Somague SGPS Relatório Anual

Transcrição

Somague SGPS Relatório Anual
Somague SGPS
Relatório Anual
2013
SOMAGUE SGPS
Somague SGPS
Relatório Anual
2013
Principais Indicadores
Económico-financeiros
EVOLUÇÃO NOS ÚLTIMOS 3 ANOS
2
(Unid: Euros)
INDICADORES ECONÓMICO-FINANCEIROS
2011
2012
2013
Volume de negócios
695.730.358
517.155.080
499.183.442
Proveitos operacionais
731.331.155
546.761.717
530.255.913
EBITDA
38.704.187
28.500.889
34.957.351
Resultados antes de impostos
14.298.571
14.219.218
14.821.799
7.495.538
5.723.772
5.814.546
Capitais próprios
157.688.149
162.343.370
167.754.318
Financiamento
168.953.011
194.956.294
210.921.361
Resultados líquidos
Caixa e equivalentes/Outros títulos e depósitos
92.585.071
59.704.096
54.853.005
Endividamento líquido
76.367.940
135.252.198
156.068.356
701.032.175
678.073.143
666.130.302
18%
19%
20%
Passivo total
Autonomia financeira
VOLUME DE NEGÓCIOS/PROVEITOS OPERACIONAIS
CAPITAIS PRÓPRIOS
(Unid: Milhões Euros)
(Unid: Milhões Euros)
900
200
800
175
700
150
600
125
500
100
400
75
300
50
200
25
100
0
2011
2012
Volume de negócios
0
2013
2011
2012
2013
Proveitos operacionais
RESULTADOS LÍQUIDOS
EBITDA
(Unid: Milhões Euros)
(Unid: Milhões Euros)
8
50
7
40
6
5
30
4
20
3
2
10
0
1
2011
2012
0
2013
2011
2012
2013
ENDIVIDAMENTO BANCÁRIO
(Unid: Milhões Euros)
225
200
175
150
125
100
75
50
25
0
Financiamento
SOMAGUE SGPS
2011
2012
2013
Caixa e equivalentes/Outros títulos e depósitos
Endividamento líquido
2011
Mercados
2012
2013
Vol. negócios
Carteira
Vol. negócios
Carteira
Vol. negócios
Carteira
Portugal
417.169.968
308.974.601
162.684.539
260.399.399
144.239.737
187.900.014
Espanha
25.774.034
40.526.656
22.956.137
23.222.143
18.152.335
16.258.108
Irlanda
13.094.211
2.440.066
4.033.400
3.106.080
1.398.692
1.833.338
Brasil
Angola
0
21.730.625
2.951.348
40.728.435
25.259.751
141.847.380
199.791.417
291.415.454
298.048.071
234.610.779
251.707.310
397.249.856
10.069.865
133.752.456
Moçambique
Cabo Verde
39.831.302
36.965.584
Togo
Outros
TOTAL DO INDICADOR
25.764.275
29.178.210
28.790.740
30.749.265
681.246
53.950.000
19.362.511
46.307.673
69.426
0
36.064
2.672.896
202.500
695.730.358
702.052.986
517.155.080
647.867.941
499.183.442
955.898.089
CARTEIRA (por mercado geográfico)
VOLUME DE NEGÓCIOS (por mercado geográfico)
Angola
50%
Angola
41%
Portugal
29%
Portugal
20%
Cabo Verde
6%
Brasil
15%
Brasil
5%
Moçambique
14%
Togo
4%
Togo
5%
Espanha
4%
Cabo Verde
3%
Moçambique
2%
Espanha
2%
Irlanda
0%
Irlanda
0%
Outros
0%
Outros
0%
CARTEIRA (por tipo de obra)
VOLUME DE NEGÓCIOS (por tipo de obra)
Não residenciais
51%
Não residenciais
48%
Residenciais
16%
O. Ferroviárias
21%
O. Hidráulicas
9%
O. Hidráulicas
15%
O. Marítimas
9%
Residenciais
6%
O. Ferroviárias
7%
O. Rodoviárias
4%
Outras
6%
O. Marítimas
3%
O. Rodoviárias
2%
Outras
3%
O. Aeroportuárias
0%
O. Aeroportuárias
0%
Urbanizações
0%
Urbanizações
0%
CARTEIRA (Nacional e Internacional)
VOLUME DE NEGÓCIOS (Nacional e Internacional)
(Unid: Milhões Euros)
(Unid: Milhões Euros)
1000
1000
900
900
800
800
700
700
600
600
500
500
400
400
300
300
200
200
100
0
100
2011
Total
2012
Nacional
2013
Internacional
0
2011
Total
2012
Nacional
RELATÓRIO ANUAL 2013
2013
Internacional
3
PRINCIPAIS INDICADORES
(Unid: Euros)
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
Principais Indicadores
Sociais e Ambientais
EVOLUÇÃO NOS ÚLTIMOS 3 ANOS
4
INDICADORES SOCIAIS
Nº de colaboradores
Formação/colaboradores (h)
Encargos com proteção social não obrigatórios (€/colaborador)
Índice de incidência de acidentes
2011
2012
2013
2.485
14,12
260
25,81
2.235
13,01
215
25,35
2.251
8,65
240
20,26
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DO NÚMERO DE COLABORADORES
2011
2012
2013
Portugal
Espanha
Brasil
Angola
1.528
49
13
741
1.324
51
25
682
1.106
30
68
761
Moçambique
Cabo Verde
Togo
Panamá
Irlanda
Outros
Total
136
12
6
2.485
1
124
7
12
9
2.235
120
120
26
11
8
1
2.251
INDICADORES AMBIENTAIS
Consumo de água (m3)
Consumo de cimento (ton)
Consumo de agregados (ton)
Produção de RCD (ton)
Emissões de CO2
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DO NÚMERO DE COLABORADORES
SOMAGUE SGPS
2011
2012
2013
135.240
85.277
1.720.201
9.902
21.327
192.102
75.333
586.423
7.539
20.262
284.013
66.410
621.186
14.912
19.632
NÚMERO DE COLABORADORES (Nacional e Internacional)
Portugal
49%
2800
Angola
34%
2400
Cabo Verde
5%
2000
Moçambique
5%
1600
Brasil
3%
1200
Espanha
1%
Togo
1%
Outros
1%
Panamá
0%
Irlanda
0%
800
400
0
2011
Total
2012
Nacional
2013
Internacional
Centro Profissional Ribeirão Shopping - Brasil
PRINCIPAIS INDICADORES
5
RELATÓRIO ANUAL 2013
Índice
6
Principais Indicadores
01
Carta do Presidente
08
02
Governo Corporativo
12
03
Relatório Consolidado de Gestão
30
04
Qualidade e Inovação
78
05
Recursos Humanos
88
06
Segurança e Saúde
98
07
Ambiente
104
08
Impacte na Comunidade
116
09
Demonstrações Financeiras Consolidadas
124
10
Notas Consolidadas
132
11
Certificação Legal das Contas Consolidadas
200
12
Relatório e Parecer do Fiscal Único - Contas Consolidadas
204
13
Anexo aos Indicadores de Sustentabilidade (GRI)
208
SOMAGUE SGPS
Etar de Alcântara - Lisboa
ÍNDICE
7
RELATÓRIO ANUAL 2013
01
8
SOMAGUE SGPS
Carta do Presidente
Terminal de Cruzeiros de Valência - Espanha
9
RELATÓRIO ANUAL 2013
Carta do Presidente
10
Em 2013 a economia global continuou a não
Neste cenário a Somague irá continuar a sua estratégia
mostrar evidentes sinais de recuperação,
de internacionalização de forma sólida e sustentada, ade-
embora se tenha notado alguma dinâmica
quando a sua estrutura à nova realidade e a apostando na
de crescimento nas economias mais avança-
especialização. De notar que o mercado internacional re-
das. Portugal continua o seu lento caminho,
presenta já hoje 81% da carteira de encomendas e que
tendo a economia apresentado uma con-
2013, tendo sido um ano recorde em termos de angaria-
tração de 1,4%. Ainda assim, esta evolução
ções (950 milhões de euros ), o mercado internacional con-
permitiu atenuar um ciclo de recessão eco-
tribuiu com 92,2%. Esta carteira de encomendas permite-
nómica de três anos consecutivos. No en-
-nos encarar o futuro próximo com alguma tranquilidade.
tanto, no setor da construção em Portugal, o
ano revelou as maiores quebras das últimas
O reforço e aposta nas competências que diferenciam a
décadas, fruto da insuficiente concessão de
Somague permitiram evoluir ainda mais para uma cultura
crédito e do continuado abrandamento do
de qualidade e excelência. As capacidades e recursos téc-
setor público.
nicos e humanos são fatores críticos para enfrentar os de-
SOMAGUE SGPS
CARTA DO PRESIDENTE
11
safios com solidez e confiança. Assim, a aposta estratégica
Gostaria de terminar com uma palavra de
em quatro especialidades - obras hidráulicas, marítimas,
orgulho e agradecimento a todos os colabo-
ferroviárias (através da Neopul) e industriais e de constru-
radores.
ção civil, permitirá dar resposta aos grandes desafios da
engenharia nestes domínios, em qualquer parte do globo,
mantendo a Somague o seu know-how e experiência em
todo o tipo de obras.
É pois com confiança que olhamos para 2014, queren-
Rui Ferreira Vieira de Sá
do continuar a ser um parceiro sólido para os nossos
Presidente do Conselho de Administração
stakeholders, sejam os nossos clientes e fornecedores,
parceiros estratégicos ou o acionista Sacyr, e um empregador de confiança para todos os colaboradores espalhados
pelo mundo.
RELATÓRIO ANUAL 2013
02
Governo Corporativo
12
SOMAGUE SGPS
2.1 Modelo de funcionamento
14
2.2 Órgãos Sociais
18
2.3 Organograma da Empresa
20
2.4 Gestão do Risco
22
2.5 Auditoria Interna
23
2.6 Stakeholders/Comunicação
24
Kinaxixi MXD Complex - Angola
13
RELATÓRIO ANUAL 2013
2.1
Modelo de
funcionamento
14
A Somague orienta o desenvolvimento da
designou por Modelo de Funcionamento, que foi estabe-
sua atividade por modelos de excelência
lecido com o propósito de criar um conjunto de normas in-
empresarial pelo que tem direcionado a sua
ternas que suportassem a implementação da estratégia da
gestão no sentido de atingir os melhores re-
empresa. Em 2013, com o intuito de adaptar essas normas,
sultados através do envolvimento de todos
compiladas nos Manuais de Processos, à nova realidade
os colaboradores num processo de melhoria
da empresa: internacionalização do negócio em merca-
contínua, que visa o aumento da produtivi-
dos com diferentes contextos, crescente incorporação de
dade e da eficácia, reduzindo as atividades
aplicações informáticas e evolução dos processos de tra-
que não geram valor e potenciando aquelas
balho; a Somague iniciou um programa de revisão desses
que o geram.
Manuais, tendo sido já publicadas as novas edições dos seguintes: Manual de Angariação de Negócios e Elaboração
É neste contexto que a Somague, desde
de Propostas a Clientes, Manual de Gestão da Informação
1993, funciona de acordo com um sistema
e Documentação, Manual de Gestão do SIGAQS, Manual de
de gestão orientado por processos, o qual
Gestão do SGIDI e o Manual de Fase de Garantia.
Angariação
de negócios
(AN)
Elaboração
de propostas a
clientes (EPC)
Preparação
do arranque de
obra (PAO)
Execução
de obra (EO)
Conclusão
de obra (CcO)
Controlo de obra (CtO)
Fornecimento de Materiais e Serviços (FMS)
Planeamento
Estratégico
(PE)
Utilização e Manutenção de Equipamentos (UME)
Gestão de Recursos Humanos e Organização (RHO)
Controlo Operacional e Financeiro (COF)
Gestão da Informação e Documentação (GID)
Gestão do SIGAQS (QSA)
Gestão do SGIDI (IDI)
Processos de negócio
SOMAGUE SGPS
Processos de suporte
Fase de
garantia (FG)
MISSÃO
Assegurar de uma forma sustentada e contínua a melhoria da
qualidade de vida da população, construindo as infraestruturas do futuro, baseada nos mais elevados padrões de perfor-
A Somague tem também vindo a promover,
progressivamente, a integração no sistema
de gestão da empresa, o cumprimento de
políticas internas e requisitos externos por
si subscritos, nomeadamente:
mance em termos de qualidade, custo e prazo.
Internos
VISÃO
Ser uma empresa de sucesso nas áreas da construção civil e
obras públicas onde exerce a sua atividade, assegurando a satisfação e confiança dos seus clientes pela qualidade e competitividade dos seus produtos e serviços, beneficiando com
tudo aquilo que fizer, correspondendo aos anseios dos colaboradores.
• Missão, Visão e Valores
• Política de Sustentabilidade
• Plano Diretor de Responsabilidade Corporativa do Grupo Sacyr
• Código de Ética e Conduta
• Política de Recursos Humanos
VALORES
Inovação
Aceitar desafios e soluções criativas numa perspetiva de melhoria contínua avaliando os riscos inerentes.
• Política da Qualidade, Segurança e Ambiente
• Política de Investigação, Desenvolvimento
e Inovação
Espírito de Grupo
• Processo de Subcontratação
Desenvolver uma Visão Global de objetivos partilhados, valo-
• Procedimentos de Prevenção de Branquea-
res e regras de acordo com as orientações e políticas de Grupo, transmitindo sempre uma boa imagem da Somague.
15
mento de Capitais e Bloqueio ao Terrorismo
Orientação para o Cliente
Encontrar as soluções que satisfaçam simultaneamente os interesses dos clientes internos e externos, de acordo com os
padrões de qualidade da Somague.
Desenvolvimento Profissional
Valorizar a partilha de conhecimentos com o objetivo de promover a integração e o sucesso profissional atual e futuro.
Ética e Responsabilidade Social
Cumprir os seus compromissos e responsabilidades, contribuindo para o desenvolvimento e bem-estar da sociedade,
protegendo a sua imagem e posição competitiva.
Respeito pelo Indivíduo
Considerar cada colaborador como único, identificando o seu
potencial e respeitando as suas expectativas, reconhecendo o
seu esforço, dedicação e desempenho.
Qualidade Organizacional
Cumprir com rigor e visão integrada os procedimentos da empresa satisfazendo necessidades internas e externas e propondo sugestões numa ótica de melhoria contínua.
RELATÓRIO ANUAL 2013
GOVERNO CORPORATIVO
Missão, Visão e Valores
16
Externos
• Pacto Mundial das Nações Unidas (através
do Grupo Sacyr)
• Rede Nacional de Responsabilidade Social
das Organizações (RSO.pt)
• Certificação Qualidade (ISO 9001)
• Certificação Segurança e Saúde (OHSAS
18001)
• Certificação Ambiental (ISO 14001)
• Certificação Inovação (NP 4457)
• Certificação Código ISM
A implementação das políticas, códigos e
compromissos anteriormente referidos é verificada através da realização de auditorias
internas e externas às diferentes unidades
de negócio da Somague. O resultado destas
auditorias é periodicamente transmitido à
Administração da empresa.
Jornadas Estratégicas
Nos dias 12 e 13 de setembro, estiveram reunidos no auditório
da Somague mais de 100 quadros da empresa, desde a
Administração a chefias intermédias, com o objetivo de
refletir na situação atual da Somague e nas principais linhas
estratégicas para o futuro.
As reuniões, dinamizadas por Miguel Angel Peña (CEO),
iniciaram-se com a identificação clara dos desafios que a
Somague atualmente enfrenta:
• Mudança dos fluxos de tesouraria
• Redução da atividade em Portugal
• Internacionalização
Após a apresentação de um benchmarking da situação
económico-financeira dos principais concorrentes da Somague,
efetuada por Luis Patrício, Administrador Financeiro, coube
a cada responsável de mercado (Angola, Brasil, Cabo Verde,
Togo, Moçambique e Irlanda) a apresentação da situação da
empresa nesses mercados e das respetivas oportunidades.
Procurando uma otimização das competências da empresa
e uma diferenciação relativamente à concorrência foram
apresentadas as quatro grandes áreas de atuação da Somague,
designadas de Especialidades: Hidráulicas, Marítimas,
Ferroviárias e Industriais.
Estas sessões contaram também com a avaliação dos impactes
das alterações de funcionamento nos diferentes Serviços de
Apoio à Produção (QSA, Inovação, Sustentabilidade, Engenharia
e Métodos, Seguros, Aprovisionamentos e Equipamentos)
assim como do balanço da atividade comercial da empresa.
Destas jornadas de reflexão resultaram as principais linhas
estratégicas para o futuro da empresa:
• Estabilização da tesouraria
• Internacionalização sólida e ordenada
• Adequação da estrutura à nova realidade
Coube a cada responsável de área da empresa a transmissão
desta estratégia aos seus colaboradores através do efeito de
“cascata”. As apresentações foram também disponibilizadas a
todos os colaboradores através da Snet.
Em 2014, seguir-se-ão várias sessões de Debate Estratégico,
através das quais se vai dar continuidade à troca de opiniões
entre os principais responsáveis e colaboradores da empresa,
na busca das melhores respostas operacionais e organizacionais
para os novos desafios a que a empresa tem de dar resposta.
SOMAGUE SGPS
GOVERNO CORPORATIVO
17
Hospital de Vila Franca de Xira
Prémio Sustentabilidade
A
Somague
foi
premiada
nos
Prémios
Construir, 2013, galardões que distinguem
a excelência do que é feito nas áreas da
Construção,
Arquitetura,
Engenharia
e
Imobiliário. A empresa, em parceria com
a Opway, foi distinguida com o troféu do
“Prémio Sustentabilidade”, pela construção do
Data Center da Portugal Telecom, na Covilhã.
A
obra
incide
sobre
dois
edifícios
estruturantes: um Bloco Técnico, destinado
a albergar instalações de armazenagem e
processamento de dados e um Edifício de
Suporte, destinado a áreas de escritórios,
armazenagem e a um estacionamento coberto.
Com mais de 45.000 m2 e mais de 12.500
servidores o empreendimento está sujeito à
certificação Leed “Leadership in Energy and
Environmental Design”.
RELATÓRIO ANUAL 2013
2.2
Órgãos Sociais
18
Assembleia Geral:
Presidente:
Luís Maria Lino da Costa de Sousa Macedo
Secretário:
Frederico Miguel Fernandes Pintéus
Conselho de Administração:
Presidente:
Rui Ferreira Vieira de Sá
Vogais:
Miguel Ángel Peña Penilla
Luís Manuel Silva Duarte Patrício
Manuel Manrique Cecilia
José Manuel Loureda Mantiñan
Miguel Heras Dolader
Fiscal Único
Efetivo:
ERNST & YOUNG AUDIT E ASSOCIADOS, SROC, S.A.
representada por: Paulo Jorge Luís da Silva
Suplente:
João Carlos Miguel Alves, ROC
Técnico Oficial de Contas:
Graça Maria Epifânio Pinto Dias, TOC 1869
SOMAGUE SGPS
19
O Conselho de Administração apoia-se nos seguintes ór-
GOVERNO CORPORATIVO
gãos do governo, que o assistem no exercício das suas funções:
A Comissão de Nomeações e Retribuições, que analisa o
histórico profissional e avalia o perfil das pessoas mais
idóneas para formar parte do conselho e restantes órgãos
de governo, procurando que os candidatos que propõe
ao Conselho de Administração sejam sempre pessoas de
reconhecido prestígio, competência e experiência. Esta
comissão é ainda responsável pela implementação do Programa de Gestão por Objetivos, no qual são estabelecidos
os objetivos da Administração e dos gestores de topo, cuja
avaliação é efetuada anualmente.
A Direção de Auditoria Interna, com o objetivo de avaliar e
gerir os riscos associados à atividade da Somague e assegurar a fiabilidade e integridade da informação financeira
e operacional. Reporta hierarquicamente à Direção de Auditoria Interna do Grupo Sacyr.
O Departamento de Prevenção de Branqueamento de Capitais, com a missão exclusiva de realizar a gestão das atividades de prevenção de branqueamento de capitais.
Reorganização da empresa
Em 2013 operaram-se diversas alterações
à estrutura organizativa da empresa com
o objetivo de a adequar à nova realidade.
Das alterações implementadas destaca-se a
reorganização da produção por tipo de obras
(especialidades):
A Comissão de Segurança e Saúde, com o objetivo de analisar os acidentes ocorridos e avaliar a implementação do
sistema de segurança e saúde no trabalho.
• Hidráulicas e Vias de Comunicação
• Marítimas
• Industriais e Construção Civil
• Ferrovias
Com
esta
reorganização
a
Somague
pretende potenciar as áreas de atividade
que a distingue da concorrência, pela sua
experiência, equipamento e corpo técnico.
Esta nova estrutura permite também potenciar
a execução de obras especiais nos mercados
internacionais, nos quais a Somague se
destacava essencialmente pela execução de
obras de construção civil.
RELATÓRIO ANUAL 2013
2.3
Organograma da Empresa
20
SOMAGUE
SGPS
SOMAGUE
ENGENHARIA
100%
Participadas
Ferropor
Neopul
100%
Somague TI
100%
100%
Neopul Ireland
Ltd
100%
50%
Neopul
Ferrovias
UTE
Inecat
UTE
Orihuela
10%
UTE
Can Tunis
50%
UTE
Ave Portela
15%
UTE
Neopul Isolux
(Málaga)
50%
30%
UTE
ADIF Merida
H.S.E.
Emp.
Imobiliários
Sucursal
Neopul
Brasil
22%
SGIS
100%
UTE
Estación de
Goya
Sucursal
Neopul
Irlanda
10%
Soconstroi
Engenharia
100%
Neopul
Gabaldón
Sucursal
Neopul
Moçambique
33%
Somague
Angola
100%
UTE
Pontevedra
20%
CVC
(Cabo Verde)
90,3%
UTE
Neopul Dorsalve
(Sevilha)
50%
Somague
Moçambique
100%
Neorail
50%
UTE
Alicante
20%
Momasoteco
UTE
Linares
10%
Via Alameda II
50%
Somague MPH
50%
Somague Togo
100%
Joint Venture
Cyes / Somague
50%
Nota: do organograma da empresa foram excluídas as
participações menos significativas.
SOMAGUE SGPS
Portas da Lagoa
12,75%
Haçor C, ACE
34,25%
Edimecânica
100%
Via Expresso
11,2%
ACUPM
Pescanova
Sucursal
Brasil
Sucursal
Cabo Verde
NHXira
NHBraga
Sucursal
Angola
25%
50%
100%
70%
Transmetro
Barragem
Foz Tua
ACE
Venda Nova III
ETAR
Alcântara
Infratúnel
GACE
24%
LCHB
ACE
60%
LGC
30%
VL9
70%
LMNS Atlântico
ACE
25%
Estaleiro de
Pegões
100%
SEN
100%
NCC Alegro
Setúbal ACE
50%
50%
55%
LCHXira
60%
28,33%
Águas de
Barcelos
Somague
Panamá
100%
Somague /
Tomás Oliveira
ACE
33,33%
Águas de
Gondomar
Molhes do
Douro
50%
47,5%
Águas da Linha
Somague
Ireland Ltd
100%
Cogeração
Sines
65%
LOC
Grupo
construtor Data
Center ACE
50%
65%
47,5%
Sucursal
Irlanda
GNL Sines
Projesines
85%
47,5%
12,75%
Parque Futuro
Sec. XXI
ACE’s
80%
23,75%
27,5%
AVIAS
UTE
Nudo
Castellbisbal
10%
Sucursal
Neopul
Espanha
50%
38%
S.D.C.P.V.
Sucursais
55%
UTE Muelle Ing.
Juan Gonzalo
Sucursal
Espanha
12,75%
Promoceuta
ACE’s
Somague Ediçor,
Engenharia
100%
Soconstroi PMG
100%
Sucursais
Cais Cruzeiros
Funchal ACE
50%
Construção
Terminal de
Lomé ACE
50%
GOVERNO CORPORATIVO
21
Barragem de Foz Tua
RELATÓRIO ANUAL 2013
2.4
Gestão do Risco
22
Consciente das necessidades de adaptação
rial da Somague, as suas áreas de negócio, os mercados
a um mercado cada vez mais abrangente
onde opera e os riscos assumidos em fase de contratação
e considerando a necessidade de expan-
e desenvolvimento do negócio.
são em países cada vez mais diversos, a
Somague iniciou, em 2013, a consolidação
Outro aspeto que mereceu especial atenção e que repre-
do processo de Gestão do Risco.
senta uma maior valia para a gestão do seu portfólio, foi
a angariação e compilação de toda a informação técnica
A emergência de novos mercados e a compe-
referente às Empreitadas mais expressivas dos últimos 10
titividade por processos construtivos inova-
anos, e que permitiram à Somague, a preservação do seu já
dores e que possam gerar valor acrescentado
extenso curriculum. Gerou-se para tal um sítio de consul-
em propostas variantes são, cada vez mais,
ta, pesquisável por palavras, idêntico a uma WIKI interna e
soluções valorizadas pelos clientes em fase
disponível na Snet, que funciona atualmente como banco
de Concurso, caracterizadas por uma elevada
de dados da informação mais relevante a nível técnico, e
componente de oportunidade.
onde se encontram arquivados os mais importantes elementos históricos das obras.
Foi com base nesta matéria que a empresa
implementou uma aplicação, desenvolvida
Esta aplicação tentará garantir que as análises de risco a
internamente, com base na experiência dos
efetuar em próximos projetos, se possam alimentar de ex-
colaboradores e do portal de gestão do risco
periências vividas anteriormente e operacionalizando de
comercial. Esta foi criteriosamente desenha-
forma incremental as análises de risco futuras.
da tendo em consideração a realidade seto-
Bancos,
Consultores
externos,
Clientes
Avaliação de
fornecedores,
subempreiteiros
e prestadores
de serviços
Gestão de
Interfaces
(externas e
internas)
Relatórios de
não conformidade
e auditorias
GESTÃO DO RISCO
Aplicação da GR
RMO, RMQ,
RMA, RFO,
Relatório SAV
SOMAGUE SGPS
Seguros
O que se faz?
Sligo, Sophia,
Dados
estatísticos
Base de dados
WikiObras
(...)
2.5
Auditoria Interna
GOVERNO CORPORATIVO
23
Data Center PT - Covilhã
O principal objetivo da função de Auditoria Interna, con-
nanceira e de gestão das sociedades da
siste em assegurar à Administração e ao Comité de Audi-
Somague, e os meios utilizados para iden-
toria do Grupo Sacyr uma segurança razoável em torno do
tificar, avaliar, classificar e comunicar essa
ambiente dos sistemas de controlo interno operacionais
informação.
da Somague, que foram corretamente concebidos e estão
adequadamente geridos. A consecução do referido objeti-
Em 2013, foram realizados 12 trabalhos de
vo requer a realização das seguintes tarefas:
auditoria interna, que consubstanciaram o
• Atualização (com a participação ativa da Administração)
sentido da missão da auditoria interna den-
do mapa de riscos da Somague, que sirva de base para a
tro da Somague e do Grupo Sacyr. Todos
planificação global dos trabalhos do período.
eles estiveram orientados para proporcionar
• Avaliar a adequação dos sistemas de controlo interno
conforto sobre o controlo dos riscos, oriun-
com o objetivo de contribuir com uma maior eficácia e
dos do mapa de riscos da Somague, contri-
eficiência dos processos de gestão e controle dos riscos
buindo com valor acrescentado mediante
inerentes nas atividades desenvolvidas pela Somague.
sugestões de melhoria e posteriores ações
• Verificar que as operações e procedimentos estão a ser
de seguimento.
implementados e desempenhados tal como foram planeados e em consequência, comprovar que os resultados
Adicionalmente a Auditoria Interna é tam-
obtidos estão de acordo com os objetivos estabelecidos.
bém responsável por controlar o correto
• Contribuir com uma opinião independente e objetiva
cumprimento da norma vigente em matéria
em relação à interpretação e aplicação da normativa le-
de prevenção de branqueamento de capitais
gal vigente em matérias relacionadas com os riscos da
nas participadas do Grupo Sacyr em territó-
Somague.
rio Português, e suas sucursais no estrangei-
• Avaliar a eficácia com que se utilizam os recursos na
Somague.
• Analisar os meios de salvaguarda dos ativos e verificar a
sua existência real.
• Analisar a fiabilidade e integridade da informação fi-
ro cuja sua atividade principal é a mediação
imobiliária, a compra e venda de imóveis ou
a construção e venda direta de imóveis, sendo a efetividade deste controlo garantido
através da realização de auditorias anuais.
RELATÓRIO ANUAL 2013
2.6
Stakeholders/
Comunicação
24
A proximidade com que a Somague acompanha os seus grupos de interesse permite conhecer as suas necessidades e expectativas
e serve de base para desenhar e desenvolver ações concretas para o cumprimento dos
compromissos assumidos.
Esta relação implica uma comunicação entre a Somague e as suas partes interessadas,
por um lado fornecendo informações atualizadas, por outro recebendo o respetivo
feedback relativamente à sua atuação. Tal só
é possível através de uma gestão ativa das
expectativas dos seus stakeholders onde
são identificados e caracterizados os diferentes grupos com os quais se relaciona diretamente na sua atividade.
Colaboradores
Parceiros
Estratégicos
Entidades
Públicas
Clientes
Acionista
Participadas
Fornecedores
Comunidade
SOMAGUE SGPS
GOVERNO CORPORATIVO
25
Togo - Stakeholders
Pela primeira vez a trabalhar no Togo, onde iniciou a
construção do Terminal de Contentores de Lomé, foi essencial
para a Somague o levantamento dos stakeholders do
projeto, de forma a identificar os meios mais eficazes para
o desenvolvimento da obra. Assim, foram identificados as
seguintes partes interessadas:
• Porto Autónomo de Lomé/Port Autonome de Lomé: empresa
estatal, sob a supervisão administrativa do Ministério dos
Transportes. A sua missão é garantir o funcionamento
das instalações portuárias por intermédio de empresas
que gerem a atividade portuária, nomeadamente a LCT
promotora/concessionária da obra;
• LCT - Lomé Container Terminal S.A.: empresa responsável
pela concessão, financiamento, construção, gestão e
exploração de um terminal privado em Lomé (dono de obra);
• IFC - International Finance Corporation pertence ao World
Bank Group e BAD - Banque Africaine Developpement:
Principais financiadores do projeto;
• Fornecedores/Subempreiteiros locais: sempre que possível,
o consórcio recorre a empresas locais, no entanto, dada a
falta de empresas especializadas não tem sido possível
recorrer de forma mais significativa a essas empresas;
• A.N.G.E
-
Agência
Nacional
de
Gestão
Ambiental:
organização responsável pela supervisão ambiental do país,
em geral, destacando-se o seu envolvimento na proteção
da biodiversidade, nomeadamente das tartarugas marinhas
identificadas na envolvente do projeto;
Moçambique - Comunidades locais
No ano de 2013, a Somague deu início à obra
de requalificação de 520 km de caminho de
ferro do Corredor de Nacala, em Moçambique.
Dada a localização da obra e os impactos que
a mesma tem nas localidades/povoamentos
que atravessa, a relação da Somague com as
comunidades locais é de extrema importância
para o sucesso do projeto.
Os habitantes locais regem-se por etnia ou
por associação religiosa - nomeadamente a
Muçulmana e a Hindu. Aquando da montagem
do estaleiro em Cuamba, no âmbito do
• Maire de Lomé: entidade envolvida na obtenção das licenças
relacionamento com os seus stakeholders,
necessárias para o armazenamento de resíduos de qualquer
a empresa foi abordada pelo Régulo da
espécie;
etnia dos Ajaua que considerou importante
• Município
de
Lomé/Municipalité
de
Lomé:
detém
prerrogativas relativas à gestão ambiental e social do
projeto;
• Comunidade local.
realizar uma cerimónia religiosa no respetivo
terreno. A Somague concordou de imediato
com a realização da mesma, como forma de
respeito pela comunidade e de promoção de
uma cooperação que se espera vantajosa para
ambas as partes.
RELATÓRIO ANUAL 2013
26
2.6.1
Comunicação Interna
Portal do Gestor: também acessível via Snet, permite um
rápido olhar sobre temas ligados à gestão mais direta de
Algumas das ferramentas utilizadas na em-
cada colaborador, seja a nível de recursos humanos, efici-
presa para comunicação interna são:
ência de custos, financeira ou de controlo de gestão.
Snet: esta ferramenta de intranet permite
Revista “Soma e Segue”: publicação trimestral, com distri-
sistematizar, e divulgar a todos os colabora-
buição a todos os colaboradores, bem como a um público
dores, os mais variados temas, desde infor-
externo, divulga a atividade mais relevante da empresa.
mação corporativa, manuais e formulários
técnicos, portfólio de obras, digest diário de
LAC - Linha de Apoio ao Colaborador: um canal de comu-
imprensa, parcerias disponíveis com entida-
nicação via telefone ou e-mail, destinado a apoiar na reso-
des externas, fóruns de discussão, informa-
lução concreta de problemas, na clarificação de dúvidas e
ção relativa a áreas específicas (Marketing
no debate de questões com que qualquer colaborador, no
e comunicação, QSA e IDI, equipamentos,
âmbito da relação laboral, se poderá deparar. Cada um dos
jurídicos, tecnologias de informação, recur-
responsáveis da Somague dinamiza ainda reuniões espe-
sos humanos, seguros/gestão de risco, etc.),
cíficas por área, com as quais pretende assegurar a receção
entre outros.
e compreensão da informação adequada aos diversos níveis da organização. Destacam-se as reuniões mensais de
A partir da Snet pode aceder-se a outras ferramentas de comunicação interna, nomeadamente ao Portal do Colaborador, ao Portal
do Gestor ou ao Portal HelpDesk. A utilização da Snet como forma preferencial de comunicação é ainda uma medida de redução
significativa de consumo de papel, uma vez
que é usada nos sistemas de faturação, programa de encomendas de merchandising,
avaliação de subempreiteiros e fornecedores, na divulgação de notas internas ou de
circulares de serviço, ou na publicação de
manuais.
Portal do Colaborador: acessível a partir da
Snet, permite a execução de uma série de tarefas, sem necessidade de recurso ao suporte papel, e reúne toda a informação pessoal
do colaborador associada diretamente à sua
relação com a empresa: marcação de férias,
avaliações de desempenho, seguros, ações
de formação, entre outros.
SOMAGUE SGPS
controlo de custos e as reuniões de produção.
Reuniões de Quadros: divulgação da estratégia de empre-
2.6.2
Comunicação externa
27
por área, com o objetivo de assegurar a comunicação, re-
De entre as ferramentas de comunicação ex-
ceção e compreensão das decisões e dos projetos em cur-
terna usadas, destacam-se:
so. A comunicação entre as hierarquias e os Colaboradores
estabelece-se de forma bidirecional, permitindo a identi-
Revista “Soma e Segue”: onde se divulgam
ficação de necessidades e expectativas.
as principais notícias das diversas atividades da empresa. Teve a sua primeira edição
Newsletter Somague: foi lançada, no ano de 2013, uma
em maio de 1996 e tem uma tiragem média
nova ferramenta de comunicação interna, a Newsletter
de 2500 exemplares.
Somague. Com periodicidade mensal, e distribuição a todos os colaboradores, a Newsletter divulga a atividade e
Website (www.somague.pt): sítio da inter-
os acontecimentos mais atuais e pertinentes da empresa.
net que disponibiliza informação detalhada
sobre as áreas de negócio e a atividade da
empresa, responsabilidade corporativa e informação financeira. Uma versão digital da
revista Soma e Segue, o portfólio da empresa, bem como um link de acesso direto para
recrutamento ou candidaturas espontâneas
podem ser encontrados no sitio da empresa.
Reunião de Quadros
Redes sociais: desde 2012 que a Somague
tem presença nas redes sociais Facebook,
Vimeo, Linkedin, permitindo-lhe um contato
mais direto e imediato com os Stakeholders.
Brochura institucional: apresentação da
Somague Engenharia, suas empresas, negócios e portfólio.
Brochuras de apresentação das empresas
participadas: apresentação das áreas específicas de atividade.
Relatórios Anuais: através dos quais a
Somague divulga o seu desempenho económico, social e ambiental.
RELATÓRIO ANUAL 2013
GOVERNO CORPORATIVO
sa, apresentação de resultados, etc. Reuniões específicas
28
Questionários de avaliação da satisfação do
Adicionalmente, a Somague em 2013 cooperou com as se-
cliente: a Somague realiza questionários aos
guintes organizações com o objetivo de partilhar experi-
seus clientes para conhecer o seu índice de
ências e conhecimento:
satisfação com os serviços prestados.
• ACIF - Associação Comercial e Industrial do Funchal
Atendimento ao público: esclarecimento
das populações afetadas pelas obras.
• AECOPS - Associação de Empresas de Construção e Obras
Públicas
• AICOPA - Associação dos Industriais de Construção Civil e
Serviço Após Venda (SAV): responsável por
receber e tratar as possíveis queixas e reclamações dos clientes e implementar as medidas adequadas para evitar a sua recorrência.
Obras Públicas dos Açores
• AMF - Associação de Amigos do Museu Nacional Ferroviário
• APCER - Associação Portuguesa de Certificação
• APNCF - Associação Portuguesa para a Normalização e
Relações com a imprensa: garantidas pela
Direção-geral de Marketing e Comunicação,
em sintonia com o Presidente da Somague.
Certificação Ferroviária
• ASSICOM - Associação dos Industriais de Construção do
Arquipélago da Madeira
• Câmara de Comércio Indústria e Turismo Portugal - Cabo
Livro curricular: Apresentação, em versão digital ou online, do portfólio da empresa.
Verde
• Câmara de Comércio Indústria Portugal - Angola
• EPIS - Empresários para a Inclusão Social
Publicação de livros: obras relevantes exe-
• Instituto Português de Auditoria Interna
cutadas pela empresa e temas de engenha-
• IPQ - Instituto Português de Qualidade
ria para memória futura.
• SPG - Sociedade Portuguesa de Geotecnia
Visitas guiadas: organização de visitas guiadas a obras por parte dos mais diversos públicos.
SOMAGUE SGPS
Reforço de Potência da Barragem de Venda Nova III - Vieira do Minho
GOVERNO CORPORATIVO
29
RELATÓRIO ANUAL 2013
03
Relatório Consolidado de
Gestão
30
SOMAGUE SGPS
3.1 Envolvente Macroeconómica
32
3.2 Envolvente Social
40
3.3 Envolvente Ambiental
42
3.4 Evolução Setorial
44
3.5 Somague Engenharia
49
3.6 Participadas
52
3.7 Evolução Económico-financeira
74
3.8 Proposta de Aplicação dos Resultados
76
Alegro de Setúbal
31
RELATÓRIO ANUAL 2013
3.1
Envolvente
Macroeconómica
32
O ano de 2013 ficou caracterizado pela re-
Em Portugal, a economia terá contraído 1,4% em 2013 su-
cuperação moderada da economia mundial
perando as previsões do Governo e da Troika (-1,8%), da
alicerçada numa dinâmica de crescimento, a
OCDE (-1,7%) e do Banco de Portugal (-1,5%) e que com-
tomar forma nas economias avançadas (EUA
para com a quebra de 3,2% registada em 2012. A contri-
e Reino Unido registaram um crescimento
buir positivamente para o PIB esteve o 4º trimestre, tendo-
de 1,9%, segundo o Eurostat), na expan-
-se verificado um crescimento homólogo de 1,6% (-0,9%
são da atividade empresarial mundial, para
no 3º trimestre), situação que não se verificava desde o 4º
a qual em muito contribuiu a estabilização
trimestre de 2010, e que corresponde mesmo a uma das
das condições financeiras a nível global, e
mais altas taxas de crescimento entre os estados membros
no reforço gradual do comércio mundial.
da UE. Na comparação face aos três meses anteriores, o PIB
O crescimento que se vinha assistindo nas
cresceu 0,5%, no 3º trimestre consecutivo de expansão,
economias emergentes foi neste ano mais
dando força às perspetivas que 2014 será um ano de cres-
moderado devido, em grande medida, ao re-
cimento para a economia portuguesa.
freamento na procura interna.
Terminal de Cruzeiros de Valência - Espanha
SOMAGUE SGPS
De acordo com o INE, a contribuir para o bom resultado do
a terreno positivo com relação a 2012.
33
com destaque para o consumo das famílias e o efeito po-
Um dos principais motivos para este abran-
sitivo da procura externa líquida devido à aceleração das
damento foi a evolução das importações
exportações de bens e serviços.
que, com a reanimação da economia, voltaram a registar variações positivas, dando por
Apesar das melhorias verificadas, a contração da ativida-
isso um contributo negativo para a evolução
de económica registada em Portugal teve na sua génese
do saldo comercial. As importações crescem
os mesmos fatores que influenciaram significativamente
há quatro meses consecutivos.
a performance económica nos anos mais recentes, nomeadamente, os efeitos da implementação do programa de
Segundo informações do ministro da econo-
ajustamento, com a redução do investimento público e
mia as exportações nacionais em 2013 terão
privado motivado pelo processo de desalavancagem de
contribuído com mais de 40% da riqueza
alguns setores da economia e implicando restrições na
criada em Portugal (em 2009, as exporta-
concessão de crédito aos privados, a quebra do rendimen-
ções representavam 28% da riqueza criada),
to disponível das famílias e o impacto no consumo e a en-
ainda assim, aquém do objetivo traçado de
volvente externa recessiva.
chegar a 2020 com um rácio na ordem dos
50% (embora o nível ótimo do indicador
Em 2013, o crescimento das exportações voltou a superar
deva situar-se entre os 70% e 90% do PIB)
as importações, fazendo novamente reduzir o défice co-
numa conjuntura de crescimento. Apesar de
mercial português. Em três anos, passou de 21,4 mil mi-
que Portugal acumula em 2013 cinco anos
lhões de euros para 9,3 mil milhões. Os dados mais recen-
consecutivos de ganhos de quota de merca-
tes publicados pelo INE mostram que, para o conjunto do
do na exportação, o valor conseguido reflete
ano de 2013, as saídas de bens de Portugal terão aumenta-
não apenas a subida das vendas ao exterior
do 4,6% (ganhando quota aos concorrentes estrangeiros),
mas também o recuo do PIB, que tem verifi-
uma variação abaixo daquela que foi registada em 2012
cado uma queda histórica.
(5,7%), mas ainda assim superior ao aumento das entradas de bens, que passaram de uma contração de 5,2% em
Segundo o Eurostat, no 2º trimestre de 2013
2012, para um crescimento de 0,8% em 2013, fixando o
a dívida pública portuguesa terá atingido os
défice comercial português em 2013 nos 9.276 milhões
215 mil milhões de euros (203,4 em 2012)
de euros (10.906 em 2012 e 21.380 em 2011). Em três
equivalentes a 131,3% do PIB (122,5% em
anos, observa-se assim uma contração de cerca de 57% do
2012), sendo este rácio o terceiro maior na
défice, tendo Portugal atualmente uma taxa de cobertura
União Europeia a seguir à Grécia (169,1%)
das importações pelas exportações de 83,6% (80,6% em
e à Itália (133,3%). A Troika, como resulta-
2012). É de relevar que este foi o sexto ano consecutivo de
do da oitava e nona avaliação concluídas em
aumento da taxa de cobertura.
outubro, previa que este rácio atingisse um
pico de 127,8% em 2013. Dado o elevado
Apesar da melhoria observada no saldo comercial em 2013
endividamento público e os compromissos
(-1.630 milhões de euros), esse ajustamento representa um
para a sua redução, não se prevê que o Esta-
abrandamento no ritmo de aproximação do saldo comercial
do possa vir a abrandar as medidas de conRELATÓRIO ANUAL 2013
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
último trimestre esteve a recuperação da procura interna,
34
tenção orçamental em curso.
cutivo, atingindo 330,8 mil milhões de euros no final de
2013 (menos 13,6 mil milhões de euros do que no final de
Em termos de emprego, a economia portu-
2012), apesar de a quebra ter abrandado ao longo do ano.
guesa está a dar sinais mais sustentados de
recuperação do mercado de trabalho, sendo
Segundo o Banco de Portugal a contração do crédito verifi-
que entre março e dezembro de 2013 foram
cou-se em todos os setores, sendo que os empréstimos às
criados 128 mil novos empregos. Apesar da
empresas diminuíram 6,1 mil milhões de euros desde o final
recuperação, o número de empregos criados
de 2012, embora a queda no crédito concedido tenha mos-
está longe de anular os que foram destruídos
trado sinais de abrandamento em 2013 (-3%) face ao regis-
durante a crise. Entre junho de 2011 e março
tado no ano anterior (-4,3%). Os empréstimos a particulares
de 2013 a economia portuguesa perdeu 460
baixaram em todas as finalidades (decréscimos de 3,9 mil
mil empregos, pelo que os empregos criados
milhões de euros na habitação, 1,3 mil milhões de euros no
nos últimos três trimestres de 2013 apenas
consumo e 0,7 mil milhões de euros nos outros fins).
anularam 28% dos perdidos nos trimestres
anteriores.
Por outro lado, os depósitos nos bancos portugueses aumentaram 2,6 mil milhões de euros em 2013, totalizan-
A criação de novos postos de trabalho é um
do 225,6 mil milhões de euros. De acordo com o Banco de
dos fatores que justifica a descida da taxa
Portugal, para esta evolução contribuíram todos os setores
de desemprego. Esta caiu pelo 3º trimestre
à exceção das instituições financeiras não monetárias.
consecutivo, atingindo 15,3% no 4º trimestre de 2013 (12% para a Zona Euro). A partir
Os dois indicadores anteriores terão permitido às entida-
de março acumulou uma queda de 2,4 pontos
des financeiras consolidar o ajustamento em que se en-
percentuais, face ao recorde de 17,7% do 1º
contram, reforçando o rácio de cobertura do crédito por
trimestre de 2013. Para o conjunto de 2013 a
depósitos.
taxa de desemprego ficou em termos médios
nos 16,3% (15,7% em 2012), que compara
A situação económica portuguesa beneficiou de um en-
com 12,1% na Zona Euro. A taxa de desem-
quadramento mais favorável para a Zona Euro, a qual vol-
prego não se terá agravado mais graças ao
tou a crescer depois de vários trimestres de contração em
fluxo migratório que se fez sentir no decorrer
relação ao ano anterior. De acordo com o Eurostat, a eco-
de 2013 para os diferentes continentes.
nomia da Zona Euro cresceu 0,5% no 4º trimestre de 2013
em termos homólogos (no 3º trimestre a contração tinha
Outro indicador importante, o nível de cré-
sido de -0,3%), contrariando as quebras dos trimestres an-
dito concedido pelos bancos, embora te-
teriores. Desde o 2º trimestre de 2012 que o PIB regional
nha tido uma evolução positiva em cadeia
tinha vindo a recuar nas comparações homólogas. Para a
em finais de 2013, para o conjunto do ano
UE a expansão homóloga no 4º trimestre foi de 1%, supe-
voltou a descer refletindo o processo de de-
rior aos 0,2% do 3º trimestre.
salavancagem da economia portuguesa. Os
dados do Banco de Portugal mostram que o
O maior crescimento na Zona Euro, a nível nacional, foi o
crédito concedido pelos bancos portugue-
da Letónia, que cresceu 3,6%, seguida de Portugal com
ses caiu em 2013 pelo terceiro ano conse-
uma expansão de 1,6%. A Alemanha passou de um avan-
SOMAGUE SGPS
Em cadeia a Zona Euro cresceu 0,3% no 4º
no 4º trimestre e a França cresceu 0,8%. As duas maiores
trimestre face ao trimestre anterior, man-
economias da região foram as que mais ajudaram ao de-
tendo as variações positivas iniciadas no 2º
sempenho do PIB europeu.
trimestre de 2013. A Alemanha e a França
aceleraram (0,4% e 0,3%, respetivamente)
No lado das contrações, encontram-se as economias espa-
e a terceira e quarta maiores economias da
nhola (-0,1%), italiana (-0,8%), e cipriota (-5,3%), todas
Zona Euro, Itália e Espanha, também cresce-
menos intensas do que no trimestre anterior. O PIB da Gré-
ram em cadeia (0,3% e 0,1%). Neste parti-
cia recuou 2,6%, atenuando as fortes quedas dos trimes-
cular, o PIB português avançou 0,5%, acima
tres anteriores.
dos 0,3% do trimestre anterior.
Barragem de Foz Tua
RELATÓRIO ANUAL 2013
35
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
ço homólogo do PIB de 0,6%, no 3º trimestre para 1,4%
36
Cenário Ribeirão Preto - Brasil
Na totalidade do ano de 2013, a economia
Entre as economias da moeda única, a tendência é a con-
da Zona Euro ficou, contudo, em terreno ne-
trária. O défice caiu de 3,3% para os 3,1%, fruto de um
gativo, com uma contração de 0,4%, tendo
aumento da receita do Estado de 46,9% para 47,1% do
a UE apresentado um crescimento de 0,1%.
PIB, ao mesmo tempo que a despesa se manteve estável
nos 50,2%.
Segundo o Eurostat, no 3º trimestre de
2013, o défice em percentagem do PIB cor-
A evolução da economia portuguesa em 2013 permi-
rigido de efeitos de sazonalidade fixou-se
tiu atenuar um ciclo de recessão económica de três anos
nos 3,1% na Zona Euro, abaixo dos 3,3% do
consecutivos, perspetivando uma inversão de tendência
2º trimestre de 2013. Na União Europeia, o
refletida nas previsões para 2014 de crescimento do PIB
défice em percentagem do PIB permaneceu
nacional efetuadas pelo Governo, Troika e Banco de Por-
estável nos 3,5%. Este aumento do défice
tugal de 0,8% (melhorando estimativas anteriores). Este
resultou de uma quebra da receita do Estado
perfil ascendente reflete a evolução projetada para o setor
(0,2 pontos percentuais), que ultrapassou a
privado, uma vez que deverá continuar a observar-se uma
redução da despesa (0,1 pontos percentu-
contração da atividade do setor público, embora progres-
ais). No 3º trimestre, as receitas públicas da
sivamente menor, em linha com a continuação do proces-
UE 28 representavam 45,8% do PIB e a des-
so de consolidação orçamental. A estabilização do peso da
pesa 49,3%.
procura interna a par da manutenção de um crescimento
robusto das exportações contribuirá também positivamente para o panorama económico nacional.
SOMAGUE SGPS
sa de crescer sem recurso a endividamento,
tentadas pelo indicador avançado da OCDE para Portugal.
não havendo espaço para contrair mais em-
Este indicador concebido para antecipar pontos de vira-
préstimos para consumo ou investimento
gem na atividade económica em relação à tendência, vol-
não produtivo.
tou a subir em dezembro (para 102,1), registando a 19ª subida consecutiva para Portugal e situando-se pelo quinto
O FMI salienta que a posição líquida de in-
mês consecutivo acima da linha de 100 pontos que marca
vestimento internacional, uma medida das
a média de longo prazo e reforçando a perspetiva gene-
responsabilidades do país perante o exte-
ralizada de que a economia portuguesa deverá continuar
rior de Portugal, é negativa em relação ao
em 2014 a reforçar o movimento de recuperação iniciado
resto do mundo por uma larga margem, ten-
em 2013.
do atingindo os 118,9% do PIB no final de
2013 e com tendência para o endividamen-
Os números da OCDE mostram também melhorias nas
to, pelo que contrair dívida externa não será
perspetivas relativas às economias da Espanha e Grécia,
opção num futuro previsível. A economia
também desde há mais de 12 meses. No caso de Espanha
terá que gerar excedentes externos para re-
foram recentemente revistas em alta as previsões do Go-
duzir esta posição negativa e o investimento
verno para 2014, antecipando que a economia crescerá
terá que ser dirigido aos setores transacio-
em torno a 1%, acima dos 0,7% previstos no Orçamento
náveis. Aumentos de competitividade e ex-
do Estado (OE) e que, pela primeira vez desde o início da
portações serão a única forma de garantir
crise, a economia espanhola criará emprego líquido, ainda
um crescimento sustentável que permita
que com muito para fazer para reduzir a taxa de desem-
conter os principais riscos que afetam a eco-
prego que permanece acima dos 26%. Já no caso da Irlan-
nomia portuguesa, o elevado desemprego e
da, os dados mostram uma desaceleração, sendo também
endividamento. Neste indicador a Comissão
positivas as perspetivas de crescimento para a Alemanha,
recomenda uma redução para metade até
Reino Unido, França e Itália assim como para as grandes
2023.
economias mundiais, como os Estados Unidos e o Japão.
O FMI evidencia ainda que o desemprego
Para 2014, como referido, as perspetivas para Portugal são
continua elevado, principalmente entre os
um pouco mais animadoras, mantendo-se no entanto a ne-
jovens e os desempregados de longa data,
cessidade de cumprimento das metas impostas pela Troika
que a dívida das empresas públicas e das
até ao final do programa de ajustamento e após a sua con-
empresas privadas não financeiras, de apro-
clusão, embora se espere que de forma menos penaliza-
ximadamente 129% e 255% do PIB, res-
dora do crescimento da economia, continuando por isso
petivamente, continua a ser muito elevada,
a insistir em medidas que influenciarão negativamente o
sendo que perante este cenário será neces-
investimento e o consumo.
sário uma consolidação orçamental ainda
maior e a desalavancagem do setor privado,
Neste sentido são os comentários efetuados pelo FMI no
a que se deverá juntar um crescimento ele-
âmbito da 10ª avaliação do programa de ajustamento.
vado e sustentado.
Para crescer, baixar o desemprego e garantir a sustentabilidade do endividamento público e privado Portugal preciRELATÓRIO ANUAL 2013
37
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
As previsões mais otimistas para 2014 são também sus-
38
Embora se reconheça que Portugal registou
O FMI aponta a desalavancagem das empresas como algo
progressos nos últimos três anos e que fo-
de extrema importância no aumento da competitividade
ram implementadas algumas reformas cujo
externa e para um crescimento sustentável, acrescentando
resultado parece ter tranquilizado os inves-
ainda que a manutenção desta situação constitui ainda um
tidores do mercado obrigacionista estran-
risco elevado para o sistema bancário.
geiro e as taxas das obrigações do tesouro
atingiram o seu nível mais baixo desde abril
Por outro lado, a Comissão Europeia também no âmbito
de 2010, falta “completar o trabalho”.
da décima avaliação ao programa de ajustamento, refere
que Portugal apesar de já ter feito um ajustamento salarial
O FMI elogia as iniciativas do Executivo
significativo, as graves fragilidades da economia em ter-
como a renovação dos instrumentos de re-
mos estruturais aconselham a cortes salariais adicionais
estruturação de dívidas das empresas e de
de pelo menos 2% a 5%, sendo este o esforço necessário
insolvências e a implementação de algumas
para baixar o desemprego e reduzir a dívida externa para
medidas fiscais com vista a promover reor-
metade.
ganizações empresariais através de fusões
e aquisições, no entanto chama também a
Os economistas de Bruxelas consideram que desde 2010,
atenção para que apesar de as empresas te-
Portugal registou um ajustamento significativo dos custos
rem cortado fortemente nos custos laborais
unitários de trabalho e reconhecem os resultados conse-
e no capital investido, o setor empresarial
guidos na redução do défice externo. No entanto, referem
permanece como o mais alavancado de toda
que a Portugal não basta estabilizar os níveis de dívida e
a zona Euro, referindo que as estatísticas
desemprego, tem de os conseguir baixar. E para isso se-
mostram que o avanço na reestruturação de
rão necessários cortes salariais adicionais face aos regis-
dívidas de empresas é baixo e evidencian-
tados nos países concorrentes. Uma redução de um ponto
do que a dívida das empresas privadas em
percentual na taxa de desemprego exige uma redução de
finais de 2012 ultrapassava 150% do PIB.
salários reais de 2,4% de acordo com os modelos usados.
O Fundo crítica ainda a adesão aos dois mais
Perante estes números, a Comissão sublinha a necessi-
recentes instrumentos de recuperação de
dade de preservar o ajustamento feito nos últimos anos
empresas, o PER (Processo Especial de Re-
e de uma moderação salarial continuada no médio prazo,
vitalização) e o SIREVE (Sistema de Recu-
embora os técnicos avisem que as conclusões devem ser
peração de Empresas por Via Extrajudicial)
lidas com cuidado pois dependem de relações no funcio-
que mostram níveis baixos de procura. Até
namento do mercado de trabalho difíceis de medir, como
setembro de 2013, houve 1.500 empresas a
o impacto das variações salariais na procura de trabalho
recorrer ao PER, e cerca de 300 ao SIREVE,
e também de muitos outros fatores, como a evolução da
evidenciando que Portugal está a perder um
economia e da produtividade, ou o crescimento do PIB.
catalizador que podia estimular a reestruturação de dívidas e das próprias empresas e
Por outro lado, a Comissão estima que a reforma do IRC,
que estas não estão a aproveitar.
em vigor a partir de janeiro de 2014, terá um impacto no
crescimento do PIB de 0,3% e que o investimento estará
3% acima do nível inicial, ambos ao fim de três anos. Con-
SOMAGUE SGPS
39
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
Kinaxixi MXD Complex - Angola
tudo, este efeito positivo na economia não será suficiente
por muitos anos, que só serão atingidos por
para pagar os custos da reforma e não compensará a perda
intermédio de políticas que permitam o
de receita fiscal a curto e médio prazo, em que os cofres
equilíbrio duradouro das contas públicas e
públicos irão perder 0,15% do PIB por ano nos primeiros
do regresso da dívida a níveis sustentáveis.
três anos, o equivalente a 247,5 milhões de euros por ano.
Este objetivo só terá condições de ser alcanBruxelas diz que o Governo está a contar com uma receita
çado desde que implementado a par de po-
adicional de 0,2% do PIB (330 milhões de euros) oriun-
líticas sustentáveis orientadas para o cres-
da da reforma da faturação eletrónica, e que garante que
cimento, que tardam, desenvolvidas num
estes valores cobrirão os custos do IRC e que, se tal não
novo quadro institucional reformista e efi-
acontecer, serão arranjadas medidas alternativas.
ciente que passe pelo acordo dos principais
partidos do arco da governação e pela mo-
Como se pode apreciar pelas conclusões das entidades in-
bilização dos agentes económicos e sociais.
ternacionais, que são o garante dos países credores e, em
última instância, dos seus contribuintes, que asseguram as
necessidades de financiamento de Portugal, o nosso país
terá que continuar a sua caminhada de ajustamento dos
desequilíbrios macroeconómicos estruturais, quer por via
do impacto da consolidação orçamental das contas públicas, quer pela implementação de reformas estruturais,
que obviamente passarão pela reforma do Estado Social
e outras, em especial nos domínios laboral, fiscal, administrativo e judicial, processos esses que se irão estender
RELATÓRIO ANUAL 2013
3.2
Envolvente Social
40
De acordo com o World of Work Report 2013
Em Portugal, o número de desempregados oriundos de
da Organização Internacional do Trabalho,
empresas do setor da Construção inscritos nos centros
na tendência atual estima-se um desempre-
de emprego do IEFP reduziu-se para 94.114, o que traduz
go global de 208 milhões em 2015 contra os
uma quebra de 10,9%, face aos 105.636 registados em
atuais 200 milhões. O mercado de trabalho
dezembro de 2012. Esta redução estará associada à for-
apresenta atualmente grandes desequilí-
te internacionalização das empresas de construção, com
brios nomeadamente altos níveis de empre-
a consequente emigração dos seus trabalhadores, mas
go informal nos países em desenvolvimento
também a uma relativa recuperação da confiança empre-
e desemprego de grande duração nas eco-
sarial e uma redução menos intensa do investimento que
nomias avançadas.
apontam para alguma estabilidade do nível de atividade
do Setor, ainda que este continue a atravessar a maior crise
de sempre.
Linha de alta velocidade Madrid-Zaragoza-Barcelona-Fronteira-Francesa, troço Barcelona_Figueras - Espanha
SOMAGUE SGPS
No que se refere às condições de segurança
trução tem-se focado maioritariamente nos países de lín-
e saúde no trabalho, nos últimos anos tem-
gua portuguesa (CPLP) pelas naturais proximidades cul-
-se verificado um aumento significativo des-
turais desses países. Governo português e o Secretário
tes requisitos nos países onde a Somague
Executivo da CPLP assinalaram o Dia Internacional para a
opera. Exemplo disso são as 6.860 empresas
Eliminação de Todas as Formas de Violência contra as Mu-
visitadas pela Inspeção Geral do Trabalho
lheres com o lançamento de uma campanha conjunta a re-
de Angola, envolvendo um total de 188.428
plicar em todos os Estados membros, sob o lema «contra a
trabalhadores.
violência eu dou a cara». Esta campanha surge após a Resolução do XVIII Conselho de Ministros da CPLP, de 18 de
2014 irá encerrar a Década das Nações Uni-
julho de 2013, decorrido em Maputo, o qual reafirmou os
das da Educação para o Desenvolvimento
compromissos internacionalmente assumidos - relativos à
Sustentável (2005-2014), iniciativa liderada
promoção e respeito pelos direitos humanos das mulhe-
pela UNESCO, cuja visão é a de um mundo
res, incluindo em matéria de Igualdade de Género e Empo-
onde todos tenham a oportunidade de se
deramento das Mulheres - e reiterou a Convenção da ONU
beneficiar de uma educação de qualidade
sobre a eliminação de todas as formas de discriminação
e de aprender os valores, comportamento e
contra as mulheres e as resoluções da Assembleia Geral
estilos de vida requeridos para o desenvol-
da ONU sobre a intensificação dos esforços para eliminar
vimento sustentável e para uma transforma-
todas as formas de violência contra as mulheres.
ção social positiva.
Guy Ryder, Diretor-geral da Organização Internacional do
Trabalho (OIT), durante a sua primeira visita oficial à África Austral, destacou a importância do emprego jovem, do
diálogo social e de empregos verdes no futuro desenvolvimento de África. Durante a visita a Moçambique, Ryder
reuniu com empresas mineiras para promover o trabalho
“decente” através do desenvolvimento de competências
(Skills) e serviços empresariais, para que ambos o trabalhador e o empregador possam gozar dos benefícios de
um crescimento mais inclusivo.
Em outubro de 2013, no âmbito da III Conferência Global
sobre Trabalho Infantil realizada no Brasil, foi assinada a
Declaração de Brasília sobre Trabalho Infantil onde os representantes dos governos reafirmaram a intenção de eliminar as piores formas de trabalho infantil até 2016, ao
mesmo tempo que reiteraram o objetivo mais abrangente
de erradicar toda a forma de trabalho infantil.
RELATÓRIO ANUAL 2013
41
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
A internacionalização das empresas portuguesas de cons-
3.3
Envolvente Ambiental
42
O ano de 2013 foi, novamente, marcado pela
A nível de iniciativas, 2013 foi o Ano Internacional de Co-
crise financeira e económica que nos últimos
operação pela Água, que resultou em diversas ações um
anos tem atingido a Europa, e Portugal em
pouco por todo mundo, obrigando os países a pensar e a
particular. Segundo a Quercus (Associação
analisar este recurso natural, e os seus ecossistemas, com
Nacional de Conservação da Natureza), esta
a devida atenção.
crise desviou a atenção da opinião pública
dos graves problemas ambientais que se
Em Angola - país onde a Somague opera -, por exemplo,
continuam a viver, tanto a nível local, como
grande parte da sua população reside em zonas longínquas
global.
o que dificulta o processo de chegada de água potável.
Neste sentido, em 2013, foram desenvolvidos esforços no
Segundo a Organização Meteorológica Mun-
sentido de contribuir para a reestruturação e implemen-
dial (OMM) o ano de 2013 está entre os 10
tação de sistemas de abastecimento e de tratamento de
mais quentes desde 1850, início do período
águas, através da promoção de iniciativas governamentais,
instrumental. 2013 é o sexto ano mais quen-
como o Programa Água para Todos e o Programa Nacional
te, a par de 2007, com temperatura global
de Monitorização da Qualidade da Água.
média de 0.50 °C acima da média de 19611990 e praticamente igual à média da déca-
Em Portugal, e segundo o último Relatório Anual dos Ser-
da de 2001-2010. Segundo o Secretário-Ge-
viços de Água e Resíduos em Portugal, publicado em 2013
ral da OMM, Michel Jarraud, “a temperatura
pela entidade reguladora do setor (ERSAR), 98% da água
global média para o ano de 2013 é consis-
fornecida pelos sistemas públicos de abastecimento tem
tente com a tendência de aquecimento de
boa qualidade e é segura. Este resultado foi apontado pela
longo prazo. A taxa de aquecimento não é
Quercus como um dos pontos positivos do ano.
uniforme, mas a tendência é inequivoca. Dadas as concentrações de gases de efeito es-
Ainda em Portugal, em 2013, no Continente, 60% da ener-
tufa na atmosfera, as temperaturas globais
gia elétrica consumida resultou de produção por fontes re-
continuarão a subir.”
nováveis no país. Este valor reflete-se numa clara redução
de emissões de gases com efeito de estufa. A política de in-
Em Portugal continental, a temperatura mé-
vestimento do país em energias renováveis, desde o início
dia do ar no ano 2013 foi cerca de 0.14 °C
do século, permitiu que Portugal obtivesse o 3º lugar no
superior ao valor médio de 1971-2000. Por
índice de desempenho climático dos países desenvolvidos.
outro lado, o inverno 2012-2013 foi caracterizado por valores médios da temperatura
Relativamente à atividade da Somague, o setor da constru-
média do ar inferiores ao normal. Conclui-se
ção está associado a impactes ambientais por vezes sig-
que cada vez mais se verificam fenómenos
nificativos, relacionados essencialmente com o consumo
atmosféricos extremos como valores abso-
de matérias-primas não renováveis, produção de resíduos
lutos de precipitação diária e ocorrência de
e elevado consumo energético. Adicionalmente, o desem-
vento muito forte ou excecionalmente forte,
penho ambiental das empresas do setor é prejudicado
originando diversos impactes nas infraes-
pela dispersão geográfica da sua atividade e pelo carater
truturas do país.
temporário das obras, o que dificulta o controlo e fiscalização da sua operação.
SOMAGUE SGPS
43
A empresa atuou, em 2013, em economias emergentes
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
como Angola, Cabo Verde, Moçambique e Togo. Com a
evolução demostrada nos últimos anos, prevê-se que estas economias se aproximem dos parâmetros ambientais
europeus. Prova disso, foi o facto de, em 2013, Cabo Verde se ter tornado o terceiro país a acolher o Green Project
Awards - iniciativa que promove o que de melhor se faz na
economia verde e sustentabilidade -, depois de Portugal
(onde foi lançado em 2008) e Brasil. Estão também previstas, para breve, edições deste prémio em Moçambique
e Angola.
No presente contexto de crise, as emissões de poluentes e
o consumo de recursos naturais têm vindo a diminuir em
todos os setores de atividade. Porém, é vital que em 2014,
com uma eventual retoma económica, a sociedade esteja
preparada para promover um desenvolvimento apostado
na redução de consumos, na eficiência energética, em simultâneo com a melhoria da qualidade de vida. O ano de
2014 será também um ano fundamental para um futuro
acordo climático em 2015, e é crucial que Portugal assuma as posições políticas mais adequadas a um desenvolvi-
Reforço de Potência da Barragem de Venda Nova III - Vieira do Minho
mento sustentável.
RELATÓRIO ANUAL 2013
3.4
Evolução Setorial
44
Depois de um ano com consequências gra-
A situação económica portuguesa beneficia de um enqua-
ves no setor da construção em Portugal, ten-
dramento mais favorável, traduzido numa quebra ligeira
do registado a pior performance das últimas
de 0,4% do PIB agregado da zona euro para o conjunto de
décadas, eis que 2013 conseguiu estabilizar
2013, sendo que no último trimestre do ano a economia da
a queda não agravando o cenário evolutivo
zona euro registou um crescimento de 0,3%, refletindo a
que até então se registava. Esta inversão no
inversão que se tem vindo também a verificar em Portugal.
clima económico reflete a alteração do sentimento vivido internamente apesar de ainda
À semelhança de 2012, em 2013 a redução do investimen-
vigorar, no país, um programa de ajustamen-
to em Portugal teve fortes repercussões no setor da cons-
to económico imposto pelos credores, cuja
trução, uma vez que resultou essencialmente da diminui-
conclusão se prevê para junho do corrente
ção do investimento público em construção, com quebras
ano, de acordo com a evolução negativa dos
de -66,1% nos transportes (essencialmente na REFER),
juros da dívida pública portuguesa (atual-
-74,3% na conservação e construção de edifícios na área
mente em níveis de 2010). As consequências
da saúde e -76,2% nos outros segmentos, com especial
deste programa no rumo económico do país,
destaque para o Parque Escolar, EPE. A redução do investi-
continuam a ter repercussões negativas ao
mento público conduziu também a uma redução no nível
nível do crescimento do produto, da taxa de
de execução dos fundos comunitários, que caíram 61%
emprego e do rendimento disponível das fa-
face a 2012, passando de 571 milhões de euros para 223
mílias, tendo reduzido o investimento públi-
milhões em 2013.
co e privado e o consumo das famílias.
A AECOPS congratula-se com a redução do défice públiComo anteriormente referido, a redução de
co verificado em 2013 mas chama a atenção para o fato
-1,4% do PIB em 2013 superou as previsões
dessa redução ter sido obtida através de um corte brutal
mais pessimistas das entidades oficiais, e
e não programado no investimento público. A associação
compara com os -3,2% registados em 2012.
defende ainda também que, se tivesse existido uma maior
A contribuir positivamente para PIB esteve
moderação no crescimento da despesa corrente, teria sido
principalmente o 4º trimestre tendo-se ve-
possível aproveitar os fundos comunitários e aumentar o
rificado um crescimento homólogo de 1,6%
investimento público, mantendo o défice, com efeitos fa-
em volume, o que não se verificava desde
voráveis no crescimento económico.
finais de 2010. Este valor trimestral corresponde mesmo a uma das mais altas taxas de
Em 2013 continuou a pontificar a insuficiente concessão
crescimento entre os estados membros da
de crédito às empresas e às famílias pelas instituições de
EU, sendo claramente superior a dois dos
crédito, quer por motivos inerentes ao próprio ajustamen-
motores da economia europeia, a alemã,
to imposto pelos reguladores internacionais através de
com 0,4% e a francesa, com 0,3%. A contri-
rácios de capital e de cobertura de crédito por depósitos
buir para o bom resultado do último trimes-
mais restritivos, quer no que se refere em particular ao se-
tre está associada uma recuperação da pro-
tor da construção, por este ser considerado como um dos
cura interna bem como o contributo positivo
setores a ajustar por excesso de capacidade instalada, to-
da procura externa líquida devido à acelera-
mando os sinais de desalavancagem ainda mais evidentes.
ção das Exportações de Bens e Serviços.
SOMAGUE SGPS
tratégias adequadas a um mercado interno
dores da crise que o País atravessa, e o Governo pretender
em retração estrutural. A reestruturação tem
alterar de forma radical, e num período demasiadamente
sido operada de forma transversal, afetan-
curto, o modelo de crescimento em que assentou Portugal
do quer as pequenas empresas quer as de
na última década, não tem havido preocupação em imple-
maior dimensão. Em consequência, o mer-
mentar medidas de auxílio a essa transformação, nomea-
cado futuro da construção em Portugal terá
damente, à internacionalização. Importa salientar que o
uma nova redefinição, muito mais reduzida
Estado permanece como o principal devedor do setor, sen-
em volume de atividade, dimensão e em nú-
do que, caso honrasse os compromissos anteriormente as-
mero em empresas do que a atual, onde se
sumidos, injetaria liquidez imprescindível à sobrevivência
espera que as que sobrevivam fiquem mais
deste tecido empresarial.
bem preparadas para enfrentar as condições
desafiantes que o setor irá manter e apro-
Decorrente da reestruturação do setor e como referido, um
veitar as poucas oportunidades que possam
número crescente de empresas têm sido impelidas a aban-
surgir interna e externamente.
donar a atividade, ou pelo menos o mercado nacional, neste caso procurando novos mercados, e a iniciar processos
de reorganização e reestruturação, implementando as es-
Alegro de Setúbal
RELATÓRIO ANUAL 2013
45
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
Apesar do setor ter sido identificado como um dos causa-
46
Expansão e Modernização do Porto da Praia II - Cabo Verde
No que respeita à internacionalização, única
Perante o enquadramento descrito, o setor da Construção
possibilidade de sobrevivência para as em-
não conseguiu inverter a tendência de queda, tendo o ín-
presas do setor na atualidade, o Governo co-
dice de produção na Construção registado uma variação
meçou a dar sinais de entender que a mesma
homóloga de -14,4% em dezembro de 2013 (variação de
representa uma forte componente exporta-
-15% no mês anterior). No conjunto do ano a variação mé-
dora, alinhada com a estratégia nacional de
dia anual situou-se em -16,3% ligeiramente superior à re-
aumento do peso das exportações no PIB,
gistada em 2012 (-15,5%).
e com maior incorporação de componente
nacional que muitas empresas produtoras
Atende-se que todos os segmentos da atividade regista-
dos chamados bens transacionáveis. Nesse
ram evoluções negativas em 2013. A mais intensa terá
sentido, o setor da construção apresenta já
ocorrido no segmento da construção de edifícios, que re-
percentagens substanciais da sua faturação
gistou um quebra de produção de -16,6%, tendo a que-
proveniente do estrangeiro, predominante-
bra acumulada deste segmento, entre 2000 e 2012, ultra-
mente de países emergentes como Angola,
passado os -73%. Já o segmento da engenharia civil terá
Moçambique, Brasil, entre outros.
contribuído para uma quebra similar de -16,0% (-17% em
SOMAGUE SGPS
mental para o setor irá atingir um novo míni-
to público.
mo histórico. Recorde-se que o ano de 2012
já tinha sido o pior dos últimos 39 anos, pre-
Apesar da variação negativa do índice, o valor homólogo
vendo-se agora que para encontrar um ano
mais baixo, nos vários segmentos de atividade, foi atingi-
com um consumo inferior ao de 2013 terá
do em março, pelo que se registou a inversão da tendência
que se recuar mais de quatro décadas.
de agravamento absoluto que se vinha a assinalar. Assim,
a queda no setor que se vem a assinalar, desde 2000, ul-
No que diz respeito ao número de licenças
trapassou já os -50%, vindo a perder, de forma expressiva
emitidas para a construção de edifícios ha-
e continua, a importância no tecido empresarial de outros
bitacionais, estes registaram em 2013 uma
tempos, como um dos setores com maior contribuição no
quebra, sendo, até setembro, de 6.948, cor-
PIB.
respondente a uma variação de -29,6% face
ao período homólogo acumulados. Apesar
No mercado de obras públicas verificou-se, até ao final de
da construção de habitação nova ter tido
outubro, adjudicações de obras no valor de 775,8 milhões
uma redução ainda mais acentuada, com
de euros, o que traduz uma quebra de 27,8% face aos mil
uma quebra de 35,3% dos fogos licenciados
milhões de euros adjudicados em igual período de 2012.
em edifícios novos, no 3º trimestre e face ao
Quanto aos concursos públicos abertos, verificou-se um
período homólogo, verifica-se um aumento
ligeiro acréscimo em termos homólogos, de 1,6%, para
de 6,3% no número de fogos licenciados,
1,5 mil milhões de euros. Relativamente aos edifícios não
situação que não se verificava desde o 2º
residenciais, e nos primeiros nove meses de 2013, verifi-
trimestre de 2010.
ca-se uma ligeira redução de 2,9% na área licenciada em
comparação com igual período de 2012, que se reduziu
No tocante à evolução do mercado de tra-
dos 1,57 para 1,52 milhões de m .
balho no setor, o emprego assegurado da
2
Construção foi, no 3º trimestre de 2013, de
Corroborando esta evolução, o índice de novas encomen-
apenas 288,9 mil trabalhadores (372,6 em
das na construção registou uma variação homóloga nega-
2012 e 447,8 mil em 2011), tendo-se regis-
tiva no 4º trimestre de 2013, diminuindo 30,2%. No 3º
tado uma diminuição em termos homólogos
trimestre de 2013 este índice tinha registado um aumen-
de -18,8%, equivalente a 66,8 mil postos
to de 19,2%. Segundo o INE, o comportamento do índice
de trabalho, correspondendo a uma taxa de
agregado de outubro a dezembro foi determinado pelo ín-
desemprego global no setor de aproximada-
dice do segmento de obras de engenharia, cuja variação
mente 23,1%. Em termos acumulados des-
homóloga passou de 59,9% no 3º trimestre para menos
de 2002, estamos perante a eliminação de
39,9% no trimestre seguinte.
319,7 mil empregos, ou seja, uma redução
de 53% da força de trabalho do setor.
Outros indicadores que explicam a contração sentida no
setor são as vendas de cimento, que registam uma quebra
O número de desempregados, oriundos des-
acumulada desde o início do ano e até outubro, de 25,2%
te setor, inscritos nos Centros de Emprego
(-27% em 2012, -15% em 2011 e -7% em 2010), o que
do IEFP, verificou em outubro, uma redução
vem confirmar que o consumo desta matéria-prima funda-
pelo oitavo mês consecutivo, para 93,5 mil
RELATÓRIO ANUAL 2013
47
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
2012), devido essencialmente à contenção do investimen-
48
pessoas, o que traduz uma redução de 6,6%
económica ajudar a inverter o cenário pessimista do setor.
face aos 100,1mil registados em 2012. Re-
Este perfil ascendente reflete a evolução projetada para o
duções desta magnitude, quer no número
setor privado, uma vez que deverá continuar a observar-
de empregos assegurados, quer no número
-se uma contração da atividade do setor público, embora
de desempregados, revela que fenómenos
progressivamente menor, em linha com a continuação do
como a emigração, aposentações, perda de
processo de consolidação orçamental. A estabilização do
direito a subsídio de desemprego, entre ou-
peso da procura interna a par da manutenção de um cres-
tros, estão a ter uma importância acrescida.
cimento robusto das exportações contribuirá também positivamente para o panorama económico nacional.
De acordo com os dados divulgados pela
Comissão Europeia, até outubro, observa-
Para o setor da construção em particular, a nível nacional,
-se uma recuperação de 1,3% do Indicador
assistir-se-á a uma estagnação do valor bruto de produção,
de Confiança médio Europeu, fruto de uma
após uma quebra de cerca de 15% em 2013, e à diminui-
queda de 1% no índice de carteira de en-
ção da taxa de desemprego, marcado pela continuação da
comendas e de um aumento de 2,9% das
reestruturação das empresas, com a eventual diminuição
perspetivas de emprego para os próximos
do número de insolvências. Associado a uma evolução
três meses. Os empresários da Construção
positiva do clima económico previsto, poderá também
portugueses têm vindo a aumentar o nível
estar relacionado uma melhoria nas condições de finan-
de confiança quanto à evolução do setor em
ciamento às empresas do setor, traduzido numa redução
Portugal, tendo registado, nos primeiros 10
das restrições no acesso ao crédito e de prémios de risco
meses de 2013, um aumento significativo do
(spreads), com implicação direta na liquidez das empresas.
Indicador de Confiança, em resultado quer
de uma melhoria da opinião sobre a carteira de encomendas, quer das perspetivas de
emprego.
Para 2014, as perspetivas para Portugal
e para o setor não são muito animadoras,
mantendo-se a necessidade de cumprimento das metas impostas pela Troika até ao
final do programa, tendo o Governo referido, para já, que não existirá alívio fiscal nos
tempos mais próximos, continuando por isso
a insistir em medidas que influenciarão negativamente o investimento público e o privado. Apesar das perspetivas do setor não
serem positivas, a taxa de crescimento do
PIB nacional previsto pelo Governo, Troika
e Banco de Portugal coincide nos 0,8%, podendo esta variação positiva da atividade
SOMAGUE SGPS
3.5
Somague Engenharia
3.5.1. Atividade Comercial
mente este facto não se refletiu ainda num
49
Tal como já se tinha verificado no ano transato, o ano de
contram ainda em níveis muito reduzidos;
2013 decorreu sob fortes medidas restritivas, fruto da po-
• Redução da taxa de desemprego, embora
lítica de contenção imposta pela Troika.
fatores como a emigração, aposentação e
perda do direito de subsidio possam não
Grandes restrições orçamentais na Administração Pública,
significar, na realidade, o aumento do nu-
sérias dificuldades de acesso ao crédito e uma conjuntura
mero de postos de trabalho.
económica desfavorável foram pois os fatores que caracterizaram o ano que agora finda.
Face a um contexto desta natureza, com a
quebra significativa do mercado interno, as
Num ano em que o consumo de cimento ficou abaixo do
empresas nacionais consolidam as suas es-
verificado antes de 1974, com a atividade da construção
tratégias de internacionalização, sobretudo
em Portugal a bater os níveis mais baixos de sempre, o Se-
em mercados extracomunitários, como os pa-
tor da Construção Civil está a sofrer um processo de con-
íses africanos de língua portuguesa e o Brasil.
tração excessivo, o que levou inclusive a FEPICOP a denunciar o estado de calamidade do Setor.
Consequência desta estratégia, que também
a Somague adota, verificou-se que apesar de
No final do ano todavia assistiu-se a alguns sinais positi-
todas as referidas dificuldades no plano inter-
vos, nomeadamente:
no, o total de Angariações em 2013 consegui-
• O aumento das intenções de investimento nas Obras Pú-
da pelo Grupo Somague foi o maior de sem-
blicas, sobretudo em vias de comunicação e obras hidráu-
pre, atingindo o valor de 945.378.087 euros,
licas lançadas pela Administração Central. Lamentavel-
conforme se detalha no quadro seguinte:
ANGARIAÇÕES SOMAGUE 2013
Somague Engenharia
Portugal
Moçambique
Brasil
Neopul
Somague Ediçor
Somague Angola
244.510.413 €
41.992.170 €
67.404.808 €
135.113.435 €
94.582.507 €
30.108.842 €
466.896.474 €
Somague MPH (Brasil)
CVC
Total
89.385.981 €
19.893.870 €
945.378.087 €
ANGARIAÇÕES SOMAGUE 2012
Total
448.547.170 €
DIFERENCIAL
%
+ 111
RELATÓRIO ANUAL 2013
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
aumento das adjudicações, as quais se en-
50
De referir que deste total apenas 72.031.012
Neste contexto e de acordo com a estratégia definida, irá
euros, ou seja, cerca de 7,6%, foram contra-
alargar-se a presença da Somague no mercado internacio-
tados em Portugal, pelo que neste ano a con-
nal, com a abertura de uma delegação no Gana, ao mesmo
tratação da Somague no exterior ultrapassa
tempo que se continuam a aprofundar os estudos e pros-
já os 90%.
peções de mercado nos restantes países eleitos como alvo
(Zâmbia, Guiné-Equatorial, Namíbia, Gabão e Irlanda do
Apesar de alguns sinais positivos que se fize-
Norte).
ram sentir no mercado nacional no final de
2013, não será de acreditar que no plano inter-
Em 2014, também a Noruega e a África do Sul, merecem
no 2014 seja muito diferente do ano passado.
uma atenção especial com vista à prospeção, identificação
e seleção de oportunidades com interesse para o Grupo da
As condicionantes à atividade do Setor, no-
Somague. No caso da África do Sul, o enfoque será dado às
meadamente no que se refere ao crédito às
oportunidades no setor ferroviário.
empresas e a escassez de investimento, deverão manter-se, não abrindo grandes pers-
Continuaremos a estar atentos a outros países sempre que
petivas para o próximo ano em Portugal.
se identifiquem oportunidades que possam vir a interessar
à Somague, quer pelo tipo de obra, quer pelo seu valor ou
Assim restará a aposta no Mercado Interna-
pelo cliente, especialmente naquelas em que a Somague
cional, solidificando a presença nos mer-
agregue valor (oportunidades “one shot”).
cados onde já estamos implantados e ao
mesmo tempo tentando abrir outros novos
Conforme anteriormente referido, as expectativas de an-
mercados, entretanto já identificados com
gariação de carteira continuarão depositadas no mercado
potencial.
exterior, pelo que, perante tal cenário, foram definidos
pela Administração os seguintes objetivos de angariação,
para o ano de 2014:
EMPRESA
OBJETIVO
Somague Engenharia Simples
Portugal
Brasil
Outros mercados
Somague Engenharia Participadas
Neopul
Portugal/Espanha/Brasil
Outros mercados
Ediçor
CVC
140.000.000 €
50.000.000 €
40.000.000 €
50.000.000 €
Somague Angola
Somague MPH
Somague Moçambique
Somague Togo
TOTAL
SOMAGUE SGPS
45.000.000 €
25.000.000 €
20.000.000 €
35.000.000 €
15.000.000 €
300.000.000 €
60.000.000 €
50.000.000 €
10.000.000 €
655.000.000 €
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
51
Reforço de Potência da Barragem de Venda Nova III - Vieira do Minho
3.5.2.Produção
O ano de 2013, como já referido, foi mais um ano em que a
Apesar da situação macroeconómica, as uni-
quebra de atividade no setor da construção se manteve em
dades de produção do Continente atingiram
Portugal, o que se manifestou na falta de lançamento de
os objetivos estabelecidos para o ano, graças
projetos de investimento e na degradação progressiva dos
a um conjunto de obras iniciadas e em curso,
preços das obras levadas a concurso. A manutenção desta
entre as quais se destacam as seguintes:
situação tem imposto às empresas portuguesas a procura
de soluções alternativas que lhes permitam manter a sua
• Data Center PT Covilhã
sustentabilidade. Estas soluções têm passado pelo desen-
• Barragem de Foz Tua
volvimento de atividades que incorporem construção e
• Reforço de Potência da Barragem de Venda
pela internacionalização nas respetivas áreas da especiali-
Nova III
dade, matéria que será abordada nos capítulos destinados
• Águas de Cascais
a cada participada.
• Novo Hospital Vila Franca de Xira
• Alegro Setúbal - Auchan
• Acuinova Mira
• ETAR de Alcântara
RELATÓRIO ANUAL 2013
3.6
Participadas
52
3.6.1. Somague Ediçor Engenharia, S.A.
Face aos condicionalismos que afetam o mercado nacional,
a Região continuou a apresentar-se como alternativa para
A Somague Ediçor Engenharia, S.A. exerce a
as empresas continentais, com consequente e expressivo
sua atividade exclusivamente na Região Au-
agravamento das condições de concorrência o que, asso-
tónoma dos Açores, posicionando-se como
ciado à forte retração que o setor da construção atravessa,
uma das maiores empresas regionais no se-
contribuiu para que no presente exercício se registassem
tor da construção civil e obras públicas.
níveis de atividade e de resultados manifestamente inferiores aos obtidos pela empresa nos últimos anos.
A atividade no exercício, localizada em sete
das nove ilhas da Região, totalizou cerca de
Neste contexto de dificuldades agravadas foi ainda assim
43,5 milhões de euros, tendo os resultados
possível, desenvolver uma agressiva atividade comercial,
antes de impostos, pela primeira vez na his-
traduzida na apresentação de 61 propostas no valor de
tória da empresa, registado prejuízos, conta-
cerca de 78 milhões de euros e na adjudicação de 18 em-
bilizados em cerca de 550 mil euros.
preitadas totalizando cerca de 30 milhões de euros, sendo
de relevar o facto de cerca de 60% deste valor correspon-
Para este volume de negócios contribuíram
der a contratos com entidades privadas.
essencialmente as áreas da construção civil
e urbanização, das obras marítimas/infraes-
Destas novas contratações e das contribuições de contra-
truturas portuárias e das infraestruturas am-
tos existentes, como resultado da plurianuidade de obras
bientais.
já tratadas, resulta uma carteira em 1 de janeiro de 2014
no valor de cerca de 29 milhões de euros.
Apesar do investimento público, que na Região é promovido essencialmente pelo Go-
No quadro seguinte apresentam-se os principais indicado-
verno Regional e pelas Autarquias, ser deter-
res da empresa (antes dos ajustamentos de consolidação
minante no setor da construção, a Somague
na Somague Engenharia):
Ediçor conseguiu desenvolver uma parcela
significativa da sua atividade no âmbito de
contratos privados, nomeadamente, nas áreas da habitação e da construção industrial.
(Unid: Euros)
2011
2012
2013
Volume de negócios
EBITDA
RAI
Resultado líquido
72.006.428
1.927.869
954.436
879.350
36.892.191
-606.735
214.799
22.542
43.563.455
-125.916
-550.789
-632.743
Cash flow
Ativo líquido
Capital próprio
Participação
1.980.497
46.895.099
12.680.027
100%
-220.110
42.678.978
11.847.286
100%
-5.191
44.455.195
11.186.003
100%
SOMAGUE SGPS
3.6.2. Neopul - Sociedade de Estudos e Construções, S.A.
Quanto aos resultados líquidos realizados
53
O ano de 2013 continuou a ser marcado por processos de
do uma quebra de 65% face ao ano anterior.
ajustamento económico nos mercados tradicionais onde a
A quebra dos resultados esteve também as-
Neopul tem presença (Portugal, Espanha e Irlanda), com o
sociada aos atrasos verificados no arranque
consequente reflexo na quebra do investimento público e
dos novos projetos.
no lançamento de novos projetos nesses mercados. Para
mitigar estes fatores e suportar a sua expansão, a empresa
Em termos de perspetivas futuras, a contra-
tem procurado angariar novos projetos em países que se
tação em 2013 da obra do CDN em Moçam-
encontram num outro estádio de crescimento, como são
bique, e também a obtenção dos primeiros
os casos de Moçambique, Brasil e Angola.
contratos no Brasil e em Angola, permite
sustentar com confiança a estratégia de cres-
Como consequência, o ano de 2013 ficará para a história da
cimento da empresa. No caso do Brasil, es-
Neopul como um ano recorde em termos de angariações,
pera-se que 2014 venha a ser um ano de
cujo valor atingiu os 94,6 milhões de euros. Deste valor,
consolidação da presença da Neopul, sendo
destaca-se a grande contribuição da obra do CDN - Corredor
que com esse objetivo foram já realizados
de Desenvolvimento do Norte (Nacala) em Moçambique.
em 2013 investimentos com equipamento
ferroviário pesado para esse mercado.
Apesar do excelente desempenho ao nível das angariações, o volume de negócios realizado no ano foi de 29,1
Ainda que a perspetiva de crescimento seja
milhões de euros, tendo registado uma quebra de 17,5%
maior nestes novos mercados, a empresa
face ao ano anterior. Esta quebra deveu-se essencialmente
não deixará de estar atenta às oportunida-
a atrasos verificados no arranque dos novos projetos an-
des que possam surgir nos seus mercados
gariados, situação da qual se espera recuperar em 2014.
tradicionais.
Duplicação do troço Canguera/Boa Vista - Brasil
RELATÓRIO ANUAL 2013
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
em 2013, foram de 371 mil euros, registan-
54
Em Portugal esperam-se desenvolvimentos
metro de Dublin (LUAS Crosscity), projeto para o qual o
do relatório final do grupo de trabalho para
grupo está já pré-qualificado.
as infraestruturas de elevado valor acrescentado, onde foram identificados oito im-
O futuro passa por incrementar e consolidar a atividade
portantes projetos ferroviários.
internacional da empresa, para que, em conjunto com
a continuidade das operações no mercado nacional, a
A evolução do mercado espanhol continuará
Neopul continue a manter uma posição relevante na
a ser acompanhada de perto, com particular
área da construção e manutenção das infraestruturas
atenção aos concursos a serem lançados em
ferroviárias.
2014 na área da manutenção ferroviária.
Os principais indicadores consolidados da empresa (antes
Quanto à Irlanda, irá ser dada particular
dos ajustamentos de consolidação na holding), são como
atenção ao projeto de ligação das linhas do
seguem:
(Unid: Euros)
2011
2012
2013
Volume de negócios
EBITDA
RAI
Resultado líquido
59.839.779
8.113.842
2.969.071
2.076.285
35.337.673
4.717.748
1.581.450
1.058.626
29.140.118
2.686.974
665.592
371.426
Cash flow
Ativo líquido
Capital próprio
Participação
5.841.337
80.896.316
14.840.130
100%
3.290.287
59.951.871
15.890.956
100%
1.998.192
54.655.709
16.262.382
100%
O quadro abaixo sintetiza os principais indicadores da
Neopul em Espanha (agregando a sua sucursal e UTE`s):
(Unid: Euros)
2011
2012
2013
Volume de negócios
EBITDA
RAI
Resultado líquido
25.330.886
-252.090
-2.246.391
-2.246.391
21.711.289
920.879
465.249
465.249
17.982.930
4.956.673
2.593.251
2.467.564
Cash flow
Ativo líquido
Capital próprio
Participação
-919.783
39.600.825
-2.246.391
100%
1.593.362
33.417.945
465.249
100%
3.592.481
27.440.323
2.467.564
100%
SOMAGUE SGPS
55
O quadro abaixo resume os principais indicadores da
(Unid: Euros)
2011
2012
2013
Volume de negócios
EBITDA
RAI
Resultado líquido
2.517.258
669.108
686.186
599.992
1.948.560
547.159
549.440
480.380
1.177.134
311.731
313.033
274.650
Cash flow
Ativo líquido
Capital próprio
Participação
686.186
2.194.637
968.074
100%
480.380
1.260.485
480.390
100%
274.650
972.068
379.506
100%
O quadro abaixo resume os principais indicadores do início da atividade da Neopul no Brasil:
(Unid: Euros)
2011
2012
2013
Volume de negócios
EBITDA
RAI
Resultado líquido
-
-
-
-
-
-
-
-
Cash flow
Ativo líquido
Capital próprio
Participação
-
-
-
-
-
-
-
-
822.620
504.829
241.102
202.218
202.434
1.774.371
202.218
100%
O quadro abaixo resume os principais indicadores do início da atividade da Neopul em Moçambique:
(Unid: Euros)
2011
2012
2013
Volume de negócios
EBITDA
RAI
Resultado líquido
-
-
-
-
-
-
-
-
Cash flow
Ativo líquido
Capital próprio
Participação
-
-
-
-
-
-
-
-
RELATÓRIO ANUAL 2013
3.468.252
58.263
5.736
5.736
5.736
3.512.072
5.736
100%
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
Neopul na Irlanda (agregando a sua sucursal e filial):
56
3.6.3. Somague Engenharia, S.A. - Sucursal
Foi sendo prestada especial atenção aos projetos do MSP
do Brasil/Somague MPH
- Metrô de São Paulo, da CPTM - Companhia Paulista de
Trens Metropolitanos, do DERSA - Departamento Rodoviá-
3.6.3.1.
Somague Engenharia, S.A. -
Sucursal do Brasil
rio S/A, do DNIT - Departamento Nacional de Infraestruturas Terrestres, do MIN - Ministério da Integração Nacional,
entre outros. Foram também estudadas algumas concor-
No decorrer do ano em análise, foi mantida
rências para clientes privados, as quais, por se revelarem
a estratégia delineada para atuação do Gru-
sem interesse, acabaram sendo abandonadas. Além das
po no mercado brasileiro, nas diversas áreas
obras que acabaram por ser ganhas, mereceu especial des-
onde a Somague se pode posicionar de for-
taque a exigente pré-qualificação para o conjunto de obras
ma diferenciada e competitiva. A aborda-
do trecho norte do Rodoanel e nas quais, após decorrida a
gem aos diversos projetos selecionados foi
licitação, a Somague acabou por não se sagrar vencedora.
sempre realizada através de parcerias com
Para o ano de 2014 estão programadas diversas concor-
empresas brasileiras de médio porte com
rências do setor metro-ferroviário, especialmente do MSP
credibilidade e experiência no mercado, e
e CPTM. Vai ser dada especial importância a estes clientes,
em que a Somague pode aportar as experi-
dado que o ano de 2014 se avizinha difícil em termos co-
ências de elevado nível tecnológico dos di-
merciais, por ser ano de eleições para os governos federais
versos projetos em que esteve envolvida e
e estaduais. Por tradição, em anos eleitorais privilegiam-se
disponibilizar quadros técnicos experientes.
mais as pequenas obras com visibilidade para as popula-
O sucesso que começou a verificar-se no ano
ções locais, adiando-se as grandes obras de infraestrutura.
de 2012 acabou por tornar-se mais evidente
no ano de 2013, com as bem-sucedidas con-
O ano de 2013, da mesma forma que os anos de 2011 e
tratações de novas obras.
2012, acabou sendo dececionante em termos de grandes
licitações públicas e privadas. O momento de turbulên-
A juntar ao contrato com o MSP - Metrô de São
cia internacional vivido, somado a dificuldades internas
Paulo, da Estação Vila Prudente, a Somague
do país, que cresceu a um ritmo menor que o esperado,
angariou quatro novas obras: duas para o me-
fez com que os grandes projetos previstos, com interes-
tro de São Paulo, na linha 15 - prata, e duas
se para a Somague, fossem adiados. Apesar da redução no
para o Ministério da Integração Nacional, nas
lançamento de concursos, a Somague apresentou diversas
obras de transposição do Rio São Francisco.
propostas comerciais, concretamente para o MSP - Metro
O sucesso na execução destes contratos tem
de São Paulo e para o Ministério da Integração Nacional.
sido evidente, assim como a satisfação do
Diversos clientes importantes do segmento de obras pú-
cliente Metro de São Paulo, uma vez que, das
blicas continuam paralizados, coomo é o caso da VALEC,
diversas linhas programadas para entrada em
DERSA e SEP - Secretaria Especial de Portos. Ainda para o
serviço no ano de 2014, a estação Vila Pru-
MSP - Metro de São Paulo e CPTM - Companhia Paulista de
dente faz parte de um reduzidissimo número
Trens Metropolitanos, a Somague apresentou bem-sucedi-
de contratos metroviários onde o Governo do
das pré-qualificações que lhe permitirão a participação em
Estado atingirá as suas metas.
licitações previstas para o início do ano de 2014.
SOMAGUE SGPS
57
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
Metrô de S. Paulo - Estação de Vila Prudente - Brasil
Durante o ano de 2013 a Somague, por decisão estratégica,
cesso de aumento das valências da Somague
não esteve envolvida em projetos estruturados. As opor-
junto do CREA, tendo aumentado muito o nú-
tunidades continuam sendo mapeadas e analisadas, mas
mero de acervos que a Somague tem regis-
estiveram fora de foco, exceção feita às concessões hospi-
tados no CREA, hoje mais de uma centena. O
talares. Estas últimas, não só pelas exigências financeiras
sucesso alcançado nesta área, com um cada
menos pesadas, mas principalmente pela elevada expertise
vez maior número de obras acervadas, tem
da Somague nestes processos, fizeram com que se tornas-
vindo a permitir a empresa participar num
sem merecedoras de atenção. Diversas empresas brasilei-
cada vez maior número de licitações, já que
ras procuram a Somague para possíveis parcerias no setor.
estas normalmente vêm associadas a fortes
exigências técnicas, apenas possíveis de de-
Durante o ano de 2013 foram mantidos atualizados
monstrar por atestação registada nesse ór-
os cadastros da Somague junto dos grandes clientes
gão. Paralelamente, e naqueles serviços mui-
brasileiros, como a Vale e Petrobrás, o que permitirá
to específicos do mercado brasileiro para as
abraçar novas oportunidades não só no Brasil, mas,
quais a Somague Engenharia não possui ates-
também, no mercado internacional, com destaque para a
tação, foram identificadas e intensificadas as
Vale no mercado africano.
relações com outras empresas do mercado
que possuem esses acervos que nos comple-
Ainda no âmbito do alargamento da capacitação da empre-
mentam.
sa para atuação no mercado brasileiro, prosseguiu o proRELATÓRIO ANUAL 2013
58
A juntar à obra de Construção da Estação Vila
3.6.3.2. Somague MPH
Prudente, iniciada junho de 2012 foram assinados, em junho de 2013 dois novos con-
A Somague MPH manteve em 2013 a sua estratégia de
tratos com o metro de São Paulo, relativos à
crescimento, respeitando o objetivo que lhe tinha sido
construção de sete estações e um pátio de
definido anteriormente de diversificar e aumentar as suas
manobras na linha 15. Nestes dois novos con-
obras em carteira, em clientes que se revelassem estraté-
tratos, além da S.A. Paulista, a Somague tem
gicos para a empresa.
como parceira a firma argentina Benito Roggio y Hijos. A Somague vem tendo um bom
Destaca-se a angariação, no início do ano, do contrato de
desempenho nestas obras. Também em ju-
Expansão do Shopping Center Praia de Belas, em Porto
nho de 2013 foi assinado o contrato de cons-
Alegre, no valor de 27,5 Milhões de Reais. Este contrato,
trução das Metas 1L e 2L da Transposição do
firmado com a maior referência de Shoppings no Brasil,
Rio São Francisco, tendo a Somague uma par-
o Iguatemi Empresa de Shopping Centers, S.A., permitiu
ticipação de 50% no Consórcio São Francisco
à Somague MPH fechar dois novos contratos no final do
Leste, formado para a execução deste contra-
ano, o contrato de Expansão do Shopping Center Iguatemi
to. Ainda no ano de 2013 a Somague passou
Porto Alegre e o contrato de Expansão do Prédio Garagem
a participar no projeto da responsabilidade
Shopping Center Iguatemi Porto Alegre, que no seu con-
de outro consórcio relativo à execução da
junto totalizam 141,5 Milhões de Reais.
Meta 3L, tendo uma participação de 13,3%.
Os dois contratos da transposição do Rio São
A empresa manteve-se igualmente presente na constru-
Francisco decorrem a bom ritmo. Ambas as
ção de armazéns industriais, tendo iniciado em 2013 os
obras possuem grande mediatismo.
trabalhos da última fase do projeto de Construção do Centro Logístico de Ribeirão Preto para a Global Logistic Pro-
A estrutura organizacional manteve-se e
perties, projeto global iniciado em 2011. Igualmente para
permanece atenta a diversas oportunidades
este cliente, foi firmado um contrato de 57,7 Milhões de
detetadas e previstas, seja de infraestrutura
Reais para a construção do Centro Logístico REC, Gravataí,
seja de edificações, para clientes públicos
no estado do Rio Grande do Sul.
ou privados. O aumento da atividade do grupo no Brasil verificado em 2013 teve como
Em 2013 concluiu a Somague MPH algumas obras inicia-
consequência o acréscimo do número de
das anteriormente, nomeadamente o Centro Logístico de
trabalhadores, dos quais, em termos de ex-
Louveira, no Estado de São Paulo e a escola de línguas
patriados, já ultrapassa os cinquenta.
“Cultura Inglesa”, na cidade de São Paulo.
Para o futuro, mantêm-se legítimas as ex-
O crescimento acelerado da atividade da empresa em
pectativas relativas aos diversos programas
2013 e a previsão de manutenção desta tendência para os
e projetos mencionados, salientando-se as
próximos anos obrigaram a um reforço da sua estrutura de
oportunidades decorrentes das necessidades
apoio de sede, de 24 colaboradores em 2012 para 40 no
de investimento em infraestrutura no merca-
final de 2013. A Somague MPH procurou melhorar os seus
do brasileiro, especialmente após ser ultra-
procedimentos e sistemas, promovendo uma maior inte-
passada esta fase de menor crescimento.
gração dos sistemas da Somague Engenharia à realidade
SOMAGUE SGPS
local. Para o efeito contratou dois importantes consultores
59
3.6.3.3. Indicadores
legislação fiscal e trabalhista brasileira. Estes projetos es-
Os principais indicadores relativos à ati-
tarão concluídos em 2014.
vidade desenvolvida no Brasil, agregando
Sucursal e participação na Somague MPH
O exercício económico que se inicia continuará a ser um
(antes dos ajustamentos de consolidação na
período de consolidação da Somague MPH no mercado
Somague Engenharia), são como seguem:
brasileiro e melhoria dos resultados, esperando-se atingir
no final de 2014 a meta dos 300 Milhões de Reais de Atividade equivalente. A empresa pretende igualmente diversificar o seu volume de negócios, construindo unidades
hospitalares, residenciais e hoteleiras.
(Unid: Euros)
2011
Volume de negócios
EBITDA
RAI
Resultado líquido
Cash flow
Ativo líquido
Capital próprio
Participação
2012
2013
0
-1.056.557
-682.693
-682.693
2.988.455
-1.166.440
-1.295.009
-1.295.009
24.445.808
3.413.503
-361.149
-361.149
-620.245
6.874.421
4.842.749
100%
-1.238.398
5.657.622
2.906.811
100%
-273.342
7.450.261
-361.149
100%
Centro Logístico Brasil - CLB - Brasil
RELATÓRIO ANUAL 2013
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
locais para a adaptação do seu sistema informático (SAP) à
60
3.6.4. Somague Engenharia, S.A. - Sucursal
de Espanha
Durante o ano de 2013 mantiveram-se as
tarefas de acompanhamento do período de
garantia contratual nas várias obras concluídas.
No último trimestre, concluíram-se os trabalhos de construção do terminal de cruzeiros
de Valência, incluídos na ampliação do porto, obra em que participámos integrados em
agrupamento complementar de empresas,
com uma quota de 12%.
No quadro seguinte apresentam-se os principais indicadores da sucursal (antes dos
ajustamentos de consolidação na Somague
Engenharia):
(Unid: Euros)
2012
2013
Volume de negócios
EBITDA
RAI
Resultado líquido
2011
964.502
313.280
-1.373.086
-1.373.086
236.803
224.820
-216.981
-216.981
194.549
-306.601
51.968
51.968
Cash flow
Ativo líquido
Capital próprio
Participação
449.260
6.312.633
-1.373.086
100%
464.660
6.616.217
2.690.075
100%
-128.353
2.901.356
51.968
100%
SOMAGUE SGPS
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
61
Terminal de Cruzeiros de Valência - Espanha
3.6.5. CVC - Construções de Cabo Verde, S.A.R.L./
de obras estruturantes para o país, como as
Somague Engenharia, S.A. - Sucursal de Cabo Verde
Empreitadas associadas aos Projetos de reabilitação portuária e rodoviária, bem como
O ano de 2013, conforme era esperado, atendendo ao ce-
os de reabilitação urbanística e habitação
nário de crise internacional e na mesma linha dos anos an-
social. Em 2012 e 2013, notou-se uma for-
teriores, foi pouco interessante em termos de investimen-
te diminuição do investimento público as-
to privado e de investimento público, mantendo-se baixo
sociado à crise financeira internacional e à
o nível de expetativa de atividade das construtoras locais
tentativa de refrear o crescimento da dívida
e estrangeiras que operaram no país.
pública.
Nos anos de 2006, 2007 e 2008, Cabo Verde registou uma
A produção de betão pronto e de inertes
forte atração de investidores externos na área imobiliária/
mostrou-se
turística, gerando a programação e em alguns casos a cons-
te para a empresa, devido às necessidades
trução de grandes projetos em várias ilhas, principalmen-
de fornecimento destas matérias para Em-
te na Ilha do Sal, Boavista, Santiago e São Vicente. A nível
preitadas da CVC e da Somague Engenharia
de concretização destes projetos, destacam-se as ilhas do
Cabo Verde. Contudo, regista-se que a oferta
Sal e Boa Vista, as quais detêm o maior potencial turístico.
instalada, face à tendência decrescente da
Com a crise no sistema financeiro mundial, esses investi-
demanda, aponta para o amadurecimento
mentos, principalmente no ramo imobiliário conheceram
acelerado de tais setores. A ponderar a ma-
uma forte retração desde 2009, a qual se manteve até final
nutenção destas unidades de produção e
de 2013, ano em que praticamente não houve investimen-
iniciar a assunção de contratos de forneci-
to no ramo da imobiliária turística e construção de hotéis.
mento com outros players locais para avalia-
moderadamente
interessan-
ção do interesse na manutenção de tais seEm relação ao investimento público, este conheceu, desde
tores bem como das consequências a curto e
2008 até 2011 um significativo esforço, com o lançamento
médio prazo de tal decisão.
RELATÓRIO ANUAL 2013
62
CVC - Construções de Cabo Verde, S.A.R.L.
O esforço comercial empreendido permitiu à CVC angariar
apenas uma obra no montante de 19.893.870 euros, car-
A atividade desenvolvida no ano de 2013
teira a executar em 2014, facto que, confirma o impacto do
resultou numa performance financeira su-
contexto macroeconómico e internacional adversos e con-
perior à de 2012 e melhor que nos anos
sequente diminuição do interesse neste mercado. A ativi-
anteriores, apesar do investimento realiza-
dade prevista para 2014 é de apenas 7.900.000 euros.
do em recuperação de equipamentos para
cumprimento dos compromissos assumidos
A obra angariada em 2013 foi:
e da expetativa de margens brutas reduzi-
• Habitação Social - Casa para Todos Praia 8.1
das, hoje praticadas devido à saturação do
mercado da construção civil em Cabo Verde.
Somague Engenharia, S.A. - Sucursal de Cabo Verde
Continuou, também, a verificar-se que a boa
A Somague Engenharia - Sucursal de Cabo Verde iniciou
gestão contratual das obras em curso pro-
a sua atividade em Cabo Verde em dezembro de 2008, na
porcionou à CVC uma boa saúde financeira,
sequência da angariação da obra de Expansão e Moderni-
sem necessidade de recorrer à banca para
zação do Porto da Praia Fase 1.
financiar o arranque das obras angariadas,
sendo que a empresa mantém o controlo da
No ano de 2010, foram assinados (em consórcio), o contra-
sua situação patrimonial e apresenta resul-
to para a execução dos edifícios de apoio ao mesmo Porto e
tados financeiros satisfatórios.
cuja quota-parte da Somague Sucursal ascende a aproximadamente 5,8 milhões de euros e o contrato da obra de Ex-
Face à mais do que certa quebra de atividade
pansão e Modernização do Porto de Sal Rei, na Boavista, cuja
no presente ano e 2015, está a ser prepara-
quota-parte da Somague Sucursal é de 16 milhões de euros.
do um processo de despedimento coletivo a
mais de quinze colaboradores e a reestrutu-
Ainda em consórcio, a empresa angariou a segunda fase do
ração da empresa, com vista a evitar custos e
Porto da Praia, cujo concurso foi lançado no final de 2009,
desperdícios com pessoal não alocado a ati-
cabendo-lhe a quota-parte de 27 milhões de euros.
vidades produtivas, bem como otimizar ao
máximo a estrutura da empresa, adaptando-
A atividade desenvolvida pela sucursal em 2013 foi de
-a a uma nova realidade, que veio para ficar.
17.908.640 euros, obtendo um resultado líquido de
O volume de negócios desenvolvido pela
2.458.061 euros.
CVC em 2013 atingiu os 11.823.059 euros, a
que correspondeu um resultado líquido po-
A atividade para 2014 estima-se em 17.078.241 euros por
sitivo no valor de 1.546.769 euros.
força da adenda à obra do Porto da Boavista assinada no
decorrer de 2013.
De salientar que o volume de negócios da
empresa inclui também a rentabilização das
estruturas industriais existentes na empresa, nomeadamente, instalações de britagem
e centrais de betão.
SOMAGUE SGPS
63
Os principais indicadores relativos à atividade desenvolviajustamentos de consolidação na holding), são como seguem:
(Unid: Euros)
2011
2012
2013
Volume de negócios
EBITDA
RAI
Resultado líquido
41.866.874
2.238.471
1.783.981
1.238.571
26.248.888
2.595.969
2.267.715
1.626.670
29.649.451
5.949.955
5.454.074
4.004.830
Cash flow
Ativo líquido
Capital próprio
Participação
1.819.170
25.625.821
4.767.079
90,30%
2.078.849
27.417.931
5.190.303
90,30%
4.459.451
36.162.970
7.614.532
90,30%
Nota: os indicadores incluem os valores da Sucursal de Cabo Verde, a
percentagem de participação 90,3% diz respeito à participação na CVC.
Expansão e Modernização do Porto da Praia II - Cabo Verde
RELATÓRIO ANUAL 2013
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
da em Cabo Verde, agregando Sucursal e Filial (antes dos
64
3.6.6. Somague Angola - Construções e
acordo com o OGE aprovado para 2014 deverá atingir AOA
Obras Públicas, Lda./Somague Engenharia,
1.701 mil milhões e que a serem realizadas representarão
S.A. - Sucursal de Angola
um aumento de cerca de 50% em relação a 2013. A grande
prioridade é a renovação e melhoria das infraestruturas in-
O Ano de 2013 em Angola ficou assinalado
dispensáveis ao desenvolvimento económico e social que
pela confirmação do sucesso da política de
estimulem o aumento e diversificação da atividade eco-
estabilização macroeconómica encetada em
nómica por forma a tornar o processo menos vulnerável e
2009 no âmbito do Acordo Stand-By cele-
mais sustentável, resultando num aumento do emprego e
brado com o FMI e que durante os três anos
melhoraria do bem-estar da população.
em que o programa esteve em vigor já tinha
conhecido assinaláveis progressos.
Fora do setor petrolífero, a economia angolana vai registar um crescimento progressivo, destacando-se o setor da
Todas as variáveis que sinalizam o processo
construção e o início da produção de gás natural liquefeito
de estabilização (inflação, taxa de câmbio,
(GNL) no valor de USD 9.000 milhões que poderá causar
nível de reservas em divisas internacionais,
um impulso considerável do PIB da economia angolana
saldo das contas públicas) evidenciaram em
em cerca de 2%. O objetivo é diminuir a dependência do
2013 um desempenho convergente no sen-
setor petrolífero uma vez que esta situação acarreta dois
tido do reforço do processo de melhoria da
problemas, por um lado a economia fica mais vulnerável a
gestão das finanças públicas, desenvolvi-
choques externos, por outro é um setor que não é intensi-
mento do setor financeiro e diminuição da
vo em mão de obra pelo que cria pouco empregos e, logo,
pobreza, em boa parte como resultado da
distribui pouco a riqueza pela população.
manutenção de adequadas políticas, monetária e orçamental.
No que respeita à taxa de Inflação, manteve-se a trajetória de desaceleração observada nos últimos anos. Esta
Em 2013, Angola terá registado uma taxa de
situou-se abaixo da meta dos 10% conforme definido
crescimento real do PIB em torno de 5,1%,
pelo Executivo, registando uma variação média de 7,94%
abaixo dos 7,1% projetados no Plano Nacio-
e deixando antever a possibilidade de ficar abaixo dos 8%,
nal de Desenvolvimento para 2013 - 2017.
alcançando assim um novo mínimo histórico. Para 2014, a
Esta contração terá sido motivada pelo de-
prioridade é a manutenção deste indicador estando pre-
sempenho fraco do setor petrolífero deriva-
visto uma inflação entre os 7% e os 9%.
do da redução do preço do petróleo nos mercados internacionais, cujo crescimento não
Relativamente à taxa de câmbio, de referir as alterações
deverá superar 1%, enquanto os setores não
ao regime cambial aplicável às empresas petrolíferas que
petrolíferos terão crescido entre 6 e 6,5%. A
obriga estas empresas a executarem pagamentos através
estimativa de crescimento do PIB para 2014
de instituições financeiras locais e em moeda nacional,
é de 8,8%, estimando-se 4,5% para o setor
tendo-se verificado no segundo semestre um considerá-
petrolífero e 9,7% para o setor não petrolí-
vel abrandamento do ritmo de venda de divisas pelo BNA
fero. A esperada aceleração da atividade está
aos bancos. A política cambial desempenhada pelo Banco
influenciada por uma forte expansão das
Nacional de Angola, que se traduziu num nível de reservas
despesas de investimento do Estado que de
perto dos 33 mil milhões de dólares (superior em 2,4 mil
SOMAGUE SGPS
As Autoridades Angolanas mantêm os esfor-
permitiu manter a estabilidade do Kwanza face ao dólar
ços no sentido de diminuir a utilização de
norte-americano em torno de USD/AOA 97,5, terminando
dólares (desdolarização) na economia atra-
no final de dezembro em 97,6. A taxa EUR/AON apresen-
vés da adoção de restrições a empréstimos
tou novamente grande volatilidade durante todo o ano de
em moeda estrangeira e desenvolvimento
2013, atingindo um mínimo de 123,22 em abril e o máxi-
de um programa de redução de exposição
mo de 134,94 em outubro, terminando o ano em 134,39,
dos bancos a moeda estrangeira, propician-
com uma média de 123,53. Face ao Dólar, o Euro inverteu a
do deste modo a adoção de políticas mais
trajetória de depreciação, terminado o ano em 1,38.
voltadas para o desenvolvimento económico na medida em que viabilizam um maior
esforço financeiro em projetos de construção/renovação de infraestruturas básicas.
Terminal Marítimo do Porto de Luanda - Angola
RELATÓRIO ANUAL 2013
65
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
milhões de dólares ao valor registado no final de 2012),
66
No capítulo das contas públicas há que des-
líbrio das finanças públicas, serão determinantes para cal-
tacar o facto de o défice orçamentado para
cular as necessidades de infraestruturas a levar a cabo.
2013 não se ter concretizado, as estimativas
do FMI apontam mesmo para um ligeiro supe-
Um dos grandes projetos atualmente em curso é a Cons-
ravit equivalente a 0,1% do PIB, facto expli-
trução da Refinaria do Lobito que deverá estar concluída
cado pela baixa taxa de execução do Progra-
entre 2017 e 2018 e que vai permitir acabar com importa-
ma de Investimentos Públicos (não superior
ção de combustíveis, acrescentar valor ao petróleo bruto
a 60% do valor orçamentado) que terá sido
produzido em Angola e contribuir para o desenvolvimento
consequência de constrangimentos adminis-
da economia nacional.
trativos na gestão do processo de despesa,
isto é, devem-se supostamente a dificulda-
O ano de 2013 foi um ano de consolidação da estratégia
des de planeamento e não a necessidades
de negócio implementada em Angola. No decorrer do ano,
de caixa. Esta situação acontece depois de 3
deu-se a transformação da Somague Angola - Construção e
anos sucessivos com excedentes que contri-
Obras Públicas, Lda. em Sociedade Anónima com o aumen-
buíram para reforçar a situação financeira de
to do capital social.
Angola, estando previsto para 2014 um défice orçamental de AOA 630 mil milhões (3,8%
As obras que mais contribuíram para a atividade da
do PIB), num quadro de esperada aceleração
Somague em Angola em 2013 foram as seguintes:
da atividade económica.
Somague Engenharia - Sucursal Angola
Está prevista a entrada em vigor no 1.º tri-
• Construção da 3ª fase do Aeroporto da Catumbela
mestre de 2014 da nova pauta aduaneira
• Construção da 2ª fase do Instituto Médio de Artes
que tem como objetivo a proteção da indústria nacional. Neste sentido esperam-se
Somague Angola - Construção e Obras Públicas, S.A.
subidas no nível de preços dos produtos im-
• Construção do Complexo Kinaxixi
portados entre 8% e 20%. Convém ter pre-
• Construção da Marina da Baia de Luanda
sente que a maioria dos projetos infraestru-
• Construção do Aeroporto do Namibe
turais faz apelo a uma elevada componente
• Construção do Complexo Kinaxixi - Acabamentos
importada, tanto em bens de equipamento
• Construção de Residências Beco do Balão
como serviços especializados, tornando in-
• Remodelação das Ex. Instalações do Tribunal Constitu-
dispensável a manutenção de uma posição
cional
aduaneira confortável para que possam ser
realizados sem perturbações.
No ano de 2013, o volume de negócios gerado pelas duas
empresas rondou os 246 milhões de euros. O resultado lí-
Os esforços desenvolvidos para garantir um
quido de 2013 foi de 15.704.307 euros, correspondendo a
maior planeamento, destaca-se o Programa
um crescimento de 42% face ao ano anterior.
de Investimentos Públicos (PIP) e a preparação dos censos em 2014 (primeiro recenseamento da população desde 1970), assim
como o interesse público em garantir o equiSOMAGUE SGPS
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
67
Aeroporto do Namibe - Angola
Em 2013, das obras adjudicadas, destacam-se as seguintes:
Para 2014 prevê-se uma atividade de cerca
de 378 milhões de USD.
• Construção do Terminal Oceânico no Soyo no valor de
86,6 milhões de USD
• Construção do Parque de Armazenamento de Malange
no valor de 74,3 milhões de USD
Em dezembro de 2013, as duas empresas
englobavam 763 colaboradores, sendo 575
colaboradores locais e 188 expatriados.
• Construção do Complexo Kinaxixi - Acabamentos no valor de 206,4 milhões de USD
• Construção do Aeroporto do Namibe no valor de 19,2
milhões de USD
• Construção da estrutura do Edifício da CUCA no valor de
Os principais indicadores relativos à atividade desenvolvida em Angola, agregando
Sucursal e Filial (antes dos ajustamentos de
consolidação), são como seguem:
30,0 milhões de USD
• Construção do Palmeiras Solar, no valor de 11,9 milhões
de USD
(Unid: Euros)
2011
2012
2013
Volume de negócios
EBITDA
RAI
Resultado líquido
199.641.185
16.701.675
13.040.713
8.476.463
286.519.522
24.147.391
18.246.737
11.651.399
245.982.360
33.292.424
23.225.303
15.704.307
Cash flow
Ativo líquido
Capital próprio
Participação
10.042.355
293.741.656
14.841.708
100%
16.726.801
378.371.342
22.013.397
100%
16.798.524
435.700.528
46.972.819
100%
RELATÓRIO ANUAL 2013
68
3.6.7. Somague Moçambique, Lda.
O ano de 2013 ficou marcado pela contratação da obra do CDN - Corredor de Desenvolvimento do Norte (Nacala), empreitada
de 228.062.961 USD, e que consiste na execução de trabalhos de reabilitação da infraestrutura e superestrutura da secção 6 e 7
Parte 1 e da secção 7 parte 2, no troço de
Brownfield-Moçambique da Ferrovia Corredor de Nacala.
Corredor de Nacala - Moçambique
Com a assinatura do contrato da obra do
De acordo com os últimos dados oficiais conhecidos, as
CDN em abril de 2013, a atividade da em-
estimativas para os anos 2013 e 2014, são de 8,5% e 8%,
presa centrou-se essencialmente na mobili-
respetivamente. Este desempenho está relacionado com o
zação e preparação dos meios necessários a
aumento da exploração e produção de minérios, em espe-
execução da empreitada, tendo o arranque
cial o carvão, e com a implementação de grandes projetos
da produção acontecido em outubro.
de infraestruturas.
Sendo Moçambique um país em franca ex-
Em contraciclo existe uma redução nos fluxos das ajudas
pansão económica, mas com limitadas in-
externas de apoio à segurança social, combate à pobreza e
fraestruturas para suportar o crescimento
apoio ao desenvolvimento humano, o qual afeta o equilí-
económico e apoiar projetos de grande di-
brio orçamental das finanças públicas, originando um dé-
mensão, existem, naturalmente, oportunida-
fice orçamental de 8.2% em 2012, e uma estimativa de
des para a angariação de novos projetos de
9,2% para 2013 e 9,5% para 2014.
construção. Durante o ano de 2013 efetuaram-se diversos contactos comerciais, dos
No quadro seguinte apresentam-se os principais indicado-
quais deveremos colher resultados durante
res da empresa (antes dos ajustamentos de consolidação
o ano de 2014.
na Somague Engenharia):
(Unid: Euros)
Volume de negócios
EBITDA
RAI
Resultado líquido
Cash flow
Ativo líquido
Capital próprio
Participação
SOMAGUE SGPS
2011
2012
2013
-295.028
-285.639
-285.639
-187.478
-208.333
-208.333
6.738.103
-840.348
-1.519.759
-1.519.759
-273.996
2.015.417
313.082
100%
-189.840
1.583.337
70.600
100%
-1.229.645
19.002.070
-1.447.183
100%
3.6.8. Somague Engenharia, S.A. - Sucursal da Irlanda
A Somague continua também atenta às opor-
69
O ano de 2013 continuou a ser marcado por processos de
mantendo para isso ativa uma parceira com
ajustamento económico no mercado irlandês. A previsão
uma empresa local.
de crescimento inicial de 1,8% foi revista em baixo e a
estimativa final é que a taxa de crescimento do PIB fique
Em termos económicos, as estimativas para
muito próximo de 0% (Department of Finance).
2014 do Department of Finance apontam
para um crescimento do PIB de 1,8%. A Ir-
A atividade da Somague neste mercado continuou centrada
landa assinalou em dezembro o fim do pro-
na gestão dos períodos de garantia dos contratos concluí-
grama de ajuda da Troika e a economia pa-
dos em 2010, nomeadamente, extensão da Linha do Metro
rece estar a dar sinais de recuperação e de
Ligeiro de Dublin (LUAS B1-400) e a autoestrada N7 entre
aumento de confiança.
Nenagh e Castletown (parte do corredor Dublin - Limerick).
A Somague vai por isso continuar atenta ao
Em termos de perspetivas futuras, a Somague, em associa-
mercado e disponível para analisar novos
ção com uma empresa local, conseguiu a pré-qualificação
projetos, aproveitando dessa forma para ca-
para o LUAS Crosscity, que corresponde ao projeto de liga-
pitalizar toda a experiência e conhecimen-
ção entre as linhas Norte e Sul do Metro Ligeiro de Dublin.
tos adquiridos sobre o país.
O processo de concurso irá desenvolver-se durante o ano
de 2014, sendo o vencedor anunciado no último trimestre
No quadro seguinte apresentam-se os prin-
do ano.
cipais indicadores da empresa (antes dos
ajustamentos de consolidação na Somague
Engenharia):
(Unid: Euros)
2011
2012
2013
Volume de negócios
EBITDA
RAI
Resultado líquido
11.592.487
4.199.282
4.351.818
3.807.841
2.067.426
873.787
360.179
313.431
380.180
-85.212
115.424
100.996
Cash flow
Ativo líquido
Capital próprio
Participação
3.807.841
17.858.713
3.807.841
100%
313.358
4.571.555
313.431
100%
100.996
4.098.992
100.996
100%
RELATÓRIO ANUAL 2013
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
tunidades no mercado da Irlanda do Norte,
70
3.6.9. Soconstrói PMG, S.A.
2013 - o esforço de comercialização centrou-se no arrendamento das moradias unifamiliares que o compõem. Des-
No decurso do ano de 2013, a atividade da
te modo e ao longo do ano, foram colocadas em arrenda-
Sociedade centrou-se uma vez mais na ges-
mento 17 unidades, 12 das quais arrendadas diretamente,
tão e potenciação dos respetivos ativos imo-
para subarrendamento, à Câmara Municipal de Reguengos
biliários.
de Monsaraz no início do 4º trimestre do ano.
De facto, a estratégia no decurso do ano de
Em conclusão desta estratégia e no Continente, a Sociedade
2013, centrou-se na alienação, mesmo que
alcançou em 2013 um valor global de escrituras de 225.000
com prejuízo, dos ativos cuja expectativa de
euros e um valor global de rendas efetivamente cobradas
curto e médio prazo seria apenas a de con-
próximo dos 30.000 euros, números que tendo em conta,
sumirem recursos, e na rentabilização dos
por um lado a natureza e valor diminuto dos ativos em cau-
ativos, que em conjuntura adversa à venda
sa e por outro, as circunstâncias particularmente recessivas
pela diminuição do rendimento disponível
do respetivo mercado alvo, não podem deixar de ser con-
das famílias em simultâneo com a escassez
siderados como assaz satisfatórios. Já nos Açores, foi con-
e custo do crédito, ainda assim tinham po-
cretizada uma escritura no Empreendimento Lameirinho IV.
tencial para arrendamento.
No tocante aos terrenos para construção da sua propriedaTendo presente este enquadramento e no
de ou sob a sua gestão, o de Polima, concelho de Cascais,
âmbito de uma campanha dirigida aos cola-
e do Malhapão, concelho de Loures, este último pertença
boradores do Grupo em que a Sociedade se
da sua participada Soconstrói Engenharia, Lda., o ano de
insere, foi possível vender dois lotes de terre-
2013 foi uma repetição do que havia sido o ano de 2012
no em Figueira de Castelo Rodrigo e um lugar
ou seja, uma escassa apetência do mercado imobiliário
de estacionamento na Av da Liberdade, qual-
que compra para transformação, designadamente quan-
quer um deles no ativo da Sociedade há mais
do perante terrenos localizados em zonas suburbanas. No
de uma década e apenas somando custos.
contexto, a Sociedade optou por não empreender grandes
diligências tendentes à respetiva venda, desde logo para
Também numa estratégia concertada com a
não malbaratar algum potencial de interesse, que os mes-
sua acionista única e através da compensa-
mos possam vir a suscitar num mercado futuro com maior
ção de débitos e créditos recíprocos, foi pos-
apetência para ativos com semelhantes características.
sível transmitir a fornecedores desta última,
No âmbito da Promoceuta - Empreendimentos Imobiliários,
a título de pagamento em espécie, as quatro
Lda., sociedade por si participada maioritariamente, o ano
frações habitacionais que remanesciam no
de 2013 foi paradigmático quanto ao (mau) funcionamento
Empreendimento dos Leões da Floresta.
da justiça; com efeito, o ano iniciou-se e terminou, sem que
a ação proposta contra a Câmara Municipal de Lisboa no
Já no Empreendimento de Habitação de
sentido de que esta cumprisse o contrato promessa cele-
Custos Controlados de São Pedro do Corval
brado em 21 de abril de 1998 e que, por tal facto, adqui-
atenta a incapacidade de aquisição de casa
risse a escola e piscina, pagando o remanescente do preço
própria do respetivo mercado alvo - ainda
que constituem o objeto respetivo, tivesse tido qualquer
assim, foi concretizada uma escritura em
desenvolvimento. Ainda assim e paralelamente, durante
SOMAGUE SGPS
todo o ano de 2013 foram mantidos os contactos com a Câ-
to de todos os que têm potencial para tal.
71
Como corolário de tal propósito, manter-seTambém no decurso do ano de 2013, no sentido de prepa-
-á o esforço de arrendamento das 24 unida-
rar a Sociedade para a eventual penetração noutros mer-
des ainda não colocadas em São Pedro do
cados, que não forçosamente integrada no Grupo a que
Corval, sendo desde já expectável que a pró-
pertence, procedeu-se à redenominação da Sociedade
pria Câmara de Reguengos, venha a reforçar
para “Soconstrói PMG, S.A.”, redenominação que tendo em
a sua qualidade de arrendatária com mais 2
conta o mesmo desígnio último, foi igualmente acompa-
ou 3 unidades.
nhada da ampliação do respetivo objeto, o qual passou a
integrar também a atividade de construção e não apenas
Identicamente, a Sociedade focalizar-se-á
a de promoção.
no destino a dar a algumas lojas e garagens
que remanescem dos Empreendimentos
O ano de 2013 traduziu igualmente, um ganho não orça-
de Habitação de Custos Controlados por si
mentado de cerca de 230.000 euros, fruto de diligências
promovidos em Loures - Quinta do Mocho e
bem-sucedidas na cobrança de dívidas já qualificadas
Quinta das Mós - no sentido de colocar co-
como de natureza duvidosa e na concretização de opera-
mercialmente os que se encontram livres e
ções, que permitiram a reversão das provisões que lhes
de desocupar os que se encontram ocupa-
estavam associadas.
dos, alguns deles por inquilinos relapsos.
Sendo um facto que após três anos de intenso negrume, as
Como é óbvio e em paralelo com o que atrás
perspetivas económicas para 2014 começam, mesmo que
se disse, continuarão os esforços no sentido
timidamente, a despontar, também não é menos verdade
de reduzir os custos fixos de exploração da
que o mercado alvo dos ativos promovidos pela Socieda-
Sociedade, sem que contudo tal redução sa-
de levará seguramente muito mais do que o ano em curso,
crifique o bom desempenho da sua atividade.
para começar a recuperar.
No quadro seguinte apresentam-se os prinDeste modo e no corrente ano de 2014, a Sociedade man-
cipais indicadores consolidados da empresa
terá o mesmo posicionamento estratégico de 2013: ven-
(antes dos ajustamentos de consolidação na
der, mesmo que com eventuais menos valias, os ativos que
Somague Engenharia):
apenas consomem recursos e continuar a gerar rendimen(Unid: Euros)
2011
Volume de negócios
EBITDA
RAI
Resultado líquido
Cash flow
Ativo líquido
Capital próprio
Participação
2012
2013
1.086.300
-297.283
-354.788
-365.009
54.750
-261.378
-411.816
-426.711
350.301
-323.077
-386.514
-419.276
-377.161
20.437.423
12.511.601
100%
-388.799
20.155.248
12.088.676
100%
-574.539
17.331.835
11.702.152
100%
RELATÓRIO ANUAL 2013
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
mara, no sentido de encontrar um solução consensual.
72
3.6.10.
Somague
TI
-
Tecnologias
de
Outros projetos tiveram também bastante impacto no tra-
Informação, S.A.
balho desenvolvido em 2013. Salientamos os seguintes:
O ano de 2013 foi marcado pela implemen-
• Desenvolvimento e implementação de um novo módulo
tação e afinação dos sistemas e processos
de SLIGO para gestão de infraestruturas, em particular
nos locais onde a Somague exerce atividade
as ferroviárias, que permite a utilização do sistema em
fora de Portugal. Tiveram especial impacto
unidades móveis (tablets) e centralização da informação
as seguintes implementações:
nas instalações de obra, permitindo inclusive ao cliente
(Irish Rail) acesso à informação.
• Brasil - O esforço de adequação dos sis-
• Desenvolvimento do módulo de planeamento no SLIGO,
temas à legislação e fiscalidade brasileira
permitindo previsões de consumos de recursos, fluxos
continuou a ser uma preocupação cons-
de caixa, etc.
tante da equipa de sistemas de informa-
• Desenvolvimento de aplicação para responder ao novo
ção (SI). A complexidade da legislação e
requisito legal para transporte de mercadorias, com re-
o seu dinamismo, onde todos os anos sur-
gisto centralizado na Autoridade Tributária.
gem novas obrigações e requisitos, levou-
• DRP - Implementação da infraestrutura técnica para ga-
-nos a um esforço contínuo de adaptação e
rantir a continuidade das operações e da não perda de
melhoria desta implementação.
informação dos sistemas em caso de desastre no “data
• Angola - Com a crescente importância da
center” principal.
atividade em Angola e com a melhoria das
infraestruturas locais, foi possível imple-
Em 2013, continuou o esforço de redução de custos as-
mentar novas funcionalidades e processos
sociados às tecnologias de informação, mantendo as fun-
que visam melhorar a produtividade e res-
cionalidades da arquitetura de sistemas mas ajustando a
ponder de forma muito mais eficiente às
estrutura e os contratos com parceiros aos novos desafios
necessidades locais e de consolidação de
e necessidades. Essa redução terá representado cerca de
informação no grupo.
10%, com relação ao ano anterior.
• Moçambique - Com a reabertura do mercado moçambicano, foi necessário con-
Os objetivos para 2014 passam por consolidar as imple-
figurar e adaptar os sistemas a este novo
mentações nos mercados onde a Somague atua, nomeada-
mercado. Esta implementação terá ainda
mente, Moçambique, Angola, Brasil e Cabo Verde.
ações em 2014.
• Togo - Continuação da implementação de
sistemas e processos na obra e filial.
Por outro lado algumas alterações organizativas e a forma como se desenrola a atividade, agora muito mais no
• Em todos os locais foi uniformizada a in-
internacional que no passado, trouxeram novos desafios
fraestrutura de comunicações permitindo
e novas preocupações com bastante impacto na área de
um acesso mais simples de todos os locais
SI. O trabalho colaborativo, a partilha de informação e co-
aos sistemas e funcionalidades centraliza-
nhecimento, a centralização de mais informação, disponi-
das, assim como garantir o cumprimento
bilizando-a a quem dela necessita, em qualquer ponto do
de regras de segurança de forma a garantir
mundo, são novos requisitos cuja solução passa também
a integridade da informação.
por esta área.
SOMAGUE SGPS
73
Os principais indicadores da empresa (antes dos ajusta-
(Unid: Euros)
2011
2012
2013
Volume de negócios
EBITDA
RAI
Resultado líquido
3.055.878
836.914
383.266
295.063
2.707.221
694.633
328.562
222.788
2.388.584
512.664
166.784
94.160
Cash flow
Ativo líquido
Capital próprio
Participação
702.364
6.509.547
4.862.786
100%
564.446
5.728.893
4.805.265
100%
409.592
5.632.412
4.687.777
100%
RELATÓRIO ANUAL 2013
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
mentos de consolidação) são como seguem:
3.7
Evolução Económico-financeira
74
Embora a economia portuguesa continue a
A estabilização da degradação das condições económicas
apresentar um fraco desempenho, os resul-
e o consequente reflexo no setor da construção e obras
tados apresentados no ano que agora findou
públicas em Portugal, bem como e principalmente, a cres-
superaram as previsões da generalidade
cente importância da componente internacional na ativi-
das entidades, perspetivando a inversão da
dade da sua participada Somague Engenharia, fez com que
tendência fortemente recessiva de anos an-
a atividade consolidada da Somague SGPS, se mantivesse
teriores. O PIB apresentou uma redução de
estável com relação ao ano anterior, permitindo melhorar
-1,4% (em 2012 apresentou uma quebra de
significativamente os principais indicadores de rendibili-
-3,2%), tendo-se verificado no 4º trimestre
dade antes de impostos (RO, EBITDA, RAI), traduzindo as
um crescimento homólogo de 1,6% (um dos
margens superiores praticadas na atividade da área inter-
mais altos da UE), situação que não se verifi-
nacional.
cava desde finais de 2010. Para 2014 espera-se que o PIB apresente um crescimento,
Também e apesar do ambiente adverso, a Somague SGPS
embora muito moderado de 0,8%, manten-
conseguiu atingir indicadores de solidez financeira de
do a economia sob pressão, fruto principal-
bom nível, melhorando indicadores chave como o valor
mente da obrigatoriedade de manutenção
dos capitais próprios (+3% com relação a 2012) e o rá-
das medidas de consolidação orçamental,
cio de autonomia financeira (+1% com relação a 2012), o
independentemente do tipo de saída do
que lhe permitirá enfrentar o ano de 2014, com segurança
programa de resgate financeiro que se ve-
acrescida.
nha a verificar, não se antecipando a possibilidade de uma recuperação significativa
do investimento público e do privado, o que
necessariamente terá um impacto direto no
setor da construção.
Hospital de Vila Franca de Xira
SOMAGUE SGPS
75
Uma vez mais, o ano de 2013 foi especialmente marcado
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
pela continuidade da estratégia de internacionalização da
atividade da construtora, com a entrada em novos mercados e reforço dos existentes, permitindo num curto espaço
de tempo, compensar a quebra de atividade vivida no mercado nacional, e que certamente se irá prolongar por bastantes anos. Atualmente, a atividade da construtora já se
encontra direcionada em grande medida para os mercados
africano e brasileiro, embora mantendo alguma presença
nos mercados de Irlanda e Espanha.
A evolução dos principais indicadores económico-financeiros das contas consolidadas da Somague SGPS resumem-se como segue:
(Unid: Euros)
INDICADORES
Atividade
Volume de negócios
2011
2012
2013
VARIAÇÃO
2013/2012
695.730.358
517.155.080
499.183.442
-3,48%
Rendibilidade
EBITDA
RAI
Resultados líquidos
Resultados operacionais
38.704.187
14.298.571
7.495.538
27.269.109
28.500.889
14.219.218
5.723.772
21.922.578
34.957.351
17.361.170
5.814.546
32.182.969
22,65%
22,10%
1,59%
46,80%
Resultados financeiros/Volume de negócios
Cash flow
-1,96%
18.930.616
-1,49%
12.302.084
-2,97%
8.588.928
99,33%
-30,18%
858.720.324
157.688.149
18%
840.416.513
162.343.370
19%
833.884.616
167.754.318
20%
-0,78%
3,33%
4,14%
Estrutura financeira
Ativo líquido
Capitais próprios
Autonomia financeira
RELATÓRIO ANUAL 2013
3.8
Proposta de Aplicação
de Resultados
76
A Somague SGPS não distribui resultados
com base nas contas consolidadas.
A conta de resultados líquidos individuais
da sociedade mãe (Somague SGPS) apresentava no exercício findo a 31 de dezembro de
2013, um resultado positivo de 5.814.546
euros.
O Conselho de Administração, tendo em
consideração as disposições legais (art.º 32
e 33 CSC) e o contrato de sociedade, propõe
que aos resultados líquidos positivos de
5.814.546 euros seja dada a seguinte aplicação:
Para reserva legal
Para resultados transitados
SOMAGUE SGPS
290.727 €
5.523.819 €
Terminal de Cruzeiros de Valência - Espanha
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
77
RELATÓRIO ANUAL 2013
04
Qualidade e Inovação
78
SOMAGUE SGPS
4.1 Qualidade
80
4.2 Subcontratação
83
4.3 Conformidade Legal
84
4.4 Inovação
85
Etar de Alcântara - Lisboa
79
RELATÓRIO ANUAL 2013
4.1
Qualidade
80
A qualidade na Somague é entendida como
Na Somague, a qualidade, tal como o ambiente e a segurança,
uma metodologia de gestão e como tal refle-
são uma lógica de atuação e, como tal, são da responsabilida-
te-se no planeamento do negócio, que con-
de de todos os colaboradores. Ainda assim, a verificação do
sidera para além das suas áreas de atividade,
SIGAQS assenta globalmente nos seguintes princípios:
a sua envolvente, contemplando clientes,
fornecedores, subempreiteiros, prestadores
• Controlo “Interno” (ou auto-controlo): compete aos res-
de serviços, entidades oficiais e a socieda-
ponsáveis pelos respetivos trabalhos inspecionar siste-
de em geral. Tendo como principal objetivo
maticamente a sua conformidade com os requisitos es-
da sua estratégia para a qualidade caminhar
pecificados.
rumo à Qualidade Total, a Somague integrou
• Controlo “Externo” (ou independente): realização de
no seu Modelo de Funcionamento um Siste-
inspeções independentes por amostragem do próprio
ma de Gestão da Qualidade, que tem vindo a
trabalho da Somague e do dos seus subempreiteiros, in-
ser progressivamente atualizado e adaptado
cluindo a realização de auditorias internas.
às novas tecnologias utilizadas e mercados
onde a empresa atua.
• Controlo “Exterior”: como contratualmente especificado, a empresa e seus subempreiteiros estarão sujeitos
a inspeção exterior pelo dono de obra ou seu represen-
Atualmente a gestão da qualidade faz parte
tante/fiscalização.
do SIGAQS - Sistema Integrado de Gestão do
Ambiente, Qualidade e Segurança, o qual se
Além destes 3 níveis de controlo o SIGAQS da Somague
encontra certificado de acordo com as respe-
é sujeito a auditorias anuais de terceira parte pela APCER
tivas normas de referências, nomeadamente
que, em 2013, confirmou que o SIGAQS se mantém imple-
a ISO 9001:2008 - Sistemas de Gestão da
mentado de forma eficaz, cumpre os requisitos aplicáveis
Qualidade (SGQ), na Somague Engenharia,
e garante a manutenção da sua integridade.
Neopul e Somague Ediçor Engenharia. Nas
restantes empresas - participadas e sucur-
Adicionalmente, para a Somague, a satisfação das ex-
sais -, e apesar de se regerem pelos objeti-
pectativas, necessidades e requisitos dos clientes é uma
vos da Política da Qualidade da Somague,
preocupação e um objetivo constantes. Assim, anualmen-
o SGQ encontra-se em diferentes níveis de
te, a empresa procura obter o feedback dos seus clientes
implementação de acordo com as especifici-
através do processo de Avaliação da Satisfação do Cliente.
dades geográficas, requisitos legais e requi-
Desde 2012, a avaliação é feita através de um inquérito
sitos específicos dos clientes.
numa plataforma online onde, após a receção de um email,
os clientes podem avaliar a empresa diretamente do seu
computador. Esta inovação tornou o processo mais simples
e apelativo, pois facilitou não só a resposta aos clientes,
mas também a análise dos dados por parte da Somague.
SOMAGUE SGPS
2011
2012
2013
Somague Engenharia, S.A.
Somague Ediçor Engenharia, S.A.
Neopul - Sociedade de Estudos e Construções, S.A.
80%
96%
92%
76%
90%
85%
75%
83%
85%
QUESTIONÁRIO SATISFAÇÃO DOS CLIENTES
GRAU DE SATISFAÇÃO (1 a 5)
Grau de Satisfação Global
Probabilidade de voltar a utilizar os serviços da Somague
Probabilidade de recomendar a Somague a outrém
Desempenho na fase comercial
Atitude perante desafios
Espirito inovador na apresentação de soluções/alternativas
Qualidade geral dos trabalhos executados
Desempenho na fase de garantia
Rigor e qualidade organizacional
Relacionamento com as comunidades envolventes
Desempenho ambiental
Cumprimento dos requisitos da segurança e saúde no trabalho
Comunicação/disponibilidade dos interlocutores da Somague
4,00
4,06
4,06
3,50
3,73
3,78
4,00
3,89
4,10
4,22
4,00
4,27
4,36
RELATÓRIO ANUAL 2013
QUALIDADE E INOVAÇÃO
81
SATISFAÇÃO DOS CLIENTES
82
Venda Nova III - Controlo da Qualidade
A Somague pertence ao ACE responsável pela
Betão Convencional: o betão utilizado no revestimento final
construção do Reforço de Potência da Venda
dos túneis e nas restantes estruturas de betão armado é
Nova III, situado no conselho de Vieira do
sujeito a um conjunto mais alargado de inspeções e ensaios:
Minho, distrito de Braga, que tem como objetivo
betão fresco (temperatura, massa volúmica, relação água/
a construção, na margem do rio Rabagão, de um
ligante, consistência (slump) e teor em ar); betão endurecido
circuito hidráulico com cerca de 4700 metros
(resistência em compressão, resistência em tração por
de extensão.
compressão, módulo de elasticidade, penetração de água
Numa
empreitada
desta
dimensão
e
complexidade, o controlo da qualidade dos
sob pressão, absorção de água, coeficiente de capilaridade,
permeabilidade ao oxigénio, retração).
trabalhos executados assume uma extrema
De salientar que os ensaios ao betão endurecido são realizados
importância dados os impactes do “refazer” nos
com provetes de geometria cúbica ou cilíndrica após cuidada
custos e prazos do projeto. Neste sentido o ACE
verificação geométrica e maioritariamente no laboratório da
definiu e implementou um Sistema de Gestão
obra que se encontra acreditado.
da Qualidade (SGQ), tendo como referência a
norma ISO9001 e os requisitos contratuais e
legais aplicáveis.
Nos próximos parágrafos descrevem-se as
principais atividades de controlo da qualidade
associadas à produção e colocação de betão
e execução de pregagens e ancoragens. Estas
atividades são previamente delineadas no Plano
de Inspeção e Ensaio da obra, definido de acordo
com o projeto, caderno de encargos e normas.
Betão Projetado: para o controlo do betão
projetado em túneis são realizados 3 tipos de
inspeções e ensaios: betão em estado fresco
(temperatura, massa volúmica, consistência
(slump) e teor em ar); betão endurecido
(resistência em compressão, variação da
densidade seca, absorção de água, porosidade e
energia de absorção; e controlo das espessuras.
O controlo das espessuras de betão projetado,
tem como base fundamental garantir a
espessura mínima estipulada em projeto e/ou
as definidas pela geologia. Para esta verificação
são retirados carotes de betão projetado nos
hasteia e abóbada
de 7 em 7 metros.
SOMAGUE SGPS
Ensaios de Arranque em Pregagens: A cada 500 pregagens
instaladas são realizados ensaios por escalas de 25 kN, sendo
que o aumento é de 5 em 5 minutos, havendo um registo do
deslocamento ao minuto. Alguns destes ensaios são efetuados
até à rotura da pregagem. O resultado do ensaio consiste em
dois diagramas, o primeiro com o deslocamento em função
do tempo e o segundo relaciona a força com o deslocamento,
os quais permitem aferir da conformidade das pregagens. Na
figura seguinte pode-se observar o ensaio de arranque numa
pregagem tipo Gewi.
4.2
Subcontratação
Para que todos os intervenientes em obra
deia de subcontratação é assumida como um dos proces-
se tornem agentes atuantes e possuam uma
sos fundamentais de garantia da qualidade total dos seus
consciência coletiva das preocupações da
serviços. Como tal, o Modelo de Funcionamento da empre-
Somague durante as diversas atividades a
sa possui um processo dedicado a esta gestão, intitulado
realizar, além das reuniões de coordenação
“Fornecimentos de Materiais e Serviços”.
realizadas periodicamente, os subempreiteiros, fornecedores e prestadores de ser-
Anualmente, a empresa realiza o processo interno de Clas-
viço são incluídos nas ações de formação/
sificação de Fornecedores, Subempreiteiros e Prestadores
sensibilização promovidas em obra. Estas
de Serviços, o qual alia a informação fornecida pelas pró-
ações incluem, fundamentalmente, aspetos
prias entidades (qualificação), com a avaliação a que são
relacionados com os impactes ambientais,
submetidos relativamente o seu desempenho relativa-
riscos laborais e respetivas medidas de mi-
mente aos serviços prestados à Organização.
nimização associadas às atividades de cada
interveniente.
Em 2013, foi iniciada a revisão do processo de classificação, em particular da fase de qualificação. Foram incluídos
A Somague procura contribuir para o desen-
critérios de exclusão do processo de classificação e deta-
volvimento social e económico das regiões
lhados os critérios associados à implementação de siste-
onde opera através da contratação de mão
mas de gestão, conformidade legal, índices de sinistrali-
de obra e empresas locais. Em 2013 a per-
dade, etc. Este novo inquérito de qualificação, totalmente
centagem de subempreitadas/fornecimen-
eletrónico, até ao final de 2013 contemplou aproximada-
tos locais fixou-se em 75% (Angola, Mo-
mente 2000 fornecedores e subempreiteiros, tendo a So-
çambique Cabo Verde, Brasil, Togo), sendo o
mague obtido mais de 600 respostas.
Togo o país onde este indicador é mais desfavorável dada a limitada disponibilidade
Este processo origina a revisão e publicação anual do Livro
e empresas de construção especializadas.
de Fornecedores, Subempreiteiro e Prestadores de Servi-
Ainda assim, verifica-se um significativo au-
ço da empresa que inclui as empresas preferenciais para a
mento, cerca de 12% relativamente a 2012.
seleção de um dado fornecimento.
RELATÓRIO ANUAL 2013
83
QUALIDADE E INOVAÇÃO
Para a Somague, a responsabilidade associada à sua ca-
4.3
Conformidade Legal
84
O cumprimento por todas as disposições
legais é uma prioridade para a Somague no
desempenho da sua atividade. Ainda assim,
em 2013, a Somague despendeu cerca de
113 mil euros para pagamento de coimas
contratuais, fiscais, de segurança e outras.
TIPOLOGIA DE COIMAS (% do número total)
2011
2012
2013
Contratuais
Fiscais
Ambientais
Segurança
Outras
0%
66%
0%
12%
22%
0%
44%
0%
5%
51%
0%
79%
3%
3%
15%
Reforço de Potência da Barragem de Venda Nova III - Vieira do Minho
SOMAGUE SGPS
4.4
Inovação
quais têm como objetivo orientar as diferentes vertentes
do Sistema de Gestão da Investigação, Desenvolvimento e
Inovação (SGIDI): gestão das interfaces e da produção do
conhecimento; gestão de ideias e avaliação de oportunidades; e gestão de projetos de IDI. Assim, a Administração
definiu as seguintes áreas onde a empresa investiu os seus
recursos no desenvolvimento de atividades de IDI:
• Reforço e Tratamento de Solos
• Infraestruturas Ferroviárias (Via e Catenária)
• Obras Marítimas
• Barragens
Conforme se previa, em função da redução muito significativa da atividade da empresa em Portugal, também as
ideias e projetos de inovação sofreram uma forte queda.
Em 2013, foram identificadas seis ideias enquadradas no
sistema de gestão da inovação e iniciada uma nova iniciativa no âmbito dos equipamentos ferroviários, mais concretamente associada aos sistemas de engate tipo AAR
e UIC. Além da iniciativa referida, foram concluídas duas
outras iniciativas abertas em 2012, no âmbito da inovação
organizacional, nomeadamente: WikiApp - Wiki de Aplicações e SLIGO - Módulo de Manutenção Ferroviária.
No âmbito da gestão das interfaces, a Somague continua
a participar ativamente na Plataforma Tecnológica Portuguesa da Construção (PTPC) onde integra o Conselho Estratégico e a Comissão Executiva. A constituição dos Grupos de Trabalho pela PTPC tem potenciado a partilha de
conhecimento entre os seus diferentes membros, estando
a Somague representada em seis dos oito grupos, sendo
coordenadora de dois deles: Barragens e Infraestruturas
Marítimo-Portuárias. Ainda no âmbito da gestão das interfaces destaca-se a cooperação que tem vindo a ser desenvolvida com a InovaDomus desde 2002.
Plataforma Tecnológica Portuguesa da Construção
mague, foram revistos os temas estratégicos para a IDI, os
Atualmente certificado de acordo com a norma portuguesa NP4457 (ver caixa de destaque), o SGIDI potencia a persecução dos
objetivos da Política de Investigação, Desenvolvimento e Inovação:
• Ser uma empresa aberta ao exterior, com
vista à circulação e transferência do conhecimento,
• Assegurar o conhecimento e divulgação
de novas soluções tecnológicas, Permitir
uma eficiente gestão do conhecimento e
estimular a criatividade interna,
• Promover canais de comunicação adequados para o conhecimento real do mercado,
• Incentivar ideias inovadoras nos vários setores da empresa, tendo como finalidade a
criação de valor para a Organização e para
os nossos Clientes,
• Fomentar a realização de atividades de IDI,
• Desenvolver e aplicar novas tecnologias
de modo a melhorar a capacidade técnica,
• Incentivar a melhoria contínua da eficácia
do Sistema de Gestão de IDI,
• Cumprir os requisitos que resultam da
aplicação da norma NP 4457,
• Constituir um elemento diferenciador, potenciando a competitividade.
RELATÓRIO ANUAL 2013
QUALIDADE E INOVAÇÃO
85
Em 2013, e em linha com a estratégia definida pela So-
86
Renovação da Certificação do Sistema
de Gestão da IDI
PTPC - Grupo de Trabalho Barragens
A Somague foi nomeada pela PTPC - Plataforma Tecnológica
Pela primeira vez certificado em 2007,
Portuguesa da Construção para coordenar o Grupo de Trabalho
o
Investigação,
Barragens dedicado à promoção de estudos de novos processos
Desenvolvimento e Inovação (IDI) foi, pela
Sistema
de
Gestão
da
construtivos, da análise do comportamento dos materiais
segunda vez, sujeito a auditoria externa de
utilizados (betão/aterro) associando-os à durabilidade da
renovação em novembro de 2013, após um
estrutura, e da monitorização e instrumentação no ciclo de
período em que foram realizadas auditorias
vida de uma barragem.
anuais de acompanhamento. A entidade
certificadora (APCER) confirmou que o Sistema
de Gestão da IDI da Somague e Neopul cumpre
com os requisitos da norma NP4457 e com a
Durante o ano de 2013, foram desenvolvidas diversas reuniões
de coordenação e de trabalho com o objetivo de aprofundar o
conhecimento existente nos seguintes temas:
• Controlo da temperatura do betão nos processos de fabrico,
documentação aplicável.
Pelo quarto ano consecutivo, não foram
aplicação e cura
identificadas situações passiveis de serem
• Betão com prévia colocação de agregados (BPCA)
classificadas como não conformidades, no
• Aterros de enrocamento
entanto, em 2013, foram identificadas sete
oportunidades de melhoria e duas áreas
sensíveis. Estas constatações serão analisadas
pela empresa aquando da revisão anual do
sistema pela Administração, onde serão
• Escavações subterrâneas (obra nova vs reforço de potência)
• Compensação ambiental - Ecohidráulica
• Durabilidade e análise do ciclo de vida
definidas ações para a sua resolução.
• Monitorização e Instrumentação
De destacar que, desde a certificação do
Este grupo, que é liderado pela Somague e que conta com a
sistema, a Somague e a Neopul desenvolveram
participação do LNEC, IST, FEUP, Universidade do Minho, FASE,
36 projetos e iniciativas de inovação no
COBA, Teixeira Duarte, MSF, Mota-Engil e Monte Adriano,
âmbito do Sistema de Incentivos Fiscais à
visitou no dia onze de outubro o empreendimento “Barragem
I&D Empresarial (SIFIDE), que resultaram
de Foz Tua”. Após a apresentação do empreendimento por
num
1.560.165,15
parte do Diretor do ACE Construtor, seguiu-se uma visita à
euros. Destaca-se, ainda, a participação da
central de betão - onde são utilizadas diversas técnicas para
Somague TI e da Somague Neopul - Gestão
controlo da temperatura do betão fresco (arrefecimento de
e Manutenção de Equipamentos, ACE nos
agregados, incorporação de gelo e incorporação de azoto) -, ao
projetos desenvolvidos e na obtenção dos
túnel de adução e à barragem, onde se assistiu à betonagem
benefícios fiscais referidos.
de um dos blocos.
benefício
SOMAGUE SGPS
fiscal
de
A Somague é Associado Fundador da InovaDomus - Associação
Projeto
para o Desenvolvimento da Casa do Futuro, constituída como
(2012/2013): Com o objetivo de promover a
Associação sem fins lucrativos, em dezembro de 2002. A
cooperação e a reflexão entre as empresas em
Associação tem reunido, ao longo dos onze anos de existência,
torno da Reabilitação, destaca-se a elaboração
cerca de doze empresas, não concorrenciais, do meta-setor do
de dezasseis guias, cada uma dedicada a uma
habitat e a Universidade de Aveiro.
especialidade. A Somague participou, em
A participação da Somague nas mais diversas atividades
promovidas pela Associação, tem-lhe permitido beneficiar da
“Cooperar
para
Reabilitar”
conjunto com a Pavicentro e a Universidade de
Aveiro, no guia “Sistema Estrutural”.
rede de cooperação, permitindo novos conhecimentos, novas
Projeto
ReabilitaDomus
interações e o cimentar de outras já existentes com entidades
Somague faz parte da equipa técnica que tem
empresariais, Câmaras Municipais, Entidades do SCT, entre
como objetivo a definição e avaliação das
outros parceiros da InovaDomus. Por outro lado, a Somague
intervenções a efetuar numa casa construída
integra a direção da InovaDomus, permitindo a esta contar
na década de 1930, com o objetivo de
com o contributo dos colaboradores da Somague na definição
nela aplicar novos conceitos e técnicas de
e implementação da sua estratégia da Associação.
reabilitação.
Destacam-se de seguida alguns dos projetos em que a
Somague esteve envolvida:
InovaDomus - Casa do Futuro (2005/2007): A Somague
liderou as equipas dos subprojectos de engenharia civil e de
eletricidade, permitindo o desenvolvimento de uma solução
inovadora designada de “laje deslizante”;
Reabilitação da Casa de Chá (2009/2010): A InovaDomus
coordenou o projeto de reabilitação da Casa de Chá, edifício
situado no parque da cidade de Aveiro e propriedade da
Câmara Municipal, tendo a Somague integrado a equipa de
diagnóstico e de projeto do edifício.
Exposição patente no Museu das Comunicações, em Lisboa
(desde 2009): A InovaDomus possui uma exposição patente
no Museu das Comunicações, em Lisboa, desde maio de 2009,
no âmbito de uma parceria com a Fundação Portuguesa das
Comunicações. Esta exposição é uma montra de produtos e
soluções inovadores dos Associados.
INNOV - Instrumentos para a Ação Inovadora (2010/2011):
O projeto INNOV permitiu a realização de diferentes
atividades de partilha de experiências, entre os Associados
da InovaDomus, através de reuniões realizadas nas empresas
associadas. A Somague participou nessas reuniões, tendo sido
anfitriã de uma delas, que decorreu na sua sede, em Lisboa,
no dia três de março de 2011 e tratou do tema “Cooperar para
Inovar - Inovar para Cooperar”.
RELATÓRIO ANUAL 2013
(em
curso):
A
QUALIDADE E INOVAÇÃO
87
Somague na InovaDomus - 11 Anos de Cooperação
05
Recursos Humanos
88
5.1 Colaboradores Somague
90
5.2 Qualidade de Emprego e Proteção Social
92
5.3 Igualdade de Oportunidades, Liberdade de
Associativismo, Direitos Humanos
5.4 Formação e Educação
SOMAGUE SGPS
94
96
Corredor de Nacala - Moçambique
89
RELATÓRIO ANUAL 2013
5.1
Colaboradores Somague
90
EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE COLABORADORES
2011
2012
2013
Somague
2.485
2.235
2.251
A evolução do número de colaboradores da
Somague, de 2012 para 2013, apresenta
uma tendência de estabilização, no entanto,
as reestruturações em curso na empresa e o
fraco crescimento do setor em Portugal não
permitem antever para 2014 uma consolidação do número de colaboradores. Em 31 de
dezembro 2013, a Somague empregava um
total de 2.251 colaboradores distribuídos da
seguinte forma:
Titulares
Superiores
Somague Engenharia
Sucursal Angola
Sucursal Espanha
Sucursal Irlanda
Sucursal Cabo Verde
Sucursal Brasil
Somague Neopul ACE
Somague TI
Neopul
Sucursal Espanha
Sucursal Irlanda
Sucursal Brasil
Somague Ediçor Engenharia
Somague Angola
CVC
Somague Moçambique
TOTAL SOMAGUE
214
5
2
0
0
5
3
10
25
5
1
1
23
18
8
0
320
Nota: o quadro acima reflete a empresa de contrato (origem) dos colaboradores. Em cada empresa de origem
estão incluídos os eventuais colaboradores expatriados. Nas empresas fora de Portugal (sucursais e filiais)
só estão a ser considerados os colaboradores com contrato de trabalho local.
SOMAGUE SGPS
Titulares
Médios
45
3
0
0
0
3
2
2
8
0
0
0
1
2
6
0
72
Técnicos
não Titulares
574
9
0
0
0
0
33
0
85
11
0
0
149
12
0
0
873
Administrativos
90
30
0
0
0
0
7
11
6
0
0
0
25
20
4
4
197
Outros
22
333
0
0
4
2
5
0
41
0
0
0
66
184
70
62
789
Total
945
380
2
0
4
10
50
23
165
16
1
1
264
236
88
66
2.251
91
No ano de 2013, o colaborador tipo tinha uma idade média
RECURSOS HUMANOS
de 39 anos, era do género masculino e trabalhava a tempo
inteiro no quadro permanente da empresa. O aumento de
trabalhadores temporários verifica-se na área internacional, nos mercados onde a atividade registou crescimento.
FAIXA ETÁRIA
2012
2013
< 30 anos
30-50 anos
> 50 anos
199
1501
535
220
1491
540
Renovação Quadros/Recrutamento
Para a Somague, é de extrema importância a
entrada de jovens que trazem para a empresa
GÉNERO
2012
2013
Feminino
Masculino
291
1944
308
1943
novas ideias, novos métodos de trabalho e
vontade de aprender em contexto real de
trabalho. A Somague considera que são estes
os seus futuros profissionais, que ficarão a
conhecer e divulgar a sua cultura desde o início
das suas carreiras profissionais, identificando-
QUALIFICAÇÃO
2012
2013
Curso superior
Curso de nível médio
Outras
327
75
1.833
320
72
1.859
se assim plenamente com ela.
Fruto da conjuntura que se vive desde
2009, não houve, durante os últimos anos, a
habitual entrada de estagiários que permitia
à Somague a renovação e rejuvenescimento
dos seus quadros. Numa decisão estratégica
do Conselho de Administração, foi acordado
TIPO DE CONTRATO
2012
2013
iniciar-se, em 2013, o processo de recrutamento
Quadro permanente
Temporários
Trabalho a tempo inteiro
Trabalho a tempo parcial
1.960
275
2.231
4
1.909
342
2.247
4
de estagiários recém-mestrados, aproveitando
os apoios do IEFP (Instituto do Emprego
e
Formação
Profissional).
Este
processo
traduziu-se, em 2013, na incorporação de 11
novos estagiários na Somague em áreas como
a Produção, Comercial, Engenharia e Métodos,
passando pelas Tecnologias de Informação e
pelo Controlo de Gestão.
O processo formal de recrutamento destes
estagiários terminará já em 2014, com a
“Semana de Acolhimento” na Sede, no Estaleiro
de Pegões e com uma visita a uma obra. Nesta
semana, os estagiários tomarão contacto com
diferentes áreas da empresa, ficando assim
a conhecer melhor o funcionamento das
mesmas e as pessoas com quem poderão vir a
contactar no futuro.
RELATÓRIO ANUAL 2013
5.2
Qualidade de Emprego
e Proteção Social
92
Para a Somague a satisfação e a motivação
dos seus colaboradores são aspetos essenciais para o sucesso do seu desempenho.
Como tal, a empresa proporciona boas condições de trabalho, proporcionando aos seus
colaboradores um equilíbrio entre a vida
pessoal e profissional. Das práticas implementadas destacam-se as seguintes:
• Horário comprimido na Sede e horário flexível em algumas obras;
• Dispensa dos colaboradores para resolução de assuntos pessoais/familiares;
Protocolos para os Colaboradores
A
Somague
consciente
que
o
bem-estar
dos
seus
colaboradores não depende exclusivamente das condições
internas de trabalho, tem vindo a criar uma rede de protocolos
• Rede de transporte para colaboradores na
com diversas entidades externas, nas mais diversas áreas. Esta
sede de/para diversos pontos de Lisboa;
rede inclui, atualmente, 22 entidades, entre as quais clínicas,
• Transporte nas obras de mais difícil acesso
óticas, farmácias, ginásios, centros de beleza, empresas de
ou mais distantes dos centros urbanos;
• Seguro de saúde (extensível ao agregado
familiar), vida e acidentes pessoais;
• Parcerias com diversas entidades para benefício dos colaboradores, extensíveis às
famílias.
telecomunicações e televisão, agências de viagem, redes
hoteleiras, bancos, entre outras.
Os protocolos e parcerias estabelecidas com estas entidades
incluem, em geral, condições especiais em termos de custos
e/ou qualidade do serviço e são também extensíveis aos
familiares dos colaboradores da empresa.
Os benefícios listados aplicam-se a um leque alargado de colaboradores, independentemente do horário praticado (inteiro/
parcial), e complementam as regalias oferecidas pela Somague que cumprem em todas
as unidades operacionais a legislação relativa ao salário mínimo.
ENCARGOS COM COLABORADORES (€)
Custo total médio por colaborador
Encargos médios com proteção social de caráter não obrigatório por colaborador
Encargos médios com cuidados de saúde por colaborador
SOMAGUE SGPS
2012
30.159
215
55
2013
32.306
240
72
Portugal
Angola
Brasil
Cabo Verde
Espanha
Irlanda
Moçambique
TAXA DE ROTATIVIDADE
Admissões
Mulher
Homem
Demissões
Mulher
Homem
Taxa de rotatividade (%)
ABSENTISMO
Taxa de absentismo (%)
Nº de dias perdidos por doenças
profissionais
Mínimo
pago
6.790
2.094
4.370
1.944
11.320
37.800
1.164
2012
2013
13
56
38
194
44
226
21
186
7,61
9,75
2012
2013
1,81
0
0,96
0
Mínimo
local
6.790
1.719
2.980
1.197
9.034
17.542
947
93
RECURSOS HUMANOS
SALÁRIO MAIS BAIXO COMPARADO AO SALÁRIO MÍNIMO LOCAL (€/ano)
Barragem de Foz Tua
Promoção Desporto - Barragem de Foz Tua
A Somague pertence ao ACE construtor do Aproveitamento
Hidroelétrico de Foz Tua, o qual se situa no concelho de Alijó,
distrito de Vila Real e no concelho de Carrazeda de Ansiães,
distrito de Bragança. Localizada na foz do rio Tua, a barragem
integra o plano de investimentos hídrico da EDP destinado a
reforçar a capacidade de produção de energia renovável.
Uma obra desta dimensão - e em especial com esta localização
- exige que muitos dos colaboradores estejam deslocados.
Como para o ACE a satisfação e o bem-estar dos seus
colaboradores é essencial, a prática de desporto é promovida
em Foz Tua através de diversos acordos e iniciativas em
variadas modalidades, nomeadamente: torneios de futebol,
torneios de matraquilhos, horários específicos nas piscinas
municipais de Alijó, acordo com pavilhão de futebol de salão
e com o ginásio local.
RELATÓRIO ANUAL 2013
5.3
Igualdade de Oportunidades,
Liberdade de Associativismo,
Direitos Humanos
94
A Somague aplica os seus princípios internos de igualdade de oportunidades, não só
em Portugal mas também em todos os locais
onde opera. A evidência desta atuação é a
diversidade cultural dos seus colaboradores,
com origem Angolana, Brasileira, Cabo-verdiana, Cubana, Espanhola, Guineense, Irlandesa,
Malaia, Marroquina, Moçambicana, Moldava,
Peruana, Portuguesa, Romena, São-tomense,
Senegalense, Ucraniana e Venezuelana.
ORIGEM DOS COLABORADORES
2012
2013
Nacionalidade Portuguesa
1.564
1.458
630
11
30
756
12
25
Países de língua oficial portuguesa
Países de leste
Outros países
Colaboradores locais
CONTRATAÇÃO LOCAL
Nº
%
Colaboradores expatriados
Nº
%
TOTAL
Portugal
Quadros
Operacionais
412
683
100%
100%
N.A
N.A
N.A
N.A
412
683
Quadros
Operacionais
162
454
72%
85%
63
82
28%
15%
225
536
Quadros
Operacionais
4
62
14%
68%
25
29
86%
32%
29
91
Quadros
Operacionais
11
81
42%
86%
15
13
58%
14%
26
94
Quadros
Operacionais
16
2
73%
25%
6
6
27%
75%
22
8
Quadros
Operacionais
9
2
18%
12%
42
15
82%
88%
51
17
Quadros
Operacionais
1
0
25%
0%
3
4
75%
100%
4
4
Quadros
Operacionais
0
0
0%
0%
22
16
100%
100%
22
16
Angola
Moçambique
Cabo Verde
Espanha
Brasil
Irlanda
Outras
SOMAGUE SGPS
Em 2013, os colaboradores abrangidos por
mos critérios para ambos os géneros, designadamente:
acordos de negociação coletiva representa-
• Igualdade no processo de recrutamento;
vam 69% dos colaboradores da empresa e
• Igualdade no plano de carreiras;
apenas 5% estavam sindicalizados.
• Igualdade no acesso à formação;
• Igualdade de remuneração.
RELAÇÃO SALÁRIO BASE HOMEM/MULHER
2012
2013
Quadros (intermédio, médio e superior)
Operacionais
1,27
0,87
1,24
0,93
Contratação local
Para a Somague, a incorporação de mão de obra local nas suas
obras faz parte da estratégia de atuação da empresa, bem
Alegro de Setúbal
como da sua política de recursos humanos. O objetivo é o de
ajudar as comunidades e o desenvolvimento local, através da
criação de postos de trabalho, diretos e não diretos. Exemplos
desta forma de atuação são algumas das obras que estiveram
em curso, em Portugal, durante o ano de 2013:
A Somague pertence aos ACE ´s responsáveis pela construção
do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua e de Reforço de
Potência da Venda Nova III. Nestas obras, é política do dono de
obra, EDP, promover a contratação local selecionando, inclusive,
a lista dos concelhos envolventes à obra a considerar. Durante
o ano de 2013, 33% dos trabalhadores da obra em Foz Tua
eram locais, sendo em Venda Nova III o valor de 35%, apenas
considerando os trabalhadores contratados diretamente pelo
ACE, ou seja, além destes haverá a considerar os contratados
por subempreiteiros.
Construção do Alegro de Setúbal - A cidade de Setúbal, em
2013, foi uma das cidades de Portugal com maior taxa de
desemprego. Aquando da montagem do estaleiro para a
construção do Centro Comercial Alegro de Setúbal, começaram
a surgir na portaria candidaturas espontâneas para a obra.
Como resposta a essa procura, implementou-se um processo
para a gestão ágil das candidaturas (separação de cargos e
postos de trabalho). Este processo foi também alargado aos
subempreiteiros em obra e, em 2013, aproximadamente 30%
dessas candidaturas tinham sido aceites.
RELATÓRIO ANUAL 2013
95
RECURSOS HUMANOS
Na gestão dos Recursos Humanos são aplicados os mes-
5.4
Formação e Educação
96
A Somague encara a formação e o desenvolvimento das competências dos colaboradores, como investimento no progresso da
empresa no mercado em que atua. Em 2013,
a Somague desenvolveu diversas ações de
formação, direcionadas para diversas áreas
e para diferentes grupos de colaboradores.
As 18.269 horas de formação envolveram
um total de 1.070 colaboradores e incidiram
sobre os seguintes temas:
• Técnica
• Gestão
• Produção
• Financeira
• Qualidade, segurança e ambiente
• Legislação
• Línguas
• Informática
• Recursos humanos
• Comercial
• Comportamental
• Aprovisionamentos
• Transportes
• Seguros
MÉDIA DE HORAS DE FORMAÇÃO/ANO POR COLABORADOR
2012
2013
Administração
Quadros
Operacionais
2,5
21,17
9,31
3,92
15,64
4,89
SOMAGUE SGPS
Programa de Desenvolvimento em Gestão de Liderança - Universidade Católica
Decorreram nos últimos meses de 2013, na
Universidade Católica Portuguesa em Lisboa,
três edições do Programa de Desenvolvimento
em Gestão e Liderança. Este programa, de seis
dias completos, abrange temas tão diversos
como o Marketing Estratégico, a Gestão
Estratégica e Criação de Valor, Comunicação,
Negociação e Gestão de Conflitos e Liderança
entre outros.
O curso foi feito à medida para a Somague,
tendo
sido
transmitido
aos
professores
informação relevante para que os conteúdos
fossem adaptados da melhor maneira à
realidade da empresa. Pretendeu-se dotar
os participantes de competências que lhes
permitam ter uma visão mais transversal e
mais integrada do negócio da Somague.
Para 2014, está programada a realização
do mesmo programa em Luanda (Angola),
direcionado
a
colaboradores
localmente
e
expatriados
contratados
em
Angola,
Moçambique e Cabo Verde. O objetivo é o
Adicionalmente, a Somague promove a participação dos
colaboradores em seminários, congressos e conferências
associadas ao setor da construção. 2013, também se destaca pela conclusão do Programa Avançado de Gestão para
de fomentar o contacto entre as pessoas dos
diferentes mercados onde a Somague opera,
dotando-os, também a eles, de formação de
qualidade, feita à medida.
Executivos (PAGE), realizado em Angola entre outubro de
2012 e junho de 2013. Este programa, lecionado pela Universidade Católica, envolveu 25 participantes e tem como
objetivo assegurar-lhes uma sólida formação em gestão
através de um corpo docente de exceção, que lhes confira
os instrumentos e a “vocação” para gerirem as suas organizações em ambiente de crescente complexidade e ritmo
de mudança.
A Somague procura manter uma ligação com os estabelecimentos de ensino, proporcionando estágios curriculares
aos seus alunos, integrando-os nas diferentes obras que a
empresa desenvolve ou nas direções dos serviços centrais.
RELATÓRIO ANUAL 2013
97
RECURSOS HUMANOS
Programa de Desenvolvimento em Gestão e Liderança - Universidade Católica
06
Segurança e Saúde
98
SOMAGUE SGPS
6.1 Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho
100
6.2 Índices de Sinistralidade
102
Hospital de Vila Franca de Xira
99
RELATÓRIO ANUAL 2013
6.1
Gestão da Segurança e
Saúde no Trabalho
100 A gestão da Segurança e Saúde na constru-
Em 2013, a desenvolveu diversas ações de formação no
ção compreende várias fases distintas, com-
âmbito da segurança e saúde com uma duração global de
plementares e sequenciais, tendo em vista
1759 horas e uma abrangência de 107 colaboradores, das
a sua utilização, nomeadamente a conceção,
quais se destaca: “Segurança Proativa e Ambiente”, “Pri-
a preparação dos trabalhos, a execução da
meiros Socorros”, “Diretiva ATEX” e “Formação Básica de
obra e a sua utilização. A cada uma das fases
Segurança”.
corresponde um universo de atores cujos
elementos são específicos de cada uma de-
Os colaboradores da Somague encontram-se também
las, em função dos papéis próprios de cada
abrangidos por contratos coletivos de trabalho (cerca de
um deles, mas cujas decisões se projetam,
69% do total de colaboradores), verificando-se uma re-
influenciam e podem mesmo condicionar a
dução relativamente a 2012 dado que em Moçambique
ação dos atores dessas fases e/ou de fases
não existe contrato coletivo de trabalho para o setor da
subsequentes, sendo por esses motivos ful-
construção. Em Portugal este contrato inclui diversos tó-
cral para assegurar a gestão eficiente desse
picos associados à segurança e saúde no trabalho, nome-
processo a implementação de Sistemas de
adamente: organização de serviços de segurança e saúde,
Gestão da Segurança e Saúde.
medidas de segurança e proteção, representantes dos trabalhadores e prevenção e controlo de alcoolemia.
A Somague possui um Sistema de Gestão
da Segurança e Saúde certificado de acordo
com OHSAS18001/NP4397, o qual é imple-
200 dias sem acidentes - Venda Nova III
mentado em todos os projetos em que par-
Como forma de incentivar e dinamizar a implementação
ticipa com as necessárias adaptações, em
de boas práticas em matéria de segurança e saúde, o
função dos requisitos do cliente, requisitos
legais do país onde opera e dos parceiros
envolvidos.
Este sistema inclui uma avaliação de riscos
detalhadas as atividades de cada projeto, a
ACE Construtor do Reforço de Potência Venda Nova III
implementou um programa de reconhecimento e divulgação
do bom desempenho.
Este programa contempla a divulgação da informação
referente ao número de dias sem acidentes em placar
existentes em obra. Por cada 100 dias sem acidentes é
promovido um convívio entre todos os trabalhadores. No
definição e dos respetivos controlos e veri-
ano de 2013 foram celebrados dois destes momentos, pois
ficação da sua correta implementação, atra-
atingiu-se um acumulado de 203 dias sem acidentes.
vés do controlo operacional. A eficácia dos
controlos só é garantida quando os colaboradores entendem e aceitam os seus propósitos. Para tal a Somague faz uma grande
aposta na formação de todos os seus colaboradores, iniciada com sessões de acolhimento e com ações de formação específicas das
atividades que cada colaborador vai desenvolver.
SOMAGUE SGPS
Prémio de Segurança EDP - Foz Tua
Para a construção do Corredor de Nacala em Moçambique, dada
Com o objetivo de premiar o desempenho
a localização do projeto, a Somague e Neopul definiram um
da equipa de trabalho e individualmente
conjunto de medidas preventivas no âmbito da Saúde, integradas
o trabalhador dessa mesma equipa que se
no Sistema de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho. De
destaca pelo bom desempenho, relativo
seguida destacam-se algumas das medidas implementadas:
às boas práticas de segurança nas diversas
• Para entrada em obra, todos os trabalhadores necessitam de
realizar exames médicos rigorosos (ultrapassando o standard
português) para comprovar a sua aptidão médica, tais como
frentes da empreitada, a EDP implementou o
Prémio de Segurança no Empreendimento da
Barragem de Foz Tua.
análises bioquímicas, eletrocardiograma, espirometria,
A comissão de avaliação, constituída pela EDP,
acuidade visual, audiometria, RX toráx e coluna lombar entre
ACE construtor, fornecedor de equipamentos,
outros em função atividade profissional a desenvolver;
coordenação de segurança e fiscalização,
• Para os trabalhadores expatriados foi definido um Plano de
Saúde do Viajante (PSV) o qual define os procedimentos a
realizar antes da deslocação a Moçambique, desde a consulta
do viajante à vacinação necessária para ingresso em obra;
• Implementação de um Programa de Controlo da Malária (PCM),
que prevê a realização de testes de despiste de malária sempre
que os colaboradores expatriados presentes no projeto viajam
para fora de Moçambique, e a entrega de kits de malária
(teste rápido de despiste + medicamentos necessários para o
tratamento), conforme descrito no PCM e folhetos;
• Além da consulta do viajante, todos os colaboradores
participam em ações de formação e sensibilização para
elege a equipa vencedora de acordo com
critérios estabelecidos, associados a índices
de sinistralidade, advertências, proatividade
na implementação das medidas de prevenção
e proteção, entre outros.
O prémio atribuído com uma periodicidade
trimestral inclui:
• Jantar para toda a equipa de trabalho;
• Brinde coletivo entregue ao representante
da equipa de trabalho;
• Brinde individual;
as doenças existentes na área do projeto, as medidas de
• A equipa vencedora ostentará nos capacetes,
prevenção existentes e meios de atendimento a saúde e
durante o trimestre seguinte, autocolantes
emergência disponíveis no projeto para prestação de cuidados
alusivos ao prémio.
de saúde. Os recursos existentes em obra para a prestação de
Durante o ano de 2013 foram distinguidas as
cuidados de saúde e emergência são definidos no PMASE -
seguintes equipas:
Plano de Meios de Assistência a Saúde e Emergência.
• Equipas afetas aos trabalhos de escavação
subterrânea;
• Equipas afetas aos trabalhos de aplicação de
redes metálicas na encosta;
• Equipas afetas aos trabalhos de escavação a
céu aberto da barragem;
• Equipas de apoio (oficina, eletricistas,
blondinistas, cais dos baldes).
RELATÓRIO ANUAL 2013
101
SEGURANÇA E SAÚDE
Corredor de Nacala - Medidas preventivas na saúde
6.2
Índices de Sinistralidade
102 O ano de 2013 destacou-se pela redução
significativa do número total de acidentes,
aproximadamente 27%, pois em 2012 ocorreram 93 acidentes enquanto em 2013 apenas aconteceram 68 acidentes. De realçar
que em 2013 não ocorreram acidentes de
trabalho mortais com os trabalhadores próprios da Somague.
INDICADORES GLOBAIS DE SINISTRALIDADE (2013)
TRABALHADORES PRÓPRIOS
Somague Engenharia
Neopul
Somague Neopul, ACE
Somague Ediçor Engenharia
Somague Angola
Somague Moçambique
CVC
TOTAL
SOMAGUE SGPS
Nº horas
trabalhadas
Acidentes
sem baixa
Acidentes
com baixa
≤ 3 dias
Acidentes
com baixa
> 3 dias
Acidentes
mortais
Total de
acidentes
Nº dias
perdidos
1.937.240
333.512
101.880
452.068
1.005.184
69.064
221.672
4.120.620
8
2
2
8
7
0
0
27
1
0
0
2
3
0
0
6
12
3
3
9
6
0
2
35
0
0
0
0
0
0
0
0
21
5
5
19
16
0
2
68
287
235
47
495
84
0
37
1.185
A redução global do número total de aciden- 103
neste capítulo incluem as seguintes empresas: Somague
tes também originou uma correspondente
Engenharia; Neopul; Gestão e Manutenção de Equipamen-
diminuição do índice de incidência dos aci-
tos, ACE; Somague Ediçor Engenharia; Somague Angola;
dentes não mortais, que é de 20,26 (redução
Somague Moçambique; Construções de Cabo Verde. De
de 21% em relação ao valor do ano de 2012).
realçar que na Somague Engenharia estão incluídos todos
os trabalhadores próprios, nomeadamente aqueles que
O índice de gravidade dos acidentes não
trabalham em território nacional e também os expatriados
mortais de 2013, que é 287,58, também so-
(Togo, Brasil, Espanha, Panamá, Chile, Irlanda, Angola, Mo-
freu um desagravamento de 38% quando
çambique e Cabo Verde).
comparado com o valor obtido em 2012, decorrente principalmente do decréscimo de
Ainda que em 2013 se tenha verificado um decréscimo
43% do número de dias perdidos, que dimi-
do número total de horas trabalhadas (9% em relação a
nuiu de 2.095 em 2012 para 1.185 em 2013.
2012), consequência da redução da atividade da empresa,
a diminuição do índice de frequência dos acidentes não
Em síntese, em matéria de índices de sinistra-
mortais, que é de 9,95 (menos 18% em relação a 2012)
lidade o desempenho global da Somague em
deveu-se à redução do número total de acidentes ocorri-
2013 melhorou quando comparado com o
dos em 2013.
ano de 2012, devido essencialmente à diminuição do número de acidentes de trabalho e
também da gravidade dos mesmos (diminuição acentuada do número de dias perdidos).
ÍNDICES DE SINISTRALIDADE
2011
2012
2013
Acidentes não mortais
Índice de frequência
Índice de incidência
Índice de gravidade
12,16
25,81
567,78
12,24
25,35
472,42
9,95
20,26
287,58
Índice de frequência
Índice de incidência
0
0
0,21
0,44
0
0
Acidentes mortais
RELATÓRIO ANUAL 2013
SEGURANÇA E SAÚDE
Os índices de sinistralidade apresentados e analisados
07
Ambiente
104
SOMAGUE SGPS
7.1 Gestão Ambiental
106
7.2 Consumo de Recursos
108
7.3 Energia e Alterações Climáticas
110
7.4 Emissões, Efluentes e Resíduos
111
7.5 Biodiversidade
114
Parque Linear Ribeirinho - Vila Franca de Xira
105
RELATÓRIO ANUAL 2013
7.1
Gestão Ambiental
106 A gestão ambiental na Somague surge como
matéria, mas também de obter a máxima racionalidade no
um aspeto central, de importância equiva-
processo de decisão relativo à conservação, defesa, prote-
lente à execução dos trabalhos com quali-
ção e melhoria do ambiente, no decurso da sua atividade.
dade, segurança e inovação. Consciente dos
potenciais impactes que a atividade da em-
O sistema de gestão ambiental da Somague, certificado
presa pode provocar no ambiente, nomeada-
segundo a norma ISO 14001, ajuda a identificar os princi-
mente sobre os recursos naturais, qualidade
pais desafios ambientais e requisitos legais aplicáveis, as-
da água, do solo e/ou do ar, a biodiversidade,
sim como a dispor de objetivos e medidas oportunas para
entre outros, a Somague vem implementan-
garantir a melhoria contínua do seu desempenho. Este
do o seu sistema de gestão ambiental com
sistema permite, também, definir de forma mais racional
o objetivo de não dar apenas total cumpri-
os recursos a aplicar em matéria de gestão ambiental nos
mento aos requisitos legais aplicáveis nesta
diferentes projetos em que a empresa está envolvida.
CUSTOS E INVESTIMENTOS COM A PROTEÇÃO AMBIENTAL
Técnicos de ambiente
Prestações de serviço
Gestão de resíduos
Total
SOMAGUE SGPS
2011
394.113,61 €
139.771,08 €
263.183,10 €
797.067,79 €
2012
472.002,66 €
169.502,02 €
231.012,00 €
872.516,68 €
2013
435.640,53 €
112.310,63 €
259.306,49 €
807.257,65 €
A Somague, em linha com a sua política
ambiental e de sustentabilidade, tem vindo
a desenvolver competências no âmbito dos
sistemas de avaliação e certificação ambiental
de edifícios, através de formação e participação
em conferências e reuniões de trabalho. Este
tipo de sistema tem como principal objetivo a
redução dos impactes ambientais associados
à construção, identificar os edifícios com
melhor performance, criar rótulos credíveis
e transparentes e estimular a procura de
edifícios mais sustentáveis, mais confortáveis
e mais saudáveis.
Cada vez mais, os promotores de edifícios
incorporam estes sistemas nos seus projetos,
cabendo à Somague, desde a fase comercial,
demonstrar as suas competências para dar
cumprimento
aos
requisitos
tipicamente
associados a este tipo de certificação. Durante
o ano de 2013, a Somague esteve envolvida
Alegro de Setúbal
em dois projetos, nos quais os seus promotores
pretendem alcançar a respetiva certificação,
conforme se descreve de seguida:
• PT
Data
Center:
projeto
promovido
pela Portugal Telecom, com o objetivo
de obter a certificação “Leadership in
Energy and Environmental Design” LEED.
O empreendimento pretende alcançar a
certificação “Gold” para os edifícios do
Data Center e “Platinum” para o edifício de
serviços.
• Alegro de Setúbal: projeto promovido pela
Multicenco/CPH, em processo de certificação
BREEAM (Building Research Establishment
Environmental Assessment Method). Este
método de avaliação, desenvolvido pela
BRE no Reino Unido, permite especificar,
acompanhar e verificar o desempenho
ambiental de um edifício em relação a uma
ampla gama de critérios ambientais de
forma transparente.
RELATÓRIO ANUAL 2013
107
AMBIENTE
A Somague e os Sistemas de Avaliação
e Certificação Ambiental de Edifícios
7.2
Consumo de Recursos
108 As atividades desenvolvidas pela Somague
implicam o consumo de diferentes recursos naturais. Esse consumo é monitorizado
numa perspetiva de detetar eventuais desvios às metas estabelecidas e implementar
as mais adequadas ações corretivas.
7.2.1 Materiais
O consumo de materiais na Somague manteve-se aos mesmos níveis de 2012, verificando-se apenas um aumento significativo do
consumo do aço, derivado ao maior recurso
a estruturas metálicas em Angola.
CONSUMO DE MATERIAIS
Papel (ton)
Betão (m3)
Cimento (ton)
Agregado (ton)
Aço (ton)
SOMAGUE SGPS
Betão pronto
Produção própria
Total
Direto
Indireto
Total
Direto
Indireto
Total
2011
100,48
107.832,08
77.636,90
185.468,98
52.927,12
32.349,62
85.276,74
1.504.536,90
215.664,16
1.720.201,06
23.668,76
2012
2013
65,00
122.414,85
94.307,34
216.722,19
38.608,21
36.724,46
75.332,67
341.593,53
244.829,71
586.423,23
16.612,47
37,58
51.232,44
167.429,85
218.662,29
51.040,63
15.369,73
66.410,36
518.721,18
102.464,88
621.186,06
30.514,68
109
A utilização de materiais reciclados, no âmbito da ativi-
AMBIENTE
dade da Somague, encontra-se fortemente condicionada
pelos projetos dos donos de obra. No entanto, a Somague
tem vindo a identificar uma área onde possui uma influência muito significativa, nomeadamente na reutilização de
solos e materiais rochosos.
Em 2013, verificou-se um aumento significativo dos volumes de escavação e aterro em função da tipologia de
obras desenvolvidas durante o ano em Cabo Verde e no
Togo, nomeadamente infraestruturas marítimas e portuárias. Este aumento não prejudicou a tendência na reutilização de solos em obra, verificando-se um aumento de 78%
em 2012, para 84% em 2013.
MOVIMENTAÇÃO DE SOLOS E MATERIAIS ROCHOSOS (m3)
Volume total de escavação
Reutilização em obra
Vazadouro
Volume total de aterro
Própria obra
Mancha de empréstimo
2011
3.123.353
1.771.734
1.351.619
1.412.045
1.288.249
124.796
2012
554.160
431.369
122.791
508.576
323.642
184.934
2013
2.115.707
1.767.033
348.675
1.466.034
1.446.383
19.651
7.2.2 Água
Em 2013, o consumo total de água aumentou relativamente aos últimos dois anos devido ao maior consumo de
águas superficiais e subterrâneas.
CONSUMO DE ÁGUA (m3)
2011
2012
2013
Água rede
Captações superficiais
Captações subterrâneas
Total
89.975
30.720
14.546
135.240
87.503
92.599
12.000
192.102
40.032
180.643
63.338
284.013
RELATÓRIO ANUAL 2013
7.3
Energia e Alterações Climáticas
110 Durante o ano de 2013, manteve-se a tendência verificada nos últimos anos, de baixa
variação anual de consumos.
CONSUMO DE ENERGIA (GJ)
2011
2012
2013
Gasóleo
Gasolina
Eletricidade
Gás natural
Total
250.069
5.516
36.876
1.609
294.071
234.804
4.036
38.975
981
278.797
210.595
4.717
36.255
544
252.111
Hospital de Vila Franca de Xira
SOMAGUE SGPS
7.4
Emissões, Efluentes e
Resíduos
111
AMBIENTE
7.4.1 Emissões
A diminuição do consumo de energia verificada em 2013
refletiu-se na redução das emissões de âmbito 1 e 2. Relativamente às emissões do âmbito 3 (i.e. viagens de avião,
comboio e autocarro da empresa), verificou-se um forte
aumento derivado da forte internacionalização da empresa e da respetiva deslocalização dos seus colaboradores.
EMISSÕES (ton CO2)
2011
2012
2013
ÂMBITO 1
Frota
Equipamentos
Outros
ÂMBITO 2
Eletricidade
ÂMBITO 3
Viagens avião
Viagens comboio
Autocarro Somague
Total
18.980
7.073
11.817
90
1.966
1.966
381
333
1
47
21.327
17.712
6.384
11.273
55
2.086
2.086
464
416
2
47
20.262
15.943
7.586
8.327
31
1.928
1.928
1.760
1.721
5
34
19.632
7.4.2
Efluentes líquidos
Algumas das atividades realizadas pela Somague geram
efluentes líquidos, cuja descarga é feita de acordo com os
requisitos legais aplicados, assim como com as condicionantes estabelecidas pelas autorizações aplicáveis.
Na empresa, os efluentes descarregados têm a sua origem nos escritórios e nos parques de estacionamentos. As
águas residuais contaminadas são sujeitas a um sistema
de tratamento de separação de hidrocarbonetos antes do
encaminhamento/ tratamento, sendo as restantes diretamente dirigidas para as redes municipais ou, caso tal não
seja possível, para sistemas de recolha (fossas estanques
ou ETAR compactas).
RELATÓRIO ANUAL 2013
112
Gestão dos efluentes líquidos no Reforço de Potência da Venda Nova III
A Somague pertence ao ACE responsável pela
para este tipo de efluente, carregado essencialmente por
construção do reforço de Potência da Venda
óleos minerais;
Nova III. Nesta empreitada, a proteção do meio
ambiente assume-se como uma prioridade
na execução das atividades de produção,
paralelamente à gestão da qualidade e da
segurança e saúde. Assim, o cumprimento de
todos os requisitos legais e outros aplicáveis
à empreitada no campo ambiental é um dos
nossos compromissos.
Na execução dos trabalhos são selecionados,
4.Tratamento de águas residuais industriais, provenientes das
frentes de escavação a céu aberto e subterrâneas. Montagem
e manutenção mensal de esquipamentos específicos
para tratamento deste efluente, que tem elevados teores
de sólidos suspensos, nomeadamente uma estação de
tratamento de águas e lamas para as frentes de montante
(capacidade 35 m3/h) e uma estação de tratamento de águas
e lamas para as frentes de jusante (capacidade de 100 m3/h);
sempre que possível e que existam métodos
5.Todas as águas residuais tratadas são descarregadas em
viáveis, processos construtivos e equipamentos
meio hídrico. O ACE dispõe de licenças de descarga em
que prejudiquem o menos possível o ambiente,
vigor, devidamente emitidas pela Administração da Região
que reduzam ao máximo o consumo de recursos
Hidrográfica do Norte (ARH) Norte;
naturais e que causem a menor incomodidade
possível à comunidade envolvente (incluindo
proteção da fauna, flora e património existente).
É preferido o princípio da prevenção em
detrimento do da correção. Este requisito permite
que surjam novas oportunidades de melhoria e a
definição das ações prioritárias na empreitada.
A título exemplificativo, destacam-se, de
seguida, algumas das medidas ambientais
implementadas em obra na área do domínio
hídrico, medidas estas relevantes para o bom
desempenho ambiental:
1.Tratamento de águas residuais domésticas,
6.O ACE recorre, mensalmente, a um laboratório externo
acreditado
pelo
Instituto
Português
de
Acreditação
(IPAC), para recolha de amostras e análise dos parâmetros
constantes nas licenças. Desta forma, o ACE monitoriza o
funcionamento dos equipamentos, deteção de eventuais
anomalias e também o cumprimento da legislação.
No Reforço de Potência da Barragem de VNIII o ACE pretende,
também, o envolvimento de todos os colaboradores em obra,
de forma que sejam agentes atuantes e que possuam uma
consciência coletiva das preocupações ambientais, durante as
suas diversas atividades da obra. Assim são promovidas ações
de sensibilização/formação em obra, procurando transmitir e
sugerir toda uma série de boas práticas para que estas possam
provenientes dos dormitórios, do estaleiro
ser aplicadas e seguidas na execução dos trabalhos.
social e do estaleiro industrial, através
A Direção de obra assume, igualmente, preocupações na sen-
da instalação e manutenção mensal de
equipamentos ambientais especificamente
concebidos para este tipo de efluente, ETAR’s;
2.Tratamento de óleos e gorduras alimentares,
provenientes do refeitório instalado no
estaleiro social;
3.Tratamento das águas residuais industriais,
provenientes da oficina, do parque de
resíduos e do posto de combustível.
Instalação e manutenção trimestral de um
separador de hidrocarbonetos, concebido
SOMAGUE SGPS
sibilização dos seus fornecedores e subempreiteiros para as
questões ambientais aplicáveis à sua atividade, alertando e
solicitando
o
cumprimento
de determinadas
medidas
de
proteção
ambiental.
113
AMBIENTE
7.4.3Resíduos
Em 2013, verificou-se um aumento de produção de resíduos relativamente a 2012. Este aumento está diretamente
relacionado com a tipologia de obras executadas durante
o ano, nomeadamente no Brasil e nos Açores, que envolveram trabalhos de demolições. Os resultados apresentados,
relativos aos resíduos produzidos, não incluem Angola.
RESÍDUOS PRODUZIDOS (ton)
Papel e cartão
Valorização
Eliminação
RCD
Valorização
Eliminação
Resíduos perigosos
Valorização
Eliminação
Resíduos não perigosos
Valorização
Eliminação
Total
2011
77,59
76,59
1,00
9.902,91
9.157,36
745,56
146,46
82,76
63,70
680,80
416,76
264,04
10.807,76
RELATÓRIO ANUAL 2013
2012
36,28
34,26
2,02
7.539,51
7.521,58
17,93
58,02
35,84
22,18
207,98
108,74
99,24
7.841,79
2013
32,02
26,55
5,47
13.454,64
13.232,73
221,91
90,80
72,88
17,92
1.334,88
281,87
1.053,01
14.912,33
7.5
Biodiversidade
114 A Somague tem consciência da sensibilidade
Em 2013, em Portugal, a Somague foi responsável por em-
dos ecossistemas naturais e das pressões a
preitadas que envolveram a afetação de áreas sensíveis do
que os mesmos estão sujeitos, no decorrer
ponto de vista ecológico. As atividades de construção as-
da sua atividade. Assim, a empresa procura
sociadas levam a alterações ao nível da ocupação do solo,
ter o máximo de respeito pela biodiversi-
afetando diretamente os habitats presentes na área, quer
dade local, minimizando os seus impactes
por fragmentação, por degradação ou mesmo por destrui-
negativos e potenciando os positivos, tendo
ção, com implicações diretas na biodiversidade local. No
como objetivo uma conduta de responsabili-
entanto, estes impactes são temporários e após conclusão
dade para além do requerido pela legislação.
das empreitadas a Somague procura estabelecer ou melhorar as condições anteriores à sua intervenção.
ESPAÇOS PROTEGIDOS
Designação
Reserva Agrícola Nacional
Reserva Ecológica Nacional
Reserva Ecológica Nacional
Região
Ourém, Tomar,
Nazaré e Leiria
Vila-Real,
Portugal
Figura de
proteção
Área
afetada (ha)
16,25
Reserva Nacional
14,08
Reserva Nacional
451
Obra
Autoestrada
Litoral Oeste
Barragem de
Foz Tua
Barragem de Foz Tua
SOMAGUE SGPS
115
Dia da Árvore (LOC)
A construção do Terminal de Contentores de Lomé, Togo,
A Somague participou, em conjunto com o
dada a localização do projeto - junto ao mar, envolve um forte
Município de Ourém, a empresa municipal
acompanhamento ambiental conforme previsto no estudo
Ourém Viva e a Escola Profissional de Ourém,
de impacte ambiental. Assim, o ACE Construtor, do qual faz
no projeto de reflorestação de 3,5 ha de
parte a Somague, desenvolveu e implementou um Plano de
terreno de um antigo local de exploração de
Gestão Ambiental específico para o presente projeto que
areias da C. M. de Ourém.
tem em consideração as especificidades dessa localização,
os condicionalismos do país e da legislação nacional. Dos
diferentes aspetos ambientais incluídos no plano, destaca-se
a biodiversidade, da qual fazem parte as seguintes medidas
implementadas:
• Tartarugas marinhas: durante o período de nidificação das
tartarugas na costa do Togo, que se verifica entre setembro e
fevereiro, é mantida uma vigilância das praias para averiguar
a presença de eventuais tartarugas na praia afetada pelo
projeto. Quando é detetada a presença de uma tartaruga, o
ACE Construtor contacta com a Agência Nacional de Gestão
Ambiental que, após a nidificação, procede à recolha dos ovos
e os protege em condições adequadas até ao nascimento das
tartarugas. Assim que atingem a estrutura física necessária as
tartarugas são devolvidas ao mar.
• Replantação de Mangais: por forma a compensar a efetiva
perda de uma área de 50 hectares onde predominava flora
e fauna diversas e sendo esta última muito potenciada pela
vasta existência de mangais, a LCT definiu novas áreas no
Togo - com características adequadas para a replantação desta
espécie - por forma a tentar restabelecer condições naturais
semelhantes às existentes na área de construção noutro ponto
da costa do Togo. A nova área está localizada em Aneho, junto
à fronteira com o Benin.
O projeto de recuperação ambiental teve em
conta várias vertentes, tais como a aplicação
de uma camada de terra vegetal, arborização
com pinheiro bravo e pinheiro manso e
colocação de obstáculos junto à estrada com
o propósito de evitar o acesso para despejo de
resíduos.
No total serão plantadas 3648 árvores,
nomeadamente
2380
pinheiros
bravos,
1190 pinheiros mansos e 78 medronheiros.
Estas espécies foram escolhidas tendo em
conta o seu tempo de crescimento, o seu
potencial económico e a proteção ambiental e
paisagística.
A ação teve início em novembro de 2013, tendo
na altura sido organizada uma plantação para
alunos da Escola Profissional de Ourém. Neste
ato, onde estiveram presentes o Presidente
da Câmara, o Vereador (Ambiente) e alguns
elementos da Proteção Civil, foram plantadas
perto de 300 plantas de pinheiro manso/
bravo. Para 2014, estão previstas novas ações
onde serão plantadas as restantes árvores.
RELATÓRIO ANUAL 2013
AMBIENTE
Proteção da Biodiversidade no LCT - Togo
08
116
SOMAGUE SGPS
Impacte na Comunidade
Reforço de Potência da Barragem de Venda Nova III - Vieira do Minho
117
RELATÓRIO ANUAL 2013
8
Impacte na Comunidade
118 A Somague está empenhada em apoiar iniciativas de carácter social ao nível local e
Barragem de Foz Tua - Cooperação local
global. No entanto, pelo tipo de atividade
A construção da barragem de Foz Tua, ACE ao qual pertence a
que desenvolve, a contribuição da Somague
Somague, tem tido uma atuação com forte impacto social na
para o desenvolvimento social também se
zona onde se desenvolve a obra, nomeadamente no conselho
concretiza na execução de projetos e iniciativas levadas a cabo em todas as suas linhas
de negócio. Neste sentido, é também objetivo da Somague aliar a contribuição para o
desenvolvimento social com os objetivos do
negócio e as necessidades das comunidades
onde opera. Procura-se, deste modo, estabelecer oportunidades de colaboração sustentáveis, perduráveis e replicáveis no tempo.
de Alijó - distrito de Vila Real e no conselho de Carrazeda de
Ansiães - Distrito de Bragança.
Além das suas obrigações como empreiteiro, o ACE teve,
em 2013, as seguintes colaborações e iniciativas com a
comunidade local:
Melhoramento de caminhos de acesso - Uma vez que a obra se
localiza numa zona onde são habituais as temperaturas baixas
e a formação de gelo nas estradas, o ACE executou a limpeza
das estradas e distribuição de sal para eliminar o mesmo. A
quantidade total de sal adquirido e aplicado pelo ACE, até ao
final de 2013, foi de 12 toneladas.
Para alcançar este objetivo, a Somague atua
nas seguintes vertentes:
Limpeza dos taludes - Na Estrada Nacional 212, além da
manutenção efetuada no troço dentro da área de intervenção da
• Apoio a iniciativas e causas sociais, cultu-
obra, o ACE executou diversas intervenções como manutenção
rais e desportivas, seja através de financia-
de taludes, e limpeza de pequenos desmoronamentos e
mento (patrocínios, donativos, pró-bono),
desobstrução de drenagens com equipamento próprio tendo,
seja através de serviços prestados;
inclusive, um “joper” sempre disponível, dois turnos por dia.
• Pelas suas capacidades técnico-económi-
Capela N.ª Sª da Guia - O ACE executou diversos trabalhos
cas participa na construção de importan-
de recuperação na Capela de Nossa Senhora da Guia, que
tes infraestruturas para as comunidades
incluíram as construção de um telheiro e a colocação de
onde atua;
pavimentos no seu exterior.
• Fomento de ações de desenvolvimento socioeconómico em países em vias de
desenvolvimento, mediante o desenvolvimento de diversos projetos.
Posto médico - O ACE disponibilizou o posto médico da obra
ao Instituto Português do Sangue (IPS), para duas campanhas
de doação de sangue realizadas às populações locais e aos
trabalhadores do ACE, campanhas estas organizadas pela EDP.
Recolha de alimentos - No Natal o ACE fez uma recolha de
alimentos na obra, para entrega no município, tendo sito
doados aproximadamente 60kg.
Apoio a eventos locais - O ACE apoiou as festas locais através
de donativos.
SOMAGUE SGPS
119
Melhoramento de estradas - Tomar
A Somague pertence ao ACE que tem a seu cargo a “Execução
No âmbito da construção do IC9, integrada
do Reforço de Potência de Aproveitamento de Venda Nova
na concessão Litoral Oeste, a Somague
III”, obra que assume uma relevância estratégica para o
desenvolveu um processo de envolvimento
desenvolvimento da Região, nomeadamente do Conselho de
das comunidades locais, das quais se destaca
Vieira de Minho.
a junta de freguesia da Sabacheira - Tomar.
Santa Bárbara
Neste
âmbito,
como
contrapartida
pela
exploração de uma pedreira como mancha
No dia 4 de dezembro de 2013, o ACE convidou os
de empréstimo, a Somague aplicou 360
trabalhadores e seus familiares, a população de Vieira do
ton de misturas betuminosas em 600 m
Minho, os responsáveis da EDP e as autoridades locais a
de estradas municipais. Esta parceria teve
participarem na Missa em honra de Santa Bárbara, padroeira
ainda a vantagem de evitar a intervenção em
dos mineiros.
áreas virgens para a produção de matérias
A Missa decorreu no átrio de montagem da Câmara dos
necessários à execução da obra.
Grupos e contou com a presença de aproximadamente 150
Dado o bom relacionamento com a junta
pessoas. Após a celebração, a EDP e o ACE ofereceram a todos
de freguesia, a Somague decidiu exceder as
os participantes um jantar de convívio nas instalações do
contrapartidas que tinham ficado definidas e
refeitório.
aplicou 1.600 ton de misturas betuminosas
fornecidas pela junta de freguesia. Utilizando
a sua própria equipa de pavimentação a
Somague requalificou 2,8 km de estradas.
Festas de Ruivães 2013
O ACE participou nas festividades de Ruivães em honra de
Santa Bárbara, São Cristóvão, São Sebastião e Santa Teresa.
Estas festas decorreram nos dias 16, 17 e 18 de agosto e
tiveram como ponto alto a participação de um grupo de
trabalhadores que transportaram o andor em honra a Santa
Apoio a eventos culturais
Bárbara, Padroeira dos Mineiros.
A Somague Ediçor apoiou, em 2013, a
programação anual e festivais promovidos
pelas seguintes instituições:
• Teatro Micaelense
Congressos;
Centro
Cultural
de
• Coliseu Micaelense; S.I.I.;
• Cooperativa Praia Cultural da
Municipal da Praia da Victória;
Câmara
• Culturangra;
• Bazar Internacional Corpo Diplomático.
RELATÓRIO ANUAL 2013
IMPACTE NA COMUNIDADE
Venda Nova III - Relação com a Comunidade
120
Estágios Neopul
Museu Ferroviário
Em 2013, a Neopul (grupo Somague) colaborou
A Neopul e a Somague mantiveram, em 2013, o seu forte
com a Rotary, organização que desenvolve
apoio à Fundação Museu Nacional Ferroviária (FMNF) que tem
projetos
tratar
por Missão o estudo, a conservação, valorização e promoção
de assuntos atuais, entre eles crianças em
comunitários
que
visam
do património histórico, cultural e tecnológico ferroviário
situação de risco, pobreza e fome, preservação
português e por objetivo específico a instalação e a gestão do
do meio ambiente, analfabetismo e violência.
Museu Nacional Ferroviário, bem como a conceptualização,
Além disso, apoiam iniciativas pró-juventude,
dinamização e gestão dos vários Núcleos Museológicos.
promovem o desenvolvimento profissional
e patrocinam oportunidades educacionais e
intercâmbios para estudantes, professores e
outros profissionais.
Em 2013, a Fundação inaugurou o Comboio Presidencial
Português, após este ter sido objeto de um profundo e
inédito processo de restauro que lhe permite circular na
Rede Ferroviária Nacional. Para a ocasião foi organizada uma
No âmbito do projeto da Rotary “preparar os
viagem inaugural, que partiu da Estação Ferroviária de Lisboa -
jovens para o futuro”, a Neopul proporcionou
Santa Apolónia com destino ao Entrocamento, onde se seguiu
quatro estágios de um dia a alunos da Escola
uma receção aos convidados e uma visita ao Museu Nacional
Secundária Professor Galopim de Carvalho, em
Ferroviário.
Queluz. Estes estágios, realizados na sede da
empresa, foram orientados por colaboradores
da Neopul em duas áreas de atuação:
engenharia civil e economia/gestão.
Durante este ano foi, também, tomada a decisão da FMNF de
transferir o Centro Nacional de Documentação Ferroviária da
Estação do Oriente, em Lisboa para o Bairro do Boneco, no
Entroncamento. Este bairro, onde se irá situar a futura entrada
principal do Museu Nacional Ferroviário, irá receber obras
de requalificação e adaptação para acolhimento do espólio
documental.
Instituto Português do Sangue
Colheita de sangue e Registo de Dador de
Medula Óssea
A generosidade, que sempre caracteriza a
resposta da Somague e dos seus colaboradores
aos apelos do Instituto Português do Sangue,
voltou a manifestar-se em 2013, numa
campanha de recolha de sangue realizada pelo
Centro de Sangue e Transplantação de Lisboa,
na sede da empresa, em Sintra.
SOMAGUE SGPS
A Somague colaborou com a Câmara Municipal
de Vila Franca de Xira, através da cedência
diversas peças do seu estaleiro que foram
usadas no Parque Linear Ribeirinho do Estuário
do Tejo, inaugurado em dezembro de 2013.
Nas peças disponibilizadas incluiu-se um
crava estacas, um molde tetrápodes, maciços
de amarração, elementos com rodas, uma boia
esférica, seis barris, pneus e varias estruturas
metálicas em L.
As referidas peças foram integradas na área do
parque designada como “Praia dos Pescadores”,
acompanhadas de placas identificativas com a
designação da peça, idade aproximada, breve
descrição da função associada.
RELATÓRIO ANUAL 2013
121
IMPACTE NA COMUNIDADE
Parque Linear Ribeirinho
122
Apoio ao Desenvolvimento em Angola
Presente
em
Angola,
desde
os
anos
50, a Somague tem contribuído para o
desenvolvimento e modernização do país, não
só através das inúmeras obras realizadas mas,
também, pelas atividades de responsabilidade
corporativa que realiza junto das comunidades,
em prol do desenvolvimento sustentável.
Durante o ano 2013, a Somague Angola efetuou
Lar Mama Muxima
O lar Mama Muxima, coordenado por irmãs católicas, recebe
órfãos e crianças carentes aos quais oferece, entre outras
coisas, o direito ao ensino para crianças e adultos, cursos de
costura, culinária, informática e desenho e ainda o acesso
a uma enfermaria onde, na entrega da receita, oferecem a
medicação. Em 2013, a Somague Angola apoiou o lar através
da doação de bens alimentares e oferta de presentes de Natal.
obras de recuperação de infraestruturas
de
escolas
públicas
e
instituições,
desenvolveu apoios comunitários e ofereceu
eletrodomésticos aos 15 trabalhadores mais
antigos da empresa.
Lar Kuzola
À semelhança dos últimos anos, em 2013, a
Somague Angola apoiou o Lar Kuzola através
da entrega de brinquedos no Natal, a 250
crianças. Esta instituição é apoiada pela
empresa não só no que refere a doações,
mas também com a presença constante de
colaboradores da empresa, no sentido de
ajudar no que for necessário.
SOMAGUE SGPS
Maternidade Lucrécia Paim
Construção de Pavilhão ao Lar Dom Bosco
A Somague Angola, em 2013, apoiou a maternidade Lucrécia
O Dom Bosco é uma organização internacional
Paim através da realização de pequenas obras, nomeadamente
da Igreja Católica, que trabalha para o
pintura da fachada e muros exteriores, reparação e pintura
desenvolvimento da juventude, especialmente
de portão exterior. Adicionalmente ajudou na limpeza
a mais necessitada.
da maternidade, nomeadamente na retirada de lixos e
equipamentos hospitalares abatidos.
Em 2013, a Somague Angola deu continuidade
a um apoio já iniciado no ano anterior,
nomeadamente
Campanha de HIV/SIDA
na
construção
de
um
pavilhão que irá servir de escola de formação
profissional para as áreas da construção civil
Em 2013, a Somague Angola deu continuidade a um trabalho
(canalizadores e eletricistas) e área informática
já desenvolvido em anos anteriores, nomeadamente na
A empresa construiu a estrutura e a cobertura
campanha e prevenção de HIV/Sida. Assim a empresa
do pavilhão, tendo o assentamento dos blocos
desenvolveu palestras e distribuiu folhetos informativos
de cimentos sido feito pelos próprios alunos
e preservativos, procurando, desta forma, combater a
do Lar.
propagação do vírus e sensibilizar os colaboradores a
efetuarem o teste.
Ainda neste âmbito, a Somague Angola participou no dia
Mundial do HIV, onde foram distribuídas t-shirts e bonés
alusivos à data e oferecido um lanche a todos os participantes
da empresa.
Desde 2011 que a Somague Angola mantém, ainda, uma
parceria com uma empresa para a realização dos testes de HIV,
com a entrega do resultado ao colaborador no próprio dia.
Hospital Américo Boavida
Em 2013, a Somague Angola ofereceu - a cada dois meses duas cestas básicas ao Hospital Américo Boavista (trabalho
de continuidade, iniciado em 2012). Esta oferta foi destinada
duas famílias portadoras de HIV que são cegas. O objetivo
foi o de garantir uma melhor nutrição e, consequentemente,
melhores resultados no tratamento a que essas famílias são
sujeitas.
RELATÓRIO ANUAL 2013
IMPACTE NA COMUNIDADE
123
09
Demonstrações Financeiras
Consolidadas
124
9.1 Demonstração Consolidada da Posição
126
Financeira
9.2 Demonstração Consolidada dos Resultados
127
por Natureza
9.3 Demonstração Consolidada do Resultado
127
Integral
9.4 Demonstração Consolidada das Alterações
128
no Capital Próprio
9.5 Demonstração de Fluxos de Caixa
Consolidados
SOMAGUE SGPS
130
Obras de reabilitação de infra e superestrutura no Corredor de Nacala - Moçambique
125
RELATÓRIO ANUAL 2013
Demonstração Consolidada
da Posição Financeira
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012
126
(Montantes expressos em Euros)
Notas
31/12/2013
31/12/2012
Ativos fixos tangíveis
6
81.547.379
76.165.922
Ativos intangíveis
7
19.927.927
27.453.085
Investimentos em associadas
8
6.795.361
133.373
Outros investimentos - método equivalência patrimonial
9.1
4.229.625
4.106.779
Outros investimentos - outros métodos
9.2
1.353.630
974.978
Clientes
12
10.860.051
17.447.223
Outros ativos financeiros
10
37.347.709
36.671.592
5
10.178.663
11.637.740
172.240.345
174.590.692
ATIVO
Ativos não correntes
Ativos por impostos diferidos
Total de ativos não correntes
Ativos correntes
Inventários
11
40.417.766
37.233.154
Clientes
12
508.846.086
488.951.303
Outros devedores
13
41.640.055
62.632.055
Outros ativos financeiros
14
15.887.358
17.305.213
Outros títulos e depósitos
15
17.405.776
2.200.000
Caixa e bancos
16
37.447.229
57.504.096
661.644.271
665.825.821
833.884.616
840.416.513
130.500.000
Total de ativos correntes
TOTAL ATIVO
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
CAPITAL PRÓPRIO
Capital Social
17
130.500.000
Prestações acessórias
17
39.470.047
39.470.047
Diferenças de consolidação
17
(23.736.396)
(23.736.958)
Diferenças de transposição
17
(2.539.762)
(2.126.991)
Resultados retidos
17
10.405.965
6.835.372
Reservas legais
17
5.760.117
5.473.929
Outras reservas
17
1.597.116
(269.875)
Resultado líquido consolidado
17
5.814.546
5.723.772
167.271.633
161.869.296
INTERESSES QUE NÃO CONTROLAM
TOTAL CAPITAL PRÓPRIO
482.685
474.074
167.754.318
162.343.370
PASSIVO
Passivos não correntes
Financiamentos
18
64.601.632
31.244.688
Provisões
19
23.231.488
25.265.935
Fornecedores
20
25.586.478
26.129.849
Outros passivos financeiros
21
1.818.391
1.600.780
5
716.661
992.337
115.954.650
85.233.589
Passivos por impostos diferidos
Total de passivos não correntes
Passivos correntes
Fornecedores
22
182.619.863
193.726.944
Financiamentos
23
146.319.729
163.711.606
Diferimentos
24
86.829.776
138.313.267
Outros passivos financeiros
25
134.406.281
97.087.737
550.175.649
592.839.554
833.884.616
840.416.513
Total de passivos correntes
TOTAL PASSIVO E CAPITAL PRÓPRIO
SOMAGUE SGPS
Demonstração Consolidada
dos Resultados por Natureza
Para os exercícios findos e 31 de dezembro de 2013 e 2012
127
Notas
31/12/2013
31/12/2012
Rendimentos e gastos:
Vendas
26
2.944.367
26.654.888
Prestações de serviços
26
496.239.075
490.500.192
Outros rendimentos operacionais
27
31.072.471
29.606.637
Custo das mercadorias vendidas
28
(76.625.771)
(97.085.544)
Variação produção
29
5.121.749
(268.861)
Fornecimento e serviços externos
30
(309.411.699)
(303.453.375)
31
(86.503.378)
(89.110.243)
6e7
(10.319.259)
(10.713.431)
Gastos com o pessoal
Amortizações e depreciações
Provisões e perdas/reversões de imparidade
6, 9, 11, 12, 13 e 19
Outros gastos operacionais
32
RESULTADOS OPERACIONAIS
7.544.877
4.135.120
(27.879.464)
(28.342.804)
32.182.969
21.922.578
(23.776.223)
Gastos e perdas financeiras
33
(30.720.426)
Rendimentos e ganhos financeiros
34
15.898.627
16.072.863
RESULTADOS FINANCEIROS
(14.821.799)
(7.703.360)
RESULTADOS ANTES DE IMPOSTOS
17.361.170
14.219.218
(11.329.345)
(8.296.747)
6.031.825
5.922.471
5.814.546
5.723.772
217.278
198.699
Básico
0,22
0,22
Diluído
0,22
0,22
Impostos sobre o rendimento
5
RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO
Atribuível a:
Detentores de capital
Interesses que não controlam
Resultados por ação:
Demonstração Consolidada
do Resultado Integral
Para os exercícios findos e 31 de dezembro de 2013 e 2012
(Montantes expressos em Euros)
Resultado líquido do período
Diferenças de transposição das demonstrações financeiras em moeda estrangeira
31/12/2013
31/12/2012
5.814.546
5.723.772
(412.771)
(216.240)
Outros
RESULTADO INTEGRAL DO PERÍODO
562
(998.953)
5.402.337
4.508.578
RELATÓRIO ANUAL 2013
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
(Montantes expressos em Euros)
SOMAGUE SGPS
POSIÇÃO NO FIM DO PERÍODO
31-12-2012
Constituição da reserva legal
Transferência de resultados
do exercício para resultados
transitados
APLICAÇÃO DE RESULTADOS
7
=1+2+3+5+6
6
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
(216.240)
(216.240)
582.492
-
582.492
-
-
-
-
-
-
-
130.500.000 39.470.047 (23.736.958) (2.126.991) 5.473.929
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
(269.875)
-
-
-
-
-
-
-
(998.953)
(998.953)
-
Total
(6.913.046)
(582.492)
-
5.723.772
5.723.772
-
-
4.508.578
5.723.772
(1.215.193)
(1.215.193)
-
7.495.538 157.360.717
Resultado
líquido do
período
6.835.372
-
-
-
-
5.723.772 161.869.296
6.913.046 (7.495.538)
6.913.046
-
-
-
-
-
-
-
-
(77.674)
Resultados
retidos
-
-
-
-
-
-
-
-
729.078
Outras
reservas
Distribuições
5
Reservas
legais
-
4=2+3
Diferenças
Diferenças
de
de
consolidação transposição
Total do
capital
próprio
-
-
-
-
-
-
4.655.220
5.922.471
(1.267.251)
(1.279.923)
12.672
474.074 162.343.370
-
-
146.641
198.699
(52.058)
(64.730)
12.672
327.433 157.688.150
Interesses
que não
controlam
(Montantes expressos em Euros)
OPERAÇÕES COM DETENTORES
DE CAPITAL PRÓPRIO
RESULTADO INTEGRAL
3
-
-
-
RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO
Prestações
acessórias
130.500.000 39.470.047 (23.736.958) (1.910.751) 4.891.437
Alterações de perímetro
2
1
Capital
realizado
Outras alterações reconhecidas
no capital próprio
ALTERAÇÕES DO PERÍODO
POSIÇÃO NO INÍCIO DO PERIODO
01-01-2012
Descrição
Em 31 de dezembro de 2012
Demonstração Consolidada das
Alterações no Capital Próprio
128
RELATÓRIO ANUAL 2013
POSIÇÃO NO FIM DO PERÍODO
31-12-2013
Constituição da reserva legal
Transferência de resultados
do exercício para resultados
transitados
APLICAÇÃO DE RESULTADOS
Distribuições
OPERAÇÕES COM DETENTORES
DE CAPITAL PRÓPRIO
RESULTADO INTEGRAL
Diferenças
Diferenças
de
de
consolidação transposição
Reservas
legais
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
562
562
-
-
-
-
-
-
-
-
(412.771)
(412.771)
1.866.991
(1.866.991)
-
6.835.372
Resultados
retidos
286.188
-
286.188
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
(5.437.584)
(286.188)
-
-
5.814.546
5.814.546
-
-
-
(208.668)
-
5.814.546 167.271.633
-
-
-
-
-
5.402.337
5.814.546
-
-
-
-
-
5.410.948
6.031.825
(620.877)
(620.877)
-
482.685 167.754.318
-
-
-
-
-
8.611
217.278
(412.209) (208.668)
(412.209)
-
Total do
capital
próprio
474.074 162.343.370
Interesses
que não
controlam
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
10.405.965
Total
(Montantes expressos em Euros)
5.723.772 161.869.296
Resultado
líquido do
período
5.437.584 (5.723.772)
5.437.584
-
-
-
-
-
- 1.866.991 (1.866.991)
-
-
(269.875)
Outras
reservas
13 = 7 + 8 + 9
130.500.000 39.470.047 (23.736.396) (2.539.762) 5.760.117 1.597.116
+ 11 + 12
12
11
10 = 8 + 9
9
-
-
-
RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO
Prestações
acessórias
130.500.000 39.470.047 (23.736.958) (2.126.991) 5.473.929
Alterações de perímetro
8
7
Capital
realizado
Outras alterações reconhecidas
no capital próprio
ALTERAÇÕES DO PERÍODO
POSIÇÃO NO INÍCIO DO PERIODO
01-01-2013
Descrição
Em 31 de dezembro de 2013
Demonstração Consolidada das
Alterações no Capital Próprio
129
Demonstração de Fluxos de
Caixa Consolidados
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012
130
(Montantes expressos em Euros)
Notas
31/12/2013
31/12/2012
Fluxo de caixa das atividades operacionais - Método Direto
Recebimentos de clientes
Pagamentos a fornecedores
Pagamentos ao pessoal
Caixa gerada pelas operações
Pagamento/recebimento do imposto sobre o rendimento
Outros recebimentos/pagamentos relativos à atividade operacional
Fluxos de caixa das atividades operacionais (1)
489.205.295
498.110.107
(410.361.552)
(419.599.223)
(87.721.600)
(90.390.988)
(8.877.857)
(11.880.104)
(11.742.917)
(4.970.875)
13.253.991
(14.264.008)
(7.366.783)
(31.114.987)
Fluxo de caixa das atividades de investimento
Pagamentos respeitantes a:
Investimentos financeiros
Activos fixos tangíveis
Activos intangíveis
(133.872)
(229.542)
(16.541.112)
(8.223.298)
(4.258)
(3.576)
(16.679.242)
(8.456.415)
Recebimentos provenientes de:
Investimentos financeiros
Activos fixos tangíveis
Juros e proveitos similares
Fluxos de caixa das atividades de investimento (2)
80.000
-
2.995.678
1.891.616
9.149.271
4.066.422
12.224.949
5.958.038
(4.454.293)
(2.498.378)
49.207.707
39.813.943
Fluxo de caixa das atividades de financiamento
Recebimentos provenientes de:
Financiamentos obtidos
Subsídio e doações
6.335
43.989
6.046.155
2.021.668
55.260.197
41.879.600
Financiamentos obtidos
(32.872.471)
(13.477.670)
Juros e custos similares
(30.722.426)
(24.102.180)
Amortizações de locação financeira
(1.706.230)
(5.415.452)
Outras operações de financiamento
-
-
(65.301.127)
(42.995.301)
(10.040.930)
(1.115.702)
(21.862.005)
(34.729.066)
1.632.320
1.712.320
Suprimentos
Pagamentos respeitantes a:
Fluxos de caixa das atividades de financiamento (3)
Variação de caixa e seus equivalentes (1) + (2) + (3)
Efeito da alteração do perímetro de consolidação
16
Efeito da variação cambial
172.818
135.771
Caixa e seus equivalentes no início do ano
16
57.504.096
90.385.071
Caixa e seus equivalentes no fim do ano
16
37.447.229
57.504.096
SOMAGUE SGPS
Kinaxixi MXD Complex - Angola
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
131
RELATÓRIO ANUAL 2013
10
132
SOMAGUE SGPS
Notas Consolidadas
Data Center PT - Covilhã
133
RELATÓRIO ANUAL 2013
Notas Consolidadas
(em 31 de dezembro de 2013)
134 1. Informação geral da atividade do
Grupo Somague
com Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS”)
em 28 de fevereiro de 2014. De acordo com o art.º 68 do
CSC a Assembleia-Geral de Acionistas pode recusar a pro-
A Somague - Sociedade Gestora de Partici-
posta dos membros da Administração relativamente à apro-
pações Sociais, S.A. (“Somague SGPS” ou
vação de contas desde que delibere motivadamente que se
“Empresa”), com sede em Sintra, foi consti-
proceda à elaboração total de novas contas ou à reforma em
tuída em 21 de janeiro de 1952, tendo em
pontos concretos das apresentadas.
29 de dezembro de 1993 adotado a atual
denominação e o objeto social de gestão de
participações sociais noutras sociedades,
3. Principais políticas contabilísticas
como forma indireta do exercício de atividade económica.
3.1. Bases de preparação
No exercício de 2004 concretizou-se a ope-
As demonstrações financeiras consolidadas da Somague
ração de troca de participações efetuada en-
SGPS foram preparadas no pressuposto da continuidade
tre a Sacyr, S.A. (“Grupo Sacyr”) e os anterio-
das operações, a partir dos livros e registos contabilísti-
res acionistas e de que resultou o controlo
cos das empresas incluídas na consolidação, mantidos de
do capital (100%) da empresa pelo Grupo
acordo com os princípios de contabilidade geralmente
Sacyr a partir de meados deste exercício.
aceites em Portugal ajustados, no processo de consoli-
Consequentemente, a partir daquela data as
dação, de modo a ficarem de acordo com as disposições
operações do Grupo Somague são influen-
das Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS”)
ciadas pelas decisões do Grupo Sacyr da
emitidas pelo International Accounting Standards Board
qual a Sacyr, S.A. é empresa mãe.
(“IASB”) e adotadas pela União Europeia, em vigor para os
exercícios económicos iniciados em 1 de janeiro de 2013.
O universo empresarial da Somague (“Grupo”), do qual a Somague SGPS, S.A. é em-
Todos os valores apresentados nestas notas explicativas
presa mãe, é formado pelas empresas par-
estão expressos em Euros, exceto quando esteja expressa-
ticipadas e associadas indicadas nas Notas
mente indicada outra unidade monetária.
4. As principais atividades do Grupo são a
construção civil e obras públicas e promo-
3.2. Bases de consolidação
ção imobiliária.
a. Empresas controladas
2. Data de aprovação das demonstrações financeiras
As participações financeiras em empresas nas quais o Grupo detenha, direta ou indiretamente, mais de 50% dos direitos de voto em Assembleia-Geral de Acionistas/Sócios
Relativamente ao exercício findo em 31 de
e/ou detenha poder de controlar as suas políticas finan-
dezembro de 2013, o Conselho de Adminis-
ceiras e operacionais, foram incluídas nas demonstrações
tração autorizou a sua emissão das demons-
financeiras consolidadas pelo método de consolidação
trações financeiras consolidadas de acordo
integral. A participação de terceiros no capital próprio e
SOMAGUE SGPS
cional, desde a data em que o controlo é 135
paradamente na demonstração da posição financeira con-
partilhado. De acordo com este método, os
solidada e na demonstração dos resultados consolidada,
ativos, passivos, proveitos e custos destas
nas respetivas rubricas de “Interesses que não controlam”.
empresas foram integrados, nas demonstrações financeiras consolidadas, rubrica a
As perdas de uma subsidiária passam a ser quinhoadas pe-
rubrica na proporção do controlo atribuível
los interesses que não controlam mesmo que excedam os
ao Grupo.
interesses destas na subsidiária.
As transações, saldos e dividendos entre
Os resultados das subsidiárias adquiridas ou vendidas du-
empresas são eliminados, no processo de
rante o período estão incluídos nas demonstrações dos
consolidação, na proporção do controlo atri-
resultados desde a data da sua aquisição ou até à data da
buível ao Grupo.
sua alienação.
Sempre que necessário, são efetuados ajusAs transações e saldos significativos entre essas empresas
tamentos às demonstrações financeiras das
foram eliminados no processo de consolidação. As mais-
entidades conjuntamente controladas para
-valias decorrentes da alienação de empresas participa-
adequar as suas políticas contabilísticas às
das, efetuadas dentro do Grupo, são igualmente anuladas.
usadas pelo Grupo.
Sempre que necessário são efetuados ajustamentos às de-
A classificação dos investimentos financei-
monstrações financeiras das empresas subsidiárias, tendo
ros em empresas conjuntamente contro-
em vista a uniformização das respetivas políticas contabi-
ladas é determinada com base em acordos
lísticas com as do Grupo e para efeitos de consolidação de
contratuais que regulam o controlo conjun-
contas.
to, na percentagem efetiva de detenção e/
ou nos direitos de voto detidos.
Nas situações em que o Grupo detenha, em substância, o
controlo de outras entidades criadas com um fim específi-
Os interesses financeiros em Agrupamentos
co, ainda que não detenha participações de capital direta-
Complementares de Empresas (ACE), por
mente nessas entidades, as mesmas são consolidadas pelo
regra, foram incluídos nas demonstrações
método de consolidação integral.
financeiras consolidadas pelo método de
consolidação proporcional.
As empresas controladas em 31 de dezembro de 2013, e
como tal consolidadas pelo método de consolidação inte-
No entanto existem alguns interesses em
gral encontram-se identificadas na nota 4.
Agrupamentos Complementares de Empresas, que foram incluídos nas demonstrações
b. Empresas conjuntamente controladas
financeiras pelo método de equivalência patrimonial, porque o seu controlo é exercido
As participações financeiras em empresas conjuntamente
pelo Acionista onde são consolidadas pelo
controladas foram incluídas nas demonstrações financei-
método proporcional.
ras consolidadas pelo método de consolidação proporRELATÓRIO ANUAL 2013
NOTAS CONSOLIDADAS
no resultado líquido dessas empresas é apresentada se-
136 As empresas consolidadas pelo método de
custo, que corresponde ao excesso do custo das concen-
consolidação proporcional encontram-se
trações de atividades empresariais a que respeitam acima
identificadas na Nota 4.
do interesse do Grupo no justo valor líquido dos ativos,
passivos e passivos contingentes identificáveis na data da
Os investimentos financeiros em empresas
concentração.
conjuntamente controladas excluídas da
consolidação por não haver controlo con-
Sempre que o interesse da adquirente no justo valor líqui-
junto são apresentados ao custo de aquisi-
do dos ativos, passivos e passivos contingentes identifi-
ção (Nota 4).
cáveis excede o custo da concentração de atividades empresariais, o diferencial é imediatamente reconhecido nos
c. Concentração de atividades empresa-
resultados do período se, após reavaliação, não for possí-
riais
vel a sua imputação aos correspondentes ativos e passivos
tendo em conta o respetivo justo valor.
A concentração de atividades empresariais,
nomeadamente a aquisição de subsidiárias,
Os interesses que não controlam são apresentados pela
é registada pelo método de compra. O cus-
respetiva proporção do justo valor dos ativos e passivos
to de aquisição corresponde ao agregado
identificados.
dos justos valores, à data da transação, dos
ativos cedidos, dos passivos incorridos ou
d. Empresas associadas
assumidos e dos instrumentos de capital
próprio emitidos, em troca do controlo da
As participações financeiras em empresas associadas, em-
adquirida.
presas onde o Grupo exerce uma influência significativa
mas não detém o controlo das mesmas através da partici-
Nas concentrações empresariais ocorridas
pação nas decisões financeiras e operacionais da empresa,
entre 1 de janeiro de 2004 e 31 de dezem-
não são consolidadas sendo apresentadas nas demonstra-
bro de 2008, de acordo com a IFRS 3, os ati-
ções financeiras pelo método de equivalência patrimonial.
vos e passivos de cada subsidiária (incluindo
os passivos contingentes) foram mensura-
3.3. Resumo das principais políticas contabilísticas
dos ao seu justo valor na data de aquisição e
o excesso do custo de aquisição face ao jus-
i.
Ativos e passivos expressos em moeda estrangeira
to valor dos ativos e passivos identificáveis
de cada associada na data de aquisição foi
Todos os ativos e passivos expressos em moeda estrangeira
reconhecido como goodwill. Quando o dife-
são convertidos para a moeda de relato, utilizando-se as
rencial entre o custo de aquisição e o justo
cotações oficiais vigentes na data de relato. As diferenças
valor dos ativos e passivos líquidos adquiri-
cambiais, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas di-
dos foi negativo, o mesmo foi reconhecido
ferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das
como um proveito do exercício.
transações e aquelas em vigor na data das cobranças, pagamentos ou à data de relato, são registadas como rendimen-
Nas aquisições subsequentes a 1 de janeiro
tos e gastos na demonstração dos resultados do exercício.
de 2009, o goodwill é mensurado pelo seu
A conversão das demonstrações financeiras a consolidar
SOMAGUE SGPS
137
com moeda funcional diferente da de relato foram conver
Kwanza/
Euro
Real/
Euro
Dirham/
Euro
Metical/
Euro
Escudo Cabo-verdiano/
Euro
Vigente ao final do ano - para a
totalidade dos ativos e passivos
0,0074
0,3099
0,0878
0,0243
110,2650
Médio - para a demonstração dos
resultados do ano
0,0078
0,3500
0,0887
0,0250
110,2650
Histórico - para as rubricas do
capital próprio
0,0092
0,3812
-
0,0358
110,2650
As diferenças de câmbio originadas nesta conversão fo-
Os bens adquiridos em regime de locação
ram incluídas no capital próprio na rubrica “Diferenças de
financeira são amortizados utilizando as
transposição”.
mesmas taxas dos restantes ativos fixos tangíveis, ou seja, tendo por base a respetiva
ii. Ativos e passivos não correntes
vida útil.
Os ativos realizáveis e os passivos exigíveis a mais de um
A quantia depreciável dos ativos fixos tangí-
ano da data de relato são classificados, respetivamente,
veis é líquida do valor residual que se esti-
como ativos e passivos não correntes.
ma que exista no final das respetivas vidas
úteis.
iii. Ativos fixos tangíveis
Os métodos de amortização, a vida útil estiOs ativos fixos tangíveis utilizados na produção, prestação
mada e o valor residual são revistos no final
de serviços ou para uso administrativo foram registados
de cada ano e os efeitos das alterações são
ao custo considerado até 01/01/2004 e posteriormente
tratados como alterações de estimativas, ou
ao custo aquisição ou produção, incluindo as despesas im-
seja, o efeito das alterações é tratado de for-
putáveis à compra, deduzido da depreciação acumulada e
ma prospetiva.
perdas de imparidade, quando aplicável.
Os custos de desmantelamento e remoção
Os ativos fixos tangíveis são depreciados pelo método das
de bens do ativo fixo tangível e os custos de
quotas constantes, de acordo com a sua vida útil estimada,
restauração do local onde estes estão locali-
a partir da data em que os mesmos se encontram disponí-
zados, em cuja obrigação se incorre quando
veis para ser utilizados no uso pretendido, de acordo com
os bens são adquiridos ou como consequên-
as seguintes vidas úteis estimadas.
cia de terem sido usados durante um deter-
Edifícios e outras construções
Equipamento básico
Equipamento de transporte
Ferramentas e utensílios
Equipamento administrativo
Outras imobilizações corpóreas
Anos de vida útil
8 - 50
3 - 10
4-8
3-8
3 - 20
3 - 14
minado período para finalidades diferentes
da produção de inventários, fazem parte do
custo do ativo fixo tangível correspondente
e são amortizados no período de vida útil
dos bens a que respeitam.
RELATÓRIO ANUAL 2013
NOTAS CONSOLIDADAS
tidas para Euros, através das seguintes taxas de câmbio:
138 Os custos de manutenção e reparação cor-
quer indicação, a empresa estima a quantia recuperável do
rentes são reconhecidos como gastos no pe-
ativo (que é a mais alta entre o justo valor do ativo ou de
ríodo em que ocorrem.
uma unidade geradora de caixa menos os custos de vender
e o seu valor de uso) e reconhece nos resultados do exer-
Os custos com substituições e grandes re-
cício a imparidade sempre que a quantia recuperável for
parações são capitalizados sempre que au-
inferior ao valor contabilístico.
mentem a vida útil do imobilizado a que
respeitem e são amortizadas no período
Ao avaliar se existe indicação de imparidade são tidas em
remanescente da vida útil desse imobiliza-
conta as seguintes situações:
do ou no seu próprio período de vida útil, se
inferior.
• Durante o período, o valor de mercado de um ativo diminuiu significativamente mais do que seria esperado como
Os ativos fixos tangíveis em curso represen-
resultado da passagem do tempo ou do uso normal;
tam ativos ainda em fase de construção/pro-
• Ocorreram, durante o período, ou irão ocorrer no futuro
moção, encontrando-se registados ao custo
próximo, alterações significativas com um efeito adverso
de aquisição deduzido de eventuais perdas
na entidade, relativas ao ambiente tecnológico, de mer-
de imparidade. Estes ativos fixos tangíveis
cado, económico ou legal em que a entidade opera ou no
são depreciados a partir do momento em
mercado ao qual o ativo está dedicado;
que os ativos subjacentes estejam concluídos ou disponíveis para o uso pretendido.
• As taxas de juro de mercado ou outras taxas de mercado
de retorno de investimentos aumentaram durante o período, e esses aumentos provavelmente afetarão a taxa
Qualquer ganho ou perda resultante do des-
de desconto usada no cálculo do valor de uso de um ati-
reconhecimento de um ativo tangível (calcu-
vo e diminuirão materialmente a quantia recuperável do
lado como a diferença entre o valor de venda
ativo;
menos custos da venda e o valor contabilístico) é incluído no resultado do exercício no
ano em que o ativo é desreconhecido.
• A quantia escriturada dos ativos líquidos da entidade é
superior à sua capitalização de mercado;
• Está disponível evidência de obsolescência ou dano físico de um ativo;
As propriedades de investimento são inicial-
• Alterações significativas com um efeito adverso na en-
mente mensuradas pelo seu custo. Na men-
tidade ocorreram durante o período, ou espera -se que
suração subsequente é utilizado o modelo
ocorram num futuro próximo, até ao ponto em que, ou
do custo, que inclui o custo inicial deduzido
na forma em que, um ativo seja usado ou se espera que
das amortizações acumuladas e das perdas
seja usado. Estas alterações incluem um ativo que se tor-
de imparidade.
nou ocioso, planos para descontinuar ou reestruturar a
unidade operacional a que o ativo pertence, planos para
Imparidade
alienar um ativo antes da data anteriormente esperada;
• Existe evidência em relatórios internos que indica que o
O Grupo Somague avalia se existe qualquer
desempenho económico de um ativo é, ou será, pior do
indicação de que um ativo possa estar com
que o esperado.
imparidade no final do ano. Se existir qualSOMAGUE SGPS
O goodwill é registado como ativo e não é 139
imparidade, os bens que ainda não estão disponíveis para
sujeito a amortização. Anualmente, e sem-
uso são testados anualmente quanto à imparidade.
pre que haja algum indício de eventual perda de valor, os valores de goodwill são sujei-
As reversões de imparidade são reconhecidas em resulta-
tos a testes de imparidade. Qualquer perda
dos e são efetuadas apenas até ao limite que resultaria se
de imparidade é registada imediatamente
o bem nunca tivesse sido sujeito a imparidade.
como custo na demonstração de resultados
do período, não sendo suscetível de rever-
iv. Ativos intangíveis
são posterior.
Os ativos intangíveis exceto “goodwill” encontram-se regis-
Na alienação de uma subsidiária ou enti-
tados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações acu-
dade conjuntamente controlada, o respeti-
muladas e perdas de imparidade. Os ativos intangíveis só
vo goodwill é incluído na determinação da
são reconhecidos se for provável que deles advenham bene-
mais ou menos valia.
fícios económicos futuros para o Grupo, sejam controláveis
pelo Grupo e se possa medir razoavelmente o seu valor.
O goodwill relativo a investimentos em subsidiárias sedeadas no estrangeiro encontra-
As amortizações do exercício dos ativos intangíveis são
-se registado na moeda de reporte dessas
registadas na demonstração de resultados na rubrica de
subsidiárias, sendo convertido para a moeda
“amortizações”.
de reporte do Grupo (euro) à taxa de câmbio
em vigor na data de relato. As diferenças cam-
Na rubrica de propriedade industrial encontram-se refleti-
biais geradas nessa conversão são registadas
dos os alvarás registados em nome do Grupo, relativamen-
na rubrica “diferenças de transposição”.
te aos quais existe um requisito legal para o exercício da
atividade de construção.
A concessão que a empresa detém, no âmbito da IFRIC 12, envolve a consideração das
A amortização é efetuada no período de utilização exclu-
seguintes características (IFRIC 12, § 3):
siva de cada alvará.
• Utilização da infraestrutura concessionada
Os programas de computador adquiridos a terceiros e os
para entregar serviços públicos relaciona-
custos internos associados à manutenção e ao desenvolvi-
da com transportes (parque de estaciona-
mento dos Programas de computador só são reconhecidos
mento);
por se considerar que são mensuráveis com fiabilidade e
geram benefícios económicos futuros.
• Devolução da infraestrutura ao concedente no fim da concessão.
O goodwill apurado entre 1 de janeiro de 2004 e 31 de de-
De acordo com a referida norma, o conces-
zembro de 2008 representa o excesso do custo de aquisi-
sionário reconhece a retribuição recebida ou
ção sobre o justo valor dos ativos e passivos identificáveis
a receber para prestar serviços de explora-
de uma subsidiária ou entidade conjuntamente controla-
ção e/ou construção como um ativo financei-
da, na respetiva data de aquisição.
ro e/ou como um ativo intangível.
RELATÓRIO ANUAL 2013
NOTAS CONSOLIDADAS
Independentemente de haver indicações de estarem em
140 O concessionário reconhece um ativo intan-
v. Investimentos financeiros
gível na extensão que possui um direito de
cobrar serviços pela utilização da infraestru-
(v.1) Empresas associadas
tura.
As empresas associadas são registadas de acordo com o
O ativo intangível reconhecido no âmbito da
método de equivalência patrimonial. As participações fi-
IFRIC 12 tem vida finita, um dos requisitos
nanceiras são registadas pelo seu custo de aquisição ajus-
iniciais impostos para qualificar determina-
tado pelo valor correspondente à participação do Grupo
do contrato de concessão, em que o conce-
nas variações dos capitais próprios (incluindo o resultado
dente controla a infraestrutura no final do
líquido) das associadas por contrapartida de ganhos ou
período da concessão.
perdas do exercício e pelos dividendos recebidos.
A vida útil do ativo intangível, reconhecido
É feita uma avaliação dos investimentos em associadas
no âmbito da IFRIC 12, corresponde ao pe-
quando existem indícios de que o ativo possa estar em im-
ríodo do contrato da concessão, isto é 20
paridade, sendo registada uma perda na demonstração de
anos, utilizando a empresa como método de
resultados sempre que tal sucede.
amortização as quotas constantes.
Quando a proporção do Grupo nos prejuízos acumulados
Imparidade
da associada excede o valor pelo qual o investimento se
encontra registado, o investimento é reportado por um va-
A imparidade de ativos intangíveis é deter-
lor nulo enquanto o capital próprio da associada não for
minada tendo por base os critérios descritos
positivo, excetuando as situações em que o Grupo tenha
para os ativos fixos tangíveis.
assumido compromissos para com a associada, registando
nesses casos uma provisão para fazer face a essas obriga-
As reversões de imparidade são reconheci-
ções.
das em resultados e não devem exceder a
quantia escriturada do bem que teria sido
Os ganhos não realizados em transações com associadas
determinada caso nenhuma perda por im-
são eliminados proporcionalmente ao interesse do Gru-
paridade tivesse sido reconhecida anterior-
po na associada por contrapartida do investimento nessa
mente.
mesma associada. As perdas não realizadas são igualmente eliminadas, mas somente até ao ponto em que a perda
Nos serviços de concessão, os indicadores
não evidencie que o ativo transferido esteja em situação
de imparidade poderão relacionar-se com
de imparidade.
alterações nas condições do mercado, nomeadamente quando a utilização do ativo é
Relativamente a empresas associadas que não se conside-
inferior à utilização estimada inicialmente.
rem materiais no âmbito do consolidado, a empresa optou
pelo seu registo contabilístico através do custo de aquisição.
SOMAGUE SGPS
que é provável a existência de lucros tri- 141
equivalência patrimonial
butáveis futuros relativamente aos quais a
diferença dedutível pode ser usada;
Os investimentos financeiros em empresas em que o
• Perdas fiscais não usadas e créditos fiscais
controlo total é detido pelo acionista em Espanha, foram
não usados até ao ponto em que seja pro-
consideradas nas contas do Grupo pelo método de equi-
vável que lucros tributáveis futuros este-
valência patrimonial, sendo consolidadas integralmente
jam disponíveis contra os quais possam
ou proporcionalmente conforme aplicável, pelo acionista.
ser usados.
(v.3) Outros investimentos financeiros - outros métodos
Diferenças temporárias dedutíveis são diferenças temporárias das quais resultam quan-
Os investimentos financeiros em empresas excluídas da
tias que são dedutíveis na determinação do
consolidação encontram-se registados ao custo de aquisi-
lucro tributável/perda fiscal de períodos fu-
ção, deduzido de eventuais perdas de imparidade.
turos quando a quantia escriturada do ativo
ou do passivo seja recuperada ou liquidada.
Os rendimentos resultantes de investimentos financeiros
em outras empresas participadas e em títulos e aplicações
Os passivos por impostos diferidos refletem
financeiras (dividendos) são registados na demonstração
diferenças temporárias tributáveis.
de resultados do exercício em que é decidida e anunciada
a sua distribuição.
As diferenças temporárias tributáveis são
diferenças temporárias das quais resultam
vi. Outros ativos financeiros
quantias tributáveis na determinação do lucro tributável/perda fiscal de períodos futu-
Os empréstimos concedidos a outras empresas encontram-
ros quando a quantia escriturada do ativo ou
-se registados ao custo amortizado utilizando o método da
do passivo seja recuperada ou liquidada.
taxa de juro efetiva, deduzido de eventuais previsões para
perdas estimadas na sua realização.
Não são reconhecidos impostos diferidos relativos às diferenças temporárias associadas
vii. Ativos e passivos por impostos diferidos e imposto
aos investimentos em subsidiárias, associa-
sobre o rendimento do período
das e interesses em empreendimentos conjuntos por se considerar que se encontram,
(vii.1) Ativos e passivos por impostos diferidos
satisfeitas, simultaneamente, as seguintes
condições:
Os ativos e passivos por impostos diferidos resultam do
apuramento de diferenças temporárias entre a base con-
• A empresa seja capaz de controlar a tem-
tabilística e a base fiscal dos ativos e passivos da empresa.
pestividade da reversão da diferença temporária; e
Os ativos por impostos diferidos refletem:
• Seja provável que a diferença temporária
não se reverterá no futuro previsível.
• As diferenças temporárias dedutíveis até ao ponto em
RELATÓRIO ANUAL 2013
NOTAS CONSOLIDADAS
(v.2) Outros investimentos financeiros - método de
142 A mensuração dos ativos e passivos por im-
A empresa está ainda sujeita às taxas de tributação autó-
postos diferidos:
noma previstas do art.º 88º do CIRC.
• É efetuada de acordo com as taxas que se
O imposto sobre o rendimento relativo às empresas englo-
espera que sejam de aplicar no período
badas na consolidação é calculado às taxas em vigor nos
em que o ativo for realizado ou o passivo
países das respetivas sedes:
liquidado, com base nas taxas fiscais aprovadas à data de balanço; e
• Reflete as consequências fiscais que se
seguem da forma como a empresa espera,
à data do balanço, recuperar ou liquidar a
quantia escriturada dos seus ativos e passivos.
(vii.2) Imposto sobre o rendimento
País
Espanha
Angola
Cabo Verde
Irlanda
Brasil
Taxa 2013
30,00%
35,00%
25,00%
12,50%
24,00%
Taxa 2012
30,00%
35,00%
25,00%
12,50%
24,00%
De acordo com o referido regime, previsto no artigo 63º
do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas
O imposto sobre o rendimento do período
Coletivas - IRC, os resultados fiscais das suas participadas
engloba os impostos correntes e diferidos
concorrem para a matéria coletável da empresa.
do exercício.
Nos termos da legislação em vigor nas diversas jurisdições
O imposto corrente é determinado com base
em que as empresas englobadas na consolidação desen-
no resultado contabilístico ajustado de acor-
volvem a sua atividade, as correspondentes declaração
do com a legislação fiscal em vigor.
fiscais estão sujeitas a revisão por parte das autoridades
fiscais durante um período de 4 anos, o qual pode ser pro-
A empresa e as suas subsidiárias, participa-
longado em determinadas circunstâncias, nomeadamente
das direta ou indiretamente em pelo menos
quando existem prejuízos fiscais, ou estejam em curso ins-
90% do respetivo capital e que, simultanea-
peções, reclamações ou impugnações.
mente, são residentes em Portugal e são tributadas em sede de Imposto sobre o Rendi-
O Conselho de Administração, suportado nas posições dos
mento, são tributadas no âmbito do regime
seus consultores fiscais e tendo em conta as responsabili-
especial de tributação dos grupos de socie-
dades reconhecidas, entende que das eventuais revisões
dades à taxa de 25%, acrescida da derrama
dessas declarações fiscais não resultarão correções mate-
até à taxa máxima de 1,5% sobre o Lucro
riais nas demonstrações financeiras do Grupo.
Tributável, e na parte do lucro tributável que
excede 1.500.000 euros até 7.500.000 eu-
viii.Inventários
ros incide ainda a derrama estadual em 3%
e 5% na parte em que excede os 7.500.000
O custo dos inventários inclui:
euros.
• Custos de compra (preço de compra, direitos de importação, impostos não recuperáveis, custos de transporte,
SOMAGUE SGPS
Os ativos financeiros não incluídos nas alí- 143
pra, deduzidos de descontos comerciais, abatimentos e
neas atrás e que não são valorizados ao justo
outros itens semelhantes);
valor estão valorizados ao custo ou ao custo
• Custos de conversão (mão de obra e gastos gerais de
produção);
amortizado líquido de perdas por imparidade, quando aplicável.
• Outros custos incorridos para colocar os inventários no
seu local e condições pretendidos.
Os outros ativos financeiros, na generalidade, não vencem juros.
As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de
consumo encontram-se valorizadas ao custo de compra
No final do ano o Grupo avaliou a imparida-
ou de conversão, o qual é inferior ao respetivo valor de
de destes ativos. Sempre que existia uma
mercado, utilizando-se o custo médio como método de
evidência objetiva de imparidade, a empre-
custeio.
sa reconheceu uma perda por imparidade na
demonstração de resultados.
Os produtos e trabalhos em curso encontram-se valorizados ao custo de conversão, que inclui o custo dos mate-
A evidência objetiva de que um ativo finan-
riais incorporados, mão-de-obra direta e gastos gerais de
ceiro ou um grupo de ativos poderia estar
fabrico.
em imparidade teve em conta dados observáveis que chamassem a atenção sobre os
Sempre que o valor realizável líquido é inferior ao custo
seguintes eventos de perda:
de compra ou de conversão, procede-se à redução de valor
dos inventários, mediante o reconhecimento de uma perda por imparidade, a qual é revertida quando deixam de
existir os motivos que a originaram.
• Significativa dificuldade financeira do devedor;
• Quebra contratual, tal como não pagamento ou incumprimento no pagamento do
Para este efeito, o valor realizável líquido é o preço de ven-
juro ou amortização da dívida;
da estimado no decurso ordinário da atividade empresa-
• As empresas englobadas na consolidação,
rial menos os custos estimados de acabamento e os custos
por razões económicas ou legais relacio-
necessários para efetuar a venda. As estimativas tomam
nados com a dificuldade financeira do de-
em consideração as variações relacionadas com aconteci-
vedor, ofereceram ao devedor concessões
mentos ocorridos após o final do período na medida em
que de outro modo não considerariam;
que tais acontecimentos confirmem condições existentes
no fim do período.
• Tornar-se provável que o devedor irá entrar em falência ou qualquer outra reorganização financeira;
ix. Outros ativos financeiros não incluídos nas alíneas
anteriores
• Informação observável indicando que
existe uma diminuição na mensuração da
estimativa dos fluxos de caixa futuros de
Os ativos financeiros são reconhecidos quando as empre-
um grupo de ativos financeiros desde o
sas englobadas na consolidação se constituem parte na
seu reconhecimento inicial.
respetiva relação contratual.
RELATÓRIO ANUAL 2013
NOTAS CONSOLIDADAS
manuseamento e outros diretamente atribuíveis à com-
144 Os ativos financeiros individualmente significativos foram avaliados individualmente
A imparidade é determinada com base nos critérios definidos na alínea ix).
para efeitos de imparidade. Os restantes foram avaliados com base em similares carac-
Os créditos sobre clientes cedidos em factoring sem recur-
terísticas de risco de crédito.
so, ou seja, em que no caso de não pagamento por parte
dos clientes a perda é assumida pela empresa de factoring
A imparidade apurada nos termos atrás refe-
são desreconhecidos da posição financeira aquando do
ridos não difere significativamente daquela
recebimento das quantias provenientes da empresa de
que é apurada com critérios e para efeitos
factoring.
fiscais.
Os créditos sobre clientes cedidos em factoring com recurSeguem-se algumas especificidades relati-
so, ou seja, em que no caso de não pagamento por parte dos
vas a cada um dos tipos de ativos financeiros.
clientes a empresa de factoring tem o direito de reclamar
ao Grupo as quantias não pagas mantêm-se reconhecidos
(ix.1) Acionistas/Sócios
na posição financeira e o risco de incobrabilidade associado
é considerado para efeitos de determinação da imparidade.
Os empréstimos a acionistas encontram-se
valorizados ao custo amortizado, utilizando
Neste caso os valores recebidos da empresa de factoring
o método da taxa de juro efetiva, menos im-
são reconhecidos no passivo como outras contas a pagar.
paridade.
(ix.3) Adiantamentos a fornecedores
Os restantes saldos com acionistas são apresentados pelo respetivo custo, deduzido de
Estes saldos são apresentados pelo respetivo custo, dedu-
perdas por imparidade, sempre que aplicá-
zido de perdas por imparidade, sempre que aplicável, de-
vel, determinada com base nos critérios de-
terminada com base nos critérios definidos na alínea ix).
finidos na alínea ix).
(ix.4) Outras contas a receber
(ix.2) Clientes
As outras contas a receber encontram-se valorizadas da
As contas a receber de clientes são mensura-
seguinte forma:
das, aquando do reconhecimento inicial, de
acordo com os critérios de mensuração de
• Pessoal - ao custo menos imparidade;
vendas e prestações de serviços descritos na
• Adiantamentos a fornecedores de investimentos - ao
alínea xviii) sendo subsequentemente mensuradas da seguinte forma:
custo;
• Devedores por acréscimos de rendimentos - ao custo
menos imparidade;
• Clientes c/c - ao custo amortizado menos
• Outros devedores - ao custo menos imparidade.
imparidade;
• Clientes títulos a receber - ao custo menos
imparidade.
SOMAGUE SGPS
A imparidade, em ambos os casos é determinada com base
nos critérios definidos na alínea ix).
xii. Rubricas do capital próprio
Os montantes incluídos nesta rubrica correspondem aos
(xii.1)Capital realizado
valores de caixa e outros depósitos, vencíveis a menos de
três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis
Em cumprimento do disposto no art.º 272
com risco insignificante de alteração de valor.
do Código das Sociedades Comerciais (CSC)
o contrato de sociedade indica o prazo para
Estes saldos estão mensurados da seguinte forma:
realização do capital subscrito e não realizado à data da escritura.
• Caixa - ao custo;
• Depósitos sem maturidade definida - ao custo;
(xii.2) Outros instrumentos de capital pró-
• Outros depósitos com maturidade definida - ao custo
prio
amortizado, determinado com base no método da taxa
de juro efetiva.
Esta rubrica inclui prestações acessórias
que foram efetuadas pelos acionistas, na
(ix.6) Outros ativos financeiros
sequência de deliberação em Assembleia-Geral, e que ficaram sujeitas ao regime das
A rubrica de outros ativos financeiros inclui os emprésti-
prestações suplementares. De acordo com
mos que se encontram valorizados ao custo amortizado
este regime, tais prestações não vencem
menos imparidades.
juros (art.º 210 do CSC) não têm prazo de
reembolso definido (art.º 211 do CSC) e só
x. Estado e outros entes públicos
podem ser reembolsadas se após o seu reembolso o capital próprio não ficar inferior à
Os saldos ativos e passivos desta rubrica são apurados
soma do capital e da reserva legal (art.º 213
com base na legislação em vigor.
do CSC).
No que respeita aos ativos não foi reconhecida qualquer
(xii.3) Reserva legal
imparidade por se considerar que tal não é aplicável dada
a natureza específica do relacionamento.
De acordo com o art.º 295 do CSC, pelo menos 5% do resultado tem de ser destinado à
xi. Diferimentos ativos e passivos
constituição ou reforço da reserva legal até
que esta represente pelo menos 20% do ca-
Esta rubrica reflete as transações e outros acontecimentos
pital social.
relativamente aos quais não é adequado o seu integral reconhecimento nos resultados do período em que ocorram,
A reserva legal não é distribuível a não ser
mas que deviam ser reconhecidos nos resultados e perío-
em caso de liquidação e só pode ser utili-
dos futuros.
zada para absorver prejuízos, depois de esgotadas todas as outras reservas, ou para
incorporação no capital social (art.º 296 do
CSC).
RELATÓRIO ANUAL 2013
145
NOTAS CONSOLIDADAS
(ix.5) Caixa e depósitos bancários
146 (xii.4) Outras reservas
xiii.Financiamentos
Esta rubrica inclui reservas de reavaliação
Os financiamentos estão valorizados ao custo amortizado
efetuadas nos termos dos anteriores PCGA e
determinado com base na taxa de juro efetiva. De acordo
as efetuadas na data de transição, líquidas
com este método, na data do reconhecimento inicial os fi-
dos correspondentes impostos diferidos, e
nanciamentos são reconhecidos no passivo pelo valor no-
que não são apresentadas na rubrica exce-
minal recebido, líquido de despesas com a emissão o qual
dentes de revalorização pelo facto de a en-
corresponde ao respetivo justo valor nessa data. Subse-
tidade ter adotado o método do custo consi-
quentemente, os financiamentos são mensurados ao custo
derado na data de conversão para IFRS.
amortizado, que inclui encargos financeiros calculados de
acordo com o método da taxa de juro efetiva.
As reservas de reavaliação efetuadas ao abrigo de diplomas legais, de acordo com tais di-
xiv. Provisões
plomas só estão disponíveis para aumentar
capital ou cobrir prejuízos incorridos até à
Esta rubrica reflete as obrigações presentes (legais ou
data a que se reporta a reavaliação e apenas
construtivas) do Grupo provenientes de acontecimentos
depois de realizadas (pelo uso ou pela venda).
passados, cuja liquidação se espera que resulte num exfluxo de recursos da entidade que incorporem benefícios
As reservas que resultam da revalorização
económicos e cuja tempestividade e quantia são incertas,
efetuada na data de transição, as quais só
mas cujo valor pode ser estimado com fiabilidade.
estão disponíveis para distribuição depois
de realizadas (pelo uso ou pela venda).
As provisões são mensuradas pela melhor estimativa do
dispêndio exigido para liquidar a obrigação presente à
(xii.5) Resultados transitados
data de relato. Sempre que o efeito do valor temporal do
dinheiro é material, a quantia de uma provisão é o valor
Esta rubrica inclui os resultados realizados
presente dos dispêndios que se espera que sejam neces-
disponíveis para distribuição aos acionistas.
sários para liquidar a obrigação usando uma taxa de desconto antes dos impostos que reflete as avaliações corren-
(xii.6) Ajustamentos em ativos financeiros
tes de mercado do valor temporal do dinheiro e dos riscos
específicos do passivo e que não reflete riscos relativa-
Esta conta incluí os ajustamentos relaciona-
mente aos quais as estimativas dos fluxos de caixa futuros
dos com a aplicação do método da equiva-
tenham sido ajustadas.
lência patrimonial e nomeadamente a apropriação das variações nos capitais próprios
Seguem-se algumas especificidades relativas a determi-
das participadas e lucros não atribuídos.
nadas provisões:
(xii.7) Resultado líquido do período
(xiv.1) Provisões para impostos
Esta rubrica inclui ganhos do exercício que es-
Nesta conta o Grupo regista as suas responsabilidades pe-
tão disponíveis para distribuição aos acionistas.
rante o Estado, cuja natureza esteja claramente definida
SOMAGUE SGPS
xv. Outros passivos financeiros não incluí- 147
certa.
dos nas alíneas anteriores
(xiv.2) Provisões para garantia de obra
Os passivos financeiros são reconhecidos
quando as empresas englobadas na conso-
Estas provisões referem-se a gastos previstos com garan-
lidação se constituem parte na respetiva re-
tias a clientes. De acordo com o princípio da correlação de
lação contratual.
gastos com rendimentos, a empresa reconhece o rédito
das prestações de serviços e, em simultâneo, todos os gas-
Os passivos financeiros não incluídos nas
tos associados a esse rédito.
alíneas atrás estão valorizados ao justo valor (por capitais próprios ou por resultados),
A estimativa do gasto com garantias envolve a análise his-
ou ao custo ou ao custo amortizado nos ter-
tórica dos gastos reais incorridos nos últimos 3 anos.
mos indicados nas alíneas seguintes:
As percentagens e valores de gastos utilizados são revis-
(xv.1) Outras contas a pagar
tos anualmente, sendo ajustado o valor da provisão a considerar em cada ano.
Os fornecedores de investimentos - contas
gerais estão mensuradas ao custo amortizado
(xiv.3) Provisões para processos judiciais em curso
utilizando o método da taxa de juro efetiva.
Nesta conta a empresa regista as perdas estimadas em
As restantes contas a pagar estão mensura-
processo judiciais em curso.
das ao custo.
(xiv.4) Provisões para contratos onerosos
(xv.2) Fornecedores
Nesta rubrica são consideradas as provisões com as per-
As contas a pagar a fornecedores são reco-
das esperadas com contratos de construção, que de acordo
nhecidas inicialmente pelo respetivo justo
com a IAS 11 devem ser reconhecidas como gasto do perí-
valor e, subsequentemente são mensuradas
odo na sua totalidade.
ao custo amortizado, de acordo com o método da taxa de juro efetiva.
(xiv.5) Provisões para situações líquidas negativas
(xv.3) Adiantamentos de clientes
Como referido no ponto v) a empresa, quando o valor do
investimento fica reduzido a zero, reconhece um passivo
Os adiantamentos de clientes estão mensu-
sempre que o capital próprio da participada é negativo.
rados ao custo.
Quando posteriormente as participadas relatam lucros, a
empresa retoma o seu reconhecimento apenas após a sua
(xv.4) Acionistas/Sócios
parte nos lucros igualar a parte das perdas não reconhecidas.
Os empréstimos a acionistas encontram-se
valorizados ao custo amortizado, utilizando
RELATÓRIO ANUAL 2013
NOTAS CONSOLIDADAS
e que à data do balanço a sua ocorrência seja provável ou
148 o método da taxa de juro efetiva.
Para efeitos da aplicação do método da equivalência patrimonial, as demonstrações financeiras das participadas
Os restantes saldos com acionistas são apre-
originariamente expressas em moeda estrangeira são con-
sentados ao custo.
vertidas para euro da seguinte forma:
xvi.Locações
• Os ativos e passivos em moeda estrangeira são transpostos pelo uso da taxa de fecho;
Os contratos de locação são classificados
como (a) locações financeiras se através
• Os ganhos e perdas são transpostos pelo uso da taxa de
câmbio à data da transação.
deles forem transferidos substancialmente
todos os riscos e benefícios inerentes à pos-
xviii.
Vendas e prestações de serviços
se do ativo sob locação e como (b) locações
operacionais se através deles não forem
As vendas e as prestações de serviços são mensuradas
transferidos substancialmente todos os ris-
pelo justo valor da retribuição recebida ou a receber de-
cos e benefícios inerentes à posse do ativo
duzido das quantias relativas a descontos comerciais e de
sob locação.
quantidades concedidos.
A classificação das locações em financeiras
Embora o rédito somente seja reconhecido quando for
ou operacionais é feita em função da subs-
provável que os benefícios económicos associados à tran-
tância e não da forma do contrato.
sação fluam para a empresa, quando surja uma incerteza
acerca da cobrabilidade de uma quantia já incluída no ré-
Nos contratos de locação financeira, o custo
dito, a quantia incobrável, ou a quantia com respeito à qual
do ativo é registado no imobilizado corpó-
a recuperação tenha cessado de ser provável, é reconheci-
reo, a correspondente responsabilidade é
da como uma imparidade, e não como um ajustamento da
registada no passivo e os juros incluídos no
quantia de rédito originalmente reconhecido.
valor das rendas e a amortização do ativo,
são registados como custos na demonstra-
Seguem-se algumas especificidades relativas ao reconhe-
ção dos resultados do exercício a que res-
cimento das vendas e prestações de serviços:
peitam.
(xviii.1)
xvii.
Prestações de serviços
Efeito das alterações das taxas de
câmbio
O rédito das prestações de serviços é reconhecido quando
o desfecho da transação pode ser estimado com fiabilida-
As transações em moeda estrangeira são
de o que ocorre quando todas as condições seguintes são
convertidas para Euro às taxas nas datas das
satisfeitas:
transações.
• A quantia de rédito pode ser fiavelmente mensurada
Os saldos que se mantenham em dívida no
final do ano são convertidos à taxa de fecho
e a diferença é reconhecida em resultados.
SOMAGUE SGPS
com fiabilidade;
• É provável que os benefícios económicos associados à
transação fluam para a empresa;
pode ser mensurada com fiabilidade; e
(xix.2) Distribuição de lucros a empregados
• Os custos incorridos com a transação e os custos para
concluir a transação podem ser fiavelmente mensurados.
As distribuições de lucros a empregados
são reconhecidas em gastos com o pesso-
Para o reconhecimento dos rendimentos e gastos relativos
al no período a que respeitam e não como
aos contratos de construção, foi adotado o método da per-
uma distribuição de resultados. Assim, foi
centagem de acabamento. De acordo com este método, no
reconhecido nos resultados do exercício um
final de cada exercício, os rendimentos diretamente rela-
acréscimo do montante a pagar após 31 de-
cionados com as obras em curso são reconhecidos na de-
zembro o qual se encontra refletido na rubri-
monstração dos resultados em função da percentagem de
ca “outras contas a pagar”.
acabamento da obra, a qual é determinada pelo rácio entre
os custos incorridos até à data de relato e os custos totais
xx. Outros rendimentos e ganhos
estimados das obras. As diferenças entre os rendimentos
apurados através da aplicação deste método e a faturação
Esta rubrica inclui essencialmente rendi-
emitida são contabilizadas nas rubricas “clientes” ou “di-
mentos suplementares, decorrentes de ati-
ferimentos”, consoante a natureza da diferença.
vidade não relacionada com o objetivo principal do Grupo, nomeadamente aluguer de
Pagamentos progressivos e adiantamentos de clientes não
equipamento, cedência de materiais bem
são tidos em conta para a determinação da percentagem
como indemnizações contratuais.
de acabamento.
Inclui ainda trabalhos para a própria emprexix. Gastos com o Pessoal
sa que correspondem aos custos associados
a grandes reparações de equipamentos, efe-
Os gastos com o pessoal são reconhecidos quando o ser-
tuadas pelas próprias empresas, e incluem
viço é prestado pelos empregados independentemente da
gastos com materiais, mão de obra direta e
data do seu pagamento.
gastos gerais de fabrico. Os trabalhos para a
própria empresa encontram-se mensurados
Seguem-se algumas especificidades relativas a cada um
ao custo de produção.
dos tipos de gastos com o pessoal:
xxi. Custos de financiamento
(xix.1) Férias e Subsídio de Férias
Os encargos relacionados com financiamenDe acordo com a legislação laboral em vigor os empre-
tos obtidos são reconhecidos de acordo com
gados têm direito a férias e a subsídio de férias no ano
o método de juro efetivo na demonstração
seguinte àquele em que o serviço é prestado. Assim, foi
dos resultados do período a que dizem res-
reconhecido nos resultados do exercício um acréscimo do
peito.
montante a pagar no ano seguinte o qual se encontra refletido na rubrica “outras contas a pagar”.
149
Os encargos de financiamentos obtidos diretamente relacionados com a aquisição,
RELATÓRIO ANUAL 2013
NOTAS CONSOLIDADAS
• A fase de acabamento da transação à data do balanço
150 construção ou produção de ativos que levem
3.4. Julgamentos e estimativas da gestão
um período significativo de tempo a ficarem
preparados para o fim pretendido são capi-
3.4.1. Juízos de valor
talizados. A capitalização destes encargos
começa após o início da preparação das ati-
Os juízos de valor (excetuando os que envolvem estima-
vidades de construção ou desenvolvimento
tivas) que o órgão de gestão fez no processo de aplicação
do ativo e é interrompida após o início de
das políticas contabilísticas e que tiveram maior impacte
utilização do ativo ou quando o projeto em
nas quantias reconhecidas nas demonstrações financeiras:
causa se encontra suspenso.
a. Vidas úteis dos ativos fixos tangíveis e intangíveis
xxii. Ativos e passivos contingentes
A vida útil de um ativo é o período durante o qual uma
Os passivos contingentes não são reconhe-
entidade espera que esse ativo esteja disponível para seu
cidos nas demonstrações financeiras conso-
uso e deve ser revista pelo menos no final de cada exercí-
lidadas, sendo divulgados exceto se a pos-
cio económico.
sibilidade de existir um exfluxo de recursos
englobando benefícios económicos for re-
O método de amortização/depreciação a aplicar e as per-
mota.
das estimadas decorrentes da substituição de equipamentos antes do fim da sua vida útil, por motivos de obsoles-
Os ativos contingentes não são reconheci-
cência tecnológica, é essencial para determinar a vida útil
dos nas demonstrações financeiras consoli-
efetiva de um ativo.
dadas. Os ativos contingentes são divulgados quando é provável a existência de um
Estes parâmetros são definidos de acordo com a melhor
influxo económico futuro.
estimativa da gestão, para os ativos e negócios em questão, considerando também as práticas adotadas por em-
xxiii.
Eventos subsequentes
Os eventos decorridos após a data de relato
presas dos setores em que a empresa opera.
b. Impostos diferidos ativos
e até à data de envio das demonstrações financeiras para aprovação que proporcionem
São reconhecidos impostos diferidos ativos para todos os
informação adicional sobre condições que
prejuízos recuperáveis na medida em que seja provável
existiam à data de relato são refletidos nas
que venha a existir lucro tributável contra o qual as perdas
demonstrações financeiras consolidadas.
possam ser utilizadas.
Tendo em conta o contexto de crise e o impacto que pode
ter nos resultados futuros, torna-se necessário julgamento por parte da Administração para determinar a quantia
de impostos diferidos ativos que podem ser reconhecidos
tendo em conta:
SOMAGUE SGPS
• As estratégias de planeamento fiscal futuro.
• As taxas de desconto utilizadas baseiam-se 151
no custo estimado do capital (C.A.P.M.) calculado em função de uma taxa sem risco,
c. Reconhecimento de prestações de serviços
para a qual foi utilizado como referencial a
taxa de juro das obrigações do tesouro ale-
A empresa utiliza o método da percentagem de acabamen-
mãs a 10 anos em 31 dezembro de 2013,
to no reconhecimento das suas prestações de serviços.
um beta que reflete o risco dos ativos e o
nível de endividamento das sociedades,
A utilização deste método requer que a empresa estime os
um prémio de risco do mercado, acresci-
serviços executados como uma percentagem do total de
do de um prémio de risco do país. Para o
serviços a serem executados os quais também necessitam
capital alheio foram consideradas as pro-
de ser estimados.
jeções esperadas do custo do financiamento alheio, tendo por base uma média das
d. Provisões para impostos
taxas de juro dos principais empréstimos a
que a empresa se financia. De acordo com
A empresa, suportada nas posições dos seus consultores
estes pressupostos as taxas de desconto
fiscais e tendo em conta as responsabilidades reconhe-
situaram-se num intervalo entre 8% e 9%.
cidas, entende que das eventuais revisões dessas declarações fiscais não resultarão correções materiais nas de-
3.4.2. Principais fontes de incerteza das
monstrações financeiras consolidadas que requeiram a
estimativas
constituição de qualquer provisão para impostos.
As estimativas são baseadas no melhor coe. Imparidade do goodwill
nhecimento existente em cada momento e
nas ações que se planeiam realizar, sendo
O goodwill é sujeito a testes de imparidade anualmente, e
permanentemente revistas com base na in-
o seu valor de uso é determinado utilizando projeções de
formação disponível.
fluxos de caixa descontados, de orçamentos para 5 anos
aprovados pela Administração. Para os anos seguintes, foi
Alterações nos factos e circunstâncias sub-
considerada uma perpetuidade do fluxo de caixa estima-
sequentes podem conduzir à revisão das es-
do para o 5º ano, o qual terá um crescimento semelhante
timativas no futuro, pelo que os resultados
ao da inflação esperada. A avaliação foi efetuada a preços
reais poderão vir a diferir das estimativas
constantes, sendo as principais hipóteses como segue:
presentes.
• Nas projeções dos fluxos de caixa foram consideradas as
a. Imparidade das contas a receber
quebras de atividade que o Conselho de Administração
antecipa para o setor da construção civil e obras públicas;
O risco de crédito dos saldos de contas a re-
• As taxas de inflação esperadas para os próximos 5 anos
ceber é avaliado a cada data de relato, tendo
foram obtidas de estudos públicos elaborados por con-
em conta a informação histórica do devedor
sultores independentes e situam-se num intervalo entre
e o seu perfil de risco tal como referido no
0,8% e 2,5%.
parágrafo 3.3.
RELATÓRIO ANUAL 2013
NOTAS CONSOLIDADAS
• A data e quantia prováveis de lucros futuros tributáveis, e
152 As contas a receber são ajustadas pela ava-
3.5. Alterações de políticas contabilísticas
liação efetuada dos riscos estimados de cobrança existentes à data de relato, os quais
3.5.1. Alterações voluntárias de políticas contabilísticas
poderão vir a divergir do risco efetivo a incorrer no futuro.
Durante o exercício de 2013 não ocorreram alterações voluntárias de políticas contabilísticas, face às consideradas
No que diz respeito a créditos sobre contas
na preparação da informação financeira relativa ao exercí-
a receber de entidades públicas, o órgão de
cio anterior apresentada nos comparativos.
gestão considera que não existe risco de cobrabilidade por as mesmas serem entidades
3.5.2. Novas normas e interpretações aplicáveis ao exer-
idóneas, não tendo procedido ao registo de
cício de 2013
imparidade quando apenas está em causa a
tempestividade do recebimento.
Em resultado do endosso por parte da União Europeia (UE),
ocorreram as seguintes emissões, revisões, alterações e
b. Provisões
melhorias nas normas e interpretações com efeitos a partir de 1 de janeiro de 2013.
O reconhecimento de provisões tem inerente a determinação da probabilidade de saída
Revisões, alterações e melhorias nas normas e interpreta-
de fluxos futuros e a sua mensuração com
ções endossadas pela UE com efeitos nas políticas conta-
fiabilidade.
bilísticas e divulgações adotadas pela empresa/grupo.
Estes fatores estão muitas vezes dependen-
Alterações à IAS 1 apresentação de demonstrações finan-
tes de acontecimentos futuros e nem sem-
ceiras (Regulamento n.º 475/2012, de 5 de junho) - Apre-
pre sob o controlo da empresa pelo que po-
sentação de rubricas de outro rendimento integral
derão conduzir a ajustamentos significativos
futuros, quer por variação dos pressupostos
i.
As alterações introduzem nova terminologia para o
utilizados, quer pelo futuro reconhecimen-
título da “demonstração de rendimento integral”, que na
to de provisões anteriormente divulgadas
norma passa a ser redenominada como “demonstração
como passivos contingentes.
dos resultados e de outro rendimento integral”. Contudo, a
aplicação e uso do título redenominado não é de aplicação
obrigatória, podendo as entidades continuar a usar para
as suas demonstrações financeiras títulos que não sejam
usados na norma.
ii. As alterações da IAS 1 mantêm a possibilidade de
apresentar os resultados e o outro rendimento integral
quer numa única demonstração quer em duas demonstrações separadas, desde que consecutivas. Contudo, as
alterações à IAS 1 requerem que as rubricas de outro rendimento integral sejam agrupadas em duas categorias: a)
SOMAGUE SGPS
tos com base em ações no âmbito da IFRS 2, 153
nos resultados, e b) rubricas que poderão ser posterior-
transações de locação no âmbito da IAS 17
mente reclassificadas nos resultados, logo que estejam
e mensurações que têm algumas semelhan-
preenchidas determinadas condições. As alterações à IAS
ças com o justo valor, mas que não são justo
1 devem ser aplicadas retrospetivamente, pelo que a apre-
valor, como por exemplo o valor realizável
sentação (grupos separados) das rubricas de outro rendi-
líquido na mensuração de inventários, ou
mento integral deve ser modificada para refletir estas alte-
como por exemplo o valor de uso para afe-
rações também no período comparativo.
rição de imparidades) e fornece orientações
abrangentes sobre a forma de calcular o jus-
Alterações à IAS 19 benefícios dos empregados (Regula-
to valor de ativos e passivos, tanto financei-
mento n.º 475/2012, de 5 de junho)
ros como não financeiros. A IFRS 13 define
justo valor como o preço que seria recebido
As alterações mais significativas nesta nova versão da IAS
pela venda de um ativo ou pago para trans-
19 relacionam-se com a contabilização de alterações nas
ferir um passivo numa transação ordenada
obrigações de benefícios definidos e ativos do plano. As
entre participantes no mercado à data da
alterações na nova versão da IAS 19 requerem que as al-
mensuração. O justo valor na IFRS 13 consis-
terações nas obrigações de benefícios definidos e as alte-
te num “preço de saída”, independente de
rações no justo valor dos ativos do plano sejam reconhe-
esse preço ser diretamente observável ou
cidas no momento em que ocorrem, eliminando assim a
estimado por recurso a outra técnica de ava-
abordagem de “corridor” permitida pela versão anterior
liação. A IFRS 13 inclui requisitos extensos
da IAS 19 e acelerando assim o reconhecimento dos custos
de divulgações adicionais. A IFRS 13 requere
com serviços passados. Com esta nova versão da IAS 19,
apenas uma aplicação prospetiva, a partir de
todos os ganhos e perdas atuariais deverão ser reconhe-
1 de janeiro de 2013, pelo que os requisitos
cidos imediatamente em outro rendimento integral. Além
de divulgação não são exigidos para a infor-
disso, o custo de juros e retorno esperado dos ativos do
mação comparativa de períodos anteriores
plano, usados na versão anterior da IAS 19 são substituí-
antes da aplicação inicial da norma.
dos, nesta nova versão, por um montante de “juro líquido
sobre o passivo (ativo) líquido de benefícios definidos”,
Alterações à IAS 12 impostos sobre o rendi-
que é calculado mediante a aplicação da taxa de descon-
mento (Regulamento n.º 1255/2012, de 11
to ao passivo (ativo) líquido de benefícios definidos. Em
de dezembro) - Imposto diferido: recupera-
adição, esta nova versão da IAS 19 introduz determinadas
ção de ativos subjacentes
alterações na apresentação dos custos de benefícios definidos, incluindo divulgações mais extensivas. A nova ver-
O objetivo das alterações consiste em in-
são da IAS 19 deverá ter aplicação retrospetiva.
troduzir uma exceção ao princípio de mensuração contido na IAS 12, sob a forma de
Adoção da IFRS 13 mensuração pelo justo valor (Regula-
uma presunção refutável de que o montan-
mento n.º 1255/2012, de 11 de dezembro)
te escriturado de um bem de investimento
mensurado pelo justo valor será recuperado
A IFRS 13 estabelece um quadro único para o cálculo do
através da venda e que uma entidade será
justo valor de acordo com as IFRS (exceto para pagamen-
obrigada a utilizar a taxa de imposto aplicáRELATÓRIO ANUAL 2013
NOTAS CONSOLIDADAS
rubricas que não irão ser posteriormente reclassificadas
154 vel à venda do ativo subjacente. Estas alte-
O objetivo da IFRIC 20 consiste em fornecer orientações
rações à IAS 12 vêm suprimir a SIC 21 im-
sobre o reconhecimento dos custos de produção relacio-
postos sobre o rendimento - Recuperação de
nados com a descobertura como um ativo e sobre a men-
ativos não depreciáveis revalorizados, cujo
suração inicial e subsequente do ativo correspondente às
teor passa a estar incluído na própria norma
atividades de descobertura, de forma a reduzir a diversi-
que passa a incluir mais exemplos ilustrati-
dade, na prática, quanto à forma como as entidades con-
vos de aplicação.
tabilizam os custos de descobertura incorridos na fase de
produção de uma mina a céu aberto.
Alterações à IFRS 1 adoção pela primeira vez
Alterações à IFRS 7 instrumentos financeiros: divulgações
i.
Hiperinflação grave e supressão de da-
tas fixas para os adotantes pela primeira vez:
e à IAS 32 instrumentos financeiros: apresentação (Regulamento n.º 1256/2012, de 13 de dezembro)
(Regulamento n.º 1255/2012, de 11 de dezembro)
O objetivo da emenda à IFRS 7 é exigir a apresentação de
O objetivo destas emendas à IFRS 1 con-
informação quantitativa adicional sobre compensação en-
siste em introduzir uma nova isenção,
tre ativos financeiros e passivos financeiros, de maneira a
designadamente, as entidades que fo-
que os utentes possam comparar e conciliar melhor as di-
ram sujeitas a uma hiperinflação grave
vulgações de acordo com as IFRS e as divulgações de acor-
são autorizadas a utilizar o justo valor
do com os princípios de contabilidade geralmente aceites
como custo considerado para os seus
(GAAP) dos EUA. Por outro lado, o IASB emendou a IAS 32
ativos e passivos na demonstração fi-
por forma a fornecer orientações adicionais para reduzir
nanceira de abertura de acordo com as
as incoerências na aplicação prática da norma Regulamen-
IFRS. As emendas substituem ainda as
to 1256/2012, de 13 de dezembro.
referências a datas fixas, na IFRS 1, por
referências à data de transição.
Melhoramentos anuais: ciclo de 2009-2011 (Regulamento
n.º 301/2013, de 27 de março)
ii. Empréstimos governamentais (Regulamento n.º 183/2013, de 4 de março)
As emendas à IFRS 1 tratam os emprés-
Os melhoramentos incluem emendas a seis IFRS, que se
sumarizam de seguida:
timos recebidos de Governos a uma taxa
de juro inferior à do mercado e têm por
• IFRS 1 adoção pela primeira vez - Aplicação repetida da
objetivo conceder aos adotantes pela
IFRS 1
primeira vez das IFRS uma dispensa da
As emendas clarificam que uma entidade pode aplicar
aplicação total e retrospetiva na transi-
a IFRS 1 se as mais recentes demonstrações financeiras
ção para as IFRS.
não continham uma declaração de conformidade, explícita e sem reservas, com as IFRS, mesmo se já tivesse
IFRIC 20 custos de descobertura na fase de
aplicado a IFRS 1 no passado.
produção de uma mina a céu aberto (Regulamento n.º 1255/2012, de 11 de dezembro)
• IFRS 1 adoção pela primeira vez - Custos de empréstimos
obtidos
SOMAGUE SGPS
verão ser divulgados separadamente se 155
tidos capitalizados de acordo com PCGA anteriores an-
esses montantes forem apresentados re-
tes da data de transição para as IFRS poderão ser usados
gularmente ao principal responsável pela
sem ajustamento no montante previamente capitalizado
tomada de decisões operacionais e se se
à data de transição.
tiver verificado uma alteração substancial
do valor divulgado nas últimas demons-
• IAS 1 apresentação de demonstrações financeiras - Clarificação dos requisitos para informação comparativa
trações financeiras anuais para esse segmento de relato.
As emendas especificam que uma terceira demonstração
da posição financeira é requerida quando: a) uma entida-
3.5.3. Novas normas e interpretações com
de aplica uma política contabilística retrospetivamente,
data de entrada em vigor em exercícios com
ou efetua uma reexpressão ou reclassificação retrospe-
inicio em ou após 1 de janeiro de 2014
tiva de itens nas suas demonstrações financeiras, e b)
a aplicação retrospetiva, reexpressão ou reclassificação
Já endossadas pela UE:
tem um efeito material na informação na terceira demonstração da posição financeira. As emendas especi-
Adoção da IFRS 10 demonstrações financei-
ficam que não é requerido que sejam apresentadas as
ras consolidadas, da IFRS 11 acordos con-
notas conexas acompanhem a terceira demonstração da
juntos e da IFRS 12 divulgação de interesses
posição financeira.
noutras entidades, bem como das versões
alteradas da IAS 27 demonstrações finan-
• IAS 16 ativos fixos tangíveis - Classificação de equipa-
ceiras separadas e da IAS 28 investimentos
mentos de serviço (peças sobressalentes, equipamentos
em associadas e empreendimentos conjun-
de reserva e de manutenção)
tos (Regulamento n.º 1254/2012, de 11 de
As emendas clarificam que as peças sobressalentes,
dezembro)
equipamento de reserva e de manutenção devem ser
classificados como ativos fixos tangíveis quando cum-
O objetivo da IFRS 10 é fornecer um modelo
prem a definição de ativos fixos tangíveis estabelecida
de consolidação único, que identifica a rela-
na IAS 16 e como inventários nas outras situações.
ção de controlo como base para a consolidação de todos os tipos de entidades. A IFRS
• IAS 32 instrumentos financeiros: apresentação - Efeito
10 substitui a IAS 27 demonstrações finan-
fiscal da distribuição aos detentores de instrumentos de
ceiras consolidadas e separadas e a SIC 12
capital próprio
consolidação - Entidades com finalidade es-
As emendas clarificam que o imposto sobre o rendimen-
pecial. A IFRS 11 estabelece princípios para
to nas distribuições aos detentores de instrumentos de
o relato financeiro pelas partes em acordos
capital próprio deve ser contabilizado de acordo com a
conjuntos e substitui a IAS 31 interesses em
IAS 12 Impostos sobre o rendimento.
empreendimentos conjuntos e a SIC 13 entidades conjuntamente controladas - Contri-
• IAS 34 relato financeiro intercalar
buições não monetárias por empreendedo-
As emendas clarificam que o total de ativos e total de
res. A IFRS 12 combina, reforça e substitui os
passivos de um determinado segmento de relato de-
requisitos de divulgação para as filiais, acorRELATÓRIO ANUAL 2013
NOTAS CONSOLIDADAS
As emendas clarificam que custos de empréstimos ob-
156 dos conjuntos, associadas e entidades estru-
emendas à IAS 27 eliminaram ainda a opção que era dada
turadas não consolidadas. Em consequência
às entidades de investimento no sentido de mensurarem os
destas novas IFRS, o IASB emitiu igualmente
seus investimentos em determinadas filiais pelo custo ou
uma versão alterada da IAS 27 e da IAS 28.
pelo justo valor nas suas demonstrações financeiras separadas. As emendas à IFRS 10, à IFRS 12 e à IAS 27 implicam,
Emendas à IFRS 10 demonstrações financei-
por conseguinte, emendas à IFRS 1, IFRS 3, IFRS 7, IAS 7, IAS
ras consolidadas, à IFRS 11 acordos conjun-
12, IAS 24, IAS 32, IAS 34 e IAS 39, a fim de assegurar a coe-
tos e à IFRS 12 divulgação de interesses nou-
rência entre as normas internacionais de contabilidade.
tras entidades (Regulamento n.º 313/2013,
de 4 de abril)
Alterações à IAS 36 imparidade de ativos (Regulamento n.º
1374/2013, de 19 de dezembro)
O objetivo das emendas consiste em clarificar
a intenção do IASB quando emitiu pela primei-
As principais alterações envolvem: (i) a remoção do requi-
ra vez as orientações de transição relativas à
sito de divulgação da quantia recuperável das unidades
IFRS 10. As emendas proporcionam também
geradoras de caixa relativamente às quais não foi reconhe-
uma flexibilidade de transição suplementar
cida qualquer imparidade; (ii) introdução do requisito de
relativamente à IFRS 10, à IFRS 11 e à IFRS
divulgar informação acerca dos pressupostos-chave, téc-
12, limitando o requisito de prestação de in-
nicas de avaliação e nível aplicável da hierarquia de justo
formações comparativas ajustadas apenas ao
valor para qualquer ativo individual (incluindo o goodwill)
período comparativo precedente. Além dis-
ou para qualquer unidade geradora de caixa relativamente
so, para as divulgações relativas a entidades
aos quais foi reconhecidas ou revertidas perdas de impa-
estruturadas não consolidadas, as emendas
ridade durante o período, e para as quais o valor recupe-
suprimem a obrigação de apresentar informa-
rável consiste no justo valor menos custos de vender; (iii)
ções comparativas para os períodos anterio-
introdução do requisito de divulgação das taxas de des-
res à aplicação pela primeira vez da IFRS 12.
conto que foram usadas no período corrente e em mensurações anteriores das quantias recuperáveis dos ativos em
Alterações à IFRS 10 demonstrações finan-
imparidade que tenham sido baseadas no justo valor me-
ceiras consolidadas, IFRS 12 divulgação de
nos custos de vender usando a técnica do valor presente;
interesses noutras entidades e IAS 27 de-
(iv) remoção do termo “material”, por se ter considerado
monstrações financeiras separadas (Regula-
desnecessária a referência explícita quando a norma faz
mento n.º 1174/2013, de 20 de novembro)
referência aos requisitos de divulgações para os ativos (incluindo goodwill) ou unidades geradoras de caixa, paras
A IFRS 10 é emendada a fim de refletir melhor
os quais uma perda ou reversão “material” de imparidade
o modelo de negócio das entidades de inves-
tenha sido incorrida durante o período.
timento. Exige que essas entidades mensurem as suas filiais pelo justo valor através dos
resultados, em vez de procederem à respetiva consolidação. A IFRS 12 é emendada a fim
de exigir uma divulgação específica sobre essas filiais das entidades de investimento. As
SOMAGUE SGPS
em datas determinadas, cash flows que se 157
mento e mensuração - Novação de derivados e continu-
consubstanciam somente no pagamento
ação da contabilidade de cobertura (Regulamento n.º
de reembolso de capital e juros relativos
1375/2013, de 19 de dezembro)
ao capital em dívida.
O objetivo das alterações é o de resolver as situações em
Os restantes instrumentos de dívida são
que um derivado designado como instrumento de cober-
mensurados subsequentemente ao justo va-
tura é objeto de novação entre uma contraparte e uma
lor.
contraparte central por razões legais ou regulamentares. A
solução prevista permitirá a continuação da contabilidade
Todos os investimentos financeiros de ca-
de cobertura independentemente da novação, o que não
pital próprio são mensurados ao justo valor
seria permitido na ausência destas emendas.
através da demonstração de rendimento integral ou através de proveitos e perdas. Cada
Ainda não endossadas pela UE:
um dos instrumentos financeiros de capital
próprio deve ser mensurado ao justo valor
IFRS 9 instrumentos financeiros (introduz novos requisitos
através de i) na demonstração de rendi-
de classificação e mensuração de ativos e passivos finan-
mento integral ou (ii) proveitos e perdas (os
ceiros)
instrumentos financeiros de capital próprio
detidos para devem ser mensurados ao jus-
A primeira fase da IFRS 9 Instrumentos financeiros aborda
to valor com as respetivas variações sempre
a classificação e mensuração dos ativos e passivos finan-
reconhecidas através de proveitos e perdas).
ceiros. O IASB continua a trabalhar e a discutir os temas
de imparidade e contabilidade de cobertura com vista à
Passivos financeiros:
revisão e substituição integral da IAS 39. A IFRS 9 aplica-se
As diferenças no justo valor de passivos fi-
a todos os instrumentos financeiros que estão no âmbito
nanceiros ao pelo justo valor através dos
de aplicação da IAS 39.
lucros ou prejuízos que resultem de alterações no risco de crédito da entidade devem
As principais alterações são as seguintes:
ser apresentadas na demonstração de rendimento integral. Todas as restantes altera-
Ativos financeiros:
ções devem ser registadas nos lucros e per-
Todos os ativos financeiros são mensurados no reconheci-
das exceto se a apresentação das diferenças
mento inicial ao justo valor.
no justo valor resultantes do risco de crédito
do passivo financeiro fossem suscetíveis de
Os instrumentos de dívida podem ser mensurados ao cus-
criar ou aumentar uma descompensação sig-
to amortizado subsequentemente se:
nificativa nos resultados do período.
• a opção pelo justo valor não for exercida;
Todas as restantes regras de classificação e
• o objetivo da detenção do ativo, de acordo com o modelo
mensuramento relativamente a passivos fi-
de negócio, é receber os cash flows contratualizados; e
nanceiros existentes na IAS 39 permanecem
• nos termos contratados os ativos financeiros irão gerar,
inalteradas na IFRS 9 incluindo as regras da
RELATÓRIO ANUAL 2013
NOTAS CONSOLIDADAS
Alterações à IAS 39 instrumentos financeiros: reconheci-
158 separação de derivados embutidos e o crité-
Melhorias anuais relativas ao ciclo 2010-2012
rio para ser reconhecidos ao justo valor por
proveitos e perdas.
Nas melhorias anuais relativas ao ciclo 2010-2012, o IASB
introduziu oito melhorias em sete normas cujos resumos
Esta norma é aplicável para exercícios ini-
se apresentam de seguida:
ciados em ou após 1 de janeiro de 2015. A
aplicação antecipada é permitida desde que
• IFRS 2 pagamentos com base em ações
devidamente divulgada. A aplicação das dis-
Atualiza definições, clarifica o que se entende por con-
posições relativas aos passivos financeiros
dições de aquisição e clarifica ainda situações relacio-
pode ser também antecipada desde que em
nadas com preocupações que haviam sido levantadas
simultâneo com as disposições relativas aos
sobre condições de serviço, condições de mercado e
ativos financeiros.
condições de performance.
IAS 19 R - Benefícios de empregados (Emenda): contribuições de empregados
• IFRS 3 combinações de negócios
Introduz alterações no reconhecimento das alterações
de justo valor dos pagamentos contingentes que não
Esta emenda aplica-se a contribuições de
sejam instrumentos de capital. Tais alterações passam
empregados ou terceiros para planos de
a ser reconhecidas exclusivamente em resultados do
benefícios definidos. Simplifica a contabili-
exercício.
zação das contribuições que sejam independentes do número de anos de prestação de
• IFRS 8 segmentos operacionais
serviço do empregado, como por exemplo,
Requer divulgações adicionais (descrição e indicadores
contribuições efetuadas pelo empregado
económicos) que determinaram a agregação dos seg-
que sejam calculadas com base numa per-
mentos.
centagem fixa do salário, que sejam uma
quantia fixa ao longo de todo o período de
A divulgação da reconciliação do total dos ativos dos
serviço ou uma quantia que dependa da ida-
segmentos reportáveis com o total de ativos da entidade
de do empregado. Tais contribuições passam
só é exigida se for também reportada ao gestor respon-
a poder ser reconhecidas como uma redução
sável, nos mesmos termos da divulgação exigida para os
dos custo do serviço no período em que o
passivos do segmento.
serviço é prestado.
• IFRS 13 mensuração ao justo valor
As alterações são aplicáveis para os exer-
Clarifica que as contas a receber e as contas a pagar sem
cícios iniciados em ou após 1 de julho de
juro declarado, podem ser mensuradas ao valor nominal
2014. A aplicação pode ser antecipada des-
quando o efeito do desconto é imaterial. Assim, a razão
de que divulgada. A aplicação é retrospetiva.
pela qual foram eliminados parágrafos da IAS 9 e IAS 39
nada teve a ver com alterações de mensuração mas sim
com o facto de a situação em concreto ser imaterial e,
por esse facto, não ser obrigatório o seu tratamento conforme já previsto na IAS 8.
SOMAGUE SGPS
No caso de revalorização a norma passa a prever a possi-
Melhorias anuais relativas ao ciclo 2011- 159
2013
bilidade de entidade poder optar entre proceder ao ajustamento do valor bruto com base em dados observáveis
Nas melhorias anuais relativas ao ciclo
no mercado ou que possa alocar a variação, de forma
2011-2013, o IASB introduziu 4 melhorias
proporcional, à alteração ocorrida no valor contabilístico
em outras tantas normas cujos resumos se
sendo, em qualquer dos casos, obrigatória a eliminação
apresentam de seguida:
das amortizações acumuladas por contrapartida do valor
bruto do ativo. Estas alterações só se aplicam a revalori-
• IFRS 1 adoção pela primeira vez das nor-
zação efetuadas no ano em que a alteração for aplicada
mas internacionais de relato financeiro
pela primeira vez e ao período imediatamente anterior.
Clarifica o que se entende por normas em
Pode fazer a reexpressão para todos os períodos anterio-
vigor.
res mas não é obrigada a fazê-lo. Contudo, se não fizer,
deverá divulgar o critério usado nesses períodos.
• IFRS 3 combinações de negócios
Atualiza a exceção de aplicação da norma
• IAS 24 divulgações de partes relacionadas
a “acordos conjuntos” clarificando que a
Clarifica a definição de pessoal chave da gestão e altera
única exclusão se refere à contabilização
os requisitos de divulgação associados.
da criação de um acordo conjunto nas demonstrações financeiras do próprio acor-
• IAS 38 ativos intangíveis
do conjunto.
No caso de revalorizações a norma passa a prever a possibilidade de entidade poder optar entre proceder ao
• IFRS 13 mensuração ao justo valor
ajustamento do valor bruto com base em dados observá-
Atualiza o parágrafo 52 no sentido de a ex-
veis no mercado ou que possa alocar a variação, de forma
ceção ao portfólio passar a incluir também
proporcional, à alteração ocorrida no valor contabilístico
outros contratos que estejam no âmbito
sendo, em qualquer dos casos, obrigatória a eliminação
ou sejam contabilizados de acordo com a
das amortizações acumuladas por contrapartida do valor
IAS 39 ou a IFRS 9 independentemente de
bruto do ativo. Estas alterações só se aplicam a revalori-
satisfazerem as definições de ativos finan-
zações efetuadas no ano em que a alteração for aplicada
ceiros ou passivos financeiros nos termos
pela primeira vez e ao período imediatamente anterior.
na IAS 32.
Pode fazer a reexpressão para todos os períodos anteriores mas não é obrigada a fazê-lo. Contudo, se não fizer,
deverá divulgar o critério usado nesses períodos.
• IAS 40 propriedades de investimento
Clarifica a inter-relação existente entre
a IFRS 3 e a IAS 40 ao determinar se uma
As melhorias 2010-2012 são aplicáveis para os exercícios
propriedade deve ser classificada como
iniciados em ou após 1 de julho de 2014. A aplicação pode
propriedades de investimento ou como
ser antecipada desde que divulgada. A aplicação é geral-
propriedade ocupada pelo dono.
mente prospetiva.
As melhorias 2011-2013 são aplicáveis para
os exercícios iniciados em ou após 1 de juRELATÓRIO ANUAL 2013
NOTAS CONSOLIDADAS
• IAS 16 ativos fixos tangíveis
160 lho de 2014. A aplicação pode ser antecipa-
4. Composição do Grupo
da desde que divulgada. A aplicação é geralmente prospetiva.
A Somague SGPS é a empresa mãe das contas anuais consolidadas do Grupo, sendo posteriormente consolidada na
IFRIC 21 - Taxas do governo (emissão)
sua mãe Sacyr, S.A.
Esta interpretação aplica-se a pagamentos
4.1. Composição do Grupo e participações financeiras
impostos por entidades governamentais,
que não estejam cobertos por outras normas
Para efeitos de preparação das contas anuais consolida-
(ex.: IAS 12), incluindo multas e outras pena-
das, as empresas que formam o Grupo classificam-se da
lidades por incumprimento de legislação. A
seguinte forma:
interpretação clarifica que: (i) deve ser reconhecido um passivo quando ocorre a ativi-
a. Empresas controladas: empresas juridicamente inde-
dade que despoleta o pagamento tal como
pendentes que constituem uma unidade económica sujei-
identificado na legislação relevante (ii) deve
ta a direção única a nível estratégico e aquelas sobre as
ser efetuado um acréscimo progressivo da
quais se exerce domínio efetivo, direta ou indiretamente.
responsabilidade ao longo do tempo se a
atividade que despoleta o pagamento também ocorre ao longo do tempo de acordo
com a legislação relevante e (iii) se o pagamento só é despoletado quando é atingido
um limite mínimo, não deve ser reconhecido qualquer passivo até que tal mínimo seja
atingido. Esta interpretação não estabelece
qual deve ser a contrapartida do passivo devendo ser tidas em conta as disposições das
restantes normas para determinar se deve
ser reconhecido um ativo ou um gasto.
As alterações são aplicáveis para os exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de
2014. A aplicação pode ser antecipada desde que divulgada. A aplicação é retrospetiva.
As normas acima referidas, ou não são aplicáveis, ou não são esperados quaisquer impactos nas demonstrações financeiras do
Grupo Somague.
SOMAGUE SGPS
suas sedes sociais, atividades e proporção 161
método integral, em 31 de dezembro de 2013 e 2012,
do capital detido em cada exercício são as
seguintes:
% participação
Nome
Sede
2013
2012
Atividade
No âmbito da Somague SGPS
Somague - Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A.
Sintra
Somague - Engenharia, S.A.
Sintra
100,00%
Empresa mãe
100,00%
Sociedade gestora de participações sociais
Construção civil e obras públicas
PEVR - Parques de Estacionamento de Vila Real, S.A.
Sintra
80,00%
80,00%
Construção e exploração de parques de estacionamento
No âmbito da Somague Engenharia
Somague TI - Tecnologias de Informação, S.A.
Sintra
100,00%
100,00%
Consultoria informática
Somague Ireland, Lta.
Irlanda
100,00%
100,00%
Construção civil e obras públicas
Enfoque - Energias Renováveis, Lda.
Sintra
-
80,00%
Comercialização e instalação de sistemas de energias
renováveis
Somague MPH Construções, S.A.
Brasil
50,00%
50,00%
Construção de edifícios e incorporação de
empreendimentos imobiliários
Construção civil e obras públicas
Somague - Ediçor, Engenharia, S.A.
Ponta Delgada
100,00%
100,00%
Soconstrói PMG, S.A.
Sintra
100,00%
100,00%
Promoção imobiliária
Somague Togo, SARL
Togo
100,00%
100,00%
Construção civil e obras públicas
Promoceuta - Empreendimentos Imobiliários, Lda.
Sintra
55,00%
55,00%
Promoção imobiliária
Construção civil e obras públicas
CVC - Construções de Cabo Verde, SARL
Cabo verde
90,30%
90,30%
Somague Moçambique, Lda.
Moçambique
100,00%
100,00%
Construção civil e obras públicas
SGIS - Sociedade Geral de Investimentos e Serviços, Lda.
Moçambique
100,00%
100,00%
Serviços de gestão e consultoria empresarial
Angola
100,00%
100,00%
Construção civil e obras públicas
100,00%
100,00%
Recuperação, construção, comercialização,
importação, exportação de carros antigos, máquinas e
equipamento diverso e seu aluguer
Somague Angola - Construção Obras Públicas, Lda.
Edimecânica - Engenharia Mecânica e Carros
Clássicos dos Açores, Lda.
Açores
Soconstrói Engenharia, Lda.
Sintra
100,00%
100,00%
Promoção imobiliária
Neopul - Sociedade de Estudos e Construções, S.A.
Lisboa
100,00%
100,00%
Construção de vias-férreas
Neopul Ireland, Lta.
Irlanda
100,00%
100,00% Construção de edifícios e trabalhos de construção civil
Ferropor - Equipamento Ferroviário
Sintra
100,00%
100,00%
Comercialização de equipamento ferroviário
RELATÓRIO ANUAL 2013
NOTAS CONSOLIDADAS
As empresas controladas incluídas na consolidação, pelo
162 b. Empreendimentos conjuntamente con-
As seguintes entidades conjuntamente controladas foram
troladas: empresas em que a gestão é con-
consolidadas pelo método proporcional, dado que a ges-
duzida conjuntamente com uma ou várias
tão e controlo das mesmas são exercidos conjuntamente
sociedades terceiras que participam no seu
com os outros sócios/acionistas.
capital.
País de incorporação
2013
2012
47,50%
Transmetro - Construções do Metropolitano, ACE ("ACE da Transmetro")
Portugal
47,50%
UTE Gijón
Espanha
80,00%
80,00%
Somague, Bascol, ACE ("ACE do Fórum Coimbra")
Portugal
75,00%
75,00%
Somague, A. Barbosa Borges, ACE ("ACE das Águas de Barcelos")
Portugal
70,00%
70,00%
Somague, Norlamor, Camilo Sousa Matos, ACE ("ACE das Águas do Marco")
Portugal
45,00%
45,00%
Somague, Soares da Costa, ACE (ACE do Metro de Superfície")
Portugal
50,00%
50,00%
Somague, Bascol, ACE ("ACE do Hospital Pediátrico")
Portugal
100,00%
100,00%
UTE Gordoniz
Espanha
80,00%
80,00%
UTE Abandoibarra
Espanha
80,00%
80,00%
Somague, Irmãos Cavaco, Construtores Molhes do Douro, ACE ("ACE dos Molhes do Douro")
Portugal
50,00%
50,00%
UTE Llodio
Espanha
80,00%
80,00%
UTE Aiboa - Getxo
Espanha
80,00%
80,00%
UTE Alfatejo (Múrcia)
Espanha
80,00%
80,00%
UTE 17 Viv. Llodio
Espanha
80,00%
80,00%
Joint Venture - Bowen Somague
Irlanda
60,00%
60,00%
UTE Agadir (Múrcia)
Espanha
80,00%
80,00%
UTE Somague, Sal La Florida
Espanha
80,00%
80,00%
UTE Calle Pizarro (Vigo)
Espanha
80,00%
80,00%
Irlanda
75,00%
75,00%
100,00%
Joint Venture - Somague Bowen Sacyr
Somague, Camilo Sousa Mota, ACE ("ACE das Águas de Gondomar")
Portugal
100,00%
Somague, Seth CJT 1F, ACE ("ACE do Jardim do Tabaco")
Portugal
50,00%
50,00%
ACUPM - Agrupamento Construtor de uma Unidade de Piscicultura em Mira, ACE ("ACE da Pescanova")
Portugal
80,00%
80,00%
Infratúnel, ACE
Portugal
55,00%
55,00%
Cogeração Sines ACE
Portugal
65,00%
65,00%
Cais Cruzeiro 2º fase - ACE
Portugal
37,50%
37,50%
Construtora do Lena, MSF, Novopca - Linha Atlântico Construtoras, ACE ("ACE da A17")
Portugal
25,00%
25,00%
47,50%
NHBraga - Agrupamento Construtor do Novo Hospital de Braga, ACE ("ACE NHBraga")
Portugal
47,50%
Somague - Edifer, Empreitada do Estoril Sol, ACE ("ACE Estoril Sol")
Portugal
50,00%
50,00%
Gace, Gondomar ACE ("ACE GACE")
Portugal
24,00%
24,00%
LGC Linha Gondomar Construtores, ACE ("ACE LGC")
Portugal
30,00%
30,00%
Somague Engenharia/Neopul/Teodoro, ACE
Portugal
60,00%
60,00%
Somague, Hagen - Aqua Portimão, ACE ("ACE Aqua Portimão")
Portugal
60,00%
60,00%
Projesines - Expansão do Terminal de GNL de Sines, ACE ("ACE Projesines")
Portugal
85,00%
85,00%
Somague - Tomás de Oliveira, ACE ("ACE Bombel Évora")
Portugal
65,00%
65,00%
Haçor C - Construção do Edifício do Hospital da Ilha Terceira, ACE ("ACE da Haçor")
Portugal
34,25%
34,25%
Somague - Engenharia, Engigás, Neopul - Construtores ACE ("ACE do SEN")
Portugal
100,00%
100,00%
Somague, Neopul, ACE ("ACE do Estaleiro de Pegões")
Portugal
100,00%
100,00%
BPC, CBPO, Agromar, Somague, Profarbil, Kaiser e ACER, ACE ("ACE do Metro")
Portugal
-
50,00%
Somague, Bento Pedroso, Cubiertas, Dragados, ACE ("ACE do Alqueva")
Portugal
25,00%
25,00%
SOMAGUE SGPS
Continua na pág. seguinte
% participação
Nome
Nome
País de incorporação
2013
2012
Somague, Edifer, MSF, Zagope, Abrantina, Conduril, Lena, Tâmega e Novopca - Agrupamento conceção,
projetos e construção das Auto-estradas do Oeste - Nova Estrada ACE ("ACE da Nova Estrada")
Portugal
15,00%
15,00%
Engil, Somague - Construção Estação Tratamento Águas Residuais da Madalena, ACE ("ACE da Etar da
Madalena")
Portugal
33,33%
33,33%
Somague Hidurbe - Central de Compostagem de Resíduos Orgânicos, ACE
Portugal
56,25%
56,25%
Somague, Mesquita - Casa da Música, ACE ("ACE da Casa da Música")
Portugal
-
100,00%
Somague CVO - Construção da Central de Valorização Orgânica, ACE
Portugal
100,00%
100,00%
32,50%
Obras Civis L.N. 2.1, ACE ("ACE da Linha do Norte")
Portugal
-
Infraestruturas das Antas - Construção e Obras Públicas, ACE ("ACE das Infraestruturas das Antas")
Portugal
33,33%
33,33%
Somague, Alberto Couto Alves ACE ("ACE da VL9")
Portugal
70,00%
70,00%
Somague, BPC, Engil - SPIE - SBES, ACE ("ACE da Linha Vermelha")
Portugal
26,32%
26,32%
Construtores das Águas da Linha, ACE ("ACE das Águas da Linha")
Portugal
50,00%
50,00%
13,33%
Novaponte - Agrupamento para a Construção da Segunda Travessia do Tejo, ACE ("ACE da Novaponte")
Portugal
13,33%
Resercávado - Soconstrói, Mesquita, Arnaldo Oliveira - Sistemas de Abastecimento de Água
Portugal
33,33%
33,33%
Somague, Edifer, ACE ("ACE do Freeport")
Portugal
50,00%
50,00%
LMNS Atlântico, ACE ("ACE LMNS")
Portugal
25,00%
25,00%
Somague, Edifer - Etar Alcântara ("ACE da Etar de Alcântara")
Portugal
50,00%
50,00%
Meci - Somague, Cogeração de Setúbal, ACE
Portugal
44,78%
44,78%
LOC - Litoral Oeste Construtores, ACE ("ACE do LOC")
Portugal
25,00%
25,00%
Reforço de Potência da Barragem da Venda Nova, ACE
Portugal
28,33%
28,33%
NHXira- Agrupamento Complementar de Empresas do Novo Hospital de Vila Franca, ACE ("ACE NHXira")
Portugal
47,50%
47,50%
ACE Barragem Foz Tua
Portugal
33,33%
33,33%
ACE LCHB
Portugal
60,00%
60,00%
50,00%
ACE Data center - Opway - SE
Portugal
50,00%
LCHXira, ACE
Portugal
60,00%
-
NCC Alegro Setúbal, ACE
Portugal
50,00%
-
Cyes Somague - Construção do Terminal de Lomé, ACE
Togo
50,00%
-
Etermar/ Somague - Cais de Cruzeiros do Funchal, ACE
Portugal
50,00%
-
UTE Isolux, Málaga
Espanha
50,00%
50,00%
UTE Alcazar Manzanares
Espanha
25,00%
25,00%
UTE Castellbisbal
Espanha
30,00%
30,00%
UTE Orihuela
Espanha
10,00%
10,00%
UTE AVE Portela
Espanha
15,00%
15,00%
UTE Inecat
Espanha
38,25%
38,25%
UTE Sevilha
Espanha
50,00%
50,00%
UTE Pontevedra
Espanha
20,00%
20,00%
Manutenção Algarve
Portugal
67,00%
67,00%
Via Alameda ACE
Portugal
50,00%
50,00%
Neorail ACE
Portugal
50,00%
50,00%
UTE ADIF Merida (Neopul)
Espanha
10,00%
-
UTE Muelle ING. Juan Gonzalo (Huelva)
Espanha
50,00%
-
UTE Alicante
Espanha
20,00%
-
UTE Linares
Espanha
10,00%
-
Neopul Ferrovias - Construção linha de Gondomar
Portugal
50,00%
50,00%
Avias - Grupo Ferroviário para a Alta Velocidade, ACE
Portugal
22,00%
22,00%
UTE Can Tunis
Espanha
50,00%
50,00%
UTE Goya
Espanha
10,00%
10,00%
UTE Gabaldon
Espanha
33,33%
33,33%
RELATÓRIO ANUAL 2013
163
NOTAS CONSOLIDADAS
% participação
164 Durante o ano de 2013 foram constituídos
os agrupamentos complementares de empresas que se apresentam no quadro abaixo.
% participação
Nome
País de incorporação
2013
2012
UTE ADIF Merida (Neopul)
Espanha
10,00%
-
LCHXira, ACE
Portugal
60,00%
-
NCC Alegro Setúbal, ACE
Portugal
50,00%
-
UTE Muelle ING. Juan Gonzalo (Huelva)
Espanha
50,00%
-
UTE Alicante
Espanha
20,00%
-
Cyes Somague - Construção do Terminal de Lomé, ACE
Togo
50,00%
-
Etermar/ Somague - Cais de Cruzeiros do Funchal, ACE
Portugal
50,00%
-
UTE Linares
Espanha
10,00%
-
Togo
50,00%
-
País de incorporação
2013
Cyes Somague JV
Durante o ano de 2013 foram liquidados os
agrupamentos complementares de empresas conforme quadro abaixo.
% participação
Nome
2012
Obras Civis L.N. 2.1, ACE ("ACE da Linha do Norte")
Portugal
-
32,50%
BPC, CBPO, Agromar, Somague, Profarbil, Kaiser e ACER, ACE ("ACE do Metro")
Portugal
-
50,00%
Manutenção Algarve, ACE
Portugal
-
34,00%
Somague, Mesquita - Casa da Música, ACE ("ACE da Casa da Música")
Portugal
-
100,00%
UTE Alcazar Manzanares
Espanha
-
25,00%
As entidades conjuntamente controladas,
de equivalência patrimonial, sendo consolidadas integral-
identificadas no quadro abaixo, são consi-
mente ou proporcionalmente, conforme aplicável, pelo
deradas nas contas do Grupo pelo método
acionista que detém o controlo total sobre elas.
% participação
Nome
País de incorporação
2013
2012
UTE Muelle del Leste
Espanha
20,00%
20,00%
UTE As Cancelas
Espanha
50,00%
50,00%
UTE Prado de Fuentes
Espanha
70,00%
70,00%
UTE Puerto de Valência
Espanha
20,00%
20,00%
UTE Somague La Lastra
Espanha
70,00%
70,00%
UTE Puerto de Marín
Espanha
20,00%
20,00%
UTE Abrigo Puerto de Valência
Espanha
6,00%
6,00%
UTE Auditório de Vigo
Espanha
16,00%
16,00%
UTE Darsena de Servicios
Espanha
20,00%
20,00%
UTE Darsena Sur de Sagunto
Espanha
20,00%
20,00%
SOMAGUE SGPS
165
Foi excluído da consolidação o empreendimento conjunto,
Nome
Meia Serra, ACE
Sede
% efetiva de participação
Atividade
Madeira
3,77%
Construção
NOTAS CONSOLIDADAS
por se encontrar sem atividade:
Deste modo, as demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2013 integram os ativos, passivos, proveitos e
custos dos Agrupamentos Complementares de Empresas
(“ACE”), na proporção em que o Grupo participa nas referidas entidades, líquido das eliminações de saldos e transações na referida proporção, como segue:
(Unid: Euros)
2013
Ativos correntes
Ativos não correntes
Passivos correntes
Passivos não correntes
Vendas e prestação de serviços
Outros rendimentos operacionais
Custo das mercadorias vendidas
Variação da produção
Fornecimentos serviços externos
Gastos com pessoal
2012
98.736.775
103.065.364
6.336.363
5.249.833
105.073.138
108.315.197
83.493.036
98.102.819
14.824.739
9.112.279
98.317.775
107.215.098
92.544.907
90.766.164
3.941.246
4.643.291
(15.952.106)
(18.956.790)
84.958
-
(74.123.598)
(68.080.097)
(2.977.401)
(3.315.491)
Amortizações e depreciações
(975.028)
(742.965)
Provisões e perdas de imparidade
3.644.817
2.222.434
Outros gastos operacionais
(1.111.510)
(7.883.156)
Resultados financeiros
(1.766.074)
994.177
3.310.212
(352.433)
Lucro antes de imposto sobre rendimento
Imposto sobre rendimento exercício
Lucro líquido
RELATÓRIO ANUAL 2013
(41.656)
(61.428)
3.268.556
(413.861)
166 c. Empresas associadas: empresas em que
4.2. Remuneração do pessoal chave da gestão
alguma ou algumas sociedades do Grupo
exerçam uma influência significativa na sua
As remunerações e encargos atribuídas aos membros de
gestão (Nota 8).
Conselho de Administração, durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, ascenderam a
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 as par-
2.425.702 euros e 3.672.826 euros, respetivamente. Em
ticipações em associadas são como segue:
cada um destes anos a remuneração atribuída ao Conselho
% participação
HSE a)
2013
2012
27,50%
27,50%
Fiscal foi de 11.500 euros e 12.500 euros, respetivamente.
4.3. Natureza do relacionamento das partes relacionadas
Complexo Tivane b)
20,00%
20,00%
Engigás Cabo Verde b)
100,00%
100,00%
A natureza das transações e saldos com as entidades re-
Somague Panamá b)
100,00%
100,00%
-
100,00%
lacionadas que se apresentam na nota 4.4 são essencial-
11,20%
11,20%
Somague Togo c)
Via Expresso a)
a)
b)
c)
Estas empresas encontram-se registadas pelo método de equivalência patrimonial
Estas empresas encontram-se registadas pelo custo de aquisição, deduzido das provisões para perdas estimadas na sua realização, quando aplicável.
Esta empresa passou a ser consolidada pelo método integral
A empresa Engigás Cabo Verde na qual o
Grupo detém uma participação de 100%,
não foi consolidada porque se encontra sem
atividade e em processo de dissolução.
A Somague Panamá foi constituída no início
do ano de 2010, com o objetivo de operar no
mercado do Panamá, encontrando-se sem
atividade.
Em 2012 foi constituída a Somague Togo,
que iniciou a operar nesse mercado no início
de 2013.
d. Existem participações em outras empresas que se encontram registadas ao valor de
mercado porque se encontram cotadas. As
restantes estão registadas ao custo (conforme divulgado na nota 9).
SOMAGUE SGPS
mente cedências de administradores e quadros técnicos, e
prestações de serviços ao Grupo.
4.4. Transações e saldos pendentes com partes relacionadas
As transações e saldos entre a Somague SGPS (empresa mãe)
e empresas do Grupo incluídas na consolidação, que são partes relacionadas, foram eliminados no processo de consolidação, não sendo alvo de divulgação na presente nota.
Os termos e condições praticadas entre a Somague SGPS
e partes relacionadas são substancialmente idênticos aos
que normalmente seriam contratados, aceites e praticados
entre entidades independentes em operações comparáveis.
Os saldos e transações com entidades relacionadas em 31
de dezembro de 2013 podem ser detalhados como se segue:
Nome
Vendas a partes
relacionadas
Compras de partes
relacionadas
Clientes/
outros devedores
Fornecedores/
Outros credores
Empréstimos e
suprimentos
Entidade(s) com influência significativa no Grupo
Águas de Alenquer, S.A.
-
-
290.211
-
-
Águas Barcelos, S.A.
(649.128)
19.049
28.253.952
(127.938)
-
Aguas da Serra, S.A.
(3.100)
-
541
-
-
(10.740)
-
14.469.845
(20.036)
-
(320.812)
6.427
2.666.055
(152.716)
-
Águas de Carrazeda, S.A.
-
-
3.596
-
-
Águas de Cascais, S.A.
-
-
-
(153)
-
Águas de Gondomar, S.A.
-
-
661.693
(3.062)
-
(6.425)
-
254.850
(728.726)
-
AGS - Paços de Ferreira
AGS - A. Gest.S.Salub., S.A.
Águas do Marco, S.A.
Aplicação Urbana
Auto-estrada do Marão, S.A.
Escala Braga
Escala Parque - Gestão Est.
Escala Vila Franca Xira, Soc. Gestora
Haçor Concessões, S.A.
Haçor Domus
Hidurbe - Gest.Residuos, S.A.
Lusivial
Sacyr, S.A.U
Sacyr, S.A.
Somague Ambiente, S.A.
Somague Conc. Infraest., S.A.
Somague Imobiliária, S.A.
-
46.150
-
-
-
(3.183)
(4.978)
3.813.965
1.460
176.124
(256.755)
(10.022)
195.089
-
-
(66)
-
15
-
-
(6.921.407)
105.931
407.690
(108.830)
-
(3.274)
-
418.351
-
146.000
(23)
3
-
-
20.200
(33.671)
1.318
175.522
(23.263)
-
-
-
861.125
(89)
-
(11.453)
19.314
177.006
(178.710)
-
(206.110)
698.342
4.538.248
(1.345.913)
(6.380.081)
(29.315)
(7.161)
1.824.037
(210.087)
-
(311.078)
56.557
6.819.153
(80.053)
-
(49.131)
100.421
365.528
(81.336)
-
Valoriza, Sucursal Portugal
-
-
1.069.358
(24.000)
-
Valoriza, S.A.
-
-
217.971
-
-
(2.822.300)
-
2.032.099
-
-
-
-
699
-
-
Sacyr Panamá, S.A
TDM - Túnel do Marão Operadora, S.A.
Valoriza Gestión
Viveiros do Falcão
Via Expresso
-
-
70
-
(5.010)
29.337
1.305.187
(626.692)
-
-
-
-
-
2.057.331
(11.642.979)
1.060.689
70.821.856
(3.710.142)
(3.980.426)
Associadas
HSE
-
-
-
-
37.984
-
-
-
-
37.984
(3.580)
1.255.587
3.308
(512.263)
-
-
6
-
-
-
(6.592)
-
162.974
-
-
-
-
27.951
-
-
(187.956)
5
-
-
-
-
18.000
-
(21.240)
-
(198.128)
1.273.598
194.232
(533.503)
-
Empreendimentos conjuntos
Hidurbe/Mesquita, ACE
UTE As Cancelas
UTE Puerto de Abrigo de Valência
UTE Expansión Puerto de Marín
UTE Muelle de Cruceros
UTE Darsena Sur de Sagunto
RELATÓRIO ANUAL 2013
167
NOTAS CONSOLIDADAS
(Unid: Euros)
Valores em balanço
168 5. Imposto sobre o rendimento
De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais
estão sujeitas a revisão e correção por parte das autorida-
A Somague SGPS encontra-se sujeita a im-
des fiscais durante um período de 4 anos (5 anos para a
posto sobre o rendimento das pessoas co-
segurança social), exceto quando tenham havido prejuízos
letivas (“IRC”), atualmente à taxa de 25%,
fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais ou es-
acrescida de derrama até à taxa máxima
tejam em curso inspeções, reclamações ou impugnações,
de 1,5% e da derrama estadual em 3% so-
casos esses em que, dependendo das circunstâncias os
bre o lucro tributável superior a 1.500.000
prazos são alargados ou suspensos.
euros até 7.500.000 euros e em 5% sobre
o lucro tributável superior a 7.500.000 eu-
O Conselho de Administração entende que, em eventuais
ros. No apuramento da matéria coletável, à
correções resultantes de futuras revisões/inspeções fis-
qual é aplicada a referida taxa de imposto,
cais, aquelas declarações de impostos não terão um efeito
são adicionados e subtraídos aos resultados
significativo nas demonstrações financeiras em 31 de de-
contabilístico as diferenças entre este e o
zembro de 2013.
resultado fiscal. Estas diferenças podem ser
de natureza temporária ou permanente.
O Grupo procede ao registo de impostos diferidos correspondentes às diferenças temporárias entre o valor con-
A empresa e algumas das suas participa-
tabilístico dos ativos e passivos e a correspondente base
das (designadamente Somague Engenharia,
fiscal.
Soconstrói PMG, TI, Soconstrói Engenharia,
Ediçor, Neopul), localizadas em Portugal encontram-se sujeitas ao regime especial de
tributação dos grupos de sociedade. Este regime consiste na agregação dos resultados
tributáveis de todas as sociedades incluídas no perímetro de tributação, conforme
estabelecido no art.º 70 do código do IRC,
deduzidos dos dividendos distribuídos, aplicando-se ao resultado global assim obtido
a taxa de IRC, acrescida da respetiva derrama. No apuramento da matéria coletável, à
qual é aplicada a referida taxa de imposto,
são adicionados e subtraídos aos resultados
contabilísticos as diferenças entre este resultado e o resultado fiscal. Estas diferenças
podem ser de natureza temporária ou permanente.
SOMAGUE SGPS
169
O encargo de imposto registado no exercício findo em 31
(Unid: Euros)
2013
2012
8.641.201
7.661.977
Relacionados com a origem e reversão das diferenças temporárias
1.163.627
(312.048)
Efeito de diferenças da taxa de imposto
1.524.516
946.818
11.329.345
8.296.747
Demonstração de resultados consolidada
Imposto sobre o rendimento corrente
Carga fiscal do imposto sobre o rendimento
Impostos diferidos
Gastos com o imposto sobre o rendimento reportados na DR consolidada
(Unid: Euros)
Base fiscal
Resultado antes de imposto
17.361.170
Diferenças temporárias
(1.522.434)
Diferenças permanentes
Imposto
8.124.446
23.963.182
Encargo normal de imposto
6.949.323
Tributação autónoma
701.247
Dupla tributação internacional
(1.168.165)
Efeito de diferenças da taxa de imposto
1.524.516
Imposto das sucursais
2.218.152
Poupança fiscal
(59.355)
Imposto diferido
403.445
Alteração da taxa de imposto diferido
760.182
Imposto do exercício
11.329.345
RELATÓRIO ANUAL 2013
NOTAS CONSOLIDADAS
de dezembro de 2013 corresponde essencialmente a:
170 O movimento ocorrido nos ativos e passivos
por imposto diferido no exercício de 2013 e
2012, de acordo com as diferenças temporárias que o geraram é o seguinte:
2013
(Unid: Euros)
Saldo em
01.01.13
Origem
Imparidade de clientes de cobrança duvidosa
5.838.905
20.015
(590.715)
-
5.268.205
Imparidade para investimentos financeiros
2.070.736
-
(279.826)
-
1.790.910
661.248
172.118
-
-
833.366
Ativos por imposto diferido
Provisões para outros riscos e encargos
Contratos de construção
Provisões para SAV
Grandes reparações + imobilizado
Prejuízos fiscais
(Reversão)
Transferências
Saldo em
31.12.13
513.080
-
(275.891)
-
237.189
2.328.839
-
(623.057)
-
1.705.782
224.931
-
(109.423)
(19.688)
95.820
-
247.391
-
-
247.391
11.637.740
439.524
(1.878.912)
(19.688)
10.178.663
(Unid: Euros)
Saldo em
01.01.13
Origem
(Reversão)
Transferências
Saldo em
31.12.13
137.297
-
(11.408)
-
125.889
38.602
-
(18.948)
-
19.654
Contratos de construção
25.032
205.504
(13.461)
-
217.075
Proveitos diferidos SAV
791.406
-
(437.364)
-
354.042
992.337
205.504
(481.181)
-
716.661
Passivos por imposto diferido
40% da reavaliação do imobilizado
Mais-valias não tributadas por reinvestimento
2012
(Unid: Euros)
Ativos por imposto diferido
Saldo em
01.01.12
Origem
(Reversão)
Transferências
Saldo em
31.12.12
Imparidade de clientes de cobrança duvidosa
5.199.447
653.475
(14.018)
-
5.838.905
Imparidade para investimentos financeiros
1.758.947
315.359
(3.570)
-
2.070.736
Provisões para outros riscos e encargos
746.935
3.445
661.248
Contratos de construção
769.621
Provisões para SAV
Grandes reparações + imobilizado
2.944.662
115.333
(89.132)
-
(256.541)
-
513.080
(731.156)
-
2.328.839
307.690
19.688
(102.447)
-
224.931
11.727.302
1.107.301
(1.196.864)
-
11.637.740
(Unid: Euros)
Passivos por imposto diferido
40% da reavaliação do imobilizado
Saldo em
01.01.12
Origem
(Reversão)
Transferências
Saldo em
31.12.12
138.429
-
(1.132)
-
137.297
Mais-valias não tributadas por reinvestimento
55.945
-
(17.343)
-
38.602
Contratos de construção
37.548
-
(12.516)
-
25.032
Proveitos diferidos SAV
SOMAGUE SGPS
1.181.483
5.625
(395.703)
-
791.406
1.413.405
5.625
(426.694)
-
992.337
Durante os anos de 2013 e 2012, os movimentos ocorridos nos ativos fixos tangíveis, bem como nas respetivas
depreciações e perdas por imparidade acumuladas, foram
os seguintes:
(Unid: Euros)
Dezembro 2013
Efeito de
conversão
cambial
Alterações
de
perímetro
9.303.516
-
-
425.099
Edifícios e outras construções
45.683.705
(15.100)
-
Equipamento básico
90.160.210
(6.948)
-
Equipamento de transporte
15.001.505
(1.486)
Equipamento administrativo
18.164.667
Outros ativos fixos tangíveis
4.991.102
Ativos fixos tangíveis em curso
2.111.212
Saldo a
01.01.13
Terrenos e recursos naturais
Depreciações acumuladas
Adições
Transferências
e abates
Alienações
Saldo a
31.12.13
-
220.876
9.949.491
5.152.552
(139.822)
(3.142.754)
47.538.580
6.328.691
(3.571.378)
4.735.453
97.646.027
-
2.198.863
(357.153)
191.767
17.033.495
(558)
(2.894)
138.006
(92.347)
253.102
18.459.976
(3.832)
(288)
995.926
(49.876)
(845.463)
5.087.568
-
-
1.058.836
-
(2.061.831)
1.108.218
(648.850)
196.823.355
185.415.917
(27.925)
(3.182)
16.297.972
(4.210.577)
(109.249.995)
5.000
5.087
(9.810.562)
2.344.440
-
-
-
-
(152.338)
152.338
-
76.165.922
(22.925)
1.905
6.487.410
(2.018.476)
933.543
81.547.379
Imparidade
1.430.055 (115.275.976)
(Unid: Euros)
Dezembro 2012
Saldo a
01.01.12
Efeito de
conversão
cambial
Alterações
de
perímetro
Adições
Transferências
e abates
Alienações
Saldo a
31.12.12
Terrenos e recursos naturais
11.031.200
-
-
104.469
-
(1.832.153)
9.303.516
Edifícios e outras construções
47.280.830
(108.685)
-
364.030
(1.376.606)
(475.865)
45.683.705
Equipamento básico
98.298.070
(11.272)
34.055
3.271.704
(11.622.344)
189.997
90.160.210
Equipamento de transporte
20.235.194
(14.365)
-
419.491
(4.940.832)
(697.983)
15.001.505
Equipamento administrativo
18.352.317
(15.688)
-
87.531
(147.486)
(112.008)
18.164.667
Outros ativos fixos tangíveis
4.939.343
(624)
13.055
126.017
(21.232)
(65.456)
4.991.102
30.007
-
-
3.764.542
-
(1.683.337)
2.111.212
200.166.961
(150.634)
47.110
8.137.784 (18.108.500)
(4.676.804)
185.415.917
Ativos fixos tangíveis em curso
Depreciações acumuladas e imparidade
(118.240.720)
59.040
(526)
(10.263.788)
16.613.586
81.926.241
(91.594)
46.584
(2.126.005)
(1.494.914)
Em 2012 as transferências do ativo tangível em curso para
equipamento básico diziam essencialmente respeito à
aquisição de duas gruas teleféricas para obra Barragem de
Foz Tua.
RELATÓRIO ANUAL 2013
2.582.414 (109.249.995)
(2.094.390)
76.165.922
NOTAS CONSOLIDADAS
171
6. Ativos fixos tangíveis
172 7. Ativos fixos intangíveis
Durante os anos de 2013 e 2012, os movimentos ocorridos nos ativos fixos intangíveis, bem
como nas respetivas depreciações e perdas por
imparidade acumuladas, foram os seguintes:
(Unid: Euros)
Dezembro 2013
Saldo a
01.01.13
Programas de computadores
Alterações de
perímetro
Aumentos
Transferências
e abates
Reduções
Saldo a
31.12.13
5.660.208
(318)
4.258
-
(1.519)
Propriedade industrial
178.865
-
-
-
-
178.865
Direitos de concessão
3.652.118
-
-
-
-
3.652.118
-
-
-
-
300.034
300.034
Outros ativos intangíveis
Goodwill
Depreciações acumuladas e imparidade
25.802.798
-
-
(7.320.348)
-
18.482.450
35.293.989
(318)
4.258
(7.320.348)
298.515
28.276.096
(7.840.904)
38
(508.696)
-
1.394
(8.348.169)
27.453.085
(280)
(504.439)
(7.320.348)
299.908
19.927.927
(Unid: Euros)
Dezembro 2012
Saldo a
01.01.12
Programas de computadores
Propriedade industrial
Direitos de concessão
Goodwill
Depreciações acumuladas e imparidade
5.662.629
Alterações de
perímetro
Aumentos
Transferências
e abates
Reduções
Saldo a
31.12.12
5.656.632
-
3.576
-
-
5.660.208
178.865
-
-
-
-
178.865
3.652.118
-
-
-
-
3.652.118
26.801.751
-
-
(998.953)
-
25.802.798
36.289.366
-
3.576
(998.953)
-
35.293.989
(7.390.584)
-
(449.643)
-
(677)
(7.840.904)
28.898.782
-
(446.067)
(998.953)
(677)
27.453.085
7.1. Goodwill
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, o
goodwill tem a seguinte composição:
(Unid: Euros)
% aquisição
Somague Engenharia
2013
2012
100,00%
18.482.450
18.482.450
CVC
57,62%
-
54.338
Neopul
100,00%
-
5.964.559
CVC
32,63%
-
1.301.451
18.482.450
25.802.798
SOMAGUE SGPS
173
Foram efetuados testes de imparidade conforme definido
NOTAS CONSOLIDADAS
no ponto 3.4.1 na alínea e) das bases de consolidação. O
valor de uso correspondente ao valor presente dos fluxos
de caixa futuros teve por base os orçamentos das unidades
geradoras de caixa, devidamente aprovados pelo Conselho de Administração, tendo sido considerado uma média
de 5 anos. As projeções de fluxos de caixa para além dos
5 anos foram extrapoladas utilizando uma perpetuidade
sobre o valor dos fluxos de caixa estimados para o 5º ano.
8. Investimentos em associadas
Os investimentos em associadas encontram-se registados
pelo método de equivalência patrimonial, conforme segue:
(Unid: Euros)
Partes de capital em associadas
% participação
Via Expresso
11,20%
Capital próprio
Resultado do
exercício
Valor do
balanço
6.787.827
6.731.827
6.787.827
6.787.827
6.731.827
6.787.827
Os investimentos em associadas registadas ao custo são
como segue:
(Unid: Euros)
Partes de capital em associadas
% participação
Custo de
Aquisição
Valor do
balanço
Imparidade
Somague Panamá, S.A.
100,00%
7.524
-
7.524
Engigás Cabo Verde
100,00%
1.634
(1.634)
-
Espaço Belém
10
-
10
9.169
(1.634)
7.534
9. Outros investimentos
9.1. Participações em empreendimentos conjuntos consolidados pelo método de equivalência patrimonial
Partes de capital em outras empresas
UTE Muelle del Leste
(Unid: Euros)
% participação
Capital próprio
Resultado do
exercício
Valor do
balanço
20,00%
1.759.815
-
1.759.815
UTE Abrigo Puerto de Valência
6,00%
1.073.064
273
1.073.064
UTE As Cancelas
50,00%
68.914
(99)
68.914
UTE Auditório de Vigo
16,00%
938.154
122.671
938.154
UTE Darsena de Servicios
20,00%
389.677
-
389.677
4.229.625
122.845
4.229.625
RELATÓRIO ANUAL 2013
174 9.2. Participações em empresas cotadas e
não cotadas
As participações em empresas cotadas en-
As restantes participações estão registadas ao custo de
contram-se registadas ao custo de aquisição
aquisição, deduzidas de ajustamentos para perdas de impa-
e são ajustadas para o valor de mercado.
ridade estimadas.
(Unid: Euros)
Custo aquisição
Valor do
balanço
Imparidade
Participações cotadas
Banco Comercial Português
10.673
(1.401)
9.272
8.434
-
8.434
a)
Sport Lisboa Benfica
4.460.400
(3.805.200)
655.200
b)
Futebol Clube do Porto
2.900.000
(2.360.136)
539.864
b)
Banco Totta & Açores
a)
Participações não cotadas
Soc. Emp. Somague (Angola)
Pirites Alentejanas
União de Leiria
Empresa Edit. Eletrotécnica
Companhia Port. Eletricidade
Douro (Gestão e Promoção Imobiliária)
Boavista Futebol Clube
Enerviz
Unitenis - Soc. Empreend. Ténis
Engibrás
9.128
(9.128)
-
a)
64.270
(64.270)
-
a)
199.519
(199.519)
-
a)
20
-
20
a)
319
-
319
a)
10.392
(9.840)
552
a)
110.000
(110.000)
-
b)
100
(100)
-
a)
23.942
(23.942)
-
a)
2.759
(2.759)
-
a)
Brisal
5
-
5
a)
Auto-Estradas do Oeste, S.A.
5
-
5
a)
6.375
-
6.375
a)
12.750
-
12.750
a)
5.625
-
5.625
a)
11.875
-
11.875
a)
Parque Futuro Sec. XXI, S.A.
Portas da Lagoa, S.A.
S.D.C.P.V., S.A.
Momasoteco, S.A.
Sociedade Lisgarante
14.500
-
14.500
a)
Marítimo SAD
24.940
(24.940)
0
a)
Alverca Futebol Clube
24.938
(24.938)
-
a)
7.482
-
7.482
a)
a)
AREAM
Túnel do Marão Operadora
10
-
10
5.005
-
5.005
a)
150
-
150
a)
10.000
-
10.000
a)
50
-
50
a)
Obrigações Montepio
13.591
(462)
13.129
b)
Obrigações BCA - Cabo Verde
53.007
-
53.007
a)
7.990.265
(6.636.635)
1.353.630
Auto-estrada do Marão
Escala Vila Franca
Haçor - Concessionária do Edifício do Hospital da Terceira
Haçor Domus
a)
b)
Estas empresas encontram-se registadas ao custo
de aquisição, deduzido da provisão para perdas
estimadas de realização, quando aplicável.
Estas empresas encontram-se registadas ao custo
de aquisição, são cotadas em bolsa e estão ajustadas para o valor de mercado.
SOMAGUE SGPS
175
O movimento das perdas de imparidade para os outros in(Unid: Euros)
Saldo a
01.01.13
Perdas de imparidade em partes de capital em outras empresas
7.140.897
Aumentos
Saldo a
31.12.13
Reduções
25.402
(529.664)
6.636.635
10.Outros ativos financeiros
Em 31 de dezembro de 2013 esta rubrica tinha a seguinte
composição:
(Unid: Euros)
Custo amortizado
Imparidade
Valor do balanço
Empréstimos concedidos empresa mãe
Sacyr Vallehermoso
33.785.173
-
33.785.173
Assiconstroi/Amadeu Gaudêncio
671.568
(671.568)
-
Auto-estrada do Marão
176.124
-
176.124
Via Expresso
2.057.331
-
2.057.331
Momasoteco, S.A.
1.096.103
-
1.096.103
157.000
-
157.000
9.200
-
9.200
37.984
-
37.984
Outros empréstimos concedidos
Haçor - Concessionária do Edifício do Hospital da Terceira
Haçor - Domus
HSE
SCP - Prumo Engenharia, Ltda
28.793
-
28.793
38.019.277
(671.568)
37.347.709
O movimento das perdas de imparidade para os outros ativos não correntes foi como segue:
(Unid: Euros)
Saldo a
01.01.13
Perdas de imparidade em empréstimos concedidos
671.568
Aumentos
Saldo a
31.12.13
Reduções
-
RELATÓRIO ANUAL 2013
-
671.568
NOTAS CONSOLIDADAS
vestimentos financeiros foi como segue:
176 11.Inventários
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 esta rubrica tinha a seguinte composição:
(Unid: Euros)
2013
Matérias-primas, subsidiárias e de consumo (nota 28)
2012
11.429.652
10.351.989
Produtos e trabalhos em curso (nota 29)
6.654.854
1.151.563
Produtos acabados e intermédios (nota 29)
6.581.836
8.440.229
Mercadorias (nota 28)
18.208.016
19.307.571
Perda por imparidade (nota 28 e 29)
(2.456.591)
(2.018.197)
40.417.766
37.233.154
O movimento das perdas de imparidade
para os inventários foi como segue:
(Unid: Euros)
Saldo a
01.01.13
Perdas de imparidade em mercadorias
Perdas de imparidade matérias-primas, subsidiárias e de consumo
Perdas de imparidade em produtos acabados e intermédios
Aumentos
Reduções
Transferências
Saldo a
31.12.13
1.791.172
464.346
(202.800)
-
2.052.718
-
-
(3.068)
265.183
262.115
227.024
-
(85.267)
-
141.757
2.018.196
464.346
(291.135)
265.183
2.456.591
12.Clientes
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 esta rubrica tinha a seguinte composição:
(Unid: Euros)
2013
2012
Não corrente
Clientes, conta retenções
Clientes, conta corrente
10.859.071
16.852.223
981
595.000
10.860.051
17.447.223
475.190.015
495.202.111
Corrente
Clientes, conta corrente
Clientes, conta retenções
Trabalhos pendentes de faturar
Clientes, títulos a receber
Perda por imparidade
SOMAGUE SGPS
2.544.565
949.135
71.932.232
30.165.205
580.900
1.527.512
(41.401.626)
(38.892.660)
508.846.086
488.951.303
177
O movimento das perdas de imparidade para os clientes,
foi como segue:
Aumentos
38.892.660
Perdas de imparidade em clientes
3.134.704
Saldo a
31.12.13
Reduções
(625.738)
41.401.626
O grupo apresenta vencido há mais de 180 dias um total de
saldos a receber de terceiros no montante de 333.602.391
euros. Para estes saldos foi constituída uma provisão no
montante de 41.401.626 euros.
Dos saldos mencionados, 156.876.917 euros são referentes a entidades públicas e 176.725.474 euros são referentes a entidades privadas. Da análise casuística e do
acompanhamento que é efetuado relativamente a estes
saldos, a Administração não espera que resultem perdas
materiais. A concentração de risco de crédito encontra-se
evidenciada na nota 36.
13.Outros devedores
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 o saldo desta rubrica
resulta de operações realizadas pela empresa e pelas suas
participadas no decurso normal da sua atividade:
(Unid: Euros)
2013
Outros devedores
2012
48.487.791
Perda por imparidade
72.072.943
(6.847.736)
(9.440.888)
41.640.055
62.632.055
O movimento das perdas de imparidade para dos outros
devedores, foi como segue:
(Unid: Euros)
Saldo a
01.01.13
Perdas de imparidade em outros devedores
9.440.888
Aumentos
Reduções
-
(2.593.152)
RELATÓRIO ANUAL 2013
Saldo a
31.12.13
Transferências
-
6.847.736
NOTAS CONSOLIDADAS
(Unid: Euros)
Saldo a
01.01.13
178 14.Outros ativos financeiros
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 esta rubrica tinha a seguinte composição:
(Unid: Euros)
2013
Empresas do Grupo
2012
-
373.367
Adiantamentos a fornecedores
10.298.073
10.934.590
Estado e outros entes públicos
5.589.286
5.997.256
15.887.358
17.305.213
A rubrica de estado e outros entes públicos
tem a seguinte composição:
(Unid: Euros)
2013
2012
Imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas
3.359.809
2.279.961
Imposto sobre o valor acrescentado
2.229.477
3.674.285
Outras contribuições
-
43.010
5.589.286
5.997.256
15.Outros títulos e depósitos
Outros títulos e depósitos têm a seguinte
decomposição:
(Unid: Euros)
2013
Depósitos a prazo a mais de 3 meses
17.405.776
2012
2.200.000
O montante de 17.405.776 euros diz respeito a depósitos a prazo que não podem ser
mobilizáveis a curto prazo por terem sido
dados como garantia.
16.Caixa e bancos
Caixa e bancos podem ser decompostos
como se segue:
(Unid: Euros)
2013
Numerário
2012
675.149
695.179
Depósitos bancários
25.062.219
40.622.093
Títulos negociáveis
11.689.302
15.105.845
20.559
1.080.979
37.447.229
57.504.096
Outras aplicações tesouraria
SOMAGUE SGPS
Diferenças de consolidação: As diferenças 179
minados de forma a incluir apenas os valores cuja realiza-
de consolidação, decorrentes da aquisição
ção é possível num período inferior a três meses contados
de participações financeiras, estão regista-
a partir da data da demonstração da posição financeira.
das em capitais próprios ou no ativo, na rubrica “goodwill”, consoante a data a que se
Efeito das alterações de perímetro no caixa e seus equi-
reportam e a respetiva natureza. Assim, as
valentes:
registadas em capitais próprios correspon(Unid: Euros)
UTE ADIF Merida (Neopul)
5.626
dem à diferença entre o custo de aquisição
das participações financeiras e a propor-
30.291
ção nos capitais próprios das empresas a
NCC Alegro Setúbal, ACE
554.549
que aquelas se referem, reportadas a 31 de
UTE Alicante
186.843
dezembro de 1993, data das primeiras de-
Etermar/Somague - Cais de Cruzeiros do Funchal, ACE
123.803
JV Cyes Somague
781.449
monstrações financeiras consolidadas.
LCHXira, ACE
UTE Linares
Obras Civis L.N. 2.1, ACE ("ACE da Linha do Norte")
BPC, CBPO, Agromar, Somague, Profarbil, Kaiser e ACER, ACE ("ACE do Metro")
Manutenção Algarve, ACE
Somague, Mesquita - Casa da Música, ACE ("ACE da Casa da Música")
18.775
(23.429)
Diferenças de transposição: As diferenças de
(4.617)
transposição decorrem do efeito da conver-
(40.922)
são para Euros de demonstrações financei-
(49)
ras de empresas participadas, originalmente
1.632.320
expressas em moeda estrangeira.
Reservas legais: De acordo com o art.º 295
17.Capital próprio
do CSC, pelo menos 5% do resultado tem de
ser destinado à constituição ou reforço da
Em 31 de dezembro de 2013, o capital da empresa era
reserva legal até que esta represente pelo
constituído por 26.100.000 ações ao portador, com o valor
menos 20% do capital social.
nominal de cinco euros cada.
A reserva legal não é distribuível a não ser
O capital da empresa era em 31 de dezembro de 2013 de-
em caso de liquidação e só pode ser utilizada
tido em 100% pela Sacyr, S.A.
para absorver prejuízos, depois de esgotadas
todas as outras reservas, ou para incorpora-
Prestações acessórias: Esta rubrica inclui prestações aces-
ção no capital social (art.º 296 do CSC).
sórias que foram efetuadas pelo acionista, na sequência
de deliberação em Assembleia-Geral, e que ficaram sujei-
Resultados retidos: Esta rubrica inclui os re-
tas ao regime das prestações suplementares. De acordo
sultados realizados disponíveis para distri-
com este regime, tais prestações não vencem juros (art.º
buição aos acionistas.
210 do CSC) e apesar de não terem prazo de reembolso
definido (art.º 211 do CSC) só podem ser reembolsadas se
após o seu reembolso o total do capital próprio não ficar
inferior à soma do capital e da reserva legal (art.º 32 do
CSC).
RELATÓRIO ANUAL 2013
NOTAS CONSOLIDADAS
Os valores incluídos na rubrica de caixa e bancos são deter-
180 18.Financiamentos não correntes
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 esta rubrica tinha a seguinte composição:
(Unid: Euros)
2013
2012
Financiamentos bancários (não corrente) (a)
50.601.632
16.494.688
Papel comercial (não corrente) (b)
14.000.000
14.750.000
64.601.632
31.244.688
a)
A rubrica “Financiamentos bancários” é composta pelos seguintes contratos:
-- Contrato de financiamento celebrado em 27 de julho de 2011 no montante de 25.000.000 euros, pelo prazo de 4 anos. Em 31 de
dezembro de 2013 apresentava um valor em dívida de 14.943.389 euros, dos quais 5.114.612 euros a médio longo prazo, e vencia
juros à taxa de 7%.
-- Contrato de financiamento celebrado em 27 de janeiro de 2012 no montante de 1.800.000 euros, pelo prazo de 4 anos. Em 31 de
dezembro de 2013 apresentava um valor em dívida de 1.208.629 euros, dos quais 413,672 euros a médio longo prazo, e vencia juros
à taxa de 7%.
-- Contrato de financiamento celebrado em 14 de junho de 2010 no montante de 154.120 euros, pelo prazo de 10 anos. Em 31 de
dezembro de 2013 apresentava um valor em dívida de 140.209 euros, dos quais 110.040 euros a médio longo prazo e vencia juros
a uma taxa média anual de 2,89%.
-- Contrato de financiamento celebrado em 31 de agosto de 2012 no montante de 300.000 euros, pelo prazo de 5 anos. Em 31 de
dezembro de 2013 apresentava um valor em dívida de 300.000 euros, dos quais 225.000 euros a médio longo prazo e vencia juros
a uma taxa média anual de 5,05%.
-- Contrato de financiamento celebrado em 04 de julho de 2013 no montante de 1.000.000 euros, pelo prazo de 6 anos. Em 31 de
dezembro de 2013 apresentava um valor em dívida de 1.000.000 euros, dos quais 739.130 euros a médio longo prazo e vencia juros
a uma taxa média de 5,66%.
-- Contrato de financiamento celebrado em 29 de junho de 2011 no valor de 5.000.000 euros, pelo prazo de 5 anos. Em 31 de dezembro de 2013 apresentava um valor em dívida de 3.208.911 dos quais 2.206.498 euros a médio longo prazo e vencia juros a uma taxa
média de 6,21%.
-- Contrato de financiamento celebrado em 22 de maio de 2013 no valor de 33.250.000 euros, pelo prazo de 5 anos. Em 31 de dezembro de 2013 apresentava um valor em dívida de 33.250.000, dos quais 29.093.750 euros a médio longo prazo e vencia juros à taxa
média de 6,827%.
-- Contrato de financiamento celebrado em 15 de janeiro de 2013 no valor de 15.000.000 euros, pelo de 5 anos. Em 31 de dezembro
de 2013 apresentava um valor em dívida de 15.000.000 euros, dos quais 11.700.000 euros a médio longo prazo e vencia juros à taxa
média de 7,734%.
-- Contrato de financiamento celebrado em 06 de maio de 2013 no valor de 1.637.189 euros, pelo prazo de 3 anos. Em 31 dezembro de
2013 apresentava um valor em dívida de 1.637.189, dos quais 998.928 euros a médio longo prazo e vencia juros a uma taxa média
de 8,25%.
Relativo aos empréstimos bancários referidos na alínea a) existem hipotecas sobre imóveis no valor contabilístico de 34.458.257
euros e penhor sobre a totalidade das ações da participada Neopul, como garantia do cumprimento das obrigações relativas a esses
empréstimos.
b)
O empréstimo de papel comercial classificado como não corrente é composto pelas seguintes emissões:
-- Emissão subscrita em 13 de dezembro de 2013 no valor de 10.000.0000 euros, a qual em 31 de dezembro de 2013 vencia juros a
uma taxa média anual de 6,712%. O contrato programa ao abrigo do qual foi efetuado poderá ser utilizado pela Somague SGPS e
Somague Engenharia e termina em 12 de setembro de 2017.
-- Emissão subscrita em 14 de dezembro de 2013 no valor de 4.000.000 euros, a qual em 31 de dezembro de 2013 vencia juros a uma
taxa média anual de 5,894%. O contrato programa ao abrigo do qual foi efetuado termina em 15 de setembro de 2015.
SOMAGUE SGPS
Em 31 de dezembro de 2013 esta rubrica tinha a seguinte
composição:
(Unid: Euros)
Saldo a
01.01.13
Provisões para garantias
Equivalência
patrimonial
Atualização
cambial
Aumentos
Reduções
Alterações
de
perímetro
Transferências
Saldo a
31.12.13
17.708.232
-
21.184
816.606
(5.085.381)
858
2.747.113
16.208.612
Processos judiciais em curso
1.479.231
-
-
20.189
(54.414)
-
(517.000)
928.005
Provisões para capitais próprios
negativos
1.072.602
83.650
-
-
-
-
-
1.156.252
Impostos
1.586.470
-
-
10.729
-
-
-
1.597.199
Outras
3.419.400
-
-
462.394
(3.147.425)
-
2.607.050
3.341.420
25.265.935
83.650
21.184
1.309.918
(8.287.221)
858
4.837.163
23.231.488
O montante de 16.208.612 euros correspondem a estimativa de custos a incorrer no período de garantia das obras.
A provisão para processos judiciais em curso constituída
tem por base o julgamento do Conselho de Administração
quanto ao seu desfecho, bem como em informações obtidas
dos advogados da empresa e dos seus consultores externos.
A provisão para capitais próprios negativos discrimina-se
da seguinte forma:
(Unid: Euros)
HSE
84.590
UTE La Lastra
550.161
UTE Puerto de Marín
478.963
UTE Prados Fuentes
382
UTE Darsena Sur de Sagunto
41.046
UTE Puerto de Valência
1.109
1.156.252
O montante de 1.597.199 euros de provisão para impos-
conhecidas como custo do período na sua
tos diz respeito a impugnações judiciais e reclamações
totalidade.
graciosas, que à data de relato e por não se conhecer o seu
desfecho, o Grupo apresentou nas demonstrações finan-
O montante de transferências diz essencial-
ceiras com base na melhor estimativa, sendo o seu mon-
mente respeito a alterações feitas no ACE do
tante revisto todos os anos.
Infratúnel, referentes a 2012, que à data da
elaboração das demonstrações financeiras
As outras provisões dizem essencialmente respeito a per-
não eram conhecidas.
das esperadas com contratos de construção, que são reRELATÓRIO ANUAL 2013
NOTAS CONSOLIDADAS
181
19.Provisões
182 20.Fornecedores não correntes
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 esta rubrica tinha a seguinte composição:
(Unid: Euros)
2013
Fornecedores, conta retenções
25.586.478
2012
26.129.849
A conta de retenções reflete as garantias
prestadas por fornecedores, como garantia
de boa execução de obra.
21.Outros passivos não correntes
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 esta rubrica tinha a seguinte composição:
(Unid: Euros)
Fornecedores de imobilizado
2013
2012
1.818.391
1.600.780
2013
2012
22.Fornecedores correntes
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 esta rubrica tinha a seguinte composição:
Fornecedores, conta corrente
Fornecedores, conta retenções
Fornecedores, títulos a pagar
Fornecedores, faturas em receção e conferência
SOMAGUE SGPS
(Unid: Euros)
158.493.530
164.121.119
6.396.620
6.811.444
4.283.575
5.817.120
13.446.138
16.977.261
182.619.863
193.726.944
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 esta rubrica tinha a
seguinte composição:
(Unid: Euros)
2013
Descoberto bancário/Conta caucionada (a)
145.569.729
Papel comercial (b)
2012
142.461.606
750.000
21.250.000
146.319.729
163.711.606
(a) Os descobertos bancários, contas correntes caucionadas e empréstimos bancários vencem juros às taxas correntes de mercado, para operações similares.
(b) O empréstimo de papel comercial classificado como corrente é composto pela seguinte emissão:
-- Emissão subscrita em 18 de dezembro de 2013 no valor de 750.0000
euros, a qual em 31 de dezembro de 2013 vencia juros a uma taxa
média anual de 5,68%. O contrato programa ao abrigo do qual foi
efetuado poderá ser utilizado pela Somague Engenharia e Neopul e
termina em 17 de janeiro de 2014.
24.Diferimentos
(Unid: Euros)
2013
Faturação antecipada
74.268.878
Subsídio ao investimento
Juros mora
Outros rendimentos
Na rubrica de “faturação antecipada” o montante de
74.268.878 euros em 2013 e 112.709.593 euros em
2012, diz respeito aos proveitos diferidos, que resultam
da aplicação do método da percentagem de acabamento,
conforme descrito no ponto 3.3 alínea xviii).
RELATÓRIO ANUAL 2013
2012
112.709.593
23.525
55.143
12.321.282
22.742.206
216.091
2.806.325
86.829.776
138.313.267
NOTAS CONSOLIDADAS
183
23.Financiamentos correntes
184 25.Outros passivos financeiros
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 esta rubrica tinha a seguinte composição:
(Unid: Euros)
2013
Adiantamentos por conta de vendas
Empresas do Grupo
Adiantamentos de clientes
2012
5.974
5.974
6.259.480
20.806
51.387.523
34.057.050
Fornecedores de imobilizado, conta corrente
2.048.590
3.222.433
Estado e outros entes públicos
5.746.152
5.276.068
Outros credores
68.958.563
54.505.407
134.406.281
97.087.737
A rubrica de estado e outros entes públicos
tem a seguinte composição:
(Unid: Euros)
2013
Imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas
Imposto sobre o rendimento das pessoas singulares
Imposto sobre o valor acrescentado
Contribuições para a segurança social
Outros impostos
SOMAGUE SGPS
2012
867.332
1.259.074
2.241.256
1.418.288
810.014
885.939
1.516.021
1.585.666
311.529
127.101
5.746.152
5.276.068
As vendas de mercadorias e as prestações de serviços efetuadas nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013
e 2012 distribuem-se da seguinte forma:
(Unid: Euros)
2013
2012
Vendas
Portugal Continental
1.128.041
21.085.608
90.651
-
1.714.598
5.569.281
Açores
Cabo Verde
Togo
11.076
-
2.944.367
26.654.888
98.290.535
101.572.798
251.707.310
298.048.071
Prestações de Serviços
Portugal Continental
Angola
Irlanda
1.398.692
4.033.400
Açores
43.550.095
36.734.835
Espanha
18.152.335
22.956.137
Madeira
Cabo Verde
1.180.415
3.291.298
27.076.142
20.194.994
2.951.348
Brasil
25.259.751
Moçambique
10.069.865
28.564
Togo
19.351.435
681.246
2.500
7.500
Marrocos
Gana
26.1.
Vendas
200.000
-
496.239.075
490.500.192
fiavelmente estimado, o rendimento e os
custos associados ao contrato são reconhe-
Na rubrica de vendas o montante diz essencialmente res-
cidos como rendimento e gasto com refe-
peito a venda de mercadorias da filial de Cabo Verde, e a
rência à fase de acabamento da atividade do
venda de apartamentos de vários empreendimentos.
contrato à data de relato.
26.2.
Na rubrica de prestações de serviços, o mon-
Prestações de serviços de contratos de construção
tante de rendimentos referentes a contratos
O rendimento do contrato compreende a quantia inicial de
de construção, os quais resultam da apli-
rendimento acordada e as variações no trabalho, reclama-
cação do método da percentagem de aca-
ções e pagamentos de incentivos do contrato desde que
bamento para o reconhecimento do rédito
seja provável que daí resultem rendimentos e que estejam
(nota 3.3 xviii).
em condições de serem fiavelmente mensurados.
Pelo método da percentagem de acabamento
Quando o desfecho do contrato de construção puder ser
o rendimento é reconhecido na demonstração
RELATÓRIO ANUAL 2013
NOTAS CONSOLIDADAS
185
26.Vendas e prestações de serviços por mercados
geográficos
186 de resultados nos períodos contabilísticos em
que o trabalho foi executado. Os gastos são
geralmente reconhecidos na demonstração
de resultados nos períodos em que o trabalho com o qual se relacionam seja executado.
A discriminação dos montantes de rendimento e gasto do período é como segue:
(Unid: Euros)
2013
Rendimentos reconhecidos no período
Custos incorridos
Lucros reconhecidos
26.3.
2012
494.827.875
489.785.377
(366.389.851)
(382.259.641)
128.438.024
107.525.735
Ativos e passivos registados pela
aplicação do método de percentagem de
acabamento nos contratos de construção
As diferenças resultantes entre a faturação
emitida e os rendimentos apurados no exercício pela aplicação do método da percentagem de acabamento encontram-se registados
no ativo, na rubrica de clientes e no passivo
na rubrica de outros passivos financeiros. A
discriminação dos montantes é como segue:
(Unid: Euros)
2013
Acréscimos de rendimentos
Rendimentos diferidos
26.4.
2012
71.932.232
30.165.205
(74.268.878)
(112.709.593)
(2.336.646)
(82.544.388)
Ativos e passivos registados como
As quantias de adiantamento e retenções de garantia en-
adiantamento e retenções relacionados
contram-se registadas nas contas de ativo e passivo, em
com contratos de construção
subcontas de clientes e fornecedores. A discriminação
desses montantes é como segue:
(Unid: Euros)
2013
Adiantamentos recebidos
Adiantamentos pagos
(51.387.523)
2012
(34.057.050)
10.298.073
10.934.590
(41.089.450)
(23.122.460)
(Unid: Euros)
2013
Retenções efectuadas por terceiros
Retenções efectuadas a terceiros
SOMAGUE SGPS
2012
31.983.098
21.065.279
(13.403.636)
(17.801.358)
18.579.462
3.263.921
Os outros rendimentos e ganhos operacionais nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 apresentam a seguinte decomposição:
(Unid: Euros)
2013
Diferenças de câmbio favoráveis
Ganhos em existências
Outros rendimentos e ganhos operacionais
2012
7.992.781
-
31.312
4.573
1.574.467
3.188.750
17.985.887
18.197.386
Ganhos em imobilizações
1.129.540
396.702
Trabalhos para a própria empresa
1.037.465
757.375
Rendimentos suplementares (a)
Correções relativas a exercícios anteriores
614.084
893.069
Indemnizações
541.867
1.056.441
Benefícios de penalidades contratuais
158.731
5.068.353
Subsídios à exploração
Nota: no ano de 2012 as diferenças cambiais foram apresentadas nas demonstrações financeiras pelo valor líquido.
a)
A rubrica de rendimentos suplementares inclui essencialmente cedências de materiais diversos, alugueres de equipamento e indeminizações.
RELATÓRIO ANUAL 2013
6.335
43.989
31.072.471
29.606.637
NOTAS CONSOLIDADAS
187
27.Outros rendimentos e ganhos operacionais
188 28.Custo das vendas
O custo das vendas nos exercícios findos em
31 de dezembro de 2013 e 2012 apresentou
a seguinte composição:
(Unid: Euros)
2013
Matérias-primas,
subsidiárias e de
consumo
Mercadorias
Total
Ativo bruto:
Saldo em 01 de janeiro de 2013
10.351.989
19.307.571
29.659.560
Compras
76.169.606
434.274
76.603.879
(11.429.652)
(18.208.016)
(29.637.668)
75.091.943
1.533.828
76.625.771
-
(1.791.172)
(1.791.172)
(265.183)
-
(265.183)
Saldo em 31 de dezembro de 2013 (nota 11)
Custo do exercício
Imparidades acumuladas em inventários
Saldo em 01 de janeiro de 2013
Transferências
Reforços/reduções
Saldo em 31 de dezembro de 2013
Valor líquido:
3.068
(261.546)
(258.478)
(262.115)
(2.052.718)
(2.314.834)
(11.167.536)
(16.155.298)
(27.322.834)
(Unid: Euros)
2012
Matérias-primas,
subsidiárias e de
consumo
Mercadorias
Total
Ativo bruto:
Saldo em 01 de janeiro de 2012
12.648.394
18.349.019
30.997.413
Compras
88.416.446
7.331.244
95.747.691
(10.351.989)
(19.307.571)
(29.659.560)
90.712.851
6.372.693
97.085.544
Saldo em 01 de janeiro de 2012
-
(1.201.006)
(1.201.006)
Reforços/reduções
-
(590.166)
(590.166)
Saldo em 31 de dezembro de 2012
-
(1.791.172)
(1.791.172)
(10.351.989)
(17.516.398)
(27.868.387)
Saldo em 31 de dezembro de 2012 (nota 11)
Custo do exercício
Imparidades acumuladas em inventários
Valor líquido:
SOMAGUE SGPS
A variação da produção nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 apresentou a seguinte composição:
(Unid: Euros)
2013
Produtos e
trabalhos em
curso
Produtos
acabados e
intermédios
Total
Ativo bruto:
Saldo em 1 de janeiro de 2013
1.151.563
Transferências
8.440.228
9.591.792
(1.476.851)
(1.476.851)
Aumento/redução do exercício
5.503.291
(381.542)
5.121.749
Saldo em 31 de dezembro de 2013 (nota 11)
6.654.855
6.581.835
13.236.689
Saldo em 1 de janeiro de 2013
-
(227.025)
(227.025)
Reforços/reduções
-
85.267
85.267
Saldo em 31 de dezembro de 2013
-
(141.758)
(141.758)
6.654.855
6.440.077
13.094.931
Imparidades acumuladas em inventários:
Valor líquido:
(Unid: Euros)
2012
Produtos e
trabalhos em
curso
Produtos
acabados e
intermédios
Total
Ativo bruto:
Saldo em 1 de janeiro de 2012
1.365.909
8.823.510
10.189.419
-
(328.767)
(328.767)
Aumento/redução do exercício
(214.346)
(54.515)
(268.861)
Saldo em 31 de dezembro de 2012 (nota 11)
1.151.563
8.440.228
9.591.792
Saldo em 1 de janeiro de 2012
-
(145.356)
(145.356)
Reforços/reduções
-
(81.669)
(81.669)
Saldo em 31 de dezembro de 2012
-
(227.025)
(227.025)
1.151.563
8.213.203
9.364.767
Regularização de existências
Imparidades acumuladas em inventários:
Valor líquido:
RELATÓRIO ANUAL 2013
NOTAS CONSOLIDADAS
189
29.Variação da produção
190 30.Fornecimentos e serviços externos
Na rubrica de fornecimentos e serviços externos encontram-se essencialmente registo
dos custos incorridos com subempreitadas
de contratos de construção, alugueres de
equipamento e transportes de mercadorias.
31.Gastos com o pessoal
Os gastos com o pessoal nos exercícios findos naquelas datas foram como segue:
(Unid: Euros)
2013
Remunerações
Outros gastos com o pessoal
Encargos sociais
2012
71.086.409
73.473.188
69.721
175.166
15.347.247
15.461.889
86.503.378
89.110.243
32.Outros gastos e perdas operacionais
Os gastos e perdas operacionais nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e
2012 apresentam a seguinte decomposição:
(Unid: Euros)
2013
Diferenças de câmbio desfavoráveis
2012
13.607.908
7.433.829
Impostos (a)
8.400.843
6.375.981
Correções relativas a exercícios anteriores
2.617.786
47.655
Outros gastos e perdas operacionais
2.731.967
7.223.521
Perdas em imobilizações
245.617
42.089
Multas e penalidades
136.954
1.308.317
Donativos
70.238
87.341
Indemnizações
67.959
1.473.834
Perdas em existências
Dívidas incobráveis
Nota: no ano de 2012 as diferenças cambiais foram apresentadas nas demonstrações financeiras pelo valor líquido.
a)
a rubrica de imposto inclui essencialmente o pagamento de 1% de imposto do selo que recaí sobre
todos os recebimentos de clientes em Angola.
SOMAGUE SGPS
191
14.361
-
4.335.876
27.879.464
28.342.804
Os gastos e perdas financeiras nos exercícios findos em 31
de dezembro de 2013 e 2012 apresentam a seguinte decomposição:
(Unid: Euros)
2013
Juros suportados
2012
20.875.870
20.923.588
Outros gastos e perdas financeiras
1.331.104
1.344.120
Perdas em investimentos financeiros em associadas
7.825.916
434.949
687.536
1.073.567
30.720.426
23.776.223
Comissões de factoring
34.Rendimentos e ganhos financeiros
Os rendimentos e ganhos financeiros nos exercícios findos
em 31 de dezembro de 2013 e 2012 apresentam a seguinte decomposição:
(Unid: Euros)
2013
2012
Juros obtidos
8.181.940
14.769.972
Rendimentos em investimentos em associadas
6.885.770
1.294.185
61.482
8.707
769.435
-
15.898.627
16.072.863
Outros rendimentos e ganhos financeiros
Diferenças de câmbio favoráveis de financiamentos
RELATÓRIO ANUAL 2013
NOTAS CONSOLIDADAS
191
33.Gastos e perdas financeiras
192 35.Locação
35.1.
Locação operacional
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 esta rubrica tinha a seguinte composição:
(Unid: Euros)
2013
2012
Locação operacional
Até um ano
Entre um e cinco anos
674.605
436.477
29.966
18.140
704.571
454.617
A informação acima referida respeita a rendas futuras (capital e juros) dos contratos de
ALD que se encontram em vigor nos referidos períodos, referentes a viaturas ligeiras.
35.2.
Locação financeira
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 as locações financeiras apresentam a seguinte
decomposição:
(Unid: Euros)
2013
Valor atualizado
dos pagamentos
2012
Pagamentos
mínimos
Valor atualizado
dos pagamentos
Pagamentos
mínimos
Locação financeira
2013
-
-
2.430.993
2.549.309
2014
1.811.409
1.949.499
888.790
937.507
2015
1.112.227
1.173.444
244.361
252.265
2016
398.158
419.867
59.635
59.853
2017 e seguintes
247.817
251.733
-
-
-
3.794.543
-
3.798.934
-
(224.931)
-
(175.156)
3.569.612
3.569.612
3.623.778
3.623.778
Juros futuros
Os contratos de locação financeira vencem
O valor dos pagamentos mínimos inclui, além do capital
juros a taxas de mercado e têm períodos de
em dívida, os juros que se encontram previstos pagar nos
vida definidos.
contratos acima referidos.
O valor atualizado dos pagamentos represen-
Os bens que se encontram em locação financeira são es-
ta o capital em dívida de cada um dos contra-
sencialmente equipamentos para escavações e terrapla-
tos de locação financeira em vigor à data.
nagem, equipamentos para construção de estradas.
SOMAGUE SGPS
36.Análise de riscos
gestão dos riscos financeiros têm por finali- 193
Princípios gerais
quais o Grupo se encontra exposto.
O risco financeiro é o risco de o justo valor ou os fluxos de
A Administração define princípios para a
caixa futuros de um instrumento financeiro virem a variar
gestão do risco como um todo e quando con-
e de se virem a obter resultados diferentes do esperado,
siderado necessário, em face da sua materia-
sejam estes positivos ou negativos, alterando o valor pa-
lidade e probabilidade de ocorrência, polí-
trimonial do Grupo.
ticas que cobrem áreas específicas, como o
risco cambial, o risco de taxa de juro, o risco
No desenvolvimento das suas atividades correntes, o Gru-
de crédito e o risco de liquidez.
po está exposto a uma variedade de riscos financeiros suscetíveis de alterarem o seu valor patrimonial, os quais, de
A gestão dos riscos financeiros - incluindo a
acordo com a sua natureza, se podem agrupar nas seguin-
sua identificação, avaliação e cobertura - é
tes categorias:
conduzida pela Direção Financeira de acordo com políticas aprovadas pela Adminis-
• Risco de mercado
tração. A Direção Financeira avalia e realiza
• Risco de taxa de câmbio
coberturas de riscos financeiros em estrita
• Risco de taxa de juro
cooperação com as unidades operacionais
• Risco de liquidez
do Grupo.
• Risco de crédito
A Direção de Auditoria Interna faz o acomA gestão dos riscos acima referidos - riscos que decorrem,
panhamento da implementação das políti-
em grande medida, da imprevisibilidade dos mercados fi-
cas de gestão de risco definidas pela Admi-
nanceiros - exige a aplicação criteriosa de um conjunto de
nistração de forma a garantir que os riscos
regras e metodologias aprovadas pela Administração, cujo
económicos e financeiros são identificados,
objetivo último é a minimização do seu potencial impacto
mensurados e geridos de acordo com tais
negativo no valor patrimonial e no desempenho do Grupo.
políticas.
Com este objetivo, toda a gestão é orientada em função de
Risco de taxa de câmbio
duas preocupações essenciais:
O risco de taxa de câmbio é o risco de o justo
• Reduzir, sempre que possível, flutuações nos resultados
e cash flows sujeitos a situações de risco;
• Limitar os desvios face aos resultados previsionais, atra-
valor ou os fluxos de caixa dos instrumentos
financeiros virem a variar em resultado de
alterações nas taxas de câmbio.
vés de um planeamento económico e financeiro rigoroso, assente em orçamentos plurianuais.
A internacionalização do Grupo obriga-o a
estar exposto ao risco de taxa de câmbio das
Por regra, o Grupo não assume posições especulativas,
moedas de diferentes países, entre os quais
pelo que geralmente as operações efetuadas no âmbito da
se salienta, Angola.
RELATÓRIO ANUAL 2013
NOTAS CONSOLIDADAS
dade o controlo de riscos já existentes e aos
194 A exposição ao risco de taxa de câmbio re-
suas necessidades correntes, o Grupo não contrata ins-
sulta fundamentalmente das atividades
trumentos de cobertura de risco cambial, dada a pouca
operacionais do Grupo (em que os gastos,
materialidade dos financiamentos expostos a risco cam-
rendimentos, ativos e passivos são denomi-
bial, representam nas contas do Grupo. Em Angola, quan-
nados em moedas diferentes da moeda de
do necessário, o financiamento é contratado em moeda
relato) e dos investimentos líquidos em par-
diferente do Euro ficando exposto à variação cambial, no
ticipadas estrangeiras:
entanto face à sua imaterialidade, não tem sido feita a
contratação da cobertura do risco.
• O preço de parte dos fornecimentos de
materiais e subempreitadas é fixado em
A variação das taxas de câmbio que afeta a exposição ao
Kwanzas e USD, pelo que a evolução do
risco de taxa de câmbio é a indicada no quadro seguinte:
Euro face a estas moedas poderá ter impacto significativo na estrutura de custos
das entidades que operam nesse país;
2013
2012
Variação (%)
Dólar norte-americano
1,3791
1,3194
4,52%
Kwanza angolano
134,386
127,47
5,43%
• Uma parte das vendas e prestações de serviços é denominada em moedas diferentes do Euro, nomeadamente em Kwanzas
O Grupo recorre à utilização de instrumentos financeiros
e em USD. Por esta via também a evolução
derivados para a gestão do risco cambial, de acordo com
do Euro face a estas moedas poderá ter
uma política definida periodicamente pela Administração
impacto significativo nos rendimentos fu-
e que tem como objetivo limitar o risco de exposição cam-
turos do Grupo;
bial associado às vendas futuras, aos créditos a receber
• Uma vez concretizadas as aquisições e
denominados em moedas diferentes do Euro, aos efeitos
as vendas em moeda diferente do Euro,
cambiais dos investimentos líquidos em moeda estrangei-
o Grupo incorre em risco cambial até ao
ra e aos financiamentos a pagar em moedas diferentes do
pagamento e recebimento dos montantes
Euro.
em causa pelo que existe permanentemente no balanço do Grupo um montante
No que respeita à cobertura de risco cambial, as operações
significativo de valores a receber e a pagar
de cobertura têm sido esporádicas, por se considerar que
expostos a risco cambial;
o seu custo é, em regra, excessivo face ao nível dos riscos
• Investimentos líquidos em países fora da
envolvidos. No entanto, sempre que considerado adequa-
UE e cujos ativos e passivos, gastos e ren-
do, o Grupo contrata financiamentos em moeda estrangei-
dimentos necessitam de ser transpostos
ra e usa “swaps” de taxas de câmbio por forma a cobrir o
para Euros para efeitos da preparação das
risco.
demonstrações financeiras do Grupo;
• Regra geral os financiamentos são contra-
Por norma, só são efetuadas operações sobre taxas de
tados na moeda de apresentação das de-
câmbio que se destinem a cobrir riscos de posições já exis-
monstrações financeiras do Grupo (Euro).
tentes ou contratadas e os termos da cobertura são nego-
Embora existam financiamentos contra-
ciados de forma a serem condizentes com os termos do
tados diretamente pelas diferentes áreas
instrumento coberto de forma a maximizar a eficácia da
operacionais do grupo para fazer face às
cobertura.
SOMAGUE SGPS
195
A exposição do Grupo ao risco de taxa de câmbio com base
nanceira dos ativos e passivos financeiros do Grupo em 31
de dezembro de 2013 é a indicada no quadro seguinte:
(Unid: Euros)
Dólar norte-americano
Kwanza angolano
Total
Clientes
110.620.294
104.083.929
214.704.223
Caixa e Bancos
7.898.034
16.943.018
24.841.052
Inventários
9.225.828
-43.170
9.182.658
127.744.156
120.983.777
248.727.933
80.492.654
123.082.384
203.575.038
Financiamentos
-
5.812.505
5.812.505
Rendimentos suplementares
-
8.732.267
8.732.267
Total de activos
Outros passivos financeiros
Outros
21.910.953
-34.799.418
-12.888.465
Total de passivos
102.403.607
102.827.738
205.231.345
Exposição líquida
25.340.549
18.156.039
43.496.588
A sensibilidade dos resultados do exercício (devido a al-
das taxas de câmbio, admitindo que todas as
terações no justo valor dos ativos e passivos monetários)
restantes variáveis se mantêm constantes, é
e dos capitais próprios, a uma possível alteração razoável
a indicada no quadro seguinte:
(Unid: Euros)
% Apreciação(-)/Depreciação(+)
do USD face ao Euro
% Apreciação(-)/Depreciação(+)
do Kwanza face ao Euro
Efeito nos resultados do exercício
(antes de impostos)
-5%
-5%
1.332.217
865.941
-5%
-2%
1.314.115
854.175
-5%
0%
1.302.048
846.331
-5%
2%
1.289.980
838.487
-5%
5%
1.271.878
826.721
-2%
-5%
550.988
358.142
-2%
-2%
532.887
346.376
-2%
0%
520.819
338.532
-2%
2%
508.751
330.688
-2%
5%
490.650
318.922
0%
-5%
30.169
19.610
0%
-2%
12.068
7.844
0%
2%
-12.068
-7.844
0%
5%
-30.169
-19.610
2%
-5%
-490.650
-318.922
2%
-2%
-508.751
-330.688
Efeito nos capitais próprios
2%
0%
-520.819
-338.532
2%
2%
-532.887
-346.376
2%
5%
-550.988
-358.142
5%
-5%
-1.271.878
-826.721
5%
-2%
-1.289.980
-838.487
5%
0%
-1.302.048
-846.331
5%
2%
-1.314.115
-854.175
5%
5%
-1.332.217
-865.941
RELATÓRIO ANUAL 2013
NOTAS CONSOLIDADAS
nos valores da demonstração consolidada da posição fi-
196 Risco de taxa de juro
O risco de taxa de juro é o risco de o justo
valor ou os fluxos de caixa futuros de um
instrumento financeiro vir a variar, devido a
alterações nas taxas de juro de mercado, alterando o valor patrimonial do Grupo.
A exposição do Grupo ao risco de taxa de
juro advém da existência, na demonstração
consolidada da posição financeira, de ativos
e passivos financeiros contratados a taxa fixa
ou a taxa variável. No primeiro caso, o Grupo enfrenta um risco de variação do ‘‘justo
valor’’ desses ativos ou passivos, na medida em que qualquer alteração das taxas de
mercado envolve um custo de oportunidade
(positivo ou negativo). No segundo caso, tal
alteração tem um impacto direto no valor
dos juros recebidos/pagos, provocando consequentemente variações de caixa.
A evolução nas taxas de juro foi a seguinte:
Evolução das taxas do mercado monetário na zona Euro (Fonte: Banco de Portugal)
2013
Euribor 12 M
0,556%
Euribor 6 M
0,389%
Euribor 3 M
0,287%
Euribor 1 M
0,216%
A opção por manter a maior parte dos em-
financiamentos a taxa de juro variável) a possíveis altera-
préstimos bancários a taxa variável, prende-
ções nas taxas de juro, com todas as restantes variáveis
-se com o facto da sua curta maturidade não
mantidas constantes, é a indicada no quadro seguinte. A
permitir, na ótica do Grupo, recuperar o di-
sensibilidade dos capitais próprios às mesmas variações
ferencial de taxas negativo pago inicialmen-
é imaterial.
te, devido à forte inclinação que a curva de
Aumento/Diminuição
na taxa de juro
(em pontos)
Efeito nos resultados do
exercício antes de impostos
(em milhões de euros)
Euribor
+ 50
-1,01
Euribor
+ 100
-2,03
Euribor
- 50
1,01
Euribor
- 100
2,03
rendimentos apresenta, nomeadamente nos
prazos mais curtos.
A sensibilidade do resultado do exercício
(resultante dos impactos provenientes dos
SOMAGUE SGPS
2013
Risco de liquidez
A gestão do risco de crédito relativo a clien- 197
O principal objetivo da política de gestão de risco da liqui-
seguinte forma:
dez é garantir que a Somague tem ao seu dispor, a qualquer momento, os recursos financeiros suficientes para
• Seguindo políticas procedimentos e con-
fazer face às suas responsabilidades e prosseguir estraté-
trolos estabelecido pelo Grupo para cada
gias delineadas, honrando todos os compromissos assu-
unidade operacional;
midos com terceiros, através de uma adequada gestão da
relação custo-maturidade dos financiamentos.
• Os limites de crédito são estabelecidos
para todos os clientes com base em critérios de avaliação interna;
A Somague prossegue assim uma política ativa de refi-
• A qualidade de crédito de cada cliente é
nanciamento, caracterizada pela manutenção de um nível
avaliada com base em notações de crédito
adequado de recursos livres e disponíveis, para fazer face
fornecidas por empresas especializadas
a necessidades de curto prazo e pelo alongamento ou ma-
externas ao Grupo;
nutenção da maturidade da dívida, de acordo com os fluxos de caixa previstos.
• Os valores em dívida são regularmente
monitorizados e os fornecimentos para os
clientes mais significativos estão normal-
Em 31 de dezembro de 2013, os montantes de créditos
mente cobertos por garantias;
bancários obtidos de instituições financeiras e não sa-
• O Grupo tem em vigor contratos de
cados, que podem ser utilizados para futuras atividades
factoring mediante os quais cede os crédi-
operacionais e para satisfazer compromissos financeiros
tos e em que, no caso de entidades públi-
ascendem a, aproximadamente, 7 milhões de euros.
cas, o risco de cobrabilidade passa para a
entidade de factoring.
Risco de crédito
O saldo total de clientes ascende a
519.706.137 euros, dos quais 71.932.232
O risco de crédito é o risco de uma contraparte não cum-
euros dizem respeito a trabalhos ainda não
prir as suas obrigações ao abrigo de um instrumento finan-
faturados. Da diferença entre estes mon-
ceiro originando uma perda.
tantes, 217.814.227 euros dizem respeito
a clientes públicos e 229.959.678 euros a
O Grupo encontra-se sujeito a risco no crédito que concer-
clientes do setor privado.
ne às seguintes atividades:
A concentração de risco de crédito relativa
• Atividade operacional - Clientes e outras contas a receber;
a clientes privados encontra-se evidenciada
• Atividades de financiamento - Depósitos em bancos e
no quadro seguinte:
instituições financeiras.
2013
Nº clientes
% do total
Clientes privados
> 5.000 k€
9
53%
> 1.000 k€
30
29%
Valor da dívida
RELATÓRIO ANUAL 2013
NOTAS CONSOLIDADAS
tes e outras contas a receber é efetuada da
198 A gestão do risco de crédito relativo a saldos
A exposição máxima ao risco de crédito, não tendo em
em bancos e instituições financeiras é efetu-
conta garantias prestadas nem instrumentos derivados, é
ada da seguinte forma:
a que se indica no quadro seguinte:
(Unid: Milhares de euros)
• Pela Direção Financeira do Grupo de acor-
2013
Clientes
do com as políticas do Grupo;
• Os investimentos de fundos superavitários em relação às necessidades são efetu-
15.887
Outros títulos e depósitos
17.406
Caixa e bancos
37.447
ados apenas com contrapartes aprovadas
e dentro dos limites aprovados para cada
519.706
Outros activos financeiros
590.446
Garantias prestadas
247.013
837.459
uma;
• Os limites são estabelecidos para minimizar a concentração de risco e dessa forma
Além do risco de crédito constante do quadro anterior o
mitigar perdas financeiras resultantes de
Grupo está exposto ao risco decorrente de ter assumido as
potenciais falhas de cumprimento pelas
garantias constantes do quadro seguinte:
contrapartes;
(Unid: Milhares de euros)
• Os limites aprovados para cada contrapar-
Garantias bancárias
te são revistos pela Administração do Gru-
Concursos
po numa base anual mas podem ser atua-
Financeiras
lizados ao longo do ano com o acordo do
Contratuais/Boa execução
2013
4.017
34.584
208.412
247.013
Comité Financeiro do Grupo.
A qualidade de risco de crédito do Grupo
Dado que, conforme descrito anteriormente, o Grupo ado-
face a ativos financeiros (caixa e equivalen-
tou uma política de mitigação dos riscos de crédito de
tes) cujas contrapartes sejam instituições
saldos a receber, procede à cedência de boa parte desses
financeiras é, com base no rating destas en-
créditos e tem como prática uma escolha seletiva de enti-
tidades, a indicada no quadro seguinte:
dades financeiras (como contrapartes) que apresentem ratings financeiros sólidos, a Administração considera que a
(Unid: Milhares de euros)
Rating
A-2
A-3
2013
797
2.182
B
33.616
Outros
18.258
54.853
Os outros dizem respeito a instituições financeiras relativamente às quais não foi
possível obter a notação de rating, nomeadamente as localizadas em Angola.
SOMAGUE SGPS
exposição efetiva do Grupo ao risco de crédito se encontra
mitigada a níveis aceitáveis.
199
NOTAS CONSOLIDADAS
37.Contingências
Os ativos contingentes que não estão reconhecidos nas
demonstrações financeiras consolidadas e que se espera
que seja provável a existência de um influxo económico
futuro, dizem respeito a reclamações em curso referentes
a alguns contratos de construção.
Existem diversos processos judiciais em curso relacionados com contratos de construção. Baseado na opinião dos
seus consultores jurídicos o Grupo considera que não é
provável que venham a ocorrer qualquer exfluxo pelo que
não se procedeu ao reconhecimento de qualquer provisão.
38.Eventos subsequentes
Não houve acontecimentos após a data de relato que dessem origem a ajustamentos às contas apresentadas.
RELATÓRIO ANUAL 2013
11
200
SOMAGUE SGPS
Certificação Legal das
Contas Consolidadas
Barragem de Foz Tua
201
RELATÓRIO ANUAL 2013
Certificação Legal
das Contas
202 Introdução
Âmbito
1. Examinámos as demonstrações financei-
4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo
ras consolidadas anexas de Somague - So-
com as Normas Técnicas e Directrizes de Revisão/Auditoria
ciedade Gestora de Participações Sociais,
da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exi-
S.A., as quais compreendem o Demonstração
gem que o mesmo seja planeado e executado com o objec-
Consolidada da Posição Financeira em 31 de
tivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as
Dezembro de 2013 (que evidencia um total
demonstrações financeiras consolidadas estão isentas de
de 833.884.616 euros e um total de capital
distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido
próprio de 167.754.318 euros, incluindo um
exame incluiu:
resultado líquido atribuído aos detentores
de capital da empresa, enquanto mãe do
-- a verificação de as demonstrações financeiras das em-
grupo, de 5.814.546 euros), a Demonstração
presas englobadas na consolidação terem sido apro-
Consolidada dos Resultados por Naturezas,
priadamente examinadas e, para os casos significativos
a Demonstração Consolidada do Rendimen-
em que o não tenham sido, a verificação, numa base de
to Integral, a Demonstração Consolidada das
amostragem, do suporte das quantias e divulgações ne-
Alterações no Capital Próprio e a Demons-
las constantes e a avaliação das estimativas, baseadas
tração Consolidada dos Fluxos de Caixa do
em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Admi-
exercício findo naquela data, e as Notas.
nistração, utilizadas na sua preparação;
-- a verificação das operações de consolidação;
Responsabilidades
-- a apreciação sobre se são adequadas as políticas con2. É da responsabilidade do Conselho de Ad-
tabilísticas adoptadas, a sua aplicação uniforme e a sua
ministração a preparação de demonstrações
divulgação, tendo em conta as circunstâncias;
financeiras consolidadas que apresentem de
forma verdadeira e apropriada a posição financeira do conjunto das empresas engloba-
-- a verificação da aplicabilidade do princípio de continuidade; e
das na consolidação, o resultado consolidado
e o rendimento integral das suas operações,
-- a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a
as alterações consolidadas no seu capital pró-
apresentação das demonstrações financeiras consolida-
prio e os seus fluxos de caixa consolidados,
das.
bem como a adopção de políticas e critérios
contabilísticos adequados e a manutenção
5. O nosso exame abrangeu também a verificação da con-
de sistemas de controlo interno apropriados.
cordância da informação financeira constante do relatório
de gestão consolidado com as demonstrações financeiras
3. A nossa responsabilidade consiste em
consolidadas.
expressar uma opinião profissional e independente, baseada no nosso exame daque-
6. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma
las demonstrações financeiras.
base aceitável para a expressão da nossa opinião.
SOMAGUE SGPS
203
CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS
Opinião
7. Em nossa opinião as demonstrações financeiras consolidadas referidas apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a
posição financeira consolidada de Somague - Sociedade
Gestora de Participações Sociais, S.A. em 31 de Dezembro
de 2013, o resultado e o rendimento integral consolidado
das suas operações, as alterações no seu capital próprio
consolidado e os seus fluxos consolidados de caixa consolidados no exercício findo naquela data, em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro, tal
como adoptadas na União Europeia.
Relato sobre outros requisitos legais
8. É também nossa opinião que a informação financeira
constante do Relatório de Gestão consolidado é concordante com as demonstrações financeiras consolidadas do
exercício.
Lisboa, 8 de Abril de 2014
Ernst & Young Audit & Associados - SROC, S.A.
Sociedade de Revisores Oficiais de Contas (nº 178)
Representada por:
Paulo Jorge Luís da Silva (ROC nº 1334)
RELATÓRIO ANUAL 2013
12
204
SOMAGUE SGPS
Relatório e Parecer do Fiscal Único
- Contas Consolidadas
Metrô de S. Paulo – Estação de Vila Prudente - Brasil
205
RELATÓRIO ANUAL 2013
Relatório e Parecer
do Fiscal Único
206 Senhores Accionistas,
-- Verificámos que as políticas contabilísticas e os critérios
valorimétricos adoptados nas contas individuais, condu-
Em cumprimento do disposto na alínea g),
zem a uma adequada apresentação do património e dos
do nº 1, do Artigo 420 conjugado com o nº
resultados da sociedade;
1 do Artigo 508 D do Código das Sociedades
Comerciais, compete-nos emitir o relatório
-- Verificámos que as políticas contabilísticas e os critérios
anual sobre a nossa acção fiscalizadora e
valorimétricos adoptados nas contas consolidadas, pre-
dar parecer sobre o Relatório de Gestão in-
paradas de acordo com as IFRS, tal como adoptadas pela
dividual e consolidado, as Demonstrações
União Europeia, conduzem a uma adequada apresenta-
financeiras individuais e consolidadas e a
ção do património e dos resultados do Grupo do qual a
proposta de aplicação de resultados apre-
sociedade é a empresa-mãe;
sentados pelo Conselho de Administração
de Somague - Sociedade Gestora de Parti-
-- Estivemos disponíveis para receber as comunicações de
cipações Sociais, S.A., referente ao exercício
irregularidades provenientes dos accionistas, colabora-
findo em 31 de Dezembro de 2013.
dores da sociedade e outros;
No decurso do exercício, acompanhámos a
-- Confirmámos que o Relatório de Gestão, o Balanço, a De-
actividade da empresa tendo efectuado os
monstração dos Resultados por Naturezas, a Demonstra-
seguintes procedimentos:
ção das Alterações no Capital Próprio, a Demonstração
dos Fluxos de Caixa e o Anexo, satisfazem os requisitos
-- Verificámos, com a extensão considerada
necessária, os registos contabilísticos e
legais aplicáveis e reflectem a posição dos registos contabilísticos no final do exercício;
documentos que lhes servem de suporte;
-- Confirmámos que o Relatório de Gestão Consolidado,
-- Verificámos, quando julgámos convenien-
a Demonstração Consolidada da Posição Financeira, a
te, da forma que julgámos adequada e na
Demonstração Consolidada dos Resultados por Nature-
extensão considerada apropriada, a exis-
zas, a Demonstração Consolidada do Resultado Integral,
tência de bens ou valores pertencentes à
a Demonstração Consolidada das Alterações no Capi-
sociedade ou por ela recebidos em garan-
tal Próprio, a Demonstração Consolidada dos Fluxos de
tia, depósito ou outro título;
Caixa e as Notas Consolidadas, satisfazem os requisitos
legais aplicáveis e reflectem a posição dos registos con-
-- Verificámos que a definição do perímetro
tabilísticos no final do exercício;
de consolidação e as operações de consolidação efectuadas estão de harmonia com
o estabelecido nas normas de consolida-
-- Averiguámos da observância pelo cumprimento da lei e
do contrato de sociedade;
ção aplicáveis;
-- Cumprimos as demais atribuições constantes da lei.
-- Verificámos a adequacidade dos documentos de prestação de contas individuais
e consolidados;
SOMAGUE SGPS
d. A Demonstração Consolidada da Posi- 207
que efectuámos com vista ao cumprimento das nossas
ção Financeira, a Demonstração Conso-
obrigações de fiscalização, obtivemos do Conselho de Ad-
lidada dos Resultados por Naturezas, a
ministração e dos Serviços as provas e os esclarecimentos
Demonstração Consolidada do Resulta-
que consideramos necessários.
do Integral, a Demonstração Consolidada das Alterações no Capital Próprio, a
No âmbito do trabalho de revisão legal contas que efectu-
Demonstração Consolidada dos Fluxos
ámos, foi emitida, nesta data, a correspondente Certificação
de Caixa e as Notas Consolidadas, satis-
Legal das Contas sobre as contas individuais sem reservas e
fazem os requisitos legais e contabilísti-
sem ênfases e a correspondente Certificação Legal das Con-
cos aplicáveis.
tas sobre as contas consolidadas sem reservas e sem ênfases.
Face ao exposto decidimos emitir o seguinte parecer:
Lisboa, 8 de Abril de 2014
Parecer do Fiscal Único
O Fiscal Único
Senhores Accionistas,
Ernst & Young Audit & Associados - SROC, S.A.
Sociedade de Revisores Oficiais de Contas
Procedemos à acção de fiscalização da Somague - Socie-
(nº178)
dade Gestora de Participações Sociais, S.A. nos termos da
alínea g), do nº 1, do Artigo 420 conjugado com o nº 1 do
Representada por:
Artigo 508 D do Código das Sociedades Comerciais, em re-
Paulo Jorge Luís da Silva (ROC nº 1334)
sultado da qual somos de parecer que:
a. A proposta de aplicação de resultados constante do
Relatório de Gestão do exercício de 2013 cumpre com
os requisitos relativos à constituição da reserva legal
e com os limites de distribuição de lucros aos accionistas previstos no Código das Sociedades Comerciais;
b. O Relatório de Gestão do exercício de 2013 satisfaz
os requisitos previstos no Código nas Sociedades Comerciais;
c. O Balanço, a Demonstração dos Resultados por Naturezas, a Demonstração das Alterações no Capital Próprio, a Demonstração dos Fluxos de Caixa e o Anexo
do exercício de 2013, satisfazem os requisitos legais e
contabilísticos aplicáveis;
RELATÓRIO ANUAL 2013
RELATÓRIO E PARECER DO FISCAL ÚNICO
No decurso dos nossos actos de verificação e validação
13
Anexo aos Indicadores de
Sustentabilidade (GRI)
208
13.1 Âmbitos e Limites de Enquadramento de
210
Sustentabilidade
SOMAGUE SGPS
13.2 Quadro de Correspondência da GRI
212
13.3 Critérios de Cálculos de Indicadores
222
Expansão e Modernização do Porto da Praia II - Cabo Verde
209
RELATÓRIO ANUAL 2013
13.1
Âmbitos e Limites de Enquadramento de
Sustentabilidade
210 O presente relatório foi elaborado tendo em
Assim, a estrutura do presente relatório foi definida
consideração as diretrizes da Global Report
com base nos princípios da relevância, inclusão dos
Iniciative (GRI-G3.1), incluindo o suplemen-
stakeholders, contexto da sustentabilidade e da abran-
to para a construção e imobiliária, que inclui
gência, que aliados à maturação dos conceitos da susten-
um conjunto de orientações e princípios que
tabilidade na Somague (com publicação de relatórios de
têm como objetivo definir o conteúdo do re-
sustentabilidade desde 2003), permitiram identificar os
latório, o âmbito e garantir a qualidade da
seguintes aspetos como os mais relevantes:
informação reportada.
• Governo Corporativo
O conteúdo do relatório foi determinado de
• Desempenho Económico
forma a abranger questões e indicadores
• Qualidade e Inovação
que refletem, num contexto abrangente da
• Recursos Humanos
sustentabilidade, os impactes económicos,
• Segurança e Saúde
ambientais e sociais mais relevantes da or-
• Ambiente
ganização, no período de tempo declarado.
• Impacte na Comunidade
Numa primeira etapa foram analisadas as
O limite do relatório foi definido tendo em consideração
envolventes macroeconómica, social e am-
o tipo de relacionamento com entidades a montante ou a
biental (capítulos 3.1, 3.2 e 3.3, respetiva-
jusante da organização. Assim, foram incluídas as entida-
mente), permitindo concluir sobre as suas
des sobre as quais a Somague tem controlo (participadas,
tendências, desafios futuros e oportunida-
sucursais, consórcios e agrupamentos complementares
des, em particular as relativas ao setor da
de empresas) e entidades em que a Somague exerce uma
construção.
influência significativa, nomeadamente os fornecedores
e subempreiteiros (quando operam nas instalações da
Através das diferentes ferramentas de co-
Somague).
municação interna e externa, descritas no
capítulo 2.6, foram também identificadas as
Relativamente ao desempenho das empresas conjunta-
expectativas e as questões mais frequentes
mente controladas (consórcios, agrupamentos comple-
das partes interessadas, procurando-se com
mentares de empresas ou outras unidades empresariais
este documento corresponder a essas solici-
em que a Somague detenha menos de 50% do capital), os
tações. A participação em diversos grupos de
respetivos resultados são incluídos pelo método de con-
trabalho, de diferentes âmbitos, assim como
solidação proporcional.
o benchmarking setorial contribuíram para a
seleção dos indicadores mais relevantes.
Sempre que o âmbito e o limite não sejam os aqui definidos, tal é devidamente referido junto da respetiva informação qualitativa e quantitativa relatada.
SOMAGUE SGPS
211
A Somague continua a avaliar a possibilidade de verificar
ANEXO AOS INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE (GRI)
externamente os dados reportados. No entanto, a generalidade da informação reportada tem origem em processos
sistematizados e auditados internamente e por entidades
externas, nomeadamente no âmbito da certificação SIGAQS e da SGIDI e da verificação do Relatório e Contas.
De seguida apresenta-se um quadro de correspondência
entre os pontos da GRI e os conteúdos do presente relatório, bem como a explicação dos critérios de cálculo dos
indicadores reportados. Este quadro justifica o nível “A”
autodeclarado e verificado pela GRI.
*
Responda aos itens:
1.1;
2.1 a 2.10;
3.1 a 3.8, 3.10 a 3.12;
4.1 a 4.4, 4.14 a 4.15.
Informações sobre o Método de
Gestão - Resultado
Não exigido.
Indicadores de Desempenho e
Indicadores de Desempenho do
Suplemento Setorial - Resultado
Responda a um mínimo
de 10 indicadores de
desempenho,
incluindo
pelo menos um de cada
uma das seguintes áreas
de desempenho: Social,
Económico e Ambiental. **
B
B+
Responda a todos os critérios
elencados para o nível C+:
1.2;
3.9, 3.13;
4.5 a 4.13, 4.16 a 4.17.
Informações sobre a forma de
gestão para cada categoria de
indicador.
Responda a um mínimo de 20
indicadores de desempenho,
incluindo pelo menos um
de cada uma das seguintes
áreas
de
desempenho:
Económico,
Ambiental,
Direitos Humanos, Práticas
Trabalhistas,
Sociedade
e Responsabilidade pelo
Produto. ***
A
A+
O mesmo exigido para o
nível B.
Forma de gestão divulgada para cada categoria de
indicador.
Responda a cada indicador
essencial da G3 e do
suplemento setorial* com
a devida consideração ao
princípio da materialidade
de uma das seguintes
formas: a) respondendo ao
indicador, b) explicando o
motivo da omissão.
Com verificação externa
Informações de Perfil - Resultado
C+
Com verificação externa
C
Com verificação externa
Conteúdo do Relatório
Nível de Aplicação
do Relatório
Suplemento setorial na sua versão final.
** Os indicadores de desempenho poderão ser selecionados de entre qualquer dos suplementos setoriais já finalizados, mas sete dos dez deverão ser das Diretrizes GRI originais.
*** Os indicadores de desempenho poderão ser selecionados de entre qualquer dos suplementos setoriais já finalizados, mas catorze dos vintes deverão ser das Diretrizes GRI originais.
RELATÓRIO ANUAL 2013
13.2
Quadro de
Correspondência da GRI
212
GRI
Designação
Status
Referência/Resposta
PARTE 1 - PERFIL DA ORGANIZAÇÃO
1
ESTRATÉGIA E ANÁLISE
1.1
Declaração da pessoa com o maior poder de decisão na organização
(por ex.: o Diretor-geral, o Presidente do Conselho de Administração
ou cargo de importância equivalente) sobre a relevância da
sustentabilidade para a organização e a sua estratégia.
Total
Pág. 10
Total
Pág. 22, 32-38
Total
Somague SGPS, S.A.
1.2
Descrição dos principais impactes, riscos e oportunidades.
2
PERFIL DA ORGANIZAÇÃO
2.1
Denominação da organização relatora.
2.2
Principais Marcas, Produtos e/ou Serviços
Total
Pág. 49 e 52
2.3
Estrutura operacional da organização e principais divisões,
operadoras, subsidiárias e joint ventures.
Total
Pág. 20
2.4
Localização da Sede social da organização.
Total
Rua da Tapada da Quinta de Cima - Linhó
2714-555 Sintra - Portugal
2.5
Número de países em que a organização opera, assim como os
nomes dos países onde se encontram as operações ou que têm
uma relevância específica para as questões da sustentabilidade,
abrangidas pelo relatório.
Total
Pág. 3
2.6
Tipo e Natureza Jurídica da Propriedade
Total
Sociedade Gestora de Participações Sociais, Sociedade
Anónima
2.7
Localização e área dos terrenos pertencentes, arrendados ou
administrados pela organização, no interior de zonas protegidas, ou a
elas adjacentes, e em áreas de alto índice de biodiversidade fora das
zonas protegidas.
Total
Pág. 3 e 52
2.8
Dimensão e organização da entidade relatora.
Total
Pág. 2, 3 e 4
2.9
Principais alterações que tenham ocorrido, durante o período
abrangido pelo relatório, referentes à dimensão, à estrutura
organizacional ou à estrutura acionista.
Total
Pág. 210
2.10
Prémios recebidos durante o período abrangido pelo relatório.
Total
Prémio Sustentabilidade (pág. 17)
3
PARÂMETROS DO RELATÓRIO
PERFIL DO RELATÓRIO
3.1
Período abrangido (por ex.: ano fiscal/civil) para as informações
apresentadas no relatório.
Total
Ano civil 2013
3.2
Data do último relatório publicado (se aplicável).
Total
2012
3.3
Ciclo de publicação de relatórios (anual, bianual, entre outros).
Total
Anual
3.4
Contacto para perguntas referentes ao relatório ou ao seu conteúdo.
Total
Eng.ª Maria Adelaide Jerónimo Worm
Diretora Delegada QSA e IDI
+351 219 104 000
ÂMBITO E LIMITES DE ENQUADRAMENTO DO RELATÓRIO
3.5
Processo para a definição do conteúdo do relatório.
Total
Pág. 210
3.6
Limite do relatório (por ex.: países, divisões, subsidiárias, instalações
arrendadas, joint ventures, fornecedores).
Total
Pág. 2 e 210
3.7
Refira quaisquer limitações específicas relativas ao âmbito e ao limite
do relatório.
Total
Pág. 210
3.8
Base para a elaboração do relatório, no que se refere a joint ventures,
subsidiárias, instalações arrendadas, operações atribuídas a serviços
externos e outras entidades, passíveis de afetar significativamente a
comparação entre diferentes períodos e/ou organizações.
Total
Pág. 210
3.9
Técnicas de medição de dados e as bases de cálculos, incluindo
hipóteses e técnicas, que sustentam as estimativas aplicadas à
compilação dos indicadores e de outras informações contidas no
relatório.
Total
Pág. 210
Adicionalmente, critérios de cálculo específicos poderão
ser apresentados junto dos dados reportados.
SOMAGUE SGPS
Designação
Status
Referência/Resposta
3.10
Explicação do efeito de quaisquer reformulações de informações
existentes em relatórios anteriores e as razões para tais
reformulações (como fusões ou aquisições, mudança no período ou
ano base, na natureza do negócio, em métodos de medição).
Total
Pág. 210
3.11
Alterações significativas em comparação com anos anteriores no
âmbito, limite ou métodos de medição aplicados no relatório.
Total
Pág. 210
3.12
Sumário de Conteúdo da GRI.
Total
Pág. 212
Total
A Somague continua a avaliar a possibilidade de verificar
externamente os dados reportados. No entanto, a
generalidade da informação reportada tem origem em
processos sistematizados e auditados internamente e por
entidades externas, nomeadamente no âmbito da certificação
do SIGAQS e do SGIDI e da verificação do relatório e contas.
VERIFICAÇÃO
3.13
Política e prática corrente relativa à procura de um processo
independente de garantia de fiabilidade para o relatório.
4
GOVERNAÇÃO
4.1
Estrutura de Governação da organização, incluindo comissões
subordinadas ao órgão de governação hierarquicamente mais elevado
e com responsabilidade por tarefas específicas, tais como a definição
da estratégia ou a supervisão da organização.
Total
Pág. 18
Atualmente o Conselho de Administração da Somague
SGPS não inclui nenhum membro do género feminino.
4.2
Indique se o Presidente do órgão de governação hierarquicamente
mais elevado é, simultaneamente, um diretor executivo (e, nesse
caso, quais as suas funções no âmbito da gestão da organização e as
razões para esta composição).
Total
Pág. 18
4.3
Indique, no caso de organizações com uma estrutura de administração
unitária, o n.º de membros do órgão de governação hierarquicamente
mais elevado que são independentes e/ou não-executivos.
Total
Pág. 18
Atualmente a Administração não inclui membros não
executivos ou independentes.
4.4
Mecanismos que permitam a acionistas e colaboradores
transmitirem recomendações ou orientações ao órgão de governação
hierarquicamente mais elevado.
Total
Pág. 24
4.5
Relação entre a remuneração dos vários membros do órgão de
governação hierarquicamente mais elevado, dos diretores de topo e dos
executivos (incluindo acordos de tomada de decisão) e o desempenho
da organização (incluindo o desempenho social e ambiental).
Total
Pág. 18 e 166
4.6
Processos ao dispor do órgão de governação hierarquicamente mais
elevado para evitar a ocorrência de conflitos de interesse.
Total
Pág. 22
4.7
Processo para a determinação das qualificações e competências
exigidas aos membros do órgão de governação hierarquicamente mais
elevado e seus comités, incluindo qualquer consideração sobre género
e outros indicadores de diversidade.
Total
Pág. 18
4.8
O desenvolvimento interno de declarações de missão e valores,
códigos de conduta e princípios internos relevantes para o
desempenho económico, ambiental e social, assim como a fase de
implementação.
Total
Pág. 15
4.9
Processos do órgão de governação, hierarquicamente mais
elevado, para supervisionar a forma como a organização efetua a
identificação e gestão por parte da organização do desempenho
económico, ambiental e social, a identificação e a gestão de riscos e
oportunidades relevantes, bem como a adesão ou conformidade com
normas internacionalmente aceites, códigos de conduta e princípios.
Total
Pág. 14, 19 e 22
4.10
Processos para a avaliação do desempenho do órgão de governação
hierarquicamente mais elevado, especialmente em relação ao
desempenho económico, ambiental e social.
Total
Pág. 18
COMPROMISSOS COM INICIATIVAS EXTERNAS
4.11
Explicação sobre se o princípio da precaução é abordado pela
organização e de que forma.
Total
Pág. 22
4.12
Cartas, princípios ou outras iniciativas desenvolvidas externamente
de carácter económico, ambiental e social que a organização
subscreve ou defende.
Total
Pág. 16
RELATÓRIO ANUAL 2013
213
ANEXO AOS INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE (GRI)
GRI
214
GRI
4.13
Designação
Status
Participação significativa em associações (tais como associações
industriais) e/ou organizações de defesa nacionais/internacionais.
Referência/Resposta
Total
Pág. 28
As ações desenvolvidas neste âmbito são em geral
efetuadas no campo de ação das associações a que a
Somague pertence.
ENVOLVIMENTO DAS PARTES INTERESSADAS
4.14
Relação dos grupos que constituem as partes interessadas envolvidas
pela organização.
Total
Pág. 24
4.15
Base para a identificação e seleção das partes interessadas a serem
envolvidas.
Total
Pág. 24 e 26
4.16
Abordagens utilizadas para envolver as partes interessadas, incluindo
a frequência do envolvimento, por tipo e por grupos, das partes
interessadas.
Total
Pág. 26 e 27
4.17
Principais questões e preocupações identificadas através do
envolvimento das partes interessadas e as medidas adotadas pela
organização no tratamento das mesmas, nomeadamente através do
relatório.
Total
Pág. 26 e 27
Desempenho económica
Total
Pág. 10 e 75
Presença no mercado
Total
Pág. 3 e 10
Impactos económicos indiretos
Total
Pág. 10 e 118
PARTE 2 - ABORDAGEM DE GESTÃO
ABORDAGEM DE GESTÃO EC - ECONÓMICO
ABORDAGEM DE GESTÃO EN - AMBIENTE
Materiais
Total
Pág. 108
Energia
Total
Pág. 110
Água
Total
Pág. 109
Biodiversidade
Total
Pág. 114
Emissões, efluentes e resíduos
Total
Pág. 111
Degradação, contaminação e recuperação dos solos
Total
Pág. 106
Produtos e serviços
Total
Pág. 85 e 106
Conformidade
Total
Pág. 84 e 106
Transporte
Total
Pág. 111
Geral
Total
Pág. 92 e 94
Emprego
Total
Pág. 10 e 92
Relações entre colaboradores e administração
Total
Pág. 10, 94 e 90
Segurança e saúde no trabalho
Total
Pág. 100
Formação e educação
Total
Pág. 96
Diversidade e igualdade de oportunidades
Total
Pág. 94
Igualdade de remuneração entre géneros
Total
Pág. 92 e 94
Práticas de investimento e aquisições
Total
Pág. 10, 22 e 85
Não-discriminação
Total
Pág. 94
Liberdade de associação e acordo de negociação coletiva
Total
Pág. 94
Trabalho infantil
Total
Pág. 22
Trabalho forçado e escravo
Total
Pág. 22
Práticas de segurança
Total
Pág. 100
Direitos dos povos indígenas
Total
Pág. 22
Avaliação
Total
Pág. 22
Ação corretiva
Total
Pág. 22
ABORDAGEM DE GESTÃO LA - SOCIAL: PRÁTICAS LABORAIS E TRABALHO CONDIGNO
ABORDAGEM DE GESTÃO HR - SOCIAL: DIREITOS HUMANOS
SOMAGUE SGPS
Designação
Status
Referência/Resposta
ABORDAGEM DE GESTÃO SO - SOCIAL: SOCIEDADE
Comunidade local
Total
Pág. 118
Corrupção
Total
Pág. 22
Políticas públicas
Total
Pág. 24
Concorrência desleal
Total
Pág. 84
Conformidade
Total
Pág. 84
Segurança e saúde do cliente
Total
Pág. 100
ABORDAGEM DE GESTÃO PR - SOCIAL: RESPONSABILIDADE PELO PRODUTO
Rotulagem de produtos e de serviços
N.A.
-
Comunicações de marketing
N.A.
-
Privacidade do cliente
Total
Durante o ano de 2013 a Somague não teve nenhuma
reclamação neste âmbito.
Conformidade
Total
Pág. 84
Total
Pág. 75, 126 e 190
Parcial
Pág. 22, 110 e 111
PARTE 3 - INDICADORES DE DESEMPENHO
ECONÓMICO
DESEMPENHO ECONÓMICO
EC1
Valor económico direto gerado e distribuído, incluindo receitas,
custos operacionais, indeminizações a colaboradores, donativos,
e outros investimentos na comunidade, lucros não distribuídos e
pagamentos a investidores e governos.
EC2
Implicações financeiras e outros riscos e oportunidades para as
atividades da organização devido às alterações climáticas e outros
assuntos sustentáveis.
EC3
Cobertura das obrigações referente ao plano de benefícios definidos
pela Organização.
N.A.
A Somague não possui planos de reforma.
EC4
Apoio financeira significativa recebida do governo.
Total
Em 2013, a Somague não obteve ajuda financeira do
Governo.
PRESENÇA NO MERCADO
EC5
Rácio entre o salário mais baixo e o salário mínimo local nas unidades
operacionais importantes, discriminados por género.
Total
Pág. 93
O salário mais baixo pago é igual para os dois géneros.
EC6
Políticas, práticas e proporção de custos com fornecedores locais em
unidades operacionais importantes.
Total
Pág. 83
EC7
Procedimentos para contratação local e proporção de cargos
de gestão de topo colaboradores de quadro, contratados e subcontratados ocupado por indivíduos provenientes da comunidade
local nas unidades operacionais importantes.
Total
Pág. 94
IMPACTES ECONÓMICOS INDIRETOS
EC8
Desenvolvimento e impacto dos investimentos em infraestrutura e
serviços que visem essencialmente o beneficio público através de
envolvimento comercial, em géneros ou pro bono.
Total
Pág. 118
EC9
Descrição e análise dos impactes económicos indiretos mais
significativos, incluindo a sua extensão.
Total
Pág. 118
AMBIENTAL
MATERIAIS
EN1
Materiais utilizados por peso, valor ou volume.
Total
Pág. 108
EN2
Percentual de materiais utilizados que são provenientes de
reciclagem e da reutilização
Total
Pág. 109
EN3
Consumo direto de energia, discriminado por fonte de energia
primária.
Total
Pág. 110
EN4
Consumo indireto de energia discriminado por fonte primária.
Total
Pág. 110
ENERGIA
RELATÓRIO ANUAL 2013
215
ANEXO AOS INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE (GRI)
GRI
216
GRI
Designação
Status
Referência/Resposta
CR1
Intensidade energética de edifícios.
Total
Edifício sede: 107,76 kWh/m2
EN5
Total de poupança de energia devido a melhorias na conservação e
eficiência.
Total
Pág. 110
EN6
Iniciativas para fornecer produtos e serviços baseados na eficiência
energética ou nas energias renováveis, reduções no consumo de
energia em resultado dessas iniciativas.
Total
Pág. 110
EN7
Iniciativas para reduzir o consumo de energia indireta e as reduções
obtidas.
Total
Pág. 110
ÁGUA
EN8
Consumo total de água por fonte.
Total
Pág. 109
EN9
Recursos hídricos significativamente afetadas pela recolha de água.
Total
Pág. 109
EN10
Percentagem e volume total de água reciclada e reutilizada.
Parcial
Pág. 109
CR2
Intensidade de consumo de água em edifícios
Total
Edifício sede: 0,34 m3/m2
BIODIVERSIDADE
EN11
Localização e área dos terrenos pertencentes, arrendados ou
administrados pela organização, no interior de zonas protegidas, ou a
elas adjacentes, e em áreas de alto índice de biodiversidade fora das
zonas protegidas.
Total
Pág. 114
EN12
Descrição dos impactos significativos de atividades, produtos e
serviços sobre a biodiversidade das áreas protegidas e sobre as áreas
de alto índice de biodiversidade fora das áreas protegidas
Total
Pág. 114
EN13
Habitats protegidos ou recuperados.
Total
Em 2013 não foram recuperados habitats. Na pág. 114
listam-se as áreas protegidas onde a Somague operou e
implementou, com sucesso, medidas protetoras.
EN14
Estratégias, ações em curso e planeadas para a gestão de impactes na
biodiversidade.
Total
Pág. 114
As ações de gestão de impactes na biodiversidade são
definidas projeto a projeto.
EN15
Número de espécies, na Lista Vermelha da IUCN e na lista nacional
de conservação das espécies, com habitats em áreas afetadas por
operações, discriminadas por nível de risco de extinção.
N.D.
Este indicador não é reportado pois a organização não
dispõe da informação necessária.
EMISSÕES, EFLUENTES E RESÍDUOS
EN16
Emissões totais diretas e indiretas de gases com efeito de estufa, por
peso.
Total
Pág. 111
EN17
Outras emissões indiretas relevantes de gases com efeito de estufa,
por peso.
Total
Pág. 111
CR3
Intensidade de emissões de gases com efeito de estufa em edifícios.
Total
Edifício sede: 22,49 kg CO2/m2
CR4
Intensidade de emissões de gases com efeito de estufa em atividades
de construção e reabilitação.
Total
39,22 ton/CO2/M€
EN18
Iniciativas para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa,
assim como reduções alcançadas.
Total
Em 2013 não foram desenvolvidas novas iniciativas.
EN19
Emissão de substâncias destruidoras da camada de ozono, por peso.
N.M.
Não foi efetuado o levantamento da emissão de
substâncias destruidoras da camada de ozono, no entanto,
considera-se que dada a atividade da Somague, este é um
assunto não material.
EN20
NOx, SOx e outras emissões atmosféricas significativas, por tipo e por
peso.
N.A.
Dada a atividade da Somague, as emissões efetuadas estão
maioritariamente associadas a instalações móveis, pelo
que se considera este indicador não aplicável.
EN21
Descarga total de água, por qualidade e destino.
EN22
Quantidade total de resíduos, por tipo e método de eliminação.
SOMAGUE SGPS
Parcial
Total
Pág. 109 e 111
A Somague não possui sistemas de contagem de águas
residuais, pois em geral estes estão ligados às redes
municipais. Estima-se que cerca de 30% da água
consumida da rede é para uso nos escritórios e a restante
para incorporação nos produtos (assim estima-se uma
produção de cerca de 12.010 m3 de efluentes líquidos).
Pág. 111
Designação
Status
Referência/Resposta
EN23
Número e volume total de derrames significativos.
Total
Em 2013, não foram identificados derrames significativos
resultantes da atividade da organização.
EN24
Peso dos resíduos transportados, importados, exportados ou tratados,
considerados perigosos nos termos da Convenção de Basileia Anexos I, II, III e VIII, e percentagem de resíduos transportados por
navio, a nível internacional.
N.A.
A Somague não efetua movimentos transfronteiriços de
resíduos perigosos.
EN25
Identidade, dimensão, estatuto de proteção e valor para a
biodiversidade dos recursos hídricos e respetivos habitats, afetados de
forma significativa pelas descargas de água e escoamento superficial.
Total
Pág. 111
Em 2013, não foram identificados recursos hídricos
significativamente afetados pela atividade da organização.
Total
Em dezembro de 2013, a Somague não possuía ou geria
terrenos ou recursos hídricos contaminados.
DEGRADAÇÃO, CONTAMINAÇÃO E RECUPERAÇÃO DOS SOLOS
CR5
Solos e outros ativos recuperados ou com necessidades de
recuperação para o uso existente ou previsto de acordo com
disposições legais aplicáveis.
PRODUTOS E SERVIÇOS
EN26
Iniciativas para aumentar a eficiência e mitigar os impactes
ambientais de produtos e serviços e grau de redução do impacte.
Total
Pág. 107
EN27
Percentagem recuperada de produtos vendidos e respetivas
embalagens, por categoria.
N.A.
Dada a natureza dos produtos e serviços fornecidos pela
Somague, este indicador foi considerado não aplicável.
Total
Pág. 84
Impactes ambientais significativos, resultantes do transporte de
produtos e outros bens ou matérias-primas utilizados nas operações
da organização, bem como o transporte de colaboradores.
Total
Pág. 111
Total de custos e investimentos com a proteção ambiental, por tipo.
Total
Pág. 106
CONFORMIDADE
EN28
Montantes envolvidos no pagamento de coimas significativas e o
número total de sanções não-monetárias por incumprimento das leis
e regulamentos ambientais.
TRANSPORTE
EN29
GERAL
EN30
SOCIAL: PRÁTICAS LABORAIS E TRABALHO CONDIGNO
EMPREGO
LA1
Discrimine a mão de obra total, por tipo de emprego, por contrato de
trabalho, por região e por género.
Total
Pág. 4 e 90
LA2
Número total de colaboradores, respetiva taxa de novas contratações
e rotação média de emprego por faixa etária, género e região.
Total
Pág. 93
LA3
Benefícios assegurados aos colaboradores a tempo inteiro que não
são concedidos a colaboradores temporários ou a tempo parcial.
Total
Pág. 92
LA15
Retorno ao trabalho e taxas de retenção após licença paternal, por
género.
Total
Em 2013, estiveram em licença paternal 38 colaboradores
(30 homens, 8 mulheres), sendo que todos voltaram ao
trabalho quando a licença terminou.
RELAÇÕES ENTRE COLABORADORES E ADMINISTRAÇÃO
LA4
Percentagem de colaboradores abrangidos por acordos de
contratação coletiva.
Total
Pág. 95
LA5
Prazos mínimos de notificação prévia em relação a mudanças
operacionais, incluindo se esse procedimento é mencionado nos
acordos de contratação coletiva.
Total
Os prazos mínimos de notificação prévia dependem de
caso a caso. No entanto, a Somague cumpre o previsto na
legislação e nos contractos coletivos de trabalho.
Total
Pág. 100
SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO
LA6
Percentagem da totalidade da mão de obra representada
em comissões formais de segurança e saúde, que ajudam no
acompanhamento e aconselhamento sobre programas de segurança e
saúde ocupacional.
LA7
Taxa de lesões, doenças profissionais, dias perdidos, absentismo e
óbitos relacionados com o trabalho, por região e por género.
Parcial
Pág. 93, 102 e 103
Dado que os trabalhos com risco especial são
desenvolvidos quase na sua totalidade por colaboradores
do género masculino, não se considera relevante proceder
ao reporte dos índices de sinistralidade por género.
RELATÓRIO ANUAL 2013
217
ANEXO AOS INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE (GRI)
GRI
218
GRI
Designação
Status
Referência/Resposta
CR6
Percentagem da empresa que opera de acordo com um Sistema de
Gestão da Segurança e Saúde reconhecido internacionalmente.
Total
Toda a organização opera de acordo com um sistema de
gestão de segurança e saúde definido de acordo com a
OHSAS 18001. 61% dos colaboradores desenvolvem a
sua atividade no âmbito de um sistema certificado por
entidade externa.
LA8
Programas de educação, formação, aconselhamento, prevenção
e controlo de risco, em curso, para garantir assistência aos
colaboradores, às suas famílias ou aos membros da comunidade
afetados por doenças graves.
Total
Pág. 96 e 100
LA9
Tópicos relativos a saúde e segurança, abrangidos por acordos
formais com sindicatos.
Total
Pág. 100
FORMAÇÃO E EDUCAÇÃO
LA10
Média de horas de formação, por ano, por colaborador, discriminadas
por categoria de funções e género.
Total
Pág. 96
Em 2013, o número médio de horas de formação foi
de 28,60 h/colaborador do género feminino e 8,5 h/
colaborador do género masculino, em Portugal.
LA11
Programas para a gestão de competências e aprendizagem contínua
que apoiam a continuidade da empregabilidade dos colaboradores e
para a gestão de carreira.
Total
Pág. 96
LA12
Percentagem de colaboradores que recebem, regularmente, análises
de desempenho e de desenvolvimento da carreira, por género.
Total
Em 2013, a empresa optou por não dar início ao processo
de avaliação de desempenho.
Total
Pág. 91 e 94
Total
Pág. 95
Total
Pág. 22
Em 2013 não foi efetuado nenhum novo investimento
significativo, continuando a Somague a operar nos mesmos
países que em 2012.
DIVERSIDADE E IGUALDADE DE OPORTUNIDADES
LA13
Composição dos órgãos sociais da empresa e relação dos
colaboradores por categoria, de acordo com o género, a faixa etária,
as minorias e outros indicadores de diversidade.
IGUALDADE DE REMUNERAÇÃO ENTRE GÉNEROS
LA14
Discriminação do rácio do salário base entre homens e mulheres, por
categoria de funções e por unidades operacionais impotentes.
SOCIAL: DIREITOS HUMANOS
PRÁTICAS DE INVESTIMENTO E DE AQUISIÇÕES
HR1
Percentagem e número total de contratos e acordos de investimento
significativos que incluam cláusulas referentes aos direitos humanos
ou que foram submetidos a análise referentes aos direitos humanos.
HR2
Percentagem dos principais fornecedores, empresas contratadas
e outros parceiros de negócio que foram submetidos a avaliações
relativas a direitos humanos e medidas tomadas.
Parcial
HR3
Número total de horas de formação em políticas e procedimentos
relativos a aspetos dos direitos humanos relevantes para as
operações, incluindo a percentagem de colaboradores que
beneficiaram de formação.
Total
Pág. 96
Apesar de em 2013 não se terem desenvolvido ações
de formação específicas em políticas e procedimentos
relativos a aspetos de direitos humanos, na generalidade
das ações de formação interna são revistos os valores da
Somague e os princípios de ética e conduta que deverão
ser adotados por todos os colaboradores.
Total
Durante o ano de 2013 a Somague não teve conhecimento
da existência de nenhum incidente de discriminação
ocorrido na empresa.
Total
Pág. 94
Total
Pág. 22
Pág. 83
Dada a revisão em curso do processo de avaliação de
fornecedores, ainda não existem resultados.
NÃO-DISCRIMINAÇÃO
HR4
Número total de casos de discriminação e ações tomadas.
LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO E ACORDO DE NEGOCIAÇÃO COLECTIVA
HR5
Operações e fornecedores relevantes identificados nos quais exista
um risco significativo ao livre exercício da liberdade de associação
e realização de acordos de contratação coletiva, e medidas que
contribuam para a sua eliminação.
TRABALHO INFANTIL
HR6
Operações e fornecedores relevantes identificados nos quais exista
um risco significativo de ocorrência de trabalho infantil, e medidas
que contribuam para a sua eliminação.
SOMAGUE SGPS
Designação
Status
Referência/Resposta
TRABALHO FORÇADO E ESCRAVO
HR7
Operações e fornecedores relevantes identificados nos quais exista
um risco significativo de ocorrência de trabalho forçado ou escravo, e
medidas que contribuam para a sua eliminação.
Total
Pág. 22
PRÁTICAS DE SEGURANÇA
HR8
Percentagem do pessoal de segurança submetido a formação nas
políticas ou procedimentos da organização, relativos aos direitos
humanos, e que são relevantes para as operações.
Parcial
As ações de formação referidas no indicador HR3 são
extensivas aos vigilantes das instalações da empresa.
DIREITOS DOS POVOS INDÍGENAS
HR9
Número total de incidentes que envolvam a violação dos direitos dos
povos indígenas e ações tomadas.
Total
Em 2013 a Somague não teve conhecimento da existência
de nenhum incidente deste tipo na empresa.
Total
Pág. 22
As novas operações em países com risco elevado de
violação dos direitos humanos são, na fase comercial/
angariação, sujeitos a uma avaliação de riscos.
Total
Em 2013 não foi apresentada nenhuma reclamação
relacionada com os direitos humanos.
AVALIAÇÃO
HR10
Percentagem e número total de operações que foram sujeitos a
análises ou avaliação de impactos relativos aos direitos humanos.
AÇÃO CORRETIVA
HR11
Número de reclamações, relacionadas com os direitos humanos,
apresentadas, tratadas e resolvidas por meio de mecanismos formais.
SOCIAL: SOCIEDADE
COMUNIDADE LOCAL
SO1
Percentagem de operações com implementação de mecanismos de
relacionamento com a comunidade local, avaliação de impactos e
desenvolvimentos de programas.
Total
Pág. 118
Em todos os locais onde a Somague possui instalações
permanentes são desenvolvidas relações com as
comunidades locais. No caso das obras (instalações
temporárias) estas ações são promovidas tipicamente
pelo dono de obra/promotores, contando sempre com a
colaboração da Somague na implementação das medidas
definidas. Adicionalmente, a Somague procede sempre
a uma avaliação dos impactos na comunidade local,
associada aos seus trabalhos.
SO9
Operação com potenciais ou reais impactes significativos na
comunidade local.
Total
As instalações fixas da Somague não provocam impactes
negativos significativos nas comunidades locais.
No caso das obras (instalações temporárias) é efetuada
uma avaliação de impactes na comunidade local. Nesta
avaliação, a Somague procura sempre potenciar os
impactes positivos decorrentes da sua atividade.
SO10
Ações de prevenção e mitigação implementadas nas operações com
potenciais ou reais impactes negativos ou positivos significativos na
comunidade local.
Total
Pág. 118
CR7
Número de pessoas, voluntária ou involuntariamente, deslocadas e/
ou realojadas pelo desenvolvimento, discriminada por projeto.
N.A.
A deslocação ou realojamento de pessoas é da
responsabilidade dos donos de obra/promotores dos
projetos onde a Somague está envolvida.
CORRUPÇÃO
SO2
Percentagem e número total de unidades de negócio alvo de análise
de riscos à corrupção.
Total
Pág. 22
Todas as unidades de negócio da organização são objeto
do processo de gestão de riscos e auditoria interna.
SO3
Percentagem de colaboradores que tenham efetuado formação nas
políticas e práticas de anticorrupção da organização.
Parcial
Pág. 22
No âmbito dos trabalhos de auditoria interna realizados
em 2013, a direção de auditoria interna sensibiliza as
respetivas áreas no que se refere à política global de
controlo e gestão de riscos da organização. Assim, e
considerando as ações de formação de anos anteriores,
os 100% dos gestores de topo e chefias intermédias
possuem formação nesse âmbito.
SO4
Medidas tomadas em resposta a casos de corrupção.
Total
Durante o ano de 2013, a Somague não teve conhecimento
da existência de nenhum incidente relacionado com
corrupção envolvendo elementos da sua organização.
RELATÓRIO ANUAL 2013
219
ANEXO AOS INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE (GRI)
GRI
220
GRI
Designação
Status
Referência/Resposta
POLÍTICAS PÚBLICAS
SO5
Posições quanto a políticas públicas e participação na elaboração de
políticas públicas e em grupos de pressão.
Total
Pág. 28
As ações desenvolvidas neste âmbito são em geral
efetuadas no campo de ação das associações a que a
Somague pertence.
SO6
Valor total de contribuições financeiras e em género a partidos
políticos, políticos e instituições relacionadas, por país.
Total
Em 2013, não foram efetuadas quaisquer contribuições
financeiras ou em género a partidos políticos ou institutos
relacionados.
Total
Durante o ano de 2013, a Somague não esteve envolvida
em qualquer ação judicial neste âmbito.
Total
Pág. 84
CONCORRÊNCIA DESLEAL
SO7
Número total de ações judiciais por concorrência desleal, antitrust e
práticas de monopólio, bem como os seus resultados.
CONFORMIDADE
SO8
Montantes das coimas significativas e número total de sanções não
monetárias por incumprimento das leis e regulamentos ambientais.
SOCIAL: RESPONSABILIDADE PELO PRODUTO
SEGURANÇA E SAÚDE DO CLIENTE
PR1
Indique os ciclos de vida dos produtos e serviços em que os impactes
de saúde e segurança são avaliados com o objetivo de efetuar
melhorias, bem como a percentagem das principais categorias de
produtos e serviços sujeitas a tais procedimentos.
Total
Pág. 100
PR2
Refira o número total de incidentes resultantes da não conformidade
com os regulamentos e códigos voluntários relativos aos impactes, na
saúde e segurança, dos produtos e serviços durante o respetivo ciclo
de vida, discriminado por tipo de resultado.
Total
Pág. 84
ROTULAGEM DE PRODUTOS E SERVIÇOS
PR3
Tipo de informação sobre produtos e serviços exigida por
regulamentos, e a percentagem de produtos e serviços significativos
sujeitos a tais requisitos.
N.A.
Dada a natureza dos produtos e serviços fornecidos pela
Somague, este indicador considerou-se não aplicável.
CR8
Número e tipo de certificações de sustentabilidade, sistemas de
classificação e rotulagem para novas construções, gestão, utilização e
remodelação.
Total
Pág. 107
PR4
Indique o número total de incidentes resultantes da não
conformidade com os regulamentos e códigos voluntários relativos
à informação e rotulagem de produtos e serviços, discriminados por
tipo de resultado.
N.A.
Dada a natureza dos produtos e serviços fornecidos pela
Somague, este indicador foi considerado não aplicável.
PR5
Praticas relacionadas com a satisfação do Cliente, incluindo
resultados de pesquisas que meçam a satisfação do Cliente.
Total
Pág. 80
COMUNICAÇÕES DE MARKETING
PR6
Programas de cumprimento das leis, normas e códigos voluntários
relacionados com comunicações de marketing, incluindo publicidade,
promoção e patrocínio.
N.M.
Dada a escassa atividade de marketing que a Somague
desenvolve, este indicador foi considerado não material.
PR7
Indique o número total de incidentes resultantes da não
conformidade com os regulamentos e códigos voluntários relativos
a comunicações de marketing, incluindo publicidade, promoção e
patrocínio, discriminados por tipo de resultado.
N.M.
Dada a escassa atividade de marketing que a Somague
desenvolve, este indicador foi considerado não material.
Total
Durante o ano de 2013, a Somague não teve nenhuma
reclamação neste âmbito.
Total
Pág. 84
PRIVACIDADE DO CLIENTE
PR8
Número total de reclamações registadas relativas à violação da
privacidade de Clientes.
CONFORMIDADE
PR9
Montante das coimas (significativas) por incumprimento de leis e
regulamentos relativos ao fornecimento e utilização de produtos e
serviços.
SOMAGUE SGPS
ANEXO AOS INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE (GRI)
221
RELATÓRIO ANUAL 2013
13.3
Critérios de Cálculos de
Indicadores
222
QUALIDADE E INOVAÇÃO (Cap. 4)
Satisfação dos clientes
A avaliação da satisfação do cliente foi determinada através de inquéritos online, que incluíram um conjunto de 15 perguntas num grau de classificação
de 1 a 4.
Subcontratação/Fornecimento local
Este indicador inclui as subempreitadas/fornecimentos efetuados localmente em Angola, Cabo Verde, Açores e Madeira, e foi calculado com base no
valor de subcontratações e fornecimentos relativo a empresas locais sobre o valor total de subcontratações e fornecimentos.
Conformidade legal
As coimas consideradas neste indicador são as que foram pagas no ano em análise. A discriminação por tipologia foi calculada com base no número de
coimas por tipo (fiscais, ambientais, segurança e outras) sobre o número total de coimas.
RECURSOS HUMANOS (Cap.5)
Caracterização de colaboradores
Na caracterização dos colaboradores da Somague foram consideradas as seguintes definições:
• Titulares Superiores: colaboradores com grau académico de Licenciatura ou superior
• Titulares Médios: colaboradores com grau académico de Bacharelato
• Técnicos não Titulares: colaboradores com funções técnicas, em curso superior
• Administrativos: colaboradores com funções administrativas, sem habilitações superiores
• Outros: colaboradores que não se enquadram em nenhuma das anteriores.
• Curso Superior: Licenciatura, Pós-Graduação, Mestrado, Doutoramento
• Curso de Nível Médio: Bacharelato
• Quadro permanente: Efetivos; colaboradores com contrato sem termo
• Temporários: Colaboradores contratados a termo (certo ou incerto)
• Trabalho a Tempo Inteiro: Colaboradores com jornada completa.
• Trabalho a Tempo Parcial: Colaboradores que trabalham em part-time
• Quadros: Dirigentes, Quadros Superiores, Quadros Médios, Quadros Intermédios
• Operacionais: Profissionais Qualificados, Profissionais Semiqualificados, Profissionais Não Qualificados, Praticantes e Aprendizes
Custo Total Médio por Colaborador
Custo total com colaboradores/número total de colaboradores
Encargos Médios com Proteção Social de Carácter não obrigatório
Encargos totais com seguros de saúde, seguros de vida e seguro de acidentes pessoais/número total de colaboradores
Encargos Médios com cuidados de Saúde por colaborador
Encargos totais com medicina do trabalho (exames, consultas)/número total de colaboradores abrangidos
Taxa de rotatividade
Total de admissões e demissões/2 * 100/total de efetivos no final do ano
Taxa de absentismo
Número total de horas perdidas/potencial máximo de horas trabalhadas no ano
Contratação local
Colaboradores locais: número de colaboradores contratados na comunidade local/número total de colaboradores no país
Colaboradores expatriados: número de colaboradores expatriados/número total de colaboradores no país
Relação salário base homem/mulher
Média ponderada do vencimento base ilíquido anual dos colaboradores do género masculino/média ponderada do vencimento base ilíquido anual dos
colaboradores do género feminino
Média de horas de formação por ano por colaborador
Número total de horas de formação por categoria profissional/número total de colaboradores por categoria profissional
SOMAGUE SGPS
Índice de frequência
Número de acidentes com baixa x 1.000.000/n.º de horas trabalhadas
Índice de incidência
Número de acidentes com baixa x 1.000/n.º médio de colaboradores
Índice de gravidade
Dias perdidos x 1.000.000/n.º horas trabalhadas
AMBIENTE (Cap. 7)
Consumos de materiais de construção
No cálculo do consumo indireto de cimento e agregados foi considerado que a 1 m3 de betão pronto corresponde aproximadamente 300 kg de cimento
e 2.000 kg de agregados
Consumos de água
Os consumos de água foram agregados de acordo com as faturas emitidas pelos fornecedores de água e / ou através de contadores instalados nos
diferentes estabelecimentos da Empresa. Foram também considerados os consumos provenientes de captações subterrâneas, cuja contabilização é
efetuada através de contadores, e de catações superficiais cuja contabilização é efetuada por estimativa do número de horas de funcionamento das
bombas ou dos depósitos utilizados no seu transporte
Consumo de energia
O consumo de eletricidade (kW.h) e gás natural (m3) foi obtido através das respetivas faturas e/ou através de contadores instalados nos diferentes
estabelecimentos da empresa. Relativamente aos consumos de gasolina e gasóleo, estes foram obtidos em litros diretamente do fornecedor. Na
conversão dos consumos para GJ foram utilizados os seguintes fatores de conversão:
• Eletricidade: 0,0036 GJ/kW.h
• Gás natural: 0,039 GJ/m3
• Gasóleo: 0,03645 GJ/l
• Gasolina: 0,0331 GJ/l
Emissões de CO2 diretas e indiretas
Este inventário foi realizado de acordo com a metodologia proposta pelo “Greenhouse Gases Protocol”, que classifica as emissões em três âmbitos:
Âmbito 1 - emissões diretas que ocorrem em fontes controladas pela Somague, por exemplo, viaturas da frota, os grupos de geradores de emergência e
o equipamentos e maquinaria utilizada nas obras;
Âmbito 2 - emissões indiretas associadas à produção de eletricidade consumida (estimativa e comunicação obrigatória);
Âmbito 3 - emissões indiretas associadas a fontes que não são controladas pela Somague, por exemplo, viagens de avião e deslocações casa-trabalhocasa (estimativa e comunicação voluntária).
No inventário de emissões de GEE foram considerados os seguintes fatores de conversão:
• Gasóleo: 74,01 kgCO2/GJ
• Gasolina: 69,25 kgCO2/GJ
• Gás natural: 56,06 kgCO2/GJ
• Eletricidade: 200 gCO2/kW.h
• Avião (curta distância, <500km): 0,18 kg/pkm
• Avião (longa distância, >500km): 0,11 kg/pkm
• Comboio: 0,06 kg/pkm
• Autocarro: 1,035 kgCO2/km
Emissões de CO2 evitadas
Para o cálculo das emissões de CO2 que a Somague evitou através da disponibilização do transporte gratuito aos seus colaboradores, teve-se em linha
de conta os seguintes dados associados às rotas existentes para a viagem até a sede da Somague
Ponto de
Partida
Rota
Via
Distância
percorrida (Km)
N.º médio de
colaboradores transportados
pkm
1
Sete Rios
A5
25
14
157.500
2
Terreiro Paço
Marginal
20
13
117.000
3
Loures
IC19
20
25
225.000
Fator de
conversão
TOTAL
Emissões evitadas
0,000233
116,38
Resíduos
Valorização: qualquer operação cujo resultado principal seja a transformação dos resíduos de modo a servirem um fim útil, substituindo outros materiais
que, caso contrário, teriam sido utilizados para um fim específico ou a preparação dos resíduos para esse fim na instalação ou conjunto da economia
Eliminação: qualquer operação que não seja de valorização
Solos e rochas não contaminados (código LER 17 05 04) não foram considerados resíduos no cálculo deste indicador
RELATÓRIO ANUAL 2013
ANEXO AOS INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE (GRI)
223
SEGURANÇA E SAÚDE (Cap.6)
Depósito Legal: 327826/11
Tiragem: 200 exemplares