apostila - jovens 8a. a 9a series e ensino medio

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apostila - jovens 8a. a 9a series e ensino medio
PROJETOS DE VIDA PARA A FELICIDADE
COM OS AGRADECIMENTOS ÀS INSTITUIÇÕES EM QUE TRABALHO, PELO
APOIO E INCENTIVO NA ELABORAÇÃO DESTE SUBSÍDIO DIDÁTICOPASTORAL.
D A E R –DIRETORIA ARQUIDIOCESANA DO ENSINO RELIGIOSO/SP.
E R E P – DEPARTAMENTO DO ENSINO RELIGIOSO PARA AS ESCOLAS PÚBLICAS.
PASTORAL REGIONAL DO ENSINO RELIGIOSO - REGIONAL SUL I - CNBB.
COLÉGIO CARDEAL MOTTA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO.
PROFESSOR PADRE EDÍSIO SILVA – Autor, ilustrador e organizador dos subsídios didáticos
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PROGRAMA DE VIDA
A vida é uma oportunidade, tome-a;
A vida é beleza, admire-a;
A vida é beatitude, saboreia-a;
A vida é um sonho, torne-o realidade;
A vida é um desafio, enfrente-o;
A vida é um dever, assuma-o;
A vida é um jogo, jogue-o;
A vida é preciosa, dê-lhe sentido;
A vida é riqueza, conserve-a;
A vida é amor, goze-a;
A vida é um mistério, desvende-o;
A vida é uma promessa, cumpra-a;
A vida é triste, supere-a;
A vida é um hino, cante-o;
A vida é um combate, aceite-o
A vida é uma tragédia, suporte-a;
A vida é uma aventura, atreva-te;
A vida é felicidade, mereça-a;
A vida é a vida, defenda-a.
Madre Teresa de Calcutá
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Apresentação e Motivação
Com alegria, apresentamos este nosso subsídio “ENCONTROS DE JOVENS – PROJETOS DE VIDA PARA A
FELICIDADE” , fruto de nossa experiência em doze anos de trabalho, junto às Escolas Particulares e
Estaduais, com a colaboração de equipes de professores, alunos, funcionários e pais.
Como nasceu a experiência? Toda experiência nasce de uma necessidade e assim, no convívio com os
nossos alunos, seja como professor, seja como orientador e conselheiro amigo, sentimos a sua necessidade
de uma convivência mais intensa e aprofundamento de temas, surgidos deles espontaneamente na
convivência diária ou motivados em sala de aula. Assim começamos a ouvir os alunos de modo mais
sistemático, fazendo levantamentos dos assuntos que fossem seus centros de interesse para
esclarecimentos, debates e aprofundamento. A partir destes temas, sentimos a necessidade ainda maior de os
trabalharmos num processo de Evangelização, segundo a metodologia do Apóstolo São Paulo, buscando
respostas para seus problemas e inquietações. Com o apoio inicial da Direção do Colégio Cardeal Motta e
depois dos Coordenadores da Diretoria Arquidiocesana do Ensino Religioso – DAER – e o estímulo dos
próprios jovens, fomos buscando caminhos, subsídios, recursos pedagógicos, músicas e agora os
divulgamos de modo mais sistematizado, mas não definitivo, nem completo.
Outro motivo que nos levou à divulgação em âmbito maior foi nosso trabalho na Equipe de Coordenação
Regional da Pastoral do Ensino Religioso do Regional Sul I da CNBB, em São Paulo, enriquecendo-nos com
as experiências e temas dos sub-regionais, sobretudo das Dioceses de Franca e de São José do Rio Preto, o
que nos abre horizontes ainda maiores, para operacionalizar vários temas emergentes, ainda não totalmente
desenvolvidos. Também esperamos e contamos com a sua utilidade no Ensino Religioso Confessional
Católico nas escolas estaduais, conforme convênio com a Secretaria Estadual da Educação.
A quem se destina? Já que a nossa Diretoria Arquidiocesana do Ensino Religioso divulgou o subsídio
“Metodologia para os Encontros de Adolescentes”, aqui incluído, para alunos de 5ª à 7ª séries, este nosso
trabalho se destina especificamente aos alunos de 8ª série e do Ensino Médio. Daí a sua metodologia
progressiva de 1ª etapa para os alunos das 8ªs. séries, 2ª etapa para os alunos do 1º ano do Ensino Médio e 3ª
etapa, possível aprofundamento, para os alunos do 2º e 3º anos do Ensino Médio, investindo mais até o 2º
ano, devido à dificuldade dos alunos do 3º ano, já envolvidos em cursos paralelos profissionalizantes e
preparação para o vestibular.
Quantos dias? Devido à realidade das escolas oficiais, os Encontros são planejados para um dia de intensa
participação, com uma boa e exigente preparação, mas nada impede de adaptá-los a dois ou três dias, o que
seria muito melhor, podendo dosar a convivência, a reflexão e o lazer para nossos adolescentes e jovens, de
modo até mais suave e proveitoso.
E o papel do Educador e da sua equipe? É de fundamental importância a missão do educador coordenador e
de sua equipe, como agentes dinamizadores de todo o processo, sobretudo porque cabe a eles a devida
adaptação a cada realidade, a escolha de subsídios mais apropriados e disponíveis, dinâmicas e a
criatividade que possa trazer novas contribuições e experiências para nossa tarefa comum, um desafio, sem
dúvida, mas fonte de grandes emoções.
Com os agradecimentos a quantos colaboraram neste trabalho com a sua valiosa contribuição, desejamos
que este subsídio seja uma semente fecunda nos terrenos dos corações dos nossos adolescentes e jovens,
segundo a expressão de um deles : “Os encontros de jovens são raras oportunidades que nos levam a
descobrir a chave de solução dos nossos problemas e nos ajudam a viver e conviver felizes em nossas
vidas”.Com viva esperança.
Pe. Edísio Silva
Diretor da DAER
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Ia. PARTE: PROJETO DE PLANEJAMENTO E METODOLOGIA
PROJETO DO PLANEJAMENTO DE EDUCACAO RELIGIOSA
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O Ensino Religioso tem como característica fundamental trabalhar a religiosidade, a formação religiosa dos alunos
de nossas escolas particulares ou oficiais e procura criar clima e condições favoráveis à realização deste propósito,
nos Estabelecimento em que atua. Para tanto, o EREP – Departamento do Ensino Religioso da DAER apresenta as seguintes linhas para o desenvolvimento do seu planejamento.
I. OBJETIVOS GERAIS DA EDUCAÇÃO RELIGIOSA:
1. Atender ao apelo fundamental e profundo do ser humano ao Criador;
2. Intensificar a cultura religiosa e seu aprofundamento;
3. Conhecer os princípios religiosos, numa visão integral e harmônica e expressá-los na experiência da
vida;
4. Desenvolver o hábito de viver coerentemente com princípios religiosos e morais;
5. Integrar a Fé com os conhecimentos adquiridos nas demais disciplinas;
6. Desenvolver a capacidade de procurar, além do superficial, o sentido das coisas, dos acontecimentos
e da vida;
7. Desenvolver a experiência de valorização da vida interior;
8. Confrontar as realidades da Fé na vida consigo mesmo, com os outros, com o mundo e com Deus;
9. Sintonizar e integrar estes objetivos com as orientações traçadas pelas Diretrizes Pastorais da Igreja
no Brasil, em constante atualização.
II. OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA EDUCAÇÃO RELIGIOSA:
1. Levar o aluno a uma educação da fé, centrada sobre Deus e sobre o homem, evitando todo o
sectarismo incompatível com a abertura ecumênica da Igreja Pós-conciliar e com a índole
democrática do nosso povo. Dimensão da Fé.
2. Desenvolver critérios que orientem a pessoa nas múltiplas opções que são feitas na vida inserida no
contexto da modernidade. Dimensão da Fé.
3. Descobrir as realidades da fé, a partir da sua própria vida e dos acontecimentos que envolvem o aluno
na sua idade e no seu mundo, integrando estas realidades num conteúdo harmonioso de Filosofia de
Vida Cristã. Dimensão da Fé.
4. Fazer opção de fé consciente, coerente com os princípios religiosos da sua família, dentro da
realidade aberta e acolhedora da nossa Escola e da sociedade pluralista em que vivemos. Dimensão
da Fé.
5. Encaminhar para cursos de aprofundamento e de vivências espirituais em épocas oportunas.
Dimensão Vivência.
6. Encaminhar para a Pastoral Sacramental da Escola e nas Comunidades Paroquiais. Dimensão
Vivência.
7. Assumir atitudes espontâneas de vivenciar a fé, em cada situação concreta da vida escolar e dos
demais ambientes em que vivemos. Dimensão Vivência.
8. Levar a uma vivência dos valores do Evangelho que respondem plenamente aos desejos de
realização de todos os homens, especialmente dos jovens, pois a ignorância desses valores deixa a
juventude desorientada e perplexa. Dimensão Vivência.
9. Vivenciar sua opção de fé, através do testemunho de vida pessoal e ação coerente nos
diversos ambientes em que decorre a existência, segundo a Pedagogia da Formação na Ação e
do Serviço Apostólico no Meio Ambiente. Dimensões Testemunho e Liderança Cristã
Ambiental.
10. Desenvolver a experiência religiosa em comunidades dirigidas pelos próprios jovens, com assistência,
assessoria e orientação dos educadores da fé. Dimensões Testemunho e Liderança Cristã
Ambiental.
11. Aproveitar as Campanhas de Evangelização e Beneficência para a Formação na Ação e experiência
do Espírito solidário de Fraternidade. Dimensões Testemunho e Liderança Cristã Ambiental.
12. Ampliar a sua visão do mundo, à luz dos valores evangélicos e da Doutrina Social da Igreja,
engajamento cristão no contexto social da modernidade em que vivemos. Dimensões Testemunho e
Liderança Cristã Ambiental.
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PROGRAMAÇÃO DE ATIVIDADES BIMESTRAIS DENTRO DOS
OBJETIVOS ESTABELECIDOS (com implantação progressiva ou parcial)
Duas orientações pedagógicas devem nortear-nos:
1. Evangelização ou Educação da Fé sobre os temas, as mensagens propostas, adaptadas à realidade das
classes e da Escola. Normalmente, as aulas de Religião desenvolvem, em cada série, um conteúdo curricular
correspondente a uma dimensão da Educação Religiosa: evangelização sobre o Plano de Deus; vivência
sobre a oração e os sacramentos; comunidade sobre a Igreja: liderança cristã sobre os mandamentos e
aplicações da Mensagem Cristã às realidades da vida e do mundo.
2. Expressão vivencial ou prática destas mensagens em atitudes concretas, segundo a ordem do Senhor Jesus:
"Vai e faze o que aprendeste".
1º Bimestre: SEGUIMENTO DE CRISTO-MESTRE NA CAMPANHA DA FRATERNIDADE E PÁSCOA, VIVENDO A
DIGNIDADE DE FILHOS DE DEUS E IRMÃOS.
1. Educação da Fé: Cada ano, neste tempo, somos chamados a viver a Fraternidade, fundamentada no Batismo que
nos deu a dignidade de filhos do mesmo Deus-Pai, nos apelos do Perdão e Reconciliação para a conversão =
mudança para atitudes fraternas e com as energias da Páscoa - Eucaristia, vendo Cristo em cada ser humano: "O que
fizeste ao menor dos meus irmãos, fizestes a Mim"- Mt. 25,40. - Este é o tema comunitário e permanente da
Campanha que se complementa com o tema social variável a cada ano.
2. Atividades - sugestões adaptadas à realidade.
 Trabalhar os oito elementos do tema social da Campanha durante o bimestre e em momentos oportunos ao
correr do ano: contexto social apelativo, tema anual, propostas expressas nos objetivos, lema, cartaz,
subsídios conscientizadores, orações, cantos do disco, CD, fitas cassetes e outros.
 Celebração inaugural de acolhida e lançamento da Campanha para grande número ou em salas de aula.
 Apresentação dos temas da Campanha em reuniões de professores e pais.
 Trabalhos sobre os mesmos temas em aulas, para exposições.
 Mensagens assistemáticas em quaisquer aulas sobre convivência X agressões.
 Métodos de trabalho com atitudes fraternas e participativas em oposição à competição, agressividade,
passividade em prol da colaboração.
 Celebração de Páscoa = passagem, mudança para fraternidade, libertação, construção de nobres ideais
pessoais, comunitários, sociais, como projetos de vida.
 Debate: dignidade humana, direitos e deveres.
2º Bimestre: COMUNHÃO COM CRISTO-AMIGO E EDUCACÃO PARA A FRATERNIDADE, NA FAMILIA, NA
ESCOLA E NAS COMUNIDADES DA IGREJA.
1. Educação da Fé: Intensificar nossa amizade com Cristo, presente na Eucaristia, celebrado na Festa do
Corpo de Deus. No Cristo-Amigo, vamos encontrar as energias necessárias para vivermos a fraternidade, a
descoberta de Cristo em cada pessoa, nos professores e colegas, nos ambientes em que vivemos: o lar, a
escola, os grupos de crianças e jovens, as comunidades paroquiais que freqüentamos, imitando MARIA,
venerada também neste bimestre, como modelo de bondade para as pessoas e os ambientes comunitários
em que vivemos. Também a festa do Coração de Jesus, São Pedro e São Paulo, São João, festa junina e
Santa Rita e outros.
2. Atividades - sugestões:
 Celebração de Maria, Nossa Senhora - dia das Mães - Coração de Jesus e São Pedro e São Paulo.
 Participação dos alunos com violões, flautas, homenagens.
 Formação ou retomada dos encontros de crianças e jovens.
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 Despertar, incentivar e comentar a preparação da 1 Eucaristia.
 Estimular a participação nas comunidades paroquiais, dando tarefas para entrevistas e informações a serem
comentadas em aula.
 Insistir na aplicação do ensinamento básico da Eucaristia: receber Cristo e acolher sua presença em nós, nos
irmãos, na convivência fraterna.
 Outras: valorização das festas populares para convivência fraterna...
 Igreja = família, comunidade de fé, oração, fraternidade e serviço.
3º Bimestre: PELA VOCAÇÃO CRISTÃ COMUM E PELAS VOCAÇÕES DE VIDA CELEBRADAS EM AGOSTO,
SOMOS CHAMADOS A SER PROFETAS COMO CRISTO, LEVANDO A BÍBLIA = SUA MENSAGEM - SETEMBRO AOS AMBIENTES COMUNITÁRIOS.
1. Educação da Fé: Importante destacar a vocação e a missão comuns de todos para a vida cristã na Igreja,
para os ambientes e para o mundo social, recebidas nos Sacramentos do Batismo, da Eucaristia, da Crisma e
completar com as vocações de vida: matrimônio, sacerdócio, vida consagrada = religiosa e vocações de
serviço à comunidade, como colaboradores de Deus.
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Somos convidados, também, a refletir sobre a importância de nossa vocação de Educadores da Fé,
colaboradores do Deus Educador e servidores da educação cristã, com suavidade, bondade e firmeza do
Educador Jesus e de tantos santos e dedicados educadores.
2. Atividades - sugestões:
 Valorização da Bíblia Sagrada com cantos, dramatizações, entronização...
 Saber responder as questões comuns da Bíblia e Ciência: Ciência e Fé.
 Temas bíblicos sobre a vocação dos profetas e apóstolos.
 Valorizar a vocação dos leigos nascida dos sacramentos: Batismo, Eucaristia e Crisma, destacando a Crisma
para os jovens.
 Destacar a Evangelização e Inculturação na linha dos documentos do Celam (Conselho Episcopal Latinoamericano) e da Igreja do Brasil.
 Celebração da vocação da Família-dia dos Pais.
 Outras...
4º Bimestre: CHAMADOS A COLABORAR COM CRISTO LíDER, REI E REFORMADOR SOCIAL NA EDUCACÃO
PARA A CIVILIZACÃO DO AMOR NOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL, NO MUNDO DO TRABALHO E DE
OUTROS PROBLEMAS DA SOCIEDADE MODERNA.
1. Educação da Fé: Numa crescente expansão do meio em que vivemos, projetamos agora nossa visão além
das comunidades, para o mundo que nos cerca e para a nossa presença apostólica e atuante ao nosso
alcance, onde somos chamados a construir a Civilização do Amor, o Reino de Cristo, pela vocação de
apóstolos no meio ambiente e no mundo dos meios de comunicação, o mundo do nosso estudo e lazer, o
mundo dos trabalhos e de outros problemas sociais, sobre os quais não temos atuação direta, e sim influência
de liderança, como missionários do Reino,”fermento na massa”.
Neste bimestre, temos destaques importantes.
O mês das missões, em outubro:que nos lembra a missão de liderança de todo cristão nos ambientes em que vive. A
experiência e liderança dos mestres e dos pais servem de orientação e guia dos nossos alunos para seu engajamento
e compromisso cristão no mundo, sempre advertido pelas palavras do Líder Jesus: "Eis que envio vocês como
ovelhas no meio de lobos, com os bons sejam simples como as pombas, com os maus sejam astutos e prudentes
como as serpentes... Pai, não peço que os tires do mundo, mas que os preserves da escravidão do mal”.
A Celebração de São Francisco, Patrono da Ecologia, oportunidade de conscientização sobre a importância da
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Natureza como dom de Deus e sua defesa –1 semana de outubro.
a
Dia Nacional de Ação de Graças - na 4 . quinta-feira de novembro - em que somos incentivados a assumir duas
atitudes: render Graças a Deus pelos benefícios recebidos na caminhada do ano e consagrar todas as nossas
realizações para que o Reino de Cristo cresça no mundo e traga a felicidade e o bem-estar dos filhos de Deus. - Festa
de Cristo Rei no penúltimo domingo de novembro. Assim nos ensina São Paulo: "Toda a nossa capacidade vem de
Deus... em tudo e por tudo rendam graças a Deus, Nosso Pai, que tudo realiza em nós e por nós, pelo poder do
Senhor Jesus Cristo".
2. Atividades -sugestões adaptadas a cada realidade.
 Conhecimento da Doutrina da Igreja sobre Comunidade Social.
 Conhecimento da Doutrina da Igreja sobre o mundo do Trabalho: Encíclicas Sociais.
 Mensagens sobre as Missões dos cristãos do mundo. Trabalhos escolares.
 Retomada do tema social da Campanha da Fraternidade do ano e lembrar os temas já tratados, visando à
solução dos problemas sociais.
 Debates sobre o espírito crítico na reta utilização dos meios de comunicação social.
 Como "vacinar-se" contra os efeitos perniciosos dos MCS=meios de comunicação social.
 Preparação e atividades sobre o Natal com a Escola.
 Valorização da Formatura como compromisso missionário no mundo.
Observação final sobre a metodologia dos quatro passos:
1. Ver a realidade estudada: recursos do silêncio motivado, audiovisuais, gestos significativos, fatos concretos ao
nível da criança e do jovem.
2. Julgar e iluminar com a luz da Fé: recursos da Palavra de Deus, em histórias, parábolas, frases de efeito para
lembrar e fixar. Documentos da Igreja...
3. Agir e comprometer-se: recursos do canto, orações, dramatizações, atividades dinâmicas, partilhas em
dinâmica de grupos.
4. Revisar e Celebrar na Fé, na Oração e na Esperança.
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METODOLOGIA PARA ENCONTROS DE ADOLESCENTES - 5as. às 7as. séries
(Válida para jovens, exceto o horário e os passos mais suaves do encontro)
O Ensino Religioso em classes de quintas a sétimas séries.
 - Tratando-se de classes de 5ªs a 7ªs séries, a experiência tem demonstrado a eficácia dos encontros de
adolescentes e jovens. O grande número de “Encontros Escolares”, realizados nestes últimos anos, já permite que
se vislumbrem algumas pistas.
➋ - Antes de tudo, propomos “Encontros Escolares” em dias não letivos ou período fora das aulas do dia, (sábados,
domingos, feriados) e não propriamente aulas, inseridas no currículo, cujos resultados têm sido insatisfatórios, exceto
no caso de professor com carisma para se relacionar com adolescentes.
➌ - Portanto, a nossa proposta é de “Encontros Escolares”. Tais encontros mais que informar, instruir, visam
proporcionar treinamentos à comunidade escolar de uma convivência humana e responder concretamente aos
problemas levantados pelos adolescentes e jovens.
Assim sendo, os cantos, a recreação dirigida, as refeições adquirem uma importância tão grande quanto as
palestras. Em se tratando de jovens e adolescentes, não se deve oferecer mais do que uma ou no máximo duas
palestras ao dia. Mais do que isso cansa o adolescente. Aplicar ao escolar o esquema de palestras para casais e
adultos não dá certo. Adolescente não é adulto. O esquema é outro.
A participação do adolescente nos Encontros é livre e espontânea e deve dar-lhe alegria. Nos encontros com quatro
palestras eles procuram fugir antes da terceira.
A nossa proposta é então a seguinte: o tempo dedicado às palestras não deve ser superior ao tempo dedicado às
outras atividades.
O objetivo da palestra é reforçado pelo diálogo, nas dinâmicas de grupo e no plenário. A exposição oral não é o mais
importante. Usem-se os recursos audiovisuais e as dramatizações.
Agora queira examinar o gráfico que ilustra a distribuição de atividades num encontro. É apenas uma proposta. É
muito freqüente que a atividade anterior invada a seguinte. Deve haver um limite de tolerância.
Para um encontro bem sucedido devemos levar em consideração o seguinte:
1- a equipe para os “Encontros”
2- o planejamento
3- a preparação
4- o “Encontro”
5- o tempo de duração: dia inteiro ou manhãs – tardes de formação.
1- A equipe: Tomando por base uma escola com mil a mil e quinhentos alunos de 5ª a 7ª séries, a equipe deve
ser formada por um grupo de quinze a vinte pessoas. Estas pessoas seriam componentes da própria escola,
(professores, assistentes pedagógicos, orientadores educacionais e pessoas da direção e da administração);
da APM, casais, pais, mães; e da comunidade em que está inserida a escola: igreja, instituições profissionais,
comércio, indústrias, prefeitura, se possível, etc.
A experiência tem mostrado que não se deve fazer um encontro sem a participação de pessoas da própria escola.
Casos houve em que a direção da escola constatou vidros quebrados, cartazes rasgados, carteiras riscadas, fora
do lugar. Nesses casos, os encontros foram interrompidos. É preciso que o pessoal da escola componha a equipe.
Essa equipe é que vai reunir-se para planejar o encontro. São pessoas idealistas e de boa vontade, dispostas
a investirem algumas horas extras do seu tempo para planejar o encontro.
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O encontro precisa responder às necessidades dos adolescentes, para isso é necessária uma pesquisa entre
a clientela que se tem em vista, indagando se gostariam de se encontrar na escola aos sábados, ou domingos, uma
vez ao mês ou no bimestre. E também que temas ou que assuntos gostariam que se abordassem.
2- O planejamento: Uma vez conhecido o número de alunos dispostos a participar dos encontros, que podem
ser de 50 à 80 e dos temas mais interessantes para eles, a equipe já pode fazer o planejamento. (Acima de
80, só com boa estrutura e no tipo de encontro motivador para outros com maior aproveitamento). Conforme
o assunto, será necessário convidar especialistas como: médico, psicólogo, teólogo, professores de ciências
afins, casal, etc...
O gráfico de distribuição de atividades talvez possa ajudar o planejamento.
3- A preparação:- reunião da equipe para distribuição das funções:
 Recepcionistas: (crachás – lista de presenças).
 Cantos e violões; (equipes de jovens que já têm repertório de cantos ao violão, da escola ou da
comunidade –igreja) folhas de cantos xerocadas.
 Recreação: professores de educação física; jogos, som, brincadeiras, etc...
 Refeições: casais da APM - funcionárias da escola: cozinheira, merendeira, etc... – cardápio
do dia, apresentação e arranjo do local e das mesas, com flores artificiais das cores dos crachás.
Como servir a refeição de maneira organizada e cristã.
 Palestra: escolher o palestrante de acordo com o tema mais solicitado.
 Dinâmica de grupo: como dividir os grupos, número de componentes, liderança, técnicas que
deverão ser usadas. Combinar a técnica e as pessoas que irão assessorar os grupos. Como
apresentar a conclusão do grupo no plenário: visuais, mímica, dramatização expressão corporal,
expressão oral, cartazes em varal, etc...
 Plenário: escolher o coordenador do plenário. Técnicas de plenário, chamada dos grupos ou seus
representantes.
 Avaliação: por escrito ou por aclamação em plenário, sugestões para continuar. Pontos negativos e
positivos. Agradecimentos à equipe, etc...
 Celebração: as pessoas que vão prepará-la. Cantos, local, movimentação das pessoas, leituras e
leitores, testemunhos, etc...
 Aprovação da direção da escola: o plano elaborado para o encontro é submetido à aprovação da
diretoria da escola, com a qual se deve determinar o dia do encontro.
 Divulgação e comunicação: uma vez aprovado o plano e determinado o dia, a equipe comunica
aos alunos a sua realização. Essa comunicação é verbal e através de cartazes, murais, faixas, etc...
 As inscrições: abrem-se então as inscrições para os alunos que livremente queiram participar.
 Autorização dos pais: a inscrição é aceita mediante apresentação de autorização dos pais por
escrito, para locais distantes da escola.
 Propaganda e xérox: é necessária uma comissão para organizar a propaganda, cartazes, e os
cantos escolhidos para o dia, em número suficiente para todos.
 Reuniões preparatórias: são necessárias várias, para ficar tudo bem organizado e bem firme, e que
as pessoas designadas sejam responsáveis e que cada qual realmente cumpra o que aceitou fazer.
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4 - O “Encontro Escolar”. Será de alunos da própria escola ou escolas próximas. Os responsáveis precisam chegar
um pouco antes, para que, à hora determinada estejam todos a postos.
A ordem do dia: poderia ser a seguinte, com bastante flexibilidade:
08:00h - Recepção – crachás – listas de presenças (nome-classe-período). Poderia ser feito por casais da APM.
08:30h - Primeira refeição (quente no inverno), enquanto a turma dos cantos estaria animando com os violões. É
muito importante que seja música ao vivo.
09:00h - No local das palestras, sala de projeção, distribuição das letras xerocadas dos cantos. Cantos,
durante todo o tempo em que os demais terminassem a primeira refeição e entrassem.
O coordenador dá informações sobre o horário do dia, que deve constar de um mural bem vistoso colocado no pátio.
Orientações gerais sobre a dinâmica de grupos, plenário, refeições e recreação.
10:00 h.- Palestra – abordando o tema solicitado. Não se trata de palestra para adultos, mas para
adolescentes. O palestrante deve ser bem escolhido. Se for necessário, providenciar o microfone,
etc... A palestra é mais ou menos o tempo de uma aula, com os recursos utilizados, porque a dinâmica
de grupo e o plenário vão complementar mais ativamente .
10:30 h.- Dinâmica de grupo: distribuição dos alunos por locais diversos. Explicação da dinâmica.
Designação de um dirigente. Horário da dinâmica e do plenário.
12:00 h. –2ª refeição – almoço – Oferecido pela escola, pela APM, pelos comerciantes da comunidade local.
Pais de alunos, funcionários da escola devem programar o almoço para que seja bem organizado e
festivo.
Durante o almoço o grupo de violão pode dar uma animação especial. Trazer gravador para música-ambiente.
13:00 h. –Recreação dirigida – a recreação, jogos, brincadeiras devem ser previamente organizados com a
colaboração de professores de educação física. Pode-se apelar para o Departamento da Prefeitura que
empresta mesas de ping-pong, etc... se for solicitado a tempo.
A “Administração Regional
Municipal” presta-se a transportar as mesas, etc... Tudo isto deve ser pensado e solicitado, mediante
ofício a quem de direito, com a devida antecipação.
14:00 h.- 3ª refeição – lanche – refrescos, chá, café, etc... Cantos. Período de desaquecimento para introduzir
o plenário.
15:00 h.–Plenário – dada a importância desta atividade, sua coordenação deve ser entregue a uma
com bastante prática e liderança.
pessoa
Explicação de como se vai proceder no plenário. Chamada dos grupos, que apresentam suas conclusões
com grande liberdade: dramatização – mímica – apresentação verbal, visual, varal de cartazes, jogral,
etc...
16:00 h.– Avaliação – continuando o plenário, procede-se à avaliação do encontro, quanto: à organização –
local – participação – convivência – ordem – cantos – refeições - palestra – dinâmica – coordenador –
plenário – recreação – etc...
A avaliação é concluída mediante propostas para dar continuidade aos encontros. Dar lugar à criatividade e
ao senso crítico, inclusive em relação a si próprios.
17:00 h. – Celebração ecumênica – para terminar pode ser preparada uma celebração da Palavra com:
cantos, leituras bíblicas, testemunhos, movimentação do grupo (procissão), portanto, flores, velas,
objetos (livros – cadernos – lápis – bola – violão – etc), orações espontâneas, pedidos por
necessidades conhecidas do grupo, etc...
18:00 h. –Encerramento – Despedida animada dos alunos, ficando apenas a comissão e os alunos
encarregados da limpeza, da ordem, para devolver o local à escola: pátios, salas, anfiteatro, do
mesmo jeito como foi entregue. Os portões, as portas e janelas do edifício devem ser fechados e as
chaves entregues ao funcionário da escola designado para tal, pela direção da escola.
O “ENCONTRO” DEVE SER UM DIA ALEGRE, FELIZ, DE FORMAÇÃO PARA O ADOLESCENTE E DE INTEGRAÇÃO DA ESCOLA COM A
COMUNIDADE.
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Proposta de atividades para um
ENCONTRO
ESCOLAR
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Passos para preparar um “ENCONTRO”
1º Passo:- QUEM vai assumir?
2º Passo:- QUEM participará?
- integração com a comunidade.
- ter uma idéia do número provável e temas
O QUE desejam?
FORMAÇÃO DAS EQUIPES:
PESQUISA ENTRE OS ALUNOS
professores - alunos
- Futura clientela – nº - quantos – quais ?
- Pessoal da escola
- Casais da A.P.M.
- Temas de interesse, a partir da
pesquisa.
- Pessoal da comunidade
3º Passo - COMO organizar ?
coordenará?
QUEM
4º Passo – QUANDO realizar ?
- Entrosamento com a direção
PLANEJAMENTO:
- Reuniões preparatórias
- Determinar comissões
- Procurar a direção da escola
- Apresentar o planejamento para a
direção.
- Planejamento do Encontro.
- Marcar o dia e a hora, dia não letivo
ou dia letivo em outro lugar, sítio.
5º Passo - COMO divulgar?
6º Passo – QUEM são os dirigentes? COMO
serão as técnicas?
- a propaganda antecipada.
ANÚNCIO e PROPAGANDA:
- Comissão de propaganda
INSCRIÇÃO.
- Montagem dos círculos
- Murais – Faixas – etc..
- Fichas ou listas (aniversários)
- Dia – Hora – Atividades.
- Autorização dos pais por escrito.
- O número de inscritos deve ser
proporcional ao número de adultos da equipe.
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Distribuição e duração das ATIVIDADES.
Passos do Encontro
1º Passo – Presença Amiga
2º Passo – Recepção Calorosa
PONTUALIDADE.
RECEPÇÃO.
- Presença da equipe.
- Comissão de recepção:
- Antecipar-se aos alunos.
- Listas de presença: – nome – classe –
- Preparação dos locais.
turno.
- Crachás com dinâmica de busca
- Dinâmica da roda - quadrilha
- Proibir a entrada de estranhos
- ½ Hora.
3º Passo – Barriga cheia, coração contente
4º Passo – Cantos com Mensagem
1ª REFEIÇÃO:
CANTOS:
- Comissão das refeições
- Comissão de Cantos
- Preparar o local
- Letras xerocadas
- Servir rapidamente, copos de plástico
- Violões
etc...
- Animar as refeições e o plenário
- No inverno – bebida quente, chá –
chocolate – café com leite.
- ½ hora.
- ½ hora.
5º Passo – A Palestra será reforçada
6º Passo – Entrosamento – Reflexão –
pela dinâmica.
Criatividade.
PALESTRA.
DINÂMICA DE GRUPO:
- Antes:- O coordenador dá as Boas- vindas
e Esclarecimentos
- Dirigentes dos grupos
encaminhar aos locais
- Apresentação do palestrante.
- Palestra – tempo de 1 aula, Com recursos.
- no local:- apresentação pessoal de cada
um.
- Explicação da dinâmica escolhida
- 1 hora.
14
Passos do Encontro
(continuação
7º Passo – Na Refeição a Fraternidade – Alegria.
8º Passo – Convivência Festiva.
ALMOÇO:
RECREAÇÃO:
- Local festivo
- Comissão de recreação
- Casais da A.P.M.
- Jogos – som – brincadeiras
- Funcionários da escola
- Recreação dirigida
- Se necessário, dividir o pessoal por turnos
- Cantos – violão
- Cantos – Violão
- 1 hora.
- 1 hora.
9º Passo – Retorno ao trabalho
10º Passo – Criatividade – Dramatização
LANCHE:
PLENÁRIO:
- Período de desaquecimento
- Antes:- Cantos - Coordenador
- Cantos
- Explicação do plenário
- Servir:- refrescos – bolachas
- Chamada dos grupos
- ½ hora.
- Apresentação das conclusões
- 1 hora.
11º Passo – Critérios: – Lealdade – Espírito Crítico.
12º Passo – Celebrar o Encontro com Deus ,
com os irmãos, com as coisas.
AVALIAÇÃO:
- Coordenador
-Pontos positivos e negativos de cada
passo.
CELEBRAÇÃO DA PALAVRA:
- Comissão da celebração
- Leituras e leitores
- Preparação para a celebração final
- Orações e testemunhos
- ½ hora.
- Cantos
- Procissão com flores – velas etc...
Bíblia - violões - cadernos
- 1 hora.
15
MÉTODO EDUCATIVO DE JESUS CRISTO
(Referencial do método “ Ver – Julgar – Agir=comprometer-se – revisar – Celebrar)
(Edgar Silva Júnior)
Nas últimas décadas, muito se tem escrito sobre educação. Temos, em nosso meio, pedagogos que têm se
preocupado e elaborado teses e métodos educacionais; principalmente no campo da Educação popular, muito se tem
discutido e procurado valorizar o "currículo oculto" que traz toda pessoa, e que, na maioria das vezes, é sufocado pela
"cultura dominante".
Mas antes mesmo de pedagogos, sociólogos e filósofos se preocuparem com o que corresponde á realidade,
Jesus Cristo, nas suas ações e na sua caminhada, já nos ensinava o verdadeiro método educativo. Peguemos, por
exemplo, o capítulo de Lucas 24, 13-35 - Aparição na Viagem em Emaús. Nesta passagem, podemos notar o método
utilizado por Jesus com as pessoas que caminhavam com Ele. Educar é justamente isto: CAMINHAR COM - e não
levar o caminho pronto. Aliás, a própria palavra educação já revela esta realidade, tirar de dentro da pessoa o que lá
existe em germe.
1) "Jesus em pessoa aproximou-se deles e caminhava com eles". Que contraste com tantos métodos
educativos. ..Na realidade, a maioria dos educadores não se aproxima, não caminham com, mas "caem de páraquedas" nos lugares onde atuam. Raramente se vê um educador aproximar-se da realidade do educando ou fazer
uma caminhada com ele, acompanhando o seu momento histórico. Sua visão continua ainda aquela, onde o
"educador é o que educa: os educandos os que são educados".
2) "Mas os olhos estavam como que vedados e não o reconheceram" - Educação que faz vedar os olhos
não é educação, é domesticação. Educação que não mostra a verdade, escraviza cada vez mais o homem e o torna
atrelado às relações de dominação - "e quanto a vocês, irmãos, foram chamados para serem livres" (GI 5,13).
Educar é um ato de coragem.
3) Jesus "perguntou-lhes então... " Aí está um dos grandes segredos do método de Jesus e que revela a
sua humanidade no processo educativo. Ele faz de conta que não sabe das coisas, dos fatos que aconteceram. E
procura uma síntese através do Diálogo.
Em geral, quando analisamos nosso método educacional, vemos que as poucas perguntas propostas já estão
com respostas pré - estabelecidas e decoradas. Isto é, poucas vezes, os educandos são chamados a influir
ativamente.
Estamos acostumados a levar os "discursos" prontos, impedindo, desta forma, o educando de contribuir com
sua palavra. Isto porque os educadores continuam firmes em acreditar que o "educador é o que sabe: os educandos,
os que não sabem; o educador é o que pensa, os educandos, os pensados; o educador é o que diz a palavra, os
educandos, os que escutam docilmente ".
4) Um dos discípulos disse: " Jesus era um profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e de
todo o povo". O educador também tem que ser profeta e estar engajado na luta do povo. Esta é uma relação
dialética, pois é impossível ser profeta se não está inserido num trabalho prático. Se assim não for, está se repetindo o
que já vem pronto. Educar é algo extremamente revolucionário. Educar é vida, é renovar. É a oportunidade que todo
ser humano tem ( ao menos deveria ter) de denunciar e anunciar "o novo céu e a nova terra".
Educador que não é coerente em "obras e palavras diante de Deus e de todo o povo" é simplesmente mais um
marionete manejado pelo poder dominante.
5) "Jesus lhes disse (...), E começando por Moisés, percorrendo todos os profetas explicava-lhes o que dele
se achava dito. Poderia ter declarado: "Sou eu que estou aqui, e pronto". Ele fez questão de valorizar a História do
Povo de Deus. a caminhada que o povo percorreu. A história é o nosso grande mestre da vida. E Jesus faz questão
de relembrar a história, desde Moisés até os profetas. Jesus procura mostrar, através da história, as conquistas, os
tropeços e as batalhas por que o povo passou.
16
6) "Fica conosco" e Jesus "entrou então com eles". Aqui se vê que educar também é saber cativar. Jesus
atende e aceita o convite dirigido pelos discípulos. Aceita "entrar" na intimidade daqueles dois. Jesus permanece com
eles. E quantas vezes hoje é dirigido aos educadores o mesmo convite de "ficar conosco", de "lutar conosco", de
"reivindicar conosco", de "caminhar conosco", e a resposta nunca se concretiza, pois, às vezes, se torna mais cômodo
"deixar como está para ver como é que fica"; copiar planejamento de um ano para o outro, adotar um material que
"não dê trabalho", continuar pensando que dá menos trabalho ficar de olhos vendados, não comprometidos.
7) Jesus senta à mesa com eles. O gesto de saber "sentar" já ensina muito, quando o próprio sistema faz de
tudo para que as pessoas não se encontrem, não sentem para discutir suas relações como seres no mundo. Jesus
ensina também o grande valor de se ir ao encontro da realidade do lugar, onde mora a pessoa. Para não se ficar
repetindo frases como: as "frutas contêm vitaminas", para quem, na realidade, não pode comer frutas; para não se
fazer ler: minha casa é grande e bonita, para quem vive num barraco de dois cômodos e feito de caixas velhas.
8) "Ele tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e serviu-lhes. Então se lhes abriram os olhos e o
"reconheceram". - Aí está o grande valor de "partir o pão", "do" doar-se, de saber dividir. Jesus pelo caminho
conversava, perguntava, explicava, mas é no partir o pão que eles o reconheceram. De nada adianta a educação ficar
na dimensão do discurso.
De nada adianta a educação que não leva para uma sociedade que sabe partir o pão, que sabe abençoar o
pão, que faz abrir os olhos diante da realidade. É na partilha do pão e voltando-se para o Pai, que Jesus se revela aos
dois discípulos: é aí que podemos concluir o que nos diz Puebla, que a "educação será tanto mais humanizadora,
quanto mais se abrir para a Transcendência ou seja, para a Verdade e o Sumo Bem".
9) "Levantaram-se na mesma hora e voltaram para Jerusalém", - Jesus conclui seu método educativo,
conseguindo modificar a atitude daqueles dois. Educar é fazer mudar de mentalidade. E fazer levantar para
transformar. Educar para a ação (Educ-Ação). É esta a vocação essencial, ontológica do homem: ser sujeito no
processo educativo, estar em relação não só no mundo, mas com o mundo, para transformá-lo. É saber levantar-se
das poltronas do privilégio, dos cargos "burocráticos", é saber descobrir a grande lição do "aprender com os outros".
(Extraído do "O São Paulo" n° 1361)
17
IIa. PARTE: OS ENCONTROS DE JOVENS
ORIENTAÇÕES AOS PALESTRANTES
1. Prezado Palestrante, sua função é a mais importante do Encontrinho. É para ela que convergem todas as outras.
Prepare sua palestra com bastante antecedência. E escreva integralmente ou ao menos faça um bom esquema,
pois, embora seja possível “falar sem papel”, a gente acaba fazendo repetições inúteis ou esquecendo pontos
importantes.
2. Reservamos bastante tempo para as palestras. Primeiro, para que o palestrante não precise “estourar o horário”.
Segundo, para que os temas sejam apresentados com maior profundidade e não sejam apenas aquelas
palestrinhas “água com açúcar”. Mas se você não quer usar todo o tempo que lhe é concedido, não há problema,
pode terminar a hora que quiser.
3. O sineteiro o avisará através de cartazes quando faltarem 10 minutos, 5 minutos e quando esgotar o tempo (final).
Fique, portanto, atento ao sineteiro.
4. Desenvolva o assunto numa linguagem simples e direta, em meio a um ambiente de amizade, alegria e amor
cristão. Não se preocupe em dar grandes conhecimentos teológicos ou humanos. Procure, sim, apresentar Jesus
Cristo como o ideal, e os problemas humanos à sua luz. Não dê aulas, mas palestras. Mostre aos jovens que vale
a pena viver o que se apresenta, e que os dirigentes se sentem felizes por viverem assim. Não apresente doutrina
intelectualmente, mas a forma como você e os outros vivem e encarnam, em suas vidas, o Evangelho, ou a
mensagem dos valores transmitidos.
5. Uma palestra será tanto melhor quanto mais testemunhos pessoais, exemplos e experiências tiver. Palestras
teóricas, ainda que de altíssimo saber não atingem. Por isso procure encarnar, isto é, apresentar exemplos vivos
(seus ou de outros) de tudo o que você falar.
6. Utilize, ao máximo, os meios audiovisuais para ilustrar suas palestras. Elabore, em casa, cartazes em cartolina,
com pincel atômico, e vá mostrando aos participantes durante a palestra. Faça gráficos ou esquemas na lousa.
Use a mímica, gestos, posições corporais... enfim, comunique a mensagem não só por palavras, mas transforme-a
em verdadeiro audiovisual. Não tenha vergonha de ser entusiasmado. O jovem aprende mais pelos olhos do que
pelos ouvidos.
7. Não seja agressivo, mas humilde, pois você também é pecador como eles. Fale na primeira pessoa do plural
(nós...) e não na terceira (vocês...). Às vezes, para ser sincero, você terá de dizer para eles, mais ou menos,
assim: Gente, isto que estou dizendo para vocês vale também para mim.
8. Cuidado para não cair num moralismo (“vocês devem... vocês podem...) antipático e ineficaz. Pelo contrário,
procure convence-los sem coagir com leis ou proibições. É só explicar o sentido e o porquê das coisas certas, que
eles as seguirão por própria iniciativa, a partir de dentro, sem ninguém mandar. E este seguimento será
certamente duradouro. E mais, o farão com alegria.
9. Se ficarmos insistindo que deixem o caminho errado sem apresentar outro melhor, pouco adianta e poderão
tachar-nos de quadrados. Sobre isto existe uma comparação chamada “pastoral contrafilé”. É a seguinte: Imagine
que você tem um cachorro do qual gosta muito e um dia o encontra roendo um osso. Se você tentar tomar-lhe o
osso, ele não o largará e poderá até morder você, pois é a única coisa que tem. Agora, vamos supor que você não
tente tomar-lhe o osso, mas joga perto dele um pedaço de contrafilé bem gostoso, é claro que o cachorro vai
abandonar o osso e comer a carne, agradecendo a você. Então você poderá jogar o osso bem longe dele. – Numa
palestra acontece o mesmo: se tentarmos tirar o mal do jovem, mostrando que aquilo o prejudica e tal... mas não
lhe apresentarmos algo que o substitua, nada adiantará e ele poderá revoltar-se contra nós. Insista, portanto, no
lado positivo. Apresente Cristo como nosso amigo, nosso ideal, que pode fazer-nos plenamente felizes. E
apresente tudo o mais à sua luz.
10. Procure o coordenador geral do Encontrinho e mostre-lhe o esquema de sua palestra. Pergunte se tem alguma
orientação a lhe dar.
18
11. Intercale algumas piadas durante a palestra para descansar os ouvintes.
12. Se algum participante quiser fazer-lhe pergunta durante a palestra, deixe-o fazer para não magoá-lo, mas avise
aos outros que as perguntas devem ser feitas por escrito e colocadas na “caixinha de perguntas” que estará sobre
a mesa.
13. Seja durante sua palestra, seja na hora das respostas às perguntas, não se irrite com perguntas agressivas contra
religiões, etc... Em geral não são idéias deles, mas afirmações que ouviram. Agora que estão decididos a viver a
fé “pra valer”, querem antes tirar estas idéias da cabeça e nos pedem ajuda. Nas respostas, gaste mais tempo
ensinando o certo do que refutando o errado, pois é isso (o certo) que eles estão procurando.
14. Se puder, permaneça no Encontrinho o dia todo. Assim os participantes poderão conhece-lo, fazer amizades,
resolver suas dúvidas etc... Nada como conhecer alguém que mudou a nossa vida”. Também eles querem ver se
você de fato vive o que falou. Mas se você não pode ficar, chegue uma meia hora antes do horário de sua palestra
para não preocupar os dirigentes e permaneça até a hora das respostas às perguntas.
15. Reze, converse com Deus, antes e depois de sua palestra para pedir a sua ajuda, pois só Deus pode penetrar nos
corações e mudar uma vida.
(Síntese e adaptação de fascículo de ENCONTRINHOS NAS ESCOLAS do Pe. A. Queiroz – Ed. Paulinas – 1979)
Isaías 52,7
19
FUNÇÕES COLETIVAS DOS DIRIGENTES-MONITORES
1. Prezado amigo, você foi chamado a ser dirigente num Encontrinho. É Cristo que o chama para ser seu apóstolo,
levando seu Evangelho às escolas. Dedique-se, com generosidade, a este trabalho.
2. Sua primeira preocupação deve ser viver em sua vida tudo o que irá transmitir. Por isso, desde agora, comece
uma Vida Nova.
3. Você faz parte agora de uma equipe de dirigentes. Esta equipe é como o corpo humano: tem vários membros,
com funções diferentes, mas todos unidos em um só corpo. Assim deve ser sua equipe. Esta união é
importantíssima. Ela será a maior força que vai trazer os jovens para Cristo, pois eles aprendem mais com os
olhos do que com os ouvidos.
4. Quando você vai a uma piscina, é para se atirar todo na água. Faça o mesmo no Encontrinho. Dedique-se,
totalmente. Esqueça seus problemas pessoais e não demonstre nenhum cansaço ou indisposição durante o dia.
5. Aproveitando seu tempo disponível, converse com Cristo várias vezes, como amigo, apresentando-lhe seus
anseios de apóstolo.
6. Guarde total segredo das aberturas pessoais que você ouvir durante o Encontrinho, quer dos participantes, nas
reuniões de grupos, ou nas conversas, quer dos dirigentes, nas palestras. Não comente o que ouvir nem com os
outros dirigentes. Nosso sigilo neste ponto deve ser semelhante ao do sacerdote, quando ouve confissões. E
lembre-se: nos Encontrinhos os participantes confiam muito nos dirigentes e facilmente, lhes abrem sua alma.
7. Participe da reunião preparatória e da celebração de entrega de medalhas. Você só poderá faltar a esses dois
atos, se houver motivos, realmente sérios. Neste caso, comunique antes ao coordenador.
8. Durante as palestras, permaneça o tempo todo dentro da sala de palestras, sentado em seu lugar. Não fique
atrás, em pé ou na porta, e muito menos no corredor conversando. Evite movimentar-se durante as palestras.
Fique atento ao que o palestrante está falando e vá anotando para dar exemplo.
9. Em todos os intervalos do Encontrinho, faça o trabalho de corredor. Consiste em aproximar-se dos participantes e
conversar com eles, ouvi-los, resolver suas dúvidas, orientá-los, enfim, fazer amizade com eles. Portanto, evite
fazer rodinhas de dirigentes, separando-se dos participantes.
10. No início do Encontrinho, você receberá um grupo de participantes. Este grupo ficará sob sua responsabilidade o
dia todo. Não os deixe conversar nem dormir na sala de palestras. Conte-os no início de cada ato. Se faltar algum,
vá procurá-lo. Faça o trabalho de corredor, principalmente, junto ao seu grupo, e entre estes, dê preferência aos
mais tímidos ou problemáticos.
11. Como dirigente dos círculos de estudo, observar o seguinte:
11.1 Escolha um lugar para o seu grupo, de preferência ao ar livre.
11.2 Disponha seu grupo em círculo, de modo que cada um veja a todos os outros. Não permita que
nenhum fique afastado.
11.3 Crie um ambiente agradável, em que todos possam sentir-se à vontade.
11.4 O primeiro trabalho do grupo será a escolha do secretário: um participante, que fará um resumo das
respostas do grupo para apresentá-lo no plenário, à tarde. O secretário deve ser um participante e nunca
um dirigente.
11.5 Escolhido o secretário, faça-se a primeira pergunta ao grupo. Se não souber de cor, leia-a, evitando que os
outros leiam as perguntas.
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11.6 Para evitar que alguns falem demais e outros não falem nada, o melhor método, é o do rodízio, começando
ou pela sua esquerda ou pela sua direita, vão respondendo um depois do outro, em fila, até passar toda a
roda. Você pode sugerir ao grupo este método, mas depois não fique mandando cada um falar, como um
imperador. Só interfira, se for necessário, no mais, deixe os participantes irem respondendo, normalmente,
um depois do outro. Depois que chegar ao último, pergunte se alguém quer dizer mais alguma coisa.
Terminando, faça a pergunta seguinte e, assim por diante, não tenha pressa. Não é necessário que
respondam a todas as perguntas.
11.7 O segredo de coordenar grupos é saber fazer perguntas e não saber respondê-las. Através de perguntas
(que você pode inventar à vontade), leve o grupo aos pontos fundamentais da palestra e faça cada um
aplicar em sua vida o que ouviu.
12. É importante que os participantes percebam que o fato de os dirigentes terem deixado suas famílias, passeios,
etc... para passarem o dia com eles, não é um sacrifício, ou um favor. Trata-se, sim, de uma conseqüência lógica
de sua fé e de seu amor a Cristo. Sentem-se felizes por poderem partilhar sua felicidade com outros.
13. Na hora de cantar, seja alegre, animado, expansivo e desinibido. Levante-se, vá à frente, anime os outros. Não
tenha vergonha de cantar e de movimentar-se!
14. Você, juntamente com os outros dirigentes, é o executivo do Encontrinho. Deve fazer com que sejam executados
os sinais do sineteiro e todas as ordens do coordenador. Por exemplo: se o coordenador pediu silêncio, aproximese de cada um que está conversando e peça, com amor, que pare de falar. Assim você fará todos atenderem o
pedido do coordenador. Se o sineteiro bater o sino avisando que devem ir para tal lugar, você vai convidando
todos os atrasados a irem para lá.
15. Não permita que nenhum participante fique disperso pela escola, fora do grupão. Isso exige de você uma atenção
constante.
16. Obedeça, prontamente, ao coordenador. As críticas são uma ótima contribuição aos Encontrinhos, mas, se forem
feitas durante o Encontrinho, só criam confusão. Devem ser feitas na hora certa, que é na reunião de revisão.
(Adaptação de fascículo de ENCONTRINHOS NAS ESCOLAS do Pe. A. Queiroz – Ed. Paulinas –1)
“Deus ama quem dá sua colaboração com alegria!” – São Paulo
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HORÁRIO E ROTEIRO DAS EXPERIÊNCIAS DOS ENCONTROS DE JOVENS
Formação - Convivência –Experiência de Oração -Treinamento de Liderança Cristã Ambiental.
08:00 h - Salão ou Caminhada – Pegadas-Caminho: recepção, acolhida, boas-vindas, lugar dos objetos, instalações.
Formação dos grupos com crachás coloridos, dinâmica de entrega dos crachás na procura dos amigos e
(30’)
breve entrevista.
Sineteiro e funções. Grande roda com Entrega das pastas com subsídios. Dinâmicas da saudação com
quadrilha, da rede, etc. Cantos: Amigo, bem-vindo e resposta.
Momento Novo. Alô, bom dia, Louvado seja.
08:30 h - Sala de Encontros. Apresentação das cinco equipes com saudações. Destacar painéis de Cristo, frases
bíblicas, cantos: Galileu, Por causa de um Reino.
(20’)
Localização dos grupos com coordenadores, monitores. Motivação-clima. Boas disposições. Prece
da_juventude. Canto do Semeador ou dramatização. Power Point 1-2.
08:50 h - Refeitório: café reforçado em mesas por grupos - enfeites coloridos. Coordenadores e monitores procurem
conhecer seu grupo, entrosar seus membros, "enturmar" sua equipe.
(15’)
09:05 h - Sala de Encontros. Motivação do canto: Música "É" = Bronca x Mundão. Situação do Tema Central com
destaques progressivos nas várias etapas: P.Point 3 a 6.
Os jovens em busca dos Caminhos da Felicidade de Viver. Conviver. Participar e Transformar, construindo
(55’)
a Civilização do Amor no contexto do mundo moderno. Contexto cultural do mundo moderno e Felicidade
Frágil, desafiada, arriscada na face negativa do mundo moderno com sofrimento e infelicidade - Canto
motivado: Novo caminho.
Quais os Caminhos da Felicidade? Os Projetos de Vida para a Felicidade? P. Point 7-11.
Projeto Global -Alicerce = A Formação da Personalidade Integral e Individual em
Harmonia. DEUS CRIADOR ARTISTA. Canto - Oração: Tu me conheces. Leitura: Mc l0,17-23 - Jovem
rico. Partilhar.
a
1º Caminho-Projeto – 1 . Palestra com Slides ou Vídeo,Texto- dramatização sobre temperamentos.
Realizar o Projeto de Formação da Personalidade Integral e Individualizada como alicerce indispensável
de Felicidade Pessoal. Ajustamento biopsiquicossocial e espiritual. Palestrantes desenvolvem o tema
com testes correspondentes a cada etapa. Canto - fecho = Arquiteto do mundo, caçador de mim etc.
10:00 h – PROJETO PESSOAL VIDA E SAÚDE. DEUS-PAI FONTE DA VIDA. Oração e canto: Fé jovem - Creio da
A
juventude. O que é o Que é. És a minha vida. P.Point 12 -12D.
(55’)
- 2° Caminho - Projeto - 2° Palestra com vídeos apropriados, teste de nível de informação. Defender,
preservar e promover a vida e a saúde, prevenindo contra os riscos e males evitáveis, no contexto do
mundo moderno, marcado pela cultura de morte e mentalidade erotizante - afrodisíaca.
Palestrante desenvolve o tema correspondente a cada etapa, na visão informação e formação, perguntasrespostas. Canto-fecho: Eu vim para que todos tenham vida etc.
10:55 h - Painel de perguntas e respostas sobre os temas apresentados em grupos separados de rapazes e moças
para maior espontaneidade, utilizando testes complementares, se houver tempo. Sensibilização com
cantos livres.
(55’)
12:00 h - Refeitório -Almoço -Recreação Comunitária com dinâmicas recreativas relacionadas com os temas do
(90’)
Encontro. Providenciar gravador e músicas.
- Canto de refeição: Ao Senhor agradecemos, Aleluia, o alimento que teremos, Aleluia.
Fim da refeição: Ao Senhor agradecemos, Aleluia, o alimento que tivemos, Aleluia.
A
13:30 h – PROJETO PESSOAL LIBERDADE E LIBERTAÇÃO. DEUS IRMÃO LÍDER-LIBERTADOR. – P.Point 13 13D. Prece de interrogação. Canto: Viagem pela vida, Há tempos etc.
a
(55’)
- 3° Caminho -Projeto – 3 . Palestra ou Apresentação com testes de nível de informação e Vídeos
apropriados: Defender, preservar a Saúde e a Liberdade, Prevenindo contra a escravidão das DROGAS.
22
Palestrante desenvolve o tema correspondente à cada etapa, seguindo-se testemunhos espontâneos ou
de pessoas convidadas e respostas às perguntas levantadas. Testes complementares. Leitura-fecho: Gál
5,1.13-15. Cantos-fechos: Caminho aberto – Abismo Profundo etc.
14:25 h – PROJETO COMUNITÁRIO CONVIVÊNCIA-AFETIVIDADE E VOCAÇÃO PARA O AMOR – DEUS AMIGO E
A
AMOR – P.Point 14 -14F.
(55’)
- Prece de Amorizacão. Cantos por etapas: Você é meu irmão. Pais e Filhos. Amigos para Sempre.
Canção da América. Coração de Estudante. Monte Castelo para fecho de Namoro. Laranja Lima etc.
a
4° Caminho -Projeto e 4 Palestra – Apresentação com dramatizações de problemas familiares e
vídeos apropriados: Realizar o "verdadeiro prazer" que é a felicidade de conviver como pessoas (SaintExupéry), investindo no relacionamento satisfatório da Família, da Amizade, do Namoro, Noivado e
aprofundar Casamento como Vocação de Amor.
Casal ou Palestrante com participação dos monitores desenvolvem o tema. Cantos-fechos: Cristo,
quero ser instrumento, Amigos para sempre, Oração pela família etc.
ª
2 Etapa – NESTE ESPAÇO=PROJETO DE REALIZAÇÃO PROFISSIONAL. DEUS DO REINO
A
SOCIAL-TRANSFORMADOR – P.Point 15 -16B. Textos e testes apropriados.
15:15 h - Círculos de estudo e aprofundamento com textos, liderados pelos monitores e supervisão dos coordenadores.
Técnicas e dinâmicas variadas. (30‟)
15:45 h - Café ou Lanche da tarde. (15').
16:00 h - Plenário com resultados dos círculos, dinâmicas, debates, esclarecimentos. (30').
16:30 h - Ensaio de cantos para celebração, sensibilização. (30').
17:00 h - Canto: Deixa a luz do céu entrar. Oração de cura interior e perdão.
Canto-fecho: Cristo Amigo. (30').
17:30 h - Celebração final, relacionando temas com Encontro com Deus, testemunhos. Cantos: Procissão - Louvado
seja - Ofertório: Ofertar nossa vida queremos.
(60’)
Comunhão: Utopia - Vem, eu mostrarei - Te amarei... Segura na mão de Deus, Chama no peito, Creio,
Senhor, És minha vida, Jesus Cristo me deixou inquieto.
18:30 h - Retorno. Reencontro com as famílias e entrega das medalhas de encontristas pelos Pais na Capela do
Colégio ou local do encontro.
SHALOM !!!
23
OBJETIVOS ESPECÍFICOS DOS ENCONTROS DE JOVENS
OBJETIVOS DESEJADOS, VISADOS, PRETENDIDOS, ENCARNADOS E PRESENTES NAS CARACTERÍSTICAS
DOS “NOVOS JOVENS” PERSONALIDADES INTEGRAIS E HARMÔNICAS, POIS A FELICIDADE CONSISTE NA
POSSE CONSTANTE DA ALEGRIA DE VIVER E BEM-ESTAR, QUE SATISFAZEM A PERSONALIDADE TOTAL DO
JOVEM, SEM ESCRAVIZAÇÃO EM NENHUMA DE SUAS ESFERAS, FRUTOS DO DESENVOLVIMENTO
HUMANO DA SUA PERSONALIDADE EM TODAS AS DIMENSÕES, CITADAS A SEGUIR:
1- Personalidades idealistas com projetos de vida, otimistas na fé e no amor – Projeto Personalidade.
2- Personalidades “legais” e originais pela identidade própria x Personalidades chatas e desagradáveis –
Projeto Personalidade.
3- Personalidades conscientes da sua dignidade, esclarecidas e cultas pelo estudo e conhecimentos, com
senso crítico x Manipulações dos Meios de Comunicação Social (M.C.S) – Projeto Personalidade.
4- Personalidades conscientes dos seus próprios valores, direitos e deveres. Livres de escravidões,
alienações e ideologias bitolantes...Projeto Personalidade.
5- Personalidades de pé, equilibradas, ajustadas, jovens de caráter positivo e de fé pessoal
marcante – Projeto Personalidade.
6- Personalidades sadias no corpo e na mente e saudáveis na alegria de viver – Projeto Vida e Saúde.
7- Personalidades de vontade firme e forte, que saibam usar sua liberdade para libertação de si mesmos e
dos outros, no ideal de promoção humana num esforço solidário – Projeto Liberdade e Libertação x
Drogas.
8- Personalidades espontâneas em revelar seus afetos, fraternas e abertas ao diálogo na convivência familiar
– Projeto Convivência - Afetividade e Vocação para o Amor.
9- Personalidades amigas, joviais diante das tensões e contagiantes pelo calor humano e pela ternura, na
convivência da amizade e do amor – Projeto Convivência-Afetividade e Vocação para o Amor.
10- Personalidades realizadas no amor, comprometidas pela ação com suas comunidades, onde vivem sua fé
comunitária na grande família – a Igreja de Cristo – Projeto Convivência-Afetividade e Vocação para o
amor.
11- Personalidades de consciência social crítica, agindo com competência técnica, ética e solidariedade a
serviço da justiça e da paz social na construção da cidadania – Projeto Realização profissional na
Sociedade.
12- Personalidades proféticas, líderes de esperança na promoção social, na construção dos projetos da
Civilização do Amor – Projeto Liderança social cristã no mundo moderno.
24
CONTEXTO REFERENCIAL DE VIDA PARA OS TEMAS ABORDADOS,
COM MOTIVAÇÕES
I - Vida e Encontro consigo mesmo e Construção do seu ser em relação com os fundamentos da Fé.
1- Projeto Personalidade e Deus Criador-Artista. Criação singular de cada um de nós, criação única, com
identidade e personalidade próprias, buscando autonomia e a formação do caráter. (Vídeos, Slides, Testes,
subsídios)
2- Projeto autoconhecimento e força de vontade. Conhecimento constante e infindável de si mesmo e
vontade de crescer e desenvolver-se com seus talentos e qualidades, como rosto de Cristo-Jovem, contando
sempre com suas forças e graças que superam nossa fragilidade. (Slides, Vídeos e subsídios)
3- Projeto Identidade Pessoal e assimilação e introjeção de valores com auto–imagem, auto-estima,
autoconceito e bom caráter marcante com a dignidade de filhos e filhas de Deus, com sua maneira própria de
revelar e expressar a imagem e semelhança de Deus. (Vídeos, testes e subsídios)
4- Projeto Vocação para a Vida e para Fé. Vocação para ser gente e crescer como filhos e filhas de Deus, com
otimismo, esperança e perseverança na realização pessoal, lembrando as várias dimensões da vocação
humana e cristã.
5- Projeto vida e saúde e Deus Pai-Fonte da vida. Dons de Deus a serem preservados e promovidos com a
defesa e a valorização da vida, corporeidade e vida saudável - mente e corpo sadios – e orientação da
sexualidade humana nos seus vários aspectos e dimensões a serviço do Amor. (Vídeos,testes e subsídios)
6- Projeto Libertação e Liberdade contra as escravidões modernas das drogas e das pressões ambientais e
vivência da verdadeira liberdade com responsabilidade, tendo como referência a Pedagogia da libertação na
História da Salvação, realizada pelo Deus Libertador.
II - VIDA NO ENCONTRO COM OS OUTROS = ALTERIDADE, NO APRENDER E ENSINAR A CONVIVER E RELAÇÃO COM OS
FUNDAMENTOS DA FÉ.
1- Projeto Convivência - Afetividade com o outro, imagem de Deus-Amor, e morada do Espírito Santo.
“Amai-vos uns aos outros, como Eu vos amei. (João 15, 12.)
“Amemo-nos uns aos outros, pois o amor vem de Deus e todo aquele que ama nasceu de Deus e conhece a Deus.
Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é Amor”. (1ª João 4,7- 13. 19-21)
-Reconhecimento da dignidade e valor do outro, na visão cristã de irmão(ã), filho(a) do mesmo Pai,
membro da mesma família de Deus, no espírito de fraternidade, no Espírito do Bom Samaritano e da
Mensagem do Juízo Final =Cristo presente nos outros, sobretudo, nos mais carentes e necessitados. (Mt
25,31-46).
-Respeito mútuo, tolerância e até reverência pelos valores e a fé do outro, como manifestações
de Deus, sem discriminações sociais, preconceitos e proselitismo.
- Diálogo, como atitude de abertura ao outro e chave da convivência nas tensões e conflitos, perdão
e reconciliação como instrumentos de superação das barreiras. A Pedagogia Cristã do Perdão.
2- Projeto Convivência e Vocação Comunitária na Igreja – Família e Povo de Deus e suas Comunidades,
vivendo suas riquezas na Família, nos grupos de Amizade, na Escola e no lazer, com o uso apropriado do
tempo livre, em espírito de fraternidade e cooperação dedicada e enriquecedora na partilha das qualidades,
superação das limitações e experiências no crescimento de convivência comunitária. (Vídeos, testes e
subsídios).
3- Projeto Vocações Especiais:
A- Para o Amor no namoro, noivado e casamento em posterior aprofundamento.
B- Para o Amor –Serviço nas vocações ministeriais do Sacerdote, vocações consagradas e ministérios leigos
nas Comunidades da Igreja, vivendo as experiências de Fé, de Culto na Oração e Sacramentos, na Fraternidade
e Serviço uns aos outros e aos mais necessitados (Vídeos, testes, subsídios).
III – VIDA NO ENCONTRO COM O MUNDO E RELAÇÃO COM OS FUNDAMENTOS DA FÉ. Aprender a conhecer
sempre e agir e fazer com técnica, ética e espírito ético.
1 – Projeto valorização da natureza e meio ambiente, ecologia, criação de Deus, da qual fazemos parte,
natureza com sua evolução (esferas do Pe. Teilhard de Chardin), beleza e riquezas e níveis de vida natural e nossa
missão de respeitá-la, preservá-la, e utilizá-la de modo responsável e sustentável
25
2 – Projeto realização Profissional, como senhor da sociedade pelas profissões, na co-administração
do mundo com Deus. Dimensão social dos nossos talentos, através das ocupações profissionais, com nosso
testemunho no mundo.
3 – Projeto Liderança Cristã Ambiental e Construção da Cidadania com a Civilização do Amor.
Nossa responsabilidade e missão como serviço sócio-transformador na comunhão e participação
democrática, na verdade (MCS), Justiça, Solidariedade e Paz, em prol do patriotismo do bem comum,
visando à construção da Cidade de Deus e dos Homens com personalidades novas, cidadãos do Reino e do
mundo, no contexto da Civilização do Amor.
IV - VIDA NO ENCONTRO COM DEUS NAS DIMENSÕES PESSOAL, ECLESIAL E MISSÃO INCULTURADA NO
MUNDO.
1- Projeto Aprofundamento dos fundamentos dos Valores Humanos e Religiosos:
a . Na Vida Cristã Pessoal, com a Fé Professada - Profissão de Fé – conhecimento e aprofundamento da
Bíblia Sagrada;
Com a Fé Vivida, através dos Mandamentos – caminhos de vida, de Ética e formação da Consciência
crítica, baseada em valores sólidos.
b. Na vida Cristã Comunitária, com a Fé Celebrada no dom e na arte da Oração e dos Sacramentos,
nas experiências religiosas das Comunidades Cristãs e Grupos Militantes.
c. Na vida Cristã Social, com o testemunhos de vida profissional e a Fé Partilhada em ações de
Fraternidade e Solidariedade, no contexto inculturado das Exigências da Evangelização: Serviço – Diálogo –
Anúncio – Testemunho.
2 – Projeto Espiritualidade no Planejamento de vida e engajamento na missão.
a. Espiritualidade do Educador e suas características.
b. Espiritualidade do Educando, da Juventude estudantil e suas características.
c. Ajustamento do Planejamento de Vida com a Mística da ação comprometida na missão educativa, segundo
o método: Ver – Julgar – Agir ou comprometer e Celebrar.
d. Formação Permanente e Revisão da Espiritualidade e da Ação.
Bibliografia referencial:
- Catecismo da Igreja Católica
- Pastoral da Juventude-Sim à Civilização do amor - CELAM
- Educar em Valores – Ciriaco I. Moreno/Paulinas
- Educar valores e valor de educar – Ed. Paulus
- Coleção: Ética: arte de viver – 4 vol.de Betuel Cano
- Encontrinhos nas Escolas – Pe. A.Queiroz – Ed. Paulinas
- Temas Transversais – v.8, 9, 10, Ministério da Educação
- Coleção de Cadernos da Pastoral da Juventude Nacional
- Psicologia da Adolescência – Fernanda Parolari Novello – Ed. Paulinas
- Educação Evangelizadora CELAM – Ed. Loyola
- Anjos Caídos – Içami Tiba – Ed. Gente
- Práticas de Autocura interior – Pe. Alírio J. Pedrini – Ed. Loyola
- Livros de dinâmicas de grupo e vídeos
- Drogas/Aids: Prevenção - Escola: Paul- Eugéne Charbonneau-Ed. Paulinas
– Caminhos de Solidariedade-Ed. Gente – Vários autores.
- Educação Emocional – Edênio Vale – Ed. Olho d´àgua
26
Desenvolvimento das experiências vividas nos encontros de jovens (com Power Point)
Apresentação das cinco equipes:
1. Encontristas.
2. Coordenadores.
3. Equipe de Serviços.
4. Equipe de Pais.
5. Deus-Trindade = Família Divina.
O AMOR DE CRISTO PELOS JOVENS – Comentários.
“Não chamo vocês empregados, chamo meus amigos, pois revelei a vocês tudo o que eu ouvi de meu Pai”
para sua felicidade = João 15, 15.
Tesouro – Pérola = 5 vidas : Biológica, intelectual, afetiva – comunitária, social e espiritual.
Símbolos de Felicidade
Pão da vida
Água viva
Alegria de viver (festa)
Céu
Nirvana
Pasárgada
-
Obs.: Dinamismo do discurso das Felicidades: Felicidade consigo, com os outros, com o mundo e com
Deus. Mateus 5,1- 12ss – comentários.
Motivação do Clima
1.
2.
3.
4.
Concentração na formação.
Descontração na amorização.
Experiência de oração.
Participação no Treinamento de Liderança Cristã Ambiental.
Condições de aproveitamento
1ª Etapa – Semeador = Mt 13,11-26; Videira =João 15,1 –8
2ª Etapa – Casa sobre a Rocha = Mateus 7, 24-27
3ª Etapa – Superar desafios = Lucas 14 ,25-33 – Aprofundamento.
Tema Central
“Jovens em busca dos caminhos da Felicidade de Viver, Conviver, Participar e Transformar”
vivendo no mundo moderno e construindo a Civilização do Amor.
Destaques - Progressivos:
Felicidade – Alegria de Viver e conviver = 1ª Etapa.
Conviver e Participar = 2ª Etapa.
Transformar, construindo a Civilização do Amor = 3ª Etapa: Aprofundamento.
Obstáculos e dificuldades do mundo e da história pessoal dos jovens.
-
Dificuldades e desafios do nosso mundo para os jovens
Problemas da história pessoal dos jovens: levantamento no grupo.
27
Obstáculos à realização da nossa “Felicidade” nos projetos de vida.
Obstáculos do Mundão
Contexto Cultural do Mundo Moderno e “Felicidade” – Progresso x Desafios:
Destaques adaptados ao grupo - comentários.
Sede de Felicidade x coisas como ídolos da visão exibicionista = parecer-aparecer; visão hedonista do prazer sem
amor; visão consumista = possuir e visão dominadora-mania de mandar = poder.
1ª Etapa
-
Estátua de Daniel = Daniel 2, 31 –49=Riquezas da nossa personalidade e fragilidade no simbolismo.
Tesouro em Vaso de Barro - 2Coríntios 4,7 = Felicidade Frágil – comentários.
2ª Etapa
-
Trigo – Joio = Felicidade Desafiada
Convivência do Bem e do Mal = Mt 13, 24-30 – comentários.
3ª Etapa – aprofundamento
-
Ovelha x Lobo : Mateus 10,16-20 – comentários.
Davi x Golias: 1Samuel 17,32-51 –comentários.
Vitória do Bem contra a Mal – João 16,33 = Felicidade Perseguida – comentários.
Mundo Moderno




Progressos Científicos, tecnológicos, etc.
Sofrimentos.
Armadilhas da infelicidade do mundão:
Ídolos dos 4 pês:




parecer
prazer
possuir
poder
Monstruoso Polvo do Mundo Moderno e seus
tentáculos





AIDS
DROGAS
VIOLÊNCIA
CORRUPÇÃO
OS ÍDOLOS DOS 4 PÊS
Não trazem a felicidade, como bem explica Santo Tomás de Aquino, na sua Suma Teológica, 2º
volume (Prima secundae).
28
Mundo Jovem: Aspirações, Sonhos, Conflitos, Problemas – Integração. Levantamento e diálogo no
grupo. Onde está a Felicidade?
Que tipo de Jovem eu sou?
Fruto do “Mundão” ou da Educação e da Fé?
- Tipos de jovens
Envelhecidos ou Novos?
- História Pessoal – Luta entre:
Eu AUTÊNTICO x FALSO
EU = dublê.
Investir no Tesouro da Felicidade
Aspiração à Felicidade = motor de todos nós.
“Onde está o seu tesouro, lá estará seu coração”. Mateus 6, 21.
Quais os caminhos da Felicidade?
= Projetos de Vida para a Felicidade.
Otimismo da fé e jovem semente de um mundo novo Davi e Golias
“Qual o homem que não ama sua vida, procurando SER FELIZ todos os dias?”
Salmo 34 - 13
Iº. Projeto:
Formação da Personalidade Integral e Individualizada em
Harmonia.
História Pessoal: Diagnóstico – Prevenção
Audiovisual: Slides, Sono-Viso ou vídeos sobre construir a personalidade, conquista de si mesmo, e
formação da vontade. Textos-subsídios da etapa.
Jovens – Vidro
Inconstantes
Barcos sem rumo
Desorientados
Sem ideal
-
Jovens espiritualmente mortos, como o jovem de Naim, mas ressuscitado por
Cristo – Lucas 7, 11-17 - Esperança.
Escravos do erro, das manipulações dos M.C.S. – Preguiça mental.
Resposta = Projeto Personalidade Integral – Harmônica e encontro com Deus em todas as suas
dimensões.
29
Características dos “Novos Jovens”:
Personalidades idealistas, com projetos de vida e otimistas na Fé e no Amor.
1ºcaminho
Projeto de formação da Personalidade = Melhor prevenção e vacina x infelicidade na vida e condição de
libertação e recuperação. E o que é Personalidade?
Personalidade – é a totalidade integrada do físico, do temperamento, da inteligência
e do caráter – Comentários.
“Que me adianta ganhar o mundo inteiro, se me perco a mim mesmo e deixo a vida vazia, sem sentido e
perdida?” Mateus 16, 26.
“Conquistar a mim mesmo, formar minha personalidade, eis minha obra, meu investimento”- Montaigne.
Importância da Educação. Comentários.
Proposta do Projeto de
Formação da Personalidade.
Conhecer-me, Valorizar-me e realizar a construção da minha personalidade, ajustada comigo mesmo, no
contexto dos valores de uma personalidade integralmente cristã.
Quadros da Personalidade
 Construção
 Esfera Integrada
 Foguete
 Líderes, Heróis
 Cristo Libertador = Rosto autêntico.
Histórias do jovem estudante que serve de modelo aos dois rostos modelos de Jesus e de Judas na Santa
Ceia de Leonardo Da Vinci e o compromisso do escultor de recuperá-lo e da Ciganinha desfigurada de
Sevilha, exposta à venda pela miséria da família e transformada no rosto imaculado de Maria, do pintor
espanhol Murilo ou outras que revelem situações de vida do melhor para o pior (1o. caso) e do pior para o
melhor (2o. caso) e a busca de recuperação em ambos. A propósito vem o texto de Cecília Meireles:
- “Eu não tinha este rosto de hoje,/ assim calmo, assim triste,/ nem estes olhos tão vazios,/ nem o
lábio amargo.
 Eu não tinha estas mãos sem força, paradas e frias e mortas; / eu não tinha este coração que
nem se mostra.
 Eu não dei por esta mudança, tão simples, tão certa, tão fácil:/
 Em que espelho ficou perdida a minha face?
Novos Jovens:
Personalidades “Legais” e originais pela identidade própria x personalidades chatas e desagradáveis.
Projeto Formação da Personalidade = 1ª Etapa.
Autoconhecimento Progressivo
Testes – Questionários – Dramatizações “Conhece-te a ti mesmo” [Sócrates]
30
Leis Psicológicas do Autoconhecimento:



Aceitação para a transformação.
Fuga estratégica contra instintos.
Desafio dos medos e enfrentar a timidez. Comentários.
Características dos “Novos Jovens”:
Personalidades conscientes da sua dignidade, esclarecidas e cultas pelo estudo, com senso crítico x as
manipulações culturais dos M.C.S.
(Meios de Comunicação Social)
Projeto Formação da Personalidade = 2ª Etapa
Autovalorização.
Quadro dos valores – Educação e valores
Testes – Comentários.
Novos Jovens = Personalidades conscientes dos seus próprios valores, direitos e deveres, livres de
escravidões e alienações e ideologias bitolantes...
Projeto Formação da Personalidade
Enfrentar Conflitos – Frustrações
Desajustes – “Tipos Infelizes”: quadros – dramatizações – Comentários.
3ª Etapa – aprofundamento
1.
2.
3.
4.
5.
Causas dos Desvios e busca de Ajustamento:
Invejas
Inseguranças – Medos – Auto-rejeição
Rejeições, ciúmes.
Agressões – ódios nas relações humanas e profissionais
Vida Vazia – Fossa, Pessimismo – Fuga. Comentários.
Projeto Formação da Personalidade – Integração –
Ajustamento Pessoal.
3ª Etapa – aprofundamento
Novos Jovens: Personalidades de Pé, Equilibradas, Personalidades de Caráter
Positivo e de Fé Pessoal marcante.
Leis Psicológicas de Ajustamento Pessoal
-
Aceitação do Inevitável e do Risco
Controle “Diplomático” das Emoções
Solução Positiva dos Conflitos
Compensar Frustrações. Comentários.
31
IIº – Projeto:
Vida e Saúde x Cultura de Morte e Sociedade Afrodisíaca =
Erotizante
História Pessoal:
Diagnóstico – Prevenção
Ídolo do Prazer - sem amor = Jovens de cabeça para baixo:
Escravidão do corpo.
Alcoolismo, fumo e prostituição.
Problemas Pessoais.
Resposta = Projeto de vida e Saúde.
2º caminho
Prevenção, Defesa e Promoção da vida e da saúde x males evitáveis, numa cultura da morte e Sociedade
Erotizante = Afrodisíaca. Comentários.
ª
1 Etapa
Orientação Sexual Positiva. Vídeos: O que está acontecendo comigo – Ed. Paulus; Puberdade do homem e da
mulher – Ed. Paulus; Carol e Rafa – Ed. Paulinas. Textos-subsídios das etapas.
2ª Etapa
Desafio Moderno da Aids – Sida e DST´S. Vídeos: Aids – Um alerta a vida – Paulinas; Aids 2- SSV Belo
Horizonte – Minas. Textos-subsídios das etapas.
3ª Etapa – aprofundamento
Direito de Viver, aborto, em nome da vida; Questão de vida – Ed. Paulinas;
Planejamento Familiar – Vídeo Amor e fertilidade – Ed. Paulinas.
Gravidez – Aborto – Métodos de Planejamento DST‟S – 2=Quadro – Esterilização.
Características dos
“Novos Jovens”
Personalidades sadias no corpo e na mente, e saudáveis na alegria de viver.
32
IIIo. – Projeto:
Liberdade e Libertação X Escravizações Modernas
História Pessoal: Diagnóstico – Prevenção
Jovem Arrastado=Escravidão dos sentimentos.
Problemas Pessoais e Familiares
Fuga – Drogas – Suicídios / Overdose
Escravidão dos sentimentos e emoções.
3ªCaminho
Prevenção, Defesa e Promoção da vida, saúde e liberdade x Novas formas de escravidões modernas.
Comentários.
Drogas – História do envolvimento
1ª Etapa – Prevenção. Vídeos Saúde 2 – Ed. Paulinas; Drogas – Loyola Multimídia. Textos das etapas.
Drogas – Efeitos sobre o corpo e a mente. Vídeos:
2ªEtapa – Vídeo “A vida vale mais” – Recuperação. Textos-subsídios das etapas.
Drogas – Uma ameaça à sociedade – Overdose e Brilho . Verbo filmes
3ª Etapa: aprofundamento – Medidas sociais e legais.
Características dos
“Novos Jovens”:
Personalidades de vontade firme e forte, que saibam usar sua liberdade para libertação e aperfeiçoamento de
si mesmos e dos outros, no ideal de Promoção Humana num esforço solidário.
IVº – Projeto:
Convivência
Afetividade e Vocação para o amor nas comunidades de vida.
H. Pessoal: Diagnóstico – Prevenção
Jovens Lobos para os outros
Violência Juvenil – Ódio – gangues
Problemas familiares e ambientais – fatos e comentários.
Resposta = Projeto Convivência e Afetividade.
4º Caminho
Projeto Convivência na família
33
1ª Etapa. Vídeos: Adolescentes e Família: Por que e para quê – Ed. Paulinas.
Textos - subsídios das etapas.
Na Amizade, no Namoro.
2ª. Etapa. Audiovisual – Slides Sono-viso Namoro também é vocação ou vídeo.Textos das etapas.
E na realização vocacional – CASAMENTO e ministérios Leigos.
1ª Etapa
Projeto Convivência-Afetividade: Convivência satisfatória na família:
Heranças, importância, diálogo:
Necessidade, condições, testes etc...
Grilos na Família:
Dinâmicas - Dramatizações
Debates
Iluminação com a Palavra de Deus. Textos.
Modelos familiares:...Características – debates – testemunhos – comentários.
Novos Jovens = Personalidades amorosas, fraternas e abertas ao diálogo, na convivência familiar.
2ª. – Etapa: Projeto Convivência e Vocação.
Projeto Convivência e afetividade na Amizade e no namoro.
Namorar, “ficar”, amor livre?
Debates e Orientações.
Novos Jovens: Personalidades amigas, joviais contra as tensões e contagiantes pelo calor humano e pela
ternura.
Os mandamentos do namoro
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
Esperar pelo tempo certo
Diálogo sincero.
Caminhar juntos para crescer juntos.
Maturidade afetiva: carinho, respeito.
Amor sem perda da liberdade
Fidelidade dos namoros sucessivos
Confiança: zelo sim, ciúme não.
“Amar não é só olhar um para o outro, mas os dois olharem na mesma direção:” - O amor e Deus.
Debates e comentários.
PROJETO CONVIVÊNCIA-AFETIVIDADE E VOCAÇÃO PARA O AMOR.
Realização vocacional no amor:
Noivado - Casamento
Vida Consagrada e Ministério Sacerdotal e Ministérios Leigos.
Características dos “Novos Jovens”
Personalidades realizadas no amor, comprometidas pela ação com suas comunidades, onde vivem sua Fé
comunitária na grande Família – Igreja.
34
Vº – Projeto:
Realização Profissional na Sociedade = Mundo
H. Pessoal: Diagnóstico – Prevenção
Vídeo sobre profissões - textos
Jovem massa dominado pelo Possuir, Consumismo.
Jovem controlado pelo Poder=Rostos-Vítimas da Dominação.
Problemas Profissionais e Sociais
a
Resposta = Ocupação profissional - Conscientização e Liderança Cristã Ambiental - 1 . Etapa.
Jovens Socialmente Mortos
Resposta = Projeto Encontro com Deus na sociedade e na história.
5º Caminho
- 2º Etapa
Realização Profissional competente e construção da cidadania
Características dos “Novos Jovens”
Personalidades de consciência social crítica, agindo com técnica, ética e solidariedade a serviço da Justiça e
da Paz Social.
VI – Projeto:
Liderança Social Cristã
com
Planejamento Vital.
Vídeos: Juventude e Esperança. E vídeos sobre
Jesus de Nazaré.
6ª caminho
Projeto
Projeto Vital e Liderança Social Cristã – Textos-subsídios das etapas
Novos Jovens = Personalidade proféticas, Líderes de esperança na promoção Social, na construção da
Civilização do Amor.
35
Resumo das Características dos “Novos Jovens”
= Personalidades integrais harmônicas
1. Personalidades idealistas com projetos de vida, otimistas na fé e no Amor.
- Projeto Formação da Personalidade.
2.Personalidades legais e originais pela identidade própria x personalidades chatas e
desagradáveis.
- Projeto Personalidade.
3.Personalidades conscientes da sua dignidade, esclarecidas e cultas pelo estudo, com senso
crítico x manipulações dos C.M.S.
- Projeto Personalidade.
4.Personalidades conscientes dos seus próprios valores, direitos e deveres, livres de escravidões,
alienações e ideologias bitolantes...
- Projeto Personalidade.
5.Personalidades de pé, equilibradas, ajustadas, jovens de caráter positivo e de fé pessoal
marcante – Projeto Personalidade.
6.Personalidades sadias no corpo e na mente e saudáveis na alegria de viver – Projeto Vida e
Saúde.
7. Personalidades com vontade firme e forte, que saibam usar sua liberdade para libertação de si
mesmos e dos outros, no ideal de promoção humana num esforço solidário – Projeto Liberdade e
Libertação x Drogas.
8. Personalidades espontâneas em revelar seus afetos, fraternas e abertas ao diálogo na
convivência familiar – Projeto Convivência – Afetividade e Vocação para o amor.
9. Personalidades amigas, joviais contra as tensões e contagiantes pelo calor humano e pela
ternura, na convivência da amizade e do amor – Projeto Convivência – Afetividade e Vocação para
o amor.
10. Personalidades realizadas no amor, comprometidas pela ação com suas comunidades, onde
vivem sua fé comunitária na grande família – a Igreja de Cristo – Projeto Convivência – Afetividade
e Vocação para o Amor.
11. Personalidades de consciência social crítica, agindo com competência técnica, ética e
solidariedade a serviço da justiça e da paz social na construção da cidadania – Projeto Realização
profissional na sociedade.
12. Personalidades proféticas, líderes de esperança na promoção social, na construção da
Civilização do Amor.
Motivação:
Trabalho em grupos
Jogo da vida
Sem o grupo em que vivemos, jamais chegaríamos a ser inteligentes e amorosos: a
vida em grupo não é competição, é Colaboração.
Jogo da Vida:
Jogadores = participantes
Bola = assunto em debates
Gol = conclusão
Juiz = líder, dirigente, coordenador.
Felicidade =Posse constante da Totalidade dos Benefícios de DEUS para a realização, alegria e
bem-estar dos Seus Filhos e Filhas contra todo tipo de escravização.
SHALOM NA BÍBLIA SIGNIFICA FELICIDADE E PAZ COM SAÚDE – ALEGRIA – BEM-ESTAR UNIÃO – AMIZADE –FRATERNIDADE – PROGRESSO PESSOAL E SOCIAL
36
Relação de Temas da Coleção “ÉTICA: ARTE DE VIVER‟‟- Betuel Cano – Paulinas – (Subsídio sobre o assunto
adaptado e contextualizado pelo autor nos 4 pilares da Educação para o Novo Milênio)
I – A ALEGRIA DE SER PESSOA COM DIGNIDADE = APRENDER A SER
1. INTEGRAÇÃO – VALOR-CHAVE: RESPEITO.
1.1– Meus companheiros e eu.
1.2– Meu gosto pessoal.
1.3– A arte de viver.
2- A ALEGRIA DE SER PESSOA: VALOR – CHAVE: AUTO-ESTIMA.
2.1- Sou uma pessoa.
2.2- Eu me expresso com meu corpo.
2.3- Aceito-me: tenho auto-estima.
2.4- Tenho respeito e dignidade.
2.5- Posso definir meus valores.
3- POSSO PENSAR POR MIM MESMO: VALOR –CHAVE: AUTONOMIA.
3.1 - Gosto de pensar.
3.2 - Posso expressar-me com clareza.
3.3 - Posso ser autêntico.
3.4 - Posso ser criativo.
3.5 - Sei o que posso.
4 – TENHO UMA HISTÓRIA: VALOR-CHAVE: INDIVIDUALIDADE = IDENTIDADE.
4.1 – Sou parecido apenas comigo mesmo.
4.2 – Quero liberdade para crescer.
4.3 – Envolvo-me em problemas.
4.4 – As crises me ajudam a crescer.
5 – TENHO DIREITOS: VALOR-CHAVE: IGUALDADE.
5.1 - As nações do mundo pensaram em mim.
5.2 - Os direitos protegem meus valores.
5.3 - Se meus direitos estão bem, meus valores também estão.
5.4 - Tenho deveres como pessoa.
6 – TENHO VISÃO DE FUTURO: VALOR-CHAVE: RESPONSABILIDADE
6.1 - Tenho muitas oportunidades.
6.2 - Reconheço que estou crescendo.
6.3 - Minha realização como pessoa – projeto pessoal.
II – A ALEGRIA DE NÃO ESTAR SÓ = APRENDER A CONVIVER.
1. SENSIBILIDADE - VALOR-CHAVE : INTEGRAÇÃO.
1.1 – Comunicação interpessoal.
1.2 – Meus valores e os valores dos meus colegas.
2. SOU UM SER COM OS OUTROS – VALOR-CHAVE: DIÁLOGO.
2.1 – Não estou só.
2.2 –Pertenço a um grupo.
2.3 – Comunico-me com entusiasmo.
2.4 – Respeito meus companheiros.
2.5 – Faço pactos de bem-estar.
3. PERTENÇO A UMA SOCIEDADE - VALOR-CHAVE: SOCIALIZAÇÃO.
3.1 – Meu ambiente social.
3.2 – Socializo-me a cada dia.
3.3 – Necessito dar e receber afeto.
3.4 - Como é bom ter amigos e amigas.
3.5 – Valorizo minha intimidade.
3.6 - Cresço em família.
4. FORTALEÇO MINHA CONVIVÊNCIA – VALOR-CHAVE: CONVIVÊNCIA.
4.1 – Aprendo a ser solidário.
4.2 – Aprendo a partilhar.
4.3 – Sempre sou útil.
4.4 – Aprendo a ser tolerante com a diferença.
4.5 – Posso respeitar os direitos dos outros.
4.6 4.6 - A ética me ajuda a viver melhor.
37
5. MINHA COMUNIDADE EDUCACIONAL – VALOR-CHAVE: COMPROMISSO.
5.1 – Os integrantes da minha comunidade educacional.
5.2 – Participo de minha comunidade educacional.
5.3 – A comunidade educacional que eu sonho.
III . A ALEGRIA DE CRESCER EM FAMÍLIA = CONVIVER.
1- SENSIBILIZAÇÃO - VALOR –CHAVE: FRATERNIDADE.
1.1 – Ser e conviver.
1.2 – Redescobrindo valores.
1.3 – Projeto de vida com valores.
2- DIFERENÇAS DE GÊNERO – VALOR-CHAVE: COMPREENSÃO.
2.1 -– A adolescência.
2.2 -– Ser mulher.
2.3 – Ser homem.
2.4 – A juventude.
2.5 – Os jovens e os adultos.
3. AFETO E SEXUALIDADE – VALOR-CHAVE: REFLEXÃO.
3.1 – Eles e elas.
3.2 – Namoro, tempo maravilhoso.
3.3 – Dimensionando a sexualidade.
4. O QUE É UMA FAMÍLIA – VALOR-CHAVE: UNIDADE.
4.1 – Quando dois formam um casal.
4.2 – A importância da família.
4.3 – Família e sociedade.
4.4 – A relação entre pais e filhos.
5. ÉTICA E COMUNIDADE FAMILIAR – VALOR-CHAVE: AMOR
5.1 – O amor é fundamental.
5.2 – A honestidade fortalece o amor.
5.3 – O perdão mantém o amor.
5.4 – O direito à vida.
5.5 – Família século XXI - Projeto.
IV. A ALEGRIA DE SER UM CIDADÃO DO UNIVERSO = CONHECER E FAZER.
1.
2.
3.
4.
SENSIBILIZAÇÃO – VALOR-CHAVE : LIDERANÇA.
1.1 – Participação ativa.
1.2 – Liderança.
ÉTICA E ECOLOGIA – VALOR-CHAVE: SAÚDE.
2.1 – Atuação no mundo.
2.2 – Relação com a natureza.
2.3 – Necessidade de ser humano.
2.4 – A importância dos elementos naturais.
2.5 – Relações com o meio ambiente.
2.6 - Relação entre humanos.
PRODUÇÃO SOCIAL – VALOR-CHAVE: AMADURECIMENTO.
3.1 – O que significa produzir socialmente.
3.2 – Atividade e descanso.
3.3 – Relações de trabalho.
3.4 - Produção humana e tecnologia.
3.5 - Tempo, dinheiro e trabalho.
3.6 – Direitos e deveres do trabalhador.
O TRABALHO E A ÉTICA - VALOR-CHAVE: COMPROMISSO.
4.1 – O que é desumanização?
4.2 - Como humanizar.
4.3 - O fazer ético.
4.4 - A ética do trabalho.
4.5 - O valor do compromisso.
4.6 - Ecologia humana – Projeto.
38
IIIª. PARTE : TEXTOS-SUBSÍDIOS PARA A la.ETAPA
(8as - S É R I E S )
1.1A/1.1B - Projeto Personalidade – Encontro consigo mesmo
39
40
1.2a – PROJETO PERSONALIDADE –
TESTE- QUESTIONÁRIO = Autoconhecimento - 1a. Etapa
1. A minha força é:
A) Abaixo do normal
B) Quase normal.
C) Normal
8. Os problemas da vida sexual:
A) Desconheço-os totalmente
B) Conheço muito pouco
C) Conheço-os suficientemente.
2. O meu peso é:
A) Abaixo do normal
B) Acima do normal
C) Normal.
9. Nos meus estudos escolares:
A) Não faço esforço nenhum
B) Estudo só superficialmente
C) Estudo intensamente.
3. As instalações do Colégio onde estudo:
A) São nulas
B) Regulares
C) Boas.
10. No estudo das matérias escolares:
A) Não sigo método nenhum
B) Estudo por impulsos
C) Sigo métodos concretos.
4. As aulas do meu colégio:
A) Falto continuamente
B) Falto às vezes
C) Procuro não faltar.
11. Dúvidas sobre minha Religião, tenho:
A) Muitas
B) Algumas
C) Poucas.
5. Confiança em meus pais:
A) Não tenho nenhuma
B) Tenho em algumas ocasiões
C) Tenho sempre.
12. Acho que o culto e a oração religiosa:
A) São problemas só para crianças
B) Ás vezes, devemos praticá-los
C) Temos necessidade deles sempre.
6. Na minha família:
A) Há sempre doentes
B) Ás vezes, aparece alguma doença
C) Nunca houve doenças sérias.
13. A minha família:
A) Obriga-me a seguir uma carreira determinada
B) Não gosta da carreira que penso seguir
C) Está de acordo com a carreira que penso em
seguir.
7. Recebi as primeiras noções sobre sexo:
A) Na rua
B) Na escola
C) Em casa .
14. Sobre as minhas dúvidas vocacionais:
A) Ninguém me orienta
B) Falo só com meus companheiros
C) Tenho orientadores competentes.
41
II
15. O meu coração funciona:
A) Mal
B) Regularmente
C) Muito bem.
22. As relações sexuais antes do casamento:
A) Deveriam ser obrigatórias
B) Devem ser permitidas
C) Devem ser proibidas.
16. O meu estômago funciona:
A) Mal
B) Regularmente
C) Muito bem.
23. As notas que tiro na escola:
A) São totalmente injustas
B) Às vezes injustas
C) São justas.
17. Nas discussões das aulas:
A) Não opino nunca
B) Opino com dificuldade
C) Opino quando acho oportuno.
24. Quando preciso tomar notas na aula:
A) Não sei como fazê-lo
B) Consigo fazê-lo, mas com dificuldade
C) Faço-o sem dificuldade.
18. Os exames escolares na escola:
A) Preocupam-me demais
B) Deixam-me um pouco nervoso
C) Não me preocupam em absoluto.
25. A existência de muitas Religiões:
A) É um problema que não tolero
B) Aceito mas não compreendo
C) Aceito e compreendo perfeitamente.
19. No meu lar as brigas familiares:
A) São contínuas
B) Acontecem às vezes
C) Raríssimas vezes.
26. As verdades religiosas que aprendi quando
criança:
A) Não me convencem em absoluto
B) Acredito só em algumas
C) Acho que em geral estão certas.
20. No meu lar:
A) Nunca conheci meus pais
B) Conheci-os mas não moro com eles
C) Sempre vivi com meus pais.
21. Com os problemas referentes ao sexo:
A) Vivo continuamente obcecado
B) Preocupo-me bastante
C) Resolvo-os sem dificuldades.
27. Minha vocação desejada:
A) É impossível para mim
B) Preocupa-me bastante
C) Não tenho dificuldade em atingi-la.
28. Para triunfar numa profissão acho que o
que importa:
A) São as influências políticas
B) Ler livros que falem sobre a profissão
C) Estudar seriamente os programas
escolares.
42
III
29. A minha estatura é:
A) Abaixo do normal
B) Quase normal
C) Normal.
36. Minhas tendências sexuais:
A) Domino-as totalmente
B) Domino-as às vezes
C) Domino-as sempre.
30. O meu aparelho respiratório funciona:
A) Mal
B) Regularmente
C) Perfeitamente.
37. A minha adaptação ao colégio onde estudo:
A) É nula
B) É deficiente
C) É perfeita.
31. As atividades extra-curriculares:
A) Não me interessam nada
B) Interessam-me pouco
C) Interessam-me muito.
38. Trabalhos e temas escolares:
A) Não me interessam nada
B) Interessam-me pouco
C) Interessam-me muito.
32. Eu estou atrasado nos estudos:
A) Vários anos
B) Um ano
C) Nenhum ano.
39. A Bíblia é um livro:
A) Desconhecido para mim
B) Conheço-a muito pouco
C) Conheço-a muito bem.
33. A situação econômica de minha família é:
A) Muito precária
B) Regular
C) Boa.
40. Em matéria de Religião:
A) Não pratico nada
B) Só de vez em quando
C)Pratico continuamente.
34. A situação moral de minha família:
A) Deixa muito a desejar
B) Poderia ser melhor
C) É ótima.
41. Sobre minhas habilidades manuais:
A) Não tenho a menor idéia
B) Às vezes penso nelas
C) Tenho certeza de que são extraordinárias.
35. Vejo o outro sexo:
A) Como instrumento de prazer
B) Como passatempo agradável
C) Como autêntica complementação de mim
mesmo.
42. Na profissão que terei para o futuro:
A) Tenho medo de fracassar
B) Estou incerto se triunfarei
C) Tenho certeza de que me sairei bem.
43
IV
43. Eu ouço:
A) Mal
B) Com dificuldade
C) Perfeitamente bem.
44. A minha vista é:
A) Ruim
B) Regular
C) Perfeita.
45. As aulas dos professores são em geral:
A) Aborrecidíssimas
B) Passáveis
C) Boas.
46. Os professores do meu colégio:
A) Não me ajudam nunca
B) Ajudam-me poucas vezes
C) Ajudam-me sempre.
47. Na minha família:
A) Ninguém me quer
B) Só um membro me quer
C) Todos me querem bem.
48.
Os meus pais:
A) Desconfiam continuamente de mim
B) Desconfiam às vezes
C)Nunca desconfiaram.
49. No tratamento com pessoas do outro sexo:
A) Tenho muita dificuldade
B) Tenho certa dificuldade
C) Não tenho dificuldades.
50. Os livros e revistas que falam sobre sexo,
leio:
A) Continuamente
B) Às vezes
C) Raramente.
51. A Matemática para mim é:
A) Ininteligível
B) Bastante difícil
C) Entendo-a suficientemente.
52. O Português é para mim:
A) Dificílimo de aprender
B) Bastante difícil
C) Bastante fácil.
53. Deus para mim:
A) Não existe
B) É um ser superior longe de mim
C) É um Pai bondoso.
54. Religião é uma coisa que:
A) Não me interessa nada
B) Só em algumas ocasiões
C) Interessa-me sempre.
55.Ainda
que
pudesse
Universidade:
A) Não ingressaria
B) Duvido que ingressasse
C) Certamente ingressaria.
ingressar
56. Sobre a profissão que exercerei:
A) Não sei absolutamente nada
B) Tenho muitas dúvidas
C)Tenho clareza absoluta.
na
44
V
57. A minha cabeça:
A) Dói continuamente
B) Dói às vezes
C) Quase nunca.
64. Sobre filmes de fundo sexual:
A) Vejo os que posso
B) Já fui a alguns
C) Dificilmente assisto.
58. Minha saúde física é
A) Ruim
B) Regular
C) Perfeita.
65. Acho que os professores do colégio são:
A) Antipáticos
B) Indiferentes
C) Simpáticos.
59. O colégio onde estudo:
A) Desagrada-me muito
B) Às vezes me desagrada
C) Agrada-me muito.
66. Sobre as línguas estrangeiras:
A) Não me interessam em absoluto
B) Interessam-me pouco
C) Interessam-me bastante.
60. Os livros escolares:
A) Não têm interesse nenhum para mim
B) Estudo-os só por obrigação
C) Acho-os interessantes.
67. Os dogmas apresentados pela Religião:
A) São um atentado contra a liberdade do homem
B) São indiferentes para a nossa vida moral
C) Devem ser levados em conta na vida pessoal.
61. Na minha família:
A) Não me dou com ninguém
B) Dou-me bem só com alguém
C) Dou-me bem com todos.
68. A idéia de que Deus me castigue me tortura:
A) Continuamente
B) Freqüentemente
C) Raramente.
62. Eu prefiro viver:
A) Sempre longe da família
B) Temporadas longe da família
C) Sempre junto da família.
69. Minhas aptidões vocacionais:
A) Desconheço-as totalmente
B) Não sei claramente quais são
C) Conheço-as muito bem.
63.A prática da masturbação, faço:
A) Continuamente
B) Às vezes
C) Raríssimas vezes ou nunca.
70. Sobre uma possível vocação religiosa:
A) Nunca pensei
B) Às vezes penso
C) Penso continuamente.
45
V
A) A minha maior preocupação com respeito à minha saúde é:
___________________________________________________________________________________________________
______
___________________________________________________________________________________________________
______
B) O meu maior problema no colégio onde estudo é o seguinte:
___________________________________________________________________________________________________
______
___________________________________________________________________________________________________
______
C) O meu maior problema dentro da minha família é o seguinte:
___________________________________________________________________________________________________
______
___________________________________________________________________________________________________
______
D) O meu maio problema no aspecto sexual é:
___________________________________________________________________________________________________
______
___________________________________________________________________________________________________
______
E) O meu maior problema com respeito aos estudos é o seguinte:
___________________________________________________________________________________________________
______
___________________________________________________________________________________________________
______
F) Em matéria de Religião o meu maior problema é:
___________________________________________________________________________________________________
______
___________________________________________________________________________________________________
______
G) O meu maior problema sobre a minha vocação é o seguinte:
___________________________________________________________________________________________________
__________
46
FOLHA DE RESPOSTAS
Nome: ___________________________________________ Idade: _____ Sexo: _______
1.
2.
3.
C 4.
5.
F 6.
7.
S 8.
9.
A 10.
11.
M 12.
13.
V 14.
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C
C
C
AVALIAÇÃO FINAL
S
C
F
S
A
M
V
TOTAL
A
B
C
A = Prejudicial.
B = Duvidoso.
C = Desejável.
(Livro:Métodos e Técnicas de Orientação Educacional,pp.308-318.Godeardo Baquero-Ed.Loyola)
Observação: Podemos trabalhar o teste de modo total ou parcial, pelos temas em blocos, guiando-nos pela
folha de resposta, na avaliação, com as perguntas correspondentes aos assuntos.
47
A
ª
1.3 – PROJETO PERSONALIDADE – 1 Etapa Lá vem ele... Dramatização sobre temperamentos
Conheça os temperamentos indesejados no trabalho
Lia Regina Abbud
da reportagem local
Se você acha que talento é garantia de sucesso, cuidado: o temperamento de um profissional também
é um fator decisivo para uma carreira promissora.
Isso quer dizer que, por mais competente que seja o profissional, se ele tiver traços de personalidade
indesejados, só poderia trilhar dois caminhos: perceber o problema e adaptar seu comportamento ou prepararse para mudar de emprego.
Na opinião de Carlos Diz, 46, sócio-diretor da Spencer Stuart, empresa de contratação de executivos, o
sucesso só é garantido pela combinação de conhecimento e o comportamento.
“é preciso ter estabilidade emocional para lidar com os outros profissionais e enfrentar situações difíceis,
imprevistos, fracassos”, afirma ele.
O mau temperamento tem grande influência na carreira, e se evidencia nas situações de provação.
Segundo Diz, ninguém é despedido apenas pelo temperamento que possui, mas em função das conseqüências
que esse problema acarreta.
Isto é, se por algumas características o profissional cria uma atmosfera negativa no ambiente de
trabalho, chegando a prejudicar o rendimento dos colegas, ele pode correr riscos.
Superioridade
“É preciso ter excelentes razões para estar em tal posição. Quando um profissional tem um
temperamento difícil, precisa ser melhor em outros aspectos para justificar a permanência”.
Para o consultor Marcelo Mariaca, 54, nenhum talento neutraliza totalmente traços muito fortes de
personalidade. “É possível que esses profissionais até cheguem a cargos altos, mas talvez fossem mais longe
se não tivessem aquele temperamento”.
Perceber, no entanto, que essas características estão impedindo o desenvolvimento próprio e o da
empresa é muito difícil.
“Com o tempo, em alguns casos, o profissional consegue mudar, já que tem, durante a carreira, exemplos de
que a sua maneira de agir não é a melhor”.
Refletir sobre que problemas está causando com o determinado temperamento também pode ajudar,
assim como uma terapia.
Vida longa
Segundo Cláudio Neszlinger, diretor de recursos humanos da Microsoft, algumas características, como
a arrogância, aparecem desde o processo de seleção.
Mas, dependendo do potencial do profissional, a empresa opta por contratá-lo, apostando na mudança.
“Esclarecemos, logo no início, quais os aspectos que não nos agradam e que devem ser mudados para que a
sua vida na empresa seja longa”.
Para ele, o profissional inteligente é aquele que ouve as críticas dos colegas.
40 -“As pessoas não comentam à toa. Ele pode estar agindo de certa maneira sem perceber que não está
agradando. Rótulos vêm com facilidade, mas demoram a ir embora”.
Na Microsoft, há um programa nesse sentido, em que o chefe do profissional em questão elabora um
documento com observações sobre o que deve ser mudado.
São feitas reuniões de verificação. Se depois de dois meses o resultado não for satisfatório, o
profissional pode ser desligado.
O explosivo:
Pode ser imprevisível, é incômodo. Os colegas o evitam por medo. Não sabe controlar o perigo real e, por isso,
encara todos os acontecimentos como uma ameaça. Está sempre na defensiva e explode com facilidade.
O arrogante:
Tenta disfarçar a “superioridade”, mas não consegue. Acha que sabe tudo e gosta de humilhar a todos. Alguns
colegas preferem evitar confusão; outros entram em conflito porque não conseguem trabalhar ao lado dele.
48
O encrenqueiro:
Faz tempestade em copo de água. Argumenta demais, não é transparente e nunca deixa que as histórias
terminem. Os colegas são alérgicos a ele e evitam colocá-lo em um projeto ou em uma reunião, para evitar
problemas.
O em cima do muro:
Incomodado por não ter uma opinião bem definida. O mercado exige lealdade e, por falta dessa característica,
esse profissional é rejeitado pelos diversos grupos dentro da empresa que não confiam nele.
O supertímido:
Não se coloca nem mesmo em cima do muro: fica atrás. Tem medo de assumir riscos. Perde muitas
oportunidades. É facilmente “engolido” pelos clientes e pela concorrência, especialmente quando tem de
“vender” uma idéia.
O espaçoso:
Cria intimidade rapidamente com todos, mesmo com seus superiores. É do tipo que chama o chefe pelo
diminutivo. Não sabe distinguir trabalho de amizade. Não permite que os outros falem. Quer ser o centro das
atenções.
O chato:
É repetitivo, palpiteiro e inoportuno. Não consegue perceber quando está sendo desagradável e não sabe a
hora e a ocasião certa de brincar. Tenta ser onipresente, ou seja, quer estar em todos os lugares e saber de
tudo o que acontece para dar opinião.
O estrategista:
Preenche a falta de competência com habilidade, arma situações para impressionar. É um improvisador, mas a
sua máscara pode cair quando descobrirem que não cumpre o programa ou as metas estabelecidas para ele
dentro da empresa.
Temperamentos indesejados Profissionais „complicados‟ causam desgaste emocional nos colegas
Mudança de comportamento depende de autopercepção
da Reportagem Local
O primeiro passo para adquirir um novo comportamento é perceber que é preciso mudar, afirma o
psiquiatra Luiz Cuschnir.
“Se o profissional não vê que os insucessos ocorridos dependeram também de uma má performance
dele, não vai conseguir mudar”, afirma o médico.
Para ele, “quem aceita a tarefa de buscar um aperfeiçoamento vai conseguir se desenvolver”. E,
segundo ele, “a cada experiência ele se tornará mais forte”.
O psicanalista Jacob Pinheiro Goldberg diz que profissionais com certos temperamentos (como os
apresentados na pagina anterior) não são maleáveis, não têm autocrítica, são impertinentes e têm muita
dificuldade de trabalhar em grupo, especialmente quando são os líderes.
“A carreira desse profissional tende a ser complicada porque geralmente ele não tem a intenção de
mudar. E, para a empresa, não vale a pena mantê-lo”.
Conselhos
“São profissionais que causam muito desgaste emocional nos colegas”, diz Goldberg. O ideal seria ouvir os
conselhos dados pelo chefe e pelos companheiros.
“É preciso perceber o que está desencadeando com aquele comportamento e entender que a carreira
corre riscos porque, se ele tiver um temperamento difícil, também não conseguirá se adaptar com outras
empresas”.
Segundo Cuschnir, por meio da psicoterapia o terapeuta e o cliente conseguem perceber quais são os
problemas enfrentados pelo profissional.
“É muito difícil não perceber o que o seu paciente está „aprontando‟ no trabalho”, afirma.
49
Arrogância prejudica grupo
da Reportagem Local
Rosana Hermann considerava-se mais competente que todos e que a sua inteligência lhe bastava.
Hoje, como apresentadora do “Fala Brasil”, da TV Record, ela assume ter mudado em relação à época em que
era diretora de programação da Rede Mulher, “Eu era brilhante em trabalhos individuais, mas um problema
quando trabalhava em grupo. Não considerava a opinião dos outros, era intolerante e impaciente. Eu não sabia
mandar, nem obedecer. Achava as pessoas sem graça. Mas percebi que precisava mudar”, afirma a
apresentadora.
Atualmente apresenta um programa coletivo e ao vivo. “ Não me incomodo tanto com as imperfeições
dos outros. Mas é um exercício, não é automático”.
Insegurança breca carreira
da Reportagem Local
Viviane Dias Anaya, 30, é hoje coordenadora comercial de uma multinacional da área de informática.
Mas demorou muito tempo para chegar a esse cargo – e o seu temperamento teve bastante influencia nesse
processo.
Ela diz que era muito insegura. Sabia fazer o seu trabalho e até treinava outros funcionários, que se
tornavam superiores, mas assumia a postura de que não podia ser a chefe, por falta de segurança.
Diz que era também muito medrosa. “Nunca fui sequer perguntar ao meu chefe por que eu não era
promovida, como acontecia com os outros funcionários que eu treinava”.
“Dentro da concha”
Depois de alguns episódios e com a ajuda dos colegas, percebeu que não deveria mais ficar “dentro da
concha”.
“Sou emotiva e deixava que os valores pessoais falassem mais alto que o lado profissional”.
Em uma reunião com seu chefe, chorou e ameaçou pedir demissão, porque achava que seus colegas
de trabalho estavam sendo injustiçados. “Era muito imatura e cometia atos impensados”.
Viviane diz que perdeu promoções por falta de autocontrole. “Foi quando procurei um terapeuta.
Precisava aprender a lidar melhor com as emoções”.
(Folha de São Paulo, 7 de março de 1999).
50
ª
1.4A - Projeto Personalidade: EM BUSCA DA IDENTIDADE – 1 Etapa
A ida à escola, o dia-a-dia, a convivência com outras pessoas, o contato com regras e valores
diferentes dos da família, a avaliação de habilidades pelos professores, companheiros e nós mesmos, a cor da
pele, o sexo, a aparência física, a crença religiosa transmitida pela família, tudo é determinante para
estruturação básica da personalidade.
Em artigos anteriores, mostramos que conhecer a criança, nosso aluno, pode ser de grande importância
para o trabalho da escola, de modo que se possa atuar dentro do seu nível de desenvolvimento
1. - Dos 12 aos 14 anos, sentindo-se “grande”, mas longe ainda da maturidade a ser atingida, e distante da
infância perdida e tão carinhosamente guardada, o jovem viverá anos conflituosos e confusos. Nós, como
professores e pais, passaremos também por um período doloroso, mas precisaremos estar atentos, para que
possamos ser o seu “porto seguro”, quando assim o desejar, e não críticos implacáveis.
Nesta fase ocorrem mudanças biológicas profundas sobre as quais o jovem não tem o menor controle.
As mudanças ocorrerão a todos, mas não necessariamente na mesma época e de formas iguais. De modo
geral, acontecem mais cedo nas meninas, que após menstruarem, desenvolvem formas e contornos. Já os
garotos sentem-se desajeitados com o crescimento desproporcional, o aparecimento de pêlos e alteração na
voz. Não se sentem desajeitados; efetivamente o são. Mudança tão repentina desequilibra-os; não lhes permite
uma adaptação harmônica, pois, emocionalmente, necessitam de um tempo bem maior para esta adaptação.
As reações a essas mudanças, em geral, misturam-se: ora sentem orgulho, empolgação, ora tristeza e aflição.
As mudanças físicas sofridas colocam a sexualidade como uma experiência completamente nova e
excitante. Temos a obrigação de esclarecê-los sobre todos os aspectos reais do sexo, respeitando sua
privacidade, levando-os sempre, a sério.
2. - Inseguro quanto a si, o jovem necessita de um grupo com o qual se identifique e se sinta protegido
contra a própria insegurança emocional. As tristezas e alegrias das brigas, as conversas intermináveis sobre os
sentimentos de cada um, o estar junto, a divisão de dores e prazeres, tudo parece ser infinitamente fascinante e
necessário. Essa dependência funciona como uma etapa de transição entre a dependência familiar e a
independência futura. No entanto, não é difícil perceber que, se de um lado o grupo favorece sua segurança
emocional, muitas vezes o jovem pode ser induzido por ele a assumir características bem menos construtivas –
de tirania, rebeldia e até mesmo de violência.
3. - Começa o afastamento do lar. Cada vez mais o jovem passará a lidar com suas ansiedades,
emoções, temores e conflitos, sozinho ou com ajuda de amigos. Os pais experimentam a sensação de
inutilidade a maior parte do tempo. Até então, ditavam todas as regras, organizavam as atividades dos filhos
(inclusive as que se relacionavam com a formação religiosa), eram sempre solicitados a dar aprovação,
conforto, conselho. A partir de agora, o jovem estará cada vez mais distante...
O padrão de disciplina estabelecido será novamente testado, rompido e alterado. O importante é que
nós, pais e professores, estejamos preparados para mudar e juntos busquemos um caminho novo.
Na verdade, a adolescência testa a sensibilidade e flexibilidade dos adultos às novas necessidades,
bem como sua capacidade de percepção e adaptação ao novo.
A extensão da autoridade que se deve ter varia de jovem para jovem, mas para que possa acontecer
sem ressentimentos, deve ser resultante de uma confiança básica e construída. A proibição pela proibição pode
gerar rebeldia, mas a tolerância excessiva implicará na busca de limites pelo jovem, ainda que isto lhe seja
doloroso. Fixar limites será um campo particularmente delicado, pois suscitará sentimentos poderosos.
Para o jovem, caminhar em direção ao desconhecido por seus próprios passos é tanto uma etapa
dolorosa como uma aventura; na verdade, ele busca sua identidade. O anseio de distinguir-se dos pais, das
autoridades está expresso na sua forma de vestir, na música, no lazer, na religiosidade muito particular.
4. - As drogas são assustadoras para todos nós. Contudo, nos jovens, o desejo de usá-las surge do
anseio por novas experiências, da busca de soluções rápidas para situações dolorosas, por pressão do grupo
51
que freqüenta ou por uma questão de afirmação junto aos amigos. Podemos ajudá-lo proporcionando-lhe
informação adequada. Conhecer a noção dos perigos e efeitos respectivos das diferentes drogas pode levar o
jovem a refletir sobre em que implicará o seu uso.
5. - A escola representa uma parte importante na vida dos jovens. Lares e escolas democráticas
promovem o ajustamento social, enquanto os indulgentes, autoritários e rejeitadores levam o jovem a atitudes
de insegurança social, hostilidade e desajustamento da personalidade.
Cada jovem precisará achar seu próprio caminho para percorrer em busca de sua identidade. Através
da compreensão, da tolerância e da honestidade, poderemos contribuir para que cada um de nossos alunos
possa ser independente e firmar bases sólidas para aquisição de uma futura cidadania.
Ana Lúcia da Costa Cerqueira,
Supervisora Educacional
e Professora do Colégio Pedro II.
NOSSA
VOCAÇÃO
CONSISTE
EM
DESENVOLVER
AS
DIMENSÕES
DA
NOSSA
IDENTIDADE=PERSONALIDADE
1.Identidade biológica da sexualidade x desvios.
Identidade comunitária da convivência x desvios.
Identidade religiosa dos valores da nossa Fé x desvios.
Identidade social da profissão x desajustes.
Identidade civil da cidadania -RG x exclusão social.
TEXTOS SOBRE OS ENCONTROS MARCANTES DE JESUS CRISTO, PARA OS JOVENS E OUTROS
TEXTOS BÍBLICOS COMPLEMENTARES:
1.Encontro com os discípulos = Identidade e vocação: Jo 1,35-51. Mc l,14-20.Mt. 10,1-13.
2.Encontro com a multidão = Cristo Líder: Mc 8,1-9.
3.Encontro com as crianças = Cristo Amigo: Mc 9,33-42 e 10,13-16.
4.Encontro com o jovem rico = Cristo Amigo e Bom Pastor: Mc 10,17-27 e Jo 10,10-18.
5.Encontro com o “sistema social”= Cristo Reformador Social: Mt 23,1ss e Jo 5,1-47.
6.Encontro com o “jovem de Naim” = Cristo Deus Consolador: Lc 7,11-17.
7.Encontro com sofredores:Cristo Deus Misericordioso:
- empregado do oficial romano: Mt 8,5-9; - leprosos: Lc 17,11-19;
- possessos de Gadara: Mt 8,28-34; - possesso na sinagoga: Mc 1,21-28;
- menino possesso: Mc 9,17-29; - cego de Jericó: Mc 10,46-51.
8.Encontro-trombada com Saulo = Paulo; Atos 9,22ss.
9.Cristão, atleta de Deus:1 Cor.9,24-27; Fil 3,12-16, com Armadura de Deus: Ef 6,10ss.
10.Corpo, templo do Espírito santo: 1 Cor 6,12-20.
11.Daniel e o sonho da estátua do rei: Dan 2,31-45.
12.Os dois filhos: Lc 15,11-32 – Dramatização.
13.Provações de Paulo: 2 Cor 11,1ss, com as visões do Apóstolo: 2 Cor 12,1-10.
14.Lições do Eclesiástico: fidelidade=2.Amor aos pais=3.Amor e educação=4.Amizade=6.Felicidade=13 e
25.
15.Tesouro da sabedoria: Sab 6,5-11.
16.Justos e injustos: Prov 10 e 11. – Riqueza e pobreza: 30,8-9.
17.Elogio dos antepassados: Eclo 44 a 50; doença crônica:30,14-25; absurdo da vida:40.
18.Histórias da vinha:Is.5, Mt 13 e Jo. 15.
19.Verdadeira e falsa religião: Eclo 34,18-28 e Carta de S. Tiago.
20.”Tudo posso naquele que me dá forças”- Fil 4,13.
21.Morte prematura de crianças e jovens: Sab 4,7-15.
22.Somos amigos de Cristo, não empregados: Jo 15,15.
23.Sentido da Liberdade: Gal 5,1.13-15.
24.Rigor contra os poderosos: Sab 6,5-11.
25.Mensagem do Concílio aos Jovens.
Textos utilizados nas Experiências dos Encontrinhos de Convivência e formação, em escolas públicas e
particulares de São Paulo, pelo Pe. Edísio Silva e equipe de coordenadores do Ensino Religioso.
52
ª
2.1a - PROJETO VIDA E SAÚDE – ENCONTRO CONSIGO MESMO: 1 Etapa
-Roteiro de informação e educação sexual: conhecer e dirigir o sexoContexto: Encarar a sexualidade como valor fundamental da vida e da dignidade humana – somos seres
sexuados – descobrindo-a como obra-prima do Criador, fonte de saúde e da vida, condição indispensável da
nossa identidade psicológica de personalidades masculinas ou femininas, caminho necessário para realização
do amor – ela é o tempero do amor – orientando-nos positivamente, sem tabus, sem clandestinidade, sem mitos
e com respeito à intimidade de cada um: “Não se envergonhar de falar do que Deus não se envergonhou de
criar” - São Clemente de Alexandria.
I. Anatomia do sistema glandular e fisiologia dos hormônios e caracteres sexuais
1. Os caracteres sexuais primários, marcantes, distintivos de homem e mulher – testículos e ovários – são
desenvolvidos e comandados por um conjunto de glândulas, sobretudo, a hipófise. Quadro das
glândulas: hipófise-tireóide-(timo)-supra-renais-testículos ou ovários.
2. Os caracteres sexuais secundários, atenuados, variáveis – voz, barba, pêlos, pênis, espessura da pele,
formas corporais, vagina – são desenvolvidos e comandados pelas glândulas hormonais, localizadas
nos testículos e ovários, diferentes das glândulas da genitalidade. No homem as glândulas
Leidig=Laidig produzem a testosterona=hormônio virilizante. Na mulher, o hormônio estrógeno
comanda os caracteres secundários e o hormônio progesterona comanda o processo de fertilidadematernidade.
II. Aparelho genital masculino=testículos, epidídimos, canais deferentes-condutores, vesículas
seminais, próstata, uretra-pênis. Produção= cem milhões de espermatozóides por dia.
1. Os testículos são compostos pela glândula espermatogênica=geradora de espermatozóides com seus
1.500 metros de canais seminíferos e pela glândula de Leidig=produtora de testosterona virilizante, do
nascimento aos 70 anos. Cada testículo adulto mede de 3,5 a 4 cm de comprimento por 2,5 de largura
e o testículo esquerdo é um pouco maior que o direito, pela maior irrigação sangüínea, por isso é mais
pesado e mais caído. A palavra testículo significa testemunho da virilidade, juramento bíblico. Gênesis e
I livro das Crônicas.
-Atenção para o fenômeno raro da criptorquia–criptorquídia-testicondite=ausência de testículo no
escroto=bolsa escrotal, gerando esterilidade. São os chamados testículos ectópicos. Remédio=hormônio
especial ou cirurgia. Caxumba na puberdade – risco do vírus nos testículos.
-Observar a temperatura externa dos testículos=33ºC, ideal para funcionamento e fertilidade, diferente dos
36 ou 37ºC do corpo. Riscos de certas profissões. Importância do escroto com os “colhões azuis inchados”
no caso de vasocongestão.
Obs.: Nos testículos e nas supra-renais, a hipófise estimula a produção dos hormônios, responsáveis pelos
caracteres sexuais:
- 13-15 anos=desenvolvimento de órgãos genitais e pêlos.
- 14-16 anos=bigodes, pêlos, mudança de voz.
- 15-18 anos=barba, pêlos, entradas na testa.
2.Pênis e verdadeiras ou falsas preocupações:
-Sua composição dos tecidos cavernoso-esponjoso, fenômeno de ereção, ereções noturnas e matinais normais.
- Líquido seminal-lubrificante, na ereção, produzido pelas glândulas de Cowper.
- Fenômeno comum da fimose que exige circuncisão, pequena cirurgia.
-Fenômeno raro de deformações que exigem cirurgia: hipospádia=abertura anormal da uretra.
Epispádia=abertura no dorso do pênis.
- Falsa preocupação de não ser “bem dotado”. Tamanho médio do pênis adulto assim considerado aos 16-17
anos: em repouso 8-9,5- a 11 cm com 2,5 cm de diâmetro; em ereção – de 8 ou 12 cm a 15 ou 20 cm com
diâmetro de 3,3 cm, com variações individuais normais. Se a vagina mede 7, 10, 12,5 cm por que se
preocupar? Fenômeno hereditário, cultural e psicológico. Casos de infantilismo sexual com menos de 5 cm em
ereção e de anormalidade acima de 24 cm têm merecido atenção médica. Só endocrinologista pode julgar
oportuno algum tratamento hormonal e já surgem experiências médicas de próteses – Inglaterra, Estados
Unidos e um médico no Brasil-Rio. Mas, na maioria dos casos, é questão de simples adaptação psicológica e
amorosa.
-Fenômeno raro de Priapismo=ereção prolongada, mesmo após orgasmo=médico. - Doença curável de
Peyronies=exagerada curva do pênis, prendendo ao vent- Fenômeno da impotência merece atenção
psicológica, médico-hormonal, o mesmo se diga do vaginismo. O cérebro é o mais importante órgão sexual.
- 3.Ejaculação - poluções noturnas - masturbação. - Ejaculação é emissão para o exterior do esperma com
espermatozóides. Em cada ejaculação são lançados para fora cerca de 500 milhões de espermatozóides.
Podem viver de 36 a 48 horas na vagina, o óvulo vive 24 horas férteis.
53
-Ejaculação retrógada, fenômeno raro de desvio para bexiga, incompetência ejaculatória, chamada também
“gozo seco”, gera esterilidade.
-Polução noturna é a ejaculação involuntária que começa no jovem aos 13 anos, acompanhada ou não de
sonhos eróticos = polução branca ou onírica=com sonhos.
-Masturbação, fenômeno que atinge as mulheres e os homens, desde os 12-13 anos e exige considerações
nos aspectos biológico, psicológico, ético no processo de amadurecimento afetivo para o amor.
III. Aparelho genital feminino=dois ovários, duas trompas, útero ou matriz, vagina e vulva com pequenos e grandes lábios.
1. Os ovários produzem os hormônios femininos estrógeno e progesterona e os óvulos na geração da
vida. Dos 50.000 possuídos pela mulher, só 400 vão amadurecer na sua vida fértil dos 12 aos 45 anos.
Ela precisaria viver mil anos para amadurecer todos. O ovário mede 4 cm de comprimento por 2 cm de
largura e 1 cm de grossura, nele o estroma e o folículo produzem os hormônios e a glândula de
secreção externa produz o óvulo=maior célula do corpo humano, vive só 24 horas, tempo para cálculo
da fecundidade.
2. Menarca-menstruação. Aos 12 anos acontece a primeira menstruação ou regras, chamada menarca,
devido ao óvulo não fecundado, morto e desfeito em resíduos. Começa assim o ciclo vital da mulher
que irá até a menopausa, com o amadurecimento de um óvulo por mês. A menstruação dura 3-4 dias.
3. Vagina-hímen-virgindade. De 7 a 12,5 cm, a vagina serve de passagem do fluxo menstrual, é a
recebedora do membro viril e o canal de vida para o nascimento da criança. O hímen, que só existe na
espécie humana, é uma membrana perfurada para escorrer a menstruação e protetora da entrada da
vagina. O hímen rompe-se naturalmente pela defloração. A ausência do hímen não deve ser motivo de
preocupação, pois ele pode ser rompido por queda, acidente, excesso de certos exercícios físicos,
tampões higiênicos, etc. O hímen é apenas um aspecto da virgindade que tem a dimensão de uma
personalidade e não de uma membrana, sujeita a arranjos cirúrgicos...
4. Vulva – grandes lábios - pequenos lábios - clitóris. Esclarecimentos.
5. Ciclo da fertilidade-ovulação=base dos métodos naturais de controle fértil
-O ciclo de fertilidade ou esterilidade da mulher no mês começa no 1º dia das regras e termina no dia anterior
às regras seguintes. Sua duração é em média 28 dias. Ciclos anormais seriam de menos de 24 dias e mais de
36 dias. Somando a vida dos espermatozóides=48 h com a vida do óvulo=24 h, teríamos 3 dias férteis mensais
da mulher, mas o difícil é identificá-los.
- Ovulação é o amadurecimento do óvulo mensal. Para determinar o fenômeno existem tabelas e sinais do
relógio biológico natural da mulher.
-Fatores ligados à ovulação: um óvulo amadurece em 14 dias após as regras; o muco cervical, semelhante à
clara de ovo viscosa insolúvel aparece 3-4 dias antes da ovulação e cessa no dia que segue à mesma;
aumento brusco da temperatura acima de 36,5ºC normais; inchaço do abdômen, dor repentina em um dos
ovários, inchação dolorosa dos seios, possível uma pequena hemorragia são sintomas do fenômeno ovulatório.
Atenção, portanto ao controle do calendário, da temperatura e do muco cervical.
Anotar num calendário o 1º dia de cada ciclo. Medir a temperatura todas as manhãs. Obtém-se, apenas
teoricamente, o dia da ovulação sabendo que, não havendo gravidez, a ação do corpo amarelo é de 14 dias,
restando 14 dias para as próximas regras=período probabilíssimo para fecundação ou abstinência sexual, no
método natural da continência periódica.
-Lembrar que o controle de fecundidade não é responsabilidade apenas da mulher e sim dos dois envolvidos no
relacionamento amoroso, sendo treinamento indispensável para a paternidade e maternidade responsáveis na
futura vida matrimonial e o planejamento familiar da natalidade.
Reflexão: Tudo isso é a maravilhosa obra da engenharia genética do Criador, a Ele nossa admiração, louvor e
gratidão.Destacar o sentido sagrado do corpo, templo do Espírito Santo - l Cor.6.12-20.
Livros sobre o assunto existem vários, lembramos alguns:
1. Vida Sexual dos Solteiros e Casados – João Mohana – com os itens:-Controle sua vida sexual e goze
saúde; -Psicologia do controle sexual;-Sexo e amor – Sexo a serviço da vida – Teologia do
sexo=Farmácia de Deus.
2. Adolescência e Sexualidade – Charbonneau.
3. Aids – Prevenção – Escola - Charbonneau.
4. Ética Sexual – Eduardo L. Aspitarte.
5. Sexo – Dr. Michael Carrera.
6. Adolescência: Problema, mito ou desafio – Catarina Augusta e Milton Paulo Lacerda - Ed.
Vozes.7.Sexualidade humana: verdade e significado – Orientações Educativas . Conselho Pontifício
para a família – Edições Loyola)
54
2.2A –Teste do Nível de Informação sobre o DST´s – AIDS=SIDA - 1ª Etapa
São doenças transmitidas sexualmente:
1. ( ) – Tuberculose
2. ( ) – Sífilis – cancro duro
3. ( ) – Cancro mole
4. ( ) – Cólera
5. ( ) – Aids
6. ( ) – Meningite
7. ( ) – Gonorréia – esquentamento
8. ( ) – Condiloma– crista de galo
9. ( ) – Pneumonia
10. ( ) – Herpes genital.
Pega-se Aids-Sida:
1. ( ) – Por transfusão de sangue
2. ( ) – Doando sangue
3. ( ) – Convivendo com pessoas portadoras do vírus
4. ( ) – Usando banheiro público
5. ( ) – Nadando em piscinas
6. ( ) – Usando em comum agulhas e seringas
7. ( ) – Através de picada de mosquito e outros insetos
8. ( ) – Através de relação sexual
9. ( ) – Através do beijo
10. ( ) – Usando os mesmos copos e talheres e outros objetos
11. ( ) – No dentista
12. ( ) – Na manicure
13. ( ) – No barbeiro
14. ( ) – Por via respiratória ferida pela aspiração de cocaína
15. ( ) – No aperto de mão e abraços.
A mulher pode transmitir o vírus da Aids ao bebê:
1. ( ) – Na gravidez – Porcentagem média 30%
2. ( ) – No parto
3. ( ) – Na amamentação
Previne-se contra Aids- Sida:
1. ( ) – Informando-se para bem se cuidar na prevenção e formando-se em valores humanos, religiosos,
éticos-morais e de cidadania.
2. ( ) – Sendo fiel no amor e evitando a moda permissiva e promíscua de muitos parceiros
3. ( ) – Tendo relação sexual só com quem tem exames negativos de HIV
4. ( ) – Abstendo-se do relacionamento sexual irregular, difícil, mas não impossível
5. ( ) – Não comendo em restaurantes
6. ( ) – Não compartilhando agulhas e seringas
7. ( ) – Não doando sangue
São possíveis rotas de transmissão concretamente:
1. ( ) – Sangue contaminado
2. ( ) – Drogas injetáveis
3. ( ) – Drogas aspiradas, causando ferimentos nasais
4. ( ) – Relação sexual vaginal
5. ( ) – Relação sexual anal
6. ( ) – Relação sexual oral
7. ( ) – Secreções vaginais de portadora
8. ( ) – Líquido seminal de portador
9. ( ) – Esperma de portador
10 . ( ) – Espermatozóide de portador (imunidade científica ou divina?)
11. ( ) – Geração de pais portadores
12. ( ) – Saliva, suor, lágrimas
55
Você sabia?
1. ( ) – Mais de 60 milhões de pessoas infectadas, desde o início, há mais de 20 anos?
2. ( ) – 25 milhões já morreram e 40 milhões vivem com o vírus HIV?
3. ( ) – A Aids é a 4º causa de morte no mundo e que 3 milhões ou mais de pessoas vão morrer neste ano?
4. ( ) – 16.000 de pessoas são infectadas no mundo por dia e 5 milhões por ano e aumentam as mulheres
infectadas, na base de 1,2 por cada homem?(maio/2004) E que no Brasil, até 2.001 foram confirmados 215.810
casos, com 105.000 mortes e mais de 500.000 são os contaminados? (Dados 02/02-acompanhar atualização
permanente).
5. ( ) – O medo da Aids se combate com informação e prevenção, educação em valores humanos,
religiosos, morais e se suaviza com a solidariedade humana, pois” não é crime, nem castigo, nem imoral ter
Aids, é ser vítima de uma doença incurável até hoje e para a qual o remédio é a prevenção” (Projeto esperança
da arquidiocese de São Paulo).
6. ( ) – Hoje não se fala mais em grupos de risco e sim em comportamentos de risco.
7. ( ) – 60% dos portadores têm de 15-34 anos, 30% são jovens. Presos: 23%Homens x 30%Mulheres.
8. ( ) - 6 casos de contaminação entre lésbicas, por sexo oral e secreções vaginais contaminadas.
A Aids se manifesta entre 2 e 6 anos, após contágio em 50% dos casos, outros de 10 a 14 anos, 5% não
desenvolvem sintomas e há casos de prostitutas imunes.
Exame revela vírus após 90 dias – 8 a 12 semanas.
Tratamento: isolaram 200 alterações de vírus – Aids, 16 vacinas estão sendo testados. Drogas: Azt – DDI
com efeitos colaterais. Proleskim, etc para fortalecer resistências. Gastos: 54 comprimidos/ dia 10 a 40
milhões/ mês (92).
Mortes: em 93, mais de 10.000 entre 25 e 44 anos. Porcentagem atual = idade mais baixa.
Direitos dos Aidéticos:
1.Você tem direito de viajar para qualquer lugar do Brasil e do Exterior. Exigir teste de AIDS é contra os
Direitos Humanos.
2.Você tem ao trabalho até mesmo em indústrias alimentícias e médico-hospitalares.
3.Você tem o direito de usar o transporte coletivo.
4.Você tem direito de escolher qualquer profissão e estudar em qualquer escola ou universidade.
5.Você tem direito à vida familiar e comunitária, portanto não se isole. O relacionamento com a família e os
amigos é muito importante para o portador da ADIS.
6.Você pode freqüentar bares, restaurantes, cinemas etc.
7.Você pode usar os mesmos talheres, copos, pratos e até banheiros que outras pessoas usam. Só objetos
de uso pessoal, como aparelho de barba, escova de dentes, alicate de unhas é que não podem ser usados por
outras pessoas, pois esses objetos podem ter tido contato com o seu sangue.(Projeto Esperança da
Arquidiocese de São Paulo).
– Dom Paulo Evaristo Arns nos lembra: ” Nosso compromisso de cristãos diante da AIDS é tríplice:
– 1. o primeiro consiste em imitar a Cristo Jesus, socorrendo, de maneira mais adequada, os atingidos
pelos vírus da AIDS. A eles e a sua famílias, levaremos nossa solidariedade, o apoio material, jurídico
e, especialmente, a mensagem espiritual. Deus, Senhor da vida, é Amor e Misericórdia.
–
2. Não podemos deixar de convidar as comunidades cristãs a se mobilizarem em favor dos doentes.
Não bastam palavras. Precisamos enfrentar o preconceito e abrir espaços para a verdadeira
solidariedade.Abrir novas casas de acolhida ou criar grupos de voluntários torna-se sempre mais
inadiável.
– 3. O maior compromisso porém nos parece informar para prevenir.O amor à vida do próximo e à nossa
própria nos ensinará o comportamento humanitário e cristão.Os mandamentos de Deus são prova de
seu Amor e a melhor proteção para a saúde e a paz”.
56
A
2.3 - O QUE SÃO DSTs?
São doenças transmitidas pelo contato sexual.
Qualquer pessoa pode pegar uma DST, porém, é mais comum nas pessoas que têm mais de um parceiro.
Quais são as DST´s mais conhecidas?
* Gonorréia
Também conhecida como pingadeira ou esquentamento.
Sintomas: de dois a cinco dias após a relação, aparece um corrimento amarelado e um forte ardor ao
urinar. A mulher pode não apresentar sintomas, mas, mesmo assim passa a doença para o parceiro.
Complicações: podem surgir inflamações na próstata, nos testículos e nas trompas ou mesmo provocar
esterilidade. No parto, o bebê pode ser contaminado levando até à cegueira.
* Sífilis (Cancro Duro)
Duas a três semanas após o contato forma-se uma ferida indolor e de bordas endurecidas no ânus, pênis
ou vagina, dependendo de onde foi o contato. Esta ferida desaparece, em média, entre dez dias, dando-se a
impressão de cura. Porém, se não for tratada corretamente, a sífilis passa para o segundo estágio que consta
de manchas avermelhadas por todo o corpo que não coçam, podendo ser acompanhadas de mal-estar, febre e
ínguas. Ainda, se não tratada corretamente, surge mais tarde o terceiro estágio muito grave, podendo atingir o
coração, os ossos e o sistema nervoso.
A gestante pode passar sífilis para o bebê, provocando sérios problemas.
O exame que detecta se uma pessoa tem sífilis chama-se V.D.R.L.
* Condiloma Acuminado
Também conhecido como “crista de galo”.
São verrugas no pênis, vulva ou ânus que podem gerar complicações como: crescimento exagerado da
verruga durante a gravidez, entupimento do canal da urina e possível transformação em câncer.
Outras DST´s

Tricomoníase – corrimento amarelado ou esverdeado, coceira, mau cheiro e dor.

Candidíase – coceira intensa, corrimento parecido com leite coalhado.

Herpes Genital – pequenas bolhas doloridas na região genital.

Linfogranuloma Venéreo – ínguas dolorosas que se rompem eliminando pus. Podem ocorrer febre,
dor de cabeça e vômitos.

Cancro Mole (Cavalo) – dois a cinco dias após a relação sexual surgem feridas dolorosas com pus
no pênis, vagina ou no colo do útero e ânus, com ínguas dolorosas na virilha e dor ao evacuar.
Como se proteger das DSTs

Evitar troca de parceiros ...(ver nota do autor no texto sobre AIDS. Fidelidade ao amor e aos valores,
humanos,religiosos éticos,morais, não só medidas imediatistas).

Lavar os genitais após o ato sexual.
.
Fique por dentro
- A mulher possui um corrimento normal que é esbranquiçado e sem cheiro.
- Só se pega uma DST através da relação sexual. Não se pega através de assentos de ônibus, cadeiras,
sanitários, piscinas, saunas, etc.
Recomendações importantes
-Não tome medicações por conta própria.
-Em caso de dúvida consulte um médico.
-Se você estiver com alguma DST, comunique o(s) seu(s) parceiro(s).
-O pré-natal desde o início da gestação ajuda a diagnosticar a sífilis.
-O exame ginecológico anual da mulher ajuda na prevenção do câncer do colo do útero e detecta a presença
de DST´s.
(Folder da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo – Grupo de Prevenção “Henfil”).
Quanto à prevenção, ver nota do autor no texto sobre AIDS.
57
A
2.4 – Sexualidade: desejo e projeto – Círculos- Debates - 1a. Etapa
Prazer e Vida
“Reconheço que até hoje procuro no sexo muito mais a tal quantidade que a qualidade. Sempre fiz assim.
Quando saio à noite, só penso numa coisa: fazer amor.
O que espero de uma garota? Ainda não sei!”
(Paulo, 15 anos).
“Foi para mim uma grande descoberta naquele encontro de jovens. Percebi que viver bem a sexualidade é usar
o sexo como um instrumento do amor. Agora me sinto muito bem em relação a tudo isto. Vivo o sexo assim:
como sentimento maior de amor e carinho, não usando os órgãos sexuais; acho que ainda não é o momento.
Mas tocando as pessoas, sentindo que é gostoso estar com elas. De muitas formas a gente sente o amor: pelo
beijo, pelo carinho. Isto é bom para as pessoas adultas e para os jovens também”.
(Renata, 14 anos).
“Faz pouco tempo que percebi o que é de verdade o amor. Um sentimento bonito, sem cobranças e sem
exigências. A pessoa é aceita e respeitada como é. Minha idéia sobre o amor era muito negativa porque em
casa meus pais sempre brigam muito. Cresci pensando que todo casamento é assim: o homem machão,
mandando e oprimindo, e a mulher sofrendo e submissa. Meu primeiro namorado também não deu certo
porque logo no começo já queria transar. Agora é que conheci alguém que me ama e respeita de fato”.
(Lúcia, 17 anos).
“Sou a primeira filha de uma família grande. Com os meus pais sempre tivemos liberdade e muito diálogo. Claro
que às vezes havia brigas e discussões. Mas o amor era maior, e as coisas acabavam se resolvendo. Tenho
hoje 10 anos de casada. Já enfrentei gozações porque meu marido foi meu primeiro namorado. Mas, imagine
se tenho tempo de me preocupar com isso. Só sei que me sinto feliz! Sou uma pessoa realizada, afetiva e
sexualmente. Eu e meu marido somos bem diferentes um do outro, e a liberdade de cada um é respeitada
dentro da nossa relação. Tenho dois filhos, meu trabalho, e ainda participamos de um grupo na paróquia”.
(Marta, 29 anos)
Sexualidade: Desejo e Projeto:
A sexualidade humana é um potencial de encontro.
Ela é um dinamismo de abertura, de comunhão, de criatividade. Viver a sexualidade não consiste apenas em
ativar os órgãos sexuais, mas assumir, como homem e como mulher, todos os aspectos e momentos de nossa
vida individual, social e religiosa – envolvendo ou não o aspecto genital.
O genital deve ser colocado em seu justo lugar, o que não deve ser motivo para depreciá-lo no contexto
da sexualidade humana.
Biologicamente, todos nascemos como macho e fêmea.
Pela educação e convivência com os outros é que nos construímos como masculino ou feminino. Por
isso é que a identidade sexual (a sexualidade) constitui o centro da existência do ser humano. O desejo sexual
não é absoluto ou indomável. Ele se deixa conduzir por onde o levamos, pois vivemos a sexualidade no quadro
da educação de cada um, da cultura e do ambiente.
Por isso é que a sexualidade humana tem um significado, um sentido.
Assim é que o sexo pode ser vivido em vários níveis.
a) Nível pornográfico:
Corresponde ao plano biológico. É o sexo vivido com a redução do outro a simples objeto de prazer sexual.
b) Nível sentimental:
Corresponde ao plano psicológico-afetivo. Inclui o “olho no olho”, a “voz na voz”...
Lanço sobre o outro um olhar afetivo, seduzo, deixo-me seduzir.
c) Nível personalizante:
Corresponde ao nível espiritual. Considero o outro em sua totalidade: corpo, mente e espírito. Único e
singular, capaz de liberdade: sim/não.
58
Os laços afetivos são de coleguismo, companheirismo, amizade.
Só este terceiro nível traduz a sexualidade como abertura, comunhão e criatividade, proporcionando ao
casal realização e felicidade.
O desejo de ser, de possuir, de comer, de destruir...
O desejo sexual em si não tem limites; vai crescendo, se ampliando.
O desejo, por si só, desconhece o outro.
Por isso, precisa ser educado!
Se os demais desejos humanos (agredir, comer...) não podem ser deixados à solta, por que seria
diferente com o desejo sexual?
Ele é um elemento-motor que vai entrar na formação de uma moral que faz viver e crescer.
Então, apenas o ser humano (homens e mulheres) é capaz de fazer um projeto para a sua sexualidade,
um projeto para a sua vida.
Sexo... para quê?
Este projeto tem a ver com a vida toda da pessoa, pois o sexo não existe como realidade independente:
existe a pessoa sexuada.
Cf. Dalton. Revista Mundo jovem, n. 183
Citado no Caderno-48 da AEC do Brasil.
Questões para os grupos:
a) Comentando os depoimentos: O que o grupo pensa da mentalidade de Paulo? Da descoberta de
Renata? Da percepção de Lúcia? Da franqueza de Marta?
b)
c)
O que é viver a sexualidade humana?
Sendo a fé um projeto de vida, como é que um cristão pode se educar na afetividade e na
sexualidade?
Livro: Juventude-Caminho Aberto.
–
Cadernos /AEC do Brasil-48, pp.31-35.
Em defesa da vida e da saúde: para dirigir sua sexualidade – Complemento:
I. Aspecto biológico:
1. Higiene física e higiene sexual.
2. Se tem fimose ou outro problema físico, opere-se.
3. Contacte com a natureza e pratique esportes.
4. Deixe os hormônios desenvolverem você, não os iniba.
5. Descubra o controle sexual como fonte de saúde.
II. Aspecto psicológico:
1. Higiene mental dos sentimentos e dos pensamentos.
2. Explore os mecanismos da auto-afirmação e sublimação.
3. Cultive boas amizades que ensinem a viver.
4. Descubra seu temperamento e aprenda: desafiar ou evitar.
5. Saiba porque sonha.
6. Arranje um hobby = mania agradável e criativa.
7. Aceite a sua sexualidade como um valor e não um peso.
III. Aspecto Intelectual:
1. Descubra motivos para seu controle sexual.
2. Tenha visão geral, completa de si mesmo, não só animal.
3. Conheça bem a sexualidade e tenha cultura geral.
4. Previna-se da “cultura afrodisíaca” de hoje, “vacine-se”.
5. Encha sua vida com um ideal ou ideais.
6. Treine sua força e firmeza de vontade
IV.Aspecto Psicossocial:
1. Coloque seu sexo a serviço da vocação para o amor.
2. Descubra sua ocupação profissional, ajuste-se nela.
3. Valorize sua participação grupal e social.
V. Aspecto Espiritual:
1. Visão positiva do corpo e da sexualidade, visão cristã.
2. No fracasso, conte com a farmácia de Deus = sacramentos. 3. Veja o sexo-amor-casamento a serviço do
plano de Deus 4. Valorize sua vida espiritual na oração e fraternidade.
59
PROJETO LIBERDADE-LIBERTAÇÃO – ENCONTRO CONSIGO MESMO
3.1A – TESTE DE NÍVEL DE INFORMAÇÃO SOBRE O PROBLEMA DAS DROGAS
I. A droga hoje é um problema:
1. ( ) – restrito a tipos individuais isolados e
marginais;
2. ( ) – engloba todos os tipos de drogas
legalizadas, ilegais, até “remédios”;
3. ( ) – atinge a saúde biológica, psíquica,
mental, espiritual e social;
II. Pelo que você sabe:
1. ( ) – nas drogas dependência física e
psicológica são a mesma coisa;
2. ( ) – toda s as drogas criam
dependência na primeira vez;
4. ( ) – é uma epidemia social que pode
envolver todos, sobretudo os jovens;
5. ( ) – abre caminhos para pandemia da aidssida.
3. ( ) – umas criam dependência físicopsicológica, outras, dependência
psicológica;
4. ( ) – é baixa a porcentagem de
recuperação total dos drogados;
5. ( ) – a pior dependência é a
__________________________________
III. Numere os passos do processo de escravização às drogas:
1. ( ) – consumidor regular;
5. ( ) – passador, “mula, “presença”;
2. ( ) – dependente psíquico;
6. ( ) – usuário ocasional;
3. ( ) – experimentador curioso;
7. ( ) – traficante;
4. ( ) – dependente físico- psíquico;
IV. Você saberia dizer quais as drogas, inicialmente utilizadas, que levariam o usuário a uma situação de
dependência? Quais seriam essas drogas?
V. O que pode levar mais os jovens à sedução das drogas:
1. ( ) – curiosidade, risco pouco esclarecido;
6. ( ) – ambientes envolvidos com a facilidade da
2. ( ) – auto-afirmação machista de “levar
“curtição de drogas”;
vantagem”, querer ser o “tal”;..
7. ( ) – imitação do grupo para não ser diferente,
3. ( ) – fuga de problemas com insegurança,
“todo mundo faz...”;
medo de................................
8. ( ) – pressão do grupo que mexe com seus
brios, ameaça, medo, __________________________
4. ( ) – falta de bom ambiente familiar, substituído
pelo “grupinho- turma-patota”;
9. ( ) – protesto contra _________________________
5. ( ) - influência de “amigos”- vítimas, ingênuos
10. ( ) – ou ainda _____________________________
ou mal-intencionados;
VI. Os sintomas físicos isolados da história pessoal não são decisivos, valem mais os psicológicos ou
comportamentais, como:
1. ( ) – mudança brusca de comportamento em casa e na escola;
2. ( ) – isolamento dos verdadeiros amigos e da família para ficar com a “turma”;
3. ( ) – vida irregular, noitadas, insônia rebelde, agressividade...
4. ( ) – necessidade descontrolada de dinheiro, venda de objetos, desaparecimento de objetos de valor em casa;
5. ( ) – síndrome amotivacional, isto é, a perda do interesse pelas atividades escolares, pelo trabalho e pela
diversão, indiferença e incapacidade de enfrentar problemas e frustrações é outra conseqüência do uso habitual
da maconha. TÓXICOS, EFEITOS – P.5.
6. ( ) - síndrome de despersonalização, outro distúrbio psíquico observável é a diminuição ou embotamento das
funções da inteligência, do afeto, da associação de idéias, da memória, da concentração e avaliação da realidade.
Dá- se um verdadeiro processo de perda da identidade e deformação da personalidade. TÓXICOS, EFEITOS-p.3.
Os sintomas são alertas dos efeitos e danos causados ao corpo e à mente, isto é, aos sistemas do nosso organismo.
1. ( ) – sistemas nervoso central e neuro-vegetativo , sede dos atos conscientes;
2. ( ) – sistemas cardíaco- respiratório e nervoso,com lesões irrecuperáveis de nervos;
3. ( ) – danos nos órgãos vitais como cérebro, coração, pulmões, fígado, rins;
4. ( ) – sistema hormonal: diminuição da testosterona, impotência, distúrbios no ciclo menstrual, atingindo
gravidez e fetos. 5. ( ) – alterações das percepções visuais, motoras = reflexos, emocionais; 6. ( ) – escravizar
personalidades “não-vacinadas”, alimentar indústria do crime, ameaçar a sociedade.
60
ESTUDO SOBRE TÓXICOS E DROGAS
I. – Conceitos Básicos:
1. – Saúde=estado de completo bem-estar físico, psíquico, mental e social.
2. – Droga e Tóxico.
3. – Dependência psicológica = hábito.
4. – Dependência física = vício, crise de abstinência.
II. – Tipos de Usuários:
1- Experimentador ocasional, curioso.
2- Usuário ocasional.
3- Usuário dependente psíquico.
4- Usuário dependente crônico = toxicômano.
5- Traficante.
III. – Classificação dos Tóxicos:
1- BARBITÚRICOS: tranqüilizantes, calmantes, sedativos, soníferos.
2- EUFORIZANTES: inebriantes, solventes voláteis...
3- EXCITANTES: - “BOLINHAS”: anti-hipnóticos, anoréticos, moderadores de apetite. Anfetaminas.
4- ALUCINÓGENOS: ilusionistas de viagens fantásticas: maconha, mescalina e LSD, psilocibina.
5- NARCÓTICOS - ESTUPEFACIANTES: drogas pesadas, ópio, morfina, heroína...
IV. – Causas da toxicomania: - Por que uma pessoa se torna viciada?
1- Curiosidade, propaganda, desinformação, falta de orientação na vida.
2- Auto-afirmação, machismo, prazer do desafio.
3- Influência de “amigos”, personalidade vulnerável, “não vacinada”...
4- Freqüência de maus ambientes, imitação, aceitação grupal, modismo.
5- Disponibilidade econômica e facilidade de uso.
6- Disponibilidade de tempo = ociosidade, falta de esportes, etc...
7- Falta de ambiente familiar: - falta de diálogo com os pais.
- desajustes familiares...
8- Fuga de problemas: - insegurança e timidez...
- ansiedade pelo sucesso na vida
- desespero diante de situações novas...
- desajustes religiosos, falta de filosofia de vida.
9. Falta de perspectiva ou de um futuro promissor e falta de sentido da vida, em geral.
10. Contestação diante da sociedade e seus problemas, sem uma orientação positiva de transformação.
Tóxico=doença social.
V. – Sintomas das vítimas dos tóxicos:
1- Mudança brusca de comportamento.
2- Depressões, estado de angústia sem motivo aparente.
3- Queda do aproveitamento escolar ou desistência, desligamento, aéreo...
4- Vida irregular, insônia constante...
5- Isolamento dos verdadeiros amigos ou familiares, para ficar só com o "grupinho”.
6- Necessidade constante de dinheiro, desaparecimento de objetos de valor, venda de seus próprios objetos...
7- Olhos vermelhos, lacrimejantes, “fungação constante” = maconha, cocaína.
8- Nariz vermelho, mucosa nasal em carne viva = viciado em cocaína.
9- Nariz escorrendo sempre = morfina, heroína, codeína.
10- Suor abundante, tremor das mãos, cheiro peculiar do corpo = anfetamina.
11- Lábios constantemente umedecidos, rachaduras = anfetaminas.
12- Passos vacilantes, desorientados = barbitúricos, óculos escuros fora da hora, camisas de mangas longas para
esconder “picos”...
VI. – Tratamento – Recuperação – Experiência de acompanhamento e reintegração física, psíquica, mental e
social = retorno à SAÚDE.
61
3.3 A Drogas: Um problema que exige soluções, e não fugas - Entrevista.
Viciado em droga durante oito anos; participante de comunidades Hippies na Bahia e Espírito Santo; preso várias
vezes; internado em sanatório para tratamento. Este é o passado de Carlos Alberto Leandro. Um dia foi convidado por
um amigo, ex-viciado, a assistir a um culto de missionários, em praça pública. O tema era o amor a Deus. “Toda
aquela mensagem foi para mim, disse Carlos Alberto. Hoje é pastor da igreja Evangélica e é diretor do movimento
“Desafio Jovem”, de Brasília. Este movimento se ocupa com a recuperação de jovens viciados. Atualmente existem
centros em Brasília, Canoas(RS), Recife e um em construção, em Manaus. A entrevista foi concedida a Pedro
Paganin.
Mundo Jovem: A quem atinge o problema das drogas?
Carlos Alberto Leandro: O assunto drogas costuma causar pavor, receio, medo. Mas hoje, mais do que nunca,
precisamos estar atentos a este problema, porque faz parte da nossa vida, dos nossos dias. Nós não podemos
esconder, negar esta realidade. Ninguém pode negar esta realidade. Ninguém pode negar que esse problema existe
no seu vizinho, no seu amigo, ou em alguém da sua família que hoje faz uso de drogas. E nós precisamos falar,
precisamos alertar, precisamos conscientizar os jovens e os pais sobre problema.
Os tóxicos são assunto em páginas policiais, reportagens, até mesmo de canções.Isto é uma forma de combater ou
divulga e estimula ainda mais?
Uma das coisas que mais nos tem preocupado é que todos os meios de comunica;cão têm falado sobre
drogas.Mas eu me pergunto se o que tem sido falado realmente está trazendo efeitos positivos.Nós vemos os
ídolos da juventude cantar músicas, cujas letras estão influenciando a nossa juventude a fazer uso de
drogas.Eles estão dizendo na sua mensagem que fumar maconha, fumar baseado e ficar muito louco é Ter
sucesso na vida. Os jornais e a TV todos os dias estão fazendo reportagens sobre drogas, mostrando como é
se faz para comprar na Bolívia, quais os traficantes, as rotas por onde passar para burlar a vigilância. Será
que isso tem ajudado a nossa juventude.Será que isso tem educado os nossos jovens?
Qual é mesmo o efeito que a droga provoca na pessoa?
A droga atua no sistema nervoso central. Ela tem sua ação no cérebro do homem. A mente do homem é
composta de aproximadamente catorze bilhões de células nervosas e a psicologia diz que conhece 10% da
mente humana. Portanto, 90% da mente do homem é desconhecida. E a droga atua exatamente no sistema
nervoso central e ninguém pode avaliar os efeitos quando se ingere uma determinada droga. Vários fatores
influenciam e determinam o efeito da droga.
-Mas a droga pode levar a morte?
Eu não conheço nenhum viciado em drogas com cabeça branca. Viciado em drogas tem morte precoce. Olhem bem
todas as pessoas que têm morrido nos últimos tempos. São artistas, são pessoas de renome, não passam dos 40
anos de idade. Têm morte precoce, têm morte violenta. São internados em sanatórios para doentes mentais, ou então
acabam se envolvendo com a justiça, por crime, por tráfico de drogas ou acabam presos.Conheci o inferno.O tóxico
faz mal,conduz à morte.
Quem está viciado em tóxicos é porque optou por isso livremente?
Um grande problema dos nossos dias: meninos de oito, nove, dez anos de idade, cheirando solventes. Começam com
uma brincadeira, porque o colega disse ou porque ouviu dizer, porque alguém pensou. Acontece que não ficam só na
experiência. Vão para a segunda, uma terceira... Pelo “Desafio Jovem”, que nós dirigimos, já passaram mais de dois
mil jovens. Nós perguntamos a cada um: Como é que você começou? Ele diz: Eu comecei pensando que nunca iria
me tornar um viciado. Eu dizia para mim mesmo: eu vou ter uma ou duas experiências e não vou mais usar. Nenhum
deles que estão internados ou que estão nas ruas fez planos de ser drogado, mas se tornou drogado porque teve sua
primeira experiência e daí por diante.
Quem diz que maconha não faz mal, é mentiroso.
Depois da primeira experiência, existe, então, um envolvimento progressivo?
Como todo vício, o da droga também tem fases. Existem pessoas que levantam a tese de que a maconha é uma
droga leve, de que maconha não faz mal, de que maconha faz menos mal que cigarro. São mentirosos.Podem até ser
cientistas, mas são mentirosos. Desses dois mil jovens que passam pelo “Desafio Jovem” 98% começaram usando
maconha. Maconha é uma droga perigosa, alucinógena, terrível, que tem destruído milhares e milhares de jovens no
mundo todo. O vício começa devagar. Quem hoje fuma uma carteira de cigarros, não começou fumando uma carteira.
Começou dando uma tragada, ficou tonto, tossiu, não gostou. Depois aprendeu a tragar, fumou um cigarro, dois, três,
uma carteira, duas carteiras por dia; assim também é o vício das drogas. Começa devagar, o organismo vai se
62
ajustando à droga; cada vez mais há necessidade de aumentar o tempo de uso por dia, até chegar na agulha, onde a
droga é injetada diretamente no sangue, para obter um efeito mais forte, mais rápido, mais violento.
-Mas a droga leva a momentos de euforia, não é?
Aqueles que dizem para vocês que fazer a cabeça é o maior barato, deixa num astral muito legal, que você fica numa
muito boa, eles não dizem para vocês que depois de alguns dias vocês vão estar se picando por todas as partes do
corpo. Quantos moços e moças saem de casa com uma jaqueta, com tênis e uma calça nova, trocam sua jaqueta,
seu tênis por um pouco de droga. Se é moça se prostitui para obter a droga; se é rapaz, se envolve com
homossexuais para pegar dinheiro e comprar a droga. Não importa o nível social, não importa a cultura, não importa
se tem dinheiro ou não tem. Este é o círculo vicioso. Aquilo que era uma curtição, aquilo que era um astral, aquilo que
era uma coisa linda e maravilhosa, torna-se uma escravidão, torna-se um inferno de estar se mutilando. Pergunte a
um viciado se ele é feliz. A resposta será: “Não sou feliz, mas não posso parar”.
-Você teria algum recado aos jovens?
Todo o jovem tem o desejo dentro de si de se encontrar com a verdade e esta verdade proporciona a ele uma vida
vibrante. O jovem tem energia, quer realizar alguma coisa, o jovem é dinâmico, tem poder e às vezes se sente
frustrado com aquilo que a sociedade tem apresentado a ele. Mas eu quero dizer a você, jovem, que talvez não possa
mudar o mundo todo, mas com sua força, sua energia, você pode passar isso para aqueles que estão ao seu redor e
você pode ajudar a fazer alguma coisa boa, de bem para o seu próximo, para aqueles que estão juntos a você. E
assim, nós juntos, vamos influenciando um a um até que realmente nas próximas gerações a vida possa ser diferente.
Que realmente a paz e o verdadeiro amor possam ser vividos pelos jovens, principalmente neste ano, dedicado à
juventude.
Causas que podem levar ao uso dos tóxicos:
1- Relacionamento familiar. A destruição da família. Os adolescentes, os jovens se sentem inseguros, não têm afeto,
não têm carinho, não têm os ensinamentos, não têm princípios, isso cria no jovem, no adolescente, insegurança.
2- O vazio espiritual. Nós estamos vivendo numa sociedade em que os princípios espirituais, os valores reais estão
destruídos. Então, o homem, o coração humano vazio procura se preencher com alguma coisa. O jovem se pergunta:
O que é a vida? Onde começa? Para onde vai? Quem é o homem? Quem sou eu? Qual o significado da minha
existência? Essas perguntas são espirituais. Quando não preenchidas corretamente, podem levar a uma experiência
mística com as drogas.
3- Divertimento. O jovem está saturado das coisas materiais, dos prazeres, então começa a querer um divertimento
diferente, uma aventura diferente. E por que não a droga? Tem aí a sua primeira experiência.
4- Controle paterno. O excesso ou a falta de disciplina pode constituir um motivo. A superproteção cria também
insegurança; é uma das razões que podem levar o jovem a usar droga.
5- A sociedade permissiva. No mundo de hoje, em que os valores tradicionais estão sendo transformados,
desenvolveu-se uma falta de responsabilidade individual e coletiva.
6- Influência. A abundância dos bens de consumo causa um desajustamento e a pessoa procura, por influência de
terceiros, também se envolver e tem a sua primeira experiência com drogas. No Brasil, a pobreza também é apontada
como uma das razões, um dos motivos que levam o jovem a usar drogas. Por exemplo: crianças e adolescentes que
vão para a escola por causa da merenda escolar e não para estudar e aprender. Outros que não têm condições, usam
solventes e colas para não sentir fome.
7- Rebelião contra a geração mais velha. Alguns jovens tomam drogas simplesmente para testar as barreiras que a
sociedade estabeleceu, testar os limites que a sociedade estabeleceu, ou até pelo simples prazer de uma revolta.
8- Curiosidade. O desejo de experimentar. Está todo mundo falando sobre maconha. Maconha é hoje o assunto em
qualquer grupo de adolescentes, de qualquer nível da sociedade. Então fumar maconha, hoje é “status”.
9- A pressão social. A vontade de se identificar com o grupo. Todo mundo está fumando maconha; por que não vou
fumar também?
10- Fuga. Para evitar as pressões provenientes da vida numa sociedade competitiva, para escapar dos seus
problemas, das suas emoções, de suas ansiedades, os jovens fogem para suas experiências com droga. Entram num
outro astral.
(Revista: Mundo Jovem – Porto Alegre. Março-85)
63
PROJETO CONVIVÊNCIA E AFETIVIDADE – ENCONTRO COM OS OUTROS
4.1a - FAMÍLIA EM BUSCA DAS PRÓPRIAS RAÍZES – NOSSAS HERANÇAS
OBJETIVOS – Ajudar os jovens a compreender o alcance de sua “herança familiar”, descobrindo a influência
da família no conjunto de elementos com os quais intenta construir sua personalidade.
AMBIENTAÇÃO – A família é um grupo de relações primárias, na qual a pessoa recebe a vida e, com ela, a
base de sua atividade afetiva e de conhecimentos, como também a incorporação a uma sociedade determinada, com
tudo o que implica em valores, normas, enfoques e projetos vitais. A criança se caracteriza por sua absoluta
receptividade: assimila tudo o que lhe é oferecido no ambiente familiar, sem examinar ou submeter à revisão. O
adolescente, ao contrário, já se preocupa com suas próprias raízes: examina seu mundo familiar, a qualidade do
conjunto de bens que lhe foram oferecidos. Aproveita também elementos exteriores ao mundo familiar para construir
com liberdade a originalidade a síntese de sua própria personalidade.
I – Herança biológica. Da família recebemos a base biológica, que é suporte da vida humana. A raça, a cor
da pele, o cabelo, os olhos, o tipo físico, a condição sexual, a maior ou menor facilidade para certas atividades, tudo
isso faz parte da bagagem biológica hereditária, que nós não pudemos escolher. Aceitá-la é fundamental para
construir uma personalidade serena e equilibrada.
O não aceitar a própria condição corporal é fonte de conflitos. Por exemplo: o complexo de ser feia
ou gorda ou de baixa estatura ... É necessário “desmontar” esses complexos e fazer ver como são criados por
certos mitos que a sociedade constrói.
Deixando de lado esses fatores mais superficiais, nossa herança biológica se desenvolve em profundidade
através da constituição do sistema endócrino e do sistema nervoso, de cuja interação brotam os diversos
“temperamentos”, bases sobre as quais se constrói o caráter.
II – Herança cultural. Esta herança, que não é tão vinculante como a biológica, recebe-se através do
ambiente familiar, por um processo de osmose. Neste sentido a linguagem dos pais cria a linguagem da
criança; o gosto pela leitura se transmite de pais para filhos, já que a força do exemplo familiar é muito forte. E
assim muitos aspectos culturais. A herança cultural vai manifestar-se no tipo de estudos dos adolescentes,
sem que isso signifique discriminação ao nível intelectual. O número reduzido de estudantes universitários
procedentes de famílias operárias é o resultado de fatores culturais e econômicos.
III – Herança social. Os pais pretendem que os filhos desfrutem do mesmo nível social que eles. Ou
superior.É uma aspiração de todos os pais, freqüentemente repetida e empregada por eles como poderosa motivação
para os filhos. Para esse fim orientam a educação e o tipo de estudos dos filhos. O peso da herança social da família
é mais marcante nos dois extremos da escala social. É maior também no interior ou nas pequenas cidades que nos
grandes centros urbanos, onde as possibilidades de promoção social se multiplicam para as famílias menos
favorecidas.
Quanto melhor a situação econômica da família, mais se preocupam os pais em proporcionar aos
filhos um bom nível de vida e de prestígio social. Por outro lado, quanto mais modesta a família, maior a
preocupação dos pais com que os filhos os ajudem economicamente e sejam mais do que eles.
IV – Herança religiosa. “Os esposos cristãos se constituem um para o outro, para os filhos e demais
familiares, cooperadores da graça e testemunhas da fé. Para os filhos são eles os primeiros anunciadores e
educadores da fé. Formam-nos para a vida cristã e apostólica pela palavra e pelo exemplo”. Vaticano II – Apostolicam
Actuositatem, 11/2.
“A família recebeu de Deus a missão de constituir a célula primária e vital da sociedade. Cumprirá tal missão,
se ela se apresentar como santuário íntimo da Igreja pelo mútuo afeto de seus membros e pela oração feita a
Deus em comum; se toda a família se inserir no culto cristão, se enfim a família for acolhedora, se promover a
justiça e demais boas obras a serviço dos irmãos que padecem necessidade”.Idem 11/4.
V – Transmissão de um sistema de valores ou Filosofia de vida. As heranças não biológicas formam o
sistema de valores que se constitui na “mentalidade da família”, seu modo de ver a vida, sua filosofia de vida, que irá
orientar o pensamento dos jovens no julgamento de fatos da vida, das atitudes das pessoas. Será a base para eles
criarem seus próprios critérios.
VI – É necessário equilíbrio afetivo familiar para futuros bons relacionamentos
VII – Diálogo: necessidade, condições, tipos de diálogo, atitude de vida. Outro subsídio.
(Adaptação e complemento do Caderno no. 3 de Temas de Juventude. SONO-VISO)
64
ª
4.2A: Diálogo: Atitude de Vida – 1 Etapa
-
Objetivos
Apresentar unitariamente o conjunto dos doze temas sob o conceito relacional de “DIÁLOGO”.
Mostrar a amplitude e profundidade desse conceito.
Fomentar uma atitude vital de diálogo, tanto dentro do grupo de estudo dos temas quanto na vida.
Ambientação
A) Fundamentos do diálogo
Empregar a palavra “diálogo” em sentido profundo significa abarcar a totalidade do homem como ser – em
– relação.
Como ser pessoal, o homem é, ao mesmo tempo, uma interioridade e um ser aberto para o encontro.
Essa interioridade jamais consegue ser esgotada plenamente, pode sempre surpreender-nos. O homem é
um ser inacabado, em construção, a caminho de auto-realização. E por isso vive em contínua atividade criadora.
Essa interioridade, no entanto, não se basta a si mesma. Tem uma necessidade absoluta de expandir-se,
de ir ao encontro do outro, de revelar-se. E, ao mesmo tempo, de acolher a revelação do outro. O homem é um
ser em diálogo permanente. Abertura de alma, auto-revelação com amorização.
É só assim que consegue conciliar sua enorme riqueza pessoal e sua profunda indigência. Ele precisa dos
outros, pois não se basta a si mesmo em nenhum plano. É o que Aristóteles quis exprimir ao afirmar que o homem
é um animal político: é aquele que se reúne com os outros e constrói a cidade. Pois esse “precisar do outro” é
recíproco entre os homens.
Segundo Zubiri, o homem é uma realidade sintática:
Depende dos outros = qualidade genitiva; existe com os outros = qualidade ablativa; entrega-se ao outro –
=qualidade dativa.Poderíamos acrescentar ainda que o homem tem consciência de sua individualidade =
qualidade nominativa; relaciona-se com os outros =qualidade acusativa; tem consciência da individualidade do
outro = qualidade vocativa.
O homem é uma realidade intersubjetiva: constrói-se na base de relações recíprocas, ou seja, relações de ida e
volta. Continuamente somos interpelados e respondemos. Mesmo quando nos recusamos a dar uma resposta
verbal, a nossa atitude revela a nossa resposta. Em sentido amplo é isso o diálogo: o relacionamento entre duas
individualidades que se revelam e se descobrem como personalidades.
A própria linguagem manifesta a natureza dialogal do homem. Nota-se que grande quantidade de
palavras são recíprocas, umas em si mesmas (amigos, irmãos, companheiros, adversários...), outros são pares
(não há pai sem filhos, nem marido sem mulher, nem professor sem alunos...).
B) Condições e qualidades do diálogo
O diálogo, num sentido amplo, tem quatro interlocutores fundamentais: a própria pessoa, o mundo, as
outras pessoas e Deus. Limitar-nos-emos, de acordo com os objetivos desta segunda unidade (Os jovens
perante seu Ambiente), ao diálogo com os outros, com as pessoas que nos rodeiam em cada circunstância de
nossa vida.
1. O ponto de partida para o diálogo é a sintonia com o outro; com seus sentimentos: ser capaz de escutar,
de colocar-se na mesma “onda” que o outro. O exemplo do rádio é claro: ainda que haja mil emissoras no
ar, só conseguirei captar alguma se sintonizar o aparelho.
Pôr-se em sintonia com o outro exige empenho e dedicação, sempre renovados. O cultivo da
sensibilidade é indispensável. Sintoniza aquele que observa e se preocupa com os outros.
2. O diálogo, para ser autêntico, tem de ser dinâmico, levar a níveis cada vez mais profundos de
comunicação. Quanto mais se conhecem e se amam duas pessoas, tanto melhor se sintonizam
mutuamente. E quanto melhor se sintonizam, tanto mais põem em comum suas riquezas pessoais. Com
amorização, abertura, superando os bloqueios e sentimentos negativos.
Uma pessoa fechada não dialoga: oculta suas próprias riquezas pessoais e não se dispõe a acolher as
dos outros. O fechamento não é uma atitude sadia. E muitas vezes a pessoa tem consciência de seu
fechamento, mas não consegue, sozinha, superar essa situação. Em geral está bloqueada por
sentimentos negativos: timidez, insegurança, inferioridade, agressividade, incompreensão... Ajudá-la a
dispor-se ao diálogo, é ajuda-la a superar-se.
3. Humildade em aceitar críticas construtivas e igualdade em busca da verdade.
4. Fidelidade ao problema a solucionar, sem discussões e ofensas pessoais.
5. Tolerância, paciência, perdão sem ressentimentos.
O diálogo expressa e, ao mesmo tempo, cria o clima de sentimentos positivos que reina num grupo no
qual as pessoas se sentem aceitas e queridas, num nível de amistosa igualdade.
65
6. Respeito, sinceridade, busca de compreensão e confiança humana.
O diálogo supõe e, ao mesmo tempo, intensifica um conhecimento mais profundo entre as pessoas,
compreensão e confiança mútuas, sinceridade de opiniões, maior capacidade de escutar, respeito e
delicadeza numa crítica construtiva e serena que consegue corrigir sem ofender, compromisso mais
profundo com os demais, porque não se pode escutar verdadeiramente sem compartilhar e sem se
comprometer com os problemas do outro.
C) Quatro ambientes importantes de diálogo
Examinando a vida dos jovens, observamos quatro ambientes importantes de diálogo, que serão o fio
condutor desta segunda unidade dos TEMAS PARA A JUVENTUDE. Trata-se de quatro “lugares” onde o rapaz e a
moça se relacionam de fato, intensa e freqüentemente, com os demais: a família, o grupo, a ocupação e o lazer. Fazêlos objetos de estudo, esclarecimento e diálogo é o que nos propomos.
A família, grupo de relações primárias no qual a pessoa recebe a vida e, com ela, a base de sua atividade
afetiva e cognoscitiva. É também pela família que a pessoa se incorpora numa sociedade determinada, com tudo o
que isso implica de valores, normas, enfoques e projetos vitais.
O grupo, ambiente de relações primárias no qual os iguais se unem de modo informal para exercer uma série
de atividades criativas.
A ocupação, seja o estudo, seja o trabalho. A escola combina relações primárias e secundárias e racionaliza a
vida em redor, com a finalidade de educar. O trabalho se fundamenta em relações secundárias com um fim produtivo
e de sustento, combinando o serviço à sociedade com o melhoramento pessoal.
O lazer, com atividades de tipo muito variado, notando-se um aumento cada vez maior do tempo reservado
aos meios de comunicação social, que por isso mesmo assumem um papel relevante.
Jovens alegres
Só dialoga quem se sente em nível de igualdade com o outro, quem não se propõe
como dono da verdade, quem, serena e sinceramente, aceita uma crítica construtiva e
não se esquiva de pôr a claro a própria opinião, quem confia no outro e é capaz de se
comprometer com ele.
Família
Observando o dia-a-dia dos jovens, destacam-se quatro ambientes importantes de
diálogo. Primeiro: A família, onde a pessoa recebe a vida e aprende a viver numa
sociedade específica.
Turma de jovens
Segundo: A turma, onde os que se sentem iguais se unem de modo informal, para
juntos exercerem uma série de atividades.
Montagem:
Terceiro: ocupação, que pode ser o estudo ou o trabalho. A escola tem por
Estudo/trabalho
fim a educação e a formação, enquanto que o trabalho visa mais um fim de sustento,
combinando as dimensões de serviço à sociedade e de realização pessoal.
E, por fim, o lazer, com atividades as mais variadas, como diversões, esportes,
turismo e os meios de comunicação social que absorvem tantas horas de tempo livre.
Jovens divertindo-se
ATIVIDADES
1. O que há em nós, em nossa estrutura humana, que nos permita afirmar que fomos criados para o diálogo
(comunicação) com o mundo, com os outros e com Deus?
2. O que significa ser o homem não simplesmente um indivíduo, mas uma pessoa?
3. Se uma pessoa se fecha e não dialoga, quais podem ser as causas?
4. Se uma pessoa se fecha, quais as conseqüências para ela mesma? E para os outros?
5. Quais as atitudes que impedem um verdadeiro diálogo?
6. Quais as qualidades de um bom diálogo? Encontram-se essas qualidades em seu grupo, agora?
7. Quais as conseqüências positivas para um ambiente onde o diálogo se faz presente?
8. Em sua família existe diálogo? Caso exista, como se manifesta? Caso não exista, o que você poderá fazer
para conseguí-lo?
9. Em seu ambiente de estudo ou trabalho, há possibilidade de diálogo? Se não, o que fazer?
A
– Caderno nº 2 de Temas de Juventude. SONO – VISO.Adaptação-complementação.
66
4.3A – Amizade: você é capaz de ser amigo e fazer
amigos ou ter amigos? – 1ª Etapa
Faça o teste
Orientação: Se você quer conhecer o valor de suas amizades, responda honestamente as perguntas e assinale o
que mais lhe acontece espontaneamente.
Seja simples e sincero, aberto e franco: A - Sim=10 pontos. B - Sim=0,1. Indeciso=0,5.
1.a)Você deixa seu amigo bem à vontade para viver amizade com outros que o cercam?
Sim ( )
b)Você considera o amigo como somente seu, propriedade sua?
Sim ( )
Indeciso( )
2.a)Você aceita seus modos de ver e apreciar as coisas, mesmo quando são diferentes e opostas aos seus
próprios modos de ver e apreciar?
Sim ( )
b)Você pensa logo em abandonar uma amizade que não combina com seus próprios modos de ver e julgar as coisas?
Sim ( )
Indeciso( )
3.a)Depois que conheci este amigo, me tornei verdadeiramente melhor?
Sim ( )
b)Não houve nada de especial para o bem -estar de nós dois, piorei?
Sim ( )
Indeciso( )
4.a)Quando surgem divergências entre nós, fico aborrecido, mas supero?
Sim ( )
b)Quando surgem divergências entre nós, corto logo a amizade?
Sim ( )
Indeciso ( )
5.a)Minhas amizades me tornam mais sociável, mais cordial, mais atencioso com os outros que convivem
comigo?
Sim ( )
b)Minhas amizades me isolam dos outros, pois, os outros só têm defeitos, são antipáticos e chatos?
Sim ( )
Indeciso( )
6.a)Na minha amizade, penso sempre em conviver bem com o amigo, valorizá-lo, fazê-lo feliz?
Sim ( )
b)Nas minhas amizades, planejo as vantagens e benefícios que posso tirar pra mim? Sim( ) Indeciso( )
7.a)Penso em realizar com meu amigo algo grandioso, maior do que nós?
Sim ( )
b)Penso que o melhor da amizade é o passatempo descontraído, sem nenhum compromisso, “deixando o barco
correr numa boa”?
Sim ( ) Indeciso( )
8.a)Quando o amigo lhe confia alguma coisa, você guarda segredo?
Sim ( )
b)Você acha que deve conversar tudo com todos, sem nenhum segredo?
Sim ( ) Indeciso( )
9.a)Quando discute com outros, sabe ouvir e deixar que eles falem?
Sim ( )
b)Costumo cortar a palavra dos outros e criticar a todo momento?
Sim ( ) Indeciso( )
67
10.a)Quando vai à casa de alguém que não conhece ou entra numa classe nova, entra facilmente em contacto
com os jovens da sua idade?
Sim ( )
b)Nesta situação, sinto-me tímido, acanhado em um canto?
Sim ( ) Indeciso( )
11.a)Quando está com amigos, sabe evitar tudo o que possa magoar, ofender?
Sim ( )
b)Com os amigos, costumo “fazer gozação, tirar sarro”, sinto bem assim?
Sim ( ) Indeciso( )
12.a)Quando você é ofendido, procura esquecer e levar na esportiva?
Sim ( )
b)Quando isto acontece, fico remoendo comigo e me vingo, agrido?
Sim ( ) Indeciso( )
13.a)Quando lhe pedem colaboração, você está disposto a ajudar?
Sim ( )
b)Neste caso, o meu primeiro movimento a vontade é recusar, negar?
Sim ( ) Indeciso( )
14.a)Quando um amigo ou colega conta uma história, você ouve com bastante interesse e elogia, aplaude?
Sim ( )
b)Neste caso, normalmente, eu procuro contar uma história melhor?
Sim ( ) Indeciso( )
15.a)À mesa, quando estão servindo um prato, você se lembra de passá-lo para os outros?
Sim ( )
b)Neste caso, você imagina um meio de tirar o melhor pedaço, proveito?
Sim ( ) Indeciso( )
16.a)Você se abre com seus colegas, conversa com eles sobre assuntos que interessam a eles?
Sim ( )
b)Normalmente costumo ficar fechado por natureza, sou mudo por timidez?
Sim ( ) Indeciso( )
17.a)Empresta suas coisas aos outros de boa vontade, fica alegre quando dá presentes?
Sim ( )
b)Normalmente, prefiro conservar tudo o que é meu bem guardado para que ninguém toque em nada?
Sim ( ) Indeciso( )
18.a)Penso que sempre vale a pena ter amigos, fazer amigos?
Sim ( )
b)Só quero amizade que não incomode e não me faça sofrer?
Sim ( ) Indeciso( )
19.a)Procura conhecer, na medida do possível, os que serão seus amigos?
Sim ( )
b)Acho que a primeira impressão é decisiva para as minhas amizades me ligo sempre no amor à primeira vista?
Sim ( ) Indeciso( )
20.a)Todas as minhas amizades tiveram importância, apesar das dificuldades e aborrecimentos que possam
ter me causado?
Sim ( )
b)As primeiras amizades só me criaram problemas, chateações?
Sim ( ) Indeciso( )
68
21.a)Gosto de fazer amizade com colegas e pessoas que tenham qualidades e sintonizem comigo?
Sim ( )
b)Só faço amizade com pessoas fisicamente simpáticas e da minha classe social?
Sim ( ) Indeciso( )
Responda agora por escrito:
1.O que mais detesto nos meus amigos?
2.Para mim as qualidades da verdadeira amizade são as seguintes:
Avaliação: - Se tiver de 180 pontos para cima, parabéns! Você tem as qualidades para ser um bom amigo.
- Se tiver de 120 a 170 pontos, sua amizade é sincera, mas você ainda precisa
percorrer um longo caminho para ficar em forma, na verdadeira amizade.
- Abaixo de 120 pontos, você precisa entender o que é amizade,para não perder
possíveis amigos e corações que o querem fazer feliz.Lute e Boa Sorte.
-
Nome................................................................................... Série........................
-
(Livro: Amizade-Texto do Aluno, pp.42-43. Editora Vozes. Adaptado e
complementado.)
MANDAMENTOS DA AMIZADE:
1. Converse com as pessoas. Nada há de tão agradável quanto uma palavra de saudação.
2. Sorria.O sorriso manifesta alegria.Não custa nada para quem dá e faz nascer esperança em quem recebe.
3. Seja amigo. Se você quiser ter amigos, antes seja amigo.
4. Seja cordial e simples. Coloque o coração em primeiro lugar, quando conversar com as pessoas.
5. Procure interessar-se pelos outros. Muitas vezes, é mais importante escutar do que falar.
6. Procure elogiar, animar e incentivar. Seja muito reservado ao criticar.
7. Respeite os sentimentos dos outros. Não procure impor suas idéias. Lembre-se de que os outros também têm
a sua verdade.
8. Preocupe-se com os problemas dos outros.A solidariedade nas horas difíceis e de sofrimento faz nascer
amizades eternas.
9. Seja disponível e procure ajudar. O que vale a pena na vida é o que fazemos pelos outros. Servir é o verdadeiro
sentido da vida.
10. Toda amizade verdadeira leva ao encontro com Deus. Nenhuma amizade dura se Deus não estiver presente.
(Joaquim F. dos Santos)
69
PROJETO REALIZAÇÃO PROFISSIONAL - ENCONTRO COM A SOCIEDADE – MUNDO
5 - Orientação Profissional: Escolha bem sua profissão
Este artigo tem o propósito de ajudar você a pensar em sua escolha profissional e deve ser entendido como uma
proposta de reflexão. Portanto, não é um teste vocacional. É composto de catorze afirmações, que traduzem idéias
bastante comuns quando se trata de escolher uma profissão. Propomos que você leia as afirmações, assinalando se
concorda ou discorda de cada uma delas. Se achar interessante discuta as questões com seus amigos e, depois, leia
os comentários.
QUESTÕES
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
CONCORDO
DISCORDO
O mercado de trabalho é o elemento fundamental a ser levado em conta na escolha profissional.
CONCORDO
DISCORDO
Todos têm igual oportunidade de passar no vestibular, depende apenas do esforço de cada um.
CONCORDO
DISCORDO
Qualquer pessoa é livre para escolher a profissão que deseja.
CONCORDO
DISCORDO
Algumas profissões são mais adequadas para homens e outras mais adequadas para mulheres.
CONCORDO
DISCORDO
O fato de um aluno gostar mais de Física, Química e Matemática indica que ela deve escolher uma
profissão na área de Exatas. Da mesma forma, gostar mais de Biologia ou História, Geografia e
Português indica que deve escolher, respectivamente, uma profissão da área de Biológicas ou
Humanas.
CONCORDO
DISCORDO
Todas as profissões têm a mesma importância.
CONCORDO
DISCORDO
As profissões de nível superior são sempre melhor remuneradas do que as de nível médio.
CONCORDO
DISCORDO
O ser humano nasce com certas tendências, que apontam para determinadas profissões.
CONCORDO
DISCORDO
Os meios de comunicação de massa – rádios, TVs e jornais – trazem informações válidas e seguras
que ajudam na escolha profissional.
CONCORDO
DISCORDO
Não importa a profissão, o fundamental é que cada um seja bom naquilo que escolheu.
11
CONCORDO
DISCORDO
A escolha profissional é uma das mais, se não a mais importante escolha que ser humano realiza em
toda a sua vida.
12
CONCORDO
DISCORDO
O que se deve ter como objetivo na escolha profissional é a realização pessoal.
13
14
CONCORDO
DISCORDO
Hoje é difícil escolher uma profissão, pois existem muitas especializações.
CONCORDO
DISCORDO
As faculdades tidas como melhores propiciam aos alunos que delas saem, maior facilidade na
obtenção de empregos.
70
PENSANDO SOBRE OPÇÕES DE VIDA
o
O que é Orientação Vocacional: reflexão sobre as possibilidades individuais em contraste com as que a
sociedade oferece;
o
Há resistência em se fazer um processo completo de O.V.: é mais fácil os outros decidirem por mim, não
preciso assumir minhas escolhas, não arrisco, não erro, não vivo por mim;
o
Costumamos nos preocupar mais com passar no Vestibular do que em nossa realização profissional
propriamente dita;
o
Até pouco tempo atrás, as vocações eram “herdadas” de pai para filho (havia as famílias de médicos, de
engenheiros...) e as mulheres costumavam ter bem menos cobranças de êxito profissional;
o
É preciso pesar:
autoconhecimento – quem somos e o que queremos, independentemente de família, sexo,
sociedade, dinheiro, altura, cor, religião;
os interesses – persuasivo, científico, literário, numérico, tecnológico, assistencial, negócios,
agrícola, escritório, trabalhos ao ar livre, desportivo, artístico, administrativo ou religioso.
as aptidões – intelectuais (inteligência geral, aptidão abstrata, verbal, numérica, espacial,
mecânica) memória (visual, auditiva ou cinestésica), percepção (rapidez, global, detalhes,
minúcias), artística (plástica, musical, dramática, literária), psicomotoras (agilidade física,
resistência, aptidão dígito-manual);
critérios profissionais – localidade - financeiro – facilidade – ambiente de trabalho –
comodidade – sucesso – modo de vida – realização pessoal – político – religioso – familiar –
tempo de estudo – social – mercado de trabalho – profissão adequada ao sexo – trabalho que
agrada / desagrada a família – segurança;
personalidade – social / retraído, líder / submisso, dinâmico / passivo, comunicativo /
dependente, disciplinado / indisciplinado, concentrado / dispersivo, controlado / impulsivo,
perseverante / instável, rápido / lento, afirmativo / pacífico, flexível / intransigente, egocêntrico /
alocêntrico, empático / indiferente, depressivo / alegre;
opções de mercado – através de pesquisa-viva, em: livros, nas ruas, e principalmente
faculdades, ambiente de trabalho, profissionais atuantes;
o
Tomar cuidado em procurar não ser nem somente um prolongamento dos pais, nem sua negação (busca de
auto-referência).
o
Ter o Vestibular como uma meta-final-única, no mais das vezes, leva a: aumento da ansiedade, colocamos
nosso valor no meio externo, não nos ouvimos, e mesmo se passarmos, corremos o risco de sentirmos um
imenso vazio durante a faculdade (geralmente nos últimos anos).
o
No Vestibular há: controle – os pais querem demais que o filho passe e falam: “Esta é sua única obrigação”,
“Nunca exigimos nada de você, apenas que entre na Faculdade”..., e os filhos respondem se auto-afirmando
muitas vezes com a repetência para ferir os pais.
Colaboração do Setor de Orientação Educacional do Colégio Cardeal Motta.
71
PROJETO VIDA ESPIRITUAL - ENCONTRO COM DEUS
6.1A – Celebração: Jesus de Nazaré - O Primeiro Evangelizador e sua Mensagem de Felicidade.
ACOLHIDA
LEITOR – 1: Jesus andava pela Galiléia ensinando nas sinagogas, pregando a Boa Nova do Reino e curando o
povo de toda enfermidade e doença. Sua fama estendeu-se por toda Síria e a Ele vinham todos os que
padeciam de algum mal: os atacados/ por diferentes enfermidades e dores, os endemoninhados, paralíticos...
e Ele os curava. Grande multidão o seguia... / Vendo a multidão, subiu a um monte e se pôs sentado; os
discípulos aproximaram-se. Então abriu a boca dizendo: (Mt 5, 1-12)
ANIMADOR: Felizes os pobres em espírito:
TODOS: OS QUE TÊM NECESSIDADE DE DEUS;
L – 1: Os que reconhecem e aceitam seus limites;
L – 2: Os que são desprendidos de seus bens terrenos;
L – 3: Os que põem, a serviço do povo, o melhor de suas riquezas;
L – 4: Os que reconhecem Cristo no pobre, no desempregado;
L – 5: Os pobres que lutam para conseguir um mundo melhor.
TODOS: FELIZES OS POBRES, PORQUE DELES É O REINO DOS CÉUS.
ANIMADOR: Felizes os mansos:
L – 1: Os que sabem responder com o bem ao mal que lhes fazem;
L – 2: Os humildes de coração;
L – 3: Os que suportam com paciência os limites do próximo;
L – 4: Os que disfarçam, alegremente, o desprezo de seus irmãos;
L – 5: Os que sabem levantar-se com o valor de seus fracassos;
L – 6: Os que, na provação, continuam acreditando que Deus é amor.
TODOS: FELIZES OS MANSOS, PORQUE POSSUIRÃO A TERRA.
ANIMADOR: Felizes os que têm fome e sede:
L – 1: De respeito aos direitos humanos;
L – 2: De libertação integral do homem e da mulher;
L – 5:De autenticidade e santidade diante de Deus e das pessoas;
L – 3: De uma democracia verdadeira;
L – 4: De paz e justiça entre todos os homens.
TODOS: FELIZES OS QUE TÊM FOME E SEDE DE JUSTIÇA, PORQUE ELES SERÃO SACIADOS.
ANIMADOR: Felizes os que choram e os sofredores com:
L – 1: Suas próprias faltas e egoísmo;
L – 2: Sua falta de compromisso com os pobres desamparados;
L – 3: Seu conformismo frente às estruturas existentes.
TODOS: FELIZES OS QUE CHORAM, PORQUE SERÃO CONSOLADOS.
72
ANIMADOR: Felizes os misericordiosos:
L – 1: Os que ensinam a ler e a escrever;
L – 2: Os que fazem seus os problemas e as misérias dos irmãos;
L – 3: Os que têm consciência social;
L – 4: Os que ajudam o próximo a se fazer dono do seu destino;
L – 5: Os que, desinteressadamente, põem os seus talentos a serviço da comunidade.
TODOS: FELIZES OS MISERICORDIOSOS, PORQUE ELES ALCANÇARÃO MISERICÓRDIA.
ANIMADOR: Felizes os puros de coração:
L – 1: Os que não roubam;
L – 2: Os que respeitam a vida;
L – 3: Os que lutam pelo respeito à dignidade humana;
L – 4: Os que agem com retidão;
L – 5: Os que vêem em seu próximo uma criatura de Deus;
L – 6: Os que não enganam nem se deixam enganar pelo erro.
L – 4:Puros de coração são os que não se deixam escravizar pelo mal e não fazem mal ao próximo.
TODOS: FELIZES OS PUROS DE CORAÇÃO, PORQUE ELES VERÃO A DEUS.
ANIMADOR: Felizes os pacificadores:
L – 1: Os que buscam a libertação do homem através do amor;
L – 2: Os que, com suas leias, asseguram a Paz das nações;
L – 3: Os pensadores que iluminam o caminho da humanidade;
L – 4: Os que fomentam e defendem a Paz internacional;
L – 5: Os que aplicam as bases de uma Paz verdadeira.
TODOS: FELIZES OS PACIFICADORES, PORQUE ELES SERÃO CHAMADOS FIHOS DE DEUS.
ANIMADOR: Felizes os que sofrem perseguição:
L – 1: Os perseguidos por defenderem a verdade;
L – 2: Os presos e injuriados por defenderem a justiça;
L – 3: Os mártires que entregam suas vidas pela libertação dos irmãos.
TODOS: FELIZES OS QUE SOFREM PERSEGUIÇÃO POR CAUSA DA JUSTIÇA, PORQUE DELES É O REINO
DOS CÉUS.
ANIMADOR: Às palavras de Jesus, juntaram-se os fatos: ações e atitudes que mostram que o Reino anunciado já se
tornou presente, que Ele é o sinal eficiente da nova presença do Pai na história... que o amor de Deus redime e
mostra o alvorecer de um homem novo num mundo novo (Puebla, no. 191).
TODOS: O AMOR DE DEUS ABRAÇA A TODOS. DÁ PREFERÊNCIA AOS PEQUENOS.
73
6.2A – - UM JOVEM AUTÊNTICO, IDEALISTA E AMIGO: CRISTO- JOVEM E SEU ROSTO HUMANO- ESPIRITUAL
ª
- 1 Etapa
1. É um jovem livre de escravidões: ninguém o pode acusar de maldade ou pecado e anuncia a liberdade:
“Se vocês guardarem a minha mensagem, conhecerão a verdade e a Verdade libertará vocês” – João
8,32.46. Mas não é um puritano, não se agarra às tradições dos antigos, como se fossem inalteráveis, nem
está apegado a mitos, superstições e a ninharias. Não teme aceitar em sua roda de amigos até mesmo as
prostitutas, é “amigo dos pecadores”, come, convive com eles, mas não se contamina com eles, diz que veio
salvar o que estava perdido – Lucas 19,10.
2. É um jovem humilde: “Vive no meio dos homens como um servidor” – Lucas 22,27, não se deixa servir, mas
serve aos outros. Mas não é um ingênuo e covarde, sem dignidade! Quando um dos guardas do Sumo
Sacerdote Judeu lhe dá uma bofetada, enfrenta-o com firmeza: “Se falei mal, mostre-me onde está o mal, mas
se falei bem, por que me bate?” – João 18,23.
3. É um jovem sincero: o seu falar é “sim,sim;não,não”. Não teme dizer a verdade, mesmo que ela o leve à
morte. Não se envergonha de dizer que sua mensagem não é dele, mas do Pai que o enviou. Não segue a
onda dos que querem fazê-lo “dar um jeitinho” e evitar tomar posições firmes, para ficar de bem com todos.
Não é um fingidor, desmascara os hipócritas e os inimigos: “Por que vocês querem matar-me?” E as
acusações do capítulo 23 de Mateus.
4. É um jovem amável, carinhoso, amigo: todos gostam de falar com ele. Crianças, jovens e adultos
encontram nele uma pessoa acolhedora, aberta, compreensiva.”Maria, sentada aos pés do Senhor, escuta
sua palavra” – Lucas 10,39. Gosta da convivência humana, tem seu grupo de amigos, permite que sejam
diferentes de si mesmo, suporta as falhas dos fracos e o erro dos ignorantes, admite que os outros possam
fracassar e compreende as misérias dos pecadores, não consente no ódio entre os irmãos, nem na vingança
dos inimigos. Mas não mendiga afeto. Até exige dos seus amigos maturidade sem par. Na hora em que
“muitos discípulos se retiram e deixam de andar com ele”, não teme perder a amizade dos doze mais íntimos,
se eles estiverem ligados a sentimentalismos e fechados à revelação da sua verdade. Chama-os à realidade
da Fé na sua presença real no pão e no vinho, dizendo: “Vocês também querem se retirar?” – João 6,67.
Outros fatos da amizade de Cristo.
5. É um jovem de fé esclarecida: participa de festas religiosas com os seus concidadãos, nas comunidades
locais e no templo Nacional – João 7,14. – passa noites inteiras em oração ao Pai, invoca-o, rende-lhe graças,
ensina a orar. Mas não é um “beato”, um carola desligado das realidades, aplica a fé às situações da vida.
Quando as prescrições legais, mesmo religiosas, impedem a bondade, a prática de caridade e fraternidade e
a vivência do amor ou são obstáculos à justiça, ele não receia em denunciar e passar por cima e justificar: “O
Filho do Homem é senhor até do sábado” – Lucas 6,5. Não aceita uma religião de aparências, secundarismos,
tradicionalismos, nem uma religião usada como instrumento de dominação por exploradores da boa fé do
povo.
6. É um jovem obediente ao projeto de Libertação, Amor e Felicidade querido pelo Pai: não veio para fazer
a sua vontade, mas à vontade do Pai pela promoção total do homem = todos os homens e mulheres. Mas não
é um insensível despersonalizado. Não fica indiferente às tramas dos seus inimigos. Na hora da angústia, da
dor, do abandono e da traição, sente a ingratidão de Judas e de Jerusalém, não se refugia num heroísmo
insensível e apático, mas eleva os olhos para o alto e pede ajuda: “Pai, se é possível, afaste de mim este
cálice” – Mateus 26,39.
7. É um jovem simples, trabalhador, carpinteiro: aplica suas mãos ao duro trabalho do dia-a-dia. Não foge à
lei do “comer o pão de cada dia com o suor do seu rosto”. Mas não é um ignorante, um simplório que aceita
tudo. É um jovem pobre, mas não é um piolhento, um esfarrapado, um nojento. Veste-se decentemente, com
dignidade, usa túnica sem costuras, tecida de alto a baixo, conforme o uso do seu tempo – João 18,23.
74
6.3A – CRISTO-JOVEM: UM LÍDER COMPROMETIDO, “REVOLUCIONÁRIO”
ª
1 ETAPA
1. É um gênio que fascina seus ouvintes. Os policiais, mandados para prendê-lo, voltam empolgados com a
sua mensagem e ensinamentos, declarando para os que os enviaram que não o prenderam porque “jamais
homem algum falou como aquele homem” –João 7,46. Os doze discípulos, entusiasmados pela profundidade
do seu ensinamento e fascinados pela sua personalidade, nem podem imaginar em se separar do Mestre,
porque só ele “tem palavras de vida eterna” - João 6,68. Bastaria acrescentar a fascinação das multidões no
seguimento de Cristo, por vários dias, sem os chamados “recursos de comunicação”. Apesar de tudo isso,
este jovem não é orgulhoso, auto-suficiente, não se impõe aos outros, esmagando-os na sua simplicidade ou
humilhando-os. Busca a colaboração dos seus seguidores, não considera seus discípulos como servos, mas
sim como amigos – João 15,15.
2. Um jovem responsável pelos seus atos. Não teme assumir as conseqüências de sua “ousadia”. Já às
portas da morte, no Jardim das Oliveiras, protege os discípulos, ordenando aos soldados: “Se é a mim que
vocês buscam, deixem que estes partam” – João 18,8.
3. Um jovem socialmente empenhado pela solidariedade: Trabalha continuamente, não pode ver ninguém
desocupado ou na ociosidade, convida os desempregados a trabalhar a qualquer hora do dia – Mateus 20,116. Para não ver as pessoas sofrendo “cura todas as enfermidades e doenças”. Percebendo que seus
ouvintes estão famintos, multiplica os pães, para os saciar. É solidário com os mais fracos, com os órfãos, as
viúvas, os pecadores, os “pequeninos”, os doentes, os sofredores, como nas três ressurreições: filha de Jairo,
jovem de Naim, Lázaro de Betânia.
4. Um jovem libertador: anuncia que o seu projeto é pôr em liberdade os oprimidos pela ignorância, pela
tristeza, pelo isolamento, pelo fracasso, pelo ódio, pelo racismo, pelos preconceitos, pelo pecado, pelo mundo
da morte...
-
Cristo- Jovem: Um líder comprometedor.
1. Não se apresenta espetacularmente, mas na simplicidade: quem quiser acreditar nele, deve fazê-lo, não
por ter visto fenômenos extraordinários, mas em força da sua ação e missão libertadora. Para as multidões
incrédulas que reclamam um sinal estrondoso, ele responde: “Não lhes será dado nenhum outro sinal a não
ser o sinal do Profeta Jonas” - Mateus 12,39 = Sua Ressurreição.
2. Não manobra ninguém, respeita a liberdade pessoal e conscientiza: não intervém exteriormente, para
que, depois da sua partida, os seus discípulos não se sintam sós, desprotegidos, como órfãos, incapazes de
tomar iniciativas válidas e convincentes. Envia sobre os discípulos o Espírito Santo, para que atue por dentro
deles e possam se comprometer como o Mestre: “como eu fiz, façam também vocês”.
3. Não dá soluções perfeitas, mas pistas de procura: “Procurem primeiro o Reino de Deus com santidade e
justiça, tudo o mais lhes será dado por acréscimo” – Mateus 6,33. “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida” –
João 14,6. Estimula a esperança de fazerem pela fé os milagres que ele faz”
– João 14,12 e Marcos
16,17-18 e promete estar sempre conosco – Mateus 28,20.
4. Não substitui os outros naquilo que eles podem fazer, mas em tudo colabora e pede colaboração. Escolhe
uma equipe de doze homens decididos, para conviverem com ele e receberem a missão de continuarem a
sua obra.
5. Não vem restaurar uma potência política, um estado militarmente invencível, mas trazer energias interiores
capazes de transformar corações duros em corações de amor, egoísmos em altruísmos, ódio e rancor em
perdão, sinais de morte em vitórias de vida, opressões e dominações sociais em convivência e serviços pela
igualdade, fraternidade, justiça e paz. Quer mudar as pessoas e elas farão mudanças necessárias.(Pesquisa e
complementação do Pe. Edísio Silva).
75
6.4ª - UMA CARTA: O ROSTO HUMANO DE JESUS
Dirigida a César, por Plubius Lentulus, governador da Judéia, predecessor de Pôncio Pilatos, remetendo a
ficha de Jesus Cristo, redigida na época em que o Salvador começava suas prédicas.
Reproduzimos o importante documento, que se encontra na biblioteca dos Lazaristas de Roma, que é, sem
dúvida, uma vez que sua autenticidade está comprovada, o mais precioso texto que nos podia ser transmitido pela
antiguidade:
“O Governador da Judéia Publius Lentulus ao César Romano:
“Soube, oh César! Que desejavas informações acerca desse homem virtuoso que se chama Jesus Cristo, que
o povo considera um profeta, e os seus discípulos, o Filho de Deus, Criador do céu e da terra.
“Com efeito, César, todos os dias se ouvem contar dele coisas maravilhosas. Numa palavra, ele ressuscita os
mortos e cura os enfermos. È um homem de estatura regular, em cuja fisionomia se reflete tal doçura e tal dignidade
que a gente se sente obrigada a amá-lo e temê-lo ao mesmo tempo.
“A sua cabeleira tem até as orelhas a cor de nozes maduras, e daí até os ombros tinge-se de louro claro e
brilhante; divide-a uma risca ao meio à moda nazarena. A sua barba, da mesma cor da cabeleira, é encaracolada, não
longa e também repartida ao meio. Os seus olhos severos têm brilho de um raio de sol, ninguém pode olhar em face.
Quando ele acusa ou verbera, inspira o temor, mas logo se põe a chorar. Até nos rigores é afável e benévolo. Diz-se
que nunca ninguém o viu rir, mas muitas vezes derramar lágrimas. As suas mãos são belas como os seus braços.
Toda a gente acha a sua conversação agradável e sedutora. Não é visto amiúde em público, e quando aparece
apresenta-se modestíssimamente vestido. O seu porte é muito distinto. È belo. Sua mãe, aliás, é a mais bela das
mulheres que já se viu neste país.
“Se o quiseres conhecer, oh César, como uma vez me escrevestes, repete a tua ordem e eu to mandarei. Se
bem que nunca houvesse estudado, esse homem conhece todas as ciências. Anda descalço e de cabeça coberta.
Muitos riem quando ao longe o enxergam; desde que, porém, se encontram em face dele, temem e admiram-no.
Dizem os hebreus que nunca viram um homem semelhante, nem doutrinas iguais as suas. Muitos crêem que ele seja
Deus, outros afirmam que é teu inimigo, oh César. Diz-se ainda que ele nunca desgostou ninguém, antes se esforça
para fazer toda gente venturosa”.
Assim era Ele. Conheça-o. Ame-o. Siga-o e seja feliz com sua amizade e seu projeto de vida.
6.4B – Credo dos Jovens Latino-americanos – 1ª Etapa
CREMOS que nosso Deus nos chamou para viver na América Latina com a finalidade de construir seu Reino.
CREMOS que todos os habitantes da América Latina têm o direito de viver com dignidade, com justiça, com paz e
com liberdade.
CREMOS que todos os Cristos crucificados da América latina se levantarão ressuscitados e gloriosos através da
solidariedade entre nossos povos.
CREMOS que podemos viver em comunhão, sem violência, sem guerras e sem opressão.
CREMOS que os pobres, os índios, as crianças e os tristes são preferencialmente amados pelo Pai e por isso nos
declaramos irmãos deles.
CREMOS que cada família de nossa terra precisa viver na fidelidade e na ternura.
CREMOS que os JOVENS latino-americanos não podem viver passivamente suas horas e seus dias, mas que eles
devem ser os primeiros cidadãos desta CIVILIZAÇÃO NOVA.
CREMOS que a América latina pode se transformar numa grande pátria, do México ao Chile e do Atlântico ao
Pacífico, de modo que nossas fronteiras não sejam mais muralhas que nos dividem, mas linhas de encontro fraternal.
CREMOS que o Espírito de Deus anima a nossa Igreja que, como um grande povo em Libertação, peregrina neste
continente.
CREMOS que Maria, a Mãe de Jesus, nos incentiva a repartir o pão com os famintos e a levantar do chão os humilhados.
CREMOS profundamente num CÉU NOVO e numa TERRA NOVA. Pedimos com insistência que isto se faça logo
realidade entre nós.(Congresso de Jovens Latino-Americanos)
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Código de Honra do 2º grupo de Jovens com que trabalhei:
O jovem cristão luta por conservar seu corpo livre de vícios, sadio, forte.
O jovem cristão é alegre, cortês e conserva sempre o bom humor.
O jovem cristão alimenta bons pensamentos e pensa sempre antes de agir.
O jovem cristão tem vontade firme, honra a toda prova e sua palavra é de confiança.
O jovem cristão irradia sinceridade, lealdade, amizade, bondade e otimismo.
O jovem cristão é um “irmão universal”, responsável pelas suas tarefas e colaborador de todos.
O jovem cristão é econômico e constrói o seu futuro.
O jovem cristão brilha pelo testemunho de vida e por realizações construtivas.
O jovem cristão vive na amizade de Cristo-Amigo, por isso, sorri nas dificuldades.
O jovem cristão é sadio de corpo e alma e faz feliz o próximo em qualquer ocasião.
Com um abraço do amigo e irmão em Cristo-Jovem. Pe. Edísio Silva.
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4ª PARTE: TEXTOS – SUBSÍDIOS PARA 2ª ETAPA - ENSINO MÉDIO
PROJETO PERSONALIDADE – ENCONTRO CONSIGO MESMO
1.1B - INTRODUÇÃO – APROFUNDAMENTO: FELICIDADE – PSICOLOGIA E CRISTIANISMO
Explicação – A título de ilustração e confirmação do que afirmamos em nosso trabalho: busca da felicidade no
cristianismo, ao lado de Cristo-Jovem, julgamos oportuno trazer testemunho da Psicologia Moderna, na palavra
autorizada de um dos seus ilustres representantes.
Consola-nos constatar a coincidência de pontos de vista e orientações da Psicologia com a visão cristã da
felicidade, servindo assim a pesquisa humana, até onde pode, de auxílio ao homem, inserido no cristianismo, na
busca da felicidade integral, pois, o homem ultrapassa a psicologia pelas suas dimensões imensas.
Estudo baseado no livro de Emílio Mira Y Lopes “Problemas Atuais de Psicologia”, com a nossa reflexão e
contributo, guia sintético para compreender melhor os nossos projetos de trabalho. Serve de ajuda e de
esclarecimento, dá sua contribuição, sem todavia, abranger toda a visão cristã que temos do homem.
I – Infeliz – Infelicidade. – Se definimos o homem feliz, como aquele que possui bem-estar e a alegria de viver
que satisfazem a personalidade total, sem escravizá-la em nenhuma de suas dimensões, em contrapartida, o homem
infeliz é aquele que não possui esse bem-estar e essa alegria de viver, porque lhe falta a fé (etimologia de “infeliz”), o
crédito, a confiança, a segurança para viver, julgando-se, por isso, desgraçado, vítima de sorte negra, de maldição
permanente, desesperado com a tristeza de existir.
MUNDO MODERNO E SEU PARADOXO: SOFRIMENTO – INFELICIDADE –
Essa situação constitui a infelicidade, sua infelicidade, trazida e revelada no padecer, no sofrimento da
vida, sofrimento esse que aumenta apesar do progresso das técnicas físicas, químicas, industriais,
biológicas, psicológicas etc. O homem dominou os males “naturais”, ele já não teme a escuridão, o frio, as
feras, as pestes e as tempestades, mas enquanto diminuem os aborrecimentos naturais, avolumam-se outros
artificiais, resultantes da vida cultural, social, política, ideológica, moral e econômica. “O homem já não morre
só de infecções, mas de desgostos; figuram nos primeiros lugares da mortalidade “civilizada” as doenças do
coração, dos nervos e do trofismo celular, que, como é sabido, se acham predominantemente influenciadas
pelas tensões emocionais”. Daí a importância de o jovem e o homem conhecerem os meios para resolver o
seu próprio caso e para ajudar o seu semelhante a solucionar o problema da felicidade, criando um estilo de
vida preventivo dos sofrimentos evitáveis.
II – Ingredientes, requisitos, condições da infelicidade. – Se a infelicidade se traduz e se revela no
sofrimento, não é qualquer sofrimento que nos faz infelizes, para nos sentirmos realmente
infelizes, é preciso que esse sofrimento se apresente em certas doses, em certos graus, como
veremos, embora sem aquela precisão de resultados dos fenômenos físicos.
1 – Sofrimento global. – É a primeira condição para o estudo de infelicidade. Sofrimento extenso e profundo,
atingindo assim toda a personalidade que vive sofrendo e padecendo, na sua integral afetiva, real ou
fictícia.
2 – Sofrimento perene. – Sendo global o sofrimento, ele se apresenta ao infeliz, como permanente, invadindo
de penas e dores o seu futuro imaginário. O indivíduo não tem esperanças de ver findar o seu sofrimento,
pois, soubesse ele que o seu padecer é transitório, teria esperança em um alívio. Vê-se aqui a enorme
força psicoterápica da vida cristã, dando sentido ao sofrimento em todos os seus aspectos. “Por isso os
mártires cristãos viam suas carnes despedaçadas e trituradas e apodreciam nas prisões subterrâneas
com o sorriso nos lábios e a expressão de êxtase”.
3 – Sofrimento injusto – imerecido. – Global, permanente, o sofrimento é sentido como injusto. Caso o
infeliz descobrisse no seu penar um justo castigo, teria um meio de aliviar a consciência do remorso, o
pior dos males, pela sua ação deletéria sobre o ser a quem acusa.
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4 – Sofrimento inevitável – irremediável. – Outra característica da infelicidade é a crença inquebrantável da
fatalidade do sofrimento, coisa sem remédio, causa perdida, por isso, o infeliz não tem nenhuma
atividade, nenhuma melhora ou solução vislumbra no seu horizonte. “Meu destino é sofrer”, diz ele.
5 – Sofrimento inútil. – A inutilidade do padecer fecha o infeliz num círculo de ferro. Seu sofrimento não tem
nenhum proveito para quem quer que seja, não possui nenhum valor, por isso, seu viver parece estúpido.
Se ele percebesse em sua infelicidade algum benefício para si ou para seu semelhante, já começaria a
libertar-se deste círculo tremendo.
III – Espécies de Infelizes. – Pessoas infelizes que se encontram com maior freqüência na vida diária,
com sintomas de desajustes vitais.
1 – Infeliz “despojado” – É infeliz porque perdeu o bem de que dependia sua felicidade: um negócio, um
posto possuído ou apetecido, uma tradição familiar, uma mania apegada. Falta-lhe visão realista da vida,
de que as coisas não são eternas, falta-lhe o sentido da substituição sempre possível de um bem por
outro e, na impossibilidade de aquisição do bem, poderá sentir-se feliz, fazendo o bem em vez de possuílo. Entram mais em jogo os bens materiais. Ter ou Ser?
2 – Infeliz “deprimido”. – Sente um intolerável e indefinível mal-estar existencial, sente-se dividido, briga
consigo mesmo em guerra mental contínua, odiando o seu modo de ser. Cai em depressão vital, em
crises de desgostos, angústia, raiva contra si e contra os outros, arrependimento, dúvida. A vida se torna
uma carga insuportável, é um desajustado consigo mesmo. Falta-lhe a aceitação do que é, para
transformar-se no que deseja ser, agindo segundo seus planos de transformação pessoal. Entram mais
em jogo os desajustes emocionais e pessoais.
3 – Infeliz “desolado”. – Sente-se desprovido de seus afetos, do solo, da base em que edificou sua vida:
amor, hábitos, sonhos, triunfos, lutas. Sente-se como que exilado em condições deprimentes e adversas.
Falta-lhe também o sentido da substituição vital, a confiança na realização do progresso, criado pelo
próprio homem. Transplantar sua personalidade inteira para outro campo de atividade é o caminho de sua
realização progressiva, lembrando o famoso provérbio: “onde houver um inglês, aí está à Inglaterra”. –
Entram mais em jogo os bens afetivos, comunitários e os Projetos Vocacionais de vida. Exemplos a
comentar.
4 – Infeliz “perseguido”. – Sente-se alvo da hostilidade circundante, do ódio e maus-tratos dos outros, da
antipatia, do desprezo, do menosprezo na amizade, da perversidade na vida social. Tenta adaptação com
súplicas, ameaças, fugas, agressões, que o separam ainda mais do meio em que vive. São projeções dos
sentimentos de agressividade, por falta de confiança em si e nos outros. Entram mais em jogo os bens
sociais e os Projetos Profissionais e sociais de vida. Exemplos a comentar.
5 – Infeliz “fracassado”. – Sente-se totalmente fracassado na vida. Julga-se sem êxito no amor, no trabalho,
no lar. Sua vida falhou, por isso, já não tem mais sentido. É uma síntese ou uma conclusão pessoal dos
estados anteriores. Entra em jogo o Sentido mesmo da vida. Vivência de Valores Espirituais. Exemplos de
Riscos e desvios na personalidade
IV – Falsas vias para encontrar a Felicidade – Tipos pseudo-felizes. – Sendo o infeliz desajustado,
vejamos as falsas tentativas de ajustamento, para aliviar o peso da vida. Distúrbios de conduta,
mecanismos inautênticos, regressões, fixações psicológicas.Exemplos de Tipos de jovens.
1 – Pseudo-ajuste “olvidante” – Homem avestruz. – Procura fugir da realidade, refugiar-se no olvido
artificial das penas, dos sofrimentos, dos males, das decepções, dos desgostos e fracassos. Daí nascem
a embriaguez, os tóxicos, os hipnóticos – bolinhas, jogos inveterados, vida social frívola, viagens sem
trégua, agitações, fugas, etc. Torna-se um homem superficial, usa a política do avestruz que consiste em
converter-se em cego e surdo para os problemas da vida íntima e exterior, foge dos problemas sem
resolvê-los. Salienta-se a escravidão do corpo. Irresponsabilidade. Vícios: alcoolismo, fumo, prostituição.
Prazer-ídolo. Jovem de cabeça para baixo.
2. – Pseudo-ajuste “conformista-queixoso” – Homem gelatina. – Conforma-se e resigna-se com a
infelicidade, fecha-se nela, confunde-se com ela, torna-se o seu campeão, identifica-se com ela, em vez
de superá-la e combatê-la. Torna-se uma pessoa vitalmente nula, reprimida, sem vontade própria, o
“bonzinho”, boneco, mandado e controlado por todo mundo, o maleável, adaptado ao querer de todos,
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sem inimigos, mas também sem forma própria, sem personalidade. Vive de lamentar suas desventuras,
de suscitar a compaixão alheia, pedindo esmolas de consolos e ternuras. Um dia o “dique” repressor pode
romper-se e pode haver descarga das tendências reprimidas de modo doentio. Salienta-se a escravidão
da sensibilidade. Jovem arrastado, robô, acomodado a tudo. Drogas, suicídios.
3 – Pseudo-ajuste “reacionário” – Homem chumbo. – Plantado na sua posição, não há quem o faça
mudar de opinião, enfrenta a vida como um combate de resistência, combate contra tudo e contra todos,
para fazer triunfar suposto ideal. É teimoso, cabeçudo, falta-lhe visão verdadeira e clara das coisas, a
agilidade, plasticidade, a vibração entusiástica, a paz criadora e a serenidade do homem feliz. Salienta-se
a escravidão do erro da inteligência. Contestações vazias. Jovem lobo para o outro.
4 – Pseudo-ajuste “irônico” – Homem vidro. – Aparenta dureza, mas é frágil. Acha-se adaptado
socialmente, acomodado, constrói em redor de si uma obra familiar, cultural, profissional ou social e vive
num pequeno círculo dos seus. Falta-lhe a maleabilidade e a plasticidade necessária, quebra-se diante
das mudanças das circunstâncias, porque não quer mudar de forma e por isso, não resiste a uma
depressão econômica, guerra, acidente, enfermidade ou revés. Ora, o homem feliz, ele o é independente
dos azares da vida. – Procura muitas vezes esconder sua fraqueza, tentando anular os outros, levando
tudo na ironia, na troça, no humorismo sarcástico e bilioso, vivendo a comédia do forte na falsa alegria e
na tristeza interna, descrente de outros progressos e sucessos. Salienta-se a escravidão da inércia,
conservadorismo, falta de perspectiva para novos horizontes de progresso. Inconstância, sem firmeza,
frágil. Jovem inconstante.
5 – Pseudo-ajuste “vaidoso” – Homem cortiça. – Simula auto-satisfação e felicidades inexistentes. É o
mais falso de todos. É um pobre de espírito adulador que espera adulação social. Vive hipocrisia dupla:
consigo e com os outros, não goza de paz, nem de felicidade. É um homem oportunista, flutua nas
tempestades políticas e sociais, querendo sempre sobreviver e sobressair. Sua habilidade resulta de sua
leveza, falta-lhe o peso da personalidade. Não tem rumo certo na vida, nem sente, nem padece, mas “não
sentir nem padecer quando se goza de atributos humanos é o maior dos castigos”. Salienta-se a
escravidão social da vida às circunstâncias e pessoas. Esnobismo – exibicionismo, massificação, Vítimas
do Parecer, do Poder, Farisaísmo e fanatismo superficial.
6 – Causas da infelicidade e do sofrimento. – Apesar de sua aparente diversidade, as causas do
sofrimento são reduzíveis a um número de categorias relativamente escasso: sempre que se dá
uma persistência contumaz de desacordo entre os afãs e os êxitos, entre as intenções, desejos e
os resultados da ação, entre os sonhos e a realidade, começa o padecer. São os desajustamentos
pessoais, vocacionais, profissionais, sociais, e espirituais que geram a insatisfação, o sofrimento,
a infelicidade.
V – Fases de Elaboração da Felicidade. – Conhecidas às voltas do caminho, podemos apresentar agora
as etapas de elaboração da felicidade em cada ser humano, evitando-se os aludidos desvios. Mapa
para viagem feliz.
Primeira fase: – Iluminação da auto-imagem. – Quem sou eu? Como sou eu? A primeira meta na conquista
da felicidade é o conhecimento próprio: “Conhece-te a ti mesmo”, o conhecimento profundo dos nossos valores e
desvalores, das nossas qualidades e defeitos, e isto nós o conseguiremos, quer por intuição, quer por nossa própria
experiência, quer ainda por ajuda de outros, para tanto capacitados. É preciso que tenhamos o nosso retrato bem
iluminado (psico-caracterológico) para situar-nos na escala dos valores e desvalores dos nossos semelhantes, a fim
de podermos responder à pergunta: “Como sou eu?”. 5 vidas. L. básicas: aceitação, fuga e desafio x medos. TESTES.
Segunda fase: – Avaliação da auto-imagem. – Que valho? – Conhecidas às dimensões do nosso ser,
procuramos descobrir, então, o nosso valor, conscientizar-nos da nossa grandeza e dignidade, do peso real da nossa
personalidade em todos os seus aspectos. Para um juízo mais objetivo, realista, procuramos ver o que fizemos e o
que estamos fazendo com as qualidades possuídas, com as nossas capacidades, deixando, por enquanto, o que
somos capazes de fazer, o que julgamos que podemos fazer. Neste sentido podemos escrever: Valer = Ser – Fazer. É
o balanço das ações boas ou más, proveitosas ou adversas, acertadas ou errôneas, balanço das realizações pessoais
nos diversos campos da vida cultural, profissional, espiritual, social, tirando-se deste balanço à conclusão geral. È a
conscientização de tudo que somos, de todas as dimensões da nossa personalidade no plano humano e divino e,
conseqüentemente, de tudo que valemos em todos os aspectos da nossa vida de homens e de cristãos.
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Terceira fase: Realização dos “atos internos”. – Neste momento, podemos dizer que está prestes a iniciar-se
a conquista da felicidade, mas, para não sofrermos durante o seu processo, antes de atuarmos “fora”, temos que atuar
dentro de nós mesmos, mediante auto-análise minuciosa dos pontos débeis de nossas aptidões, das nossas atitudes
mentais, procurando ajustar nossas decisões, fortificá-las. Apesar da firmeza das nossas decisões, tenhamos sempre
a plasticidade para mudá-las, quando a experiência nos provar a ineficiência do nosso esforço e quando ulteriores*
situações justificarem nossa mudança. Saibamos também que toda empresa implica risco e que o bem-estar não se
consegue somente com êxitos, mas com a satisfação de superar malogros, com esforços bem intencionados,
oportunos, adequados e perseverantes.
Quarta fase: Visão do mundo: Onde estou? Como é o ambiente em que vivo e vou continuar a viver? Que
é o mundo? Que possibilidade me oferece? – Isto requer uma visão objetiva da realidade circundante e um
aperfeiçoamento progressivo das nossas perspectivas sobre a vida. Teremos assim uma noção da nossa enorme
pequenez e insignificância individual diante do universo inteiro, ao lado do nosso valor humano inestimável,
inapreciável, pois, somos únicos no mundo, sem outros iguais a nós. Daí nossa responsabilidade em viver a vida.
Para o jovem, é visão do mundo próximo, do seu mundo jovem, do seu mundo pessoal e do seu ambiente onde vive e
deve agir.
Quinta fase: Achar a missão no mundo. Que vou fazer? Qual minha tarefa ou missão vital? – Visto o nosso
ser, nosso valor, o ambiente, as circunstâncias, temos que elaborar um plano de ação, realizar uma série de objetivos,
diríamos, Ideais. Faremos isto, não para satisfazer pressões externas, mas para nos pormos de acordo com nós
mesmos, para obter a paz interior.
Para acertar nossa missão, escolher os poucos caminhos em que devemos avançar entre os inúmeros possíveis,
para percebermos a intuição do nosso destino, a inclinação natural e espontânea para determinadas realizações e
objetivos vitais, temos que usar da auto-análise, da meditação individual e da ajuda dos mais esclarecidos e
experimentados. E descobriremos assim nossa vocação = o conjunto de objetivos que mais apetece ao nosso ser,
vendo, naturalmente, se estamos equipados para realizar totalmente esta série de apetências, segundo nossas
aptidões, recursos, obrigações ambientais. A nós caberá a decisão, não por vencimento de outrem, mas por
convencimento pessoal. Jamais teremos motivos para renunciar totalmente os ideais vocacionais. Tal renúncia
equivaleria a separar o ser de sua base, seria colocá-lo em atritos que prepararão cedo ou tarde a infelicidade.
Sigamos nossa estrela, mesmo com as dificuldades, cientes de que, nas “atuais circunstâncias da organização social,
requer-se muito maior dose de idealismo, de capacidade, de sacrifício e de entusiasmo para seguir autenticamente a
própria vocação, do que para renunciar a ela, substituindo-a por interesses ou incentivos derivados das circunstâncias
ambientais e sociais”.
Podemos dizer que esta orientação da psicologia se aplica a realização total da personalidade do homem, em
todos os seus aspectos, dimensões, em todos os seus ideais humanos e cristãos, em seus ajustamentos, embora o
autor não focalize diretamente as esferas de realização, sobretudo, a dimensão espiritual. Aqui entra a “mística que
impulsiona e realiza o ideal” e “Dimensão Social da Mística do Ideal”.
As fases seguintes, apresentadas pelo autor, tratam mais de técnica, de orientações para a realização pessoal,
para o ajustamento do indivíduo em si mesmo e na sua missão, na sua tarefa, na sua vocação.
Sexta fase: - Planejamento da estratégia e do estilo de vida. – Quem sabe como é, em que mundo vive e o
que vai fazer nele, já tem resolvido os problemas fundamentais, tem assentada sobre base firme a elaboração de sua
felicidade. Surge agora uma outra série de problemas: “Como conseguir fazer o que propusemos a nós mesmos?
Como alcançar êxito na missão a que nos propusemos? Teremos que considerar o meio em que vamos desenvolver
nossa obra, vislumbrando possíveis influxos, favoráveis ou adversos, ajuda ou resistência e devemos prever que
atitudes tomar para conseguir a máxima eficiência de nossas aptidões e esforços. Isto feito, escolhem-se as “táticas” e
as técnicas conducentes ao êxito. Novas situações poderão exigir revisões, evitando-se os erros de tática e a
“angústia da frustração”.
Sétima fase – Realização dos atos “externos”. – Reestruturadas as atitudes, o indivíduo pode lançar-se à execução
de seus planos, pois, está imunizado contra os perigos da impaciência, da vulnerabilidade, da timidez, do excesso de
confiança e de falta de capacidade de ajustamento a novas condições necessárias. Ele se entrega à execução, tendo
em vista orientações básicas de como conduzir sua tarefa a bom termo. Eis uma síntese de orientações para esta
fase:
“Ponde o máximo esforço em conseguir a melhor conduta possível e não vos interesseis tanto pelo resultado,
que sempre depende de causas alheias à própria vontade.
Dedicai mais tempo a gozar o que possuís e o que alcançais, do que a sofrer pelo que não tendes e pelo que
perdeis.
80
Recordai que não há “mal que por bem não venha”, não há erro nem malogro do qual não se possa obter, no
mínimo, uma lição proveitosa para o futuro.
Tomai a vida “sem pausa, nem pressa”, isto é, sem paradas nem saltos bruscos.
Preferi a agilidade à força, a tolerância à teimosia, ser credores a ser devedores de gratidões.
Buscai o equilíbrio entre impulsos, paixões e razões.
Buscai o equilíbrio entre trabalhos, distrações e repousos.
Interessai-vos mais em “fazer o bem” do que em “sair-vos bem”.
Integração total dos nossos projetos vitais com a nossa liderança sócio-transformadora, visando à construção da
“CIVILIZAÇÃO DO AMOR” = Missão social do cristão.
(Extraído do Livro Juventude e Felicidade do Prof. Padre Edísio Silva - .Regional Sul I-CNBB)
1.2B - GRÁFICOS DA PERSONALIDADE – Referencial Básico - 2ª Etapa – Ver na 3a. Parte
81
1.3B – TESTE - QUESTIONÁRIO DE PERSONALIDADE – 2ª Etapa
Nome: _________________________________________ Idade: _____ Sexo: ________
INSTRUÇÕES
Nas páginas seguintes você encontrará uma série de perguntas com três possíveis respostas ( SIM,
NÃO, ? ). Leia devagar a todas e a cada uma das perguntas e responda-as com a maior sinceridade.
Cubra a resposta “SIM” se a pergunta corresponde a seu caso.
Cubra a palavra “*.NÃO” se o que se pergunta na questão não corresponde a seu caso.
Na hipótese de não poder responder categoricamente “SIM” ou “NÃO” risque a interrogação ( ? ).
Procure responder a todas as questões. Você não é melhor nem pior ao dar uma resposta positiva,
negativa ou interrogativa. Você será apenas diferente. Não pense demais para responder às perguntas. Seja
sobretudo autêntico nas suas respostas.
1. Às vezes, falo de coisas que não conheço? SIM
NÃO
2. Acho que sou uma pessoa tímida demais? SIM
NÃO
3. Tenho certeza que posso fazer as coisas iguais ou melhor que os demais? SIM
4. Dificilmente me emociono num filme? SIM
NÃO
5. Às vezes, deixo de fazer coisas que devia? SIM
NÃO
6. Todo mundo me critica pelas coisas que faço? SIM
NÃO
7. Acho que ninguém me compreende? SIM
NÃO
8. Acho que a maioria das pessoas tem inveja dos triunfos alheios? SIM
NÃO
9. Às vezes, tenho crises de náuseas e vômitos? SIM
NÃO
10. Já pedi ajuda nos meus problemas econômicos? SIM
NÃO
11. Faço as coisas sem importar-me com a opinião dos outros? SIM
NÃO
12. Já fugi alguma vez de casa? SIM
NÃO
13. Desconfio continuamente de todas as pessoas? SIM
NÃO
14. De vez em quando critico? SIM
NÃO
15. Prefiro trabalhar sozinho do que com os outros? SIM
NÃO
16. As minhas idéias sempre são mais certas do que as dos outros? SIM
NÃO
17. Às vezes, me gabo de coisas que não fiz? SIM
NÃO
18. Concordo facilmente com as pessoas que têm idéias contrárias às minhas? SIM
19. Prefiro ler um romance a uma obra de história? SIM
NÃO
20. Prefiro gastar dinheiro num livro sobre “como economizar” do que num disco? SIM
NÃO
21. Com certa freqüência, sinto tremores nas mãos? SIM
NÃO
22. Preocupo-me demais com as coisas sem importância? SIM
NÃO
23. Fico muito satisfeito quando meu concorrente vence? SIM
NÃO
24. Quando perco no jogo, fico muito contente? SIM
NÃO
25. Em certas ocasiões gaguejo um pouco? SIM
NÃO
26. Participo das discussões em aula, só se tenho absoluta certeza do que digo? SIM
27. Entre meus conhecidos, tenho alguns que me são antipáticos? SIM
NÃO
28. Em TV prefiro escutar uma conferência sobre liderança do que um “show” musical? SIM
NÃO
29. Freqüentemente pego coisas dos outros, ainda que sejam de pouco valor? SIM
30. Sempre faço o que meus pais mandam? SIM
NÃO
31. Às vezes, tenho vontade de praguejar? SIM
NÃO
32. Sinto-me muito mal em lugares fechados? SIM
NÃO
33. Sinto-me continuamente forte e cheio de vida? SIM
NÃO
34. A saúde é coisa que me preocupa continuamente? SIM
NÃO
NÃO
NÃO
NÃO
NÃO
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35. Penso que quando há muita gente numa discussão, sempre se chega a uma conclusão clara? SIM
NÃO
36. Falo demais dos meus próprios problemas? SIM
NÃO
37. Prefiro ficar em casa a sair com amigos? SIM
NÃO
38. Sempre estou de acordo com os políticos? SIM
NÃO
39. Nas greves, prefiro ficar de lado em lugar de participar ativamente? SIM
NÃO
40. Às vezes, fico bravo por coisas sem importância? SIM
NÃO
41. Tenho hábito de roer as unhas? SIM
NÃO
42. Freqüentemente custo a dormir por causa de minhas preocupações? SIM
NÃO
43. Já tive depressão nervosa? SIM
NÃO
44. Facilmente me compadeço com o sofrimento dos outros? SIM
NÃO
45. Às vezes, fico falando à toa sobre coisas sem importância? SIM
NÃO
46. Às vezes, digo palavras que magoam aos outros? SIM
NÃO
47. Fico bravo quando noto que alguém evita encontrar-se comigo? SIM
NÃO
48. Penso que as dificuldades só existem para os fracos? SIM
NÃO
49. Preocupo-me demais com o que os outros pensam de mim? SIM
NÃO
50. Quando me apresentam uma pessoa, fico desconfiado? SIM
NÃO
51. Eu me definiria como uma pessoa que “nasceu cansada”? SIM
NÃO
52. Às vezes, observo-me no espelho? SIM
NÃO
53. Sempre tenho bom apetite nas refeições? SIM
NÃO
54. Faço amigos com muita facilidade? SIM
NÃO
55. Em certas ocasiões fico por vários dias sem falar com ninguém? SIM
NÃO
56. Às vezes, rio ou choro sem sabe o porquê? SIM
NÃO
57. Se me elogiam, fico contente e trabalho melhor? SIM
NÃO
58. Facilmente mudo de opinião? SIM
NÃO
59. Já comentei, várias vezes, que meus professores são antiquados? SIM
NÃO
60. Mudo facilmente de uma tarefa para outra? SIM
NÃO
61. Consigo chegar até o fim de uma discussão, mesmo que meus ouvintes não gostem? SIM
NÃO
62. Já pensei em furar fila no cinema? SIM
NÃO
63. Às vezes, penso coisas que gostaria que ninguém soubesse? SIM
NÃO
64. Sempre estou disposto a “bater um papo” com qualquer um? SIM
NÃO
65. Freqüentemente sinto-me muito sozinho? SIM
NÃO
66. Freqüentemente fico de mau humor sem saber porquê? SIM
NÃO
67. Já desmaiei várias vezes? SIM
NÃO
68. Mesmo nos dias quentes, sinto meus pés e mãos frias? SIM
NÃO
69. As pessoas me tratam como se eu tivesse mais idade do que realmente tenho? SIM
NÃO
70. Gostaria de permanecer no colégio um ano mais que o normal? SIM
NÃO
71. Quando assisto TV não suporto que as pessoas brinquem ao meu lado? SIM
NÃO
72. Num filme, gostaria mais de interpretar o papel de pirata do que de galã? SIM
NÃO
73. Gosto que meus professores indiquem como devo fazer as coisas? SIM
NÃO
74. Em certas ocasiões sinto inveja das qualidades de meus amigos? SIM
NÃO
75. Gosto que os outros me observem quando trabalho? SIM
NÃO
76. Custa-me muito guardar um segredo? SIM
NÃO
77. Acho que sou uma pessoa muito equilibrada? SIM
NÃO
78. Sinto contínuas dores de cabeça? SIM
NÃO
79. Às vezes, fico zangado? SIM
NÃO
80. Gostaria imensamente de dirigir um carro de corridas? SIM
NÃO
81. Eu gostaria de vender coisas para as pessoas? SIM
NÃO
83
82. Quase sempre me sinto triste e abatido? SIM
NÃO
83. Às vezes, sinto vertigens? SIM
NÃO
84. Nas reuniões sociais, gosto de dizer alguma coisa engraçada? SIM
NÃO
85. Preocupo-me demais com os problemas sexuais? SIM
NÃO
86. Tenho plena confiança em minhas amizades e nas pessoas que conheço? SIM
NÃO
87. Ao escutar uma piada apimentada tenho vontade de rir? SIM
NÃO
88. Às vezes, gosto de dizer que sou amigo de pessoas importantes? SIM
NÃO
89. Quando percebo que alguém está me gozando, fico indiferente? SIM
NÃO
90. Tenho pavor de assistir a reuniões sociais? SIM
NÃO
91. Se meus amigos agem sem me consultar manifesto abertamente o meu desagrado? SIM
92. Meus amigos pedem minha opinião antes de agir? SIM
NÃO
93. Acho que o fraco deve estar submetido ao forte? SIM
NÃO
94. Controlo os meus pensamentos com facilidade? SIM
NÃO
95. Acho que todas as instituições deveriam ser reformadas completamente? SIM
NÃO
96. Já deixei, algumas vezes, de pagar dívidas pequenas? SIM
NÃO
97. Sempre acordo muito cansado pela manhã? SIM
NÃO
98. Acho que tenho tendência a confiar facilmente nos outros? SIM
NÃO
99. Às vezes, sinto como que um nó na garganta? SIM
NÃO
100. Nas discussões, as pessoas dizem que sou sempre do “contra” ? SIM
NÃO
101. Se alguém me critica, respondo duramente? SIM
NÃO
102. Às vezes abuso bastante de drogas ou bebidas alcoólicas? SIM
NÃO
103. Incomoda-me muito mesmo viver no meio da sujeira? SIM
NÃO
104. Tenho medo, como muitas pessoas, das trovoadas e raios? SIM
NÃO
105. De vez em quando digo alguma mentira? SIM
NÃO
106. Já pensei alguma vez em suicidar-me? SIM
NÃO
107. Antes de decidir fazer alguma coisa, penso muito nos “prós e contras” ? SIM
NÃO
108. Penso que a única verdade que existe na vida é a Injustiça? SIM
NÃO
109. Quando leio algo que não entendo, procuro reler até entender? SIM
NÃO
110. Tenho certeza de que serei uma pessoa importante mais tarde? SIM
NÃO
111. Às vezes, durante as refeições em casa, cometo faltas? SIM
NÃO
112. Quando me concentro num trabalho, “desligo-me” do que me rodeia? SIM
NÃO
113. Prefiro obedecer mais do que mandar? SIM
NÃO
114. Gostaria de escrever um livro para expor os meus sentimentos? SIM
NÃO
FATOR “ S ”
Sinceridade versus Insinceridade
Item Nº.
1
5
10
14
17
23
24
27
30
31
38
40
Resp.
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Não
Não
Sim
Não
Sim
Não
Sim
Peso
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
Item Nº.
46
52
62
63
74
79
87
88
96
105
111
RESULTADO MÁXIMO = 23
Resp.
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Peso
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
NÃO
84
Um resultado alto é um índice de que o indivíduo respondeu com sinceridade todo o questionário.
O fator “S” será o primeiro a ser avaliado.
O fato de obtermos um resultado muito baixo no fator “S”, nos indica que o indivíduo procurou dar
uma boa impressão de si mesmo e não sua imagem real.
Os resultados obtidos no fator “S” deverão ser confrontados com os obtidos no grupo normativo.
FATOR “D”
Desequilíbrio versus Equilíbrio
Item Nº.
2
Resp.
Sim
Peso
1
Item Nº.
55
Resp.
Sim
Peso
2
6
Sim
1
56
Sim
2
7
Sim
1
65
Sim
1
9
Sim
2
66
Sim
1
12
Sim
1
67
Sim
2
13
Sim
2
68
Sim
2
21
Sim
2
77
Não
1
22
Sim
1
78
Sim
2
25
Sim
2
82
Sim
2
29
Sim
1
83
Sim
2
32
Sim
2
85
Sim
1
33
Não
1
86
Não
1
34
Sim
1
90
Sim
1
41
Sim
2
94
Não
1
42
Sim
1
97
Sim
2
43
Sim
3
99
Sim
2
49
Sim
1
102
Sim
2
51
Sim
1
103
Não
2
53
Não
1
106
Sim
2
54
não
1
RESULTADO MÁXIMO = 59
Um resultado alto indica uma personalidade um tanto doentia, com descontrole emocional, conflitiva,
tanto mais quanto maior for o resultado obtido. Um resultado muito baixo, pode indicar certa frialdade e
despreocupação. Quanto mais baixo o índice, mais amorfo e apático.
85
FATOR “A”
Autoritarismo versus Submissão
Item Nº.
3
Resp.
Sim
Peso
1
Item Nº.
69
Resp.
Sim
Peso
1
4
Sim
1
70
Não
1
8
Sim
1
71
Sim
1
11
Sim
1
72
Sim
1
15
Sim
1
73
Não
1
16
Sim
2
75
Não
1
18
Não
1
80
Sim
1
19
Não
1
81
Sim
1
20
Sim
1
89
Não
1
26
Não
1
91
Sim
1
28
Sim
1
92
Sim
1
35
Não
1
93
Sim
1
36
Não
1
95
Sim
2
39
Não
1
100
Sim
1
44
Não
1
101
Sim
1
47
Sim
1
104
Não
1
48
Sim
2
108
Sim
2
49
Não
1
109
Sim
1
58
Não
1
110
Sim
1
59
Sim
1
112
Não
1
60
Não
1
113
Sim
1
61
Sim
1
114
Não
1
RESULTADO MÁXIMO = 48
Um resultado alto indica uma personalidade dominante, fria, dogmática, intolerante.
Um resultado médio indica uma personalidade vigorosa, realista, de energia suficiente para levar a
feliz termo qualquer empreendimento.
Um resultado baixo indica personalidade submissa, fraca de vontade, condescendente e pouco firme. Foge da
competição.
86
FATOR “E”
Extroversão versus Introversão
Item Nº.
4
Resp.
Não
Peso
1
Item Nº.
54
Resp.
Sim
Peso
1
15
Não
1
57
Sim
1
18
Sim
1
58
Sim
1
19
Sim
1
64
Sim
1
20
Não
1
75
Sim
1
26
Sim
1
76
Sim
1
28
Não
1
84
Sim
1
36
Sim
1
90
Não
1
37
Não
1
98
Sim
1
44
Sim
1
107
Não
1
45
Sim
1
114
Sim
1
50
Não
1
RESULTADO MÁXIMO = 23
Um resultado alto indica uma personalidade voltada para o mundo exterior ( extrovertida ). O
extrovertido é geralmente bondoso mas um tanto irresponsável e inconstante. Age com naturalidade, sempre
de bom humor, dócil mas com critérios pouco firmes. É pessoa sociável, tolerante e de sentimentos fáceis.
Um resultado baixo ( introvertido ) indica uma personalidade voltada para o mundo interior, pessoa
apegada a normas, metódica, hiper-sensível, mas sem manifestar seus sentimentos; um tanto estóico, gosta
de solidão; um pouco obstinado e intolerante dos defeitos dos outros. Geralmente é pessoa intelectual e mais
para trabalhar sozinho do que em grupos.
Para uma interpretação padronizada, consultar os resultados obtidos no grupo normativo.
FATOR INDECISÃO VERSUS DECISÃO
Resultado máximo: 114 pontos, que vem determinado pelo número de interrogações riscadas em todo
o questionário.
Um resultado muito alto indica uma personalidade indecisa, que evita de qualquer maneira se
comprometer com algo.
Um resultado nulo ou baixo indica uma personalidade definida, dentro dos fatores analisados.
QUESTIONÁRIO DE PERSONALIDADE
100
S
D
A
E
I
75
50
25
0
R=
(Livro:Métodos e Técnicas de Orientação Educacional, pp. 290-299. Godeardo Baquero. Edições Loyola)
87
ª
1.4 B - O jovem e seus valores - 2 Etapa
–
Jovem, descubra os seus valores
Objetivo: – Levar o jovem a tomar consciência dos seus valores, encará-los como dons de Deus em sua pessoa e em
sua idade e despertá-lo para saber utilizar-se das suas riquezas.
Motivação: – “Na nossa comunidade, os jovens formam parte proeminente e a eles se deve dirigir de modo especial a
evangelização. O número, as energias, os problemas dos jovens colocam em primeira linha, entre as tarefas
pastorais, a de um cuidado, quer de grupos escolhidos, quer da massa, na juventude. É dever e é interesse” –
Paulo VI ao CELAM 1.965.
O tema da evangelização e da pastoral da juventude é dos mais relevantes, tendo em vista seu número, suas
energias, seus problemas e sua importância social no presente e no futuro da Igreja, da família e da sociedade. Com
efeito, o Brasil é ainda um país com grande porcentagem de crianças e jovens, diferente de outros países, com alto
índice de limitação da natalidade. Ninguém desconhece os problemas que desafiam hoje a nossa juventude e todos
devem tomar consciência do valor da juventude que, hoje em dia, assume posição de destaque, como uma terceira
classe social, marcando sua presença no contexto da sociedade, com seus costumes, seus hábitos, sua música, etc.
Pistas para o desenvolvimento – A juventude oferece-nos indubitavelmente um conjunto de valores,
acompanhados de aspectos negativos ou contra-valores. Assim, podemos enumerar:
I – Valores Pessoais:
1.
Tomada de consciência de si mesmo, dos seus valores pessoais, artísticos, sociais e espirituais. O
jovem deseja ser ele mesmo, ser maior e assumir-se. AA 12. – Sentir-se alguém que se afirme.
2.
Tendência à personalização – ou desejo de realizar-se como gente, desejo de ser independente, sentido
acentuado da liberdade. G.S 17,4.
3.
Consciência de sua capacidade criadora, com perigo de recusar os valores existentes na tradição, sem
criticá-los.
4.
Idealismo excessivo e busca de autenticidade que os levam a desconhecer e rejeitar realidades
existentes que devem ser aceitas, que os levam a um inconformismo radical, pretendendo construir um
mundo novo, numa rejeição e ruptura total com o passado – G.S. 7, 4-9.
5.
Espontaneidade natural que os leva a novos estilos de vida, numa atitude franca contra autoritarismo,
formalismo, desprezo de formas institucionais.
6.
Aceitação do corpo como valor positivo, lazer, esporte exigidos pela sua vitalidade.
II – Valores Comunitários:
1.
Desejo de autenticidade e afirmação da sua própria identidade perante o grupo a que pertence.
2.
Sinceridade a abertura para a amizade e aceitação dos outros como eles são, embora, muitas vezes se
fechem nos grupinhos naturais, isolando-se de outros grupos e pessoas.
3.
Reconhecimento do caráter pluralista da sociedade e abertura para a construção de um mundo mais
fraterno.
4.
Desejo de assumir tarefas de participação na sua comunidade natural
III – Valores Sociais:
1.
Consciência e sentido do seu valor social, cultural e político.
2.
Ânsia da participação na vida da sociedade em que vive.
3.
Capacidade de liderança e confiança em si mesma em liderar
4.
Seriedade em enfrentar a vida e suas exigências.
5.
Sentido de progresso e otimismo social x sociedade de consumo.
6.
Capacidade artística.
7.
Espírito de trabalho e capacidade de autopromoção rápida.
8.
Sentido de classe e de sua vocação coletiva no mundo.
9.
Sentido de justiça social x inconformismo com situações injustas.
10.
Sentido de responsabilidade na sociedade e com o seu futuro.
88
IV – Valores Religiosos:
1.
2.
3.
4.
5.
6.
Busca de uma imagem verdadeira de Deus, com rejeição das falsas imagens de Deus, procurando
descobrir os autênticos valores evangélicos, enquanto outros vivem no indiferentismo.
Busca de uma mensagem concreta para sua vida cristã, criticando a difusão da mensagem cristã
abstrata que não o atinge.
Busca de uma Igreja comprometida com o que prega, em atitudes e realizações concretas, sobretudo,
na dimensão social do Evangelho, enquanto muitos se deixam levar por falsos messianismos.
Maior atenção à evangelização de presença e fermento de irradiação no meio em que vive, embora
alguns corram o risco de descompromisso com a Igreja, como realidade em suas vidas.
Sensibilidade aos valores religiosos, embora corra-se o risco de ficar apenas no aspecto sentimental.
Capacidade de liderança dos movimentos cristãos de jovens e renovação da vida da Igreja com seu
entusiasmo contagiante.
Estratégia – Além das motivações e mensagens assistemáticas e oportunas, nos grupos de jovens, podemos utilizar
a TEMPESTADE DE IDÉIAS e deixar que digam tudo, certo ou errado.
– Para vocês, quais são os valores do jovem de hoje?
– Ao lado dos valores, quais são os contra-valores, aquilo que achamos errado na vida do
jovem de hoje?
Anotar no quadro o levantamento ainda confuso.
Numa segunda fase, podemos provocar a organização dos valores e contra-valores, sistematizando
melhor as idéias.
Numa terceira fase, podemos encaminhar a canalização dos valores.
Toda pessoa sente um enorme desejo de querer o melhor, o mais organizado. Nunca se está contente
com aquilo que se tem, com aquilo que se é. Somos feitos assim, para o infinito, para o perfeito.
Procuramos descobrir os nossos valores para sermos mais, lutarmos contra a imperfeição dos contravalores, de tudo o que impede de sermos mais perfeitos. Construir-se, fazendo desenvolver as qualidades em
benefício próprio e dos outros.
–
Como fazer para que isto aconteça? – Respostas livres.
Vivência – Cristo nos conhece e nos convida a buscarmos a nossa própria identidade e desenvolvermos as
qualidades e valores depositados em nós por Deus. No Evangelho encontramos claramente uma
orientação para canalização dos nossos talentos, dos dons que Deus nos deu e que devemos fazer
render. Estes talentos devem ser descobertos, cultivados e aproveitados em benefício próprio e dos
outros. (Ler e discutir: Mt 25, 14-19).
Conclusão com um pensamento ou mensagem de filosofia de vida e oração espontânea pessoal e
comunitária.
Para presença no ambiente: sugere-se a organização de grupos de jovens do Ensino Religioso (Grujer), para
treinamento de liderança ambiental: na família, na escola, no trabalho etc, desenvolvendo e aplicando os valores dos
jovens.
Citações:
hoje.
AA. Documento do Concílio sobre o Apostolado dos Leigos, sobre a presença da Igreja no mundo de
GS. Documento sobre a Presença da Igreja no Mundo Moderno.
Puebla – Medellin a Santo Domingo – Documentos da Igreja na América Latina, com destaque especial a
chamada “OPÇÃO PELOS JOVENS”.
89
PROJETO VIDA E SAÚDE: ENCONTRO CONSIGO MESMO – 2ª Etapa
ª
2.1B - Projeto de Vida e Saúde – Quadro Sinopse - 2 Etapa
- 2.1B - DOENÇAS VENÉREAS = DSTs
NOME
Aids
O QUE CAUSA
É causada pelo HIV
(vírus da
imunodeficiência
humana). O HIV
destrói lentamente o
sistema de defesa.
Causada pela bactéria
Treponema pallidum.
Depois da Aids, é a
mais grave das DSTs,
podendo causar lesões
Sífilis(cancro em vários órgãos.
duro)
Conforme seu estágio
de evolução é
classificada em sífilis
recente (até um ano) e
sífilis tardia (com mais
de um ano).
SINTOMAS
Os primeiros são fraquezas,
emagrecimento, febre e diarréia, sem
causa aparente. O doente também
pode apresentar gânglios em todo
corpo, alterações na pele e queda de
cabelo.
Os sintomas das sífilis primária
(cancro duro) aparecem três semanas
após a relação sexual. No local onde
a bactéria penetrou - pênis, vagina,
ânus ou lábios - surge uma ferida que
dói, sem pus e com bordas duras.
Some depois de um mês, mas a
infecção continua. Um mês após o
cancro sumir, surgem os sintomas da
sífilis secundária: erupções vermelhas
no tronco, membros, mãos, pés, e nas
mucosas da boca e dos genitais. O
cabelo pode cair. A pessoa tem febre
baixa, indisposição e ínguas. Durante
meses, as erupções se repetem, até
desaparecerem. A doença pode
chegar ao seu estágio mais grave
(sífilis latente).
COMPLICAÇÕES
A infecção progride lentamente e vai
destruindo o sistema de defesa do
corpo. A pessoa ficará exposta a
doenças chamadas oportunistas,
que podem levar à morte.
Além dos graves problemas da sífilis
terciária e da sífilis congênita, a
presença de feridas nos genitais,
como o cancro duro, multiplica a
possibilidade de contaminação pelo
vírus da Aids durante a relação
sexual.
Na maioria dos homens, a doença se
manifesta entre dois a cinco dias após
a relação sexual. O sinal é um
Causada pela bactéria
corrimento amarelado na uretra (canal
Neisseria gonorrhoeae.
da urina), que arde quando a pessoa
É uma das DSTs mais
urina. Apenas 40% das mulheres
comum.
infectadas apresentam sintomas,
como corrimento na vagina ou uretra
e ardência ao urinar.
A doença pode se tornar crônica.
Nas mulheres, as trompas e ovários
poderão se inflamar, provocando
dores no abdome, febre e mal-estar.
A mulher pode ficar estéril. No
homem, a inflamação pode estreitar
o canal da urina, provocando dor ao
urinar. A próstata e os testículos
também poderão ser atingidos,
provocando dor, inflamação e
também esterilidade.
Os sintomas aparecem de uma a três
semanas após o contato sexual. No
homem, surge um corrimento claro,
A maioria dessas
em pequena quantidade, que pode
infecções, que atacam
ser melhor percebido de manhã, pois
o canal da urina, são
Uretrites nãose acumula durante a noite. A
causados pela bactéria
gonocócicas
ardência ao urinar é discreta e, em
Chamydia trachomatis,
muitos homens, não há qualquer
conhecida como
sintonia. Na maioria das mulheres, a
clamídia.
infecção ocorre no colo do útero e não
provoca nenhum sintoma. Pode haver
um corrimento vaginal claro.
As complicações são semelhantes
às da gonorréia. Aumenta a
possibilidade de se contrair o vírus
da Aids. Além disso, se a mulher
com uretrite ou cervicite por clamídia
estiver grávida, há o risco de ocorrer
aborto ou parto prematuro.
Gonorréia
(Uretrite
gonocócica)
90
Cancro mole
Causado pela bactéria
Haemophilus ducreyi.
Condiloma
acuminado
Causado pelo vírus do
grupo Papovavírus. O
Condiloma Acuminado
também é conhecido
como "crista-de-galo" e
verruga venérea.
Na maior parte dos
casos é causado pelo
Herpes vírus hominis
tipo 2. Os demais são
Herpes genital causados pelo vírus do
tipo 1, também
responsável pela
maioria dos casos de
herpes labial.
Corrimentos
vaginais
Um dos mais comuns
é causado pelo
protozoário
Trichomonas vaginalis.
Dois a três dias após o contato sexual
com a pessoa infectada aparecem
pequenas feridas arredondadas,
muito dolorosas, recobertas por pus
amarelo e mole. Uma semana depois,
surge uma íngua avermelhada e
dolorosa na virilha. Com o tempo, o
conteúdo da íngua amolece e vaza.
Nas mulheres, o cancro mole se
localiza na vulva, na vagina e no colo
do útero. Nos homens, a localização
mais freqüente é na glande (cabeça
do pênis). Também podem atingir o
ânus e reto dos homens e mulheres
que costumam ter relação anal,
provocando dor, sangramento e
dificuldade para evacuar.
Algumas semanas ou até meses após
a relação sexual, surgem pequenas
verrugas róseas ou acinzentadas,
moles e úmidas, que vão crescendo e
se juntando, adquirindo o aspecto de
uma couve-flor. No homem, a
localização mais comum é a glande
(cabeça do pênis). Na mulher, é a
vulva, podendo penetrar na vagina.
Em homens e mulheres que tenham
relações anais, o condiloma pode
aparecer no ânus ou em volta dele.
Cerca de três a dez dias após a
contaminação, surgem nos órgãos
genitais ou no ânus inúmeras
vesículas (bolhinhas) agrupadas em
um cacho de uvas que rapidamente
se rompem, transformando-se em
pequenas feridas dolorosas, que
desaparecem espontaneamente em
um período de sete a dez dias. Em
muitas pessoas, o herpes reaparece
periodicamente.
Aparece um corrimento malcheiroso
de cor amarelo-esverdeado ou
branco-amarelado. Inflamação na
vulva e na vagina, coceira, dor
durante a relação sexual e
dificuldades ao urinar.
Enquanto não são tratadas, as
feridas crescem em número e
aumentam de tamanho, vazando
pus. Com tratamento adequado, as
feridas se curam com rapidez, mas
sempre deixam cicatriz. A presença
de feridas genitais facilitam a
penetração do HIV, aumentando a
chance de contaminação.
Quanto maior a demora para iniciar
o tratamento, mais extensas serão
as lesões. Gestantes com a doença
podem dar a luz a crianças com
verrugas na garganta. O maior
perigo é a possibilidade de, com o
tempo, favorecer o aparecimento do
câncer.
As grávidas com herpes genital
podem ter de realizar cesariana, pois
se a mãe estiver com lesões no
momento do parto, pode infectar a
criança. Feridas nos órgãos genitais,
como as do herpes aumentam a
possibilidade de transmissão do
vírus da Aids.
Aumenta a possibilidade de
contaminação pelo HIV.
Adolescentes não procuram tratamento
(Publicação do Hospital Estadual Ipiranga)
91
ª
2.2B Roteiro do Vídeo sobre “AIDS” – SIDA - 2 Etapa
1. Figura humanista – Homem e proporção áurea de Leonardo Da Vinci (reconstrução das proporções
humanas, de acordo com Vitruvius :1487-1490).
Origem. Em contraste com a visão grandiosa do ser humano, medida de tudo, surge o desafio moderno da
Aids. A Aids apareceu em 1.981, nos Estados Unidos. Seu nome – Síndrome da Imunodeficiência Adquirida –
tem como causador um vírus – HIV – que tira as defesas do organismo, expondo-o às doenças oportunistas.
Explicação do funcionamento do sistema imunológico ou imunitário com os linfócitos T auxiliar e os linfócitos B
e anticorpos.
2. Aids estigma. A aids ainda é vista como estigma, seguida de preconceitos e exige mudanças de mentalidade
e atitudes. Ela é um confronto perante a vida, a sociedade e a morte. É um desafio para o mundo moderno
em todos os sentidos, mas nos leva também ao despertar da esperança na defesa e cuidado da vida.
3. Portadores e infectados. Por que uns se contaminam com o vírus e outros não? Tudo se deve à debilidade
do organismo pelo fumo, álcool, drogas, desnutrição, cansaço, “stress”, infecções constantes. A melhor defesa
da vida é o cuidado pela saúde do organismo.
4. Sintomas típicos. Valem os citados abaixo, quando associados em três ou quatro e relacionados com a
história de risco do paciente:
a . – perda de peso sem motivos justificáveis;
b . – febre intermitente com suores noturnos e calafrios;
c . – fadiga inexplicada;
d . – depressão e crises psicológicas;
e . – diarréia persistente por mais de uma semana;
f . – inchamento dos gânglios nas axilas, virilhas e pescoço;
g . – manchas arroxeadas na língua, na pele, herpes;
h . – perda de memória.
Obs. Como em tudo na vida, aqui vale o princípio: é melhor prevenir do que remediar, evitar comportamentos
de risco, cuidar da saúde com exames periódicos, em vez de esperar sintomas de infecção consumada.
5. Formas ou retas de transmissão:
a . – a via da gestação de mãe para filho, embora nem sempre aconteça;
b . – transfusão de sangue contaminado, no caso dos hemofílicos;
c . – uso de seringas contaminadas e materiais sanguíneos, sobretudo na utilização de drogas injetáveis entre
viciados;
d . – relações sexuais com espermas, secreções vaginais e cervicais contaminados.
6. Situações de risco. Grupos de risco, comportamentos de risco, muitos parceiros, promiscuidade sexual e
com drogados. São riscos evitáveis com mudança no estilo de vida, diálogo, zelo pela vida.
7. Discriminação. Ela é anônima e covarde. No início se dizia, doença dos 3 hhs. = hemofílicos, homossexuais
e heroinianos. Esta visão preconceituosa da doença facilitou a contaminação que gerou a epidemia. Hoje
diminui aceleradamente a proporção entre homens e mulheres contaminados, resultado dos comportamentos
de risco. Cientificamente, a Aids não mata, matam as doenças oportunistas num corpo sem defesas.
8. Prevenção. Mudança de estilo e comportamentos de vida;
– vida sexual regular, sem multiplicar parceiros, evitando a promiscuidade;
– orientação médica criteriosa e exames médicos pré-nupciais e pré-natais;
– testes de sangue nas transfusões, reciclagem do pessoal médico.
9. Esterilização e desinfecção de materiais hospitalares:
– esterilização a vapor, a calor seco e a fervura;
– esterilização em imersão química: cloro, hipoclorito de cloro e cálcio, cloramina, água oxigenada,
desinfetantes comuns.
10. Esperanças e tratamento. Progressos médicos, pesquisas em vacinas, AZT e coquetel anti-Aids e efeitos
colaterais. Não basta matar o vírus, mas evitar complicar a vida do doente. Busca de outras fontes e
experiências.
11. Educação escolar e campanhas. Evitar paranóia, pânico, desinformação, educação sexual sobre DST e
Aids, evitar campanhas mal veiculadas e preconceituosas, organizar campanhas sistemáticas para vários
tipos de pessoas e permanentes. Atitudes humanas, solidárias positivas x clandestinidade, discriminação e
preconceitos.(Síntese do Prof. Pe. Edísio Silva.Também pode ser usado o Vídeo:AIDS – UM ALERTA À
VIDA- PAULINAS.
92
B
ª
2.3 – PROJETO VIDA E SAÚDE – 2 Etapa 1. O que é AIDS-SIDA
É uma grave alteração da defesa imunitária do organismo causada pelo vírus HIV
(Imunodeficiência Humana). A sigla AIDS significa: Síndrome da Imunodeficiência
Adquirida.
Como conseqüência da queda de defesa natural, o organismo fica propenso ao ataque de uma infinidade de vírus,
bactérias, etc..., ocasionando graves infecções.
2.O que acontece com uma pessoa portadora do vírus HIV
De todas as pessoas que entram em contato com o vírus, somente algumas desenvolverão a doença. Muitas
continuarão com o vírus, sem ficar doentes, mas poderão passar o vírus para outras pessoas.
3. Só se pega o vírus da AIDS nos seguintes casos:
a) relação sexual de qualquer tipo, com homem ou mulher, portador do vírus HIV
b) transfusão de sangue contaminado
c) uso comum de seringa para injetar drogas
d) uso de materiais contaminados pelo vírus HIV
e) a mãe portadora pode transmitir o vírus HIV ao filho durante a gestação, no momento do parto ou
pelo leite materno.
4. Como se proteger do contágio?
Quanto maior o número de parceiros sexuais, maior a chance de encontrar um portador do vírus.(ver nota do autor
abaixo)
O uso da mesma seringa entre os drogados facilita a transmissão do vírus de um para o outro...
Pessoas, que convivem com portadores do vírus, devem evitar o uso do mesmo aparelho de gilete, alicate de
unha, escova de dente, a não ser que se desinfete estes objetos antes de utilizá-los.
5. Como não ocorre o contágio?
Não se pega AIDS através do ar que se respira, nem pelo contato social do dia a dia, isto é, não se pega AIDS com
aperto de mão; num abraço; bebendo no mesmo copo; usando o mesmo banheiro; vivendo no mesmo ambiente; por
picada de insetos, etc.
6. Como se manifesta a doença?
Os sintomas da AIDS podem aparecer em várias outras doenças. Por isso, somente o médico é capaz de dizer com
segurança, se os sintomas são por causa da AIDS ou não.
93
7. Como comportar-se com uma pessoa com AIDS?
O medo da AIDS não deve nos tirar um sentimento tão importante quanto a solidariedade. Como você viu, é possível
superar este problema.” A AIDS não é imoral – nem crime – nem castigo. É uma doença para a qual ainda não existe
cura, somente prevenção”. Conhecer a gravidade e a extensão da doença é dever de todos.
As más informações e o sensacionalismo podem gerar pânico. Não deixe que a AIDS destrua a sua vida.
PREVINA-SE.
8. Formas de transmissão
Relação sexual com desconhecido, mesmo com aparência saudável, pode ser muito perigoso.
Vírus se transmite em cadeia. Mesmo conhecendo bem o último parceiro, quem garante a saúde do primeiro?
A droga é um perigo por si só, por que aumentar o risco utilizando a mesma seringa?
O vírus HIV pode ser transmitido ao feto durante a gestação, durante o parto e no aleitamento materno.
(Folder da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo – Grupo de Prevenção Henfil).
Nota do autor: Lamentamos a miopia das campanhas governamentais de prevenção, que se concentram quase
exclusivamente no uso de preservativos e seringas descartáveis e não destacam, nem insistem nos valores
humanos, religiosos, morais e na cidadania responsável também neste aspecto. São campanhas parciais,
educacionalmente insuficientes, cientificamente não são totalmente seguras, usando o método do imediatismo e a
lei do menor esforço, não contribuindo para a educação integral das pessoas e a formação da opinião pública,
numa visão mais abrangente. Remeto aos leitores os Livros AIDS e DROGAS, do Pe. P. E. Charbonneau –
Edições Paulinas - para um maior aprofundamento deste aspecto educacional e formativo.
94
2.4B – VÍDEO DIREITO DE VIVER – 16 minutos- 3ª Etapa - Aprofundamento
O aborto mata ou não mata uma vida humana?
Fatos: Célia – 21 semanas = 4,5 meses. Mães matam nesse tempo. Susana – 21 semanas.
Ambas são normais. Marcos – 18 semanas, criança normal. Muitos países autorizam aborto nesse período.
Viabilidade do feto – até 1940 era de 30 semanas
Hoje é de 20 semanas.
No futuro será de 10 semanas.
Fetos de 11, 12, 14 semanas já têm todos os sistemas formados e funcionando. Com 12 semanas já têm impressões
digitais, sentem dor, luz, calor, barulho, pegam objetos. Com 8 semanas batem o coração. Com 6 semanas, cada
célula têm os 46 cromossomos e começam movimentos.
Fica a pergunta: Quando começa a vida humana?
Alguns dizem após 41 dias, outros distinguem início da vida e início da personalidade humana, com
consciência e amor experimentados. São critérios arriscados.
Vídeo Aborto – 12 minutos
Modalidades de aborto:
1. Sucção semelhante a aspirador potente.
2. Dilaceração com tubo plástico e lâmina na ponta seguida de sucção. No começo da gestação se chama
extração menstrual.
3. Envenenamento por injeção, esfolando e matando o bebê, como se fosse uma bomba.
A
Prática nos EUA até 10 semana.
4. Cesariana abortiva aos 18-24 semanas. Objeto de lixo.
Conseqüências do aborto:
1. Hemorragias graves em 5%dos casos.
2. Perfuração do útero, com peritonite, em 25%dos casos.
3. Infecções, com seus efeitos.
4. Esterilidade possível.
5. Traumas psíquicos por toda vida.
6. Danos ao colo do útero, provocando bebês prematuros.
Reflexão: Valor da vida em qualquer idade. Experiências nazistas. Melhorar condições de vida x materialismo
consumista e hedonismo.
Vídeo em nome da vida – 10 minutos
1. Diário de um bebê.
2. Miséria justifica aborto?
Consumismo materialista hedonista como única finalidade da vida.
Malthusianismo desmentido pelo desenvolvimento e abundância de alimentos x egoísmo humano nacional.
Milhões de abortos, muitos clandestinos.
Mulher emancipada e movimento das feministas em fazer do corpo o que quiserem.
3. Fatos de mães solteiras:
-Mãe solteira desesperada.
-Mãe obrigada a escolher entre o pai abortador e a filha por nascer.
-Mãe abandonada pela família no interior, obrigada a ir viver na grande cidade com seus dramas.
4. Nascimento e suas alegrias na família.
5. Hipocrisia social: Movimento em defesa dos animais, da natureza e dos mais fracos, e insensibilidade perante
os inocentes indefesos.
O grito silencioso
1. Médico explica a nova ciência – fetologia.
2. Exame de ultra-sonografia.
3. Feto = outro ser evolução, diferente da mãe.
4. Aborto e aborteiros: processo e instrumentos de morte.
5. Conversão de médico aborteiro e de moça da câmera feminista.
95
6. Filme da matança e grito silencioso.
7. Estatísticas de 1963 = 100.000 abortos; 1973 = 750.000. Daí em diante sempre mais de um milhão anuais.
8. Indústria do aborto x restos fetais humanos.
9. Conseqüências funestas para a saúde da mulher.
10. Processo sistemático de enganar as mulheres.
11. Comentários éticos sobre a ciência desviada das suas verdadeiras finalidades e o aborto e em defesa da vida.
( Síntese do Prof. Pe. Edísio Silva)
2.5B - AME A VIDA POR MIM – Texto motivador do Vídeo “THE SILENT SCREAM=O GRITO SILENCIOSO”,
produzido por equipe de médicos especialistas no assunto..
Se me envenenarem, não morrerei?
Os fetos são tão ou mais susceptíveis ao envenenamento do que o restante da população. As mesmas
substâncias químicas que causam um sem número de problemas para os adultos que vivem nas grandes cidades,
especialmente nas em que não há bons programas de controle de poluição ambiental, chegando ao feto através do
corpo da gestante,lhe são igualmente ou mais danosos. Sem falar no fumo, que pode prejudicar o feto mais do que à
própria gestante.
Se me agredirem, não revidarei?
Infelizmente, grande parte das pessoas são propensas a pensar que um feto pode ser abortado sem maiores
conseqüências para a mãe ou sua futura descendência.Isto é um engano lamentável.O aborto encerra riscos que não
puderam ser ainda avaliados corretamente, nem pela comunidade médica, quanto menos pela opinião pública.
Não se sabe, por exemplo, quantas mães morrem de aborto, simplesmente porque a grande maioria das gestantes
que morrem por aborto não morrem diretamente na mesa do aborto, mas algum tempo depois e nem o jornal ou as
pessoas conhecidas ficam sabendo que foi por aborto.
Mesmo quando feito pelas mãos de um médico treinado, o aborto é um operação de risco, que não tem
semelhança nenhuma nem com um parto,nem com um aborto natural, ao contrário do que possa parecer à primeira
vista. Durante um parto os médicos simplesmente se encarregam se ajudar a natureza, que é quem realmente faz
com que a criança nasça, quando chega a sua hora. O aborto espontâneo ocorre, em geral, quando a natureza
expulsa uma criança já morta de dentro do útero.Ao contrário,não estando previsto que o feto devesse ser expulso,
ela se lhes opõe, tornando o aborto na realidade um ato de violência contra o corpo da gestante. A criança, o mais
comumente, tem que ser retalhada em pedaços dentro do próprio útero e tirada de lá à força.E é isto o que provoca
uma série de complicações.
Para mostrar como de fato isto acontece, colocamos aqui o resultado de um estudo feito em 1971, num hospital de
uma faculdade de Medicina da Inglaterra, onde o aborto é legalizado. De 1182 pacientes em que foram praticados
abortos no próprio hospital, 17% perderam mais do que 500 mililitros de sangue, 9,5% necessitaram de transfusões
de sangue depois do aborto, em 4% ocorreram lesões cervicais e, em mais de 1%, o útero foi perfurado. Seis vezes
foi necessário em emergência abrir toda a barriga da gestante. 27%, isto é, mais de uma em cada 4 pacientes de
aborto tiveram febre alta de mais 38 graus durante 24 horas. Isto mostra que, mesmo quando praticado em um
hospital devidamente especializado e equipado,o aborto não é uma operação simples e não sujeita a complicações
sérias, como costuma ser pensado.
Mas o que é mais inquietante nestes dados é que uma em 4 pacientes, mesmo sendo o aborto feito por médicos
treinados,tiveram complicações depois do aborto devido a infecções pós-aborto, que são uma das principais causas
das mortes por aborto.Mais significativo ainda é que algumas das complicações mais sérias ocorreram com os
cirurgiões mais antigos e experientes.
Neste hospital, que era de uma faculdade de Medicina, estas complicações eram tratadas rotineiramente.Porém,
mesmo nos países onde o aborto é legalizado, as clínicas particulares de aborto quase nunca possuem serviço de
transfusão de sangue, quase nunca fazem exames completos antes do aborto, dificilmente mantêm registros corretos,
raramente existe acompanhamento das pacientes após o aborto,( a gestante saindo de lá fica por conta própria), nem
sempre os médicos têm a devida preparação, freqüentemente não são nem mesmo cirurgiões, as gestantes são
mandadas embora para casa logo após o aborto, e mesmo se fazendo ali barbaridades tais que seriam facilmente
puníveis em qualquer clínica ou hospital que não fosse de aborto, quase nunca a Justiça ou os Conselhos de
Medicina punem os culpados.Isto é o que há para se dizer quanto ao andamento rotineiro destas clínicas.Porém
também são freqüentes outras irregularidades tais como a gestante voltar lá com hemorragia e ela ser convencida que
se trata de algo normal após o aborto, só se vindo a perceber a gravidade exata do problema quando já é demasiado
tarde, deixar-se por negligência pedaços de criança dentro do útero e outras assim. Aparte estes, existem ainda
outros danos que podem ser acarretados por um aborto. Um deles provém do fato que a maternidade é uma função
que pertence à própria natureza da mulher, não só do ponto de vista biológico, como também do ponto de vista
psicológico e moral.
96
Projeto Liberdade e Libertação- Encontro consigo mesmo – 2ª Etapa
3.1B - UM PARAÍSO FICTÍCIO: OS TÓXICOS
AMBIENTAÇÃO
Os tóxicos se transformaram num pesadelo para muitas nações. “Hoje, o grande problema nos
Estados Unidos é a droga. É um problema que cresce e se multiplica. O número de pessoas detidas cresce
cada vez mais. Mas, o mais grave é que a maioria dos “experimentadores” são rapazes de 16 a 18 anos. Com
o uso freqüente surgem mais pesadelos.”. (Emiliano Salices, Fiscal Geral do Estado da Flórida, EUA).
Por quê?
Os fatos estão aí para quem quiser vê-los. A juventude sente interesse e atração pelos tóxicos. Os jornais falam
freqüentemente da descoberta de depósitos clandestinos e do tráfico de drogas. A polícia prende jovens que usam
tóxicos. A droga se transforma em “notícia”. E cria, ao mesmo tempo, a curiosidade de experimentar aquilo que é
proibido. É importante e urgente que se conheçam os efeitos e as conseqüências do uso de tóxicos.
1. Ponto de partida
-
-
-
Em cada quatro pessoas, uma faz uso de tóxicos. Isto significa que estas pessoas chegam a um
bilhão em todo o mundo.
Os tóxicos como problema, como preocupação, em escala nacional e mundial, têm sua causa
imediata na sociedade opulenta ou “sociedade de consumo”, onde existe um alto nível econômico.
Neste tipo de sociedade muitos bens que se possuem são desnecessários, e necessidades
artificiais são criadas pela propaganda das grandes empresas industriais e comerciais. Tudo isso,
em prejuízo de outros valores muito mais importantes.
Que tipo de sociedade é esta, que não despertou nos jovens o sonho de um futuro, mas sim a
destruição no momento presente? Que sociedade é esta, que conscientemente caminha para a
destruição de sua própria razão de existir?
Para compreender tudo isto, também é preciso ter presente que os viciados procedem quase
sempre de famílias desunidas, separadas ou por demais fechadas em si mesmas; ou então estes
jovens possuem pais conformistas, contra os quais reagem desta maneira.
2. O que se procura através dos tóxicos?
-
-
-
-
O viciado é incapaz de enfrentar o desafio da vida. O viciado tem uma “personalidade doente”. Pela
dependência que causa, a droga se transforma num verdadeiro monstro, cujas vítimas preferidas
têm sido os jovens. Eles devem refletir antes de “puxar um fumo” ou tomar um primeiro “pico”.
Homero, no décimo canto da Odisséia, fala do “fármacon nefentés”, que é capaz de afugentar a
cólera e a tristeza do coração, e produz o esquecimento de todos os males. Isto poderia ser, hoje,
identificado com a droga... Os homens sempre souberam que através de drogas poderiam fugir do
mundo real...
Muitos psicólogos reconhecem que o problema dos estudantes de hoje é “ um sentimento de
apatia, de tédio, de vida sem sentido e de infelicidade crônica”. Para jovens que se encontram
neste estado psicológico, a maconha é um símbolo. “O estudante compreende que o uso da droga
choca seus pais e agride sua autoridade. Por isso fez dela uma bandeira, um desafio aos adultos e
um potente catalisador para aprofundar o abismo entre as gerações” (S. Chini).
Os viciados buscam na droga uma verdadeira fuga da realidade de todos os dias: uma “expansão
do espírito”, ou como eles dizem, “uma viagem”, “uma curtição legal” em busca da felicidade num
outro mundo..
3. Alguns fatos
Há, porém, vários problemas pelos quais a juventude passa. Sejam eles sociais, afetivos, familiares,
estudantis ou financeiros. Existe também um problema bastante preocupante, não só entre os adolescentes e os pais,
mas também entre a sociedade: os tóxicos.
Vários são os motivos que levam o jovem a consumir drogas. Eles podem ser familiares. Por exemplo: um
filho de dezesseis anos pede ao seu pai para ir com os amigos à uma danceteria. O pai não deixa porque quer que o
97
filho seja um bom estudante e aluno como o velho foi no passado. Inconformado, o filho sai de casa e começa a se
relacionar com pessoas estranhas que lhe oferecem um pacotinho contendo cocaína. Ele aceita e embarca no
grotesco paraíso das drogas químicas.
O jovem, quando consome drogas, acha que está livre do sofrimento que teve durante o passado. Dias depois
de sua primeira experiência, ele começa a se tornar fisicamente dependente dos tóxicos. Então ele passa a consumir
variados tipos, como heroína, maconha, tranqüilizantes e crack. Quando o usuário fica uma semana sem tomar
nenhum tipo de droga, ele passa a sentir aquilo que é chamado de crise de abstinência. Os sintomas são: calafrios
fortes, vômitos, diarréias, febre e até uma parada cardíaca.
Não é nada fácil o jovem se recuperar totalmente dos terríveis problemas causados pelos tóxicos. São
precisos meses de tratamento psiquiátrico até que o usuário fique totalmente sóbrio e saudável, além de reintegrar-se
à sociedade. Se o adolescente continuar usando drogas, as conseqüências serão mortais para o futuro. Existem
pessoas que, embora tenham se livrado do poder maligno das drogas, ainda carregam seqüelas pelo resto da vida,
como o letal vírus HIV da AIDS, contraído através de agulhas e seringas contaminadas, junto com as drogas
injetáveis, e a rejeição pela sociedade.
O jovem precisa estar consciente de suas decisões, pensar duas vezes antes de aceitar qualquer coisa de
pessoas desconhecidas. Pois se não pensar, o adolescente estará assinando um passaporte para as trevas e,
praticamente, só de ida.
4. Classificação dos tóxicos
-
-
O professor Lewin dividiu as drogas em 5 grupos, segundo seus efeitos: EUFÓRICOS: ópio e seus derivados:
morfina, heroína, codeína, clorodina, enkodal. A coca e seus derivados: a cocaína; ALUCINÓGENOS: peytol,
mescalina, cânhamo indiano, a psilocibina e as solanáceas; incluem-se aqui o L.S.D. e o S.T.P.; SUBSTÂCIAS
EMBRIAGANTES: álcool, benzina, clorofórmio, éter; NARCÓTICOS: cloral, veronal, bromuretos, kawa-kawa e os
tranqüilizantes modernos; EXCITANTES: café, cafeína, chá, mate, betel, kat, cânfora e cola; atualmente, as
anfetaminas.
Plantas das quais se extraem as drogas: cânhamo indiano (maconha e haxixe); papoula (ópio); a coca do Peru
(cocaína e derivados); o cactus Peytol.
O L.S.D. produz alterações no comportamento dos animais: o gato se aterroriza diante de um rato; a carpa passa
a nadar na superfície da água, e não no fundo; o macaco entra em pânico. Nos jovens, essa droga
freqüentemente produz a sensação de serem “todo-poderosos”.
Atividades
1.A sociedade de consumo, que persegue ferozmente o lucro por todos os meios, empregando os melhores
recursos técnicos e científicos, não é um forma legalizada de fuga, de alienação, de embriaguês e de
intoxicação?
2.Na sua opinião, quais são as causas do consumo de tóxicos pelos jovens do seu meio social?
3.Acreditamos ou não que fomos libertados por Cristo do mal, do conflito,da solidão? Será possível acreditar
que a salvação esteja em sonhos que duram 6 a 8 horas? Que espécie de salvação é esta>
OBSERVAÇÃO: este tema deve ser cuidadosamente preparado pelo educador, para que não tenha efeitos
contraproducentes. Nos casos de jovens que fazem uso de tóxicos, recorra-se às conversas individuais e à ajuda de
especialistas no assunto.
(Temas de Juventude-Fascículo l, p 27-28 – Sono-Viso.Rio de Janeiro)
PENSE NISSO: O DRAMA DE UM APAIXONADO
“Quando a conheci, eu tinha 16 anos, ela, nem sei...fomos apresentados numa festa por um carinha que se dizia meu
amigo.Acredite, foi amor à minha vista.
Ela me enlouquecia e nosso amor acendeu a ponto que eu já não podia viver sem ela. Mas era um amor
proibido,meus pais não aceitavam. Eu fui até repreendido na escola. Passamos a nos encontrar às escondidas, até
que não deu mais. Fiquei louco, eu a queria e não a tinha, eu a amava, desejava.Cheguei a bater o carro, quebrei
tudo dentro de casa, quase matei minha família. Estava louco, precisava dela, não podia viver sem ela.
Hoje, tenho 19 anos, estou internado num hospital, sou um inútil, vou morrer. Fui abandonado pelos meus pais e
por ela. Ela que foi minha vida e minha destruição. Eu sei que devo tudo a ela: o meu desespero, a minha vida e a
minha morte. O nome dela? COCAÍNA!!! “. Machado.
98
3.2B – DROGAS: SKUNK E SEUS EFEITOS SOBRE O ORGANISMO
Skunk invade o país e engana a polícia
Só foi feita uma apreensão oficial; Conselho de Entorpecentes diz que semelhança com maconha „camufla‟
novo tóxico
PAULO FERRAZ
Reportagem local (SP)
O skunk, “supermaconha” criada em laboratório, está invadindo as principais capitais brasileiras. Oficialmente,
apenas uma apreensão da droga foi registrada em todo o país. Mas, por ser muito parecida, a polícia acredita que já
possa ter apreendido grandes quantidades de skunk e registrado a droga como maconha comum, a exemplo do que
ocorreu com as primeiras apreensões de crack, registradas como cocaína.
Segundo usuários paulistanos da droga, o skunk pode ser encontrado com os traficantes de maconha. Os
principais pontos de consumo em São Paulo seriam os bares e boates das regiões de Pinheiros e Jardins (Zona
Oeste). No Rio, os locais onde se concentra o tráfico são as boates de Copacabana e o calçadão da Barra da Tijuca.
Em São Paulo, o skunk é chamado também de Mike Tyson, por sua potência. A concentração de THC
(tetrahidrocannabinol), seu princípio ativo, chega a 28%, enquanto a maconha não passa de 4%. (Ler texto a seguir).
Segundo Ruy De Mathis, 41, psicoterapeuta de adolescentes e membro do Conselho estadual de
Entorpecentes o fato de a polícia só ter feito uma apreensão oficial no último dia 7 de outubro, é explicado pela grande
semelhança entre o skunk e a maconha.
“Quando a polícia faz as apreensões, coloca tudo como maconha, pela semelhança. Para diferenciar as
drogas, seriam necessários exames de laboratório para saber a concentração de THC e de outros princípios”, diz.
Só no primeiro semestre deste ano, Mathis foi procurado por dez novos pacientes, já viciados em skunk, em
busca de tratamento.
Segundo Mathis, seus clientes contam que o skunk é encontrado com facilidade e seu preço é pouco superior
ao da maconha. A droga estaria sendo vendida em São Paulo por US$ 12,5 o grama.
Droga nasceu em laboratório
O skunk é uma “supermaconha” híbrida, conseguida em laboratório através do cruzamento de vários tipos de
maconha vindos de diversas regiões, particularmente do Egito, Afeganistão e Marrocos. A “supermaconha” teria
surgido na Holanda em 1990.
Atualmente, a droga é cultivada em estufa através do sistema hidropônico, com alto teor de umidade, alta
temperatura e luz intensa, obtida por lâmpadas de halogênio. No sistema de hidroponia, o cultivo de vegetais é feito
sem a utilização de terra. As sementes ficam expostas apenas a uma corrente de água misturada com produtos
químicos necessários ao crescimento da planta.
Gambá
O resultado, obtido através de moderna técnica de engenharia genética vegetal, é uma planta de 30
centímetros de altura (contra 1,80 metro da maconha comum), com folhas de um verde mais escuro e com uma
concentração de 28%THC ( tetrahidrocannabinol). Na maconha, o índice de concentração é de 4%, sete vezes menor.
O nome skunk, que significa gambá em inglês, surgiu por causa do cheiro da droga, bem mais forte que o da
maconha.
O tempo de início de produção da “supermaconha” também foi reduzido em relação ao da maconha. A nova
planta começa a produzir com apenas 30 dias de cultivo, enquanto um pé de maconha comum só começa a produzir
depois de oito meses. Além dessas características, todas as 421 substâncias ativas da maconha comum são
potencializadas no skunk.
(Paulo Ferraz)
Prejuízo ao corpo é maior que o da maconha
Psicoterapeuta diz que skunk causa forte paranóia e que usuários são de classe média e têm entre 18 e 30
anos.
99
OS EFEITOS DO SKUNK
Sobre o sistema nervoso
central




Sobre o sistema imunológico

Sensação de: Prazer,
Euforia
Angústia e Depressão
Agitação psicomotora
Alteração na noção de
espaço e tempo

Sobre o sistema endócrino

Sobre os pulmões
 Riscos de enfisema e
câncer
Sobre o coração e vasos
 Aumento dos
batimentos
 Vasodilatação
 Queda de pressão
arterial




Diminuição da produção de
testosterona
Prejuízos ao crescimento e
à puberdade
Diminuição da produção de
esperma
Alteração do ciclo
menstrual feminino
Diminui a lactação materna
Sobre o filho de uma dependente




Sobre o comportamento

Alteração no número e
funções das células
linfócitas T e B
Possibilidade de queda nas
defesas imunológicas
Varia da inércia a
agitação total
Aumenta a irritabilidade
Provoca tremores
Diminui peso e tamanho
Pode provocar
dependência
O skunk deve provocar sete vezes mais prejuízos ao organismo que a maconha. Esta é a opinião do
psicoterapeuta Ruy De Mathis, especialista no tratamento de dependentes de droga. “Como o skunk tem sete
vezes mais THC que a maconha, pelo menos teoricamente deve provocar sete vezes mais estragos”, diz. Segundo
Mathis, um dos efeitos do skunk é a indução a uma forte paranóia.
Os efeitos da droga ainda são desconhecidos, segundo o delegado Alberto Corazza, 54, da Divisão de
Prevenção e Educação da Denarc (Departamento Estadual de Investigações sobre Narcotráficos). “Ainda não
temos condições de falar com certeza sobre conseqüências a longo prazo”, diz.
Segundo Mathis, os principais consumidores de skunk seriam: jovens da classe média, entre 18 a 30 anos e
ex-usuários de maconha. O psicoterapeuta foi procurado por dez novos viciados em skunk no primeiro semestre
deste ano. Todos ex-usuários de maconha, dizem ter escolhido a droga por dois motivos básicos. O primeiro é
que o skunk não oferece risco de overdose. Depois, vem a insatisfação com os efeitos da maconha, considerados
fracos.
A Folha entrevistou três dependentes da droga. Eles não quiseram ser identificados. ”Maconha não dava mais
barato, eu era obrigado a fumar muito”, diz um deles Outro entrevistado afirmou que ficou assustado nas primeiras
experiências. “A princípio, a sensação é de muita paz. Quando começa a passar o efeito, a gente fica muito
agitado. Nas primeiras vezes, dá muito medo”, diz.
O último entrevistado afirma que quase abandonou o skunk em sua experiência. “O coração ficou
estupidamente acelerado. Achei que ia morrer, afirmou. Ele voltou a fumar skunk e acabou viciado na nova droga
em menos de um mês.
Composição e Concentração
421
15
70%
Substânc
ias
ativas
Grupos
químicos
De THC(
tetrahidrocann
abinol)
(Folha de São Paulo-7.12.1998)
Diferenças Básicas
Tempo de
produção
Conc. de THC
Maconha 1,80m
8 meses
4%
Skunk 30 cm
1 mês
28%
Altura da planta
100
3.3B – Devastação do crack já atinge a classe média
(O Estado de S.Paulo, 3 de julho de 1994)
Dados mostram que cada vez mais jovens se tornam dependentes e chegam até ao crime
Ronaldo Albanese
É a pior viagem. Quem entende do assunto diz que mesmo a heroína, considerada a droga mais forte, não tem
um efeito tão maléfico quanto o crack. Nem por isso a terrível mistura de pasta de cocaína pura com bicarbonato de
sódio, endurecida como uma pedra e fumada em cachimbos especiais, deixou de se alastrar no “mercado”. E, pior, a
cada dia ganha espaço entre as drogas mais consumidas, não importa o saldo bancário de quem é seduzido pelos
seus aparentes encantos.
De acordo com o relatório anual do Departamento Estadual de Investigações sobre Narcóticos (Denarc), 43% dos
dependentes de drogas na Grande São Paulo em 1.993 usavam crack. O restante se dividiu entre maconha, cocaína,
álcool e cola. “Um índice bastante significativo para uma droga que chegou aqui há menos de 5 anos e ainda não tem
seus efeitos completamente conhecidos pela ciência”, diz o delegado-titular da Divisão de Prevenção e Educação do
Denarc, Alberto Corazza.
Não é por menos que os dados estatísticas de algumas clínicas particulares de tratamento a drogados se deram
conta, nos últimos três anos, do aumento impressionante de vítimas do crack. A Maxwell, localizada em Atibaia, no
interior, por exemplo, concluiu que de seus 200 últimos clientes, todos de classe média alta, 31% são viciados na nova
droga. Praga, epidemia, como já foi definida pela revista americana News-Week, a onda do crack em São Paulo
seguiu a rota natural do vício nos grandes centros urbanos. Vinda dos Estados Unidos, onde surgiu no início dos anos
80, desembarcou nas áreas faveladas da cidade. Em ritmo aceleradíssimo, tanto quanto sei apregoado “barato”,
atingiu redutos da classe média. E tudo indica que veio para ficar. Pelo menos enquanto não surja algo mais rentável
para os traficantes.
“Não se sabe bem o porquê, mas a Zona Leste é uma das regiões mais fortes com inúmeras bocas de venda”, diz
Alberto Corazza. O curioso, segundo ele, é que a popularidade do crack é um fenômeno paulista. “Tenho a impressão
de que no Rio os comandantes do tráfico não vêem vantagem em comercializar algo tão desestruturante como esse
tipo de droga”, imagina. “Preferem manter os consumidores com um mínimo de equilíbrio para garantir os negócios”.
Devastadora – Mesmo os profissionais mais acostumados a lidar com a recuperação de drogados se surpreendem
com os danos físicos mentais e sociais ocasionados pelo crack. “Devastador é o mínimo que se pode comentar a
respeito”, diz Sandra Scivoletto, psiquiatra responsável pelo Setor de Assistência de Pacientes do Grupo
Interdisciplinar de Estudos de Alcoolismo e Farmacodependência do Hospital das Clínicas. “Jamais vimos algo
parecido capaz de produzir tantos estragos num tempo tão curto.”
De fato. O crack cria dependência gravíssima em menos de três meses de uso. “Quem fuma três, quatro ou cinco
vezes corre o risco de, mais rápido do que imagina, perder o controle da situação”, avisa Sandra. “A droga passa a
dominar em todos os sentidos, não se consegue fazer nada na vida senão for por ela e por causa dela.”
Se for preciso roubar para arrumar dinheiro e comprar crack, o viciado não hesitará em assaltar sua própria casa
ou sair com uma arma. É comum. Esse costuma ser apenas o primeiro passo. Prostituição e morte vêm a seguir.
“Sem contar a degradação física que acompanha todo o processo”, destaca Sandra. Segundo ela, “quem envereda
por esse caminho tortuoso, com raras exceções, seca a ponto de ficar pele e osso”.
As causas são facilmente explicáveis. Ao contrário da cocaína aspirada (farinha, como é chamada pelos
consumidores mais assíduos), o crack pipado – pipar no jargão de quem usa é sinônimo de fumar num pequeno
cachimbo – tem efeito imediato. Entra na corrente sanguínea e chega ao cérebro. Por meio da aspiração, vários filtros
dificultam a chegada das partículas. Se a pessoa cheira um grama de cocaína, pelo menos 50% se perdem no
caminho. O aparelho respiratório tem mecanismos que dificultam a entrada da substância, a começar pelo septo
nasal.
“Apesar de ser a mesma droga ativa, com ação direta no sistema nervoso central, o crack é mais nocivo pois
chega lá concentrado e rapidamente”, diz Sandra. Ela conta que a cocaína inalada demora cerca de 15 minutos para
atingir o pico do seu efeito. Leva de 2 a 4 horas para ser redistribuída no organismo até ser metabolizada e eliminada.
Já o crack chega ao ápice de ação em apenas 30 segundos e dura 2 minutos, quando muito. A euforia, sensação de
bem-estar irrestrito e onipotência são agudos. “ Na queda é que é o problema”, diz a psiquiatra. O efeito vai embora e
a tendência é uma depressão, fadiga. O contrário do ápice. Então o indivíduo quer mais e mais e volta a pipar, sem
parar. O mais comum é ficar horas seguidas pipando até a exaustão. “Há casos do ritual do crack durar 3 dias e noites
inteiros”, conta ela. “Nem sexo, alimentação ou qualquer outra coisa importam ou satisfazem.”
Daí o vício vem forte. Nem poderia ser de outra forma. Em estado normal, os neurônios produzem
neurotransmissores excitatórios e inibitórios. “É esse equilíbrio que dá estabilidade emocional às pessoas”, diz ela.
Por uma série de fatores, a droga estimula apenas a liberação dos excitatórios.
Além disso, o “barato” acaba saindo mais caro do que se imagina. Apesar de o preço de mercado do crack ser
menor do que o da cocaína – o grama do pó custa em média US$ 20, ou seja, duas vezes superior ao do crack – a
necessidade da droga em quantidade faz com que o consumidor gaste muito mais dinheiro. E sempre mais.
101
Estudante conta como mergulhou no pesadelo
Flávio Souto, 19 anos, vítima do crack, diz que estaria morto sem a ajuda da família
Há duas semanas ele não sai de casa. Fica o tempo todo no confortável apartamento da família em uma área
nobre da Zona Leste. Cristina Souto, a mãe, dona de uma pequena confecção, sempre junta, 24 horas por dia. É uma
espécie de sombra do filho caçula, o estudante Flávio Souto, 19 anos. Para outros jovens, isso seria a morte. Para
ele, é o contrário.
“Se eu estivesse solto por aí certamente já não estaria vivo”, diz, sem constrangimento. “De duas a uma: ou a
polícia ou os marginais teriam me apagado.” Flávio é mais uma vítima do crack. Por opção dele e com o apoio dos
pais tenta lutar em casa contra o vício, sob a orientação dos médicos do Hospital das Clínicas. “Até agora com bons
resultados”, comemora José Roberto, o pai, um químico bem-sucedido, com uma expressão quase santificada, de
quem já sofreu tudo e um pouco mais.
Pudera. Há menos de três meses, ele e a mulher foram buscar o filho em uma favela na periferia. Flávio estava
irreconhecível. Magro, acabado, com os pés cheios de bolhas, sujo. Um trapo humano, segundo a sua própria
definição. Uma semana antes daquele dia de profunda dor para a família Souto, ele fugira de casa para ficar mais
próximo de uma das maiores bocas de crack da cidade.
Assalto – Dividiu um barraco com outro jovem de 18 anos. Nessa altura, já estava entregue ao vício. Nada mais
importava a não ser pipar. Sempre e mais. Sem dinheiro, já havia algum tempo, Flávio, antes mesmo de abandonar os
pais e os dois irmãos, estava acostumado a roubar. Assalto a mão armada, na rua, “Sem perdão”, como relata . “Só
não matei alguém porque Deus me ajudou.” De casa ele não podia pegar mais nada. As jóias da mãe, dinheiro,
roupas boas, e inúmeros objetos de valor haviam sumido do apartamento. Virado fumaça de crack na rua. Seu estado
lastimável culminou com a morte do companheiro de barraco. “Para arrumar grana passei praticamente cinco dos
setes dias de favela assaltando”, conta. “Quando voltei, encontrei meu amigo de balada morto pela polícia”. Deu pane.
Flávio ligou para casa e pediu ajuda.
“Eu sei que é jogo duro, mas eu estou disposto a sair dessa, o mais rápido possível.” Em suas piores crises de
abstinência chegou a tentar suicídio algumas vezes. “Nem sei quantas”, afirma. “Quando ficava sem fumar uma pedra,
a depressão era tão horrível que eu não via outra saída.” Só não deu até o fim à vida porque quem estava a seu lado
o acudiu.
Flávio não sabe explicar por que chegou a esse estágio com as drogas. Sua família, perplexa, está refazendo
conceitos e, mais firme do que nunca, disposta a ajudar o filho. Ao contrário do que acontece na maioria dos casos, os
Souto são bem estruturados e sempre viveram em harmonia.
Segundo o estudante, tudo começou de maneira mais corriqueira possível. Aos 14 anos, com a turma da rua,
experimentou maconha. Gostou e começou a comprar. Daí passou para a cocaína. “Para mim não era caro e muito
fácil de encontrar.” Cheirava todo dia. A família até então não desconfiava de nada. Não demorou muito para chegar
ao crack. “No começo era uma maravilha”, diz. Dois meses depois a barra ficou pesada. Os amigos e a namorada se
afastaram. “Passei a andar só com marginal, gente do ramo.” Para isso, nem precisou ir longe. Na própria rua onde
mora há pelo menos três bocas de pedra e de pó. Ele conhece bem. “Virei bandido por causa do crack.”
A luta pela recuperação não tem sido fácil. E ele prefere ficar sob a guarda da mãe, caso contrário a tentação é
grande, irresistível. Na casa, as chaves ficam escondidas e o dinheiro das carteiras também. “Se pintar uma grana na
minha mão tenho certeza que vou atrás e eu não quero.” Para segurar a fissura, Flávio é obrigado a tomar calmante e
remédios contra a ansiedade. Em breve, enfrenta um novo desafio: voltar às aulas do curso técnico. A mãe,
naturalmente, vai levá-lo à escola e esperar a saída. “Antes assim do que aquele inferno que eu estava vivendo”, diz
ele. Os nomes desta reportagem são fictícios. A família preferiu não se identificar. (R.A.)
Clínicas oferecem tratamento a viciados
A viagem do crack é terrível. Mas tem volta. É exatamente aí que entram os tratamentos de cura do vício. Num
deles, o dependente passa por um processo de internação. No outro, um pouco mais sofrido, tenta a recuperação em
casa, junto dos parentes. “Em ambos os casos é fundamental que a família também seja orientada”, afirma Dartiu
Xavier da Silveira, psiquiatra que dirige o Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes (Proad), da escola
Paulista de Medicina, um dos serviços disponíveis na cidade.
Os casos de reclusão incluem no mínimo um mês de desintoxicação. Depois disso, é feito um trabalho de
educação que pretende reintegrar o paciente à vida social, sem duração determinada. Na Comunidade Terapêutica
Maxwell, uma clínica em Atibaia, no interior do Estado, por exemplo, os dependentes fazem desde psicodrama até um
jornal diário passando por esportes, culinária e outras atividades.
“É difícil mas dá certo”, garante o médico Sabino Ferreira de Farias, coordenador da clínica. Segundo Sandra
Scivoletto do Grupo Interdisciplinar de Estudos de Alcoolismo e Farmacodependência do Hospital das Clínicas,
mesmo depois de um ano de abstinência ainda é possível sentir a fissura física que a falta da droga ocasiona.Todos
concordam que, após o tratamento, o recuperado deve continuar ligado à instituição que o ajudou, ou mesmo a algum
grupo como os Toxicômanos Anônimos. “O perigo de recaída é muito presente”, acrescenta Ferreira de Farias.
102
A Comunidade Terapêutica Maxwell cobra cerca de US$ 2 mil por mês de cada paciente. Já os serviços de
atendimento do Hospital das Clínicas e da Escola Paulista de Medicina são gratuitos. (R.A.)
Jovem em clínica de desintoxicação: longo caminho para se libertar da dependência da droga
Viagem de altíssimo Risco
1ªEtapa
O crack em estado gasoso
(fumaça) chega imediatamente
aos alvéolos pulmonares (pontos
do sistema respiratório mais
próximo da circulação sangüínea,
onde é feita a troca de gás
carbônico e oxigênio).
4ªEtapa
Aumenta a pressão
arterial e a freqüência
dos batimentos
cardíacos. Risco de
enfarte e derrame
cerebral. Em overdose,
os efeitos podem se
prolongar levando ao
coma. Nesses casos, há
possibilidade de lesão
nos neurônios.
43% dos
dependentes de
droga da Grande
São Paulo usam
crack
2ªEtapa
Via os alvéolos, o crack entra na
circulação. Atinge as câmeras
esquerdas do coração e começa a
atuar nos órgãos mais irrigados
do corpo humano. Especialmente
o cérebro.
5ªEtapa
O crack e distribuído
pelos outros órgãos, via
circulação. No fígado, é
metabolizado. Vai até o
rim, que a elimina por
meio da urina.
2 minutos é o
tempo médio de
duração do
“barato”
3ªEtapa
Uma vez no sistema nervoso
central, age diretamente nos
neurônios. São eles que, diante
de uma mensagem elétrica,
liberam os neurotransmissores
químicos que atravessam os
hialos, ou sinapses, entre os
nervos mandando mensagem
para frente.
O crack bloqueia a recaptura do
neurotransmissor dopamina (de
efeito estimulante). Essa
substância fica mais tempo na
região de comunicação entre dois
neurônios e estimula o outro
neurônio da rede. Resultado:
hiperestimulação da atividade
motora, sensação de bem estar,
euforia. Dois a cinco minutos, no
máximo.
6ªEtapa
Crack chega ao fígado
onde é metabolizado.
5 “pipadas”já
são suficientes
para viciar
7ªEtapa
Os produtos da
metabolização são
eliminados na urina.
Cérebro é uma rede de
neurônios que se
“comunicam” pelas sinapses,
onde são liberados
neurotransmissores.
103
ª
PROJETO CONVIVÊNCIA – AFETIVIDADE: ENCONTRO COM OS OUTROS - 2 Etapa
B
4.1 – Família e seus conflitos
Trata-se agora de ver, em linhas gerais, as ocasiões concretas que fazem aparecer os conflitos familiares as diversas
atitudes afetivas analisadas no tema anterior.
Estopins do conflito
1. Autoridade-liberdade
O adolescente procura maior independência da autoridade familiar. É a fase preliminar e mais inofensiva, o
que não significa que não faça sofrer. Os problemas chamam-se agora: horário de entrada em casa, licenças para
saídas, viagens, excursões, controle do dinheiro ou aumento da mesada, primeiros amores...
2. Conflito de gerações
É algo que engloba todos os demais conflitos. A diferença de idade traz consigo diferentes interesses,
costumes e valores. Os pais representam a classe privilegiada que nega ao adolescente um lugar ao sol. Por sua vez,
os jovens se obstinam na defesa de atitudes e costumes inadmissíveis se considerados serenamente. A situação se
agrava quando os pais procuram resolver os problemas lançando mão apenas de suas experiências juvenis.
3. Rejeição do sistema de valores familiar
Quando os filhos, jovens já feitos, escolhem conscientemente um sistema de valores diferente do mantido pela
família. Tal escolha se manifesta no tipo de estudos ou de trabalho, nas idéias políticas, nas opções religiosas, nas
atitudes sociais... Quando os valores são sadios e os jovens os defendem com serenidade e firmeza, os pais acabam
aceitando sua orientação de vida, seu matrimônio...
Quando os pais destroem os filhos
1. Infantilismo permanente
Resultante de longo processo de autoritarismo paterno, seja em forma de autoritarismo violento, seja em forma de
autoritarismo fastidioso. O primeiro caso produz o filho submisso mas desesperado (há os que chegam até ao
suicídio!); o segundo, o filho mimado, fraco, abúlico, sem forçar para enfrentar a vida por si próprio: o pai continua
sendo o chefe.
2. Filho excessivamente afeiçoado à mãe
Ao infantilismo econômico se une o infantilismo afetivo. O filho é incapaz de entregar-se plenamente a outra
mulher, porque ainda não cortou o cordão umbilical. A mãe o absorve e decide tudo. A esposa se sente
marginalizada, desiludida.
3. A “menina”
Situação paralela à anterior, onde a menina, sempre mais controlada e resguardada, muito querida e mimada,
continua considerando o pai como homem ideal, com o qual compara continuamente o marido que, passa para
segundo plano.
4. Desequilíbrios profundos
Há desequilíbrios profundos que procedem de falhas graves dos pais. Pode ser o filho que foi educado
como uma menina entre suas irmãs. Ou a jovem que, educada entre seus irmãos como mais um menino, não
aceita suas condições de mulher.
104
Ou também aquelas experiências familiares negativas que deixam rastros profundos: quando os pais não
se amam, quando existem infidelidades ou pancadaria entre eles, quando um deles abandona o outro... então os
filhos pensam que o amor não vale a pena, que a família é uma mentira, que o amor não existe. Para o rapaz, as
mulheres serão simplesmente um campo de gozo sexual; para a moça, todos os homens são uns miseráveis, e
reagirá histericamente a uma carícia de seu noivo, ou então se converterá numa “mulher fácil”.
Quando os filhos dominam os pais
Jovens em casa viveram o esnobismo, a vaidade e a ostentação como valores supremos da vida acabam
exigindo o direito de fazer o que querem e de possuir os meios necessários para tanto. E nem se envergonham de
recorrer à chantagem familiar, obtendo dos pais dinheiro, sob a ameaça de pôr a público a roupa suja da família. E os
pais se desesperam, não podem com eles...
Ou então a versão feminina: gritar, dançar, sublevar, consumir drogas e acabar-se numa libertinagem sexual.
Uma vida demolidora do futuro.
Esses tipos, no entanto, não costumam ser nem os mais sensatos, nem os mais inteligentes, nem os mais
numerosos. Mas, curiosamente, levantam-se como representantes únicos e genuínos da juventude atual, por obra e
graça dos meios de comunicação social.
Tais jovens não pertencem às famílias modestas ou operárias, por força das circunstâncias: não há dinheiro
para isso, e seu trabalho torna-os logo independentes dos pais. Acontecem-se casos semelhantes, é em plano de
mimetismo da classe privilegiada, e no papel de “desfrutados” e não de “desfrutadores”.
Superação dos conflitos
É a solução mais normal dos conflitos familiares. Ao ritmo dos acontecimentos familiares, pais e filhos
amadurecem e entram em diálogo. Um diálogo sereno, construtivo, baseado na mútua compreensão e ajuda.
Nota do autor: Usar a dinâmica da dramatização de situações inspiradas no texto e na vida real dos
participantes e os debates em grupos, com plenário, isto tem se mostrado muito positivo, frutuoso e educativo.
A
Caderno no. 2 de Temas para a Juventude
SONO-VISO –Produção audiovisual Ltda.
105
4.2B - Namorar é... – 2ª Etapa
O namoro é o que caracteriza a adolescência. Porque é o momento em que eu me descubro como mulher, em que eu
estou crescendo, que estou me transformando. Então, eu já sinto a necessidade de ir ao encontro do outro, conhecer
o outro. Muitas vezes, o fato de você não saber ir ao encontro do outro é que gera conflitos, e é um namoro
irresponsável. Esta coisa de ficar junto não é legal. Não faz parte do namoro sério. Eu fico hoje com um cara e
amanhã não tenho mais compromisso. No ficar eu não consigo conhecer o outro, como acontece no namoro. No
namoro é o momento de as pessoas entenderem suas diferenças, onde cada um precisa ceder um pouco para que
haja entendimento e respeito. É algo mais que atração física.
Flaviane Lopes Francisco – 21 anos
No namoro tem que haver fidelidade, confiança no parceiro ou parceira, tem que ter amor, carinho e também respeito.
O namoro é gostoso quando se está com a pessoa amada, mas que também seja amiga e companheira para nos
compreender. Penso que hoje em dia o namoro sério é mais difícil porque falta romantismo. Para acontecer uma
relação sexual é preciso muita consciência e muita responsabilidade porque este assunto não é brincadeira.
Silvia Veridiana da S. Corrêa – 15 anos
Namorar é uma coisa boa para todo o ser humano. No namoro tem que haver sinceridade. Também não é
simplesmente abraçar, beijar ou fazer sexo. Pelo contrário, é compartilhar com a pessoa amada os problemas, as
dificuldades e alegrias. Não se pode namorar uma pessoa quando não se ama, só para mostrar. Não importa se a
pessoa é linda ou feia. O importante é o sentimento que ela tem por você. Quando a gente ama só se quer o bem
para a pessoa e deve ter fidelidade.
Rosângela dos Santos Fraga – 14 anos
() namoro é um momento, uma etapa muito importante na vida do adolescente e do jovem, onde a pessoa já está
definindo o que ela quer. E no namoro se conhece o outro e a si mesmo. As pessoas se descobrem juntas. A questão
da relação sexual é muito importante, mas ela tem o momento certo de acontecer. Tem que ter maturidade, tem que
ser da vontade dos dois, mas não da vontade só física. A gente tem que se conhecer e de deixar conhecer, para que
seja uma coisa madura. Tem que ser algo do coração, do interior. Tem que mexer com o corpo e com a mente. Uma
relação precipitada pode causar uma frustração muito grande.
Vanildes G.dos Santos – 21 anos
Namorar é ficar com uma pessoa que verdadeiramente se gosta. E não ficar só para passar o tempo. No namoro tem
que ter confiança, ter amor e principalmente amizade. Para namorar não precisa ter idade, É preciso ter cabeça.
Assim não teria o grande número de adolescentes grávidas. Todos devem aproveitar a sua adolescência para
namorar, porque namorar é uma diversão.
Isabel Cristina Silva de Almeida – 16 anos
Com o passar do tempo, muitas coisas mudaram. O comportamento das pessoas não é algo estático, e também
mudou. Isto é bem visível quando lemos depoimentos de adolescentes e jovens sobre namoro e lembramos das
histórias que nos contam os antepassados sobre o seu jeito de namorar e de conquistar a pessoa amada. MARLENE
NEVES STREY, Psicóloga Social e professora da PUCRS e UNISINOS – RS, trata do namoro, do ficar, das dúvidas e
ansiedades na busca apaixonada do outro.
Os tempos mudaram
Houve uma época em que namorar era alguma coisa essencialmente familiar, especialmente no que dizia
respeito à namorada, que, historicamente, tinha que manter uma postura mais recatada. O rapaz pedia a moça em
namoro e ela, com o aval e autorização da família, dizia sim (as que diziam não – seja qual for o motivo – estão fora
deste texto, obviamente).
Depois, o namoro seguia com seus altos e baixos até que, finalmente, chegava a seu clímax no dia do
casamento, quando se inaugurava uma nova família. Assim, namorar era uma espécie de preparo para o casamento.
Uma época de duração variável, onde os namorados iam aprendendo a conviver em situação de crescente intimidade,
106
sempre com vistas à formação de uma futura família. Naturalmente isto sempre acontecia. Incontáveis namoros não
chegavam ao casamento pelas razões mais diversas.
Também não se pode dizer que todos os namoros tinham como fim específico chegar um dia a casar-se, mas
essa era mais ou menos a norma não escrita vigente. Para chegar a esta conclusão, basta nos debruçarmos sobre
nossa própria história familiar, sobre as crônicas do cotidiano de nossa cidade ou região, sobre as novelas de ficção
que, embora ficção, de algum modo retratavam a realidade de cada época.
Contestação
Com decorrer do tempo, as coisas foram se transformando. As instituições formais – entre elas o casamento –
começaram a ser contestadas, já que muitas vezes perdiam de vista as pessoas para dar primazia à norma, à
tradição, à aparência.
Os grandes militantes nesta contestação foram e continuam sendo os jovens de ambos os sexos, embora os
mais velhos também façam parte dos movimentos em prol das liberdades individuais.
Assim, chegamos a uma época em que a própria palavra namoro ficou mais ou menos antiquada. Pedir
alguém em namoro dá lugar a ficar com alguém. Ou seja, as coisas vão correndo ao sabor do momento, do desejo,
das circunstâncias. Finalmente a forma – a estrutura, a instituição – dá lugar ao conteúdo, onde as pessoas se
expressam, se unem e se afastam de acordo com suas conveniências passageiras.
Dúvidas
Agora a pergunta fundamental: isto satisfaz a todos os envolvidos? É problemático responder sim ou não com
base em evidências mais ou menos circunstanciais, pois vivemos um período de crise, onde os velhos modelos já não
funcionam, mas ainda não temos novos modelos claros. Entretanto, quando falamos com jovens de ambos os sexos,
vemos que existem momentos distintos naquilo que diz respeito às relações interpessoais.
“Ficar” satisfaz àqueles e àquelas que querem interagir com o sexo oposto sem maiores compromissos. A
adolescência é uma época de grandes descobertas, de explorar um sem número de caminhos e possibilidades, de
experimentar coisas novas e esboçar planos para o futuro. Neste mundo novo, recém-descoberto, viver
momentaneamente sensações e relações novas pode ser a preferência daqueles que ainda não estabeleceram o que
vão querer da vida.
Por outro lado, a própria consciência de transitoriedade da vida humana costuma levar as pessoas a
buscarem o permanente, o duradouro. E os jovens não escapam desta necessidade. E, muitas vezes, aquilo que dura
costuma ser associado àquilo que é verdadeiro, embora já se saiba que isto não é necessariamente verdade. Assim,
“ficar” com alguém pode eventualmente ser satisfatório em determinados momentos, mas provavelmente será sentido
como incompleto, pois com alguém com quem se “fica”, não se pode contar tudo. Tanto o rapaz quanto a moça
sentirão falta de uma relação mais completa, onde possam se colocar mais verdadeiramente, isto é, mais
profundamente, onde possam se desvelar um ao outro não só como eventuais parceiros amorosos transitórios, mas
também como pessoas que podem estabelecer pontes firmes e seguras para relações que deixem lugar ao amor, ao
carinho, ao companheirismo, ao conhecimento e ao entendimento.
Intimidade
Estas necessidades são sentidas por todas as pessoas, de qualquer idade, de qualquer sexo, em qualquer
época. As maneiras de satisfaze-las, sim, podem mudar. Então, namorar ainda tem lugar neste mundo moderno de
constantes mudanças. “Ficar” com alguém pode ser bom por um certo tempo, mas logo cada um sentirá que necessita
de alguém mais íntimo para contar suas coisas, para compartilhar algum sonho, para discutir planos de futuro, para
dividir ansiedades. Para que isto aconteça, é preciso ter mais tempo, é preciso conhecer melhor o outro. “Ficar” já não
bastará. Namorar será preciso...(Mundo Jovem-junho/96)
107
4.3B - A Caminho do Amor – Roteiro dos Namorados –
“Coquetel” - 2ª Etapa
Introdução: No amor, todos se julgam mestres, de acordo com suas experiências positivas ou negativas,
preconceituosas ou esclarecidas. Uns pensam e estudam o amor, sem muitas vivências, outros o vivem
intensamente sem reflexão. É a selva ainda cientificamente inexplorada, fonte de alegrias, frustrações e
transtornos familiares.
I.
Preparação para o amor: Na preparação dos jovens para o amor, é essencial o clima ajustado do seu
lar, onde se viva intensamente à experiência de ser amado, sem economias de carícias, onde os
corações lado a lado sintonizem em concórdia e harmonia, no equilíbrio pessoal e diálogo franco,
evitando os namoros precoces com sintomas de fuga e falsa compensação. Lar = pista de decolagem
para amar.
II.
Evolução Afetiva: Encarar a evolução para o amor como uma realidade perfeitamente normal, sem
afobação, precipitação, incentivos demasiados ou angústia e restrições, proibições inexplicadas. É o
processo normal de “desmame psicológico” que se abre para a descoberta das amizades e depois do
namoro. Sendo o amor a expressão mais profunda e definitiva da felicidade, ele não admite fracasso,
como admitem outros setores da vida. Fracassar no amor é comprometer o vôo da existência e o sentido
da vida.Na sua idade se cria a capacidade ou incapacidade de amar. Elabora-se a síntese do “eu te
quero, bem”, com o “eu quero o teu bem”, na dinâmica centrípeta e centrífuga dos valores vitais.
III.
Abrir os horizontes para as várias modalidades ou expressões do amor: Muitos podem ser os
valores que atraem o indivíduo. Por isso designa-se com a palavra “amor” uma grande variedade de
fenômenos. Fala-se do amor a Deus, amor a uma pessoa, amor paternal, maternal, filial, fraterno, amorcompaixão, amor à Pátria, à arte, amor-amizade, etc. Acrescenta a Psicologia: “ O campo do amor é muito
vasto. Restringindo-nos à forma mais nobre – amor a pessoas – encontramos ainda uma escala
diferenciada a começar do amor sexual. Uma observação capital... a tendência instinto sexual se satisfaz
de qualquer objeto, sem nenhuma individualização. Mas amor sexual já é forma individualizada de
relação; é a procura de um valor, embora não nos planos superiores e sim no plano vital”, amor sexual é
inseparável da pessoa, como prazer é inseparável de amor ou devia ser. Dom Valfredo Tepe – Prazer ou
Amor – pág. 410.
IV.
Uma educação sexual completa simultânea, evitando que o namorado seja o professor de sexo e
incluindo todas as informações indispensáveis, a inseparável orientação do sexo para o amor –
tempero do amor – a consciência de uma ética sexual vivida com liberdade responsável, evitando
acidentes de percurso, conscientizando e vacinando o jovem para viver em um mundo afrodisíaco, com o
bombardeio constante de solicitações eróticas, com a hipertrofia do sexual e atrofia e sabotagem do amor
encantador dos jovens, diferente do mundo poluído, criado pela ganância dos adultos. Amar pode dar
certo – Roberto Shinyashiki, ,p.21,119.
V.
Sentido psicológico do namoro: O sentido psicológico do namoro é permitir a aprendizagem da
convivência psicológica do jovem e da jovem, é a descoberta do outro. Descobrir como o homem age,
reage, pensa, conhecer sua sensibilidade “psicossexual explosiva”, descobrir a psicologia amorosa da
mulher, o que sente, porque chora, como se vinga e ataca. No namoro acontece o milagre da mudança,
da adaptação, os dois são maleáveis, aprendem a conviver a dois, embora bem diferentes. Completam a
sua identidade masculina e feminina, assumem os papéis de homem e de mulher para o bom
relacionamento da vida futura. Crescimento mútuo se agradece.
VI.
As fases do namoro: A Psicologia tem estudado a força envolvente do “enamorar-se” que atinge
qualquer um, independente da idade, cultura ou classe social. Um mínimo de consciência neste processo
é necessário. É importante conhecer e estar atento as várias fases de um relacionamento.
1.
A primeira delas é a atração, às vezes irresistível, até à primeira vista, por alguém que nos dá
a impressão de ser a resposta que procuramos, na busca do amor. É um conjunto de elementos
e impressões reais ou imaginárias, ainda não totalmente explicáveis, que nos levam à
aproximação, `”conquista amorosa” dos flertes, paqueras, “preciso ganhar essa mina”... Rica
inspiração para estudarmos os nossos “arquétipos” – modelos armazenados na máquina
fotográfica da imaginação criadora. Se for impossível?...
108
VII.
2.
Segue-se a fase romântica, da “gamação”, do “endeusamento”. É o momento de sonhos,
de fantasias, de idealizações, de imagens de príncipes e princesas encantados em um mundo
de ilusões, em que tudo parece lindo e vai durar para sempre. É um feitiço fascinante do
encantamento do namoro, com o estreitamento da atenção do amante e a contemplação em
“close” da pessoa amada, destacada dentro do contexto. É o momento das “grandes paixões
dos jovens”, com ou sem amor, mas ainda sem a garantia de uma relação saudavelmente
estruturada. E se for inconveniente?...
3.
A fase seguinte pode ser do desencanto – da crise amorosa – a convivência rotineira
desgasta o encanto, a atenção se dilata para outras pessoas e interesses e a pessoa
apaixonadamente amada aparece no seu aspecto mais comum, as limitações do jeito de amar
criam dificuldades. Fase da ambivalência com o desejo de ficar e melhorar a relação ou a
vontade de ir embora. Fase de luta pelo poder em controlar o outro, dominá-lo ao nosso gosto,
ao capricho dos ciúmes. Surge a desilusão e, como “amor de borboleta”, o afastamento.
Aconselhável o rompimento precipitado? Que estratégia utilizar?
4.
Vem depois a fase da opção amorosa e da transformação de relacionamento. Superada a
inconstância da paixão, aprofundado o conhecimento mútuo, amadurece o amor genuinamente
humano de pessoa para pessoa. É a fase realista da pessoa amada, vista com seus defeitos ou
diferenças e suas qualidades, aceitação e opção pelo crescimento amoroso, superando
problemas pelo diálogo esclarecido e relacionamento satisfatório.
5.
Outras fases de estabilidade, compromisso e expansão são de noivado.
Ver: Amar pode dar certo,. 110-114.Roberto Shinyashiki. Amor ou Prazer – p.417-418. Dom
Valfredo Tepe.
Por que namorar e tipos de namoro? Namorar ou não devia ser uma atitude consciente, quando
possível, para um bom relacionamento e amadurecimento afetivo. Namorar só porque todos namoram?
Por precipitação? Para crescer como homem ou mulher? Não namorar por indiferença, medo, timidez, por
ter uma prioridade mais importante? Cada um devia responder a si mesmo. Assim, não haveria tanto
desencontro amoroso, com os tipos inautênticos de namoro.
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
VIII.
Namoros “paternalistas”, “maternalistas”, infantis = papa-anjos”, com pessoas bem mais
velhas ou bem mais novas = regressão psicológica.
Namoro fuga para compensação da carência afetiva no lar.
Namoro muleta social para satisfazer a sociedade ou por estar só.
Namoro auto-afirmação. Namorado=carro, moto, maço de cigarros, exibir.
Namoro Don Juanismo mede virilidade pelas conquistas realizadas.
Namoro machista quer “domar, domesticar” a mulher, antifeminismo.
Namoro compaixão, autocompaixão, impossível... Currículum amoroso.
Atitudes práticas. Integrar namoro com outras atividades. Idade do namoro. Condição social.
Convivência afetiva x biológica.Privacidade x clandestinidade. Freqüência. Intensidade. Isolar-se. Festas.
Ciúmes...
Tripé do amor = Admiração- Confiança- Respeito. Mandamentos do namoro: Ver tb. roteiro do Power Point.
1.
Esperar pelo tempo certo.
2.
Diálogo sincero.
3.
Caminhar juntos para crescer juntos.
4.
Desenvolver a maturidade afetiva com carinho e respeito.
5.
Amar sem perder a liberdade, na busca da escolha definitiva.
6.
Fidelidade nos namoros sucessivos.
7.
Confiança; zelo, sim; ciúme, não.
8.
“Amar não é só olhar um para o outro, mas os dois olharem e caminharem na mesma
direção”- Saint-Exupéry.
9.
O amor cresce na proporção da doação que se resume em dizer e agir assim: eu quero o
teu bem e não eu te quero, bem...
10.
Descobrir que o nosso amor tem como fonte Deus, ignorar a fonte é esvaziar o amor.
(Debates e comentários).
109
4.4B – Afetividade e Erotismo: Círculos e debates – 2ª Etapa
NAMORAR OU “FICAR”
“Eu até gostaria de acertar com um rapaz, namorando com certo compromisso. Comecei a namorar aos 13 anos com
um rapaz da minha idade e outros mais velhos.
Mas hoje o pessoal foge de qualquer coisa mais séria.
Você conhece um rapaz interessante num barzinho ou numa festa e “fica” com ele por aquela noite. Na maioria dos
casos tudo não passa de um sarro ou transinha, mais alguns beijos e abraços...
No dia seguinte ele some; é como se nada tivesse acontecido.
E fica um vazio tão grande, uma angústia...
”
(Adriana, 18 anos).
Para mim, namoro é um sentimento lindo que mostra um encontro de duas pessoas que se amam e transformam isso
em alegria.Namoro quer dizer amar uma pessoa, gostar dela, sentir por ela, ver que ela sente amor por você.Para
muitas pessoas, muitas vezes, amar é sofre.
Tegi S. Quoos – 16 anos.
“Quando pinta uma garota legal eu namoro e beijo, mais porque sou homem e não fica bem perder a chance, não é?!
Essa de ligar na afetividade, afinal, dá muito mais prazer, já experimentei também.
Mas a onda hoje é mais transinha que namoro”
( Marcos 15 anos ).
“Até o ano passado eu só curtia o prazer erótico.
Daí cansei disso tudo, acho que fiquei com indigestão.
Minha cabeça era cheia de idéias confusas, namorava só por namorar; nunca pensei nessa de afetivo.
Agora parei, estou dando um tempo.
Daquele jeito nunca ia ser feliz de verdade.
Descobri que o sexo é, sobretudo, uma forma de transmitir amor, carinho e compreensão.
Estou sabendo, agora, dar valor aos sentimentos dos outros e também aos meus.”
( Sônia, 17 anos ).
Namorar, para mim é estar com a pessoa que a gente gosta.Não é necessário ter relações sexuais, pois se amamos
uma pessoa, não exigimos nada dela.Namorar é assumir publicamente a pessoa que queremos, é imaginar e querer
que os momentos juntos nunca acabem: é sentir o calor do companheiro ou companheira; é dizer com sinceridade
que amamos.
Marcos de Souza – 16 anos.
110
VAMOS FAZER UMA COMPARAÇÃO:
Sexo Erótico
Tempero
- O erótico não existe para se usar “puro”, “usar por
usar”, sem ao menos sentir algo pela outra pessoa. Por
exemplo: beijar só para “aparecer” diante dos colegas,
só para provar a outros que já não é criança, só para
aumentar a sua listinha. Também não basta apenas
sentir o desejo erótico, para que seja conveniente
colocá-lo em prática.
- Quem usa o erótico puro, provavelmente logo se
enjoará do parceiro, pois não há outro interesse que não
seja o de usá-lo para satisfazer o seu desejo pessoal.
Como alguém que chupa o caldo de uma laranja e
depois deixa o bagaço de lado.
- Uma observação: não é raro acontecerem, sobretudo
na adolescência, experiências onde só exista o aspecto
erótico nos envolvimentos. Brincadeira de “salada de
frutas”, beijos anônimos em festinhas etc. ... Enquanto
primeiros exercícios de aprendizagem, são até
esperados que aconteçam, mas como prática
predominante através dos anos, sem o enriquecimento
afetivo, deixa muito a desejar.
- O sexo erótico, com todas as suas mais diversas
expressões, existe para dar sabor à relação afetiva:
tornar mais prazeroso o encontro das pessoas que
sentem um carinho, uma amizade sincera uma pela
outra. Quando o sexo é usado com amor, isto é, quando
a intimidade é erótico-afetiva, ela dá às pessoas
envolvidas, um prazer comparado ao de alguém que
saboreia uma comida bem temperada.
O ERÓTICO
=
precisa do
 como 
-
a) Comentar os depoimentos:
Qual é a razão principal do
desencanto de Adriana? O que
o grupo pensa a respeito de
Marcos? Qual foi a descoberta
feita por Sônia?
b) Dimensões erótica e afetiva da
sexualidade: elaborar uma
conclusão a respeito, a partir
das opiniões do grupo.
(Juventude-Caminho
Aberto:
Cadernos AEC do Brasil – 48,p.26).
O TEMPERO
precisa da


AFETO(amor)
- O tempero não existe para ser comido puro,
sozinho, fora da comida. Se for assim, dará
indigestão, ressaca, enjôo. Até que uma
provadinha no tempero puro, pode ser uma
conduta
apropriada
para
quem
está
começando aprender a lidar com temperos.
Mas ninguém se satisfaz comendo só tempero.
- O tempero foi feito para ser apreciado junto
com a comida; para dar sabor ao que se come,
tornando o alimento muito mais agradável.
QUESTÕES PARA OS GRUPOS:
=
COMIDA
O erótico, para ser bem saboreado, precisa do clima de amor; do relacionamento afetivo.
O tempero, para ser bem saboreado, precisa estar na comida.
O AFETO está na base da sexualidade humana, isto é, vem sendo construído desde a nossa infância. É,
como o alicerce, o primeiro a ser feito na construção.
O ERÓTICO, quando unido ao afeto, dá mais prazer (sabor) à relação. Só assim a expressão erótica pode ser
considerada uma “intimidade rica”. É como as paredes que precisam do alicerce para permanecerem de pé;
senão, por si só, desmoronam ao primeiro contratempo. Afinal, não é isso que também acontece com os namoros
onde só existe o interesse erótico? Desmoronam ao primeiro contratempo. Só que é mais fácil reerguer paredes
do que pessoas!.
111
PROJETO REALIZAÇÃO PROFISSIONAL – ENCONTRO COM A SOCIEDADE -MUNDO – 2ª Etapa
5.1B - VOCAÇÕES E PROFISSÕES
AMBIENTAÇÃO
Em pesquisas feitas em colégios, os alunos revelam que sua maior preocupação é em relação ao futuro,
imediato e distante. “O que me preocupa é o futuro, a profissão, existem poucos campos profissionais, não tenho
nenhuma vocação, não sei que carreira escolher, não encontrei ainda meu lugar...” São os pensamentos que se
repetem constantemente.
A vida é um caminho a escolher. Um futuro carregado de mistério, que preocupa. É preciso encontrar uma
solução, também procurando a ajuda daqueles que já encontraram seu caminho.
Por quê?
O jovem necessita de uma explicação que lhe revele aquilo que já sente como o seu caminho, embora de
maneira confusa. É preciso ajudá-lo a definir o que deseja, as exigências de uma determinada carreira, e as
capacidades e aptidões que ele possa ter em relação a ela.
1. O que será deste menino?
A alegria que cerca um nascimento sempre traz uma pergunta consigo: “o que será deste menino?” A
resposta não está em fazer dele algo imaginado pelos pais, mas sim em descobrir o plano que Deus tem para ele.
 Três elementos indicativos:
Aptidões: somos criados com as aptidões necessárias para as tarefas a que somos destinados; não estamos
destinados a ser o que nosso pai ou mãe desejam; nem tampouco nascemos com as qualidades que nossos pais
haviam sonhado. As aptidões são indícios claros de possíveis direções na vida.
Gostos: gostamos de fazer as coisas que nos realizam pessoalmente, e que temos capacidade de executar; o gosto
tem que subordinar-se às aptidões.
Conhecimento das profissões, encaminhamento e treinamento.
2. Modos de ser cristão: Vocações
Antes de falar da profissão, vamos deixar claro como se pode ser cristão no mundo.
O ponto de partida que nos pode ajudar neste assunto, é o seguinte: a própria limitação humana. Quer dizer: quando
optamos por um caminho, não podemos seguir os outros. Não podemos ser todas as coisas de uma vez. Só
poderemos ser uma coisa. Existe uma riqueza na diversidade de caminhos, e uma pobreza pessoal, diante da única
possibilidade que temos. A riqueza individual e coletiva aumenta com a colaboração mútua de todos os homens.
Uma vocação, entretanto, é comum: a santidade a que toda a Igreja é chamada. É a vontade do Pai ( I Tes 4,3 ). Esta
santidade se manifesta de diversos modos, segundo a ação do Espírito nos fiéis, um esplêndido testemunho da ação
do Espírito se encontra no seguimento dos conselhos evangélicos (conferir os capítulos de “Lumem Gentium” sobre
este tema).
O Sacerdócio
Todos somos membros do Corpo de Cristo. Porém nem todos têm a mesma função. (Rom 12,4). A alguns destes
membros é concedido o dom de “oferecer sacrifícios e perdoar os pecados”.
“Escolhidos entre os homens, em favor dos homens no que se refere a Deus, oferecem dons e sacrifícios pelos
pecados, convivem como irmãos com os outros homens”.
Não poderiam ser ministros de Cristo se não fossem testemunhas de uma vida distinta da terrena; nem poderiam
servir aos homens, se permanecessem alheios à vida e necessidades dos mesmos.
O sacerdote é o homem do Evangelho (Mc 16,15) (PO 4); o homem dos sacramentos (PO5); o guardião da
comunidade (PO 6).
Exigências deste caminho: uma perfeição especial (PO 12); Deus prefere mostrar suas maravilhas por meio daqueles
que podem dizer: “já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim.” (Gal, 2,20).
112
Vida consagrada
Desde o princípio do Cristiano existiram cristãos que foram chamados a cumprir os conselhos dados pelo Senhor no
Evangelho, consagrando-se somente a Deus, com todo o coração, na virgindade ou celibato.
Os conselhos evangélicos são um dom do Senhor à sua Igreja. Não é um estado intermediário entre laicato e
hierarquia, mas sim um dom particular na vida da Igreja, para que se realize a missão desta Igreja, contribuindo cada
um segundo sua vocação.
Sua missão é a consagração a Deus em proveito de toda a Igreja. Daí seu dever de trabalhar, segundo suas forças e
vocação específica, no serviço e extensão do Reino de Cristo (analisar as diversas modalidades de famílias
religiosas).
A profissão religiosa é um símbolo que deve atrair os demais membros da Igreja; é um testemunho de que esta vida
não é a “cidade permanente”, nem seus valores os definitivos; e de que, desde já, se encontram aqui esses bens
superiores, capazes de sustentar tantas vidas de cristãos, muitíssimas vezes heróicas, por amor de Cristo.
A vocação do matrimônio
A vocação mais comum é a do homem e mulher se casarem, formando, uma família.
Não se pode esquecer que para o cristão o matrimônio é um sacramento, através do qual Cristo comunica as graças
sacramentais necessárias ao aperfeiçoamento e santificação da vida conjugal. Esta graça, comunicada pela promessa
de fidelidade e mútua doação dos esposos, os ajudarão a vencer juntos todas as dificuldades próprias deste estado,
que é sinal do amor que Cristo tem à sua Igreja.
Onde existe amor, existe vida. O amor no matrimônio produz a vida. Tudo que não seja um gesto de amor, é traição
que rompe o sacramento do matrimônio como fonte de graça.
Não seria amor autêntico o que não se oferecesse por toda a vida. É por isto que o amor verdadeiro torna indissolúvel
o matrimônio.
3. A profissão
“Que é que vou ser na vida?”
Para responder bastará uma opção. Para optar, você tem a seu alcance um enorme leque de possibilidades.
Teríamos que recordar aqui o que já foi dito no 1º ponto deste tema.
Não bastará que sua família queira que você seja isto ou aquilo, ou que você tenha como único critério o ganho
monetário, e as poucas exigências de tal ou qual profissão. Estes critérios são egoístas. Será necessário encarar
também o serviço que você pode prestar aos outros... a responsabilidade inerente à frutificação dos talentos que você
recebeu... o dever de influir na mudança para um mundo melhor, através de seu esforço pessoal, etc.
É necessário ser ambicioso, neste sentido; tendo em conta as aptidões pessoais e a vocação cristã, que pode pedir
outros serviços prestados aos demais, a qualquer momento. É muito importante este ponto: a opção dada a Deus na
fé pode levar um cristão a posições inesperadas, como transformar-se em missionário leigo, deixar a profissão por
outros interesses exigidos pela fé, etc.
Atividades
1.Discussão em grupo: o papel dos pais na escolha do futuro dos filhos. Que acham vocês de seus pais, em relação a
este problema?
2.Quantos dos participantes desta reunião já pensaram seriamente na sua vocação?
ª
3.Além das Orientações Profissionais da 1 etapa e de possíveis testes realizados nas Escolas, em outras Instituições
ou pessoalmente, leia o texto a seguir e responda o teste sobre as tendências e exigências modernas na realização
na realização profissional.(Temas para a Juventude-Fascículo 3A, pp. 11-14. Sono-Viso.Rio de Janeiro)
113
5.2B - VOCÊ PRECISA SE CONHECER MELHOR (também para
o sucesso na profissão)
O que fazer para descobrir os seus pontos fortes e fracos
O diploma profissional e os cursos de especialização não são mais garantias de emprego, como ocorria até
bem pouco tempo.Hoje, para manter-se na empresa, construir uma carreira ou então encontrar uma nova forma de
ganhar dinheiro, todo profissional tem de ser também um empreendedor em si mesmo.
O alerta é do consultor norte-americano William Bridges, autor do livro Um Mundo sem empregos. Para ele,
para ser um empreendedor, o profissional deve se considerar como um negócio independente, identificar novas
maneiras de explorar as suas habilidades. Segundo o consultor Claudir Franciato, o primeiro passo para isso é o autoconhecimento.O profissional precisa descobrir o seu nível de conhecimento emocional(NCE). Se ele se emociona
demais diante de resultados negativos ou positivos, possui um NCE baixo, o que pode bloquear o raciocínio.Isso,
muito provavelmente, o leva ao fracasso. Se dificilmente se emociona, é frio e calculista, possui um NCE alto e corre
o risco de perder a criatividade. E hoje, as empresas estão mais interessadas na capacidade que o funcionário tem de
contribuir com idéias novas e obter a colaboração de seus subordinados.
Numa escala de zero a 100 pontos, Franciato diz que o NCE ideal está localizado entre 50 e 60 pontos. Por
intermédio do auto-conhecimento, o profissional pode descobrir quais os seus pontos fracos e fortes, corrigir o que for
necessário e atingir o equilíbrio.
SATISFAÇÃO
Outra razão para a busca do autoconhecimento é a necessidade da satisfação no trabalho.”Os valores hoje
estão invertidos”, diz Franciato.”Antes, as empresas exigiam produção, que proporcionava melhores salários, que, por
sua vez, gerava satisfação no emprego”, afirma.”Agora, por causa da competitividade, elas estão cada vez mais
rígidas na concessão de aumentos salariais e o próprio empregado tem de buscar sua satisfação”, argumenta.”A
satisfação proporciona melhor produção, que pode gerar um salário maior, por meio de remunerações variáveis, como
a participação nos lucros”,complementa. De acordo com Franciato, segundo estudos realizados pela Universidade de
Harvard, nos Estados Unidos, somos levados à ação por três motivos básicos: poder, realização pessoal e
associatividade.”Só que não o poder pelo poder”,diz.
Maior preocupação com realização pessoal do que com o poder tende a transformar o profissional em um
empreendedor e proporcionar bons resultados. Já a associatividade permite o trabalho em equipe, o qual está sendo
cada vez mais valorizado pelas empresas. (Paulo Pinheiro).
QUAL O CAMINHO?
O chamado guru dos gurus em administração, Peter Drucker, em seu mais recente livro, Administração em
Tempos de Grandes Mudanças, lançado no final do ano passado no Brasil, afirma:”Mais do que nunca, você precisa
assumir a responsabilidade de conhecer a si mesmo”. Não só ele, mas inúmeros consultores internacionais, atentos
às profundas modificações que ocorrem nos negócios e nas carreiras profissionais, ressaltam a importância cada vez
mais crescente do autoconhecimento. Dizem eles que a busca por resultados imediatos e a disputa por vagas e por
mercados impõe o seguinte: para contribuir efetivamente no atual processo de produção, o profissional tem de saber
no que ele é bom, o que faz bem e no que sente mais prazer em realizar.
“Só um mergulho no interior de nós mesmos pode nos posicionar para enfrentar com sucesso as mudanças”,
diz o consultor de empresas Claudir Franciato, autor dos livros A Façanha da Liberdade,De Empregado e
Empregador e Executivo:A Carreira em Transição.
Faça o teste para se conhecer melhor:
1.Refletindo muito, com sinceridade, posso afirmar que o que mais me emotiva é:
a) -Poder e dinheiro
b) -Realização através da criatividade.
c) - Estar trabalhando com outras pessoas.
2.Em minhas horas de lazer, procuro, na maioria das vezes:
a) -Estar com pessoas que possam me ajudar nos negócios/carreira.
b) -Desenvolver atividades que me realizem mais pessoalmente.
c) -Simplesmente estar com outras pessoas.
114
3.Durante o período dos meus primeiros estudos, saía-me bem nas seguintes matérias:
a) -Exatas(matemática, física,química etc.
b) -Humanas:português, história, geografia, etc.
c) -Em qualquer uma, desde que estudasse em grupo.
4.Diante de problemas que considero mais sérios, minha tendência é:
a) -Dormir tranqüilo como sempre.
b) -Ter mais dificuldades para conciliar o sono.
c) - Preciso desabafar com outras pessoas.
5.Em relação às artes em geral (música,literatura,pintura, etc) posso dizer que:
a )-Sinto muita dificuldade para desenvolver.
b) -Gosto muito e tenho facilidade de aprender.
c) -Tenho preferência por trabalhos artísticos coletivos.
6.Nos aspectos gerais da minha personalidade, posso dizer que:
a)-Tenho autodisciplina, sou organizado e metódico.b) -Prefiro improvisar criativamente
c) -Tenho forte tendência pelo trabalho em equipe.
7.Sempre que surge uma mudança que imponha maior responsabilidade em minha vida:
a) -Continuo focado naquilo que posso fazer hoje.
b) -Fico preocupado e ansioso pelo amanhã.
c) -Procuro repartir as preocupações com outras pessoas.
8.Quanto à minha emotividade:
a) -Procuro extravasar com atitudes práticas. –
b) -Choro com facilidade e demonstro meus sentimentos.
c) -Desabafo com amigos e conhecidos e então me sinto melhor.
Avaliação
Mais do que quatro respostas “A”: você tem o lado esquerdo do cérebro mais desenvolvido.É lógico, racional
e pode se dar bem em atividades que envolvam riscos, pois vai em busca de mais poder e influência sobre as
pessoas.Bom para liderar, para cargos de chefia e para gerir negócio próprio.
Mais do que quatro respostas „B”: ao contrário do item anterior, sua tendência é usar mais o lado direito do
cérebro.Isso significa que é mais criativo, sonhador, visionário.O que é bom para as atividades que demandem mais
criatividade.Gosta de trabalhar sozinho e procura sempre tarefas que lhe dêem prazer.
Mais do que quatro respostas “C”: sua insegurança é compensada com as atividades coletivas.Gosta de
trabalhar em equipe, qualidade cada vez mais valorizada nas empresas modernas.Só precisa não depender tanto das
pessoas, procurando aplica sempre com mais segurança suas próprias aptidões e seus conhecimentos.(Jornal da
Tarde-10.3.96).
115
5.3B - A sociedade de Consumo
Ambientação
É muito difícil fazer uma análise séria de nossa sociedade. Nossa organização social está concentrada no
mercado e a propaganda tem a função de criar necessidades que ampliem as possibilidades do mercado. No entanto,
isso é um fator de destruição do homem, a partir do momento em que se pretende manipular a pessoa. O homem
somente pode auto-realizar-se quando tem liberdade de escolha entre diversas alternativas.
Por quê?
É preciso que se tome consciência do modo como somos manipulados pela propaganda. Esta sutil
manipulação é ainda mais prejudicial porque nos impede de ter uma reação de defesa.
1. O homem na sociedade de consumo
Para conseguir um acúmulo de bens materiais, muitos homens vivem angustiados, trabalhando
excessivamente, incapazes de relaxar, inseguros e tensos. Estes homens tão preocupados em conquistar o seu bemestar, nunca chegam a ele. E muitas vezes caem no desespero. Daí o aumento de suicídios em certas grandes
cidades, exatamente nas sociedades de maior desenvolvimento econômico.
- Sociedade de Consumo é a sociedade em que toda a atividade humana (econômica, política, cultural,
religiosa) está organizada em função de um objetivo: o consumo crescente de bens materiais. A sociedade de
consumo é uma das manifestações da sociedade industrial, no seu atual estágio de desenvolvimento.
2. As duas faces da sociedade de consumo
- Um dos grandes ideais do homem de hoje é o bem-estar. Não consegui-lo é sinônimo de fracasso. O
sucesso é o grande Deus. Não se procura lembrar que a liberdade é um bem frágil, que se pode perder
mesmo sem estar dentro de uma prisão.
A) Alguns aspectos positivos de nossa cultura de consumo:
- a descoberta e o domínio de novas fontes de energia, que a técnica pôs à serviço do homem (embora este
progresso possa ser ambivalente; p. ex.: a bomba atômica);
- a multiplicação e o aperfeiçoamento dos meios de informação e comunicação;
- a conquista do espaço e da natureza;
- o aumento da produtividade, graças à automatização;
- tudo isso possibilita uma progressiva libertação das necessidades básicas (alimentação, roupa, moradia,
saúde).
B) Aspectos negativos – os aspectos negativos, no entanto, parecem ser mais numerosos e graves, porque tendem
a uma manipulação de pessoa humana. Alguns, dos mais graves são:
- o comportamento individual e social se torna cada vez mais automático e estereotipado, controlado pelos
meios de comunicação de massa, mediante refinadas técnicas psicológicas. Assim, instintos profundamente humanos
como a agressividade ou a sexualidade são canalizados para a violência ou a exploração do sexo. Tudo isso com o
objetivo de estimular um consumo sempre maior, insaciável, sob as aparências de uma pseudoliberação da
sexualidade e agressividade;
- o “crescimento econômico” é colocado como a meta principal do sistema e do povo. Os valores econômicos
são postos acima de tudo, na prática;
- surge, assim, o homem unidimensional, cuja maior felicidade é o bem-estar, que é sinônimo de consumo do
maior número possível de artigos e serviços oferecidos pela sociedade industrial. O seu objetivo na vida fica sendo
ganhar mais ,consumir mais, ter prestígio social, subir para posições de comando e assim ganhar mais, para poder
consumir sempre mais;
116
- a sociedade de consumo é também a sociedade da saturação. O homem saciado, isolado, solitário, está
sempre fugindo para não se encontrar consigo mesmo e com os outros. Compra coisas, viaja, faz turismo, tira
fotografia...; no fundo, está inquieto: não sabe porque não é feliz, e isto estraga sua cômoda existência;
- o modelo de desenvolvimento econômico da sociedade de consumo tem como único critério a obtenção do
lucro. Este modelo não leva em conta os prejuízos causados à sociedade humana, a médio e longo prazo, tais como:
a devastação das matérias-primas não-renováveis (minério, petróleo, etc.); se continuar o uso indiscriminado destas
matérias-primas elas se esgotarão em prazo relativamente curto. A devastação e poluição dos recursos naturais
renováveis (florestas, animais, água, ar, etc.); se continuar esta devastação, que destrói e polui, sem se preocupar em
renovar e preservar os ciclos da natureza serão irremediavelmente prejudicados, podendo causar até a destruição da
humanidade.
3. Reações do homem diante da sociedade de consumo
- Quanto mais conhecemos o sistema dentro do qual vivemos, mais consciência temos do perigo de sermos
absorvidos por ele. Isto dá origem a movimentos que querem transformar a sociedade e propor um “novo homem”,
uma “nova sociedade”, onde a pessoa tenha espaço suficiente para não ser manipulada e consiga auto-realizar-se
mais plenamente. É natural que estas pessoas partam de uma utopia: transformar todas as estruturas da sociedade
de consumo não é coisa fácil. É preciso um forte ideal, que dê coragem para enfrentar essa gigantesca máquina.
Três reações mais comuns:
- sentimentos de impotência e angústia, cada vez mais acentuado;
- fuga e conformismo;
- rebeldia e engajamento de minorias conscientes da juventude, intelectuais e operários, que desejam
defender a liberdade humana acima de tudo.
O cristianismo quer libertar o homem de toda escravidão, promover a verdadeira liberdade humana. Esta é a
doutrina que a Igreja sempre pregou. Tudo aquilo que agride a liberdade do homem não é cristão.
Atividade
1.Faça uma lista de 5 aspectos que você considera realmente positivos na sociedade de consumo e 5 negativos.
2.Como conciliar o “ser” com o consumo dos bens necessários, sem cair no consumismo do “ter” que escraviza?
3.Como conciliar a realização pessoal dos seus talentos com a realidade do mercado de trabalho?
(Temas para a Juventude, com adaptações – Fascículo 1A, pp7-9. Sono-Viso.Rio de Janeiro)
117
PROJETO VIDA ESPIRITUAL - ENCONTRO COM DEUS
6.1B - Resposta da Fé
AMBIENTAÇÃO
O problema está aqui, entre nós. As crises de fé entre os jovens aumentam. O valor da fé é vivido de forma
problemática. Muitos continuam duvidando, discutindo, indagando-se sobre a existência de Deus. Além disto, uma
resposta encontrada em um momento da vida não permanece para sempre. As perguntas voltam a ser colocadas.
Não podemos estranhar que se duvide de coisas pequenas, quando está em crise o próprio ato fundamental de ter ou
não fé no outro, no transcendente. E a fé tem que ser um ato humano, racional; a fé não pode ser fideísmo.
Por quê?
Este é um tema de suma importância e de vital atualidade para os jovens. Pode ser que já estejam com uma
série de perguntas ocultas dentro de si. E os problemas de fé são diferentes dos problemas de matemática. A
resposta a eles é uma questão de vida ou morte para o jovem.
1. Viver é ter fé
-
O filósofo Kierkegaard disse que “viver é crer”. Precisamos ressuscitar o valor do verbo “crer”. Este
tem um sentido na vida normal que nos pode ajudar a entender o que significa “fé”.
-
A fé é uma estrutura do dinamismo do ser humano. O dinamismo humano faz com que a pessoa tome
continuamente posição diante das coisas, dos demais homens, aceitando-os ou rejeitando-os, na
medida da valorização de sua realidade. A fé é esta confiança e aceitação da realidade do outro,
quando este outro se torna acessível a mim.
-
A fórmula original da fé é “eu creio em ti”, que na vida comum é uma entrega ao “tu” de outra pessoa
para encontrá-la, para conhecê-la, para participar de seu ser. FÉ, portanto, é uma relação entre
pessoas, e não entre coisas. “Eu creio em algo” é secundário, o que importa é “eu creio em ti”.
-
“Crer” significa “dar – o – coração” (“credere” = “cor – dare ). Só é possível dar o coração a quem se
abre para nós. Porém a pessoa, espírito encarnado, não é inteiramente transparente: não é possível
conhecer tudo o que encerra em si uma pessoa, a partir de seu exterior. Ela é que tem que revelar-se,
para ser aceita pelo outro. Para crer no outro, é preciso crer no que diz, no que exige, no que é. Esta
fé se concretiza em enunciados, porém estes sempre existem em relação à pessoa, nunca se podem
entender separados da pessoa.
-
Crer significa participar daquele em quem se crê, fazer-se um com ele. Para o cristão, significa estar
em comunhão com Cristo, “ser em Cristo”, colocar o fundamento da existência fora de si, em Cristo. E
isto é possível porque Cristo é a plenitude, é o Senhor.
-
A fé cristã se diferencia da fé antropológica. Da experiência da fé humana podemos vislumbrar um
Ser Absoluto. Porém esta fé somente se torna cristã quando este Ser nos revela algo de Si mesmo,
nos dá algum sinal de sua Presença.
2. A fé bíblica
a) Antigo Testamento
- O reconhecimento de Javé como o „único Deus”; o reconhecimento de sua presença e ação na
História da salvação. A confiança em sua bondade e sua fidelidade à Aliança. A obediência a seus
mandamentos. O aspecto das relações entre Javé e seu povo que mais se repete é o de confiança.
Pela fé, o homem se relaciona com Deus, se abandona em suas mãos. CONFIA em sua palavra, e
entra em comunhão de vida com Ele. Crer é dizer “amém” às palavras, promessas e mandamentos de
Deus.
118
b)Novo Testamento
-
-
A fé é a entrega total da pessoa a Deus, em Jesus Cristo, Seu Filho, que nos falou e se comunicou a
nós. Isto afeta ao crente na intimidade de seu ser. Ele se compromete à luta diária diante da tentação
de “viver sem Deus”, à prece cotidiana: “creio, Senhor, ajuda a minha incredulidade” (Mc 9,24).
A fé, acima de tudo é a aceitação incondicional de Jesus Cristo, como norma decisiva da própria
existência.
c) Aspectos Eclesiais da fé
-
-
Só podemos chegar a Cristo através dos relatos de gerações passadas, da compreensão que tiveram
dele, a partir de seu contexto cultural. Existem aqui dois aspectos: um absoluto: “em que crer”; e outro
relativo: “o modo de expressar esta fé historicamente”. Não se pode querer que nas fórmulas usadas
pelas gerações passadas estejam explicitadas toda a fé, pois Deus é insondável, e existe um
progresso de intelecção na consciência cristã. A linguagem sobre Deus nunca é definitiva. Os cristãos
do passado iluminam e orientam nosso modo de entender a fé, são nossos pais e pedagogos; porém,
ao mesmo tempo, nós devemos aperfeiçoar e exprimir a nosso modo esta fé que nos foi dada.
A fé é um DOM, não é uma CONQUISTA. Este dom nos é revelado e concedido no meio da
comunidade que vive esta realidade. O homem aprende a crer com os crentes.
3. E vós, quem dizeis que eu sou?
-
-
Jesus faz uma pergunta muito direta aos discípulos: “Quem sou Eu?”. Pedro deu a resposta pelos
discípulos e por nós (Mc 8,29). Pedro deu a resposta por todos. Nós também damos esta resposta
com freqüência no Credo. Para Abraão, pai de nossa fé (Rom 4,16), crer foi descansar em Deus,
fundamentar-se em Deus, fundamentar-se em Deus, em Sua Palavra, entregar-se por completo. Dizer
amém, “assim seja” supõe entrega de si mesmo e aceitação de algo.
A fé do Novo Testamento aceita Jesus como o Absoluto: “Eu sou” (Jô 8,24). Crê em Jesus Cristo, por
quem Deus falou e agiu definitivamente; fundamenta a existência nele (Gal 2,20; Ef 3,17).
4. Confessar a fé
-
A revelação vem a nós. Nos interpela. Faz-se perceptível. O conteúdo da fé não é uma formulação
arbitrária, mas sim concretização do “Creio em Ti”.
-
A confissão da fé supõe ânimo e valor, força de decisão e responsabilidade, a vontade de cumprir o
dever. Fundamenta-se na convicção de que conhecemos aquilo de que fazemos profissão.
-
O que professamos? Aquilo que não é evidente para todos, aquilo em que se tem fé, aquilo que nunca
conheceremos totalmente, aquilo que gera contradição. Aquilo em que se fundamenta uma existência.
-
Se queremos atingir sempre o núcleo, o ponto central da fé, dizemos: “Jesus é o Senhor”.
-
A profissão de fé significa também que empenhamos a palavra e a responsabilidade perante os
outros. Podemos ser julgados pela palavra empenhada.
ATIVIDADES
1.) Debate em grupo: A DESILUSÃO, ver seu aspecto positivo, como possibilidade de chegar à esperança
verdadeira através da perda das ilusões.
2.) Pesquisa em grupo: as esperanças dos jovens de hoje.
3.) Tema para redação: “NÓS, CRISTÃOS, ESPERAMOS O QUÊ, E POR QUE ESPERAMOS?”
(Temas para a Juventude – Fascículo 3B, pp. 12-14. Sono-Viso.Rio de Janeiro)
6.2B – MENSAGEM DAS FELICIDADES – CELEBRAÇÃO-JOGRAL (Ver na 3a. Parte)
119
6.3B – PROJETO ENCONTRO COM DEUS – VIDA ESPIRITUAL
ESTE HOMEM É PERIGOSO...
Eis aqui um homem que nasceu numa obscura aldeia, filho de uma camponesa. Cresceu em outra humilde
aldeia. Trabalhou como modesto carpinteiro até os 30 anos. Foi somente durante os 3 anos seguintes que pregou sua
mensagem...
Nunca escreveu um livro... Nunca exerceu qualquer cargo “de projeção”... Nunca construiu um lar, nem
constituiu uma família...Nunca freqüentou uma universidade...Nunca as plantas dos seus pés pisaram uma grande
cidade....Nunca se distanciou mais de 300 km do povoado onde nasceu...Nunca fez alguma coisa que pudesse
apresentar grandeza...Suas credenciais eram as qualidades da sua própria Personalidade...Nada teve em comum
com este mundo, exceto o simples poder de sua singular humanidade...
Quando se fez conhecer, o ímpeto da opinião popular se voltou contra ele. Seus amigos o negaram e o
abandonaram... Um deles o traiu e o vendeu aos inimigos... Foi condenado mediante a farsa de um juízo simulado...
Foi cravado numa cruz entre dois ladrões... Enquanto morria, seus executores tiravam sorte sobre a única propriedade
que tinha na terra: sua Túnica...Depois de morto, foi enterrado em um túmulo emprestado pela piedade de um amigo.
Vinte longos séculos são passados e, hoje, ele é o personagem central da raça humana e Líder da
civilização moderna...
Todos os exércitos deste mundo, todas as frotas que já se construíram, todos os parlamentos que já se
reuniram, assim como todos os reis que já reinaram, postos todos juntos, não influíram tão poderosamente na vida da
humanidade como fez esta vida singular – JESUS CRISTO!
Ele surgiu em Nazaré, fazia milagres -Mc 6,2; e uma grande multidão o seguia –Mt 13,2; l4,13; Mc 3,7-8 ; a
todos Ele ensinava com autoridade – Mc 1,22 e Lc 4,32. ”Vocês ouviram o que foi dito aos antepassados...Mt
5,21,mas EU DIGO a vocês que estão me ouvindo: amem os seus inimigos e façam o bem aos que odeiam vocês.
Desejem o bem para aqueles que maltratam vocês... “Façam aos outros a mesma coisa que querem que os outros
façam a vocês – Lc 6,27. 31. “Eu lhes dou um novo mandamento: amem também uns aos outros. Se tiverem amor
uns pelos outros, todos saberão que vocês são meus discípulos, meus seguidores” – João 13,34-35. “O céu e a terra
desaparecerão, mas as minhas palavras ficarão para sempre” – Mt. 24,35. Sua fama se espalhava por todos os
lugares da redondeza – Lc 4,37; e toda a cidade ficou agitada e o povo perguntava:” Quem é Ele? e as multidões
respondiam: Este é Jesus o Profeta de Nazaré da Galiléia” – Mt 21,10-11. Jesus de Nazaré viveu aquilo que pregou,
por isso, até hoje ELE nos questiona, interpela, se propõe como modelo de vida que, se levado a sério, realizar-nos-á
plenamente.
Esta pergunta feita há dois mil anos, vem atravessando os séculos, inquietando os homens de todos os
tempos, épocas e condições sociais. Diante Dele, ninguém fica indiferente. Ou se diz: ”Bobagem! Loucura! Escândalo!
– l Cor 1,23 ; ou se diz: “Meu Senhor e meu Deus – João 20,28.
-
Ontem, como hoje, se formaram diversas opiniões. Para muitos, Jesus é:
um sedutor de massas – Lc 23,2;
um revolucionário que muda a Lei de Moisés – Mt 15,1ss;
um blasfemador que se faz igual a Deus - Jo 10,33;
um louco – Mt 3,21;
um falso profeta – Mt 26,61;
O HOMEM QUE É DEUS E O DEUS QUE É HOMEM – MT 27.
Tudo isso nos mostra que Jesus:
Viveu realmente engajado na vida dos homens, teve muitos e bons amigos – Jo 1l,5;
Fez o bem a todos, sem distinção – Mt 12,15;
Compadeceu-se de todos os que sofriam – Mc 6,34;
Perdoou a todos, até aos inimigos – Lc 23,33-34;
Questionou as autoridades civis e religiosas do seu tempo – Mt 23 e por fim nos deixou um grupo de homens
para continuar a sua missão – Mt 4, 12-16.
Foi preso – Lc 22,54; torturado – Lc 22,63, e morto – Lc 23,44, mas RESSUSCITOU - Lc 24, 4-6.
120
Embora nunca possamos captar a totalidade do Mistério da pessoa de Jesus de Nazaré, podemos afirmar que
Ele se encarnou para mostrar o desejo de Deus a nosso respeito: fazer da vida da gente VIDA DE GENTE1 E isso
é possível. O HOMEM DE NAZARÉ revelou em sua humanidade tal grandeza e profundidade que os apóstolos
e os que o conheceram, no final de um longo processo de busca, só puderam exclamar: ”Humano assim, como
Jesus, só pode ser DEUS”!
Chamado também Messias, Filho de Deus, Rei dos Reis, Príncipe da Paz.
Conhecido como Líder de um movimento de libertação.
-
Eu sou a Luz e tu não me vês;
Eu sou o Caminho e tu não me segues;
Eu sou a Verdade e tu não crês em mim;
Eu sou a Vida e tu não me procuras;
Eu sou o Mestre e tu não me ouves;
Eu sou o Senhor e tu não me obedeces;
Eu sou o teu Deus e tu não recorres a mim;
Eu sou o teu Grande Amigo e tu não me amas;
Se te sentires infeliz, a culpa não é minha....
ACUSADO POR:
Perdoar criminosos, adúlteras, ladrões e todos os homens de seus pecados;
Expulsar os vendedores do Templo;
Curar doentes e ressuscitar mortos;
Amar a homens, mulheres, jovens e crianças!
Afirma ser o mediador entre Deus e os homens.
Afirma fazer àqueles que o seguem, filhos de Deus, oferecendo-lhes uma realidade espiritual num mundo
material. Afirma Ter ressuscitado dos mortos. Afirma penetrar na vida dos que O recebem. Seus seguidores se
transformam pelo e para o AMOR.
CUIDADO! Este homem é extremamente perigoso. Sua mensagem
transformadora é bem recebida,
particularmente pelos pobres, humildes, perseguidos e injustiçados; pelos jovens e adultos que ainda não foram
ensinados a ignorá-lo. Ele muda radicalmente os homens!
AVISO: Ele ainda está às soltas!... E você já o procurou? Contamos com você: PROCURA-SE JESUS CRISTO!
(Euclides de Bastiani)
121
6.4B: Projeto Síntese Integração harmoniosa Vida e Fé - Maturidade – Características – Síntese do Encontro
Pistas para ajustamento normal ou teste dos sinais de um ajustamento normal
1. Estado de integração biopsíquica que se traduz por uma vivência habitual de paz, bem-estar, segurança,
alegria, otimismo, entusiasmo, serenidade.
2. Saber compreender-se, analisar-se objetivamente, sem se inferiorizar nem supervalorizar. Aceitar-se a si
mesmo, procurando aperfeiçoar-se, sem pretensões exageradas nem desânimo. Ser humilde.
3. Ter força de vontade para dirigir racionalmente o comportamento, para submeter as necessidades e emoções
ao livre arbítrio e não se escravizar à impulsividade cega dos instintos.
4. Conseguir manter o controle sexual dentro das exigências da racionalidade humana, sem os desvios da
impotência, da frigidez ou vícios sexuais.
5. Disposição para simplificar situações conflituosas, não criar dificuldades imaginárias e saber solucionar as
reais.
6. Abertura para transpor os horizontes do próximo, entendendo sua problemática à luz das dificuldades dos
outros e não de si mesmo.
7. Ser capaz de amar, sintonizar com outras subjetividades =pessoas, compreender o próximo e exercer a
caridade, a simpatia, e solidariedade humana.
8. Capacidade para dar respostas adaptadas aos estímulos do ambiente, com reações previsíveis, dentro de
certa margem.
9. Facilidade de adaptação ao meio ambiente, ajustamento simpático ao grupo e espírito de colaboração.
10. Dedicar-se a objetivos para além do próprio Eu, consagrar-se generosamente ao ideal de uma vocação.
11. Contato realista com o mundo externo sem deformações subjetivas e ajustamento profissional, respondendo
pelos compromissos assumidos, ser responsável.
12. Relativa emancipação da opinião alheia, subtraindo-se da tirania do coletivo e das influências que anulam a
personalidade.
13. Firmar convicções de uma Filosofia de vida, capaz de valorizar as realidades de vida e estabelecer uma
escala de valores humanos e religiosos, integrando Vida e Fé.
14. Realização dos projetos de Vida, com estas orientações: conseguir a melhor conduta, não se preocupar com
resultado; melhor gozar o que se possui e se alcança do que sofrer pelo que não se tem ou pelo que se perde;
levar a vida “sem pausa, nem pressa”, devagar e sempre; preferir a agilidade à força, a tolerância à teimosia,
ser credor a ser devedor de gratidões; buscar equilíbrio entre impulsos, paixões e razões, também entre
trabalhos, repousos e distrações = higiene mental; buscar mais “fazer o bem” do que “sair-se bem”,
compreender mais do que ser compreendido, viver mais para ajudar do que pedir ajuda para viver; dissolver o
mal com superabundância de bem; suavidade no método = forma e firmeza no propósito.
15. Imagem do Homem Feliz. Não é o exaltado, nem o otimista insensato, nem o tolo conformista.O homem feliz é
aquele que, em primeiro lugar, se sente homem, isto é, vive em toda sua plenitude, sua dignidade humana,
sem orgulho nem humilhação... Aquele que tem fé em si e na obra que realiza, com suas aptidões sabe driblar
as resistências opostas. O homem feliz é aquele que renova cada dia sua tarefa com a serenidade eficiente
de quem não teme nem a vida, nem a morte, pois se mantém no nível que lhe corresponde, pelo
desenvolvimento perseverante do seu plano vital, conscientemente elaborado e não pela graça de outros ou a
expensas deles. O homem feliz é aquele que desenvolve um caráter flexível e, sem dúvida, inquebrantável
como o aço. Ele sabe criar com seu exemplo: paz, confiança, bem-estar ao redor de si, sem exageros
místicos. Soube seguir os passos ascendentes que o levaram a merecer seu bem-estar, assim resumindo:
“Estudou para saber. Soube para fazer. Fez para valer. Valeu para servir. Serviu para merecer... VIVER
FELIZ. É, portanto, quem tem Fé na Razão e razão na Fé”.
(Psicopatologia, Célia Sodré Dória, p. 55-57, até o nº 13. Nºs 14-15 do livro Juventude e Felicidade do Prof. Pe.
Edísio Silva, comentando Emílio Mira y Lopes).
122
7 – EXPERIÊNCIAS COM GRUPOS DE JOVENS
GRUJER: Grupo de Jovens de Ensino Religioso - Educação Religiosa e sua organização.
SETORES E EQUIPES DE ATIVIDADES PERMANENTES NAS ESCOLAS.
SILAS: Sensibilidade, Interesse, Liderança e Ação Solidária são as qualidades ou requisitos dos nossos jovens
participantes.
LEMA: Fé, União, Oração e trabalho.
CONTEXTO:A Igreja-Povo de Deus, como Comunidade reunida na Fé=Anúncio; no Culto=Liturgia:oração Sacramentos; no Amor e Fraternidade=Testemunho Comunitário e no Diálogo e Serviço da Solidariedade na
sociedade e no mundo.
I.SETOR CULTURAL E SUAS EQUIPES: CRISTÃOS DE CABEÇA=COMUNIDADE DE FÉ.
A. Equipe de Comunicação:
1. Comunicação e correspondência com outros grupos de jovens e entidades assistenciais e
promocionais.
2. Publicidade, propaganda e marketing do grupo e seus eventos com cartazes, recursos informáticos,
jornais, murais, faixas, regras de trabalho em sala de aula.
3. Mensagens positivas no mural da sala, com a colaboração dos professores gentilmente solicitados.
4. Fazer levantamentos de assuntos de interesse das classes para cinefórum e para as oportunidades
de estudo e formação, utilização crítica dos meios de comunicação social – MCS.
5. Montagem de jograis para oportunidades.
6. Sessões de filmes para cinefórum e debates.
7. Colaboração em palestras, dias de estudo, informações vocacionais.
8. Preparar cartazes de orientação para os encontros de adolescentes, de jovens e dias de
convivência.
9. Cartazes característicos dos tipos de jovens.
10. Preparar crachás em cores e números e alfinetes para os encontros.
11. Digitar testes e textos para os encontros.
12. Lista de presença.
B. Equipe de Teatro e Dramatização:
1. Dramatização de situações educativas nos encontros e em outras oportunidades para classes e entre
classes;
2. Dramatizações de textos religiosos nas festas comemorativas da escola;
3. Montagem de peças de algum porte ou esquetes= peças curtas, lúdicas e educativas, para classes e
visitas a entidades carentes.
II.SETOR DE ANIMAÇÃO E SUAS EQUIPES: CRISTÃOS DE CORAÇÃO=COMUNIDADE DE AMIZADE,
FRATERNIDADE E ORAÇÃO.
C. Equipe Grupo Musical : ALEGRIA DE VIVER.
1. Organizar os grupos de violões e teclados.
2. Preparar as letras dos cantos para as Festas Comemorativas, Dias de Convivência e Encontros de
Jovens, quando puderem participar.
3. Ensaiar e entrosar o Grupo Musical com o Coral da Escola nos eventos comemorativos.
4. Animar os dias de convivência e recreação comunitária nos encontros, ao vivo ou com gravador,
fitas.
5. Promover, se possível, música ambiental nos intervalos e recreios escolares.
D. Equipe de Esportes : CORPO E MENTE SADIOS
1. Organizar a parte esportiva nos Dias de Convivência.
2. Fazer a montagem da tabela dos times das classes.
3. Providenciar árbitros e apitos.
4. Indicar cronometrista dos tempos dos jogos.
5. Acompanhar toda a atividade de modo responsável, revezando os encarregados.
6. Colaborar com os professores nas atividades esportivas do colégio.
7. Preparar jogos e brincadeiras de salão em recreação dirigida, gestos, aeróbica, etc.
123
E. Equipe de Convivência e Bem-estar
1. Escalar grupo de acolhida e encaminhamento para as atividades.
2. Preocupar-se com os colegas isolados, problemas de classe e colaborar na solução.
3. Promover nas classes o clima de bom relacionamento entre colegas e professores.
4. Valorização dos aniversariantes do mês dos participantes dos GRUJER e dos colegas.
5. Participação nos Encontros de Pais, se for preciso;
6. Encarregar-se da organização do lanche comunitário nos Dias de Convivência: escolher local,
combinar os salgados, doces e bebidas com a classe, receber os lanches e cuidar do lugar e hora
de servir, providenciar abridor, copos plásticos, guardanapos, sacos de lixo, servir o lanche para
ganhar tempo.
7. Impedir entrada de pessoas estranhas.
8. Indicar sineteiro para a chamada geral das atividades.
9. Providenciar “Caixinha de Pronto Socorro” com analgésicos, curativos, pomada, algodão, etc.
10. Entrosamento das turmas nos Encontros de Jovens.
11. Cartazes e mensagens sobre Amizade e Participação.
III. SETOR DE SOLIDARIEDADE E PROMOÇÃO HUMANA: CRISTÃOS DE MÃOS E PÉS=COMUNIDADE DE
AMOR E SERVIÇO AOS NECESSITADOS.
F. Equipe de Promoção Humana e Solidariedade.
1. Promoção de Campanhas Escolares: Fraternidade, Alimentos, Agasalho, assuntos educativos,
etc.
2. Visitas a Entidades de Promoção Humana: Creches, Casas de Crianças e Jovens (CAJS), Casas
de Repouso para Idosos, etc.
3. Visitas a outras escolas para trocar experiências com outros grupos de jovens.
G. Equipe de Idéias e Planejamento, Coordenação e Organização.
1. Manter e organizar uma central de idéias e sugestões.
2. Coordenar as diversas equipes e suas atividades.
3. Preparar palestras vivenciadas e palestrantes.
4. Preparar projetor, slides, retroprojetor e vídeos.
5. Preparar e orientar os dirigentes dos círculos.
6. Selecionar cantos apropriados.
7. Ajudar na organização dos encontros de pais.
8. Organização das dinâmicas de grupo para as atividades programadas.
9. Formação de líderes com espírito crítico e compromisso ambiental.
10. Avaliar as experiências de liderança nas equipes organizadas.
H. Projetos de atuação para o ano 200...
1. Projeto GRUJER com setores e equipes para realizar as propostas.
2. Projeto Visita e Informação nas classes.
3. Projeto Cinefórum.
4. Projeto Campanhas Sociais.
5. Projeto Convivência e Aniversariantes.
6. Projeto Encontros de Adolescentes e Jovens.
7. Projeto 1a. Eucaristia e Família.
8. Projeto Celebrações e Participações.
9. Projeto Pastoral de Educadores.
10. Projeto Cursos de Formação e Treinamento para educadores do Ensino Religioso,em parceria
com a Pastoral da Educação e Pastoral Regional do Ensino Religioso da CNBB.
ELABORAÇÃO DO PADRE EDÍSIO SILVA, COM A COLABORAÇÃO E SUGESTÕES DOS JOVENS
PARTICIPANTES E DINAMIZADORES DAS ATIVIDADES E PROJETOS.
124
8 - MENSAGEM DO CONCÍLIO AOS JOVENS (Continua atual para os nossos dias)
A vós, juventude masculina e feminina do mundo inteiro, é que o Concílio quer endereçar sua última
mensagem. Vós ireis receber a chama das mãos dos mais velhos e viver no mundo no momento das mais
gigantescas transformações de sua história. Vós, recebendo o melhor exemplo e ensinamento de vossos mestres,
ireis construir a sociedade de amanhã. Vós vos salvareis ou perecereis com ela.
A Igreja, durante quatro anos trabalhou para rejuvenescer o rosto, para corresponder melhor aos planos do
Fundador, o grande Vivente, o Cristo eternamente jovem. E ao termo dessa grandiosa “Revisão de Vida”, ela se volta
para vós. É para vós jovens, para vós, sobretudo, que ela, no Concílio, acaba de acender uma luz: luz que ilumina o
futuro, o vosso futuro.
A Igreja se preocupa para que a sociedade, que vós ireis construir, respeite a dignidade, a liberdade e os
direitos das pessoas: e essas pessoas são as vossas.
Ela se preocupa, sobretudo, em fazer com que essa sociedade deixe desabrochar seu tesouro sempre antigo
e sempre novo: a fé; e que vossas almas possam banhar-se livremente em suas luzes benfazejas. Ela confia que vós
encontrareis tanta força e alegria de tal modo que não sereis tentados, como alguns de vossos antepassados, a ceder
à sedução das filosofias do egoísmo e do prazer, ou àquelas do desespero e do nada. Perante o ateísmo, fenômeno
de cansaço e senilidade, vós sabereis afirmar a vossa fé na vida e naquilo que lhe dá sentido, isto é, a certeza de um
Deus justo e bom.
Em nome desse Deus e de seu Filho Jesus, nós vos exortamos e alargar os vossos corações segundo as
dimensões do mundo, a ouvir o apelo de vossos irmãos e a colocar corajosamente a seu serviço vossas energias
jovens. Lutai contra todo o egoísmo. Recusai dar curso livre aos instintos de violência e ódio, que geram guerras, com
seu cortejo de misérias. Sede generosos, puros, respeitosos e sinceros. Construí com entusiasmo um mundo melhor
que aquele de vossos antepassados.
A Igreja olha para vós com confiança e amor. Rica de um longo passado, que vive sempre nela, e caminhando
para a perfeição humana no tempo e para os destinos últimos da história e da vida, a Igreja é a verdadeira juventude
do mundo. Ela possui aquilo que faz a força e o encanto dos jovens: a capacidade de se alegrar com o que começa,
de se entregar sem reserva, de se renovar e de sair para conquistas novas. Contemplai-a e vós descobrireis nela a
face de Cristo, o verdadeiro herói, humilde e sábio, o profeta da verdade e do amor, o companheiro e amigo dos
jovens. É em nome de Cristo que nós vos saudamos, que vos exortamos e abençoamos.
PRECES E CANTOS PARA ENCONTROS DE ADOLESCENTES E JOVENS
1. Prece de Amorização - para o início dos trabalhos
Senhor e Amigo de todos nós,/ no silêncio deste dia que amanhece,/ venho pedir-te a sabedoria,/ a paz e a
força. Quero olhar hoje o mundo/ com olhos cheios de amor,/ ser paciente,/ compreensivo,/ manso e prudente.
Quero ver teus filhos,/ meus irmãos,/ além das aparências,/ como tu mesmo os vês/ e assim não ver senão o
bem em cada um deles.
Fecha meus ouvidos a toda calúnia,/ guarda minha língua de toda maldade,/ que só de bênçãos se encha o meu
coração/ e em meu peito transborde o teu amor.
Que eu seja tão bondoso e alegre/ que todos quantos se achegarem a mim/ sintam a tua presença. Reveste-me da
tua beleza, ó Senhor/ e que no decurso deste dia/ eu te revele a todos/ e não oculte a tua face.
2. Prece da Juventude
Cristo Jovem,/ nosso líder e nosso amigo,/ reformador da sociedade e companheiro de jornada,/ queremos
oferecer-lhe todo o nosso dia,/ nossos trabalhos,/ nossas lutas,/ nossas alegrias e nossas fossas.
Conceda a nós e aos nossos colegas jovens/ o pensar como você,/ trabalhar como você/ e viver como você,/ amando
como você.
Ajude-nos a amá-lo como fonte da nossa felicidade,/ ajude-nos a amar a nós mesmos e aos outros,/ sem nos
deixarmos arrastar pelas escravidões do mundo que nos cerca.
Ensine-nos a enfrentar valentemente/ as nossas deficiências e falhas,/ os desafios e as armadilhas do ambiente/ para
prepararmos a fidelidade sem desfalecimentos/ de toda a nossa vida.
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Esteja presente em nossos lares, / em nossas escolas,/ em nossos escritórios/ e em nossas fábricas,/ em nossos
clubes,/ em nossos divertimentos e em nosso lazer.
Assim, o mundo novo que você chama de Reino do Pai/ irá se construindo por você e por nós, / teremos a
capacidade e a criatividade/ de transfigurar este mundo,/ para que ele se torne a habitação acolhedora e fraterna/
nascida da Civilização do Amor.(Oração do Grujer)
3. Prece – Canto de Fraternidade
Procuro alguém que cante/ comigo esta canção,/ que venha repartir/ comigo o coração,/ que saiba dizer sim,/
que saiba dizer não,/ que diga sim à vida/ mesmo quando ela diz não/ e quero um companheiro/ que me aceite
como irmão.
Você é meu irmão/ você é meu irmão,/ você, você... você é meu irmão.
Ao longo do caminho,/ eu rezo uma oração/ que é feita de esperança,/ que vai no coração,/ que sabe dizer sim,/ que
sabe dizer não,/ sorri para a verdade/ não mergulha na ilusão/ e quero um companheiro/ que me aceite como irmão.
Eu faço um mundo novo/ ao longo dos meus passos,/ enquanto existe povo,/ não sei o que é cansaço,/ o
mundo está melhor,/ pois hoje eu sei sorrir/ e levo o meu sorriso/ a quem padece solidão/ e quero um
companheiro que me aceite como irmão. (Pe. Zezinho).
4. Prece de Interrogação e Busca – Para antes das Palestras e Debates
Senhor,/ há tantas perguntas na minha vida/ que ainda não sei responder,/ tantos problemas/ para os quais
ainda não vejo solução. Fico sem saber o que dizer:/ um dia vivo cheio de esperanças,/ já no outro, me sinto
desanimado, onde encontrar paz e alegria? Dizem-me que nasci para ser feliz,/ mas ainda não vejo como.
Dizem-me que tu me conheces melhor que eu a mim mesmo. Pois então, me dá uma resposta,/ porque estou
buscando e esperando, Senhor. Que seria do amor, se fôssemos obrigados a amar? Não seria amor. Livra-me,
Senhor,/ do meu amor interesseiro que não é amor,/ é egoísmo. Livra-me, Senhor,/ do meu egoísmo/ que não
me deixa dialogar. Envia-me, Senhor, a luz do teu Espírito de sabedoria/ para que eu conheça/ a verdade dos
teus caminhos para a Felicidade.
5. Prece – Canto de São Francisco
Senhor, / fazei-me um instrumento da vossa paz. Onde houver ódio que eu leve o amor/ Onde houver ofensa,
que eu leve o perdão, / onde houver discórdia que eu leve a união, / Onde houver dúvidas, que eu leve a fé.
Onde houver erro, que eu leve a verdade, / Onde houver desespero, que eu leve a esperança, / Onde houver
tristeza, que eu leve alegria,/ Onde houver trevas que eu leve a luz.
Ó Mestre, / fazei que eu procure mais/ consolar que ser consolado, / compreender que ser compreendido, /
amar que ser amado, / pois é dando que se recebe, / é perdoando que se é perdoado/ e é morrendo que se vive
para a Vida Eterna. (Pe. Irala).
6. Canto – Mensagem de Acolhida
AMIGO, SÊ BEM-VINDO, / vem trazendo amor e paz./ Corações também, amigo, / tu aqui encontrarás. A nossa
felicidade na amizade se dá as mãos/ e o presente, de repente, faz do céu o nosso chão./ O encontro será
festa, / partilha da festa quem sabe amar/ e a alegria contagia nosso viver/ e o nosso cantar. Estava à tua
espera, / o que já era em nós canção, / sê bem-vindo,/ vem sorrindo,/ que te abraça o coração.
7. Mensagem Resposta
Estamos aqui, Senhor, / viemos de todo lugar, / trazendo um pouco do que somos, / pra nossa fé partilhar, /
trazendo o nosso louvor, / um canto de alegria, / trazendo a nossa vontade/ de ver raiar um novo dia.
Estamos aqui, Senhor, / cercando esta mesa comum, / trazendo idéias diferentes, mas em Cristo somos um / e
quando sairmos daqui, / nós vamos para agir na força da esperança / e na coragem de lutar. (C.Crismal)
126
8. Alô, Bom Dia – com gestos
Alô, bom dia, ó como vai você? Um olhar bem amigo, um claro sorriso, um aperto de mão.
E a gente, sem saber como e por que, se sente feliz e sai a cantar uma alegre canção.
Bom dia nada custa ao nosso coração e é bom fazer feliz o nosso irmão. Por Deus se deve amar, amar sem distinção,
alô, bom dia, irmão.(Missionárias em LP-1001)
9. Momento Novo
Deus chama a gente pra um momento novo, / de caminhar junto com seu povo. É hora de transformar o que
não dá mais, / sozinho, isolado, / ninguém é capaz.
Por isso vem, entra na roda com a gente também. Você é muito importante (bis), vem.
Não é possível crer que tudo é fácil. Há muita força que produz a morte, / gerando dor, tristeza e desolação, / é
necessário unir o cordão.
A força que hoje faz brotar a vida / atua em nós pela sua graça. É Deus quem nos convida pra trabalhar, o amor
repartir e as forças juntar. (Cantemos ao Senhor, n.12).
10. Louvado seja o meu Senhor – 4 x –
Por todas as suas criaturas, / Pelo sol e pela lua, / Pelas estrelas do firmamento, / Pela água e pelo fogo – 3 tempos.
Por aqueles que agora são felizes, / Por aqueles que agora choram, / Por aqueles que agora nascem, / Por aqueles
que agora morrem.
O que dá sentido à vida, / É amar-te e louvar-te, / Para que a nossa vida / Seja sempre uma canção. (Louvemos o
Senhor, n. 67)
Pelos dons que tu nos deste, / Vida nova, estudo e fé / A amizade destes anos, / As conquistas e os muitos sonhos.
(Louvemos o Senhor, n. 67).
11. Águia Pequena
Tu me fizeste uma das tuas criaturas, com ânsia de amar, / águia pequena que nasceu para as alturas, com
ânsia de voar. / E eu percebi que as minhas penas já cresceram, / e que preciso abrir as asas e tentar. / Se eu
não tentar, não saberei como se voa / Não foi à toa que eu nasci para voar.
Pequenas águias correm risco quando voam, mas devem arriscar, / só que é preciso olhar os pais como eles voam e
aperfeiçoar. / Haja mau tempo, haja correntes traiçoeiras, / se já têm asas seu destino é voar. / Têm que sair e
regressar ao mesmo ninho / e outro dia outra vez recomeçar.
Tu me fizeste amar o risco das alturas com ânsia de chegar. / E embora eu seja como as outras criaturas, / não sei me
rebaixar. / Não vou brincar de não ter sonhos, / se eu os tenho, / sou da montanha e na montanha eu vou ficar. Igual a
meus pais, / vou construir também meu ninho, / mas não sou águia se lá em cima eu não morar.
Tenho uma prece que eu repito suplicante por mim, por meu irmão, / dá-me esta graça de viver a todo instante a
minha vocação. / Eu quero amar um outro alguém do jeito certo. / Não vou trair meus ideais pra ser feliz. / Não vou
descer, nem jogar fora o meu projeto. / Vou ser quem sou e sendo assim serei feliz.(Pe. Zezinho)
12. O Semeador – Parábola
Refrão – Ó quanto é bom, quão salutar, a voz de Deus sempre escutar – bis
1. Saiu o que semeia a semear, / os grãozinhos jogando por jogar. / Uma parte caiu entre os espinhos e outra parte, /
ao longo dos caminhos. / Saiu o que semeia a semear, / os grãozinhos jogando por jogar. / Uma parte caiu nos
pedregais e outra em terra propícia aos vegetais.
127
2. Os homens, no caminho a transitar, / os grãozinhos esmagam ao pisar. / Avesinhas voando vêm do céu, /
devorando o grãozinho achado ao léu. / O que entre os espinhos foi cair / coitadinho não pôde à vida vir, / O infeliz
que caiu nos pedregais / teve sede e morreu como os demais.
3. Quem sem ter firmeza em sua fé / é o cristão que ora é e depois não é, / Neste solo não há irrigação / e é aí que a
semente cai em vão. / O solo é o nosso coração / a palavra de Deus é pois o grão, / Que só vinga e dá fruto cem por
um, / se encontra sempre em nós disposição.(Associação do Senhor Jesus)
13. Música “É” . Bronca x Mundão
É, a gente quer valer o nosso amor, / A gente quer valer nosso suor, / A gente quer valer o nosso humor, / A gente
quer do bom e do melhor, / A gente quer carinho e atenção, / A gente quer calor no coração, / A gente quer suar, mas
de prazer, / A gente quer é ter muita saúde, / A gente que viver a liberdade, / A gente quer viver felicidade.
É, a gente não tem cara de panaca, / A gente não tem jeito de babaca, / A gente não está com a nudez exposta na
janela, / pra passar a mão nela. / É, a gente quer viver pleno direito, / A gente quer viver todo respeito, A gente quer
viver uma nação, / A gente quer é ser um cidadão. É... É... (Gonzaguinha)
14. Jovem Galileu
Um certo dia, à beira-mar, apareceu um jovem galileu. / Ninguém podia imaginar que alguém pudesse amar / do jeito
que ele amava. / Seu jeito simples de conversar tocava o coração de quem o escutava.
O seu nome era Jesus de Nazaré, / sua fama se espalhou e todos vinham ver / o fenômeno do jovem pregador,
/ que tinha tanto amor.
Naquelas praias, naquele mar, / naquele rio e em casa de Zaqueu. Naquela estrada, naquele sol e o povo a escutar
histórias tão bonitas. Seu jeito amigo de se expressar enchia o coração de paz tão infinita.
Em plena rua, naquele chão, naquele poço e em casa de Simão. Naquela relva, no entardecer,/ o mundo viu nascer a
paz de uma esperança. / Seu jeito puro de perdoar fazia o coração voltar a ser criança.
Um certo dia, ao tribunal, alguém levou o jovem galileu. Ninguém sabia qual foi o mal e o crime que ele fez, quais
foram seus pecados. / Seu jeito honesto de denunciar mexeu na posição de alguns privilegiados. E mataram a Jesus
de Nazaré/ e no meio de ladrões puseram sua cruz, / mas o mundo ainda tem medo de Jesus, que tinha tanto
amor.(Pe.Zezinho-LP 0312)
15. Por Causa de Um Certo Reino
Por causa de um certo Reino, / estradas eu caminhei, / buscando sem ter sossego / o Reino que eu vislumbrei, /
brilhava a estrela d`alva e eu quase sem dormir, / buscando este certo Reino e a lembrança dele a me perseguir.
Por causa daquele Reino, / mil vezes eu me enganei, / tomando o caminho errado, / errando quando acertei, /
chegava ao cair da tarde e eu quase sem dormir ; buscando este certo Reino e a lembrança dele a me perseguir.
Um filho de carpinteiro, / que veio de Nazaré, / mostrou-se tão verdadeiro, pôs vida na minha fé, / falava de um novo
Reino de flores e de pardais, / de gente arrastando a rede / que eu tive sede da sua paz.
O Filho do carpinteiro / falava de um mundo irmão, / de um Pai que era companheiro, / de amor e libertação. / Lançoume olhar profundo, gelando meu coração, / depois me falou do mundo e me deu o selo da vocação.
Agora, quem me conhece / pergunta se eu encontrei / o Reino que procurava, se é tudo o que eu desejei, / eu digo,
pensando nele no meio de vós está / o Reino que andais buscando / e quem tem amor compreenderá.
Jesus me ensinou de novo, as coisas que eu aprendi, / por isso eu amei meu povo e o livro da vida eu li / e em cada
menina-moça, em cada moço e rapaz / eu sonho que a minha gente será semente de eterna paz.(Pe. Zezinho – LP
0288)
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16. Comida
Bebida é água. Comida é pasto. / Você tem sede de quê? Você tem fome de quê? A gente não quer só comida, / a
gente quer comida, diversão e arte. / A gente não quer só comida, a gente quer saída para qualquer parte. / A gente
não quer só comida, a gente quer bebida, diversão, balé. / A gente não quer só comida, a gente quer a vida como a
vida quer.
Bebida é água. Comida é pasto. Você tem sede de quê? Você tem fome de quê? / A gente não quer só comer, a
gente quer comer e quer fazer amor / A gente não quer só comer, a gente quer prazer pra aliviar a dor. / A gente não
quer só dinheiro, a gente quer dinheiro e felicidade. / A gente não quer só dinheiro, a gente quer inteiro e não pela
metade.(Titãs)
17. Um novo caminho – coreografia
Hoje o mundo oferece caminhos demais, / você chora, você ri, / nem sempre é feliz. / O mundo não te satisfaz, / pois
tua alma é grande demais, / só Deus pode enchê-la.
Hoje seus passos se perdem na estrada, / nem sempre você tem chegada / entregue seu caminho a Deus – 3 x – Lá,
lá, lá ... tirulirulirulá...
Pois ele quer transformar sua vida, / alegria e paz encontrarás, / quando nele se apoiar.
Hoje seus passos....(Louvemos o Senhor, 587).
18. Tu me conheces – Salmo 139 –
Tu me conheces, quando estou sentado, / tu me conheces quando estou de pé, / vês claramente, quando estou
andando, / quando repouso tu também me vês. Se pelas costas sinto que me abranges,/ também de frente sei que me
percebes,/ para ficar longe do teu Espírito, / o que farei , aonde irei não sei.
Refrão: Para onde irei, para onde fugirei? / Se subo ao céu ou se me prostro no abismo eu te encontro lá. Para onde
irei, para onde fugirei? / Se estás no alto da montanha verdejante ou nos confins do mar.
Se eu disser que as trevas me escondam / e que não haja luz onde eu passar, / pra ti a noite é clara como o dia, /
nada se oculta ao teu divino olhar. Tu me teceste no seio materno, e definiste todo o meu viver, / as tuas obras são
maravilhosas, que maravilha, meu Senhor, sou eu.
Dá-me tuas mãos, ó meu Senhor bendito, benditas sejam sempre as tuas mãos. Prova-me, Deus e vê meus
pensamentos, / olha-me, Deus, e vê meu coração,/ livra-me, Deus, de todo mau caminho, / quero viver, quero sorrir,
cantar, / pelo caminho da tua verdade, / Senhor, terei toda a felicidade.(Louvemos,no.173)
19. Arquiteto do Mundo
Sigo meu caminho apressado, / ar e sol, versão matinal, / ai de mim se chego atrasado. / Vivo um tempo marcado de
um trabalho normal. / A vontade é ser um turista / longe de um sistema opressor, / livre, sem deixar uma pista, / mas a
vida de artista tem também sua dor.
Eu faço parte da tinta, da tela, da chama da vela. Eu sou um mártir, peão do xadrez, chegou minha vez - bis
Sou um arquiteto do mundo, / faço plantas fenomenais, / mão na massa, luto, vou fundo / e não penso um segundo
nos conselhos astrais, ligo-me na rima perfeita, jovem-operário do amor, / em cada coisa a ser feita sou semente e
colheita, sopro do Criador.(Livro com fita: Catequese Crismal - Salesianos)
20. Caçador de mim
Por tanto amor, por tanta emoção, a vida me fez assim.../
Doce ou atroz, manso ou feroz, eu, caçador de mim/ .
Preso a canções, entregue a paixões que nunca tiveram fim./ Vou me encontrar, longe do meu lugar, eu, caçador de
mim.
Nada a temer, senão o correr da luta, / nada a fazer, senão esquecer o medo./ Abrir o peito à força numa procura, /
fugir às armadilhas da noite escura, / Longe se vai, sonhando demais, mas onde se chega assim? / Vou descobrir o
que me faz sentir. / Eu, caçador de mim.(M.Nascimento)
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21. Vou cantando
Vou cantando, ninguém vai me calar/ Vislumbrando o sol da manhã, /
Vou partilhando a oração que unirá, / O mundo todo num único cantar.
Creio no homem que constrói o mundo / e canta e canta seu trabalho / criador da criação que lhe foi dada ao
acordar. / Creio na mulher que cada dia / se enfeita e se embeleza para ser a mais bonita criação do nosso Pai.
Penso no automóvel, no cinema, na TV, nos astronautas / nas palavras dos cientistas, no mundo da evolução. /
Penso nas estrelas e nas flores / no violão e no sorriso que anuncia a primavera da amizade que se dá.
Creio na coragem de quem dorme, / sabendo que o mundo gira / entre átomos discordes de uma esfera nuclear. /
Creio na coragem de quem vela / pra cuidar de uma criança / que em prêmio se revela / na alegria de se dar.
(Autor desconhecido).
22. O que é o que é?
E a vida? E a vida o que é, diga lá, meu irmão. Ela é a batida de um coração? Ela é uma doce ilusão?... Eh Oh.
Mas e a vida? Ela é maravilha ou é sofrimento? Ela é alegria ou lamento? O que é o que é, meu irmão?
Há quem diga que a vida da gente / é um nada no mundo. / É uma gota, é um tempo / que nem dá um segundo. Há
quem fala que é um divino mistério profundo. / É o sopro do Criador,/ numa atitude repleta de amor.
Você diz que é luta e prazer. / Ele diz que a vida é viver. / ela diz que melhor é morrer, / pois amada não é / e o verbo
é sofrer. / Eu só sei que acredito no moço/ e na moça eu ponho a força da fé. / Somos o que fazemos da vida, / como
der ou puder ou quiser, / sempre desejada / por mais que esteja errada, / ninguém quer a morte, / só saúde e sorte. E
a pergunta rola / e a cabeça agita. Eu fico com a pureza da resposta das crianças: é a vida, é bonita e é bonita.
Viver e não ter a vergonha de ser feliz. / Cantar e cantar e cantar a beleza de ser um eterno aprendiz... Ai meu Deus...
Eu sei que a vida devia ser bem melhor e será, / mas isto não impede que eu repita: / É bonita, é bonita e é
bonita.(Gonzaguinha)
23. De colores
De colores, de colores é a primavera florindo caminhos. / De colores, de colores são todas as flores, são os
passarinhos. / De colores, de colores é o arco-íris, caminho de luz. / Venham todos, que este é o caminho, cantemos
louvores ao Cristo Jesus. (bis)
Viva a Vida, faça o mundo ficar mais bonito no seu coração. Viva a vida e desperte na fé ardorosa de ser bom cristão.
Todos juntos, de mãos dadas nas mesmas estradas, eu sou seu irmão. / De mãos dadas nas mesmas estradas, nas
mesmas estradas, eu sou seu irmão. (bis) (Cursilhos)
24. Viagem pela vida
Eu tinha uma vontade de partir, tu me disseste: “Vai” e eu saí. / “Existo”, disse então à minha mãe, agora, meu amigo,
pensa em ti.”
Toma a minha mão, ó meu Senhor, guia-me ao mundo com amor, / a estrada é tão comprida e muito dura, / porém
contigo ela é segura.
Eu sou ainda jovem, ó Senhor, / mas velho já me sinto no interior. / Acreditei em coisas-ilusão, / procuro só amor,
libertação.
Um dia uma “viagem” me pagaram, meu coração dizia “não vai não”, / num dia de tristeza eu fui embora, / a estrada
pra voltar não vejo agora.
Pra mim já está bem perto o fim do dia, / o sol já está morrendo no horizonte, / eu sinto que teu Reino se aproxima, /
contigo partirei sem mais demora.(Livro com fita: Catequese Crismal - Salesianos)
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25. Há tempos
Parece cocaína, mas é só tristeza./ Talvez tua cidade. / Muitos temores nascem do cansaço e da solidão. / E o
descompasso e o desperdício herdeiros são agora da virtude que perdemos. Há tempos tive um sonho, não me
lembro – bis.
Tua tristeza é tão exata e hoje o dia é tão bonito. / Já estamos acostumados a não termos mais nem isso. / Os sonhos
vêm, e os vão. O resto é imperfeito. Disseste que, se tua voz tivesse força igual à imensa dor que sentes, / teu grito
acordaria não só a tua casa, mas a vizinhança inteira.
E há tempos, nem os santos têm ao certo a medida da maldade. / Há tempos são os jovens que adoecem. Há tempos
que o encanto está ausente e há ferrugem nos sorrisos, / e só o acaso estende os braços a quem procura abrigo e
proteção.
Meu amor, disciplina é liberdade, / compaixão é fortaleza. Ter bondade é ter coragem. E ela disse: lá em casa tem um
poço, mas a água é muito limpa. (Legião Urbana)
26. Caminho aberto
Dizem que sou fruto do amor, / gerado na dor e quero entender / por que se vive triste e só, na droga do pó, querendo
morrer? Meu desejo é ser comunhão / e meu coração se faz aprendiz: / viver tem realmente sabor / pra quem dá
valor ao dom de servir!
Quem vai curtir a solidão, / se alguém me chama a dar a mão? / Quem vai dar nó, virando a mesa, se a fé traz a
certeza que o caminho é uma missão.
Dizem que sou neste deserto / caminho aberto e quero entender / por que se bebe tanto da fonte / do próprio
horizonte, sem nada saber? / Meu desejo é participar, o novo esperar na raça e na cor. / Meu povo está de vida
carente: / com ele sou gente na luta e na dor. (Livro com fita:Catequese Crismal)
27. Jesus, vem liberta
Jesus, vem liberta de toda prisão, / e quebra as cadeias da velha opressão.
Pela droga, ainda criança, caminhei caminhos tortos, / torturei minha esperança, estou preso e os sonhos, mortos. / E
do fundo deste abismo cismo, penso que sou feito de uma dor e que um deserto foi aberto no meu peito.(CF-97)
28. Aceitai, ó Senhor
Aceitai, ó Senhor, nesta oferta, a esperança de mil corações / deste povo que o Cristo liberta e quer livre das tristes
prisões.
Das prisões da luxúria, vaidade, / das prisões do egoísmo e avareza / das prisões da mentira e maldade, / das prisões
da miséria e pobreza.
Das prisões de incuráveis doenças, / das prisões sociais da injustiça, das prisões do abandono e descrenças, / das
prisões pessoais da cobiça.
Das prisões onde jaz esquecido o que é pobre e não tem benefício, / das prisões do faminto sofrido, / das prisões “lá
na droga e no vício”.
Das prisões dos cruéis preconceitos contra aqueles que foram banidos, / pois negar seus humanos direitos é torná-los
bem mais excluídos.(CF-97)
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29. Do abismo profundo
Do abismo profundo dos becos e ruas, / Das grandes favelas, dos sonhos e dor, / Dos tristes cortiços, das noites de
frio, / Do chão das calçadas, clamamos, Senhor.
Que o Cristo amigo apresse o dia / por nós esperado / de irmãos libertados de toda injustiça/ de todo pecado.
(bis)
Da fome forçada, da vida negada, na morte apressada, cruel desamor, / Das grandes manchetes de olhos vendados,
menores pisados, clamamos, Senhor.
Das noites escuras de horríveis cadeias / De loucas torturas, /da droga o pavor, / Sem ter um futuro de amor e
sentido, / Com medo da guerra, clamamos, Senhor.
Por fraternidade que faz povo irmão, / Nos dá vida nova e um mundo de Amor, / Abrindo às crianças caminho de luz, /
De fé e esperança, clamamos, Senhor (CF-CNBB).
30. Pais e filhos
Estátuas e cofres e paredes pintadas. / Ninguém sabe o que aconteceu. / Ela se jogou do 5º andar. / Nada é fácil de
entender. / Dorme agora: é só o vento lá fora. / Quero colo, vou fugir de casa. / Posso dormir aqui com vocês? / Estou
com medo, tive um pesadelo, / só vou voltar depois das três.
Meu filho vai ter nome de santo, / quero o nome mais bonito. / Me diz por que é que o céu é azul, me explica a grande
fúria do mundo. / São meus filhos que tomam conta de mim. / Eu moro com a minha mãe, mas meu pai, vem me
visitar. / Eu moro na rua, não tenho ninguém. / Eu moro em qualquer lugar. / Já morei em tanta casa que nem me
lembro mais. /
É preciso amar as pessoas / como se não houvesse amanhã, / porque se você parar pra pensar, na verdade não há. /
Sou uma gota d`água, sou um grão de areia. (Legião Urbana)
31. Canto pela família
Que nenhuma família comece em qualquer de repente./ Que nenhuma família termine por falta de amor. Que o casal
seja um para o outro de corpo e de mente / e que nada no mundo separe um casal sonhador.
Que nenhuma família se abrigue debaixo da ponte. / Que ninguém interfira no lar e na vida dos dois. / Que ninguém
os obrigue a viver sem nenhum horizonte. / Que eles vivam do ontem, no hoje e em função de um depois.
Que a família comece e termine sabendo onde vai / e que o homem carregue nos ombros a graça de um pai. / Que a
mulher seja um céu de ternura, aconchego e calor / e que os filhos conheçam a força que brota do amor. Abençoa,
Senhor, as famílias, amém. / Abençoa, Senhor, a minha também – bis
Que marido e mulher tenham força de amar sem medida. / Que ninguém vá dormir sem pedir ou sem dar seu perdão.
/ Que as crianças aprendam no colo o sentido da vida. / Que a família celebre a partilha do abraço e do pão
Que marido e mulher não se traiam, nem traiam seus filhos, / que o ciúme não mate a certeza do amor entre os dois. /
Que no seu firmamento a estrela que tem maior brilho / seja a firme esperança de um céu aqui mesmo e
depois.(Pe.Zezinho - Louvemos, No.794)
32. Amigos para sempre (Miguel Angel Ortiz)
Eu não tenho nada pra dizer, / você parece no momento até saber / o quanto eu estou sofrendo... / Vem, veja através
dos olhos meus / a emoção que sinto em estar aqui, / sentir seu coração me amando.
Amigos para sempre é o que nós queremos ser, / na primavera ou em qualquer das estações, / nas horas
tristes, nos momentos de prazer; / amigos para sempre (bis)
Você pode estar longe, muito longe, sim, / mas por te amar sinto você perto de mim / e meu coração contente. / Não
nos perderemos, não te esquecerei, / você é minha vida, tudo que sonhei / e quis para mim um dia.
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33. Canção da América
Amigo é coisa pra se guardar, debaixo de sete chaves, / dentro do coração. / Assim falava a canção que na América
ouvi. / Mas quem cantava chorou, ao ver seu amigo partir. / Mas quem ficou, no pensamento voou com seu canto que
o ouro lembrou, / e quem voou, no pensamento ficou com a lembrança que o outro cantou.
Amigo é coisa pra se guardar, no lado esquerdo do peito, / mesmo que o tempo e a distância digam “não”, / mesmo
esquecendo a canção. / O que importa é ouvir a voz que vem do coração.
Pois seja o que vier, venha o que vier, / qualquer dia amigo, eu volto a te encontrar, / Qualquer dia, amigo, a gente vai
se encontrar.(Milton Nascimento)
34. Coração de estudante
Quero falar de uma coisa, / adivinha onde ela anda, deve estar dentro do peito ou caminha pelo ar./ Pode estar aqui
do lado, / bem mais perto que pensamos, / a folha da juventude é nome certo desse amor.
Já podaram seus momentos, / desviaram seu destino / seu sorriso de menino quantas vezes se escondeu. / Mas
renova-se a esperança, / nova aurora a cada dia e há que se cuidar do broto pra que a vida nos dê flor e fruto.
Coração de estudante, / há que se cuidar da vida, / há que se cuidar do mundo, / tomar conta da amizade. / Alegria e
muito sonho, espalhados no caminho, verdes plantas e sentimento, folhas, coração, juventude e fé. (Milton
Nascimento)
35. Laranja Lima
Andei pensando na sua proposta de fazer amor antes do casamento. / Você me diz que não faz diferença, quase
ninguém pensa e todo mundo faz. / E eu lhe respondo que pensei bastante, não fiz pouco caso do seu sentimento, /
mas lhe confesso que esta história boba de imitar os outros me tirou a paz.
Laranja lima também é doce no momento, mas logo após tem gosto amargo até demais. Quando o casal
apressa este sentimento, o gosto amargo é da mulher que sofre mais. (bis)
Você me diz que não tem paciência, que esperou bastante e vive agoniado / e que hoje em dia quem se guarda muito
fica pra titia e acaba em solidão. / Eu lhe respondo que não é por medo, nem por covardia ou só por ser pecado. / Eu
gostaria que você soubesse que eu tenho direito de ter uma ilusão.
Seu sonho é curto e grosso e bem rasteiro e quer ser meu parceiro e tem que ser agora / e me repete que sou
atrasada e vivo do passado e que a moral mudou. / E eu lhe respondo que meu sonho é outro, quero ter você, mas
tenho a minha hora. / No seu relógio toda hora é hora, mas no meu relógio a hora ainda não chegou. (Pe. Zezinho)
36. Monte Castelo
Ainda que eu falasse a língua dos homens/ e falasse a língua dos anjos,/ sem amor eu nada seria. É só o amor, é só o
amor que conhece o que é verdade. / O amor é bom, não quer o mal,/ não sente inveja ou se envaidece.
Amor é fogo que arde sem se ver, / é ferida que dói e não se sente, / é um contentamento descontente, / é dor que
desatina sem doer./ É um querer mais que bem querer, / é solitário andar por entre a gente, / é um não contentar-se
de contente, / é cuidar que se ganha em se perder. /
É um estar-se preso por vontade, / é servir a quem vence, o vencedor. / É ter com quem nos mata lealdade, / tão
contrário a si é o mesmo amor./ Estou acordado e todos dormem,/ todos dormem, todos dormem. / Agora vejo em
parte, / mas então veremos face a face. / É só o amor. É só o amor que conhece o que é verdade. (Legião Urbana)
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37. É bom ter família
É no campo da vida que se esconde um tesouro. / Vale mais que o ouro, mais que a prata que brilha. / É presente de
Deus, é o céu já aqui, / o amor mora ali e se chama família. / Até mesmo o céu desejou ser família, / para que a
família desejasse ser céu./ Nela se faz a paz no ouvir, no falar e na arte de amar o amargor vira mel.
Como é bom ter a minha família, como é bom. / Vale a pena vender tudo o mais para poder comprar. / Esse campo,
ele esconde um tesouro que é puro dom. / É meu ouro, meu céu, minha paz, minha vida, meu lar.
Na família a mentira não se dá com a verdade / e a fidelidade sabe o peso da cruz. / Porque lá há amor, há renúncia e
perdão / há também oração e o chefe é Jesus. / Surgem falsos brilhantes enganando a família, / tão sutil armadilha de
um doce sabor. / A riqueza maior é de Deus a presença, / na saúde, na doença, na alegria e na dor.(Louvemos, no.
793)
38. Ilumina, ilumina...
Minha prece de pai é que meus filhos sejam felizes. ? Minha prece de mãe é que meus filhos vivam em paz./ Que eles
achem os seus caminhos! Amem e sejam amados, vivam iluminados.
Nossa prece de filhos é prece de quem agradece. / Nossa prece é de filhos que sentem orgulho dos pais. / Que eles
trilhem os seus caminhos. Louvem e sejam louvados. Sejam recompensados.
Ilumina, ilumina nossos pais, nossos filhos e filhas / Ilumina, ilumina cada passo das nossas famílias - 2x
Minha prece, ó Senhor, é também pelos meus familiares, / Minha prece, ó Senhor, é por quem tem pouco de nós. /
Que eles achem os seus caminhos. Amem e sejam amados. / Vivam iluminados.
Minha prece, ó Senhor, é também pelos nossos vizinhos. / Por quem vive e trabalha e caminha conosco, Senhor./
Que eles achem os seus caminhos. / Amem e sejam amados. / Vivam iluminados. (Pe. Zezinho.(Louvemos, no. 1047)
39. Cristo é a felicidade
Andar sem temor pela vida / e sentir o valor de se ter liberdade, / poder abraçar o amigo / e sentir o valor de uma
grande amizade.
Cristo é a felicidade (bis) / Sem ter amor, nesta vida, não há / quem seja feliz de verdade.
Sentir que se está sempre perto de Deus / e nele encontrar a verdade, / sorrir com a paz de um menino / e olhar para
o sol que começa a brilhar.
Saber que jamais se perdeu a “ilusão”, / saber perdoar com bondade, / andar sem temor pela vida / e sentir o valor de
se ter liberdade.( Juntos cantemos ao Senhor, n. 213).
40. Te amarei
Me chamaste para caminhar na vida contigo, / decidi para sempre seguir-te e não voltar atrás. / Me puseste uma
brasa no peito e uma flecha na alma, / é difícil agora viver sem lembrar-me de ti.
Te amarei, Senhor, te amarei, Senhor, eu só encontro a paz e alegria bem perto de Ti (bis)
Eu pensei muitas vezes calar e não dar nem resposta, / eu pensei na fuga esconder-me, ir longe de Ti, / mas tua força
venceu e ao final eu fiquei seduzido (a), / é difícil agora viver sem saudade de Ti.
Ó Jesus, não me deixes jamais caminhar solitário, / pois conheces a minha fraqueza e o meu coração. / Vem ensiname a viver a vida na tua presença, / no amor dos irmãos, na alegria, na paz, na união. (Louvemos, no. 685)
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41. Amar como Jesus amou
Um dia uma criança me parou, / olhou-me nos meus olhos a sorrir. / Caneta e papel na sua mão, / tarefa escolar para
cumprir / e perguntou no meio de um sorriso o que é preciso para ser feliz?
Amar como Jesus amou, / sonhar como Jesus sonhou, / pensar como Jesus pensou, / viver como Jesus viveu, / sentir
o que Jesus sentia, / sorrir como Jesus sorria, / e ao chegar ao fim do dia eu sei que eu dormiria muito mais feliz. (bis)
Ouvindo o que eu falei, ela me olhou e disse que era lindo o que eu falei, / pediu que eu repetisse, por favor e não
falasse tudo de uma vez / e perguntou de novo num sorriso o que é preciso para ser feliz?
Depois que eu terminei de repetir, seus olhos não saíam do papel, / toquei no seu rostinho e a sorrir, pedi que ao
transmitir fosse fiel / e ela deu-me um beijo demorado e ao meu lado foi dizendo assim. (Pe.Zezinho-LP 0288)
42. Cristo, quero ser instrumento
Cristo, quero ser instrumento, / de tua paz e do teu infinito amor. / Onde houver ódio e rancor, / que eu leve a
concórdia / que eu leve o amor.
Onde há ofensa que dói, / que eu leve o perdão. / onde houver a discórdia que eu leve a união e tua paz.
Mesmo que haja um só coração / que duvida do bem, / do amor e do céu, / quero, com firmeza anunciar / a palavra
que traz a clareza da fé.
Onde houver erro, Senhor, / que eu leve a verdade, / fruto da tua luz. / Onde encontrar desespero / que eu leve a
esperança / do teu nome, Jesus.
Onde encontrar um irmão / a chorar de tristeza, / sem ter voz e nem vez. / quero, bem no seu coração, / semear
alegria, pra florir gratidão.
Mestre, que eu saiba amar / compreender, consolar / e dar sem receber. / quero sempre mais perdoar, / trabalhar na
conquista / e vitória da Paz. (Cantemos ao Senhor, n. 260).
43. Ninguém te ama como eu
Tenho esperado este momento / tenho esperado que viesses a mim. / Tenho esperado que me fales, / tenho esperado
que estivesses aqui. / Eu sei bem o que tens vivido, / sei também que tens chorado. / Eu sei bem que tens sofrido, /
pois permaneço ao teu lado.
Ninguém te ama como eu - bis - Olha pra cruz, esta é a minha grande prova. / Ninguém te ama como eu. /
Ninguém te ama como eu - bis - Olha pra cruz, foi por ti, porque te amo. Ninguém te ama como eu.
Eu sei bem o que me dizes, / ainda que nunca me fales. / Eu sei bem o que tens sentido, / ainda que nunca me
reveles. / Tenho andado ao teu lado, / junto a ti permanecido. / eu te levo em meus braços, / pois sou teu melhor
amigo. (Louvemos, no. 729)
44. Cristo Amigo
Cristo Amigo, Cristo irmão, a paz invade meu coração. / vossa presença se faz sentir, humildemente venho pedir: /
purificai, Senhor, as minhas mãos, santificai / Senhor, meu coração, / minhas angústias acalmareis, / deixando em
mim, Senhor, a vossa Paz. (Louvemos, no. 494)
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45 . A Alegria está no coração
A Alegria está no coração de quem já conhece a Jesus, / a verdadeira paz só tem aquele que já conhece Jesus. / O
sentimento mais precioso que vem de Nosso Senhor / é o amor que só tem quem já conhece a Jesus.
Aleluia...(Louvemos, no. 479)
46. Jovem mulher
Jovem mulher, espera da humanidade, / um só desejo de amor e pura liberdade. / O Deus distante está bem junto a ti,
/ voz e silêncio, anúncio de novidade. Ave Maria, Ave Maria.
Deus te escolheu qual mãe repleta de beleza, / e o seu amor te cobrirá com sua sombra,, / ventre de Deus, nascido
sobre a terra, / tu serás Mãe de um Filho “Homem Novo”.
“Eis a tua serva que vive pela tua palavra, / coração livre
para ser morada do Amor”. / A espera agora é plena de oração / e o Homem novo já vive entre nós. (Livro com fita:
Catequese Crismal-Salesianos)
47.
Jesus Cristo me deixou inquieto
Jesus Cristo me deixou inquieto nas palavras que Ele proferiu / nunca mais eu pude olhar o mundo, / sem sentir aquilo
que Jesus sentiu.
Eu vivia tão tranqüilo e descansado e pensava ter chegado ao que busquei, / muitas vezes proclamei extasiado que
ao seguir a lei de Cristo eu me salvei, / mas depois que meu Senhor passou, nunca mais meu coração se acomodou.
Minha vida que eu pensei realizada, esbanjei como semente em qualquer chão,/ pouco a pouco ao caminhar na longa
estrada, percebi que havia tido uma ilusão, / mas depois que meu Senhor passou, ilusão e comodismo se acabou.
Hoje quando vou andando pela vida, encontrando a minha gente a me esperar, / já não canso nem reclamo da subida,
pois entendo que é preciso caminhar, / coração daquele que tem fé vai mais longe, bem mais longe que seu pé.
Pe.Zezinho-LP 0288)
48. Queremos ser jovens
Queremos ser jovens, libertos, doados. / na causa da vida, do amor empenhados, abertos conscientes, / bem
esclarecidos, juntar nossos mãos, caminhar mais unidos.
Os jovens, teus irmãos, Jesus Senhor, têm fome de justiça e de amor. / Sustenta sua luta, seu vigor na força
de teu pão libertador.
Em nossa família, na comunidade, queremos ser luz para a sociedade, / formando Igreja, formando teu povo, na
fraternidade, na busca do novo.
Nas leis da Nação, no trabalho e estudo, comunicação, arte, esporte, em tudo, / que sem leviandades, engano ou
violência, respeite-se o jovem e sua consciência.(CF-92)
49 . Chama no peito
Vou pelas ruas e praças, olhando o mundo e a vida que passa.. / Vou caminhando entre o povo que luta e sofre, /
mas segue adiante. / E sinto que a felicidade será encontrada, / só se na estrada a gente se encontrar e tiver a
coragem de ser irmão.
Uma chama ardendo no peito aquece o mundo, / ilumina a vida, acende o sol. / Vem caminhar com o povo, vem que é
preciso mudar, / vem cantar o amor e a paz, passa adiante esta luz (bis)
Feliz o jovem que acolhe e estende a mão sem medo e rancor, / e crê que um mundo novo vai começar desta
corrente de amor. / O sonho de um Deus feito gente ainda mora no peito daquele que ama / E luta e caminha adiante,
mas não vai sozinho, vai com seus irmãos. (Livro com fita: Catequese Crismal - Salesianos)
136
50. A vida é caminhar
A vida é caminhar, sou peregrino do amor, vou semear a esperança deste mundo que há de vir. Eu não me canso de
cantar!
Mundo novo vem aí, gente de coragem vai lutar. / A verdade vencerá, quem é da verdade saberá, / eu não me canso
de cantar.
Gente nova vem dizer: vive de certeza quem lutou. / A justiça já brotou./ A libertação vamos colher, / eu não me canso
de cantar.
Se o trigo não morrer, fruto não se pode esperar. / Hoje é dia de plantar, / muita gente em breve vai colher, / eu não
me canso de cantar. (Livro com fita: Catequese Crismal - Salesianos)
51. Tu és minha vida
Tu és minha vida, outro Deus não há. / Tu és minha estrada, a minha verdade. / Em tua Palavra, eu caminharei, /
enquanto eu viver e até quanto tu quiseres. / Já não sentirei temor, pois estás aqui. / tu estás no meio de nós.
Creio em ti, Senhor, vindo de Maria. / Filho eterno e santo, homem como nós. / tu morreste por amor, vivo estás em
nós. / Unidade trina, com o Espírito e o Pai. / E um dia, eu bem sei, tu retornarás e abrirás o Reino dos céus.
Tu és minha força, outro Deus não há / Tu és minha paz, minha liberdade. / Nada nesta vida nos separará. / em tuas
mãos seguras, minha vida guardarás. / Eu não temerei o mal. Tu me livrarás. / E no teu perdão viverei.
Ó Senhor da vida, creio sempre em ti. / Filho Salvador, eu espero em Ti. / Santo Espírito de amor, desce sobre nós. /
Tu, de mil caminhos, nos conduzes a uma fé, / e por mil estradas, onde andarmos nós, qual semente nos
levarás.(Livro Catequese Crismal)
52 . Utopia
Quando o dia da paz renascer, / quando o sol da esperança brilhar, que vou cantar. / Quando o povo nas ruas sorrir e
a roseira de novo florir, eu vou cantar. / Quando as cercas caírem no chão, quando as mesas se encherem de pão, eu
vou cantar. / Quando os muros que cercam os jardins / destruídos, então, os jasmins vão perfumar.
Vai ser tão bonito se ouvir a canção / cantada de novo. / No olhar da gente a certeza do irmão, reinado do
povo.
Quando as armas da destruição, destruídas em cada nação, / eu vou sonhar. / E o decreto que encerra a opressão,
assinado só no coração / vai triunfar. / Quando a voz da verdade se ouvir e a mentira não mais existir / será, enfim,
tempo novo de eterna justiça, sem mais ódio, sem sangue ou cobiça, vai ser assim. (Zé Vicente - Louvemos,1080)
53. Quando o Espírito de Deus
Quando o Espírito de Deus soprou, o mundo inteiro se iluminou. / A esperança na terra brotou e um povo novo deu-se
as mãos e caminhou.
Lutar e crer, vencer a dor, louvar o Criador. ? justiça e paz hão de reinar e viva o amor.
Quando Jesus a Terra visitou / a Boa Nova da Justiça anunciou: / o cego viu, o surdo escutou / e os oprimidos das
correntes libertou.
Nosso poder está na união. / O mundo novo vem de Deus e dos irmãos. / Vamos lutando contra a divisão / e
preparando a festa da Libertação.
Cidade e campo se transformarão. / Jovens unidos na esperança gritarão, / a força nova é o poder do amor. / Nossa
fraqueza é força em Deus Libertador. ( Zé Vicente - Cantemos ao Senhor, n.322).
137
54. Cristo-Jovem, Esperança do mundo
Um pouco além do presente, alegre, o futuro anuncia / a fuga das sombras da noite, a luz de um bem, novo dia.
Venha teu reino, Senhor! A festa da vida recria. / A nossa espera e ardor transforma em plena alegria. Aê, eá,
aê, aê, aiá
Botão de esperança se abre, prenúncio da flor que de faz, / promessa da tua presença que vida abundante nos traz.
Saudade da terra sem males, do Éden de plumas e flores, / da paz e justiça irmanadas num mundo sem ódio, nem
dores.
Saudades de um mundo sem guerras, anelos de paz e inocência / de corpos e mãos que se encontram, sem armas,
sem mortes, violência.
Saudades de um mundo sem donos / ausência de fortes e fracos, / derrota de todo sistema que cria palácios,
barracos.
Já temos preciosa semente, penhor do teu Reino, agora. / Futuro ilumina o presente, / tu vens e virás sem demora.
(CF-2000)
55
Virá o dia em que todos
Virá o dia em que todos, ao levantar a vista, / veremos nesta terra reinar a liberdade (bis)
Minh´alma engrandece o Deus Libertador, / se alegra meu espírito em Deus meu Salvador,/ pois ele se lembrou do
seu povo oprimido e fez de sua serva a mãe dos esquecidos.
Imenso é seu amor, / sem fim sua bondade pra todos que na terra o seguem na humildade. / Bem forte é nosso Deus,
levanta o seu braço, espalha os soberbos, destrói todo o pecado!
Derruba os poderosos dos seus tronos erguidos, / com o sangue e o suor do seu povo oprimido./ E farta os famintos,
levanta os humilhados, / arrasa os opressores, os ricos e os malvados.
Protege o seu povo com todo o carinho,/ fiel é seu amor em todo o caminho. / Assim é o Deus vivo que marcha na
história, / bem junto do seu povo, em busca da vitória.
Louvemos nosso Pai, Deus da Libertação, / que acaba com a injustiça, miséria e opressão./ Louvemos os irmãos que
lutam com valia, / fermentando a história, pra vir o grande dia.(Manuel Machado – Cantemos ao Senhor, n. 63).
56
Caminhando e cantando
Caminhando e cantando e seguindo a canção, / somos todos iguais, braços dados ou não, / nas escolas, nas ruas,
campos, construções, / caminhando e cantando e seguindo a canção.
Vem, vamos embora que esperar não é saber, / quem sabe faz a hora, não espera acontecer (bis)
Pelos campos, há fome em grandes plantações, / pelas ruas marchando indecisos cordões, / ainda fazem da flor seu
mais forte refrão / e acreditam nas flores vencendo o canhão.
Nas escolas, nas ruas, campos, construções, / somos todos soldados armados ou não, / caminhando e cantando e
seguindo a canção. / somos todos iguais, braços dados ou não. / Os amores na mente, as flores no chão, / a certeza
na frente, a História na mão, / caminhando e cantando e seguindo a canção, / aprendendo e ensinando uma nova
lição. (Vandré)
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57
Cidadão - conscientização
Tá vendo aquele edifício, moço, / ajudei a levantar. / Foi um tempo de aflição, / eram quatro conduções / duas pra ir,
duas pra voltar. / Hoje depois dele pronto, / óio pra cima e fico tonto, / mas me chega um cidadão e me diz
desconfiado: / tu taí admirado ou tá querendo roubá. / Meu domingo tá perdido, / vou pra casa entristecido, / dá
vontade de beber / e pra aumentar o meu tédio, / eu não posso oiá o prédio que eu ajudei a fazer.
Tá vendo aquele colégio, moço, / eu também trabalhei lá, / lá eu quase me arrebento, / fiz a massa, pus cimento,
ajudei a rebocar. / Minha fia inocente vem pra mim toda contente: / pai, vou me matricular. / Mas me chega um
cidadão: / criança de pé no chão aqui não pode estudar. / Esta dor doeu mais forte, / porque eu deixei o Norte? / Eu
me pus a dizer: / lá a seca castigava, / mas o pouco que eu plantava tinha direito a comer.
Tá vendo aquela igreja, moço, / onde o padre diz amém? / Pus o sino e o badalo, / enchi minha mão de calo, / lá eu
trabalhei também, / lá, sim, valeu a pena, / tem quermesse, tem novena e o padre me deixa entrar. / Foi lá que Cristo
me disse: “rapaz, deixe de tolice, / não se deixe amedrontar, / fui eu quem criou a terra, / enchi rio, fiz a serra, não
deixei nada faltar. / Hoje o homem criou asa, e, na maioria das casas, eu também não posso entrar. (Zé Geraldo).
58
Cântico das criaturas – Original de São Francisco de Assis
Onipotente e bom Senhor, / a Ti a honra, glória e louvor as bênçãos de Ti nos vêm / e todo o povo Te diz
amém.
Louvado sejas nas criaturas, / primeiro o sol lá nas alturas, / clareia o dia, grande esplendor, / radiante imagem de Ti,
Senhor.
Louvado sejas pela irmã lua, / no céu criaste é obra tua, pelas estrelas claras e belas / Tu és a fonte do brilho delas.
Louvado sejas pelo irmão vento e pelas nuvens, / o ar e o tempo. E pelas chuvas que caem no chão, / nos dás
sustento, Deus da criação.
Louvado sejas, meu bom Senhor, / pela irmã água e seu valor, / preciosa e casta, humilde e boa, se corre, um canto
a Ti entoa.
Louvado sejas, meu bom Senhor, / pelo irmão fogo e seu calor, / clareia a noite, robusto e forte, / belo e alegre,
bendita a sorte.
Sejas louvado pela irmã Terra/ Mãe que nos sustenta e nos governa, / produz os frutos, nos dá o pão,/ com flores e
ervas floreia o chão.
Louvado sejas, meu bom Senhor, / pelas pessoas que, em teu amor,/ perdoam e sofrem tribulação, / felicidade em ti
encontrarão.
Louvado sejas pela irmã morte, / que vem a todos, ao fraco e forte,/ feliz aquele que te amar, a morte eterna não o
matará.
Feliz será quem guarda a paz,/ pois o Altíssimo o satisfaz. / Vamos louvar e agradecer, com humildade ao Senhor
bendizer.
59
Quero ouvir teu apelo
Quero ouvir teu apelo, Senhor, / ao teu chamado de amor responder. / Na alegria te quero seguir, / e anunciar o teu
Reino de amor.
E pelo mundo eu vou, cantando o teu amor, pois disponível eu estou para servir-te Senhor (bis)
Dia a dia tua graça me dás, / nela se apóia o meu caminhar. / Se estás ao meu lado, Senhor, / o que, então, poderei
eu temer? (Louvemos, no. 258)
60
Deixa a luz do céu entrar
Tu anseias, eu bem sei, a salvação, / Tens desejo de banir a escuridão, / Abre, pois, de par em par, teu coração / E
deixa a luz do céu entrar.
Deixa a luz do céu entrar - (bis) / Abre bem as portas do teu coração / E deixa a luz do céu entrar.
Cristo, a luz do céu em ti quer habitar, / Para as trevas do pecado dissipar, / Teu caminho e coração iluminar / E deixa
a luz do céu entrar.
Que alegria andar ao brilho dessa luz, / Vida eterna e paz no coração produz. / Oh aceita agora o Salvador Jesus / E
deixa a luz do céu entrar.(Louvemos, no. 289)
139
61
Segura na mão de Deus
Se as águas do mar da vida quiserem de afogar, / segura na mão de Deus e vai. / Se as tristezas desta vida
quiserem te sufocar, / segura na mão de Deus e vai.
Segura na mão de Deus, segura na mão de Deus / pois ela, ela te sustentará, / não temas, segue adiante e não
olhes para trás, segura na mão de Deus e vai..
Se a jornada é pesada e te cansas na caminhada, / segura na mão de Deus e vai, / orando, trabalhando, confiando e
lutando, / segura na mão de Deus e vai,/
O Espírito do Senhor sempre te revestirá, / segura na mão de Deus e vai, / Jesus Cristo prometeu que jamais te
deixará, / segura na mão de Deus e vai. (Louvemos,101)
62
Eu navegarei
Eu navegarei no oceano do Espírito / e ali adorarei o Deus do meu amor.
Espírito, Espírito, que desce como fogo, vem como em Pentecostes e enche-me de novo.
Eu adorarei o Deus da minha vida / que me compreendeu sem nenhuma explicação.
Eu servirei ao meu Deus fiel, / ao meu Libertador, aquele que venceu. (Louvemos, no. 571)
63
Dia e noite
Dia e noite, vai o teu Espírito, Senhor, comigo. / Dia e noite, sei que estás junto a mim
Se anoitece em meu caminho, vai o teu Espírito, Senhor, comigo. / No sofrer confio em ti, / sei que estás junto a mim.
Caminhando com meus irmãos, vai o teu Espírito, Senhor, comigo. / No lutar confio em ti, / sei que estás junto a mim.
(Louvemos, no. 39)
64
Eu vim para que todos tenham vida - João 10, 10
Eu vim para que todos tenham vida - João 10, 10
Que todos tenham vida plenamente”
A . Reconstrói a tua vida em comunhão com teu Senhor, /
Reconstrói a tua vida em comunhão com teu irmão. /
Onde está o teu irmão, eu estou presente nele.
B. Eu passei fazendo o bem, eu curei todos os males,
Hoje és minha presença junto a todo sofredor,
Onde sofre o teu irmão, Eu estou sofrendo nele
- Marcos 7, 37
- Mateus 25, 36
C. Quem comer o pão da vida viverá eternamente,
- João 6, 58
Tenho pena deste povo que não tem o que comer,
- Mateus 15, 58
Onde está um irmão com fome, Eu estou com fome nele..
D. Entreguei a minha vida pela salvação de todos
Reconstrói, protege a vida de indefesos e inocentes:
Onde morre o teu irmão, Eu estou morrendo nele.
- João 10, 18
E. Vim buscar e vim salvar o que estava já perdido,
- Lucas 19, 10
Busca, salva e reconduze a quem perdeu toda esperança;
Onde salvas teu irmão, tu me estás salvando nele. (Louvemos, no. 54)
140
65. O SEMEADOR - Mateus 13, 1-8 18-23
Naquele mesmo dia, Jesus saiu de casa, foi para perto do lago da Galiléia, sentou-se ali e começou a
ensinar. A multidão que se ajuntou em volta dele era tão grande que ele entrou num barco e sentou-se. E o povo ficou
em pé na praia. Ele usou comparações para ensinar muitas coisas, dizendo;
- Certo homem saiu para semear. Quando espalhava as sementes, algumas caíram na beira do caminho, e os
passarinhos comeram tudo. Outra parte das sementes caiu no solo de muita pedra e pouca terra. As sementes
brotaram logo, porque a terra não era funda. E quando o sol apareceu, queimou as plantas, que secaram porque não
tinham raiz. Outras sementes caíram no meio dos espinhos, que cresceram e abafaram as plantas. Mas as que
caíram em terra boa produziram na base de cem, de sessenta, e de trinta grãos por um.
- Então escutem, e aprendam o que a comparação do semeador quer dizer: Aqueles que ouvem a mensagem do
Reino, mas não entendem, são como a semente que cai à beira do caminho. Satanás vem e tira o que foi semeado
neles. A semente que cai no meio de muitas pedras são os que ouvem a mensagem e a aceitam logo com alegria,
porém duram pouco, porque não têm raiz. Quando os sofrimentos e as perseguições chegam por causa da
mensagem, logo desistem. Outros se parecem com a semente que cai entre os espinhos. Eles ouvem a mensagem,
mas quando aparecem as preocupações deste mundo e a ilusão das riquezas, elas sufocam a mensagem e eles não
produzem frutos. E as sementes lançadas em terra boa são aqueles que ouvem a mensagem, entendem e produzem
frutos: uns cem, outros sessenta e ainda outros trinta vezes mais.
66. OS TRÊS EMPREGADOS - MOEDAS - TALENTOS - Lucas 19, 12-26
Jesus continuou:
- O Reino do céu será como um homem que ia fazer uma viagem. Chamou os seus empregados e os pôs para tomar
conta de sua propriedade. E lhes deu dinheiro de acordo com a capacidade de cada um: ao primeiro deu cinco mil
moedas de prata; ao outro, duas mil e ao terceiro, mil. Então foi viajar. O empregado que tinha recebido cinco mil
moedas saiu logo, empregou o seu dinheiro e conseguiu outras cinco mil. Do mesmo modo, o que havia recebido
duas mil moedas conseguiu outras duas mil. Mas o que tinha recebido mil, saiu, fez um buraco na terra e escondeu o
dinheiro do patrão.
- Depois de muito tempo, o patrão voltou e acertou as contas com eles. O empregado que tinha recebido cinco mil
moedas chegou e entregou outras cinco mil, dizendo: - “ O Senhor me deu cinco mil moedas. Olhe, aqui estão outras
cinco mil que consegui ganhar”.
- “Muito bem, empregado bom e fiel” - disse o patrão. - “Você foi fiel na administração de pouco dinheiro, por isso vou
pôr você para administrar muito. Venha festejar comigo”.
- Então o empregado que havia recebido duas mil moedas, chegou e disse - O senhor me deu duas mil moedas. Olhe,
aqui estão outras duas mil que consegui ganhar.
- Muito bem, empregado bom e fiel - disse o patrão - “Você foi fiel na administração de pouco dinheiro, por isso vou
colocá-lo para administrar muito. Venha festejar comigo”.
- Aí, o empregado que havia recebido mil moedas chegou e disse: - “Eu sei que o senhor é um homem duro. Colhe
onde não plantou, e junta onde não semeou. Fiquei com medo e por isso escondi o seu dinheiro na terra. Veja, aqui
está o seu dinheiro”.
- “ Empregado mau e preguiçoso” - disse o patrão - “Você sabia que colho onde não plantei, e junto onde não semeei.
Por isso você devia ter depositado meu dinheiro no banco, e quando eu voltasse, o receberia com juros”.
Depois, virou-se para os outros empregados, e disse: - “Tirem o dinheiro dele e dêem ao que tem dez mil
moedas. Porque aquele que tem muito receberá mais, e assim terá ainda mais; mas quem não tem e é preguiçoso,
até o pouco que tem tirarão dele. E joguem fora, na escuridão, o empregado inútil. Ali ele vai chorar e ranger os
dentes.
141
67. O JOVEM RICO - Marcos 10, 12 - 23
Quando Jesus estava começando do novo sua viagem, um jovem veio correndo e ajoelhou-se diante dele, e
perguntou:
-
Bom mestre, o que devo fazer para conseguir a vida eterna?
Jesus respondeu:
- Por que você me chama bom? Só Deus é bom, e mais ninguém. Você conhece os mandamentos: “Não mate, não
cometa adultério, não roube, não diga mentiras, não engane os outros, respeite seu pai e sua mãe”.
- Mestre, desde pequeno tenho obedecido todos esses mandamentos - respondeu o jovem.
Jesus olhou para ele com amor, e disse:
- Você precisa somente de uma coisa: Vá, venda tudo o que tem, e dê o dinheiro aos pobres, e assim terá riquezas no
céu. Depois venha e siga-me.
Quando o jovem ouviu isso, foi embora, triste e aborrecido, porque era muito rico. Jesus então olhou
discípulos que estavam em volta dele e disse:
-
para os
Como é difícil para os ricos entrarem no Reino de Deus!
68. A LEI OU A LIBERDADE - Gálatas: 5, 1.13 -15
Cristo nos libertou para que sejamos de fato livres. Por isso, continuem nessa liberdade, e não se tornem novamente
escravos.
Quanto a vocês, irmãos, foram chamados para serem livres. Mas não deixem que esta liberdade se torne uma
desculpa para que os desejos humanos os dominem. Ao contrário, que o amor faça com que sirvam uns aos outros.
Porque toda a Lei se resume num só mandamento: “Ame o seu próximo como você ama a você mesmo”. Mas se
vocês agem como animais, ferindo e prejudicando uns aos outros, então, cuidado para que não acabem se matando.
69. A LIBERTAÇÃO COMEÇA DENTRO DE NÓS - Marcos 7, 14-23
“O que vem de fora e entra numa pessoa não a torna impura; mas as coisas que saem de dentro da pessoa é que a
tornam impura... Nada do que vem de fora e entra numa pessoa pode torná-la impura, porque não entra em seu
coração, mas em seu estômago e vai para a privada. Assim Jesus declara que todos os alimentos são puros. Jesus
continuou a dizer: É o que sai da pessoa que a torna impura. Pois é de dentro do coração das pessoas que saem as
más intenções como: a imoralidade, roubos, crimes, adultérios, ambições sem limites, maldades, malícia, devassidão,
inveja, calúnia, orgulho, falta de juízo. Todas essas coisas más saem de dentro da pessoa e são elas que a tornam
impura.
70. VOCAÇÃO
Se ouvires a voz do vento,/ chamando sem cessar. Se ouvires a voz do tempo, / mandando esperar. / A decisão é
tua, a decisão é tua.
São muitos os convidados, / são muitos os convidados. Quase ninguém tem tempo,/ quase ninguém tem
tempo.
Se ouvires a voz de Deus, / chamando sem cessar. Se ouvires o voz do mundo, /querendo te enganar. A decisão é
tua, a decisão é tua. São muitos ...
O trigo já se perdeu, / cresceu, ninguém colheu. / E o mundo passando fome, / passando fome de Deus. A decisão é
tua, a decisão é tua. São muitos os ....(Pe. Zezinho)
142
71 . PALAVRA
Palavra não foi feita para dividir ninguém, / Palavra é a ponte onde o amor vai e vem, onde o amor vai e vem.
Palavra não foi feita para dominar, / destino da Palavra é dialogar.
Palavra não foi feita para a opressão, destino da Palavra é a união.
Palavra não foi feita para a vaidade, / destino da Palavra é a eternidade,
Palavra não feita p!ra cair no chão, / destino da Palavra é o coração. (Cantemos ao Senhor, n.134).
72. Oração pelos Amigos
Abençoa, Senhor, meus amigos e minhas amigas e dá-lhes a paz. Àqueles a quem ajudei, que eu ajude ainda
mais. Àqueles a quem magoei, que eu não magoe mais. Saibamos deixar um no outro uma saudade que faz
bem. Abençoa, Senhor, meus e minhas amigas, amém.
-
Luzes que brilham juntas, velas que juntas queimam no altar da esperança.
Trilhos que juntos percorrem os mesmos dormentes e vão terminar no mesmo lugar.
Aves que vão em bando, verso que segue verso nas rimas da vida.
Barcos que singram os mares até separados, mas sabem o porto onde vão se encontrar.
São assim os amigos que a vida me deu. Meus amigos e minhas amigas e eu.
-
Gente que sonha junto, gente que brinca e briga e se zanga e perdoa.
Um sentimento forte, mais forte que a morte, nos faz ser amigos no riso e na dor.
Vidas que fluem juntas, rios que não confluem, mas vão paralelos.
Aves que voam juntas e sabem que um dia, por força da vida não mais se verão.
Resta apenas um sonho que a gente viveu, meus amigos e minhas amigas e eu. (Pe. Zezinho)
73. Tomado pela mão
-
-
Tomado pela mão, com Jesus eu vou, sigo-o como ovelha que encontrou o Pastor.
Tomado pela mão com Jesus eu vou aonde ele for.
Se Jesus me diz : Amigo, deixa tudo e vem comigo, onde tudo é mais formoso e mais feliz.
Se Jesus me diz: Amigo, deixa tudo e vem comigo, eu e minha mão porei na sua e irei com contigo.
Eu te levarei, amigo, a um lugar comigo, onde o sol e as estrelas brilham mais.
Eu te levarei, amigo, a um lugar comigo, onde tudo é mais formoso e mais feliz. (Louvemos o Senhor, n. 530).
74. Músicas de aclamação:
- Seja bem-vindo, olê, olê, seja bem-vindo olá, olá, paz e amor pra você,que veio participar...
- Você que está chegando, bem-vindo, seja bem-vindo. Só estava faltando você aqui...bem-vindo ao nosso encontro.
- O Senhor tem muitos filhos...(Louvemos o Senhor, n. 447).
- Amigo, é bom te ver, amigo é bom te ver, contigo conviver e nos enriquecer ...
- Quando o Espírito de Deus se move em mim, eu rezo como o Rei Davi...(Louvemos o Senhor, n. 93).
- Meu coração é para Ti, Senhor...(Louvemos o senhor, n. 647).
143
ANEXO 1 - CELEBRAÇÃO DE ACOLHIDA DOS PAIS AOS FILHOS ENCONTRISTAS
Dirigente. Com alegria, acolhemos os pais, mães, irmãos e amigos dos jovens encontristas,que atendendo ao
chamado do Cristo- Amigo, participaram de mais um Encontro.Como famílias que acompanham seus filhos na
Comunidade Escolar e na formação humana e cristã, queremos invocar sobre nós o Deus-Família.Unidos em nome
do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Todos . Amém.Queremos partilhar nossa alegria e união uns com os outros, na mesma missão de pais e educadores.
Dirigente.Nossa primeira atitude é de agradecimento.Agradecemos a Deus, Senhor da Vida, que nos fez
colaboradores na vida e educação dos nossos filhos.
Todos. Agradecemos ao Espírito Santo/ que inspirou nossos filhos e filhas/ a aceitarem o convite/ e participarem
desse encontro de formação para a vida.
Dirigente. Agradecimento às famílias, pelo apoio e incentivo dados aos filhos, pela sua presença aqui, num gesto
muito significativo para os corações de seus filhos.
Todos. Agradecemos a Nossa Escola e ao serviço de Orientação Religiosa com suas várias equipes dos Encontros
de Jovens/ e queremos pedir que Deus continue abençoando essa experiência de formação humana e cristã.
Leitor.Nossa Segunda atitude é de destacarmos a importância permanente da Família.O crescimento dos filhos, o
adiantamento nos estudos, o trabalho da Escola, não dispensam a presença e colaboração da família, na educação e
formação completa dos filhos, a sua colaboração continua indispensável para o sucesso educativo.E nossos Pastores,
os Bispos, nos lembram que a formação completa inclui a educação cristã, em todas as idades.Dizem eles:”Os
esposos cristãos são para os filhos os primeiros anunciadores e educadores da fé e formam seus filhos,
amorosamente recebidos de Deus, com os ensinamentos cristãos e os bons exemplos. Com o apoio dos pais, os
filhos viverão da prática da oração em família, encontrarão mais facilmente orientações para a sua vida humana e
cristã.”(Conferência de Medellín).
Todos.Que Deus Nosso Pai nos fortaleça/ nesta difícil, mas alegre missão/vendo nossos filhos crescerem em idade,/
em estudos e cultura/ e na busca de um futuro feliz,/ em suas vidas.
Dirigente. A nossa responsabilidade aumenta mais, devido aos grandes problemas que atingem nossos jovens, nos
dias de hoje. Para vaciná-los em enfrentar estes desafios e orientá-los melhor, é que nasceram os encontros de
jovens nas Escolas e nas Comunidades da Igreja, por amor aos mesmos jovens.
Todos.Pedimos, Senhor,/ vossas luzes e vossa fortaleza,/ para acompanharmos os nossos filhos,/ nesta travessia
difícil do mundo moderno,/com paciência e diálogo, / com amor e esperança.
Dirigente. Nossa terceira atitude é de oração e acompanhamento discreto, mas atento. Os Encontros de Jovens são
raras oportunidades, que ensinam aos jovens como viverem felizes consigo mesmos,com os outros em família e nos
ambientes, na amizade com Deus e como enfrentar os desafios do nosso mundo.
Todos. Nós vos pedimos, Senhor,/ fazei frutificar os bons resultados/ nos corações dos nossos filhos, que eles
produzam bons frutos na perseverança./Atendei as súplicas das nossas famílias,/pela felicidade dos nossos filhos,/
que confiastes aos nossos cuidados.
Dirigente. Neste clima de oração, queremos proclamar juntos a ORAÇÃO DA FAMÍLIA.Que nossa família seja uma
comunidade educadora na fé, uma comunidade de oração nos acontecimentos da vida familiar, uma comunidade a
serviço da Vida e da Esperança no futuro dos nossos filhos
Todos. Senhor Deus, Nosso Pai,/ nós vos louvamos pela nossa família/ e agradecemos a vossa presença em nosso lar./Iluminai-nos para que sejamos capazes/ de assumir nosso compromisso de fé na
Igreja, a Grande Família de Deus,/ de participarmos em nossas comunidades cristãs.
Homens. Ensinai-nos a viver a vossa Palavra/ e o novo mandamento do Amor.Concedei-nos a capacidade de
reconhecermos nossas diferenças de idade,/ de sexo/e de temperamentos,/ para nos ajudarmos mutuamente.
Mulheres. Dai-nos,Senhor,/ saúde, /união e harmonia em nossos lares/ trabalho com salário justo,/ para investirmos
no bem-estar e educação dos nossos filhos.
Homens. Ensinai-nos a tratar bem uns aos outros, / a perdoar nossas fraquezas com paciência,/ e estar sempre
disponíveis em ajudar,/ fazendo da nossa família uma escola de humanismo e bondade.
Mulheres. Ajudai-nos a respeitar/ e incentivar a vocação de cada um dos filhos/ e também daqueles que Deus chamar
ao seu serviço/ na vocação sacerdotal ou religiosa,/para servir nossas famílias e comunidades na Igreja..
144
Todos. Que em nossas famílias reine a confiança,/ a fidelidade sem desânimo,/o respeito mútuo/ e que o amor nos
una cada vez./Permanecei, Senhor, em nossas famílias/ e abençoai nosso lar hoje e sempre.Amém.
Dirigente .Podemos encerrar nossa celebração, rezando ou cantando um dos belos cantos com mensagens sobre a
família, enquanto aguardamos o reencontro com nossos filhos encontristas, com muita alegria.
CANTO PROCLAMADO OU REZADO.
Minha prece de pai é que meus filhos sejam felizes,
Minha prece de mãe é que meus filhos vivam em paz,
Que eles achem os seus caminhos,
Amem e sejam amados, vivam iluminados.
Nossa prece de filhos é prece de quem agradece,
Nossa prece é de filhos que sentem orgulho dos pais,
Que eles trilhem os seus caminhos,
Louvem e sejam louvados, sejam recompensados.
Ilumina, ilumina nossos pais, nossos filhos e filhas,
Ilumina, ilumina cada passo das nossas famílias – bis.
Minha prece, ó Senhor, é também pelos meus familiares,
Minha prece, ó Senhor, é por quem tem um pouco de nós.
Que eles achem os seus caminhos,
Amem e sejam amados, vivam iluminados.
Nossa prece, ó Senhor, é também pelos nossos vizinhos,
Por quem vive e trabalha e caminha conosco,Senhor,
Que eles achem os seus caminhos,
Amem e sejam amados, vivam iluminados.
Ilumina, ilumina nossos pais, nossos filhos e filhas,
Ilumina, ilumina cada passo das nossas famílias-bis.
BÊNÇÃO DO SACERDOTE COM OS PAIS SOBRE OS FILHOS
Com os agradecimentos da Coordenação à equipe de casais dirigentes da celebração e às famílias dos nossos
jovens encontristas.
145
ANEXO 2
Ficha de Inscrição simplificada para o Encontro de Jovens – Nº
Série____
Nome:__________________________________________________________Fone:_____________
NOME DO PAI:______________________________________________________________________
Nome da Mãe:_____________________________________________________________________
ENDEREÇO:___________________________________________________BAIRRO:________________
(
(
(
) – Já participou de um Encontro de Jovens.
) – Já participou de dois Encontros de Jovens.
) – Ainda não participou dos Encontros de Jovens.
Cite dois assuntos ou temas que você gostaria de discutir:
1º:____________________________________________________________________________________________
2º:____________________________________________________________________________________________
O que você espera deste próximo Encontro de Jovens, para seu maior aproveitamento?
______________________________________________________________________________________________
----------------------------------------------------------------------------------------O Encontro se realizará no local:______________________________________________________
no dia_________ de ___________________________________ de_________
Obrigado a Deus que o (a) sensibilizou e a você que atendeu ao nosso convite. Pela Equipe de Coordenação
dos Encontros de Jovens .
Seu Amigo e Irmão em Cristo-Jovem.
O Coordenador.
A Equipe confia na palavra do jovem ao inscrever-se, confirmando depois sua participação, a não ser por motivo de
força maior. Isto é fundamental para as decisões na organização do evento.
Pedimos que levem agenda simples e caneta
ALEGRIA – VIVER E NÃO TER A VERGONHA DE SER FELIZ!!!
146
ANEXO 3
Ficha de Inscrição completa para o Encontro de Jovens – Série__ Nº____
(Para maior conhecimento do grupo de participantes)
CONVITE: Meu amigo ou minha amiga jovem: em nome da Equipe de Coordenação dos Encontros de Jovens da
Escola, com total apoio da Direção, venho convidá-lo (a) para o próximo encontro de jovens, a realizar-se no dia
________________, local_________________________. O encontro de jovens é uma experiência marcante e envolvente,
tratando da vida consigo mesmo, com os outros e com DEUS, no contexto do mundo em que vivemos. “Os
encontros de jovens são poucas oportunidades que nos dão a chave de solução para os nossos problemas e nos
levam a viver e conviver felizes em nossas vidas”. Testemunho de encontrista. Para prepararmos melhor essa
experiência, peço-lhe que responda o seguinte questionário informativo:
1-
Nome____________________________________________________ Fone __________________
2- Nome do pai _____________________________________________________________________
3- Nome da mãe_____________________________________________________________________
4- Endereço ________________________________________________ Bairro__________________
5- Cite os três principais valores ou qualidades da sua vida de jovem: _______________________
____________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
6- Cite três principais aspirações ou desejos da sua vida de jovem: _______________________
____________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
7- O (a) jovem se angustia mais:
( ) – Por problemas pessoais?
( ) – Por problemas de outros relacionamentos?
( ) – Por problemas escolares?
( ) – Por problemas de futuro profissional?
( ) – Por problemas de família?
( ) – Por problemas religiosos? ou problemas de _____________
___________________________________________________________________________________________
(
(
(
(
8- Em relação à família.
) – Você gosta dela assim como ela é?
) – Não se sente muito bem perto dela?
) – Acha que ela precisaria mudar muito para uma boa convivência?
) – Você também precisaria mudar para o bem-estar familiar e diálogo?
9- Quanto às amizades.
( ) – Você valoriza suas amizades?
( ) – Elas têm ajudado você?
( ) – Procura aumentá-las?
Com que finalidade você faz amizades?________________
____________________________________________________________________________________________
(
(
(
(
10- Diante dos problemas que envolvem mais de perto o jovem, sua atitude é...
) – Fugir deles para não esquentar a cabeça?
) – Mergulhar na fossa e cair na depressão?
) – Ser otimista e levar na esportiva?
) - Administrar a situação e buscar caminhos positivos?
147
11- Como você busca caminhos ou procura resolver suas dúvidas e problemas?
( ) – Sozinho, se fechando?
( ) – Recorrendo aos amigos?
( ) – Com a ajuda da família?
( ) – Com ajuda de um orientador, prof. (a)?
- Ou com que outro tipo de ajuda?____________________________________________________________________
12- Diante dos muitos problemas de nosso mundo atual.
( ) – Você é indiferente, desinteressado?
( ) – Gostaria de conhecê-los?
( ) – É interessado, preocupado?
( ) – Sente-se desorientado?
(
(
(
(
13- Para você, Cristo é:
) – Um personagem histórico que ficou no passado, como tantos outros?
) – Uma pessoa que atua hoje em sua vida pessoal e na história humana?
) – Um vigia ou polícia contra os nossos erros?
) – Um Amigo que_______________________________________________________________________________
(
(
(
(
14- Para você, ser um jovem cristão:
) – É apenas valorizar a oração como diálogo e conversa com Deus?
) – É apenas ter fé, confiança em Deus, sobretudo nas horas difíceis?
) – É só ter a alegria de viver a amizade e fraternidade em comunidade?
) – É tudo isso e ainda ser coerente com sua fé na vida pessoal, familiar, escolar, social e política?
15- Cite dois assuntos ou temas que você gostaria de discutir no encontro:
1º- _______________________________________________________________________________________________
2º- _______________________________________________________________________________________________
Observações finais. A Equipe confia na palavra do jovem. Não prejudique outro colega, assumindo o
compromisso e faltando, no dia. Outro irá por você, avise antes.
CRISTO DIZ: CONFIO EM VOCÊ , CONTO COM VOCÊ.
Pela Equipe, seu amigo coordenador.
148
ÍNDICE
Programa de Vida............................................................................................................................................................... 2
Apresentação e motivação................................................................................................................................................ 3
1ª PARTE – PROJETO DE PLANEJAMENTO E METODOLOGIA
Projeto de Planejamento de Educação Religiosa........................................................................................... 4
Programação de atividades bimestrais................................................................................................................................ 5
Metodologia para Encontros de Adolescentes..................................................................................................................... 7
Método Educativo de Jesus - Referencial para o Método Ver-Julgar-Agir-Revisar-Celebrar............................................ 14
d
2ª PARTE – OS ENCONTROS DE JOVENS
Orientações aos palestrantes............................................................................................................................................ 16
Funções coletivas dos dirigentes....................................................................................................................................... 18
Horário e roteiro das experiências vividas......................................................................................................................... 20
Objetivos específicos e contexto referencial de vida, com motivações............................................................................. 22
Desenvolvimento das experiências, com Power Point.......................................................................................................25
Relação de temas sobre os assuntos, no contexto dos 4 pilares da educação................................................................37
f
3ª PARTE – TEXTOS - SUBSÍDIOS PARA A 1a. ETAPA – 8as. SÉRIES
- PROJETO PERSONALIDADE – ENCONTRO CONSIGO MESMO
1.1A - Gráficos da Personalidade no formato de foguete e esfera................................................................................... 39
1.2A - Teste-questionário de Autoconhecimento............................................................................................................... 41
1.3A – Lá vem ele...Dramatização sobre temperamentos................................................................................................. 49
1.4A – Em busca da identidade......................................................................................................................................... 52
.
- PROJETO VIDA E SAÚDE - ENCONTRO CONSIGO MESMO
2.1A – Informação e educação sexual............................................................................................................................... 54
2.2A – Teste de nível de informação sobre DSTs............................................................................................................. 56
2.3A – O que são DSTs..................................................................................................................................................... 58
2.4A – Sexualidade: Desejo e Projeto............................................................................................................................... 59
.
- PROJETO LIBERDADE E LIBERTAÇÃO – ENCONTRO CONSIGO MESMO
3.1A – Teste de informação sobre drogas......................................................................................................................... 62
3.2A – Estudo sobre os tóxicos e drogas........................................................................................................................... 63
3.3A – Drogas: um problema que exige soluções e não fugas – entrevista...................................................................... 64
.
- PROJETO CONVIVÊNCIA E AFETIVIDADE – ENCONTRO COM OS OUTROS
4.1A – Família em busca de suas próprias raízes............................................................................................................. 66
4.2A – Diálogo: atitude de vida.......................................................................................................................................... 67
4.3A – Amizade: você consegue ser amigo....................................................................................................................... 69
.
- PROJETO REALIZAÇÃO PROFISSIONAL – ENCONTRO COM A SOCIEDADE-MUNDO
5 – Orientação profissional: Escolha bem sua profissão................................................................................................... 72
.
- PROJETO VIDA ESPIRITUAL – ENCONTRO COM DEUS
6.1A – Jesus de Nazaré e Mensagem das Felicidades: Celebração-jogral....................................................................... 74
6.2A – Cristo: Um Jovem Autêntico................................................................................................................................... 76
149
6.3A – Cristo: Um Líder Comprometido..............................................................................................................................77
6.4A – O Rosto Humano de Jesus – Uma carta................................................................................................................ 78
6.5A – Credo dos jovens e Código de honra..................................................................................................................... 78
.
4a PARTE: TEXTOS – SUBSÍDIOS PARA A 2ª ETAPA - ENSINO MÉDIO
- PROJETO PERSONALIDADE – ENCONTRO CONSIGO MESMO
1.1B – Aprofundamento : Felicidade - Psicologia e Cristianismo....................................................................................... 79
1.2B – Gráficos da Personalidade – Referencial básico na 3ª parte.................................................................................. 83
1.3B – Teste-questionário de Personalidade..................................................................................................................... 84
1.4B – Os jovens e seus valores.................................................................................................................................... ... 90
.
- PROJETO VIDA E SAÚDE - ENCONTRO CONSIGO MESMO
2.1B – DSTs - quadro sinótico – aprofundamento............................................................................................................. 92
2.2B – Roteiro de vídeo sobre Aids................................................................................................................................... 94
2.3B – O que é Aids?......................................................................................................................................................... 95
2.4B – Vídeo sobre o Direito de viver e aborto – aprofundamento................................................................................... 97
2.5B – Ame a vida por mim................................................................................................................................................ 98
.
- PROJETO LIBERDADE E LIBERTAÇÃO – ENCONTRO CONSIGO MESMO
3.1B – Tóxicos: Um paraíso fictício........................................................................................................................... 99
3.2B – Drogas: Skunk e seus efeitos sobre o organismo................................................................................................ 101
3.3B – A devastação do crack já atinge a classe média.................................................................................................. 103
- .PROJETO CONVIVÊNCIA E AFETIVIDADE – ENCONTRO COM OS OUTROS
4.1B – Família e seus conflitos........................................................................................................................................ 106
4.2B – Namorar é............................................................................................................................................................. 108
4.3B – A caminho do amor – Roteiro dos namorados..................................................................................................... 110
4.4B – Afetividade e erotismo: namorar ou ficar?........................................................................................................... 112
.
- PROJETO REALIZAÇÃO PROFISSIONAL-ENCONTRO COM A SOCIEDADE-MUNDO
5.1B – Vocações e Profissões......................................................................................................................................... 115
5.2B – Teste: Para profissões modernas, você também precisa se conhecer................................................................ 117
5.3B – A sociedade de consumo..................................................................................................................................... 119
.
- PROJETO VIDA ESPIRITUAL – ENCONTRO COM DEUS
6.1B – O encontro com Deus na Fé................................................................................................................................. 121
6.2B – Mensagem das Felicidades – na 3ª parte............................................................................................................ 122
6.3B – Este Homem é perigoso....................................................................................................................................... 123
6.4B – Síntese integração Vida e Fé – maturidade e ajustamento.................................................................................. 125
7 – Experiências com grupos de jovens – GRUJER........................................................................................................ 126
8 – Mensagem do Concílio aos Jovens........................................................................................................................... 128
9 – Preces e cantos para os encontros de jovens........................................................................................................... 128
Anexo 1 – Celebração dos pais com os filhos encontristas............................................................................................. 147
Anexo 2 – Ficha de inscrição simplificado para encontros.............................................................................................. 149
Anexo 3 – Ficha completa de inscrição para aprofundar conhecimento......................................................................... 150
.
150

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