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GERAÇÃO DE TÉCNICAS DE CONSERVAÇÃO PÓS-COLHEITA PARA VALORIZAÇÃO DO CULTIVO DE CAJÁ E CIRIGUELA NO ESTADO DO CEARÁ EMBRAPA AGROINDÚSTRIA TROPICAL Fortaleza/CE - Fevereiro/2001 2 GERAÇÃO DE TÉCNICAS DE CONSERVAÇÃO PÓS-COLHEITA PARA VALORIZAÇÃO DO CULTIVO DE CAJÁ E CIRIGUELA NO ESTADO DO CEARÁ EMBRAPA AGROINDÚSTRIA TROPICAL Coordenadora: Heloísa Almeida Cunha Filgueiras Fortaleza/CE - Fevereiro/2001 RELATÓRIO TÉCNICO FINAL DE PROJETO (1998/2000) Convênio de Assistência Técnica e Financeira entre o Banco do Nordeste e a Embrapa Agroindústria Tropical referente ao Edital ETENE/FUNDECI 01/97. 3 SUMÁRIO Página Resumo 7 Resultados, Conclusões e Recomendações 9 Seleção dos nichos de produção 9 Curvas de crescimento e maturação de cajá 9 Armazenamento e conservação pós-colheita de cajá 10 Caracterização de cajá durante o amadurecimento 14 Diagnóstico da produção de ciriguela no Cariri cearense 19 Identificação do ponto de colheita de ciriguela 20 Avaliação do potencial de conservação de ciriguela sob refrigeração e 21 atmosfera modificada Caracterização de ciriguela durante o amadurecimento 23 Avaliação do crescimento e maturação de ciriguela na região do Brejo 28 Paraibano Conclusões e recomendações 29 Crescimento e maturação de cajá 29 Ponto de colheita de cajá 30 Armazenamento de cajá 30 Crescimento e maturação de ciriguela 30 Ponto de colheita de ciriguela 31 Armazenamento de ciriguela 31 Publicações geradas pelo projeto 31 Dissertações de Mestrado 31 Trabalhos completos 32 Resumos 33 4 1) LISTA DE TABELAS Tabela Título Página 01 Características físicas e físico-químicas de cajá em quatro estádios de maturação 12 02 Escala de avaliação da aparência externa de cajá 12 03 Caracterização de cajá em quatro estádios de maturação 15 04 Características observadas em frutos maduros de ciriguela por ocasião da colheita 22 05 Caracterização de ciriguela em três estádios de maturação 25 2) LISTA DE FIGURAS Figura Título Página 01 Comprimento e diâmetro de cajá durante o desenvolvimento 36 02 Acúmulo de peso fresco e seco em cajá durante o desenvolvimento 36 03 Comprimento e diâmetro de cajá durante as fases de maturação e amadurecimento 36 04 Acúmulo de peso fresco e seco em cajá durante as fases de maturação e amadurecimento 36 05 Acúmulo de sólidos solúveis totais e açúcares solúveis durante as fases de maturação e amadurecimento 37 06 Acidez total titulável em cajá durante as fases de maturação e amadurecimento 37 07 Relação SST/ATT em cajá durante as fases de maturação e amadurecimento 37 08 Carotenóides totais e clorofila em cajá durante as fases de maturação e amadurecimento 37 09 Perda de peso de cajá armazenado à temperatura ambiente (23±2°C; 38 UR=76±5%) 10 Sólidos solúveis totais e açúcares solúveis totais durante o armazenamento de cajá à temperatura ambiente (23±2°C; UR=76±5%) 38 11 Acidez total titulável durante o armazenamento de cajá à temperatura ambiente (23±2°C; UR=76±5%) 38 12 Relação SST/ATT durante o armazenamento de cajá à temperatura ambiente (23±2°C; UR=76±5%) 38 13 pH de cajá durante o armazenamento à temperatura ambiente (23±2°C; 39 UR=76±5%) 14 Colapso de polpa de frutos de cajá durante o armazenamento à temperatura ambiente (23±2°C; UR=76±5%) 39 15 Presença de fungos em frutos de cajá durante o armazenamento à temperatura ambiente (23±2°C; UR=76±5%) 39 5 16 Senescência de frutos de cajá durante o armazenamento à temperatura ambiente (23±2°C; UR=76±5%) 39 17 Perda de peso de cajá armazenado sob refrigeração (8ºC; UR=80%) 40 18 Sólidos solúveis totais e açúcares solúveis totais durante o armazenamento de cajá sob refrigeração 8ºC; UR=80%) 40 19 Acidez total titulável durante o armazenamento de cajá sob refrigeração (8ºC; UR=80%) 40 20 Relação SST/ATT durante o armazenamento de cajá sob refrigeração 40 (8ºC; UR=80%) 21 Açúcares solúveis totais durante o armazenamento de cajá sob refrigeração (8ºC; UR=80%) 41 22 pH de cajá durante o armazenamento sob refrigeração (8ºC; UR=80%) 41 23 Enrugamento de frutos de cajá durante o armazenamento de cajá sob refrigeração (8ºC; UR=80%) 41 24 Danos por frio em cajá armazenado sob refrigeração (8ºC; UR=80%) 41 25 Senescência de frutos de cajá durante o armazenamento sob refrigeração (8ºC; UR=80%) 42 26 Alterações de açúcares solúveis totais em cajá colhido em quatro estádios de maturação e armazenados à temperatura ambiente (25ºC; 42 UR=80%) 27 Alterações de açúcares solúveis totais em cajá colhido em quatro estádios de maturação e armazenados à temperatura ambiente (25ºC; 42 UR=80%) 28 Alterações de açúcares redutores em cajá colhido em quatro estádios de maturação e armazenados à temperatura ambiente ( 25ºC; UR=80%) 43 29 Alterações de amido em cajá colhido em quatro estádios de maturação e armazenados à temperatura ambiente (25ºC; UR=80%) 43 30 Alterações de aparência em cajá colhido em quatro estádios de maturação e armazenados à temperatura ambiente (25ºC; UR=80%) 43 31 Perda de peso de ciriguela em três estádios de maturação em função do tempo de armazenamento a 20ºC (UR=85±2%) 44 32 Teor de antocianinas totais no epicarpo de ciriguela em função do tempo de armazenamento a 20ºC (UR=85±2%) 44 33 Acidez total titulável em ciriguela em função do tempo de armazenamento a 20ºC (UR=85±2%) 44 34 Sólidos solúveis totais em ciriguela em três estádios de maturação em função do tempo de armazenamento a 20ºC (UR=85±2%) 44 35 Açúcares solúveis totais em ciriguela em três estádios de maturação em função do tempo de armazenamento a 20ºC (UR=85±2%) 45 36 Teor de amido em ciriguela em três estádios de maturação em função do tempo de armazenamento a 20ºC (UR=85±2%) 45 37 Perda de peso de frutos maduros de ciriguela armazenados a 20ºC (UR=85±2%) em função da atmosfera e tempo de conservação 45 38 Perda de peso de frutos maduros de ciriguela armazenados a 15ºC 45 6 (UR=73±2%) em função da atmosfera e tempo de conservação 39 Senescência de frutos maduros de ciriguela armazenados a 20ºC (UR=85±2%) em função da atmosfera e tempo de conservação 46 40 Senescência de frutos maduros de ciriguela armazenados a 15ºC (UR=73±2%) em função da atmosfera e tempo de conservação 46 41 Senescência de frutos maduros de ciriguela armazenados a 10ºC (UR=69±2%) em função da atmosfera e tempo de conservação 46 42 Sólidos solúveis totais em frutos maduros de ciriguela armazenados a 20ºC (UR=85±2%) em função do tempo de conservação 46 43 Sólidos solúveis totais em frutos maduros de ciriguela armazenados a 10ºC (UR=69±2%) em função da atmosfera e tempo de conservação 47 44 Açúcares solúveis totais em frutos maduros de ciriguela armazenados a 10ºC (UR=69±2%) em função da atmosfera e tempo de conservação 47 45 Peso fresco e seco (g) durante a pré-maturação (F1), maturação (F2) e amadurecimento (F3) de ciriguela a partir de 20 dias após antese 48 46 Comprimento e diâmetro (mm) durante a pré-maturação (F1), maturação (F2) e amadurecimento (F3) de ciriguela a partir de 5 dias após antese 48 47 Volume (cm3) durante a pré-maturação (F1), maturação (F2) e amadurecimento (F3) de ciriguela a partir de 20 dias após antese 48 7 RESUMO Os frutos de Anacardiáceas do gênero Spondias, especialmente umbu, cajá e ciriguela, são altamente perecíveis e consumidos nas regiões Nordeste e Norte do Brasil. O mercado, tanto interno quanto externo para produtos desses frutos tem-se mostrado promissor e em crescimento. Para o mercado interno, a demanda por sucos e polpas, para consumo direto e também para a industria de sorvetes e doces, vem aumentando a cada dia em todas as regiões do pais. Para o mercado externo, o interesse por polpas congeladas tornou-se maior após o inicio das exportações para o continente europeu. Apesar disso, nenhum desses frutos é produzido significativamente em plantios sistematizados, e tanto o produtor quanto o comprador e o industrial carecem de informações sobre índices de qualidade, maturação, ponto de colheita, condições de armazenamento e vida útil. Este subprojeto tem por objetivos, visando suprir esta carência: Determinar as curvas de maturação de frutos ciriguela e cajá consumidos na região Nordeste/Ceará; Identificar o ponto ideal de colheita desses frutos; Identificar a temperatura ideal de armazenamento refrigerado desses frutos e Determinar o seu potencial de conservação póscolheita. Nas condições em que foram realizados os experimentos, pode-se concluir que 1) Crescimento e maturação de cajá - O desenvolvimento do cajá da fecundação ao fruto maduro ocorreu em 120 dias; O início da maturação do cajá ocorreu 80 dias após a fecundação. Durante a fase de maturação aumentaram o peso de matéria fresca e seca os teores de sólidos solúveis totais, e a açúcares solúveis totais, a relação SST/ATT e carotenóides totais, e diminuiu acidez total titulável; as alterações nos teores de açúcares e acidez intensificaram-se nos últimos 15 dias de maturação. 2) Ponto de colheita de cajá - Frutos colhidos maduros (amarelos) após o início da pigmentação podem ser armazenados a temperatura ambiente por um ou dois dias, respectivamente. Frutos colhidos após o início da mudança de cor, ou predominantemente verde, conservaram-se por 4 dias e alcançaram uma qualidade semelhante aos colhidos maduros na planta. 3) Armazenamento de cajá - O uso da atmosfera modificada reduziu significativamente a perda de peso dos frutos durante o armazenamento, notadamente quando realizado sob refrigeração. Cajás maduros em temperatura permanecem em condições aceitáveis de consumo apenas por um dia. Sob refrigeração com atmosfera 8 modificada os frutos permanecem em condições aceitáveis de consumo até dez dias a 8 °C. 4) Crescimento e maturação de ciriguela - O ciclo de desenvolvimento de ciriguelas a partir da abertura da flor até o amadurecimento do fruto, corresponde a um período médio de 124 dias. A maturação iniciou-se cerca de 55 dias e o amadurecimento ao 105 dias após a antese. 5) Ponto de colheita de ciriguela - Frutos colhidos no estádio "verde inchado", embora apresentem aumento nos teores de sólidos solúveis e açúcares após a colheita, não desenvolvem a coloração vermelha e permanecem com teor de amido mais alto que os amadurecidos na planta. Para o pleno desenvolvimento da cor vermelha e de características equivalentes aos frutos amadurecidos na planta, as ciriguelas devem se colhidas no estádio amarelo. 6) Armazenamento de ciriguela - O armazenamento de ciriguelas maduras sob refrigeração associada ao uso de atmosfera modificada por embalagem de PVC possibilitou um acréscimo no período de vida útil de até 12 dias. A vida útil mais longa foi de 15 dias, conseguida com a temperatura de 10ºC e umidade relativa de 82%±2 2) Resultados, Conclusões e Recomendações Seleção dos nichos de produção Foram selecionados nichos de produção e iniciados experimentos com quatro espécies de Spondias: cajá, ciriguela, e os híbridos naturais umbuguela e umbu-cajá. Constatou-se que a obtenção de cajá, o fruto mais procurado dentre as Spondias, se dá de modo disperso em toda a região Nordeste, com ocorrência de plantas principalmente nas matas nativas. Foram selecionadas plantas na área da estação experimental da EPACE - Empresa de Pesquisa Agropecuária do Ceará no município de Santo Antônio do Pitaguari, e de uma propriedade particular no município de Aquiraz, ambos próximos a Fortaleza; e na área do campus de Areia da Universidade Federal da Paraíba, região do Brejo Paraibano. Com relação à ciriguela, foi localizada grande concentração de plantas na região do Cariri cearense, no sul do estado, principalmente nos municípios de Crato, Barbalha, Brejo Santo e Missão Velha, onde existem plantios informais de 0,5 a 3ha em média, que abastecem toda a região 9 Nordeste. Dentre os híbridos, foi selecionado o município de Princesa Isabel, estado da Paraíba, para obtenção de umbuguela, e o material de umbu-cajá está sendo obtido no mesmo município e na região do Brejo Paraibano. Curvas de crescimento e maturação de cajá As curvas de crescimento, traçadas a partir dos dados da evolução de tamanho e peso de cajás, assim como a composição química dos frutos apresentaram resultados muito semelhantes para os experimentos realizados com materiais colhidos na Paraíba e no Ceará. Foram colhidas panículas a partir da fecundação das flores até o completo amadurecimento dos frutos, em intervalos de 15 dias até os 80 dias após a fecundação, e de 7 dias até os frutos estarem completamente maduros. Os frutos foram pesados, medidos, e do início da maturação até sua fase final, caracterizada pelo amadurecimento, foram feitas análises de composição. Os cajás apresentaram aumento de comprimento, diâmetro, peso de matéria fresca e seca (Figuras 01 a 04) durante o período observado, num total de 120 dias. Foram observadas três fases distintas de crescimento. A primeira, que corresponde aos 30 primeiros dias, caracterizada por crescimento pouco acentuado. A segunda, dos 30 aos 80 dias, foi caracterizada por um crescimento acentuado, em que os frutos aumentaram de 40-50% do seu comprimento e diâmetro. Acima de 60% do acúmulo de peso fresco ocorreu nessa fase. A terceira fase, dos 80 aos l20 dias após a fecundação, foi uma fase de crescimento estacionário, em que o tamanho dos frutos praticamente não se alterou mais, atingindo seus valor máximo. Nessa fase, o acúmulo de matéria fresca e seca continuou aumentando até os seus valores definitivos, caracterizando o chamado enchimento do fruto. Verificou-se que o cajá inicia seu processo de maturação a partir de 80 dias após a fecundação, e que o amadurecimento, ou fase final da maturação, ocorre nos últimos 15 dias. Os dados correspondentes à caracterização física e química dos frutos na fase de maturação e amadurecimento, são apresentados nas Figuras 5 a 8. O aumento nos teores de sólidos solúveis totais e de açúcares solúveis totais (Figura 5) nos últimos 15 dias evidenciou o amadurecimento do fruto. Pode-se perceber a tendência natural de destruição da clorofila paralelamente ao 10 aumento na síntese de carotenóides (Figura 8). Observou-se que a mudança de cor com o avanço da maturação deve-se também à síntese de carotenóides e não apenas à destruição da clorofila como ocorre com outras espécies de frutos. Armazenamento e conservação pós-colheita de cajá Foi realizado no Campus de Areia, da UFPb, um pré-teste para armazenamento de cajá sob refrigeração, que revelou que os frutos armazenados a 5 °C apresentaram sintomas de sensibilidade ao frio, e que os frutos "de vez" (com algum sinal de cor verde) não evoluíram no amadurecimento com o decorrer do armazenamento, tanto sob refrigeração quanto em temperatura ambiente. Definiu-se assim, a utilização de frutos maduros, e de temperatura mais elevada para o armazenamento refrigerado para os experimentos realizados com material obtido de plantas da região do Brejo Paraibano. Como ações de pesquisa desenvolvidas na UFPB, foram realizados dois experimentos de armazenamento de cajá, sendo um à temperatura ambiente e um sob refrigeração, ambos comparando o comportamento de frutos submetidos ou não a atmosfera modificada por filme de PVC de 15 micra. Durante o armazenamento em temperatura ambiente (Figuras 9 a 16), verificou-se que a perda de peso (Figura 9) dos frutos não embalados (atmosfera ambiente) foi três vezes maior (55 %) que em atmosfera modificada (15,5%). Esta diferença se deve principalmente à barreira física representada pelo filme de PVC à perda de água por transpiração, podendo também ser atribuída à redução da concentração de oxigênio e acúmulo de CO2 no interior das embalagens, com conseqüente redução da taxa de respiração dos frutos. Ao final de quatro dias de armazenamento à temperatura ambiente, os teores de sólidos solúveis totais e açúcares solúveis totais (Figura 10) foram significativamente reduzidos. Os frutos começaram a entrar em senescência, identificada por sintomas de colapso de polpa (Figura 14) e desenvolvimento de fungos (Figura 15), a partir do primeiro dia de armazenamento, sendo que a partir do terceiro dia mais de 45% mostraram-se senescentes (Figura16). 11 Concluiu-se que à temperatura ambiente os cajás permaneceram em condições aceitáveis de consumo apenas por um dia, mesmo tendo sido manuseados com os devidos cuidados para evitar danos mecânicos e exposição a condições adversas. Quando os cajás foram armazenados à temperatura de 8° C, em umidade relativa de 80% e atmosfera modificada (Figuras 17 a 25), observouse que os frutos permaneceram em condições aceitáveis de consumo até dez dias, porém a partir de 5 dias começaram a apresentar sintomas de sensibilidade à baixa temperatura. Concluiu-se que a temperatura de 8oC ainda é baixa para o armazenamento de cajás, e que outro experimento deve ser realizado em pregando temperaturas mais elevadas, entre 9 e 10oC. Tabela 1. Características físicas e físico-químicas de cajá em quatro estádios de maturação (Fortaleza, 1998) Características Estádios de maturação* 1 2 3 4 13.62b** 14.05b 15.91b 19.93a Comprimento (cm) 3.72c 3.79bc 3.97b 4.31a Diâmetro (cm) 2.65b 2.67b 2.81b 3.22a pH 3.04a 2.56c 2.86b 3.02a 1.12a 1.12a 1.12a 1.10a 6.93c 8.31bc 9.57b 11.24a Peso (g) ATT (% ácido cítrico) SST/ATT *1- verde; 2- predominantemente verde; 3- predominantemente amarelo; 4amarelo. **Médias seguidas de mesmas letras nas linhas não diferem significativamente pelo teste de Tukey (p<0,05) 12 Os frutos foram dispostos em bandejas e envolvidos com filme de PVC auto-aderente de 15 m de espessura, e armazenados a 25oC e umidade relativa de 80% durante quatro dias. Foram avaliados diariamente a cor, características químicas e físico-químicas (pH, acidez total titulável, amido, açúcares solúveis totais e açúcares redutores, comparando-se as características dos frutos em cada estádio com as do fruto maduro recémcolhido. A avaliação de deterioração foi feita segundo escala subjetiva de notas mostrada na Tabela 2. Tabela 2 - Escala de avaliação da aparência externa de cajá. Nota (escala 1-4) (% frutos/bandeja) 0 0 1 1 – 15 2 16 – 30 3 31 – 45 4 > 45 Observou-se que os frutos colhidos no estádio 1 alcançaram características semelhantes às do fruto maduro no quarto dia de avaliação, e os demais um dia antes. Quanto à vida útil nas condições do experimento, foi de apenas 1 dia para os frutos maduros (estádio 4), de dois dias para os colhidos no estádio 3, e de quatro dias para os demais. Não foram observadas alterações de pH e acidez durante o armazenamento à temperatura ambiente dos cajás em diferentes estádios de maturação. O comportamento dos componentes sólidos solúveis, açúcares totais e açúcares redutores pode ser observado nas Figuras 26 a 28. Observase que nos dois primeiros estádios (verde e predominantemente verde), houve aumento nos três constituintes durante o armazenamento, indicando que os processos relacionados ao amadurecimento continuaram a ocorrer após a colheita, principalmente a partir do segundo estádio (predominantemente verde). No segundo estádio, ao final do período de observação, os teores dos três componentes foram semelhantes aos de frutos colhidos maduros, enquanto que para os frutos colhidos no primeiro estádio (verde), os teores 13 atingidos foram semelhantes para sólidos solúveis e açúcares totais e mais baixos para açúcares redutores. Por outro lado, para os frutos colhidos nos dois últimos estádios (predominantemente amarelo e maduro), houve diminuição dos teores dos três componentes durante o armazenamento, mais acentuados nos frutos maduros. Isto indica que os frutos nesses estádios começaram a perder qualidade a partir do primeiro (frutos maduros) ou do segundo dia (predominantemente amarelos). Os resultados deste experimento indicam que cajás são capazes de completar o processo de amadurecimento fora da planta, especialmente se forem colhidos depois de iniciada a mudança de pigmentação de verde para amarela , no estádio predominantemente verde. A Figura 27 mostra as alterações no teor de amido após a colheita. Observou-se degradação de amido em todos os estádios, sendo que ao final do período de observação os valores encontrados para os estádios iniciais foram semelhantes aos dos frutos maduros. Estas alterações são esperadas, pois em muitos frutos durante o desenvolvimento os carboidratos são armazenados na forma de polissacarídeos, principalmente amido, e transformados em açúcares solúveis para serem utilizados como fonte de energia, através do processo respiratório, para as reações que ocorrem durante o amadurecimento. As alterações de amido ocorreram de forma inversa ao aumento nos teores de açúcares solúveis para os estádios verde e predominantemente verde, como se pode observar com a comparação da Figura 29 com a Figura 27. Esta comparação mostra ainda, para os estádios predominantemente amarelo e amarelo, que apesar de ter havido degradação de amido, houve redução dos teores de açúcares. Isto pode ser explicado pelo fato de que nos estádios mais adiantados a atividade respiratória dos frutos é mais intensa, e portanto o consumo de açúcares é maior. As alterações de aparência foram significativas apenas para os frutos no estádio amarelo, que apresentaram o desenvolvimento de sinais de senescência e manchas escuras, como mostra a Figura 30. 14 A avaliação de aparência mostrou que, assim como ocorreu para açúcares, os cajás maduros começaram a perder qualidade já no primeiro dia após a colheita (Figuras 28 e 30) Caracterização de cajá durante o amadurecimento Os frutos foram colhidos em propriedade rural localizada no município de Aquiraz, Ceará, Brasil, e separados em quatro estádios de maturação identificados pela coloração externa. Os resultados estão apresentados na Tabela 3. Tabela 3. Caracterização de cajá em quatro estádio de maturação Características Estádios 1* 2 3 4 Peso (g). 13,62 B 14,05 B 15,91 B 19,93 A Comprimento (mm) 3,72 C 3,79 BC 3,97 B 4,31 A B B B Diâmetro (mm) 2,65 2,67 2,81 3,22 A pH 2,86 C 3,04 B 3,10 AB 3,17 A C BC B 8,37 9,27 10,30 11,57 A SST (°Brix) B B B ATT (% ácido cítrico) 1,25 1,12 1,08 1,03 A SST/ATT 6,93C 8,31 BC 9,57 B 11,24 A C BC AB Açúcares Totais (%) 4,95 6,04 7,23 8,41 A C BC AB Açúcares Redutores (%) 4,19 5,15 6,29 7,66 A A B C Amido (%) 3,55 2,59 1,93 0,52 D A B BC Clorofila Total (mg/100g ) 9,71 5,60 2,89 2,36 C Carotenóides Totais (% mg) 0,54 B 0,71 AB 0,78 A 0,91 A Compostos fenólicos (%) Solúveis em água 0,12 AB 0,11 B 0,11 B 0,12 A Solúveis em metanol 50% 0,13 A 0,14 A 0,13 A 0,15 A A A A Solúveis em metanol puro 0,11 0,11 0,11 0,12 A A B C Pectina total(%) 0,28 0,18 0,14 0,28 A B A A Pectina solúvel(%) 0,07 0,09 0,10 0,08 AB Pectina fracionada (% em relação ao AIS): Alta metoxilação 2,96B 3,45B 9,75A 10,31 A B B B Baixa metoxilação 0,63 0,83 0,88 2,12 A B B B Protopectina 0,77 1,30 1,09 2,21 A Poligalacturonase (U/g/min) 19,22 A 20,77 A 19,78 A 18,32 A A B AB Pectinametilesterase (U/g/min) 350,31 281,38 305,22 362,32 A A A A Vitamina C (mg/100g) 43,01 39,80 36,89 36,86 A *Estádio 1 = Verde; Estádio 2 = Predominância de verde; Estádio 3= Predominância de amarelo; Estádio 4 = Amarelo Maduro Observe-se que, mesmo se tratando de frutos fisiologicamente maturos desde o primeiro estádio, verificou-se um aumento de peso, mais significativo no último estádio. Como os frutos foram todos colhidos na mesma data, 15 aqueles que amadureceram ligados à planta continuaram a receber água e solutos. Este aumento de peso no final do amadurecimento geralmente caracteriza um inchamento do fruto por absorção de água. Observa-se que o aumento de peso correspondeu a aumento de tamanho, tanto em comprimento quanto em diâmetro. Comparando-se o peso dos frutos com os de outros do mesmo gênero encontrados na literatura, tem-se que o peso médio é semelhante ao de ciriguela (Spondias purpurea L.), fruto de morfologia muito semelhante ao cajá, conforme relato de Nava Kuri e Uscanga (1979), que encontraram um peso médio de 18,9g entre doze tipos avaliados. Em trabalho anterior, em que foi avaliado o crescimento de cajá, desde a fertilização até o final da maturação, Costa et al. (1998) descreveram o inchamento do fruto na fase final, assim caracterizado porque apesar de aumento no peso não houve aumento na quantidade de matéria seca. Em conseqüência do aumento de peso do fruto, observou-se que a proporção de caroço diminuiu e o rendimento em polpa aumentou. Apesar de serem frutos relativamente pequenos, de caroço grande e pouca quantidade de polpa, devido ao fato de que o peso do caroço é leve, o rendimento em polpa é consideravelmente elevado, o que representa grande vantagem para a indústria de polpa ou suco, que pode assim obter boa rentabilidade com esta matéria prima. Quanto à forma elíptica do fruto, caracterizada por uma relação comprimento/diâmetro > 1, também demonstra a semelhança entre cajá e ciriguela (Nava Kuri e Uscanga 1979) e a diferença do umbu (Spondias tuberosa Arruda Câm.), fruto de formato nitidamente arredondado. O alto rendimento em polpa do cajá assemelha-se ao relatado em outras espécies do gênero, como a ciriguela (Nava Kuri e Uscanga 1979) e o umbu (Oliveira 1989; Narain et al. 1992). Quanto à composição dos frutos, verificou-se que os teores máximos de sólidos solúveis, açúcares solúveis totais e açúcares redutores foram atingidos no estádio amarelo. O teor de sólidos solúveis, medido em graus Brix, tem sido usado não só para identificar o estádio de maturação de frutos, como também 16 um dos mais importantes atributos de qualidade. Na indústria de sucos, este atributo é um indicativo importante do rendimento do processo. O cajá, apesar de ser um fruto muito aromático, não está entre os mais doces. De acordo com Costa et al. (1998) o teor esperado de sólidos solúveis em cajá é próximo do resultado obtido neste trabalho, em torno de 12ºBrix. Por outro lado, o cajá apresenta um teor de acidez titulável mais elevado que diversos frutos tropicais, inclusive de seu próprio gênero, como a ciriguela. Este também é um atributo importante , pois o balanço entre o teor de sólidos solúveis e a acidez indica a palatabilidade, ou a aceitabilidade do fruto, já que é característico de cada espécie. Observou-se que a acidez diminuiu à medida em que se completou o amadurecimento, chegando ao teor mínimo no fruto maduro. Os resultados encontrados para teores de açúcares solúveis - totais e redutores, semelhantes aos relatados por Oliveira et al. (1998), mostram que também esses atributos atingiram seus teores máximos nos frutos maduros, e ainda que os açúcares redutores predominam no cajá. Neste trabalho não foi feita a identificação dos açúcares redutores presentes no cajá. Esta seria uma informação interessante, principalmente do ponto de vista de formulação de néctar ou combinação com outros sucos, pois a frutose é um açúcar de sabor mais doce que a sacarose, usada como referência para o sabor doce. Assim sendo, frutas onde a frutose é um componente expressivo dos açúcares solúveis podem ser mais doces que outras com o mesmo teor de açúcares totais, nas quais predominam os não redutores. Em experimento realizado com o armazenamento de cajá em diferentes estádios de maturação, Oliveira et al. (1998) constataram que o fruto é capaz de completar seu processo de amadurecimento após a colheita, porém apenas a partir do início da mudança de cor, caso contrário o desenvolvimento do sabor ao final do processo não será o mesmo que em frutos colhidos maduros. Os resultados de análise de amido mostram que o cajá armazena carboidratos na forma deste polissacarídeo. E através da transformação do amido em açúcares solúveis os frutos se tornam mais doces depois de colhidos. Entretanto, observa-se que proporcionalmente, a redução mais 17 acentuada no teor de amido ocorre no final do amadurecimento, entre os dois últimos estádios. Portanto, para o processamento de polpa ou suco é recomendável que o cajá esteja completamente maduro, caso contrário poderá haver interferência do amido no sabor ou mesmo no processo. As determinações de teores de pectina, proporção das frações pécticas e atividades nativas de enzimas pécticas são fundamentais para a definição de parâmetros de processamento de sucos, principalmente em relação aos objetivos de clarificação ou estabilização. Os resultados apresentados na Tabela 5 indicam que há pouca variação no percentual de pectinas em cajá, que permaneceu abaixo de 0,3%, e que praticamente não houve variação na relação pectina solúvel/pectina total. As frutas com teores elevados de pectina em geral requerem operações mais complexas de processamento, no que se refere ao rendimento do despolpamento, à clarificação ou à estabilização do suco. Porém, analisandose as frações pécticas a partir dos sólidos insolúveis em álcool observa-se que a proporção da fração solúvel em água predominou sobre as demais. As frações solúveis em oxalato e em ácido clorídrico representam respectivamente as pectinas de baixa metoxilação, inclusive as que se encontram complexadas com cálcio, e a protopectina, ligada a outro polímeros, ambas difíceis de serem reconhecidas pelas enzimas responsáveis pela degradação das cadeias pécticas e levam ao amaciamento da polpa dos frutos. Observou-se ainda pouca variação nas atividades das enzimas PME e PG entre os quatro estádios de maturação. A atividade dessas enzimas pode ser detectada em todos os estádios de maturação, e varia muito conforme o fruto. Em geral atribui-se o amaciamento de frutos à ação dessas duas enzimas. Porém, como discutido por Babbitt et al. (1973), o amaciamento pode ser iniciado por ação da celulase nas microfibrilas da parede celular, possibilitando que as enzimas pécticas alcancem a lamela média. A degradação da lamela média, constituída principalmente por substâncias pécticas, resulta na perda de adesão entre as células e consequentemente nas modificações de textura. As frutas do gênero Spondias em geral não são reconhecidas como fontes importantes de vitamina C, como é o caso de caju, acerola e outras 18 frutas tropicais. Narain et al. (1992) encontraram teor médio de 15,8 mg/100g de vitamina C em umbu (Spondias tuberosa Arruda Câmara), e Nava Kuri e Uscanga (1979) encontraram em média 24,1 mg/100g em ciriguela (Spondias purpurea L.). No cajá foram encontrados teores ligeiramente superiores que nessas duas espécies, entre 43 mg/100g e 37 mg/100g respectivamente nos estádios verde e amarelo, sendo que a diferença não foi significativa. A quantificação dos compostos fenólicos em frutos tem a finalidade de avaliar o potencial de escurecimento durante ou após o processamento, e também a possibilidade de interferência desses compostos no sabor devido à característica de adstringência de alguns deles. Os teores de compostos fenólicos encontrados em cajá podem ser considerados baixos, em comparação com outros frutos como o caju e que apresentam problemas de adstringência, principalmente antes de completarem o amadurecimento. Não se observaram variações nas frações analisadas. Diagnóstico da produção de ciriguela no cariri cearense Na primeira viagem à região do Cariri, foram feitas entrevistas com produtores de ciriguela, intermediários (atravessadores) que recolhem a produção para transporte às regiões de consumo, técnicos da Emater-CE nos escritórios locais, prefeitos, representantes de Associação de Pequenos Agricultores, e com o secretário de Agricultura do município de Crato. Na avaliação dos resultados das entrevistas, pode-se constatar que, nos municípios visitados - Crato, Barbalha, Brejo Santo e Missão Velha - todas as propriedades rurais têm plantas de ciriguela, sendo que a média por propriedade é de cerca 10 plantas. Entretanto, grande número de agricultores possui de 1/3 há até 3 há de área plantada com ciriguela, em espaçamento que varia de 4 a 7 m. A média nas propriedades com 1/3 há ou mais de área plantada é de 100 a 120 plantas por hectare. Em apenas uma propriedade foi encontrado plantio mais adensado, com mais de 80 plantas em 1/3 há. Foi encontrada uma propriedade com aproximadamente 7 ha de área plantada, porém com espaçamento maior. 19 A produtividade média, calculada pelo número de caixas de 18-20 kg colhidas na safra anterior e pelo número de plantas, foi avaliada em aproximadamente 180 kg por planta por safra, correspondendo a um total de 18 a 21,6 ton. por há por ano. A quantidade de ciriguela colhida na região foi calculada pelo movimento de caminhões de intermediários nos distritos. De acordo com as informações obtidas de produtores e intermediários, e com observação in loco, os intermediários deixam caixas em pontos preestabelecidos à margem das estradas, para que os produtores substituam por caixas cheias ou que as encham com frutos trazidos em outros recipientes. As caixas de madeira tipo K utilizadas para esta finalidade, comportam entre 18 e 20 kg de ciriguela, e cada caminhão transporta de 700 a 900 caixas. Em cada um dos distritos os caminhões passam de 3 a 6 vezes por semana, com freqüência maior no pico da safra, que se verifica nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro. O destino da produção é o Distrito Federal, todas as capitais do Nordeste e cidades do interior como Caruaru, Petrolina e Vitória da Conquista. Apenas para Brasília são destinados 2 caminhões por semana. De acordo com as informações obtidas, em cada distrito se colhe em média cerca de 215 toneladas de ciriguela por ano, o que permite estimar a safra da região em quantidade entre 6000 e 9000 toneladas. Considerando que os produtores recebem em torno de R$2,00 por caixa colhida, avalia-se que a ciriguela rende para a região do Cariri entre R$600.000,00 e R$1.000.000,00 por ano , nas condições atuais, sem nenhum trato cultural. O dinheiro apurado com a venda de ciriguela é investido na pequena agricultura, para o plantio de outras fruteiras e de café, ou para custear o consumo doméstico. A estimativa dos técnicos da região é de que a expansão do cultivo de ciriguela se dê à razão de aproximadamente 30% ao ano. Identificação do ponto de colheita de ciriguela Este experimento foi instalado em dezembro de 1997, concluído e avaliado a partir de janeiro de 1998. 20 Para a identificação do ponto de colheita os frutos foram colhidos em três estádios de maturação, identificados pela aparência e coloração externa: verde inchado, o estádio em que o fruto é colhido usualmente; amarelo e vermelho. A colheita foi feita manualmente pela manhã, os frutos tendo sido colocados em caixas isotérmicas forradas com espuma de 1 cm de espessura para o transporte. No laboratório, os frutos foram submetidos a préresfriamento e desinfecção em água clorada com 50 ppm de cloro livre por dois minutos. Após a seleção, o acondicionamento foi feito em bandejas de 14 x 14 cm, com capacidade para aproximadamente 250g. As bandejas foram distribuídas aleatoriamente nas prateleiras da câmara com temperatura fixada em 20o C e umidade relativa de 85 ±2%. Três bandejas de cada estádio foram retiradas diariamente durante três dias para avaliação da evolução de mudança de cor - teor de antocianinas na casca, acidez total titulável - ATT, sólidos solúveis totais - SST, SST/ATT, açúcares solúveis totais - AST e amido. Os resultados estão apresentados nas figuras de 31 a 36. Observou-se, em todos os estádios, um aumento nos teores de SST e AST e na relação SST/ATT, com um paralelo decréscimo na ATT e nos teores de amido após a colheita. Os frutos colhidos amarelos desenvolveram características bioquímicas semelhantes àqueles amadurecidos sobre a planta, inclusive quanto à cor e à degradação de amido. Os frutos colhidos verdes, porém, não desenvolveram a coloração vermelha e apresentaram os maiores teores de amido ao final do período de observação. Avaliação do potencial de conservação de ciriguela sob refrigeração e atmosfera modificada Este experimento foi instalado em fevereiro de 1998 e avaliado nos meses subsequentes. Foi realizado um experimento de armazenamento de ciriguela madura, proveniente do município de Crato - Ce, em três temperaturas (10, 15 e 25oC), em condições de atmosfera ambiente e modificada através do uso de filme de PVC de 15m de espessura. Os resultados obtidos indicam que é possível 21 conservar os frutos maduros em condições aceitáveis por até três semanas à temperatura de 10oC e com o emprego de atmosfera modificada. Cada um dos estádios foi caracterizado quanto ao peso, comprimento e diâmetro, tendo sida tomadas as medidas em 15 frutos por estádio. As características dos frutos nos quatro estádios de maturação no dia da colheita estão apresentadas na Tabela 4. Tabela 4. Características observadas em frutos maduros de ciriguela por ocasião da colheita. Fortaleza, Ceará, 1998. Antocianinas Peso Diâmetro Comprimento totais na casca (g) (mm) (mm) (mg/100g) Média* 10,83 24,60 32,90 16,39 Desvio da média* 0,25 0,26 0,29 0,32 * Média de 30 frutos. Os frutos foram lavados com 50 ppm de cloro livre, selecionados, retirada uma amostra para caracterização química e físico-química, e os demais foram acondicionados em bandejas de 14 x 14 cm (20 frutos por bandeja). Metade do número de bandejas foi embalada com filme autoaderente de PVC de 15m de espessura (atmosfera modificada - AM), e o restante foi deixado sem embalagem (atmosfera ambiente - AA). Após a pesagem, as bandejas foram distribuídas aleatoriamente em três câmaras a 10ºC, 15ºC e 20ºC, com umidade relativa de 82%±2, 73%±2 e 69%±2, respectivamente. A intervalos de um, dois e três dias, respectivamente, para as temperaturas de 20ºC, 15ºC e 10ºC, foram retiradas três bandejas por tratamento para as avaliações. A senescência foi avaliada através de uma escala subjetiva, atribuindo-se notas de 0 a 4 para os sintomas de 22 enrugamento, desenvolvimento de fungos e manchas. Foram avaliadas ainda a perda de peso (%) e as seguintes características químicas e físico-químicas: acidez total titulável - ATT (IAL, 1985); pH e sólidos solúveis totais - SST; SST/ATT; açúcares solúveis totais - AST e açúcares redutores - AR. Os experimentos foram conduzidos segundo delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 2x5 (20ºC), 2x6 (15ºC) e 2x6 (10ºC). Os fatores estudados foram atmosfera e tempo de armazenamento, com três repetições. Para tempo de armazenamento e interações Os resultados apresentados nas Figuras de 37 a 44 mostram que: - Frutos colhidos maduros e armazenados nas condições do experimento tiveram maiores perdas de peso quando acondicionados sem revestimento (atmosfera ambiente). - A redução na temperatura de armazenamento, de 20ºC para 15 e 10ºC, tornou possível acréscimos de 3 e 6 dias, respectivamente, na vida útil dos frutos colhidos maduros e acondicionados sem revestimento, e de 7 e 12 dias respectivamente nos revestidos com filme de PVC (atmosfera modificada). Frutos maduros mantiveram a aparência e características físico-químicas e químicas por um período de até 15 dias, quando revestidos e armazenados a 10ºC (UR = 69±2%). - A infestação de fungos e o enrugamento do epicarpo foram os principais fatores de senescência dos frutos colhidos maduros. - A temperatura mínima avaliada, de 10ºC, não causou injúrias por frio nos frutos armazenados durante 15 dias. Caracterização da ciriguela durante o amadurecimento Este experimento foi desenvolvido durante o ano de 1999, com frutos provenientes do município de Crato, Ceará. Foram colhidos frutos em três estádios de maturação, com o objetivo de caracterizar as transformações durante a maturação. Os frutos foram colhidos no estádio chamado «verde inchado», que é o ponto de colheita adotado na região do Cariri para a comercialização, em que o fruto alcançou seu tamanho máximo e a cor da casca é verde claro; no estádio «amarelo», no qual já 23 desapareceu a cor verde, porém o fruto ainda não atingiu o amadurecimento completo; e no estádio «vermelho», ou completamente maduro Foram feitas determinações de tamanho; peso; proporção de casca, polpa e semente; teores de sólidos solúveis totais, acidez total titulável, amido e açúcares na polpa; pigmentos na casca - clorofila e antocianina, fenólicos, pectinas e atividade de enzimas pécticas - poligalacturonase e pectinametilesterase. Os resultados encontrados estão apresentados na Tabela 5. O peso total dos frutos foi de 11,64, 12,07 e 10,27g para os estádios verdes, amarelo e vermelho respectivamente, não se observando diferença significativa entre os dois primeiros estádios. No terceiro estádio houve uma diminuição no peso total, atribuído às mudanças metabólicas ocorridas durante o amadurecimento dos frutos. Narain et al. (1992), trabalhando com frutos de umbu, Spondias tuberosa Arruda Câmara, em três estádios de maturação também encontraram uma redução de peso no estádio maduro. Nava Kuri e Uscanga (1979), trabalhando com doze tipos de ciriguela no México encontraram frutos com uma variação de 8,7g (roja ácida) até 37g (cabeza de loro) no peso total, com uma média geral de 18,9g. Em trabalhos realizados com outras espécies do gênero Spondias (umbu, umbu-cajá e umbuguela) houve uma grande variação no peso total dos frutos - 12,2 a 22g (Oliveira 1989; Silva et al. 1996; Informativo SBF 09/1998). A quantidade de casca variou de 12,62% até 15,28% não se observando diferença significativa entre os estádios. Oliveira (1989), trabalhando com umbu em diferentes estádios encontrou uma variação de 13 a 18% de casca, com uma média de 16%, resultados semelhantes aos obtidos neste trabalho. Narain et al. (1992) encontraram uma quantidade um pouco mais alta, em média de 20,95% para frutos de umbu. O caroço representou em média 16,67% do peso total do fruto, semelhante à proporção encontrada em umbu por Oliveira (1989) - 12% e Narain et al. (1992) - 21,27%. O rendimento em polpa também não variou significativamente durante o amadurecimento, passando de 67,77% no estádio amarelo para 70,22% no estádio vermelho, rendimento semelhante ao de umbu - 72%, conforme Oliveira (1989). Nava Kuri e Uscanga (1979) verificaram rendimento mais alto entre os 12 tipos de ciriguelas analisadas no México, na seleção "amarilla 24 corriente" por exemplo, constataram rendimento de 86% de polpa. Houve uma ligeira redução no comprimento e diâmetro dos frutos no final do amadurecimento observando-se sempre comprimento superior ao diâmetro, caracterizando um fruto ovóide, como encontrado para a maioria das ciriguelas estudadas por Nava Kuri e Uscanga (1979). Esses autores encontraram apenas 4 tipos (roja, anaranjada, púrpura e roja carnuda) de formato arredondado (relação comprimento/diâmetro = 1,0), entre as seleções estudadas. Tabela 5. Caracterização de ciriguela (Spondias PurpureaL.) em três estádios de maturação Estádios Cracterísticas Verde Amarelo Vermelho A A Peso Total (g) 11,64 12,07 10,28 B Casca (%) 12,63A 15,28A 13,80A A B Semente (%) 17,94 16,48 15,61B Polpa (%) 69,11A 67,77A 70,22A A A Comprimento (mm) 3,50 3,48 3,31 B A B Diâmetro (mm) 2,62 2,57 2,50 B C B 7,11 16,90 21,25A SST (°Brix) ATT (%) 0,93A 0,63B 0,62B A B SST/ATT 7,63 26,70 34,32C C B pH 3,07 3,34 3,45A Carotenóides totais na casca 120,01 C 214,12 B 316,94 A (mg/100g) Antocianinas totais na casca 3,43 C 6,61B 18,98 A (mg/100g) Açúcar Total (%) 4,41 C 14,24 B 18,68A C B Açúcar redutor (%) 2,31 4,66 6,70A A B Amido (%) 9,14 2,61 1,02C Pectina Total(%) 0,35B 0,69A 0,73A C B Pectina solúvel(%) 0,06 0,20 0,30C Pectina fracionada (% em relação ao AIS): 0,41A 4,23B 8,42C A B 0,09 0,41 0,82C • AM** 0,13A 0,32B 0,41C • BM • Prot. PME (UAE) 427,80A 298,52B 320,16B A A PG (UAE) 13,86 14,69 12,65A A B Vitamina C (mg/100g) 46,06 33,21 34,01B B B Fenólicos solúveis em água (%) 0,14 0,15 0,18A Fenólicos solúveis em metanol 0,16A 0,16A 0,17A (%) PA Fenólicos solúveis em metanol 50 (%) 0,23A 0,24A 0,24A *médias seguidas de mesmas letras nas linhas não diferem significativamente pelo teste de Tuckey (p<0,05) **AM = alta metoxilação; BM= baixa metoxilação; Prot.= 25 Observou-se aumento significativo nos teores de sólidos solúveis e açúcares solúveis totais durante o amadurecimento. Sousa et al. (1998b) trabalhando com ciriguelas maduras em atmosfera ambiente (20ºC) também observaram aumento dos teores desses componentes durante 4 dias, atingindo valores muito próximos aos encontrados neste experimento. Nava Kuri e Uscanga (1979) também analisando apenas frutos maduros, encontraram uma variação nos SST de 13,0 a 18ºBrix. Oliveira (1989) encontrou em umbu teores mais baixos, chegando ao máximo de 12,8ºBrix, com média de 11,0ºBrix. Já Silva et al. (1996) trabalhando com frutos de umbuguela (Spondias sp.) no estado da Paraíba, Brasil, encontraram teor de 17,4ºBrix nos frutos maduros. Os teores de AR aumentaram durante o amadurecimento de 2,31 a 6,70%. O resultado nos frutos maduros foi superior ao encontrado por Sousa et al. (1998) em frutos armazenados a 15 e 20ºC (5,70 e 5,90%). Nava Kuri e Uscanga (1979), encontraram teor de açúcares redutores variando de 9,4% no tipo Roja ácida até o máximo de 14,4% no tipo Meona. A acidez dos frutos - ATT diminuiu com o amadurecimento - de 0,93% no estádio verde para 0,63% e 0,62% no amarelo e vermelho respectivamente. Díaz-Pérez et al. (1998), trabalhando com armazenamento de ciriguelas em dois estádios de maturação (verde-maduro e maduro) encontraram uma redução na acidez para os frutos verde-maduros enquanto nos maduros houve pouca alteração nesse fator, durante o período avaliado, sendo os valores finais similares nos dois estádios. Sousa et al. (1998b) trabalhando com ciriguelas armazenadas a 10ºC sob atmosfera modificada, encontraram teores de ATT próximos a 0,64% após 15 dias, observando uma tendência de aumento nos frutos armazenados em atmosfera ambiente. Para a maioria dos frutos, observa-se um decréscimo no teor de ácidos orgânicos durante o armazenamento, em decorrência do processo respiratório ou de sua conversão em açúcares (Chitarra e Chitarra, 1990). Paralelamente à perda de acidez, observou-se elevação significativa no pH, que atingiu o máximo de 3,44 nos frutos maduros. Días-Perez et al. (1998) 26 encontraram pH mais alto em ciriguelas maduras - 6,0 armazenadas a 20ºC, que nas verdes - 5,0. A relação SST/ATT aumentou (7,62 a 34,32) de maneira significativa, sendo influenciada principalmente pelo acentuado aumento no teor de SST. Em trabalho realizado a 10ºC (Sousa et al. 1998b), os valores encontrados para este fator permaneceram constantes (35,0) para as duas atmosferas estudadas: AA e modificada (AM). A 20 ºC os frutos em AM revelaram valores superiores aos dos frutos em AA, mas ainda bem próximos ao desse experimento de caracterização. Com relação ao fator amido, houve uma degradação acentuada desse polissacarídeo variando de 9,13% nos frutos verdes a 1,01% nos frutos maduros, ocorrendo diferença estatística entre os estádios. Sousa et al. (1998a), trabalhando com ciriguela em 3 estádios de maturação, encontraram uma redução de mais de 80% no conteúdo de amido em frutos colhidos verdes após 3 dias. Na análise de pectina total, observou-se que houve síntese durante o amadurecimento na planta. Os teores encontrados variaram de 0,34% nos frutos verdes até 0,72% nos frutos maduros. No entanto, conforme pode-se observar na tabela 5, houve um aumento na porcentagem de solubilização das pectinas. A pectina solúvel no estádio verde representava em torno de 16% da total, passando a 41,7% no estádio maduro, o que evidencia o amaciamento da polpa ao se analisar os resultados do fracionamento das pectinas a partir dos sólidos insolúveis em álcool (SIA), observa-se que o aumento mais significativo se deu na fração solúvel em água, com o teor obtido no estádio maduro sendo 20 vezes maior que no estádio verde. O aumento na fração solúvel em oxalato representado pelas pectinas de baixa metoxilação, foi de aproximadamente 9 vezes, comparando-se o estádio maduro com o verde, e na fração solúvel em ácido, correspondente à protopectina, foi de cerca de 3 vezes. Deve-se considerar, no entanto, que os resultados foram expressos como porcentagem dos sólidos insolúveis em álcool, juntamente com os quais se separa o amido. Como houve hidrólise de amido com o amadurecimento dos frutos, as frações pécticas passaram a representar uma proporção maior dos SAI, o que por si só não é suficiente para explicar os aumentos acentuados nas pectinas solúveis. 27 Os resultados obtidos para enzimas pécticas mostram que durante o amadurecimento de ciriguela houve uma diminuição na atividade de PME, observado entre os estádios verde e amarelo, enquanto que a atividade de PG manteve-se constante. É de se esperar que a mudança na textura de um fruto envolva uma interação completa da atividade enzimática das hidrolases da parede celular com mudanças físico-químicas na mesma. Por último, temos que considerar, que uma resposta "macro" como é a perda de firmeza, deve ser conseqüência de múltiplas respostas a nível celular e não unicamente da ação de uma ou várias enzimas (Martínez-Tellez, 1998). O conteúdo de vitamina C encontrado na ciriguela (46,06 a 34,01 mg/100g), foi inferior ao de outros frutos tidos como fontes importantes de ácido ascórbico, tais como a acerola (Moura et al., 1997). Nava Kuri e Uscanga (1979) encontraram teores mais baixos dessa vitamina nas ciriguelas analisadas (24,1 mg/100g), talvez devido a condições diferentes de clima e solo. Não se observaram variações significativas nos teores de compostos fenólicos durante o amadurecimento de ciriguela, sendo que a fração solúvel em metanol 50%, correspondente aos fenólicos oligoméricos, foi a que apresentou o teor mais elevado. Nava Kuri e Uscanga (1979) relataram teores de fenólicos sensivelmente mais baixos entre 0,001 e 0,045% - do que os encontrados neste trabalho. Pelos resultados apresentados pode-se concluir que, embora haja uma pequena redução de peso e volume no final do amadurecimento de ciriguela, o rendimento em polpa do fruto maduro pode ser considerado bom, e a máxima qualidade comestível é atingida no estádio vermelho, identificado pelos níveis máximos de sólidos solúveis, açúcares e índice de palatabilidade, e mínimos de acidez e amido. Avaliação do crescimento e maturação de ciriguela na região do brejo paraibano A pesquisa foi conduzida nos meses de setembro a março de 1998-1999 e 1999-2000, no pomar do Centro de Formação de Tecnólogos (CFT), Campus IV da Universidade Federal da Paraíba, situado no Município de Bananeiras, zona fisiográfica do Brejo Paraibano. 28 Foram selecionadas ao acaso 5 plantas de ciriguela com mais de 5 anos de idade, nas quais foram marcadas as flores abertas (antese). Imediatamente após a formação do fruto, aproximadamente 3 dias após a antese, cerca de 600 frutos por planta foram marcadas e mantidas na árvore como para avaliação do perfil de crescimento e maturação. Acompanhando o desenvolvimento, do restante das flores marcadas, os frutos foram colhidos, a partir de 5 dias após antese, em intervalos de aproximadamente 10 dias. O período total de coleta prolongou-se até os frutos atingir o amadurecimento pleno na árvore. Por ocasião da colheita, os frutos foram conduzidos para o Laboratório de Biologia e Tecnologia Pós-colheita do CFT. No laboratório 3 repetições de 60 frutos foram avaliadas quanto ao peso fresco e seco, volume, diâmetro e comprimento longitudinal. No ano de 1999 a floração da cirigueleira no município de Bananeiras, iniciou-se no mês de julho e a plena floração nos meses de agosto e setembro, com o ciclo de floração-colheita (fruto vermelho predominate, estádio de maturação VP) compreendendo um período total de 124 dias. A partir do terceiro dias após a abertura dos botões florais (antese) iniciou-se o surgimento de frutos (formação da polpa) e observando-se aumento de peso fresco e seco, diâmetro, comprimento e volume (Figuras 45, 46 e 47). Quando a maturação foi completada com 105 dias após a antese, o fruto necessitou de 19 dias (124 dias após a antese) para o completo amadurecimento na planta e aos 21 (126 dia após antese) ocorrendo a abscisão do fruto. A transição entre estádios de maturação durante o amadurecimento correspondeu a 8 dias do estádio Totalmente Verde (TV) para Breaker (B), 6 dias do B para o Início de Pigmentação (IP), 2 dias para Amarelo Predominante (AP), 1 dia para Vermelho Predominante (VP) e 2 dias para o Vermelho Escuro (VE). Peso fresco e seco: Durante o desenvolvimento, o peso fresco aumentou segundo o modelo quadrático enquanto que o peso seco segui modelo linear. O peso médio dos frutos após a maturação plena ser atingido foi 13,95 g, correspondendo a 2,99 g/100g de peso seco (Figura 45). Comprimento e diâmetro: Os frutos atingiram comprimento máximo (32,17 mm) aos 113 dias após a antese (Figura 46). O diâmetro máximo (24,73 mm), no entanto, foi atingido aos 119 dias, correspondendo assim a fase 29 conhecida como enchimento dos frutos. O comprimento e o diâmetro dos frutos de ciriguela tiveram aumento quadrático. Volume. Verificou-se, um aumento significativo (P< 0,05) no volume dos frutos de ciriguela durante o decorrer do desenvolvimento. O volume máximo alcançado foi de13,95 cm³ aos 120 dias após antese, paralelo ao aumento em diâmetro (Figura 47). Conclusões e recomendações Nas condições em que foram realizados os experimentos, pode-se concluir que: 1) Crescimento e maturação de cajá O desenvolvimento do cajá da fecundação ao fruto maduro ocorreu em 120 dias; durante os quais foram observadas três fases de crescimento, sendo que na segunda fase que compreendeu dos 30 aos 80 dias após a fecundação, ocorreu o maior aumento em comprimento, diâmetro e peso. O início da maturação do cajá ocorreu 80 dias após a fecundação. Durante a fase de maturação aumentaram o peso de matéria fresca e seca os teores de sólidos solúveis totais, e a açúcares solúveis totais, a relação SST/ATT e carotenóides totais, e diminuiu acidez total titulável; as alterações nos teores de açúcares e acidez intensificaram-se nos últimos 15 dias de maturação, evidenciando ser o início do amadurecimento. 2) Ponto de colheita de cajá Frutos colhidos maduros (amarelos) após o início da pigmentação podem ser armazenados a temperatura ambiente por um ou dois dias, respectivamente. Frutos colhidos após o início da mudança de cor, ou predominantemente verde, conservaram-se por 4 dias e alcançaram uma qualidade semelhante aos colhidos maduros na planta. 3) Armazenamento de cajá O uso da atmosfera modificada reduziu significativamente a perda de peso dos frutos durante o armazenamento, notadamente quando realizado sob refrigeração. Cajás maduros em temperatura permanecem em condições 30 aceitáveis de consumo apenas por um dia. Sob refrigeração com atmosfera modificada os frutos permanecem em condições aceitáveis de consumo até dez dias a 8 °C. 4) Crescimento e maturação de ciriguela O ciclo de desenvolvimento de ciriguelas a partir da abertura da flor até o amadurecimento do fruto, corresponde a um período médio de 124 dias. Durante o desenvolvimento ocorreu aumento linear dos pesos fresco e seco e quadrático de diâmetros, comprimento e volume dos frutos. A maturação iniciou-se cerca de 55 dias e o amadurecimento ao 105 dias após a antese. 5) Ponto de colheita de ciriguela Frutos colhidos no estádio "verde inchado", embora apresentem aumento nos teores de sólidos solúveis e açúcares após a colheita, não desenvolvem a coloração vermelha e permanecem com teor de amido mais alto que os amadurecidos na planta. Para o pleno desenvolvimento da cor vermelha e de características equivalentes aos frutos amadurecidos na planta, as ciriguelas devem se colhidas no estádio amarelo. 6) Armazenamento de ciriguela O armazenamento de ciriguelas maduras sob refrigeração associada ao uso de atmosfera modificada por embalagem de PVC possibilitou um acréscimo no período de vida útil de até 12 dias, conservando os frutos com qualidade adequada para comercialização e baixa perda de peso. A vida útil mais longa foi de 15 dias, conseguida com a temperatura de 10ºC e umidade relativa de 82%±2. Publicações geradas pelo projeto Dissertações 31 1. COSTA, Núbia Pereira da. Desenvolvimento, maturação e conservação pós-colheita de cajá (Spondias mombin L.). 1998. Dissertação (Produção Vegetal [Areia]) - Universidade Federal da Paraíba) 2. SOUSA, Reinaldo Pereira de. Determinação do ponto de colheita e armazenamento refrigerado sob refrigeração e atmosfera modificada de ciriguela (Spondias purpurea L.). 1998. Dissertação (Agronomia [Fitotecnia]) - Universidade Federal do Ceará) Trabalhos completos 1. COSTA, N. P., FILGUEIRAS, H. A. C., ALVES, R. E., SILVA, A. Q., OLIVEIRA, A. C. Development and maturation of yellow mombin (Spondias mombin l.) fruits in the northeast brazil. In: XLIV Annual Meeting of the Interamerican Society for Tropical Horticulture, 1998, Barquisimeto. Proceedings of the Interamerican Society for Tropical Horticulture. Homestead (Florida, USA): ISTH, 2000. v.42. p.301 – 306 2. FILGUEIRAS, H. A. C., ALVES, R. E., MOSCA, J. L., SOUSA, R. P. Ponto de colheita e conservação pós-colheita de ceriguela (Spondias purpurea L.) e cajá (Spondias mombin L.) In: Simpósio Avanços Tecnológicos na Agroindústria Tropical, 1998, Fortaleza. Anais do Simpósio Avanços Tecnológicos na Agroindústria Tropical. Fortaleza: Embrapa Agroindústria Tropical, 1998. p.195 – 198 3. FILGUEIRAS, H. A. C., MOURA, C. F. H., ALVES, R. E. Cajá (Spondias mombin). In: Caracterização de frutas nativas da América Latina. Organizado por ALVES, R. E., FILGUEIRAS, H. A. C., MOURA, C. F. H. Jaboticabal - SP, 2000, p.19-22. 4. FILGUEIRAS, H. A. C., MOURA, C. F. H., ALVES, R. E. Ciriguela (Spondias purpurea L.). In: Caracterização de frutas nativas da América Latina. Jaboticabal - SP, 2000. Organizado por ALVES, R. E., FILGUEIRAS, H. A. C., MOURA, C. F. H., p.27-30. 5. OLIVEIRA, A. C., FILGUEIRAS, H. A. C., ALVES, R. E., SOUSA, R. P. Ambient temperature storage of yellow mombin (Spondias mombin l.) in four stages of maturation. In: XLIV Annual Meeting of the Interamerican Society 32 for Tropical Horticulture, 1998, Barquisimeto. Proceedings of the Interamerican Society for Tropical Horticulture. Homestead (Florida, USA): ISTH, 2000. v.42. p.307 – 312 6. SOUSA, R. P., FILGUEIRAS, H. A. C., ALVES, R. E., OLIVEIRA, A. C. Identification of harvest index for red mombin (Spondias purpurea l.) In: XLIV Annual Meeting of the Interamerican Society for Tropical Horticulture, 1998, Barquisimeto. Proceedings Of The Interamerican Society For Tropical Horticulture. Barquisimeto: ISTH, 2000. v.42. p.319 – 324 7. SOUSA, R. P., FILGUEIRAS, H. A. C., COSTA, J. T A., ALVES, R. E., OLIVEIRA, A. C. Armazenamento da ciriguela (Spondias pupurea L) sob atmosfera modificada e refrigeração. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v.22, n.3, p.334-338, 2000. Resumos 1. COSTA, N. P., FILGUEIRAS, H. A. C., ALVES, R. E., SILVA, A. Q., OLIVEIRA, A. C. Armazenamento de cajá (Spondias mombin L.) sob refrigeração e atmosfera modificada. In: XVI CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA, 2000, Fortaleza. Resumos do XVI Congresso Brasileiro de Fruticultura. Fortaleza - CE: Embrapa Agroindústria Tropical/SBF, 2000. v.1. p.138. 2. COSTA, N. P., FILGUEIRAS, H. A. C., ALVES, R. E., SILVA, A. Q., OLIVEIRA, A. C. Armazenamento de cajá (Spondias mombin L.) em temperatura ambiente sob atmosfera modificada. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTIULTURA, 1998, Poços de Caldas. Resumos do XV Congresso Brasileiro de Fruticultura. Poços de Caldas: Sociedade Brasileira de Futicultura, 1998. p.167. 3. COSTA, N. P., FILGUEIRAS, H. A. C., ALVES, R. E., SILVA, A. Q., OLIVEIRA, A. C. Development and maturation of yellow mombin (Spondias mombin L.) in Northeast Brazil. In: REUNIÓN ANUAL DE LA SOCIEDAD INTERAMERICANA DE HORTICULTURA TROPICAL, 1998, Barquisimeto. Resúmenes - XLIV Reunión Anual de la Sociedad Interamericana de 33 Horticultura Tropical. Barquisimeto: Sociedad Interamericana de Horticultura Tropical, 1998. p.86. 4. FILGUEIRAS, H. A. C., ALVES, R. E., MOURA, C. F. H., OLIVEIRA, A. C., ARAÚJO, N. C. C. Calidad de frutas nativas de Latinoamérica para procesamiento: ciruela mexicana (Spondias purpurea L.). In: REUNIÓN DE LA SOCIEDAD INTERAMERICANA DE HORTICULTURA TROPICAL, 1999, Lima. Resúmenes – XLV Reunión de la Sociedad Interamericana de Horticultura Tropical. Lima: Sociedad Interamericana de Horticultura Tropical, 1999. p.52P. 5. FILGUEIRAS, H. A. C., ALVES, R. E., OLIVEIRA, A. C., MOURA, C. F. H., ARAÚJO, N. C. C. Calidad de frutas nativas de Latinoamérica para procesamiento: Jobo (Spondias mombin L.). In: REUNIÓN ANUAL DE LA SOCIEDAD INTERAMERICANA DE HORTICULTURA TROPICAL, 1999, Lima. Resúmenes – XLV Reunión Anual de la Sociedad Interamericana de Horticultura Tropical. Lima: Sociedad Interamericana de Horticultura Tropical, 1999. p.50P. 6. FILGUEIRAS, H. A. C., ALVES, R. E., SOUSA, R. P., COSTA, J. T. A., OLIVEIRA, A. C. Avaliação do potencial de armazenamento de ciriguela (Spondias purpurea L.) em atmosfera modificada sob refrigeração. In: Congresso Brasileiro de Fruticultura. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA, 1998, Poços de Caldas. Resumos do XV Congresso Brasileiro de Fruticultura. Poços de Caldas: Sociedade Brasleira de Fruticultura, 1998. p.200. 7. MARTINS, L. P., SILVA, S. M., FILGUEIRAS, H. A. C., ALVES, R. E., Fisiologia de pós-colheita de ciriguela (Spondias purpurea L.): sensibilidade à injúria pelo frio. In: XVI CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA, 2000, Fortaleza. Resumos do XVI Congresso Brasileiro de Fruticultura. Fortaleza - CE: Embrapa Agroindústria Tropical/SBF, 2000. v.1. p.191. 8. OLIVEIRA, A. C., FILGUEIRAS, H. A. C., ALVES, R. E., Avaliações Bioquímicas Durante o Amadurecimento de Cajá. In: ENCONTRO UNIVERSITÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, 1999, Fortaleza. Anais do XVIII Encontro Universitário de Iniciação Científica. Fortaleza: Universidade 34 Federal do Ceará, 1999. p.R1094. 9. OLIVEIRA, A. C., FILGUEIRAS, H. A. C., ALVES, R. E., SOUSA, R. P. Ambient temperature storage of yellow mombin (Spondias mombin L.) in four stages of maturation. In: REUNIÓN ANUAL DE LA SOCIEDAD INTERAMERICANA DE HORTICULTURA TROPICAL, 1998, Barquisimeto. Resúmenes - XLIV Reunión Anual de la Sociedad Interamericana de Horticultura Tropical. Barquisimeto: Sociedad Interamericana de Horticultura Tropical, 1998. p.85. 10. SOUSA, R. P., FILGUEIRAS, H. A. C., ALVES, R. E., COSTA, J. T. A., OLIVEIRA, A. C. Identification of harvest index for red mombin (Spondias purpurea L.). In: REUNIÓN ANUAL DE LA SOCIEDAD INTERAMERICANA DE HORTICULTURA TROPICAL, 1998, Barquisimeto. Resúmenes - XLIV Reunión Anual de la Sociedad Interamericana de Horticultura Tropical. Barquisimeto: Sociedad Interamericana de p.85. Horticultura Tropical, 1998. 35 Y1 Comprimento Y2 Diâmetro Y1 28 38 24 35 20 32 16 29 12 26 8 2 4 0 20 40 60 R2 = 0,9413** R = 0,9295** 80 100 Peso Fresco Y 2 2 0 5 10 6 15 R2 = 0,5156* R = 0,8196** Y1 2 R2 = 0,9343* R = 0,9492** 20 25 30 35 FIGURA 03. Comprimento e diâmetro de cajá (S. mombin L.), durante as fases de maturação e amadurecimento na planta. (Areia - PB, 03/96 a 05/96). Seco 2 2 Y1 = 33,794 + 0,890X Y2 = 21,727 + 0,132X 7 Y1 = 0,0314 + 0,0409X + 0,000741X 2 - 0,00000626X 3 Y2 = 0,0825 - 0,00466X + 0,000445X - 0,00000241X Diâmetro 20 120 FIGURA 01. Comprimento e diâmetro de cajá (S. mombin L.), durante o desenvolvimento. Y1 Y2 23 2 Y1 = 8,240 + 0,354X - 0,00175X2 Y2 = 5,324 + 0,236X - 0,00115X Comprimento Peso Fresco Y 2 Seco 15 5 12 4 3 9 2 Y1 = 10,426 + 0,122X 2 Y2 = 3,692 + 0,133X - 0,00303X 2 1 R2 = 0,7273** R = 0,7593** 6 0 0 20 40 60 80 100 120 3 0 FIGURA 02. Acúmulo de peso fresco e seco de cajá (S. mombin L.), durante o desenvolvimento. 5 10 15 20 25 30 35 FIGURA 04. Acúmulo de peso fresco e seco de cajá (S. mombin L.), durante as fases de maturação e amadurecimento. (Areia - PB, 03/96 a 05/96). 36 Y1 Sólidos Solúveis Y2 10 Açúcares Solúveis 13 2 13 2 Y1 = 7,110 + 0,0359X + 0,00571X2 Y2 = 2,055 + 0,232X + 0,00131X 11 R2 = 0,9983** R = 0,9426** 11 9 9 7 7 5 5 3 3 1 0 5 10 15 Y = 3,6093 - 0,1202X + 0,00822X 2 20 25 30 2 R =0,9951** 8 6 4 2 1 35 FIGURA 05. Acúmulo de sólidos solúveis total e açucares solúveis em cajá (S. mombin L.), durante a fase de desenvolvimento e amadurecimento na planta. Y1 Acidez Titulável Y2 pH 2,4 3,0 0 5 10 15 20 25 30 35 FIGURA 07. Relação sólidos solúveis total/Acidez titulável total de cajá (S. mombin L.), durante as fases de maturação e amadurecimento na planta. Pigmentos Clorofila Y2 Carotenóides Y1 3,5 0,5 3,0 2,2 2,8 2,0 0,4 2,5 0,3 2,0 1,8 2,6 1,5 0,2 1,0 1,6 2,4 1,4 Y1 = 2,055 + 0,0232X - 0,00131X2 Y2 = Não Ajustado R 0,9426** NS 5 10 15 20 25 R = NS 2 R =0,7065** 0,1 0,0 1,2 0 Y1 = Não Ajustado Y2 = 0,110 + 0,00879X 0,5 2 2 30 2,2 35 FIGURA 06. Acidez titulável total de cajá (S. mombin L.), durante as fases de maturação e amadurecimento na planta. 0 0 5 10 15 20 25 30 35 FIGURA 08. Clorofila total e carotenóides total de cajá (S. mombin L.), durante a fase de maturação e amadurecimento na planta. 37 Atmosfera Ambiente Y2 Y1 1,8 Modificada 16 Y1=-0,1640+1,4323X Y2=-0,4153+3,8713X 12 1,7 2 R =0,9794** 2 R =0,9965** 1,6 8 1,5 4 Y = Não Ajustado 2 R = NS 1,4 0 0 1 2 3 0 4 FIGURA 09. Perda de peso de cajá (S. mombin L.), armazenado em temperatura ambiente (Temperatura = 23 ± 2°C e Umidade relativa = 76 ± 5%). 1 2 3 4 FIGURA 11. Acidez total titulável em cajá (S. mombin L.), durante o armazenamento em temperatura ambiente. (Temp. = 23 ± 2°C e U. R. = 76 ± 5%). 7,5 Y1 Sólidos Solúveis Y2 Açúcares Solúveis 12 12 7,2 10 10 Y1 = 11,3400 + 0,5500X - 0,2167X Y2 = 8,2780 - 0,7655X 8 2 6,9 2 R 2 = 0,9646** 8 R = 0,9581** 6,6 6 6,3 6 2 6,0 4 0 1 2 3 4 4 FIGURA 10. Sólidos solúveis totais e açucares solúveis totais em cajá (S. mombin L.), durante o armazenamento em temperatura ambiente. (Temp. = 23 ± 2°C e U. R. = 76 ± 5%). 0 Y = 6,8059 + 0,3951X - 0,1395X 1 2 2 R = 0,9652** 3 4 FIGURA 12. Relação sólidos solúveis totais / acidez titulável total em cajá (S. mombin L.), durante o armazenamento em temperatura ambiente. (Temp. = 23 ± 2°C e U.R. = 76 ± 5%). 38 Y1 Atmosfera Ambiente Y2 2 Y = - 0,0619 -1,0317X + 1,6190X - 0,2778X 4 Modificada 3 2 R = 0,9821 2,8 Y1 = 2,4807 + 0,01367X 2 3 Y2 = 2,4903 - 0,1225X + 0,08880X +0,01444X 2,7 2 R = 0,4190* 2 NS R = 0,8186 3 2 2,5 1 2,4 0 2,2 0 1 2 3 FIGURA 13. pH de cajá (S. mombin L.), durante o armazenamento em temperatura ambiente. (Temperatura = 23 ± 2°C e Umidade relativa = 76 ± 5%). Y1 Atmosfera Ambiente Y2 Modificada 3 1 2 3 4 FIGURA 15. Presença de fungos em frutos de cajá (S. mombin L.), durante o armazenamento em temperatura ambiente. (Temp. = 23 ± 2°C e U. R. = 76 ± 5%). 4 4 Y1 = - 0,4190 + 2,2381X - 0,4762X 2 R = 0,4750** 0 4 2 3 2 2 1 1 2 Y = - 0,1333 - 0,4444X + 1,5833X - 0,3056X 2 3 Y2 = - 0,1190 - 0,01190X + 1,1905X - 0,2500X 2 R = 0,9125* 0 0 1 2 3 3 2 R = 0,9287** 0 0 1 2 3 4 4 FIGURA 14. Colapso da polpa em frutos de cajá (S. mombin L.), durante o armazenamento em temperatura ambiente. (Temp. = 23 ± 2°C e U. R. = 76 ± 5%). FIGURA 16. Senescência em frutos de cajá (S. mombin L.), durante o armazenamento em temperatura ambiente. (Temp. = 23 ± 2°C e U. R. = 76 ± 5%). 39 Y1 Atmosfera Ambiente Y2 Modificada Y1 30 Atmosfera Ambiente Y2 Modificada 2,0 2 3 2 Y1 = - 0,1402 + 0,6387X + 0,0775X– 0,00245X Y2 = - 0,1881 + 0,2797X 25 NS R = 0,9966 2 R = 0,9881** 1,9 20 1,8 15 1,7 10 1,6 5 0 0 5 10 15 20 25 FIGURA 17. Perda de peso em cajá ( S. mombin L.), durante o armazenamento sob refrigeração. (Temperatura = 8°C e umidade relativa = 80%). Atmosfera Y1 Ambiente Y2 Modificada 18 2 3 Y1 = 1,629 + 0,0518X – 0,00393X + 0,0000918X 2 Y2 = 1,5994 + 0,0219X – 0,000673X 2 R = 0,6716* 2 R = 0,7551** 1,5 0 5 10 15 20 25 FIGURA 19. Acidez total titulável em cajá (S. mombin L.), durante o armazenamento sob refrigeração. (Temperatura = 8°C e umidade relativa = 80%). 10 9 16 8 14 12 2 Y1 = 12,0952 + 0,3215X– 0,00457X Y2 = Não Ajustado 2 7 NS Y = 7,5188 – 0,1181X + 0,0229X – 0,000631X 2 NS R = 0,7017 10 0 5 10 2 R = 0,9520 2 R = NS 15 20 25 S. mombin L.), FIGURA 18. Sólidos solúveis totais e açúcares solúveis totais em de cajá ( durante o armazenamento sob refrigeração. (Temperatura = 8 °C e umidade relativa = 80%). 3 6 0 5 10 15 20 25 FIGURA 20. Relação sólidos solúveis totais / acidez total titulável em cajá (S. mombin L.), durante o armazenamento sob refrigeração. (Temperatura = 8°C e umidade relativa = 80%). 40 9,0 Y1 8,6 Atmosfera Ambiente Y2 Modificada 2 Y1 = - 0,2381 + 0,0984X + 0,024X – 0,000888X 2 R = 0,9267** 4 8,2 3 3 7,8 2 7,4 1 2 Y2 = 0,0635 – 0,1402X + 0,0201X – 0,000518X 2 NS R = 0,9401 3 0 7,0 0 5 10 15 20 25 FIGURA 21. Açúcares solúveis totais em cajá (S. mombin L.), durante o armazenamento sob refrigeração. (Temperatura = 8°C e umidade relativa = 80%). 2,8 2,7 0 5 10 15 20 25 FIGURA 23. Enrugamento em frutos de cajá (S. mombin L.), durante o armazenamento sob refrigeração. (Temperatura = 8°C e umidade relativa = 80%). Atmosfera Y1 Ambiente Y2 Modificada 4 Y1 = Não Ajustado 2 3 Y2 = 0,1164 – 0,3869X + 0,0612X – 0,00158X 2,6 2 R = NS 2 R = 0,9421** 3 2,5 2 2,4 2 3 Y = 2,4571 – 0,0198X + 0,00172X – 0,0000452X 2 R = 0,9063 1 NS 2,3 0 2,2 0 5 10 15 20 25 FIGURA 22. pH de cajá S( . mombin L.), durante o armazenamento sob refrigeração. (Temperatura = 8°C e umidade relativa = 80%). 0 5 10 15 20 25 FIGURA 24 – Dano pelo frio em cajá (S. mombin L.), durante o armazenamento sob refrigeração. (Temperatura = 8°C e umidade relativa = 80%). 41 ve pv pa ma 13 Y1 Atmosfera Ambiente Y2 Modificada 2 Y1 = - 0,2380 + 0,0984X + 0,0247X – 0,000889X 2 R = 0,9267** 4 SST ºBrix 12 3 11 10 9 8 3 7 12 2 36 60 84 horas pos-colheita 1 2 3 Y2 = 0,1164 – 0,3869X + 0,0611X – 0,00158X 2 R = 0,9421** 0 Figura 26 . Alterações de sólidos solúveis totais em cajás ( Spondias mombin L.) colhidos o em quatro estádios de maturação e armazenados à temperatura ambiente (25 C e 80% de umidade relativa). (Aquiraz-CE, 1998). ve 5 10 15 20 25 FIGURA 25. Senescência em frutos de cajá (S. mombin L.), durante o armazenamento sob refrigeração. (Temperatura = 8°C e umidade relativa = 80%). pv pa ma 10 9 açucares totais(%) 0 8 7 6 5 4 12 36 60 84 horas pos-colheita Figura 27. Alterações de açúcares totais em cajás ( Spondias mombin L.) colhidos em o quatro estádios de maturação e armazenados à temperatura ambiente (25 C e 80% de umidade relativa). (Aquiraz-CE, 1998). 42 ve pv pa ma açucares redutores (%) 5,5 4,5 3,5 manchas senescencia 2 2,5 1,5 36 60 84 horas pos-colheita Figura 28. Alterações de açúcares redutores em cajás Spondias mombinL.) colhidos em quatro o ( estádios de maturação e armazenados à temperatura ambiente C e 80% de umidade relativa). (Aquiraz-CE, 1998). (25 ve pv pa ma 4 Manchas 12 2 1,8 1,8 1,6 1,6 1,4 1,4 1,2 1,2 1 Se ne sc en cia 1 3,5 0,8 Amido (%) 3 0,8 12 36 60 84 2,5 horas pos-colheita Figura 30. Alterações de aparência em cajás ( Spondias mombin L.) colhidos em quatro estádios de o maturação e armazenados à temperatura ambiente (25 C e 80% de umidade relativa). (Aquiraz-CE, 1998). 2 1,5 1 0,5 0 12 36 60 84 horas pos-colheita Figura 29. Alterações de amido em cajás Spondias mombinL.) colhidos em quatro estádios o maturação e armazenados à temperatura ambiente C e 80%dede umidade relativa). (Aquiraz( 1998). (25 CE, 43 0,70 Estádio de maturação Y2 Intermediário Y1 "De vez" Y3 Maduro 6 Y1 = 0,026 + 2,496X - 0,310X 2 2 R = 0,999 ** 0,60 ATT (%) Perda de peso (%) 5 4 3 2 2 2 Y2 = 0,023 + 2,530X - 0,219X 2 Y3 = 0,013 + 2,502X - 0,201X 1 1 0,30 3 0 1 2 3 Tempo (dias) FIGURA 31 - Perda de peso de ciriguela em três estádios de maturação em função do tempo de armazenamento à 20ºC (UR de 85 ±2%). Fortaleza, Ceará, 1998. FIGURA 33 - Acidez total titulável de ciriguela em função do tempo de ±2%). Fortaleza, Ceará, 1998. armazenamento à 20ºC (UR de 85 Y3 Maduro Estádio de maturação Y2 Intermediário Y1 "De vez" 20 Y3 Maduro 25 Y1 = Não ajustado 2 2 ** Y2= 4,457 + 0,907X + 0,843X R = 1,00 20 15 SST(º Brix) Antocianinas totais (mg/100 g casca) * 0,40 ** 2 Estádio de maturação Y2 Intermediário 2 R = 0,999 0,50 Tempo (dias) Y1 "De vez" 2 R = 0,999 2 ** R = 0,999 0 0 Y = 0,5493 - 0,076X + 0,0103X 10 2 Y3= 9,852 + 2,272X R = 0,950 5 ** 15 10 2 Y1= 7,90 + 6,467X - 0,967X Y2 = 16,433 + 4,767X - 2,733X Y3 = 18,600 + 3,956X - 3,200X 5 0 0 1 2 Tempo ( dias) FIGURA 32- Teor de Antocianinas totais no epicarpo de ciriguela em função do tempo de armazenamento à 20ºC (UR de 85 ±2%). Fortaleza, Ceará, 1998. 3 2 ** R = 1,00 3 2 * + 0,533X R = 1,00 2 3 2 ** + 0,711X R = 1,00 2 0 0 1 2 3 Tempo (dias) FIGURA 34 - Sólidos solúveis totais em ciriguela em três estádios de maturação em ±2%). Fortaleza, Ceará, 1998. função do tempo de armazenamento à 20ºC (UR de 85 44 Estádio de maturação Y2 Intermediário Y1 "De vez" Atmosfera de conservação Y1 s/ revestimento Y2 c/ revestimento Y3 Maduro 25 18 2 Perda de peso (%) AST (%) 15 10 2 2 ** Y1 = 6,174 + 7,642X - 1,232X R = 1,00 2 2 ** Y2 = 15,913 + 2,560X - 0,461X R = 0,97 2 3 2 ** Y3 = 17,868 + 3,914X - 3,243X + 0,736X R = 1,00 5 2 * 12 9 6 3 0 0 0 1 2 Estádio de maturação Y2 Intermediário 2 3 4 Figura 37 - Perda de peso de frutos maduros de ciriguela armazenados a 20ºC (UR de 83 ±2%) em função da atmosfera e tempo de conservação. Fortaleza, Ceará, 1998. Atmosfera de conservação Y1 s/ revestimento Y2 c/ revestimento Y3 Maduro 18 10 2 2 2 ** Y1 = 9,158 - 3,050X + 0,137X R = 1,00 2 2 ** Y2 = 2,654 - 1,756X + 0,331X R = 0,99 2 2 ** Y3 = 2,012 - 1,097X + 0,179X R = 1,00 6 4 3 2 Y1= -0,114 + 1,901X - 0,259X + 0,024X Y2= -0,046 + 0,234X 15 Perda de peso (%) 8 1 Tempo ( dias) Tempo ( dias) Y1 "De vez" 0 3 FIGURA 35 - Açúcares solúveis totais em ciriguela em três estádios de maturação em função do tempo de armazenamento à 20ºC (UR de 85 ±2%). Fortaleza, Ceará, 1998. Amido (g/100 g peso fresco) 3 Y1 = 0,031 + 1,944X - 0,332X + 0.070X R2 = 0,998** Y2 = -0,034 + 0,325X R = 0,991 15 20 ** R2 = 0,994** R = 0,995 12 9 6 3 2 0 0 0 1 2 3 Tempo ( dias) FIGURA 36 - Teor de amido em ciriguela em três estádios de maturação em função do tempo de armazenamento à 20ºC (UR de 85 ±2%). Fortaleza, Ceará, 1998. 0 2 4 6 8 10 Tempo ( dias) Figura 38 - Perda de peso de frutos maduros de ciriguela armazenados a 15ºC (UR de 73 ±2%) em função da atmosfera e tempo de conservação. Fortaleza, Ceará, 1998. 45 Atmosfera de conservação Y1 s/ revestimento Y2 c/ revestimento Atmosfera de conservação Y1 s/ revestimento Y2 c/ revestimento 4 4 ** 3 Senescência (notas) Senescência (notas) 2 Y1 = 0,200 + 0,833X R = 0,959** 2 Y2 = 0,067 + 0,400X R= 0,973 2 1 3 2 3 2 ** Y1 = -0,095 + 1,037X - 0,082X R2 = 0,980** 2 + 0,002X 3 Y2= -0,082 + 0,774X - 0,114X+ 0,005X R = 0,773 2 1 0 0 0 1 2 3 0 4 Tempo (dias) Figura 39 - Senescência de frutos maduros de ciriguela armazenados a 20ºC (UR de 83±2%) em função da atmosfera e tempo de conservação. Fortaleza, Ceará, 1998. 3 2 2 ** Y1= 0,127 + 0,181X = 0,967 R Senescência (notas) 12 15 24 R = 0,987 2 9 Tempo (dias) 25 SST(º Brix) Y2 = 0,083 + 0,614X 0,022X 6 Figura 41 - Senescência de frutos maduros de ciriguela armazenados a 10ºC (UR de 69 ±2%) em função da atmosfera e tempo de conservação. Fortaleza, Ceará, 1998. Atmosfera de Y1 s/ conservação Y2 c/ revestimento2 2 * revestimento 4 3 Y = 19,9400 + 0,2717X R = 0,624 23 * 22 21 20 1 19 0 18 0 2 4 6 Tempo 8 10 Figura 40 - Senescência de frutos maduros de (dias) ciriguela armazenados a 15ºC (UR de 73±2%) em função da atmosfera e tempo de conservação. Fortaleza, Ceará, 1998. 0 1 2 3 4 Tempo (dias) Figura 42 - Sólidos solúveis totais de frutos maduros de ciriguela armazenados a 20ºC (UR de 83±2%) em função do tempo de conservação. Fortaleza, Ceará, 1998. 46 Atmosfera de conservação Y1 s/ revestimento Y2 c/ revestimento 25 2 SST (ºBrix) ** Y1 = 19,9413 + 0,2819X R = 0,995 Y2 = Não ajustado 24 23 22 21 20 19 18 0 3 6 9 12 15 Tempo (dias) Figura 43. Sólidos solúveis totais de frutos maduros de ciriguela armazenados a 10ºC (UR de 69 ± 2%) em função da atmosfera e tempo de conservação. Fortaleza, Ceará, 1998. Atmosfera de conservação Y1 s/ revestimento Y2 c/ revestimento 24 2 22 AST (%) 3 2 ** Y1 = 18,2137 - 0,4062X + 0,1048X - 0,0045X R = 0,928 2 2 ** Y2 = 18,3469 - 0,3358X + 0,0214X R = 0,429 23 21 20 19 18 17 16 0 3 6 9 12 15 Tempo (dias) Figura 44 - Açúcares solúveis totais de frutos maduros de ciriguela armazenados a 10ºC (UR de 69 ± 2%) em função da atmosfera e tempo de conservação. Fortaleza, Ceará, 1998. 47 Desenvolvimento Pré-maturação 14 P.fresco 12 P.seco Maturação Amadurecimento Senescência Peso (g) 10 8 F.1 6 F.2 F.3 4 Desenvolvimento 2 0 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 16 130 Desenvolvimento Pré-maturação Volume (cm³) Figura 45. Peso fresco e seco (g) durante a pré-maturação (F1), maturação (F2) e amadurecimento (F3) de ciriguela, a parir de 20 dias após antese. Amadurecimento y=1,0081+0,0801x+0,00033x²R²=0,969 14 Período após a antese (Dias) 12 Senescência 10 8 6 F.1 Maturação F.3 F.2 4 2 Amadurecimento 35 Comprimento 30 0 CY=3,157+0,5125-0,00226² R²=0,989 25 Dimensão (mm) 0 Diâmetro 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 Período após a antese (Dias) DY=2,689+0,285x-0,0009² R²=0,98 Senescência 20 Figura 47. Volume (cm³) durante a pré-maturação (F1), matração (F2) e amadurecimento (F3) de ciriguela, a partir dos 20 dias após a antese. 15 10 F.1 5 F.2 F.3 0 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 Período após a antese (Dias) Figura 46. Comprimento e diâmetro (mm) durante a pré-maturação (F1), maturação (F2) e amadurecimento (F3) de ciriguela, a partir dos 5 dias após a antese.