Máquinas e Equipamentos Aliados da indústria A
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Máquinas e Equipamentos Aliados da indústria A
Edição 74 / Jan-Fev de 2013 / www.editorastilo.com.br A Indústria de Cosméticos e seus Aspectos Mercadológicos Máquinas e Equipamentos Aliados da indústria Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013 Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013 expediente Diretor Daniel Geraldes Editor Chefe Daniel Geraldes – MTB 41.523 [email protected] Jornalista Colaboradora Lia Freire - MTB 30222 [email protected] Publicidade [email protected] Direção de Arte e Produção Leonardo Piva Denise Ferreira [email protected] Conselho Editorial Álvaro Azambuja Daniel Geraldes João Francisco Neves Zoé Mores Modelo: Fotos Capa: Impressão Referência Editora Distribuição ACF Alfonso Bovero Editora Stilo Rua Sampaio Viana, 167 - Conj. 61 São Paulo (SP) - Cep: 04004-000 Fone: (11) 2384-0047 A Revista Espuma é um veiculo bimestral da ABISA publicada Editora Stilo que tem como público-alvo empresas dos seguintes mercados: Fabricantes da Indústria de Sabão, Higiene, Limpeza, Cosméticos, Perfumes e Fragrâncias, Fornecedores de Máquinas e Equipamentos, Insumos e Matérias Primas, Prestadores de Serviços, Frigoríficos e Graxarias, Atacadistas, Supermercados, Embalagens, Aromas, Indústria Química Fina, Equipamentos de Laboratórios e Análises, Corantes e Pigmentos, Entidades da Cadeia Produtiva, Centros de Pesquisas e Universidades, Escolas Técnicas, entre outros. A distribuição é gratuita para todo o Brasil. É enviada para presidentes, proprietários, diretores, gerentes, compras, engenheiros e técnicos de empresas. Tiragem de 5.000 exemplares. Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não necessariamente refletem as opiniões da revista. Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias sem expressa autorização da Editora. 3 Editorial 2 Prezado Leitor Uma produção eficiente e flexível aliada à otimização nos custos, que resulte em produtos finais de excelência é o que buscam as indústrias de household e cosméticos e no que se empenham os fornecedores de máquinas e equipamentos. De nada adiantaria ter à disposição as melhores matériasprimas, mão-de-obra qualificada, know-how em desenvolvimento de produtos, acesso às informações privilegiadas se faltar às indústrias bons equipamentos em sua linha de produção. Empresas como o Grupo Coesia, IMSB, SEMCO e Zeppelin apresentam algumas de suas inúmeras opções em máquinas e equipamentos para os setores de household e cosméticos. São novas tecnologias, maior capacidade e maquinários sob medida para que as indústrias possam ter mais vantagens competitivas. Um trabalho que, sem dúvida, exige dos fornecedores destes maquinários uma atuação eficiente para driblar a alta tributação que se paga no Brasil, exigindo ao máximo a redução de custos, por meio do aprimoramento dos recursos tecnológicos, métodos e processos de fabricação. Uma das líderes em produção e comercialização de itens para a composição de produtos voltados para a higiene e cuidados pessoais, a Dow, apresenta por meio da sua divisão Personal Care, novidades para os fabricantes de sabonetes líquidos e em barra, atendendo assim as atuais exigências dos consumidores, que têm solicitado produtos que proporcionem limpeza equilibrada, suavidade na pele e sensações agradáveis. Além de todos esses benefícios para o consumidor final, os lançamentos atendem também as expectativas dos fabricantes de sabonetes, que buscam desenvolver produtos a um bom custo-benefício, aliado às facilidades no processamento e alta produtividade. Para falar sobre o assunto, entrevistamos Thais Cruz, gerente de marketing para a divisão Home & Personal Care América Latina. Confira! Boa Leitura! Daniel Geraldes Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013 5 ABISA Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013 Sumário 4 06 18 Notícias Capa 26 Zoé Mores – Executiva da Abisa e jornalista. Entrevista 30 Em Foco 1 Um novo ciclo alguns calendários, o ano de 2012 chegou em dezembro cheio de realizações e pressagiando 32 um ano novo igualmente rico. Muito trabalho realizado e muitas expectativas para este 2013 que iniciamos. Em Foco 2 CE MA PI SE 34 Em Foco 3 RN PB PE AL Enfim, chegamos ao final de mais um ano e, em vez do fim do mundo como apregoavam Cada ano que se inicia é nos dada a oportunidade de recomeçar, de olhar com profundidade para o que foi realizado, de decidir sobre aperfeiçoar, dar sequência ou quem sabe, mudar o rumo da vida e dos negócios. É um momento para analisar os reais resultados, os planos e arregaçar as mangas. BA Não podemos dizer que 2012 foi dos anos mais difíceis, principalmente no nosso setor – higiene & limpeza e afins -, mas também não podemos classificá-lo como dos mais fáceis. As 38 expectativas para o país eram melhores do que se concretizaram. E o momento é de reflexão. Em Foco 4 40 Em Foco 5 Não podemos dizer também, que o cenário atual é negativo, mas é bom um pouco de alerta. O País conquistou muito nos últimos tempos e tem muito a conquistar. Mas a sociedade e governo precisam olhar com mais critério onde estão os gargalos, os problemas e as oportunidades. Em todo início de ano, é interessante verificar a fundo o que aconteceu com todos os setores, e principalmente, com os mercados que fazem parte do nosso dia a dia. Verificar ainda quais as movimentações dos consumidores e do mercado internacional, onde muitos acontecimentos se refletem nas nossas empresas.Precisamos vislumbrar as 42 perspectivas para 2013 do cenário macroeconômico e para que direção devemos caminhar. Em Foco 6 44 Economia 1 Diante de todo esse conteúdo, não poderíamos deixar de lado a importância de ações e principalmente de ações conjuntas, feitas e outras em andamento, por meio de nossa entidade, a Abisa, juntamente com nossa área técnica e nossos associados. O ano de 2013 está só começando e, portanto, desejamos a todos nossos parceiros de Norte a Sul deste Brasil um ano de muitas vendas, com excelente gestão das pessoas e dos negócios, sempre trabalhando em benefício do setor em que atuamos e, consequentemente, dos nossos milhares de consumidores. 46 Que venha 2013, com muita fé, saúde, conquistas, realizações, alegrias, ensinamentos e promessas cumpridas... Economia 2 48 Cosméticos - Mercado Boa leitura! Notícias 6 Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013 Eudora abre unidades para agilizar entrega de produtos Marca de cosméticos foi criada pelo Grupo Boticário para concorrer com Avon e Natura. Poucos meses antes de completar dois anos no mercado, já conta com 17 centrais de serviços em todo o Brasil. “Anteriormente, para se entregar um produto na venda direta para os representantes, era necessário um processo que levava em torno de 25 dias. Com as centrais de serviços, os representantes da marca trabalham com muito mais agilidade”, diz o executivo de marketing Ivon Carlos das Neves. “É uma forma de distribuição que permite ao consumidor final receber os produtos quase que prontamente”. A vez do lixo orgânico Faz tempo que o papel, as latas de alumínio e as garrafas PET entraram na mira dos recicladores. Agora chegou a vez do lixo orgânico formado por restos de alimentos, por exemplo. Foi para explorar esse nicho que o empresário carioca Marcos Rangel criou a Vide Verde, que faz a coleta desses resíduos em empresas como P&G, Castrol e Xerox. Rangel está usando o material como adubo para sua plantação de pimenta orgânica. Em 2012, o faturamento da Vide Verde chegou a cerca de R$ 2 milhões... Governo prepara lei para alterar código de barras Etiqueta inteligente ganha força entre os itens de alto valor agregado. O governo está preparando uma lei para revolucionar o velho código de barras. A idéia é transformá-lo em uma etiqueta inteligente, capaz de combater a pirataria e a falsificação e ainda, garantir a segurança dos consumidores. A nova etiqueta, que utiliza a tecnologia por radiofreqüência RFID, vai permitir o controle em tempo real da localização das mercadorias desde a fábrica, passando por transporte, validade e composição alimentar, até que elas cheguem às mãos dos clientes. Cada produto passará a ter um número de série único, o que irá facilitar essa rastreabilidade. A mudança, que deve começar pelas grandes empresas, exigirá a troca de equipamentos e leitores em toda a rede comercial. Inspirada em experiências em alguns setores da economia no Japão e nos Estados Unidos, a iniciativa, em parceria com o setor privado, deverá começar a ser implementada ainda este ano, setorialmente, primeiramente para produtos de pequeno porte e de alto valor agregado. O governo espera que, em dois anos, os resultados comecem a ser visíveis. A diferença em relação ao código de barras é que o novo selo heliográfico, além de ser ilimitado e poder incluir, por exemplo, a validade do produto, não poderá ser copiado. Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013 7 Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013 Mercado global de fragrâncias deve chegar a U$ 15,6 bilhões em 2019 De acordo com a empresa de pesquisa de mercado Ceresana, as receitas globais da indústria de fragrâncias devem continuar a se desenvolver a taxas dinâmicas nos próximos 8 anos, já que a demanda dos consumidores tanto nos países desenvolvidos como em países emergentes aumenta. “Estamos prevendo faturamento global de mais de U$ 15,6 bilhões a serem gerados em 2019. Os motores de crescimento se encontram particularmente nos países emergentes da América do Sul e Ásia-Pacífico”, diz o CEO da Ceresana. Os fatores que impulsionam o setor são destacados no relatório: classe média crescente, com mais rendimento disponível, tendências urbanizadas contínuas em países altamente industrializados e o aumento do consumo de produtos perfumados. “Há também um forte impulso para a inovação uma vez que os concorrentes estão tentando estabelecer posições únicas através do desenvolvimento de novos produtos inovadores”. O estudo avalia também que a maioria das áreas de aplicação do setor estão ansiosas para alcançar uma cultura sustentável industrial e que, juntamente com a exigência de sustentabilidade por parte dos clientes, resulta em esforços para aperfeiçoar aspectos ecológicos, econômicos e sociais. Álcool líquido estará fora das prateleiras a partir de fevereiro Desde 1º de fevereiro, o álcool líquido não é mais vendido nos supermercados de todo o Brasil e o estoque irregular deverá ser recolhido. A versão gel continuará à venda. Empresas que consumirem este produto só poderão comprá-lo diretamente do fabricante e o fabricante só poderá vende-lo para empresas que comprovarem sua utilização. O consumidor que encontrar álcool liquido disponível nos supermercados deverá comunicar o fato à vigilância sanitária de seu município. As empresas que não se adequarem à norma serão notificadas por irregularidade e sofrerão o cancelamento dos registros. Segundo contato da ANVISA com a Abisa, só existem no País duas empresas capacitadas para fornecer este produto (insumo a base de álcool etílico 92,8 INPM). Empresas que fabricam saneantes deverão ter cautela ao adquirir este produto (entrar em contato com a Abisa). Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013 Produção de cloro em alta Com 1,2 milhão de toneladas, a produção de cloro cresceu 1,8% no ano passado na comparação com 2011, segundo a Abiclor. De janeiro a dezembro, as vendas totais do produto tiveram uma alta de 3,6% em relação a 2011. A produção de soda subiu 1,6% e registrou cerca de 1,37 milhão de toneladas. 1,2 milhão de toneladas foi a produção de cloro no ano passado. 1,8% foi o crescimento na comparação a 2011. 3,6% foi a alta nas vendas totais do produto. 1,6% foi o aumento registrado na produção da soda cáustica. 4,1% foi a queda na importação da soda. Governo finaliza proposta de unificar PIS e COFINS O governo federal dá os últimos retoques para mudar a estrutura de dois dos mais complexos tributos do País, o PIS e a COFINS. A idéia é unificá-los, formando uma espécie de imposto sobre valor agregado (IVA). O nome de trabalho do novo tributo é Contribuição sobre Receita (CSR). A mudança é considerada prioritária pela presidente Dilma, que deseja anunciar as novas regras ainda neste semestre. Ela já disse que quer fazer de 2013 o ano da desoneração tributária. Para tanto, será necessário um consenso na área econômica para a estratégia de implantação da mudança. Há dúvidas, pois a alteração envolverá perda de receita e há pouco espaço no Orçamento para novas renúncias. Hoje, o PIS e a COFINS são calculados de duas formas, dependendo do setor. Alguns o recolhem de forma cumulativa, ou seja, aplicam uma alíquota de 3,65% no faturamento da empresa. Outros o fazem de forma não cumulativa, aplicando uma alíquota de 9,25% a cada etapa de produção e deduzindo créditos tributários gerados pela compra de insumos para aquela etapa. A política para créditos é cheia de exceções, o que transforma os tributos em pesadelos para as empresas. No momento, as discussões técnicas estão concentradas em duas questões: qual o peso do novo tributo e em quanto tempo a mudança vai entrar em vigor. Governo ampliará desoneração da folha para todos os setores Segundo jornal “O Globo”, a medida é um esforço para recuperar a economia brasileira. O governo deve estender a desoneração da folha de pagamento para todos os setores ainda este ano. É o que afirma uma reportagem publicada dia 19/01 pelo O Globo. De acordo com a publicação, interlocutores de Dilma Roussef afirmaram que a presidente considera que os segmentos que já foram desonerados têm apresentado bons resultados e que esse é o momento de usar todas as alternativas para evitar que o PIB do país repita o resultado fraco de 2012. Atualmente, 42 setores estão desonerados. Estes devem causar uma perda de R$ 1,5 bilhões em arrecadação este ano. www.agenciabrasil.ebc.com.br Notícias 8 9 Notícias 10 Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013 Nova classe “C” exige reposicionamento de marcas populares A nova classe “C” está ávida por consumir, especialmente produtos e serviços aos quais não tinha acesso antes. Mas, se por um lado este cenário ampliou o mercado do que antes era destinado á alta renda, colocou em desprestígio as velhas marcas populares que durante décadas foram consumidas por esta classe emergente. Para não serem abandonadas, essas empresas estão modificando os seus produtos e buscando uma reidentificação com os seus antigos consumidores. “A classe C mudou muito. Ela quer coisas novas. Isso deixou as velhas marcas em uma situação difícil. O consumidor não quer lembrar do tempo em que não tinha uma condição financeira boa”, comenta Gustavo Amaral, gerente de Montilla da Pernord Ricard Brasil. A marca, que tem 55 anos de fundação, mudou sua embalagem pela primeira vez para se adequar aos novos rumos do mercado. Icms - guerra judicial Ao tentar acabar com a guerra dos portos, unificando em 4% a alíquota do ICMS para produtos importados, a partir deste ano, o governo deflagrou um mar de ações na Justiça. Explica-se: as secretarias estaduais de Fazenda obrigam os importadores a destacar na nota fiscal o valor do produto com conteúdo importado. Com isso, a empresa que planeja revender a mercadoria abre a sua margem de lucro ao futuro cliente. A medida afeta, sobretudo, a indústria farmacêutica, que compra no exterior os princípios ativos, e os revendedores de produtos importados. Grandes companhias estão fazendo fila atrás de tributaristas para evitar abrir informação tão sigilosa. A exemplo da Receita, os fiscos estaduais querem aumentar a arrecadação a qualquer custo. Um ano depois, consumidor abandona sacola reutilizável Um ano após entrar em vigor o acordo que acabava com a distribuição de sacolinhas plásticas nos supermercados, que sofreu muitas reviravoltas ao longo de 2012, a grande maioria dos consumidores abandonou as sacolas reutilizáveis e voltou a utilizar os itens plásticos. A medida foi suspensa várias vezes após protesto da indústria do plástico e de associações de consumidores. Em setembro de 2012, mesmo após a justiça autorizar o fim das sacolinhas, os supermercados voltaram a fornecê-las. Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013 Higiene pessoal é foco da Natura Para recuperar o mercado perdido em 2012, a Natura aposta na inovação no segmento de higiene pessoal. Segundo Alessandro Carlucci, presidente da companhia, a empresa “terá um ‘pipeline’ de inovação bastante relevante para este ano focado em higiene, mais concentrado a partir do segundo semestre”. Carlucci participou nesta sexta-feira de teleconferência com analistas sobre os resultados do quarto trimestre, quando o lucro da empresa recuou 11%. De acordo com ele, a empresa perdeu mercado devido a um crescimento “desproporcional” das categorias de desodorantes e xampus, impulsionado por movimentos de empresas que vendem no varejo. “O varejo tem uma dominância e continuará a ter nessas categorias”, disse. Carlucci afirmou que, nesses produtos de uso diário, a Natura não será líder, mas pretende ser “relevante”. “O sentimento é que neste ano [o mercado] começou um pouco mais lento, um pouco abaixo das nossas expectativas”, afirmou. “Temos um ‘pipeline’ bom e uma série de iniciativas que nos faz pensar que vamos ter um bom ano”, concluiu. Fonte: (Adriana Meyge | Valor) 11 Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013 Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013 Consumidores com menos dinheiro optam por produtos de marca própria Cerca de dois terços dos consumidores de todo o mundo estão optando por produtos de marca própria dos supermercados em relação às versões de marcas empresariais quando se trata de novos itens, lançando a arena de bilhões de dólares em inovação como próximo campo de batalha entre as redes varejistas fabricantes. Um levantamento realizado pela Nielsen é o sinal mais recente de que os consumidores estão optando por mercadorias de marca própria, geralmente mais baratas, mesmo nos chamados produtos de “inovação” – uma área de bens de consumo que grupos, como P&G, Unilever e Nestlé têm procurado fazer a sua própria. A tendência não é restrita aos consumidores europeus sem dinheiro: 63% a 64% das pessoas nas regiões Ásia-Pacífico e América Latina estão fazendo escolhas semelhantes. A inovação tem sido um dos principais focos da indústria de bens de consumo enquanto as economias do mundo desenvolvido enfrentam dificuldades. O levantamento da Nielsen torna a leitura desagradável às multinacionais de bens de consumo, acostumadas a disputar entre si espaço sobre detergentes, doces e refrigerantes. Elas agora têm de lidar também com os supermercados. www.embalagemmarca.com.br Notícias 12 Sabão em pó especial pode absorver a poluição do ar Britânicos desenvolveram um novo sabão em pó que libera uma propriedade capaz de fazer com que as roupas absorvam os gases que poluem o ar. Depois de lavadas, as peças reagem com a luz e absorvem as impurezas. O sabão gruda nas roupas lavadas e retem os agentes de poluição. Funciona assim: o produto libera propriedades catalisadoras durante a lavagem. Em contato com a luz, os tecidos absorvem e neutralizam as moléculas de óxido de nitrogênio, um dos principais gases poluentes na atmosfera. Batizado de Catcio, ainda não é comercializado e deverá entrar no mercado ainda em 2013 e para que a tecnologia seja popularizada, os inventores abriram mão da patente. Mesmo em fase experimental, o produto já fez tanto sucesso, que despertou o interesse da empresa Ecover, britânica de produtos de limpeza, que já trabalha para a incorporação do Catcio na fórmula dos seus produtos. 13 14 Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013 Setor de limpeza – crescimento acima do PIB Mesmo que abaixo do previsto e com adversidades, segmento mantém ritmo acima da economia. Setor criou 3,8% postos de trabalho a mais em 2012, sendo responsável por 45,5 mil empregos diretos. Apesar da desaceleração, a indústria de limpeza continua a crescer acima do PIB nacional, o que ocorre há oito anos seguidos, sendo responsável por 45,5 mil empregos diretos, nas divisões de desinfetantes, sabão e detergentes e produtos de limpeza em geral. Os resultados, segundo a FGV poderiam até terem sido melhores, caso a classe C não tivesse com sua renda tão comprometida com aquisição de produtos de bens duráveis, em muitos casos adquiridos pelo incentivo da redução de impostos. Mesmo assim, essa parcela da população passou a consumir diversas categorias nos últimos anos e mantém o ritmo de compra. Para se ter uma ideia, produtos como detergente líquido para roupas estavam presentes nos lares de 5,77% do grupo de consumidores da classe D/E em 2005, conforme levantamento da Kantar Worldpanel. Em 2011, a categoria galgou 7,5 pontos percentuais, chegando a 13,19% dos lares desse estrato social. Na classe C, no mesmo período, o salto foi maior ainda: de 6,27% de lares, passou a freqüentar 22,47%. De acordo com o economista da FGV, Robson Gonçalves, ao analisar este mercado deve-se levar em conta que há diversas dificuldades. “Este é um setor tributado acima da média nacional (39%, ante 35% de média), e não recebeu estímulos governamentais, mas está contribuindo para o crescimento do país, enquanto a economia está desacelerando”, explica. Vendas dos supermercados crescem 5,3% em 2012 As vendas acumuladas do setor supermercadista em 2012 cresceram 5,30%, em relação a 2011, de acordo com o Índice Nacional de Vendas, divulgado pela Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS). Já segundo o Índice Nacional de Volume, pesquisado pela Nielsen para a Abras, o autosserviço brasileiro apresentou, no ano de 2012, queda de -0,6% nas vendas em volume, em comparação a 2011, quando a variação ficou em 1,7% em relação a 2010. Com índices superiores à média geral, higiene e beleza apresentou crescimento de 1,8% e limpeza caseira de 2%, com destaque para o detergente para roupas (6,85%) e concentrado de limpeza (4,3%). Fonte: ABRAS Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013 15 16 Grupo BC Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013 Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013 A UE define a proibição de testes de cosméticos em animais Organizações Empresariais Baltazar de Castro A importação e a venda de cosméticos testados em animais serão proibidas na União Europeia a partir de 11 de março de 2013. A proibição afeta todos os cosméticos, inclusive produtos de higiene pessoal. A proposta de proibição transmite uma mensagem forte ao mundo todo, em apoio a produtos de beleza sem crueldade e, em especial, a países como a China, que ainda exige que os cosméticos sejam testados em animais, para que também responda e proíba tais testes. FONTE Cruelty Free International C M Y CM Higiene e Limpeza Gordura Animal Produtos de Higiene e Limpeza Sabão e Derivados Sebo Industrial Óleo de Frango e Óleo de Peixe MY Vaidade de homens inspira lançamentos Consumo masculino de produtos de cuidados pessoais cresce 163% de 2006 a 2011 no país, alcançando U$ 4 bi. Brasil representa 12% das vendas mundiais de produtos do setor e deve se tornar o maior mercado até 2015. Os homens brasileiros estão assumindo a vaidade e fazendo a venda de produtos de higiene e beleza disparar. De 2006 a 2011, o consumo de produtos de cuidados pessoais para homens cresceu 163%, alcançando cerca de U$ 4 bilhões. Isso representa 12% do faturamento global da categoria (U$ 33 bilhões). O país só perde para os Estados Unidos e deve se transformar no maior mercado mundial até 2015, segundo Euromonitor. Isso explica o investimento de marcas tradicionalmente associadas ao universo feminino, como Dove e Nívea, em linhas completas para o homem brasileiro. No ano passado a Unilever ampliou o portfólio de Dove Men, com cremes de pentear, condicionador e dois tipos de xampu. A Nívea investiu no 3 em 1 – sabonete, xampu e gel para barbear em um só produto. “O primeiro lote de importados esgotou 3 meses antes do previsto e ficamos sem produto”, diz a diretora da nívea Brasil. “Agora estamos estudando a possibilidade de produzir essa linha no país”. Marcas tradicionalmente masculinas também estão ampliando o portfólio, como a Gillette e a Axe. O Brasil terá um papel central na campanha que a Axe lançou esta semana em 60 países e que levará um grupo de consumidores para uma viagem ao espaço. Serão 22 astronautas, sendo um brasileiro. 17 CY CMY K BC Participações e Empreendimentos Goiânia (GO) - Administração Geral Fone: (62) 3243-5100 Transportadora Sta Edwiges Reciclagem - Amiga da Natureza [email protected] [email protected] Repar [email protected] [email protected] ReBras - Reciclagem Brasileira de Resíduos Animais [email protected] [email protected] Sabao Geo [email protected] [email protected] [email protected] Nordeste Industrial [email protected] AR Nutrição Animal [email protected] [email protected] [email protected] Capa 18 Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013 Máquinas e equipamentos Em busca da excelência Por: Lia Freire Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013 D e nada adiantaria ter à disposição as melhores matérias-primas, mão-de-obra qualificada, know-how em desenvolvimento de produtos, acesso às informações privilegiadas se faltar às indústrias bons equipamentos em sua linha de produção. “Cada vez mais a indústria busca flexibilidade na produção, menor tempo de set up, melhor eficiência e precisão na produtividade. A otimização dos custos de produção, aliada ao desenvolvimento de novas soluções em produtos e embalagens propicia adição de valor ao produto final e, o mais importante, a percepção desse valor por parte do consumidor”, afirma Guilherme Vivona, gerente para América Latina do Grupo Coesia – Divisão Químicos e Cosméticos. A companhia destina 5% do seu faturamento global em pesquisa e desenvolvimento, focado no aprimoramento de tecnologias e no lançamento de inovações. O Grupo Coesia é considerado um dos principais provedores de envase de frascos e garrafas, com a exclusiva tecnologia ACMA (de envase por peso líquido), que segundo a empresa, oferece alta precisão, garantindo ao consumidor a exata quantidade de produto indicada nos rótulos e, ao produtor, menos desperdício e maior produtividade. No segmento de pouches, a Coesia disponibiliza as tecnologias Volpak e a Enflex de formação e envase de pouches e stand up pouches. Ainda para o segmento de cosméticos, há a CitusKalix e a Norden como tradicionais líderes de mercado e inovação no envase de tubos flexíveis e na produção de batons e protetores labiais, com equipamentos instalados nos principais fabricantes nacionais destes produtos. A Coesia disponibiliza as tecnologias Volpak e a Enflex de formação e envase de pouches e stand up pouches. Uma produção eficiente e flexível aliada à otimização nos custos, que resulte em produtos finais de excelência é o que buscam as indústrias de household e cosméticos e no que se empenham os fornecedores de máquinas e equipamentos “Cada vez mais a indústria busca flexibilidade na produção, menor tempo de set up, melhor eficiência e precisão na produtividade”, Guilherme Vivona, do Grupo Coesia. Considerado um dos principais provedores de envase de frascos e garrafas, o Grupo Coesia também oferece a tecnologia ACMA. 19 Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013 Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013 Capa 20 “Oferecemos aos nossos clientes, soluções econômicas, sob medida e dentro de padrões tecnológicos”, Ricardo B. Santos, da Zeppelin. A especialidade da Zeppelin é desenvolver tecnologia para o recebimento e estocagem de matérias-primas para a produção de embalagens e materiais secos a granel. Dentre as mais recentes novidades apresentadas pelo Grupo Coesia está a incorporação da R.A. Jones - antiga Oystar North America -, adicionando novas tecnologias como o envase de aerossóis, pouches, frascos, além de sistemas patenteados de aumento de shelf life de produtos delicados. “Apresentamos também no final de 2012, a nova Volpak SC 140 uma HFFS (Formadora, Envasadora e Seladora Horizontal) que trabalha em modo contínuo, propiciando duplicar a produção de stand up pouches, com ou sem tampa, com velocidades de até 400 pouches por minuto”, cita Vivona. Mesmo tendo que enfrentar no país, dificuldades relacionadas à elevada carga tributária, pesada burocracia do Estado, atrasos estruturais no processo de aquisição e importação de tecnologia e maquinário, falta de mão-de-obra especializada e problemas no fornecimento de componentes eletrônicos, o Grupo Coesia aposta no potencial do mercado brasileiro, para tanto, conta com unidades produtivas locais e o seu avançado conhecimento das características regionais. “Atuamos para que tanto as grandes empresas quanto as menores tenham acesso à nossa tecnologia de ponta.” A especialidade da Zeppelin Systems Latin America é desenvolver tecnologia para o recebimento e estocagem de matérias-primas para a produção de embalagens e materiais secos a granel. “Somos líderes de mercado na produção de silos de armazenagem de alumínio e aço inoxidável, sistema de pesagem e dosagem de materiais secos, sistemas de despoeiramento e transporte pneumático”, cita Ricardo B. Santos, diretor da Zeppelin. Recentemente, a empresa modernizou a sua linha de equipamentos para descarga de big-bags e sacaria; e também ampliou a linha de válvulas rotativas e sistemas para dosagem de macro e micro ingredientes. “Oferecemos aos nossos clientes, soluções econômicas, sob medida e dentro de padrões tecnológicos”, afirma Santos. 21 Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013 Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013 Capa 22 “Em 2013 iremos inaugurar a unidade de apoio no Nordeste, onde teremos além de técnicos, peças de reposição para atendimento e entrega imediata”, Judenor Marchioro, da IMSB Máquinas. A IMSB traz novidades no setor de envase. São novos equipamentos, de alta tecnologia agregada, saídos da máquina gravimétrica convencional. Para o diretor da Zeppelin falta à indústria brasileira, de um modo geral, maior capacidade e eficiência para que assim possam ter mais vantagens competitivas. Um upgrade nos equipamentos de produção, que resulte em melhor performance e rendimento; e melhorias na logística, na opinião do executivo, seriam ideais. Em 2013, o fornecedor segue otimista quanto os negócios a serem gerados e almeja superar os resultados de 2012 com maior volume de vendas e aumento de market share. Temos a IMSB Envase, que atua especificamente em máquinas para envase com foco no setor household; a IMSB Posicionadores, que desenvolve e produz posicionadores de garrafas; IMSB Embalagem, que produz máquinas de embalagem como encaixotadoras, paletizadores e formadoras de caixas; a IBE Embalagens que produz para a região do Nordeste embalagens sopradas e também desenvolve projetos especiais conforme a necessidade do cliente e, por fim, a Rotac Tecnofarma, dedicada a fabricação de máquinas para os setores farmacêutico e cosmético. Em 2013 iremos oficialmente inaugurar a unidade de apoio no Nordeste, onde teremos além de técnicos, peças de reposição para atendimento e entrega imediata. Isso é o que acreditamos, faz a diferença”, explica Judenor Marchioro, diretor executivo da IMSB Máquinas. A empresa prepara para este ano, novidades no setor de envase para cosméticos e saneantes. São novos equipamentos, de acordo com a IMSB, de alta tecnologia agregada, saídos da máquina gravimétrica convencional. A empresa possui um laboratório de análise de produto e um setor A primoramento contínuo Um dos principais fornecedores de maquinários para o segmento de household, o Grupo IMSB realizará em 2013 investimentos para oferecer novas soluções. O fornecedor atua com foco na especialização e na melhoria contínua, com um quadro de técnicos de vendas e suporte que atende todo o Brasil. “Nosso posicionamento para se destacar no mercado foi a de transformar o Grupo em unidades de negócio, com foco específico em alguns segmentos e linhas de equipamentos. de protótipos, onde realiza testes de todas as máquinas e dispositivos, antes da aplicação. Também promove testes nos equipamentos antes de entregá-los aos clientes. O cuidado para que não haja contaminação dos produtos, faz com que a IMS redobre sua atenção com os sistemas de limpeza dos maquinários. Aliás, o fabricante frisa, que todas as máquinas estão dentro das exigências da norma de segurança NR12. Na análise da IMS, grande parte das empresas brasileiras ainda não aplica sistemas automáticos de produção, o que as torna pouco competitivas na fabricação de cosméticos e household, já que operam no sistema manual ou semiautomático. Exatamente por esta característica acredita na alta demanda por máquinas e equipamentos. “A expectativa para 2013 é um tanto quanto de cautela. Não podemos e nem devemos achar que as coisas mudam de uma hora para outra. A situação industrial no Brasil está pacata. Vamos crescer sim, mas dentro do que um economista de bom senso prevê, por volta de 3 %. Isso nos permitirá acompanhar tanto o crescimento industrial, quanto o de infraestrutura. Hoje estamos com juros adequados para quem adquire máquinas no Brasil, o que nos dá oportunidade de sermos competitivos. Porém, o câmbio, os tributos e, principalmente, os valor dos materiais, além dos custos com funcionários são fatores impeditivos para que atinjamos melhores resultados e isso ocorre com a indústria em geral. “Se analisarmos o mundo todo, percebemos claramente que os países desenvolvidos têm um setor de máquinas e equipamentos fortíssimo e que esses produtos são totalmente desonerados. Não podemos aceitar que uma indústria invista em desenvolvimento e tenha que pagar altos impostos por isso”, desabafa Judenor. Focado fazer uma reação, granular e secar o produto, tudo em uma única unidade e operação. “Estamos focados em novas tecnologias para a obtenção de produtos finais que possam agregar valor ao cliente. São equipamentos que promovem reações mais rápidas, com menor consumo de energia, fazem trocas térmicas mais efetivas, entre outros aspectos que resultarão em produtos finais mais eficientes. Me refiro a reatores, secadores e granuladores dotados de eletrônica embarcada, que disponibilizam total controle do processo”, explica Ilio Pellegrino, engenheiro de aplicações e vendas da SEMCO Equipamentos Industriais Ltda. O fornecedor atenta-se para que sua equipe de técnicos acompanhe a evolução do mercado e esteja preparada para dar o suporte necessário aos clientes, além de identificar antecipadamente os tipos de soluções necessárias, para tanto, promove treinamentos em conjunto com o seu licenciador. “Estamos prevendo importantes investimentos para as indústrias de household e cosméticos. Observamos que o primeiro setor mencionado investirá em equipamentos de mistura que visam atender o aumento de consumo, principalmente decorrente da melhora do poder aquisitivo da população. Enquanto que o segundo, prevê investimentos em produtos que resultem da mistura de sólidos, porém com um contento tecnológico bem maior. Neste sentido, junto com um dos mais importantes fabricantes de cosméticos nacional, desenvolvemos uma em novas tecnologias Para a indústria que demanda tecnologia de ponta e soluções que agreguem valor ao produto, a SEMCO Equipamentos Industriais oferece máquinas que podem realizar diversas operações em uma única unidade, o que denomina-se “All In One”. Neste tipo de equipamento é possível “Estamos focados em novas tecnologias para a obtenção de produtos finais que possam agregar valor ao cliente”, Ilio Pellegrino, da SEMCO. 23 Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013 Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013 Capa 24 Para driblar a alta tributação que se paga no Brasil, a SEMCO atua reduzindo custos, por meio de aprimoramento dos recursos tecnológicos, métodos e processos de fabricação; e através de negociações com fornecedores. tecnologia específica de mistura, procurando alcançar não somente um produto com as características químicas desejadas, mas também com aspectos físicos adequados para posterior controle da dosagem e embalagem do produto final. A SEMCO está preparada para atender este tipo de demanda de mercado, sua nova planta piloto possui os recursos necessários para que nossos clientes possam trazer suas necessidades e, em conjunto, encontrarmos uma solução técnica e economicamente viável”, destaca Pellegrino. A SEMCO apresenta um conceito de secagem contínua através de utilização de leito fluidizado contínuo, com tecnologia proveniente de aplicações realizadas no setor farmacêutico. “São equipamentos fabricados de acordo com as Boas Práticas de Fabricação e com conceitos de Limpeza no Local (CIP) ou ainda Sanitização no Local (SIP). Este tipo de equipamento oferece aos mercados de household e cosméticos o “estado de arte” em fabricação e produção de itens, com a mais alta tecnologia”, afirma o engenheiro. O fornecedor de máquinas também se queixa da alta tributação que se paga no Brasil e explica que a empresa busca driblar esta questão reduzindo custos, por meio de aprimoramento dos recursos tecnológicos, métodos e processos de fabricação; e através de negociações com fornecedores. “Nós, fabricantes de máquinas e equipamentos, não podemos dizer que tivemos um bom ano em 2012. As incertezas da economia mundial, juntamente com ações não claras do governo brasileiro propiciaram um ambiente de insegurança e muitos investimentos foram postergados. A SEMCO não perdeu pedidos, o que ocorreram foram postergações dos clientes. Nossas previsões para 2013 são boas e acreditamos que os projetos sejam reativados”, almeja Pellegrino. 25 Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013 Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013 Revista Espuma - Quais as recentes novidades tecnológicas desenvolvidas pela Dow para os fabricantes de sabonetes em barras e líquidos? Thais Cruz - A Dow Personal Care lançou dois novos produtos voltados para o mercado de sabonetes: Ecosense e o Ecosmooth Satin. O primeiro é um surfactante proveniente de fontes naturais e biodegradáveis para uso em formulações de shampoos, produtos para a limpeza da pele e itens para bebês. É “preservative-free”, com excelente formação de espuma, conferindo suavidade à pele. De ampla compatibilidade com outros ingredientes, faz parte da família dos Alquil Poliglucosídeos e pode ser usado tanto como surfactante primário quanto secundário, possibilitando suaves formulações “sulfate-free” e“EO-free”. A segunda novidade é o Ecosmooth Satin, um produto líquido, derivado de acrilato, que promove sensorial de suave condicionamento, maciez à pele e aos cabelos. Com ele, os sabonetes em barra apresentam espuma em abundância e cremosa. Entrevista 26 A Dow tem investido para aumentar sua participação nos segmentos de especialidades e Personal Care. Thais Cruz Por: Lia Freire A Dow, uma das líderes em produção e comercialização de soluções voltadas para higiene e cuidados pessoais , por meio da sua divisão Personal Care, apresenta novidades para os fabricantes de sabonetes. As novas soluções visam atender as atuais exigências dos consumidores , que têm solicitado produtos que conferem limpeza equilibrada , suavidade na pele e diferentes sensoriais , tais como, alto volume e cremosidade de espuma , maciez , hidratação, facilidade de enxágue e sensação agradável durante e após o uso. “A lém de todos esses benefícios para o consumidor final , as novidades que apresentamos atendem também as expectativas dos fabricantes de sabonetes , que buscam desenvolver produtos a um bom custo -benefício, aliado às facilidades no processamento e alta produtividade ”, destaca gerente de marketing Home & Personal Care para A mérica L atina , Thais Cruz , acrescentando que há investimentos inclusive em soluções sustentáveis e que possibilitem uma aplicação variada . Revista Espuma - O que levou a empresa investir nestas novas soluções? Thais - O grande desafio da atualidade é desenvolver formulações que permitam novas experiências sensoriais aos exigentes consumidores, que procuram por soluções que proporcionem performance de limpeza equilibrada, suavidade à pele e sensações como alto volume e cremosidade de espuma, maciez, hidratação, facilidade de enxágue e sensorial agradável durante e após o uso. Por meio da nossa divisão Home & Personal Care, somos líderes em produção e comercialização de soluções voltadas para higiene e cuidados pessoais. Estamos empenhados nesta missão e já desenvolvemos uma gama de ingredientes cosméticos que podem entregar todos esses benefícios citados para a produção de sabonetes líquidos e em barra. Destacam-se os modificadores reológicos da linha Methocel™, surfactantes da linha Ecosense, polímeros lubrificantes da linha Polyox™ e polímeros condicionantes e de aumento do volume de espuma das linhas SoftCat™, Ecosmooth Satin™ e Ucare. “A Dow segue investindo em novas tecnologias que resultem em produtos mais naturais, customizados, de alta performance e hidratação.” Revista Espuma - Quais os benefícios proporcionados por estas tecnologias para a indústria de sabonetes? E para os consumidores finais? Thais - A linha Ecosense foi desenvolvida para satisfazer a procura crescente dos consumidores por produtos de higiene pessoal que sejam menos agressivos e mais suaves para a pele e cabelos. Apresenta ampla variedade de aplicação, podendo “As necessidades dos consumidores brasileiros estão alinhadas com as dos consumidores globais e, em muitos casos, ditam tendências”, Thais Cruz. 27 Entrevista 28 Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013 Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013 “O grande desafio da atualidade é desenvolver formulações que permitam aos consumidores novas experiências sensoriais.” ser usada em shampoos, sabonetes líquidos para o banho, produtos para limpeza da pele e do rosto e itens para bebês, que exigem uma limpeza suave e onde observa-se uma tendência por formulações que contenham maior quantidade de componentes de origem natural em substituição as de origem petroquímica. Já o Ecosmooth Satin foi desenvolvido para proporcionar aos consumidores um sensorial diferenciado, com produtos que conferem alta maciez à pele e espumação abundante e cremosa. Revista Espuma – Com relação ao custo para a aquisição destas tecnologias, a indústria de sabonetes está disposta a pagar? Thais – Há um desafio constante que é desenvolver formulações que permitam novas experiências sensoriais aos consumidores aliado a um excelente custo-benefício. A grande importância ao lançar um produto no mercado de Personal Care não é Soluções customizadas, inovadoras e de qualidade destacam-se no portfólio da Dow. analisar apenas o custo da tecnologia, mas sim entender o quanto o mercado está disposto a pagar por determinados benefícios. Mais do que analisar o quanto se paga em uma matéria-prima, é fundamental entender o impacto e os benefícios que acarretarão no produto final. Revista Espuma – Há testes que comprovem a eficácia e o desempenho das soluções produzidas pela Dow? Thais – A Dow investe em pesquisa e desenvolvimento de todos os seus produtos. Os resultados do uso de Methocel 40-0202™ (INCI: Hydroxypropyl Methylcellulose), por exemplo, em uma concentração de apenas 0,1% resultou, segundo testes, em uma melhor percepção do consumidor com relação ao sensorial da pele ainda molhada e uma percepção de maior volume de espuma. Já o uso de 0,1% de SoftCat SL 100 (INCI Name: Polyquaternium 67) no sabonete em barra, por sua vez, quando comparado com uma formulação sem o aditivo, aumentou o volume de espuma formado e melhorou significativamente o sensorial de sedosidade e maciez da pele depois de seca, além disso, de acordo com resultados realizados em um painel interno, promoveu uma maior deposição de fragrância na pele, deixando-a mais perfumada depois do banho. Já o Ecosmooth Satin (INCI Name: Ethylene/ Sodium Acrylate Copolymer), a 0,5% sólidos, proporcionou, segundo painel sensorial interno realizado pela Dow, melhora no sensorial de condicionamento à pele e abundância de espuma durante e após a lavagem, resultando em uma sensação de maciez à pele. Revista Espuma – Quais os objetivos da empresa com estas novidades? Thais – A Dow desenvolve novas tecnologias a fim de satisfazer as exigências dos consumidores por produtos que sejam menos agressivos às peles e aos cabelos, sem comprometer o desempenho, performance e o sensorial das formulações. Além disso, temos investido fortemente em soluções sustentáveis e que tenham ampla variedade de aplicação. Revista Espuma – Em seu portfólio, quais as soluções oferecidas para o segmento Personal Care? Thais – A Dow possui um amplo portfólio para atender o mercado de Personal Care, atuando com as mais diversas tecnologias. São modificadores reológicos (linhas Aculyn, Cellosize e Methocel), surfactantes (linha Econsense), polímeros condicionantes (linhas Ucare, Polyox, Sofcat e Ecosmooth), proteção solar (linhas Zinclear, Sunspheres, Solterra e Epitex), fixação (linha Acudyne), opacificantes (linha Opulyn), neutralizantes (linha AMP ULTRA PC 2000), emolientes (linha Ucon) e umectantes e agentes de hidratação à pele e ao cabelo (linhas Kytamer e MoistStar Ha). Revista Espuma – Qual é a importância para os negócios da Dow, o mercado de Personal Care? Thais – A Dow tem investido para aumentar sua participação nos segmentos de especialidades e Personal Care. A unidade possui equipes de técnicos e de pesquisadores especializados, além dos gerentes de contas e marketing, todos com profundo conhecimento do mercado global. As inovações criadas visam satisfazer as necessidades que não estejam sendo amplamente atendidas, resultando em soluções customizadas, inovadoras e de qualidade. Revista Espuma – Como a empresa posicionase, qual é a sua missão? Thais – Buscamos entender as necessidades dos consumidores de modo a prover soluções únicas e sustentáveis, gerando valor e diferenciação para nossos clientes. A Dow tem trabalhado para desenvolver formulações que permitam novas experiências para os consumidores. Revista Espuma – Qual é a análise da Dow sobre o mercado brasileiro de Personal Care, quando levamos em consideração o cenário internacional? Thais – Globalmente, o mercado movimenta US$ 500 bilhões. Atualmente, a América Latina ocupa a terceira posição no mercado mundial e possui um crescimento estimado de 5.7% ao ano. Dentro da América Latina, o Brasil é o líder do ranking, sendo responsável por 57% do segmento na região. Analisando algumas subcategorias, verificamos que o país tem uma importante presença no cenário mundial e hoje apresenta a maior taxa de crescimento em produtos como: desodorantes, proteção solar, produtos para pele e tinturas. Revista Espuma – Com relação às soluções tecnológicas para este setor, quais as evoluções que poderíamos destacar? E quais seriam os pontos que a indústria brasileira ainda necessita aprimorar-se? Thais – Dentre as principais soluções para o segmento de Personal Care, destacamos os itens que apresentam o claim de long-lasting, maior hidratação, produtos customizados por idade/ tipo de cabelo/pele, itens dermatologicamente testados e formulações naturais (vitaminas ou ervas). Percebemos que as necessidades dos consumidores brasileiros estão alinhadas com as dos consumidores globais e, em muitos casos, ditam tendências. Revista Espuma – Quais as próximas metas da Dow para a categoria? Thais – A Dow segue investindo em novas tecnologias que resultem em produtos mais naturais, customizados, de alta performance e hidratação. Além disso, temos focado em produtos sustentáveis que não comprometam o desempenho, a performance e o sensorial das formulações. 29 Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013 Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013 Em Foco 1 30 Por que pagamos mais caro no Brasil? por Ricardo Amorim A diferença de preços do Brasil com o resto do mundo é impressionante. Do restaurante aos eletrônicos, quase tudo é mais caro aqui. Razões não faltam, começando pelos impostos. Uma das cargas tributárias mais elevadas do planeta, particularmente concentrada sobre consumo e produção, encarece tudo que é feito e comprado aqui. Impostos não explicam todas as distorções. Também as margens de lucros são mais elevadas. A esquerda culpa a ganância dos empresários pelas gordas margens. A explicação está equivocada. Sim, empresários querem cobrar mais por seus produtos e serviços. Se você pudesse dobrar seu salário, não dobraria? A pergunta é: por que conseguem cobrar mais aqui? Por que aceitamos pagar mais? Apesar dos avanços desde 1994, a distribuição de renda no Brasil ainda é das piores. Grande concentração gera uma valorização de status nas compras. Demarcam-se as diferenças através do consumo, mesmo que para isso tenha-se que pagar mais. Comprar determinado carro, celular ou iogurte “separa” seus consumidores das classes sociais “abaixo” deles. A explicação mais importante, porém, não é esta. A baixa competição, a dificuldade de se fazer negócio e o risco mais elevado da atividade empresarial pesam mais. Burocracia absurda, corrupção, carga tributária elevada, regime tributário complexo, infraestrutura ruim,mão de obra cara e despreparada dificultam a vida das empresas, aumentando o risco de seus investimentos. Com risco maior, empresários reduzem investimentos e, por consequência, a competição. Com menos competição, inclusive com importados - o Brasil é o país com menor taxa de importação de produtos e serviços no planeta - é possível subir preços e aumentar margens de lucro. Nos últimos anos, as margens no país caíram. Em muitos setores, empresas não conseguiam repassar integralmente aumentos de custos de mão de obra e matéria primas aos preços porque uma competição crescente não permitiu. A competição aumentou porque a crise no mundo desenvolvido estimulou as empresas a buscarem os grandes mercados emergentes. Somou-se a isso um forte crescimento do consumo no país impulsionado pelo aumento da renda e do crédito. Com mercado maior, cresceram os investimentos produtivos e a competição, reduzindo as margens de lucro. Até aí, ótimo. Acontece que nos últimos trimestres, tal movimento se reverteu. Desvalorizar o Real encareceu importações, inclusive de máquinas e equipamentos, diminuindo a competição e reduzindo investimentos no país. Além disso, ao atacar bancos e empresas de energia elétrica para reduzir rapidamente suas margens de lucro, o governo aumentou o risco dos negócios nesses e em outros setores, que temem medidas semelhantes. Com rentabilidade menor e riscos maiores, investimentos caíram, o que, através da redução da competição, vai aumentar margens de lucros e encarecer preços nos próximos anos. Em economia, às vezes os resultados são o inverso das intenções. Antes de usar os bancos estatais para pressionar os demais a reduzirem juros - um objetivo louvável, buscado de forma ineficiente - a lucratividade média do setor bancário brasileiro era a segunda mais baixa das Américas, atrás apenas dos EUA, ao contrário do que supõe a maioria. Venezuela e Argentina, onde os governos mais “perseguem” bancos, eram os países com os bancos mais lucrativos. Para reduzir margens e preços, o governo precisa eliminar a burocracia, simplificar a legislação, estimular a competição, evitar o protecionismo, reduzir impostos, inclusive sobre importados e incentivar investimentos. O benefício será dos consumidores. Fonte: Ricam Assessoria Ricardo Amorim apresentador do Manhattan Connection da Globonews, colunista da revista IstoÉ, presidente da Ricam Consultoria, único brasileiro na lista dos melhores e mais importantes palestrantes mundiais do Speakers Corner e economista mais influente do Brasil segundo o Klout.com. 31 Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013 Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013 Em Foco 2 32 Diversas empresas já estão enfrentando a difícil alteração no cálculo do ICMS. “O conteúdo de importação é o percentual relativo ao quociente entre o valor da parcela importada do exterior e o valor total da operação de saída interestadual da mercadoria ou do bem”. Outro ponto importante foi a divulgação de uma lista de bens e mercadorias importados do exterior sem similar nacional que não se beneficiará da alíquota de 4% nas operações interestaduais (ou seja, continuam com alíquota de 7% ou 12%), conforme segue abaixo: Consultoria explica as mudanças no cálculo do ICMS para 2013 D esde 1º de janeiro foi estabelecida a alíquota do ICMS de 4% para as operações interestaduais. Mal começou o ano de 2013 e diversas empresas já estão enfrentando a difícil alteração no cálculo do ICMS, cobrado sobre os produtos importados. Isto porque, desde 1º de janeiro, foi estabelecida a alíquota de imposto de 4% para as operações interestaduais com bens e mercadorias que tenham sido importados do exterior. O diretor tributário da Confirp Consultoria, Welinton Mota, explica que o novo sistema é mais completo e que, para entender, a alíquota de 4% será aplicada a bens e mercadorias que não tenham sido submetidos a processo de industrialização ou então que submetidos a qualquer processo de transformação. a) aos bens e mercadorias importados do exterior que, após seu desembaraço aduaneiro sejam submetidos a processo de industrialização ou, caso submetidos, a qualquer processo de transformação, beneficiamento, montagem, acondicionamento, reacondicionamento, renovação ou recondicionamento, resultem em mercadorias ou bens com Conteúdo de Importação inferior a 40% (quarenta por cento); b) aos bens e mercadorias importados do exterior que não tenham similar nacional, assim definidos na Resolução CAMEX nº 79/2012. c) aos bens e mercadorias produzidos em conformidade com os processos produtivos básicos de q eu tratam o Decreto-Lei nº 288 de 28/02/67, e as leis nºs 8248 de 23/10/91, 8387 de 30/12/91, 10.186 de 11/01/01 e 11484 de 31/05/07; d) nas operações com gás natural importado do exterior. Por Conteúdo de Importação deve-se entender o percentual correspondente ao quociente entre o valor da parcela importada do exterior e o valor total da operação de saída interestadual da mercadoria ou bem submetido a processo de industrialização (essa regra somente se aplica a industrias e equiparados). Nas hipóteses de operações com bens ou mercadorias importados que tenham sido submetidos a processo de industrialização, o contribuinte industrializador deverá preencher a Ficha de Conteúdo de Importação-FCI. Na situação em que houver alteração em percentual superior a 5% no Conteúdo de Importação ou que implique alteração da alíquota interestadual aplicável a operação, deverá ser apresentada uma nova FCI. O contribuinte obrigado ao preenchimento da FCI (industrial e equiparado) deverá prestar a informação à unidade federada de origem por meio de declaração em arquivo digital com assinatura digital do contribuinte ou seu representante legal, certificada por entidade credenciada pela Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira – ICPBrasil. Benefícios Fiscais: Em relação aos benefícios fiscais já concedidos anteriormente para as operações interestaduais com bem ou mercadoria importados do exterior, ou com Conteúdo de Importação, sujeitos à alíquota do ICMS de 4%, foi determinado pelo Confaz que não será aplicado a partir de 1º de janeiro de 2013, exceto se: a) sua aplicação em 31 de dezembro de 2012 resultar carga tributária menor que 4%, hipótese em que deverá ser mantida a carga tributária prevista nesta data; b) tratar-se de isenção. “Importante ser observado que não se cumulam benefícios fiscais anteriores e a alíquota de 4%, sendo que os benefícios que resultem em carga tributária superior a 4% não terão mais aplicabilidade, pois deverá prevalecer a alíquota de 4%”, ressalta Mota. Apesar dessas normas relativas à alíquota unificada de 4% produzirem efeitos a partir de 1º de janeiro de 2013, foi determinado que as mesmas regras devem ser observadas em relação aos bens e mercadorias importados ou que possuam Conteúdo de Importação, que estiverem no estoque do contribuinte em 31/12/2012. 33 Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013 Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013 seja de um ingrediente cosmético utilizado como matéria-prima em formulações ou os produtos acabados, oferecendo uma diretriz à execução do projeto, conduta esta que pretende colaborar para o melhor desempenho do produto criado e maior eficiência em sua produção, resultando na boa aceitação no mercado de consumo. Trataremos o assunto, exemplificando com o desenvolvimento de um cosmético de cuidado pessoal, que necessita da aprovação final diante do Controle de Qualidade. Como um breve histórico, o departamento de desenvolvimento na indústria assumiu uma grande importância dentro do cenário industrial, após a 2ª.Guerra Mundial. No contexto do período pós-guerra, as pesquisas tornaram-se mais efetivas. Transformações técnicas e novos recursos surgiram, acentuando a necessidade de priorizar as exigências de consumo. A competição tornou-se ainda mais acirrada e as empresas procuraram superar seu concorrente a favor do consumidor, contribuindo para um Em Foco 3 34 O Desenvolvimento de cosméticos na indústria e seus aspectos mercadológicos Por: Engª. Enilce Maurano Oetterer diretora da ENCOSMÉTICA Consultoria Ltda A preocupação com a satisfação dos consumidores para que possam usufruir os melhores benefícios dos produtos cosméticos tem sido constantemente alvo de esforços das empresas do setor. Há uma convergência de objetivos entre os diferentes departamentos, refletindo principalmente entre profissionais que atuam nas diversas áreas como comercial, marketing, desenvolvimento e controle de qualidade, na constante busca do aprimoramento de seus produtos e serviços. Neste sentido, este artigo aborda os processos envolvidos no desenvolvimento de cosméticos, com destaque para o departamento de desenvolvimento, as condições de fabricação, substancial progresso, com técnicas aperfeiçoadas, maior estudo e conhecimento no âmbito científico. Nos diversos formatos organizacionais das empresas, os diagramas mostram como estão dispostas unidades funcionais, a hierarquia e as relações de comunicação existentes entre os departamentos. Constantemente verifica-se que existe uma relação paralela e equivalente entre as áreas de Desenvolvimento e o de Marketing e Qualidade, cuja finalidade é satisfazer as necessidades de mercado atendendo-o em todas as suas pretensões. O custo e a qualidade são os pontos vitais às indústrias, que devem possuir bons produtos a preços compatíveis para o consumidor. Esta relação representa um ponto comum entre a pesquisa operacional e mercadológica, apoiada em um único objetivo: o produto. O padrão de qualidade a ser mantido deve situarse em um nível em que a empresa obtenha lucros, atingindo uma faixa razoável de mercado. Assim, o custo operacional do produto deve ser justo e 35 Em Foco 3 36 Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013 Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013 compatível com a sua qualidade e resultar em uma boa margem ao valor de venda e ser competitivo. É necessário ao Departamento de Desenvolvimento que toda gama de informações lhe seja transmitida, através do briefing, o qual consiste da descrição de informações e instruções concisas e objetivas sobre o projeto a ser executado, o qual deverá ser submetido a uma análise crítica de viabilidade, a fim de que o produto desenvolvido atenda a demanda das indústrias ou dos consumidores finais. As informações do briefing ao técnico de desenvolvimento são as mais variadas, tais como, o custo do produto, público alvo, aspecto como cor, textura, aplicação, embalagem, acondicionamento, estocagem, transporte, volume de vendas, quantidade de produção, condições de controle de qualidade preços, entre outros. Muitas vezes, os informes de mercado podem ser obtidos através de empresas especializadas em pesquisas, as quais podem facilitar enormemente o trabalho do desenvolvimento. No caso hipotético de uma empresa de pequeno porte, o técnico de desenvolvimento deverá praticar um “marketing” informal e desburocratizado, utilizando seus próprios conhecimentos de forma inteligente, instintiva e com bom senso, na dimensão condizente com o tamanho da empresa. Em empresas de maior estrutura organizacional, as atividades do departamento de marketing se destacam por meio de seus recursos disponíveis e apoiadas em planos, metas previamente estabelecidas, revisadas ao longo do projeto, que orienta o profissional de desenvolvimento a atingir os objetivos almejados, contribuindo para o sucesso do produto. Condições de Desenvolvimento Produtos Cosméticos: de Para que se possa elaborar um produto cosmético, devemos recorrer aos princípios básicos anteriores e analisarmos os FATORES DE COMERCIALIZAÇÃO INTERNOS E EXTERNOS: Podemos relacionar como FATORES INTERNOS: 1. Instalações operacionais da indústria 2. Equipamentos de fabricação 3. Capacidade de produção 4. Elementos de potencial técnico-científico disponíveis 5. Mão-de-Obra qualificada 6. Matérias-primas para a execução do produto 7. Exigências legais 8. Análise dos registros financeiros da indústria 9. Custo operacional da pesquisa 10. Viabilidade econômica 11. Estimativas de taxas de lucros par empresa FATORES EXTERNOS: 1. Estudo da perspectiva do produto no mercado, de acordo com a necessidade do consumidor 2. Seleção do mercado em que se pretende atuar comercialmente 3. Estudo de canais de distribuição, áreas de venda, tipo de comercialização 4. Logística de entrega do produto 5. Análise do mercado competitivo tendo como premissa a qualidade e o custo do produto 6. Propaganda e publicidade Naturalmente, dependendo do porte econômico da empresa, estes itens relacionados serão distribuídos e setorizados, criando-se tipos de estruturas empresariais diversas, com vários departamentos ou com organogramas bastante simplificados, como no caso das microempresas, sendo reduzidos a duas ou três divisões, onde os empresários procuram executar e abranger várias funções, com menor quadro de funcionários. Assim, o desenvolvimento é uma criação, e são considerados como elementos de base para a sua realização, o talento, o grau de conhecimento, o espírito de pesquisa, a disciplina, a perseverança e a autoconfiança do profissional. Objetivando-se um produto novo, o trabalho do técnico de desenvolvimento consiste em transformar o que era antes uma ideia, em produto concreto que seja produzido, demonstrado e consumido com sucesso. 37 Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013 Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013 Em Foco 4 38 CE MA PI SE RN PB PE AL BA Nordeste - O sotaque das novas oportunidades... A umento de renda, ações sociais, redução do desemprego, diminuição do analfabetismo, dentre outros fatores, estão mudando a realidade nordestina e atraindo bilionários investimentos à região. Potencial de consumo tornou-se grande tesouro almejado pelas empresas. Palco de grandes investimentos e celeiro de muitas oportunidades e perspectivas. Este é o atual Nordeste brasileiro. Terra de turismo exuberante, de gastronomia repleta de cores e sabores e de variadas manifestações artísticas, a região também revela, cada vez mais, a sua vocação para gerar negócios e riquezas. Nas grandes cidades do interior, especialmente em Pernambuco, Ceará e Bahia, observa-se maior organização e preocupação com questões tributárias e tecnológicas. Tudo isso chama a atenção da indústria. Com área que supera 1,5 milhão de km², território equivalente ao tamanho da Itália, França, Reino unido e Alemanha juntos, o Nordeste possui 54 milhões de habitantes, segundo o IBGE. Além da alta demanda e da disposição de muitas pessoas em consumir o que antes não era possível, há também outros fatores que tornam o Nordeste um local bom para se investir. Destaque para as vantagens fiscais voltadas à competitividade de tudo o que é produzido na região. Isso atrai muitas indústrias. Segundo análise do Escritório Técnico de Estudos Econômico do Nordeste (Etene), órgão do Banco do Nordeste, a região recebeu R$ 29,1 bilhões em investimentos púbicos federais em 2012. desse total, 19,7 bilhões são oriundos de estatais e R$ 9,4 bilhões do orçamento executivo federal. O próprio Banco do Nordeste intensificou o seu aporte no local, saltando de R$ 2 bilhões aplicados em 2003 para R$ 21,8 bilhões em 2011. Estudo da Nielsen revela que o crescimento mais acelerado em 2012 foi identificado nas categorias de acesso, fruto das ações empregadas pela indústria para estimular o consumo, como as estratégicas de desembolso, que oferecem produtos em embalagens menores e com preços mais acessíveis – o que incentiva a experimentação. Cerca de 70% das categorias de acesso crescem por causa desta iniciativa, que é mais comum entre as marcas líderes e de referência, uma vez que as grandes empresas têm mais flexibilidade para promover este tipo de inovação. Nesse sentido, diversas categorias tiveram crescimento impulsionado, como as bebidas à base de soja e as tinturas para cabelos. O levantamento também mostra que 40% das categorias de acesso, como chocolate e leite saborizado, ampliaram a sua distribuição na região, enquanto 26% das consideradas maduras tiveram crescimento. Com relação às categorias maduras, ou de trade up, são as embalagens econômicas que estimulam suas vendas, já que elas oferecem maior quantidade do produto adquirido e economia no consumo por escala. No total, 70% delas crescem por meio desta estratégia, tendo os segmentos de iogurte e fraldas como principais beneficiados. As categorias maduras também são impulsionadas pela sofisticação do consumo, cujas propostas de valor são bem aceitas, tendo como expoentes os sucos prontos, sabonete líquido e antibactericida, roupas, creme dental branqueador, desodorante aerossol e iogurtes funcionais. No Brasil, 46 categorias são de acesso e 84 maduras. No Nordeste, o cenário é diferente, sendo que 68 são de acesso e 62 maduras, indicando que a população nordestina está comprando itens que antes não eram consumidos. Em 2012, algumas cestas no Nordeste cresceram acima da média nacional, como é o caso de higiene e beleza, limpeza caseira, mercearia salgada e perecíveis. De acordo com o estudo da Nielsen, o crescimento do consumo no Nordeste é impulsionado, principalmente, pelas camadas da população com menor poder aquisitivo, que é predominante na região. Do total de domicílios, 64% são da classe D/E e, no entanto, respondem por 67% do crescimento do consumo nordestino. Para sofisticar o consumo, alguns produtos com maior valor estão ficando mais baratos e se aproximando das versões básicas. É o caso dos sabonetes líquidos e antibactericidas e do amaciante líquido. Em 65% das categorias maduras, o segmento de valor aproxima o preço do segmento básico para estimular as vendas de produtos com maior valor agregado. Outro ponto destacado pela Nielsen está relacionado á competitividade das marcas regionais. “Antes havia uma grande concentração de marcas locais, mas de três anos para cá novos produtos com alcance nacional chegaram com força no Nordeste e isso exige uma reinvenção por parte das indústrias regionais”. O estudo aponta que 56% das marcas nacionais ampliaram sua presença em lojas importantes, enquanto as regionais avançaram 29%. De fato a economia nordestina está sendo consideravelmente repaginada, cenário que atrai investimentos, gera riquezas e beneficia diversos setores. Em 2012, muitos objetivos do mercado foram alcançados, dentre eles a obtenção de um maior nível de informatização e a continuidade do crescimento do setor. Mas, no entanto, o Nordeste tem uma série de desafios a serem superados e um longo caminho a ser percorrido para que esta expansão seja contínua e cada vez mais sustentável. Alguns aspectos conjunturais podem contribuir para a desaceleração do crescimento da região, como a inflação e alta nos preços dos alimentos por causa da seca. Além disso, o Banco Central também alerta sobre a inadimplência em operações de crédito. Mas a logística é um dos grandes gargalos do Nordeste e outro ponto que deve ser fortemente trabalhado é a educação. Sem isso, o crescimento será postergado e o progresso ficará mais distante... 39 Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013 Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013 de crescimento expressivo nessa área. “Há ainda diversas oportunidades para as categorias de Higiene e Beleza crescerem em super e hipermercados no Brasil, pois parte do mercado com alto valor agregado está nas mãos do porta a porta e enxergamos uma ótima perspectiva desse quadro se inverter, desde que haja investimento da indústria e do varejo na mesma direção”, diz Marcelo Costa da Unilever. Os estabelecimentos que proporcionam uma experiência mais prazerosa conseguem capturar o consumidor. “Não é de hoje que as farmácias e as perfumarias ganham a preferência na compra de produtos de Higiene e Beleza por conta de um mix mais diversificado e sofisticado, e todo o rol de serviços oferecidos em relação ao supermercado: Atendimento, promotores que esclarecem dúvidas sobre o produto e oferecem informações sobre a melhor opção de compra para o cliente”, comenta a diretora executiva da Consultoria SHOPPER CONNECT, Fátima Merlin. Quando o produto está em uma farmácia ou perfumaria, ou até mesmo com uma vendedora do porta a porta deste segmento, o Em Foco 5 40 O Higiene & beleza s desafios são muitos na categoria de Higiene e Limpeza, mas as perspectivas são positivas. O brasileiro é vaidoso e cada vez mais sente necessidade de melhorar a aparência, isso em virtude da renda mais elevada e da maior disponibilidade de produtos. O País é o terceiro maior mercado mundial de Higiene e Limpeza, de acordo com a Euromonitor, e já ocupa a liderança global em Perfumaria e desodorantes; É o segundo em produtos para cabelo, Higiene Oral, Protetor solar, Itens masculinos e infantis. Segundo estimativa da P&G BRASIL, o segmento de Higiene e Beleza cresce de 2% a 5% ao ano, em volume, e de 8% a 12% em valor. O faturamento da indústria como um todo vem numa crescente nas últimas décadas, quando passou de R$ 4,9 Bilhões, em 1996, para R$ 29,4 bilhões, em 2011, de acordo com a ABIHPEC. Empresas como a Unilever e a P&G Apostam na inovação e na tecnologia para lançar produtos de ofereçam mais benefícios e enxergam um potencial foco da venda é apenas o da Higiene e Beleza, do bem estar e da saúde. Ele não se dispersa com a lembrança ou a preocupação de adquirir outras categorias, ao contrário, lembra-se de comprar algo a mais para a família. Atualmente, este é um fator muito importante, pela auto-indulgências e necessidade de sentirse bem, mais jovial, o que é tão atrelado por meios de comunicação e está incutido na mente da população. Além disso, estes estabelecimento focados têm promoções, Campanhas de incentivo e até preços mais baixos... Todos os anos, muitos produtos são lançados e não vingam. Para se ter uma idéia, em 2010 a indústria colocou no mercado 274 lançamentos de desodorantes, mas apenas 5% desse total vingaram, segundo dados da Nielsen. Ou seja, o índice de mortalidade dos novos itens é elevado. ”Será que é preciso tantos produtos?”, questiona o Sócio-Diretor da Consultoria MINDSHOPPER, Julio Gomes. Ele acredita que, muitas vezes, os itens são lançados sem um estudo profundo sobre sua viabilidade. 41 Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013 Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013 Em Foco 6 42 como ¨alvejantes seguros¨. Essa nova linha de produtos, com maior valor agregado, fizeram sustentar esse crescimento em valor (> 7%) e que também já atinge um índice de penetração > 25%. No mercado são disponíveis os líquidos, tendo com principio ativo, peróxido de hidrogênio (H 2 O 2 ) e produtos sólidos (na forma de pó) A Alvejantes N. Mammana (CCI Química) lvejantes de uma maneira geral são auxiliares no processo de lavagem de tecidos, e que através de efeitos físicos e químicos removem toda sujidade (tais como sujeiras gordurosas, coloridas, e/ou de origem vegetal) depositadas nas fibras têxteis. O mercado de alvejantes clorados no Brasil (água sanitária), vem apresentando um crescimento marcante em volume (>500.000 tons) e um crescimento em valor nos últimos anos mais surpreendente. Isto é fruto de tecnologias, com novas aplicações, embalagens mais seguras, cores, fragrâncias e aditivação. Esses produtos detem alta taxa de penetração nas casas brasileiras, sendo um grande aliado para a limpeza e cuidados com as roupas. Como parte desse crescimento, destacamos os alvejantes sem cloro, produtos considerados eficazes e que não danificam os tecidos, podendo ser usados em roupas brancas e coloridas, tidos tendo perborato de sódio ( NaBO 3 * 4 H 2 O ) e percarbonato de sódio (Na 2 CO3 * 1.5 H 2 O 2), como ativos. Os alvejantes são tidos como coadjuvantes no processo de lavagem e cuidados com as roupas, atuando através de aplicação direta na sujidade ( tira manchas), e/ou junto com o detergente, potencializando-o. Esses novos conceitos de alvejantes migraram da área institucional, na qual, os requisitos de segurança e eficiência são mais exigidos e necessários. Tanto os alvejantes na forma de pó e de líquidos, alem de seus princípios ativos, podem também ser aditivados com utilização de branqueadores ópticos (FWA- Florescent Whitening Agents), que agregam um efeito visual maior de branco e avivam as cores. Tecidos corretamente lavados e alvejados ainda apresentam ligeira tonalidade amarelada. Os branqueadores ópticos modificam ligeiramente essas cores, produzindo um branco azulado, que é conversão da fração invisível ultravioleta em branco brilhante. Entretanto, apenas algumas classes de branqueadores ópticos, como os derivados do disterilbifenil (DSBP) apresentam estabilidade à oxidação, resistente a cloro (solução NaClO), e peróxido. Nessa classe de produto BRY 10 D´OR (Tipo CBS) que é efetivo em fibras celulósicas e suas misturas, possui estabilidade a oxidação, podendo ser incorporado em detergentes pós/ liquidos e alvejantes. E strutura DSBP Esses branqueadores ópticos em detergentes líquidos/ alvejantes apresentam excelente transparênc ia mostrando seu grau de pureza e características físico-químicos. Nos pós podem ser incorporados diretamente à mistura, por apresentar granulométrica compatível ao meio e /ou encapsulado em speckles. Em termos de dosagem vale sempre o principio de ¨custo/beneficio¨ do alvejante (dosagem recomendada). Os valores na área domestica oscilam de 0,05 – 0,2% . Nós da CCI /como fornecedores do BRY 10 D´OR (F) , e com amplo grau de especialização, estamos aptos ao desenvolvimento de formulações efetivas através de nossos testes de Laboratório e avaliação simulada. 43 Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013 Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013 Economia 1 44 Professor da Trevisan comenta sobre cenário econômico nos EUA, Europa e Brasil para 2013 O economista e professor da Trevisan Escola de Negócios, Alcides Leite, aponta os principais fatos que marcaram as economias dos Estados Unidos, Europa e Brasil em 2012, os fatos que serão foco de atenção em 2013 e faz uma breve análise de cenário. Fatos relevantes de 2012: Temas que serão foco de atenção para 2013: - Economia Americana: a reeleição de Obama foi fundamental para a continuidade do processo de correção do déficit público e redução da dívida pública americanas. Com aumento dos impostos para os mais ricos e corte dos gastos militares, sem redução dos gastos sociais. - Economia Européia: A crise se aprofundou e deixou claro que sem uma maior unidade fiscal e política não há como superá-la. - Economia Brasileira: O baixo crescimento do PIB, comparado aos demais países da América Latina expõe as deficiências da política econômica brasileira. O baixo nível de investimentos tem impedido maior crescimento da atividade econômica. É necessário acelerar o processo de concessões de portos, rodovias, aeroportos e outras áreas de infraestrutura. - Crescimento da economia americana, com redução da taxa de desemprego. - Estagnação da economia européia, com necessidade de medidas políticas de maior unificação fiscal. - Baixo crescimento da economia brasileira, expondo ainda mais as dificuldades da política econômica do governo federal. Análise de cenário: “A economia brasileira deve crescer em torno de 3%. A economia americana deve manter o mesmo ritmo de crescimento e a economia européia deve ter índice negativo. A China deve reduzir seu ritmo de crescimento econômico. Todos estes fatores não devem alterar o ritmo de crescimento da economia mundial, uma vez que a redução do crescimento de alguns países vai ser compensado pelo aumento do crescimento de outros”. 45 Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013 Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013 Sebrae, Luiz Barretto. “O Brasil tem cerca de 63 mil padarias e quase a totalidade são micro ou pequenas empresas. Se levarmos em conta o exemplo desse empreendedor, estamos falando de uma economia anual de mais de R$ 1 bilhão somente nessa atividade”, completa. Para Sara Bravo Elias, diretora-administrativa da Sorvete Salada, em Minas Gerais, a redução dos custos de energia é uma iniciativa de extrema importância para as empresas, necessária para as políticas de recuperação da competitividade da pequena e média indústria brasileira. Representando 7,5% do custo fixo de produção, o consumo de energia é um dos itens que a empresa monitora constantemente. Economia 2 46 Uso mais eficiente A redução das despesas com energia elétrica pode se tornar ainda maior ao se levar em conta uma boa gestão do consumo. A diretora da Sorvete Queda nas tarifas de energia gera economia para empresas Micro e pequenos negócios podem ter redução de até 28% nas contas de luz P roprietários de micro e pequenas empresas – aquelas que faturam até R$ 3,6 milhões por ano - aguardam com expectativa as novas tarifas da contas de energia, que passam a vigorar a partir de fevereiro. Eles colocaram na ponta do lápis os impactos que os novos preços de energia vão representar para seus negócios. Mesmo quem já adotou iniciativas para diminuir o desperdício faz planos para o futuro com o dinheiro que irá economizar. Dono de três padarias em Brasília, Cláudio Henrique de Faria acredita que poderá guardar por ano quase R$ 50 mil e que esse dinheiro virá em boa hora, pois todas as padarias terão que trocar seus equipamentos de acordo com norma do Ministério do Trabalho e Emprego de 2010, que estabelece regras técnicas para máquinas e equipamentos utilizados em diversos setores produtivos. “Qualquer redução de custos é bem-vinda para incentivar o desenvolvimento dos negócios, ainda mais quando se trata de um item essencial como energia elétrica”, afirma o presidente do Salada conta sobre os estudos de eficiência energética que a empresa realizou com o apoio do Sebrae. Dentre as ações que foram apontadas no relatório final do estudo foi implementada a readequação de modalidade tarifária da conta, por meio de contrato com a concessionária de energia do estado que prevê um custo menor do kw/h, além da substituição de alguns equipamentos, luminárias e lâmpadas de alto consumo por outras de baixo consumo e mais adequadas ao ambiente onde estão instaladas. Com as medidas já implantadas, a economia gerada foi em torno de 8% da conta de energia elétrica. A empresa estuda também a instalação de um gerador, o que deverá reduzir em aproximadamente 17% os custos mensais com energia elétrica. O Sebrae orienta micro e pequenas empresas a adotar atitudes simples que podem reduzir significativamente o consumo de energia elétrica, ao mesmo tempo em que favorecem o meio ambiente. 47 Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013 Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013 Cosméticos - Mercado 48 10º Lugar: Shiseido (Japão) Faturamento em 2012: US$ 2,9 bilhões, que representa uma queda de 2% em relação a 2011. 9º Lugar: Bioré (Japão) Faturamento em 2012: R$ 3,3 bilhões, que representa um aumento de 11% em relação a 2011. 8º Lugar: Estée Lauder (Estados Unidos) Faturamento em 2012: US$ 3,7 bilhões, que representa um aumento de 22% em relação a 2011. 7º Lugar: Dove (Grã Bretanha) Faturamento em 2012: US$ 5 bilhões, que representa um aumento de 12% em relação a 2011. 6º Lugar: Lâncome (França) Faturamento em 2012: US$ 5,1 bilhões, que representa uma queda de 10% em relação a 2011. Conheça as 10 marcas de cosméticos mais poderosas de 2012 Forbes mostra o ranking com as marcas de cosméticos que lideram o mercado de itens de beleza. Juntas, elas movimentam mais de 59 bilhões de dólares. 5º Lugar: Nivea (Alemanha) Faturamento em 2012: US$ 5,6 bilhões, que representa uma queda de 15% em relação a 2011. 4º Lugar: Neutrogena (Estados Unidos) Faturamento em 2012: US$ 6,2 bilhões, que representa uma queda de 2% em relação a 2011. 3º Lugar: L’Oréal (França) C om o crescimento do mercado de beleza, empresas do mundo todo somam números impressionantes. A revista Forbes divulga regularmente diversas listas que revelam as empresas e personalidades mais importantes para o mundo dos negócios. O faturamento anual, a abrangência de mercado e a influência das marcas e pessoas também são fatores que podem ser medidos a partir desses números. Faturamento em 2012: US$ 7,7 bilhões, que representa um aumento de 1% em relação a 2011. A última notícia divulgada pela Forbes mostra o ranking com as marcas de cosméticos que lideram o mercado de itens de beleza. As dez gigantes dos cosméticos movimentam juntas uma quantia que supera a marca de 59 bilhões de dólares, o que equivale a cerca de 115 bilhões de reais. Saiba quais são as empresas e quanto elas faturam anualmente. 2º Lugar: Avon (Estados Unidos) Faturamento em 2012: US$ 7,9 bilhões, que representa uma queda de 22% em relação a 2011. 1º Lugar: Olay (Estados Unidos). Faturamento em 2012: US$ 11,8 bilhões, que representa um aumento de 6% em relação a 2011. 49 50 Serviços Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013 Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013 ASSINATURA DA REVISTA ESPUMA Você pode solicitar o recebimento da Revista Espuma. Após preenchimento do formulário a seguir, envie-o para: Rua Sampaio Viana, 167, Conj. 61/ São Paulo (SP) - Cep: 04004-000 ou por [email protected] Nome: Empresa: Endereço: Nº: Complemento: Cidade: Cep: UF: Fone: ( ) Fax: ( ) Cargo: Tipo de Empresa: ( ) Fabricantes da Indústria de Sabão ( ) Higiene e Limpeza ( ) Cosméticos ( ) Perfumes e Fragrâncias ( ) Fornecedores de Máquinas e Equipamentos ( ) Insumos e Matérias Primas ( ) Prestadores de Serviços ( ) Frigoríficos e Graxarias ( ) Atacadistas ( ) Supermercados ( ) Embalagens ( ) Aromas ( ) Indústria Química Fina ( ) Equipamentos de Laboratórios e Análises ( ) Corantes e Pigmentos ( ) Entidades da Cadeia Produtiva ( ) Centros de Pesquisas e Universidades ( ) Escolas Técnicas ( ) Outros Abisa 2ª capa (21) 2524-5816 [email protected] www.abisa.com.br CCI Química 35 (11) 5642-0102 [email protected] www.cciquimica.com.br Aboissa 3ª capa (11) 3353-3000 [email protected] www.aboissa.com.br Citratus 7 Akzo Nobel 4ª capa (11) 4591-8935 www.akzonobel.com Alpes 47 (43) 3420-3233 www.produtosalpes.com.br (19) 3826-8100 www.citratus.com.br Doce Aroma 11 (11) 2633-3000 [email protected] www.docearoma.com.br FC Oliveira 21 (99) 3661-5200 [email protected] www.fcoliveira.com.br Grande Rio Reciclagem 41 (21) 2765-9550 [email protected] www.grgrupo.com.br M. 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