apostila 2014

Transcrição

apostila 2014
APOSTILA 2014
Jovens Talentos I
Rua: Paulo Kleis Junior, 268 – São Vicente – Itajaí/SC
www.combemi.com.br
Fone: (47) 3349-8146 / 3346-6146
MISSÃO
Proporcionar o Protagonismo Juvenil a adolescentes em situação de vulnerabilidade pessoal e social,
contemplando a formação humanista, por meio da Educação, Assistência Social e Capacitação Profissional.
Tem por VISÃO a efetiva inserção do adolescente no mercado de trabalho, razão de ser dessa instituição,
centrada nos VALORES da responsabilidade, respeito, transparência e solidariedade.
OBJETIVO DO CURSO: JOVENS TALENTOS
Contribuir com o processo de formação profissional e cidadania de adolescentes em situação de
vulnerabilidade social, favorecendo a convivência familiar e comunitária e o desenvolvimento de habilidades
e competências que os tornem aptos para a iniciação no mercado de trabalho.
Nome do Adolescente: _______________________________________________________________
Período do Curso: 10\03\2014 A 28\11\2014
2
COMISSÃO DO BEM ESTAR DO MENOR DE ITAJAÍ
COMBEMI
A COMBEMI - Comissão do Bem Estar do Menor de Itajaí, pessoa jurídica de direito privado,
organização da sociedade civil sem fins econômicos, de caráter assistencial, educacional e cultural.
Neste ano completa 42 anos de muito esforço e dedicação a crianças e adolescentes em situação de
vulnerabilidade social.
Desde 2009 a Instituição atende adolescentes e jovens dos 12 aos 18 anos em projetos de qualificação
profissional básica e formação cidadã.
A COMBEMI, em sua sede própria localizada no Bairro São Vicente, tem como objetivo atender
cerca de 444 adolescentes no ano de 2014, inseridos nos Programas: “Jovem Cidadão” “ Jovens Talentos I”
e “ Jovens Talentos II”; oferecendo também cursos de Inglês em parceria com a Escola de Idiomas Fisk
e Capacitação Profissional aos jovens aprendizes inseridos no mercado de trabalho.
CRONOGRAMA ANUAL 2014
Março
Data
10
13
17
17 a 21
Ação
Início das aulas de todos os alunos
1ª reunião da família e entrega da apostila
Entrega de uniformes para todos os alunos
Semana contra o Bullyng
Horário
8h e 14h
19h
8h e 14h
8h e 14h
Aula
Normal
Normal
Normal
Normal
Horário
8h e 14h
10h e 15h
Aula
Não haverá
Normal
18
21
23
30
Ação
Parada COMBEMI
Palestra Política e Lançamento Jovem Consciente, Vota
Tranquilamente
Sexta feira da Paixão
Tiradentes
Lançamento da Gincana da Juventude
1ª Roda de conversa com a família
10h e 15h
Confirmar
Não haverá
Não haverá
Normal
Normal
Maio
Data
01
02
23
30
Ação
Feriado Dia do Trabalho
Parada COMBEMI
Entrega de todos os textos do concurso literário
Resultado do concurso literário
Horário
8h e 14h
14h
10h
Aula
Não haverá
Não haverá
Normal
Normal
Ação
Reunião com a família dos adolescentes vencedores do
concurso e entrega da camiseta
Debate com os vencedores do Concurso
Posse dos Adolescentes da COMBEMI (prefeito e vereador
por um dia) DATA PROVÀVEL
Reunião da família Jovem cidadão
Corpus Christi
Horário
Definir
Aula
Normal
Definir
19h
Normal
Normal
Definir
Normal
Não haverá
Abril
Data
01
08
Junho
Data
04
05
13
18
19
3
20
26
27
Parada COMBEMI
Encerramento do curso Jovem cidadão
Festa Junina
8h e 14h
Definir
19h
Não haverá
Normal
Não haverá
Julho
Data
09
07 a 18
11
14
Ação
Reunião da família Jovens Talentos
Matrículas Jovem Cidadão e caminhão
Seminário ECA
Recesso Jovens Talentos
Horário
19 horas
8h e 14h
14h
Aula
Normal
Normal
Normal
Não haverá
Horário
8h e 14h
19h
Aula
Normal
Normal
9h e 14h
Normal
Normal
10h
Normal
16
20
29
Ação
Retorno das aulas com os alunos – Recepção
Reunião da família Jovem cidadão turma 2º semestre entrega
de apostila
Semana contra o bullying jovem cidadão
Palestra Escola José Medeiros – Lançamento do projeto
Prefeito por Um dia
Inauguração da galeria Prefeito por Um Dia (Aniversário
COMBEMI)
1ª Feijoada com Pagode – Aniversário COMBEMI
2º Fórum da Aprendizagem
Seminário Política e Juventude
11h
14h
8h
Não haverá
Normal
Normal
Setembro
Data
07
10
12
18
26
Ação
Desfile cívico – DATA PROVÀVEL
2ª roda de conversa com a família
Parada COMBEMI
Dia do Adolescente
Recebimento dos textos do Concurso José Medeiros
Horário
Aula
Não haverá
Normal
Não haverá
Normal
Normal
Outubro
Data
10
13
15
24
27 a 31
28
Ação
Estacionamento solidário DATA PROVÀVEL
Folga de Dia do Professor
Parada COMBEMI
2ª Feira de profissões Amigos da COMBEMI
Ações Outubro Rosa
Resultado do concurso literário Jose Medeiros
Horário
9h
Agosto
Data
04
06
11 a 15
14
15
Novembro
Data
Ação
07
Premiação Prefeito Por Um dia – escola José Medeiros
21
Seminário Meio ambiente e sustentabilidade
27
Encerramento Jovem Cidadão – Feira da cidadania
28
Encerramento jovens talentos – Show de talentos
19
Reunião da família Jovem Cidadão
25
Reunião da família Jovens Talentos
Definir
8h e 14h
Definir
8h
Definir
Definir
Definir
Aula
Normal
Não haverá
Não haverá
Normal
Normal
Normal
Horário
Definir
Definir
8h e 14h
8h e 14h
19h
19h
Aula
Normal
Normal
Normal
Normal
Não haverá
Não haverá
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TODO ADOLESCENTE TEM O DIREITO
 Capacitação profissional;
 Ser respeitado e tratado com igualdade, dignidade e sem discriminação;
 Receber ensino e atendimento de qualidade, por profissionais habilitados e capacitados.
SÃO DEVERES DOS ADOLESCENTES
 Respeitar e não discriminar as pessoas com quem se relacionar;
 Participar das aulas e atividades extras;
 Ter aproveitamento e frequência mínima no curso;
 Manter a higiene e conservação das instalações da instituição;
 Cumprir ações disciplinares;
 Ser pontual e apresentar atestado médico, declarações para justificar as faltas;
 Manter-se em sala de aula, durante o período do curso;
 Apresentar os trabalhos e tarefas nas datas previstas;
 Devolver e manter bem cuidados os livros e materiais que pertencem à instituição.
É PROIBIDO
 Namorar na COMBEMI e durante as Visitas Técnicas;
 Usar ou atender celular durante as aulas;
 Utilizar-se de violência física, verbal ou psicológica;
 Sair da COMBEMI sem autorização;
 Usar boné ou chapéu;
 Fazer barulho/algazarra;
 Usar o banheiro de maneira inadequada;
 Consumir alimentos em sala de aula;
 Trazer alimentos de fora;
 Estacionar as bicicletas fora do bicicletário;
 Desperdiçar copos, toalhas de papel, guardanapos;
 Permanecer na recepção antes e após as aulas;
 Participar de passeios e Visitas técnicas da Instituição sem autorização do responsável.
APARÊNCIA E VESTIMENTO
 Apresentar-se asseado;
 Saia até o joelho, bermuda ou calça e Camiseta da COMBEMI;
 É obrigatório o uso da camiseta da COMBEMI todos os dias.
COORDENAÇÃO
COMBEMI
5
CIDADANIA E RELAÇÕES HUMANAS
Prof.: Ricardo Bianchi
6
1.
Fundamentos da Cidadania e Políticas Públicas
Cidadania é o exercício dos direitos e deveres civis, políticos e sociais estabelecidos na
constituição. Os direitos e deveres de um cidadão devem andar sempre juntos, uma vez que ao cumprirmos
nossas obrigações permitimos que o outro exerça também seus direitos.
Exercer a cidadania é ter consciência de seus direitos e obrigações e lutar para que sejam colocados em
prática. Exercer a cidadania é estar em pleno gozo das disposições constitucionais. Preparar o cidadão para o
exercício da cidadania é um dos objetivos da educação de um país.
A Constituição da República Federativa do Brasil foi promulgada em 5 de outubro de 1988, pela
Assembleia Nacional Constituinte, composta por 559 congressistas (deputados e senadores). A Constituição
consolidou a democracia, após os anos da ditadura militar no Brasil.
A cidadania está relacionada com a participação social, porque remete para o envolvimento em
atividades em associações culturais (como escolas) e esportivas.
Deveres do cidadão...

Votar para escolher os governantes;

Cumprir as leis;

Educar e proteger seus semelhantes;

Proteger a natureza;

Proteger o patrimônio público e social do País.
Direitos do cidadão...

Direito à saúde, educação, moradia, trabalho, previdência social, lazer, entre outros;

O cidadão é livre para escrever e dizer o que pensa, mas precisa assinar o que disse e
escreveu;

Todos são respeitados na sua fé, no seu pensamento e na sua ação na cidade;

O cidadão é livre para praticar qualquer trabalho, ofício ou profissão, mas a lei pode pedir
estudo e diploma para isso;

Só o autor de uma obra tem o direito de usá-la, publicá-la e tirar cópia, e esse direito passa
para os seus herdeiros;

Os bens de uma pessoa, quando ela morrer, passam para seus herdeiros;

Em tempo de paz, qualquer pessoa pode ir de uma cidade para outra, ficar ou sair do pais,
obedecendo a lei feita para isso.
7
2.
Direitos Fundamentais
Direito à vida: Do direito à vida é gerador de todos os demais, à liberdade, à saúde, à integridade física,
à educação, à moradia, entre outros. Para assegurá-la o governo regulamenta e executa ações relativas ao
meio ambiente, à salubridade no espaço de trabalho, aos direitos do consumidor, aos direitos dos idosos e
dos deficientes físicos e mentais, à distribuição de medicamentos, à obtenção dos documentos básicos do
cidadão, etc. É proibida a aplicação da pena de morte e a repressão ao homicídio, que são formas de
violações ao direito à vida.
Direito à igualdade: Todos são iguais em direitos e deveres, sem distinção de qualquer natureza, raça,
sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Em razão deste direito, no Brasil o racismo é
considerado crime inafiançável e imprescritível. Proíbe a discriminação contra a convicção política,
filosófica, sexual e religiosa do cidadão.
Direito à integridade física, psíquica e moral: Por integridade física entende-se o exercício da
liberdade de ir e vir com segurança. A integridade psíquica permite ao indivíduo exercer a sua liberdade de
pensamento com consciência e vontade. Finalmente, é direito do individuo exercer a sua integridade moral,
que é a essência de sua formação cultural, ainda que essa integridade contrarie os interesses do Estado.
8
Direito à educação, à saúde e à habitação: A educação, saúde e habitação devem ser garantidos pelo
Estado a fim de promover o desenvolvimento do país e de seus cidadãos.
Direito à liberdade de expressão e informação: É o direito de expressar livremente opiniões, ideias e
pensamentos. Contudo, é importante lembrar que há limites à liberdade de informação e expressão que
decorrem necessariamente da Constituição e são o direito à intimidade, direito à imagem, direito à honra e os
valores éticos sociais.
Direito à propriedade com função social: A propriedade deve atender a sua função social,
assegurando seu melhor aproveitamento em prol de toda a coletividade.
Direito de reunião e associação: Os direitos de reunião e associação são essenciais à prática social.
Todavia, para serem exercidos é preciso que sejam: pacíficos, visem fins lícitos e devem ser previamente
notificados às autoridades competentes, para que se providencie a segurança necessária e não frustrem outro
evento no mesmo local e dia.
Direito de participar do governo e da oposição: A participação popular no poder e na fiscalização
dos atos governamentais é fundamental para o Estado Democrático de Direito. A democracia para ser
realmente exercida tem como pressupostos: o debate e a defesa de ideologias.
Direito aos serviços públicos: É um poder-dever do Estado de estabelecer políticas públicas
oferecendo serviços básicos com qualidade ao cidadão como saúde, educação, habitação e transporte
coletivo. O Estado financia os serviços públicos com o recolhimento dos tributos, que são instituídos pelo
governo e que devem reverter em benefício da população – daí a importância de fiscalizar a utilização do
dinheiro público.
Direito de petição e de acesso ao Judiciário: O direito de petição é exercido, independente de
pagamento de taxas, contra ilegalidade ou abuso de poder e para a apreciação de lesão ou ameaça a direito; e
a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimentos de situações de
interesse pessoal. O direito de acesso ao Judiciário é o direito de qualquer pessoa que sentir-se ameaçada ou
tiver lesado direito seu pode recorrer ao Poder Judiciário. Aos cidadãos que comprovarem insuficiência de
recursos, o Estado deve fornecer assistência jurídica integral e gratuita, atualmente prestada pelas
Defensorias Públicas.
Direito ao trabalho digno e com remuneração justa: O trabalho permite à pessoa humana
desenvolver sua capacidade física e intelectual, conviver de modo positivo com outras pessoas e realizar-se
integralmente como pessoa. Os trabalhadores, urbanos e rurais, têm os mesmos direitos assegurados. O
salário digno do trabalhador é um destes direitos. A Constituição estabelece um salário mínimo.
9
3.
Políticas Públicas e Partidária
Entende-se por Política Pública ―o conjunto de ações coletivas voltadas para a garantia dos direitos
sociais, configurando um compromisso público que visa dar conta de determinada demanda, em diversas
áreas‖. Expressa a transformação daquilo que é do âmbito privado em ações coletivas no espaço público.
Entende-se por demandas sociais todas as necessidades do povo, transporte, educação, moradia, segurança,
trabalho, saúde, assistência social e etc.
A Política Pública é para o político eleito, como é o leme para o navio: essencial, pois é a partir dela
que irão se definir as diretrizes do governo com metas que deverão ser cumpridas a fim de beneficiar a
população; eis aí a importância de prestarmos toda a atenção nas propostas de governo que são postas diante
de nós. O ser humano é um ser político, mesmo que não queira ou não saiba disso. Mesmo de forma
involuntária, fazemos política o tempo inteiro, em nossa casa, no nosso trabalho, enfim em todos os lugares
onde há relacionamento humano. Quando concordamos ou discordamos de alguém sobre qualquer assunto
estamos fazendo política, quando apoiamos ou criticamos também. Isso são decisões e atos políticos, só que
não partidários.
A Política Partidária também é isso, só que num universo maior, ela aborda a administração macro,
os governos, as relações de poder. Aí entram os partidos que são ou deveriam ser a união de pessoas ou
grupos com ideais semelhantes, que se organizam na intenção de conquistar ou manter o poder. Numa
democracia, este processo é claro e transparente. Na verdade os partidos políticos são as únicas instituições
que legalmente têm essa função, de forma aberta e transparente. Isso é política partidária. Na democracia
quem pretende de alguma forma participar do poder tem que necessariamente ingressar num partido político
4.
Plano de Convivência Familiar e Comunitária
A estruturação de um plano nacional destinado à promoção, proteção e defesa do direito de crianças e
adolescentes à convivência familiar e comunitária reflete a clara decisão do Governo Federal de dar
prioridade a essa temática, com vistas à formulação e implementação de políticas públicas que assegurem a
garantia dos direitos das crianças e adolescentes, de forma integrada e articulada com os demais programas
de governo.
O Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do Direito de Crianças e Adolescentes à
Convivência Familiar e Comunitária é resultado de um processo participativo de elaboração conjunta,
envolvendo representantes de todos os poderes e esferas de governo, da sociedade civil organizada e de
organismos internacionais, os quais compuseram a Comissão Intersetorial que elaborou os subsídios
apresentados ao Conselho Nacional dos Direitos das Crianças e Adolescentes - CONANDA e ao Conselho
Nacional de Assistência Social – CNAS.
Os conselhos analisaram e aprimoraram a proposta inicial, que foi em seguida submetida à consulta
pública, garantindo o caráter democrático na construção do documento. As diversas contribuições recebidas
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das diferentes regiões do país contribuíram para a adequação do Plano à realidade brasileira, bem como aos
pressupostos do Estatuto da Criança e do Adolescente e às normativas vigentes.
O PCFC constitui um marco nas políticas públicas no Brasil, ao romper com a cultura da
institucionalização de crianças e adolescentes e ao fortalecer o paradigma da proteção integral e da
preservação dos vínculos familiares e comunitários preconizados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente.
A manutenção dos vínculos familiares e comunitários – fundamentais para a estruturação das crianças e
adolescentes como sujeitos e cidadãos – está diretamente relacionada ao investimento nas políticas públicas
de atenção à família.
Com esta iniciativa, reconhece-se a importância da mobilização de Estado e sociedade para que as
crianças e os adolescentes sejam vistos de forma indissociável de seu contexto familiar e comunitário. No
entanto, no processo de formulação e implementação das políticas orientadas pelo Plano, não se pode perder
de vista a importância das ações transversais e intersetoriais dentro do poder público e da articulação com a
sociedade.
As crianças e adolescentes não são fragmentadas e, portanto, deve-se sempre pensar no seu
atendimento humano integral, por meio de políticas públicas articuladas com vistas à plena garantia dos
direitos e ao verdadeiro desenvolvimento social. As estratégias, objetivos e diretrizes do Plano estão
fundamentados primordialmente na prevenção ao rompimento dos vínculos familiares, na qualificação do
atendimento dos serviços de acolhimento e no investimento para o retorno ao convívio com a família de
origem. Somente se forem esgotadas todas as possibilidades para essas ações, deve-se utilizar o recurso de
encaminhamento para família substituta, mediante procedimentos legais que garantam a defesa do superior
interesse da criança e do adolescente.
O Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do Direito de Crianças e Adolescentes à
Convivência Familiar e Comunitária representa um importante instrumento para a mobilização nacional e
suas diretrizes certamente devem se transformar em ações concretas e articuladas de responsabilidade do
Estado e dos diversos atores sociais, que assumem de forma renovada o compromisso pela promoção,
proteção e defesa do direito de crianças e adolescentes à convivência familiar e comunitária.
5.
Família – Histórico e Conceitos
Designa-se por família o conjunto de pessoas que possuem grau de parentesco entre si e vivem na
mesma casa formando um lar. Uma família tradicional é normalmente formada pelo pai e mãe, unidos por
matrimônio ou união de fato, e por um ou mais filhos, compondo uma família nuclear ou elementar.
A família é considerada uma instituição responsável por promover a educação dos filhos e influenciar
o comportamento dos mesmos no meio social. O papel da família no desenvolvimento de cada indivíduo é
de fundamental importância. É no seio familiar que são transmitidos os valores morais e sociais que
servirão de base para o processo de socialização da criança, bem como as tradições e os costumes
perpetuados através de gerações.
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12
Mentes Perigosas nas Escolas – Bullying
Desde a década de 80, na Europa, os pesquisadores da mente humana iniciaram a nobre tarefa de
nomear determinadas condutas de jovens entre si, dentro de seus universos acadêmicos. Esses estudos
fizeram a distinção entre as brincadeiras naturais e saudáveis, típicas da vida estudantil, daquelas que
ganham requintes de crueldade e extrapolam todos os limites de respeito pelo outro. As brincadeiras
acontecem de forma natural e espontânea entre os alunos. Eles brincam, "zoam", colocam apelidos uns nos
outros, tiram "sarros" dos demais e de si mesmos, dão muitas risadas e se divertem. No entanto, quando as
"brincadeiras" são realizadas repletas de "segundas intenções" e de perversidades, elas se tornam verdadeiros
atos de violência que ultrapassam os limites suportáveis de qualquer um.
Além disso, é necessário entendermos que brincadeiras normais e sadias são aquelas nas quais todos
os participantes se divertem. Quando apenas alguns se divertem a custa de outros que sofrem, isso ganha
outra conotação bem diversa de um simples divertimento. Nessa situação específica, utiliza-se o termo
bullying escolar, que abrange todos os atos de violência (físico ou não) que ocorrem de forma intencional e
repetitiva contra um ou alunos, impossibilitados de fazer frente as agressões sofridas.
O bullying tornou-se um problema endêmico nas escolas de todo o mundo. Um dos casos mais
emblemáticos e com fim trágico ocorreu nos Estados Unidos, em 1999, no colégio Columbine High School,
em Denver, Colorado. Os estudantes Eric Harris, de 18 anos e Dylan Klebold de 17, assassinaram 12
estudantes e um professor. Deixaram mais de vinte pessoas feridas e se suicidaram em seguida. A motivação
para o ataque seria vingança pela exclusão escolar que os dois teriam sofrido durante muito tempo.
A palavra bullying, de origem inglesa e ainda sem tradução no Brasil, ainda é pouco conhecida do
grande público. Se recorrermos ao dicionário encontraremos as seguintes traduções para a palavra bully:
indivíduo valentão, tirano, mandão, brigão. Os bullies (ou agressores) são responsáveis por atitudes de
violência física ou psicológica contra uma ou mais vítimas que se encontram impossibilitadas de se
defender. Seja por uma questão circunstancial ou por uma desigualdade subjetiva de poder. Em geral um
bully domina a maioria dos alunos de uma turma e "proíbe" qualquer atitude solidária em relação ao
agredido.
Algumas atitudes podem se configurar em formas diretas ou indiretas de praticar o bullying. Porém,
dificilmente a vítima recebe apenas um tipo de maus-tratos; normalmente, os comportamentos
desrespeitosos dos bullies costumam vir em "bando". Assim, uma mesma vítima pode sofrer variadas formas
de agressões tais como: verbal (insultar, xingar), física (bater, ferir), psicológica ou moral (humilhar, isolar),
sexual (assediar, abusar) e virtual (cyberbullying) realizado através de celular e internet para difundir, de
forma avassaladora, calúnias e maledicências.
Além de os agressores escolherem um aluno-alvo que se encontra em franca desigualdade de poder,
geralmente este também já apresenta uma baixa autoestima. A prática de bullying agrava o problema
preexistente, assim como pode abrir casos graves de transtornos psíquicos e/ou comportamentais que, muitas
vezes, trazem prejuízos irreversíveis. Observa-se que não somente crianças e adolescentes sofrem com essa
prática indecorosa, como muitos adultos experimentam aflições intensas advindas de uma vida estudantil
13
traumática. Dentre esses problemas destaca-se: sintomas psicossomáticos (insônia, náuseas, tonturas etc.),
transtorno do pânico, fobia escolar (medo intenso de frequentar a escola), fobia social (timidez patológica),
ansiedade generalizada, anorexia, bulimia, transtorno obssessivo-compulsivo (TOC), esquizofrenia e, em
casos mais dramáticos, homicídio e suicídio.
Como se não bastasse todo o sofrimento e adoecimento das vítimas, diversos estudos apontam para o
fato de os agressores possuírem maior probabilidade de praticarem atos de delinquência e criminalidade. A
maioria deles se comporta assim por uma nítida falta de limites em seus processos de educação. A ausência
de um modelo educativo que associe autorrealização pessoal com atitudes socialmente produtivas e
solidárias faz com que os agressores se sintam gratificados somente com atitudes egoístas e maldosas, que
lhes conferem notoriedade e autoridade sobre os demais alunos. Outros adotam comportamentos
transgressores por estarem vivenciando dificuldades circunstanciais em seus relacionamentos familiares
(doenças graves, separação dos pais, morte de um parente querido etc.). Por fim, encontramos também uma
minoria de jovens agressores que tenha a transgressão pessoal e social como base de sua personalidade. Suas
atitudes expressam uma maneira de sentir na qual o outro tem a única função de lhe proporcionar diversão,
status e poder.
Não há dúvida de que o fenômeno bullying estimula a delinquência e induz a outras formas explícitas
de violência, capazes de produzir, em níveis diversos, cidadãos estressados, com baixa autoestima e reduzida
capacidade de autoexpressão. Além disso, como já mencionado, as vítimas de bullying estão propensas a
desenvolver doenças psicossomáticas, transtornos mentais leves e moderados e até psicopatologias graves.
É preciso ainda reiterar a interferência drástica que o bullying produz no processo de aprendizagem e
de socialização de crianças e jovens. Para algumas vítimas, mesmo após a interrupção do bullying, as
consequências, advindas dessa violência, tendem a se propagar por toda uma existência em decorrência das
experiências traumáticas difíceis de serem removidas da memória. Em caso mais graves, quando a violência
é intensa e contínua, a vítima pode chegar a cometer suicídio ou atos de heteroagressão e autoagressão
(homicídio seguido de suicídio).
Desta forma, os profissionais de educação, de saúde mental, de assistência social, da área do Direito
(como juízes, promotores, delegados de polícia) e os agentes policiais devem adquirir o máximo de
conhecimento sobre o fenômeno bullying. Somente dessa maneira, ao se depararem com o problema,
poderão contribuir para a busca de soluções eficazes.
O diagnóstico do bullying deve ser feito o mais precocemente possível, em cada realidade escolar. A
partir daí, é preciso se estabelecer um diálogo amplo entre todos os envolvidos em cada caso específico. Agir
de forma rápida e coesa tem o objetivo nobre de evitar que os jovens envolvidos com os comportamentos
bullying assimilem uma mensagem social equivocada de que os problemas podem ser resolvidos com
violência ou com a anulação moral dos mais fracos.
A luta anti-bullying deve ser iniciada desde muito cedo. A importância da precocidade das ações
educacionais se deve ao incalculável poder que as crianças possuem para propagar e difundir ideias. Elas
facilmente se transformam em agentes multiplicadores capazes de "educar", por vias alternativas, seus
familiares e funcionários domésticos, criando-se assim um círculo vicioso no empenho pela paz.
14
Nessa luta épica, cujo cenário principal é a escola e os atores principais são os profissionais de
educação, estão em jogo os bens mais preciosos da humanidade: a solidariedade, a tolerância, a justiça, a
dignidade, a honestidade, a amizade, o respeito às diferenças e o amor ao próximo.
Para que essa batalha tenha um final feliz, devemos fortalecer nossos guerreiros: exigir políticas
públicas e privadas que disponibilize recursos significativos para a formação intelectual, técnica, psicológica
e pessoal de nossos educadores. Somente dessa forma eles poderão ter o comprometimento, o engajamento e
a segurança de que necessitam para abraçar de corpo e alma essa causa heroica: educar nossas crianças e
adolescentes para uma vida de cidadania plena, em que direitos e deveres, que hoje só existem no papel,
sejam de fato exercidos e respeitados no dia a dia.
6.
Violência e Exploração Sexual Infanto-juvenil
O que é violência sexual...
É uma violação dos direitos sexuais, que se traduz pelo abuso e/ou exploração do corpo e da
sexualidade de crianças e adolescentes – seja pela força ou outra forma de coerção – , ao envolver meninas e
meninos em atividades sexuais impróprias para sua idade cronológica ou a seu desenvolvimento físico,
psicológico e social. O abuso e exploração sexual são as duas formas, igualmente perversas, com que a
violência sexual se manifesta.
O abuso é qualquer ato de natureza ou conotação sexual em que adultos submetem menores de idade a
situações de estimulação ou satisfação sexual, imposto pela força física, pela ameaça ou pela sedução. O
agressor costuma ser um membro da família ou conhecido. Já a exploração pressupõe uma relação de
mercantilização, onde o sexo é fruto de uma troca, seja ela financeira, de favores ou presentes. A exploração
sexual pode se relacionar a redes criminosas mais complexas e podendo envolver um aliciador, que lucra
intermediando a relação da criança ou do adolescente com o cliente.
Existe uma série de fatores que podem favorecer esse tipo de violência, além da condição de pobreza.
Entre eles encontramos questões de gênero, étnicas, culturais, a erotização do corpo da criança e do
adolescente pela mídia, consumo de drogas, disfunções familiares e baixa escolaridade. Contudo, devemos
lembrar que a violência sexual acontece em todos os meios e classes sociais.
Os aspectos psicossociais...
O abuso e a exploração sexual são crimes graves, que deixam marcas profundas nos corpos das
vítimas, como lesões, contágio por doenças sexualmente transmissíveis e gravidez precoce. Mais do que
isso, a violência sexual prejudica profundamente o desenvolvimento psicossocial de crianças e adolescentes,
gerando problemas como estresse, depressão e baixa autoestima. É dever da família, do Estado e de toda a
sociedade protegê-los.
15
As crianças e adolescentes ―avisam‖ de diversas maneiras, quase sempre não verbais, as situações de
maus tratos e de abuso sexual.
Veja abaixo alguns indicadores na conduta da criança/adolescente que sofreu abuso sexual:
Sinais corporais:

Enfermidades psicossomáticas, que são uma série de problemas de saúde sem aparente causa
clínica, como dores de cabeça, erupções na pele, vômitos e outras dificuldades digestivas que têm, na
realidade, fundo psicológico e emocional.

Doenças sexualmente transmissíveis, diagnosticadas em coceira na área genital, infecções
urinárias, odor vaginal, corrimento ou outras secreções vaginais e penianas e cólicas intestinais.

Dificuldade de engolir devido à inflamação causada por gonorreia na garganta ou reflexo de
engasgo hiperativo e vômitos (por sexo oral).

Dor, inchaço, lesão ou sangramento nas áreas da vagina ou ânus a ponto de causar, inclusive,
dificuldade de caminhar e sentar.

Ganho ou perda de peso, visando afetar a atratividade do agressor.

Traumatismo físico ou lesões corporais, por uso de violência física.
Sinais comportamentais:

Medo ou pânico de certa pessoa ou sentimento generalizado de desagrado quando é deixado
sozinho em algum lugar com alguém.

Medo do escuro ou de lugares fechados.

Mudanças extremas súbitas e inexplicadas no comportamento, como oscilações no humor
entre retraída e extrovertida.

Mal estar pela sensação de modificação do corpo e confusão de idade.

Regressão a comportamentos infantis, como choro excessivo sem causa aparente, enurese
(xixi na cama) e chupar dedos.

Tristeza, abatimento profundo ou depressão crônica. Fraco controle de impulsos e
comportamento autodestrutivo ou suicida.

Baixo nível de autoestima e excessiva preocupação em agradar os outros.

Vergonha excessiva, inclusive de mudar de roupa na frente de outras pessoas.

Culpa e autoflagelação.

Ansiedade generalizada, comportamento tenso, sempre em estado de alerta, fadiga.

Comportamento disruptivo, agressivo, raivoso, principalmente dirigido contra irmãos e um
dos pais não incestuoso.

Alguns podem apresentar transtornos dissociativos na forma de personalidade múltipla.
Sexualidade:

Interesse ou conhecimento súbitos e não usuais sobre questões sexuais.
16

Expressão de afeto sensualizada ou mesmo certo grau de provocação erótica, inapropriado
para uma criança.

Desenvolvimento de brincadeiras sexuais persistentes com amigos, animais e brinquedos.

Masturbar-se compulsivamente.

Relato de avanços sexuais por parentes, responsáveis e outros adultos.

Desenhar órgãos genitais com detalhes além de sua capacidade etária.
Hábitos, cuidados corporais e higiênicos:

Abandono de comportamento infantil, de laços afetivos, de antigos hábitos lúdicos, de
fantasias, ainda que temporariamente.

Mudança de hábito alimentar – perda de apetite (anorexia) ou excesso de alimentação
(obesidade).

Padrão de sono perturbado por pesadelos frequentes, agitação noturna, gritos, suores,
provocados pelo terror de adormecer e sofrer abuso.

Aparência descuidada e suja pela relutância em trocar de roupa.

Resistência em participar de atividades físicas.

Frequentes fugas de casa.

Práticas de delitos.

Envolvimento em prostituição infanto-juvenil.

Uso e abuso de substâncias como álcool, drogas lícitas e ilícitas.
Relacionamento social:

Tendência ao isolamento social com poucas relações com colegas e companheiros.

Relacionamento entre crianças e adultos com ares de segredo e exclusão dos demais.

Dificuldade de confiar nas pessoas à sua volta.

Fuga de contato físico.
OBS: O surgimento de objetos pessoais, brinquedos, dinheiro e outros bens que estão além das
possibilidades financeiras da crianças/adolescente e da família pode ser indicador de favorecimento e/ou
aliciamento.
7.
Violência Doméstica – A Questão da Lei Maria da Penha
As Nações Unidas definem violência como ―o uso intencional da força física ou poder, ameaça ou real,
contra si próprio, outra pessoa, ou contra um grupo ou comunidade, que resulte ou tenha uma alta
probabilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, mau desenvolvimento ou privação‖.
Porém, ao longo da história da humanidade, diversos acontecimentos foram alterando paulatinamente
o entendimento da violência entre humanos. Atualmente e do ponto de vista conceptual, prevalece a
17
perspetiva afirmada logo no 1º artigo da Declaração Universal dos Direitos Humanos que afirma que ―todas
as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e devem agir
em relação umas às outras com espírito de fraternidade‖, a qual exclui qualquer tipo de violência.
Apesar disso, a violência entre humanos não foi erradicada, persistindo sobre as mais diversas formas
e expressões, desde a violência coletiva (guerras), à violência interpessoal (entre parceiros) ou à violência
autoinfligida (suicídio), desde a violência física à violência psicológica.
Neste contexto, a violência doméstica pode entender-se como uma forma de violência entre pessoas
que coabitam um determinado espaço.
A violência doméstica considerada, desde sempre, como algo da esfera privada, tem vindo nos últimos
trinta anos a ser objeto de estudo e de intervenção, inicialmente no âmbito das forças de segurança e justiça e
posteriormente na área da saúde pública.
De acordo com a ―Council of Europe Convention on preventing and combating violence against
women and domestic violence ‖ (2011), entende-se como violência doméstica todos os atos de violência
física, sexual, psicológica ou econômica que ocorram dentro da família ou unidade doméstica ou entre atuais
ou ex-cônjuges ou parceiros, quer o perpetrador partilhe ou tenha partilhado ou não o mesmo domicílio com
a vítima.
Pelas razões expostas, a violência doméstica representa uma prioridade quer por uma questão de
dignidade, quer de legalidade, mas também de saúde na medida em que é causa de perturbação física e
emocional para as vítimas e, por outro lado, conduz a custos sociais e de saúde. Exige por isso o nosso
empenho proativo e justifica a criação de uma rede de apoio.
Por violência doméstica entende-se qualquer ato, omissão ou conduta que serve para infligir dor física,
sexual ou mental, direta ou indiretamente, por meio de enganos, ameaças, coação, etc.
Violência física é a ação ou omissão que coloque em risco ou cause dano à integridade física de uma
pessoa. Violência psicológica é a ameaça direta ou indireta, humilhação, isolamento ou qualquer outra
conduta que implique prejuízo à saúde psicológica, à auto determinação ou ao desenvolvimento pessoal.
A violência sexual é a ação que obriga uma pessoa a manter contato sexual, físico ou verbal, ou a
participar de outras relações sexuais com uso da força, intimidação, manipulação, ameaça ou qualquer outro
mecanismo que anule ou limite a vontade pessoal..
Alves (2005, citando Machado e Gonçalves, 2003), refere violência doméstica como ―qualquer ato,
conduta ou omissão que sirva para infligir, reiteradamente e com intensidade, sofrimentos físicos, sexuais,
mentais ou econômicos, de modo direto ou indireto (por meio de ameaças, enganos, coação ou qualquer
outro meio) a qualquer pessoa que habite no mesmo agregado doméstico privado (pessoas – crianças, jovens,
mulheres adultas, homens adultos ou idosos – a viver em alojamento comum) ou que, não habitando no
mesmo agregado doméstico privado que o agente da violência, seja cônjuge ou companheiro marital ou excônjuge ou ex-companheiro marital‖ (p.2). Considera ainda, fatores que contribuem para a violência, ―o
isolamento (geográfico, físico, afetivo e social), a fragmentação (como mal que consiste em considerar
apenas uma parte menor do problema e que tem a ver com o rótulo que se confere à pessoa em concreto), o
poder e o domínio ou a influência moral‖ (p.3).
18
8.
Sexualidade na Adolescência
A Adolescência, período de vida compreendido entre 10 e 20 anos, é uma fase bastante conturbada.
Ocorrem transformações físicas e emocionais importantes, preparando a criança para assumir um novo papel
perante a família e a sociedade. A criança desenvolve-se, amadurece e fica apta para usufruir sua
sexualidade, firmando sua identidade sexual e buscando um par, já com a possibilidade de gerar filhos.
A fase onde há modificações no corpo chama-se de Puberdade. Ocorre a primeira menstruação nas
meninas (menarca), as poluções masculinas (ejaculações espontâneas sem coito), o crescimento de pêlos no
corpo, a mudança de voz nos rapazes, o amadurecimento da genitália, com aumento do tamanho do pênis e
dos seios, entre outros.
Mas nem sempre esta fase vem acompanhada das transformações emocionais e sociais que são o
marco da adolescência. Dependendo da cultura de cada povo, a adolescência pode chegar mais tarde,
independente da criança estar já bem desenvolvida fisicamente. É o caso dos países ocidentais, como os
Estados Unidos e a Inglaterra ou França. O processo de educação continuada e a grande soma de
informações, por exemplo, acabam por retardar a necessidade, por parte dos jovens, da busca de uma vida
separada de seus pais. Muitos ainda moram com a família depois dos 20 anos. Já em sociedades mais
simples, como em algumas regiões do Brasil, da África ou da Ásia, a necessidade de força braçal, desde
muito cedo, antecipa a entrada da criança na adolescência e nas responsabilidades que lhe são devidas.
A jovem adolescente amadurece em média dois anos antes do rapaz. Busca fortificar sua feminilidade,
prorrogar os encontros sexuais e selecionar um parceiro adequado para poder ter sua primeira relação sexual,
o que ocorre de forma gradativa. Vai experimentando seus limites progressivamente. Os rapazes buscam
encontros sexuais com mais ansiedade, geralmente, persuadindo as garotas ao sexo com eles. Em nosso
meio, há uma tendência do jovem em experimentar sensações sexuais com outros de sua idade, sem
necessariamente buscar uma relação sexual propriamente dita. O termo que se usa atualmente é "ficar".
A perda da virgindade ainda é um marco importante para os jovens. É um rito de iniciação sexual, que
pode ser vivenciado com orgulho ou com culpa excessiva, de acordo com a educação e tradição da família.
Inicialmente, os jovens buscam apenas envolvimento sexual, testando suas novas capacidades e reações
frente a sensações antes desconhecidas. É a redescoberta do corpo. Só depois procuram o envolvimento
afetivo complementar passando a conviver não apenas em bandos, mas também aos pares.
A masturbação faz parte da vida das pessoas desde a infância e, na adolescência, se intensifica com a
redescoberta de sensações, tanto individualmente quanto em dupla ou em grupo.
Os jovens podem apresentar algum tipo de atividade homossexual nessa fase, como exposição dos
genitais, masturbação recíproca e comparação dos seios e dos genitais em grupo (comparação do tamanho do
pênis, por exemplo), atividades estas consideradas absolutamente normais.
Em tempos da super informação, com a internet, a globalização, a pouca censura nos meios de
comunicação de massa, há um apelo sexual frequente e precoce, expondo os jovens a situações ainda não
bem compreendidas por eles. Os adolescentes falam como adultos, querem se portar como tal e ter os
privilégios da maturidade. No entanto, falta-lhes a experiência, a responsabilidade e o significado real de um
19
envolvimento sexual. A gravidez de risco na adolescência, infelizmente, é um dos resultados desastrosos
desta situação atual. A pouca informação qualificada e o precário respeito dos adultos perante as
necessidades dos jovens são os verdadeiros responsáveis pelo falso e ilusório desenvolvimento do
adolescente de hoje.
9.
Prevenção do Uso de Álcool e Outras Drogas
Prevenção: Prevenir quer dizer: "preparar; chegar antes de; evitar (um dano ou um mal); impedir que
algo se realize".
A prevenção em saúde indica uma ação antecipada, baseada no conhecimento que temos das causas de
uma doença. Ela tem por objetivo diminuir a chance do problema aparecer ou, se ele já existe, evitar que
piore.
As mais sérias pesquisas sobre a questão nos mostram um aumento do uso de drogas, mas
principalmente, mostram-nos a necessidade de planejarmos ações preventivas adequadas ao grupo que
desejarmos atingir. Prevenir não é banir a possibilidade do uso de drogas. Prevenir é considerar uma série de
fatores para favorecer que o indivíduo tenha condições de fazer escolhas.
Como você sabe, o uso de álcool e outras drogas, depende de outros fatores além da vontade do
indivíduo. Há fatores que aumentam as chances do indivíduo iniciar o uso de drogas, ou ainda, aumentam as
chances de que esse uso inicial ou moderado se torne um uso que traga mais prejuízos para o usuário.
O uso indevido de álcool e outras drogas é fruto de um conjunto de fatores. Nenhuma pessoa nasce
predestinada a usar álcool e outras drogas ou se torna dependente apenas por influência de amigos ou pela
grande oferta do tráfico. Nós seres humanos, buscamos elementos para aliviar dores e acirrar prazeres.
Assim encontramos as drogas. Algumas vezes experimentamos, outras usamos sem nos comprometermos, e
em outras, ainda abusamos.
Este que usou, se não tiver dentro de um fator biológico importante, se tiver uma boa relação familiar e
se não tiver uma boa sensação com este uso pode, ainda, fazer só um uso recreacional, mas se sua condições
forem de risco ou prazerosas ele poderá vir a fazer o uso regular de drogas.
Fatores relacionados ao uso de drogas:
Fatores Pessoais
De
proteção
De
Risco
Habilidades sociais
Cooperação
Habilidades para resolver problemas
Vínculos positivos com pessoas, instituições
e valores
Autonomia
Autoestima desenvolvida
Insegurança
Insatisfação com a vida
Sintomas depressivos
Curiosidade
20
Busca de Prazer
Fatores Familiares
De
proteção
De
Risco
Pais que acompanham as atividades dos
filhos
Estabelecimento de regras e de condutas claras
Envolvimento afetivo com a vida dos filhos
Respeito aos ritos familiares
Estabelecimento claro da hierarquia familiar
Pais que fazem uso abusivo de drogas
Pais que sofrem de doenças mentais
Pais excessivamente autoritários
Pais muito exigentes
Famílias que mantêm uma cultura aditiva
(forma de viver de uma fam ília na qual as
soluções são dadas como formas de impedir a
reflexão)
Fatores Escolares
De
proteção
De
Risco
Bom desempenho escolar
Boa inserção e adaptação no ambiente escolar
Ligações fortes com a escola
Oportunidades de participação e de decisão
Vínculos afetivos com professores e colegas
Realização pessoal
Possibilidade de desafios e expansão da mente
Descoberta de talentos pessoais
Prazer em aprender
Descoberta e construção de projeto de vida
Baixo desempenho escolar
Falta de regras claras
Exclusão sócia
Falta de vínculos com a aprendizagem
Fatores Sociais
De
proteção
De
Risco
Respeito às leis sociais
Credibilidade da mídia
Oportunidades de trabalho e de lazer
Informações adequadas sobre as drogas e seus
efeitos
Clima comunitário afetivo
Consciência comunitária e mobilização social
Amigos não usuários de drogas e não envolvidos
em atividades ilícitas
Violência
Envolvimento em atividades ilícitas
Amigos usuários de drogas
Pressão social para o consumo
Desvalorização das autoridades sociais
Descrença nas instituições
Falta de oportunidades de trabalho e de
lazer
Fatores Relacionados à Droga
De
proteção
De
Risco
Informações contextualizadas sobre efeitos
Regras e controle para consumo adequado
Disponibilidade para compra
Propaganda que incentiva e mostra apenas
o prazer que a droga causa
Prazer intenso que leva o indivíduo ao uso
Apologia de certos grupos da sociedade ao uso
de drogas (principalmente da maconha)
21
Devemos ter em mente que vários fatores contribuem para a decisão de alguém usar drogas, e não
somente um fator isolado. Além disso, não é porque um indivíduo está envolvido em uma vida cheia de
fatores de risco que, necessariamente, ele fará um uso problemático de álcool e outras drogas.
A formação de cada um de nós se inicia na família. É função da família proteger seus filhos e
favorecer neles o desenvolvimento de competências, por exemplo: para lidar com limites e frustrações. Na
adolescência, a falta de proteção da família, especialmente para o adolescente transgressor, que não sabe
lidar com frustrações, pode favorecer o uso indevido de substâncias psicoativas.
Se o jovem vem de uma família desorganizada, mas encontra em sua vida um grupo comunitário que
faz seu asseguramento, oferecendo-lhe alternativas de lazer e de desenvolvimento de habilidades pessoais,
pode vir a ter sua formação garantida, aprendendo a criticar por si próprio e pelo grupo social.
A presença de religião na vida do indivíduo é um fator protetor ao uso de drogas. Diversos estudos tem
demonstrado que pessoas que praticam alguma religião ou que creem em algo superior, tem menores
chances de se envolverem com drogas. Quanto mais religioso o indivíduo, menor seu interesse pelo consumo
de substâncias psicoativas, incluindo as drogas ilícitas.
Valores religiosos, em geral, preconizam o bom relacionamento com respeito e afeto e isto, quando
realmente aplicado ao convívio familiar, seria fator de estabilidade doméstica, permitindo que os jovens
cresçam dentro de um ambiente emocionalmente saudável.
Sabemos que a motivação para o uso de drogas vem de vários fatores, e um fator de proteção isolado
não é garantia que um indivíduo não abusará de substâncias psicoativas.
Para que se realize um trabalho de prevenção sério e cuidadoso, com um determinado grupo, é
necessário:
 Identificar
fatores de risco, para minimizá-los.
 Identificar
fatores de proteção, para fortalecê-los.
 Tratar o
10.
grupo como específico, para identificar os fatores acima.
Os Oito Objetivos do Desenvolvimento do Milênio
Erradicar a extrema pobreza e a fome
O número de pessoas em países em desenvolvimento vivendo com menos de um dólar ao dia caiu para
980 milhões em 2004, contra 1,25 bilhão em 1990. A proporção foi reduzida, mas os benefícios do
crescimento econômico foram desiguais entre os países e entre regiões dentro destes países. As maiores
desigualdades estão na América Latina, Caribe e África Subsaariana. Se o ritmo de progresso atual
22
continuar, o primeiro objetivo não será cumprido: em 2015 ainda haverá 30 milhões de crianças abaixo do
peso no sul da Ásia e na África.
Atingir o ensino básico universal
Houve progressos no aumento do número de crianças frequentando as escolas nos países em
desenvolvimento. As matrículas no ensino básico cresceram de 80% em 1991 para 88% em 2005. Mesmo
assim, mais de 100 milhões de crianças em idade escolar continuam fora da escola. A maioria são meninas
que vivem no sul da Ásia e na África Subsaariana. Na América Latina e no Caribe, segundo o Unicef,
crianças fora da escola somam 4,1 milhões.
Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres
A desigualdade de gênero começa cedo e deixa as mulheres em desvantagem para o resto da vida.
Nestes últimos sete anos, a participação feminina em trabalhos remunerados não-agrícolas cresceu pouco. Os
maiores ganhos foram no sul e no oeste da Ásia e na Oceania. No norte da África a melhora foi
insignificante: Um em cinco trabalhadores nestas regiões é do sexo feminino e a proporção não muda há 15
anos.
Reduzir a mortalidade infantil
As taxas de mortalidade de bebês e crianças até cinco anos caíram em todo o mundo, mas o progresso
foi desigual. Quase11 milhões de crianças ao redor do mundo ainda morrem todos os anos antes de
completar cinco anos. A maioria por doenças evitáveis ou tratáveis: doenças respiratórias, diarreia, sarampo
e malária. A mortalidade infantil é maior em países que têm serviços básicos de saúde precários.
23
Melhorar a saúde materna
Complicações na gravidez ou no parto matam mais de meio milhão de mulheres por ano e cerca de 10
milhões ficam com sequelas. Uma em cada 16 mulheres morre durante o parto na África Subsaariana. O
risco é de uma para cada 3,800 em países industrializados. Existem sinais de progresso mesmo em áreas
mais críticas, com mais mulheres em idade reprodutiva ganhando acesso a cuidados pré-natais e pós-natais
prestados por profissionais de saúde. Os maiores progressos verificados são em países de renda média, como
o Brasil.
Combater o HIV/Aids, a malária e outras doenças
Todos os dias 6,8 mil pessoas são infectadas pelo vírus HIV e 5,7 mil morrem em consequência da
Aids - a maioria por falta de prevenção e tratamento. O número de novas infecções vem diminuindo, mas o
número de pessoas que vivem com a doença continua a aumentar junto com o aumento da população
mundial e da maior expectativa de vida dos soropositivos. Houve avanços importantes e o monitoramento
progrediu. Mesmo assim, só 28% do número estimado de pessoas que necessitam de tratamento o recebem.
A malária mata um milhão de pessoas por ano, principalmente na África. Dois milhões morrem de
tuberculose por ano em todo o mundo.
Garantir a sustentabilidade ambiental
A proporção de áreas protegidas em todo o mundo tem aumentado sistematicamente. A soma das áreas
protegidas na terra e no mar já é de 20 milhões de km² (dados de 2006). A meta de reduzir em 50% o
número de pessoas sem acesso à água potável deve ser cumprida, mas a de melhorar condições em favelas e
bairros pobres está progredindo lentamente.
Estabelecer uma Parceria Mundial para o Desenvolvimento
Os países pobres pagam a cada dia o equivalente a US$ 100 milhões em serviço da dívida para os
países ricos. Parcerias para resolver o problema da dívida, para ampliar ajuda humanitária, tornar o comércio
24
internacional mais justo, baratear o preço de remédios, ampliar mercado de trabalho para jovens e
democratizar o uso da internet, são algumas das metas.
Referências
ABC DA SAÚDE. Sexualidade na adolescência. Disponível: http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?11
Acesso em: 12 fev. 2014
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A EDUCAÇÃO, A CIÊNCIA E A CULTURA.
Direitos humanos na mídia comunitária: a cidadania vivida no nosso dia a dia. São Paulo : Oboré, 2009.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS – ONU. Objetivos do milênio. Disponível em:
http://www.objetivosdomilenio.org.br/. Acesso em: 12 fev. 2014.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. São Paulo, Saraiva, 2004.
SILVA. Ana Beatriz Barbosa. Bullying: mentes perigosas nas escolas. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009.
GUIA ESCOLAR. Rede de Proteção à Infância – Métodos para identificação de sinais de abuso e
exploração sexual de crianças e adolescentes – Ministério da Educação, 2004.
CARINHO
DE
VERDADE.
Abuso
e
Exploração
Sexual.
Disponível
em:
http://www.carinhodeverdade.org.br/abuso/introducao. Acesso em: 11 fev. 2014.
SECRETARIA MUNICIPAL DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE E DA JUVENTUDE. Plano
Municipal de Promoção, Proteção e Defesa do Direito de Crianças e Adolescentes à Convivência
Familiar e Comunitária. Berger. Itajaí, 2013.
SAMARA. Eni de Mesquita. O que mudou na família brasileira: da colônia a atualidade. Psicol. USP v.
13 n.2 São Paulo, 2002.
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA – RIIDE. Combate a violência doméstica: projeto de intervenção. Disponível
em: http://www.violenciadomestica.uevora.pt/. Acesso em: 12 fev. 2014.
25
INGLÊS
Profª.: Luciana Martins Amador
26
Greetings / (cumprimentos)
Hi – Oi
Hello – Alô / Olá
Good
Good
Good
Good
Morning – Bom dia
Afternoon – Boa Tarde
Evening – Boa noite (começo da noite)
Night – Boa noite (despedida / hora de dormir)
Good bye – Adeus
Bye bye – Tchau
See you soon – Até breve
See you later – Até mais tarde
See you tomorrow – Até amanha
Titles / (títulos / formas de tratamento)
Mr. (senhor)
Mrs. (senhora)
Miss (senhorita)
MS. (mulheres de estado civil desconhecido)
Sir (senhor)
Madam (senhora)
Informal Introductions (apresentações informais)
What’s your name? (Qual é o seu nome?)
My name is... (Meu nome é........)
I am ........
Nice to meet you, too (Prazer conhecê-lo também)
Pleased to meet you
Glad to meet you
How are you? (Como vai você?)
How are you doing? (Como você está passando?)
I’m fine, thanks (estou bem, obrigado)
I’m very well, thank you (estou muito bem, obrigado)
Too bad (péssimo)
Pretty good (ótimo)
Not bad (não muito bem)
So-so (mais ou menos)
Possessives (possessivos)
My (meu, minha, meus, minhas)
Your (seu, sua, seus, suas)
His (dele)
Her (dela)
Its (dele, dela (usado para animais e objetos)
Our (nosso, nossa, nossos, nossas)
Your (seus, suas)
Their (deles, delas)
27
Verb to be:
Affirmative sentences
I am
You are
He/ She/ It is
We are
You are
I´m
You ´re
He´s / She´s / It´s
We´re
You´re
Negative sentences
I am not
You are not
He/She/It is not
We are not
They are not
I ´m not
You aren´t
He/She/It isn´t
We aren´t
They aren´t
Interrogative Sentences
Am I ?
Are you ?
Is he/ she/ it ?
Are we?
Are they?
WH - Questions
What – O que / Que / Qual
What kind – Que tipo
Where – Onde / Aonde
When – Quando
Which – Qual dele/ deles (preferencial)
Who – Quem
Why – Porque (pergunta).
Because – Resposta
Whose- De quem
Spelling (soletrando)
How do you spell that? (como você soletra isso?)
Please, spell your name (por favor, soletre seu nome)
Spell your first name (soletre o seu primeiro nome)
Spell yout last name, please (soletre seu sobrenome, por favor)
Cardinal Numbers (números cardinais)
1 – One
2 – Two
3 – Three
4 – Four
5 – Five
6 – Six
7 – Seven
8 – Eight
9 – Nine
16 – Sixteen
17 – Seventeen
18 – Eighteen
19 – Nineteen
20 – Twenty
30 – Thirty
40 – Forty
50 – Fifty
60 – Sixty
28
10 – Ten
11 – Eleven
12 – Twelve
13 – Thirteen
14 – Fourteen
15 – Fifteen
70 – Seventy
80 – Eighty
90 – Ninety
100 – One hundred (a hundred)
200 – Two hundred
1000 – One thousand (a thousand)
Telephone Numbers (números de telefone)
What is your phone number? (Qual é o seu número de telefone?)
Time:
What time is it?
What´s the time?
I am early….
I am late….
It´s midday./ noon.
It´s midnight.
It´s ……. O´clock
It´s quarter to…….
It´s quarter past…….
It´s ten to/ past
It´s half past……
Time Expressions
Today – Hoje
Everyday – Todo dia
Every week – Toda semana
Every month – Todo mês
Every year – Todo ano
Every weekend – Todo final de semana
This morning – Hoje de manhã
This evening – Hoje a tarde (final de tarde / começo da noite)
This night / Tonight – Hoje a noite
The seasons of the year (Estações do ano)
Summer
Autumn or Fall
Winter
Spring
Ex:It’s summer now.
Ordinal numbers (números ordinais)
1º - First
2º - Second
3º - Third
4º - Fourth
5º - Fifth
29
6º - Sixth
7º - Seventh
8º - Eight
9º - Ninth
10º - Tenth
Preferences
What kind of food do you like?
What´s your favorite…..
Can I have…..
I would like…..
What would you like?
Verb there to be - Simple present (existir, haver)
Singular
There is – Há
There’s
Plural
There are – Há
There is not – Não há
There isn’t
There are not – Não há
There aren’t
Is there? – Há?
Ex:
There is a coffee shop in the Hotel.
There are two beds in your room.
Are there? – Há?
Questions – Short / Long / Answers
Is there a single room here?
Yes, there is.
Yes, there is a single room here.
No, there isn’t.
No, there isn’t a single room here.
Are there shops here?
Yes, there are.
Yes, there are shops here.
No, there aren’t.
No, there aren’t shops here.
Some / Any
We use some in affirmative sentences with uncountable nouns and plural nouns.
Ex:
There is some bread in the basket
There are some oranges in the basket.
Obs:
Ex:
We use some in questions when we ask for things and offer things
Would you like some coffee, please?
Yes, I’d like.
We use any in questions and negative sentences with uncountable nouns and plural nouns.
Ex: Is there any water here?
There aren’t any people.
30
Verb to be – Past tense
Affirmative form
I was
You were
He was
She was
It was
We were
You were
They were
Negative form
I wasn’t
You weren’t
He wasn’t
She wasn’t
It wasn’t
We weren’t
You weren’t
They weren’t
Interrogative form
Was I?
Were you?
Was he?
Was she?
Wasn’t it?
Were we?
Were you?
Were they?
Past simple (passado simples)
The past simple expresses a past action that is finished.
Ex: I lived in S. Paulo when I was 8.
The form of the past simple is the same in all persons.
Affirmative form
I lived
You lived
He lived
She lived
It lived
We lived
You lived
They lived
Negative form
I didn’t live
You didn’t live
He didn’t live
She didn’t live
It didn’t live
We didn’t live
You didn’t live
They didn’t live
Interrogative form
Did I live?
Did you live?
Did he live?
Did she live?
Did it live?
Did we live?
Did you live?
Did they live?
See list of irregular verbs.
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
LOGÍSTICA
Prof.: Edvaldo da Cruz
43
Competências Pessoais
1 - Orientação para o mercado de trabalho: Uma ótima forma de começar a pensar na carreira
profissional é definir sua formação educacional. É a partir desse momento que você deverá direcionar suas
ações e todo o seu aprendizado para o mercado de trabalho e para sua formação profissional.
2 – Ética no ambiente profissional: Estar preparado para o mercado de trabalho é uma qualidade que
determina o caráter e abre um leque de oportunidades para a recolocação no mercado de trabalho.
O
mundo em que vivemos é um mundo marcado pelo relativismo, onde o certo e o errado nunca foram tão
banalizados. Para a maioria das pessoas, os padrões morais e valores sociais ficam a critério de cada um. Por
isso, vivemos num mundo altamente individualista que prevalece nas relações sociais, educacionais,
econômicas, na religião e no trabalho.
DEFINIÇÃO
Segundo o Dicionário Aurélio, ―ética é o estudo dos juízos de apreciação que se refere à conduta
humana susceptível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal‖.
Etimologicamente, ética vem do grego ETHOS, e tem seu correlato no latim MORALE com o
mesmo significado; conduta relativa aos costumes. Podemos concluir que, etimologicamente, ética e moral
são palavras sinônimas.
CONCEITOS
Ética é princípio, moral são aspectos de condutas específicas.
Ética é permanente, moral é temporal.
Ética é universal, moral é cultural.
Ética é regra, moral é conduta de regra.
Ética é teoria, moral é a prática.
3 – Cidadania
Cidadania (do latim, civitas, "cidade") é o conjunto de direitos e deveres ao qual um indivíduo está
sujeito em relação à sociedade em que vive.
O conceito de cidadania sempre esteve fortemente "ligado" à noção de direitos, especialmente os
direitos políticos, que permitem ao indivíduo intervir na direção dos negócios públicos do Estado,
participando de modo direto ou indireto na formação do governo e na sua administração, sejam ao votar
(direto), seja ao concorrer a um cargo público (indireto).
44
No entanto, dentro de uma democracia, a própria definição de Direito, pressupõe a contrapartida de
deveres, uma vez que em uma coletividade os direitos de um indivíduo são garantidos a partir do
cumprimento dos deveres dos demais componentes da sociedade.
1- Introdução à Logística
É o conjunto de métodos utilizados para a condução da organização empresarial. A logística
empresarial trata, portanto, do processo de planejar, implementar e controlar, de forma eficiente e eficaz o
fluxo de informações, financeiro, além do fluxo e armazenagem de materiais durante a produção e produtos
acabados, e as informações relativas a estas atividades, desde o ponto de origem até o ponto de consumo,
visando atender aos requisitos do cliente (qualidade, custo, prazo, etc).
Antes da década de 50, as empresas executavam, normalmente, a atividade logística de maneira
puramente funcional. Não existia nenhum conceito ou uma teoria de logística integrada. A falta de atenção
pode ser atribuída primeiramente ao alto crescimento da computação e em segundo lugar, o baixo interesse
de investimento na área tão desconhecida.
Compreende-se como a evolução da Logística:
• 1900 – 1930: era da produção em massa
- especialização e divisão do trabalho;
- produtos com pouca diferenciação;
- redução dos custos de produção.
• 1930 – final da década de 1940: era do marketing de massa
-diferenciação de produtos com diversificação e customização;
-investimentos em campanhas de marketing.
• 1950 – anos seguintes: era da descontinuidade
- novas estratégias e culturas organizacionais.
-décadas de 1980 e 1990: sinais de que a oferta já é maior do que a demanda.
1.2-A Logística e suas Ramificações
O profissional de logística pode atuar em inúmeras áreas, diretamente no nível operacional, gerencial,
estratégico e efetuar inúmeras atividades como no comercial de uma empresa, delineando custos e despesas,
bem como atuar diretamente com transportes, estoque, recebimento e expedição de mercadorias por estar
diretamente ligado as atividades de conferência e controle.
O mundo da Logística vem tomando muitas ramificações, as mais expressivas são Logística
Industrial, Logística Comercial e Econômica. As empresas de primeiro mundo têm tomado conhecimento
sobre a Logística Reversa, uma filosofia nova na visão comercial que consiste em reutilizar materiais que
antes eram descartados.
1.3-Atividades da Logística
45
As atividades referentes à Logística ao passar dos anos sofrerão inúmeras alterações, nos primórdios
a logística era apenas a forma de escalas onde os navios comerciantes deveriam parar nos portos pelo
mundo. Nos dias de hoje a logística está voltada para transporte, armazenagem, cadeia logística e cadeia de
suprimentos.
Dentre as atividades de Logística, a mais importante e complexa é a da Armazenagem, pois
consistem na guarda, manutenção e movimentação da matéria-prima de produto acabado, com o intuito de
manter a qualidade do produto e a satisfação do cliente.
Seus objetivos são: utilizar o espaço nas três dimensões, da maneira mais eficiente possível;
proporcionar a movimentação rápida e fácil de suprimentos desde o recebimento até a expedição.
Ao aperfeiçoar a armazenagem, obtem-se:
1 . Máxima utilização do espaço (ocupação do espaço)
2. Efetiva utilização de recursos disponíveis (mão-de-obra e equipamentos);
3 . Pronto acesso a todos os itens (seletividade);
4 . Máxima proteção aos itens estocados;
5 . Boa organização;
6 . Satisfação das necessidades dos clientes.
Os objetivos do layout de um armazém devem ser:
a . Assegurar a utilização máxima do espaço;
b . Propiciar a mais eficiente movimentação de materiais;
c . Oferecer a estocagem mais econômica, em relação as despesas de equipamentos, espaço, danos de
material e mão-de-obra do armazém;
d . Fazer do armazém um modelo de boa organização.
-Alternativas de Armazenamento: Próprio / Público / Alugado (Leasing) / em Trânsito.
-Um armazém tem três funções fundamentais: Retenção / Armazenamento temporário/ semi-permanente
-Transferência de Informação: Trabalha em simultâneo com outras funções fundamentais, a captação de
informações corretas em tempo oportuno.
Holding
- Apoio à produção
- Proteção do Inventário
46
- Conservação ordenada e adequada do inventário
- Consolidação
2- Administração de Materiais
Toda produção depende da existência conjunta de três fatores de produção: natureza, capital e
trabalho, integrados por um quarto fator denominado empresa. Para os economistas, todo processo produtivo
se fundamenta na conjunção desses quatro fatores de produção.
a) Natureza: é o fator que fornece os insumos necessários à produção, como as matérias-primas, os
materiais, a energia etc. É o fator de produção que proporciona as entradas de insumos para que a produção
possa se realizar.
b) Capital: é o fator que fornece o dinheiro necessário para adquirir os insumos e pagar o pessoal. O capital
representa o fator de produção que permite meios para comprar, adquirir e utilizar os demais fatores de
produção;
c) Trabalho: é o fator constituído pela mão-de-obra, que processa e transforma os insumos, através de
operações manuais ou de máquinas e ferramentas, em produtos acabados ou serviços prestados.
d) Empresa: é o fator integrador capaz de aglutinar a natureza, o capital e o trabalho em um conjunto
harmonioso que permite que o resultado alcançado seja muito maior do que a soma dos fatores aplicados no
negócio.
2.1-Introdução à NR_11 (transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de Materiais)Segurança da Carga e Movimentação de Produtos Perigosos:
Segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres, Segurança da Carga e Movimentação de
Produtos Perigosos é qualquer material sólido, líquido ou gasoso que seja tóxico, radioativo, corrosivo,
quimicamente reativo, ou instável durante a estocagem prolongada em quantidade que representa uma
ameaça à vida, à propriedade ou ao meio ambiente.
Sob o ponto de vista genérico, os riscos dos produtos químicos perigosos podem referir-se tanto à
segurança como à saúde dos trabalhadores e estão relacionados com o fabrico, utilização e manipulação e
presença
No
de
substâncias
âmbito
das
químicas,
legislações
quer
no
comunitária
estado
e
puro,
quer
nacional,
formando
são
misturas.
designados
por:
-Substâncias - os elementos químicos e os seus compostos como se apresentam no estado natural ou como
são produzidos pela indústria e que contenham, eventualmente, qualquer aditivo necessário à preservação da
estabilidade do produto e impureza decorrente do processo, com exclusão de qualquer solvente que possa ser
extraído
sem
afetar
a
estabilidade
da
substância
nem
alterar
a
sua
composição;
-Preparações - as misturas ou soluções que são compostas de duas ou mais substâncias.
47
Conceitos
- O transporte é função da distancia entre áreas de produção e consumo.
- Produto perigoso- Substancias que representem risco á saúde, meio ambiente e segurança pública.
- Importância da movimentação de produtos perigosos na estrutura econômica - fluxos de importação e de
exportação.
- Regulamentação- regras e procedimentos que permitem que o transporte desse tipo de carga ocorra em
níveis adequados de segurança.
-Referencia – normas e padrões praticados internacionalmente.
Para controle e prevenção de produtos perigosos a ANTT - Agência Nacional de Transportes
Terrestres, subdivide as principais modalidades de transportes e seus respectivos órgãos conforme quadro
abaixo:
A classificação adotada para os produtos considerados perigosos, feita com base no tipo de risco que
apresentam e conforme as Recomendações para o Transporte de Produtos Perigosos das Nações Unidas,
sétima edição revista, 1991, compõe-se das seguintes classes, definidas nos itens 1.1 a 1.9:
Classe 1 – EXPLOSIVOS
Classe 2 - GASES, com as seguintes subclasses:
Subclasse 2.1 - Gases inflamáveis;
Subclasse 2.2 - Gases não-inflamáveis, não-tóxicos;
Subclasse 2.3 - Gases tóxicos.
Classe 3 - LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS
Classe 4 - Esta classe se subdivide em:
Subclasse 4.1 - Sólidos inflamáveis;
Subclasse 4.2 - Substâncias sujeitas a combustão espontânea;
Subclasse 4.3 - Substâncias que, em contato com a água, emitem gases inflamáveis.
Classe 5 - Esta classe se subdivide em:
Subclasse 5.1 - Substâncias oxidantes;
Subclasse 5.2 - Peróxidos orgânicos.
Classe 6 - Esta classe se subdivide em:
Subclasse 6.1 - Substâncias tóxicas (venenosas);
Subclasse 6.2 - Substâncias infectantes.
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Classe 7 - MATERIAIS RADIOATIVOS
Classe 8 – CORROSIVOS
Classe 9 - SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS DIVERSAS.
SÍMBOLOS
2.3- Processamento do Pedido
-Controle de Estoque - subsistema responsável pela gestão econômica dos estoques, através do
planejamento e da programação de material, compreendendo a análise, a previsão, o controle e o
ressuprimento de material. O estoque é necessário para que o processo de produção-venda da empresa opere
com um número mínimo de preocupações e desníveis. Os estoques podem ser de: matéria-prima, produtos
em fabricação e produtos acabados. O setor de controle de estoque acompanha e controla o nível de estoque
e o investimento financeiro envolvido.
-Classificação de Material - subsistema responsável pela identificação (especificação), classificação,
codificação, cadastramento e catalogação de material.
-Aquisição / Compra de Material - subsistema responsável pela gestão, negociação e contratação de
compras de material através do processo de licitação. O setor de Compras preocupa-se sobremaneira com o
estoque de matéria-prima. É da responsabilidade de Compras assegurarem que as matérias-primas exigidas
pela Produção estejam à disposição nas quantidades certas, nos períodos desejados.
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-Armazenagem / Almoxarifado - subsistema responsável pela gestão física dos estoques, compreendendo
as atividades de guarda, preservação, embalagem, recepção e expedição de material, segundo determinadas
normas e métodos de armazenamento.
-Movimentação de Material - subsistema encarregado do controle e normalização das transações de
recebimento, fornecimento, devoluções, transferências de materiais e quaisquer outros tipos de
movimentações de entrada e saída de material.
-Inspeção de Recebimento - subsistema responsável pela verificação física e documental do recebimento de
material, podendo ainda encarregar-se da verificação dos atributos qualitativos pelas normas de controle de
qualidade.
-Cadastro - subsistema encarregado do cadastramento de fornecedores, pesquisa de mercado e compras.
-Transporte de Material - subsistema de apoio que se responsabiliza pela política e pela execução do
transporte, movimentação e distribuição de material. A colocação do produto acabado nos clientes e as
entregas das matérias-primas na fábrica são de responsabilidade do setor de Transportes e Distribuição.
Após a concretização da compra, o subsistema de Cadastro também fica responsável para
providenciar, junto aos fornecedores, o cumprimento do prazo de entrega contratual, iniciando o ciclo,
novamente, por ocasião do recebimento de material.
3- Cadeia de abastecimento
A logística tem sido uma das maneiras mais utilizadas para vencer esses desafios. A explicação
reside na sua capacidade de evoluir para responder as necessidades advindas das profundas e constantes
mudanças que as organizações estão enfrentando. O modo como a logística vem sendo aplicada e
desenvolvida, no meio empresarial e acadêmico, denota a evolução do seu conceito, a ampliação das
atividades sob sua responsabilidade e, mais recentemente, o entendimento de sua importância estratégica.
Em seu estágio mais avançado, está sendo utilizada para o planejamento de processos de negócios
que integram não só as áreas funcionais da empresa, como também a coordenação e o alinhamento dos
esforços de diversas empresas na busca por reduzir custos e agregar o máximo valor ao cliente final. Este
processo é chamado Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento ou, em inglês, Supply Chain Management.
3.1 Centros de Distribuições
O Centro de Distribuição é uma configuração regional de armazém onde são recebidas cargas
consolidadas de diversos fornecedores. Essas cargas são fracionadas a fim de agrupar os produtos em
quantidade e sortimento corretos e então, encaminhados para os pontos de venda, mais próximos.
A principal finalidade dos CDs consiste em oferecer melhores níveis de serviço ao cliente, através da
redução do lead time (tempo de repor os suprimentos) pela disponibilidade dos produtos o mais próximo do
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ponto de venda, na localização geográfica junto ao principal mercado consumidor, oferecendo condições
para agilizar o atendimento dos pedidos.
Dessa maneira aumenta-se a frequência de pedidos, reduzindo os volumes e minimizando os custos
de inventário, o que acaba contribuindo para a redução dos custos totais de logística e proporciona melhores
níveis de serviço, colocando a empresa tomadora de serviço em um novo patamar de competitividade.
Através desse nível de serviço a empresa pode aumentar sua participação no mercado (aumento de market
share) e também consolidar sua imagem no mercado.
O CD tem uma relevante função no processo logístico e na cadeia de suprimentos de uma
organização. Uma das maiores dificuldades para as pequenas empresas em se obter organização em seu giro
de estoque se deve a ausência de um Centro de Distribuição.
Empresas Gigantescas como Walmart e Coca-Cola utilizam CDs desde os meados de 1940, tendo
inúmeras opções de venda e redução de custos em diversos países. Portanto é correto afirmar que a principal
função de um CD é a de reduzir custos de transportes e armazenagem.
4- Armazém Moderno x Armazém Tradicional
São conhecidas algumas técnicas para uma adequada gestão do armazém, sendo estas fundamentais
na criação de um armazém moderno, eficiente e racional ao serviço das atividades logísticas. Caracterizamse modernos pelas seguintes finalidades:
-Conectar fornecedores e clientes através de SI/TI (sistemas de informação) atualizados, numa harmoniosa
partilha de informação, de forma a existir um rápido abastecimento tendo uma entrega rápida;
-Minimizar stocks, promovendo circuitos com o mínimo de percursos em vazio, ou seja, uma
movimentação non-stop; autogiro de estoque.
-Aperfeiçoar o sistema de transportes, tendendo este para o just-in-time na cadeia de abastecimento;
-Aproveitar ao máximo os recursos existentes, calendarizando e planeado as operações em curto prazo, para
uma gestão mais eficaz em médio prazo;
-Reduzir continuamente leads-times em todo o processo logístico, de forma a eliminar stocks. Reduzir ao
máximo o inventário que não se encontra em movimento, de forma a evitar a sua armazenagem e respectivos
custos;
-Eliminar os tempos de setup e encomenda, já que estes se tornam responsáveis pelo aumento não desejado
dos volumes encomendados.
Além destes aspectos, o armazém deve assegurar a comodidade dos trabalhadores, ter condições de
manutenção/substituição dos equipamentos e dos próprios inventários, assegurar a temperatura adequada aos
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diversos produtos e estar munido com certas características e equipamentos específicos de forma a realizar
operações como a rotulagem, empacotamento e despacho.
4.1 Tipos de Armazém
-Armazéns Próprios: Um depósito próprio é operado pela empresa proprietária da mercadoria. As
instalações podem ser próprias ou alugadas. A decisão a respeito da melhor estratégia para cada empresa é
essencialmente financeira. Nem sempre é possível encontrar um depósito de aluguel que atenda a todas as
necessidades. Depósitos exigem, por exemplo, muitas atividades de manuseio de materiais, e as instalações
existentes, disponíveis para aluguel, podem não estar adequadamente projetadas. Geralmente, um depósito
eficiente deve ser planejado, considerando o sistema de manuseio de materiais, a fim de permitir a máxima
eficiência do fluxo de mercadorias.
-Depósitos Terceirizados ou Públicos: O uso de depósitos públicos é intensamente adotado em sistemas
logísticos. Praticamente qualquer composição de serviços pode ser combinada com a empresa operadora, em
curto e em longo prazo. Há uma classificação consagrada para depósitos públicos que se fundamenta na
execução de operações especializadas e inclui:
(1) depósitos gerais;
(4) depósitos alfandegados
(2) depósitos refrigerados;
(5) depósitos de móveis e de utensílios domésticos.
(3) depósitos para commodities especiais;
Cada tipo de depósito difere na tecnologia de armazenagem e manuseio de materiais, tendo em vista
as características ambientais e os bens armazenados.
-Aluguel de Armazém ou Depósitos Contratados: Os depósitos contratados combinam as melhores
características de armazenagem pública e de armazenagem própria. Os relacionamentos de longos prazos e
os compartilhamentos dos riscos permitem custos menores do que as condições normais de depósitos
públicos, embora, em certos casos, seja necessário investir em um ativo imobilizado mínimo. Os depósitos
contratados podem proporcionar vantagens de especialização, flexibilidade e economia de escala, por
compartilhar em recursos de gerenciamento, mão-de-obra, equipamento e informação com muitos clientes.
Embora seja comum o depósito contratado compartilharem recursos com clientes de um mesmo ramo, por
exemplo, produtos alimentícios não são comuns que concorrentes diretos queiram compartilhar recursos
entre si.
4.2 Estações Aduaneiras
Criadas ainda na década de 70, as Eadis – ou portos secos, como também são chamados – tiveram
seu boom em meados da década de 90, quando o governo brasileiro licitou um grande número de unidades,
interiorizando a movimentação de carga no país. Com isso, o número de estações saltou de 15 para 49. Essas
52
estações tiveram destaque com a abertura do mercado nacional às importações. As antigas Centrais
Aduaneiras do Interior ganharam novo nome e nova função em 1996. Deixaram de serem apenas entrepostos
alfandegários para se tornar recintos alfandegados de uso público, operando sob regimes especiais.
Todas as Eadis são implantadas sob permissão da Secretaria da Receita Federal, através de processo
de licitação pública. Assim, todos os investimentos em construção, manutenção e modernização das
unidades cabem à empresa que recebe a permissão para operá-la. A localização das estações, no entanto, é
definida pelas autoridades aduaneiras, após uma avaliação das potencialidades e do fluxo de comércio
exterior de diversas regiões. No Brasil, existem em operação 63 unidades de Portos Secos sendo 35 unidades
em 14 estados, 1 no Distrito Federal e 27 unidades em São Paulo.
Serviços comuns aos terminais alfandegados de uso público:
a) estadia de veículos e unidades de carga;
b) pesagem;
c) limpeza e desinfestação de veículos;
d) fornecimento de energia;
e) retirada de amostras;
f) lonamento e deslonamento;
g) colocação de lacres;
h) expurgo;
i) unitização e desunitização de cargas;
j) marcação, remarcação, numeração e renumeração de volumes, para efeito de identificação comercial;
k) etiquetagem, marcação e colocação de selos fiscais em produtos importados, com vistas ao atendimento
de exigências da legislação nacional ou do adquirente;
l) Consolidação e desconsolidação documental;
4.3 Princípios básicos da Armazenagem Moderna
-Redução de custos – Através da redução dos custos de inventário, utilização mais vantajosa do espaço
disponível e aumento da produtividade. Deve proporcionar a redução de custos de mão-de-obra, a redução
de custo de materiais e a redução de custos de despesas gerais.
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-Aumento da capacidade produtiva – Aumento de produção, da capacidade e melhor distribuição de
armazenagem.
-Melhores condições de trabalho – Deve refletir em melhores condições para as pessoas envolvidas neste
trabalho: Maior segurança; conforto para o pessoal e redução da fadiga.
-Melhor distribuição – A distribuição, que se inicia na preparação do produto e termina no usuário, é
melhorada com a racionalização dos sistemas de manuseio. Bem como a melhoria na circulação, serviços ao
usuário e localização estratégica de almoxarifados.
4.4 Funções, Fluxo de bens e Fluxo de informações do Novo Armazém
- Obediência ao fluxo das operações - trajetória dos materiais de forma que a mesma seja a seqüência de
operações. Ou seja, utilize sempre que possível, o arranjo tipo linear.
- Mínima distância - Reduza a distância e transporte pela eliminação de ziguezagues no fluxo dos materiais.
- Mínima manipulação - Reduza a freqüência de transporte manual. O transporte mecânico custa menos
que as operações de carga e descarga, levantamento e armazenamento.
- Segurança e satisfação - Leve sempre em conta a segurança dos operadores e o pessoal circulante, quando
selecionar o equipamento de transporte de materiais.
- Padronização - Use equipamento padronizado na medida do possível. O custo inicial é mais baixo, a
manutenção é mais fácil e mais barata e a utilização desse equipamento é variada por ser mais flexível que
equipamentos especializados.
- Flexibilidade - Capacidade de satisfazer o transporte de vários tipos de cargas, em condições variadas de
trabalho.
- Máxima utilização da gravidade - Use a gravidade sempre que possível. Pequenos trechos motorizados
de transportadores podem elevar a carga a uma altura conveniente para suprir trechos longos de transportes
por gravidade.
- Máxima utilização do espaço disponível - Empilhe cargas ou utilize suportes especiais para isso.
- Método alternativo - Faça uma previsão de um método alternativo de movimentação em caso de falhas.
Exemplos: Colocação de pontos esparsos para instalação de uma talha manual; prever espaço para
movimentação de uma empilhadeira numa área coberta por uma ponte rolante.
- Menor custo total - Selecione equipamentos na base de custos totais e não somente do custo inicial mais
baixo, ou do custo operacional, ou somente de manutenção. O equipamento escolhido deve ser aquele que
apresenta o menor custo total para uma vida útil razoável e a uma taxa de retorno do investimento adequado.
4.5 Sistemas de Informação: À medida que evoluímos tecnologicamente, os sistemas de informações
evoluem continuamente em ritmo acelerado, desde o surgimento do primeiro computador o homem
buscava maximizar os acertos, na área da Logística o fator diferencial no mercado competitivo é a
disponibilidades de ferramentas fundamentais.
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Com o avanço da internet e as inovações tecnológicas o cliente pode enfim ter o tão sonhado contato
com a mercadoria logo após a sua fabricação, acompanhar online a entrega e a movimentação da mercadoria,
disponibilizar pagamentos de fretes e demais serviços sem precisar se deslocar ao banco.
No chão de fábrica o gerente consegue emitir inúmeros e precisos relatórios de desempenho, isso faz
com que os erros sejam vistos e corrigidos o quanto antes.
Dentre os Sistemas de informações mais atuais podemos caracterizar:
O WMS, Warehouse Management System, em português - literalmente: sistema de automação e
gerenciamento de depósitos, armazéns e linhas de produção. O WMS é uma parte importante da cadeia de
suprimentos (ou supply chain) e fornece a rotação dirigida de estoques, diretivas inteligentes de picking,
consolidação automática e cross-docking para maximizar o uso do valioso espaço dos armazéns.
O TMS, Transportation Management System, que é um software para melhoria da qualidade e
produtividade de todo o processo de distribuição. Este sistema permite controlar toda a operação e gestão de
transportes de forma integrada. O sistema é desenvolvido em módulos que podem ser adquiridos pelo
cliente, consoante as suas necessidades (Gasnier et al., 2001).
O ERP, Enterprise Resource Planning ou SIGE (Sistemas Integrados de Gestão Empresarial, no
Brasil) são sistemas de informação que integram todos os dados e processos de uma organização em um
único sistema. A integração pode ser vista sob a perspectiva funcional (sistemas de: finanças, contabilidade,
recursos humanos, fabricação, marketing, vendas, compras, etc) e sob a perspectiva sistêmica (sistema de
processamento de transações, sistemas de informações gerenciais, sistemas de apoio a decisão, etc).
O MRP, Material Requirement Planning (planeamento (português europeu) ou planejamento
(português brasileiro) das necessidades de materiais, PNR).
5- Fatores que afetam a Armazenagem: No dia a dia de trabalho, observam-se muitos fatores que afetam o
bom andamento da armazenagem, infelizmente algumas empresas não dispõem de pessoas qualificadas e
equipamentos de alta tecnologia, há casos de empresas terem os melhores e mais modernos equipamentos e
não terem mão de obra especializada.
O papel do Gestor é fundamental na escala de funcionários, sendo que o mesmo pode ser responsável
por uma gama de operadores, analistas, conferentes, motoristas, etc. A má Gestão afeta diretamente a
produção, que na maioria dos armazéns o produto comercializado é o serviço.
Na armazenagem ocorrem erros operacionais como o endereçamento errado de alguma carga ou
pallet, Erros de lotes, avarias, perdas, danos e furtos.
6- Processamento de pedidos, atividades básicas de sistemas: O uso de Sistemas de Armazenagem, sejam
elas para cargas manuais ou paletizadas operadas por empilhadeiras ou qualquer outro equipamento de
movimentação, tornou-se item ideal para a organização e em muitos casos otimização de espaço de um
armazém. A relação Custo x Benefício não deve ser vista somente pelo lado do ganho quantitativo dos
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produtos armazenados num armazém, mas principalmente em termos de diminuição de tempo de localização
de produtos, diminuição de itens avariados pelo mau armazenamento, otimização de espaços, possibilidade
de endereçamento dos produtos com softwares de gerenciamento de depósitos, entre outros fatores.
Há algum tempo atrás, o conceito de ocupação física se concentrava mais na área do que na altura.
Os armazéns projetados também não eram apropriados à verticalização, com baixas alturas ou pé direito, não
possibilitando um melhor aproveitamento vertical do armazém.
Racionalizar a altura ocupada foi a solução encontrada para reduzir o espaço e guardar maior
quantidade de material. O conceito de ―verticalização de cargas‖ tem como objetivo o máximo
aproveitamento dos espaços verticais, contribuindo para o descongestionamento das áreas de movimentação
e redução dos custos unitários de estocagem.
7 - Estruturas de Armazenagem: As Estruturas de Armazenagem proporcionam o melhor uso do espaço
físico do armazém, proporciona a melhor movimentação da carga e principalmente segurança para a
mercadoria.
7.1- Tipos de Sistema de Armazenamento:
- Drive-in (Unidade em): Solução formada por blocos contínuos de armazenamento, que permite uma
utilização máxima do volume disponível.
-Flow Track (Fluxo de trilha): Sistema deslizante por gravidade que permite o máximo aproveitamento de
espaço e uma maior rapidez de carga e descarga de paletes, necessitando apenas de áreas de circulação nas
zonas de carga e descarga.
- Push Back Rack (Empurrar e voltar prateleira): Sistema de acumulação dinâmica que não necessita
que o empilhador entre dentro dos corredores.
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-Power Rack: A estrutura de armazenamento assenta sobre bases móveis motorizadas eletricamente sobre
trilhos aplicados no chão.
- Armazéns Automáticos: Estruturas de armazenamento com estruturas elevadas e armazenadores
robotizados.
-Autoportantes: Solução de execução rápida e funcional em que a própria estrutura de armazenamento
forma a estrutura de suporte (cobertura e revestimento) de um edifício compacto.
Esquema de Localização: Tem por finalidade estabelecer os meios necessários e proporcionar facilidades
em identificar imediatamente o endereço da guarda do material no almoxarifado. Não deve haver dúvidas de
identificação e localização para as diversas rotinas de trabalho, seja para separar ou guardar. Quando da
apresentação de uma requisição, da entrada em estoque, seja por compra ou devolução, ou ainda quando da
realização de inventário, todos os itens devem ser facilmente localizados.
Cross docking: é um processo de distribuição onde a mercadoria recebida é redirecionada sem uma
armazenagem prévia. Tudo isto faz diminuir o tempo e o throughput time tem tendência a ser diminuído.
7.2- Utilização de Paletes
Conceito: ―Uma plataforma disposta horizontalmente para carregamento, construída de vigas, blocos
ou uma simples face sobre os apoio, cuja altura é compatível com a introdução de garfos de empilhadeira,
paleteira ou outros sistemas de movimentação, e que permite o arranjo e o agrupamento de materiais,
possibilitando o manuseio, a estocagem, a movimentação e o transporte num único carregamento.‖
- O palete facilita a plena utilização do espaço vertical.
- É utilizado em empresas que demandam manipulação rápida e armazenagem racional, envolvendo grandes
quantidades.
7.3-Vantagens:
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- Melhor aproveitamento do espaço disponível para armazenamento, utilizando-se totalmente o espaço
vertical disponível, por meio do empilhamento máximo;
- Economia nos custos do manuseio, por meio da redução nos custos da mão de obra e do respectivo tempo
normalmente necessário para as operações braçais;
- Possibilidade de formar uma só embalagem individual:
- Facilita a carga, descarga e distribuição nos locais acessíveis aos equipamentos e manuseio de materiais;
- Permite disposição uniforme do estoque de materiais, o que, por sua vez, concorre para reduzir a
obstrução nos corredores do armazém e pátios de descarga;
- Podem ser manuseados por uma grande variedade de equipamentos, como paleteiras, emplilhadeiras,
transportadores e elevadores de carga.
8- Equipamentos de Movimentação
8.1-Equipamentos para Manuseio de Materiais
O manuseio dos diversos materiais pode ser efetuado:
- Manualmente: mais simples e comum, efetuado pelo esforço físico de funcionários.
- Carrinhos manuais: manuseios efetuados por carrinhos impulsionados manualmente.
- Empilhadeiras: equipamentos mais versáteis para o manuseio de materiais. Não possui limitação de
direção, movimentando-se horizontalmente e verticalmente podendo ser elétrica ou com motores a gás,
diesel ou gasolina, nos quais pode ser adaptada uma série de acessórios que os tornam mais funcionais.
- Prateleiras: tipo de empilhadeira manual, que pode ser mecânica, hidráulica ou elétrica, estando limitada e
manuseios horizontais.
- Pontes rolantes: equipamento construído de estrutura metálica, sustentada por duas vigas ao longo das
quais a ponte rolante se movimenta; entre duas vigas, sustentado pela estrutura, corre um carrinho com um
gancho.
- Guindastes: equipamentos utilizados em manuseios, em área externa, de cargas acima de 5 t , equipados
com lança e motor a explosão que proporciona o movimento da máquina e a força para adiantamento da
lança e conseqüente trabalho.
8.2-Características dos movimentos e tipos de equipamentos
CARACTERÍSTICAS DOS
MOVIMENTOS
EQUIPAMENTOS
Programação
repetitiva
Monovia ou manipuladores
Programação
aleatória
Empilhadeiras, paleteiros
Fluxo contínuo de
materiais
Correia transportadora, correntes
Fluxo intermitente
de materiais
Tratores para movimento
horizontal
Distâncias curtas e
freqüentes
Empilhadeiras, paleteiros
Distâncias longas e
sistemáticas
Comboios tracionados por tratores
industriais
Interno
Empilhadeiras elétricas que
evitam a contaminação das
mercadorias e dos operários
Roteiro
Freqüência de
Movimentação
Distâncias
percorridas
Ambiente
fabril
Externo
Tratores movidos a
diesel
Horizontal
Tratores industriais, correias,
correntes
Vertical
Elevadores de cargas
Manual
Paleteiros
Motorizados
Empilhadeiras e tratores
industriais
Direção do
fluxo
Acionamento
GLP ou
58
9- Principais Conceitos em Segurança do Trabalho aplicados à movimentação e Manuseio de
Materiais
9.1- Introdução à NR_06 (a importância da utilização dos EPI’s)
6.1 Para os fins de aplicação desta Norma Regulamentadora – NR, considera-se Equipamento de Proteção
Individual – EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à
proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.
6.1.1 Entende-se como Equipamento Conjugado de Proteção Individual, todo aquele composto por vários
dispositivos, que o fabricante tenha associado contra um ou mais riscos que possam ocorrer simultaneamente
e que sejam suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.
6.2 O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou importada, só poderá ser posto à venda
ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação – CA, expedido pelo órgão nacional competente
em matéria de segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego. (206.001-9 /I3)
6.3 A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito
estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:
a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do
trabalho
ou
de
doenças
profissionais
e
do
trabalho;
(206.002-7/I4)
b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e, (206.003-5 /I4)
c) para atender a situações de emergência. (206.004-3 /I4)
6.4 Atendidas às peculiaridades de cada atividade profissional, e observado o disposto no item 6.3, o
empregador deve fornecer aos trabalhadores os EPI adequados, de acordo com o disposto no ANEXO I desta
NR.
6.4.1 As solicitações para que os produtos que não estejam relacionados no ANEXO I, desta NR, sejam
considerados como EPI, bem como as propostas para reexame daqueles ora elencados, deverão ser avaliadas
por comissão tripartite a ser constituída pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no
trabalho, após ouvida a CTPP, sendo as conclusões submetidas àquele órgão do Ministério do Trabalho e
Emprego para aprovação.
6.5 Competem ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho –
SESMT, ou a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA, nas empresas desobrigadas de manter o
SESMT, recomendar ao empregador o EPI adequado ao risco existente em determinada atividade.
6.5.1 Nas empresas desobrigadas de constituir CIPA, cabe ao designado, mediante orientação de profissional
tecnicamente habilitado, recomendar o EPI adequado à proteção do trabalhador.
6.6 Cabem ao empregador
6.6.1 Cabe ao empregador quanto ao EPI :
a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade; (206.005-1 /I3)
b) exigir seu uso; (206.006-0 /I3)
c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e
saúde no trabalho; (206.007-8/I3)
d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação; (206.008-6 /I3)
e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado; (206.009-4 /I3)
f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e, (206.010-8 /I1)
g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada. (206.011-6 /I1)
59
6.7 Cabem ao empregado
6.7.1 Cabe ao empregado quanto ao EPI:
a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;
b) responsabilizar-se pela guarda e conservação;
c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e,
d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.
6.8 Cabem ao fabricante e ao importador
6.8.1 O fabricante nacional ou o importador deverá:
a) cadastrar-se, segundo o ANEXO II, junto ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde
no trabalho; (206.012-4 /I1)
b) solicitar a emissão do CA, conforme o ANEXO II; (206.013-2 /I1)
c) solicitar a renovação do CA, conforme o ANEXO II, quando vencido o prazo de validade estipulado pelo
órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde do trabalho; (206.014-0 /I1)
d) requerer novo CA, de acordo com o ANEXO II, quando houver alteração das especificações do
equipamento aprovado; (206.015-9 /I1)
e) responsabilizar-se pela manutenção da qualidade do EPI que deu origem ao Certificado de Aprovação CA; (206.016-7 /I2)
f) comercializar ou colocar à venda somente o EPI, portador de CA; (206.017-5 /I3)
g) comunicar ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho quaisquer
alterações dos dados cadastrais fornecidos; (206.0118-3 /I1)
h) comercializar o EPI com instruções técnicas no idioma nacional, orientando sua utilização, manutenção,
restrição e demais referências ao seu uso; (206.019-1 /I1)
i) fazer constar do EPI o número do lote de fabricação; e, (206.020-5 /I1)
j) providenciar a avaliação da conformidade do EPI no âmbito do SINMETRO, quando for o caso. (206.0213 /I1)
6.9 Certificado de Aprovação – CA
6.9.1 Para fins de comercialização o C.A. concedido aos EPI terá validade:
a) de 5 (cinco) anos, para aqueles equipamentos com laudos de ensaio que não tenham sua conformidade
avaliada no âmbito do SINMETRO;
b) do prazo vinculado à avaliação da conformidade no âmbito do SINMETRO, quando for o caso;
c) de 2 (dois) anos, para os EPI desenvolvidos até a data da publicação desta Norma, quando não existirem
normas técnicas nacionais ou internacionais, oficialmente reconhecidas, ou laboratório capacitado para
realização dos ensaios, sendo que nesses casos os EPI terão sua aprovação pelo órgão nacional competente
em matéria de segurança e saúde no trabalho, mediante apresentação e análise do Termo de
Responsabilidade Técnica e da especificação técnica de fabricação, podendo ser renovado até 2006, quando
se expirarão os prazos concedidos; e,
d) de 2 (dois) anos, renováveis por igual período, para os EPI desenvolvidos após a data da publicação desta
NR, quando não existirem normas técnicas nacionais ou internacionais, oficialmente reconhecidas, ou
laboratório capacitado para realização dos ensaios, caso em que os EPI serão aprovados pelo órgão nacional
competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, mediante apresentação e análise do Termo de
Responsabilidade Técnica e da especificação técnica de fabricação.
6.9.2 O órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, quando necessário e
mediante justificativa, poderá estabelecer prazos diversos daqueles dispostos no subitem 6.9.1.
6.9.3 Todo EPI deverá apresentar em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome comercial da empresa
fabricante, o lote de fabricação e o número do CA, ou, no caso de EPI importado, o nome do importador, o
lote de fabricação e o número do CA. (206.022-1/I1)
60
6.9.3.1 Na impossibilidade de cumprir o determinado no item 6.9.3, o órgão nacional competente em matéria
de segurança e saúde no trabalho poderá autorizar forma alternativa de gravação, a ser proposta pelo
fabricante ou importador, devendo esta constar do CA.
6.10 Restauração, lavagem e higienização de EPI
6.10.1 Os EPI passíveis de restauração, lavagem e higienização, serão definidas pela comissão tripartite
constituída, na forma do disposto no item 6.4.1, desta NR, devendo manter as características de proteção
original.
6.11 Da competência do Ministério do Trabalho e Emprego / MTE
6.11.1 Cabe ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho:
a) cadastrar o fabricante ou importador de EPI;
b) receber e examinar a documentação para emitir ou renovar o CA de EPI;
c) estabelecer, quando necessário, os regulamentos técnicos para ensaios de EPI;
d) emitir ou renovar o CA e o cadastro de fabricante ou importador;
e) fiscalizar a qualidade do EPI;
f) suspender o cadastramento da empresa fabricante ou importadora; e
g) cancelar o CA.
6.11.1.1 Sempre que julgar necessário o órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no
trabalho poderá requisitar amostras de EPI, identificadas com o nome do fabricante e o número de
referência, além de outros requisitos.
6.11.2 Cabe ao órgão regional do MTE:
a) fiscalizar e orientar quanto ao uso adequado e a qualidade do EPI;
b) recolher amostras de EPI; e
c) aplicar, na sua esfera de competência, as penalidades cabíveis pelo descumprimento desta NR.
6.12 Fiscalizações para verificação do cumprimento das exigências legais relativas ao EPI.
6.12.1 Por ocasião da fiscalização poderão ser recolhidas amostras de EPI, no fabricante ou importador e
seus distribuidores ou revendedores, ou ainda, junto à empresa utilizadora, em número mínimo a ser
estabelecido nas normas técnicas de ensaio, as quais serão encaminhadas, mediante ofício da autoridade
regional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, a um laboratório credenciado junto ao
MTE ou ao SINMETRO, capaz de realizar os respectivos laudos de ensaios, ensejando comunicação
posterior ao órgão nacional competente.
6.12.2 O laboratório credenciado junto ao MTE ou ao SINMETRO, deverá elaborar laudo técnico, no prazo
de 30 (trinta) dias a contar do recebimento das amostras, ressalvados os casos em que o laboratório justificar
a necessidade de dilatação deste prazo, e encaminhá-lo ao órgão nacional competente em matéria de
segurança e saúde no trabalho, ficando reservada a parte interessada acompanhar a realização dos ensaios.
6.12.2.1 Se o laudo de ensaio concluir que o EPI analisado não atende aos requisitos mínimos especificados
em normas técnicas, o órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho expedirá ato
suspendendo a comercialização e a utilização do lote do equipamento referenciado, publicando a decisão no
Diário Oficial da União – DOU.
6.12.2.2 A Secretaria de Inspeção do Trabalho – SIT, quando julgar necessário, poderá requisitar para
analisar, outros lotes do EPI, antes de proferir a decisão final.
6.12.2.3 Após a suspensão de que trata o subitem 6.12.2.1, a empresa terá o prazo de 10 (dez) dias para
apresentar defesa escrita ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho.
61
6.12.2.4 Esgotado o prazo de apresentação de defesa escrita, a autoridade competente do Departamento de
Segurança e Saúde no Trabalho – DSST analisará o processo e proferirá sua decisão, publicando-a no DOU.
6.12.2.5 Da decisão da autoridade responsável pelo DSST, caberá recurso, em última instância, ao Secretário
de Inspeção do Trabalho, no prazo de 10 (dez) dias a contar da data da publicação da decisão recorrida.
6.12.2.6 Mantida a decisão recorrida, o Secretário de Inspeção do Trabalho poderá determinar o
recolhimento do(s) lote(s), com a conseqüente proibição de sua comercialização ou ainda o cancelamento do
CA.
6.12.3 Nos casos de reincidência de cancelamento do CA, ficará a critério da autoridade competente em
matéria de segurança e saúde no trabalho a decisão pela concessão, ou não, de um novo CA
6.12.4 As demais situações em que ocorra suspeição de irregularidade, ensejarão comunicação imediata às
empresas fabricantes ou importadoras, podendo a autoridade competente em matéria de segurança e saúde
no trabalho suspender a validade dos Certificados de Aprovação de EPI emitidos em favor das mesmas,
adotando as providências cabíveis.
9.2- Cuidados na Utilização dos EPI’s: O uso seguro de produtos fitossanitários exige o uso correto dos
Equipamentos de Proteção Individual (EPI). As recomendações hoje existentes para o uso de EPI são
bastante genéricas e padronizadas, não considerando variáveis importantes como o tipo de equipamento
utilizado na operação, os níveis reais de exposição e, até mesmo, as características ambientais e da cultura
onde o produto será aplicado. Estas variáveis acarretam muitas vezes gastos desnecessários, recomendações
inadequadas e podem aumentar o risco do trabalhador, ao invés de diminuí-lo. Este material foi
desenvolvido com os seguintes objetivos: aprofundar a discussão sobre o uso adequado dos EPI; otimizar os
investimentos em segurança; aumentar o conforto do aplicador; combater o uso incorreto, que vai desde o
não uso até o uso exagerado de EPI; melhorar a qualidade dos EPI no mercado; incentivar o uso da receita
agronômica para recomendar de forma criteriosa os EPI necessários para cada aplicação e acabar com alguns
mitos.
Ao final, esperamos ajudá-lo a identificar e avaliar de forma mais criteriosa o risco, em função dos
níveis de exposição ao produto fitossanitário e da operação a ser executada na lavoura, assim como a
maneira pela qual você recomenda, adquire, usa (veste, tira, lava, guarda) e descarta os EPI.
9.2.1-Por que usar EPI?: EPI são ferramentas de trabalho que visam proteger a saúde do trabalhador rural,
que utiliza os Produtos Fitossanitários, reduzindo os riscos de intoxicações decorrentes da exposição. As vias
de exposição são: inalatória (nariz), oral (boca), ocular (olhos), dérmica (pele). A função básica dos EPI é
proteger o organismo do produto tóxico, minimizando o risco. A intoxicação durante o manuseio ou a
aplicação de produtos fitossanitários é considerado acidente de trabalho.
O uso de EPI é uma exigência da legislação trabalhista brasileira através de suas Normas
Regulamentadoras. O não cumprimento poderá acarretar em ações de responsabilidade cível e penal, além de
multas aos infratores.
Risco: O risco de intoxicação é definido como a probabilidade estatística de uma substância química causar
efeito tóxico. O Risco é uma função da toxicidade do produto e da exposição.
Risco=f (toxidade; exposição)
A toxicidade é a capacidade potencial de uma substância causar efeito adverso à saúde. Em tese,
todas as substâncias são tóxicas, e a toxicidade depende basicamente da dose e da sensibilidade do
organismo exposto. (Quanto mais tóxico um produto, menor é a dose necessária para causar efeitos
adversos). Sabendo-se que não é possível ao usuário alterar a toxicidade do produto, a única maneira
concreta de reduzir o risco é através da diminuição da exposição. Para reduzir a exposição o trabalhador
deve manusear os produtos com cuidado, usar equipamentos de aplicação bem calibrados e em bom estado
de conservação, além de vestir os EPI adequados.
62
RISCO
TOXICIDADE
EXPOSIÇÃO
ALTO
ALTA
ALTA
ALTO
BAIXA
ALTA
BAIXO
ALTA
BAIXA
BAIXO
BAIXA
BAIXO
9.2.2-Responsabilidades- A legislação trabalhista prevê que:
- É obrigação do empregador: fornecer os EPI adequados ao trabalho, instruir e treinar quanto ao uso dos
EPI, fiscalizar e exigir o uso dos EPI, repor os EPI danificados.
- É obrigação do trabalhador: usar e conservar os EPI
9.2.3 Quem falhar nestas obrigações poderá ser responsabilizado: O empregador poderá responder na
área criminal ou cível, além de ser multado pelo Ministério do Trabalho. O funcionário está sujeito a sanções
trabalhistas podendo até ser demitido por justa causa. É recomendado que o fornecimento de EPI, bem como
treinamentos ministrados, seja registrado através de documentação apropriada para eventuais
esclarecimentos em causas trabalhistas. Os responsáveis pela aplicação devem ler e seguir as informações
contidas nos rótulos, bulas e nas Fichas de Informação de Segurança de Produto (FISPQ) fornecidas pelas
indústrias, sobre os EPI que devem ser utilizados para cada produto.
O papel do Engenheiro Agrônomo durante a emissão da receita é fundamental para indicar os EPI
adequados pois, além das características do produto, como a toxicidade, a formulação e a embalagem, o
profissional deve considerar os equipamentos disponíveis para a aplicação (costal, trator de cabina aberta ou
fechada, tipo de pulverizadores e bicos), as etapas da manipulação e as condições da lavoura, como o porte, a
topografia do terreno, etc.
9.2.4-Aquisição dos EPI: Os EPI existem para proteger a saúde do trabalhador e devem ser testados e
aprovados pela autoridade competente para comprovar sua eficácia. O Ministério do Trabalho atesta a
qualidade dos EPI disponíveis no mercado através da emissão do Certificado de Aprovação (C.A.). O
fornecimento e a comercialização de EPI sem o C.A. é considerado crime e tanto o comerciante quanto o
empregador ficam sujeitos às penalidades previstas em lei. A indústria de produtos fitossanitários incentiva
seus canais de distribuição a comercializarem EPI de qualidade e a custos compatíveis.
9.2.5-Principais equipamentos de proteção individual: Abaixo, estão listados os principais itens de EPI
disponíveis no mercado, além de informações e descrições importantes para assegurar a sua identificação e o
uso:
- Luvas: Um dos equipamentos de proteção mais importantes, pois protege as partes do corpo com maior
risco de exposição: as mãos.
- Respiradores: Geralmente chamados de máscaras, os respiradores têm o objetivo de evitar a inalação
de vapores orgânicos, névoas ou finas partículas tóxicas através das vias respiratórias. Existem basicamente
dois tipos de respiradores: sem manutenção (chamados de descartáveis) que possuem uma vida útil
relativamente curta e recebem a sigla PFF (Peça Facial Filtrante), e os de baixa manutenção que possuem
filtros especiais para reposição, normalmente mais duráveis.
- Viseira facial: Protege os olhos e o rosto contra respingos durante o manuseio e a aplicação. A viseira
deve ter a maior transparência possível e não distorcer as imagens. Deve ser revestida com viés para evitar
63
corte. O suporte deve permitir que a viseira não fique em contato com o rosto do trabalhador e embace. A
viseira deve proporcionar conforto ao usuário e permitir o uso simultâneo do respirador, quando for
necessário.
-Jaleco e calça hidro-repelentes: São confeccionados em tecido de algodão tratado para se tornarem hidrorepelentes, são apropriados para proteger o corpo dos respingos do produto formulado e não para conter
exposições extremamente acentuadas ou jatos dirigidos. É fundamental que jatos não sejam dirigidos
propositadamente à vestimenta e que o trabalhador mantenha-se limpo durante a aplicação.
-Jaleco e calça em não-tecido: São vestimentas de segurança confeccionadas em não tecido (tipo
Tyvek/Tychem QC). Existem vários tipos de não tecidos e a diferença entre eles se dá pelo nível de proteção
que oferecem. Além da hidro-repelência, oferecem impermeabilidade e maior resistência mecânica à névoas
e às partículas sólidas. O uso de roupas de algodão por baixo da vestimenta melhoram sua performance, com
maior absorção do suor, melhorando o conforto ao trabalhador com relação ao calor.
-Boné árabe: Confeccionado em tecido de algodão tratado para tornar-se hidro-repelente.Protege o couro
cabeludo e o pescoço de respingos e do sol.
-Capuz ou touca: Peça integrante de jalecos ou macacões, podendo ser em tecidos de algodão tratado para
tornar-se hidro-repelente ou em não tecido. Substituem o boné árabe na proteção do couro cabeludo e
pescoço.
-Avental: Produzido com material resistente a solventes orgânicos (PVC, tecido emborrachado, alumínio,
nylon resinado ou não tecidos), aumenta a proteção do aplicador contra respingos de produtos
concentrados durante a preparação da calda ou de eventuais vazamentos de equipamentos de aplicação
costal.
-Botas: Devem ser impermeáveis, preferencialmente de cano alto e resistentes aos solventes orgânicos, por
exemplo, PVC. Sua função é a proteção dos pés. É o único equipamento que não possui C.A.
9.2.6-Risco X exposição x operação
Os EPI não foram desenvolvidos para substituir os demais cuidados na aplicação e sim para
complementá-los, evitando-se a exposição. Para reduzir os riscos de contaminação, as operações de
manuseio e aplicação devem ser realizadas com cuidado, para evitar ao máximo a exposição. Exemplo:
64
-Atenção: Esta tabela não deve ser considerada como único critério para utilização dos EPI. As condições
do ambiente de trabalho poderão exigir o uso de mais itens ou dispensar outros para aumentar a segurança e
o conforto do aplicador. Leia as recomendações do rótulo e bula. Observe a legislação pertinente.
Existem alguns mitos que não servem mais como desculpa para não usar EPI:
-EPI são desconfortáveis: Realmente os EPI eram muito desconfortáveis no passado, mas, atualmente,
existem EPI confeccionados com materiais leves e confortáveis. A sensação de desconforto está associada a
fatores como a falta de treinamento e ao uso incorreto.
-O Aplicador não usa EPI: O trabalhador recusa-se a usar os EPI somente quando não foi conscientizado
do risco e da importância de proteger sua saúde. O aplicador profissional exige os EPI para trabalhar. Na
década de 80, quase ninguém usava cinto de segurança nos automóveis. Hoje, a maioria dos motoristas usa e
reconhece a importância.
-EPI são caros: Estudos comprovam que os gastos com EPI representam, em média, menos de 0,05% dos
investimentos necessários para uma lavoura. Alguns casos como a soja e milho, o custo cai para menos de
0,01%. Insumos, fertilizantes, sementes, produtos fitossanitários, mão-de-obra, custos administrativos e
outros materiais somam mais de 99,95%. O uso dos EPI é obrigatório e não cumprimento da legislação
poderá acarretar em multas e ações trabalhistas. Precisamos considerar os EPI como insumos agrícolas
obrigatórios. O simples fornecimento dos equipamentos de proteção individual não garante a proteção da
saúde do trabalhador e nem evita contaminações. Incorretamente utilizados, os EPI podem comprometer
ainda mais a segurança do trabalhador.
Acreditamos que o desenvolvimento da percepção do risco aliado a um conjunto de informações e
regras básicas de segurança são as ferramentas mais importantes para evitar à exposição e assegurar o
sucesso das medidas individuais de proteção a saúde do trabalhador. O uso correto dos EPI é um tema que
vem evoluindo rapidamente e exige a reciclagem contínua dos profissionais que atuam na área de ciências
agrárias através de treinamentos e do acesso a informações atualizadas. Bem informado, o profissional de
ciências agrárias poderá adotar medidas cada vez mais econômicas e eficazes para proteger a saúde dos
trabalhadores, além de evitar problemas trabalhistas.
10-Glossário de termos de Logística
-Abastecimento: É objeto de estudo da administração de materiais. Trata-se do suprimento, a um processo
administrativo ou operacional, dos elementos necessários (recursos) a um órgão ou instituição para que
possa atingir seus objetivos. É a fase em que o consumidor (interno ou externo) recebe o material de que
necessita para realizar sua atividade ou, então, consumir/utilizar o material.
-ABC: (Activity Based Costing ou Custeio Baseado em Atividades) Método contábil que permite identificar
como e onde uma empresa obtém seus lucros. Diferente da ―Classificação ABC‖.
-Almoxarifado: Órgão da Administração de Materiais destinado a depósito, guarda e controle dos diversos
materiais que uma organização transporta, usa ou produz, a fim de evitar os desvios, deterioração e mantêlos de forma que possibilitem pronta utilização/consumo. Local de entrada, controle e saída dos materiais
utilizados por uma organização.
-Benchmarking: Técnica que consiste em acompanhar o que as empresas líderes em seus respectivos
segmentos estão utilizando processos/técnicas/métodos e adaptar o modelo para as operações da empresa,
utilizando-o como referência/padrão a ser copiado. Trata-se de definir padrões internos de desempenho a
partir da observação dos procedimentos adotados pelas empresas de classe mundial. É um processo de
medição e comparação sistemática dos processos dos negócios de uma empresa com os líderes naqueles
processos em qualquer parte do mundo, para obter informações que ajudarão a empresa a implementar ações
para melhorar seu desempenho.
-Brainstorming: Tempestade cerebral ou tempestade de idéias. Trata-se de uma técnica utilizada em
criatividade, quando se reúne um grupo de pessoas para terem idéias sobre um determinado assunto,
65
situação, ou problema, sem censuras, com alguém estimulando a todos e anotando tudo o que é apresentado
para, posteriormente, escolher-se as melhores idéias e, então, colocá-las em prática.
-Cadeia de Demanda: Oposto da cadeia de suprimentos, que utiliza o processo de ―empurrar‖, a cadeia de
demanda é impulsionada pelos clientes e não pelos fabricantes de produtos. Ver ―Reabastecimento‖.
-Cadeia de Suprimentos: Conjunto de fornecedores (e dos fornecedores dos fornecedores) de uma empresa
para criação, desenvolvimento, fabricação e distribuição de seus produtos. Ver Gerenciamento da Cadeia de
Suprimentos.
-Centro de Distribuição – CD: Instalação que permite a entrada de matérias-primas, componentes ou
produtos acabados, os armazena, separa e então reúne tudo para o embarque. Muitos Centros de Distribuição
também possuem equipamentos especializados para manuseio e estocagem de produtos e sistemas
informatizados.
-Classificação ABC: Utilização da Curva de Pareto para classificar produtos em três categorias, usando
critérios de demanda, importância e valor. Itens do grupo ―A‖ – pouca quantidade, mas representam grande
valor. Itens do grupo ―B‖ – quantidade e valores intermediários. Itens do grupo ―C‖ – muita quantidade, mas
representam pouco valor.
-Comércio Eletrônico–e-commerce: Negócios realizados eletronicamente envolvendo entrega de
mercadorias ou serviços.
-Cross-docking: Expedir mercadorias diretamente da doca recebedora, sem passar pelo estoque. Utilizado
para reduzir custos e tempo de execução no despacho de produtos de grande saída e/ou perecíveis.
-Demanda: Nome dado às necessidades ou desejo de consumo, individual ou coletivo, de bens e serviços. A
relação entre oferta e demanda é um dos fatores determinantes de preços no mercado. Se a oferta for maior
que a demanda, por exemplo, o preço tende a cair. Já, se a oferta não der conta da demanda, o preço tende a
aumentar.
-E-Business: Qualquer empreendimento baseado na WEB, ou, as transações de negócio feitas entre
empresas pela Internet. Normalmente é utilizado em seu lugar o termo e-commerce, embora não tenha a
mesma abrangência.
-Endereçamento: Sistema de localização de materiais dentro de um armazém. O sistema visa estabelecer
locais específicos dentro dos armazéns para a armazenagem dos materiais, providenciando ―endereços‖ para
cada material, visando facilitar as operações de movimentação, inventários etc.
-Entreposto: Armazém utilizado para estocar mercadorias que aguardam liberação, autorizado pela
alfândega. O pagamento de impostos e taxas é feito após a liberação e retirada dos bens.
-ERP: Enterprise Resource Planning ou Planejamento dos Recursos do Negócio. A integração pode ser vista
sob a perspectiva funcional (sistemas de: finanças, contabilidade, recursos humanos, fabricação, marketing,
vendas, compras, etc) e sob a perspectiva sistêmica (sistema de processamento de transações, sistemas de
informações gerenciais, sistemas de apoio a decisão, etc).
-Estocagem: É uma das atividades da armazenagem. Trata-se de uma das atividades do fluxo de materiais
em um armazém e o local físico destinado à locação estática dos materiais/produtos. Dentro de um armazém
podem existir vários locais de estocagem (endereços).
FEFO: First to expire first out – Primeiro que vence, primeiro que sai. Trata-se de sistema de controle de
estoques semelhante ao PEPS, com uma única diferença relacionada à questão do vencimento dos materiais.
Assim, o material com prazo de validade mais curto deve sair primeiro. Visando minimizar perda por
produtos vencidos no estoque.
-FIFO: First-In, First-Out ou Primeiro que Entra é o Primeiro que Sai (PEPS).
-FILO: First in Last Out – Primeiro que entra último que sai. Trata-se de sistema de controle de estoques
semelhante ao UEPS (último que entra, primeiro que sai), em que o material que entra primeiro deve ser
utilizado por último.
-Fluxograma: É a representação gráfica da seqüência ou rotina de um trabalho de forma analítica. Ou, é a
representação gráfica de um processo, em que se caracterizam as operações, transportes, esperas, inspeções,
conexões ou interrupções, situando os executores e suas respectivas participações, assim como o canal do
66
fluxo de informações. É relevante para o levantamento, simplificação e racionalizações de um trabalho,
funcionando como instrumento imprescindível nas atividades de organização.
-Gargalo: Ponto de determinado processo produtivo em que se formam filas devido a este ponto possuir
capacidade inferior ou idêntica à demanda por sua utilização. Tal ponto pode ser um departamento, setor,
seção ou recurso.
-Holding: São conglomerados de empresas que operam em determinados países ou região. Elas selecionam
projetos que tenham capacidade de expansão internacional. Assim como as incubadoras, oferecem capital,
consultoria e infra-estrutura. A regra é manter relacionamentos de longo prazo.
-Importação: É a atividade comercial que consiste na compra de bens no exterior por parte dos países que
deles necessitam e na entrada de mercadorias/produtos num determinado país, provenientes do exterior.
-Just in Time: É atender ao cliente interno ou externo no momento exato de sua necessidade, com as
quantidades necessárias para a operação/produção, evitando-se assim a manutenção de maiores estoques. É a
operacionalização da ―filosofia japonesa‖ de produção, que significa atender ao cliente interno ou externo no
exato momento de sua necessidade, com as quantidades necessárias para a operação / produção. Nas
indústrias, a tendência é que sistemas de comércio eletrônico sejam conectados a softwares de ERP para que
se possa viabilizar a fabricação JIT em função de pedidos oriundos da Internet.
-Kaizen: Processo de melhoria contínua, sempre se utilizando o bom senso de baixos investimentos. Parte da
―filosofia japonesa‖ de gerenciamento pela qualidade total.
-Kanban: Parte da ―filosofia japonesa‖ de produção puxada, que consiste em ―puxar‖ a produção através da
utilização de cartões, com a finalidade de proporcionar redução de estoques, otimização do fluxo de
produção, redução de perdas e aumento da flexibilidade no sistema.
-Know-how ou knowhow: O know-how é o conhecimento necessário para se executar uma tarefa. Pode ser
comparado ao conhecimento tácito, uma vez que é difícil transferi-lo de maneira escrita ou falada. Ao knowhow estão associadas à experiência, a prática e a compreensão das limitações de uma solução para
determinados tipos de problema.
-Layout: Significa a representação gráfica, em escala reduzida, do local e das partes componentes de uma
unidade produtiva, incluindo seus móveis, utensílios, equipamentos e demais facilidades que devem ser
posicionados e configurados de forma a permitir a otimização dos fluxos existentes, com o objetivo de
racionalizar o aproveitamento dos recursos disponíveis.
-Lead time: É o tempo que uma atividade exige. Em logística temos lead time de entrega, lead time de
expedição, lead time de fabricação, dentre outros. Diminuir o lead time acarreta diminuição de custos.
-LIFO: Last In Fisrt Out ou Último que entra é o Primeiro que Sai (UEPS).
-Logística Reversa: É a área da logística que gerencia o fluxo físico de produtos, embalagens ou outros
materiais no sentido contrário ao tradicional, isto é, desde o ponto de consumo até ao local de origem.
-Market share: Expressão em inglês que significa participação no mercado. É a fatia das vendas de um
produto que cada fabricante detém. Um exemplo: se o mercado brasileiro de biscoitos é de 5 bilhões de
unidades vendidas e um dos fabricantes participa com 3 bilhões de unidades, então ele tem um market share
de 60% e é líder deste mercado.
-Modal: Expressão simplificada para referir-se a modal de transporte. Vide Modal de Transporte.
-Modal de transporte: Expressão utilizada para indicar a modalidade de transporte que se utiliza para a
movimentação de materiais/produtos de um ponto a outro. As modalidades de transporte existentes são
divididas em: a) transporte rodoviário; b) transporte ferroviário; c) transporte aéreo; d) transporte aquaviário
(marítimo – de cabotagem e de longo curso, lacustre ou fluvial – hidroviário); e, e) transporte dutoviário.
-Multimodal: Envio que inclui pelo menos dois meios de transporte.
-Operador Logístico: Um operador logístico é um provedor de serviços logísticos terceirizados. São
empresas que, embora terceirizadas, atuam independentemente de seus clientes oferecendo ampla gama de
serviços logísticos realizados internamente. São prestadores de serviços que combinam serviços físicos
(armazenagem e transporte) com serviços gerenciais. Podem ser divididos em operadores baseados em
ativos e operadores baseados em informação e gestão. Os primeiros são caracterizados pelo fato de
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possuírem investimentos próprios em transporte, armazenagem e equipamentos para execução das operações
logísticas. Os do segundo tipo vendem know-how de gerenciamento, baseando-se em sistemas de
informação e capacidade analítica, buscando soluções customizadas para cada cliente, utilizando ativos de
terceiros.
-Paletização: Ato de unitizar determinada carga sobre um pallet, permitindo o arranjo e o agrupamento de
materiais em UNIMOV ou UNICOM’s, possibilitando o manuseio, estocagem, movimentação e transporte
como carga unitizada. Ver unitização.
-Pallet: Unidade semelhante a um estrado, em geral de madeira, utilizado para unitização de cargas com
peso de até 2000 Kg. Tal ―estrado‖ pode ser formado por dois planos separados por vigas, ou uma base única
sustentada por pés, cuja altura é reduzida ao mínimo compatível com seu manuseio por empilhadeiras,
paleteiras ou outros sistemas de movimentação de cargas. Pode ser construído de madeira, plásticos, metal,
papelão, ou combinações desses materiais. Pode ter dimensões variadas, embora no Brasil se utilize o pallet
denominado PBR.
-Planejamento Estratégico: O Planejamento estratégico é um processo gerencial em que se formulam os
objetivos para a seleção de programas de ação e para sua execução, considerando as condições internas e
externas à empresa e sua evolução esperada.
-Plano de Negócios: (Business Plan) – Resumo descritivo de um empreendimento contendo descrição do
negócio, metas, custos estimados, entre outras. É imprescindível para a obtenção de financiamento, mas não
serve somente para isso. Mesmo que você não esteja procurando o investidor, o plano de negócios é uma
ótima ferramenta para planejar e acompanhar a evolução do seu negócio.
-Ponto de Pedido: Order Point. É uma metodologia utilizada para a reposição de estoques, em que se
determina um ponto (definido quantitativamente) em que se deve disparar uma ordem de abastecimento.
Normalmente inclui certa quantidade de materiais para o funcionamento durante o tempo de ressuprimento,
acrescida de um estoque de segurança. Quando a quantidade de determinado item em estoque atinge o ponto
de pedido, dispara-se o processo de ressuprimento.
-Reachstacker: Empilhadeira para movimentação e empilhamento de containers, que pode pegá-los de
qualquer posição com seu braço flexível.
-Rodotrem: Trata-se de uma combinação de dois semi-reboques ligados através de um dolly de dois eixos.
Esta combinação possui um PBTC de 74 T, o que aumenta em 64% a capacidade de carga transportada,
comparando-se com uma combinação tradicional de 03 eixos. Um rodotrem necessita, obrigatoriamente, ser
tracionado por caminhões 6 x 4, além de ter que definir previamente o trajeto a ser percorrido usualmente, na
Autorização Especial de Trânsito – AET.
-Roteirização: Processo de organizar a rota para transporte das mercadorias.
-Setup: Tempo compreendido entre a paralisação de produção de uma máquina, a troca do seu ferramental e
a volta de sua produção.
-TEU: Twenty Foot Equivalent Unit. Tamanho padrão de contêiner intermodal de 20 pés.
-TMS – Transportation Management Systems: Sistemas de Gerenciamento de Transporte. São softwares
que racionalizam e simplificam as operações do dia-a-dia do transporte, subsidiando as empresas usuárias
com informações que permitem extrair a melhor relação Custo-Benefício dos recursos envolvidos com o
transporte e tornam mais eficientes os serviços oferecidos ao cliente.
-Trade-off ou Tradeoff: Um tradeoff é uma situação onde precisa-se abrir mão de uma característica para
ganhar em outra, quando as opções são conflitantes. Em logística os tradeoffs mais comuns são entre custos
e alguma outra característica como qualidade ou nível de estoques.
-Transbordo: Passar mercadorias/produtos de um para outro veículo de transporte. Operação muito
utilizada quando ocorre multimodalidade ou intermodalidade de transportes.
-Tri-trem: É uma combinação de veículo de carga – CVC – formada por três semi-reboques interligados
através de quinta roda, como acontece na combinação bi-trem. Esta CVC possibilita um PBTC de 74
toneladas, a mesma do rodotrem, mas, devido às características específicas, são desenvolvidas especialmente
para o transporte florestal e canavieiro.
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-Unitização: Ato de unir vários volumes pequenos, em um recipiente (embalagem) maior, com o intuito de
facilitar a sua movimentação. Trata-se da conversão de diversas unidades de carga fracionada numa única
unidade (consolidação), para fins de movimentação e armazenagem. Ver paletização.
-WMS: Acrônimo de Warehouse management system (ou Sistema de Gerenciamento de Armazém). Faz
parte dos sistemas de informação utilizados para o gerenciamento operacional dos armazéns (locais de
armazenagem). São softwares aplicados à gestão de áreas de armazenagem, no que diz respeito ao controle
de entrada e saída de materiais, endereçamento, realização dos métodos de controle de estoques (PEPS,
UEPS etc.), formação de cargas para expedição (picking) etc.
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COMÉRCIO EXTERIOR
Prof.: Edvaldo da Cruz
70
1- Introdução ao Comércio Exterior
A evolução do Comércio Exterior ocorreu a partir da década de 50. Durante esta década, o país
assumiu o processo de industrialização plena. A partir dos anos 60, diversas políticas de promoção à
exportação foram apresentadas e levadas à prática.
No Plano de Ação Econômica do Governo era determinado que as exportações gerassem divisas para
a importação. Após esse período conhecido como milagre econômico, na década de 70, as exportações
assumiriam um papel semelhante ao plano anterior, porém com a diferença de ajudar a reduzir o déficit
provocado pelo aumento da dívida externa com o segundo choque do petróleo.
No final dos anos 80, o processo de substituição das importações está esgotado nos setores
industriais, mas nos setores de informática e química fina estava distante da realidade. Embora constassem
do planejamento governamental os temas como competitividade internacional, permitindo exportar produtos
com maior valor agregado, não passavam de meras regras.
Só no início da década de 90, o ex-presidente Fernando Collor de Mello, implementou o Programa
Brasileiro de Qualidade e Produtividade e de Apoio à Capacitação Tecnológica e abriu o debate de
liberalização do comércio exterior brasileiro.
Durante esse período e com maior importância a partir de 1992, o Brasil assume um compromisso de
integrar a sua economia a um espaço econômico e político maior, surgindo em 1995, o primeiro mercado
comum da América Latina, o Mercosul. (Curso de formação básica em Com. Ext. para empresários, 1999,
Aduaneiras, Sebrae e Apex).
A globalização da economia exigiu e exige das empresas uma crescente modernização,
principalmente no comportamento empresarial, em função do aumento da competição no mercado interno
quanto no mercado externo.
A globalização acelerou as chamadas desregulamentação de mercados, flexibilizou os monopólios e
as parcerias das empresas. Com o seu surgimento, a concorrência rompeu fronteiras.
A empresa inserida no contexto atua com venda competitiva e padronizada de seu produto em
qualquer parte do mundo. (Informe BB, 1998).
Define-se então:
-Comércio Exterior: Conjunto de ações no sentido de promover a saída de bens e serviços nacionais para o
exterior (exportação) e o ingresso de bens e serviços estrangeiros em nosso país (importação).
-Produto Exportável: Primeiro é preciso fazer um minucioso estudo sobre o produto. Nem sempre o
produto que é aceito internamente, é também aceito no exterior, pois os gostos e padrões diferem entre os
povos.
O estado de Santa Catarina tem uma representativa contribuição no mercado de importação e
exportação devido a sua localização e a proximidade com grandes centros industriais como São Paulo e Rio
de Janeiro.
Os portos estão localizados em Itajaí, São Francisco do Sul, Imbituba e Navegantes – são bem
equipados e mantêm linhas regulares com as principais cidades portuárias do mundo. Juntos, movimentam
71
anualmente cerca de 18 milhões de toneladas. O Porto de Itajaí é o segundo do Brasil (e 13 º na América
Latina e Caribe) em movimento de contêineres.
Em 2008, os portos de Itajaí, São Francisco do Sul e Imbituba movimentaram 14,6 milhões de
toneladas. Santa Catarina é o único estado brasileiro com três representantes no ranking dos 20 principais
portos nesse critério – o de São Francisco do Sul ocupa o 6º lugar e o de Imbituba aparece em 16º. O mais
novo porto catarinense, no município de Navegantes, ainda não figura nas estatísticas da Agência Nacional
de Transportes Aquaviários (Antaq), pois entrou em operação em outubro de 2007, mas a sua capacidade e
tecnologia é destaque em âmbito mundial.
No ramo acadêmico os primeiros cursos exclusivos de Comércio Exterior surgiram em 1999. Os
Bacharéis em Comércio Exterior gerenciam empresas, atuando como planejadores de estratégias
organizacionais no mundo globalizado, ou como assessores específicos das comercializações internacionais.
Bancos (Departamento de Comércio Exterior), Receita Federal, entidades governamentais, departamentos de
desenvolvimento econômico, empresas privadas de transporte internacional, de seguros ou câmbio
constituem campo de atuação para esse profissional, que também pode trabalhar como consultor ou assessor
de agências e empresas de médio e pequeno porte que desejam iniciar negociações internacionais.
2- Mercado cambial Brasileiro
A partir de 1999, com o fim do regime de câmbio administrado, o mercado de moedas no Brasil
passou a apresentar livre flutuação das cotações, reduzindo a previsibilidade de comportamento da taxa, que
era, até então, estabelecida pelas bandas cambiais. Como se sabe, a livre flutuação impõe riscos aos agentes
econômicos, ressaltando, assim, a necessidade de utilização do mercado futuro de taxas de câmbio.
A taxa de câmbio é expressa em unidades de uma moeda em relação à unidade de outra moeda. Por
exemplo, R$ 2,30 reais por $ 1 dólar. Se a quantidade de unidades de determinada moeda necessária para se
adquirir uma outra moeda aumentar, diz-se que essa moeda se desvalorizou ou se depreciou em relação à
outra; caso essa quantidade se aumente, diz-se que a moeda apreciou ou valorizou em relação à outra.
A variação da taxa de câmbio pode ser influenciada por fatores domésticos, como a posição das
reservas cambiais, a situação do balanço de pagamentos, a condução da política econômica, etc. Fatores
externos também podem interferir na taxa de câmbio, como a evolução das taxas de juro internacionais
(comparativamente às taxas de juros domésticas), pois podem determinar o fluxo de moeda dos investidores.
Dessa forma é correto afirmar que Mercado de Cambio seria um macro ambiente onde ocorrem as
operações de cambio entre agentes autorizados. São tidos como agentes autorizados, todos os agentes
devidamente credenciados pelo Banco Central para operar em Cambio.
3-Operações de Câmbio
Quando se fala em Operações de Câmbio imaginamos diretamente o dinheiro e sua equivalência em
compra e venda de algum bem de consumo. No Brasil quem controla e autoriza a realização de operações de
câmbio é o BCB - Banco Central do Brasil. As Instituições que podem ser autorizadas:
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- Bancos e caixas econômicas;
-SCFI (Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento), corretoras de câmbio ou de títulos e valores
mobiliários, DTVM (Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários);
-Agências de turismo e meios de hospedagem de turismo.
3.1- Operações Prontas
São operações pelas quais o cliente pode comprar ou a vender outras moedas à vista, podendo ser de
caráter comercial ou financeiro, sendo a contratação de câmbio para liquidação em até 2 dias úteis.
Tipos: - Exportação: Venda
- Importação: Compra
- Remessas financeiras provenientes do exterior / destinadas ao exterior.
3.2 Operações Futuras: Aquele em que as partes assumem compromisso de compra e/ou venda de
determinada quantidade e qualidade padronizadas de um ativo financeiro ou real, representada por contratos
padronizados para liquidação (física e/ou financeira) em data futura. Nesse mercado existe o ajuste diário do
valor dos contratos. Esse é o mecanismo que possibilita a liquidação financeira diária de lucros e prejuízos
das posições, viabilizando a troca de posições.
Portanto quando falamos de liquidação futura, são aqueles contratos, onde o pagamento será efetuado
em data superior a 48 horas. Uma empresa pode, portanto financiar a sua importação, é um importante
instrumento de proteção ao importador de eventuais desvalorizações cambiais.
3.3- Modalidades de Pagamento
Existem várias modalidades de pagamento no comércio internacional e o fechamento de câmbio
depende desta informação.
- Pagamento Antecipado: Nesta modalidade, o importador envia, parcial ou totalmente, o valor da operação
antes do embarque da mercadoria. Para o exportador, o pagamento antecipado representa uma garantia de
não cancelamento do contrato por parte do importador e a possibilidade de obtenção de recursos para a
produção do pedido. Normalmente é utilizado entre empresas interligadas ou que já possuem uma confiança
recíproca, pois se trata de uma operação de risco para o importador que poderá, dependendo da qualidade
cadastral do exportador, arcar com a demora na remessa do produto já pago ou mesmo deixar de recebê-lo.
- Cobrança Documentária: É o conjunto de procedimentos, através dos quais os bancos, com base em
instruções recebidas, obtêm aceite e/ou pagamento de documentos financeiros; entregam documentos contra
aceite e/ou pagamento; ou entregam documentos sob outros termos e condições. A cobrança documentária,
que poderá ser à vista ou a prazo, tem uma conotação diferente do pagamento antecipado. Nesta condição,
que é a mais barata para ambas as partes, o exportador produz a mercadoria, providencia seu embarque ao
exterior e somente após a sua chegada ao país de destino é que o importador providencia a remessa das
respectivas divisas ao exportador (à vista) ou dá aceite na cambial com pagamento no vencimento (a prazo).
73
É importante ressaltar que o importador só tomará posse da mercadoria, após a obtenção dos documentos
junto ao banco.
- Crédito Documentário (Carta de Crédito): Esta é a forma de pagamento mais segura e garantida para
ambas às partes. De um lado, o exportador tem a garantia de recebimento dos valores da operação e, do
outro, o importador tem a garantia de recebimento da mercadoria de acordo com as condições préestabelecidas na carta de crédito. Funciona como um contrato de compra e venda e é regulamentada ―Regras
e Costumes Uniformes - Brochura 500‖ da Câmara de Comércio Internacional.
Na carta de crédito, um banco agindo a pedido e de conformidade com instruções do seu cliente,
compromete-se por escrito a pagar, aceitar ou negociar letras de câmbio, até um determinado valor, dentro
de um prazo e contra a apresentação de determinados documentos. Para se assegurar do pagamento, os
bancos exigem uma garantia (contrato, título avalizado, duplicatas em caução ou depósito em espécie) da
empresa importadora. O custo operacional de abertura desta carta de crédito, para o importador, é
relativamente alto.
- Contratação de Seguro e Frete Internacional: É mais conveniente para o importador que ele contrate o
seguro e o frete internacional, uma vez que terá um maior poder de barganha contratando estes serviços no
Brasil. Além do controle das informações relativas ao embarque, etc.
- Instrução de Embarque: Após a emissão da LI, caso obrigatório, e após averbação provisória da apólice
de seguro, o importador deverá enviar ao fornecedor as instruções para embarcar a mercadoria. Esta
instrução deverá conter as seguintes informações: os documentos necessários ao desembaraço aduaneiro na
importação (fatura comercial, certificado de origem (caso a mercadoria goze de incentivos fiscais),
conhecimento de embarque, romaneio de embarque/packinglist, etc.; informações a respeito da modalidade
de pagamento da mercadoria, nome e endereço bancário para remessa de documentos internacionais;
informações a respeito da contratação do seguro e do frete internacional; etc.
- Chegada da Mercadoria: Para se realizar um despacho aduaneiro é imprescindível a apresentação de
documentos originais no momento do desembaraço e para estar de posse destes documentos é necessário
saber qual a modalidade de pagamento acordada. Quando se trata de pagamento antecipado, os documentos
são enviados pelo fornecedor junto com a mercadoria (via aérea ou rodoviária) ou via correio expresso, mais
chamado de courier (via marítima).
Quando a modalidade é cobrança, os documentos, geralmente, são enviados via banco, ou seja, o
importador deve dirigir-se ao banco combinado para retirar os documentos originais contra pagamento, se à
vista, ou contra aceite na cambial, se a prazo. Em caso de carta de crédito, deve-se verificar o que está
estipulado nesta, uma vez que os documentos podem vir via banco ou diretamente para o importador
viacourier.
- Siscomex: O SISCOMEX é um instrumento administrativo, informatizado, que integra as atividades de
registro, acompanhamento e controle das operações de comércio exterior. O gerenciamento desse sistema
pertence à SECEX, à SRF e ao BACEN.
74
A criação do SISCOMEX permitiu ao governo brasileiro reduzir a burocracia, racionalizar o processo e
integrar os órgãos responsáveis pelo comércio exterior. Do ponto de vista do exportador, houve uma redução
significativa dos custos administrativos e maior agilidade na operação.
O acesso ao SISCOMEX deve ser feito através do credenciamento do representante legal da empresa
(funcionário ou despachante aduaneiro) junto à SRF. Mais informações podem ser obtidas no endereço
eletrônico www.receita.fazenda.gov.br.
- Despacho Aduaneiro: Despacho aduaneiro de importação é o procedimento fiscal mediante o qual se
processa o desembaraço aduaneiro da mercadoria procedente do exterior, seja a título definitivo ou não.
A Instrução Normativa nº 102 de 20.12.1995 disciplina o Sistema Integrado de Gerência do
Manifesto, do Trânsito e do Armazenamento MANTRA. O Mantra constitui parte do SISCOMEX e
corresponde ao primeiro passo para o despacho aduaneiro.
No caso de transporte marítimo, ainda não existe um sistema informatizado como Mantra, e portanto,
a manifestação de carga se dá com a apresentação do documento Manifesto de Carga, pelo Capitão do Navio
à autoridade na SRF –alfândega de destino.
O Mantra tem como objetivos principais:
-Uniformizar os procedimentos;
-Harmonizar o fluxo de documentos e de cargas;
-Integrar os agentes intervenientes no processo;
-Reduzir a burocracia de documentos racionalizando as informações e reduzindo os erros e fraudes;
-Reduzir custos operacionais com manuseio e armazenagem de carga;
-Facilitar a localização das cargas nos armazéns da Infraero;
-Agilizar a liberação das cargas.
O despacho aduaneiro, que se inicia com o registro da Declaração de Importação (DI) junto ao
Siscomex, deve começar:
a) Até 90 dias da descarga, se a mercadoria estiver em recinto alfandegado de zona primária;
b) Até 45 dias após esgotar-se o prazo estabelecido para permanência da mercadoria em entreposto
aduaneiro ou recinto alfandegado de zona secundária.
Deve-se atentar que a inobservância dos prazos fixados para início do despacho de importação será
considerada como abandonada, implicando na aplicação da pena de perdimento das mercadorias.
Outro sistema criado para agilizar o despacho aduaneiro é o ―Sistema Parametrizado‖, ou seja, após o
registro da DI o próprio sistema automaticamente determina o grau de conferência dos documentos e da
mercadoria através da definição dos seguintes canais:
- Canal Verde ⇒ o sistema procede ao desembaraço automático da mercadoria sendo dispensado o exame
documental da declaração, a verificação da mercadoria e análise preliminar do valor aduaneiro.
- Canal Amarelo ⇒ a declaração é submetida a exame documental e, não sendo constatada irregularidade, é
autorizado o desembaraço da mercadoria e dispensadas à verificação da mercadoria e análise preliminar do
valor aduaneiro.
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- Canal Vermelho ⇒ a mercadoria somente é desembarcada e entregue ao importador após a realização do
exame documental, da verificação física da mercadoria e dispensada da análise preliminar do valor
aduaneiro.
- Canal Cinza ⇒ a mercadoria somente é desembaraçada e entregue ao importador após a realização da
análise preliminar do valor aduaneiro e, se for o caso, o depósito de garantias.
Após o desembaraço aduaneiro é necessária à emissão da nota fiscal de entrada da mercadoria no
estabelecimento do importador. Ela deve acompanhar a saída da mercadoria da alfândega até o
estabelecimento do importador.
4-Documentos do Comércio Exterior : No ramo do Comércio Exterior é muito visível a utilização de
inúmeros documentos, para que possamos identificar um processo de importação devemos levar em conta
alguns critérios: ―A nacionalização é a sequência de atos que transfere a mercadoria da economia estrangeira
para a economia nacional, por meio da declaração de importação (D.I.). Documento formalizado e emitido
pelo importador. Conforme dito anteriormente, à exceção dos casos de importações dispensadas do regime
de licença, a nacionalização somente é autorizada por meio do deferimento, pelo órgão anuente, da licença
de importação (L.I.). Há que se considerar que na ausência da licença de importação (L.I.), quando esse
documento for exigível, o importador, para suprir a falta e ter a nacionalização autorizada, ficará sujeito ao
pagamento de multa de 30%, calculada sobre o valor aduaneiro acrescido o frete e seguro internacional da
importação‖. (Manual de Importação da UNESP).
O processo de nacionalização é indispensável para que uma mercadoria possa circular pelo país, caso
contrário a mesma será clandestina e impossibilitada de ser comercializada e podendo ser apreendida por
órgãos competentes.
Os documentos necessários para essa nacionalização devem ser emitidos pelo importador da
mercadoria, sendo dele a responsabilidade da carga, esses documentos são extremamente importantes para
que se retire uma mercadoria de um terminal portuário e de processo ao desembaraço aduaneiro:
A) Licença de Importação (LI): Licença de importação é o documento eletrônico que deve ser preenchido
"on-line" pelo importador ou por seu despachante aduaneiro, por meio do sistema integrado de comércio
exterior–SISCOMEX, sendo obrigatório nas importações com isenção de impostos.
B) Declaração de Importação (DI): A declaração de importação é o documento base do despacho de
importação, formalizado, pelo importador ou por seu despachante aduaneiro, no siscomex, no momento do
desembaraço da mercadoria.
C) Comprovante de Importação (CI): Comprovante de importação é o documento que promove
definitivamente a nacionalização da mercadoria.
5- Os documentos mais comuns e emitidos durante o processo de exportação são esses:
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A) Fatura: Documento emitido pelo exportador, no qual se descreve todas as características das
mercadorias, tais como: quantidade, preço unitário e total, peso líquido e bruto, nome e endereço do
exportador, do fabricante, dados bancários, forma de pagamento, termos de garantia, etc.
São dois os tipos de faturas emitidas pelo exportador:
-Proforma: É emitida pelo exportador ou representante, precede a fatura comercial, descrevendo a
mercadoria e os termos de venda, servindo para fins de cotação e formalizando o que foi tratado pelas partes.
-Comercial/Invoice: Documento internacional, emitido pelo exportador, imprescindível para que o
importador possa liberar as mercadorias em seu país.
B) Packing List (Romaneio): O packing list é emitido pelo exportador para instruir o embarque e o
desembaraço da mercadoria, auxiliando o importador quando da chegada dos produtos no país de destino.
C) OUTROS : Dependendo do tipo de mercadoria ou importação, outros documentos poderão ser exigidos
pelo importador, para apresentação na alfândega, tais como: certificado de origem, certificado fitossanitário,
fatura consular, etc.
Desse modo temos de citar também as funções do transportador:
- Conhecimento de Embarque: O conhecimento de embarque serve para transferir a propriedade da carga,
além de constituir prova de embarque, tem função de contrato de transporte e quando aplicável, de
bilhete de seguro.
Os conhecimentos de embarque mais comuns são:
- Conhecimento de Embarque Marítimo – BILL OF LADING - B/L.
- Conhecimento de Embarque Aéreo – AIR WAYBILL - AWB.
O AWB também pode ser conhecido como mawb-master air waybill, ou hawb-house air waybill,
quando se tratar de carga consolidada.
6-Matemática Aplicada: Como em qualquer outra área, a matemática se faz presente no Comércio exterior.
As operações de cálculo não são tão complexas quanto a área de Engenharia, mas são indispensáveis, pois
não devem conter erro, principalmente quando se confecciona um documento. Os Profissionais de Comex,
precisam geralmente calcular todas as despesas pertinentes ao processo de importação, como um custo de
um frete, aluguel de um container, custos e despesas de armazenagens, gastos com desembaraço de
documentos aduaneiros, gastos com a Receita Federal, etc...
-Regra de Três: Regra de três simples é um processo prático para resolver problemas que envolvam quatro
valores dos quais conhecemos três deles. Devemos, portanto, determinar um valor a partir dos três já
conhecidos.
- Razões: A palavra razão, vem do latim ratio, e significa "divisão".
7-Globalização e os Blocos Econômicos: Pode-se afirmar que Globalização é um processo econômico e
social que estabelece uma integração entre os países e as pessoas do mundo todo. Através deste processo, as
pessoas, os governos e as empresas trocam ideias, realizam transações financeiras e comerciais e espalham
aspectos culturais pelos quatro cantos do planeta.
O processo de globalização surgiu para atender ao capitalismo e, principalmente, os países
desenvolvidos; de modo que pudessem buscar novos mercados, tendo em vista que o consumo interno
encontrava-se saturado. A globalização é a fase mais avançada do capitalismo. Com o declínio do
77
socialismo, o sistema capitalista tornou-se predominante no mundo. A consolidação do capitalismo iniciou a
era da globalização, principalmente, econômica e comercial. O desenvolvimento da globalização se deve aos
chamados blocos econômicos
8-Área de Preferência Tarifária: São acordos realizados entre os países para redução de tarifas
alfandegárias no comércio entre os seus membros, por meio da concessão de preferências tarifárias. Esses
arranjos podem estabelecer a seleção de um grupo ou a inclusão da totalidade das mercadorias negociadas,
em acordos de redução das tarifas de importação. Por preferência tarifária entende-se a redução do I.I –
Imposto de Importação em determinados percentuais. Como exemplo, um exemplo uma mercadoria tem
Imposto de 15% e preferência tarifária de 20%, ou seja, em três pontos percentuais, pagando-se um imposto
de 12% na sua entrada no país.
Geralmente essa categoria recebe o nome de área de livre comércio ou zona de livre comércio a
um grupo de países que concordou em eliminar as tarifas, quotas e preferências que recaem sobre a maior
parte dos (ou todos os) bens importados e exportados entre aqueles países. O propósito da área de livre
comércio é estimular o comércio entre os países participantes por meio da especialização, da divisão do
trabalho e da vantagem comparativa. A área de livre comércio costuma ser vista como um passo para a
instituição de uma união aduaneira. Diferencia-se desta última pela inexistência de uma política comercial
comum (como, por exemplo, uma tarifa externa comum), adotada por todos os países participantes e válida
para as importações provenientes de fora da área. As áreas de livre comércio são criadas por meio de acordos
de livre comércio (ALCs) entre dois ou mais Estados.
Porém se de um lado temos os acordos comerciais mundiais, temos também as Barreiras
Alfandegárias, também conhecidas como Barreiras Comerciais. Muitos governos a utilizam para controlar o
intercâmbio
internacional
de
mercados.
Essas
barreiras
podem
ser
praticadas
na
forma
de tarifas, cotas e licenças de importação. A forma mais comum de proteger o mercado interno se dá pelas
barreiras alfandegárias.
9-Fatores de Competitividade Internacional: A noção de competitividade tem sido abordada de várias
maneiras. Em graus variados, ela submete as firmas aos seguintes postulados: vender mais do que as
concorrentes de produtos similares; vender produtos diferentes tentando através da diferenciação, guardar
posições de monopólio, recentemente, obter maior lucratividade, independente da quantidade vendida.
Foi justamente através dos argumentos da teoria da Organização Industrial que a noção de
competitividade internacional ganhou expressividade, nos anos 70/80. A possibilidade de expansão da oferta
das firmas a taxas superiores ao crescimento da respectiva demanda doméstica conduziria à diversificação
produtiva e/ou ao mercado externo, como alternativas estratégicas de crescimento pela firma.
9.1-Contratos de Transporte no Comércio Internacional: Do conceito de transportar – conduzir ou levar
uma carga de um lugar para outro – retiramos a informação necessária para definir exatamente o Transporte
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Internacional de Carga: operação de transladar produtos através do fornecimento de um serviço, do país
exportador (origem) ao país importador (destino), por um determinado preço (frete).
9.2-Contratos de Transporte Internacional: Os contratos de transporte internacional são documentos que
exprimem vontades acordadas entre um transportador (Companhia de navegação, aéreo comercial,
ferroviária ou rodoviária, ou um operador de transporte multimodal); e um usuário do serviço de transporte.
É importante ressaltar que todos os contratos de transporte são regidos por normas nacionais e internacionais
e formalizados em documentos cujo formato varia conforme a modalidade de transporte.
9.3-Contratos de Transporte Marítimo Internacional: A função básica do contrato de
transporte
marítimo internacional é servir como instrumento de vinculação jurídica de dois ou mais sujeitos com
vontades convergentes, oferecendo respaldo legal e segurança. É necessário para harmonizar o meio de
transporte que move o maior volume de mercadorias do comércio internacional, praticamente o único meio
viável para grandes volumes geograficamente afastados.
9.4-Contrato de Fretamento: No contrato de fretamento o armador obriga-se a colocar à disposição do
afretador os serviços do navio, mediante pagamento do frete. A finalidade do contrato de transporte
marítimo não é apenas a cessão de um espaço no navio, mas também o efetivo transporte da carga de um
ponto de origem ao destino final, e o instrumento jurídico que o representa é o Conhecimento Marítimo ou
Bill of Lading (B/L), o qual não deixa de ser um contrato de compra e venda de mercadorias.
9.5-Responsabilidade da operação: Entende-se como Responsabilidade da Operação apenas a definição de
qual parte será responsável pela estufagem e desova do container. Os termos usados para explicitar com
clareza são: LCL (lessthan a container load), FCL (full container load), FCL/LCL.
9.6-Contratos de Transporte Multimodal Internacional: O transporte multimodal utiliza dois ou mais
modais (marítimo, aéreo, terrestre) para o transporte de cargas de um ponto de origem ao destino final,
mediante a celebração de apenas um contrato e a intermediação de um único agente, denominado Operador
de Transporte Modal (OTM). Serve como prova de que a carga está sob custódia, portanto, responde
objetivamente por qualquer dano, avaria ou atraso na entrega.
9.7-Contratos de Transporte Aéreo Internacional: O transporte aéreo internacional é coordenado pela
International Air Transport Association (IATA), e disciplinado pela Convenção de Varsóvia, de 12de
outubro de 1929, recepcionada no nosso ordenamento jurídico pelo Decreto nº 20.704 de 24 de novembro de
1931.
A entrega da mercadoria determina a conclusão do contrato por parte do prestador de serviço,
enquanto que o pagamento é a conclusão por parte do adquirente. As obrigações do transportador não
surgem antes do recebimento das mercadorias, mas isso não impede uma formação anterior de contrato (o
que gera, até mesmo, a obrigação do recebimento/envio de mercadorias).
79
9.8-Contratos de Transporte Rodoviário Internacional: O Transporte rodoviário internacional de cargas
é contratado através de um Conhecimento Rodoviário de Transporte – CRT, que funciona como contrato de
transporte rodoviário, como recibo de entrega da carga e como título de crédito. Por esses motivos PE de uso
obrigatório no transporte entre os países do Cone Sul.
O transporte rodoviário possui um documento, emitido pelo despachante responsável pelo
desembaraço da carga, denominado MIC/DTA – Manifesto Internacional de Carga Rodoviária/Declaração
de Trânsito Aduaneiro.
9.9-Contratos de Transporte Ferroviário Internacional: Assim como o transporte rodoviário na
América do Sul, é regido pelo Acordo sobre Transporte Internacional Terrestre – ATIT.
A Carta de Porte Internacional (TIF/DTA) é o documento mais importante do transporte ferroviário,
sendo ele obrigatório e de uso nas zonas alfandegárias. Exerce funções de contrato de transporte, recibo de
carga e título de crédito.
10-Procedimentos Básicos na Exportação: As empresas interessadas em efetuar exportações deverão, em
primeiro lugar, inscrever-se no RADAR, que corresponde ao Registro de Exportadores e Importadores da
Inspetoria da Receita Federal. Os novos registros são efetuados mediante apresentação de vários documentos
e formulários (VIDE DOCUMENTOS), que devem ser entregues à Receita Federal. Para se obter a senha
que permite ao usuário o acesso ao SISCOMEX, faz-se necessário, após o credenciamento, a ida do
responsável legal da Empresa pessoalmente à SRF, munido de documentos (VIDE DOCUMENTOS).
10.1-Contato com o Importador: Esse contato poderá ser feito de acordo com as necessidades de ambos
(exportador – Brasil e importador – Exterior), pois visa a definição e a escolha do produto, seu preço,
garantias, condições de pagamento etc.
Realizado o contato e definidos os produtos e as condições da operação o exportador deve remeter ao
interessado a FATURA PRO FORMA do produto. A Fatura Pro Forma conterá todas as particularidades e
condições que o exportador precisa cumprir para a venda do produto ao exterior.
10.2-Análise do Pedido: Estando o pedido ou a carta de crédito de acordo com o proposto na venda, o
exportador deve iniciar a preparação da mercadoria e dos documentos necessários à execução da encomenda,
tanto para fins de transporte da mercadoria até o destino estipulado como também para a devida negociação
junto aos bancos.
11-Preparação da Mercadoria e demais Documentos para Embarque
- Preparação da Mercadoria: Ao serem concluídas a preparação e a embalagem da mercadoria a ser
exportada.
-Romaneio ou PackingList: Este documento é necessário para o desembaraço da mercadoria, tanto na saída
promovida pelo exportador como também para orientar o importador.
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-Registro de Exportação – RE - De posse do packinglist, torna-se possível o preenchimento do RE, no
Sistema Integrado de Comércio Exterior – SISCOMEX, por parte do Despachante Aduaneiro.
-Nota Fiscal: acompanhará a mercadoria desde a saída do estabelecimento até seu efetivo desembaraço para
o exterior.
-Conhecimento de Embarque: Este documento é emitido pelo transportador internacional da mercadoria
ou seu agente.
- Certificados: Dependendo da mercadoria que se esteja embarcando para o exterior, poderá vir a ser
exigido algum certificado que ateste a qualidade ou certas especificações do produto, seja para atender
imposições da legislação brasileira, ou exigências do importador face às normas vigentes em seu país.
12-Documentação: Quando a operação estiver amparada por carta de crédito, o exportador deve redobrar
suas atenções para a confecção dos documentos, visto que estes deverão respeitar rigorosamente o contido
nesse instrumento de pagamento.
Os documentos usualmente exigidos para a negociação junto aos bancos são:
-Fatura Comercial: Documento elaborado após a efetivação do embarque, devendo conter todos os
elementos básicos da operação.
-Saque ou Cambial: Também denominado draft, representa o título de crédito da operação.
Conhecimento de Embarque: Seus originais são documentos básicos para a negociação, uma vez que o
importador os utilizará para o desembaraço da mercadoria no destino.
- Carta de Crédito: Nas operações conduzidas sob esta condição de pagamento, o original deste documento
é imprescindível para que o exportador possa concretizar a entrega e o recebimento de seu valor junto ao
banco.
- Certificados: Tanto aqueles certificados porventura exigidos para o embarque da mercadoria para o
exterior como também aqueles que atestam a origem do produto exportado devem fazer parte dos
documentos que estão sendo negociados.
-Carta de Entrega: Consiste em uma carta na qual são relacionados todos os documento que estão sendo
negociados (entregues ao banco).
12.1-Documentos do Processo
- Operações de Câmbio: É pela contratação do câmbio que o exportador recebe o valor de sua operação de
exportação, convertido em reais pelo banco.
- Amostras: até cinco mil dólares dos Estados Unidos ou seu equivalente em outras moedas, mediante a
elaboração de "RE", no SISCOMEX.
- Drawback (Desvantagem): O drawback, apesar de ser um processo de importação, é uma operação de
extrema importância no contexto das exportações, uma vez que consiste na aquisição, no exterior, de
insumos (matérias-primas, materiais secundários, embalagens e partes e peças), destinados à produção de
bens exportados ou a exportar. Essa aquisição é caracterizada como um incentivo, pelo fato de ser
desonerada dos impostos normais que gravam os produtos importados.
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- Preço de Exportação; É preciso que, quando do cálculo do preço de exportação de um produto, também
sejam computados os tratamentos fiscais diferenciados dos quais, em geral, gozam os produtos em suas
saídas para a comercialização externa.
13-Estrutura do Comércio Exterior Brasileiro
13.1-Órgãos que gerenciam as atividades de Comércio Exterior no Brasil: A Câmara de Comércio
Exterior (CAMEX), criada em 1995, é o órgão responsável pela definição das diretrizes da política de
comércio exterior do país. De acordo com o Decreto Nº 4.732, de setembro de 2003, as decisões da CAMEX
são deliberadas por um Conselho de Ministros, presidido pelo Ministro do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior.
14-Como começar a exportar: O exportador tem à sua disposição as seguintes alternativas para ingressar
no mercado externo:
- Exportação Direta: o exportador atua de forma independente e é responsável por toda a operação,
promovendo seus produtos e negociando diretamente com os clientes.
-Exportação Indireta: o exportador realiza a operação através da atuação de um intermediário, que adquire
a mercadoria no mercado interno com o fim específico de exportá-la.
15-O que é o Registro de Exportadores e Importadores (REI)?: O REI é um cadastro de empresas que
desejam realizar operações de comércio exterior. Sua gestão e manutenção são feitas pelo Departamento de
Operações de Comércio Exterior (DECEX) da SECEX. A inscrição no REI para pessoa jurídica é
automática, sendo realizada no ato da primeira operação de exportação, em qualquer terminal de computador
conectado ao SISCOMEX.
16-
O papel dos Despachantes Aduaneiros: Os despachantes aduaneiros executam todos os serviços
aduaneiros na área de exportação e importação, os quais, hoje, estão elencados, basicamente, no artigo 1º do
Decreto nº 646, de 9 de setembro de 1992, atual Regulamento do artigo 5º, do decreto-lei nº2.472, de 1 de
setembro de 1988. Essas atividades básicas já estavam previstas no artigo 560 do Regulamento Aduaneiro
baixado com o Decreto nº 91.030, de 5 de março de 1985.
Os despachantes aduaneiros são intervenientes dos despachos aduaneiros, verificando o
enquadramento tarifário da mercadoria respectiva e providenciando o pagamento dos impostos de
importação e sobre produtos industrializados (atualmente mediante débito automático), bem como o do
imposto sobre circulação de mercadorias, do frete marítimo, rodoviário e ferroviário, demurrage (sobreestadia), da taxa de armazenagem e de capatazias, do adicional ao frete para renovação da Marinha
Mercante, entre outros.
16.1-Mecanismos Simplificados de Exportação: Os mecanismos existentes para a simplificação de
exportações podem ser utilizados nas operações cujo montante não ultrapasse US$ 20.000,00 (vinte mil
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dólares americanos),incluindo a contratação de frete e seguro. Caso a exportação esteja de acordo com este
critério, o empresário pode utilizar os seguintes mecanismos:
- Registro de Exportação Simplificada (RES): O RES é uma forma resumida do tradicional Registro de
Exportação (RE), que requer menor número de informações, tornando o procedimento administrativo mais
simples e menos custoso.
-Declaração Simplificada de Exportação (DSE): A DSE é um documento alternativo à Declaração de
Despacho de Exportação (DDE).
-Remessa Postal Internacional: A Remessa Postal Internacional permite que qualquer empresa ou pessoa
física realize operações de exportação sem a exigência de inscrição no REI, dispensando também a
contratação de câmbio. Os Correios oferecem serviço de Remessa Postal Internacional através do Exporta
Fácil.
- Sistemática de Câmbio Simplificado (SIMPLEX): O SIMPLEX é um mecanismo de facilitação para a
contratação de câmbio na exportação, tendo sido estabelecido pela Circular BACEN nº 2.836, de 8 de
setembro de 1998.Essa sistemática reduziu de 26 para apenas 5 o número de dados a serem fornecidos pelo
exportador, além de permitir o uso do Boleto de Compra e Venda, um comprovante de compra e venda de
moeda estrangeira.
- O Exporta Fácil Serviço de Exportação dos Correios: O Exporta Fácil é um conjunto de serviços dos
Correios que oferece facilidades para empresas e pessoas físicas (artesãos, agricultores e outras) que desejam
exportar seus produtos de maneira mais simples.
- Funcionamento do Exporta Fácil: O empresário contrata a logística postal de sua mercadoria até o país
de destino e os Correios cuidam do registro da operação no SISCOMEX da Receita Federal. Tudo sem
custos adicionais ou burocracia.
- Outras características do Exporta Fácil: Além de mercadorias, pode ser utilizado também para enviar
presentes, amostras ou documentos. Os Correios dispõem de ótimas soluções para o envio de documentos,
especialmente aqueles inerentes ao processo exportador.
- O prazo de entrega do Exporta Fácil: São cinco modalidades de serviço para o empresário escolher
conforme a urgência da sua exportação. Os prazos têm como referência as principais cidades do mundo e
variam de acordo com a origem e o destino das remessas.
17-Trading Companies: As empresas comerciais exportadoras e trading companies atuam como
intermediárias na representação e comercialização de produtos entre Brasil e outros países. Essas empresas
proporcionam um grande fomento na área de comércio exterior, tanto no que se diz respeito aos trâmites
legais de exportação, quanto o estudo de mercados, viabilidade econômica e a inserção de produtos de
interesse para os mais variados mercados.
As micro e pequenas empresas possuem certa dificuldade em atuar no mercado internacional, muitas
vezes por não possuírem estrutura logística, departamento capacitado ou até mesmo pela limitação ao acesso
dos programas de incentivo à exportação do governo e de iniciativas privadas, podendo, portanto contar com
o trabalho realizado pelas trading companies e comerciais exportadoras.
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18 - Representantes e distribuidores no exterior: Após a seleção do mercado-alvo, a empresa deverá
identificar os representantes e distribuidores no exterior para seu produto. Algumas ferramentas para
desempenhar essa tarefa são:
- Consultas: o exportador pode consultar órgãos envolvidos na atividade exportadora, tanto no país como no
exterior.
- Feiras Internacionais: o exportador pode ainda participar de feiras internacionais (trade shows), que
propiciam o contato direto com potenciais representantes e distribuidores. Nesse caso, vale lembrar que o
domínio de uma língua estrangeira é desejável para o bom desempenho.
- Rodadas de Negócio: outra opção para contato direto são as rodadas de negócio. São reuniões préagendadas entre produtores e compradores, geralmente realiza das paralelamente a feiras.
- Missões Empresariais: este tipo de iniciativa é regularmente organizada pelas entidades de classe e
setoriais, bem como órgãos de governo como a Agência de Promoção de Exportações do Brasil (APEX).
- Internet: uma opção menos custosa, no entanto, pouco segura, é a busca através de diretórios eletrônicos
disponíveis na rede mundial.
19-Modalidades de Pagamento Externo: Após a escolha do INCOTERM a ser utilizado, o exportador
deve acordar com o importador o modo como será efetuado o pagamento no exterior. A escolha da
modalidade de pagamento a ser praticada na exportação deverá conjugar os interesses nas áreas comerciais,
financeira e de segurança. Além disso, o exportador pode contratar o Seguro de Crédito à Exportação (SCE)
para prevenir-se contra o não-pagamento por parte do importador, seja por razões comerciais (mora, falência
e outras) ou por riscos políticos e extraordinários (confiscos, moratórias, conflitos armados, desastres
naturais e outros).
- Pagamento Antecipado: Na modalidade Pagamento Antecipado, o importador realiza o pagamento antes
do embarque do produto. Entretanto, por representar um risco para o importador, a modalidade de
Pagamento Antecipado é pouco utilizada, sendo mais freqüente no caso de empresas interligadas (filiais e
matriz).
- Remessa Direta ou Sem Saque: o importador realiza o pagamento somente após o embarque do produto e
o recebimento da documentação da operação para desembaraço aduaneiro.
- Cobrança Documentária: após o embarque da mercadoria o exportador emite o saque ou cambial, que
por sua vez será encaminhado a um banco no país do importador acompanhado dos respectivos documentos
de embarque. O pagamento poderá ser à vista ou a prazo, conforme estipulado entre as partes.
- Carta de Crédito: é uma ordem de pagamento condicional, emitida por um banco no exterior (banco
emissor) a pedido do importador (tomador de crédito), em favor de um exportador (beneficiário), que
somente fará jus ao recebimento se atender a todas as exigências convencionadas por ela.
Quanto à sua natureza, as Cartas de Créditos podem ser emitidas com as seguintes características:
- Irrevogável – objetiva proteger o exportador, pois não permite cancelamento unilateral, salvo se houver
expressa concordância do banco emissor e, principalmente,do exportador.
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- Intransferível – objetiva proteger o importador, pois não permite que o beneficiário transfira seu valor
para outras empresas.
- Confirmada – objetiva proteger o exportador, pois tem seu pagamento assegurado, adicionalmente, por
um terceiro banco, normalmente de primeira linha, que viabilizará a remessa das divisas ao país exportador
em eventuais dificuldades financeiras do banco emissor.
20-Gestão Financeira da Exportação: Técnicas bancárias, créditos e seguros, são instrumentos de uma boa
gestão financeira na exportação. Mas, como os administrar e de que precauções se cercar?
Certamente, a prática de uma gestão financeira sadia implica rigorosamente em não se excluir uma
boa dose de imaginação. Mas, apesar de indispensável, esta prática está longe de ser suficiente, e um bom
fortificante financeiro, em certas ocasiões, é o salto necessário à superação das barreiras e obstáculos.
Esta foi a forma adotada para apresentar os múltiplos procedimentos de financiamento, seguro e
garantias na exportação, em abordagem fundamentada na experiência - as práticas das empresas descrevendo
a realidade quotidiana dês eu ramo de negócios; em escolhas técnicas, pois não é suficiente conhecer os
procedimentos e técnicas disponíveis.
21-Formas de Financiamento da Exportação
Tendo em base as três fases do processo de exportação:
22-Adiantamento sobre Contrato de Câmbio (ACC): possibilita ao exportador a obtenção antecipada de
recursos para cobrir custos de produção e comercialização das mercadorias exportadas.
Atualmente, a maioria dos agentes financeiros opera esta modalidade.
- Adiantamento sobre Cambiais Entregues (ACE): trata-se de adiantamento feito por um banco ao
exportador após o efetivo embarque das mercadorias e entrega dos documentos.
- Adiantamento sobre Contrato de Câmbio Indireto (ACCI): tem a função de conceder recursos
financeiros aos fornecedores de insumos que integram o processo produtivo da mercadoria para exportação.
- BNDES – Exim-Pré-embarque: modalidade de financiamento à produção de bens para exportação,
mediante abertura de crédito fixo, em operações realizadas por meio de instituições financeiras credenciadas
pelo BNDES.
- BNDES – Exim-Pré-embarque Especial: modalidade de financiamento de parte dos recursos necessários
à produção de bens a serem exportados, sem vinculação a embarques específicos, porém com período
predeterminado para sua efetivação.
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-BNDES – Exim-Pré-embarque Curto Prazo: essa linha de crédito financia até 100% do valor do bem a
ser produzido para exportação em embarques específicos.
- BNDES – Exim-Pós-embarque: modalidade de financiamento à exportação de bens e serviços na fase
pós-embarque.
- Programa de Financiamento às Exportações (PROEX): é o programa do Governo Federal para
financiar as exportações brasileiras de bens e serviços em condições equivalentes às do mercado
internacional.
-PROEX Financiamento: Financiamento direto ao exportador brasileiro ou ao importador com recursos do
Tesouro Nacional.
PROEX Equalização: Exportação financiada pelas instituições financeiras no país e no exterior, na qual o
PROEX, paga parte dos encargos financeiros, tornando-os equivalentes àqueles praticados no mercado
internacional.
- Então qualquer produto pode ser financiado pelo Proex? Não. São financiáveis:
-Bens – constantes da Portaria nº 58, de 10 de abril de 2002, do Ministério do Desenvolvimento Indústria e
Comércio Exterior (MDIC).
-Serviços – aqueles que contribuam para a atividade econômica interna, geração de empregos no país,
modernização tecnológica, nível de investimentos, ou que possam determinar o subseqüente fornecimento de
produtos nacionais ao exterior.
-Engenharia e atividades correlatas – esse tipo de exportação contempla inúmeras atividades combinadas
entre si, envolvendo desde a arquitetura e engenharia consultiva; o suprimento tanto dos bens de consumo
como os de capital a serem incorporados ao empreendimento, objeto da venda; a construção civil e a
montagem eletromecânica, além de serviços auxiliares no apoio a essas tarefas;
-Softwares – desenvolvidos no país para atendimento de uma demanda específica, efetuada pelo comprador
estabelecido no exterior;
-Produções cinematográficas – venda dos direitos de reprodução e comercialização, no exterior, de obras
cinematográficas produzidas no país;
-Franquia – comercialização de franquias brasileiras no exterior. Nesse sentido, será financiado o valor do
contrato de cessão de franquia que poderá contemplar, além do direito de utilização da marca, o treinamento,
desde que realizado por profissional contratado no Brasil; o fornecimento de equipamentos e mercadorias; o
projeto arquitetônico e o projeto de instalação da loja, desde que providenciados no país; e os projetos de
divulgação, desde que executados por empresa brasileira.
-PROEX Financiamento: Financiamento ao exportador de bens e serviços brasileiros, realizado
exclusivamente pelo Banco do Brasil, com recursos do Tesouro Nacional.
-Condições Financeiras - Prazos – os prazos são definidos de acordo com o valor agregado da mercadoria
ou a complexidade dos serviços.
- Percentual Financiável – até 85% do valor da exportação. Nos financiamentos com prazos de até 2 anos,
admite-se a elevação desse percentual para até 100% do valor da exportação.
-Taxa de Juros – as praticadas no mercado internacional (LIBOR).
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-Forma de Pagamento pelo Importador – em parcelas semestrais, iguais e sucessivas.
- Garantias – aval, fiança ou carta de crédito de instituição de primeira linha no exterior ou Seguro de
Crédito à Exportação. Para empresas capixabas, fiança do BANDES.
-Moeda de Pagamento – dólar dos Estados Unidos ou outra moeda de livre conversibilidade.
- As vantagens do PROEX Financiamento: rapidez na aprovação; acesso facilitado ao crédito, sem
necessidade de intermediários; concessão de prazo ao importador, com recebimento à vista pelo exportador;
não há taxa de administração para a concessão do crédito.
- PROGER Exportação: financiamento à exportação com recursos em moeda nacional –modalidade préembarque.
-Finalidades do PROGER Exportação: Apoiar as micro e pequenas empresas, visando o incremento das
exportações brasileiras, através de financiamento a: produção nacional de bens na fase pré-embarque; e
despesas com promoção da exportação.
-Público-alvo do PROGER Exportação: Micro e pequenas empresas exportadoras constituídas sob as leis
brasileiras e que tenham sede e administração no país, excluídas as empresas comerciais exportadoras
beneficiadas pelo Decreto-Lei n° 72/1248, de 29 de novembro de 1972, também chamadasTrading
Companies.
- Itens financiáveis: atividades diretamente envolvidas com a promoção da exportação, como
participaçãoem eventos comerciais no Brasil e no exterior, montagem de estande, remessa demostruários ou
material promocional.
-As vantagens para o exportador ao usar o Proger Exportação: crédito para produzir os bens destinados
à exportação a um custo financeiro reduzido; custear despesas com promoção comercial de exportação e
prazo do financiamento de até 12 meses antes do embarque do bem exportado.
23-Classificação Fiscal: Para a formação do preço de exportação a empresa deve conhecer o tratamento
fiscal a ser utilizado na operação. Este procedimento diferenciado concedido às vendas internacionais tem
por objetivo reduzir os custos dos produtos exportáveis através da desoneração ou dispensa do pagamento de
tributos e outros encargos incidentes sobre as transações de mercado interno.
Para o cálculo do preço do produto a ser exportado, é necessário um levantamento dos custos
relativos a uma exportação, levando-se em conta as condições impostas pelos países importadores e os
custos internos de produção. Deverão ser deduzidos os elementos que compõem o preço no mercado interno,
mas que não estarão presentes no preço de exportação, como por exemplo, ICMS, IPI, (PIS e COFINS).
24-Documentos Necessários para Exportar: Na exportação, a documentação necessária deve ser
providenciada de acordo com o produto, as exigências do país comprador e as formalidades comuns de uso
interno.
Os principais documentos exigidos são: Fatura Pró-forma, Fatura Comercial, PackingListou
Romaneio de Embarque, Nota Fiscal, Apólice de Seguro, Contrato de Câmbio de Compra, Boleto de
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Compra e Venda Simplificado, Certificado de Origem, Certificado Fitossanitário- Fatura Consular, Registros
Eletrônicos Siscomex, Saque ou Cambial.
- O que é Registro de Exportação (RE): é o conjunto de informações de natureza comercial, financeira,
cambial e fiscal que caracteriza a operação de exportação de uma mercadoria.
-O que é Registro de Venda (RV): é o conjunto de informações que caracteriza instrumento de vendas de
commodities ou de produtos negociados em bolsa (conforme Anexo C, da Portaria nº 12, de 3 de setembro
de 2003, da SECEX), que deve ser objeto de registro no SISCOMEX, previamente à solicitação de RE e, por
consequência, ao embarque.
-O que é Registro de Operações de Crédito (RC): representa o conjunto de operações de caráter cambial e
financeiro, nas exportações, com prazos de pagamento superiores a180 dias, que caracteriza as exportações
financiadas.
-Onde obter a documentação para preenchimento: Alguns dos documentos do processo de exportação
são de responsabilidade do exportador, e sua preparação pode ser efetuada em papel carta, com a logomarca
e os dados da empresa exportadora (nome, endereço, telefone, home page) ou em formulário específico,
quando necessário.
- Certificado de Origem: é o documento que atesta a origem da mercadoria para fins de obtenção de
tratamento preferencial (Acordos) que representa, em geral, benefícios fiscais a serem auferidos pelo
importador no ato da liberação da mercadoria na Alfândega ou apenas para cumprimento de exigência
estabelecida, através de legislação do país importador.
- Documentos necessários para o comércio de bens agrícolas: O documento básico para este tipo de
exportação é o Certificado Sanitário/Fitos sanitários Internacional, que acompanha, obrigatoriamente, esses
produtos até o seu destino. É emitido pelo Ministério da Agricultura e Abastecimento por meio do Serviço
de Sanidade Vegetal (SSV) e da Divisão de Produtos de Origem Animal (DIPOA).
-Lei do Bioterrorismo dos Estados Unidos: A lei atinge todas as empresas (domésticas e estrangeiras) que
manufaturam, armazenam,estocam, processam, empacotam, distribuem e importam alimentos para o
mercado norte-americano, ou seja, afeta não só os exportadores brasileiros, mas os do mundo todo. A lei
também prevê a obrigatoriedade das empresas exportadoras, cujos produtos estiverem sujeitos ao Registro
Prévio, nomearem um agente que resida em território americano, sendo este o principal contato entre o
exportador e o FDA para casos rotineiros e para as emergências, devendo estar disponível 24 horas por dia, 7
dias por semana.
25-Contratação do Transporte: Para essa contratação, denominada Reserva de Praça o exportador deverá
informar a Cia de transporte: tipo de mercadoria, embalagem e dimensões, número de volumes, peso líquido
e bruto dos volumes, local de embarque e porto de destino e época desejada para embarque. Com esses
dados a Cia poderá reservar a praça e informar o valor do frete a ser cobrado.
- Seguro de Mercadorias: O seguro marítimo teve seu início no século XVII, em Londres, em um café
pertencente a Edward Lloyd, onde os armadores se reuniam para trocar informações e ter suas mercadoria e
embarcações seguradas em Londres. O objetivo do seguro é dar à carga proteção contra danos ou perdas, ou
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seja, visa sempre repor um dano advindo da ocorrência de um sinistro. O seguro nunca deve ter como
objetivo produzir lucros com relação ao bem segurado.
- Estrutura do Sistema Nacional de Seguro Privado
- CNSP (Conselho Nacional de Seguros Privados): é o órgão normalizador das operações de seguros no país;
-SUSEP (Superintendência de Seguros Privados): tem por objetivo fiscalizar o cumprimento das normas
estabelecidas pelo CNSP (corretoras e seguradoras);
-IRB (Instituto de Resseguros do Brasil): regula, controla e fiscaliza as operações de resseguro, co-seguro e
retrocessão, sempre seguindo as diretrizes emanadas do CNSP.
- Bem Segurado: É qualquer bem que tenha valor econômico e pelo qual o segurado tenha pagado um
prêmio à seguradora para protegê-lo do risco de danos e perdas.
-Risco: É algo a que o bem segurado está sujeito e que independe da vontade das partes envolvidas.
-Valor Segurado: É determinado pelo segurado e deverá sempre manter relação lógica com o seu valor real,
pois o segurador poderá exigir uma comprovação deste.
-Prêmio de Seguro: valor pago pelo segurado à empresa seguradora, de modo a ter os seus bens protegidos,
e que cobre indenizações pagas aos segurados em caso de sinistro.
DOCUMENTOS: - Apólice de Seguro: representa o contrato de seguro realizado entre as partes
intervenientes e que tem valor jurídico. A apólice de seguro pode ser:
-Simples ou Avulsa: é a apólice emitida para cada viagem/embarque quec obre um risco desde o local de
origem da mercadoria até o local de destino, mencionando o momento em que tais riscos começam e findam.
- Flutuante: é aquela na qual se estabelecem apenas as condições gerais do seguro e que é emitida para um
tempo determinado, normalmente com máximo de 12 meses. Visa cobrir uma série de embarques
individuais e consecutivos que vão sendo averbados à mesma.
-Certificado de Seguro: É o documento que costuma substituir a apólice de seguro. É normalmente emitido
pelas companhias seguradoras para cada embarque, quando há diversos embarques num determinado
período de tempo, cobertos por uma apólice única, que pode ser Aberta ou Flutuante.
- Averbação: documento utilizado para informar à seguradora sobre os bens a serem segurados, em caso de
utilização de uma apólice Aberta ou Flutuante, para que possam ser considerados para efeito de cobertura.
26-Embarque da Mercadoria
- Exame da Mercadoria a Exportar: É conveniente antes de se autorizar a saída da mercadoria para
exportação que se faça um exame geral do lote, com o fim de evitar qualquer deficiência ou falha.
-Conferência dos Documentos: Preparados os documentos cuja execução está nas mãos da empresa,
obtidos os vistos necessários e obtidos ainda os documentos cuja emissão está a cargo de órgãos estranhos à
empresa, a coleção dos documentos de exportação deverá sofrer conferência geral para atestar sua
regularidade e providenciar complementos que se torne exigível.
Todos os documentos devem manter uma uniformidade de informação.
-Transporte para Embarque: As providências básicas que precedem e acompanham o transporte da
mercadoria.
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- Coleção dos Documentos de Exportação: Transportada a mercadoria para o local de embarque e efetuado
seu despacho para o exterior, a empresa ficará de posse de uma série de documentos que comprovam a saída
do produto para o comprador no exterior, e que deve merecer rigorosa conferência para comprovar a
uniformidade de informações. Terminada a conferência relativa aos documentos, caberá encaminhá-los para
os destinos respectivos.
27- Destino dos Documentos
- Colecionar os Documentos: É o processo de recolhê-los nos diversos pontos onde foram produzidos, isto
é, documentos produzidos na empresa (NF, Romaneio de embarque, fatura comercial,saque); documentos
produzidos pela empresa mas validados em outros órgãos como a RE; documentos produzidos em outros
órgãos como conhecimento de embarque,certificado ou apólice de seguro.
-Conferência dos Documentos: deve compreender não só o exame individual de cada papel como também
a relação que os documentos mantém entre si.
-Destino dos Documentos -Entrega ao banco negociador do câmbio: É a entrega dos documentos ao
banco que comprovam o direito às divisas contra um país no exterior e os documentos normalmente exigidos
são: conhecimento de embarque, saque ou cambial e apólice de seguro.
-Documentos para registro na empresa: Para fins de registro na empresa, os documentos de exportação
irão interessar:
- a contabilidade: (NF, contrato de câmbio, conhecimento de embarque, comprovante de seguro );
-serviços fiscais (NF, extrato da RE, conhecimento de embarque);
-finanças (contrato de câmbio)
-cobrança (cópia do saque ou cambial)
-Comprovação da efetiva exportação: Isto ocorre quando há financiamentos específicos ou que utilizaram
componentes importados sob regime de drawback.
Arquivo dos documentos: Um arquivo de exportação está sujeito a verificação fiscal durante 5 anos, sendo
verificado os seguintes documentos: fatura comercial, NF, RE, conhecimento de embarque, contrato de
câmbio, apólice de seguro.
28-Normas e Controles de Qualidade
- O que são padrões de qualidade?
Para acessar um determinado mercado, um produto deve possuir duas características básicas:
a) preço compatível com o mercado de destino;
b) conformidade com o padrão de qualidade exigido pelo mercado.
Padronizar significa uniformizar certa característica de um produto ou serviço e esta é a função dos
diferentes padrões (ou normas) de qualidade existentes no mundo. As normas de qualidade para um produto
estabelecem requisitos mínimos quanto às dimensões, composição química, acabamento, resistência,
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durabilidade, pureza do material e outros. Há normas de qualidade para os diversos setores: indústria, saúde,
meio ambiente e educação, entre outros.
- Organizações que tratam de padrões de qualidade: Informações sobre os órgãos credenciados no Brasil
para certificação e gerenciamento dos padrões de qualidade podem ser obtidas junto às seguintes entidades:
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) , Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e
Qualidade Industrial (INMETRO).
- O que é ISO 9000? - É um conjunto de normas que especificam requisitos para um sistema de qualidade,
que é destinado prioritariamente à obtenção da satisfação do cliente pela prevenção de não-conformidades
em todos os estágios, desde a produção até os serviços associados (assistência técnica). O conjunto de
normas técnicas da International Organization for Standardization (ISO), denominado série 9000, tem
reconhecimento mundial.
Na realidade, é incorreto dizer que a empresa tem certificação ISO 9000. Ela é certificada quando
atende aos requisitos das normas ISO 9001, 9002 ou 9003, descritas a seguir:
-ISO 9001: é utilizada para o controle dos sistemas de qualidade durante todo o ciclo de desenvolvimento
dos produtos, desde o projeto até o serviço.
-ISO 9002: é usada por companhias nas quais a ênfase está na produção e na instalação.
-ISO 9003: é dirigida a companhias nas quais sistemas abrangentes da qualidade podem não ser importantes
ou necessários, como, por exemplo, as fornecedoras de mercadorias.
A ISO 14000 é uma série de padrões internacionalmente reconhecidos por estruturar o Sistema de
Gestão Ambiental (SGA) de uma organização e o gerenciamento do desempenho ambiental.
29- Selo Ambiental: O Selo Ambiental, Selo Verde ou Rotulagem Ambiental é uma certificação emitida por
um órgão reconhecido no setor ambiental, que atesta que um determinado produto atende aos requisitos de
certificação impostos por este órgão. É importante que o exportador, ao buscar um selo ambiental, use uma
entidade reconhecida internacionalmente.
30- Procedimentos básicos na Importação: Antes de se decidir pela importação de um produto de
determinado fornecedor ou mercado, o importador deve elaborar uma planilha estimada contendo todas as
despesas que incidirão sobre o processo.
Relação das principais despesas que incidem diretamente sobre um processo de importação:
-Preço do produto – custo do produto podendo ou não estar incluído frete interno da fábrica ao porto de
embarque; o custo da embalagem; as despesas com a obtenção da documentação; e as despesas para o
desembaraço na origem.
-Valor do frete internacional – deve ser cotado, já que o valor da tarifa depende da mercadoria; da
modalidade de transporte; do tipo da embarcação; do tipo, peso e dimensão das embalagens; do ponto de
saída e chegada; e da existência ou não de consolidação de cargas.
-Custo do seguro de transporte internacional – também deve ser cotado, pois depende: da mercadoria; do
tipo da embalagem utilizada; e da modalidade de transporte utilizada.
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-Valor CIF da operação – é a base de cálculo para a incidência dos impostos e demais despesas aduaneiras.
- Impostos – a incidência dos impostos e o valor a ser cobrado dependem da mercadoria (classificação
fiscal); da política econômica vigente e dos acordos internacionais; e• do regime da operação (ex.: regimes
aduaneiros especiais, como o Drawback ou Importação Temporária, que conferem suspensão e até isenção
do recolhimento dos impostos).
-Despesas em portos, aeroportos ou entrepostos aduaneiros – são despesas coma guarda da carga até o
desembaraço.
-Despesas bancárias – dependem de negociações com o banco com o qual se está operando e da
modalidade de pagamento acordada entre as partes.
-Despesas com documentação – taxas para emissão e registro de documentos no SISCOMEX.
-Despachante aduaneiro – negociação entre as partes.
-Outras despesas – podem ou não incidir no processo dependendo de suas características:
Declaração de Trânsito Aduaneiro (DTA) para transitar com a carga de um ponto alfandegado a outro
antes de seu desembaraço, demurrage: aluguel de container; e transporte interno.
-ATENÇÃO: Caso o fornecedor no exterior embarcar a mercadoria antes da aprovação da LI não
automática pelo Siscomex, você pagará multa de 30%, além dos impostos, quando for liberar a mercadoria
na Alfândega.
31-Como Retirar a Mercadoria da Alfândega: Essa operação chama-se desembaraço aduaneiro, ou,
liberação alfandegária. DI – Declaração de Importação é o principal documento fiscal alfandegário que,
após, os pagamentos dos impostos (II e IPI), praticamente considera-se que a mercadoria está nacionalizada,
ou seja, internada em Território Brasileiro.
31- Despesas Gerais e Alfandegárias
-AFRMM – Adicional de frete para a Renovação da marinha Mercante.
-SDA- Sindicato dos Despachantes Aduaneiros. É uma cobrança instituída pela classe dos despachantes de
efeito não obrigatório, mas institucionalizada como uma tarifa que deve ser paga em todos os processos de
importação.
-CDA – Comissão dos Despachantes Aduaneiros. Corresponde a prestação de serviços executados na
preparação do despacho aduaneiro para liberação da mercadoria importada.
-Despesas Bancárias - Se houve abertura de carta de crédito, as taxas podem variar de 0,5% a 3% do valor
negociado para a remessa ao exterior. Se for cobrança, as taxas poderão ser menores em torno de 1%.
-Despesas Portuárias e Aeroportuária – A mercadoria ao ser descarregada já começa a pagar taxa de
armazenagem para o primeiro período considerado de 15dias.
-Capatazia – São despesas ocorridas dentro da zona primária, ou seja, na área da alfândega, local de
fiscalização e abertura das caixas, onde ocorre todo o trâmite legal para liberação da mercadoria.
-Despesas Diversas – São fotocópias, impressos, despesas para emissão de documentos extraordinários, etc.
-Frete Interno – Transporte do porto até o depósito do importador.
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ANEXOS
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ROTINAS ADMINISTRATIVAS
Prof.: Edvaldo da Cruz
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1-Administração
Administração constitui um importante atividade em nossa sociedade que se baseia no esforço
cooperativo do homem por meio das organizações.Tem como tarefa básica fazer as coisas por meio das
pessoas, com os melhores resultados. Em qualquer tipo de organização humana, busca-se o alcance de
determinados objetivos com eficiência e eficácia.
A teoria da Administração estuda a administração das empresas do ponto de vista da interação e da
interdependência entre as seis variáveis principais, quais sejam: tarefa; estrutura; pessoas; tecnologia;
ambiente e competitividade. A administração é o processo que consiste no planejamento, organização,
direção e controle, para determinar e alcançar os objetivos da organização pelo uso de pessoas (Terry, 2004).
1.1.
Funções administrativas
Fayol foi o primeiro a definir as funções básicas do Administrador: planejar, organizar, controlar,
coordenar e comandar - POCCC. Atualmente, sobretudo com as contribuições da Abordagem Neoclássica da
Administração, em que um dos maiores nomes é Peter Drucker, os princípios foram retrabalhados e são
conhecidos como Planejar, Organizar, Dirigir e Controlar (PODC). Ressalte-se, então, que destas funções as
que sofreram transformações na forma de abordar foram "comandar e coordenar" que atualmente chama-se
apenas dirigir (Liderança).
Atualmente, as principais funções administrativas são:
-Fixar objetivos (planejar);
-Analisar: conhecer os problemas;
-Solucionar problemas;
-Organizar e alocar recursos (recursos financeiros e tecnológicos e as pessoas);
-Comunicar, dirigir e motivar as pessoas (liderar);
-Negociar;
-Tomar as decisões (rápidas e precisas);
-Mensurar e avaliar (controlar).
1.2. Quais são os outros nomes desta profissão?
- Supervisor Administrativo / Assistente de Escritório / Auxiliar de Escritório
1.3. Quais são as tarefas e responsabilidades desta profissão?
-Digitar cartas, relatórios, memorandos, atas de reunião e outros documentos.
-Preparar apresentações e planilhas.
-Organizar reuniões, apresentações, jantares e outros eventos.
-Elaborar atas nas reuniões.
-Organizar viagens.
-Manter organizado os arquivos da empresa ou setor.
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-Solicitar móveis, papéis, formulários e outros materiais usados no escritório.
-Ajudar na recepção se necessário.
-Elaborar orçamentos e relação de estoque.
-Pagar contas, faturas bancárias e fazer faturamento.
-Manter organizado o escritório.
-Sugerir e implementar novos métodos de trabalho.
-Contratar e treinar novos auxiliares de escritório.
-Conscientizar os funcionários para os procedimentos de segurança.
1.4. Habilidades Necessárias
-Boa habilidade de: comunicação escrita e oral, usar computadores, processadores de textos e planilhas
eletrônicas, resolução de problemas, planejamento e organização.
-Firme em cálculos.
-Saber trabalhar sob pressão, priorizar tarefas e honrar compromissos de datas de término de serviços e saber
manter informações confidenciais.
1.4.1 Conhecimentos Necessários
-Conhecer métodos, sistemas, procedimentos, equipamentos de trabalho em um escritório.
-Deve saber o que cada pessoa da empresa faz, elaborar orçamentos e elaborar relatórios, manter registros e
controles.
Qualidades Pessoais: Ter iniciativa, organizado, paciente, diplomáticos, habilidade de relacionar-se com
pessoas diferentes e saber adaptar-se a novas tarefas.
2- Atribuições e Responsabilidades do Assistente Administrativo
A função básica do assistente administrativo é dar apoio à diretorias, gerências, chefias de
departamento e setores que atuam nas diferentes áreas de uma empresa. Portanto, todo cargo de chefia
pressupõe a existência de um assistente administrativo para auxiliar. O assistente administrativo desempenha
atividades que apoiam, facilitam ou complementam as funções específicas do seu chefe, liberando-o de
muitas delas sempre que possível. Estas atividades estão, em sua maioria, diretamente vinculadas ao tipo de
trabalho que a empresa desenvolve e ás funções exercidas por seu chefe. Em alguns casos, o (a) Assistente
Administrativo presta, também, apoio aos profissionais que integram a equipe do departamento ou setor ao
qual está ligado (a).
Não é fácil relacionar todas as responsabilidades e atribuições dessa função, mas a seguir destacamos
as mais típicas, que compões sua rotina de trabalho:
-Organizar o local de trabalho, agenda e manter o sistema follow-up;
-Estabelecer seu dia-a-dia, sua rotina de trabalho;
-Despachar com o chefe;
-Recepcionar os visitantes, atender aos telefonemas e fazer ligações, além de anotar recados;
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-Redigir, digitar correspondência e outros documentos;
-Receber e expedir correspondência;
-Marcar, preparar e secretariar reuniões;
-Tomar providências relativas a viagens;
- Controlar o caixa pequeno.
Pode, eventualmente, fazer parte de suas atribuições a supervisão de funcionários, tais como auxiliares e
office-boy. Sua responsabilidade consistirá na distribuição de tarefas a estes funcionários e no
acompanhamento da execução dessas tarefas. Distribuir tarefas é um trabalho que exige conhecimento
prévio do problema mais comum da área, para que seja encaminhado da melhor forma possível. Isto implica,
necessariamente, planejamento, ou seja, que fique claramente definido o que deverá ser feito, de que forma,
por quem e em que prazos.
2.1. Relações Humanas no Trabalho
Além dos conhecimentos técnicos específicos da função que exerce você, como assistente
administrativo, deve conhecer certos princípios de relações humanas no trabalho. Precisa estar
permanentemente, atento ao relacionamento interpessoal, pois sua dinâmica de trabalho é marcada pela
constante comunicação com seu chefe, com os demais funcionários e com as pessoas que mantém negócios
com as empresas.
É fundamental que você desenvolva espírito de equipe e mantenha um bom nível de entrosamento
entre os componentes do grupo, além de um ambiente de trabalho agradável, para a realização das tarefas
com maior interesse e perfeição.
É importante, também, que mantenha um bom nível de comunicação não só com seu pessoal, mas
também com seus superiores hierárquicos, observando determinadas normas de conduta ligadas a princípios
de ética profissional, dentre as quais podemos citar:
-Manter absoluto sigilo e discrição a respeito de tudo que possa acontecer em seu local de trabalho, jamais
deixando transparecer a pessoas estranhas o que se passa; você, como assistente administrativo, detém
informações sobre as transações comerciais da empresa que, em sua maioria são sigilosas;
-Assumir integralmente suas responsabilidades, tendo em vista que sua atuação é indispensável ao bom
funcionamento da empresa;
-Ter iniciativa no trabalho, buscando realizar todas as suas atribuições e encargos, e resolvendo, de melhor
forma possível, qualquer situação problemática daí decorrente;
-Ser extremamente pontual e eficiente, não perdendo de vista a eficácia, ou seja, a busca da qualidade e de
bons resultados no seu desempenho como profissional.
3- Hierarquia das Necessidades - Teoria da Motivação de Maslow
Maslow procurou compreender e explicar o que energiza, dirige e sustenta o comportamento
humano. Para ele, o comportamento é motivado por necessidades a que ele deu o nome de necessidades
fundamentais. Tais necessidades são baseadas em dois agrupamentos: deficiência e crescimento. As
necessidades de deficiência são as fisiológicas, as de segurança, de afeto e as de estima, enquanto que as
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necessidades de crescimento são aquelas relacionadas ao auto-desenvolvimento e auto-realização dos seres
humanos (HUITT, 1998).
Para ele, tais necessidades apresentam-se numa hierarquia de importância e premência, conforme
ilustrado a seguir:
Hierarquia das Necessidades – Pirâmide Motivacional
Fonte: Adaptado de Chiavenato, 1994.
As necessidades fisiológicas se referem às necessidades biológicas dos indivíduos, como a fome, a
sede, o sono. São as mais prementes e dominam fortemente a direção do comportamento caso não estejam
satisfeitas.
As necessidades de segurança surgem na medida em que as necessidades fisiológicas estejam
razoavelmente satisfeitas. Levam a pessoa a proteger-se de qualquer perigo, seja ele real ou imaginário físico
ou abstrato.
Tendo satisfeitas as necessidades acima, surgem as necessidades de amor, afeição e participação.
Segundo Maslow (1975) esta se refere à necessidade de afeto das pessoas que consideramos (namorado,
filhos, amigos). São necessidades sociais presentes em todo ser humano: ―... a pessoa passa a sentir, mais
intensamente do que nunca, a falta de amigos, de um namorado, de um cônjuge ou de filhos (...) seu desejo
de atingir tal situação será mais forte do que qualquer coisa no mundo‖ (Maslow, 1975: 350). Para ele a
frustração dessas necessidades leva à falta de adaptação e a psicopatologias graves.
As necessidades de estima se referem às necessidades ou desejos das pessoas de uma auto-avaliação
estável, bem como, uma auto-estima firme. A satisfação desta necessidade gera sentimentos de auto-
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confiança, de valor, de capacidade e sentimento de utilidade. Sua frustração leva os sentimentos de
inferioridade, fraqueza e desamparo (Maslow, 1975:351).
As necessidades de auto-realização são necessidades de crescimento e revela uma tendência de todo
ser humano em realizar plenamente o seu potencial. ―Essa tendência pode ser expressa como o desejo da
pessoa tornar-se sempre mais do que é e de vir a ser tudo o que pode ser‖ (Maslow, 1975:352).
Além da auto-realização, posteriormente, Maslow acrescentou à sua teoria, o desejo de todo ser
humano de saber e conhecer e de ajudar os outros a realizar seu potencial. Há assim, uma necessidade
natural do ser humano de buscar o sentido das coisas de forma a organizar o mundo em que vive. São
necessidades denominadas cognitivas e inclui os desejos de saber, de compreender, sistematizar, organizar,
analisar e procurar relações e sentidos (Maslow, 1975:354).
Maslow, entretanto, conclui que sua teoria motivacional não é a única a explicar o comportamento
humano, pois nem todo comportamento é determinado pelas necessidades. Afirma ainda que as necessidades
fundamentais são, em grande parte, inconscientes. Para ele fatores sócio-culturais influenciam na forma ou
objetos com que os homens buscam satisfazer suas necessidades, mas não modifica substancialmente a
hierarquia motivacional proposta.
4- Marketing Pessoal
É importante, antes de aprofundarmos sobre o tema central, entendermos o momento pela qual
passamos suas transformações e seu legado, para que possamos compreender a importância e aplicabilidade
do Marketing Pessoal.
É fato que, grande parte de todo este processo de mudanças e velozes transformações pelos quais
estamos vivenciando, é decorrente de dois fatores principais: a globalização e o desenvolvimento
tecnológico. O mundo como conhecemos hoje faz parte desse processo ou advém dele.
A partir desses dois fatores, outros vieram compor o cenário atual: busca permanente pela qualidade
do produto, serviços e de vida; maior presença da mulher no mercado de trabalho e em outros segmentos da
sociedade, até então predominantemente masculina; segmentação do consumo, para atender novos mercados
cada vez mais competitivos e exigentes; trabalho em equipe, como propulsor da revolução do
comportamento interno nas organizações, onde se faz mais com menos gente; conceito e prática da melhoria
contínua – aplicada a processos e pessoas.
Diante desse cenário e muitas outras transformações ocorridas no meio organizacional e social,
surgiu o Marketing Pessoal, como forma de revalorização das capacidades e competências do homem. Fazse necessário uma boa dose de planejamento e estratégia, que são os pilares do Marketing Pessoal, ou seja,
como destacar-se a meio a tantos e atingir o sucesso global. Para isso destaco algumas delas a seguir,
lembrando que em todo processo de desenvolvimento pessoal é importante preservarmos nossas
características, evitando a busca de ser aquilo que não somos.
O primeiro passo é construir uma auto-imagem positiva e otimista. As pessoas esquivam-se daqueles
que estão sempre mal humorados ou torcendo para tudo dar errado.
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Como nos ensina as sucedidas estratégias do marketing tradicional, todo produto necessita de uma
boa embalagem. Portanto, cuide da sua comunicação e apresentação pessoal, pois são os seus cartões de
visitas. Demonstre iniciativa, persistência e motivação em tudo que faz. Certamente isso trará a atenção das
pessoas, identificando-o como alguém interessante e interessado.
Fique atento ao Feedback. Saber o que as pessoas pensam a seu respeito pode ajudar a mudar
pequenos hábitos e costumes se necessário. Muitas vezes pela pressão do dia-a-dia, esquecemo-nos das
pessoas consideradas ―sem importância‖; como o porteiro, a faxineira, o guarda, o manobrista, o atendente
etc. Porém, imagine o mundo sem o trabalho e a dedicação destas pessoas.
Seja justo e pontual com seus compromissos. Atenda as pessoas rapidamente, se não for possível
pessoalmente, escreva, telefone, mas responda as chamadas depressa. Saiba atender um pedido, auxilie,
preste ajuda. Muitas vezes uma ajuda desinteressada pode transformar-se em uma grande amizade ou a
conquista da admiração pelas demais pessoas. Tenha prazer no que faz e faça com prazer, pois se você não
fizer por você, quem o fará? Tente sinceramente não dizer nada negativo ou de julgamento sobre outra
pessoa durante todo o dia.
Venda corretamente sua imagem: ser competente e parecer competente. Com todas estas estratégias
em mãos, utilize o bom senso para distinguir aquilo que é possível fazer, aquilo que não irá comprometer sua
essência. Sem dúvida, o Marketing Pessoal é uma técnica eficaz para o sucesso global, mas se utilizada de
forma correta e bem intencionada, valorizando as pessoas no caminho para o sucesso pessoal e profissional.
Para finalizar, vale refletir sobre o que o jornalista Whit Hoss escreveu: ―sucesso é acordar de manhã
– não importa quem você seja, onde você esteja, se é velho ou se é jovem – e sair da cama porque existem
coisas importantes que você adora fazer, nas quais você acredita, e em que você é bom. Algo que é maior
que você, que você quase não agüenta esperar para fazer hoje‖.
5- ATENDIMENTO
5.1. Atendimento direto: Consideramos como atendimento direto, aquele que o atendente realiza através do
contato pessoal com o cliente, isto é, frente a frente com o cliente. E exatamente por estar face a face, o
atendente é capaz de perceber, com mais clareza, os detalhes da situação, podendo, assim, melhor auxiliar o
cliente na tomada de decisão. Nesse tipo de atendimento é preciso agir com o máximo de serenidade,
deixando de lado os excessos, para que o cliente se concentre nos fatos, e não desvie sua atenção da situação.
5.2. Atendimento Indireto: Esse tipo de atendimento caracteriza-se por envolver a palavra escrita ou a
palavra falada, mas dessa vez de modo impessoal. A palavra escrita se apresenta na correspondência, folder,
internet, fax entre outros instrumentos que, em geral, a empresas envia para o cliente. A palavra falada
impessoal vem, por exemplo, através dos telefonemas. Através desse instrumento não podemos visualizar as
reações do cliente, nem ele a nossa, embora possa haver troca real de feedback no próprio momento da
comunicação. Mensagens em vídeo, secretária eletrônica, fita cassete, CD-ROM, são outros exemplos de
comunicação por meio de palavra falada de forma impessoal. O telefone talvez seja um dos canais mais
utilizados na comunicação empresarial.
101
Qualquer um destes contatos deve ser realizado através de técnicas adequadas, pois os clientes
precisam de exatidão, presteza e segurança do nosso atendimento, seja ele direto ou indireto.
No atendimento aos clientes, as idéias e informações não podem e não devem ser desperdiçadas. Por
isso, é tão necessário conhecer e praticar algumas técnicas quando se utiliza, profissionalmente, este
importante instrumento de comunicação,
6-Como Atender bem os diferentes Tipos de Clientes
Existem várias regras para atender bem aos clientes e muitas delas são tão simples que algumas empresas
acreditam que não há necessidade de trabalhar com elas. Desde um simples aperto de mão até a mais
sofisticada demonstração de conhecimento sobre o produto/serviço. Acredite! Todas somam e tem peso no
resultado final.
Doze regras de como atender bem.
-1a– Trabalhe com o nome: Diga qual é o seu e pergunte qual é o nome dele. O atendimento personalizado,
além de ―quebrar o gelo‖, aproxima as pessoas facilitando assim a descoberta das necessidades do cliente.
-2a– Dê atenção: Seja todo exclusivo de seu cliente, ouça-o com cuidado e procure identificar quais são suas
verdadeiras necessidades. Questione-o se for preciso.
-3a – Argumentação sobre o produto/serviço: Se você sentir no decorrer da argumentação a mesma estiver
se transformando em um debate, desvie a conversação para outro assunto. Há pouco lucro em ganhar uma
discussão e perder um cliente.
-4a– Falta de conhecimento do produto/serviço: Pesquise tudo sobre seus produtos e serviços. Busque
compará-los com seus substitutos ou similares. Prepare-se mil vezes antes de fazer uma apresentação. Leia
revistas, manuais técnicos e guarde tudo que você puder como testemunho físico da veracidade de suas
argumentações.
-5a– Conheça a concorrência: Visite, e, se possível, seja cliente da concorrência. Só assim você poderá
saber o que estão fazendo para fazer melhor.
-6a– Falar mal das marcas dos concorrentes: Nunca fale mal das marcas dos concorrentes. Preocupe-se
em elogiar a sua, pois você poderá ofender um cliente que já comprou da concorrência.
-7a– Uma só saída: Para o cliente não existe uma só saída: ou esta ou aquela. Procure dar o máximo de
opções, pois caso ele não se enquadre nenhuma das suas alternativas, você corre o sério risco de perdê-lo
para a concorrência.
-8a– Erros, falhas, trocas etc: Seja com o produto ou com o serviço, se você errou... assuma. Demonstre
que você lamenta e que está pronto para ajudá-lo, pois falhas acontecem e tentar encobrir um erro, pode ser o
fim de um relacionamento.
9a– Educação: Seja simpático, amável e cortês. Nesses grandes momentos você é a imagem total de sua
empresa. Sorria!
-10a– Mulheres na frente: Cuidado! Procure tratar seus clientes com imparcialidade. Seja justo! Nunca
atenda amigos ou familiares na frente de outros clientes.
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-11a - Pesquise antes: Busque descobrir as necessidades de seus clientes, e depois, só assim tente satisfazêlos. A pressa pode levar você e seus clientes a perderem tempo e dinheiro.
-12a– Aparência: Procure cuidar de si e de sua empresa. Sua imagem será lembrada positivamente ou
negativamente pelo seu cliente.
7-O Trabalho em Equipe
O que é efetivamente uma equipe?
Equipe, por definição, é um conjunto ou grupo de pessoas que se aplicam a uma tarefa ou trabalho.
Mas ter o sentido de equipe é muito mais do que isso.
Pelo que você pode perceber muito se fala de união, coesão, entrosamento, sentido de coletividade,
solidariedade. É tudo isso que ajuda a formar realmente uma equipe.
E hoje em dia é praticamente impossível estabelecer relações eficazes no ambiente de trabalho sem
um sentido de equipe. As múltiplas tarefas e as intensas responsabilidades exigem sempre participação de
todos.
NINGUEM CONSEGUE FAZER TUDO SOZINHO, E NEM DEVE TENTÁ-LO.
Quando um trabalho é partilhado, os resultados aparecem mais facilmente, os erros podem ser
minimizados, reduzindo ou até mesmo eliminados. Os grupos ficam confiantes e passam a ser confiáveis. De
uma forma ou de outra, todos ganham.
Por estarem atentas a essa realidade, as empresas vêm incentivando o desenvolvimento do sentido de
equipe em seu grupo de trabalhadores, através de situações que possam favorecer a coesão, a solidariedade,
o compromisso mútuo e a co-responsabilidade.
O sentido de equipe nasce da integração indivíduo-organização, evidenciada pela adesão espontânea
do trabalhador aos compromissos e metas da empresa, sem imposição de valores ou de procedimentos.
Assim, só existe equipe quando todos os que integram um grupo estão verdadeiramente comprometidos com
a mesma meta.
Só existe equipe quando todos conhecem os objetivos, estão cientes da necessidade de alcançá-los e
desenvolvem uma visão crítica a respeito do desempenho de cada um do grupo como um todo.
Mas que condições são necessárias para um verdadeiro trabalho em equipe? Que aspectos devem ser
considerados por todos que integram um grupo?
-As oportunidades surgem para quem está preparado e atento: Conhecimento a respeito do trabalho,
atenção, disponibilidade para colaborar com os colegas do trabalho e humildade para procurar ajuda, quando
necessário, são algumas das condições que propiciam o aparecimento de novas oportunidades.
-Quando um do grupo não participa, todos os outros sofrem uma sobrecarga: Integrar um grupo
pressupõe participação ativa. Ninguém deve ficar esperando que o outro faça aquilo que pode ser realizado
em conjunto. Responsabilidade, participação e cooperação devem estar sempre presentes nas relações de um
grupo.
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-Cooperar é fundamental: O empenho de cada um em dar sua contribuição, da preferência superando as
expectativas, e a disposição de todos em favor da cooperação mútua são condições naturais para a
consecução dos objetivos individuais da organização como um todo.
Sempre que aceitamos o outro como parceiro (e não como adversário!) estamos colaborando para a
obtenção de bons resultados tanto para o indivíduo quanto para a empresa. Quando ajudamos um colega que
está com dificuldades de atingir sua meta estamos, na verdade, ajudando a própria empresa e adquirindo
mais experiência pessoal para enfrentar futuros desafios. Quando todos cooperam as tarefas se tornam mais
fáceis de serem cumpridas.
-Todos os membros de um grupo estão sujeitos às mesmas conseqüências: É difícil trabalhar em grupo,
quando não se sabe lidar com o outro. Quando não conseguimos perceber no outro um colega, quando
encaramos os companheiros de trabalho como adversários e até como inimigos, não sabemos trabalhar em
grupo, muito menos em equipe.
-Em Equipe: O que um sofre, todos sofrem; quando um ganha, todos ganham.
8-Documentos que o Assistente Manuseia
Diariamente, o assistente administrativo terá documentos para preencher ou conferir, antes de
encaminhá-los a seu chefe.
8.1. Cheque
Cheque é uma ordem de pagamento à vista emitida contra um banco em que se tenha conta corrente.
Trata-se de um documento padronizado, que serve para fazer pagamentos ou retirar dinheiro, embora, em
geral, não tenha as mesmas garantias do dinheiro.
A pessoa que assina o cheque é o emitente. Diz-se que ela o emite contra um banco, porque este
deve pagar o cheque à pessoa que o apresentar ao caixa.
Os cheques recebem diferentes denominações, de acordo com a forma como são preenchidos e
conforme a garantia que apresentam.
-Cheque ao portador: É o cheque que não contém a indicação do beneficiário ou favorecido. Qualquer
pessoa que o apresentar ao caixa do banco retirar o dinheiro, até o valor-limite determinado pelo Banco, por
ocasião do saque, na medida em que o cheque não esteja cruzado.
-Cheque nominal: É aquele que consta o nome da pessoa ou empresa que deve recebê-lo (beneficiário ou
favorecido). O banco só pagará este cheque ao respectivo favorecido, mediante identificação caso queira
passar a uma terceira pessoa, o beneficiário do cheque deverá endossá-lo, assinando no verso.
-Cheque cruzado: Este é carimbado ou riscado com traços paralelos transversais. Neste caso, a pessoa que
vai receber o dinheiro deve depositá-lo em sua conta bancária, pois só o banco poderá cobrá-lo. Se o
cruzamento levar o nome de um banco, somente neste banco deverá ser depositado o cheque.
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-Cheque administrativo: É aquele utilizado pelo beneficiário, caso não queira transportar grandes
somas de dinheiro em viagens ou mesmo em pequenos deslocamentos. O cheque administrativo pode
ser retirado em qualquer agência do banco, até mesmo em outras cidades.
-Cheque especial: É aquele em que o banco garante o pagamento até um determinado limite.
-Cheque comprado ou ordem de pagamento por cheque: É um cheque nominal, emitido por qualquer
banco, a pedido de qualquer pessoa interessada. Ela vai ao banco e compra o cheque para remetê-lo ao
favorecido.
8.2 - Nota Promissória: Nota promissória é um documento que representa uma promessa de pagamento
feita pelo devedor ao credor. Para ter validade, a nota promissória deverá estar totalmente preenchida,
assinada e registrada em cartório de ofício. Esta aplica-se a diferentes situações, tais como: empréstimo de
banco, financiamento, crediário em lojas, etc. a empresa que vende ou o banco que empresta emite a nota
promissória, que deve ser aceita, isto é, assinada pela pessoa que comprou ou conseguiu o empréstimo.
Quando uma pessoa faz compras a prazo, por exemplo, ela assina uma nota promissória e
compromete-se a pagar a dívida em determinada data. As notas promissórias possuem, no verso ou no
canhoto, espaços destinados às assinaturas de avalistas (pessoas que garantem ou afiançam seu pagamento).
8.3 - Recibo: Documento onde uma pessoa declara ter recebido determinada quantia. O recibo é uma prova
de pagamento emitida pela pessoa ou empresa a quem se está pagando determinada dívida. Do mesmo
modo, os bancos devem dar recibos de depósitos aos clientes que estão depositando dinheiro e/ou cheque.
8.4 - Nota Fiscal: É um documento que o vendedor emite, por ocasião da efetivação de uma venda, para
acompanhar a mercadoria. A nota fiscal serve como prova de que a compra foi realizada e, também para fins
de fiscalização. A sua emissão é obrigatória, por exigência da lei, devendo a nota acompanhara mercadoria
comprada.
Existem diversos tipos de notas fiscais, que variam de acordo com a venda, obedecendo à legislação,
trazendo mais detalhes referentes a comprada de mercadoria. A nota fiscal, por exigência legal, tem, de
acordo com sua finalidade, a determinação mínima do número de vias. Podem, porém, ser acrescidas tantas
vias quantas a empresa achar necessário para efeito de controles específicos tais como: faturamento, livro
fiscal, estatísticas, contabilidade, etc.
8.5 – Fatura: é um documento na qual se relaciona as notas fiscais (número e valor) que deverão ser pagas
em determinadas datas. Esse documento funciona como um aviso de cobrança: indica quanto o comprador
deve pagar, em que data e em que condições devem efetuar o pagamento. As faturas são usadas,
normalmente, na realização de vendas a prazo.
8.6 – Duplicata: é o documento pelo qual o devedor conhece sua dívida referente a uma fatura. É
praticamente uma cópia da fatura. O processo é o seguinte:
105
1. A empresa emite a fatura;
2. Emite, em seguida a duplicata da fatura, com os mesmos dados;
3. Envia esses dois documentos ao devedor;
4. O devedor fica com a fatura e devolve duplicata, após tê-la assinado e datado;
5. Ao assinar e datar a duplicata, o devedor faz o ―aceite‖, isto é, reconhece a dívida e promete pagá-la no
prazo marcado.
A duplicata serve como prova de existência da dívida. Ela deve conter dados do devedor (emitente) e
dados do comprador (sacado), além de suas assinaturas. O comprador, ao assinar e datar a duplicata está
reconhecendo ou aceitando a dívida.
9.0 - Comunicação Telefônica
O telefone é um importante instrumento de trabalho para todo profissional, por se tratar de um meio
de comunicação rápido, eficiente e, e bastante prático. Faz parte do requisito básico da função de assistente
que você se utiliza desse recurso com habilidade e de forma apropriada. Muitos dos contatos com clientes e
pessoas relacionadas com a empresa são feitos via telefone. Através dele concretizam-se os mais diversos
assuntos relacionados com o trabalho. É preciso, no entanto, muita habilidade nas comunicações telefônicas
por parte do assistente.
Nas ligações destinadas a seu líder, tratando-se de pessoas desconhecidas, você deverá obter todas
as informações possíveis, tais como o nome da pessoa, a que empresa pertence, que assunto pretende tratar,
dentre os outros. Isto porque, nestes casos, caberá a você ter discernimento para identificar as ligações que
deverão ou não ser passadas a seu líder, procurando, assim, não importuná-lo ou interrompê-lo em seu
trabalho para atender aos telefonemas que, possivelmente, não seja de seu interesse. Nestas situações, use de
sua inteligência, perspicácia e habilidade, anotando sempre o telefone, o nome ou qualquer recado que a
pessoa queira deixar, dizendo que oportunamente será efetuado o contato. A partir daí, fica a critério de seu
líder decidir para quem irá ligar ou não, não deixando você, porém de ser atencioso e gentil com todos que
venha a atender.
Existem formas padronizadas para atender a um telefonema, mas com certeza você desenvolvera
formas próprias, que, certamente, não fugirão ao padrão de habilidade, gentileza e profissionalismo a ser
observado. Nunca se esqueça de Ter a mão caneta, um bloco de recados, folhas de papel-lembrete ou um
bloquinho de folhas auto-adesiva, muito utilizado para anotação de recados. Há também blocos impressos
específicos para esse fim.
10- Reuniões e Viagens
10.1 - Realização de Reuniões
Geralmente, as empresas dispõem de um calendário fixo de reuniões periódicas. Todavia, em razão
de imprevistos, pode-se determinar a realização de reuniões, com pouca antecedência, em caráter
106
extraordinário. Podemos afirmar, então, que as reuniões se classificam em ordinárias (previstas no
calendário) e extraordinárias (reuniões imprevistas).
Os resultados de uma reunião dependem, em sua maioria, de seu planejamento. Uma reunião bem
preparada, certamente, assegura um bom desenvolvimento e um nível elevado de objetivos atendidos. As
reuniões são, em geral, realizadas com o intuito de discutir e deliberar sobre problemas diversos, objetivando
tomada de decisões relativas ao funcionamento e à administração da empresa.
O assistente tem uma série de responsabilidades no que se refere ao bom andamento dos trabalhos,
independentemente do tipo de reunião a ser realizada. Deve, portanto tomar providências para sua
convocação e cuidar de todos os demais aspectos, com objetivo de que a reunião se realize de forma a
atender expectativas.
10.2 Convocações e Reuniões
Uma vez marcada data e hora de uma reunião, estuda-se com o chefe o número de participantes a
serem convocados. Deve-se avisar a cada um deles, mesmo que sejam funcionários da própria empresa.
A convocação para uma reunião pode ser por meio de carta, edital, telex, fax ou até mesmo por
telefone. A comunicação escrita, para este fim, deve ser simples e objetiva, deixando bem claros os assuntos
a serem tratados, a hora, a data e o local de realização da reunião.
O assistente estudará com seu líder os itens principais a serem discutidos. Esses tópicos constituirão a
―pauta da reunião‖, também chamada ―agenda‖.
A pauta constitui um dos elementos mais importantes de uma reunião, pois através dela tem-se uma
visão completa dos temas a serem abordados e um delineamento positivo da reunião em si. É importante que
os objetivos da reunião sejam bem definidos e incluídos na pauta, para evitar desvirtuamento dos assuntos a
serem tratados e para inteirar os participantes. Cópias da pauta poderão ser enviadas, previamente, aos
participantes, ou distribuídas no início da reunião.
Mesmo que a convocação tenha sido feita por escrito, deve-se telefonar para cada um dos
participantes, relembrando-os do compromisso, um pouco antes da reunião.
11-VIAGENS
11.1- Preparação de Viagens
Executivos e altos funcionários de empresa viajam, freqüentemente, a negócios. As viagens fazem
parte de suas atividades profissionais, eles são solicitados a fazer contatos com clientes em outras cidades,
assinar contratos, etc., podendo, inclusive, viajar para o exterior. Cabe ao assistente auxiliá-lo nos
preparativos para a viagem.
A primeira medida é inteirar-se do roteiro de viagem. O assistente deve estudar, com o líder, o
roteiro a ser percorrido bem como a sua permanência em cada local. Desse modo, poderá ser tomada
qualquer providência relativa a transporte e hospedagem. Estabelecido o roteiro, pode-se definir o meio de
transporte que se pretende utilizar (avião, ônibus ou automóvel). Feito isso, será necessário obter
informações sobre os horários (saída e chegada) ou tempo de viagem, contabilizando-os com as necessidades
107
do líder. Muitas empresas utilizam os serviços de agências de viagens, pois elas se encarregam de todas as
providências de transporte e hospedagem, além de confirmarem as passagens de ida e volta e reservarem
hotéis.
Se o assistente for encarregado de fazer a reserva de passagem, deverá ter o cuidado de solicitar a
data-limite dessas reservas para não perdê-la. Quanto à reserva do hotel, mesmo que feita por telefone, deve
ser solicitada confirmação por escrito, para garantia de lugar disponível. Cabe ainda providenciar tudo aquilo
de que, provavelmente, sua líder precisa nesta viagem de negócios: relatório, catálogos, correspondências
trocadas com a empresa que irá visitar folhetos promocionais da empresa, etc. Recomenda-se, também, que
seja preparada uma lista de endereços e telefones de entidades e empresas existentes nos locais a serem
visitados, caso o líder se interesse em manter contato com estas instituições.
11.2 - Período de Ausência do Líder: Se não ocorrer substituição do líder, ele deverá definir os
procedimentos a serem adotados durante sua ausência, quanto aos problemas em geral e, especialmente, aos
assuntos pendentes, assim como sobre o que fazer com a correspondência recebida e como resolver, da
melhor maneira, os casos que se apresentarem. Normalmente, o assistente deverá continuar a abrir as
correspondências diárias e responder às cartas de rotina.
Na véspera do retorno do líder, deve ser preparado um relatório das atividades de rotina do escritório:
quem telefonou, as visitas, o andamento dos serviços e a descrição das providências tomadas. É, também,
aconselhável organizar a correspondência e os documentos que a ele serão entregues, assim que chegar.
Deve-se inspecionar a sala do líder e verificar se tudo esta em ordem.
No retorno do líder o assistente deve estar preparado para anotar as medidas a serem tomadas, em
virtude dos contatos mantidos, e para ajudá-lo na elaboração do relatório de viagem.
12- TÉCNICAS E MODELOS DE DOCUMENTOS COMERCIAIS
12.1- ATA
Ata é o resumo escrito dos fatos e decisões de uma assembléia, sessão ou reunião para um
determinado fim.
12.1.1- NORMAS
Geralmente, as atas são transcritas a mão pelo secretário, em livro próprio, que deve conter um termo
de abertura e um termo de encerramento, assinados pela autoridade máxima da entidade ou por quem receber
daquela autoridade delegação de poderes para tanto; esta também deverá numerar e rubricar todas as folhas
do livro. Como a ata é um documento de valor jurídico, deve ser lavrada de tal forma, que nada lhe poderá
ser acrescentado ou modificado. Se houver engano, o secretário escreverá a expressão ―digo‖, retificando o
pensamento. Se o engano for notado no final da ata, escreverse- á a expressão — ―Em tempo: Onde se lê...,
leia-se...‖.
Nas atas, os números devem ser escritos por extenso, evitando-se também as abreviações. As atas são
redigidas sem se deixarem espaços ou parágrafos. a fim de se evitarem acréscimos. O tempo verbal
108
preferencialmente utilizado na ata é o pretérito perfeito do indicativo. Quanto à assinatura, deverão fazê-lo
todas as pessoas presentes ou, quando deliberado, apenas o presidente e o secretário. Permite-se também a
transcrição da ata em folhas digitadas, desde que as mesmas sejam convenientemente arquivadas,
impossibilitando fraude. Em casos muito especiais, usam-se formulários já impressos, como os das seções
eleitorais.
12.2- Carta Oficial: Carta oficial é um tipo de correspondência utilizada por alguns órgãos públicos, em
situações não-cerimoniosas, com relação a pessoas estranhas ao serviço público. Modernamente, as cartas
oficiais vêm sendo absorvidas pelos ofícios, e estes cada vez mais se generalizam.
12.3-Memorando: O memorando é um documento utilizado para comunicação entre unidades, divisões ou
setores de uma instituição ou empresa. Trata-se de uma forma de comunicação escrita e eminentemente
formal, trazendo eficiência na transmissão de dados.
OBSERVAÇÃO: Se um memorando, um oficio ou uma carta forem dirigidos multidirecionalmente, serão
chamados de memorando-circular, ofício-circular e carta-circular.
12.4- Circular: A carta circular, ou ofício circular, é o escrito por meio do qual são transmitidas
informações internamente em uma organização pública ou privada. Muito comum para disseminar
mensagens entre empregados de uma empresa.
12.5 - Comunicado Interno (Comunicação): A comunicação, quando pública, assemelha-se ao edital;
quando interna, assemelha-se ao memorando. Quando publicada pela imprensa, a comunicação deve ter o
verbo na terceira pessoa, porque é veiculada por terceiro(s) - correspondência indireta.
12.6- Contrato: Contrato é um acordo entre duas ou mais pessoas (físicas ou jurídicas) para estabelecer,
modificar ou anular uma relação de direito. O assunto pode ser o mais variado possível: compra, venda,
prestação de serviço, etc. Um contrato de maior seriedade e com implicações jurídicas deve ser feito por um
Advogado, por exemplo: Modelo Básico de Contrato Social – Sociedade Limitada.
12.7. Declaração: Declaração é um documento que se assemelha ao atestado, mas que não deve ser
expedido por órgãos públicos. O Modelo de Declaração é utilizado quando se quer atestar / confirmar algum
fato para garantir um direito a uma determinada pessoa.
13- IMPOSTOS
Imposto é uma contribuição percentual paga obrigatoriamente por pessoas ou organizações para um
governo, a partir de uma base de cálculo e de um fato gerador. É uma forma de tributo que tem como
principal finalidade, custear o Estado. Impostos podem ser pagos em moeda (dinheiro) ou em mercadorias.
No Brasil, os tributos somente são aceitos em forma de dinheiro. Esses tributos podem incidir sobre renda ou
patrimônio. Renda diz respeito ao valor recebido pelo trabalho de indivíduos ou de organizações e
patrimônio são os bens de posse que têm valor como imóveis e veículos. São exemplos de impostos:
Impostos federais
109
II - Imposto sobre a importação de produtos estrangeiros;
IE - Imposto sobre a exportação de produtos nacionais ou nacionalizados;
IR - Imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza;
IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados;
IOF - Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários;
ITR - Imposto Territorial Rural;
COFINS – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social;
PIS/PASEP – Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público;
SIMPLES – Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das
Empresas de Pequeno Porte.
Impostos estaduais
ICMS - Imposto sobre operações relativas à Circulação de Mercadorias e prestação de Serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação;
IPVA- Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA);
ITCMD - Imposto sobre Transmissões Causa Mortis e Doações de Qualquer Bem ou Direito.
Impostos municipais
IPTU - Imposto sobre a Propriedade predial e Territorial Urbana;
ITBI - Sobre Transmissão inter vivos de Bens e Imóveis e de direitos reais a eles relativos;
ISSQN - Impostos sobre Serviços de Qualquer Natureza.
Tratando-se de IRPF, tem-se (ano 2011, Tabela reajustável anualmente):
TABELA DE IMPOSTO DE RENDA
Base de Cálculo (R$)
Até 1.499,15
De 1.499,16 até 2.246,75
De 2.246,76 até 2.995,70
De 2.995,71 até 3.743,19
Acima de 3.743,19
Alíquota (%)
7,5
15
22,5
27,5
Parcela a Deduzir do IR
(R$)
112,43
280,94
505,62
692,78
Valor por dependente: R$ 150,69. Como calcular o Imposto de renda:
Total dos rendimentos tributáveis ( - ) INSS ( - ) Dependentes ( - ) Pensão Alimentícia.
Este resultado ( x ) alíquota cfe. Tabela acima ( - ) parcela a deduzir, o resultado será o valor de desconto do
Imposto de Renda.
Complementando, Os impostos dividem-se em Impostos Diretos e Indiretos.
Impostos Diretos são os que incidem sobre o patrimônio e a renda e são tributos considerados de
responsabilidade pessoal. Exemplos: IRPF, IRPJ, IPTU, ITR, IPVA.
Impostos Indiretos são aqueles que incidem sobre a produção e a circulação de bens e serviços e são
repassados ao preço destes. Exemplos: IPI, ICMS, ISS, COFINS.
14 - NOTA FISCAL ELETRÔNICA
A empresa emissora de NF-e gera um arquivo eletrônico que deverá conter as informações fiscais da
operação comercial e também ser assinado digitalmente pelo emitente para garantir a integridade dos dados e
a autoria do emissor. Este arquivo eletrônico, que corresponde a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), será então
transmitido pela Internet para a Secretaria da Fazenda do Estado em que estiver localizado o emitente, que
fará uma pré-validação do arquivo e devolverá uma Autorização de Uso, sem a qual não poderá haver o
trânsito da mercadoria. Após a autorização do uso da NF-e, a Secretaria da Fazenda disponibilizará consulta,
na Internet, para o destinatário e outros legítimos interessados que detenham a chave de acesso do
documento eletrônico. Este mesmo arquivo da NF-e será ainda transmitido, pela Secretaria de Fazenda do
Estado do emitente, para a Receita Federal do Brasil, que será repositório de todas as NF-e emitidas
110
(Ambiente Nacional) e, no caso de uma operação interestadual, para a Secretaria de Fazenda de destino da
operação.
DANFE - Para acompanhar o trânsito da mercadoria será impressa uma representação gráfica simplificada
da Nota Fiscal Eletrônica, intitulado DANFE (Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica), em papel
comum, em única via, que trará impresso, em destaque, a chave de acesso para consulta da NF-e na Internet
e um código de barras unidimensional que facilitará a captura e a confirmação de informações da NF-e pelos
Postos Fiscais de Fronteira dos demais Estados.
NF-e, seus objetivos - A Nota Fiscal Eletrônica tem como objetivo a implantação de um modelo nacional de
documento fiscal eletrônico para a substituição da sistemática de emissão do documento fiscal em papel que
acoberta as operações com mercadorias entre empresas (modelos 1 e 1-A), reduzindo custos, simplificando
as obrigações acessórias dos contribuintes e permitindo, ao mesmo tempo, o acompanhamento em tempo
real das operações comerciais pelo Fisco.
A NF-e institui mudanças significativas no processo de emissão e gestão das informações fiscais, trazendo
grandes benefícios para os contribuintes, para a sociedade e para as administrações tributárias:
Benefícios para o Contribuinte Vendedor (Emissor da NF-e)
Redução de custos de impressão;
Redução de custos de aquisição de papel;
Redução de custos de envio do documento fiscal;
Redução de custos de armazenagem de documentos fiscais;
Simplificação de obrigações acessórias, como dispensa de AIDF;
Redução de tempo de parada de caminhões em Postos Fiscais de Fronteira;
Incentivo a uso de relacionamentos eletrônicos com clientes (B2B);
Benefícios para o Contribuinte Comprador (Receptor da NF-e)
Eliminação de digitação de notas fiscais na recepção de mercadorias;
Planejamento de logística de entrega pela recepção antecipada da informação da NF-e;
Redução de erros de escrituração devido a erros de digitação de notas fiscais;
Incentivo a uso de relacionamentos eletrônicos com fornecedores (B2B);
Benefícios para a Sociedade
Redução do consumo de papel, com impacto em termos ecológicos;
Incentivo ao comércio eletrônico e ao uso de novas tecnologias;
Padronização dos relacionamentos eletrônicos entre empresas;
Surgimento de oportunidades de negócios e empregos na prestação de serviços ligados a Nota Fiscal
Eletrônica.
Benefícios para as Administrações Tributárias
Aumento na confiabilidade da Nota Fiscal;
Melhoria no processo de controle fiscal, possibilitando um melhor intercâmbio e compartilhamento de
informações entre os fiscos;
Redução de custos no processo de controle das notas fiscais capturadas pela fiscalização de mercadorias em
trânsito;
Diminuição da sonegação e aumento da arrecadação;
Suporte aos projetos de escrituração eletrônica contábil e fiscal da Secretaria da RFB (Sistema Público de
Escrituração Digital – SPED).
111
DESIGN GRÁFICO
Prof.: Marco Antonio Debrassi
112
CONHECENDO O CORELDRAW X5
O que é o CorelDRAW?
O CorelDRAW é um programa de desenho vetorial bidimensional para design gráfico desenvolvido
pela Corel Corporations – Canadá, que facilita a criação e arte-final profissional desde logotipos simples até
ilustrações técnicas complexas.
Possui recursos que permite a criação de projetos como folhetos, catálogos, cartões de visitas,
banners e outros. Consiste basicamente, em um programa de ilustração vetorial e de layout de páginas que
oferece excelentes ferramentas de criação e importantes recursos de saída que se integram aos fluxos de
trabalho existentes. Com uma total combinação de ferramentas de criação e recursos de produtividade, o
CorelDRAW é uma excelente e indispensável ferramenta de arte gráfica.
Iniciando o CorelDRAW
A versão X5 do Corel trás uma mudança em sua tela de boas vindas. Apesar de a antiga trazer maior
facilidade em relação à criação de novos documentos, esta permite configurar com maior facilidade os
documentos a serem criados.
O ―Início rápido‖ é uma janela inicial para abrir ou criar novos documentos. Os documentos abertos
recentemente também podem ser abertos através desta janela, eles ficam posicionados logo abaixo da opção
113
―Abrir recente‖. Para criar um novo documento em branco clique na opção ―Novo documento em branco‖.
Em seguida será exibida uma nova janela para configurar a página.
O campo ―Nome‖ determina o nome do documento, o campo ―Destino predefinido‖ é usado para
determinar qual a finalidade deste novo documento a ser criado, ex: (arquivos para impressão, arquivos de
web). O campo ―Tamanho‖ determina a qual o modelo de folha a ser utilizado, ex: (A4, tablóide, A3, carta).
Os campos ―Largura e Altura‖ determinam a altura e a largura da folha. O campo ―Modo de cores
primárias‖ o modelo de cor primária a ser utilizado. O próximo campo determina a resolução do documento
em seguida o campo que indica qual o modo de Pré-Visualização.
114
Área de trabalho do CorelDRAW X5
(1) Barra de menus: A barra que acompanha praticamente 90% dos programas também se encontra no
CorelDRAW;
(2) Barra de Propriedades: Esta barra varia de acordo com a ferramenta que está sendo utilizada ou do
objeto selecionado, serve para alterar as configurações das ferramentas;
(3) Barra de Ferramentas: Em todo momento o usuário trabalha com essa barra, nela se encontram as
principais ferramentas de edição do CorelDRAW;
(4) Navegação de Páginas: No CorelDRAW, em um mesmo documento podem ter diversas páginas,
através dessa barra será feito a navegação páginas, criar ou excluir;
(5) Paleta de cores: Utilizada para preencher desenhos, objetos e contornos com cores. E ao centro do
programa se localiza a página onde os trabalhos são feitos.
Dica: Somente o que está dentro da folha será impresso.
115
CONHECIMENTOS BÁSICOS
O que é um Pixel?
Um pixel é o menor elemento que forma uma imagem digital, a palavra ―Pixel‖ é a aglutinação de
Picture Element (Elemento de Imagem). As imagens digitais são formadas por milhares de pequenos
pontinhos esses pontos são chamados de pixels. Aos olhos nus, é muito difícil de visualizar com clareza os
pixels, para esse feito temos que utilizar algum programa que tenha a ferramenta de zoom. Ex: Windows,
Photoshop, Paint, CorelDRAW. Veja abaixo um exemplo.
Imagem normal
Imagem ampliada
Repare como a imagem perde a qualidade.
Os Monitores, televisores, celulares dentre outros, foram criados para representar as imagens através
de pixels.
Dica: O Megapixel (ou Megapíxel) designa um valor equivalente a um milhão de pixels/píxeis. É utilizado
nas câmeras digitais para determinar o grau de resolução, ou definição de uma imagem. Uma resolução de
1,3 megapixels significa que existem aproximadamente 1.300.000 pixels na imagem, o que corresponde a
nada além da multiplicação da largura pela altura da imagem, ou seja, uma imagem de 1280 pixels de largura
por 1024 pixels terá exatamente 1.310.720 pixels.
Imagem bitmap e vetorial
Existem dois tipos de arquivos fundamentais na computação gráfica: Bitmap e Vetorial. Alguns
programas mais conhecidos que criam arquivos bitmap (pixel) são: Adobe PhotoShop, Corel Photopaint,
116
Corel Painter, Paint Shop Pro e outros. Já programas que criam arte vetorial (também conhecidos como arte
orientada a objeto) são CorelDRAW, Illustrator, Freehand, RealDraw, Xara. O programa Flash também
trabalha com vetorial, porém ele é mais destinado a construção de artes para a internet. Esses programas
cada vez mais integram num mesmo programa a manipulação dos dois tipos de arquivos.
Bitmap
Imagens bitmap são construídas com a formação de quadrados muito pequenos chamados pixel. Essa
construção mostra-se abaixo nas ilustrações, nas quais demonstram as características principais. Na grade de
base, cada quadrado representa um pixel. Veja esse simples exemplo, ao criar um círculo preto com 20 pixels
de diâmetro. O número de pixels determina a resolução do arquivo. O computador registra este arquivo pela
gravação da exata localização e cor de cada pixel. O computador não tem idéia que isso é um círculo,
somente que é um aglomerado de pequenos pontos.
Vetorial
A arte vetorial é diferente do procedente da criação em pixels individuais, são criados objetos, como
por exemplo, retângulos e círculos sem coordenadas matemáticas, desta forma, o programa vetorial pode
criar arquivos com uma fração do espaço utilizado pelo bitmap (imagens rastreadas), e mais importante,
possuem a capacidade de serem ampliados indefinidamente sem perderem definição e detalhamento.
Cores RGB e CMYK
RGB é a abreviatura do sistema de cores aditivas formado por Vermelho (Red), Verde (Green) e
Azul (Blue). O propósito principal do sistema RGB é a reprodução de cores em dispositivos eletrônicos
como monitores, TVs, computadores, "datashows", scanners e câmeras digitais, assim como na fotografia
tradicional. Já os dispositivos de impressão utilizam o sistema de cores CMYK onde C(Ciano), M(Magenta),
Y(Yellow) e k (Black recebe o ―k‖ por que é a key ―chave base‖). Veja abaixo os modelos de cores RGB e
117
CMYK.
Modelo RGB
Modelo CMYK
DPI (Dots Per Inch)
Em português significa pontos por polegada. Você já deve ter reparado que o tamanho do monitor é
tido através de polegadas, o DPI determina quantos pontos existe em uma polegada. Quando se trabalha com
imagens digitais, normalmente a resolução com 72 DPI’s, quando é com um arquivo a ser impresso utilizase como padrão a resolução de 300 DPI’s.
Objeto
Um objeto é um elemento (desenho, imagem, texto) que irá ser manipulado.
Configurando página atual
Quando o documento já está aberto, para alterar a configuração da página utilize a barra de
propriedades, veja o desenho abaixo:
Dica: Quando nenhum objeto está selecionado, a barra de propriedades se comporta desta forma.
118
Inserindo, excluindo e direcionando a uma determinada página
Para inserir uma nova página em seu documento basta ir ao menu Layout > Inserir página. Será
exibida a seguinte janela.
Número de páginas: Indica o número de páginas a ser criado.
Colocar: Antes - Adiciona a página antes da página atual;
Após - Adiciona a página depois da página atual.
Página existente: Indica o numero de páginas existentes.
Logo abaixo em ―Tamanho da página‖ você pode configurar a sua página. Para excluir uma página
clique no menu Layout > Excluir página.
Excluir página: Para excluir a página que você escolher.
Até a página: Marcando esta opção você excluir uma seqüência de páginas por exemplo.
(Excluir página: 2 - Até a página: 5) você estaria excluindo da página 2 a página 5 do seu documento.
Para mudar instantaneamente de página basta ir ao menu Layout > Ir para página, e escolher a
página na qual deseja selecionar.
119
MANIPULAÇÃO DE ARQUIVOS
Salvando um arquivo
Quando criado um documento e desejar salvá-lo utilize o método salvar como. Clique no menu
Arquivo > Salvar como. Através deste método defini-se qual o formato do arquivo, nome, local onde ira ser
salvo. Quando o arquivo está salvo e deseja salvar alguma alteração utilize o método menu Arquivo > Salvar.
O CorelDRAW já trabalha por padrão com arquivos no formato CDR, por isso fique atento em que
formato irá salvar o arquivo, pois nem todos os computadores têm o Corel instalado e conseqüentemente
não poderão abrir o arquivo.
Dica: Sempre quando for salvar um arquivo salve duas copias uma em formato CDR (CorelDRAW) e a outra
em formato JPG para que o mesmo possa ser visualizado sem a necessidade de abrir o CorelDRAW.
Importando e exportando arquivos
Em alguns momentos pode ocorrer a necessidade de edição de um arquivo que não esta no formado
CDR. Para abrir este arquivo no CorelDRAW utilize o método de importação através do menu Arquivo >
Importar.
Quando for necessário salvar um arquivo em um formato diferente do CDR, utilize o método
exportação através do menu Arquivo > Exportar, defina um nome para o arquivo e abaixo o formato que o
arquivo irá ser salvo.
120
FERRAMENTAS BÁSICAS
Ferramenta de seleção
Esta ferramenta tem a função de selecionar, redimensionar, copiar e movimentar objetos pode ser
ativada através da tecla espaço. Quando um objeto está selecionado, ele fica da seguinte forma:
Repare que nas extremidades do objeto aparecem quadradinhos pretos, levando o cursor em cima
destes quadradinhos podemos redimensionar nosso objeto. Agora perceba que no centro do nosso objeto
temos um ―X‖ levando o cursor até ele, logo depois clicando e segurando você move este objeto. Caso você
clicar sobre a área do objeto ele ficará desta forma:
Repare que agora ao invés dos quadradinhos nas extremidades temos setinhas e no centro um circulo
com um ponto. A seta posicionada nas diagonais do nosso objeto tem a função de rotacionar o mesmo. As
que estão posicionadas entre as diagonais trabalham com a perspectiva do objeto. No centro do objeto é o
eixo de rotação do mesmo.
Grupo de Ferramentas Retângulo
Este grupo conta com duas ferramentas sendo elas a ferramenta retângulo e a retângulo de três
pontos. Utilizar esta ferramenta é muito simples, clique na folha e arraste até a extremidade do retângulo,
121
com a ferramenta retângulo de três pontos você deverá desenhar as três linhas de um retângulo para que o
desenho seja formado.
Grupo de Ferramentas Elipse
Este grupo também conta com duas ferramentas sendo elas a ferramenta elipse e a elipse de três
pontos. Sua utilização é a mesma que a ferramenta retângulo. É muito simples, clique em um ponto
qualquer, arraste até a extremidade que você deseja para sua elipse se formar. A segunda ferramenta Elipse
de três pontos, basta desenhar uma linha e mover o cursor que sua elipse irá se formar.
Repare que na barra de propriedades pode-se alterar o modelo da elipse.
Ferramenta de Texto
Esta ferramenta permite criar textos utilizando de duas formas, em texto artístico e em modelo
parágrafo. Para criar um texto artístico clique no local onde deseja digitar o texto e digite o mesmo. Para
criar um parágrafo clique em um ponto qualquer da área de trabalho e arraste a uma extremidade de seu
gosto formando assim uma caixa de texto.
Dica: Pressione a tecla SHIT enquanto cria seu objeto e terá um tamanho proporcional.
Caixa de Ferramentas Polígono
122
Esta caixa de ferramentas permite criar polígonos estrelas, estrelas complexas, papel gráfico e
espiral, sua utilização é muito simples, mesmo método que a elipse e o retângulo. Após escolher a forma
altere o número de pontos do objeto através do campo abaixo ilustrado, basta indicar quantos pontos deseja
em sua forma.
OBS: Este campo pode variar de acordo com a ferramenta que você estiver utilizando.
Formas básicas
Este grupo de ferramentas permite trabalhar com formas, algumas formas prontas que existe no
CorelDRAW são elas: formas básicas, seta, fluxograma, estrela e legenda. Dependendo da forma escolhida a
barra de propriedades permite alterar o modelo da forma.
Abaixo o modelo da caixa de formas para o tipo forma básica. Escolha o modelo em seguida faça o
desenho.
Ferramentas de Preenchimento
Este grupo de ferramentas edita o preenchimento (cor) do objeto, este grupo conta com sete
ferramentas, as duas primeiras são as mais utilizadas.
123
Preenchimento uniforme: Colore o objeto com uma cor.
Preenchimento gradiente: Permite colorir o objeto com duas ou mais cores contando também com efeitos
de preenchimento.
Criando um Preenchimento gradiente
Após criar um retângulo selecione o objeto. Vá até caixa de ferramentas de preenchimento e escolha
e ferramenta Preenchimento gradiente e em seguida aparecerá à seguinte janela:
1º
Tipo: Indica o tipo do preenchimento com as opções de Linear, Radial, Cônico e Quadrado.
Deslocamento do Centro: Quando utilizado o tipo de gradiente linear este campo fica inativo, ele indica a
localização que o efeito irá acontecer em seu objeto.
Opções: Este campo serve para alterar as configurações do efeito. (ângulo, densidade do efeito, tamanho do
efeito).
2º
Mistura de cores: Este campo trata das configurações de cores e a opção que está marcada acima ―Duas
124
cores‖ permite fazer um preenchimento com duas cores. Logo abaixo temos dois campos.
De: Determina a cor de partida do gradiente.
Para: Determina a cor de chegada do gradiente.
Predefinições: Há vários modelos de preenchimentos.
De Volta ao campo ―Mistura de cores‖ marque a opção ―Personalizada‖:
Agora determine mais cores para o preenchimento gradiente. Para fazer isto basta dar um clique
duplo em qualquer ponto desta régua:
Em seguida indique a cor na paleta de cores que se encontra ao lado, assim que terminar de editar o
preenchimento, basta clicar em ―OK‖.
Ferramenta Conta-gotas
Através dela você captura exatamente uma cor já definida em outro objeto ou imagem. Para fazer a
captura da cor, ative a ferramenta de Conta-Gotas e clique no objeto com o preenchimento a ser capturado.
Um detalhe interessante é que esta ferramenta somente captura cores chapadas, ou seja, cores sólidas.
Ferramenta Lata de tinta
Possibilita aplicar a cor selecionada pela ferramenta Conta-gotas em outro objeto.
Paleta de cores
A paleta de cores é o modo mais rápido de se incrementar um preenchimento uniforme a um objeto.
Basta selecioná-lo e escolher a cor através da palheta de cores que fica posicionada a direita ou abaixo da
área de trabalho do Corel.
125
Trabalhando com o zoom
Esta caixa de ferramentas é muito simples de ser utilizada. O zoom é uma ferramenta essencial no dia
a dia de um Designer Gráfico, ela permite uma incrível visualização das imagens.
Ferramenta Zoom(Z): Para aumentar o zoom em um trabalho, ative esta ferramenta e clique com o botão
esquerdo do mouse. Também podemos fazer uma seleção da área em que queremos o zoom.
Ferramenta Enquadramento(H): Quando você está trabalhando com o desenho e precisa se mover nele sem
deslocá-lo então utilize esta ferramenta, ela permite que você se mova no projeto sem arrastar nenhum
objeto.
Dica: Você pode alterar a cor da borda de um objeto clicando com o botão direito em cima da cor desejada
na palheta de cores. Também aumentar e diminuir o zoom através do scroll do mouse.
126
MANIPULAÇÃO DE OBJETOS
Selecionar objetos
No dia a dia de trabalho no CorelDRAW é muito comum nos depararmos em uma situação em que
você precisa selecionar mais de um objeto. Para fazer isto e muito simples basta pressionar a tecla SHIFT e
em seguida clicar nos objetos que você deseja selecionar.
Posição dos objetos
Quando criado um objeto automaticamente o CorelDRAW adiciona uma camada ao mesmo. Estas
camadas ficam ordenadas uma frente às outras, deste modo quando você cria um segundo objeto o mesmo
fica em frente ao anterior. Veja no exemplo abaixo:
Imagem (1)
Imagem (2)
Na imagem (1), você tem os dois objetos em que irá trabalhar. O primeiro objeto a ser criado foi o
quadrado por isso ele se encontra em uma camada que está atrás da camada do objeto criado logo em
seguida, neste caso o círculo.
Já na imagem (2), os dois objetos estão alinhados e então perceba com clareza que o círculo se
encontra em frente ao quadrado. A ordem dos objetos podem ser alterados, você pode enviar este objeto
tanto para a última camada como para a primeira veja como é simples:
Selecione o objeto > vá até o menu Organizar > Ordenar. E então veja as opções abaixo:
Para a frente da página: Trás a camada do objeto para a frente da página;
127
Para trás da página: Leva a camada do objeto para o fundo da página;
Para frente da camada: Trás o objeto para a frente da camada;
Para trás da camada: Leva o objeto para o fundo da camada;
Avançar um: Avança a camada para uma a frente;
Recuar um: Joga o objeto atrás de seu antecessor.
Como copiar objetos
No CorelDRAW você pode copiar objetos de diversas maneiras vamos ver algumas a seguir:
Utilize o método CTRL C ou vá até o menu Editar > Copiar para copiar um objeto e CTRL V ou vá ao menu
Editar > Colar para colar o mesmo.
Também você pode utilizar os atalhos na área de trabalho do Corel para copiar e para colar.
Existem métodos mais fáceis e rápidos para poder se colar ou copiar um objeto, o mais simples deles
é através do mouse. ―Selecione o objeto e arraste-o como se fosse movê-lo. Antes de soltar o objeto de um
clique com o botão direito do mouse‖. Também utilize o método de duplicar basta ir a Editar > Duplicar ou
através do teclado pelo atalho CTRL+D.
Clonar objetos
O princípio da clonagem de objetos é basicamente o mesmo da cópia ou da duplicação. Porém
quando há um ou vários objeto clonados mediante uma alteração em qualquer um destes objetos todos
receberão esta alteração veja abaixo.
Para clonar um objeto clique no menu Editar > Clonar.
Agrupando objetos
128
Em algumas ocasiões você precisará trabalhar com vários objetos vamos supor o desenho abaixo.
Na imagem abaixo foram usados três círculos para construir este olho. Caso você tentasse
movimentar o conjunto todo de objetos não conseguiria por que ele não está agrupado, neste caso, os objetos
que compõem o olho se movimentariam um a um veja:
Para que isto não aconteça precisaria agrupar os objetos que compõem o desenho. Para agrupar os
objetos selecione os objetos a serem agrupados (pressione a tecla SHIFT e clique no objeto), em seguida
clique com o botão direito do mouse em qualquer um dos objetos selecionados e vá até a opção Agrupar.
Também pode utilizar o menu Organizar > Agrupar.
Para desagrupar os objetos clique com o botão direito do mouse em um grupo e ir ate a opção
―Desagrupar‖.
Dica: Para agrupar objetos através do atalho CTRL G ou desagrupar através do atalho CRTL U.
Espelhando objetos
Você também pode espelhar um objeto quando desejar para que o seu objeto tenha uma imagem no
formato inverso da atual, veja:
Imagem (1)
Imagem (2)
Imagem (3)
No exemplo acima tem a imagem (1) como sendo a imagem original em seguida as imagens (2) e (3)
são imagens espelhadas verticalmente e horizontalmente, o espelhamento pode ser feito através da barra de
129
propriedades, selecionando o objeto a ser espelhado em seguida ir até os respectivos ícones.
.
Soldar
A opção soldar faz a união de dois ou mais objetos selecionados criando então um novo objeto a
partir da união.
Imagem (1)
Imagem (2)
Na imagem (1) com três círculos e na imagem (2) após a soldagem destes três círculos. A solda pode
ser realizada através do ícone localizado na barra de propriedades.
Aparar
Esta ferramenta permite cortar parte de um objeto utilizando um molde (Que no caso será outro
objeto), veja:
Imagem (1)
Imagem (2)
Na imagem (1) têm-se dois objetos. O círculo (neste caso será utilizado como molde) e um retângulo.
Já na imagem (2) o retângulo já aparado.
130
Para aparar um objeto selecione através do ícone localizado na barra de tarefas. Lembrando que
sempre você deve selecionar primeiramente o objeto que será utilizado como molde em seguida
selecionando o objeto que será cortado.
Interseção
Cria um novo objeto correspondente à área dos objetos selecionados veja:
Imagem (1)
Imagem (2)
No exemplo apresentado acima na imagem (1) os objetos em que você irá retirar a interseção e na
imagem (2) terá um terceiro objeto destacado que corresponde a interseção dos objetos anteriores. Poderá
também fazer uma interseção através do ícone localizado na barra de propriedades.
Simplificar
Funciona como a ferramenta aparar. Mais ao invés de utilizar um objeto como molde e outro para
corte ela faz com que os dois objetos selecionados sejam cortados veja abaixo:
Imagem (1)
Imagem (2)
Pode-se simplificar um objeto através do seu ícone localizado na barra de propriedades.
Frente menos verso
131
Cria um novo objeto a partir da interseção do objeto que está à frente com o de trás, veja:
Imagem (1)
Imagem (2)
Na imagem (1) dois objetos criados, na imagem (2) você pode observar que o resultado da inserção
do objeto que está situado à frente para o que está posicionado atrás.
A função Frente menos verso pode ser utilizada através de seu respectivo ícone localizado na barra de
propriedades.
Verso menos frente
Faz o trabalho inverso da ferramenta anterior cria um objeto a partir de toda área em que não existe
interseção com o objeto que está posicionado mais a frente, veja:
Imagem (1)
Imagem (2)
Esta ferramenta pode ser utilizada através do ícone localizado na barra de propriedades.
Crie um limite
Cria um novo objeto que circula os objetos selecionados, veja:
132
Imagem (1)
Imagem (2)
Na imagem (1) têm-se os objetos a serem selecionados logo em seguida na imagem (2) criou-se o
novo objeto correspondente a área dos objetos selecionados. Pode-se utilizar esta ferramenta através de
respectivo ícone localizado na barra de propriedades.
Alinhando e distribuir objetos
É muito comum no dia a dia estar trabalhando com objetos alinhados seja verticalmente ou
horizontalmente, o CorelDRAW trás um recurso muito interessante para o trabalho, veja:
Imagem (1)
Imagem (2)
Na imagem (1) os objetos estão todos desalinhados e na imagem (2) o resultado da opção de
alinhamento e distribuição. Para alinhar ou distribuir as distâncias entre os objetos clique Organizar >
Alinhar ou se preferir utilize o ícone da barra de propriedades através do ícone será exibida a seguinte janela:
133
Estas opções servirão para melhor configurar os nossos objetos, a janela é dividida em duas abas, a
primeira delas a de ―Alinhar‖, basta você marcar a posição do alinhamento em seguida ir até a opção aplicar.
Na segunda a de ―Distribuir‖, através dela você distribui as distâncias entre os objetos.
Nós de um objeto
Todo objeto criado de uma ferramenta de desenho é composto de nós. Os nós ficam nos pontos finais
de segmentos retos ou curvos.
Nós
Com certeza a ferramenta de nó é uma das ferramentas mais importantes do CorelDRAW. Ela
permite modificar linhas de objetos, curvaturas, toda a forma em si do objeto. Em um objeto, você pode criar
ou excluir vários nós conforme a necessidade.
Ferramenta Forma
Esta com certeza é uma das principais ferramentas do CorelDRAW, trata os nós de forma direta, com
esta ferramenta o objeto se transforma de acordo com o seu gosto, mas de forma limitada ao objeto, veja:
134
Basta clicar em um nó qualquer do objeto e em seguida arrastar o cursor ate um ponto qualquer.
Transformando um objeto em curva
Para que você consiga mexer nos nós de um objeto livremente é preciso transformá-lo em curva.
Quando um objeto esta transformado em curva poderá alterar ilimitadamente sua estrutura através dos nós.
Basta seleciona o objeto clicando no menu Organizar > Converter em curvas, ou utilizar o atalho CRTL Q.
Você pode converter também um objeto em curvas através da barra de propriedades através do ícone.
Veja como pode ser feita a alteração de um objeto transformado em curvas:
Acima temos um exemplo de um objeto alterado através dos nós.
Criar um nó
Para criar um nó no objeto este deverá ter sido convertido em curvas (lembre-se disto). Basta escolher
um ponto em que deseje criar um nó e dar um clique (lembre-se, a ferramenta Forma deve estar
selecionada), em seguida vá à barra de propriedades e utilize a opção (conforme imagem abaixo), também
você poderá utilizar um duplo clique na extremidade desejada.
135
Excluir um nó
Para excluir um nó basta selecioná-lo (de um clique em cima do nó) em seguida aperte a tecla delete
ou através de seu respectivo ícone localizado na barra de propriedades.
Transformar um nó em curva
Para curvar uma linha é necessário que você transforme um nó em curva. Depois e só arrastar o nó veja:
Suavizar nó
Os pontos de controle em um nó suave estão sempre opostos um ao outro, quando você movimenta
um lado o outro acompanha essa mesma proporção o ângulo movimentado, mas não no comprimento.
Nó Simétrico
Os pontos de controle de um no simétrico estão sempre opostos, ou seja, possuem o mesmo ângulo e,
diferentemente do um nó suave, possuem o mesmo tamanho.
136
Abrir um objeto
Basta clicar em um nó ou qualquer ponto da linha e clicar no ícone.
Fechar um objeto
Selecionar os dois nós da ponta e clicar no ícone.
137
FERRAMENTAS DE LINHAS
Contorno
Esta ferramenta é responsável pelas configurações do contorno (borda) de nosso objeto. Você pode
alterar as configurações diretamente por este menu de contexto ou então abrir a caixa de ferramentas
―Caneta de Contorno‖. O segundo item desta caixa determina a cor da borda do objeto. Logo abaixo temos
as configurações sobre a dimensão da borda. O último item desta lista ―Cor‖ nos abre a seguinte aba ao lado
da paleta de cores.
Esta caixa de cores nos permite escolher a cor para a borda e do preenchimento do nosso objeto, ao
lado nas caixas C M Y K temos a referência da cor escolhida. Para mudar a cor do preenchimento do objeto,
basta escolher a cor e ir até o botão ―Preenchimento‖. Para mudar a cor da borda do objeto basta escolher a
cor e ir ao botão ―Contorno‖.
138
Caneta de contorno
Abaixo temos as configurações de estilo de quina.
Cor: Indica a cor da borda do objeto;
Largura: Neste campo, determina-se a espessura da borda e qual unidade de medida irá utilizar;
Estilo: Determina o estilo da borda;
Limite de meia-esquadria: Determina o tamanho da quina da borda veja:
139
FERRAMENTAS DE DESENHO DE LINHA
Mão livre
Esta ferramenta permite criar uma linha continua ou um objeto fechado a partir do segmento de
linhas. Para desenhar uma linha reta, basta clicar no ponto inicial, arrastar o mouse e clicar para fazer o
ponto final, mantendo o botão do mouse apertado você trabalha com a forma livre, veja:
Linha de dois pontos
Cria semi-retas, para criar uma semi-reta basta clicar no ponto inicial e ainda com o botão do mouse
pressionado levar ate o ponto final da reta.
Bézier
Esta ferramenta permite desenhar curvas através da colocação de nos e da modelação de segmentos
de linha entre nós. Para desenhar um objeto, basta clicar no ponto inicial, arrastar o mouse e clicar para fazer
os pontos adicionais. Ao clicar e arrastar o mouse com o botão pressionado, automaticamente você esta
criando uma curva.
140
Mídia artística
Permite aplicar pinceladas ou objetos a uma curva com a utilização de um dentre cinco modos:
predefinido, pincel, espalhador de objetos, caligráfico e sensível a pressão, veja:
Aplicando Mídia artística em objetos
Selecione o objeto desejado, ative a ferramenta mídia artística e escolha o tipo que queira aplicar, veja:
141
Ferramenta Caneta
Trabalhando com nós, permite desenhar curvas um segmento por vez, em conjunto com a ferramenta
forma, é capaz de traçar qualquer logotipo ou logomarca.
Polilinha
Com esta ferramenta você pode criar contornos mesclando linhas retas e traços livres, porém ao
contrário da ferramenta mão livre, trabalha com um conjunto de segmentos de retas.
Curva de três pontos
Esta ferramenta nos permite criar uma curva a partir de três pontos criados, veja:
Ferramenta B-Spline
Através desta ferramenta você pode criar objetos apenas envelopando as curvas criadas, veja:
142
Basta ir clicando em locais onde deseja criar os pontos. Para terminar o objeto feche o envelope.
143
FERRAMENTAS DE DESENHO DE LINHA
Faca
Esta ferramenta permite cortar um objeto transformando-o em vários pedaços:
Com a ferramenta faca ativa, clique em um ponto qualquer da linha de contorno do objeto e em outro
ponto extremo para cortar o objeto em linha reta. Para fazer um corte com curva, clique em um ponto e sem
soltar o botão do mouse faça seu percurso.
Borracha X
Esta ferramenta permite apagar parte do objeto, criando novos nós e novos objetos, semelhante a
ferramenta ―Faca‖, veja:
Para separar os objetos que a ferramenta borracha cria basta clicar em Organizar > Separar curva ou
utilize o atalho CRTL K.
Excluir seguimento virtual
144
Essa ferramenta exclui automaticamente os objetos selecionados.
Pincel borrar
O recurso borrar permite distorcer um objeto arrastando o curso de dentro para fora e de fora para
dentro. Ao borrar um objeto, você poderá controlar a extensão e a forma da distorção, veja:
A barra de propriedades com a ferramenta ―Pincel borrar‖:
Tamanho da ponta do pincel
- Efeito de Secagem
- Inclinação do pincel
- Rotação do pincel
Pincel áspero
O efeito áspero permite aplicar uma borda cravejada ou pontilhada a objetos, incluindo linha, curvas
e texto. Você pode controlar o tamanho, ângulo, direção e número de recuos.
145
Veja a barra de propriedades da ferramenta ―Pincel áspero‖.
Dica: Os pinceis ―Borrar e Áspero‖, só funcionam em objetos em curva, por isso não se esqueça de converter
seu objeto antes de aplicar o efeito.
146
FERRAMENTAS DE TEXTO
Para a criação de um texto artístico, ou seja, aquele que tem todas as características de um objeto,
basta ativar a ferramenta de texto, clicar no local desejado e escrever a palavra ou texto.
Em seguida é aconselhável ativar a ferramenta de seleção para modificação de fonte, tamanho, forma
e outros.
Convertendo um Texto artístico em curva
Podemos converter um texto artístico terá que ser feito através da edição de nós. Selecione o texto
com a ferramenta de seleção em seguida clique no menu Organizar > Converter em curvas. Com a
ferramenta forma ativa, clique nos nós extremos do texto e altere a posição dos nós até obter a forma
desejada.
Lembre-se: Após esta operação, o texto não poderá mais ser editado nem formatado.
147
Texto parágrafo
Para a criação de um texto parágrafo, ative a ferramenta de texto, clique e arraste para fazer uma área
onde será digitado o texto. O texto parágrafo tem todas as características de um editor de texto, permitindo
formatação de caractere, parágrafo e tabulação.
Formatação de texto
A formatação de texto parágrafo pode ser feita através da barra de propriedades ou da janela de
formatação específica de texto. Para tanto, é exigido que o texto seja selecionado com a própria ferramenta
de texto. Para exibir a janela de formatação de texto clique no menu Texto > Formatação de Caracteres.
148
Janela de formatação de parágrafo
Convertendo um texto parágrafo em artístico
O CorelDRAW permite a transformação de um texto parágrafo em texto artístico. A vantagem do uso
do texto artístico é a característica de objeto que ele assume podendo alterá-lo facilmente através do
redimensionamento. Já o texto parágrafo só pode ser alterado mediante seleção e formatação do texto. Para
converter um parágrafo em texto artístico selecione o texto com a ferramenta de seleção clique no menu
Texto > Converter em texto artístico ou se preferir utilize o atalho CTRL F8.
Utilizando a ferramenta forma em textos
149
Com a ferramenta ―Forma‖ podemos formatar o texto, deslocando os caracteres de forma individual
ou aumentando a distância entre as linhas e caracteres.
Com a ferramenta forma basta arrastar o caractere pegando pelo quadrado que fica na frente de cada
letra.
Com a ferramenta ―Forma‖, basta arrastar o caractere pegando pelas setas que ficam nas
extremidades inferiores do bloco de texto.
Criando colunas com texto parágrafo
O CorelDRAW possibilita a criação de colunas a partir de um bloco de texto parágrafo. Clique no
menu Texto > Colunas.
150
Número de colunas: Indica o número de colunas que você deseja converter o texto. Logo abaixo estão as
dimensões de cada coluna e a direita temos a visualização.
Manter a largura atual do quadro: Mantém a largura da coluna atual.
Ajustar a largura do quadro automaticamente: Ajusta automaticamente a largura da coluna quando o texto
for redimensionado.
Bloco de (1) coluna
Bloco de (2) colunas
Texto seguindo o caminho
Um texto pode seguir um caminho criado por alguma ferramenta, um objeto reto fechado ou até
mesmo uma linha. Para aderir o texto a um caminho (objeto), selecione o texto e clique no menu Texto >
Ajustar texto ao caminho, em seguida clicamos no caminho onde desejamos aplicar o texto.
151
Ajustando as propriedades do texto ao caminho.
Capitulação
É um recurso muito utilizado em revistas e jornais. A primeira letra do parágrafo fica em destaque veja:
Para adicionar uma capitulação em seu parágrafo basta selecionar o parágrafo em seguida clique no
menu Texto > Capitulação ou através de seu respectivo ícone na barra de propriedades.
Disposição do texto com imagens
152
Podemos fazer um parágrafo se ajustar a uma imagem utilizando este recurso. Para que este recurso
seja ativado o texto deve ser agrupado com a imagem. Em seguida basta clicar no ícone e escolher qual
opção de alinhamento. Veja no exemplo abaixo um modelo de disposição de texto:
153
FERRAMENTAS DE EFEITOS INTERATIVOS
Mistura interativa
Esta ferramenta cria uma seqüência entre dois objetos selecionados. É composta de uma seria de
objetos intermediários que são criados conforme um número de etapas que definimos. O efeito da mistura é
muito utilizado para criar destaques ou efeitos aerógrafos que definem as formas de luz e sombra.
Para configurar uma mistura já criada com a ferramenta de mistura ativada, utilize a barra de
propriedades.
154
Mistura seguindo um caminho
Sua utilização é muito parecida com o ajuste de texto ao caminho. Primeiramente é necessário ter a
mistura pronta e em seguida o caminho a ser traçado pela mesma. Logo após clique na barra de propriedades
da mistura interativa e ative a ferramenta ―Ajustar mistura ao caminho‖ em seguida clique no objeto que
será o caminho, veja:
Outro exemplo em que a mistura se aplica muito bem:
Contorno interativo
A ferramenta de efeito de contorno é uma das mais utilizadas no CorelDRAW. Ao ser aplicado
adiciona linhas em volta do objeto. Essas linhas utilizam a mesma forma que o traçado original do objeto, e
podem ser maiores ou menores, conforme foram às definições na sua propriedade.
155
Para aplicar o efeito de contorno, ative a ferramenta clicando no menu Efeitos > Contorno ou se
preferir CTRL F9, clique no objeto que receberá o efeito e arraste para fora ou para dentro da figura
conforme você queira fazer o preenchimento. Ajustando as opções de contorno:
Através das seguintes opções você pode alterar as configurações de posição do contorno são elas
nesta respectiva ordem: para o centro, interno e externo.
Envelope interativo
Esta ferramenta permite a distorção da forma de um objeto. A distorção é criada através dos ajustes
dos nós ao redor do objeto, veja:
Você também pode alterar as propriedades de um envelope através da barra de propriedades.
Nestes dois campos abaixo pode ser alterado o modelo do envelope e o estilo do mesmo.
156
E nessas opções abaixo pode alterar os tipos de pontos e os modos de envelopamento.
Sombreamento interativo
Esta ferramenta de efeito dá vida a um objeto, ou seja, realça sua existência através do sombreamento
aplicado, veja:
Ajustando as propriedades do efeito sombra através deste menu você pode determinar qual será a
posição da sombra.
157
Extrusão interativa
O efeito da extrusão dá uma forma tri-dimensional ao objeto, ou seja, da um volume e profundidade à
criação. Veja no exemplo a seguir:
Para configurar as cores que comporão a extrusão utilize a barra de propriedades com a ferramenta de
efeito de extrusão ativa.
Nos campos abaixo você pode alterar o tipo de perspectiva e a profundidade do efeito.
Distorção interativa
158
Esta ferramenta é incrível. Quando aplicada em um objeto o resultado fica totalmente diferente da
forma inicial do mesmo. Para aplicá-la basta ativar a ferramenta e selecionar o objeto que vai receber a
distorção, levar o cursor ao centro do mesmo em seguida arrastar pressionando o mouse, veja:
Poderá também alterar as configurações de distorção através da barra de propriedades.
Perspectiva
O efeito da perspectiva, quando aplicado a um objeto, cria uma ilusão de distância e profundidade.
Para aplicar o efeito de ―Perspectiva‖, selecione o objeto em que deseja aplicar o efeito, clique no menu
Efeito > Adicionar perspectiva.
Transparência interativa
Está é sem dúvida uma das ferramentas de efeito mais utilizadas no CorelDRAW. Cria um efeito de
transparência em seu objeto. Para aplicar a transparência em um objeto siga os seguintes passos: Selecione o
159
objeto, ative a ferramenta de transparência, logo em seguida escolha o efeito de transparência e na seqüência
clique botão ―Tipo de efeito‖ localizado na barra de propriedades, veja:
Veja como fica a aplicação da transparência linear:
Símbolos e caracteres especiais
Símbolos são objetos vetoriais provenientes de fontes de letras que podem ser inseridos na criação e
editados como qualquer objeto. Para inserir um símbolo, clique no símbolo desejado na janela de símbolos e
arraste-o para página. Abra a janela de símbolos através do atalho CTRL F11 ou clique no menu Texto >
Inserir símbolo de caractere.
Basta selecionar a fonte desejada. Algumas fontes contem mais símbolos que outras, um exemplo
clássico são as Webdings (Fonte que contem somente caracteres especiais).
160
Separando os objetos do símbolo
Um símbolo como os demais desenhos são constituídos de objetos, estes objetos podem ser
separados e editados individualmente. Para separar os objetos que constituem um símbolo basta selecioná-lo
e clicar no menu Organizar > Separar curva ou através do atalho CTRL K.
161
OUTRAS FERRAMENTAS
Tabela
Esta ferramenta nos permite criar com muita facilidade e rapidez uma tabela. Para criar uma tabela
basta ativar a ferramenta tabela clicar no ponto inicial da tabela em seguida com botão do mouse apertado
arrastar até a extremidade final da tabela.
Alterando as configurações de uma tabela pronta através da barra de propriedades:
Conector de linha reta
Esta ferramenta permite criar linhas conectoras entre objetos. Mesmo depois de criadas às linhas
conectoras ainda assim você pode movimentar e redimensionar os objetos. Para criar uma linha conectora
clique na ferramenta ―Conector de linha reta‖, escolha o modelo da linha e em seguida clique no primeiro
objeto a ser ligado e arraste o cursor até outro objeto a ser conectado.
162
Repare você pode movimentar os objetos e redimensioná-los sem interferir na linha conectora.
Toda imagem importada, seja ela do scanner ou propriamente do arquivo é inserida como um bitmap.
A partir desse conceito você poderá fazer alguns ajustes abaixo:
Convertendo uma imagem no padrão do CMYK (Impressão): Selecione a imagem com a ferramenta de
seleção, clique no menu Bitmaps > Modo > CMYK.
Convertendo uma imagem no formato RGB (Vídeo): Selecione a imagem com a ferramenta de seleção,
clique no menu Bitmaps > Modo > RGB.
Convertendo uma imagem em escala de cinza: Selecione a imagem com a ferramenta de seleção, clique
no menu Bitmaps > Modo > Tons de cinza.
Lembre-se: Tons de cinza e preto e branco são modos diferentes de trabalho, quando você quiser que a
figura fique com aspecto de uma foto ―P&B‖ devemos utilizar o modo ―Tons de cinza‖, quando desejar
trabalhar com alto grau de contraste utilize o modo ―P&B = Preto e Branco‖.
Máscara de cor em um bitmap
Às vezes ao importar uma imagem no CorelDRAW ela vem com um fundo que não combina com o
trabalho. Através do recurso ―Máscara de cor de bitmap‖, você pode retirar esse fundo e trabalhar somente
com a imagem.
Retirando o fundo de uma imagem bitmap: Selecione a imagem e clique no menu Bitmaps >
Máscara de cor de bitmap.
163
Ao lado um exemplo da aplicação da máscara:
Efeito de PowerClip
O efeito de PowerClip permite a inserção de uma imagem em um objeto fechado. Para aplicar o
efeito de PowerClip siga os passos abaixo: Importe uma imagem qualquer e crie um recipiente onde será
colocada a imagem.
Selecione a imagem e clique no menu Efeito > PowerClip > Colocar em recipiente. Em seguida
clique dentro do círculo, a imagem irá sumir não se assuste. Agora selecione o círculo e clique no menu
Efeito > PowerClip > Editar conteúdo, depois ajuste a imagem dentro do círculo. Para encerrar, clique no
menu Efeito > PowerClip > Concluir a edição deste nível, e o resultado aparecerá.
164
Efeito Enrolar página
Selecionar a imagem em que deseja aplicar o efeito e clique no menu Bitmaps > Efeitos 3D > Enrolar
página.
Convertendo um desenho em Bitmap
Para aplicar os efeitos de bitmaps em objetos vetoriais criados pelo próprio CorelDRAW, converta-os
em bitmap. Para converter um objeto em imagem bitmap selecione e clique no menu Bitmap > Converter em
bitmap.
Abaixo como fica uma imagem vetorial convertida para um bitmap e ao lado a imagem Bitmap com o efeito
de enrolar página.
Imagem vetorial
Imagem convertida
Imagem vetorial
Imagem convertida com o efeito.
165
AVISOS GERAIS
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