caminhando e cantando e seguindo a canção

Transcrição

caminhando e cantando e seguindo a canção
“CAMINHANDO E CANTANDO E SEGUINDO A CANÇÃO...”
Alcione Viero de Bastos¹; Cilene Costa Silva Bettega²; Maria Rosangela Silveira Ramos³
Instituto Federal Farroupilha Campus São Vicente do Sul, Acadêmicos do Curso de Licenciatura em
Química. Alunos/bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID, da
CAPES-Brasil.
2
Instituto Federal Farroupilha Campus São Vicente do Sul, Acadêmicos do Curso de Licenciatura em
Química. Alunos/bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID, da
CAPES-Brasil.
3
Instituto Federal Farroupilha – Campus São Vicente do Sul. Docente da Licenciatura em Química.
Coordenadora/bolsista do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID, da
CAPES-Brasil, email: [email protected]
1
Introdução
O título deste trabalho nos remete a anos áureos de intensas lutas, essas por
tempos melhores, por diminuir diferença sociais, pela busca de um rumo; na
continuidade da música “somos todos iguais” 1, com esta parte pretende-se trazer
para um contexto educacional me referindo a nós futuro docente, sim somos “quase”
todos iguais, com dúvidas, anseios, incertezas, estas dificuldades começam a ser
sanadas.
Com o subprojeto do Programa Institucional de Bolsas Iniciação à Docência PIBID/CAPES: “Ressignificando as Práticas Educativas na Formação de Professores
de Química”, do Instituto Federal Farroupilha- Câmpus São Vicente do Sul, que
atualmente conta com 11 acadêmicos do Curso de Licenciatura em Química, três
supervisores das escolas parceiras do projeto: Instituto Salgado Filho em São
Francisco de Assis; Escola São Vicente de São Vicente do Sul e Escola Guilhermina
Javorski, de Jaguari, e a coordenadora do projeto. Ainda, no decorrer do
desenvolvimento do projeto, contamos com a participação de acadêmicos que por
diversos motivos já não fazem mais parte do projeto.
Participar do PIBID nos possibilita um maior contato com situações educativas,
através de embasamentos teóricos, reuniões para exposição de estudos através de
seminários, implementações, apresentações de trabalhos em eventos direcionados
a educação.
1
Música: Caminhando e Cantando de Ivan Lourenço
Ressignificando as Práticas Educativas na Formação de Professores de
Química
A nossa “formação” ,com o auxílio do PIB, nos possibilita o contato com
outras vertentes metodológicas que não são abordadas no currículo normal da
licenciatura, possibilitando uma gama maior de metodologias com isto abrangendo
uma maior heterogeneidade em relação ao processo de assimilação de conteúdos
pelos educandos. Partindo disto o nosso embasamento teórico inicial foi abordando
temas de “contextualização”, “aprendizagem significativa”, uma abordagem que
correlaciona-se as vivências dos educando como nos propõem DELIZOICOV ( p.
194, 2007):
O ambiente escolar, a sala de aula, seus colegas e professores,
mesmo sendo apenas parte do meio em que o aluno está inserido,
devem contribuir para sua formação, os educandos por não serem
sujeitos neutros, trazem para a escola e sala de aula seus
conhecimentos prévios ou sua cultura, tais conhecimentos constituem
um dos elementos do contexto de relações que dará significado aos
objetos de conhecimento e de estudo que a escola tem como meta
promover, originando uma contextualização do conteúdo que leve em
conta a vivência do aluno. A abordagem dos conceitos científicos é
ponto de chegada, quer da aprendizagem dos alunos ficando o ponto
de partida como os temas e as situações significativas que originam,
de um lado, a seleção e organização do rol de conteúdos, ao serem
articulados com a estrutura do conhecimento científico, e, de outro, o
início do processo dialógico e problematizador.
Com isso, quando um conteúdo for contextualizado com o cotidiano do
educando mais êxito ele terá na aprendizagem, pois vê significado em se apropriar
de um conhecimento cientifico.
Tendo uma base teórica, partimos para o trabalho nas escolas, sempre
mantendo a correlação entre prática/teoria. Na sequência, pretende-se expor em
ordem cronológica de tempo as atividades realizadas pelos bolsistas do projeto.
O primeiro evento do qual participamos foi I Seminário das Licenciaturas do IF
Farroupilha, onde confeccionamos pôsteres referente a formação de educadores e o
perfil dos licenciando em Química. No segundo semestre de 2011, fomos divididos
em dois grupos de cinco bolsistas para fazer um estudo de campo do ambiente
físico e pedagógico, do Instituto de Educação Guilhermina Javorski, em Jaguari, e
Escola São Vicente, em São Vicente do Sul, acompanhados pelos professores
supervisores do projeto, este estudo além de nos apresentar a realidade do
ambiente escolar foi tema para apresentação oral em evento realizado pelo Instituto
Federal Farroupilha - Câmpus São Vicente do Sul (III Jornada de Iniciação Cientifica
e I Mostra de Extensão) e aporte básico para a apresentação de um artigo no 31º
Encontro de Debates sobre O Ensino de Química (EDEQ) em Rio Grande, neste
período também participamos como ouvinte do II Seminário Internacional de
Educação em Ciências.
No primeiro semestre de 2012, iniciamos as implementações nas escolas
acima citadas, ocorreu uma nova divisão onde foram separados em duplas os
bolsistas para fazer implementações nas turmas de 8 turmas do 1º ano de cada
escola, estas ocorrem no horário do professor regente da matéria (o supervisor do
projeto), tendo duração de seis a oito períodos, isto já sendo determinado no
momento da realização do plano de aula, este seguindo os três momentos
pedagógicos (Delizoicov), que se estrutura da seguinte forma: primeiramente se faz
uma pesquisa de quais são as opiniões e saberes do educando sobre conteúdo
(problematização inicial).
Após a pesquisa e a análise das respostas, selecionaram-se os conteúdos
científicos que facilitaram a compreensão do tema escolhido proporcionando a
transformação
do
conhecimento
empírico
em
cientifico
(organização
do
conhecimento), e, por fim, avalia-se a aprendizagem do aluno (aplicação do
conhecimento).
Totalizando
demonstrado abaixo.
aproximadamente
240
educandos,
como
está
Implementação São Vicente do Sul
Implementação Jaguari
Estas implementações nos possibilitarão um real convívio com a sala de aula,
mesmo realizando as dinâmicas em duplas, podemos iniciar um domínio de
conteúdo, de metodologia, de sala de aula. Das mesmas, foram elaborados
seminários para apresentação aos colegas bolsistas e posteriormente a realização e
artigos para serem apresentados em eventos, tais como: IV Jornada de Iniciação
Científica e II Mostra de Extensão do Instituto Federal Farroupilha - Câmpus São
Vicente do Sul; 32º Encontro de Debates Sobre o Ensino de Química em Porto
Alegre; Fórum Mundial de Educação em Florianópolis; II Seminário Nacional de
Licenciaturas, em São Luiz do Maranhão.
Em meados de agosto de 2012, nos foi solicitada a realização de uma oficina
“Interdisciplinar” com o envolvimento dos Pibidianos de Biologia oriundos desta
instituição. Foram realizadas oficinas que abordaram os temas, saúde, solos, meio
ambiente, agua, sempre buscando uma interação entre o cotidiano do aluno e uma
ligação entre as disciplinas de Biologia e Química, antes da realização da oficina foi
apresentado como seminário para todos os bolsistas envolvidos, o mesmo
ocorrendo após a aplicação da oficina.
Destas oficinas também ocorreu a confecção de artigos para eventos a seguir
relacionados: VI Seminário Nacional Diálogos com Paulo Freire; XII Encontro Sobre
Investigação na Escola. Posterior às oficinas, foram realizadas as implementações
em turmas do 1º ano do ensino médio, sendo acrescido, às escolas já participantes
do PIBID/Química, o Instituto Salgado Filho em São Francisco de Assis.
Novamente, os bolsistas foram divididos em duplas e trios sendo destinadas
duas turmas aos mesmos, seguindo a mesma metodologia aplicada anteriormente
nas outras implementações, envolvendo os temas de ligações químicas e
ácidos/bases. Nestas implementações, iniciou-se a coleta de relatos dos educandos
para uma avalição e auto avalição das implementações.
No semestre inicial de 2013, recebemos os Kits Aventura na Ciência para
realizarmos um trabalho de avaliação juntamente com os Pibidianos de Biologia nas
escolas das cidades de Cacequi, Jaguari e São Vicente do Sul. Os kits continham
assuntos relacionados com Astronomia, Biologia, Física, Matemática e Química,
todos os kits foram apresentados nas escolas em forma de oficina e, desta oficina,
também foram elaborados artigos que foram enviados para possível aceitação e
apresentação no 33º Encontro de Debates Sobre o Ensino de Química, em Ijuí.
Posterior às oficinas, ocorreram as implementações nas escolas parceiras do
projeto, desta vez cada bolsista teve o desafio de ministrar aulas para duas turmas
de 1º ano e ou 2º ano.
Considerações finais
Neste decorrer de quatro semestres no PIBID, podemos perceber evoluções
significativas particulares e no grupo de bolsistas, referente ao entendimento sobre
discussões
que
envolvam
temas
relacionados
com
a
educação
vigente,
metodologias, técnica de abordagem de conteúdo, contextualização, convívio com
professores e colegas de graduação tanto do nosso como de outros cursos.
Percebe-se que um dos objetivos do PIBID é o aumento do Índice de Educação
Básica (IDEB), mas não podemos deixar de salientar que o programa possibilita em
nossa formação o contato direto e indireto com a realidade educacional, e faz com
que tenhamos uma visão diferenciada sobre o que é visto em diversas “salas de
professores”, que não temos e não devemos apenas seguir a “grade”, disponibilizar
o conteúdo e fazer uma avaliação. Infelizmente, nossa graduação não possibilita
esta total visão, então, com o PIBID, podemos ter uma evolução maior que apenas
um licenciando, isto também abrangem os nossos supervisores.
Mas, infelizmente, a maioria não busca a sua continuidade na formação e após
a nossa implementação voltam a abordar os conteúdos da mesma forma que
vinham fazendo, não sendo acrescida nenhuma mudança a eles que junto com seus
educandos podem fazer a tão sonhado aumento no IDEB.
Referências
DELIZOICOV, Demétrio. Ensino de ciências: fundamentos e métodos / Demétrio
Delizoicov, José André Angotti, Marta Maria Pernambuco; colaboração Antonio
Fernando Gouveia da Silva. -2. Ed.- São Paulo: Cortez, 2007.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. Saberes necessários à prática
educativa. São Paulo: Paz e Terra: 2003.

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