Máquinas e Equipamentos Aliados da indústria A

Transcrição

Máquinas e Equipamentos Aliados da indústria A
Edição 74 / Jan-Fev de 2013 / www.editorastilo.com.br
A Indústria de Cosméticos
e seus Aspectos Mercadológicos
Máquinas e Equipamentos
Aliados da indústria
Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013
Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013
expediente
Diretor
Daniel Geraldes
Editor Chefe
Daniel Geraldes – MTB 41.523
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Jornalista Colaboradora
Lia Freire - MTB 30222
[email protected]
Publicidade
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Direção de Arte e Produção
Leonardo Piva
Denise Ferreira
[email protected]
Conselho Editorial
Álvaro Azambuja
Daniel Geraldes
João Francisco Neves
Zoé Mores
Modelo:
Fotos Capa:
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Rua Sampaio Viana, 167 - Conj. 61
São Paulo (SP) - Cep: 04004-000
Fone: (11) 2384-0047
A Revista Espuma é um veiculo
bimestral da ABISA publicada Editora
Stilo que tem como público-alvo
empresas dos seguintes mercados:
Fabricantes da Indústria de Sabão,
Higiene, Limpeza, Cosméticos, Perfumes
e Fragrâncias, Fornecedores de
Máquinas e Equipamentos, Insumos
e Matérias Primas, Prestadores de
Serviços, Frigoríficos e Graxarias,
Atacadistas, Supermercados,
Embalagens, Aromas, Indústria Química
Fina, Equipamentos de Laboratórios
e Análises, Corantes e Pigmentos,
Entidades da Cadeia Produtiva, Centros
de Pesquisas e Universidades, Escolas
Técnicas, entre outros.
A distribuição é gratuita para todo
o Brasil. É enviada para presidentes,
proprietários, diretores, gerentes,
compras, engenheiros e técnicos de
empresas.
Tiragem de 5.000 exemplares.
Os artigos assinados são de
responsabilidade de seus autores e não
necessariamente refletem as opiniões
da revista. Não é permitida a reprodução
total ou parcial das matérias sem
expressa autorização da Editora.
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Editorial
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Prezado Leitor
Uma produção eficiente e flexível aliada à otimização nos custos,
que resulte em produtos finais de excelência é o que buscam as
indústrias de household e cosméticos e no que se empenham os
fornecedores de máquinas e equipamentos.
De nada adiantaria ter à disposição as melhores matériasprimas, mão-de-obra qualificada, know-how em desenvolvimento de
produtos, acesso às informações privilegiadas se faltar às indústrias
bons equipamentos em sua linha de produção.
Empresas como o Grupo Coesia, IMSB, SEMCO e Zeppelin
apresentam algumas de suas inúmeras opções em máquinas e
equipamentos para os setores de household e cosméticos. São novas
tecnologias, maior capacidade e maquinários sob medida para que
as indústrias possam ter mais vantagens competitivas. Um trabalho
que, sem dúvida, exige dos fornecedores destes maquinários uma
atuação eficiente para driblar a alta tributação que se paga no Brasil,
exigindo ao máximo a redução de custos, por meio do aprimoramento
dos recursos tecnológicos, métodos e processos de fabricação.
Uma das líderes em produção e comercialização de itens para a
composição de produtos voltados para a higiene e cuidados pessoais,
a Dow, apresenta por meio da sua divisão Personal Care, novidades
para os fabricantes de sabonetes líquidos e em barra, atendendo
assim as atuais exigências dos consumidores, que têm solicitado
produtos que proporcionem limpeza equilibrada, suavidade na
pele e sensações agradáveis. Além de todos esses benefícios para o
consumidor final, os lançamentos atendem também as expectativas
dos fabricantes de sabonetes, que buscam desenvolver produtos a
um bom custo-benefício, aliado às facilidades no processamento e
alta produtividade. Para falar sobre o assunto, entrevistamos Thais
Cruz, gerente de marketing para a divisão Home & Personal Care América Latina. Confira!
Boa Leitura!
Daniel Geraldes
Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013
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ABISA
Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013
Sumário
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06
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Notícias
Capa
26
Zoé Mores – Executiva da Abisa
e jornalista.
Entrevista
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Em Foco 1
Um novo ciclo
alguns calendários, o ano de 2012 chegou em dezembro cheio de realizações e pressagiando
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um ano novo igualmente rico. Muito trabalho realizado e muitas expectativas para este 2013
que iniciamos.
Em Foco 2
CE
MA
PI
SE
34
Em Foco 3
RN
PB
PE
AL
Enfim, chegamos ao final de mais um ano e, em vez do fim do mundo como apregoavam
Cada ano que se inicia é nos dada a oportunidade de recomeçar, de olhar com profundidade
para o que foi realizado, de decidir sobre aperfeiçoar, dar sequência ou quem sabe, mudar o
rumo da vida e dos negócios. É um momento para analisar os reais resultados, os planos e
arregaçar as mangas.
BA
Não podemos dizer que 2012 foi dos anos mais difíceis, principalmente no nosso setor –
higiene & limpeza e afins -, mas também não podemos classificá-lo como dos mais fáceis. As
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expectativas para o país eram melhores do que se concretizaram. E o momento é de reflexão.
Em Foco 4
40
Em Foco 5
Não podemos dizer também, que o cenário atual é negativo, mas é bom um pouco de
alerta.
O País conquistou muito nos últimos tempos e tem muito a conquistar. Mas a sociedade
e governo precisam olhar com mais critério onde estão os gargalos, os problemas e as
oportunidades. Em todo início de ano, é interessante verificar a fundo o que aconteceu com
todos os setores, e principalmente, com os mercados que fazem parte do nosso dia a dia.
Verificar ainda quais as movimentações dos consumidores e do mercado internacional,
onde muitos acontecimentos se refletem nas nossas empresas.Precisamos vislumbrar as
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perspectivas para 2013 do cenário macroeconômico e para que direção devemos caminhar.
Em Foco 6
44
Economia 1
Diante de todo esse conteúdo, não poderíamos deixar de lado a importância de ações e
principalmente de ações conjuntas, feitas e outras em andamento, por meio de nossa entidade,
a Abisa, juntamente com nossa área técnica e nossos associados.
O ano de 2013 está só começando e, portanto, desejamos a todos nossos parceiros de Norte
a Sul deste Brasil um ano de muitas vendas, com excelente gestão das pessoas e dos negócios,
sempre trabalhando em benefício do setor em que atuamos e, consequentemente, dos nossos
milhares de consumidores.
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Que venha 2013, com muita fé, saúde, conquistas, realizações, alegrias, ensinamentos e
promessas cumpridas...
Economia 2
48
Cosméticos - Mercado
Boa leitura!
Notícias
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Eudora abre unidades para agilizar entrega
de produtos
Marca de cosméticos foi criada pelo Grupo Boticário para concorrer
com Avon e Natura.
Poucos meses antes de completar dois anos no mercado, já conta com
17 centrais de serviços em todo o Brasil. “Anteriormente, para se entregar
um produto na venda direta para os representantes, era necessário um
processo que levava em torno de 25 dias. Com as centrais de serviços,
os representantes da marca trabalham com muito mais agilidade”,
diz o executivo de marketing Ivon Carlos das Neves. “É uma forma de
distribuição que permite ao consumidor final receber os produtos quase
que prontamente”.
A vez do lixo orgânico
Faz tempo que o papel, as latas de alumínio e as garrafas PET entraram na mira dos recicladores. Agora
chegou a vez do lixo orgânico formado por restos de alimentos, por exemplo. Foi para explorar esse nicho que o
empresário carioca Marcos Rangel criou a Vide Verde, que faz a coleta desses resíduos em empresas como P&G,
Castrol e Xerox. Rangel está usando o material como adubo para sua plantação de pimenta orgânica. Em 2012, o
faturamento da Vide Verde chegou a cerca de R$ 2 milhões...
Governo prepara lei para alterar código de barras
Etiqueta inteligente ganha força entre os itens de alto valor
agregado.
O governo está preparando uma lei para revolucionar o
velho código de barras. A idéia é transformá-lo em uma etiqueta
inteligente, capaz de combater a pirataria e a falsificação e ainda,
garantir a segurança dos consumidores. A nova etiqueta, que utiliza
a tecnologia por radiofreqüência RFID, vai permitir o controle
em tempo real da localização das mercadorias desde a fábrica,
passando por transporte, validade e composição alimentar, até que
elas cheguem às mãos dos clientes. Cada produto passará a ter um
número de série único, o que irá facilitar essa rastreabilidade. A
mudança, que deve começar pelas grandes empresas, exigirá a troca
de equipamentos e leitores em toda a rede comercial. Inspirada em experiências em alguns setores da economia no
Japão e nos Estados Unidos, a iniciativa, em parceria com o setor privado, deverá começar a ser implementada ainda
este ano, setorialmente, primeiramente para produtos de pequeno porte e de alto valor agregado. O governo espera
que, em dois anos, os resultados comecem a ser visíveis. A diferença em relação ao código de barras é que o novo selo
heliográfico, além de ser ilimitado e poder incluir, por exemplo, a validade do produto, não poderá ser copiado.
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Mercado global de fragrâncias deve chegar a
U$ 15,6 bilhões em 2019
De acordo com a empresa de pesquisa de
mercado Ceresana, as receitas globais da indústria
de fragrâncias devem continuar a se desenvolver
a taxas dinâmicas nos próximos 8 anos, já que a
demanda dos consumidores tanto nos países
desenvolvidos como em países emergentes
aumenta. “Estamos prevendo faturamento global
de mais de U$ 15,6 bilhões a serem gerados em
2019. Os motores de crescimento se encontram
particularmente nos países emergentes da América
do Sul e Ásia-Pacífico”, diz o CEO da Ceresana. Os
fatores que impulsionam o setor são destacados
no relatório: classe média crescente, com mais
rendimento disponível, tendências urbanizadas
contínuas em países altamente industrializados e
o aumento do consumo de produtos perfumados. “Há também um forte impulso para a inovação uma vez que
os concorrentes estão tentando estabelecer posições únicas através do desenvolvimento de novos produtos
inovadores”. O estudo avalia também que a maioria das áreas de aplicação do setor estão ansiosas para alcançar
uma cultura sustentável industrial e que, juntamente com a exigência de sustentabilidade por parte dos clientes,
resulta em esforços para aperfeiçoar aspectos ecológicos, econômicos e sociais.
Álcool líquido estará fora das
prateleiras a partir de fevereiro
Desde 1º de fevereiro, o álcool líquido não é mais vendido nos
supermercados de todo o Brasil e o estoque irregular deverá ser recolhido.
A versão gel continuará à venda. Empresas que consumirem este produto
só poderão comprá-lo diretamente do fabricante e o fabricante só poderá
vende-lo para empresas que comprovarem sua utilização. O consumidor
que encontrar álcool liquido disponível nos supermercados deverá
comunicar o fato à vigilância sanitária de seu município. As empresas que
não se adequarem à norma serão notificadas por irregularidade e sofrerão
o cancelamento dos registros. Segundo contato da ANVISA com a Abisa,
só existem no País duas empresas capacitadas para fornecer este produto
(insumo a base de álcool etílico 92,8 INPM). Empresas que fabricam
saneantes deverão ter cautela ao adquirir este produto (entrar em contato
com a Abisa).
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Produção de cloro em alta
Com 1,2 milhão de toneladas, a produção de cloro cresceu 1,8%
no ano passado na comparação com 2011, segundo a Abiclor. De
janeiro a dezembro, as vendas totais do produto tiveram uma alta de
3,6% em relação a 2011. A produção de soda subiu 1,6% e registrou
cerca de 1,37 milhão de toneladas.
1,2 milhão de toneladas foi a produção de cloro no ano passado.
1,8% foi o crescimento na comparação a 2011.
3,6% foi a alta nas vendas totais do produto.
1,6% foi o aumento registrado na produção da soda cáustica.
4,1% foi a queda na importação da soda.
Governo finaliza proposta de unificar PIS e COFINS
O governo federal dá os últimos retoques para mudar a estrutura de dois dos mais complexos tributos do
País, o PIS e a COFINS. A idéia é unificá-los, formando uma espécie de imposto sobre valor agregado (IVA). O
nome de trabalho do novo tributo é Contribuição sobre Receita (CSR). A mudança é considerada prioritária pela
presidente Dilma, que deseja anunciar as novas regras ainda neste semestre. Ela já disse que quer fazer de 2013 o
ano da desoneração tributária. Para tanto, será necessário um consenso na área econômica para a estratégia de
implantação da mudança. Há dúvidas, pois a alteração envolverá perda de receita e há pouco espaço no Orçamento
para novas renúncias. Hoje, o PIS e a COFINS são calculados de duas formas, dependendo do setor. Alguns o
recolhem de forma cumulativa, ou seja, aplicam uma alíquota de 3,65% no faturamento da empresa. Outros o
fazem de forma não cumulativa, aplicando uma alíquota de 9,25% a cada etapa de produção e deduzindo créditos
tributários gerados pela compra de insumos para aquela etapa. A política para créditos é cheia de exceções, o que
transforma os tributos em pesadelos para as empresas. No momento, as discussões técnicas estão concentradas
em duas questões: qual o peso do novo tributo e em quanto tempo a mudança vai entrar em vigor.
Governo ampliará desoneração da folha para
todos os setores
Segundo jornal “O Globo”, a medida é um esforço para
recuperar a economia brasileira.
O governo deve estender a desoneração da folha de
pagamento para todos os setores ainda este ano. É o que
afirma uma reportagem publicada dia 19/01 pelo O Globo.
De acordo com a publicação, interlocutores de Dilma Roussef
afirmaram que a presidente considera que os segmentos que
já foram desonerados têm apresentado bons resultados e que
esse é o momento de usar todas as alternativas para evitar que
o PIB do país repita o resultado fraco de 2012. Atualmente, 42
setores estão desonerados. Estes devem causar uma perda de
R$ 1,5 bilhões em arrecadação este ano.
www.agenciabrasil.ebc.com.br
Notícias
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Notícias
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Nova classe “C” exige reposicionamento de
marcas populares
A nova classe “C” está ávida por
consumir, especialmente produtos e
serviços aos quais não tinha acesso antes.
Mas, se por um lado este cenário ampliou
o mercado do que antes era destinado
á alta renda, colocou em desprestígio
as velhas marcas populares que durante
décadas foram consumidas por esta classe
emergente. Para não serem abandonadas,
essas empresas estão modificando os seus
produtos e buscando uma reidentificação
com os seus antigos consumidores. “A
classe C mudou muito. Ela quer coisas
novas. Isso deixou as velhas marcas em uma situação difícil. O consumidor não quer lembrar do tempo em que
não tinha uma condição financeira boa”, comenta Gustavo Amaral, gerente de Montilla da Pernord Ricard Brasil.
A marca, que tem 55 anos de fundação, mudou sua embalagem pela primeira vez para se adequar aos novos
rumos do mercado.
Icms - guerra judicial
Ao tentar acabar com a guerra dos portos, unificando em 4% a alíquota do ICMS para produtos importados,
a partir deste ano, o governo deflagrou um mar de ações na Justiça. Explica-se: as secretarias estaduais de
Fazenda obrigam os importadores a destacar na nota fiscal o valor do produto com conteúdo importado. Com
isso, a empresa que planeja revender a mercadoria abre a sua margem de lucro ao futuro cliente. A medida afeta,
sobretudo, a indústria farmacêutica, que compra no exterior os princípios ativos, e os revendedores de produtos
importados. Grandes companhias estão fazendo fila atrás de tributaristas para evitar abrir informação tão sigilosa.
A exemplo da Receita, os fiscos estaduais querem aumentar a arrecadação a qualquer custo.
Um ano depois, consumidor abandona
sacola reutilizável
Um ano após entrar em vigor o acordo que acabava com a distribuição de sacolinhas
plásticas nos supermercados, que sofreu muitas reviravoltas ao longo de 2012, a grande
maioria dos consumidores abandonou as sacolas reutilizáveis e voltou a utilizar os itens
plásticos. A medida foi suspensa várias vezes após protesto da indústria do plástico e de
associações de consumidores. Em setembro de 2012, mesmo após a justiça autorizar o
fim das sacolinhas, os supermercados voltaram a fornecê-las.
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Higiene pessoal é foco da Natura
Para recuperar o mercado perdido em 2012, a Natura aposta
na inovação no segmento de higiene pessoal. Segundo Alessandro
Carlucci, presidente da companhia, a empresa “terá um ‘pipeline’
de inovação bastante relevante para este ano focado em higiene,
mais concentrado a partir do segundo semestre”. Carlucci
participou nesta sexta-feira de teleconferência com analistas
sobre os resultados do quarto trimestre, quando o lucro da
empresa recuou 11%.
De acordo com ele, a empresa perdeu mercado devido a um
crescimento “desproporcional” das categorias de desodorantes e
xampus, impulsionado por movimentos de empresas que vendem
no varejo. “O varejo tem uma dominância e continuará a ter nessas
categorias”, disse. Carlucci afirmou que, nesses produtos de uso
diário, a Natura não será líder, mas pretende ser “relevante”.
“O sentimento é que neste ano [o mercado] começou um
pouco mais lento, um pouco abaixo das nossas expectativas”, afirmou. “Temos um ‘pipeline’ bom e uma série de iniciativas
que nos faz pensar que vamos ter um bom ano”, concluiu.
Fonte: (Adriana Meyge | Valor)
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Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013
Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013
Consumidores com menos dinheiro optam por
produtos de marca própria
Cerca de dois terços dos consumidores de todo o
mundo estão optando por produtos de marca própria
dos supermercados em relação às versões de marcas
empresariais quando se trata de novos itens, lançando a
arena de bilhões de dólares em inovação como próximo
campo de batalha entre as redes varejistas fabricantes.
Um levantamento realizado pela Nielsen é o sinal mais
recente de que os consumidores estão optando por
mercadorias de marca própria, geralmente mais baratas,
mesmo nos chamados produtos de “inovação” – uma área
de bens de consumo que grupos, como P&G, Unilever e
Nestlé têm procurado fazer a sua própria. A tendência
não é restrita aos consumidores europeus sem dinheiro:
63% a 64% das pessoas nas regiões Ásia-Pacífico e
América Latina estão fazendo escolhas semelhantes. A
inovação tem sido um dos principais focos da indústria de bens de consumo enquanto as economias do mundo
desenvolvido enfrentam dificuldades. O levantamento da Nielsen torna a leitura desagradável às multinacionais
de bens de consumo, acostumadas a disputar entre si espaço sobre detergentes, doces e refrigerantes. Elas
agora têm de lidar também com os supermercados.
www.embalagemmarca.com.br
Notícias
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Sabão em pó especial pode absorver a
poluição do ar
Britânicos desenvolveram um novo sabão em pó que
libera uma propriedade capaz de fazer com que as roupas
absorvam os gases que poluem o ar. Depois de lavadas,
as peças reagem com a luz e absorvem as impurezas. O
sabão gruda nas roupas lavadas e retem os agentes de
poluição. Funciona assim: o produto libera propriedades
catalisadoras durante a lavagem. Em contato com a luz, os
tecidos absorvem e neutralizam as moléculas de óxido de
nitrogênio, um dos principais gases poluentes na atmosfera.
Batizado de Catcio, ainda não é comercializado e deverá
entrar no mercado ainda em 2013 e para que a tecnologia
seja popularizada, os inventores abriram mão da patente.
Mesmo em fase experimental, o produto já fez tanto sucesso,
que despertou o interesse da empresa Ecover, britânica de
produtos de limpeza, que já trabalha para a incorporação do Catcio na fórmula dos seus produtos.
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Setor de limpeza – crescimento acima do PIB
Mesmo que abaixo do previsto e com adversidades, segmento
mantém ritmo acima da economia. Setor criou 3,8% postos de trabalho
a mais em 2012, sendo responsável por 45,5 mil empregos diretos.
Apesar da desaceleração, a indústria de limpeza continua a
crescer acima do PIB nacional, o que ocorre há oito anos seguidos,
sendo responsável por 45,5 mil empregos diretos, nas divisões de
desinfetantes, sabão e detergentes e produtos de limpeza em geral. Os
resultados, segundo a FGV poderiam até terem sido melhores, caso a
classe C não tivesse com sua renda tão comprometida com aquisição de
produtos de bens duráveis, em muitos casos adquiridos pelo incentivo
da redução de impostos. Mesmo assim, essa parcela da população
passou a consumir diversas categorias nos últimos anos e mantém o
ritmo de compra. Para se ter uma ideia, produtos como detergente
líquido para roupas estavam presentes nos lares de 5,77% do grupo
de consumidores da classe D/E em 2005, conforme levantamento da Kantar Worldpanel. Em 2011, a categoria
galgou 7,5 pontos percentuais, chegando a 13,19% dos lares desse estrato social. Na classe C, no mesmo período,
o salto foi maior ainda: de 6,27% de lares, passou a freqüentar 22,47%. De acordo com o economista da FGV,
Robson Gonçalves, ao analisar este mercado deve-se levar em conta que há diversas dificuldades. “Este é um setor
tributado acima da média nacional (39%, ante 35% de média), e não recebeu estímulos governamentais, mas está
contribuindo para o crescimento do país, enquanto a economia está desacelerando”, explica.
Vendas dos supermercados crescem
5,3% em 2012
As vendas acumuladas do setor supermercadista em
2012 cresceram 5,30%, em relação a 2011, de acordo com
o Índice Nacional de Vendas, divulgado pela Associação
Brasileira de Supermercados (ABRAS). Já segundo o Índice
Nacional de Volume, pesquisado pela Nielsen para a Abras,
o autosserviço brasileiro apresentou, no ano de 2012,
queda de -0,6% nas vendas em volume, em comparação a
2011, quando a variação ficou em 1,7% em relação a 2010.
Com índices superiores à média geral, higiene e beleza
apresentou crescimento de 1,8% e limpeza caseira de 2%,
com destaque para o detergente para roupas (6,85%) e
concentrado de limpeza (4,3%).
Fonte: ABRAS
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Grupo BC
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A UE define a proibição de testes de
cosméticos em animais
Organizações Empresariais Baltazar de Castro
A importação e a venda de cosméticos testados em animais serão proibidas na
União Europeia a partir de 11 de março
de 2013. A proibição afeta todos os
cosméticos, inclusive produtos de higiene
pessoal. A proposta de proibição transmite
uma mensagem forte ao mundo todo, em
apoio a produtos de beleza sem crueldade
e, em especial, a países como a China,
que ainda exige que os cosméticos sejam
testados em animais, para que também
responda e proíba tais testes.
FONTE Cruelty Free International
C
M
Y
CM
Higiene e Limpeza
Gordura Animal
Produtos de Higiene e Limpeza
Sabão e Derivados
Sebo Industrial
Óleo de Frango e Óleo de Peixe
MY
Vaidade de homens inspira lançamentos
Consumo masculino de produtos de cuidados pessoais
cresce 163% de 2006 a 2011 no país, alcançando U$ 4 bi. Brasil
representa 12% das vendas mundiais de produtos do setor e
deve se tornar o maior mercado até 2015.
Os homens brasileiros estão assumindo a vaidade e fazendo
a venda de produtos de higiene e beleza disparar. De 2006 a
2011, o consumo de produtos de cuidados pessoais para homens
cresceu 163%, alcançando cerca de U$ 4 bilhões. Isso representa
12% do faturamento global da categoria (U$ 33 bilhões). O país
só perde para os Estados Unidos e deve se transformar no
maior mercado mundial até 2015, segundo Euromonitor. Isso
explica o investimento de marcas tradicionalmente associadas
ao universo feminino, como Dove e Nívea, em linhas completas
para o homem brasileiro. No ano passado a Unilever ampliou o
portfólio de Dove Men, com cremes de pentear, condicionador e dois tipos de xampu. A Nívea investiu no 3 em
1 – sabonete, xampu e gel para barbear em um só produto. “O primeiro lote de importados esgotou 3 meses antes
do previsto e ficamos sem produto”, diz a diretora da nívea Brasil. “Agora estamos estudando a possibilidade de
produzir essa linha no país”. Marcas tradicionalmente masculinas também estão ampliando o portfólio, como a
Gillette e a Axe. O Brasil terá um papel central na campanha que a Axe lançou esta semana em 60 países e que
levará um grupo de consumidores para uma viagem ao espaço. Serão 22 astronautas, sendo um brasileiro.
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CY
CMY
K
BC Participações e Empreendimentos
Goiânia (GO) - Administração Geral
Fone: (62) 3243-5100
Transportadora Sta Edwiges
Reciclagem - Amiga da Natureza
[email protected]
[email protected]
Repar
[email protected]
[email protected]
ReBras - Reciclagem Brasileira de Resíduos Animais
[email protected]
[email protected]
Sabao Geo
[email protected]
[email protected]
[email protected]
Nordeste Industrial
[email protected]
AR Nutrição Animal
[email protected]
[email protected]
[email protected]
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Máquinas e
equipamentos
Em busca da excelência
Por: Lia Freire
Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013
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e nada adiantaria ter à disposição
as
melhores
matérias-primas,
mão-de-obra
qualificada, know-how em desenvolvimento de
produtos, acesso às informações privilegiadas se
faltar às indústrias bons equipamentos em sua
linha de produção. “Cada vez mais a indústria
busca flexibilidade na produção, menor tempo de set
up, melhor eficiência e precisão na produtividade.
A otimização dos custos de produção, aliada ao
desenvolvimento de novas soluções em produtos e
embalagens propicia adição de valor ao produto final
e, o mais importante, a percepção desse valor por
parte do consumidor”, afirma Guilherme Vivona,
gerente para América Latina do Grupo Coesia
– Divisão Químicos e Cosméticos. A companhia
destina 5% do seu faturamento global em pesquisa
e desenvolvimento, focado no aprimoramento de
tecnologias e no lançamento de inovações.
O Grupo Coesia é considerado um dos
principais provedores de envase de frascos e
garrafas, com a exclusiva tecnologia ACMA (de
envase por peso líquido), que segundo a empresa,
oferece alta precisão, garantindo ao consumidor
a exata quantidade de produto indicada nos
rótulos e, ao produtor, menos desperdício e maior
produtividade. No segmento de pouches, a Coesia
disponibiliza as tecnologias Volpak e a Enflex de
formação e envase de pouches e stand up pouches.
Ainda para o segmento de cosméticos, há a CitusKalix e a Norden como tradicionais líderes de
mercado e inovação no envase de tubos flexíveis
e na produção de batons e protetores labiais,
com equipamentos instalados nos principais
fabricantes nacionais destes produtos.
A Coesia disponibiliza as tecnologias Volpak e a Enflex de formação e envase de
pouches e stand up pouches.
Uma produção eficiente e flexível aliada à otimização nos custos, que resulte
em produtos finais de excelência é o que buscam as indústrias de household e
cosméticos e no que se empenham os fornecedores de máquinas e equipamentos
“Cada vez mais a indústria busca flexibilidade na produção, menor tempo de
set up, melhor eficiência e precisão na produtividade”, Guilherme Vivona, do
Grupo Coesia.
Considerado um dos principais provedores de envase de frascos e garrafas, o
Grupo Coesia também oferece a tecnologia ACMA.
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Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013
Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013
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“Oferecemos aos nossos clientes, soluções econômicas, sob medida e
dentro de padrões tecnológicos”, Ricardo B. Santos, da Zeppelin.
A especialidade da Zeppelin é desenvolver tecnologia para o recebimento
e estocagem de matérias-primas para a produção de embalagens e
materiais secos a granel.
Dentre as mais recentes novidades apresentadas
pelo Grupo Coesia está a incorporação da R.A. Jones
- antiga Oystar North America -, adicionando novas
tecnologias como o envase de aerossóis, pouches,
frascos, além de sistemas patenteados de aumento
de shelf life de produtos delicados. “Apresentamos
também no final de 2012, a nova Volpak SC 140 uma HFFS (Formadora, Envasadora e Seladora
Horizontal) que trabalha em modo contínuo,
propiciando duplicar a produção de stand up
pouches, com ou sem tampa, com velocidades de até
400 pouches por minuto”, cita Vivona.
Mesmo tendo que enfrentar no país, dificuldades
relacionadas à elevada carga tributária, pesada
burocracia do Estado, atrasos estruturais no
processo de aquisição e importação de tecnologia
e maquinário, falta de mão-de-obra especializada
e problemas no fornecimento de componentes
eletrônicos, o Grupo Coesia aposta no potencial do
mercado brasileiro, para tanto, conta com unidades
produtivas locais e o seu avançado conhecimento
das características regionais. “Atuamos para que
tanto as grandes empresas quanto as menores
tenham acesso à nossa tecnologia de ponta.”
A especialidade da Zeppelin Systems Latin
America é desenvolver tecnologia para o
recebimento e estocagem de matérias-primas para
a produção de embalagens e materiais secos a
granel. “Somos líderes de mercado na produção de
silos de armazenagem de alumínio e aço inoxidável,
sistema de pesagem e dosagem de materiais
secos, sistemas de despoeiramento e transporte
pneumático”, cita Ricardo B. Santos, diretor da
Zeppelin. Recentemente, a empresa modernizou
a sua linha de equipamentos para descarga de
big-bags e sacaria; e também ampliou a linha de
válvulas rotativas e sistemas para dosagem de
macro e micro ingredientes. “Oferecemos aos nossos
clientes, soluções econômicas, sob medida e dentro
de padrões tecnológicos”, afirma Santos.
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Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013
Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013
Capa
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“Em 2013 iremos inaugurar a unidade de apoio no Nordeste, onde
teremos além de técnicos, peças de reposição para atendimento e entrega
imediata”, Judenor Marchioro, da IMSB Máquinas.
A IMSB traz novidades no setor de envase. São novos equipamentos, de
alta tecnologia agregada, saídos da máquina gravimétrica convencional.
Para o diretor da Zeppelin falta à indústria
brasileira, de um modo geral, maior capacidade
e eficiência para que assim possam ter mais
vantagens competitivas. Um upgrade nos
equipamentos de produção, que resulte em
melhor performance e rendimento; e melhorias na
logística, na opinião do executivo, seriam ideais.
Em 2013, o fornecedor segue otimista quanto os
negócios a serem gerados e almeja superar os
resultados de 2012 com maior volume de vendas e
aumento de market share.
Temos a IMSB Envase, que atua especificamente
em máquinas para envase com foco no setor
household; a IMSB Posicionadores, que desenvolve
e produz posicionadores de garrafas; IMSB
Embalagem, que produz máquinas de embalagem
como encaixotadoras, paletizadores e formadoras
de caixas; a IBE Embalagens que produz para
a região do Nordeste embalagens sopradas e
também desenvolve projetos especiais conforme
a necessidade do cliente e, por fim, a Rotac
Tecnofarma, dedicada a fabricação de máquinas
para os setores farmacêutico e cosmético. Em
2013 iremos oficialmente inaugurar a unidade
de apoio no Nordeste, onde teremos além de
técnicos, peças de reposição para atendimento e
entrega imediata. Isso é o que acreditamos, faz
a diferença”, explica Judenor Marchioro, diretor
executivo da IMSB Máquinas.
A empresa prepara para este ano, novidades
no setor de envase para cosméticos e saneantes.
São novos equipamentos, de acordo com a IMSB,
de alta tecnologia agregada, saídos da máquina
gravimétrica convencional. A empresa possui
um laboratório de análise de produto e um setor
A primoramento
contínuo
Um dos principais fornecedores de maquinários
para o segmento de household, o Grupo IMSB
realizará em 2013 investimentos para oferecer
novas soluções.
O fornecedor atua com foco na especialização
e na melhoria contínua, com um quadro de
técnicos de vendas e suporte que atende todo o
Brasil. “Nosso posicionamento para se destacar
no mercado foi a de transformar o Grupo em
unidades de negócio, com foco específico em
alguns segmentos e linhas de equipamentos.
de protótipos, onde realiza testes de todas as
máquinas e dispositivos, antes da aplicação.
Também promove testes nos equipamentos antes
de entregá-los aos clientes. O cuidado para que
não haja contaminação dos produtos, faz com
que a IMS redobre sua atenção com os sistemas
de limpeza dos maquinários. Aliás, o fabricante
frisa, que todas as máquinas estão dentro das
exigências da norma de segurança NR12.
Na análise da IMS, grande parte das empresas
brasileiras ainda não aplica sistemas automáticos
de produção, o que as torna pouco competitivas
na fabricação de cosméticos e household, já que
operam no sistema manual ou semiautomático.
Exatamente por esta característica acredita na
alta demanda por máquinas e equipamentos.
“A expectativa para 2013 é um tanto quanto de
cautela. Não podemos e nem devemos achar que as
coisas mudam de uma hora para outra. A situação
industrial no Brasil está pacata. Vamos crescer
sim, mas dentro do que um economista de bom
senso prevê, por volta de 3 %. Isso nos permitirá
acompanhar tanto o crescimento industrial,
quanto o de infraestrutura. Hoje estamos com
juros adequados para quem adquire máquinas
no Brasil, o que nos dá oportunidade de sermos
competitivos. Porém, o câmbio, os tributos e,
principalmente, os valor dos materiais, além dos
custos com funcionários são fatores impeditivos
para que atinjamos melhores resultados e isso
ocorre com a indústria em geral. “Se analisarmos
o mundo todo, percebemos claramente que os
países desenvolvidos têm um setor de máquinas
e equipamentos fortíssimo e que esses produtos
são totalmente desonerados. Não podemos aceitar
que uma indústria invista em desenvolvimento e
tenha que pagar altos impostos por isso”, desabafa
Judenor.
Focado
fazer uma reação, granular e secar o produto,
tudo em uma única unidade e operação. “Estamos
focados em novas tecnologias para a obtenção
de produtos finais que possam agregar valor ao
cliente. São equipamentos que promovem reações
mais rápidas, com menor consumo de energia,
fazem trocas térmicas mais efetivas, entre outros
aspectos que resultarão em produtos finais mais
eficientes. Me refiro a reatores, secadores e
granuladores dotados de eletrônica embarcada,
que disponibilizam total controle do processo”,
explica Ilio Pellegrino, engenheiro de aplicações
e vendas da SEMCO Equipamentos Industriais
Ltda.
O fornecedor atenta-se para que sua equipe
de técnicos acompanhe a evolução do mercado e
esteja preparada para dar o suporte necessário
aos clientes, além de identificar antecipadamente
os tipos de soluções necessárias, para tanto,
promove treinamentos em conjunto com o seu
licenciador. “Estamos prevendo importantes
investimentos para as indústrias de household
e cosméticos. Observamos que o primeiro
setor mencionado investirá em equipamentos
de mistura que visam atender o aumento de
consumo, principalmente decorrente da melhora
do poder aquisitivo da população. Enquanto que
o segundo, prevê investimentos em produtos que
resultem da mistura de sólidos, porém com um
contento tecnológico bem maior. Neste sentido,
junto com um dos mais importantes fabricantes
de cosméticos nacional, desenvolvemos uma
em novas tecnologias
Para a indústria que demanda tecnologia de
ponta e soluções que agreguem valor ao produto,
a SEMCO Equipamentos Industriais oferece
máquinas que podem realizar diversas operações
em uma única unidade, o que denomina-se “All
In One”. Neste tipo de equipamento é possível
“Estamos focados em novas tecnologias para a obtenção de produtos
finais que possam agregar valor ao cliente”, Ilio Pellegrino, da SEMCO.
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Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013
Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013
Capa
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Para driblar a alta tributação que se paga
no Brasil, a SEMCO atua reduzindo custos,
por meio de aprimoramento dos recursos
tecnológicos, métodos e processos de
fabricação; e através de negociações com
fornecedores.
tecnologia específica de mistura, procurando
alcançar não somente um produto com as
características químicas desejadas, mas também
com aspectos físicos adequados para posterior
controle da dosagem e embalagem do produto
final. A SEMCO está preparada para atender
este tipo de demanda de mercado, sua nova planta
piloto possui os recursos necessários para que
nossos clientes possam trazer suas necessidades
e, em conjunto, encontrarmos uma solução técnica
e economicamente viável”, destaca Pellegrino.
A SEMCO apresenta um conceito de
secagem contínua através de utilização de leito
fluidizado contínuo, com tecnologia proveniente
de aplicações realizadas no setor farmacêutico.
“São equipamentos fabricados de acordo com as
Boas Práticas de Fabricação e com conceitos de
Limpeza no Local (CIP) ou ainda Sanitização no
Local (SIP). Este tipo de equipamento oferece aos
mercados de household e cosméticos o “estado de
arte” em fabricação e produção de itens, com a
mais alta tecnologia”, afirma o engenheiro.
O fornecedor de máquinas também se queixa da
alta tributação que se paga no Brasil e explica que
a empresa busca driblar esta questão reduzindo
custos, por meio de aprimoramento dos recursos
tecnológicos, métodos e processos de fabricação;
e através de negociações com fornecedores. “Nós,
fabricantes de máquinas e equipamentos, não
podemos dizer que tivemos um bom ano em 2012.
As incertezas da economia mundial, juntamente
com ações não claras do governo brasileiro
propiciaram um ambiente de insegurança e
muitos investimentos foram postergados. A
SEMCO não perdeu pedidos, o que ocorreram
foram postergações dos clientes. Nossas previsões
para 2013 são boas e acreditamos que os projetos
sejam reativados”, almeja Pellegrino.
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Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013
Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013
Revista Espuma - Quais as recentes
novidades tecnológicas desenvolvidas pela
Dow para os fabricantes de sabonetes em
barras e líquidos?
Thais Cruz - A Dow Personal Care lançou
dois novos produtos voltados para o mercado
de sabonetes: Ecosense e o Ecosmooth Satin. O
primeiro é um surfactante proveniente de fontes
naturais e biodegradáveis para uso em formulações
de shampoos, produtos para a limpeza da pele e itens
para bebês. É “preservative-free”, com excelente
formação de espuma, conferindo suavidade à pele.
De ampla compatibilidade com outros ingredientes,
faz parte da família dos Alquil Poliglucosídeos e
pode ser usado tanto como surfactante primário
quanto
secundário,
possibilitando
suaves
formulações “sulfate-free” e“EO-free”. A segunda
novidade é o Ecosmooth Satin, um produto líquido,
derivado de acrilato, que promove sensorial de
suave condicionamento, maciez à pele e aos cabelos.
Com ele, os sabonetes em barra apresentam espuma
em abundância e cremosa.
Entrevista
26
A Dow tem investido para aumentar sua participação nos segmentos de especialidades e Personal Care.
Thais Cruz
Por: Lia Freire
A Dow,
uma das líderes em produção e comercialização de soluções voltadas para
higiene e cuidados pessoais , por meio da sua divisão
Personal Care,
apresenta novidades
para os fabricantes de sabonetes.
As
novas soluções visam atender as atuais exigências dos consumidores , que têm
solicitado produtos que conferem limpeza equilibrada , suavidade na pele e diferentes
sensoriais , tais como, alto volume e cremosidade de espuma , maciez , hidratação, facilidade
de enxágue e sensação agradável durante e após o uso.
“A lém
de todos esses benefícios
para o consumidor final , as novidades que apresentamos atendem também as expectativas
dos fabricantes de sabonetes , que buscam desenvolver produtos a um bom custo -benefício,
aliado às facilidades no processamento e alta produtividade ”, destaca
gerente de marketing
Home & Personal Care
para
A mérica L atina ,
Thais Cruz ,
acrescentando que há
investimentos inclusive em soluções sustentáveis e que possibilitem uma aplicação variada .
Revista Espuma - O que levou a empresa
investir nestas novas soluções?
Thais - O grande desafio da atualidade
é desenvolver formulações que permitam
novas experiências sensoriais aos exigentes
consumidores, que procuram por soluções
que proporcionem performance de limpeza
equilibrada, suavidade à pele e sensações como
alto volume e cremosidade de espuma, maciez,
hidratação, facilidade de enxágue e sensorial
agradável durante e após o uso.
Por meio da nossa divisão Home & Personal
Care, somos líderes em produção e comercialização
de soluções voltadas para higiene e cuidados
pessoais. Estamos empenhados nesta missão
e já desenvolvemos uma gama de ingredientes
cosméticos que podem entregar todos esses
benefícios citados para a produção de sabonetes
líquidos e em barra. Destacam-se os modificadores
reológicos da linha Methocel™, surfactantes da
linha Ecosense, polímeros lubrificantes da linha
Polyox™ e polímeros condicionantes e de aumento
do volume de espuma das linhas SoftCat™,
Ecosmooth Satin™ e Ucare.
“A Dow segue
investindo em novas
tecnologias que
resultem em produtos
mais naturais,
customizados, de
alta performance e
hidratação.”
Revista Espuma - Quais os benefícios
proporcionados
por
estas
tecnologias
para a indústria de sabonetes? E para os
consumidores finais?
Thais - A linha Ecosense foi desenvolvida para
satisfazer a procura crescente dos consumidores
por produtos de higiene pessoal que sejam menos
agressivos e mais suaves para a pele e cabelos.
Apresenta ampla variedade de aplicação, podendo
“As necessidades dos consumidores brasileiros estão alinhadas com
as dos consumidores globais e, em muitos casos, ditam tendências”,
Thais Cruz.
27
Entrevista
28
Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013
Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013
“O grande desafio da atualidade
é desenvolver formulações que
permitam aos consumidores novas
experiências sensoriais.”
ser usada em shampoos, sabonetes líquidos para o
banho, produtos para limpeza da pele e do rosto e
itens para bebês, que exigem uma limpeza suave
e onde observa-se uma tendência por formulações
que contenham maior quantidade de componentes
de origem natural em substituição as de origem
petroquímica.
Já o Ecosmooth Satin foi desenvolvido para
proporcionar aos consumidores um sensorial
diferenciado, com produtos que conferem alta
maciez à pele e espumação abundante e cremosa.
Revista Espuma – Com relação ao custo para
a aquisição destas tecnologias, a indústria
de sabonetes está disposta a pagar?
Thais – Há um desafio constante que é desenvolver
formulações que permitam novas experiências
sensoriais aos consumidores aliado a um excelente
custo-benefício. A grande importância ao lançar
um produto no mercado de Personal Care não é
Soluções customizadas, inovadoras e de qualidade destacam-se no
portfólio da Dow.
analisar apenas o custo da tecnologia, mas sim
entender o quanto o mercado está disposto a
pagar por determinados benefícios. Mais do que
analisar o quanto se paga em uma matéria-prima,
é fundamental entender o impacto e os benefícios
que acarretarão no produto final.
Revista Espuma – Há testes que comprovem
a eficácia e o desempenho das soluções
produzidas pela Dow?
Thais – A Dow investe em pesquisa e
desenvolvimento de todos os seus produtos. Os
resultados do uso de Methocel 40-0202™ (INCI:
Hydroxypropyl Methylcellulose), por exemplo, em
uma concentração de apenas 0,1% resultou, segundo
testes, em uma melhor percepção do consumidor
com relação ao sensorial da pele ainda molhada e
uma percepção de maior volume de espuma.
Já o uso de 0,1% de SoftCat SL 100 (INCI
Name: Polyquaternium 67) no sabonete em
barra, por sua vez, quando comparado com uma
formulação sem o aditivo, aumentou o volume de
espuma formado e melhorou significativamente o
sensorial de sedosidade e maciez da pele depois
de seca, além disso, de acordo com resultados
realizados em um painel interno, promoveu uma
maior deposição de fragrância na pele, deixando-a
mais perfumada depois do banho.
Já o Ecosmooth Satin (INCI Name: Ethylene/
Sodium Acrylate Copolymer), a 0,5% sólidos,
proporcionou, segundo painel sensorial interno
realizado pela Dow, melhora no sensorial de
condicionamento à pele e abundância de espuma
durante e após a lavagem, resultando em uma
sensação de maciez à pele.
Revista Espuma – Quais os objetivos da
empresa com estas novidades?
Thais – A Dow desenvolve novas tecnologias a fim
de satisfazer as exigências dos consumidores por
produtos que sejam menos agressivos às peles e aos
cabelos, sem comprometer o desempenho, performance
e o sensorial das formulações. Além disso, temos
investido fortemente em soluções sustentáveis e que
tenham ampla variedade de aplicação.
Revista Espuma – Em seu portfólio, quais as
soluções oferecidas para o segmento Personal
Care?
Thais – A Dow possui um amplo portfólio para
atender o mercado de Personal Care, atuando com
as mais diversas tecnologias. São modificadores
reológicos (linhas Aculyn, Cellosize e Methocel),
surfactantes
(linha
Econsense),
polímeros
condicionantes (linhas Ucare, Polyox, Sofcat
e Ecosmooth), proteção solar (linhas Zinclear,
Sunspheres, Solterra e Epitex), fixação (linha
Acudyne),
opacificantes
(linha
Opulyn),
neutralizantes (linha AMP ULTRA PC 2000),
emolientes (linha Ucon) e umectantes e agentes
de hidratação à pele e ao cabelo (linhas Kytamer
e MoistStar Ha).
Revista Espuma – Qual é a importância para
os negócios da Dow, o mercado de Personal
Care?
Thais – A Dow tem investido para aumentar sua
participação nos segmentos de especialidades
e Personal Care. A unidade possui equipes de
técnicos e de pesquisadores especializados,
além dos gerentes de contas e marketing,
todos com profundo conhecimento do mercado
global. As inovações criadas visam satisfazer as
necessidades que não estejam sendo amplamente
atendidas, resultando em soluções customizadas,
inovadoras e de qualidade.
Revista Espuma – Como a empresa posicionase, qual é a sua missão?
Thais – Buscamos entender as necessidades dos
consumidores de modo a prover soluções únicas
e sustentáveis, gerando valor e diferenciação
para nossos clientes. A Dow tem trabalhado para
desenvolver formulações que permitam novas
experiências para os consumidores.
Revista Espuma – Qual é a análise da Dow
sobre o mercado brasileiro de Personal Care,
quando levamos em consideração o cenário
internacional?
Thais – Globalmente, o mercado movimenta US$
500 bilhões. Atualmente, a América Latina ocupa
a terceira posição no mercado mundial e possui
um crescimento estimado de 5.7% ao ano. Dentro
da América Latina, o Brasil é o líder do ranking,
sendo responsável por 57% do segmento na região.
Analisando algumas subcategorias, verificamos
que o país tem uma importante presença no
cenário mundial e hoje apresenta a maior taxa
de crescimento em produtos como: desodorantes,
proteção solar, produtos para pele e tinturas.
Revista Espuma – Com relação às soluções
tecnológicas para este setor, quais as
evoluções que poderíamos destacar? E quais
seriam os pontos que a indústria brasileira
ainda necessita aprimorar-se?
Thais – Dentre as principais soluções para o
segmento de Personal Care, destacamos os itens
que apresentam o claim de long-lasting, maior
hidratação, produtos customizados por idade/
tipo de cabelo/pele, itens dermatologicamente
testados e formulações naturais (vitaminas ou
ervas). Percebemos que as necessidades dos
consumidores brasileiros estão alinhadas com
as dos consumidores globais e, em muitos casos,
ditam tendências.
Revista Espuma – Quais as próximas metas
da Dow para a categoria?
Thais – A Dow segue investindo em novas
tecnologias que resultem em produtos mais
naturais, customizados, de alta performance e
hidratação. Além disso, temos focado em produtos
sustentáveis que não comprometam o desempenho,
a performance e o sensorial das formulações.
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Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013
Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013
Em Foco 1
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Por que pagamos
mais caro no Brasil?
por Ricardo Amorim
A
diferença de preços do Brasil com o resto
do mundo é impressionante. Do restaurante aos
eletrônicos, quase tudo é mais caro aqui.
Razões não faltam, começando pelos impostos.
Uma das cargas tributárias mais elevadas do
planeta, particularmente concentrada sobre
consumo e produção, encarece tudo que é feito e
comprado aqui.
Impostos não explicam todas as distorções.
Também as margens de lucros são mais elevadas. A
esquerda culpa a ganância dos empresários pelas
gordas margens. A explicação está equivocada.
Sim, empresários querem cobrar mais por seus
produtos e serviços. Se você pudesse dobrar seu
salário, não dobraria?
A pergunta é: por que conseguem cobrar mais
aqui? Por que aceitamos pagar mais? Apesar dos
avanços desde 1994, a distribuição de renda no
Brasil ainda é das piores. Grande concentração
gera uma valorização de status nas compras.
Demarcam-se as diferenças através do consumo,
mesmo que para isso tenha-se que pagar mais.
Comprar determinado carro, celular ou iogurte
“separa” seus consumidores das classes sociais
“abaixo” deles.
A explicação mais importante, porém, não
é esta. A baixa competição, a dificuldade de se
fazer negócio e o risco mais elevado da atividade
empresarial pesam mais.
Burocracia
absurda,
corrupção,
carga
tributária elevada, regime tributário complexo,
infraestrutura ruim,mão de obra cara e
despreparada dificultam a vida das empresas,
aumentando o risco de seus investimentos. Com
risco maior, empresários reduzem investimentos
e, por consequência, a competição. Com menos
competição, inclusive com importados - o Brasil é
o país com menor taxa de importação de produtos
e serviços no planeta - é possível subir preços e
aumentar margens de lucro.
Nos últimos anos, as margens no país caíram.
Em muitos setores, empresas não conseguiam
repassar integralmente aumentos de custos de
mão de obra e matéria primas aos preços porque
uma competição crescente não permitiu.
A competição aumentou porque a crise no mundo
desenvolvido estimulou as empresas a buscarem
os grandes mercados emergentes. Somou-se a
isso um forte crescimento do consumo no país
impulsionado pelo aumento da renda e do crédito.
Com mercado maior, cresceram os investimentos
produtivos e a competição, reduzindo as margens
de lucro. Até aí, ótimo.
Acontece que nos últimos trimestres, tal
movimento se reverteu. Desvalorizar o Real
encareceu importações, inclusive de máquinas
e equipamentos, diminuindo a competição e
reduzindo investimentos no país.
Além disso, ao atacar bancos e empresas de
energia elétrica para reduzir rapidamente suas
margens de lucro, o governo aumentou o risco dos
negócios nesses e em outros setores, que temem
medidas semelhantes. Com rentabilidade menor
e riscos maiores, investimentos caíram, o que,
através da redução da competição, vai aumentar
margens de lucros e encarecer preços nos próximos
anos. Em economia, às vezes os resultados são o
inverso das intenções.
Antes de usar os bancos estatais para
pressionar os demais a reduzirem juros - um
objetivo louvável, buscado de forma ineficiente - a
lucratividade média do setor bancário brasileiro
era a segunda mais baixa das Américas, atrás
apenas dos EUA, ao contrário do que supõe a
maioria. Venezuela e Argentina, onde os governos
mais “perseguem” bancos, eram os países com os
bancos mais lucrativos.
Para reduzir margens e preços, o governo
precisa eliminar a burocracia, simplificar a
legislação, estimular a competição, evitar o
protecionismo,
reduzir impostos,
inclusive
sobre importados e incentivar investimentos. O
benefício será dos consumidores.
Fonte: Ricam Assessoria
Ricardo Amorim apresentador do Manhattan Connection da
Globonews, colunista da revista IstoÉ, presidente da Ricam
Consultoria, único brasileiro na lista dos melhores e mais
importantes palestrantes mundiais do Speakers Corner e
economista mais influente do Brasil segundo o Klout.com.
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Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013
Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013
Em Foco 2
32
Diversas empresas já estão enfrentando a
difícil alteração no cálculo do ICMS.
“O conteúdo de importação é o percentual
relativo ao quociente entre o valor da parcela
importada do exterior e o valor total da operação
de saída interestadual da mercadoria ou do bem”.
Outro ponto importante foi a divulgação de
uma lista de bens e mercadorias importados
do exterior sem similar nacional que não se
beneficiará da alíquota de 4% nas operações
interestaduais (ou seja, continuam com alíquota
de 7% ou 12%), conforme segue abaixo:
Consultoria explica as
mudanças no cálculo
do ICMS para 2013
D
esde 1º de janeiro foi estabelecida a alíquota
do ICMS de 4% para as operações interestaduais.
Mal começou o ano de 2013 e diversas empresas
já estão enfrentando a difícil alteração no cálculo
do ICMS, cobrado sobre os produtos importados.
Isto porque, desde 1º de janeiro, foi estabelecida
a alíquota de imposto de 4% para as operações
interestaduais com bens e mercadorias que
tenham sido importados do exterior.
O diretor tributário da Confirp Consultoria,
Welinton Mota, explica que o novo sistema é mais
completo e que, para entender, a alíquota de 4%
será aplicada a bens e mercadorias que não tenham
sido submetidos a processo de industrialização
ou então que submetidos a qualquer processo de
transformação.
a) aos bens e mercadorias importados do exterior
que, após seu desembaraço aduaneiro sejam
submetidos a processo de industrialização
ou, caso submetidos, a qualquer processo de
transformação,
beneficiamento,
montagem,
acondicionamento,
reacondicionamento,
renovação ou recondicionamento, resultem em
mercadorias ou bens com Conteúdo de Importação
inferior a 40% (quarenta por cento);
b) aos bens e mercadorias importados do exterior
que não tenham similar nacional, assim definidos
na Resolução CAMEX nº 79/2012.
c) aos bens e mercadorias produzidos em
conformidade com os processos produtivos básicos
de q eu tratam o Decreto-Lei nº 288 de 28/02/67,
e as leis nºs 8248 de 23/10/91, 8387 de 30/12/91,
10.186 de 11/01/01 e 11484 de 31/05/07;
d) nas operações com gás natural importado do
exterior.
Por Conteúdo de Importação deve-se entender
o percentual correspondente ao quociente entre
o valor da parcela importada do exterior e o
valor total da operação de saída interestadual
da mercadoria ou bem submetido a processo de
industrialização (essa regra somente se aplica a
industrias e equiparados).
Nas hipóteses de operações com bens ou
mercadorias importados que tenham sido
submetidos a processo de industrialização, o
contribuinte industrializador deverá preencher a
Ficha de Conteúdo de Importação-FCI.
Na situação em que houver alteração em
percentual superior a 5% no Conteúdo de
Importação ou que implique alteração da alíquota
interestadual aplicável a operação, deverá ser
apresentada uma nova FCI.
O contribuinte obrigado ao preenchimento da
FCI (industrial e equiparado) deverá prestar a
informação à unidade federada de origem por meio
de declaração em arquivo digital com assinatura
digital do contribuinte ou seu representante
legal, certificada por entidade credenciada pela
Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira –
ICPBrasil.
Benefícios Fiscais:
Em relação aos benefícios fiscais já concedidos
anteriormente para as operações interestaduais
com bem ou mercadoria importados do exterior, ou
com Conteúdo de Importação, sujeitos à alíquota
do ICMS de 4%, foi determinado pelo Confaz que
não será aplicado a partir de 1º de janeiro de 2013,
exceto se:
a) sua aplicação em 31 de dezembro de 2012
resultar carga tributária menor que 4%, hipótese
em que deverá ser mantida a carga tributária
prevista nesta data;
b) tratar-se de isenção.
“Importante ser observado que não se cumulam
benefícios fiscais anteriores e a alíquota de
4%, sendo que os benefícios que resultem em
carga tributária superior a 4% não terão mais
aplicabilidade, pois deverá prevalecer a alíquota
de 4%”, ressalta Mota.
Apesar dessas normas relativas à alíquota
unificada de 4% produzirem efeitos a partir de
1º de janeiro de 2013, foi determinado que as
mesmas regras devem ser observadas em relação
aos bens e mercadorias importados ou que
possuam Conteúdo de Importação, que estiverem
no estoque do contribuinte em 31/12/2012.
33
Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013
Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013
seja de um ingrediente cosmético utilizado como
matéria-prima em formulações ou os produtos
acabados, oferecendo uma diretriz à execução do
projeto, conduta esta que pretende colaborar para
o melhor desempenho do produto criado e maior
eficiência em sua produção, resultando na boa
aceitação no mercado de consumo.
Trataremos o assunto, exemplificando com
o desenvolvimento de um cosmético de cuidado
pessoal, que necessita da aprovação final diante
do Controle de Qualidade.
Como um breve histórico, o departamento
de desenvolvimento na indústria assumiu uma
grande importância dentro do cenário industrial,
após a 2ª.Guerra Mundial. No contexto do
período pós-guerra, as pesquisas tornaram-se
mais efetivas. Transformações técnicas e novos
recursos surgiram, acentuando a necessidade de
priorizar as exigências de consumo.
A competição tornou-se ainda mais acirrada e
as empresas procuraram superar seu concorrente
a favor do consumidor, contribuindo para um
Em Foco 3
34
O Desenvolvimento de
cosméticos na indústria e seus
aspectos mercadológicos
Por: Engª. Enilce Maurano Oetterer diretora da ENCOSMÉTICA Consultoria Ltda
A
preocupação com a satisfação dos
consumidores para que possam usufruir os
melhores benefícios dos produtos cosméticos
tem sido constantemente alvo de esforços das
empresas do setor.
Há uma convergência de objetivos entre
os
diferentes
departamentos,
refletindo
principalmente entre profissionais que atuam
nas diversas áreas como comercial, marketing,
desenvolvimento e controle de qualidade, na
constante busca do aprimoramento de seus
produtos e serviços.
Neste sentido, este artigo aborda os
processos envolvidos no desenvolvimento de
cosméticos, com destaque para o departamento
de desenvolvimento, as condições de fabricação,
substancial progresso, com técnicas aperfeiçoadas,
maior estudo e conhecimento no âmbito científico.
Nos diversos formatos organizacionais das
empresas, os diagramas mostram como estão
dispostas unidades funcionais, a hierarquia e
as relações de comunicação existentes entre os
departamentos. Constantemente verifica-se que
existe uma relação paralela e equivalente entre
as áreas de Desenvolvimento e o de Marketing
e Qualidade, cuja finalidade é satisfazer as
necessidades de mercado atendendo-o em todas as
suas pretensões.
O custo e a qualidade são os pontos vitais
às indústrias, que devem possuir bons produtos
a preços compatíveis para o consumidor. Esta
relação representa um ponto comum entre a
pesquisa operacional e mercadológica, apoiada
em um único objetivo: o produto.
O padrão de qualidade a ser mantido deve situarse em um nível em que a empresa obtenha lucros,
atingindo uma faixa razoável de mercado. Assim,
o custo operacional do produto deve ser justo e
35
Em Foco 3
36
Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013
Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013
compatível com a sua qualidade e resultar em uma
boa margem ao valor de venda e ser competitivo.
É
necessário
ao
Departamento
de
Desenvolvimento que toda gama de informações
lhe seja transmitida, através do briefing, o
qual consiste da descrição de informações e
instruções concisas e objetivas sobre o projeto
a ser executado, o qual deverá ser submetido a
uma análise crítica de viabilidade, a fim de que
o produto desenvolvido atenda a demanda das
indústrias ou dos consumidores finais.
As informações do briefing ao técnico de
desenvolvimento são as mais variadas, tais
como, o custo do produto, público alvo, aspecto
como cor, textura, aplicação, embalagem,
acondicionamento, estocagem, transporte, volume
de vendas, quantidade de produção, condições de
controle de qualidade preços, entre outros.
Muitas vezes, os informes de mercado podem
ser obtidos através de empresas especializadas em
pesquisas, as quais podem facilitar enormemente
o trabalho do desenvolvimento.
No caso hipotético de uma empresa de pequeno
porte, o técnico de desenvolvimento deverá praticar
um “marketing” informal e desburocratizado,
utilizando seus próprios conhecimentos de forma
inteligente, instintiva e com bom senso, na
dimensão condizente com o tamanho da empresa.
Em
empresas
de
maior
estrutura
organizacional, as atividades do departamento
de marketing se destacam por meio de seus
recursos disponíveis e apoiadas em planos,
metas previamente estabelecidas, revisadas ao
longo do projeto, que orienta o profissional de
desenvolvimento a atingir os objetivos almejados,
contribuindo para o sucesso do produto.
Condições de Desenvolvimento
Produtos Cosméticos:
de
Para que se possa elaborar um produto
cosmético, devemos recorrer aos princípios básicos
anteriores e analisarmos os FATORES DE
COMERCIALIZAÇÃO INTERNOS E EXTERNOS:
Podemos relacionar como FATORES INTERNOS:
1. Instalações operacionais da indústria
2. Equipamentos de fabricação
3. Capacidade de produção
4. Elementos de potencial técnico-científico
disponíveis
5. Mão-de-Obra qualificada
6. Matérias-primas para a execução do produto
7. Exigências legais
8. Análise dos registros financeiros da indústria
9. Custo operacional da pesquisa
10. Viabilidade econômica
11. Estimativas de taxas de lucros par empresa
FATORES EXTERNOS:
1. Estudo da perspectiva do produto no mercado,
de acordo com a necessidade do consumidor
2. Seleção do mercado em que se pretende atuar
comercialmente
3. Estudo de canais de distribuição, áreas de
venda, tipo de comercialização
4. Logística de entrega do produto
5. Análise do mercado competitivo tendo como
premissa a qualidade e o custo do produto
6. Propaganda e publicidade
Naturalmente, dependendo do porte econômico
da empresa, estes itens relacionados serão
distribuídos e setorizados, criando-se tipos de
estruturas empresariais diversas, com vários
departamentos ou com organogramas bastante
simplificados, como no caso das microempresas,
sendo reduzidos a duas ou três divisões, onde os
empresários procuram executar e abranger várias
funções, com menor quadro de funcionários.
Assim, o desenvolvimento é uma criação, e são
considerados como elementos de base para a sua
realização, o talento, o grau de conhecimento, o
espírito de pesquisa, a disciplina, a perseverança
e a autoconfiança do profissional.
Objetivando-se um produto novo, o trabalho
do técnico de desenvolvimento consiste em
transformar o que era antes uma ideia, em
produto concreto que seja produzido, demonstrado
e consumido com sucesso.
37
Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013
Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013
Em Foco 4
38
CE
MA
PI
SE
RN
PB
PE
AL
BA
Nordeste - O sotaque das
novas oportunidades...
A
umento de renda, ações sociais, redução
do desemprego, diminuição do analfabetismo,
dentre outros fatores, estão mudando a realidade
nordestina e atraindo bilionários investimentos
à região. Potencial de consumo tornou-se grande
tesouro almejado pelas empresas. Palco de grandes
investimentos e celeiro de muitas oportunidades e
perspectivas. Este é o atual Nordeste brasileiro.
Terra de turismo exuberante, de gastronomia
repleta de cores e sabores e de variadas
manifestações artísticas, a região também revela,
cada vez mais, a sua vocação para gerar negócios
e riquezas.
Nas grandes cidades do interior, especialmente
em Pernambuco, Ceará e Bahia, observa-se
maior organização e preocupação com questões
tributárias e tecnológicas. Tudo isso chama a
atenção da indústria.
Com área que supera 1,5 milhão de km²,
território equivalente ao tamanho da Itália,
França, Reino unido e Alemanha juntos, o Nordeste
possui 54 milhões de habitantes, segundo o IBGE.
Além da alta demanda e da disposição de muitas
pessoas em consumir o que antes não era possível,
há também outros fatores que tornam o Nordeste
um local bom para se investir. Destaque para
as vantagens fiscais voltadas à competitividade
de tudo o que é produzido na região. Isso atrai
muitas indústrias.
Segundo análise do Escritório Técnico de
Estudos Econômico do Nordeste (Etene), órgão do
Banco do Nordeste, a região recebeu R$ 29,1 bilhões
em investimentos púbicos federais em 2012. desse
total, 19,7 bilhões são oriundos de estatais e R$ 9,4
bilhões do orçamento executivo federal. O próprio
Banco do Nordeste intensificou o seu aporte no
local, saltando de R$ 2 bilhões aplicados em 2003
para R$ 21,8 bilhões em 2011.
Estudo da Nielsen revela que o crescimento
mais acelerado em 2012 foi identificado nas
categorias de acesso, fruto das ações empregadas
pela indústria para estimular o consumo, como as
estratégicas de desembolso, que oferecem produtos
em embalagens menores e com preços mais
acessíveis – o que incentiva a experimentação.
Cerca de 70% das categorias de acesso crescem
por causa desta iniciativa, que é mais comum
entre as marcas líderes e de referência, uma vez
que as grandes empresas têm mais flexibilidade
para promover este tipo de inovação. Nesse
sentido, diversas categorias tiveram crescimento
impulsionado, como as bebidas à base de soja e as
tinturas para cabelos.
O levantamento também mostra que 40%
das categorias de acesso, como chocolate e leite
saborizado, ampliaram a sua distribuição na região,
enquanto 26% das consideradas maduras tiveram
crescimento. Com relação às categorias maduras,
ou de trade up, são as embalagens econômicas que
estimulam suas vendas, já que elas oferecem maior
quantidade do produto adquirido e economia no
consumo por escala. No total, 70% delas crescem
por meio desta estratégia, tendo os segmentos de
iogurte e fraldas como principais beneficiados. As
categorias maduras também são impulsionadas
pela sofisticação do consumo, cujas propostas de
valor são bem aceitas, tendo como expoentes os
sucos prontos, sabonete líquido e antibactericida,
roupas, creme dental branqueador, desodorante
aerossol e iogurtes funcionais.
No Brasil, 46 categorias são de acesso e 84
maduras. No Nordeste, o cenário é diferente, sendo
que 68 são de acesso e 62 maduras, indicando que
a população nordestina está comprando itens que
antes não eram consumidos. Em 2012, algumas
cestas no Nordeste cresceram acima da média
nacional, como é o caso de higiene e beleza, limpeza
caseira, mercearia salgada e perecíveis.
De acordo com o estudo da Nielsen, o crescimento
do consumo no Nordeste é impulsionado,
principalmente, pelas camadas da população com
menor poder aquisitivo, que é predominante na
região. Do total de domicílios, 64% são da classe D/E
e, no entanto, respondem por 67% do crescimento
do consumo nordestino. Para sofisticar o consumo,
alguns produtos com maior valor estão ficando
mais baratos e se aproximando das versões básicas.
É o caso dos sabonetes líquidos e antibactericidas
e do amaciante líquido. Em 65% das categorias
maduras, o segmento de valor aproxima o preço
do segmento básico para estimular as vendas de
produtos com maior valor agregado.
Outro ponto destacado pela Nielsen está
relacionado á competitividade das marcas
regionais. “Antes havia uma grande concentração
de marcas locais, mas de três anos para cá novos
produtos com alcance nacional chegaram com
força no Nordeste e isso exige uma reinvenção
por parte das indústrias regionais”. O estudo
aponta que 56% das marcas nacionais ampliaram
sua presença em lojas importantes, enquanto as
regionais avançaram 29%.
De fato a economia nordestina está sendo
consideravelmente repaginada, cenário que atrai
investimentos, gera riquezas e beneficia diversos
setores. Em 2012, muitos objetivos do mercado
foram alcançados, dentre eles a obtenção de um
maior nível de informatização e a continuidade do
crescimento do setor. Mas, no entanto, o Nordeste
tem uma série de desafios a serem superados e
um longo caminho a ser percorrido para que esta
expansão seja contínua e cada vez mais sustentável.
Alguns aspectos conjunturais podem contribuir
para a desaceleração do crescimento da região,
como a inflação e alta nos preços dos alimentos
por causa da seca. Além disso, o Banco Central
também alerta sobre a inadimplência em operações
de crédito. Mas a logística é um dos grandes
gargalos do Nordeste e outro ponto que deve ser
fortemente trabalhado é a educação. Sem isso, o
crescimento será postergado e o progresso ficará
mais distante...
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Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013
Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013
de crescimento expressivo nessa área. “Há ainda
diversas oportunidades para as categorias de Higiene
e Beleza crescerem em super e hipermercados no
Brasil, pois parte do mercado com alto valor agregado
está nas mãos do porta a porta e enxergamos uma
ótima perspectiva desse quadro se inverter, desde
que haja investimento da indústria e do varejo na
mesma direção”, diz Marcelo Costa da Unilever.
Os estabelecimentos que proporcionam uma
experiência mais prazerosa conseguem capturar
o consumidor. “Não é de hoje que as farmácias e
as perfumarias ganham a preferência na compra
de produtos de Higiene e Beleza por conta de um
mix mais diversificado e sofisticado, e todo o rol de
serviços oferecidos em relação ao supermercado:
Atendimento, promotores que esclarecem dúvidas
sobre o produto e oferecem informações sobre a
melhor opção de compra para o cliente”, comenta
a diretora executiva da Consultoria SHOPPER
CONNECT, Fátima Merlin. Quando o produto está
em uma farmácia ou perfumaria, ou até mesmo com
uma vendedora do porta a porta deste segmento, o
Em Foco 5
40
O
Higiene & beleza
s desafios são muitos na categoria de
Higiene e Limpeza, mas as perspectivas são
positivas. O brasileiro é vaidoso e cada vez mais
sente necessidade de melhorar a aparência, isso
em virtude da renda mais elevada e da maior
disponibilidade de produtos.
O País é o terceiro maior mercado mundial de
Higiene e Limpeza, de acordo com a Euromonitor,
e já ocupa a liderança global em Perfumaria e
desodorantes; É o segundo em produtos para
cabelo, Higiene Oral, Protetor solar, Itens
masculinos e infantis.
Segundo estimativa da P&G BRASIL, o
segmento de Higiene e Beleza cresce de 2% a 5%
ao ano, em volume, e de 8% a 12% em valor. O
faturamento da indústria como um todo vem numa
crescente nas últimas décadas, quando passou de
R$ 4,9 Bilhões, em 1996, para R$ 29,4 bilhões, em
2011, de acordo com a ABIHPEC.
Empresas como a Unilever e a P&G Apostam na
inovação e na tecnologia para lançar produtos de
ofereçam mais benefícios e enxergam um potencial
foco da venda é apenas o da Higiene e Beleza, do
bem estar e da saúde. Ele não se dispersa com a
lembrança ou a preocupação de adquirir outras
categorias, ao contrário, lembra-se de comprar algo
a mais para a família.
Atualmente, este é um fator muito importante,
pela auto-indulgências e necessidade de sentirse bem, mais jovial, o que é tão atrelado por
meios de comunicação e está incutido na mente
da população. Além disso, estes estabelecimento
focados têm promoções, Campanhas de incentivo e
até preços mais baixos...
Todos os anos, muitos produtos são lançados
e não vingam. Para se ter uma idéia, em 2010 a
indústria colocou no mercado 274 lançamentos de
desodorantes, mas apenas 5% desse total vingaram,
segundo dados da Nielsen. Ou seja, o índice de
mortalidade dos novos itens é elevado. ”Será que é
preciso tantos produtos?”, questiona o Sócio-Diretor
da Consultoria MINDSHOPPER, Julio Gomes. Ele
acredita que, muitas vezes, os itens são lançados sem
um estudo profundo sobre sua viabilidade.
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Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013
Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013
Em Foco 6
42
como ¨alvejantes seguros¨. Essa nova linha de
produtos, com maior valor agregado, fizeram
sustentar esse crescimento em valor (> 7%) e
que também já atinge um índice de penetração
> 25%. No mercado são disponíveis os líquidos,
tendo com principio ativo, peróxido de hidrogênio
(H 2 O 2 ) e produtos sólidos (na forma de pó)
A
Alvejantes
N. Mammana (CCI Química)
lvejantes de uma maneira geral são
auxiliares no processo de lavagem de tecidos, e
que através de efeitos físicos e químicos removem
toda sujidade (tais como sujeiras gordurosas,
coloridas, e/ou de origem vegetal) depositadas
nas fibras têxteis.
O mercado de alvejantes clorados no Brasil
(água sanitária), vem apresentando um
crescimento marcante em volume (>500.000
tons) e um crescimento em valor nos últimos
anos mais surpreendente. Isto é fruto de
tecnologias, com novas aplicações, embalagens
mais seguras, cores, fragrâncias e aditivação.
Esses produtos detem alta taxa de penetração
nas casas brasileiras, sendo um grande aliado
para a limpeza e cuidados com as roupas.
Como parte desse crescimento, destacamos
os alvejantes sem cloro, produtos considerados
eficazes e que não danificam os tecidos, podendo
ser usados em roupas brancas e coloridas, tidos
tendo perborato de sódio ( NaBO 3 * 4 H 2 O ) e
percarbonato de sódio (Na 2 CO3 * 1.5 H 2 O 2),
como ativos.
Os alvejantes são tidos como coadjuvantes no
processo de lavagem e cuidados com as roupas,
atuando através de aplicação direta na sujidade
( tira manchas), e/ou junto com o detergente,
potencializando-o.
Esses novos conceitos de alvejantes migraram
da área institucional, na qual, os requisitos
de segurança e eficiência são mais exigidos e
necessários. Tanto os alvejantes na forma de
pó e de líquidos, alem de seus princípios ativos,
podem também ser aditivados com utilização
de branqueadores ópticos (FWA- Florescent
Whitening Agents), que agregam um efeito
visual maior de branco e avivam as cores.
Tecidos corretamente lavados e alvejados ainda
apresentam ligeira tonalidade amarelada. Os
branqueadores ópticos modificam ligeiramente
essas cores, produzindo um branco azulado, que
é conversão da fração invisível ultravioleta em
branco brilhante. Entretanto, apenas algumas
classes de branqueadores ópticos, como os
derivados do disterilbifenil (DSBP) apresentam
estabilidade à oxidação, resistente a cloro
(solução NaClO), e peróxido.
Nessa classe de produto BRY 10 D´OR (Tipo
CBS) que é efetivo em fibras celulósicas e
suas misturas, possui estabilidade a oxidação,
podendo ser incorporado em detergentes pós/
liquidos e alvejantes.
E strutura DSBP
Esses branqueadores ópticos em detergentes
líquidos/ alvejantes apresentam excelente
trans­pa­­rên­c ia mostrando seu grau de pureza e
características físico-químicos. Nos pós podem
ser incorporados diretamente à mistura, por
apresentar granulométrica compatível ao meio e
/ou encapsulado em speckles.
Em termos de dosagem vale sempre o principio
de ¨custo/beneficio¨ do alvejante (dosagem
recomendada). Os valores na área domestica
oscilam de 0,05 – 0,2% .
Nós da CCI /como fornecedores do BRY 10
D´OR (F) , e com amplo grau de especialização,
estamos aptos ao desenvolvimento de formulações
efetivas através de nossos testes de Laboratório
e avaliação simulada.
43
Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013
Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013
Economia 1
44
Professor da Trevisan
comenta sobre cenário
econômico nos EUA,
Europa e Brasil para 2013
O economista e professor da Trevisan Escola de Negócios, Alcides Leite, aponta os
principais fatos que marcaram as economias dos Estados Unidos, Europa e Brasil em 2012, os
fatos que serão foco de atenção em 2013 e faz uma breve análise de cenário.
Fatos relevantes de 2012:
Temas que serão foco de atenção para 2013:
- Economia Americana: a reeleição de Obama foi
fundamental para a continuidade do processo de
correção do déficit público e redução da dívida
pública americanas. Com aumento dos impostos
para os mais ricos e corte dos gastos militares,
sem redução dos gastos sociais.
- Economia Européia: A crise se aprofundou e
deixou claro que sem uma maior unidade fiscal e
política não há como superá-la.
- Economia Brasileira: O baixo crescimento do
PIB, comparado aos demais países da América
Latina expõe as deficiências da política econômica
brasileira. O baixo nível de investimentos
tem impedido maior crescimento da atividade
econômica. É necessário acelerar o processo de
concessões de portos, rodovias, aeroportos e
outras áreas de infraestrutura.
- Crescimento da economia americana, com redução
da taxa de desemprego.
- Estagnação da economia européia, com necessidade
de medidas políticas de maior unificação fiscal.
- Baixo crescimento da economia brasileira, expondo
ainda mais as dificuldades da política econômica do
governo federal.
Análise de cenário:
“A economia brasileira deve crescer em torno de 3%.
A economia americana deve manter o mesmo ritmo
de crescimento e a economia européia deve ter índice
negativo. A China deve reduzir seu ritmo de crescimento
econômico. Todos estes fatores não devem alterar o
ritmo de crescimento da economia mundial, uma vez
que a redução do crescimento de alguns países vai ser
compensado pelo aumento do crescimento de outros”.
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Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013
Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013
Sebrae, Luiz Barretto. “O Brasil tem cerca de
63 mil padarias e quase a totalidade são micro
ou pequenas empresas. Se levarmos em conta o
exemplo desse empreendedor, estamos falando
de uma economia anual de mais de R$ 1 bilhão
somente nessa atividade”, completa.
Para Sara Bravo Elias, diretora-administrativa
da Sorvete Salada, em Minas Gerais, a redução
dos custos de energia é uma iniciativa de extrema
importância para as empresas, necessária para
as políticas de recuperação da competitividade
da pequena e média indústria brasileira.
Representando 7,5% do custo fixo de produção, o
consumo de energia é um dos itens que a empresa
monitora constantemente.
Economia 2
46
Uso
mais eficiente
A redução das despesas com energia elétrica
pode se tornar ainda maior ao se levar em conta
uma boa gestão do consumo. A diretora da Sorvete
Queda nas tarifas de energia
gera economia para empresas
Micro e pequenos negócios podem ter redução de até 28% nas contas de luz
P
roprietários de micro e pequenas empresas –
aquelas que faturam até R$ 3,6 milhões por ano
- aguardam com expectativa as novas tarifas da
contas de energia, que passam a vigorar a partir
de fevereiro. Eles colocaram na ponta do lápis
os impactos que os novos preços de energia vão
representar para seus negócios. Mesmo quem já
adotou iniciativas para diminuir o desperdício
faz planos para o futuro com o dinheiro que irá
economizar.
Dono de três padarias em Brasília, Cláudio
Henrique de Faria acredita que poderá guardar por
ano quase R$ 50 mil e que esse dinheiro virá em boa
hora, pois todas as padarias terão que trocar seus
equipamentos de acordo com norma do Ministério
do Trabalho e Emprego de 2010, que estabelece
regras técnicas para máquinas e equipamentos
utilizados em diversos setores produtivos.
“Qualquer redução de custos é bem-vinda
para incentivar o desenvolvimento dos negócios,
ainda mais quando se trata de um item essencial
como energia elétrica”, afirma o presidente do
Salada conta sobre os estudos de eficiência
energética que a empresa realizou com o apoio
do Sebrae. Dentre as ações que foram apontadas
no relatório final do estudo foi implementada a
readequação de modalidade tarifária da conta, por
meio de contrato com a concessionária de energia
do estado que prevê um custo menor do kw/h,
além da substituição de alguns equipamentos,
luminárias e lâmpadas de alto consumo por
outras de baixo consumo e mais adequadas ao
ambiente onde estão instaladas. Com as medidas
já implantadas, a economia gerada foi em torno
de 8% da conta de energia elétrica. A empresa
estuda também a instalação de um gerador, o
que deverá reduzir em aproximadamente 17% os
custos mensais com energia elétrica.
O Sebrae orienta micro e pequenas empresas
a adotar atitudes simples que podem reduzir
significativamente o consumo de energia elétrica,
ao mesmo tempo em que favorecem o meio
ambiente.
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Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013
Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013
Cosméticos - Mercado
48
10º Lugar: Shiseido (Japão)
Faturamento em 2012: US$ 2,9 bilhões, que
representa uma queda de 2% em relação a 2011.
9º Lugar: Bioré (Japão)
Faturamento em 2012: R$ 3,3 bilhões, que
representa um aumento de 11% em relação a 2011.
8º Lugar: Estée Lauder (Estados Unidos)
Faturamento em 2012: US$ 3,7 bilhões,
que representa um aumento de 22% em
relação a 2011.
7º Lugar: Dove (Grã Bretanha)
Faturamento em 2012: US$ 5 bilhões,
que representa um aumento de 12% em
relação a 2011.
6º Lugar: Lâncome (França)
Faturamento em 2012: US$ 5,1 bilhões, que
representa uma queda de 10% em relação a 2011.
Conheça as 10 marcas de
cosméticos mais poderosas de 2012
Forbes mostra o ranking com as marcas de cosméticos que lideram o mercado de itens de
beleza. Juntas, elas movimentam mais de 59 bilhões de dólares.
5º Lugar: Nivea (Alemanha)
Faturamento em 2012: US$ 5,6 bilhões, que
representa uma queda de 15% em relação a 2011.
4º Lugar: Neutrogena (Estados Unidos)
Faturamento em 2012: US$ 6,2 bilhões, que
representa uma queda de 2% em relação a 2011.
3º Lugar: L’Oréal (França)
C
om o crescimento do mercado de beleza, empresas
do mundo todo somam números impressionantes.
A revista Forbes divulga regularmente diversas
listas que revelam as empresas e personalidades
mais importantes para o mundo dos negócios. O
faturamento anual, a abrangência de mercado e a
influência das marcas e pessoas também são fatores
que podem ser medidos a partir desses números.
Faturamento em 2012: US$ 7,7 bilhões, que
representa um aumento de 1% em relação a 2011.
A última notícia divulgada pela Forbes mostra o
ranking com as marcas de cosméticos que lideram
o mercado de itens de beleza. As dez gigantes dos
cosméticos movimentam juntas uma quantia que
supera a marca de 59 bilhões de dólares, o que
equivale a cerca de 115 bilhões de reais.
Saiba quais são as empresas e quanto elas
faturam anualmente.
2º Lugar: Avon (Estados Unidos)
Faturamento em 2012: US$ 7,9 bilhões, que
representa uma queda de 22% em relação a 2011.
1º Lugar: Olay (Estados Unidos).
Faturamento em 2012: US$ 11,8 bilhões, que
representa um aumento de 6% em relação a 2011.
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Revista Espuma - Janeiro/Fevereiro de 2013
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( ) Frigoríficos e Graxarias
( ) Atacadistas
( ) Supermercados
( ) Embalagens
( ) Aromas
( ) Indústria Química Fina
( ) Equipamentos de Laboratórios e Análises
( ) Corantes e Pigmentos
( ) Entidades da Cadeia Produtiva
( ) Centros de Pesquisas e Universidades
( ) Escolas Técnicas
( ) Outros
Abisa 2ª capa
(21) 2524-5816
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www.abisa.com.br
CCI Química 35
(11) 5642-0102
[email protected]
www.cciquimica.com.br
Aboissa 3ª capa
(11) 3353-3000
[email protected]
www.aboissa.com.br
Citratus 7
Akzo Nobel 4ª capa
(11) 4591-8935
www.akzonobel.com
Alpes 47
(43) 3420-3233
www.produtosalpes.com.br
(19) 3826-8100
www.citratus.com.br
Doce Aroma 11
(11) 2633-3000
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www.docearoma.com.br
FC Oliveira 21
(99) 3661-5200
[email protected]
www.fcoliveira.com.br
Grande Rio Reciclagem 41
(21) 2765-9550
[email protected]
www.grgrupo.com.br
M. Cassab 25
(11) 2162-7788
www.mcassab.com.br
Maksiwa 13
(41) 3621-3218
[email protected]
www.maksiwa.com.br
Reciclagem 17
(65) 3029-1063
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Rhotoplás Embalagens 15
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