigi (2004) 34 • Infiltração capilar - Os materiais de construção absorvem água na forma capilar quando estão em contato direto com a umidade. Isso ocorre geralmente nas fachadas e em regiões que se encontram em contato com o terreno (úmido) e sem impermeabilização. A água é conduzida, através de canais capilares existentes no material, pela tensão superficial. Caso a água seja absorvida permanentemente pelo material de construção em região em contato direto com o terreno, e não seja eliminada por ventilação, será transportada gradualmente para cima, pela capilaridade. Esse é o mecanismo típico de umidade ascendente. O método mais adequado para combater umidade ascendente em paredes é por meio de impermeabilização horizontal eficaz (de difícil execução se a obra já estiver concluída). • Infiltração de fluxo superficial - Caso o local que está em contato com o terreno não tenha recebido impermeabilização vertical eficaz, ocorrerá absorção de água (da terra úmida) pelo material de construção absorvente (através de seus poros), que poderá se intensificar caso a umidade seja submetida a certa pressão, como no caso de fluxo de água em piso com desnível. Neste caso, deverá ser adotada impermeabilização vertical e, se necessário, drenagem. • Absorção higroscópica de água e condensação capilar - Em ambos os mecanismos, a água é absorvida na forma gasosa. Na condensação capilar, a pressão de vapor de saturação da água diminui, ou seja, ocorre umidade de condensação abaixo do ponto de orvalho. Quanto menores forem os poros dos materiais de construção, mais alta será a qualidade de umidade produzida por condensação capilar. Além das dimensões dos poros, o mecanismo depende principalmente da umidade relativa do ar. Quanto maior for a umidade relativa, maiores serão os vazios dos poros do material de construção que poderão ser ocupados pela condensação capilar. Um ambiente com umidade relativa do ar em torno de 70% produz, 35 nos materiais de construção, certa quantidade de umidade por condensação capilar, cujo valor se denomina umidade de equilíbrio. Normalmente, nos materiais não são encontrados teores de umidade menores que a umidade de equilíbrio. Caso o material de construção contenha sais, a umidade de equilíbrio pode variar consideravelmente. O mecanismo de absorção higroscópica da umidade é desencadeado do ar, do grau e do tipo de salinização; a água pode ser absorvida na forma higroscópica durante o tempo necessário até alcançar a umidade de saturação. Naturalmente, a absorção higroscópica da umidade desempenha papel especial nas partes da edificação que se apresentam salinizadas por umidade ascendente. Os locais subterrâneos e o térreo são os mais atingidos por esse fenômeno. Faz-se necessário conhecer exatamente os mecanismos individuais de umedecimento, ou seja, as causas das anomalias, para poder eliminá-los eficazmente. Para o diagnóstico das anomalias, é preciso verificar especialmente o grau de umidade e a existência de sais. Não só os dados químicos e físicos devem ser levados em consideração na restauração ou tratamento da anomalia; também é de fundamental importância avaliar as condições do contorno. É necessário avaliar especialmente a influência de água subterrânea, de fluxos superficiais de ladeiras e de águas provenientes de infiltrações. Além disso, não se pode esquecer de avaliar e eliminar defeitos de construção, como por exemplo caimentos, prumadas e ralos(para águas pluviais e/ou de lavagem), que muitas vezes podem ser deficientes, ou estar rompidos. • Infiltração por condensação - Em determinada temperatura, o ar não pode conter mais que certa quantidade de vapor de água inferior ou igual a um valor máximo, denominado peso de vapor saturante. Caso o peso de vapor seja inferior ao máximo, o ar estará úmido, porém não saturado. Esse estado é caracterizado pelo grau higrométrico, igual à relação entre o peso de vapor contido no ar e o peso de vapor saturante. A diferença entre o peso de vapor saturante 36 e o peso de vapor contido no ar representa o poder dessecante do ar. O poder dessecante do ar e, conseqüentemente, a velocidade de evaporação, são mais elevados quando o ar é mais quente e seco; esse último indica que o grau higrométrico é menor. Caso a massa de ar apresente redução da temperatura sem modificação do peso de vapor, será gerada maior umidade (grau higrotérmico). A 17º C resulta grau higrotérmico de 100%, ou seja, ar saturado. A temperatura de 17º C denomina-se ponto de orvalho. É necessário levar em consideração que a temperatura do ar e a temperatura das paredes de um edifício podem ser muito distintas. Efetivamente, pode ocorrer que a temperatura do ar seja de 20º C, e a das paredes exteriores seja de 15º C a 16º C. Caso a umidade do ar seja de 60% a 70%, nos setores com temperatura de 12º C obrigatoriamente ocorrerá condensação de água, devido à umidade relativa do ar ser mais elevada por causa da redução da temperatura. 4.8 Patologias As falhas no processo de impermeabilização causam diversas patologias em uma edificação. A figura 5 mostra, segundo Antonelli (2002), principais causas de infiltrações em uma edificação. 37 70% 60% 1. Fissuras no rodapé 60% 2. Infiltrações 45% 50% 3.Fissura na estrutura 40% 30% 4. Falta de impermeabilização 30% 30% 20% 20% 20% Série1 5. Perfurações na impermeabilização 6. Proteção mecanica 10% 0% 1 2 3 4 5 6 Principais causas Figura 5. Principais causas de infiltração em edificações (Fonte: Adaptado de ANTONELLI, 2002) Para Bértolo (2001) uma impermeabilização bem executada pode ser prejudicada por falhas na concretagem, má execução do revestimento ou chumbamento inadequado de peças e equipamentos. Nesses casos é inevitável o aparecimento de patologias, não havendo outra solução a não ser procurar orientação adequada e, se necessário, reimpermeabilizar a área de forma correta. As patologias incidentes na construção civil demonstram-se geralmente através de manifestações externas seguindo padrões característicos. Análises sobre essas manifestações permitem investigar sintomas, mecanismos, causas, origens e estimar prováveis conseqüências vinculadas à evolução de cada patologia atuante, viabilizando-se o diagnóstico e, por consequência, a adequada solução a ser aplicada (ALMEIDA, 2008). Na construção civil, a patologia das edificações estuda as falhas que ocorrem nos diversos componentes ou sistemas da edificação, caracterizando as formas de manifestação e tentando identificar as causas. Os levantamentos apontam que as falhas mais frequentes dizem respeito a problemas de umidade, deslocamento, fissuração ou instalações (PICCHI, 1986). 38 As patologias incidentes na construção civil demonstram-se geralmente através de manifestações externas seguindo padrões característicos. Análises sobre essas manifestações permitem investigar sintomas, mecanismos, causas, origens e estimar prováveis consequências vinculadas à evolução de cada patologia atuante, viabilizando-se o diagnóstico e, por consequência, a adequada solução a ser aplicada (ALMEIDA, 2008). Souza (2008) cita as principais causas para o surgimento de patologias em impermeabilizações: • Baixa qualidade dos materiais impermeabilizantes; • Falta de impermeabilização; • Escolha de materiais inadequados; • Dimensionamento inadequado para o escoamento das águas pluviais; • A não consideração do efeito térmico sobre a laje; • Pouco caimento para o escoamento das águas; • Execução inadequada da impermeabilização; • Má execução das junta; • Rodapés mal executados; • Acabamento mal executado no entorno de ralos; • Acabamento mal executado em passagens de tubulações pela laje; • Ralos quebrados; • Rachaduras da platibanda; • Vazamento de tubulações furadas ou rachadas; • Entupimento de ralos; • Ruptura da impermeabilização; • Ruptura de revestimentos cerâmicos; • Concretagem mal executada, produzindo: desagregado; • Fôrmas mal executadas; • Instalações das tubulações mal executadas. falhas, concreto 39 A ausência de impermeabilizantes nas áreas molhadas pode causar, segundo Verçoza (1983), os seguintes problemas: goteiras, manchas, mofo, apodrecimento, ferrugem, eflorescências, criptoflorescências, gelividade e deterioração. • Goteiras e manchas – quando a água atravessa uma barreira, ela pode, no outro lado, ficar aderente e ocasionar uma mancha; ou, se a quantidade é maior, gotejar, ou até fluir. Em qualquer dos casos, numa construção, estes são defeitos que só raramente podem ser admitidos. A umidade permanente deteriora qualquer material de construção, e sempre desvaloriza uma obra. Goteiras e manchas são defeitos mais comuns das infiltrações e que se procura sustar com a impermeabilização. • Mofo e apodrecimento – o apodrecimento da madeira é devido ao mofo e bolor. O mofo e o bolor são fungos vegetais cujas raízes, penetrando na madeira, destilam enzimas ácidas que a corroem. Até mesmo nas alvenarias eles causam danos, porque eles também ali aderem, escurecendo as superfícies e, com o tempo, desagregandoas. Sendo vegetais, esses fungos precisam de ar e água. Não proliferam em ambientes absolutamente secos. Logo, o mofo e o apodrecimento também são decorrentes da umidade. A eliminação do mofo não é fácil. Para evitar que apareça é preciso eliminar a umidade, o que se consegue com impermeabilizações e com ventilação, que secam as superfícies e removem os esporos (sementes). Mas depois que as raízes atingem maior profundidade é difícil destruí-las. • Ferrugem – oxidação é a transformação lenta de um metal em seus óxidos. No caso do ferro e aço a oxidação toma o nome de ferrugem. A ferrugem é um sal de pouca aderência (cai facilmente sob fricção), de mau aspecto e de volume maior que o do ferro que lhe deu origem. O processo de formação da ferrugem é complexo e não cabe aqui descrevê-lo, mas o essencial é saber que a umidade é que dá 40 condições favoráveis ao aparecimento da ferrugem. Por isso, deve-se sempre procurar obter concreto impermeável: se a umidade penetrar até a armadura, facilmente aparece a ferrugem que, ao aumentar de volume, arrebenta o cobrimento do concreto armado. Muito mais grave ainda é quando o concreto contém substâncias que se tornam oxidantes ao contato com a água. O cloreto de cálcio, por exemplo, muito usado como aditivo acelerador de pega do concreto, ao contato com a água pode originar ácido clorídrico, que corrói as armaduras rapidamente. • Eflorescências – são formações de sais nas superfícies das paredes, trazidos do seus interior pela umidade. As eflorescências causam mau aspecto, manchas, ou descolamento da pintura, etc. Pior ainda quando elas se situam entre os tijolos e o reboco, fazendo este se descolar. Conforme o volume, chegam a formar estalactites. As eflorescências aparecem quando a água atravessa uma parede que contenha sais solúveis. Estes sais podem estar nos tijolos, no cimento, na areia, no concreto, na argamassa, etc. Dissolvendo-se na água eles são trazidos por ela para a superfície, onde a água evapora e os sais se depositam, sólidos ou em forma de pó. Eliminando-se a penetração da água, elimina-se a eflorescência. Exemplos de sais causadores de eflorescências: nitratos alcalinos (formam cristais brancos, vitrificados, volumosos), carbonato de cálcio (pó branco), sais de ferro (cor ferruginosa), sulfoaluminato de cálcio (crosta embranquecida). Nos reservatórios é comum que elas apareçam no fundo, na forma de estalactites; nas paredes, na forma de pó branco. Quando situadas entre o reboco e a parede, as eflorescências formam um plano capilar, por onde sobe a umidade, que aumenta a força de repulsão ao reboco. Os sais que causam as eflorescências também podem estar contidos na atmosfera. Então, na realidade, não é uma eflorescência, mas uma deposição. É o caso comum das zonas industriais, carregadas de sais de enxofre, altamente reativo. Os sais também podem estar no solo e ser carregados às paredes por capilaridades. É normal que as pinturas não eliminem manchas de 41 eflorescências. Os sais reagem com a nova tinta e a mancha reaparece. Neste caso, é preciso usar um selador eficiente ou remover o reboco atacado. • Criptoflorescências – também são formações salinas, de mesma causa e mecanismo que as eflorescências, mas agora os sais formam grandes cristais que se fixam no interior da própria parede ou estrutura. Ao crescerem, eles podem pressionar a massa, formando rachaduras e até a queda da parede. O maior causador de eflorescência é o sulfato. Os sulfatos, ao receberem água, aumentam muito de volume. Mesmo que a pressão seja pequena, as criptoflorescências fazem desagregar os materiais, principalmente na camada superficial. • Gelividade – a água, ao congelar, aumenta de volume. E a água em canais capilares congela à temperatura acima de 0º. Ela pode congelar à temperatura de até 6ºC. Assim sendo, a água depositada nos poros e canais capilares dos tijolos e do concreto congela em dias frios. Ao congelar aumenta de volume. No miolo, este aumento de volume é contido pela massa do tijolo, e se traduz por calor, que então impede o congelamento. Mas na superfície a resistência é menor, formando-se gelo que desloca as camadas mais extensas, desagregando paulatinamente o material. Então a superfície dos tijolos começa a se desgastar, parecendo lixada. Geralmente toma a forma convexa. Não havendo a penetração da água, não haverá gelividade. Deterioração – todos os defeitos citados antes são causados pela água, ou por ela conduzidos, ou afetados. Esses defeitos vão aos poucos deteriorando os materiais e a obra construída. Logo, a impermeabilidade é também uma exigência de duração, e não somente de aparência ou acabamento. 5 ESTUDO DE CASO – Empreendimento Abrolhos Residencial 42 A pesquisa foi fundamenta no acompanhamento e desenvolvimento da impermeabilização, desde sua fase inicial até o final de sua execução, no empreendimento Abrolhos Residencial (figura 6) na cidade de Jaboticabal, São Paulo, executada construtora Stefani Nogueira, no período de julho de 2011 a ser concluído em dezembro de 2013, devido a disponibilidade para realização da pesquisa proporcionada pela empresa. Figura 6. Foto ilustrativa do empreendimento Abrolhos (CONSTRUTORA STEFANI NOGUERIA, 2012) 5.1 Caracterização da obra Residencial 43 Trata-se de um edifício residencial, composto por dois subsolos, um pavimento térreo, um pavimento de uso comum, vinte pavimentos tipo com quatro apartamentos de 80,03 m2 cada e um ático/barrilhete. O empreendimento possui um terreno de 1.564,04 m2, com um total de 12.144,41 m² de área construída. A área privativa do empreendimento soma o total de 6.402,40 m2. Para os apartamentos tipo foi adotada a opção de planta composta por três dormitórios, sendo uma suíte e um wc social e um de empregada, conforme mostra a figura 7. Figura 7. Foto ilustrativa do apartamento tipo decorado (CONSTRUTORA STEFANI NOGUEIRA, 2012) No apartamento tipo, são consideradas áreas molhadas a cozinha, a área de serviço, os banheiros e a varanda. Dentre estes, será aplicada argamassa polimérica VIAPLUS 1000 na cozinha e área de serviço e manta asfaltica VIAPOL Viaflex nos banheiros e varanda. 44 Na tabela 1 encontra-se os quantitativos de área que foram impermeabilizados nos diferentes sistemas e na figura 8 a planta baixa do Produto Manta asfáltica item Comp. Largura Perímetro m² piso m² Área parede (M²) Sacada 1,55 4,95 13 7,67 2,60 10,27 Vigas de borda -- 0.5 19,35 -- 9,67 9,67 Banho 2,6 1,2 7,6 3,12 1,52 4,64 Banho Suíte 1,25 2,4 7,3 3,00 1,46 4,46 Wc emp 1,15 1,2 4,7 1,38 0,94 2,32 Área Serviço 2,3 1,2 7 2,76 1,40 4,16 apartamento tipo com as áreas que foram impermeabilizadas com os diferentes produtos marcadas em cores diferentes Tabela 1. Quantitativa das áreas que serão impermeabilizadas com manta asfáltica e com argamassa polimérica. 45 Argamassa polimérica Cozinha 2,6 3,21 11,62 8,346 2,32 10,67 (Fonte: Construtora Stefani Nogueira, 2012) 5.2 Aplicação da argamassa polimérica A construtora Sfani Nogueira utilizou neste empreendimento a argamassa polimérica VIAPULS 1000, da VIAPOL, na cozinha e área de serviço. É um revestimento impermeável, a base de dispersão acrílica com carga de cimento e aditivos minerais, fornecidos em dois componentes, sendo o componente A a dispersão acrílica e componente B o cimento e aditivos minerais. Para a preparação da mistura o fabricante sugere que O componente B (pó) deve ser adicionado aos poucos ao componente A (resina) e misturado mecanicamente por 3 minutos ou manualmente por 5 minutos, tomando-se o cuidado para dissolver possíveis grumos. Utilizar até 30 minutos após a misturados componentes (VIAPOL, 2012). A aplicação deve ser feita com o substrato previamente úmido e a proporção de mistura é de 1 parte de componente A para 3 partes de componente B quando em consistência de pintura ou 1:5 como revestimento aplicado com desempenadeira metálica (VIAPOL, 2012). No entanto, a construtora possui um padrão de qualidade que para ser atingindo segue-se alguns normas internas de aplicação da argamassa polimérica. As normas de aplicação da construtora são: • Camadas de regularização com caimento para o ralo – é realizada a limpeza da superfície da laje a ser impermeabilizada, a fim de remover qualquer material estranho; são executadas as taliscas niveladas em todos os cantos e laterais do ambiente; realização do acabamento arredondado nos cantos de paredes; e regularização vertical do primeiros 20 cm de impermeabilização. 46 • Impermeabilização – a argamassa pode ser aplicada sobre a regularização assim que a mesma apresentar resistência mecânica; a superfície deve ser toda umidecida; aplicar a primeira demão em sentido único com rolo de lã ou trincha, incluindo as paredes adjacentes até 20 cm de altura (Figura 8); antes de se iniciar a segunda demão deve-se aplicar uma manta de nylon (Figura 9), para estruturar a argamassa, em todos os encontros de pisos e paredes; em seguida finalizar a aplicação da segunda e terceira demão, e finalmente impedir o transito no local impermeabilizado. • Contra-piso para assentamento de revestimento cerâmico imediatamente após o teste de estanquiedade, deve-se aplicar o contrapiso para que a impermeabilização fique protegida; depois deve-se executar as taliscas; espalhar a argamassa na área que recebeu a solução de resina e o cimento e compactar com o soquete e então sarrafear; e o revestimento so deve ser aplicado após 14 dias. Figura 8. Imagem ilustrativa de como deve ser feito a impermeabilização nos cantos de parede (COSTRUTORA STEFANI NOGUEIRA, 2012) 47 Figura 9. Aplicação da manta de nylon nos cantos de parede (CONSTRUTORA STEFANI NOGUEIRA, 2012) 5.3 Apli caç ão da man ta asfá ltica Para a impermeabilização dos banheiros e da varanda a construtora utilizou a manta asfáltica Viaflex, também da VIAPOL. 48 Segundo o fabricante a manta, que é fornecida em bobinas de 3 ou 4 Kg/m2, é produzida a partir da modificação física do asfalto com uma mescla de polímeros especiais que proporcionam excelente aderência, durabilidade e resistência, o que garante perfeita impermeabilização do local a ser utilizado. No site do fabricante, este indica que lajes de pequenas dimensões, banheiros, lavabos, cozinhas e áreas de serviço são as locais mais indicadas para sua aplicação. No site também esta disponível as especificações técnicas do produto (Tabela 2). Tabela 2. Especificações técnicas da manta asfáltica Viaflex CARACTERÍSTICA UNIDADE VIAFLEX 3 VIAFLEX 4 KG KG 49 CARGA MÁXIMA RUPTURA LONGITUDINAL (MÍN.) N/5 CM 180 180 CARGA MÁXIMA RUPTURA TRANSVERSAL (MÍN.) N/5 CM 120 120 ALONGAMENTO MÁXIMO LONGITUDINAL (MÍN.) % 2 2 ALONGAMENTO MÁXIMO TRANSVERSAL (MÍN.) % 2 2 ABSORÇÃO D’ÁGUA (MÁX.) % 1,5 1,5 FLEXIBILIDADE À BAIXA TEMPERATURA °C 0 0 J-JOULE 2,45 2,45 RESISTÊNCIA AO PUNCIONAMENTO ESTÁTICO KG 25 25 ESCORRIMENTO AO CALOR (MÍN.) °C 105 105 ESTABILIDADE DIMENSIONAL (MÁX.) % 1 1 FLEXIBILIDADE APÓS ENVELHECIMENTO (MÍN.) °C <10 <10 RESISTÊNCIA AO IMPACTO (Fonte: Viapol, 2012) Porém, assim como para a aplicação da argamassa polimérica, também para a aplicação da manta asfáltica a construtora Stefani Nogueira adota alguns procedimento para atender sues padrões de qualidade. Os procedimentos adotados pela empresa são: • Camadas de regularização com caimento para o ralo – é realizada a limpeza da superfície da laje a ser impermeabilizada, a fim de remover qualquer material estranho; são executadas as taliscas niveladas em todos os cantos e laterais do ambiente; realização do acabamento arredondado nos cantos de paredes; e regularização vertical do primeiros 20 cm de impermeabilização. 50 • Aplicação do sistema de impermeabilização – analisar inicialmente a área, pois áreas com até 70m2 pode usar manta de 3mm porem áreas maiores deve usar manta de 4mm; e o procedimento só deve iniciar após 48 horas da regularização; inicia-se com a aplicação do primer em todo a superfície, segundo informações do produto oferecidas pelo fabricante; desenrolar a manta e posicioná-la adequadamente, já deve ser colocada sempre a partir das áreas mais baixas. • Colagem da manta com o maçarico - deve-se aquecer o primer e o verso da manta com o maçarico enquanto desenrola e preciosa a manta sobre a superfície (Figura 10); aquecer também a face superior da manta onde a mesma será sobreposta, pois deve ter uma sobreposição de 10 cm nas emendas, inclusive nos encontros de pisos e paredes; as paredes adjacentes ao piso devem ser impermeabilizadas até os 20 cm de altura; fazer a impermeabilização adequada dos ralos (Figura 11). • Fixação de tela galvanizada sobre a impermeabilização para receber o emboço – deve-se fixar a lã com tiras de manta asfaltica e em seguida aplicar chapisco sobre a mesma para garantir maior aderência e por fim a aplicação do emboço. Figura 10. Aplicação da manta asfáltica com maçarico (VIAPOL, 2012) 51 Figura 11. Acabamento com maçarico no ralo (VIAPOL, 2012) 5.4 Teste de estanquiedade Após a impermeabilização, independente do tipo, foi feito o teste de estanquiedade ou teste de lâmina d’água, que consiste em testar se o local que acabou de ser protegido está cem por cento impermeável. Para a realização do teste foi um barreira para impedir que a água escoasse do local que foi impermeabilizado, os ralos, se existentes, foram ser todos vedados com um objeto tipo um balão de ar, obstruindo a passagem da água. Após estar tudo absolutamente vedado foi colocada uma lâmina de água de 5 cm, formando tipo uma piscina. 52 O local permaneceu com a lâmina d’água por 72 horas sobre a vigilância de um responsável pela obra para avaliação, caso se iniciasse algum processo de infiltração. Ao concluir as 72 horas, não foi observado nenhum ponto de início infiltração, indicando que o teste foi positivo, ou seja, a impermeabilização foi realizada de forma correta a impedir a passagem da água. 5.5 Proteção mecânica Depois de realizado o teste de estanquiedade, teste este de extrema importância, realizou-se a proteção mecânica da obra, com a aplicação de uma fina camada (um cm) de argamassa com traço de 1:3 (uma parte de cimento para três de areia) desempenado e vassourado. Nos locais que foram impermeabilizados com argamassa polimérica, cozinha e área de serviço, a camada de reboco foi aplicada diretamente na superfície do impermeabilizante, onde ocorreu aderência natural entre o reboco e a argamassa polimérica. Já nos banheiros e na varanda, que foram impermeabilizados com manta asfaltica, foram fixadas telas de manta asfaltica, isto para obter maior aderência entre a manta asfaltica e o reboco, este que fará a função de proteção mecânica. Concluídos todos estes processos, desde a regularização da superfície a ser impermeabilizada até a aplicação da proteção mecânica, podese dar continuidade aos procedimentos de acabamento da obra. 6 RESULTADOS Após acompanhar todo o procedimento de impermeabilização do empreendimento Abrolhos Residencial foi realizado um estudo comparativo entre as vantagens e desvantagens de cada sistema de impermeabilização e também entre os custos dos dois diferentes sistemas de impermeabilização. 53 6.1 Vantagens e desvantagens Observou-se que a argamassa polimérica é resistente a pressão negativa, ou seja, passagem de água do meio externo para o interno por capilaridade (YAZIGI, 2004), no entanto, a manta asfáltica não apresenta esta característica para tal resistência. Aspecto muito importante evidenciado ao longo do trabalho, a mãode-obra para a aplicação dos sistemas de impermeabilização diferem muito entre eles. Para a aplicação da argamassa polimérica, é encontrada uma maior facilidade, pois não exigem mão-de-obra especializada, uma vez que um operário comum pode facilmente preparar a mistura, seguindo as instruções do fabricante, porém, neste momento da execução do sistema de impermeabilização deve haver uma fiscalização, pois a qualidade final da impermeabilização depende da qualidade da mistura, ou seja, devem-se seguir corretamente as instruções do fabricante. Muito importante salientar que os cantos que serão impermeabilizados com argamassa polimérica devem ser estruturados com uma manta de poliéster, para reforçar a impermeabilização nesses pontos críticos (SILVEIRA, 2001). Em contra partida, um serviço especializado se faz necessário para a aplicação da manta asfáltica, por esta necessitar do uso do maçarico, que gera riscos aos operários, mas também a obra, além de ser difícil sua aplicação em locais muito pequenos. Outro fator relevante quando se fala de aplicação de manta asfáltica, trata-se das emendas. Ao estudar as emendas das mantas asfálticas, Pereira (1995), observou que ao utilizar como adesivo um elastômero especial de poliuretano, o mesmo atende perfeitamente a colagem entre as mantas asfálticas, eliminando de vez a colagem de mantas com asfalto quente ou maçarico. Sendo assim, diminui os problemas que ocorrem com o superaquecimento da manta, que pode alterar a química do polímero incorporado na massa ou a destruição do estruturante interno, e com isso tornando a manta com menor capacidade de absorver as fissuras do substrato. 54 Contudo, a argamassa polimérica é um sistema de impermeabilização rígido, que não pode ser aplicado em estruturas elevadas, como coberturas de concreto (VICENTINI, 1988), além de não tolerar grandes variações térmicas e exposição solar. No entanto, segundo o fabricante, Viapol, seu uso uniformiza o substrato e assim diminui o consumo com tintas. A manta asfáltica é um sistema de impermeabilização flexível, e assim apresenta alta resistência a fissurações. No entanto, se não receber proteção mecânica adequado pode sofre vários danos. Espessura fixa se mostra como uma vantagem da manta asfáltica, sem depender do aplicador, por ser fornecido em rolos com espessura constante de 4mm, que foi utilizada no empreendimento Abrolhos Residencial, e o processo de aplicação não interferir na espessura. Mello (2005) também aponta espessura fixa como uma das vantagens de manta asfáltica, mas também cita outras como, sistema de aplicação realizado em uma única vez, menor tempo de aplicação e não ser necessário aguardar a secagem. Ao contrário da argamassa polimérica a manta asfaltica pode ser aplicada em estruturas elevadas, locais com grandes variações térmicas, vibrações e exposição solar intensa (USSAN, 1995). Na tabela 3 encontra-se um comparativo das vantagens e desvantagens dos dois diferentes produtos impermeabilizantes, argamassa polimérica e manta asfáltica. Tabela 3. Comparativo das vantagens e desvantagens da argamassa polimérica e manta asfáltica. 55 Vantagens Desvantagens Não resiste a pressão Flexível Manta asfáltica Mão-de-obra Resistente a fissurações especializada Espessura fixa Problemas nas emendas Suporta variações térmicas Exige camada de Tolera exposição solar proteção Resistente a pressão Não pode ser aplicado negativa em estruturas elevada Fácil aplicação Não é flexível Argamassa polimérica negativa Não tolera variações Seu uso uniformiza o térmicas substrato Não suporta exposição solar 6.2 Comparação de custos Os dois produtos utilizados no estudo de caso apresentam uma grande variedade em relação aos seus custos de implantação. Para a aplicação de qualquer um dos produtos impermeabilizantes, se faz necessário a regularização da superfície a ser impermeabilizada afim de remover quais quer resíduos e para o nivelamento da superfície. Na tabela 4 estão descritos os custos com a regularização da superfície. Tabela 4. Custo de regularização de superfície (R$/m²) 56 Regularização de superfície Produto Unid Quantidade/m² Custo unit. Custo/m² Mão-de-obra - empreitada m² 1,00 R$ 10,70 R$ 10,70 Cimento Portland CPII - E – 32 Kg 14,58 R$ 0,36 R$ 5,25 Areia lavada media m³ 0,036 R$ 58,00 R$ 2,09 Total R$/ m² Na R$ 18,04 tabela 5, encontra-se os custos com o processo de impermeabilização. Ficou evidente que os custo com a utilização de manta asfáltica é muito superior ao custo com argamassa polimérica. Observa-se que o custo da argamassa representa apenas 35% do custo da manta asfáltica. Este custo superior da manta asfáltica pode ser explicado pelo fato deste produto exigir mão-de-obra especializada, o que eleva seu custo final. Tabela 5. Custo da impermeabilização, incluindo mão-de-obra (R$/m²). Impermeabilização Produto Manta asfáltica 4mm Argamassa polimérica + tela de poliéster Unid Quantidade/m² Custo unit. Custo/m² m² 1,00 R$ 40,00 R$ 40,00 m² 1,00 R$ 14,00 R$ 14,00 Assim como o custo com a regularização da superfície, o custo com a proteção mecânica também é único para ambos os produtos impermeabilizantes que se encontram na tabela 6. Tabela 6. Custo da proteção mecânica (R$/m²). Proteção mecânica Produtos Mao-de-obra - Unid m² Quantidade/m² 1,00 Custo unit. R$ 10,70 Custo/m² R$ 10,70 57 empreitada Cimento Portland CPII - E – 32 Areia lavada media Total R$/ m² kg 5,84 R$ 0,36 R$ 2,10 m³ 0,024 R$ 58,00 R$ 1,39 R$ 14,19 Após a análise do custo de cada etapa, individualmente, confeccionou-se uma tabela para análise do custo total de impermeabilização com os dois diferentes produtos (Tabela 7). Tabela 7. Custo total do processo de impermeabilização (R$/m²) . Valor total por metro quadrado = Regularização + impermeabilização + proteção mecânica Produto unid. Valor total por m² Argamassa polimérica m² R$ 46,23 Manta asfáltica m² R$ 72,23 Na tabela 8 encontra-se o custo final de impermeabilização do empreendimento. Onde se observou que deste custo da impermeabilização com manta asfalta representa 76,7% do custo total da impermeabilização. Tabela 8. Custo total da impermeabilização do empreendimento Valor N° Area Item M² por Área imperm/ Ap. Total Produto m² Sacada Manta Vigas de asfáltica borda Banho 10,2725 80 821,8 9,67 80 773,6 4,64 80 371,2 R$72,23 R$ 72,23 R$ 72,23 Valor total por área R$ 59.358,61 R$ 55.877,12 R$ 26.811,77 58 Banho Suíte 4,46 80 356,8 R$ 72,23 R$ 25.771,66 Wc emp 2,32 80 185,6 R$ 72,23 R$ 13.405,88 Custo total da impermeabilização com manta asfaltica Argama Área Serviço ssa poliméri Cozinha ca 4,16 80 332,8 10,67 80 853,6 R$ 46,23 R$ 46,23 Custo total da impermeabilização com argamassa polimérica Valor total gasto R$ 181.225,04 R$ 15.385,34 R$ 39.461,92 R$ 54.847,27 R$ 236.072,31 7 CONCLUSÕES Evidenciou-se, ao término do estudo, que argamassa polimérica e manta asfáltica apresentam suas peculiaridades, sendo assim, a postura adotada pela Construtora Stefani Nogueira foi feliz quanto as escolhas dos processos de impermeabilização, pois a argamassa, devido as suas peculiaridades, apresenta maiores vantagens quando aplicada em locais com pouca variação térmica e exposição solar, que é o caso da cozinha e área de serviço. Já a manta asfaltica, mesmo que seu custo é mais elevado, ela apresenta características mais apropriadas para a aplicação nos banheiros e sacada. Portanto, este estudo concluiu que ambos os produtos apresentam suas vantagens e desvantagens, inclusive em relação ao custo, porém, não se pode dizer qual é o mais eficiente, isto deve ser analisado caso a caso, com o auxílio de um projeto de impermeabilização, que pode diminuir os custos e os riscos do processo. O planejamento e o projeto de impermeabilização possibilitam a definição da solução mais viável tanto tecnicamente como economicamente. Este estudo do caso possibilitou, para o projeto como a escolha dos materiais mais adequados manta asfáltica e argamassa polimérica e a 59 estratégia de uso de cada material possibilitou uma economia de 36% .Ainda possibilitando mais qualidade da obra. 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, R. Manifestações patológicas em prédio escolar: Uma análise qualitativa e quantitativa. 2008. 203f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) – UFSM, Santa Maria, 2008. ANTONELLI, G.R.; CARASEK, H.; CASCUDO O. Levantamento das manifestações patológicas de lajes impermeabilizadas em edifícios habitados de Goiânia-Go. IX Encontro Nacional do Ambiente Construído. Foz do Iguaçu. 2002. ANTUNES, B. Mantas asfálticas. Construção estanque. Construção Mercado, São Paulo, n. 39, p.183 – 188, out. 2004. ARQUITETURA E CONSTRUÇÃO. Impermeabilização sem segredos. Abril, São Paulo, mai. 2005. ASSOCIAÇÃO BRASILIERA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. Seleção de impermeabilização: NBR 12190. Rio de Janeiro. 1992. 6p. ______. Impermeabilização – Seleção e projeto: NBR 9575. Rio de Janeiro. 1998. ______. Impermeabilização – Seleção e projeto: NBR 9575. Rio de Janeiro. 2003. ______. Execução de impermeabilização: NBR 9574. São Paulo, 2003. ______. Execução de impermeabilização: NBR 9574. Rio de Janeiro, 1986. ______. Materiais betuminosos para pavimentação – 7208. Rio de Janeiro. 1990. 60 BAUER, L. A. F. Materiais de construção 2. LTC (Livros Técnicos e Científicos). V. 2 – 5° edição. 1999. BAUER, E.; VASCONCELOS, P.H.C.O; GRANATO, J.E. Sistemas de impermeabilização e isolamento térmico. In: Materiais de construção civil e princípios de ciência e engenharia de materiais. Ed.G.C.Isaia. 2ed. São Paulo, IBRACON, 2010. 2 vol. Pag: 1413-1445. BÉRTOLO, T. A prova d`água. Téchne, São Paulo, n. 51, p. 20-23, mar/abr. 2001. CHIZZOTTI, Antonio. Pesquisa em ciências humanas e sociais. São Paulo: Cortez, 2000. CUNHA, A. G.; NEUMANN, W. Manual de impermeabilização e isolamento térmico; como projetar e executar. Rio de Janeiro, Barbieri, 1979. 227p. GABRIOLI, J.; THOMAZ, E. Impermeabilização de fundações e subsolos. Téchne, São Paulo, n. 67, p. 77-80, out. 2002. GRANATO, J. E. Projeto de impermeabilização x realidade nacional. In: 7° Simposio Brasileiro de Impermeabilização, 1991, São Paulo. Anais. GIL, Antonio Carlos. Pesquisa Social. São Paulo: Atlas, 1999. HACKER, F. B. Projeto de impermeabilização. In: 4° Simposio Brasileiro de Impermeabilização, 1984, São Paulo. Anais. IBI - Instituto Brasileiro de Impermeabilização - http://www.ibisp.org.br/ (Acessado em 02/05/12). LERSCH, I. M. Contribuição para a identificação dos principais fatores de degradação em edificações do patrimônio cultural de Porto Alegre. Porto Alegre: UFRGS, 2003. 180 p. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2003. 61 MELLO, L.S.L. Impermeabilização – Materiais, procedimentos e desempenho. 2005. 54f. Trabalho de Conclusão de Curso (Curso de Engenharia Civil) - Universidade Anhembi Morumbi, São Paulo, 2005. PEREIRA, G.R. Emendas entre mantas asfálticas, Conceito Revolucionário. Revista Impermeabilizar, São Paulo, Palanca, n.81, p.192-196, mai. 1995. PETRUCCI, E. G. R. Materiais de construção. São Paulo. Editora Globo. 12° edição. 1998. PICCHI, F.A. Impermeabilização de coberturas. São Paulo: Editora Pini, 1986. 220p. PICCHI, F. A. Impermeabilização de coberturas de concreto. Materiais, sistemas e normalização. 1984. 372f. Dissertação (mestrado). Escola Politécnica da USP. Universidade de São Paulo, São Paulo, 1984. PIRONDO, Z. Manual pratica de impermeabilização e de isolação térmica. São Paulo, Pini, 1988, 303p. QUERUZ, F. Contribuição para indentificação dos principais agentes e mecanismos de degradação em edificações da Vila Belga.Santa Maria: UFSM, 2007. 150 p. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) – Universidade Federal de Santa Maria, 2007. SAYEGH, S. Cimentos e polímeros contra a umidade. Téchne, São Paulo, n. 56, p. 42-44, nov. 2001. SELMO, Silva. Materiais betuminosos. São Paulo,2002. Apostila da disciplina de Materiais de construção I do curso de Engenharia Civil da escola Politécnica da Universidade de São Paulo. SILVEIRA, M.A. Impermeabilizações com cimentos poliméricos. Téchne, São Paulo, n. 54, p. 108-110, set. 2001. SOMA, L. G. Estudo do processo de impermeabilização de edifícios residências. 2009. 62p. Monografia. Universidade Anhembi Murunbi. São Paulo, 2009. 62 SOUZA, M.F. Patologias ocasionadas pela umidade nas edificações. 2008. 64f. Monografia (Especialização em Construção Civil) - Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2008. SOUZA, J. C. S.; MELHADO, S. B. Considerações gerais sobre os sistemas de impermeabilização dos pisos do apartamento-tipo de edifícios. Boletim Técnico da Escola Politecnica da USP. Universidade de São Paulo, São Paulo, 1998, 31p. STEFANI NOGUEIRA – http://www.stefaninogueira.com.br (Acessado em 14/05/2012). ULSAMER, F. Las humedades en la construcción. Barcelona, ediciones CEAC, 1989, 223p. USSAN, S. Introdução à impermeabilização. São Paulo. Palanca, 1995, 89p. VEDACIT – Manual técnico de impermeabilização de estruturas. 4° Edição. Disponível em:< http://www.vedacit.com.br> Acesso em: maio, 2012). VERÇOZA, Enio José. Impermeabilização na construção. Porto Alegre: Sagra, 1983. VIAPOL. Sistema de impermeabilização. VIAPOL, 2012 Disponível em: < http://www.viapol.com.br>. Acesso em: abril, 2012. VICENTINI, W. R. Sistemas de manta asfaltica pré fabricadas para impermeabilização de Lages de cobertura. In: 6° Simposio Brasileiro de Impermeabilização. Anais, São Paulo, 1988. YAZIGI, Walid. A técnica de edificar. São Paulo: Pini Ltda, 2004. ZANOTTI, F. Construção civil – Impermeabilização. Trabalho apresentado na faculdade de engenharia de São Paulo, S