É só colocar tinta
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1/15 A REVISTA DE NEGÓCIOS E TECNOLOGIA DA SANDVIK COROMANT INOVAÇÃO: É só colocar tinta Maior, melhor, mais rápida, mais forte Nova tecnologia resultou em grande redução no tempo de usinagem das enormes carcaças de turbinas a gás da Siemens. Produção refinada TECNOLOGIA Nos trilhos INSPIRAÇÃO A fronteira final EUA Liderando a corrida TECNOLOGIA mantendo a objetividade PERFIL Ciência para meninas TECNOLOGIA Usinagem tranquila de canais ÍNDIA EDITORIAL Metalworking World é uma revista de negócios e tecnologia da AB Sandvik Coromant, 811 81 Sandviken, Suécia. Tel: +46 (26) 26 60 00. Metalworking World é publicada três vezes por ano em inglês americano e britânico, alemão, chinês, coreano, dinamarquês, espanhol, finlandês, francês, holandês, húngaro, italiano, japonês, polonês, português, russo, sueco, tailandês e tcheco. A revista é gratuita para clientes da Sandvik Coromant no mundo inteiro. Uma publicação da Spoon Publishing, Estocolmo, Suécia. ISSN 1652-5825. KLAS FORSSTRÖM PRESIDENTE DA SANDVIK COROMANT Moldando a indústria do futuro ÀS VEZES EU não preciso ir muito longe para adentrar no vasto mundo da Sandvik Coromant. Outro dia, desci os três lances de escadas do meu escritório até a entrada do prédio da sede da empresa, em Sandviken, Suécia. Virei à esquerda e caminhei 20 metros até o novo Sandvik Coromant Center, que ainda estava em construção. Mesmo de capacete, com o cheiro de tinta fresca no ar, os fios pendurados no teto e os operários dando os toques finais, tive uma forte convicção: Este edifício é o futuro e simboliza bem o que é a nossa empresa. Sempre nos esforçamos para interagir com aqueles que, junto com a gente, fazem parte da indústria – clientes, estudantes, parceiros, especialistas e colaboradores em potencial. No passado, cerca de 3.000 pessoas de todo o mundo nos visitava a cada ano em Sandviken. Com a abertura do novo centro para clientes este ano, esperamos que esse número dobre. A instalação de 4.500 m2 oferecerá treinamentos, cursos e uma fábrica protótipo onde vamos projetar e produzir novas ferramentas e desenvolver métodos de produção eficientes e soluções sob medida para clientes e parceiros (veja à página 4). Além dos desafios relacionados a ferramentas e métodos, o centro será um local onde poderemos observar, interpretar, prever e nos preparar para a indústria de amanhã. É o lugar onde olharemos para o futuro da usinagem e como a manufatura aditiva ou impressão 3D (página 26), Big Data e a Internet das Coisas afetarão nossa indústria e como poderemos dar nossa contribuição. É aqui que, junto com você, moldaremos o futuro. 2 METALWORKING WORLD Esta edição da Metalworking World também se projeta para o futuro – neste caso, o futuro da indústria aeroespacial e sua fronteira final. Às vezes, o empolgante mundo da Sandvik Coromant está apenas alguns andares abaixo, e, outras vezes, a dezenas de milhares de quilômetros de distância, no espaço. Eis uma viagem que eu gostaria de fazer algum dia. Boa leitura, KLAS FORSSTRÖM PRESIDENTE DA SANDVIK COROMANT Editora-chefe e responsável legal na Suécia: Björn Rodzandt. Editor-executivo: Lianne Mills. Gerente de contas: Christina Hoffmann. Editor: Henrik Emilson. Direção de arte: Niklas Thulin. Editor técnico: Börje Ahnlén, Martin Brunnander. Subeditora: Valerie Mindel. Coordenação: Aurore Gilmont. Coordenação de idiomas: Sergio Tenconi, Louise Holpp. Diagramação das versões: Stina Gyldberg.Pré-impressão: Markus Dahlstedt. Foto de capa: Adam Lach. Artigos não solicitados serão recusados. O conteúdo desta publicação só poderá ser reproduzido com autorização do gerente editorial da Metalworking World. Matérias e opiniões expressas na Metalworking World não necessariamente refletem os pontos de vista da Sandvik Coromant ou da editora. Correspondências e pedidos de informação sobre a revista são bem-vindos. Contato: Metalworking World, Spoon Publishing AB, rosenlundsgatan 40, 118 53 Estocolmo, Suécia. Tel: +46 (8) 442 96 20. E-mail: [email protected]. Informações sobre distribuição: Catarina Andersson, Sandvik Coromant. Tel:+46 (26) 26 62 63. E-mail: [email protected]. Impresso na Suécia, gráfica Sandvikens Tryckeri. Impresso em papéis MultiArt Matt 115g e MultiArt Gloss 200g, da Papyrus AB, com certificação ISO 14001e registro junto ao Sistema Comunitário Europeu de Ecogestão e Auditoria (EMAS). Adveon, Coromant Capto, CoroMill, CoroCut, CoroChuck, CoroPlex, CoroTurn, CoroThread, CoroDrill, CoroBore, InvoMilling, CoroGrip, CoroTap, AutoTAS, GC, Silent Tools, T-Max, iLock e Inveio são todas marcas registradas da Sandvik Coromant. Receba sua cópia gratuita da revista. Envie seu e-mail para [email protected] A Metalworking World tem caráter informativo. As informações veiculadas na revista são de natureza genérica e não devem ser entendidas como recomendações ou utilizadas como base para tomadas de decisão em casos específicos. Qualquer uso dessas informações é de total responsabilidade do usuário. A Sandvik Coromant não se responsabiliza por qualquer dano direto, acidental, consequencial ou indireto resultante do uso das informações disponibilizadas pela Metalworking World. CONTEÚDO 18 EUA: Corrida para reciclar 30 Construindo o futuro: 6 Perfil: 10 Índia: 7 Jogo rápido: 14 Inspiração: Ciência para meninas Notícias do mundo Inovação: A impressão 3D é uma ameaça ou a salvação da indústria? Alemanha: Grande economia de tempo na produção de carcaças de turbinas a gás gigantes 4 Bem vindo ao novo Sandvik Coromant Center 9 26 Baterias internas: O desafio de armazenar energia Grandes melhorias de produtividade A caminho de onde poucos homens já estiveram 38 Nota Final: Foco na rodovia TECNOLOGIA Face preservada Como fornecer um processo de usinagem de faceamento estável e sem rebarbas com vida útil previsível da pastilha. 17 Seu gestor é um líder lean? Como a Sandvik Coromant organiza suas próprias instalações e práticas? 24 Nos canais Nos trilhos A CoroMill QD é a mais recente solução para cortes e canais estreitos e profundos. Atendendo as necessidades técnicas do torneamento de rodeiros 29 36 METALWORKING WORLD 3 JOGO RÁPIDO TEXTO: JENS EKELUND FOTO: SAMIR SOUDAH Construindo o futuro Sandvik Coromant Center é a mais nova instalação para os clientes da empresa. Ele tem 4.500 m2 e está localizado na sede da Sandvik Coromant em Sandviken, Suécia. Seja bem-vindo! P: O novo Sandvik Coromant Center é descrito como um ponto de encontro para a indústria. O que isso significa? Significa que queremos mostrar que a Sandvik Coromant faz parte da indústria de manufatura do futuro. O visitante poderá ter uma ideia do que vai acontecer em sua área de atuação e também perceber o quanto a Sandvik Coromant pode oferecer como parceira. P: Que visitantes vocês esperam na nova instalação? Em primeiro lugar nossos atuais clientes, com os quais gostaríamos de conversar sobre projetos conjuntos e treinamentos. A interação será baseada em conhecimento compartilhado, o que significa troca de experiências. Acreditamos que este será um ótimo local para isso. Também queremos que clientes potenciais nos visitem e saibam como podemos auxiliá-los, assim como representantes da indústria, tomadores de decisão, jornalistas, parceiros e nossa própria equipe. Gostaríamos também de atrair futuros colegas de trabalho, como estudantes de universidades e escolas técnicas. P: O que você pode dizer sobre a planta de P&D? A proximidade com essa planta é importante por ser o local onde nascem nossas novas ideias e soluções. Para os clientes que nos visitam, é uma grande vantagem o fato de disponibilizarmos especialistas para auxiliá-los. Esse é um recurso exclusivo que oferecemos aqui em Sandviken. P: Como o novo conceito ajuda a expandir ainda mais os limites da tecnologia? Estamos criando uma rede envolvendo todos os nossos centros no mundo, através da qual seremos capazes de dar suporte àqueles que trabalham diretamente com os clientes, oferecendo acesso online aos nossos especialistas. Por exemplo, podemos ter uma sessão de treinamento em uma unidade com um palestrante de outro país. Tão rápido quanto possível também queremos utilizar todo nosso know-how em outros centros. Grandes projetos de desenvolvimento de Sandviken serão facilmente implementados em clientes no mundo todo, e o conhecimento compartilhado será muito importante, garantindo que poderemos alcançar soluções mais rápidas e precisas para nossos clientes. Ao conectar todos os centros, asseguramos que nossa experiência possa ser aplicada em qualquer lugar. P: Qual é a diferença entre a antiga e a nova unidade? A construção desse novo centro priorizou tanto quanto possível a experiência que os visitantes devem levar consigo depois de terem nos visitado. De uma perspectiva técnica, eles podem se familiarizar com nossos novos produtos e obter soluções para desafios de produtividade. Caso os desafios sejam mais complexos, podemos auxiliá-los por meio de nossos conhecimentos sobre a aplicação. Posso garantir que temos as soluções para atender suas necessidades. 4 METALWORKING WORLD P: O que você espera que os visitantes levem como experiência? Depois de visitar nossos centros, esperamos que você saia inspirado e preparado para o futuro da manufatura. Esperamos que tenha adquirido insights valiosos ----------------------sobre como otimizar operações e BERTIL ISAKSSON se sinta parte da equipe global da Gerente de Projetos Sênior Sandvik Coromant. n Sandvik Coromant “Esse é o nosso maior investimento em 30 anos.” Bertil Isaksson, Gerente de Projetos Sênior. Sandvik Coromant Center: dedicado à paixão pela manufatura e pela pesquisa Localização: Sandviken, Suécia Tamanho: 4.500 m2 Visitantes: 6.000 por ano Capacidade: 300 visitantes/dia Máquinas: cinco no showroom e três na oficina de P&D Fornecedores: DMG Mori, Mazak, Brother e Hermle Salas de conferências: 14 Estações de treinamento: cinco Maior monitor de vídeo: 214’’ SmartTVs: 11 (80’’) Chão da planta de P&D: 1 metro de espessura Peso das escadas de concreto: 14 toneladas Edifício verde: 25% menos consumo de energia que o prédio do Centro de Produtividade anterior METALWORKING WORLD 5 JOGO RÁPIDO TEXTO: HENRIK EMILSON FOTO: GOLDIEBLOX Ciência para meninas! APENAS 11% dos engenheiros dos EUA são mulheres, e estudos apontam que as meninas começam a perder interesse em ciência por volta dos oito anos de idade. Debbie Sterling, engenheira da Universidade de Stanford, propôs mudar este quadro e sabia exatamente por onde começar: nas lojas de brinquedos. Nas lojas de brinquedos normalmente se vê princesas na seção das meninas e, na dos meninos, jogos de lógica e ciências, brinquedos de construção e quebra-cabeças, capazes de desenvolver habilidades espaciais e deixá-los interessados em ciências, tecnologia, engenharia e matemática desde os primeiros anos de vida. “As meninas são deixadas de lado”, afirma Sterling. Então ela decidiu usar seu conhecimento de engenharia para elaborar um brinquedo de construção para garotas, chamado Goldie-Blox. Unindo seus estudos em psicologia feminina às consultas realizadas com cem crianças em idade escolar, ela concluiu que os desafios de engenharia do jogo precisavam ter uma história. “Ele chama a atenção das garotas porque elas não se interessam apenas no ‘que’ estão construindo, mas querem saber o ‘porquê’”, escreveu no Kickstarter, site de crowdfunding (financiamento coletivo). “As histórias do jogo são relacionadas à vida das meninas. As máquinas que a Goldie constrói solucionam problemas e ajudam suas amigas.” O projeto foi financiado através do Kickstarter, e o objetivo foi alcançado em quatro dias. Atualmente, o Goldie-Blox é distribuído em uma das maiores lojas de brinquedos do país. Sterling certamente tocou num ponto importante. “Acreditamos que há milhões de garotas engenheiras por aí”, diz. “Elas só não sabem disso ainda.” n 6 METALWORKING WORLD JOGO RÁPIDO O NÚMERO 500 % Em 2022, a Alemanha planeja ter aumentado sua capacidade eólica offshore em 500%. PASSEIO ATÍPICO PARECE UMA CÁPSULA, mas pode ser a bicicleta mais rápida do mundo. Por trás deste projeto está um grupo de estudantes do Institution of Mechanical Engineers da Universidade de Liverpool, na Inglaterra, que espera quebrar o recorde de velocidade de 133,8 km/h, em 2015. A bicicleta, de 25 quilos, deixa o ciclista a apenas 13 centímetros do chão e poder gerar mais de 700 watts ape- nas pela tração humana. “É uma tarefa extremamente difícil, um salto no escuro, fazer com que um veículo de tração humana atinja 145 km/h, mas com a abordagem certa da engenharia, isso se torna possível”, afirma Philippa Oldham, responsável pela área de transportes na instituição. SOB UMA RODA O RYNO É A PERFEITA, e provavelmente única, combinação de um Segway (diciclo) com uma motocicleta de uma roda. Trata-se de um monociclo elétrico que leva o piloto em um passeio bem equilibrado a 16km/h. Seus dois motores movidos a baterias têm duração de dez horas. Assim como o diciclo, o Ryno é descrito como uma extensão do corpo do piloto, respondendo aos movimentos de inclinação para frente e para trás. A tecnologia de equilíbrio utiliza a combinação de um sensor de acelerômetro que detecta o núcleo da terra, um sensor giroscópico altamente reativo para detectar o ângulo de inclinação, e motores que giram a roda para frente e para trás sob o centro de gravidade. VOANDO COM A LUZ DO SOL PARECE BOM DEMAIS para ser verdade, mas nos próximos anos aviões poderão funcionar à base de energia solar, diminuindo as emissões e, esperamos, as tarifas aéreas. Uma pesquisa financiada pela União Europeia chamada Solar-Jet produziu o primeiro combustível “solar” para aviação, a partir de água e dióxido de carbono. Pela primeira vez, pesquisadores simularam com sucesso toda a cadeia de produção de querosene renovável, utilizando luz concentrada como fonte de energia de alta temperatura. Ainda em fase experimental, o projeto conta com um único recipiente de combustível produzido em laboratório através de luz artificial. Entretanto, espera-se que no futuro qualquer combustível líquido a base de hidrocarboneto possa ser produzido a partir de luz solar, dióxido de carbono e água. A Comissária Europeia Máire Geoghegan-Quinn, responsável por Pesquisa, Inovação e Ciências, comenta: “Esta tecnologia mostra que um dia poderemos produzir combustível limpo e abundante para aviões, carros e outros meios de transporte. Isto poderia aumentar consideravelmente a segurança energética e transformar um dos principais gases do efeito estufa em um recurso útil.” ENERGIA NO TELHADO A rede de lojas de móveis IKEA planeja tornar-se autossuficiente em energia e recursos até 2020. Para alcançar esse ambicioso objetivo, a empresa vai instalar painéis solares nos telhados de todas as lojas e depósitos e investir em parques eólicos. Ela também irá plantar árvores para repor a madeira utilizada na fabricação de seus produtos. A meta é ter 70% do consumo oriundo de energia renovável em 2015 e alcançar a total autossuficiência cinco anos depois. Além disso, a IKEA ajuda seus clientes a terem um estilo de vida mais ecológico por meio da venda de lâmpadas de LED, bicicletas elétricas e painéis solares. META– MATERIAIS Metamateriais são materiais produzidos artificialmente, com propriedades que não existem na natureza. Nos Estados Unidos, pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology e do Lawrence Livermore National Laboratory desenvolveram novos materiais tão leves quanto o aerogel, porém dez mil vezes mais rígidos, capazes de revolucionar projetos aeroespaciais e automotivos no futuro. METALWORKING WORLD 7 JOGO RÁPIDO O NÚMERO 240 Altura total, em metros, da maior estátua do mundo, planejada para ser construída na Índia. O monumento de 182 metros, em honra ao fundador indiano Sadar Patel, ficará sobre um pedestal de 58 metros de altura no estado de Gujarate. Grande parte do aço utilizado na construção provém de equipamentos agrícolas reciclados, recolhidos em diversos povoados. POR DENTRO DAS ASAS O TRÁFEGO AÉREO DEVE TRIPLICAR até 2030 e, para atender a demanda, fabricantes de aeronaves deverão modernizar seus processos de produção de forma significativa. Atualmente, a montagem de aviões possui um grande número de processos manuais, o que limita a produção. Pesquisadores do German Fraunhofer Institute for Machine Tools and Forming Technology IWU, em Chemnitz, desenvolveram um processo automatizado para a complexa estrutura interna das asas. Um sistema robotizado estreito e multiarticulado pode entrar nas pequenas escotilhas da caixa da asa e chegar a 2,5 metros de profundidade, transportando ferramentas de até 15 quilos para a operação. “O conceito pode ser utilizado em qualquer circunstância que exija aplicação de altas forças e torques dentro de um espaço limitado”, diz Marco Breitfeld, gerente da IWU. TENDÊNCIAS DA INDÚSTRIA AUTOMOTIVA A indústria automotiva passa por um período de mudanças, com novas dinâmicas de mercado definindo regras para o futuro, explica Mattias Nilsson, gerente de programa para o setor automotivo na Sandvik Coromant. P: Quais são as principais tendências? A mudança de tradicionais mercados, como Europa, Japão e Estados Unidos, para mercados emergentes, como China, Índia, Sudeste Asiático e México, é uma clara tendência. Europa Oriental, Turquia e Norte da África são os outros novos mercados. Montadoras tendem a aproximar a produção do consumidor final. A preocupação ambiental impulsiona decisões políticas e necessidades do consumidor, o que significa produção de veículos mais leves e modelos híbridos e elétricos. Novos motores e sistemas de transmissão mantêm o alto desempenho, porém estão mais leves, o que impulsiona o desenvolvimento de projetos e materiais novos e mais complexos. O alumínio continua a substituir o ferro fundido na produção de veículos leves, e fabricantes de caminhões estão substituindo o ferro fundido cinzento pelo ferro fundido vermicular em seus motores. 8 METALWORKING WORLD P: O que a Sandvik Coromant pode oferecer aos clientes do setor automotivo? A indústria automotiva é baseada na produção em massa, onde o foco é sempre o custo por peça. A concorrência para nossos clientes é acirrada, e os fatores-chave para o sucesso são segurança dos processos, ferramentas confiáveis e menor quantidade de falhas. Vamos continuar a enfrentar esses desafios, fornecendo excelentes ferramentas, soluções, serviços e nossa competência em usinagem para quaisquer materiais que prefiram utilizar, hoje e sempre. -----------------------------------------MATTIAS NILSSON Gerente de programa para o setor automotivo na Sandvik Coromant JOGO RÁPIDO TEXTO: HENRIK EMILSON ILUSTRAÇÃO: NIKLAS THULIN UMA QUESTÃO CHAVE PARA O SUCESSO de qualquer dispositivo eletrônico com bateria recarregável é o tempo entre as recargas. Com a busca mundial por fontes de energia renovável tornou-se essencial encontrar um modo de armezenar a energia excedente proveniente da geração eólica e solar. Ambos os desafios (duração da bateria e armazenamento de energia) direcionam a inovação em áreas como transporte, medicina, energia e infraestrutura. n A FÁBRICA GIGANTE A fabricante de carros elétricos Tesla produzirá baterias de íons de lítio em sua própria fábrica, a partir de 2017. Ela espera produzir baterias suficientes para a energia de 500 mil carros elétricos em 2020. ENCONTRANDO UMA ESTAÇÃO DE RECARGA Está sem bateria? Dirigindo seu carro elétrico em território desconhecido? Existem diversos aplicativos para smartphones que auxiliam na localização de estações de recarga. O último lançamento é um aplicativo para o Google Glass que ajuda o motorista a encontrar o caminho enquanto dirige com segurança. A REDE Atualmente, os proprietários do modelo Tesla S podem dirigir de costa a costa nos Estados Unidos graças à rede de estações de recarga da empresa. O próximo passo é oferecer o mesmo alcance na Europa. Com 50 postos de recarga, o carro, que pode rodar até 500 quilômetros com uma única carga, teria cobertura na maior parte do continente. 12 BILHÕES O mercado mundial de armazenamento de energia deve crescer dos atuais 500 milhões de dólares para cerca de 12 bilhões de dólares em 2023, segundo a Bloomberg. A PRÓXIMA GERAÇÃO DE BATERIAS? A bateria de duplo carbono da Power Japan Plus supostamente tem desempenho melhor do que as baterias de íons de lítio, normalmente utilizadas em laptops e veículos elétricos. A recarga é 20 vezes mais rápida e a vida útil é de impressionantes 3.000 ciclos. A bateria, 100% reciclável, não contém metais pesados ou raros. PONTO DE ÔNIBUS A empresa chinesa BYD desenvolveu um ônibus elétrico capaz de rodar 325 quilômetros com uma única carga e ainda ter 8% restante ao final de um dia movimentado. 100 % ARMAZENANDO ENERGIA SOLAR Sal derretido e uma mistura meio a meio de nitrato de sódio e de potássio estão sendo utilizados para armazenar energia solar por até dez horas. Isso permite que uma usinal de energia solar gere eletricidade mesmo sem a luz do sol e a distribua igualmente pela rede de abastecimento. A BATERIA DE ROMÃ Cientistas se inspiraram na romã ao elaborarem um conceito que permitirá o desenvolvimento de baterias menores, mais leves e potentes para celulares, tablets e veículos elétricos. Nanopartículas de silício, que constituem um material anodo nas baterias e são atrativas por sua capacidade de armazenamento de carga, foram agrupadas como sementes envolvidas por conchas de carbono, da mesma forma como as sementes dentro da romã. ARMAZENANDO ENERGIA EÓLICA A energia de parques eólicos pode ir da escassez à sobrecarga da rede. A Renewable Energy Dynamics Technology está desenvolvendo uma bateria capaz de mudar de carga para descarga em milésimos de segundo, o que amenizaria as oscilações. METALWORKING WORLD 9 A produtividade melhorou a olhos vistos. A Sara Sae precisava de tecnologia para competir globalmente. 10 METALWORKING WORLD Trabalho em uma Unidade de Acumuladores de BOP da Sara Sae. TEXTO: NITIN GADGHE FOTO: ASHESH SHAH Reescrevendo as regras Quando decidiu intensificar seu negócio, a fabricante de equipamentos para poços petrolíferos Sara Sae envolveu a Sandvik Coromant. Os resultados superaram as expectativas. Dehradun, Índia. nnn Criada em 1978, a fabricante indiana de equipamentos para poços petrolíferos Sara Sae Pvt Ltd é hoje um dos principais fornecedores de ferramentas para os gigantes do setor. O que a destaca é a vontade de reescrever as regras do negócio e enfrentar desafios globais. “Meu pai [Vijay Dhawan, hoje diretor-geral] e seu parceiro começaram esta empresa”, conta Samir Dhawan, diretor técnico da Sara Sae. “Eles queriam entrar no negócio de petróleo e gás.” A Sara Sae começou exportando seus produtos e criando elos com as principais empresas do setor. Em 2007, ela tinha dinheiro suficiente para comprar a maior parte da parceira de capital National Oilwell Varco e estava traçando uma estratégia para se tornar líder de mercado. “A primeira coisa que fizemos foi adquirir a empresa norte-americana Consolidated Pressure Control”, diz Dhawan. “Então montamos instalações em Cingapura, Dubai e Omã.” A empresa investiu em uma nova planta de usinagem, comprou duas unidades de forjamento e montou uma estação de tratamento térmico totalmente automatizada. “Queríamos seguir dois caminhos: fornecer aos gigantes do setor e elevar o nível de nossos produtos”, afirma Dhawan. A Sara Sae investiu pesadamente em novas máquinas, contando com a Sandvik Coromant para ajuda tecnológica. “Precisávamos de tecnologia para competir globalmente”, diz. A Sandvik Coromant já havia fornecido no passado, mas Dhawan ficou intrigado com o Programa de Incremento da Produtividade (PIP) da empresa. A Sandvik Coromant aceitou o desafio, e estabeleceu um acordo de parceria com a fabricante indiana. Um dos primeiros benefícios para a Sara Sae foi a redução substancial do tempo envolvido na fabricação de chaves hidráulicas. “Reduzimos de 18 horas para duas horas e meia”, lembra Dhawan. METALWORKING WORLD 11 Após uma revisão completa, um Programa de Incremento da Produtividade foi implementado. A capacidade quase dobrou com a implementação do novo programa. Fabricar chaves hidráulicas agora é muito fácil. DHAWAN AGORA ESTÁ focado na criação de um centro de inovação tecnológica. “Sempre vi a Índia como uma nação que não inova, mas, assim, não iremos a lugar algum”, ressalta. Ele contratou sete engenheiros do prestigiado Instituto Indiano de Tecnologia e um designer do Instituto Nacional de Design para desenvolver o centro, que é aberto ao público. “Eles vão projetar processos e produtos, independentemente da área”, diz Dhawan. A empresa agora quer montar bases na China e na Rússia, dois mercados-chave para petróleo e gás. “Para mim, é muito importante que fabriquemos globalmente”, afirma. A empresa pretende investir na expansão da sua presença global. “Onde quer que haja furação, estaremos lá”, diz ele. n Sandvik Coromant começa a fornecer para a Sara Sae. 12 METALWORKING WORLD VISÃO TÉCNICA “Queríamos seguir dois caminhos: fornecer aos gigantes do setor e elevar o nível de nossos produtos” Samir Dhawan, diretor técnico, Sara Sae FABRICAR CHAVES HIDRÁULICAS tornou-se fácil para os colaboradores da Sara Sae, graças ao Programa de Incremento da Produtividade (PIP) da Sandvik Coromant. “Levávamos de 16 a 18 horas para fazer uma chave hidráulica, mas o PIP reduziu esse tempo para pouco mais de duas horas”, conta M Kandaswamy, gerente geral (controle de processos e manufatura) da Sara Sae. Kandaswamy, que atua há muitos anos na empresa, lembra do trabalho duro dos colaboradores para fabricar as chaves hidráulicas antes da implementação do PIP. “Antes, mal podíamos fazer 14 ou 15 em um mês. Agora podemos fazer 30 facilmente e ainda temos capacidade excedente”, afirma. A Sandvik Coromant realizou uma revisão completa dos processos da Sara Sae, tanto do ponto de vista dos colaboradores como da empresa, e depois criou um programa que tornou as coisas muito mais fáceis para todos. Samir Dhawan, diretor técnico da Sara Sae, conta que inicialmente surgiram algumas preocupações sobre o programa. Ele lembra que a introdução do PIP parou oito máquinas e eliminou o tempo de inatividade. “Os colaboradores entenderam que era para seu próprio bem”, diz. “Os mais difíceis de convencer foram os do nível intermediário de gestão, mas isso mudou assim que conheceram o programa.” O PIP provocou uma mudança no processo de trabalho e promoveu enormes ganhos de produtividade para a empresa, que pretende ser um dos maiores players globais no mercado de ferramentas. “A qualidade do produto melhorou, o custo por peça foi reduzido e os colaboradores estão muito felizes”, conta Kandaswamy, satisfeito. AS QUATRO ETAPAS DO PROGRAMA DE INCREMENTO DA PRODUTIVIDADE DA SANDVIK COROMANT: 1. ANÁLISE: Uma equipe de produtividade identifica gargalos e áreas de melhoria e reúne os dados, em grande parte colhidos por observações e documentação existente. 2. RECOMENDAÇÃO: Após análise, a equipe propõe soluções alternativas, como novos dados de corte, métodos e ferramentas, para alcançar maior produtividade e menores custos em áreas específicas. 3. VALIDAÇÃO: As propostas mais adequadas são verificadas com a equipe de produção da empresa. É fornecido um relatório completo que serve de base para a tomada de decisão. 4. IMPLEMENTAÇÃO: Juntos, a Sandvik Coromant e o cliente criam um plano detalhado sobre como proceder, incluindo instruções sobre quem faz o quê e quando, quais investimentos são necessários e como o processo de implantação deve ocorrer. São realizados treinamentos apropriados e acompanhamento do programa para garantir que as melhorias funcionem como previsto. METALWORKING WORLD 13 TEXTO: RISTO PAKARINEN Redbull na borda do espaço. 14 METALWORKING WORLD 400 km ISS (Estação Espacial Internacional) QUANDO O PARAQUEDISTA Felix Baumgartner saltou do balão Red Bull Stratos, em 2012, disseram que foi um salto da “borda do espaço”. Ao dar um passo para fora de seu gigante balão, feito de filme de polietileno de alta performance de apenas 0,00203 centímetro de espessura, mas pesando 1.680 kg, o audacioso austríaco parou para dar uma mensagem ao mundo: “Eu sei que o mundo inteiro está assistindo. Gostaria que vocês pudessem ver o que eu vejo. Às vezes, precisamos estar muito alto para entender quão pequeno somos... estou indo para casa agora.” Então ele saltou e desceu para a Terra como uma bala, pousando de paraquedas em um deserto do Novo México 11 minutos depois, vivo e bem – o primeiro ser humano a atingir velocidade supersônica sem o auxílio de um motor. Cientistas como o astrofísico Neil DeGrasse Tyson rejeitaram o evento, ressaltando que o salto de 39 quilômetros de Baumgartner não era nem metade do caminho para a linha de Kármán, a fronteira comumente aceita entre a atmosfera da Terra e o espaço. A linha de Kármán, fixada a 100 km, marca o ponto onde a atmosfera é muito fina para os aviões voarem. Apesar de proezas bem divulgadas, como o salto de balão, a viagem espacial está, se não no limbo, pelo menos em um modo de espera. No auge da NASA, quando o mundo inteiro seguia as missões Apollo, 1,5% do orçamento federal dos EUA era destinado à entidade. Hoje, está reduzido a 0,5%. A Blue Origin, prevista para ir além da linha de Kármán. Interior do SpaceX’s Dragon V2. MESMO QUE A NASA ainda mereça respeito, e recentemente tenha anunciado o início de transportes para a Estação Espacial Internacional juntamente com a Boeing e a SpaceX, e os americanos ainda invistam na exploração do espaço, as ideias mais interessantes – e as declarações mais otimistas – têm vindo de um novo grupo de empreendedores espaciais, incluindo Richard Branson, da Virgin; Jeff Bezos, da Amazon, e as dezenas de empresas listadas em “ private spaceflight” (voo espacial privado, em inglês) na Wikipédia. A empresa de Bezos, Blue Origin, trabalha em um projeto que vai levar os passageiros além da linha de Kármán, enquanto a SpaceShipTwo, da Virgin Galactic de Branson, vai até 110 km, também além da linha de Kármán, mas sem orbitar a Terra. Bezos, Branson e Elon Musk, fundador do PayPal, fabricante de carros elétricos Tesla Motors e SpaceX, são os empreendedores da nova era espacial. O objetivo da SpaceX não é quebrar a linha de Kármán, mas reduzir os custos de transporte espacial e permitir a colonização de Marte. “Faremos testes em nossa nave espacial Dragon 2 ainda este ano”, disse Musk no lançamento do novo modelo da Tesla, em junho de 2014. “Iremos para Marte dentro de 10 ou 11 anos.” Mas a corrida espacial não acontecerá sem obstáculos. A Blue Origin, de Bezos, já lançou satélites, e a SpaceX tem vários lançamentos da NASA previstos para 2014, para entregar carga e suprimentos para a Estação Espacial Internacional – 420 km acima da Terra, o maior corpo artificial em órbita. 100 km Linha de Kármán SpaceShipTwo da Virgin. Claro, a lua está a 384 km da Terra, e não voltamos lá desde dezembro de 1972, quando a Apollo 17 começou sua viagem de volta. Mas as coisas estão avançando em várias frentes. Os players comerciais fazem seus papéis, e a NASA e a Agência Espacial Europeia (ESA), juntamente com os seus inúmeros parceiros, trabalham na exploração do espaço, com os olhos voltados para Marte. Organizações privadas também entraram no jogo. Mars One, uma fundação sem fins lucrativos na Holanda, começou sua busca por astronautas em 2013. Sua missão é estabelecer um assentamento humano permanente em Marte, com a primeira tripulação indo ao planeta vermelho em 2024, e uma segunda três anos depois, um ano após a primeira tripulação pousar. 39 km Balão Red Bull Stratos 20 km 8.848 metros Monte Everest METALWORKING WORLD 15 Aeronave Dragon da SpaceX no hangar em Cabo Canaveral Mais longe e adiante “Iremos para Marte em 10 ou 11 anos.” Elon Musk, SpaceX MARS One SEGUNDO A MARS One, mais de 200 mil aspirantes a astronautas se registraram para o programa. Um número impressionante, especialmente por ser uma viagem só de ida. Se todos os planos se concretizarem, os astronautas da Mars One cruzarão com o novo robô rover da NASA, com lançamento previsto para 2020, quando as posições orbitais dos dois planetas são ideais. Por enquanto, 2020 é um número que provoca interesse em todos. Ao mesmo tempo, é daqui a apenas seis anos. Especialistas da equipe da American Astronautical Society concordam que a exploração humana de Marte será “tecnologicamente viável” por volta de 2030, porque ainda há muito trabalho a ser feito. A Virgin Galactic foi fundada em 2004, e em julho de 2008 Richard Branson disse que o primeiro voo para o espaço seria realizado em 18 meses. Em julho de 2014 eles estavam próximos, mas ainda não estavam lá. “Há uma razão para isso não ter acontecido antes”, George Whitesides, CEO da Virgin Galactic, disse ao Space.com em junho de 2014. “É difícil. Tudo é novo.” n 16 METALWORKING WORLD É difícil prever como serão as missões para Marte, ou até mesmo para destinos mais próximos, mas o trabalho que NASA, ESA, universidades, empresas privadas e a indústria estão fazendo também produzirá retornos imediatos. “Nós podemos não viajar para colônias lunares em breve, mas o trabalho feito agora vai nos levar de Nova York à Austrália mais rápido”, diz Sean Holt, vice-presidente de engenharia e serviços técnicos para o segmento aeroespacial da Sandvik Coromant. “Apesar do que Richard Branson diz, estamos muito longe de viagens espaciais, e um grande motivo é o custo”, acrescenta. No entanto, mesmo os pequenos passos são um avanço. “A diferença entre o que aeronaves comerciais estão tentando alcançar e o que naves espaciais estão fazendo está diminuindo”, conta. “A diferença costumava ser enorme, e os aviões nunca estavam próximos quando se tratava de desempenho do motor ou de materiais usados para construí-los. “Em virtude da diminuição da distância entre aeronaves espaciais e comerciais, vejo um aumento das viagens supersônicas em cinco ou dez anos”, diz. “O que costumava ser um voo de 26 horas e três paradas, agora pode ser direto.” A Sandvik Coromant está envolvida com viagens espaciais de duas maneiras: com a melhoria de peças e materiais existentes e com parceiros como a NASA. “A indústria espacial não olha para a produtividade”, diz Holt. “Para a NASA, não é importante a rapidez com que se pode fazer certas peças, mas a pós-usinagem, pois elas serão usadas em ambientes de altas temperatura e tensão, e têm que ser perfeitas.” Mas como membro do Commonwealth Centre for Advanced Manufacturing, um centro de pesquisa aplicada, a Sandvik Coromant também faz suas pesquisas. “É um ambiente de P&D”, afirma Holt. “Somos um parceiro e a NASA também, à medida que buscamos desenvolver métodos de manufatura de novos materiais. Compósitos estão chegando agora, bem como ligas à base de níquel, que são mais resistentes ao calor. Também fazemos pesquisas além das ferramentas de corte, como a impressão 3D.” “Mas a pesquisa leva tempo, e há falhas. Se houver qualquer resultado, eles atingirão a produção em cerca de uma década”, diz Holt. “Uma vez que começamos a quebrar a barreira atmosférica, espero que a maior parte da exploração espacial seja não tripulada. Podemos ir mais longe e mais adiante sem arriscar vidas. “Eu adoraria fazer viagens espaciais, e ir tão longe quanto a tecnologia puder nos levar. Ir corajosamente aonde nenhum homem jamais esteve, assim como na série de TV Star Trek. É por isso que estou neste trabalho.” ------------------------------SEAN HOLT Vice-presidente de engenharia e serviços técnicos para o segmento aeroespacial da Sandvik Coromant. TECNOLOGIA TEXTO: ELAINE MCCLARENCE DESAFIO: Como fornecer um processo de usinagem de faceamento estável e sem rebarbas com vida útil previsível da pastilha. IMAGEM: BORGS SOLUÇÃO: Utilizar a CoroMill 5B90 da Sandvik Coromant para vida útil previsível da ferramenta. Face preservada PARA CUMPRIR AS cada vez mais rígidas normas de emissões para peças como cabeçotes, a indústria automotiva avança em direção a materiais mais leves, como o alumínio. Fabricantes de motores procuram aumentar a pressão e temperatura de combustão nas quais o cabeçote é submetido, a fim de diminuir os níveis de emissão. A CoroMill 5B90 foi projetada para acabamento superficial otimizado e tolerâncias mais estreitas necessárias ao setor, e para atender as expectativas de um ambiente de produção de alto volume com tempos de ciclo reduzidos, tolerâncias estreitas e qualidade de acabamento superficial definida. Entretanto, a operação de faceamento pode frequentemente apresentar desafios como rebarbação, desgaste irregular da ferramenta e vida útil imprevisível da pastilha, o que pode aumentar o tempo de ciclo. Desenvolvida em colaboração com a indústria automotiva, a CoroMill 5B90 é um projeto sob medida que oferece acabamento superficial de excelente qualidade para operações de faceamento e redução do custo por peça de até 30%. Cada ferramenta é projetada com exclusivo posicionamento radial e axial das pastilhas, permitindo que cada uma delas corte instantaneamente os cavacos de maneira eficiente, sem quaisquer ajustes e, ao mesmo tempo, evitar rebarbas. A ferramenta produz cavacos finos que são facilmente removidos da peça para evitar estrago na face. Cada fresa é feita sob medida para cada peça, o que possibilita um número otimizado de pastilhas. Para garantir um excelente acabamento superficial, uma delas é sempre uma pastilha Wiper, o que reduz em dois terços o tempo de set up. Portanto, é possível usinar com alto avanço e um número reduzido de dentes se comparado às fresas convencionais. n Estudo de caso Uma montadora de automóveis queria melhorar o processo instável de usinagem do cabeçote e eliminar rebarbas. Era preciso também corrigir a vida útil imprevisível da pastilha, que dependia de ajustes da cápsula que tinha uma pequena variação a cada set up. A qualidade exigida era rugosidade de 4 (Rmáx: 20), ondulação (W) de 4 e planicidade de 0,05. A CoroMill 5B90 da Sandvik Coromant atendeu esses critérios e economizou 21 mil euros por ano. Velocidade de corte, vc Velocidade de fuso, n Faixa de avanço, vf Profundidade de corte, ap Vida útil da ferramenta, horas Fresa anterior 3.140 m/min 5.000 rpm 8.280 mm/min 0,5 mm 30.000, média CoroMill 5B90 3.800 m/min 6.000 rpm 9.000 mm/min 0,5 mm 45.000 RESUMO A indústria automotiva utiliza cada vez mais materiais leves como alumínio em cabeçotes. A CoroMill 5B90 foi desenvolvida em colaboração com a indústria automotiva para atender as rigorosas exigências de acabamento superficial e tolerâncias. O resultado é um fresa sob medida para produção de alto volume capaz de reduzir o tempo de set up em dois terços e o custo por peça em até 30%. METALWORKING WORLD 17 18 METALWORKING WORLD NA POLE POSITION Huntersville, Carolina do Norte, EUA. Você não diria que um carro que faz dez quilômetros com sete litros de combustível é ambientalmente correto. Mas, de certa forma, ele é. Praticamente todos os carros de corrida da equipe Joe Gibbs da Nascar são reutilizados ou reciclados. O mesmo vale para as ferramentas usadas para construílos. nnn A carroceria tem o formato de um Toyota Camry. Quando envelopado com vinil colorido, o carro parece até equipado com os faróis, grade e emblema de um Camry. Mas não há uma só peça que seja feita pela Toyota. Ao contrário, cerca de 90% do carro é feito na sede da equipe Joe Gibbs – um grande complexo automotivo de 37 mil metros quadrados em Huntersville, no estado americano da Carolina do Norte. Na oficina, os carros estão dispostos nas diferentes fases de montagem. Um barulho no final do corredor vem de 22 máquinas CNC Doosan equipadas com ferramentas Sandvik Coromant. Dois turnos de operadores trabalham nos CNCs por 20 horas diárias, fazendo centenas de peças para mais de 90 carros de corrida construídos a cada temporada da Nascar. Mesmo fora da pista é evidente que as equipes estão em uma corrida, competindo pela fabricação do carro perfeito – a partir do zero. METALWORKING WORLD 19 “Buscamos os melhores equipamentos, os melhores profissionais e as melhores parcerias. Se essas relações estiverem bem, todo o resto se ajeitará.” Mark Bringle, Joe Gibbs Racing A NASCAR É a segunda maior competição esportiva dos EUA, atrás apenas da NFL, a liga nacional de futebol americano. Esse esporte não atrai apenas os melhores pilotos, mas também os melhores engenheiros, mecânicos e operadores de máquinas do país. “Nossa empresa pertence e é dirigida pelo ex-treinador do Washington Redskins e integrante do Hall da Fama, Joe Gibbs” explica Mark Bringle, Diretor Técnico de Patrocínio e Marketing. “O talento de Joe é ser capaz de escolher as pessoas certas para as funções certas. Buscamos os melhores equipamentos, os melhores profissionais e as melhores parcerias. Se essas relações estiverem bem, todo o resto se ajeitará.” A SANDVIK COROMANT é tanto parceira quanto patrocinado- ra. “O que trazemos para a parceria é a velocidade dos nossos produtos”, diz Eric Gerringer, gerente de equipe técnica da Sandvik Coromant. “Temos ajudado a reduzir os tempos de ciclo em 30% com o processamento de peças e aplicação das nossas ferramentas. A maioria das ferramentas e pastilhas são estocadas em nosso principal galpão no Kentucky. Se a Joe Gibbs pede algo hoje, pode receber até amanhã.” VISITANDO AS INSTALAÇÕES, o que se destaca (fora as mais de 200 bandeiras, uma para cada vitória na Sprint Cup e na Nationwide da Nascar) é o esforço da equipe para deixar a menor pegada ambiental possível – dos operadores enviando de volta as pastilhas de metal duro usadas para a 20 METALWORKING WORLD [2] [3] [4] [1] É apenas um arranhão... [2] A Sandvik Coromant foi capaz de reduzir os tempos de ciclo em 30%. [3] 90% do carro é feito nas instalações da Joe Gibbs na Carolina do Norte. Mais de 90 carros são construídos durante cada temporada da Nascar. [4] Eric Gerringer, gerente de equipe técnica da Sandvik Coromant. [1] METALWORKING WORLD 21 [1] Mark Bringle e Roger Phillips, da Joe Gibbs Racing [2] Reciclagem de ferramentas e materiais gera economia... [3] ...e reduz as emissões de carbono. [1] Sandvik Coromant (veja página 23) aos mecânicos assegurando que cada pedaço de um carro quebrado seja enviado para a reciclagem correta. “Nossas ferramentas usadas acabavam em caçambas”, diz Dan Schnars, engenheiro de manufatura, lembrando uma década atrás. “Toda vez que uma pastilha de metal duro não acaba em um aterro, é obviamente melhor do ponto de vista ambiental”, diz. “Metal duro é um recurso limitado. Reciclagem e reprocessamento de novas pastilhas são mais fáceis nesse estágio. Gasta-se muito menos energia e gera-se menos impacto ambiental do que criar uma pastilha completamente nova”. O mesmo acontece com alumínio, ferro e outros metais coletados para reciclagem. Enormes barris na área externa da unidade guardam pedaços de metal e peças sólidas retiradas de carros irreparáveis ou obsoletos. “Também é uma vantagem financeira para nós”, acrescenta Schnars. “Ganhamos crédito por tudo que reciclamos. No momento atual dos esportes motorizados, em que os patrocínios não são tão volumosos quanto costumavam ser, equipes têm que observar cada oportunidade de economizar. Tudo nos fez ficarmos mais atentos.”n 22 METALWORKING WORLD [3] [2] VISÃO TÉCNICA “Em um futuro não tão distante, prevemos a reciclagem de 100% do metal duro que vendemos nos Estados Unidos.” Karl Almquist, Sandvik Coromant NÃO DEVERIA SER SURPRESA – A Sandvik Coromant recicla metal duro desde os anos 90 – mas, nos últimos anos, o programa de compras de pastilhas e ferramentas de metal duro usadas está em alta. Em 2011, a Sandvik Coromant dos EUA usou uma abordagem de negócio orientada para o programa de reciclagem. O resultado foi 375% de crescimento em relação a 2009, melhor ano até então. Focando no meio ambiente e nos benefícios financeiros da reciclagem de metal duro da Sandvik Coromant, o programa cresceu nos Estados Unidos e teve adesão global. “ANO PASSADO , A SANDVIK COROMANT reciclou 80% do peso total de metal duro que vendeu globalmente”, diz o gerente do projeto da Sandvik Coromant EUA, Karl Almquist. “Não apenas nosso material – reciclamos pastilhas e ferramentas rotativas de outros fabricantes também. Em um futuro não tão distante, prevemos a reciclagem de 100% de todo metal duro que vendemos nos Estados Unidos.” O programa sempre foi tratado sob a perspectiva ambiental, mas Almquist diz que, agora, ele também é uma oportunidade de negócio. Hoje, a Sandvik Coromant paga um preço justo pelas pastilhas usadas e garante que o material será colocado em novas ferramentas para a indústria da manufatura, o que a maioria dos revendedores de sucata não pode prometer. ASSISTA AO VÍDEO EM SEU IPAD A SANDVIK COROMANT ESTÁ analisando diferentes opções de pagamento pelas pastilhas recicladas, por exemplo, vouchers de ferramentas recicladas para atender as diferentes demandas de mercado. Almquist acredita que opções alternativas vão aumentar ainda mais a adesão ao programa. METALWORKING WORLD 23 TECNOLOGIA TEXTO: CHRISTER RICHT FOTO: SAMIR SOUDAH Seu gestor é um líder lean? Como a Sandvik Coromant, empresa líder de mercado tanto em tecnologia de ferramentas de corte quanto em soluções de usinagem para a indústria da manufatura, organiza suas próprias práticas e instalações? MIKAEL HERDIN, GERENTE de desenvolvimento de métodos de manutenção e produção, fala a Christer Richt, editor técnico da Sandvik Coromant, sobre a moderna engenharia de produção aplicada em escala global. Herdin tem 26 anos de experiência na indústria e passou os últimos dez envolvido no desenvolvimento de automação na usinagem. Planejamento e estabelecimento de produções otimizadas são a base de qualquer empresa de manufatura. Quais são os principais fatores a serem considerados? A produtividade em qualquer operação está diretamente relacionada à sua eficiência de usinagem – o quão rápido o material é removido. Quando consideramos a produtividade de uma máquina, no entanto, sua utilização é igualmente importante. Isso porque 100% de velocidade ocorre em apenas 50% do tempo, o que deixa espaço para melhorias. Esse é o motivo pelo qual trabalhamos para atingir tempo zero de set up nos processos mais caros. Rentabilidade e sustentabilidade são metas ambiciosas e produtividade é o tradicional indicador do sucesso. Você também disse que existem muitas peças a definir para entrega de produtividade e diferentes fórmulas, dependendo do tipo de produção. Pode listar algumas das variáveis que usa para garantir desempenho e resultados na manufatura? Sim, existem diversas variáveis, vistas de diferentes perspectivas. As principais a serem medidas são essencialmente eficiência de usinagem, utilização de 24 METALWORKING WORLD máquinas, tempo total de fabricação e, claro, o custo por peça. Há, ainda, importantes fatores financeiros para entrar na conta: capital de giro e custos fixos e variáveis. Para atingir uma manufatura enxuta, muitos processos, ferramentas e princípios estão envolvidos: 5S, just in time, nível de produção, melhoria contínua, eliminação de desperdício, construção de qualidade e produção certa desde a primeira peça. Com suas metas para atingir produtividade, qual o papel do importante nível de estabilidade de processo em suas metas de fabricação? Alguns dizem que é um fator primordial devido sua influência em tempo e custo. A estabilidade do processo é extremamente importante e também a vemos, em parte, como meta para prever o processo com a maior precisão possível. De modo geral, para alto custo e médio para baixo volume de fabricação de peças (produção em lotes), pensamos que o tempo total de manufatura (TMT - Total manufacturing Time) não é discutido ou considerado o quanto deveria. O tempo entre o pedido e a entrega no estoque é medido em dias ou semanas, ao invés de segundos ou minutos. Então o percentual de usinagem efetiva no TMT é geralmente baixo, portanto o fluxo total da cadeia de suprimentos precisa ser melhor compreendido. UMA VEZ QUE cada passo na cadeia de suprimento é um fator crítico, queremos reforçar alguns passos em combinação com um TMT mais curto para atingir o melhor nível de precisão de entrega consistente. Algumas vezes uma adequada redução na eficiência da usinagem pode ser atingida se o número de etapas de fabricação for reduzido. EMPRESAS BEM SUCEDIDAS na redução do TMT geralmente têm que implementer o seguinte: • CAPP – computer-aided process planning – total automação do pedido do CAD ao CAM do NC ao CMM • Máquinas multifunção para reduzir o set up de peças • Automação do manuseio das peças. O efeito da redução do TMT é mais evidente no net working capital (menor estoque necessário) e disponibilidade de estoque, o que tem grande impacto na meta global de lucratividade e sustentabilidade. PARA RESUMIR, DIRIA que hoje é absolutamente vital que empresas de manufatura considerem suas oportunidades nos seguintes itens ao planejarem qualquer passo na produção: • Eficiência em usinagem • Utilização de máquinas • Tempo total de manufatura. n Automação com carregamento e descarregamento do robô das máquinas contribui para a eficiência da célula. Plataformas são baseadas em módulos, facilmente configuradas e usam interfaces entre máquinas e usuários padronizadas, onde a tela principal é o layout da célula. A interface comum para instalação das peças é baseada no Coromant Capto C8. A tecnologia de produção de porta-ferramentas da Sandvik Coromant • Cerca de 14.000 diferentes peças fabricadas • Quantidade de lotes para peças padronizadas: cinco a 20 • Quantidade de lotes para peças semipadronizadas, sob medida: um a cinco • Alvo de disponibilidade: 90% • Qualidade assegurada globalmente • Limite de quatro dias para o tempo total de manufatura (TMT) • Estabelecimento de ambientes amigáveis ao operador • Automação para humanos: manufatura à embalagem • Manutenção eficiente • Fluxo do sistema de produção completamente automatizado • Todo pedido tem novos desenhos de preparação gerados e programa NC • Interface comum para fixação de peças beaseada no padrão ISO: Coromant Capto C8 METALWORKING WORLD 25 TEXTO: JOHAN RAPP É SÓ COLOCAR TINTA Inovação. O que era pura ficção científica há uma década é hoje tecnologia com a qual toda a manufatura tem que se relacionar. Para alguns, a manufatura aditiva é uma ameça aos processos; para outros, é o santo graal. nnn Digamos que você queira construir uma casa na lua. Como conseguiria os materiais de construção lá? Poderiam os astronautas, com aquela roupa pesada, fazer esse trabalho? Você teria oxigênio e comida suficientes para um longo período? Impressão 3D ou manufatura aditiva pode ser a resposta para essas questões: é só imprimir a casa usando poeira lunar ou outros materiais do lugar. Há pouco tempo, uma ideia como essa seria considerada ficção. Agora, as agências espaciais americana e europeia, NASA e ESA, enxergam a manufatura aditiva como técnica promissora, assim como muitas indústrias de manufatura. Inclusive algumas já estão usando essa técnica em suas 26 METALWORKING WORLD produções regularmente. Na manufatura aditiva, objetos são criados por um dispositivo que imprime camadas sobrepostas de plástico, metais e outros materiais de "impressão". Essa técnica é capaz de fazer estruturas complexas sem juntas e com alta precisão. Engenheiros e designers podem usar modelos de computação e construir protótipos em poucas horas. O interesse na manufatura aditiva explodiu nos últimos anos. A tecnologia se desenvolveu e os preços caíram ao ponto de se esperar que, em breve, as impressoras 3D se tornem equipamentos domésticos. Impressoras industriais tornam-se viáveis e várias empresas, incluindo a Sandvik, estão testando e pesquisando o potencial do recurso. Alguns dos elementos do futuro avião da Airbus (aqui e à direita) podem ser criados usando manufatura aditiva de camadas. Além de tornar mais simples a produção de formatos muito complexos, o processo desperdiça muito menos material do que a usinagem a partir de grandes blocos. “Esperamos um considerável crescimento nos próximos dez anos.” SCOTT CRUMP, STRATASYS LTDA Máquina de impressão da Stratasys. A GENERAL ELECTRIC, buscando formas inteligentes de Motor de avião em impressão 3D da Stratasys. produzir milhares de bicos injetores de combustível para seus motores, fez grandes investimentos na impressão 3D, especialmente para a manufatura de peças para aviação. Enquanto os bicos injetores atuais são montados com 20 peças diferentes, a impressão 3D pode criá-los em uma única peça de metal. O Presidente Jeff Immelt, entusiasta da tecnologia, afirma que ela faz uma enorme diferença. Na fabricação tradicional, ele explica, “você pega um bloco, solda, usina e descarta os resíduos em algum lugar. A impressão 3D possibilita que você acerte o produto de primeira. Não existe tanto desperdício, o ferramental é mais barato e o tempo de ciclo é mais rápido – é um santo graal". Os planos para imprimir/construir casas na lua ilustram outra vantagem dessa tecnologia: qualquer produto pode ser entregue em qualquer lugar. Ele é feito no local. A manufatura aditiva vai revolucionar a manufatura e a cadeia de suprimentos? Não pelos próximos 15 anos, segundo Scott Crump, co-fundador e chefe de inovação da Stratasys Ltda, uma das principais fornecedoras de impressoras 3D. “Esperamos um considerável crescimento nos próximos cinco a dez anos, e nessa fase veremos novas práticas sendo incorporadas à cultura da manufatura”, afirma Crump. “Esperamos que vá se tornar amplamente usada, complementando a moldagem, usinagem, fundição e fabricação tradicionais." ATUALMENTE, O FOCO DA INDÚSTRIA é na fabricação de protótipos e peças em pequenas séries. Indústrias de aviação, jóias e da área médica assumiram a liderança. A impressão 3D é o paraíso para designers de jóias. Na saúde, médicos estão produzindo ossos artificiais e articulações com ajustes perfeitos e desenvolvendo maneiras de imprimir órgãos em processos em que a “tinta” é a célula humana. Na indústria de manufatura, o ponto fraco da impressão 3D continua sendo a produção em série. Ela é lenta para a produção em massa se comparada às técnicas tradicionais. Crump enxerga duas linhas principais para o desenvolvimento da impressão 3D no futuro: 1. Aumento da fabricação – a impressão 3D produz ferramentas e auxilia a manufatura. “Vai reduzir tempo, custo e melhorar a qualidade”, diz. 2. Alternar a fabricação – o fabricante substitui técnicas de molde pela impressão 3D. “O sucesso da impressão 3D não está em substituir a manufatura tradicional”, afirma Crump. “Está na realização de uma fabricação diferente e na potencialização das suas capacidades únicas.” A missão da NASA de enviar uma impressora 3D para a International Space Station, ISS, demonstra como a humanidade pode ser beneficiada. Se algo quebra, a impressora 3D, nomeada Made in Space, pode fazer uma nova peça. Isso é evidentemente mais rápido e barato do que mandar peças da Terra. O próximo passo é imprimir comida na ISS. Ainda é um conceito, mas quem sabe? Se a receita de impressão for de um bom chef, talvez a comida impressa fique deliciosa. n METALWORKING WORLD 27 A empresa de manufatura aditiva Renishaw associou-se à Empire Cycles para criar uma versão de um modelo tracicionalmente feito de alumínio. O protótipo foi criado com liga de titânio – naquela época, possivelmente o primeiro do mundo a ser impresso em 3D. A Sandvik intensifica o foco na manufatura aditiva A Sandvik Coromant mantém um olhar atento ao desenvolvimento da manufatura aditiva com duplo objetivo: usá-la na futura produção de suas ferramentas de usinagem e atender os clientes que precisarem de ajuda para usinar peças feitas com a nova tecnologia. “Começamos a testar a manufatura aditiva com impressora 3D para plásticos há dois anos”, diz Jan Edvardsson, analista de mercado da Sandvik Coromant, que estudou a nova tecnologia para o Grupo Sandvik. Agora estamos testando peças de metal.” A Sandvik tem tradição em investir fortemente em tecnologias inovadoras e ser líder nesse campo. No início do ano, ampliou o foco para a impressão 3D e começou formando um grupo de P&D para desenvolver a manufatura aditiva. “A manufatura aditiva continua sendo usada principalmente para protótipos e não para produção em larga escala”, diz Edvardsson. Uma impressão que adiciona camada após camada de material para criar uma estrutura é um processo lento, caro e não adequado para produção de larga escala, mas bom para fazer estruturas complicadas e pesadas em uma única peça, sem junções. Objetos podem ser feitos mais leves e mais robustos do que com as técnicas tradicionais e em formatos exatos e complexos. Médicos estão usando a impressão 3D para fazer implantes, a indústria de aviões enxerga a oportunidade de economizar combustível construindo aeronaves mais leves e a indústria automotiva foca na habilidade de fazer protótipos rapidamente e com custo relativamente baixo. Muitos clientes da Sandvik Coromant estão aumentando os investimentos na nova tecnologia. "Peças feitas via manufatura aditiva têm características específicas”, comenta Edvardsson. “É muito importante entender como nossas ferramentas de usinagem podem ser melhor adaptadas, para que possamos dar aos clientes boas recomendações.” Mikael Schuisky, gerente de operação de P&D no Grupo Sandvik e responsável pela equipe designada a explorar a técnica diz: “Essa equipe de pesquisa representa um plano de longo prazo para desenvolver uma tecnologia de manufatura aditiva que agregue valor para nossos clientes. Mesmo que estejamos em fase inicial, já vemos muito potencial.” n A estrutura para impressão 3D na lua da Agência Espacial Europeia. ---------------------JAN EDVARDSSON analista de mercado, Sandvik Coromant MIKAEL SCHUISKY gestor de operação de P&D no Grupo Sandvik 28 METALWORKING WORLD A base lunar da Agência Espacial Europeia, que poderia ser construída com material encontrado na própria lua. TECNOLOGIA TEXTO: ELAINE MCCLARENCE DESAFIO: Como atender as altíssimas exigências que a usinagem de canais cria para as ferramentas de corte? IMAGEM: BORGS SOLUÇÃO: Opte pela CoroMill QD. É a mais recente solução para corte e canais estreitos e profundos. Nos canais corte e usinagem de canais em centros de usinagem e máquinas multitarefas, o objetivo é proporcionar um processo seguro e econômico, combinado com excelente escoamento de cavacos e baixa vibração. A Sandvik Coromant lançou a CoroMill QD para atender aos requisitos desta exigente operação para muitas peças e materiais diferentes. As novas ferramentas podem ser usadas para desbaste e acabamento e para usinagem com ou sem refrigeração. A CoroMill QD baseia-se na tecnologia de sucesso que é aplicada na ferramenta CoroCut para aplicações de torneamento. Na verdade, a CoroMill QD é a primeira ferramenta do seu tipo com refrigeração interna, tornando-a a escolha ideal para usinagem de materiais ISO S, que normalmente são muito difíceis de usinar por causa da geração de calor. Em materiais ISO M, um problema comum é utilizar pastilhas que reduzem a qualidade da superfície e diminuem a vida útil da ferramenta. Aqui, a refrigeração interna também resolve o problema efetivamente. Cavacos presos em canais são um problema comum na usinagem de canais profundos e estreitos. Isso normalmente é controlado por meio de uma opção de fresamento concordante. Com ele, a vida útil da ferramenta pode reduzir até 50%. Graças à refrigeração interna, o fresamento concordante pode ser aplicado com a CoroMill QD, obtendo melhor vida útil da ferramenta, canais limpos e economia de tempo por evitar a necessidade de intervenção do operador para remover os cavacos. Esta é uma vantagem enorme e oferece uma excelente economia de produção. Várias outras características associadas à CoroMill QD beneficiam o corte e a usinagem de canais. Porta-ferramentas antivibratórios Silent Tools oferecem usinagem de baixa vibração com longos EM APLICAÇÕES DE balanços que, de outra forma, podem gerar vibração e levar à quebra da pastilha e danos a peças e ao porta-ferramenta, com consequências para a qualidade dos canais. A variedade de porta-ferramentas abrange pequenos e médios centros de usinagem com MAS-BT30, todos os cones 40 e HSK63 como acoplamentos laterais da máquina. Grandes centros de usinagem são abrangidos por adaptadores de interface de máquina Coromant Capto e adaptadores de máquinas multitarefas Coromant Capto fixados diretamente no fuso. Uma gama otimizada de geometrias de fresamento para ISO P, K e M está disponível. Pastilhas retificadas proporcionam ação de corte leve e batimento radial mínimo e contribuem para uma excelente qualidade do canal e vida útil longa da ferramenta. A estabilidade da pastilha é propiciada pelo respectivo assento tipo trilho. Isso é combinado com um mecanismo de fixação de simples utilização, para troca fácil da pastilha, que usa uma chave de liberação rápida. Tudo isso contribui para uma solução de ferramentas que oferece uma operação de canais de alta qualidade combinada com uma boa economia de produção e vida útil mais longa da ferramenta. n RESUMO A CoroMill QD é a mais recente solução para usinagem de canais. Desenvolvida para atender muitas das exigências das operações de canais profundos, ela combina refrigeração interna, porta-ferramentas antivibratório e geometrias de pastilhas otimizadas para oferecer um processo seguro, de baixa vibração e econômico que aumenta a vida útil da ferramenta. METALWORKING WORLD 29 TEXTO:TOMAS LUNDIN FOTOS: ADAM LACH MERGULHO MAIS FUNDO Fresamento em mergulho e uma nova estratégia de fuso ajudaram a Siemens a reduzir em 63 horas o tempo de usinagem de suas enormes carcaças de turbinas a gás – cada uma pesando 90 toneladas. Uma economia de 11 semanas em três anos de produção. Berlim, Alemanha. nnn Pegue a potência bruta de 1.200 super velozes Porsche 911 e você terá a capacidade de uma única turbina a gás SGT5-8000H da Siemens, que pesa o equivalente a um Airbus A380 com tanque cheio. Hoje, a SGT5-8000H é uma das maiores e mais potentes turbinas a gás do mundo, construída para acompanhar a tendência do mercado global de gás que, de acordo com algumas previsões, tem crescido mais de 6% ao ano. Essas peças enormes são fabricadas na planta de turbinas a gás da Siemens em Berlim, Alemanha, construída em 1909 em estilo neoclássico, com paredes de vidro e aço de cerca de 120 metros de comprimento e 25 metros de altura. Desde 1956, a planta, parte da Divisão de Geração de Energia da Siemens, é considerada patrimônio histórico. As máquinas e tecnologias que abriga são da mais alta qualidade, incluindo centros de usinagem de última geração. Em 2012, quando a Siemens lançou uma nova carcaça para sua enorme turbina a gás, a fábrica teve que adaptar sua tecnologia. O processo de produção existente, baseado em fresamento em desbaste e mandrilamento de acabamento usando cabeças angulares e fresamento helicoidal, não era estável o suficiente para os 16 furos com diâmetro de 600 milímetros que eram necessários para os queimadores. 30 METALWORKING WORLD A Siemens SGT5-8000H é uma das maiores turbinas a gás do mundo. METALWORKING WORLD 31 [1] “O fresamento em mergulho reduziu o tempo de usinagem de 100 para 42 horas por peça.” [1] Chefe de equipe da Siemens, Herbert Imrich, na base de uma turbina a gás. [2] Detalhe do CoroBore 820 XL. [3] Da esquerda: Markus Zapke, Herbert Imrich, Michael Neumann (Siemens), Olaf Zahn (Sandvik Coromant), Thomas Reich (Siemens) e Christian Lendowski (Sandvik Coromant). [4] Thomas Reich, especialista em ferramentas da Siemens. [2] 32 METALWORKING WORLD [3] “Tivemos grandes problemas”, conta Markus Zapke, diretor de tecnologia, processos ferramentais e fornecimento de máquinas na fábrica de turbinas. “A cabeça angular era a parte fraca do processo. Tínhamos muitas vibrações e as ferramentas quebravam. Nossa tecnologia estava no limite.” A SANDVIK COROMANT foi contatada, juntamente com outros fornecedo- res, e em agosto de 2013 a fábrica escolheu o conceito Sandvik Coromant, baseado no fresamento em mergulho e em uma nova estratégia de fuso. “A Sandvik Coromant é parceira de tecnologia há muitos anos”, diz Zapke. “Eles foram capazes de elaborar uma solução potencial para os nossos problemas quase que imediatamente.” Olaf Zahn, chefe de vendas regionais e consultoria técnica da Sandvik Coromant, é o homem por trás do novo conceito. “Sabíamos que a cabeça angular era muito instável”, lembra. “Então, optamos por fresamento em mergulho, o que significa que as ferramentas mergulham diretamente nos furos pré-fundidos da carcaça.” O fresamento em mergulho não é nada novo. “Vejo esta tecnologia há 20 anos na indústria automotiva”, diz Herbert Imrich, líder de equipe de produção na fábrica da Siemens. “É incrível que ninguém tenha pensado nisso antes, nem mesmo quando os problemas surgiram.” Na verdade, a Sandvik Coromant pensou: fresamento em mergulho é o primeiro passo do novo processo de produção. Como essa operação gera superfícies onduladas, requer mandrilamento de acabamento em uma segunda etapa para atender às elevadas demandas de superfície e manter as tolerâncias exigidas. Nesta etapa final, o diâmetro dos furos aumenta de 598 para 600 milímetros. O novo conceito foi testado e desenvolvido em estreita cooperação entre a Siemens e a Sandvik Coromant. [4] O TESTE FOI realizado em uma situação real. Thomas Reich, especialista da Siemens para tecnologia e ferramentas de corte, explica: “Como a METALWORKING WORLD 33 [1] Trabalho interno – foi possível usar ferramentas standard em todo o processo. [2] Fresamento em mergulho pode ser adaptado para outros processos. [3] Ferramentas CoroMill R210 e CoroBore 820 XL. O tempo para mandrilamento de acabamento passou de 480 para 160 minutos. [1] nossa tecnologia antiga não podia lidar com as novas exigências, quisemos ir em frente com o novo processo, sem atrasos. Por isso, fizemos todas as adaptações necessárias e uma nova programação na produção.” Os resultados até agora são extremamente positivos. O fresamento em mergulho reduziu o tempo de usinagem de 100 para 42 horas por peça. O tempo para mandrilamento de acabamento passou de 480 para 160 minutos. No total, a redução de tempo é de mais de 63 horas para cada carcaça – ou 11 semanas de economia de tempo de usinagem em três anos de produção, segundo cálculos da Siemens. Outros efeitos positivos são evidentes, mas difíceis de colocar em números. “Estamos muito satisfeitos com o fato de podermos usar ferramentas standard em todo o processo”, diz Zapke. “Isso significa preços mais baixos, alta confiabilidade e ferramentas em estoque sempre.” Mais importante, porém, é a solução Sandvik Coromant possibilitar adaptações. “O fresamento em mergulho pode ser facilmente transferido para outros processos”, afirma Christian Lendowski, gerente sênior de conta da Sandvik Coromant para a Siemens. “Ele já foi levado para outra carcaça Siemens. E estão previstos mais projetos. Nesse sentido, é realmente uma tecnologia modelo.” n 34 METALWORKING WORLD [3] [2] VISÃO TÉCNICA Operador de máquina Andre Skora. FRESAMENTO EM MERGULHO é a chave do novo processo da Sandvik Coromant na fábrica de turbinas a gás da Siemens em Berlim, Alemanha. As carcaças para as maiores turbinas a gás do mundo têm 16 furos para os queimadores, que são pré-fundidos com uma tolerância de 12 a 15 milímetros. Quando acabados, os furos têm 600 mm de diâmetro e 450 mm de comprimento. A SANDVIK COROMANT usa CoroMill 210 para fresamento em mergulho. Com 430 mm de comprimento, a ferramenta mergulha 300 mm em linha reta no furo pré-fundido, evitando a alta alavancagem na cabeça angular do processo anterior. A ferramenta mergulha para cima e para baixo em círculo, 126 vezes para cada furo. Para esse fresamento em desbaste, o tempo de usinagem de cada peça foi reduzido, das cem horas usando a cabeça angular e o fresamento helicoidal, para 42. Na etapa seguinte, o diâmetro dos furos passa de 598 mm para 600 mm com o acabamento superficial. Isto é feito com o CoroBore 820 XL da Sandvik Coromant, que permite maior avanço em comparação com ferramentas de mandrilamento de precisão. Ao mesmo tempo, mantém as tolerâncias e superfície exigidas. Comparado com o antigo processo, o novo conceito poupa 320 minutos por carcaça. NA FASE DE IMPLEMENTAÇÃO um novo conceito de fixação de ferramenta foi introduzido. A redução dos set-ups, de três para um, foi outro efeito muito positivo. Comparado com o processo antigo, o novo conceito poupa 320 minutos por carcaça. Além disso, usar as ferramentas standard disponíveis ajuda a manter os custos baixos e garante um fornecimento estável de ferramentas confiáveis. No geral, o novo conceito, desenvolvido em estreita cooperação entre a Siemens e a Sandvik Coromant na fábrica de turbinas a gás em Berlim, resultou em um processo estável, com economia significativa de tempo. A Siemens calcula que o tempo total de usinagem foi reduzido em mais de 63 horas por peça. METALWORKING WORLD 35 TECNOLOGIA TEXTO: ELAINE MCCLARENCE IMAGEM: KJELL THORSSON Nos trilhos Atender as necessidades técnicas dos avançados trens de alta velocidade e ao mesmo tempo oferecer soluções com bom custo-benefício para manter o estoque ferroviário existente pede estratégias abrangentes de produção e recondicionamento. OS CONJUNTOS DE rodeiros e eixos são a força motora de qualquer trem. A expectativa é de que possam funcionar por milhões de quilômetros entre manutenções e recondicionamentos. Eles estão entre os itens mais caros dos veículos ferroviários e são responsáveis por uma fatia significativa dos custos de manutenção, uma vez que são essenciais para o funcionamento do trem. A indústria ferroviária está sob constante pressão para reduzir custos e melhorar o atendimento aos passageiros, e isso precisa ser equilibrado com desempenho operacional e, sobretudo, segurança. O aumento de trens super velozes ampliou a necessidade de operações de usinagem com alta segurança e tolerâncias estreitas juntamente com as altas exigências dos materiais duros e difíceis de tornear. Todos os fabricantes de rodeiros buscam menor custo por unidade e vida útil mais longa da pastilha. Isso em um momento em que os materiais usados nos rodeiros de trens de alta velocidade estão cada vez mais duros e difíceis de serem torneados. Rodeiros e eixos são geralmente produzidos a partir de aços com e sem liga que têm resistência à tração que variam de 780 a 1.050N/mm. Quando os rodeiros são parcialmente endurecidos, aumenta a exigência da pastilha, que deve ser capaz de trabalhar com diferentes durezas no mesmo corte. Outro desafio é escolher as ferramentas adequadas para garantir a produtividade e a qualidade do produto. A Sandvik Coromant desenvolveu uma ampla gama de soluções de ferramentas para atender as exigências de fabricação de todos os tipos de rodeiros, oferecendo um processo com ótimo custo-benefício, segurança de produção e desempenho confiável. n 36 METALWORKING WORLD Torneamento de novos rodeiros sistema de fixação O sistema de fixação por alavanca T-Max P da Sandvik Coromant é a primeira escolha para o torneamento de novos rodeiros. A alavanca força a pastilha para trás no respectivo alojamento, posicionando a pastilha firmemente nos dois lados para uma fixação estável. Existem oito tipos de porta-ferramentas T-Max P standard otimizados para usinagem de novos rodeiros. A solução oferece excelente quebra de cavacos combinada a processos confiáveis, segurança e vida útil longa da ferramenta. Classes para torneamento de rodeiros A Sandvik Coromant possui um programa para aplicações de torneamento de novos rodeiros. Nessas aplicações, a classe de pastilhas de última geração GC4325 tem sido usada cada vez mais. Para o retorneamento, a Sandvik Coromant tem uma gama de opções de pastilhas que são selecionadas de acordo com as condições do rodeiro. A GC4325 é a primeira escolha para rodeiros extremamente danificados. Retorneamento Retorneamento de rodeiros pode ser feito usando máquinas overfloor e underfloor (subterrâneas) e em condições de usinagem sem refrigeração. No retorneamento, é recomendável escolher a maior profundidade de corte possível para atingir tempos de usinagem mais curtos. Isso depende das condições de desgaste da maior parte da roda. O perfil pode ser torneado em um único passe, ou pode ser necessário dividir a usinagem em diversas etapas. O uso do T-Max P para uma ampla gama de ferramentas, pastilhas e classes propicia processos confiáveis e vida útil mais longa das ferramentas. Eixos A Sandvik Coromant tem um programa de acordo com a norma ISO com soluções de ferramentas que atende os requisitos do torneamento de eixos. Dependendo do set up da máquina do cliente, suportes convencionais ou Coromant Capto com pastilhas de diferentes tamanhos estão disponíveis para lidar com todas as etapas do torneamento, do desbaste do material forjado ao acabamento. Torneamento de novos rodeiros – pastilhas As pastilhas mais adequadas para o torneamento de novos rodeiros são as positivas redondas como RCMX e RCMT T-Max P. Pastilhas negativas quadradas T-Max P também são usadas para algumas partes do rodeiro. Pastilhas redondas são robustas e podem lidar com variação de profundidades de corte no torneamento de perfis de novos rodeiros. Pastilhas positivas propiciam menor força de usinagem e ajudam a prevenir vibrações. Torneamento de novos rodeiros A maioria das ferramentas usadas em rodeiros são soluções exclusivas, baseadas nas condições de usinagem, como o design do rodeiro e o tipo da máquina. Todas as operações de torneamento para as principais características do rodeiro, como aro, cubo e disco, podem ser realizadas com o programa de suportes C10 da Sandvik Coromant, com pastilhas redondas e quadradas. Essas ferramentas atendem as necessidades de diferentes tipos de máquinas para processos com refrigeração. Refrigeração inferior para pastilhas redondas de 32 e16 milímetros proporciona fluxo constante de refrigerante na zona crítica de corte e promove aumento substancial da vida útil da pastilha. A refrigeração de alta precisão pode resultar no aumento da vida útil das pastilhas em até 80%. RESUMO Conjuntos de rodeiro e eixo para trens precisam atender normas operacionais rigorosas. Ferramentas para produção e retorneamento devem ser estáveis e ter boa vida útil, dependendo do tipo de rodeiro. Seja para produção de novos rodeiros ou retornear um conjunto de rodeiros e eixo, a Sandvik Coromant tem as ferramentas certas, bom conhecimento da aplicação e boa percepção das necessidades dos clientes. METALWORKING WORLD 37 NOTA FINAL TEXTO: HENRIK EMILSON FOTO: STUDIO ROOSEGAARDE Atenção nas estradas! 38 METALWORKING WORLD Em vez de usar o veículo como foco da inovação no trânsito, o designer holandês Daan Roosegaarde optou por repensar as rodovias, de forma a torná-las mais sustentáveis, seguras e intuitivas. Em parceria com a empresa Heijmans Infrastructure, ele desenvolveu o conceito de estradas que brilham no escuro por meio de pó fotoluminescente especial, reduzindo a necessidade de outro tipo de iluminação. Carregadas durante o dia, as faixas luminosas podem brilhar por até dez horas durante a noite. Seguindo esta mesma linha, os postes de luz são interativos: ao invés de iluminar o tempo todo, eles acendem apenas quando algum carro se aproxima, economizando energia. A pintura dinâmica é outra característica da rodovia inteligente que será desenvolvida, testada e aprovada em uma pista em Eindhoven, na Holanda. Ela se torna visível de acordo com a variação da temperatura, e seus símbolos alertam motoristas sobre informações relevantes do tráfego. Por exemplo, quando está frio ou escorregadio, grandes flocos de neve aparecem na pista. Após um período de erros e tentativas, a equipe pretende expandir seus resultados nos próximos cinco anos. n METALWORKING WORLD 39 Print n:o C-5000:583 POR/01 © AB Sandvik Coromant 2015:1 Resistência no torneamento de aços ária Alta taxa de remoção de metal sem comprometer a ferramenta A classe GC4315 para torneamento de aços tem desempenho excelente em aplicações com altas temperaturas. Enquanto outras pastilhas atingem o limite da taxa de remoção de metal, devido à alta velocidade e longo tempo em corte, a GC4315 conclui o trabalho. Faça o teste e descubra você mesmo o que ela pode fazer... n revolucio Tecnologia
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