Organizador - Curso de Logística

Transcrição

Organizador - Curso de Logística
ESTUDANDO LOGÍSTICA A PARTIR DE ARTIGOS
COLEÇÃO CASOS E ESTUDOS
Ernandes Rodrigues
(Organizador)
Copyright © 2014 by Ernandes Rodrigues
1ª Edição – Volume 1 – fevereiro de 2014
___________________________
Capa
Thyago Douglas Mendes de Almeida
Revisão
Departamento Editorial do NPEL
Professora da Disciplina
Ameliara Freire
2014
Núcleo de Pesquisas e Estudos em Logística - NPEL
R696e
Rodrigues, Ernandes (Org)
Estudando logística a partir de artigos. / Ernandes Rodrigues (org). –
Paulista: NPEL, 2013.
272 p. – (Coleção casos e estudos ; 1)
Inclui bibliografia.
1. logística . 2. artigos científicos. 3. NPEL. I. Titulo.
CDU – 658.7
APRESENTAÇÃO
Este livro é o resultado do trabalho em conjunto entre os membros do Núcleo de
Pesquisas e Estudos em Logística – NPEL, o qual é coordenado pelo curso de Logística da
Faculdade Joaquim Nabuco, unidade Paulista, tendo como colaboradores professores,
coordenadores de cursos, direção da Faculdade, e, principalmente, os alunos concluintes do
curso de logística em 2013.2, os quais com muito esforço e dedicação pesquisaram,
escreveram e apresentaram os artigos aqui presentes como trabalhos de conclusão da
disciplina de Tópicos Integradores.
O NPEL foi constituído com o objetivo de trazer aos alunos do curso de Logística da
Faculdade Joaquim Nabuco, unidade Paulista, oportunidade de desenvolvimento prático dos
conhecimentos aprendidos durante o curso, além de contribuir com os professores e alunos
na produção científica. O Núcleo foi inaugurado no dia 25 de outubro de 2013 e iniciou suas
atividades em 1 de novembro do mesmo ano.
Este livro foi estruturado em vinte capítulos, seguindo a ordem de apresentação dos
trabalhos durante o período de 9 a 13 de dezembro de 2013. Os artigos, depois de
apresentados, foram devolvidos aos alunos para a correção das considerações feitas pela
Banca de Avaliação, a qual foi composta pela professora da Disciplina, profa. Ameliara Freire,
o coordenador do Curso de Logística da Faculdade Joaquim Nabuco – Paulista Centro, o prof.
Ernandes Rodrigues e o orientador de cada equipe, quais podem ser consultados ao final do
trabalho.
Como o objetivo deste book é apresentar o resultado dos trabalhos no seu formato
original, não foram feitas nenhum tipo correção: gramatical, de formato, de uso das normas
da ABNT e da própria construção do artigo. Isto permitirá que os alunos e professores utilizem
o livro como um instrumento de ensino-aprendizagem para identificar os acertos e erros mais
comuns aos alunos do nível superior, sobretudo, os alunos dos cursos superiores de
tecnologia em gestão, os quais possuem um tempo menor para a construção de novos
conhecimentos. Outra vantagem é permitir que os futuros alunos do curso na Faculdade
possam ter acesso a tudo que já foi produzido, evitando repetição de pesquisas com os
mesmos resultados ou permitindo atualização das informações presentes nas pesquisas já
publicadas.
Também é objetivo do livro permitir a construção de conhecimento e a produção
científica, demanda emergente no Brasil, principalmente quando se observa o crescimento
nacional e a formação de uma população espírito pesquisador.
Por fim, vários professores poderão fazer sugestões de pesquisas futuras, tomando
como base a escassez de conteúdo acadêmico e científico em algumas áreas e as demandas
de mercado e os insights presentes neste livro.
Os alunos ao construírem suas pesquisas, assinaram um termo de compromisso com
a verdade e a ética, responsabilizando-se por tudo que expuseram em seus trabalhos. A
Faculdade e os membros participantes do NPEL não possuem qualquer responsabilidade
sobre o conteúdo escrito por seus autores. Os termos assinados e os documentos originais
encontram-se registrados na Coordenação do Curso.
Contudo, o livro não poderá ser comercializado, sendo distribuído gratuitamente
pelas redes sociais, aplicativos móveis e meios eletrônicos, além de estar disponível para
consulta na Biblioteca da Faculdade Joaquim Nabuco – unidade Paulista Centro.
Buscando evitar qualquer tipo de constrangimento, principalmente por haver artigos
com falhas as normas cultas e científicas, os nomes dos alunos-autores estão relacionados ao
final do livro, mas sem referência ao artigo científico. O mesmo acontece com os nomes dos
professores orientadores, os quais apenas instruíram os alunos sobre como pesquisar, como
escrever e como apresentar os resultados, ficando sob responsabilidade do aluno a produção
final do artigo.
Esperamos que a leitura deste livro contribua para a sua formação, identificando os
acertos e erros que por ventura você também venham desenvolvendo. E, caso deseje ajudar
a melhorar os artigos aqui presentes, entre em contato com o autor a partir do e-mail e faça
as suas sugestões.
Desejamos a você uma boa leitura.
Sumário
1.
TRANSPORTADORA RODOVIÁRIA DE CARGAS .................................................. ................ 7
2. BENEFÍCIOS DA AUTOMAÇÃO EM UMA EMPRESA DE OPERADORES LOGÍSTICOS NO SEGMENTO
DE TRANSPORTE DE PNEUS............................ ................................................... .................................... 18
3. ANÁLISE DAS RODOVIAS ESTADUAIS E FEDERAIS NO EST ADO DE PERNAMBUCO: Um Estudo de
caso sobre as Rodovias de Pernambuco. ............. ................................................... .............................. 33
4.
IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE GERENCIAMENTO ADMINISTRATIVO E PRODUTIVO ................. 45
5. MOBILIDADE DE VEÍCULOS NA OPERAÇÃO DE CARGA E DESCARGA DE PRODUTOS NO CENTRO
DE ABASTECIMENTO E LOGÍSTICA DE PERNAMBUCO (CEASA/PE). ............................................... ....... 57
6.
O ENDOMARKETING COMO FERRAMENTA DE GESTÃO E ESTRATÉGIA. ...................................... 71
7. ANÁLISE DE GESTÃO DE ESTOQUE: ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA DE PRODUTOS DE
LIMPEZA DE AUTARQUIA PRIVADA SITUADA NA REGIÃO METROPOLITANA DE PAULISTA ................. 84
8.
TRANSPORTES RODOVIÁRIOS DE CARGAS .............. ................................................... ................... 96
9.
EFICIÊNCIA NO PROCESSO DE COMPRAS EM PEQUENAS EMPRESAS ........................................ 107
10.
ANÁLISE DA EFICIÊNCIA DO TRANSPORTE TERCEIRIZADO DE CARGA RODOVIÁRIO EM UMA
EMPRESA DE EMBALAGEM SITUADA EM ABREU E LIMA ......................................................... .......... 118
11.
ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO.................... ................................................... ............... 131
12.
TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGA ESPECIAL INDIVISÍVEL: Pás De Geradores De Energia
Eólica 140
13.
O PAPEL DO LÍDER COACH NA LOGÍSTICA COMO VANTAGEM COMPETITIVA ....................... 158
14.
LOGÍSTICA REVERSA: A Reciclagem De Garrafas Pets E Suas Possibilidades Sustentáveis ..... 178
15.
Mobilidade Urbana: Transporte Público em Recife e RM (Região Metropolitana) ................ 194
16.
LOGÍSTICA REVERSA- LATAS DE ALUMÍNIO.......... ................................................... ................ 201
17.
A IMPORTÂNCIA DA TECNOLÓGICA DA INFORMAÇÃO NA ARMAZENAGEM DE MATERIAIS
PERMANENTE ........................................ ................................................... ........................................... 209
18.
PERDAS E DANOS DE CARGAS NO MODAL RODOVIÁRIO BRASILEIRO.................................... 222
19.
INFORMATIZAÇÃO: FATOR ESSENCIAL............... ................................................... .................. 237
20.
ANÁLISE DOS PROFISSIONAIS DA ÁREA DE LOGÍSTICA E A SATISFAÇÃO NO DESEMPENHO DE
SUAS ATIVIDADES. .................................. ................................................... .......................................... 246
1. TRANSPORTADORA RODOVIÁRIA DE CARGAS
RESUMO.
O modal rodoviário é ainda o principal meio de transporte, este é um fato que ocorre desde a
década de 50, com expansão das indústrias dos mais diversos seguimentos (Rodrigues, 2005, p
147). A importância desse tipo de transporte vem desde que o homem teve necessidade de
transportar seus bens, e se tornou mais forte com a criação das primeiras formas de organização
de transportes feitas pelo homem, chamadas “rodovias” (Paulo Roberto Ambrósio Rodrigues)
fazendo que o transporte (seja ele qual for) seja o principal componente da logística. Com
advento da Revolução industrial, e com o crescimento econômico houve a necessidade de
expandir suas mercadorias e diversificar essas trocas, aumentando assim a necessidade do
homem de construir e aperfeiçoar veículos de diferentes velocidades e capacidades de carga
para melhor atender suas necessidades. No decorrer desde analisar iremos citar sua importância
nos dias atuais, suas problemáticas como vantagens e desvantagens do transporte rodoviário.
Palavra Chave: Transporte, Logística, prazo de entrega e Distribuição.
ABSTRACT.
The road system is still the main means of transportation; this is a fact that has occurred since
the 50s, with the expansion of industries from various segments (Roberts, 2005, p 147). The
importance of this type of transport is since man had need to transport their goods , and became
stronger with the creation of the first forms of transport arrangements made by man , called "
highways " ( Paulo Roberto Rodriguez Ambrósio ) making the transportation ( whatever it is )
is the major component of logistics. With the advent of the Industrial Revolution, and economic
growth was necessary to expand and diversify their merchandise these exchanges, thereby
increasing the need for man to build and perfect vehicles of different speeds and load capacities
to better meet your needs. In the course since we will analyze cite its importance today, their
problems as advantages and disadvantages of road transport.
Keyword: Transport, Logistics, delivery and Distribution.
INTRODUÇÃO
Segundo Ballou (2001, p.29). Para logística acrescenta o conceito de ferramentas
utilizadas pelo departamento de marketing de uma empresa (produto, local, tempo e condições)
citando que a missão da logística é dispor a mercadoria ou o serviço certo, no lugar certo, no
tempo certo e nas condições desejadas ao mesmo tempo em que o fornece a maior contribuição
possível de valores ás empresas. Através desse trabalho vamos mostrar a importância do
transporte rodoviário, os benefícios que esse meio pode trazer as empresas e ao consumidor
[7]
final. Vendo também as possibilidades de integração entre as sociedades, que produzem bens
diferentes, permitindo a trocar e a expansão dos mercados. Conhecer as principais funções das
transportadoras, que facilitam o acesso a produtos que não estariam disponíveis. A matriz de
transporte do nosso país tem como foco o modal rodoviário e as grandes corporações que se
utilizam de operadores de transportes rodoviários para esvaziamento de todo tipo de cargas, é
uma relação entre cliente e fornecedor que não tem acessível no lugar onde moram os produtos
que necessitam e se os têm, os custos dificultam uma negociação em nível regional.
Segundo jornal Gazeta do povo apud portal Partner Consulting:
[...] O forte ritmo da economia nos últimos meses está provocando novos gargalos na
logística de transporte brasileira. Com a demanda aquecida por causa do consumo
interno as empresas já sentem dificuldade para escoar sua produção. Por falta de
caminhões, as transportadoras estão tendo que recusar clientes e o preço do frete já
subiu, em média, 12% [...]
PROBLEMÁTICA
Esta na falta de informação para os processos de rotina do transporte rodoviário, realizar
treinamento junto aos colaboradores, atender a necessidades do cliente dentro do prazo
acordado, entre eles um dos principais problemas dentro do transporte são extravios de
mercadorias, avarias de cargas, as péssimas condições de nossas estradas, a falta de informação
da transportadora com o fornecedor ou destinatário.
A possibilidade de avarias aumenta com a quantidade de movimentação, fragilidade da
mercadoria, o tempo de transito afeta diretamente no prazo da entrega. Assim o transporte
rodoviário deve buscar eficiência e qualidade. A maioria das transportadoras é gerenciada por
seus parentes em cargos de gerente regional mais que não tem nenhuma experiência em
transporte o que dificulta a implantação de tecnologia e processos mais eficientes o processos
para padronização de operação necessitam de investimento, treinamento e um período para
adaptação, ou seja, mão de obra qualificada consolidação e carregamento para fins de
transferência de cargas fracionadas.
Pesquisa feita com mais de 06 colaboradores de uma transportadora de cargas
fracionadas
JUSTIFICATIVA
[8]
Pretende-se mostra a importância do transporte rodoviário para observar os benefícios
que o transporte rodoviário oferecer para quem optar por esse sistema. Além de transporta as
cargas, hoje as transportadoras fazem não só o transporte da carga mais também a logística,
diante de todo fato e informações de modais e nossos conhecimento dentro dos modais
percebesse que o modal rodoviário é um dos mais utilizado no transporte de cargas, pois pela
velocidade de carregamento e o percurso em tempo hábil dependendo do local de destino pode
ser entregue até no mesmo dia. Para os demais modais exige uma series de situações, como
horário de embarques, tempo de carregamento, local de entrega de difícil acesso, capacidade de
modal não suporta a quantidade de cargas, além de várias documentações exigidas para os
embarques.
OBJETIVO
Objetivo Geral
Sugerir melhorias nos processos operacionais, no que tange ao fluxo de volumes dentro
de uma transportadora de grande porte. O objetivo demonstrar que o investimento em
treinamento, profissões atuando com experiência em seus setores, bons gestores, melhoria no
processo operacional, investimento em tecnologia, melhoria no nível de serviço e planejamento
para a conquista de novos clientes e permanecia deles sustenta o bom nível da transportadora
nessa grande concorrência de transportadora no mercado hoje.
METODOLOGIA
Apresente pesquisar envolve métodos qualitativos. Houve também a utilização de
estudo de caso de uma empresa do ramo de transporte rodoviário de cargas fracionadas no
intuito de demonstra os conceitos apresentados, Para esse estudo utilizamos métodos de
levantamento bibliográficos, o estudo iniciou-se com a pesquisar de dados que mostrassem a
importância, e os problemas do transporte rodoviário.
TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS
[9]
Transporte Rodoviário é aquele que se realiza em estradas de rodagem, com utilização
de veículos como caminhões e carretas. O transporte rodoviário pode ser em território nacional
ou internacional, inclusive utilizando estradas. Com base em dados da empresa brasileira de
planejamento de transporte – GEIPOT (1970-1995, apud Ferreira e Malliagros, 1999) tem-se
que no período 1950-1970, o setor de transporte rodoviário de mercadorias evoluiu de 49,6%
para 69,8% na participação de carga transportada. Atingindo a maior parcela de participação
em 1972 com 72,33% das mercadorias em tráfego interurbano.
A LOGÍSTICA
Para Pereira (2005 apud Freitas, 2003), a logística é a chave da prosperidade das
empresas, para ele o mercado atual exige uma maior eficiência por partes das empresas em suas
respectivas logísticas, para que assim elas busquem ultrapassar os limites locais. As logísticas
podem caracterizar como estratégia, pois o termo é de origem militar e significa a arte de
transportar, abastecer e alojar tropas. Com o passar do tempo, o significado foi se tornando mais
amplo, passando a abranger outras áreas como a gerência de estoques, armazenagem e
movimentação.
O transporte é uma das principais funções. Além de representar a maior parcela dos
custos logísticos na maioria das organizações, tem papel fundamental no desempenho de
diversas dimensões do serviço ao cliente. Do ponto de vista de custos, representa em média
cerca de 60% das despesas logísticas, o que em alguns casos pode significar duas vezes o lucro
de uma companhia (Fleury, 200). O transporte corresponde a cerca de 6% do PIB nacional
(lima, 2005 apud Wanke & Fleury, 2006).
Nova definição para conceito de logística
Logística é o processo de planejar, implementar e controlar com eficiência e a custos
mínimos, o fluxo e a estocagem de matérias-primas, matérias em processo produtos
acabados e informações relacionadas, do ponto de origem ate o ponto do consumidor,
com o objetivo de se assegurar aos requisitos (CLM apud SEVERO FILHO, 2006).
TRANSPORTE RODOVIÁRIO: SITUAÇÃO DO BRASIL
Segundo dados da Confederação Nacional de Transportes, 2008, “o transporte
rodoviário detém a maior participação na matriz do transporte de cargas no Brasil, com 61,1%
[ 10 ]
o que corresponde a 485,6 bilhões de TKU 2”. Dados estes que não elucidam a eficiência total
do modal rodoviário no Brasil, pois devido à falta de infraestrutura adequada, nem sempre é
utilizado o modal mais adequado ao tipo de carga transportado. Diante da falta de
disponibilidade de outros modais, o embarcador acaba utilizando o modal rodoviário, que
apesar dos baixos valores de frete praticados, não teria como competir com uma ferrovia ou
hidrovia, principalmente nas longas distâncias. Logo os custos logísticos do país poderiam ser
menores caso houvesse maior participação dos demais modais, isto é, maior equilíbrio entre os
modais de transporte. No entanto, pode se afirmar que o Brasil é um país extremamente
dependente do modal rodoviário. Mesmo com a possível tendência ao aumento da participação
dos outros modais. A infraestrutura rodoviária se apresenta intimamente relacionada com o
processo de exportação. “Esta infraestrutura representa o elo entre as áreas de produção e de
escoamento, além de se constituir no ponto fundamental para o tráfego dos bens de produção,
envolvidos no processo de fabricação de produtos”. NAZÁRIO et. AL (2000 apud OLIVEIRA;
SILVA, 2007).
Segundo Hara (2005, p. 40). No entanto, cerca de 30% de toda a extensão da malha
viária brasileira está muito danificada pela falta de manutenção e apenas 96 353 quilômetros
estão pavimentados. Além disso, parte relevante das ligações interurbanas no país, mesmo em
algumas regiões de grande demanda, ainda se dão por estradas de terra ou com estado de
conservação precário, especialmente nas regiões Norte e Nordeste do país, o que resulta em
prejuízos para o transporte de cargas bem como acidentes e mortes. (DNIT). Departamento de
infraestrutura de Transportes.
CARACTERÍSTICA DO TRANSPORTE RODOVIÁRIO
O transporte rodoviário é um dos mais simples e eficientes dentre seus pares. Sua única
exigência é existirem rodovia (Rodrigues, 2003, p. 51). s. Oficialmente o transporte rodoviário
são classificados por sua capacidade de carga, quantidade e distância entre eixos de acordo com
Rodrigues (2003). Porém para facilitar vamos classificá-los pelas finalidades a que se destinam.
Tipos de Veículos
[ 11 ]
O transporte de carga é exercido predominante com veículos rodoviários denominados
caminhões e carretas, sendo que ambos podem ter características especiais e tomarem outras
denominações’’ (Keedi, 2003 p 101).
De acordo com Rodrigues (2003), os veículos utilizados no transporte rodoviário são
classificados por sua capacidade de carga, quantidade e distância entre eixos.
Caminhão plataforma: Transporte de contêineres e cargas de grande volume ou peso
unitário;
Caminhão baú: Sua carroceria possui uma estrutura semelhante à dos contêineres, que
protegem das intempéries toda a carga transportada.
Caminhão caçamba: Transporte de cargas a granel, este veículo descarrega suas
mercadorias por gravidade, pela basculação da caçamba.
Caminhão aberto: Transporte de mercadorias não perecíveis e pequenos volumes. Em
caso de chuva são cobertos com lonas encerados.
Caminhão refrigerado: Transporte de gêneros perecíveis. Semelhante ao caminhão baú
possui mecanismos próprios para a refrigeração e manutenção da temperatura no
compartimento de carga.
Caminhão tanque: Sua carroceria é um reservatório dividido em tanques, destinado ao
transporte de derivados de petróleo e outros líquidos a granel.
Caminhão graneleiro ou silo: Possui carroceria adequada para transporte de granéis
sólidos. Descarregam por gravidade, através de portinholas que se abrem.
Caminhões especiais: Podem ser:
•
Rebaixados e reforçados: Para o transporte de carga pesada: (carreta heavy);
•
Possuir guindaste sobre a carroceria (munk);
•
Cegonhas, projetadas para o transporte de automóveis;
•
Semirreboques: Carrocerias, de diversos tipos e tamanhos, sem propulsão
própria, para acoplamento a caminhões-trator ou cavalo mecânico, formando os
conjuntos articulados, conhecidos como carretas.
[ 12 ]
Conforme Keedi (2003), suas capacidades de transporte dependem de sua força de
tração, tamanho, bem como quantidade de eixos. O peso do veículo em si é denominado de tara
enquanto sua capacidade de carga é a sua lotação, no inglês payload, sendo que somados
representam o peso bruto total do veículo.
Vantagens e Desvantagens do Transporte Rodoviário quadro 1
Vantagens
Desvantagens
Maior disponibilidade de vias de acesso
Maior custo operacional e menor capacidade
de carga
Possibilita o serviço porta a porta
Nas
épocas
de
festas,
provoca
congestionamento nas estradas
Embarques e partidas mais rápidos
Desgasta prematuramente a infra-estrutura da
malha rodoviária
Favorece os embarques de pequenos lotes
Facilidade de substituir o veiculo em caso de
quebra ou acidente
Maior rapidez de entrega
Quadro 1: vantagens e desvantagens decorrentes da utilização do modal rodoviário para
transportes de cargas
Fonte: Paulo Ambrósio Rodrigues (2011, p.54)
Órgão Regulador
Cabe à ANTT (Agencia Nacional de Transportes Terrestres), atribuição especifica e
pertinentes ao transporte rodoviário de cargas, promover estudos e levantamentos relativos à
frota de caminhões, empresas constituídas e operadores autônomos, bem como organizar e
manter um registro nacional de transportadores rodoviários de carga (RNTRC).
[ 13 ]
Atribuições Gerais da ANTT
Promover pesquisas e estudos específicos de tráfego e de demanda de serviços de
transporte.
Promover estudos aplicados às definições de tarifas, preços e fretes, em confronto com
os custos e os benefícios econômicos transferidos aos usuários pelos investimentos realizados.
Propor ao Ministério dos Transportes os planos de outorgas, instruídos por estudos
específicos de viabilidade técnica e econômica, para exploração da infraestrutura e a prestação
de serviços de transporte terrestre.
Elaborar e editar normas e regulamentos relativos à exploração de vias e terminais,
garantindo isonomia no seu acesso e uso, bem como à prestação de serviços de transporte,
mantendo os itinerários outorgados e fomentando a competição.
Fiscalizar a prestação dos serviços e a manutenção dos bens arrendados, cumprindo e
fazendo cumprir as cláusulas e condições avençadas nas outorgas e aplicando penalidades pelo
seu descumprimento.
Representar o Brasil junto aos organismos internacionais e em convenções, acordos e
tratados na sua área de competência, observados as diretrizes do Ministro de Estado dos
Transportes e as atribuições específicas dos demais órgãos federais;
PROBLEMATIZAÇÃO
Custos Operacionais
A noção de custos de operacionais faz referência ao dinheiro que desembolsa uma
empresa ou organização para o desenvolvimento das suas atividades. Os custos operacionais
correspondem aos salários do pessoal, ao arrendamento, à compra de provisões, entre outros.
Por outras palavras, os custos operacionais são as despesas destinadas a manter um ativo na sua
condição existente ou a modificá-lo para que volte a estar em condições apropriadas de trabalho.
Custo fixo é “gasto que se opera sempre dentro das mesmas medidas, independentemente do
volume da produção”.
[ 14 ]
O custo do transporte, segundo Bowersox (2001 apud Pires, 2003), é o pagamento pela
movimentação entre dois pontos geográficos e as despesas relacionadas com o gerenciamento
e a manutenção de estoque em transito. O mesmo autor salienta que os sistemas logísticos
devem ser para utilizar o tipo de transporte que minimize o custo total do sistema.
Perdas e Avarias
De acordo com a pesquisa realizada por gestores de uma transportadora de cargas, um
dos maiores fluxo de perdas e avarias dentro da transportadora e falta de treinamento junto aos
funcionários de como manusear uma carga, forma de arrumação, carregamento da carga correta
dentro do veículo capacidade de peso que suporta a carga, boa arrumação, as estradas que não
dão condições de viajar.
“Um transportador comum tem a responsabilidade de movimentar o frete com
expedição razoável e sem perdas ou danos. O conhecimento de embarque define
especificamente os limites da responsabilidade do transportador. As perdas devido ao atraso ou
às falhas não-razoáveis em satisfazer as garantias programadas são recuperadas na extensão da
perda de valor como um resultado direto do atraso”.
Prazo de entrega
E o cumprimento de um acordo pré-estabelecido entre fornecedor e consumidor,
estipulando data da entrega e horários. O não cumprimento desse acordo pode trazer prejuízos
para ambos, o consumidor sem seu material e o fornecedor com estoque cheio. Uma melhor
adequação do veículo para cada produto, uma vistoria nos produtos, para saber a qualidade dos
produtos antes de chegar ao consumidor, a boa arrumação da carga no veículo, um
investimentos junto aos colaboradores de prevenção de perdas no momento do carregamento
ou descarregamento.
Possíveis Soluções
Soluções que poderiam neutralizar ou minimizar esses problemas em relação aos:
[ 15 ]
Custos Operacionais
Em nossa opinião reduzir custos desnecessários, utilizar tecnologia avançada para
organizar produtos, para que a empresa saiba o que tem, e o que precisa assim ira eliminando
custo desnecessários com produtos, dividindo o custo do transporte de outros gastos.
Prazo de entrega
O cumprimento desde item traz mais credibilidade para a empresa, fazendo que sua
marca cresça no mercado, trazendo confiança do consumidor ao ligar o produto a
transportadora, hoje a utilização de índices em transporte está sendo muito utilizado dando
como meta principal o DPE (data prevista de entrega).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho buscou evidenciar as principais características do modal rodoviário
com o objetivo de mostra sua importância para logística em nosso dia-a-dia. Foram feitas
algumas revisões literárias baseadas na logística especificamente voltada para o transporte de
cargas fracionadas no modal rodoviário e a prestação deste serviço, considerado foco central
desta pesquisa. Foram feitos diversos levantamentos e pesquisas, para observar os métodos
utilizados pela empresa e o impacto que provocam clico como um todo.
Os impactos encontrados é a falta de informação, a falta de planejamento, falta de estrutura
do galpão, falta de equipamentos para toda a operação, falta de treinamento e integração entre
os colaboradores. Os dados obtidos que depois de realizar treinamento operacional,
instrumentos de trabalho de acordo com a necessidade da operação, investimento em tecnologia
como site de acompanhamento e rastreamento da mercadoria, treinamento com redução de
perdas e risco de cargas.
REFERÊNCIAS
[ 16 ]
ANTT. Agencia Nacional de Transporte Terrestre. Disponível em: <htpp:
//www.antt.gov.br>. Acesso em: 17 dez. 2013.
BALLOU. Logística. In: BALLOU, Ronald H. (Ed.). Gerenciamento da Cadeia de
Suplimentos. Porto Alegre: Atlas, 2001. p. 29.
CONSULTING, Partner. Sobra Produção e Falta Transporte. [mensagem pessoal]
Mensagem recebida por: <Jornal Gazeta>. em: 17 dez. 2013.
HARA. Logística. In: HARA, Celso Minoru. Livro. São Paulo: Alínea, 2005. p. 40.
INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO NA TRANSFERÊNCIA DE
PRODUTOS. Bahia Ba:
Http://www.revistas.unifacs.br/index.php/sepa/article/viewarticle/, 2007.
KEENDI, Samir. Transporte, Unitização e seguro internacionais. 2003. Disponível em:
<[email protected]>. Acesso em: 14 dez. 2013.
MELLIAGROS, Ferreira e. Evolução do setor de infra-estrtura no Brasil. [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por: <epge.fgv.br/portal/pesquisa/producao>. em: 10 dez. 2013.
RODRIGUES, Paulo Roberto Ambrósio. Sistema de Transporte no Brasil. 2011.
Disponível em: <[email protected]>. Acesso em: 17 dez. 2013.
RODRIGUES, Paulo Roberto Ambrósio. Sistema de Transporte no Brasil. 2005.
Disponível em: <[email protected]>. Acesso em: 16 dez. 2013.
RODRIGUES, Paulo Roberto Ambrósio. Sistema de Transporte no Brasil. 2003.
Disponível em: <[email protected]>. Acesso em: 16 dez. 2013.
SEVERO FILHO, Profº João. Nosso portal de logística, jun, 2006. Disponível em:
<http://www.portaldelogistica.adm.br/>. Acesso em: 14 dez. 2013.
[ 17 ]
2. BENEFÍCIOS DA AUTOMAÇÃO EM UMA EMPRESA DE
OPERADORES LOGÍSTICOS NO SEGMENTO DE TRANSPORTE DE
PNEUS.
RESUMO.
O atual cenário, no qual o mercado de operadores logísticos está inserido, e as necessidades de
manter-se competitivos estão levando as empresas a adotarem práticas que auxiliem o
desenvolvimento das suas atividades, buscando com isso vantagem competitiva. Mediante a
estes fatores, a automação logística será uma alternativa para se otimizar o tempo gasto com o
carregamento e descarregamento, como também diminuir os custos agregados devido a
encargos com mão de obra, que por sua vez será reduzido com a ação de automatizar o setor de
carga e descarga de uma empresa de operadores logísticos especializadas no transporte de
pneus. Para que esse objetivo seja alcançado com êxito, a automação de processos tem que ser
realizada de maneira criteriosa e eficaz. Com a disseminação da tecnologia da informação nas
operações logísticas houve maior facilidade nos processos e a confiabilidade para desenvolver
meios que favoreçam as operações e agreguem valor a elas. O presente trabalho buscou trazer
temas ligados a automação e assuntos agrupados que colaborem com o entendimento da
abordagem de conceitos, definições da logística, como também operadores logísticos e suas
variações além de abordar a locomoção de pneus. Para apurar os dados foi realizado um estudo
de caso com base na observação do setor de carga e descarga numa empresa de operadores
logísticos no segmento de transporte de pneus localizada em Jaboatão Dos Guararapes –
Pernambuco.
Palavras-chave: Logística, Automação, Operador Logístico.
ABSTRACT:
The current scenario in which the market for logistics operators are inserted, and needs to
remain competitive are driving companies to adopt practices that help the development of their
activities, seeking competitive advantage with it. Through these factors , logistics automation
will be an alternative to optimize the time spent loading and unloading , as well as reduce the
aggregate costs due to charges for labor , which in turn will be reduced with the action to
automate the sector loading and unloading of a company specialized in transport logistics
operators tires . For this objective to be achieved successfully, process automation has to be
done judiciously and effectively. With the spread of information technology in logistics
operations was greater ease and reliability in processes to develop means for supporting
operations and add value to them. The present study sought to bring topics related to
automation and grouped subjects to collaborate with the understanding of the concepts
approach, definitions of logistics , as well as logistics operators and its variants in addition to
addressing the mobility tires. To determine the data a case study was conducted based on the
observation of the loading and unloading sector a company logistics operators in the transport
segment of tires located in Jaboatão Dos Guararapes - Pernambuco.
Keywords: Logistics, Automation, Logistics Operator.
[ 18 ]
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Para que as atividades de carga e descarga sejam executadas com a eficiência esperada,
a tecnologia tem um papel indispensável, pois se processada corretamente no que remete às
reais necessidades do processo envolvido, refletindo assim na qualidade das atividades
desenvolvidas, influenciadas pela certeza das decisões tomadas, como afirma Nogueira (2009),
“a informação com rapidez e precisão é crucial para o bom desempenho dos processos
logísticos, sendo que a mesma deve ser a base sólida, onde os gestores analisam e estruturam
suas decisões.”
Desta forma, sabe-se que é a partir da visão sistêmica fornecida pela informação que
são desenvolvidas ferramentas para aperfeiçoar o tempo gasto de modo a otimizar as realizações
das atividades desempenhadas.
Elaborar um planejamento onde possa executar as operações com o menor custo
financeiro, e com melhor forma de utilizar o tempo, é um dos papéis primordiais da logística, a
agilidade nos processos logísticos está se tornando cada vez mais importante, como observam
Bowersox e Closs (2008, p. 49) ao dizer que:
Em termos de projeto e gerenciamento de sistemas logísticos cada empresa deve atingir
simultaneamente pelo menos seis objetivos operacionais diferentes, os quais são determinantes
básicos do desempenho logístico, incluem: resposta rápida, variância mínima, estoque mínimo,
consolidação de movimentação, qualidade e apoio ao ciclo de vida.
Mediante estas necessidades as empresas estão em busca de processos automatizados
que acelerem o seu trabalho de escoamento de mercadorias utilizando estratégias as quais
possam agregar valores de tempo às operações desenvolvidas, como também afirmam
Bowersox e Closs (2008, p. 50) que, “a consolidação da movimentação abrange a adoção de
programas inovadores que possibilitem o agrupamento de cargas pequenas e consequentemente
uma movimentação consolidada.”
Adequar-se a padrões também é uma das vantagens da automação, pois métodos podem
ser adotados para unificar o modo o qual se desenvolvem as operações que por sua vez serão
realizadas de maneira mais qualitativa como afirma a Confederação Nacional de Transporte na
revista techoje onde se encontrou o texto:
[ 19 ]
a implantação de ferramentas de automação é vital para manter o padrão de qualidade
dos serviços prestados pelo setor. A eficiência dos sistemas logísticos depende da
tecnologia da informação, e é por meio de atividades automatizadas que a
programação e a execução do fluxo de mercadorias e as informações na cadeia de
suprimentos podem ocorrer de forma rápida e confiável, gerando reflexos positivos
diretos na rentabilidade. As empresas acabam por otimizar o uso de seus recursos, já
que a automação direciona a um processo de racionalização em busca de eficiência.
(AUTOMAÇÃO E LOGÍSTICA, 2013) .
Partindo desses pressupostos, quais os benefícios que a automação pode trazer a uma
empresa no mercado de operadores logísticos no segmento de transporte de pneus?
Este artigo buscou apresentar os benefícios da automação em uma empresa de
operadores logísticos no segmento do transporte de pneus. A partir dos conceitos e definições
que caracterizam as peculiaridades da automação, dos componentes que a integra com o sistema
dos operadores logísticos, a identificação dos custos associados à sua implantação no processo,
os fatores que levaram à sua utilização e as dificuldades encontradas na sua implantação. Sendo
estes tópicos de suporte para se chegar as análises dos resultados.
A partir de uma pesquisa de caráter qualitativo descritivo, baseando-se no método de
estudo de caso, houve a observação no setor de carga e descarga de uma empresa no segmento
de transporte de pneus. Pesquisa essa que facilitou para a verificação de questões que dizem
respeito à análise dos impactos provocados pela implantação da automação nas atividades
logísticas, referentes à cultura e aos critérios de desempenho, além de identificar a sua
amplitude de uso.
OPERADOR LOGÍSTICO
Logística: uma construção histórica
Desde o seu surgimento o conceito da logística vem se adequando as atuais necessidades
mediante o cenário por ela ocupado. De acordo com o Council of Logistics Management (Neto;
Júnior 2002, p. 40),
logística é a parte do Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento que planeja,
implementa e controla o fluxo e armazenamento eficiente e econômico de matériasprimas, materiais semi-acabados e produtos acabados, bem como as informações a
eles relativas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de
atender às exigências dos clientes.
Ballou (2006, p. 27) argumenta que a novidade no conceito de logística deriva do
conceito da gestão coordenada de atividades inter-relacionadas e do conceito de que a logística
[ 20 ]
agrega valor a produtos e serviços essenciais para a satisfação do consumidor e o aumento das
vendas. Entretanto, essa definição pressupõe que a logística faz parte do processo de
Gerenciamento da Cadeia de Suprimento, pois como diz o autor, a
logística trata de todas as atividades de movimentação e armazenagem, que facilitam
o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da matéria-prima até ao ponto de
consumo final, assim como dos fluxos de informação que colocam os produtos em
movimento, com o propósito de providenciar níveis de serviço adequados aos clientes
a um custo razoável." (BALLOU, 2006, p. 27)
Bowersox (1996, p. 34) esclarece que a logística valoriza sua enfática colaboração na
cadeia de suprimento no que remete a matérias primas e produtos acabados, compreendendo
tanto sua movimentação interna quanto sua chegada ao cliente final. As operações logísticas
começam com o carregamento inicial de materiais ou componentes de um fornecedor e
terminam quando um produto processado é entregue ao consumidor final.
Deste modo, os conceitos abordados no que remete à logística afirma que sua utilização
dentro dos processos das organizações é de fato determinante para que o fluxo tanto das
matérias primas quanto dos produtos acabados aconteça de forma mais adequada, no mínimo
possível de tempo e com o melhor nível de serviço.
Definições de Operadores Logísticos
A especialidade do operador que está apto a executar as atividades logísticas de quem
os contrata torna-se um enorme diferencial devido a adição no valor que se acopla ao produto
e ou serviço, conforme diz Cardoso,
Operador Logístico é o fornecedor de serviços logísticos, especializado em gerenciar e
executar toda ou parte das atividades logísticas nas várias fases da cadeia de abastecimento de
seus clientes, agregando valor aos produtos dos mesmos, e que tenha competência para, no
mínimo, prestar simultaneamente serviços nas três atividades básicas de controle de estoques,
armazenagem e gestão de transportes”. (CARDOSO, 2013).
Para Gardner (1994, p. 954) os anos 80 foram determinantes para a utilização dos seus
serviços, pois foi nesta época em que atividades logísticas foram contratadas de maneira
independente como se pode observar nesta outra definição que,
as denominações provedores de serviços logísticos terceirizados foram mais utilizadas
até o início da década de 80, para representar a subcontratação de elementos do
[ 21 ]
processo logístico por período determinado, sem envolver atividades de
gerenciamento, análise e projeto. Após uma pesquisa na literatura, fica posto que estas
denominações estejam relacionadas com as práticas de empresas que efetuam as
aquisições de serviços logísticos através de contratos, que estabelecem obrigações e
responsabilidades por ambas as partes. No entanto, os prestadores de serviços
logísticos continuam sendo entidades externas à organização. (GARDNER, 1994, p.
954).
Fernanda (2006, p.33) diz que a Associação Brasileira de Movimentação e Logística
descreve a denominação de operadores logísticos e em que se enquadram suas atividades,
contribuindo para a utilização do termo de maneira adequada:
A Associação Brasileira de Movimentação e Logística (ABML) em publicação feita em
fevereiro de 1999 na revista tecnologística, com a intenção de definir corretamente a
importância do operador logístico de forma a evitar o uso de forma a evitar o uso indevido do
termo, descreve operado logístico como: fornecedor de serviços logísticos, especializados em
gerenciar todas as atividades logísticas ou partes dela, nas várias fases da cadeia de
abastecimento de seus clientes, agregando valor ao produto dos mesmos, e que tenha
competência para, no mínimo, prestar simultaneamente serviços nas três atividades
consideradas básicas: controle de estoques, armazenagem e gestão de transportes.
(FERNANDA,2006, p. 33)
Logweb e Pastorello (2013) compartilham da idéia que, a globalização pode trazer
vantagens ao mercado dos operadores logísticos, pois diante das dificuldades encontradas no
que remete a cultura e geografia, o trabalho por eles realizado facilita para o cliente que a
contrata pelo fato de desprender-se de detalhes que poderiam trazer-lhes futuros transtornos.
Os operadores logísticos internacionais possuem vantagens neste cenário, pois a
presença global auxilia nas operações internacionais. O fator estratégico, é o de maior força
neste novo cenário, pois o OL pode ajudar a direcionar os negócios do cliente em função das
dificuldades e diferenças geográficas e culturais. (LOGWEB; PASTORELLO, 2013)
Uma classificação de operadores logísticos bastante conhecidos é a “Third Party
Logistics Provider” ou 3PL em sua forma abreviada. Enquadra-se em algumas atividades que
compreendem a gestão da cadeia de suprimentos de quem os contrata que. Terceirizar este tipo
de serviço pode ser uma estratégia para alcançar aumento de produtividade ou simplesmente
dispor de um maior tempo para dedicar-se a áreas idealizadas como complementa,
3PL é uma abreviatura de “Third Party Logistics Provider”, que poderia ser traduzido
como “Fornecedor de Logística Terceirizada”. Refere-se a empresas que fornecem serviços de
[ 22 ]
terceirização das atividades de logística ou gestão da cadeia de suprimento. Normalmente os
3PLs integram atividades de armazenagem e transporte, que podem ser customizadas para as
características de cada cliente. Entre as atividades que podem ser realizadas pelas 3PLs estão:
Embalagem, armazenagem, transporte e distribuição, rastreamento de cargas e materiais, crossdocking ou uma combinação das atividades acima, podendo inclusive gerenciar toda a cadeia
de suprimento de seu cliente. Os objetivos de se contratar uma 3PL variam: redução de custos,
permitir que a empresa se concentre no seu core business, aumento de eficiência e
produtividade, expansão para novos mercados, etc. (PAIVA, 2013).
Com base nos esclarecimentos das definições acima se entende que um operador
logístico procede de forma a agregar valor às operações por eles desempenhadas, pois
relacionam-se com a empresa de modo a facilitar seus processos contribuindo para o seu
diferencial no mercado.
AUTOMAÇÃO
Segundo citações a automação é uma importante técnica que se desenvolvida de maneira
correta torna atividade desempenhada mais eficiente, melhorando os processos, otimizando o
tempo e o custo gastos nestas operações, refletindo assim em sua competitividade.
Para Black (1998. p.238), automatizar é adequar-se a um sistema que administra as
informações e automatiza o processo em produtos e ou serviços, principalmente por que este
autor define automação como:
técnica de tornar um processo ou sistema automático e refere-se tanto a serviços
executados como a produtos fabricados automaticamente e às tarefas de intercâmbio
de informações, isto porque melhorias na eficiência dos processos terão um forte
impacto nos lucros quando o sistema esta na pico de eficiência (BLACK, 1998,
p.238).
Luz e Kuiawinski da (2006, p. 3-4) afirmam que a maneira como a automação agregou
valor às atividades e enfatiza as invenções que auxiliaram significativamente os processos
dentro das organizações, principalmente porque,
desde 1945, muitas das novas invenções e desenvolvimentos têm contribuído
significativamente para a tecnologia da automação. Del Harder cunhou a palavra
automação por volta de 1946, em referência a alguns dispositivos automáticos que a
Ford Motor Company havia desenvolvido para suas linhas de produção (GROOVER,
2001 apud Luz e Kuiawinski 2006). A partir do desenvolvimento da microeletrônica
nos anos 50 e da ascensão da informática, foi possível que os processos de
mecanização desenvolvidos pudessem receber novos agregadores para o
[ 23 ]
melhoramento dos processos de fabricação, introduzindo assim que os processos ditos
mecanizados tornam-se a partir destas novas tecnologias descobertas como processos
com automação.
Pinheiro (2010) afirma que a necessidade da automação como uma solução viável para
melhoramentos das atividades logísticas enfatizando os benefícios trazidos por sua
implantação, contudo é importante saber lidar com as necessárias mudanças, isto por que,
é evidente que a automação nos oferece várias oportunidades de melhoria dos processos
logísticos, porém é imprescindível que seja realizada uma adequada análise de viabilidade, pois
esta automação pode custar mais caro que seus benefícios e temos que nos assegurar que a
solução possa ser eficaz e não somente eficiente. Sendo assim, para que tenhamos sucesso na
implantação de projetos de automação logística são imprescindíveis algumas habilidades, tais
como: saber administrar o conhecimento, saber conviver com mudanças buscar mais
competência e por fim conectar-se com a nova era. (PINHEIRO, 2010).
Existem, contudo, algumas dificuldades na aceitação da automação como processo de
redução de mão de obra, acarretando impactos sociais devido à eliminação das atividades
primárias as quais são desenvolvidas por mão de obra humana e com a automação a tendência
é sua substituição pela utilização de máquinas. Por outro lado, há contrariedades no que diz a
aceitação da automação, pois como diz Lucena Junior (2007) dentro do âmbito social, tornase visível que a maior dificuldade a nível ético-social para a automação é a eliminação de
atividades primárias. Estas atividades, a princípio são executas por mão-de-obra humana, e
tendem a ser substituídas por máquinas, realidade esta que tem sido cada vez mais enfrentada
e com um grande valor social, visto pelo ângulo dos países em desenvolvimento. Nestes países
ao contrário dos modelos dos países desenvolvidos, ainda possuem atividades sustentadas única
e exclusivamente pela falta “opcional” de automação (CARVALHO, 2003 apud Lucena Júnior
2007). Dada esta realidade, enfrenta-se no Brasil um grande desafio no que diz respeito aos
impactos sociais gerados pela automação, visto que não se possui uma política de tratamento
do problema adequada, tratando o mesmo com métodos paliativos sem atuação na “fonte
educacional” (SOUZA, 2000 apud Lucena Junior, 2007) onde se encontra a raiz desta falta de
desenvolvimento, acarretando desinteresse das autoridades governamentais pela automatização
de atividades profissionais. Dentro do âmbito ambiental, no que diz respeito a automação, tornase cada vez mais visível o inter-relacionamento entre esses tópicos, dado a maior consciência
em responsabilidade social (AZEVEDO, 2004 apud Lucena Junior 2007) em relação ao meio
ambiente, desde a sua utilização para fins tecnológicos mais banais, quanto os mais essenciais
[ 24 ]
ao homem, como a geração de energia elétrica. No contexto apresentado, dentro do tema
automação, a correlação com meio ambiente é interessante para ambas as partes, regulamentada
na atual ISO 14.001, que estipula uma normalização ambiental, além de um conselho específico
que atendesse ambas as partes (INATOMI, 2000 apud Lucena júnior 2007) viabilizando normas
de segurança mais precisas para a automação em termos de industrialização, que é uma
realidade iminente no Brasil e em termos ambientais, dado que existem órgãos de cunho
legislativo e pouco ostensivos, no que diz respeito às atividades voltadas para automação,
indústria, processos e etc.
Os conceitos nos mostram que a automação é uma importante ferramenta utilizada na
administração das informações, na qualidade dos produtos além de agregar valor de tempo no
carregamento e descarregamento dos produtos e baratear os custos com mão de obra, além de
outras particularidades que são de sua propriedade.
MOVIMENTAÇÃO DE PNEUS
Abordar alguns conceitos básicos no que remete a locomoção de pneus é também
levantar termos e definições que norteiam o significado do transporte, buscando assim colaborar
com o entendimento desta pesquisa.
Transporte
Rodrigues (2004 P.17) relata que no inicio da civilização todos os pesos eram
transportados pelo homem, no qual apresentavam limitações que os impediam de ter agilidade
e eficiência. Após o inicio do escambo, que nada mais é que a troca de mercadorias, notou-se
que,
Ao longo do tempo, em decorrência de maiores dificuldades na negociação das trocas,
inúmeros materiais então disponíveis, foram utilizados como referencial de Valor (dinheiro),
gerando crescentes demandas por transporte e impondo ao Homem que aprendesse a construir
e aperfeiçoar veículos de diferentes velocidades e capacidades de carga (RODRIGUES, 2004,
p. 17).
Segundo Furtado (2007) Após o inicio da agricultura, notou-se a necessidade de se criar
meios de transporte mais eficiente. Diante das dificuldades o homem criou a roda e começou a
[ 25 ]
construir carroças puxadas por animais, dessa forma conseguiu alavancar a sua capacidade de
carga, e conclui dizendo que,
A invenção da roda foi uma verdadeira revolução na história do progresso tecnológico,
permitindo a transformação do movimento circular em movimento retilíneo, ocorreu por volta
de 3500 a.C., e pode ser creditada à necessidade de vencer os obstáculos ao deslocamento nas
regiões com predominância de solo rochoso e vegetação fechada. Diante do problema, o homem
passou a observar situações em que o deslocamento se fazia mais difícil quando, porventura
havia a presença de um objeto roliço ou mesmo pedras de superfície mais arredondada.
Portanto, percebe-se, que desde o inicio da civilização sempre esteve presente à
necessidade de transportar mercadorias de maneira ágil e eficaz. Porém, nota-se a necessidade
de progredir para alcançar novos mercados. A invenção da roda foi um marco para esta
projeção.
Modais de transporte
Atualmente na logística, é fácil de notar a necessidade de um sistema de transporte
eficiente, que venha a agregar valor ao produto e reduzir os custos relacionados ao processo
logístico, dessa forma (Bowersox; Closs, 2007, p. 40), afirmar que:
No ponto de vista do sistema logístico, são necessários três fatores pra o desempenho
do transporte que são eles: custo, velocidade consistência. Sendo assim está especificado que o
custo do transporte deve ser analisado de forma particular pelos administradores.
(BOWERSOX; CLOSS, 2007, p. 40)
Fiesp (2013) afirma que os cinco tipos de modais de transportes básicos são o
rodoviário, o ferroviário, o aquaviário, o dutoviário e o aéreo. A Importância relativa de cada
tipo pode ser medida pela distância coberta pelo sistema, pelo volume de tráfego, pela receita e
pela natureza da composição do tráfego. O tipo de transporte que se escolhe é, portanto um
diferencial que refletirá nos custos financeiros e de tempo para o setor logístico, cabendo à
abordagem:
Os transportes de cargas possuem cinco tipos de modais, cada um com custos e
características operacionais próprias, que os tornam mais adequados para certos tipos de
operações e produtos. Todas as modalidades têm suas vantagens e desvantagens. Escolha a
[ 26 ]
melhor opção, analisando os custos, características de serviços, rotas possíveis, capacidade de
transporte, versatilidade, segurança e rapidez (FIESP, 2013).
Logo, uma análise prévia das operações, ou seja, um planejamento que considere as
necessidades da organização pode trazer conseqüências quanto à utilização destes modais, pois
cada um tem suas peculiaridades e no que remete a locomoção de cargas de pneus os critérios
utilizados são os mesmos, pois tem que ser levado em consideração a real necessidade da
operação e suas variáveis.
ANÁLISE CIRCUNSTANCIAIS DA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA E DESCARGA
NA EMPRESA.
O objeto de estudo foi à área de carga e descarga da empresa do setor de operadores
logísticos, em questão, localizada na cidade de Jaboatão dos Guararapes – Pernambuco, que se
encontra com deficiência no setor de carga e descarga. O elevado tempo gasto nas operações e
os altos custos com mão de obra despertou, com a observação, a necessidade de automatizar as
operações. A empresa possui nesta unidade uma equipe de 40 colaboradores, diretamente
ligados a movimentação de mercadorias.
A organização foi observada durante o período de 3 meses, onde se encontrou a
necessidade de otimizar o setor visando quebrar paradigmas, os quais estão ultrapassados para
o atual cenário de operadores logísticos, e adotar novas práticas que agreguem valor as
atividades, mediante a necessidade de tornar a empresa mais competitiva no mercado.
Conforme complementa, EAN Brasil (2013)” Altamiro Borges Jr., da ASLOG, destaca as
ferramentas de automação de processos ligadas à gestão da armazenagem, de transportes,
pedidos, estoque, atendimento e satisfação dos clientes nos serviços prestados, entre as mais
importantes do setor”, e retifica a importância da ferramenta de automação para outros setores,
assim:
A automação dos sistemas logísticos contribui de forma importante para as cadeias de
suprimentos, uma vez que o fluxo eficiente e contínuo das informações é imprescindível para a
eficácia das 7 inter-relações nos elos. Entretanto, penso que a tecnologia não deve tornar-se um
fim em si mesma, e não pode ser entendida pelas organizações apenas como ferramenta de
aplicação, mas fundamentalmente como processo a ser desenvolvido.
[ 27 ]
Assim sendo, o intuito deste artigo é automatizar o setor de carga e descarga de uma
empresa do ramo de operadores logístico especializada no transporte de pneus. Com a
ferramenta da automação aplicada à gestão de processos é notável o quanto os mesmos se
tornam mais eficientes e eficazes, com isso é ressaltada a necessidade de uso da ferramenta
também no processo logístico. O fato motivador para escolha da automação no processo
logístico foi à facilidade que a ferramenta poderá trazer a empresa, bem como, a redução nos
custos aplicados a mão de obra utilizada. Tendo em vista todo o conteúdo absorvido durante o
decorrer do curso de Logística, no qual estamos cursando, nos sentimos incomodados com a
ineficiência no processo de carga e descarga da empresa citada Brasil e Borges (2013), diz que
a economia de tempo nas operações está diretamente ligada à satisfação das necessidades do
consumidor: “Estamos na era do tempo escasso, da velocidade no atendimento, e o consumidor
ou cliente final não quer esperar muito. A logística transfere velocidade às empresas”.
A empresa observada possui uma estrutura adequada ao desenvolvimento das atividades
logísticas, contudo, não há um planejamento de aproveitamento do maquinário que eles
possuem para o setor de carga e descarga, deste modo às mercadorias que chegam ao depósito
são descarregadas manualmente em racks específicos para alocar pneus, para então serem
armazenadas e posteriormente estocadas. Para o carregamento das carretas que também é
realizado manualmente, através da atividade de movimentação interna a carga é movimentada
para onde será embarcada de acordo com a necessidade do pedido, chegando a plataforma de
embarque, monta-se outro rack e os pneus são organizados da mesma maneira agora dentro da
carreta para então poder ser transportadas a seu destino, que pode por sua vez ser um cliente
atacadista ou varejista, quando a carga é destinada a exportação segue-se os padrões exigidos e
o destino será o modal mais adequado de acordo com a necessidade de custo ou de tempo já pré
estabelecidos.
DISCUSSÕES E RESULTADOS
Utilizando-se de observações por parte dos pesquisadores foram levantadas questões de
maior relevância ao processo logístico de carga e descarga da empresa em questão. Após a
coleta das informações que se deu através de observações, adquiriram-se dados pertinentes os
quais colaboraram de maneira significativa as questões ligadas aos problemas da pesquisa, que
identificou a deficiência no setor de carga e descarga que afeta na qualidade dos serviços
[ 28 ]
oferecidos pela empresa de operadores logísticos em questão os quais englobam altos custos
com mão de obra e tempo elevado para carregamento e descarregamento dos pneus. Esta
situação repercute nas expectativas do mercado de operadores logísticos, pois o tempo de
resposta dos clientes se eleva e os custos podem refletir na competitividade da empresa diante
seus concorrentes. Portanto, Pedro Moreira da empresa ABML complementa:
A dinâmica da globalização nos remete a uma contínua reflexão sobre a concorrência
baseada no tempo, a necessidade de redução dos ciclos operacionais e a descoberta de meios e
iniciativas que melhorem a relação entre o tempo consumido em atividades que adicionam valor, e aquele com as atividades que adicionam custos. A logística é tão importante, que pode
ser uma espécie de diferencial entre bons e maus resultados de uma organização.
(AUTOMAÇÃO E LOGÍSTICA, 2013)
Automatizar as operações logísticas é progredir para o processo decisório das
organizações, pois ela, pois em ela enquadra-se em diversificados setores, integrando-os
agregando positivos aspectos a organização como um todo, acerca desse tema publicou em seu
artigo Luz; Kuiawinski e referenciou Coriat (1989), o termo automação é expandido a novos
campos de aplicação, tais como tarefas de escritório para a gestão da contabilidade, dos
estoques, do pessoal e das contas permitindo no que se refere às fábricas, um salto,
principalmente nas indústrias de processo contínuo.
Com a globalização fatores altamente inovadores chegaram para elevar os níveis da
prestação dos serviços logísticos, deste modo buscar inovação e evolução é imprescindível para
estar preparado para a competitividade no setor de operadores logísticos, melhorando as
estratégias para alcançar um diferencial no mercado.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A construção desta pesquisa possibilitou inúmeras descobertas no âmbito da logística e
a afirmação de termos já conhecidos devido à formação acadêmica, sendo assim, o modo com
o qual a empresa de operadores logísticos em questão desenvolve suas atividades de carga e
descarga não está contribuindo para sua competitividade no cenário em que está inserida, pois
à medida que a humanidade evolui as necessidades de respostas rápidas tornam-se um fator
determinante na contratação dos serviços, contudo os serviços por ela oferecidos têm qualidade,
[ 29 ]
pontualidade, gerenciamento eficiente, mas o que se buscou com essa intervenção foi à
inovação dos processos do setor de carga e descarga, para agregar valores aos serviços
realizados, somando assim com isso mais competitividade no mercado.
Investir na automação pode trazer inúmeros benefícios a empresa, e com um custo de
investimento bastante reduzido, pois ela já dispõe de maquinário e mão de obra especializados
para aplicar a ferramenta de automação em seu setor de carga e descarga, a redução com custos
ligados a e mão de obra seria bastante relevante para traduzir em um preço mais competitivo, e
a otimização do tempo poupado nas atividades agregaria de modo a poder realizar mais
atividades durante a carga horária de trabalho.
Chegou-se também a uma conclusão de que para obter êxito no desempenho da
atividade de automatizar o setor de carga e descarga, seria necessário um novo planejamento
de realizações dos processos, pois hoje para a atividade de carregamento e descarregamento
dos veículos a empresa utiliza a mão de obra de três ajudantes de movimentação de cargas e
um conferente, que recebem dos operadores de empilhadeiras os racks com os pneus
armazenados de forma trançada, desfazem as tranças e as refazem dentro do veículo
(carregamento), para o processo de descarregamento, o veículo chega com os pneus também de
forma trançada, e sofrem o processo inverso do carregamento, vale salientar que para cada
movimentação (carga e descarga) é necessário em média três horas. Como solução, sugeríamos
o carregamento no ponto origem com os racks, sem a necessidade de desfazer as tranças para
arrumação dos pneus dentro do veículo, dessa forma também não será necessária a
movimentação manual dos pneus no destino, que por sua vez serão descarregados através das
empilhadeiras e seguiriam imediatamente para a área de armazenamento, bem como o inverso
será verdadeiro para a atividade de carregamento. Com a automação dos processos, a empresa
não somente irá reduzir seus custos com a mão de obra utilizada, como também conseguirá
reduzir para 40 minutos o tempo gasto para a realização das atividades, o que equivale a 87%
de economia de tempo.
A automação nas atividades logísticas, pouco tem sido explorada exigindo assim que
outros artigos poderão ser construídos para investigar melhores meios de realizar atividades de
carga e descarga, bem como armazenagem, movimentação de mercadorias e transporte no
estado de Pernambuco, este que já é um polo de desenvolvimento da região nordeste e um
abrigo a enumeras empresas de operadores logísticos, sendo assim um vasto campo a ser
explorado de conteúdo, inovações e necessidades de constantes evoluções.
[ 30 ]
REFERÊNCIAS
AUTOMAÇÃO E LOGÍSTICA: Automação, Fundamental. São Paulo: Ietec Virtual,
2013. Disponível em: <http://www.techoje.com.br/site/techoje/categoria/detalhe_artigo/516>.
Acesso em: 12 out. 2013.
AUTOMAÇÃO E LOGÍSTICA: Automação, Fundamental. São Paulo: Ietec Virtual,
2013. Disponível em: <http://www.techoje.com.br/site/techoje/categoria/detalhe_artigo/516>.
Acesso em: 22 set. 2013.
AUTOMAÇÃO E LOGÍSTICA: Automação, Fundamental. São Paulo: Ietec Virtual,
2013. Disponível em: <http://www.techoje.com.br/site/techoje/categoria/detalhe_artigo/516>.
Acesso em: 11 nov. 2013.
BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos: Logística Empresarial. 5ª
Ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. 27 p.
BLACK. JT.O Projeto da Fábrica com Futuro. Porto Alegre: Bookman, 1998 P.218.
BOWERSOX.; CLOSS. - Logistical management: the integrated supply chain process.
Singapura: McGraw-Hill, p. 34 1996.
BOWERSOX; CLOSS. Logística empresarial: o processo de integração da cadeia de
suprimento: objetivos operacionais, p. 40 Atlas, 2007.
BOWERSOX; CLOSS. Logística empresarial: o processo de integração da cadeia de
suprimento: objetivos operacionais, p. 50 Atlas, 2008.
BOWERSOX; CLOSS. Logística empresarial: o processo de integração da cadeia de
suprimento: objetivos operacionais, p. 49 Atlas, 2008.
CARDOSO, Fátima. Operadores Logístico. Disponível em:
<http://www.techoje.com.br/site/techoje/categoria/detalhe_artigo/299 >. Acesso em: 27 de
set. 2013.
FERREIRA, Fernanda Augusta. O operador logístico e a terceirização dos serviços
logísticos: terceirização dos serviços logísticos. 2013. P.33 f. Monografia (Especialização) Curso de Tecnologia da Logística Com Ênfase em Transporte, Departamento de Centro
Tecnológico, Faculdade de Tecnologia da Zona Leste, São Paulo, 2006. Cap. 3.
FIESP – Federação Das Industrias do estado de São Paulo. Modais de
transporte. Disponível em: <http://www.fiesp.com.br/transporte-e-logistica/modais-detransporte/>. Acesso em: 24 nov. 2013.
FURTADO, Silvio Zigomar. Uma análise da logística de transporte do Brasil e sua
eficiência no desenvolvimento para o país. 2007. 134 f. Tese (Doutorado) - Curso de
Tecnologia da Produção Com Ênfase Industrial, Faculdade de Tecnologia de Taquaritinga,
Taquaritinga, 2006.
GARDNER, R. William; JOHNSON, C. Lee. Third-party Logistics in The Logistics
Handbook, p954 1994.
[ 31 ]
LOGWEB, Portal; PASTORELLO, Mauricio Barbosa. Globalização amplia o mercado.
Noticia de 10 de setembro de 2004. Disponível em:
<http://www.logweb.com.br/novo/conteudo/noticia/14037/globalizacao-amplia-o-mercado/>.
Acesso em: 12 nov. 2013.
LUCENA JUNIOR, Cleonor Neves ; Leonardo Duarte ; Nairon Viana ; Vicente Ferreira de
et al. OS dez maiores desafios da automação industrial: as perspectivas para o futuro.: décimo
desafio: impactos sociais e ambientes gerados pela automação. in: congresso de pesquisa e
inovação da rede norte nordeste de educação TECNOLÓGICA, 2., 2007, João Pessoa - PB. os
dez maiores desafios da automação industrial: as perspectivas para o futuro. João Pessoa,
2007. p. 01 - 10.
LUZ, Gilberto Barbosa da; KUIAWINSKI, Darci Luíz. Mecanização, Autonomação e
Automação – Uma Revisão Conceitual e Crítica: Automação. In: SIMPEP, 2006, Bauru,
Sp. 2006. P.03- 04.
LUZ, Gilberto Barbosa da; KUIAWINSKI, Darci Luíz. Mecanização, Autonomação e
Automação – Uma Revisão Conceitual e Crítica: Automação. In: SIMPEP, 2006, Bauru,
Sp. 2006. P. 05.
Neto Ferraes; Júnior Küehne. Council of Logistics Management. p.40, 2002
NOGUEIRA, Amarildo. A Importância da TI nos Processos Logísticos: Tecnologia da
Informação: A base sólida dos processos logísticos. Disponível em:
<http://www.ogerente.com.br/>. Acesso em: 25 maio 2009.
PAIVA, Luiz de. 3 PL Básico. Disponível em:
<http://ogerente.com/logisticando/2006/08/08/3pl-basico/>. Acesso em: 13 nov. 2013.
PINHEIRO, Lester Carlos. A importância da automação na logística. Disponível em:
<http://lesterlog.wordpress.com/>. Acesso em: 13 out. 2013.
RODRIGUES, Paulo. Introdução aos sistemas logísticos no Brasil e à logística
internacional, p. 17 aduaneiras, 2007.
[ 32 ]
3. ANÁLISE DAS RODOVIAS ESTADUAIS E FEDERAIS NO ESTADO DE
PERNAMBUCO: Um Estudo de caso sobre as Rodovias de
Pernambuco.
RESUMO
Utilizando - se o método de pesquisa qualitativa, do qual os resultados obtidos demonstram que
as concessões rodoviárias e o sistema de pedágios não são de caráter satisfatório e viável para
alguns, é visível onde a malha rodoviária é privatizada em nosso país. Porém é uma solução de
melhoria a cobrança do pedágio, pois seriam evitadas outras complicações como as dificuldades
com a pavimentação, os buracos, diminuição dos custos dos produtos transportados, uma
segurança maior nas rodovias privatizadas. Devido ao cenário crítico e a falta de interesse do
poder público sobre as malhas rodoviárias brasileiras, fica claro a questão e a discussão de se
pensar em privatizar as rodovias, pois a precariedade em que encontramos as estradas hoje é
cada vez mais alarmante. Com a concessão das vias públicas às concessionárias passam a ter
todas as responsabilidades, pela manutenção e conservação das estradas, onde será cobrado dos
motoristas o valor do pedágio do trecho percorrido, taxa essa que dado como serviço de
conservação da via pública, o pedágio sobre o peso dos eixos dos carros. Outra forma que
poderia ser feito seria o Governo do Estado contratar uma empresa privada para fazer os
serviços em determinada rodovia, como a manutenção, com prevenção de acidentes,
fiscalizando sem ter que pagar pedágio, tirando como exemplo os automóveis da polícia militar
e a administração do IMIP em Pernambuco, que são empresas privadas com contratos com um
determinado tempo, e que se responsabilizam pelos serviços prestados à população. A
privatização do trecho Recife-Caruaru da BR-232 não teria cobrança de pedágio. A garantia de
que não haveria pagamento de tarifas pelos motoristas foi dada pelo governo, após o JC revelar
o início do processo de privatização da rodovia, por meio de uma parceria público-privada
(PPP). A concessão será de 25 anos, com investimento total de R$ 495 milhões da futura
concessionária, que terá que recuperar e requalificar totalmente a BR-232 nos primeiros 2 anos
de contrato. Mas como envolve obras de manutenção e operação, mais uma série de serviços
durante, a PPP terá duração de 25 anos. A previsão é que as obras comecem em janeiro de 2014
(Sandes, G., 2013). Essa é uma forma muito significante, pois a população tem todo o direito
de buscar essa forma, onde o que são pagos com tantos impostos sendo utilizado para assegurar
uma boa qualidade na rodovia do Estado. Esse exemplo poderia ser seguido nas outras rodovias
e não só na BR - 232.
Palavras-chaves: Privatização, logística, mobilidade urbana e rodovias.
ABSTRACT
Using - the qualitative research method, which the results obtained demonstrate that the toll
road concessions and the system are not satisfactory and feasible for some character, is visible
where the road network is privatized in our country. But it is a solution to improve the collection
of tolls, other complications would be avoided because the difficulties with the flooring, holes,
decrease the cost of goods transported increased security in privatized highways. Due to the
critical scenario and lack of interest of the government on Brazilian highway networks, it is
[ 33 ]
clear the issue and discussion of considering privatizing highways because the precariousness
in which we find the roads today is increasingly alarming. With the granting of public roads
concessionaires shall have all the responsibilities for the maintenance and upkeep of the roads
, where motorists will be charged the amount of the toll the distance covered , which rate given
as the conservation service of public roads , the toll on the weight of the axes of the cars.
Another way that could be done would be the State Government to hire a private company to
do the services in a given highway, such as maintenance, with accident prevention, monitoring
without having to pay toll, taking as an example the cars of the military police and the
administration of IMIP in Pernambuco, which are private companies with contracts with a
given time, and are responsible for services rendered to the population. The privatization of the
stretch - Caruaru Recife BR- 232 would not toll collection. The assurance that there would be
no payment of fees for drivers was given by the government, after JC reveal the beginning of
the privatization of the highway through a public- private partnership ( PPP ). The grant will
be 25 years, with total investment of U.S. $ 495 million of future utility, which will have to
recover and fully upgrade the BR -232 in the first 2 years of the contract. But as work involves
maintenance and operation, plus a number of services during the PPP will last 25 years. It is
expected that the works start in January 2014 ( Giovanni Sande , 2013 ) . This is a very
significant way, since the population has every right to seek this form, where they are paid
many taxes being used to ensure good quality in the state highway . This example could be
followed in other roads and not only in BR - 232.
Keyword: privatization, logistics, urban mobility and highways.
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
A má conservação das Rodovias em Pernambuco está aumentando a cada dia. O tráfego
nas rodovias, principalmente as BR232 e BR101, onde passam milhares de veículos, em
especial os transportes pesados, carregando mercadorias que tem alto valor agregado, faz que
essas cargas chegam avariadas em seu destino final. Recente estudo realizado pela
Confederação Nacional do Transporte (CNT) mostra que o estado geral das rodovias do País é
deficiente, além dos constantes acidentes ocorridos pela falta de estrutura e conservação das
estradas, em que pneus são danificados, famílias perdem suas vidas, entre outros problemas.
(CNT, 2010).
Os problemas brasileiros não se resumem à extensão de estradas pavimentadas. A
Confederação Nacional do Transporte (CNT) mostra que o estado geral das rodovias do País é
deficiente. Quase 60% do trecho avaliado foram considerados em mau estado, com problemas
principalmente na geometria da via e na sinalização, além da má conservação da pavimentação
(CNT, 2010).
[ 34 ]
O asfalto sem condições, falhas na estrutura, falta de conservação e o descomedimento
de peso dos caminhões são alguns dos fatores que afetam os níveis estruturais das rodovias
nacionais. Estudos apontam que 1% de carga acima do limite em um eixo isolado aumenta em
4,32% o desgaste do pavimento. Ou seja, se a sobrecarga for de 5% no caminhão, uma rodovia
projetada para permanecer dez anos tem sua vida útil reduzida para 8,1 anos. Já se o peso
exceder 20%, a durabilidade do pavimento vai cair para apenas 4,5 anos (REIS, 2011). A
fiscalização nas estradas é a principal forma de se evitar esse tipo de problema. Em 2010, as
rodovias federais do Brasil tinham em operação 70 postos de pesagem (41 com equipamentos
fixos e 29 com móveis), o que corresponde a um posto a cada 814 km de estrada. Nesse mesmo
ano, quase dez milhões de caminhões e ônibus passaram pelos postos de pesagem, sendo que
nove milhões foram avaliados nas balanças de precisão e 7% foram multados por excesso de
peso. A imagem péssima e as dificuldades de manutenção para conservar as rodovias e também
o aumento no custo operacional dos caminhões. O exagero de buracos leva os autos a reduzirem
a velocidade, reduzindo o número de viagens possíveis por dia e, consequentemente,
aumentando o custo por viagem. Além disso, quanto pior o estado de conservação da rodovia,
maior o desgaste do veículo e maiores os custos variáveis, como combustível, peças, pneus,
lubrificação e lavagem (REIS, 2011). Segundo a CNT (2010), o custo operacional da frota
nacional poderia ser reduzido em cerca de 25% caso todas as rodovias pavimentadas do Brasil
estivessem em ótimo estado de conservação.
Privatização não é solução para os problemas. Os Deputados concordam com a
privatização das estradas de Pernambuco, aprovada recentemente pela assembleia legislativa
com o mesmo argumento dizendo que o estado não tem condições de fazer a manutenção das
estradas e que a privatização será a solução para esse problema segundo Sergio Goiana (2012).
Diante do exposto, surgiu a seguinte inquietação: Como melhorar as rodovias
federais, estaduais e municipais do Estado de Pernambuco?
Objetivo Geral
Apresentar as possibilidades de melhoria para as rodovias federais e estaduais de Pernambuco.
Objetivo Específico
•
Descrever a dificuldade de mobilidade urbana
[ 35 ]
•
Apresentar o processo de privatização de rodovias
JUSTIFICATIVA
A privatização acontece porque o governo comercializa empresas estatais para a
iniciativa privada (empresas nacionais, grupos de investimentos, multinacionais). Desta forma
a empresa torna-se privada. Geralmente, a privatização acontece quando uma empresa estatal
não está gerando os lucros necessários para concorrer no mercado ou quando ela está passando
por problemas financeiros. A privatização ocorreu e está ocorrendo em diversos países do
mundo, pois é uma das características do mundo globalizado em que vivemos.
Na visão de Moacyr Duarte (2000), nestes anos iniciais de implantação, o programa de
concessões de rodovias tem alcançado resultados bastante animadores. Em relação à qualidade
dos serviços, ele revela que as últimas pesquisas mostram uma satisfação crescente por parte
da população. De acordo com levantamento feito pelo Data Folha para o Ministério dos
Transportes, a maioria (77%) dos usuários das rodovias federais concedidas aprova o programa
de concessão.
Segundo o Engº Adriano Murgel Branco (2000), ex-secretário de Transportes de São
Paulo e autor de vários livros (entre eles "Segurança Rodoviária"), as estradas não podem mais
ser concebidas apenas com o único objetivo de permitir o máximo fluxo de tráfego possível,
mas sim com vistas – primordialmente – à segurança, pois numa estrada insegura será
necessário baixar a velocidade comprometendo sua capacidade. "Portanto, é imperioso
reformular os conceitos básicos envolvidos nos transportes, além do necessário
desenvolvimento tecnológico dos veículos, das fontes de energia e das estradas", defende ele.
Branco sustenta também que é importante que o Brasil elabore um planejamento
estratégico partindo da implantação imediata de dispositivos de segurança simples e de baixo
custo, tais como o aprimoramento ou a intensificação da pintura e sinalização nas estradas, da
instalação de defensas e placas de sinalização e da aplicação de faixas causadoras de vibração
nas laterais das pistas. "Etapas mais demoradas devem contemplar reformas mais profundas das
vias existentes, alargamentos, duplicações e construções novas". Dependendo do caso, salienta
ele, a aplicação de recursos eletrônicos e de informática para o gerenciamento é extremamente
recomendável.
[ 36 ]
O Governo Estadual e também o Governo Federal sem as devidas qualidades para
manter nossas estradas em boas condições. Por causa desta situação viemos aqui tentar mostrar
alguma saída para essa situação gritante que são nossas rodovias.
Essa pesquisa e importante, por expor a necessidade urgente em que nosso Estado passa
com as suas rodovias sem manutenção e os vários acidentes diariamente acontecidos. Com a
privatização mostrar que o pedágio garante uma estrutura permanente de manutenção
preventiva das estradas, preservando à longo prazo os investimentos realizados, estradas não
pedagiadas estão mais expostas pela dependência orçamentária do Estado, deterioração
crescente, aumentando os custos dos transportes e o preço dos produtos transportados.
Tecnicamente, privatização é a venda de patrimônio público e concessão, um contrato
que, no final, reverte de volta o patrimônio ao governo. Mas a troca de acusações sobre
“entreguismo” fez governantes como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente
Dilma e também Eduardo Campos, no passado, chamaram de privatização o que hoje exigem
que seja tratado apenas como concessão. Isso ocorre em casos como os leilões de rodovias de
Dilma ou o acesso viário ao Paiva, no Cabo de Santo Agostinho, parceria público-privada (PPP)
que tem quase 100% de aprovação dos usuários, segundo pesquisas de opinião.
MOBILIDADE URBANA
Para Carlos Alberto Bandeira Guimarães (2012), professor da Faculdade de Engenharia
Civil, arquitetura e Urbanismo da Unicamp especializado em transportes, um transporte público
acessível e de qualidade é a melhor alternativa para o transporte nas áreas urbanas. O transporte
individual é ineficiente tanto do ponto de vista de transporte como em termos ambientais e os
números crescentes da frota de automóveis tem provocado uma forte redução na mobilidade
das cidades.
A partir da afirmativa acima, conclui-se que o governo está tentando solucionar os
problemas descongestionamentos nas vias, optando pela melhoria na qualidade dos transportes
coletivos, dando assim um maior conforte durante o percurso de destino como também
agilidades no trânsito. Mas para que a população comece a procura mais pelos transportes
coletivos, o governo implantar algumas medidas para diminuir a quantidades de carros
individuais nas ruas, onde tais medidas são o rodízio de carros, já utilizado em São Paulo, os
[ 37 ]
pedágios já implantados em alguns estados, onde significa pagaram imposto para utilização de
alguns trechos das vias, com isso aumentando cada vez mais impostos pagos pela população.
A proposta do governo é incentivar a população deixar seus carros em casa e passar a usar os
transportes coletivos, diminuindo assim também os congestionamentos como a poluição do ar.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI, 2012) acaba de concluir um extenso
estudo sobre os efeitos provocados pelos problemas de mobilidade na produtividade do país. O
setor está preocupado com o tempo que seus funcionários perdem para chegaram nas fábricas
e escritórios, os atrasos nas entregas nas mercadorias e o prejuízos à atividade intelectual, quase
sempre concentrada nos centros urbanos. Segundo dados da (CNI, 2012) mostram que grande
parte do desgaste do ser humano que é perdido nos enormes congestionamentos, no transito
durante todo o percurso de suas residências até o trabalho, como também o tempo que
caminhoneiros levam para entregar os insumos e produtos dos clientes e das indústrias, a causa
disso tudo esta nos enormes congestionamentos e engarrafamentos enfrentado por grande parte
da população dos dia a dia, isso levou as empresas reverem os prejuízos que estavam tendo em
relação ao trânsito, como o tempo perdido que os trabalhadores passavam parados, atrasos nas
entregas, avaria de produtos, e a qualidade do bem estar dos seus funcionários, causando assim
grande impactos para o comercio e a indústria brasileira. A proposta que a (CNI, 2012) destaca
em sua pesquisa é a utilização do transporte coletivo de alto rendimento para os deslocamentos
rotineiros. Com o crescimento do Brasil, grande parte da população passou a procurar por
transporte próprio, isto devido a péssima qualidade dos transportes coletivo, gerando assim
grandes impactos na mobilidade urbana. Com isso agora o governo quer investir forte nos
transportes coletivo, propor um transporte de qualidade e eficiência para a população, para
tentar assim diminuir a quantidade de veículos circulando na cidade e com isso resolver a
situação dos congestionamentos.
PRIVATIZAÇÃO: VANTAGENS E DESVANTAGENS
Segundo Paulo Roberto Bertaglia (2009) as perspectivas futuras do transporte no Brasil
dependem do sucesso dos programas de privatização, dos investimentos em recuperação e de
novas rodovias. As péssimas condições das rodovias exigem investimentos rápidos para que os
padrões de qualidade possam ser superiores e para que o país se torne mais competitivo, de
modo que possa baixar os custos logísticos.
[ 38 ]
Realmente é preciso investimentos imediatos para que o Estado e o País tenha um
crescimento positivo, desenvolvendo junto aos países de primeiro mundo, onde as coisas se
realizam frequentemente.
A precariedade da infraestrutura rodoviária brasileira também tem impacto negativo nas
emissões de gases de efeito estufa (GEE) e de poluentes na atmosfera. Quanto maior a qualidade
do pavimento rodoviário, menor a variação de velocidade e o tempo da viagem, reduzindo o
nível de emissão de GEE. Segundo Bartholomeu (2006), as emissões caem entre 0,01% e 0,2%
em rodovias com melhores condições de pavimentação.
Essas reduções se tornam ainda mais significativas na medida em que o setor de
transportes é apontado como o terceiro maior poluidor no Brasil e no mundo, atrás apenas da
Mudança no Uso da Terra e das Indústrias. Em 2005, o setor foi responsável por 6,4% e 13,5%
das emissões, respectivamente, sendo que o modal rodoviário contribui com a maior parte
(88,6%) dos gases lançados pela atividade de transportes na atmosfera brasileira.
Embora boa parte da produção nacional seja movimentada através das rodovias, o Brasil
ainda carece de uma infraestrutura rodoviária como a disponibilizada nas principais potências
mundiais. Problemas como pistas não asfaltadas ou com asfalto em más condições, má
sinalização e traçado inadequado interferem na movimentação dos caminhões, prejudicando
questões como confiabilidade e consistência, além de afetar o consumo dos veículos, a emissão
de gases de efeito estufa e o custo logístico total.
Por isso que o pedágio tem suas vantagens, pois as rodovias são bem conservadas com
uma infraestrutura de qualidade, com sinalizações e placas informativas, como também seguro
de reboque e o mais importante segurança nas vias. Apesar dessas condições o usuário tem que
arcar com o custo do pedágio, que é o de ida e vinda. Contudo só em ter uma rodovia em boas
condições de tráfego já é de grande importância.
Segundo Kleber Fossati Figueiredo, Paulo Fernando Fleury e Peter Wanker (2010), um
das coisas necessárias para o processo de privatização é criar um sistema regulatório eficiente
para o transporte rodoviário, que restrinja as práticas operacionais condenáveis, e reduza
significativamente o processo de informalidade que se observa no dias de hoje.
O Consultor legislativo especialista em transporte, Rodrigo Borges (2005), diz que, nos
países desenvolvidos, existem rotas alternativas para quem não quer pagar pedágio, mas isso
[ 39 ]
não acontece no Brasil. Normalmente, em países de 1º mundo, sempre há uma alternativa não
pedagiada, tem várias estradas pedagiadas com todo conforto, acesso, porém, o estado mantém
alguma rota alternativa onde talvez não tenha todos os benefícios da pedagiada, mas com
condições razoáveis. No Brasil, é difícil fazer essa avaliação porque grande parte das estradas
que não estão concessionadas, o estado é muito ruim segundo Adriana Magalhães (2005).
Segundo Maurício Lima (1999), a privatização das rodovias tem duas vantagens. A
primeira: o governo pode transferir verbas para outras atividades. A segunda: as rodovias
melhoraram porque a iniciativa privada, para justificar os lucros que tem no negócio, precisa
conservar as pistas em um padrão mais elevado do que o seguido anteriormente. Acaba
custando mais caro para os motoristas porque há mais postos de pedágio espalhados pelas
rodovias, mas segundo os estudiosos do assunto esse sistema mais justo. Quem usa as estradas
paga por sua conservação. Falta agora parar de cobrar os impostos que eram usados na
conservação das rodovias, mas isso as autoridades não fazem.
PROCESSO DE MELHORIA NAS RODOVIAS: EXEMPLOS MUNDIAIS
Com o programa de concessão de rodovias federais, foram repassadas à iniciativa
privada a Via Dutra, a ponte Rio-Niterói, a BR-040, a BR-116 e a BR-290. Um exemplo de
parceria com o setor privado foi a construção da ponte internacional entre São Borja (RS) e
Santo Tomé, na Argentina, com 1400 metros de extensão, iniciativa conjunta dos governos
brasileiro e argentino, inaugurada em dezembro de 1997, constituindo-se numa nova opção de
ligação no âmbito do Mercosul.
O corredor rodoviário entre Minas Gerais e Rio Grande do Sul é a maior obra de
duplicação rodoviária em execução no mundo, o que compõe o principal eixo de ligação entre
o Norte e o Sul do Brasil, abrangendo até mesmo o acesso aos países do Mercosul. Essa obra
de conexão regional é estratégica e envolve a duplicação da rodovia Fernão Dias, ligando Belo
Horizonte a São Paulo, com 564 km de extensão. O segundo trecho, que corresponde à rodovia
Régis Bittencourt, à BR-101 e à BR-376, liga São Paulo-Curitiba-Florianópolis a Ósorio,
situado no Rio Grande do Sul, com 350 km de extensão.
Uma autoestrada também conhecida como autopista e acesso controlado ou via
expressa, é uma rodovia destinada apenas ao tráfego motorizado de alta velocidade, planejada
[ 40 ]
com pelo menos duas vias em cada direção de fluxo, separadas por elementos físicos, com
cruzamentos desnivelados e acesso restrito através de trevos rodoviários, sendo o fluxo e a
entrada/saída de automóveis totalmente controlados.
As autopistas proporcionam um fluxo livre de tráfego, sem semáforos, cruzamentos ou
acessos às propriedades. Elas estão livres de quaisquer cruzamentos com outras rodovias,
ferrovias ou caminhos de pedestres, os quais são transportados por viadutos e passagens
subterrâneas que transpassam a autoestrada. A entrada e a saída para a autoestrada são
possibilitadas apenas por trevos e rampas, o que permite mudanças de velocidade entre as vias
rodoviárias arteriais e coletoras. Nesse tipo de rodovia, os sentidos de movimento opostos são
geralmente (mas não necessariamente) separados por um terrapleno central, tais como uma
faixa de relva ou pedras ou por uma barreira de tráfego. O cruzamento das rodovias US-131,
M-6 e da Rua 68 em Wyoming, Michigan, Estados Unidos, exemplifica muitas das
características principais das autoestradas: impedir o tráfego com estradas separadas, sem
cruzamentos no nível do chão e sem acesso direto às propriedades.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Brasil tem buscado novos modelos. Governo federal, São Paulo, Minas Gerais,
Pernambuco, todos têm projetos de concessão, PPPs. "E todos estão enfrentando desafios de
gestão”, comenta Bruno Pereira, presidente do Observatório das Parcerias Público-Privadas
(PPP Brasil).
Para uma estrada manter a qualidade por toda a concessão, é preciso estabelecer e exigir
padrões claros de controle de qualidade e também cuidar da parte financeira, para equilibrar
todos os lados: governo, usuários e a concessionária. O presidente da Associação Brasileira de
Concessionárias de Rodovias (ABCR), Moacyr Duarte, diz que o lado financeiro envolve
quatro fatores: o custo das obras, o custo rotineiro da operação, o financiamento e o fluxo de
veículos. Se engana quem pensa que a empresa quer cobrar o mais caro possível. Em Portugal,
na crise europeia, o pedágio caro esvaziou rodovias. “A tarifa não pode ser alta demais. É
preciso equilíbrio”, diz Moacyr (2013).
As rodovias são o maior símbolo do atual debate sobre a necessidade das privatizações.
Basta observar os leilões de rodovias da presidente Dilma Rousseff (PT), os projetos do ex-
[ 41 ]
governador mineiro Aécio Neves (PSDB) e do governador Eduardo Campos (PSB), todos eles
prováveis nomes das eleições presidenciais de 2014.
A privatização do trecho Recife-Caruaru da BR-232 será um bom exemplo para que no
futuro outras rodovias de grande importância no Estado e no País possa seguir este exemplo,
pois não terá cobrança de pedágio. A garantia de não haver pagamento de tarifas pelos
motoristas foi dada pelo governo, após o JC (2012) revelar o início do processo de privatização
da rodovia, por meio de uma parceria público-privada (PPP). Isso já era para ter acontecido,
pois nós usuários já pagamos muitos impostos e esse dinheiro poderia ser investido em
infraestrutura das estradas, gerando mais segurança e ganhando mais tempo principalmente
com os transportes de cargas que o custo hoje e bem avançado.
O faturamento total do contrato, considerando o pagamento de R$ 8,9 milhões por mês
pelo governo durante os 23 anos de operação efetiva (a remuneração só começará após os
pesados investimentos dos dois primeiros anos de obras), será de R$ 2,456 bilhões a valores
atuais. A empresa durante todo este período de 25 anos, ficará responsável por todo o custo de
manutenção permanente, além da implantação de ambulâncias 24 horas, telefones ao longo da
via, postos de policiamento e outros benefícios, explicou o secretário de Governo, Milton
Coelho, também presidente do Comitê Gestor do Programa Estadual de Parcerias PúblicoPrivadas (CGPE). Após o silêncio do Estado, Milton forneceu detalhes e esclarecimentos sobre
o projeto.
Parcerias público-privadas sem tarifas, inteiramente bancadas pelo poder público, são
previstas na lei. As PPPs (Parcerias Público-Privadas) podem ser nas modalidades de concessão
patrocinada (com pedágio, no caso de rodovias, mais dinheiro público) ou então concessão
administrativa (100% paga pelo Tesouro).
Um tema de grande importância para o estudo, por existir dificuldades nas pesquisas, é
importante continuar, pois tem muito estudo para ser acrescentado e desenvolvido. Para dar
continuidade as pesquisas no futuro breve seria avaliar se de fato realmente a BR - 232 teria o
padrão que nós usuários gostaríamos, esse projeto do Governo de Pernambuco poderá servir de
exemplo para outras concessões.
REFERÊNCIAS
[ 42 ]
BRANCO, Adriano Murgel. Com privatização, rodovias se modernizam. Disponível em:
<http://www.brasilengenharia.com.br/reportrodovias539.htm>. Acesso em: 01 abr. 2000.
BERTAGLIA, Paulo Roberto. Privatizações. In: BERTAGLIA, Paulo Roberto. Logistica e
Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento - 2° edição revista e atualizada 2009. São
Paulo: Saraiva, 2009. p. 314-315.
DUARTE, Moacyr. BR-232 será privatizada, mas sem pedágio. Disponível em:
<http://m.jconline.ne10.uol.com.br/t320/noticia/economia/pernambuco/noticia/2013/10/06/10
0135>. Acesso em: 06 out. 2013.
FLEURY, Paulo Fernando. REDUÇÃO DE INVESTIMENTOS E SEUS IMPACTOS
SOBRE O TRANSPORTE NO BRASIL. In: FIGEIREDO, Kleber Fossati. LOGÍSTICA E
GERECIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS. São Paulo: Atlas, 2003. p. 253241.
GARAVELLO, Titomarcio. Transporte Rodoviário. Disponível em:
<www.infoescola.com/transporte/rodoviario>. Acesso em: 09 nov. 2013.
GUIMARÃES, Carlos Alberto Bandeira. Pedágio urbano pode ser solução para
metrópoles
brasileiras? Disponívelem:<http://www.redebrasilatual.com.br/blogs/desafiosurbanos/2012/0
1/pedagio-urbano-pode-ser-solucao-para-metropoles-brasileiras>. Acesso em: 10 jan. 2012.
LIMA, Mauricio. Governo baixa a tarifa do pedágio, mas estradas terá menos
obra. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/250899/p_120.html>. Acesso em: 25 ago.
1999.
LOBO, Maria Fernanda Hijjar e Alexandre. Cenário da infraestrutura Rodoviária no
Brasil. Disponível em:
<http://www.ilos.com.br/web/index.php?option=com_content&view=article&id=1807:artigos
-cenario-infraestrutura-rodoviaria-no-brasil&catid=4&Itemid=182&lang=b>. Acesso em: 15
set. 2011.
MAGALHÃES, Adriana. Especial Rodovias - Vantagens e desvantagens das estradas
administradas pela iniciativa privada - ( 07' 51" ). Disponível em:
<http://www2.camara.gov.br/camaranoticias/radio/materias/REPORTAGEM-ESPECIAL>.
Acesso em: 09 ago. 2005.
REVISTA DE ECONOMIA POLÍTICA. Campinas: Jorge Ernesto Sán Chez Ruiz,
1993.REIS, Joaquim. RODOVIAS POR TODO BRASIL. Disponível em:
<http://www.portalntc.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=612>.
Acesso em: 03 jun. 2011.
SANDES, Giovanni. Estado vai "privatizar" BR-232 no trecho Recife-Caruaru.
Disponível em:
<http://m.jconline.ne10.uol.com.br/t320/noticia/economia/pernambuco/noticia/2013/10/01/99
438>. Acesso em: 01 out. 2013.
SOARES, Nicolau. Lei da mobilidade urbana avança ao incentivar transporte publico e
coletivo. Disponível em:
<http://www.redebrasilatual.com.br/blogs/desafiosurbanos/2012/01/lei-da-mobilidadeurbana-avanca-ao-incentivar-transporte-publico-e-coletivo>. Acesso em: 05 jan. 2012.
[ 43 ]
[ 44 ]
4. IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE GERENCIAMENTO
ADMINISTRATIVO E PRODUTIVO
RESUMO
Atualmente, a tecnologia é fundamental para o controle, desenvolvimento e crescimento das
empresas. Buscando liderança no mercado, as empresas investem em sistemas tecnológicos
para possibilitar melhor organização e consolidação de suas informações, com objetivo de
aumentar a eficiência, reduzir custos e potencializar a sua competitividade no mercado.
Normalmente, as empresas de grande porte, investem em sistemas ERP (Enterprise resource
planning) para atender suas necessidades e torná-las competitivas. Porém, estes sistemas
representam um custo elevado para implantação e geralmente não estão no orçamento das
empresas, tornando inviável a aquisição desta ferramenta para as empresas de pequeno porte.
Com base neste cenário, foi desenvolvido um sistema de gerenciamento denominado SIGAP
(Sistema de gerenciamento administrativo e produtivo), modelo em uma plataforma de baixo
custo como o Access da Microsoft, para atender as necessidades das empresas de pequeno porte
sem ter impactos significativos em seus orçamentos.
Palavras-chave: Tecnologia, Integração, Software, Sistemas ERP
ABSTRACT
Nowadays, technology is crucial for the control, development and growth of enterprises .
Seeking market leadership, companies invest in technological systems to provide better
organization and consolidation of its information, in order to increase efficiency, reduce costs
and enhance their competitiveness in the market. Typically, large companies invest in ERP
(Enterprise resource planning) systems to meet their needs and make them competitive.
However, these systems represent a high cost for deployment and are generally not in the
budget of companies, making it impossible to acquire this tool for small businesses . Based on
this scenario, a management system, called SIGAP System (administrative and production
management system), based on a low cost software to meet the needs of small businesses
without having significant impacts on their budgets was developed.
Keywords: Technology , Integration , Software , ERP Systems
INTRODUÇÃO
1.1. Problematização
Observando os acontecimentos do mercado nacional, notamos que algumas
organizações chegam a se desestabilizar e até abrir falência por não inovarem
tecnologicamente, mostrando fragilidade nas atividades mercadológicas, podendo ser
considerada um enigma e com isso não se ter um direcionamento de como alcançar e manter o
[ 45 ]
êxito de seus objetivos. “Ao redor do mundo foi comprovado que 74% das empresas globais
identificam que a inovação é vital, e nove em cada dez executivos sênior entendem que a
inovação é fundamental para o crescimento e para garantir a continuidade das organizações.”
(IEPAS, 2013).
Existe o sistema de gerenciamento denominado ERP (Enterprise Resource Planning),
que tem a função de gerenciar as informações relativas aos processos operacionais,
administrativos e gerenciais das empresas.
“O Objetivo de um Sistema ERP é centralizar as informações e gerir o seu fluxo
durante todo processo de desenvolvimento da atividade empresarial, integrando os
setores da organização e possibilitando aos gestores acesso ágil, eficiente e confiável
às informações gerenciais, dando suporte à tomada de decisões em todos os níveis do
negócio. Construídos sobre um banco de dados centralizado, os sistemas ERP
consolidam todas as operações de uma empresa em um único sistema, que pode residir
em um servidor centralizado, ser distribuído em unidades de hardware autônomas em
rede local ou ser hospedado remotamente via web. Os sistemas ERP abrangem cada
passo da operação, desde as compras, provisões, planejamento, manufatura, formação
de preços, contas a pagar e receber, processos contábeis, controle de estoque,
administração de contratos, venda de serviços e todos os níveis de comércio varejista
ou atacado, passando pela gestão eficaz dos relacionamentos com clientes e
fornecedores, pós-venda, análise de resultados e muitos outros fatores personalizados,
altamente adaptáveis a qualquer empresa, em qualquer ramo de negócios. O uso de
um Sistema ERP em uma empresa dá a seus gestores o controle total sobre a empresa,
auxiliando na tomada de decisões e fornecendo todas as informações vitais de maneira
acessível e clara.” (ERP, 2013).
“No Brasil 31 % das empresas de pequeno porte (de 10 à 49 funcionários) utilizam o
sistema ERP para gerenciar o fluxo de informações dos setores, com base na pesquisa Iepas
(2013). As pequenas empresas se lançam no mercado visando vantagens competitivas através
do uso da tecnologia, considerando o uso do ERP, entretanto, a um custo mais baixo.” (IEPAS,
2013).
A palavra investimento leva a pensar, imediatamente, na relação custo x benefício.
Primeiro se levanta o custo e depois se analisam os benefícios. Se o custo for alto, muitas vezes
as empresas nem fazem a análise dos benefícios.
“Neste contexto, a alternativa usual para as pequenas empresas em relação a sistema
ERP costuma ser as boas e velhas planilhas. O custo de um sistema ERP é alto e os
benefícios nem sempre são quantificáveis de forma exata. O custo da planilha é
praticamente zero, portanto comparar com o custo do ERP desestimula a análise dos
benefícios. Por esta razão muitas pequenas empresas desistem de investir em ERP
sem ao menos levantar os benefícios.” (ADMINISTRADORES, 2013).
HIPÓTESE
[ 46 ]
Uma das formas de atender essa necessidade é a utilização e customização de um
software livre de baixo custo. O SIGAP foi desenvolvido para facilitar o gerenciamento e
integração de cada setor, fornecendo uma visão atualizada e rápida da situação atual e
tendências de cada área da empresa, assim aperfeiçoar toda estrutura lógica aumentando sua
eficiência, lucratividade e reduzindo tempo nas suas transações. Muitos ERP's são excelentes
ferramentas de trabalho, no entanto, na grande maioria das vezes, extremamente complexas
para empresas de pequeno porte. Este software é exatamente isso: um controlador de entradas
e saídas de produtos e financeiro, simples, robusto e rápido. A simplicidade, robustez e
velocidade com certeza irão atender completamente às pequenas empresas, tornando-se uma
alternativa em relação ao custo/benefício do mercado.
“É equivocado imaginar que o ERP é de uso exclusivo de empresas de grande porte.
Ao contrário do que se imagina, este sistema é fundamental para o sucesso do novo
negócio. As PMEs ainda levam vantagem durante o processo de implantação por
terem fluxos de trabalhos mais enxutos, havendo muito mais facilidade em implantar
um sistema ERP. O melhor caminho é encontrar uma ferramenta com ótimo custobenefício, que através de processos já consolidados agregue valor à empresa, com
parametrizações prontas para o próprio usuário executar, e com um tempo mínimo de
instalação. No caso de empresas maiores, há um grande trabalho de customização, e
o processo de implantação pode levar mais tempo conforme a complexidade do
negócio. Sistemas ERP padronizam e integram diferentes departamentos, e em alguns
casos até mesmo diferentes filiais, permitindo com que o gestor visualize os resultados
consolidados e individuais para uma gestão unificada. Integração de informações
financeiras: O gestor pode acompanhar o desempenho geral da empresa, visualizando
quanto o negócio contribuiu para as receitas e o quanto consumiu dos recursos da
empresa por tipo de conta. Controle dos pedidos de clientes: Por centralizar as
informações em um único sistema, é possível manter o controle dos pedidos de
clientes com mais segurança e imprimir maior agilidade na coordenação de estoque,
produção e transporte, além de obter um histórico de cada cliente. Padronização e
aceleração de processos: Sistemas ERP possuem métodos padronizados baseados em
boas práticas de negócio. Padronizar os processos e utilizar um único sistema
integrado economiza tempo, aumenta a produtividade e elimina controles manuais e
ineficazes.” (REYES, 2013)
OBJETIVOS
Objetivo Geral
Este artigo tem como objetivo a implantação de um sistema de gestão de baixo custo,
projetado para centralizar as informações de todos os processos de diferentes departamentos
em um único banco de dados atendendo as necessidades de uma organização de pequeno porte
e avaliar experimentalmente as consequências desse sistema onde será implantado na empresa
TciBpo e abrangerá todos os setores da empresa desdá entrada de matérias até a venda dos
produtos acabados aos clientes.
[ 47 ]
Objetivo Específico
•
Implantação de um sistema informatizado de gerenciamento administrativo e produtivo.
•
Avaliar os processos produtivos e administrativos (Comparando os resultados)
•
Verificar e validar as melhorias nas tomadas de decisões.
•
Identificar a satisfação dos usuários na utilização do novo sistema.
JUSTIFICATIVA
Diante da competitividade no mercado as empresas de pequeno, médio e grande porte
investem cada vez mais em recursos tecnológicos para atender suas necessidades e torná-las
competitivas diante do mercado atual. Conforme Kaizeninstitutebr (2013), cada vez mais as
empresas buscam soluções em sistemas de informação para dar maior eficiência a seus
processos. A ideia por trás desta decisão está em buscar o registro, compilação, organização,
padronização e armazenagem de dados, além do cumprimento de processos e geração de
informação que facilitam a gestão.
Para atender a estes anseios, os sistemas chamados ERP (Enterprise Resource Planning)
são os mais procurados pelas organizações, pois sua proposta é fazer a gestão integrada da
informação entre os departamentos de maneira simples e eficaz. Consequentemente as
empresas que fornecem serviços de desenvolvimento e implantação deste tipo de sistema
crescem a cada dia e este crescimento inclui a disponibilização de soluções para todas as
empresas de qualquer segmento.” (KAIZENINSTITUTEBR, 2013).
O tema proposto mostra que o custo de implantação da ferramenta ERP (Enterprise
resource planning) é alto para as empresas de pequeno porte. Para solucionar esse problema
foi desenvolvido o SIGAP, uma ferramenta similar ao ERP que possui grande parte de suas
funções, atendendo as necessidades da organização que foi implantado, porém com um custo
baixo.
METODOLOGIA
[ 48 ]
A metodologia utilizada foi a inserção da ferramenta SIGAP para captação dos registros
administrativos e produtivos (base de dados), visando à construção das necessidades da
empresa. Será aplicado um questionário para avaliar o nível de satisfação dos usuários antes e
depois da implantação da ferramenta buscando saber se a mesma atende as necessidades das
atividades da determinada função, que tipo de melhoria é observada em determinadas
atividades, quais e que tipo de ganhos é notado em seu uso.
“A aplicação da metodologia é realizada através de um roteiro básico adaptável aos
casos particulares das situações que se apresentam na implantação de sistemas,
incluindo desde a fase de planejamento e projeto, passando pela preparação da
implantação e pela implantação propriamente dita, sempre tendo em vista os objetivos
de negócio da empresa. O objetivo metodológico para a implantação desse sistema
visa, também, orientar e guiar os profissionais de modo geral na atuação em sistemas
computacionais, dentre eles os sistemas integrados de gestão (erp e outros), nas várias
etapas e conhecimentos orientados aos resultados dos negócios a serem atendidos,
agregando valor à empresa e aumentando os resultados e lucros”. (CONSULTE,
2013).
COLETA DE DADOS
Será aplicado um questionário onde terá as perguntas relativas as atividades de cada
função, para se ter uma maior acurácia e não haver desvio das perguntas em atividades que o
usuário não trabalha, e evitarmos que a haja perda da eficiência da pesquisa. As perguntas
contidas no questionário terão como propósito avaliar o atendimento das necessidades desta
ferramenta, o que o SIGAP representou nas atividades desenvolvidas e qual foi o nível de
satisfação para cada um dos usuários. A aplicação do questionário será feita por dois
colaboradores (Líderes), que distribuirá os formulários específicos para cada função. O tempo
estimado entre a entrega dos questionários, a coleta dos dados e o resultado da pesquisa, deverá
ocorrer em 3 dias. Os resultados obtidos nessa pesquisa mostrará o nível de satisfação dos
funcionário e a essa ferramenta que pode representar melhoria ao negócio da empresa onde
essas informações serão tratadas de forma detalhada para que possa ter uma real influência na
tomada de decisão para implantação da ferramenta na organização.
SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP
Enterprise Resource Planning (ERP), em português, Sistemas Integrados de Gestão
Empresarial. É uma plataforma que consolida todos os dados, processos e árias de uma
[ 49 ]
organização em um único sistema. Sob dois pontos de vista, podemos considerar a ERP como
um sistema funcional que integra as áreas (Recursos Humanos, Marketing, Vendas, Compras,
Logística e etc.), e o outro ponto de vista é a perspectiva sistêmica (Processamento de
transações, sistemas de informações gerenciais, apoio as decisões, etc.) De um modo geral, a
ERP é um software que pode integrar todos os setores de uma organização gerenciando,
unificando, automatizando e armazenando todas as informações da organização.
História ERP
Os primeiros sistemas surgiram no fim da década de 50 através dos grandes
computadores, conhecidos como mainframes, onde rodou o sistema de controles de estoques.
Na década de 70 houve a explosão na disseminação computacional contribuindo com o
desenvolvimento de uma evolução chamada MRPs (Material Requirement Planning ou
planejamento das requisições de materiais) na forma de conjunto de sistemas ou Pacotes onde
as informações convergiam entre sí e davam condições de abranger planejamentos de várias
etapas do processo produtivo. No ano de 1980 deu início aos computadores ligados a servidores
onde a plataforma MRP evoluiu para MRP II (que significava Manufacturing Resource
Planning ou planejamento dos recursos de manufatura) onde já se tinha o controle da mão-deobra e de máquinas. Ainda na década de 80 foi desenvolvido a ERP que alavancou seu
crescimento com a comunicação de vários microcomputadores ligados a servidores e com
preços mais acessíveis. (INTEGRADA, 2013)
“Depois dessa explosão de novas empresas e novas soluções com a consequente
divulgação de casos de sucesso de companhias que adotavam os sistemas ERP, a
importância do conceito tornava-se cada vez mais notável. As empresas percebiam a
necessidade de sistemas mais integrados com toda a cadeia de negócios, para que o
gerenciamento tivesse uma visão menos dividida e muito mais eficiente, com um
panorama da totalidade das suas demandas, bem como dos seus resultados. Nessa
época, as pequenas “software houses” brasileiras expandiram seus negócios, já que a
demanda crescia aceleradamente e a tomada de decisão tornava-se ponto de grande
importância entre os executivos. Hoje, o cenário está completamente mudado. O
mercado de ERP passou por diversas transformações nos últimos anos, com um
grande movimento de consolidação e a entrada de grandes players no segmento de
médias empresas. Uma das mudanças mais significativas aconteceu em 2006, quando
a RM Sistemas foi comprada pela Microsiga, integrando a Totvs, que se tornou
automaticamente a maior fornecedora brasileira de ERP e líder em participação de
mercado, superando Datasul, Oracle e SAP. A empresa parecia imbatível no mercado
de médias e pequenas empresas, até que as multinacionais resolveram competir nesse
segmento” (INTEGRADA, 2013).
[ 50 ]
A IMPORTÂNCIA DO ERP
O que é notável no sistema ERP é a confiabilidade das informações e dados para uma
organização, onde a mesma estará verificando e utilizando a ferramenta em tempo real
minimizando retrabalhos, ganhando um tempo hábil nas atividades. Isso é atingível, desde que
os funcionários se comprometam com o preenchimento correto das informações para que
possam alimentar toda a cadeia e consequentemente toda empresa interaja entre si. Algumas
dessas plataformas têm uma grande importância quanto a flexibilidade para um custo reduzido
com as ERPs de software livre, onde temos a liberdade para desenvolver ferramentas que
possibilitam um gerenciamento e controle das informações e dos armazenamentos de dados de
acordo com a necessidade da empresa
5.3 SOFTWARE LIVRE
É uma ferramenta que seu código fonte é aberto para modificações conforme desejado.
Software livre se refere à liberdade dos usuários executarem, copiarem, distribuírem,
estudarem, modificarem e aperfeiçoarem o software. Mais precisamente, ele se refere a quatro
liberdades, para os usuários do software:
•
A liberdade de executar o programa, para qualquer propósito (liberdade no. 0);
•
A liberdade de estudar como o programa funciona, e adaptá-lo para as suas necessidades
(liberdade no. 1). Aceso ao código-fonte é um pré-requisito para esta liberdade;
•
A liberdade de redistribuir cópias de modo que você possa ajudar ao seu próximo
(liberdade no. 2);
•
A liberdade de aperfeiçoar o programa, e liberar os seus aperfeiçoamentos, de modo que
toda a comunidade se beneficie (liberdade no. 3). Acesso ao código-fonte é um prérequisito para esta liberdade. Um programa é software livre se os usuários tem todas
estas liberdades. Portanto, você deve ser livre para redistribuir cópias, seja com ou sem
modificações, seja de graça ou cobrando uma taxa pela distribuição, para qualquer um
em qualquer lugar. Ser livre para fazer essas coisas significa (entre outras coisas) que
você não tem que pedir ou pagar pela permissão.” (BRASIL, 2013).
UTILIZAÇÃO DE SOFTWARE LIVRE
[ 51 ]
Analisando o orçamento das empresas de pequeno porte, optamos em utilizar um
software livre de baixo custo, onde o mesmo será modelado para atender as necessidades da
empresa, sem impactar em seus orçamentos.
VANTAGENS
As 5 principais vantagens para implantação da ferramenta:
•
Custo menor em relação aos softwares próprios
•
Fácil personalização
•
Suporta um grande volume de registro em suas tabelas
•
Redução da dependência face aos fornecedores de software
•
Total segurança na armazenagem dos registros
IMPLANTAÇÃO DA FERRAMENTA SIGAP
Inicialmente foi realizado uma análise no fluxo das informações entre as áreas da
empresa, imediatamente identificamos que cada setor tinha sua ferramenta de controle baseado
em planilhas eletrônicas onde encontramos várias desvantagens como: suportar uma grande
quantidade de registro, fácil acesso dos funcionários as informações tornando as mesmas
inseguras, dificuldade ao acesso dos lideres e gestores para tomadas de decisões. De ante desta
problemática foi desenvolvido e implantado a ferramenta denominada como SIGAP (Sistema
de gerenciamento Administrativo e produtivo) baseado em um software livre de baixo custo,
com objetivo de consolidar as informação entre as áreas em uma única base de dados,
facilitando o acesso dos gestores e lideres com total segurança em tempo real.
[ 52 ]
Figura 1 - Tela Principal
O SIGAP
Essa ferramenta de gestão foi desenvolvida para dar suporte a empresa TciBpo do setor
de gerenciamento eletrônico de documento, armazenagem e atendimento, que a princípio foi
analisado todo fluxo da empresa desda entrada de materiais até o fim do processo que é o
atendimento ao cliente. Feita a coleta de informações iniciamos com o desenvolvimento da
ferramenta para atender as áreas de faturamento, recursos humanos, planejamento e controle da
produção visualizado na figura 1.
Iniciou-se com o tela principal no qual para ter acesso ao sistema o usuário terá que
inserir sua credencial fornecida pelo administrador do sistema conforme figura 2.
Figura 2 - Menu Principal
Módulo De Pcp
O modulo de PCP tem a finalidade de programar a produção de acordo com as metas
calculadas, mensurar o orçado x realizado através dos seus indicadores de desempenho de
acordo com a figura 3.
[ 53 ]
Figura 3 - Módulo PCP
Módulo De Faturamento
O modulo do faturamento tem o objetivo de mensurar a situação financeira da empresa,
bem como os itens faturados ou provisionados para tomada de decisões como mostra a figura
4.
Figura 4 - Módulo de Faturamento
Módulo De Recursos Humanos
O módulo de recursos humanos tem a função de mostrar ferramentas de avaliação
pessoal, controle de absenteísmo e todo tipo ocorrências dos funcionários da empresa conforme
figura 5.
[ 54 ]
Figura 5 - Módulo de Recursos Humanos
CONCLUSÃO
De acordo com as pesquisas realizadas, pudemos observar que devido às mudanças de
mercado as empresas estão investindo cada vez mais em tecnologia, para o gerenciamento das
áreas as mesmas investem em sistema como ERP. Para algumas organizações de menor porte
esse investimento é considerado altíssimo. Devido a essa problematização, vimos que o
investimento e implantação de um software livre de baixo custo como o SIGAP- Sistema de
Gerenciamento Administrativo e Produtivo, modelado em uma plataforma de código fonte
aberto, atenderia as suas necessidades.
Com objetivo de melhorar o controle e comunicação da empresa TCIBPO foi feito um
estudo detalhado de todas as atividades dos setores da empresa, para identificar os gargalos no
fluxo da organização. Tendo uma visão geral dos problemas que estavam ocorrendo na
empresa, iniciamos o desenvolvimento e a implantação da ferramenta denominada SIGAP, com
a função de atender em média 17 funcionários em uma única base de informação.
Inicialmente foi proposto um treinamento toda Sexta - Feira no primeiro horário para
ensinar como usar a ferramenta e tirar as dúvidas que ainda restava aos usuários que utiliza a
mesma.
Com 30 dias da ferramenta aplicada, recolhemos as primeiras informações e
conseguimos notar as melhorias tais como: velocidade no recolhimento das informações, vários
usuários conectados ao mesmo tempo sem perder a qualidade no seu mecanismo, suas tabelas
suportando uma grande quantidade de informações ao mesmo tempo, melhoria na comunicação
para dar um feedback e entre outras.
Para formalizar a melhoria devido à implantação da ferramenta foi passado um e-mail
para todos os envolvidos com o objetivo de saber o nível de satisfação por utilizar o SIGAP.
Conforme análise, vimos que 96% dos funcionários se adaptaram a nova ferramenta.
[ 55 ]
Devido aos benefícios obtidos com o uso do sistema o gerente regional definiu a
ferramenta como padrão na organização, pois a mesma conseguiu centralizar e alinhar todos os
processos da organização por um custo baixo. Realmente a ferramenta foi de suma importância
para esta empresa.
REFERÊNCIAS
ADMINISTRADORES. Os dez motivos para pequenas empresas investirem no sistema
ERP. Disponível em: <http://www.administradores.com.br/artigos/tecnologia/os-dezmotivos-para-pequenas-empresas-investirem-no-sistema-erp/72559/>. Acesso em: 28 nov.
2013.
BRASIL, Pls. Http://softwarelivre.org/portal/o-que-e. Disponível em:
<http://softwarelivre.org/portal/o-que-e>. Acesso em: 01 dez. 2013
CETIC.BR. TIC EMPRESAS 2010. Disponível em: <http://www.cetic.br/empresas/2010/cgeral-06.htm>. Acesso em: 27 nov. 2013.
ERP, Portal do. Erp. Disponível em: <http://sistemaerp.org/>. Acesso em: 27 nov. 2013.
CONSULTE, Tecno. Metodologia de Implantação de Sistemas (MIS). Disponível
em:<http://tecnoconsulte.com.br/tecno/index.php?option=com_content&view=article&id=4:
metodologia-de-implantacao-de-sistemas mis&catid=7:metodologias&Itemid=7>. Acesso em:
01 dez. 2013.
IEPAS.Empresas que não inovam não sobrevivem. Disponível em:
<http://www.iepas.org.br/text.aspx?id=4&d=n>. Acesso em: 27 nov. 2013.
INTEGRADA, Sistema de Gestão. A Evolução do ERP. Disponível em:
<https://sites.google.com/site/sistemadegestaointegradaerp/a-evolucao-do-erp>. Acesso em:
03 dez. 2013.
KAIZENINSTITUTEBR. Por que implantar um ERP sem Kaizen é como dirigir uma
Ferrari em estrada de terra. Disponível em: <http://blog.br.kaizen.com/2013/02/06/er/>.
Acesso em: 30 nov. 2013.
REYES, Vinícius. Os principais benefícios do ERP para PME (Pequenas e Médias
Empresas). 03:00. Disponível em: <http://www.pwi.com.br/blog/sistema-erp-pme-pequenasmedias-empresas/>. Acesso em: 29 nov. 2013.
WORLD, Computer. Microsiga melhora pacote ERP. Disponível em:
<http://computerworld.uol.com.br/tecnologia/2001/05/25/idgnoticia.2006-0515.0487213015/>. Acesso em: 02 dez. 2013.
[ 56 ]
5. MOBILIDADE DE VEÍCULOS NA OPERAÇÃO DE CARGA E
DESCARGA DE PRODUTOS NO CENTRO DE ABASTECIMENTO E
LOGÍSTICA DE PERNAMBUCO (CEASA/PE).
RESUMO
Este trabalho apresenta um estudo desenvolvido para solucionar uma dificuldade que há muitos
anos vêm atormentando as pessoas, funcionários dentre outros que circulam dentro da
Ceasa/PE, no qual seria a mobilidade dos transportes para estacionar e aguardar para carregar
e descarregar os produtos comercializados. Baseamo-nos na organização e logística que há na
Ceasa/PE, verificando estrutura, localidade para encontrarmos a melhor solução.
Palavras-chave: Ceasa/PE. Desenvolvimento. Logística. Mobilidade.
Abstract.
This paper presents a study designed to solve a difficulty that many years have plagued people,
employees and others that circulate within the Ceasa / PE, which would be the transport
mobility to park and wait to load and unload the products marketed. We based ourselves in the
organization and logistics there in Ceasa / PE, checking structure, location to find the best
solution.
Keywords: CEASA-PE. Development. Logistic. Mobility.
INTRODUÇÃO
Este artigo vem abordar a necessidade de melhoria dentro da CEASA/PE Centro de
Abastecimento e Logística de Pernambuco com base nos estudos e pesquisa dentro desta
localidade encontramos a falta de organização e planejamento, podendo haver melhorias para
todos que circulam dentro deste local.
No entanto ressaltamos a necessidade de reformas para haver melhorias na mobilidade
interna da CEASA/PE. Segundo Falcão (2013) o presidente Romero Pontual recebeu uma
medalha e foi homenageado pelo crescimento da CEASA/PE que se tornou a quarta maior do
Brasil em tamanho e volume de venda. Atualmente, a CEASA oferta 12 mil empregos diretos
e, cerca de 40 mil, indiretos. Diariamente, transitam 40 mil pessoas e 14 mil veículos. São 1,3
mil comerciantes cadastrados e a venda mensal de produtos chegam a 80 mil toneladas.
[ 57 ]
1.2. Problematização
Então com esses dados observamos que a mobilidade está ficando defasado, pois
verificamos um número grande de entradas e saídas de veículos com a necessidade de
tecnologias e inovações dentro deste estabelecimento.
Verificando também a falta de organização na atividade logística da chegada dos
veículos abastecedores dos produtos que ao entrarem na CEASA/PE ficam parados nas ruas
ocasionando um grande engarrafamento de transportes de pequeno e grande porte no local
impedindo a passagem de outros veículos e dificultando a locomoção de clientes que circulam
e trafegam pelo local, gerando até conflitos entre os motoristas devido ao nível de estresse do
trânsito.
A Ceasa/PE hoje se encontra em uma situação complicada em questão da mobilidade
dentro dela, hoje o grande problema é a falta de um estacionamento para acomodar essa grande
quantidade de caminhões que chegam principalmente do domingo para a segunda feira que é o
grande dia de abastecimento para os comerciantes. Antigamente o que acontecia era que os
portões só abriam as 00:00 (zero) horas devido a grande quantidade de caminhões eles faziam
uma enorme fila em cima do viaduto que fica em frente ao portão três ocasionando um grande
engarrafamento, devido esse problema a polícia rodoviária federal exigiu que a Ceasa/PE
liberasse os portões mais cedo e que desse um jeito para acomodar os caminhões dentro dela,
então o que foi feito foi abrir os portões as 21:00 (vinte e um) horas ficando alojados em um
determinado espaço e as 00:00 (zero) horas é liberado o abastecimento e nos demais dias são
abertos as 00:00 (zero) horas e o abastecimento as 3:00 (três) horas.
Um grande problema que ocorre é que a maioria dos comerciantes dos galpões LP1,
LP2, LP3, LA3, 6.2, 6.3, 6.4, 1.0 e PRONAF têm caminhões quando é liberado o abastecimento
eles seguem para os galpões com em media 700 ou 1000 caixas e na loja deles só suporta entre
350 e 500 caixas então o veículo fica estacionado na plataforma, como não podem vender a
mercadoria de cima do caminhão eles esperam vender a mercadoria para poder abastecer
novamente então o comerciante da loja de trás atravessa o veiculo dele na frente do outro
ocasionando um enorme transtorno. Se for vendida mercadoria de cima do caminhão é paga
uma multa de 262 reais e se for reincidente paga o dobro, os únicos galpões que não paga multa
se vender de cima do caminhão é o PRONAF e o LP2.
[ 58 ]
Será que existe a necessidade de criar um estacionamento exclusivo para dar suporte aos
veículos de grande porte que abastecem os comerciantes na CEASA/PE e melhorar a
movimentação dos transportes, precisa-se também de pessoas para gerenciar, monitorar e
fiscalizar as operações de chegada com base nos nossos dados e pesquisas?
1.3. Hipótese
De acordo com nossas pesquisas e estudos identificamos que a CEASA/PE tem um
terreno que foi cedido pelo departamento nacional de estrada e rodagem (DNER) nesse terreno
não pode ser feito construção por ficar embaixo dos fios da Companhia Hidro Elétrica do São
Francisco (CHESF), mas pode ser feito um pátio de estacionamento no espaço onde suportaria
todos os caminhões e fica bem localizado.
Seriam montadas barreiras para não ser desviado o caminho direto para os galpões, os
caminhões seguiram em linha reta para o estacionamento. Lá seria implantado um sistema de
comunicação entre comerciantes e motoristas assim o motorista vai abastecer o comerciante e
volta para o estacionamento e quando precisar de mais mercadorias ele volta e abastece
novamente no máximo daria três viagens, dessa maneira iria desafogar o fluxo de veículos e
pedestres e a mobilidade melhoraria dentro local conforme figura 1.
[ 59 ]
Figura 1. Mapa Geral de uso do solo da CEASA/PE. Fonte: ACR Consultoria e Projetos e Empresa Opine.
1.4. Justificativa
A necessidade de discutir este tema se retrata justamente devido á deficiência na mobilidade
dos transportes na CEASA/PE, faz-se necessário um projeto para melhoria da movimentação
dos veículos, segurança, praticidade e comodidade da população que frequenta o local.
1.5. Objetivos
1.5.1. Objetivo geral
Organizar a operação logística nas ruas da CEASA/PE, desenvolver um plano de melhoria para
a mobilidade dos veículos que trafegam no local.
1.5.2. Objetivos específicos
•
Facilitar o fluxo, as manobras e movimentações para a carga e descarga.
•
Abastecer e escoar os produtos, para ganhar tempo.
[ 60 ]
•
Reduzir custos operacionais e agilizar toda a movimentação logística.
METODOLOGIA
A pesquisa foi abordada de modo qualitativa, explicativa e pesquisa de campo abordando
motoristas, operadores logísticos e gestores da empresa tendo como objeto de estudo o livro
Gestão Logística do Transporte de Cargas organizado por José Vicente Caixeta-Filho e Ricardo
Silveira Martins, necessitando o uso do site relacionado á empresa CEASA/PE.
De acordo com a pesquisa efetuada no local, obtivemos estes dados: Das 30 pessoas
pesquisadas 53% afirmaram que a mobilidade de veículos de carga na CEASA/PE é ruim, 30%
responderam que era regular e apenas 17% consideraram como boa de acordo com o gráfico de
nº 1.
Com relação à opinião das pessoas sobre a melhor solução para a problemática, 43.33%
delas responderam que criar ou construir um estacionamento é a melhor solução. 16,67%
responderam que montar um sistema de rodízio é a solução. 13,33% comentaram que abrir os
portões mais cedo para o descarregamento ajudaria. 10% falaram que esta bom como esta já
foi pior. Outros 10% indicaram que só precisa de um pouco mais de organização e apenas 6,67%
responderam que implantar um sistema de comunicação entre motoristas e comerciantes é
solução segundo o gráfico de nº 2.
De todos os pesquisado, para os 56,67% que não opinaram na criação de um
estacionamento perguntamos se é interessante a implantação de um amplo estacionamento no
local e com as respostas 26,67% responderam que sim, e 30% que não, o que elevou para 70%
dos pesquisados que criar o estacionamento é a solução conforme gráfico de nº 3.
A mobilidade é:
Ruim.
Regular.
Boa.
17%
53%
30%
[ 61 ]
Gráfico 1.
Opinião das pessoas sobre qual a melhor solução para a
problemática.
Criar ou construir um estacionamento.
Montar um sistema de rodízio.
10%
Abrir os portões mais cedo.
6,67%
10%
43,33%
Está bom como está, já foi pior.
13,33%
Só precisa de organização.
16,67%
Sistema de comunicação entre motoristas
e comerciantes.
Gráfico 2.
É interessante a implantação de um amplo estacionamento?
Sim
Não
30%
70%
Gráfico 3.
TRANSPORTE DE CARGAS
Segundo Caixeta-filho e Martins (2010) os efeitos da infraestrutura sobre as condições
gerais de eficiência da economia são bastante evidentes. A disponibilidade de uma
infraestrutura adequada potencializa ganhos de eficiência ao sistema produtivo, e não só as
empresas individualmente.
[ 62 ]
De acordo com Caixeta-filho e Martins (2010) apud Ashauer (1989) e Barros (1990),
tem-se desenvolvido uma literatura especializada que enfoca as relações entre infraestrutura e
crescimento econômico.
Segundo Caixeta-filho e Martins (2010) apud Easterly e Rebelo (1993), mostram que o
investimento em transporte e comunicação parece estar consistentemente correlacionado com
o crescimento e possui coeficiente elevado.
De acordo com Caixeta-filho e Martins (2010) se os sistemas de infraestrutura não
funcionam adequadamente há um comprometimento das atividades econômicas, com adicional
elevação nos custos. O resultado traduz-se em redução de competitividade dos produtos no
mercado. Esse é o caso da competitividade dos produtos agrícolas no mercado levantado por
Caixeta-filho e Martins (2010) apud Ferreira et al. (1993): embora seja competitivo no que
tange a aspectos de produção e processamento, tem-se verificado que o setor enfrenta
dificuldades internas e externas que são exógenas ao processo produtivo. No que se referem às
dificuldades internas, os principais entraves encontram-se aparentemente relacionados à
comercialização, mais especificamente. Na mesma linha, Caixeta-filho e Martins (2010) apud
Wilknson (1995) também chama a atenção para a importância de uma melhoria radical na
infraestrutura de transportes como uma das medidas mais importantes da competitividade.
Conforme Caixeta-filho e Martins (2010) o contexto infraestrutura tem uma variedade
de efeitos benéficos sobre a sociedade, tais como aqueles referentes à disponibilidade de bens,
à extensão dos mercados, à concorrência, aos custos das mercadorias, à especialização
geográfica e a renda da terra.
Para Caixeta-Filho e Martins (2010) primeiramente, os transportes têm a função básica
de proporcionar elevação na disponibilidade de bens ao permitirem o acesso a produtos que de
outra maneira não estariam disponíveis para uma sociedade ou estariam apenas a um elevado
preço. Têm, assim, a função econômica de promover a integração entre sociedades que
produzem bens entre si.
Segundo Caixeta-Filho e Martins (2010) apud Locklin (1954) enfatiza a especialização
geográfica e os ganhos de bem-estar que as sociedades envolvidas possam alcançar são
inteiramente dependentes dos transportes.
[ 63 ]
De acordo com Caixeta-filho e Martins (2010) apud Muskin (1983) a infra-estrutura
física inter-relaciona interesses da comunidade e das empresas.
Conforme Caixeta-filho e Martins (2010) apud Barat (1969), o investimento em
transportes é estratégico para uma política de desenvolvimento econômico, principalmente se é
levada em conta sua alta relação capital-produto. Embora na prática sejam observadas
correlações positivas entre incrementos nas facilidades de transportes e acréscimo de produto,
tudo indica que o investimento em transporte deve ser entendido como uma soma de recursos
disponíveis que é desviada para a futura geração.
CEASA-PE
A entidade e seus objetivos
História
De acordo com Ceasa-pe (2013) A nova CEASA/PE passou a existir como Organização
Social (OS) no dia 2 de fevereiro de 2004. Deixou de funcionar como empresa de economia
mista, mas se baseia numa experiência acumulada por mais de quatro décadas de apoio à
política governamental de abastecimento atacadista de hortigranjeiros. Nesse campo, tornou-se
pioneira no Brasil, Depois dela foram espalhadas em quase todas as capitais e grandes cidades
do território nacional unidades congêneres.
Regulamento De Mercado
Dentre os regulamentos de mercado da CEASA-PE destacam-se os seguintes:
CAPÍTULO XII
Dos serviços de apoio à comercialização.
Art. 62 - Para complementação das facilidades proporcionadas de acordo com as próprias
finalidades do Entreposto, a CEASA-PE/O.S poderá criar serviços de apoio ao mercado
preconizado na Lei Federal nº 5.727 de 04 de Novembro de 1961 e Decreto Federal nº 70.502
de 11 de Maio de 1972, tais como:
[ 64 ]
Parágrafo Único - A CEASA-PE/O.S poderá a critério da Diretoria, explorar de forma direta
ou terceirizada ou por convênio, os serviços de apoio constantes deste Artigo, podendo,
mediante Portaria, fixar as correspondentes taxas e critérios.
CAPÍTULO XIII
Da movimentação de mercadorias.
Art. 63 - Os serviços de movimentação de mercadorias no recinto da CEASA-PE/O. S poderão
ser executados pelos seguintes usuários:
Proprietários de mercadorias e seus auxiliares, desde que devidamente cadastrados e
credenciados;
Carregadores autônomos cadastrados e credenciados, de acordo com a respectiva categoria;
Carregadores com carro de mão, desde que cadastrados e credenciados pela CEASA-PE/OS.
§1º- Os executores das atividades citadas nos incisos I, II e III deverão se identificar, através de
carteira ou crachá fornecido pela CEASA-PE/O.S e/ou entidades que o represente.
§2º- Em casos especiais e, quando autorizados por escrito pelo Departamento de Mercado com
a anuência da Diretoria Técnica Operacional, outros interessados poderão realizar estas tarefas,
sempre que constatada a deficiência nestes serviços.
Art. 64 - A utilização de pessoas na atividade de movimentação de mercadorias, que não se
enquadre no disposto do Artigo anterior e seus parágrafos, implicarão em infração a este
Regulamento, ficando o contratante dos serviços sujeitos às sanções previstas para a sua
categoria de usuário, sendo-lhe aplicada à multa.
Art. 53 - Não será permitida a ocupação de área reservada ao trânsito e circulação, para
exposição de mercadorias, embalagem e beneficiamento de produtos, ressalvados os casos de
conveniência operacional.
§1º- Uma vez concluída a operação de descarga de todo e qualquer produto no âmbito interno
da CEASA-PE/O.S, o respectivo veículo deverá ser retirado de imediato, das plataformas ou
lojas e estacionado em área especialmente indicada para esse fim. Ressalte-se ainda que o
processo de descarga não deverá exceder o período de 24h, a partir do horário da emissão do
[ 65 ]
romaneio, excetuando-se os casos de cargas de grande porte, ou seja, veículos com peso
superior a 28.000kg. Que terão acrescidos mais um ciclo comercial para concluir o descarrego
ou em outros casos especiais com a prévia autorização do Departamento de Mercado;
§2º- Somente em casos excepcionais e com expressa autorização do Departamento de Mercado,
será permitido o pernoite de caminhões descarregados na área interna da CEASA-PE/O.S
§3º- O não cumprimento das Normas contidas nos parágrafos anteriores acarretará o
pagamento de multa pelo permissionário.
CAPÍTULO XIV
Do horário de funcionamento.
Art. 65 - Será estabelecido, em função da compatibilização da operação do mercado, horários
específicos para as atividades necessárias.
§1º- Os horários serão fixados em Portaria e poderão sofrer variações de acordo com as
necessidades locais e regionais.
§2º- Qualquer autorização fora do horário normal não poderá descaracterizar, em absoluto,
o horário geral fixado.
Art. 66 - O não cumprimento do horário estabelecido pela CEASA-PE/O.S, implicará na
aplicação das penalidades previstas neste Regulamento.
Nº
DE TIPO
DE
ORDEM INFRAÇÃO
06
Desobedecer
desacatar
DO A
ART.
REGULAMENTO DE FATOR
MERCADO
ou Inciso VI do Art. 27
50
B
MAIOR VALOR
TPRU(2) AxB
9,32
ordens
R$
466,00
de Diretoria ou
funcionários
C
da
Central
Tabela 1. Tabela de penalidades. Fonte: www.ceasape.org.br/regulamento.
Taxas de entrada para veículos carregados
[ 66 ]
07
Descumprir
os Inciso VIII do Art. 27
horários
de
25
9,32
R$
233,00
funcionamento do
Mercado
10
Ocupação
de Art.53
12
9,32
passarelas e áreas
R$
111,84
de trânsito
11
Veículos
Parágrafo I do Art. 53
25
9,32
estacionados nas
R$
233,00
plataformas após
descarga (1) ou
exceder
período
24h
para
descarregar
14
Movimentar
Incisos I, I e III Art.63 25
9,32
mercadorias com
pessoas
R$
233,00
não
credenciadas
24
Lavagem
de Inciso XVIII Art.75
12
9,32
veículos em locais
R$
111,84
não apropriados
25
Estacionar
veículos
Inciso XVI Art.75
25
de
lugar
R$
233,00
qualquer espécie
em
9,32
que
possa obstruir ou
dificultar o tráfego
Utilitário
R$ 54,00
F.4000
R$ 108.00
[ 67 ]
½ F.4000
R$ 54,00
Mercedinha
R$ 112,00
½ Mercedinha
R$ 56,00
Caminhão toco / similar
R$ 156,00
½ Similar Caminhão toco / similar
R$ 108,00
Caminhão truck / carreta
R$ 162,00
½ Similar caminhão truck / carreta
R$112,00
¼ Caminhão
R$ 56,00
Tabela 2. Tabela das taxas. Fonte: (DTO) Departamento Técnico Operacional.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
De acordo com nossas pesquisas e estudos concluímos que devido ao grande fluxo de
movimentação e falta de espaço proveniente para receber e alocar a grande quantidade de
caminhões de cargas que chegam para abastecer os comerciantes dentro da CEASA/PE. Existe
uma dificuldade na mobilidade interna na CEASA-PE que ocasiona transtorno, riscos, perca de
tempo, falta de organização e de logística o que acarreta a insatisfações e causa estresse para a
população que frequenta diariamente o local. A mobilidade da CEASA/PE tem que ser acessível
a todos que circulam ao local, pois a um fluxo alto de pessoas e veículos.
Verificamos que há recurso para usar a favor de melhorias na mobilidade interna da
CEASA/PE, mas há normas internas que não estão sendo aplicadas para a melhoria da
mobilidade de transportes, pois são cobradas taxas de entrada para veículos no valor da
quantidade da carga entregue.
A própria entidade possui dentro de seu território um terreno que foi cedido pelo (DNER) onde
nele pode ser desenvolvida a solução para melhorar a mobilidade dos veículos de carga que
operam dentro da mesma.
De acordo com a pesquisa realizada com a população no local identificamos e extraímos
informações dos pesquisados sobre o que fazer construir ou implantar de essencial para resolver
[ 68 ]
de vez a problemática da CEASA/PE, e chegamos à conclusão de que a necessidade de construir
um estacionamento no terreno cedido pelo (DNER) para suporte aos caminhões, tirando-os das
ruas vai facilitar o fluxo e a atividade logística e evitar engarrafamento no local.
REFERÊNCIAS
FALCÃO, Thulio. Gestor da Ceasa recebe medalha. Disponível em:
www.folhape.com.br/cms/opencms/folhape/pt/edicaoimpressa/arquivos/2012/Agosto/04_08_
2012/0049. Acesso em: 27 nov. 2013.
CAIXETA-FILHO, José Vicente; MARTINS, Ricardo Silveira (Org.). Evolução Histórica da
Gestão Logística do Transporte de Cargas. In: CAIXETA-FILHO, José Vicente; MARTINS,
Ricardo Silveira. Gestão Logística do transporte de Cargas. São Paulo: Atlas S/, 2010. p. 1522.
CAIXETA-FILHO, José Vicente; MARTINS, Ricardo Silveira (Org.) apud Ashauer (1989) e
Barros (1990). Evolução Histórica da Gestão Logística do Transporte de Cargas. In:
CAIXETA-FILHO, José Vicente; MARTINS, Ricardo Silveira. Gestão Logística do
transporte de Cargas. São Paulo: Atlas S/, 2010. p. 15.
CAIXETA-FILHO, José Vicente; MARTINS, Ricardo Silveira (Org.) apud Easterly e Rebelo
(1993). Evolução Histórica da Gestão Logística do Transporte de Cargas. In: CAIXETAFILHO, José Vicente; MARTINS, Ricardo Silveira. Gestão Logística do transporte de
Cargas. São Paulo: Atlas S/a, 2010. p. 15.
CAIXETA-FILHO, José Vicente; MARTINS, Ricardo Silveira (Org.) apud Ferreira et al.
(1993). Evolução Histórica da Gestão Logística do Transporte de Cargas. In: CAIXETAFILHO, José Vicente; MARTINS, Ricardo Silveira. Gestão Logística do transporte de
Cargas. São Paulo: Atlas S/a, 2010. p. 16.
CAIXETA-FILHO, José Vicente; MARTINS, Ricardo Silveira (Org.) apud Wilknson (1995).
Evolução Histórica da Gestão Logística do Transporte de Cargas. In: CAIXETA-FILHO, José
Vicente; MARTINS, Ricardo Silveira. Gestão Logística do transporte de Cargas. São Paulo:
Atlas S/a, 2010. p. 16.
[ 69 ]
CAIXETA-FILHO, José Vicente; MARTINS, Ricardo Silveira (Org.) apud Locklin (1954).
Evolução Histórica da Gestão Logística do Transporte de Cargas. In: CAIXETA-FILHO, José
Vicente; MARTINS, Ricardo Silveira. Gestão Logística do transporte de Cargas. São Paulo:
Atlas S/a, 2010. p. 18.
CAIXETA-FILHO, José Vicente; MARTINS, Ricardo Silveira (Org.) apud Muskin (1983).
Evolução Histórica da Gestão Logística do Transporte de Cargas: Transporte e
Desenvolvimento econômico. In: CAIXETA-FILHO, José Vicente; MARTINS, Ricardo
Silveira. Gestão Logística do transporte de Cargas. São Paulo: Atlas S/a, 2010. p. 20.
CAIXETA-FILHO, José Vicente; MARTINS, Ricardo Silveira (Org.) apud Barat (1969).
Evolução Histórica da Gestão Logística do Transporte de Cargas: Transporte e
Desenvolvimento econômico. In: CAIXETA-FILHO, José Vicente; MARTINS, Ricardo
Silveira. Gestão Logística do transporte de Cargas. São Paulo: Atlas S/a, 2010. p. 20.
CEASA-PE. CEASA Pernambuco. Disponível em: www.ceasape.org.br. Acesso em: 15 nov.
2013.
CEASA-PE. A ENTIDADE E SEUS OBJETIVOS. Disponível em:
www.ceasape.org.br/aentidade. Acesso em: 15 nov. 2013.
CEASA-PE. LOCALIZAÇÃO. Disponível em: www.ceasape.org.br/localizacao. Acesso em:
15 nov. 2013.
CEASA-PE. História. Disponível em: www.ceasape.org.br/historia. Acesso em: 15 nov. 2013.
CEASA-PE. REGULAMENTO DE MERCADO. Disponível em:
www.ceasape.org.br/regulamento. Acesso em: 27 nov. 2013.
CEASA-PE. Mapa Geral. Disponível em: www.ceasape.org.br/mapa_ceasa. Acesso em: 27
nov. 2013.
[ 70 ]
6. O ENDOMARKETING COMO FERRAMENTA DE GESTÃO E
ESTRATÉGIA.
RESUMO.
Juntamente com o marketing, observou-se que para as empresas que visavam uma liderança no
mercado e a aceitação de novos produtos, era preciso ter uma preocupação primeiramente com
seus funcionários, que são os seus primeiros clientes. Essa ferramenta se viu tão importante que
adaptou os conceitos de marketing 4P’s (preço, produto, ponto de distribuição e promoção),
para 4C’s (companhia, custos, coordenadores e comunicação), surgindo um novo composto, o
Marketing Interno, que futuramente, viria a se chamar Endomarketing - “Endo” vem do grego
e quer dizer “ação interior ou movimento para dentro” - voltando sua preocupação com esse
público. Vários dos autores em suas obras pesquisadas, classificam o endomarketing como
indispensável para as empresas. Viu-se também que existem muitas dificuldades para
implementação dessa ferramenta por se tratar diretamente com seres humanos e suas ambições.
Mas por fim, também foi visto que feita de forma correta a prática dessa ferramenta, a longo
prazo, se sai muito benéfica às empresas, lhes gerando lucro, fidelização de seus consumidores
e maior competitividade no mercado.
Palavras-chave: endomarketing, gestão de pessoas.
ABSTRACT.
Along with marketing , noted that for companies aimed at leadership and market acceptance of
new products , it was necessary to be concerned primarily with their employees , who are their
first customers . This tool was seen as important that adapted the concepts of marketing 4P's
(price, product, point of distribution and promotion) to 4C's (company, costs, coordinators and
communication) coming a new compound, Internal Marketing , that future would be called
Endomarketing - " Endo " comes from Greek and means " inner action or inward movement "
- Turning his concern for the public. Several of the authors in their works surveyed classify
internal marketing as essential to businesses. Saw also that there are many difficulties in
implementing this tool because it directly with humans and their ambitions. But finally, it was
also seen that done correctly practice this tool for long term , does very beneficial to
companies, their profit generating , loyalty of their customers and greater market
competitiveness.
Keyword: internal marketing, people management.
INTRODUÇÃO.
Neste artigo, será observado uma ferramenta, que pouco a pouco vem se mostrando
eficaz quanto à sua implementação, o endomarketing como ferramenta de gestão e estratégia,
irá explanar essa ferramenta que juntamente com os setores de logística, de marketing , recursos
[ 71 ]
humanos e administração. Devidamente planejado e posto em prática, agrega valor às empresas
lhes gerando lucros.
Problematização
Observando a sua história, as necessidades de gestão e o mercado, o endomarketing é
uma ferramenta eficaz para o bom gerenciamento interno de uma empresa, onde em médio ou
longo prazo garante maior lucratividade.
Hipótese
O endomarketing melhora a comunicação interna dos seus funcionários, de todos os
setores, fazendo com que eles melhorem sua visão para com a empresa para o seu futuro
profissional, refletindo em uma melhor qualidade dos seus produtos e/ou serviços, e com isso
ter uma lucratividade futura maior.
OBJETIVOS
Objetivo Geral
Mostrando que o endomarketing é uma ferramenta de gestão, mostrando que com
práticas simples, se podem mudar – ou procurar melhorar – questões de relacionamento interno
e motivando funcionários no seu ambiente de trabalho. Melhorando assim, a visão de uma
empresa de “dentro para fora”. Tanto dos seus clientes internos e consequentemente a fidelidade
dos seus consumidores.
Objetivos Específicos
Levantar questões de gerenciamento interno e de motivação para com os funcionários,
a criação de valor, como diferencial em um ambiente competitivo;
[ 72 ]
Indicar características dos gestores, administradores e do marketing, integrados diante
de práticas mercadológicas de relacionamento, que são essenciais a qualquer empresa que
almeje o sucesso;
Analisar e propor ferramentas de gestão para melhoramento de práticas de convívio com
o seu primeiro cliente (segundo o endomarketing), sua implementação e sua eficácia.
METODOLOGIA
Este artigo de caráter bibliográfico, através de livros, artigos, monografias, trabalhos
acadêmicos, vídeos de palestras de conhecedores e especialistas do assunto, revistas e históricos
de empresas das quais vêm usando essa ferramenta, visando uma maior lucratividade para suas
empresas e integrando o máximo de setores. Buscou se compreender e apresentar ferramentas
do endomarketing. Uma ferramenta cada vez mais essencial para o mercado atual, originada da
preocupação dos setores de recursos humanos e administração para a gestão de pessoas. O
endomarketing vem se mostrando eficaz e lucrativo, para empresas de pequeno, médio e grande
portes, entre um médio á longo prazo de implementação.
O Endomarketing: conceito e surgimento.
Os pioneiros no desenvolvimento de projetos de endomarketing foram os japoneses e
foi a partir da administração participativa que surgiram grandes projetos no mundo ocidental
(BRUM 1998, p.13). A especialista no assunto Analisa de Medeiros Brum, dá continuidade a
essa questão citando que foram os japoneses que na década de 50 mostraram aos americanos
que trabalhar em grupo pode ser mais rentável, pelo fato do endomarketing ser uma decorrência
da necessidade de motivar pessoas, tais técnicas de comunicação influenciam até hoje o modo
de gerir pessoas nas empresas.
Segundo (GRONROOS, 2007), a expressão “marketing interno” foi usada
primeiramente na literatura de marketing em 1970, segundo ele:
As observações da existência de um marketing dirigido para funcionários e a
necessidade de empresas de serviço a promoverem campanhas e ofertas internamente
provavelmente foi feita primeiramente por Eigler e Langeard na França, em um artigo de
[ 73 ]
trabalho publicado em 1976, embora eles não tenham usado explicitamente a expressão
“marketing interno”. No mesmo ano, Sasser e Aribeit abordaram a questão de “vender tarefas
para os funcionários” e discutiram recrutamento, treinamento, motivação, comunicação interna
e retenção de pessoal com inclinação para serviços, como aspectos dessa tarefa interna”.
(GRONROOS 2003, p.259).
O endomarketing é conceituado como um processo cujo foco é alinhar, sintonizar e
sincronizar, para implementar e operacionalizar a estrutura organizacional de marketing da
empresa, onde algumas estão implantando essa ferramenta como uma estratégia de atuação e
lucratividade, que visa e depende da ação para o mercado e a sociedade.(BEKIN 2004 apud
GOMES 2011).
(GRONROOS, 2007) Usada como uma ferramenta eficaz nos dias atuais, o marketing
interno surgiu como uma ferramenta de gestão, para levantar o moral de funcionários, ou seja,
profissionais motivados, que saibam o que estão fazendo e façam corretamente e que consigam
agir de acordo com o foco do negócio da sua empresa e/ou do seu cliente, visado por
profissionais de administração e recursos humanos, com o intuito de dar motivação e atitude.
“Endo” vem do grego e quer dizer “ação interior ou movimento para dentro”, com a
palavra inglesa marketing, portanto, juntando “endo” + “marketing”, formamos a palavra
“endomarketing”, um termo criado no Brasil por Saul Fangaus Bekin em 1990 (registrado como
uma marca no INPI - Instituto Nacional da Propriedade Industrial em 1995) para referir-se aos
fundamentos ou técnicas do “marketing voltado para dentro das empresas” cujo conceito é de
tal forma complexo, que não há tradução correspondente em língua portuguesa. Porém, essa é
a definição básica dada por muitos especialistas. (BEKIN 2004 apud GOMES 2011).
O endomarketing é, portanto, marketing para dentro, para um melhor alinhamento, ou
seja, para que todos caminhem na mesma direção, alinhar a estratégia de uma empresa e orientar
acerca das ações que a empresa deve utilizar. Sincronizar todos os processos, devendo acontecer
em harmonia, fazendo com que todos entendam suas partes em um processo. É a utilização de
modernas ferramentas de marketing, ações gerenciadas de marketing, porém, dirigidas ao
público interno das organizações.
Por volta da década de 90, Bekin lançou o livro “Conversando sobre endomarketing”,
que foi o primeiro livro de referência sobre o assunto, e segundo ele, o endomarketing tem a
seguinte definição:
[ 74 ]
Endomarketing consiste em ações de marketing dirigidas para o público interno da
organização. Sua finalidade é promover entre os funcionários e os departamentos os valores
destinados a servir o cliente ou, dependendo do caso, o consumidor. Essa noção de cliente por
sua vez, transfere-se para o tratamento dado aos funcionários comprometidos de modo integral
com os objetivos da empresa. O comprometimento implica a adesão aos valores e objetivos da
empresa por meio do endomarketing e pressupõe o trabalho em equipe, em um contexto
marcado pela cooperação e pela integração dos vários setores da organização. (BEKIN 2004
p.3 apud GOMES 2011, p.28).
Observando as novas práticas e ferramentas de marketing interno, Inkotte criou essa
adaptação do composto do marketing (4 P’s) de ferramentas focadas para dentro das empresas,
transformando para o composto do endomarketing (4 C’s). O que pode ser feita dessa forma,
observando em cada item separadamente visando uma satisfação do cliente interno e na
reestruturação de organização a cada composto de Endomarketing separadamente:
Composto de Marketing
Composto de Endomarketing
Adaptada para atender as
Planejado
para
atender
necessidades
as
expectativas do cliente
necessidades e expectativas do
consumidor,
PREÇO
permitindo
interno, como diferencial
bons
COMPANHIA
resultados à empresa.
Fixação de preços, em função dos
PRODUTO
custos de produção e fatores de
mercado.
e
competitivo.
Investimentos
em
remuneração
de
funcionários,
CUSTOS
treinamentos
implementação
e
do
endomarketing.
Seleção e controle das vias de
PONTO
DE
DISTRIBUIÇ
ÃO
distribuição, para colocar o produto
Responsáveis por levar à
à disposição em tempo e locais
adequados.
COORDENADORES
prática o endomarketing.
Atividades
diversificadas
[ 75 ]
de
PROMOÇÃO
Atividades
promocionais
que
COMUNICAÇÃO
abrangem propaganda, promoção de
disseminação e coleta de
informações.
vendas e força de vendas.
Quadro 1: O composto de Endomarketing
Fonte: Inkotte (2000, p. 109).
Inkotte (2000, p. 106), considera o endomarketing a gestão dos processos e instrumentos
de comunicação interna, com a finalidade de motivar e integrar os funcionários, tornando-os
mais abertos a mudanças. Afinal, toda empresa além de ter um produto de qualidade, um nome
respeitado no mercado, uma marca bem considerada, no final das contas, visam o lucro. O
endomarketing funciona como implementador do conceito de marketing interno na
organização.
Dificuldades no gerenciamento da implantação do endomarketing em uma empresa.
Segundo (GRONROOS, 2007), para um gerenciamento eficaz desse tipo de gestão, a
empresa não alcançará o sucesso com funcionários que não são adequadamente treinados, têm
atitudes ruins em relação a seu serviço e aos clientes internos e externos, e não obtêm suporte
adequado de sistemas, tecnologia, prestadores internos de serviços, e de seus gerentes e
supervisores. Por tanto, o Marketing Interno é uma estratégia gerencial.
Kotler e Keller (2006 p. 18) afirmam que o marketing interno é a tarefa de contratar,
treinar e motivar funcionários capazes que queira atender bem os clientes. Profissionais de
marketing inteligentes reconhecem que as atividades de marketing dentro da empresa podem
ser tão importantes quanto às atividades de marketing dirigidas para fora da empresa – senão
mais importantes. Não tem sentido prometer um serviço excelente antes que a equipe esteja
pronta para fornecê-lo. O marketing interno requer que todas as pessoas da organização
aceitem os conceitos e objetivos do marketing e se envolvam na escolha, na prestação e na
comunicação do valor para o cliente. Ao longo dos anos o marketing evoluiu: de um trabalho
executado apenas pelo departamento de vendas, transformou-se em grupo complexo de
atividades, espalhadas por toda a organização.
Segundo (GRONROOS, 2007) em seu livro Marketing: Gerenciamento e Serviços, diz:
As atitudes e a motivação dos funcionários já vêm sendo há muito tempo uma preocupação dos
[ 76 ]
profissionais de administração e recursos humanos. Entretanto, a noção de marketing interno
trouxe três novos aspectos para o gerenciamento de recursos humanos de uma empresa: Os
funcionários são um primeiro mercado, um mercado interno - que os mesmos comprem a
missão, filosofia, visão e valores da empresa para ofertas da empresa - a clientes externos, bem
como para seus programas de marketing externo.
Abordagem ativa, coordenada e focada, toda ação de endomarketing começa com uma
ação de comunicação, focada em metas para todos os esforços orientados aos funcionários que
combinem esses esforços e processos internos com a eficiência externa da empresa (isto é, com
o marketing interativo para conseguir uma qualidade percebida de serviço bem-sucedida).
Ênfase sobre a necessidade de considerar pessoas, funções e departamentos internos à
empresa como clientes internos para os quais devem ser prestados serviços focados no cliente,
da mesma maneira que são prestados aos clientes. (GRONROOS, 2007, p.338)
Analisa de Medeiros Brum (BRUM 2005, p.06) em seu livro Face a Face com o
Endomarketing, onde ela aborda o papel estratégico das lideranças no processo de informação,
objetiva seu livro para uma outra via da comunicação interna, que nada tem a ver com jornais,
painéis, cartazes, banners e produtos eletrônicos. Uma via que se dá de forma verbal e que
exige o contato olho no olho, face a face. Uma via complementar a tudo o que se tem planejado,
criado e produzido em sua agência (que foi a primeira a tratar especialmente sobre
endomarketing no Brasil). Ela destaca pontos que devem assumir seu papel de comandante nos
processos de informação:
O amor como a melhor estratégia - A linguagem empresarial vem mudando ano a ano.
Podemos dizer que, na década de 90, as empresas empenharam-se na absorção de novos
conceitos e técnicas de gestão. Uma das grandes mudanças dessa época foi deixar de chamar o
empregado de funcionário e passar a chamá-lo de colaborador. E como colaborador, o
empregado passou a ter um grau de importância maior, se não na prática, pelo menos no
discurso dos líderes empresariais. Talvez por isso, ao longo de muitos anos, as empresas
restringiram-se a dizer que o seu público interno era importante, mas sem necessariamente
demonstrar esse sentimento, ou seja, sem corporificá-lo. Ocorre, no entanto, o ser humano está
em constante evolução e, dentro desse processo: pensamentos podem tornar-se ações; ações
podem tornar-se hábitos; hábitos podem determinar o caráter e o caráter, determinar nosso
destino. Em outras palavras, a evolução dos conceitos na mente e no coração das pessoas fez
[ 77 ]
com que as empresas tivessem que se preocupar com a prática e o endomarketing passou a ser
um conjunto de técnicas e estratégias que permitiram a elas mostrarem aquilo que estavam
dizendo ao mercado.
A informação como o melhor caminho - A informação é o produto da comunicação e
do marketing interno e a principal estratégia de aproximação entre a empresa e seus
empregados. As lideranças entendam que possuem um papel importante e complementar aos
canais, instrumentos e ações de comunicação interna no repasse da informação. Há séculos as
empresas vêm sendo representadas por uma pirâmide. E por mais inovações conceituais e
tecnológicas que aconteçam, essa figura continua sendo uma das melhores formas de se
representar, de forma simples, uma estrutura organizacional. Na verdade, a pirâmide é um velho
conceito herdado de séculos de guerras e monarquias.
A felicidade como o melhor resultado - Isso parece não ser novidade, mas quando
percebido como uma ferramenta geradora de felicidade, pode ser usada pelas lideranças para
despertar nas pessoas a aspiração por construir uma obra e por superar desafios. Incentivar uma
pessoa a sentir-se orgulhosa da empresa na qual trabalha e/ou do trabalho que executa não é
uma tarefa para amadores e, sim, para gerentes que possuem a capacidade de influenciar
pessoas. Entretanto, a motivação é algo intrínseco, o que faz com que nenhum líder, por melhor
que seja, tenha a capacidade de colocá-la na mente de um empregado. O que ele pode fazer é
proporcionar um ambiente no qual o orgulho encontre espaço para existir.
Estratégia para a gestão e implementação do endomarketing e sua eficácia.
Para (BRUM 1998, p.53 - 70), há fatores que determinam o sucesso ou o fracasso de
um programa de endomarketing e devem ser considerados quando realizado o seu
planejamento. São eles:
A valorização da cultura da empresa: quando se fala em cultura, se fala de valores,
crenças e comportamentos que permeiam a empresa, o que “sai” da empresa é reflexo da cultura
interna, cada empresa tem um tipo de cultura, exatamente porque constitui uma organização de
seres humanos, seus hábitos e seus costumes;
Endomarketing como um processo educativo: não existe mudança sem que as pessoas
sejam educadas para isso. É preciso educar sobre o que as pessoas pensam e falam internamente
[ 78 ]
antes de ir a público e o endomarketing é um processo educativo, se o produto da comunicação
interna é a informação e se o treinamento é uma forma de se transmitir informação e
conhecimento, pode-se dizer que o treinamento é um dos mais importantes instrumentos do
endomarketing;
Instrumentos que encantem o público interno: um profissional de comunicação social
ou de recursos humanos que tenha sob sua responsabilidade um programa de endomarketing
deve administrar a criatividade e o incentivo, que para motivar as pessoas, elas precisar se sentir
úteis, identificando grandes ideias e buscando os recursos necessários para que os instrumentos
criados consigam encantar o público interno;
Informação como responsabilidade da empresa: o desafio está na continuidade do
processo, é preciso mostrar ao colaborador que ele faz parte de um projeto, o endomarketing
trabalha a informação, de forma a contribuir para que os objetivos e as metas globais da empresa
sejam alcançados com a participação dos colaboradores;
As mensagens devem ser simples, curtas e claras: utilizando os instrumentos de
comunicação interna para trabalhar a informação sobre o que a empresa faz pelo funcionário,
além de pagar o seu salário, a linguagem utilizada em um programa de endomarketing tem o
compromisso da construção de um significado quanto às certezas e expectativas da empresa na
cabeça e no coração dos envolvidos;
A verdade e a mentira sempre aparecem: Em comunicação interna, a verdade parece ser
inalcançável por si só, pois é mediada pelas versões decorrentes dela mesma. Internamente, nas
empresas, não há fatos, há versões. Afinal, tudo o que resta de um fato é a narrativa sobre ele;
O impacto visual a partir dos instrumentos: O aprendizado se dá 75% pela visão e apenas
12% pela audição, o que significa que uma rádio interna tem muito menos eficácia do que um
jornal interno, um vídeo ou um painel motivacional. Esse é o principal motivo pelo qual os
instrumentos de comunicação interna devem ter um grande impacto aos olhos do público
interno.
(SIMÕES 2001, p.17 - 20) A partir da releitura de (PONCE 1995, SOUZA 1991, e
SOUZA, A. & SANTOS, G.1992) um projeto de endomarketing, incluindo as atividades, meios
e estratégias que o melhor caracterizam (ressalva-se que a abrangência, a complexidade e a
relevância de cada um dos aspectos que o compõe dependerão das especificidades da
[ 79 ]
organização e de seus objetivos estratégicos) um plano bem feito é mais do que um instrumento
de incentivo ao funcionário, pois, além de motivá-lo, estimula o seu espírito aprendiz,
proporcionando, consequente crescimento profissional. Após todas essas etapas, a ideia é
levada até o cliente e, se tudo estiver de acordo com a sua visão sobre o problema, é aprovada
a estruturação e a implementação de um projeto de endomarketing devem, dependo dos
objetivos estratégicos e as especificidades da organização, de acordo com as atividades de sua
competência e também com base nos objetivos e valores da empresa, sob a coordenação da sua
chefia imediata, onde é proposto para a implementação de um projeto de endomarketing
contando com sua relevância e sua complexidade considerar as seguintes etapas onde se
caracterizam as atividades, meios e estratégias:
Análise do ambiente: busca caracterizar o ambiente externo e interno da empresa. Pensar
globalmente e agir localmente. Onde serão avaliadas características como disponibilidade,
atenção, boa vontade e facilidade de relacionamento com outras áreas e com funcionários de
todos os níveis na empresa. A comunicação interna bem feita é aquela que estabelece a
proximidade, que respeita e valoriza o ambiente e as condições de trabalho de cada colaborador
onde quer que ele esteja. O ambiente externo inclui os aspectos que influenciam fortemente as
relações de trabalho entre a organização, o empregado e o cliente, ou seja, os fatores
econômicos, políticos, legais, tecnológicos e socioculturais.
Diagnóstico da situação: visa analisar e avaliar os diferentes fatores (positivos e
negativos, internos e externos) presentes na relação organização-empregado-cliente que
influenciam na realização dos objetivos organizacionais. Identificar o essencial, o importante
ou o complementar para a relação empresa/empregado. Ao começar um processo de
comunicação interna e de endomarketing. Para tanto, no foco interno, podem ser utilizados
questionários autopreenchíveis ou discussões em grupo junto à alta administração, cujos
resultados permitirão conhecer as percepções e opiniões do pessoal em relação à situação de
trabalho, bem como focos de tensão entre as áreas funcionais, pouca consciência dos
empregados em relação à missão, problemas de baixa moral no grupo e falta de conhecimento
sobre o papel desempenhado.
Determinação dos objetivos do projeto de endomarketing: com base no diagnóstico da
situação elaborado anteriormente, torna-se possível listar os objetivos (gerais e específicos) que
potencializarão as oportunidades e minimizarão as ameaças identificadas. Em termos gerais, os
objetivos podem ser classificados em dois níveis: estratégico (que consiste em assegurar que os
[ 80 ]
empregados sejam motivados a atingir uma performance orientada para o cliente e para o
serviço) e tático (que visa garantir a venda de serviços, campanhas e esforços de marketing aos
empregados).
Levantamento dos custos de implementação: Contratar uma empresa ou profissional
especializado em diagnósticos para ouvir os colaboradores sobre quando, como e o meio pelo
qual a empresa se comunica com eles. Investir em um bom clima organizacional aumenta a
produtividade, agiliza as decisões e baixa a rotatividade de pessoal. As pessoas falam com mais
facilidade quando estão diante de profissionais que não fazem parte da empresa. Um projeto de
endomarketing requer um maior engajamento dos recursos humanos (incluindo demanda de
tempo em todos os níveis da organização), mudanças significativas no comportamento, uma
equipe de desenvolvimento e implementação do programa e um orçamento (que, muitas vezes,
funciona mais como um redirecionador de custos e recursos).
Determinação dos instrumentos de avaliação: nesta fase, em que uma questão de postura
e de valores de uma corporação, por isso contribui para influenciar positivamente o
comportamento do público interno, são especificados parâmetros a serem utilizados para
verificar se os resultados esperados foram atingidos. Tipo: encerrar os grupos focais no
diagnóstico de comunicação interna sem prometer uma devolutiva. Informe apenas que as
contribuições de cada um servirão para melhorias no processo de comunicação interna da
empresa e que serão percebidas por todos no dia a dia.
CONCLUSÃO
Foi visto que o endomarketing, são ações de marketing, eticamente dirigidas ao público
interno de uma organização, para alinhamento, sintonização, sincronização e implementação
de processos. Diante de um mercado, cada vez mais competitivo, as empresas têm de se manter
atentas em todas as situações mercadológicas, para continuar crescendo ou se manter diante
seus concorrentes. Independente do seu segmento, a empresa necessita de um diferencial.
A visão ao elaborar uma ferramenta como o endomarketing, que lida com o ser humano,
deixa claro que possui o intuito de melhorar o desempenho produtivo e profissional, para que
os resultados passem dos clientes internos para os clientes externos, consequentemente,
aumentando a sua receita. Afinal o que uma empresa quer além de um produto de qualidade e
[ 81 ]
seu nome e sua marca consolidada, no fim das contas, o que as empresas querem é lucro. E as
empresas deixam de ter lucro, por conta do comportamento de seus funcionários, a má
experiência de clientes junto a um funcionário, em um atendimento que não foi bem feito, um
suporte técnico que não agiu corretamente, um atendente de balcão que foi mal educado, enfim,
todas essas ações geram muitas perdas ás empresas.
O endomarketing, bem elaborado, desenvolvido e executado nos seus detalhes, pode
colher resultados surpreendentes como: lealdade do relacionamento com o público interno,
fortalecimento dos processos de trabalho e aumento do valor de mercado da organização.
E que as empresas precisam de profissionais motivados, que saibam o que estão fazendo
e façam corretamente que, consigam agir de acordo como o foco do negocio da sua empresa
para com o seu cliente, a lucratividade vem a partir do comprometimento de seus funcionários.
Como essa ação trabalha com pessoas, seres humanos. Muitas são as dificuldades,
agradar pessoas e contê-las quanto as suas ambições, não é uma tarefa nada fácil. Saber como
se comunicar é de suma importância para os dias atuais. Mostrar as pessoas que elas são capazes
de, além de se útil, se sentir útil e capaz, e consequentemente lhe motivar quanto a sua função
na organização. E a empresa por sua parte, dar oportunidade para que essas pessoas mostrem
sua capacidade e criatividade, fazendo com que esses funcionários “vistam a camisa” da
empresa, sabendo que o crescimento futuro de ambos será lucrativo não só financeiramente
quanto profissionalmente.
REFERÊNCIAS
BEKIN, Saul Faingaus. Endomarketing: como praticá-lo com sucesso. São Paulo: Prentice
Hall, 2004.
BRUM, Analisa M. Endomarketing como Estratégia de Gestão. Porto Alegre: L&PM, 1998.
BRUM, Analisa M. Um olhar sobre marketing interno. Porto Alegre: L&PM, 2000.
BRUM, Analisa M. Face a face com endomarketing. Porto Alegre: L&PM , 2005.
GOMES, Daiane dos Santos, Endomarketing como Ferramenta de Estratégia de
Valorização do Cliente Interno: Estudo de caso na Loja Ideal Modas. Faculdade Tecsoma
Bacharelado em Administração, Paracatu, 2011
[ 82 ]
GRONROOS, Christian. Marketing: Gerenciamento e Serviços. 3 ed. Rio de Janeiro: Ed.
Elsevier, 2007.
INKOTTE, Alexandre Luz. Endomarketing: elementos para a construção de um marco
teórico. 2000. 144 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) - Curso de
Pós-Graduação em Engenharia de Produção, Universidade Federal de Santa Catarina,
Florianópolis
KOTLER, Philip; KELLER, Kevin L. Administração de Marketing. 12. ed. São Paulo:
Pretice Hall, 2006.
PONCE, Felícia A. Urbina. Marketing Interno: um estudo de caso no setor de franqueado
ramo de perfumaria e cosméticos nas cidades de São Paulo e Osasco. São Paulo 1995. Tese
(Doutorado em Administração) – Departamento de Administração Faculdade de Economia,
Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo.
SIMÕES, Ana Flávia Rodrigues de L., Endomarketing: Fundamentação Teórica e
Aplicação Prática de um Projeto, Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade
- Departamento de Administração, São Paulo 2001
SOUZA, A. e SANTOS, G. Endomarketing: considerações teóricas e práticas de uma
estratégia de integração. In: ANPAD, Marketing, vol. 5. Canela, RS: setembro de 1992, pp.
116-129.
SOUZA, Maria José B. Marketing Interno: um estudo numa indústria de autopeças. São
Paulo, 1991. Dissertação (Mestrado em Administração) – Departamento de Administração da
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo.
[ 83 ]
7. ANÁLISE DE GESTÃO DE ESTOQUE: ESTUDO DE CASO EM UMA
EMPRESA DE PRODUTOS DE LIMPEZA DE AUTARQUIA PRIVADA
SITUADA NA REGIÃO METROPOLITANA DE PAULISTA
RESUMO
A gestão de estoque das empresas e a logística do fluxo de produtos assumem importância e a
necessidade da empresa de elaborar estratégias baseadas nas informações reais, incluindo a sua
constante atualização. A fim de alcançar a qualidade total no gerenciamento do negócio,
diminuindo os custos e aumentando a lucratividade. Constatar que a logística é uma ferramenta
importante para realizar o planejamento, a execução, a verificação e a ação adequada acercam
das técnicas administrativas que devem fornecer a clientes e consumidores melhor nível de
rentabilidade que servem como guia para a tomada de decisões, além das competências e
responsabilidades do administrador. O objetivo do trabalho foi analisar a taxa de ruptura da lã
de aço e compreender as necessidades para atender aos clientes no tempo adequado e na
quantidade requisitada. Observou-se que o estoque mantido pela empresa não supria a demanda
e que havia necessidade de aumento em seu estoque de 44.000 para 54.000 fardos de lã de aço
para que possam atingir a demanda. Também se observou que se faz necessário compra de
novos maquinários e aumento do turno dos trabalhadores envolvidos na produção para suprir a
necessidade de estoque.
Palavras-chave: Gestão de Estoques, Demanda, Planejamento.
ABSTRACT
The inventory management of enterprises and products flow logistics assume importance and
the need of the company to devise strategies based on real information, including its constant
updating. In order to achieve total quality in the business management, reduced costs and
increased profitability. Check the logistics as important tool to perform the planning, execution,
verification and appropriate action approach of administrative techniques to provide clients
and consumers better profitability level that serve as a guide to decision-making, in addition to
the powers and responsibilities of administrator. The objective of this work was to analyze the
rate of rupture of steel wool, and serve customers in a timely manner and quantity ordered. It
was observed that the stock held by the company will not supply the demand and that there was
no need to increase its stockpile of 44,000 to 54,000 bales of steel wool so that they can achieve
the demand.
Keyword: inventory management, demand planning.
INTRODUÇÃO
Conforme ABS-consultoria (2013), a prevenção é necessária diante da necessidade da
empresa de promover mudanças para se adequar a nova realidade do mercado competitivo
[ 84 ]
podendo gerar modificação nas estruturas, nos procedimentos e nos sistemas de informações.
Essas modificações podem afetar diretamente o seu controle interno, que necessita ter
aperfeiçoamento, evitando prejuízos na sua atividade operacional. A necessidade de controle
de perdas e fraudes visando o efetivo crescimento das empresas nas atividades econômicas,
principalmente comércio, fortalecendo o sistema de forma que estes demonstrem segurança e
confiança oferecendo aos seus clientes e consumidores através do comprometimento com a
confiança de seus estoques.
Slack et al. (2007) afirmam que os estoques podem ser considerados como garantias
contra eventos inesperados, pois permitem a conciliação entre demanda e oferta que,
essencialmente, não relaciona-se harmonicamente. Ainda para o autor, “se o fornecimento de
qualquer item ocorresse exatamente quando fosse demandado, o item nunca necessitaria ser
estocado”. O controle dos estoques se mostra confiável, como ferramenta capaz de realizar um
maior domínio e para uma programação saudável em sua produção. A logística é utilizada como
ferramenta de apoio ao sistema de gestão, adequando a distribuição de materiais, manuseio dos
produtos e controle de seus estoques e onde a consultoria contratada irá explanar as vantagens
que elas obtêm por possuir um bom sistema de informação para um aperfeiçoamento do
controle interno.
O conhecimento dessa situação do estoque é fundamental para realização das alterações
e melhoria continua, para que as possibilidades positivas no custo/benefício, para o crescimento
da empresa e o pronto atendimento ao consumidor.
2. OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Analisar a taxa de ruptura dos produtos de limpeza, e atender aos clientes no tempo
adequado e na quantidade requisitada;
Objetivos Específicos
•
Propor mecanismo para aumento do lucro da Empresa através de gerenciamento do
estoque;
[ 85 ]
•
Propor mecanismo de Redução das falhas ocasionadas na programação da produção,
diante do quantitativo e prazo requisitados pelos clientes.
PROBLEMATIZAÇÃO
Diante da situação do nível de ruptura da falta do produto nos expositores das lojas,
onde normalmente o consumidor vai buscá-lo e nos estoques do setor da Lã de aço, devido a
divulgação do setor marketing e do extremo sucesso das vendas do produto, ocasionou a falta
do mesmo. O objetivo deste trabalho foi estabelecer o controle de estoques e evitar a falta de
material sem que esta diligência resulte em estoques excessivos às reais necessidades da
empresa. O controle procura manter os níveis estabelecidos em equilíbrio com as necessidades
de consumo ou das vendas e os custos daí decorrentes
demonstrando
segurança,
oferecendo confiança aos seus clientes e consumidores.
Hipótese
Analisar e controlar os estoques da Lã de Aço se mostra indispensável como ferramenta
capaz de realizar um maior domínio e para uma programação saudável em sua produção,
evitando assim o nível de ruptura dos produtos e responder positivamente a demanda. A
armazenagem aparece como uma das funções que se agrega ao sistema logístico, pois na área
de suprimento da Lã de Aço é necessário adotar um sistema de armazenagem racional de
matérias-primas e insumos. Formula-se uma hipótese quanto ao valor do parâmetro, os cálculos
utilizaram duas margens de segurança: 90% e 95%, com risco de falta de 10% e 5%
respectivamente, para uma Margem de Segurança de 90%, ou seja, risco de falta de produto de
10%.
No processo de produção são gerados estoques de produtos em processo, e, na
distribuição, a necessidade de armazenagem produto acabado, termos complexos, pois em
termos logísticos, por exigir grande velocidade na operação e flexibilidade para atender às
exigência e flutuações do mercado. Nessa situação, observa-se o fortalecimento no papel da
Logística como instrumento de apoio ao sistema de gestão, que tem demonstrado ser um
importante aliado aos gestores da empresa, tendo como objetivo geral a análise da adequação
da sua distribuição física, administração de materiais, manuseio, acondicionamento dos
[ 86 ]
produtos e controles de seus estoques implantados pela empresa e as vantagens que elas obtêm
por possuir um bom sistema de controle interno.
ANÁLISE E GESTÃO
O referencial teórico é apresentado com o objetivo de embasar o estudo realizado no
setor de estoque de uma empresa de produtos de limpeza na fabricação de lã de aço.
A EMPRESA
A entidade situada na cidade de Paulista- PE, fundada em 1926. A empresa iniciou
primeira produção com espirais contra mosquitos e na década de 60, o Grupo passou a atuar no
ramo de produtos de limpeza e gêneros alimentícios. Hoje, as empresas do grupo produzem
mais de 247 itens, comercializados pelo país inteiro, sendo líder de mercado nas regiões Norte
e Nordeste, conforme IRRF (2013).
A Importância E Objetivo Da Gestão De Estoques
Explorar a importância dos conceitos da gestão de estoques e de suas necessidades de
como, planejar, controlar até o armazenamento dos produtos. O objetivo da empresa está em
manter relações de longo prazo com fornecedores para suprimento de suas necessidades
devendo se organizar e ter um planejamento adequado, para solicitação dos pedidos e quanto
irá fornecer e fazer uma programação de novos pedidos de matéria prima. A busca de novos
processos produtivos, desenvolvimento de novos produtos, redução dos custos operacionais,
utilização adequada da tecnologia de informação, no caso um ERP (Enterprise Resource
Planning - Planejamento dos Recursos Empresariais) e uma boa gestão da cadeia de
suprimentos têm se tornado fatores relevantes no que diz respeito à sobrevivência da empresa.
Estudos avançados com base de anos anteriores combinados com conhecimento de
mercado pelo setor de Marketing da empresa, adquirido em colaborações internas e externas de
parceiros no ramo do comércio, trazem uma precisão extrema ao planejamento, programação e
[ 87 ]
controle da produção. Resultado: Melhorias mensuráveis na prestação de serviço e no
atendimento ao cliente.
Quanto ao estoque de segurança, também conhecido como estoque mínimo, é o estoque
de produtos para suprir determinado período, além do prazo de entrega para o consumo ou
vendas, de forma a prevenir possíveis atrasos na entrega por parte do fornecedor, e garantir o
andamento do processo produtivo. Segundo (DIAS, 1993, p.52): Considerado como estoque de
reserva, é a quantidade de produto necessária para garantir o funcionamento ininterrupto das
operações e principalmente evitar transtornos aos clientes por falta de produto.
Partimos de pressuposto de que o item em questão não deve faltar. Quando falamos de
incertezas, normalmente podemos associar distribuições estatísticas a elas. As distribuições
com alta dispersão normalmente são consideradas como de menor certeza. Segundo Gianesi,
(2006, p.127): Se uma distribuição de tempos de fornecimento de um item se dispersa muito
pouco em torno de determinada média, podemos com maior confiança assumir que o tempo
real de suprimento seja próximo da média (ponto de maior probabilidade de ocorrência). Em
outras palavras, em média, uma quantidade muito maior de ocorrências vai acontecer bem
próxima ao valor esperado.
As razões para o uso de estoques de segurança podem ser estas incertezas quanto a fase
de fornecimento do item que analisamos, normalmente demandarão estoques de segurança
maiores para que faltas não ocorram.
4.2 Papéis da Logística Empresarial
Existe uma grande importância no controle de estoque, pois é, a parte essencial do
composto logístico e representa uma amostra sintética do capital da empresa. Portanto, é
importante o entendimento adequado do seu papel na logística empresarial e de como devem
ser gerenciados. Na empresa quando as informações garantem a sequência do andamento das
operações e informações confiáveis.
A Razão para manter estoques conforme BALLOU (2011, p.204):
A armazenagem de mercadorias prevendo seu uso futuro exige investimento por parte
da organização. O ideal seria a perfeita sincronização entre oferta e demanda, de
maneira a tornar a manutenção de estoques desnecessária. Entretanto, como é
impossível conhecer exatamente a demanda futura e como nem sempre os
suprimentos estão disponíveis a qualquer momento, deve-se acumular estoque para
[ 88 ]
assegurar a disponibilidade de mercadorias e minimizar os custos totais de produção
e distribuição.
Segundo BALLOU (2011, p.214) finalidades Essenciais dos estoques têm por
finalidade:
•
Melhoram o nível de serviço;
•
Incentivam economias na produção;
•
Permitem economias de escala nas compras e no transporte;
•
Agem como proteção contra aumentos de preços;
•
Protegem a empresa de incertezas na demanda e no tempo de ressuprimento; e
•
Servem como segurança contra contingências.
Definições da sua política de estoques dependem de definições claras para quatro questões:
(1) quando pedir, (2) quanto pedir, (3) quanto manter em estoques de segurança e (4) onde
localizar. A resposta para todas as questões passa por diversas análises, relativas ao valor
agregado do produto, à previsibilidade de sua demanda e às exigências dos consumidores finais
em termos de prazo de entrega e disponibilidade do produto. Na realidade, a decisão pela
redução contínua dos níveis de estoque na cadeia de suprimentos depende necessariamente do
aumento da eficiência operacional de diversas atividades, como transporte, armazenagem e
processamento de pedidos. (FLEURY, 2010, p.176).
Armazenagem e Custo dos Produtos
Para Ballou (2007), o correto gerenciamento do manuseio e armazenagem é essencial,
pois produto entregue com danos ou em volumes de difícil manuseio contribuem negativamente
para a satisfação do cliente, e, portanto, para que ele volte a comprar. Além disso, o custo dessas
atividades é elevado. Sobre o espaço físico para o armazenamento dos produtos, deve-se
observar a previsão de demanda, pois quando a empresa conhece a sua demanda, ela é capaz de
aproveitar todo o seu espaço físico com os produtos certos para os clientes certos.
Conforme Gavioli et al (2009) para manter estoques é necessário que as mercadorias
estejam sob abrigo e guarda da empresa. Por isso faz-se necessário o uso de depósitos para a
recepção da mercadoria, sejam eles próprios ou terceirizados, a armazenagem consiste no
espaço físico para as mercadorias estocadas. Os armazéns podem auxiliar na coordenação entre
[ 89 ]
demanda e oferta e proporcionar diversos benefícios à cadeia logística como: localização,
estratégia, consolidação de mercadorias de mesmo destino e necessidades de produção.
Segundo Ballou (2007), existem quatro razões básicas para uma organização utilizar
espaço físico de armazenagem. Elas são:
1 – Reduzir custos de transporte e produção – a estocagem de produtos, tende a reduzir custos
de transporte pela compensação nos custos de produção e estocagem.
2 – Coordenação de suprimento e demanda – caso trabalho com produto sazonal (ou seja, que
não se pode encontrar em qualquer época do ano com facilidade), deve-se estocar esses
produtos para venda fora da safra/época, com isso terá um aumento na receita considerável.
3 – Auxilia no processo de produção – a manufatura do certos produtos, com queijos e bebidas
alcoólicas, precisam de um período de tempo para maturação. No caso de produtos taxados,
segurar a mercadoria até a sua venda evita o pagamento de impostos antecipado.
4 – Auxilia no Marketing – para a área do marketing é importante e contesto à disponibilidade
do produto para o mercado. Pela estocagem do produto próximo ao consumidor se tem uma
entrega mais rápida e melhoria no nível de serviço, com isso o processo de marketing será um
processo.
Contudo, o objetivo desse estudo é propor a utilização da estatística no controle de
estoque de segurança, e do ponto de pedido, para evitar a entrega parcial dos mesmos, e garantir
o pronto atendimento dos clientes. A falta do produto no ponto de venda, muitas vezes
compromete o faturamento, e a imagem da Empresa.
Gerenciamento do Controle de Estoque
É necessário ter um controle de estoques, baseado no ponto de equilíbrio entre consumo
e demanda de mercado. Esse ponto de equilíbrio econômico apresenta a quantidade das vendas
(ou do faturamento) que a empresa deveria obter para poder cobrir a remuneração mínima do
capital próprio nela investido, considerando valores de mercado. Segundo (BALLOU 2007, p.
20):
Estoque são acumulações de matérias-primas, suprimentos, componentes, materiais
em processo e produtos acabados que surgem em numerosos pontos do canal de
produção e logística das empresas. E normalmente figuram em lugares como,
[ 90 ]
armazéns, pátios, chão de fábrica, equipamentos de transporte e em armazéns das
redes de varejo.
Os objetivos operacionais, em termos de projeto e gerenciamento de sistemas logísticos,
cada empresa devem atingir simultaneamente pelo menos seis objetivos operacionais
diferentes. Esses objetivos operacionais, que são determinantes básicos do desempenho
logístico, incluem resposta rápida, variância mínima, estoque mínimo, consolidação da
movimentação, qualidade e apoio ao ciclo de vida. (BOWERSOX 2008, p.49):
Ultimamente a empresa tem experimentado uma nova realidade bastante competitiva
e para competir de forma eficaz é indispensável e melhorar a situação do nível de
ruptura da falta do produto nos expositores das lojas, à empresa fará algumas
mudanças fundamentais em suas operações e filosofias de negócio. Essas mudanças
no ambiente industrial passam principalmente pela forma como as empresa elaboram
uma estratégia competitiva e como a cultura da empresa, por ser tradicional e familiar,
poderá num primeiro instante ser um obstáculo à adoção dessa metodologia.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A Pesquisa foi realizada na empresa de produtos de limpeza no setor da fabricação da
Lã de Aço. Foram escolhidos 03 produtos: Produto "A "(Lã de Aço Lanux 10x14, 30g), Produto
"B" (Lã de Aço Lanux 10x14,60g), e Produto "C" (Lã de Aço Lanux Leve 8 pague 7. Esses
produtos foram escolhidos, porque apresentavam elevado número de ruptura e representavam
percentual expressivo nas reclamações de clientes. Os dados qualitativos foram repassados pela
empresa estudada.
Foi feita entrevista com setor de marketing e verificou-se a necessidade específicas do
cliente, assim buscou-se corresponder a essas necessidades, e a empresa teve a ideia de sucesso
de lançar o produto "C", a logística encaixa-se na equação para o sucesso do marketing, a fim
de atender sua demanda e as expectativas do cliente.
Essa metodologia utilizada foi aplicada nos itens citados nas seguintes características:
demanda média, estoque de segurança e ponto de pedido.
A tabela 1 apresenta os dados de estoque e demanda levando em consideração produção
de 2 dias.
Produto
Demanda (unidades)
[ 91 ]
Estoque (unidades)
Produto "A"
12200
10900
Produto "B"
12100
13500
Produto "C"
14650
18390
Tabela 1. Análise da demanda e estoque da lã de aço, produto "A", produto "B" e produto "C".
Fonte IRRF
O estudo em questão se desenvolveu a partir de uma pesquisa descritiva e
qualitativa, por meio de pesquisa em vários setores da empresa como o setor de Marketing e
PCP (Planejamento de controle de Produção). Após estudo dos valores referentes a desvio de
estoque de segurança e ponto de pedido ou ressuprimento de três produtos escolhidos, chegou
as seguintes conclusões: Os cálculos utilizaram duas margens de segurança: 90% e 95%, com
risco de falta de 10% e 5% respectivamente, para uma margem de 2 dias. Para uma Margem de
Segurança de 90%, ou seja, risco de falta de produto de 10%.
A Figura 1 apresenta os valores de estoque onde o ponto em que a produção deverá
iniciar seu processo de manufatura. Com a adoção desse estoque, espera-se um atendimento de
90% dos pedidos, considerando que haverá ruptura em 10% deles. Quanto maior o lead time e
desvio-padrão, maior será a quantidade de fardos em estoque.
Figura 1. Valores de estoque onde o ponto em que a produção deverá iniciar seu processo de manufatura
O produto “C”, necessita de uma quantidade maior de estoque com 10% de nível
máximo aceitável de rupturas, devido ao produto lançado pela empresa do produto com preço
promocional, assim sendo, a demanda foi bastante ampla, onde a entidade teve que adotar
medidas de segurança para não faltar o produto.
A Lã de Aço possui no estoque 41.000 fardos sendo 35.000 no estoque de segurança e
31.000 no caso dos Produtos acabados. Recomenda-se um aumento em seu estoque de 44.000
[ 92 ]
para 54.000 fardos. Para isso a empresa terá que investir em uma nova máquina, onde dará
suporte de mais 10.000 mil fardos. Recomenda-se também contratação de 05 colaboradores
para operar a nova linha de produção e a disponibilização de horas extras da unidade fabril aos
sábados e domingos a fim de cumprir ao menos o programado de suas vendas, fazendo com
que a empresa se comprometesse a ter seu estoque de segurança e não deixar faltar produtos.
No caso da armazenagem e estocagem é parte do Gerenciamento da Cadeia de
abastecimento da empresa que planeja e controla o fluxo de sua armazenagem tornando
eficiente e econômico de matérias-primas, materiais semiacabado, bem como as informações,
desde o ponto de origem até o ponto do consumo, com o propósito de atender às exigências dos
clientes. E cabe, a direção da empresa analisar todos os impactos financeiros envolvidos para
adoção dos novos valores sugeridos, de forma a garantir a sua sobrevivência, sem comprometer
as necessidades líquidas de capital. Hoje a competição cada dia mais acirrada e novos
horizontes calculados pela organização, com expectativas de crescimento, expansão e inovação,
aliados a aquisição de um novo sistema ERP, contribuem para a geração de um cenário
favorável a tal metodologia.
CONCLUSÃO
Observou-se que havia necessidade de mudanças no estoque da empresa devida a falta
de produtos para atender os clientes, e que seria necessária a compra de equipamentos como
Balanças Eletrônicas e Máquinas Empacotadoras, aumento da carga horária dos funcionários
para que a demanda fosse atingida. O produto C necessita maior quantidade de estoque devido
a sua elevada demanda e seu nível da taxa de ruptura. Recomendamos um aumento em seu
estoque de 44.000 para 54.000 fardos de lã de aço para que possam atingir a demanda. Se as
recomendações deste trabalho forem realizadas a empresa aprimorará a taxa de ruptura dos
produtos de limpeza, e atenderá aos clientes no tempo adequado e na quantidade requisitada.
Portanto, a Logística tem uma função essencial na empresa, dentre outros aspectos, é
preciso conhecer a fundo o sistema total que observa os problemas de distribuição em termos
abrangentes que podem levar a decisões importantes para empresa. Este enfoque é
particularmente importante na logística, porque a administração logística relaciona-se
diretamente com muitas outras áreas funcionais dentro e fora dos limites legais da empresa.
Foram demonstrados amplamente os objetivos gerais deste trabalho no momento em que foram
[ 93 ]
demonstradas e analisadas as vantagens da Logística Empresarial, assim recomenda-se uma
pesquisa mais avançada no futuramente.
Assim sendo, verifica-se a relevância que a gestão dos estoques até sua distribuição
física possui como ferramenta importante em termos de custo para a maioria das empresas,
portanto, demonstram os principais benefícios recebidos pela organização, enfatizando a sua
importância e os benefícios trazidos como função essencial e a atividade operacional da
empresa especialmente na Logística empresarial.
REFERÊNCIA
Análise de controle e ruptura de estoque. Paulista –PE. ABS - Consulting, Projeto Avançar,
Indústria de Produtos de Limpeza, 2013
BALLOU, Ronald H. Logística empresarial: transportes, administração de materiais e
distribuição física . 1º Ed. 2007 – São Paulo : Atlas
BALLOU, Ronald H. Logística empresarial: transportes, administração de materiais e
distribuição física . 2º. Ed.2011 – São Paulo : Atlas
BOWERSOX, Donald J. Logística empresarial: o processo de integração da cadeia de
suprimento. São Paulo: Atlas, 2008.
Revista Direto da Fonte. Paulista – PE. AGUIAR, IRRF, Projeto Conquistar, Indústria de
Produtos de Limpeza, 2013.
DIAS, Marco A. P. Administração de materiais: uma abordagem logística. 4º.Ed. São
Paulo: Atlas, 1993.
FLEURY, Paulo Fernando; WANKE, Peter; FIGUEIREDO, Kleber Fossati. Logística
empresarial: a perspectiva brasileira Coleção coppead de administração. 1. Ed. – 13.
Reimpressão. - Atlas, 2010.
GAVIOLI, Giovana; SIQUEIRA, Maria Cristina Mendonça; SILVA, Paulo Henrique Ribeiro.
SIMPOSIO: Aplicação do programa 5s em um sistema de gestão de estoques de uma
[ 94 ]
indústria de eletrodomésticos e seus impactos na racionalização de recursos. São Paulo,
2006.
GIANESI, Irineu G. N; CORRÊA, Henrique L.; CAON, Muro. Planejamento, Programação
e controle da Produção. 4º. Ed. São Paulo: Atlas S.A., 2006.
SLACK, Nigel, CHAMBERS, Stuart; JOHNSTON, Robert. Administração da Produção. 2º
Ed. Revisão técnica: Henrique Corrêa. São Paulo: Atlas, 2007.
[ 95 ]
8. TRANSPORTES RODOVIÁRIOS DE CARGAS
RESUMO
Este estudo é de caráter qualitativo e descritivo, buscou mostrar através de pesquisas
bibliográficas, que o transporte rodoviário embora mais caro e de alto desgaste seja o modo
ainda preferido das empresas de transportes na distribuição geral de produtos. Identificando
assim que o transporte rodoviário é ferramenta indispensável para a distribuição de cargas sendo
ele mais ágil e predominante. Temos hoje vários gargalos como uma malha viária de péssima
qualidade com tudo isso assim mesmo ainda é o mais utilizado no Brasil, é o principal sistema
logístico do país e conta com uma rede de 1.751, 868 quilômetros
de estradas e rodovias nacionais (a quarta maior do mundo), por onde passam 56% de todas as
cargas movimentadas no território brasileiro. Nesse sentido, é importante ressaltar que o
transporte rodoviário apresenta a vantagem de retirar a mercadoria no local de produção ou
origem e levar até o ponto de entrega, não dependendo assim de várias operações envolvendo
carregamento e descarga. Por outro lado, é considerado o modal que tem o maior custo
operacional como já citado, mas que se for planejado, pode agregar valor ao produto final. “O
transporte rodoviário é um dos mais simples e eficientes dentro dos seus pares. Sua única
exigência e existir rodovias.
Palavras-Chave: TRANSPORTES, MODAL, CARGAS
ABSTRACT
This study is qualitative and descriptive nature, sought to show through literature searches the
road although more expensive and high wear transport is still the preferred mode of transport
undertakings in the general distribution of products . Identifying as well as road transport is
essential for load distribution tool with it more agile and dominant . We now have several
bottlenecks as a road network of poor quality with all this anyway is still the most used in Brazil
, is the main logistical system of the country and has a network of 1 . 751 , 868 km of roads and
national highways ( the fourth largest in the world ) , through which 56 % of all cargo handled
in Brazil. In this sense , it is important that road transport has the advantage of removing the
goods at the place of manufacture or origin and lead to the point of delivery, not depending so
several operations involving loading and unloading . On the other hand , is considered the
modal that has the highest operating cost as mentioned , but if planned, can add value to the
final product . " Road transport is one of the simplest and most efficient within their peers. His
only requirement exists and highways.
Keywords: TRANSPORT, MODAL, LOADS
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Hoje o Brasil é um dos maiores países do mundo em extensão territorial, neste passo,
possui uma das maiores malhas rodoviárias do planeta.
[ 96 ]
Em solo pátrio, praticamente todo o transporte de mercadorias é realizado por rodovia.
Neste sentido, para suportar tamanha demanda, nosso país, possui atualmente cerca de milhares
de caminhões. Neste aspecto ainda, torna-se de fácil dedução que o trafego de veículo pesados
em nossas rodovias atingem patamares estratosféricos.
Como o presente artigo trata do transporte rodoviário de cargas e sua respectiva
responsabilidade civil torna-se de cautela que se centre o transporte rodoviário de cargas. Nestes
moldes, passamos a definir e analisar esta modalidade de transporte. Neste artigo, aprofundarei
apenas o transporte rodoviário. Tendo em vista ser o mais utilizado como já citado a cima.
(RODRIGUES, 2005)
JUSTIFICATIVA
O tema Transporte Rodoviário foi escolhido para ser abordado nesse artigo por ser um
tema que nós (Alunos de logística) iremos vivenciar nessa área, durante todo o curso
aprendemos sobre cada um dos modais, no entanto observamos que o modo rodoviário é o
modo mais requisitado pelas empresas e é o modo que mais gera capital em nosso estado.
O artigo foi desenvolvido com base nas aulas do curso de Logística, pesquisas e livros
relacionados ao Transporte Rodoviário. A pesquisa vem de forma clara apontar as vantagens e
desvantagens como também características do modal.
Como mostrado em nosso artigo o modal está longe de ser o menos requisitado pelas
empresas, existe a flexibilidade de negociação do frete, o que torna uma vantagem
extraordinária entre os demais modos. Mostrar de forma impar que o transporte rodoviário de
cargas é o mais utilizado, porém o mais caro.
OBJETIVOS
Geral:
Apresentar as vantagens e desvantagens e principais características do modal, mas caro e ainda
assim o preferido pelas empresas.
[ 97 ]
Específicos:
•
Apresentar motivos pelos quais o transporte rodoviário é o mais requisitado, suas
condições de fretamento, preços e serviços, formas de redução custos, pontos de
melhorias na malha rodoviária Brasileira.
METODOLOGIA:
A metodologia utilizada para o desenvolvimento deste estudo foram pesquisas em
livros, internet, tudo que aprendemos no curso de logística e visita pessoal a empresa de
transporte e Logística STTRANS SETUBAL.
O TRANSPORTE
Segundo: (RODRIGUES, 2005, p.17).
Em uma definição bem simplificada,
“Transporte é o deslocamento de pessoas e peso de um local para o outro,” O transporte é o
maior responsável na formação do custo logístico das empresas. Nas nações desenvolvidas, os
fretes costumam absorver cerca de 60% do gasto logístico total. Com o crescimento ecommerce e a consequente entre em domicilio, os custos do transporte tornaram-se ainda mais
significativos no varejo. Com isso a decisão em relação ao transporte por parte das empresas
torna-se mais importante, pois afeta diretamente na margem de lucro.
Muitos negócios acabam por naufragar devido à falta ou mau planejamento de
distribuição, a distribuição tem sido uma das grandes barreiras para empresas e negócios. Sendo
assim o modo rodoviário ganha espaço entre as empresas por ainda ser o melhor relacionado a
distribuição de produtos ao cliente final. ALVES (2002, p.162)
Algumas das variáveis, conforme Rodrigues (2003) que envolvem os custos de transporte
podem ser:
•
Remuneração do capital;
•
Pessoal (motorista);
•
Seguro do veículo;
•
IPVA/ seguro obrigatório;
•
Custos administrativos;
[ 98 ]
•
Combustível;
•
Pneus;
•
Lubrificantes;
•
Manutenção;
•
Pedágio.
Fonte: Rodrigues (2003),
A Malha Rodoviária Brasileira:
A malha federal, composta pelas rodovias conhecidas pelo prefixo BR (RODRIGUES, 2003),
compreende:
a ) Radiais - Começam em Brasília, numeradas de 1 a 100.
b ) Longitudinais - Sentido Norte-Sul, numeradas de 101 a 200.
c ) Transversais – Sentido Leste-Oeste, numeradas de 201 a 300.
d ) Diagonais – Sentido diagonal, numeradas 301 a 400.
e ) De ligação – Unem as anteriores, numeradas de 401 a 500.
Dentre as rodovias federais consideradas de integração nacional (RODRIGUES, 2003),
destacam-se as seguintes:
BR 101 – Cobre o litoral brasileiro desde a cidade de Osório (RS), passando por capitais
litorâneas como Rio de Janeiro (RJ), Vitória (ES), Aracaju (SE), Maceió (AL), Recife (PE), e
João Pessoa (PB), indo terminar em Natal (RN).
BR 116 – Começa em Jaguarão(RS),na fronteira com Uruguai e corre paralela à BR 101,um
pouco mais ao interior, passando por Porto Alegre (RS) ,Curitiba (PR) ,São Paulo (SP),Rio de
Janeiro (RJ), Minas Gerais(MG),Bahia(BA).
BR 153 – a única que atravessa as cinco micro regiões do país, através de sua parte central,
iniciando na cidade de Acegua (RS), na fronteira com o Uruguai, cruzando o território dos
Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Oeste de São Paulo e de Minas Gerais.
[ 99 ]
Modais De Transportes, Tipos:
Segundo RODRIGUES (2005,p.31) Os modos utilizados para se efetuar um transporte,
são:
•
RODOVIÁRIO – a carga é transportada pelas rodovias, em caminhões, carretas, etc;
•
FERROVIÁRIO – a carga é transportada pelas ferrovias, em vagões fechados,
plataformas, e etc.;
•
FLUVIAL/LACUSTRE (Hidroviário) – a carga é transportada em embarcações, através
de rios, lagos;
•
MARÍTIMO – a carga é transportada em embarcações, pelos mares e oceanos;
•
AQUAVIARIO – Abrangem em uma só definição os modais marítimos e hidroviários;
•
AÉREO – a carga é transportada em aviões;
•
DUTOVIÁRIO - sempre na forma de graneis sólidos, líquidos ou gasosos, a carga é
transportada através de dutos.
Ainda segundo Rodrigues (2005, p.32), para fazer a escolha correta do modal de transporte
a ser utilizado, devemos considerar algumas variáveis de decisões, tais como: Disponibilidade
e frequência do transporte; Confiabilidade do tempo de trânsito; Valor do frete; Índice de faltas
ou avarias; Nível de serviços prestados.
Modal Rodoviário:
Cremos que entre todos os modais de transporte, o rodoviário, seja o mais adequado
para o transporte de mercadorias, quer seja internacionalmente na exportação ou na importação,
quer seja no transporte nacional, bem como, nos deslocamentos de curtas e médias distâncias.
O transporte rodoviário é bastante recomendado para o transporte de mercadorias de alto valor
agregado ou perecível. Este modal perde em muito sua competitividade para produtos agrícolas
a granel, visto que seu valor é muito baixo, onde acaba encarecendo o seu custo final.
No modal rodoviário o espaço no veículo pode ser fretado em sua totalidade (carga
completa) ou apenas frações de sua totalidade (carga fracionada). O fracionamento do espaço
de carga do veículo possibilita a diversificação de embarcadores num mesmo embarque,
diluindo desta forma, o custo entre os clientes na fração de sua utilização. KEEDI,
S.(Aduaneiros 2008).
[ 100 ]
A Unitização:
O transporte pode ser realizado de maneira individual, com cada volume, ou de forma
agrupada, chamada de unitização, normalmente em pallets e contêineres. (KEEDI, 2008,
p.135).
Crescimento Do Transporte Rodoviário:
O transporte rodoviário é um modo que tem predominado sobre os demais no nosso
transporte interno ao longo das décadas, devendo continuar assim por mais algum tempo.
(KEEDI, 2008, p. 137).
Características Do Transporte Rodoviário:
Podemos afirmar que, o transporte rodoviário tem uma característica única, que o
diferencia de todos os demais modos, que a sua capacidade de tráfego por qualquer via. Ele não
se atém em hipótese alguma a trajetos fixos, tendo a capacidade de transitar por qualquer lugar,
apresentando uma flexibilidade impar quanto a percursos. Isto lhe da uma vantagem
extraordinária na disputa com os demais modos. (KEEDI, 2008, p. 139).
Frete:
No modal rodoviário não existem acordos de fretes, sendo praticada a livre
concorrência, o que em última análise, proporciona a cada empresa praticar seu preço e assim
possibilitar uma margem maior de negociação com o cliente. KEEDI, S.(Aduaneiros 2008).
Preço Do Frete:
Basicamente os elementos formadores do preço do frete rodoviário são os seguintes:
[ 101 ]
Frete padrão: calculado sobre o peso da mercadoria (toneladas) ou sobre a área ocupada na
unidade de carga (metragem cúbica) levando em consideração à distância a ser percorrida
(quilometragem);
Taxa ad valorem: calculada em função do valor da mercadoria;
Taxa de expediente: pode ser cobrada para emissão de documentos tais como o conhecimento
de embarque, praticamente não usual.
Quanto Aos Seus Pagamentos Os Fretes Poderão Ter As Seguintes Modalidades:
Frete pré-pago (freight prepaid): nesta modalidade o frete é pago na origem do embarque, nos
casos de comércio exterior o valor é pago pelo exportador, nos casos de transporte nacional, o
valor é pago pelo remetente;
Frete a pagar (freight collect): esta modalidade contraria a do frete pré-pago, onde o valor
devido a título de frete deve ser pago no destino, pelo importador no transporte internacional e
pelo destinatário no nacional. Keedi, (Aduaneiros, 2008).
CUSTEIO RODOVIÁRIO
O transporte de carga rodoviário no Brasil chama a atenção por faturar mais de R$ 40
bilhões e movimentar 2/3 do total de carga do país. Por outro lado, destaca-se por ser palco de
várias greves e impasses, quase sempre com um motivo comum: o valor do frete.
(Fleury,2000.).
Isso acontece em virtude do alto grau de pulverização desse setor, que opera com mais
de 350 mil transportadores autônomos, 12 mil empresas transportadoras e 50 mil
transportadores de carga própria.
Entre as razões dessa pulverização destaca-se a relativa facilidade de entrada de
competidores no setor, em virtude da baixa regulamentação. Isso acaba repercutindo no
aumento da oferta de serviços de transporte rodoviário e assim a concorrência faz com que os
preços sejam reduzidos ao máximo possível, chegando muitas vezes a valores inferiores ao seu
preço de custo. (Fleury,2000.)
[ 102 ]
OPORTUNIDADES DE REDUÇÃO DE CUSTO
O ponto focal para redução do custo de frete deve ser o nível de utilização da frota, ou
seja, rodar o máximo possível com cada caminhão carregado para se ter um menor número de
caminhões sem prejudicar o nível de serviço. Isso reduz de forma significativa os custos fixos,
que usualmente correspondem a cerca de 50% dos custos totais de um veículo. A seguir, são
listadas algumas ações que visam aumentar a utilização da frota.
Melhorar o planejamento do transporte – saber com antecedência o total de carga a ser
embarcado para cada praça;
Programar os embarques e os desembarques – para reduzir o tempo de fila, que na
maioria das vezes é maior que o próprio tempo de carga e descarga, em virtude da concentração
de veículos em determinados horários do dia;
Diminuir a variabilidade do volume embarcado – a expedição concentrada no final do
mês, ou em alguns dias da semana, gera filas para carga e descarga nos dias de pico e ociosidade
nos dias de baixa;
Aumentar a utilização da frota – quando se passa de um para dois turnos de trabalho se diminui
os custos de transporte em cerca de 15%, enquanto que se passando para três turnos a se reduz
em até 20%.
A utilização de uma metodologia adequada para custeio do frete pode contribuir em muito
para formação de preços justos, junto com o transportador. Já do ponto de vista do cliente,
esse tipo de ferramenta pode ser utilizado tanto no cálculo do preço do frete, como também
ajudar nas análises de rentabilidade de clientes e na definição do nível de serviço. Além de
tudo, o desenvolvimento de uma simples ferramenta de custeio pode possibilitar uma série de
análises e ajudar a identificar oportunidades de redução de custos (Fleury 2000.)
VANTAGENS DO TRANSPORTE RODOVIÁRIO:
[ 103 ]
Ele Pode transportar praticamente qualquer tipo de carga, tendo como limitação o
tamanho de ambos, mas considerado ideal para mercadoria de alto valor, considerando seu alto
custo de estrutura, bem como perecíveis devido a sua agilidade. Considerado adequado para
distribuição de mercadoria em curtas distâncias, de até cerca de 400 quilômetros, e para trajetos
peculiares,
aqueles
impossíveis
de
ser
realizados
por
demais
modos.
Um dos atrativos do transporte rodoviário é a sua capacidade de ir até o ponto onde a
carga será embarcada e redução de manuseios. Os veículos se adaptaram muito bem aos trens,
onde é possível que os reboques ou semirreboques se transformem em vagões ferroviários,
facilitando a intermodalidade. (KEEDI, 2008).
DESVANTAGENS DO TRANSPORTE RODOVIÁRIO:
Existem algumas desvantagens, que são os desafios que os profissionais da área de
logística buscam uma solução, dependendo de cada caso.
O fato de ser um transporte de certa forma caro, pois a capacidade de carga é baixa em
relação a outros modos é um alto custo de estrutura. Existem os problemas em relação á
segurança da carga, onde muitas empresas optam por escolta de segurança, rastreamento e
monitoramento
viam
satélite.
Frequentemente
ocorrem
problemas
com
transito,
consequentemente gastos extras com combustíveis em algumas regiões do país. (KEEDI,
2008).
Tipos De Veículos:
Segundo Keedi (2008, p.139), A diversidade aos tipos de veículos é grande, podendo
ser especializado para determinada carga como: graneis, líquidos, sólidos, químicos,
automóveis e etc., ou para carga geral, indo de totalmente fechados, inclusive frigoríficos, cuja
a temperatura e dada por equipamento de refrigeração até totalmente abertos, apenas com a
plataforma, esses são apropriados para transportes de grandes e pesadas cargas.
O transporte de cargas é exercido com veículos rodoviários denominados caminhão,
carreta, treminhão, bitrem.
Caminhão - é aquele formado apenas por um bloco, com cabine e sua carroceria sendo
colocados sobre um chassi. (KEEDI, 2008, p. 137).
[ 104 ]
Carreta - é o veiculo composto de duas partes, sendo a primeira a cabine com todos os seus
equipamentos de tração, denominado cavalo mecânico, e a segunda o semirreboque, que é
arrastado pelo cavalo. (KEEDI, 2008, p.138).
Bitrem - é um veiculo com duas ou três partes, dependo da sua fabricação. Pode ser derivado
do caminhão, em que se acopla a ele um reboque, ou ter como origem a carreta, juntado a essa
um semirreboque adicional. (KEEDI,2008, p.138).
Treminhão - é uma unidade formada por três partes, a parte da carreta, em que a terceira parte
é um reboque. Assim, constitui-se de um cavalo mecânico, um semi-reboque e um reboque.
(KEEDI, 2008, p.139).
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Após as pesquisas e análises dos resultados encontrados, foi observado que embora o
modal de transporte rodoviário possua um alto custo de manutenção, de fretamento, de poluição
e reduzida capacidade de tração em relação aos demais modais, este ainda é um meio de
transporte bastante eficaz, por sua agilidade e rapidez no deslocamento de cargas. Com tudo a
elaboração deste artigo, a importância dos meios de transportes e interferência que estes
proporcionam na tomada de decisão das empresas. A diferença entre os custos, suas vantagens
e desvantagens, as restrições de um modal em poder executar o transporte do início ao fim sem
necessidade de transbordo. Onde vejo que se aplica um melhoramento em larga escala na malha
viária teremos uma grande redução no custo final do nosso transporte rodoviário.
REFERÊNCIAS
P.R.A, Rodrigues. INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE TRAMSPORTE NO BRASIL E
A LOGÍSTICA INTERNACIONAL. SÃO PAULO, ADUANEIROS. 2003 E 2005. São
Paulo, 2013.
KEEDI. TRANSPORTE: UNITIZAÇÃO E SEGUROS INTERNACIONAIS DE CARGA
PRATICA E EXERCÍCIO. 2088. 4° Edição São Paulo, 2008.
Fleury, P. F.; WANKE. Logística Empresarial a Perspectiva Brasileira. São Paulo, Atlas,
2000.
[ 105 ]
[ 106 ]
9. EFICIÊNCIA NO PROCESSO DE COMPRAS EM PEQUENAS
EMPRESAS
RESUMO
O objetivo desta pesquisa é mostrar os gargalos e falta de flexibilidade no setor de compras de
pequenas empresas. Ao destrinchar o assunto, notou que processos de compras é peça
importante por fazer a ligação da empresa com fornecedores, dando andamento a organização.
Com decorrer do estudo, pode-se observar que o processo de compras requer uma atenção, pois,
a qualquer obtenção de pedidos elaborada de forma errada passa a ser um grande gargalo no
setor, podendo assim tornar uma dificuldade no despacho dos pedidos, no desenvolvendo esta
pesquisa, percebeu que o setor de compras de uma empresa torna uma peça fundamental numa
organização, e com o objetivo de levar as pequenas empresas a melhoria neste setor, mostrar o
diferencial no mercado que um setor bem estruturado pode oferecer. O ponto de equilíbrio para
que possa ser desenvolvido é o satisfatório modelo de compras e pedidos baseado no
conhecimento e habilidades que integram o setor, e um estoque atualizado, mostrando à devida
importância que deve ser dada a área de pedidos e compras, saindo assim, de acordo com
aceitação e aplicabilidade do projeto, sendo de maneira qualitativa essa pesquisa para que
evitem grandes gargalos e aumente a agilidade no processo, reduzindo o desperdício de tempo
com problemas de urgência. Ao avaliar que o setor de gestão de compras alavanca uma empresa
de maneira tal que a leva ter maior rentabilidade para a organização nos processos. Nessa
pesquisa levantará hipóteses sobre uma melhoria dentro deste setor aumentando a valorização
com definições para uma gestão de compras mais elaborada.
Palavra-chave: Compras, Estoques, Fornecedor.
Abstract
This research covers bottlenecks and lack of flexibility in small firms in the purchasing
department. To tease out the issue, noted that the purchasing process is important part for
liaising with suppliers of the company, giving the organization progress . In the course of the
study , it can be observed that the procurement process requires a sensible tract, therefore
obtaining any poorly written applications becomes a major bottleneck in the sector , and thus
become a difficulty in the order of applications in developing this research, realized that the
sector purchases a company makes a fundamental part of an organization , with the goal of
bringing small businesses to improve this sector , show the difference in the market that a well
structured industry can offer . The breakeven point for it to be developed is a satisfactory model
shop and orders based on knowledge and skills that integrate the industry , and an updated
inventory, showing the due importance should be given to area orders and purchases , leaving
thus according to applicability and acceptance of the project , with a qualitative way this
research to avoid major bottlenecks and increase agility in the process , reducing wasted time
with urgent problems . In assessing the management sector purchases leverages a company in
such a way that leads have higher profitability for the organization processes . In this research
raise hypotheses about an improvement in this sector with increasing recovery management
settings for a more elaborate shopping.
[ 107 ]
Keyword: Purchasing, Inventory, Supplier .
INTRODUÇÃO
O desenvolvimento do assunto eficiência no processo de compras em pequenas
empresas viu-se que o processo de compras é de suma importância entre a empresa e
fornecedor. E com a profundidade na pesquisa notou que é o diferencial que o processo de
compras tem numa competitividade. A escolha para o setor de gestão de compras foi por ter um
forte papel no andamento da empresa. Comprar é, portanto, uma operação da área de materiais,
muito importante as que compõem o processo de suprimentos.
A definição do problema foi contestada a partir de uma série de gargalos que ocorrem
no setor, quanto aos atrasos na entrada de pedidos, reposição de estoques não identificados,
compras indiretas sem fornecedores ou preços negociados. E a crescente busca por alta
qualidade, baixo custo, maior rapidez e flexibilidade, nos fez aprofundar e adquirir
conhecimento pra uma melhor competitividade no mercado.
A necessidade de comprar vem cada vez aumentando e é mostrada por todos os
empresários com a necessidade de estocar em níveis adequados. Fazer uma compra bem é um
dos meios de reduzir custos, como verificação de prazos, preços, qualidade e volumes, manter
uma boa relação com os fornecedores, claro que prevendo uma possível eventualidade que
possam prejudicar a empresa no comprimento das metas. “A gestão de compras nas empresas
tem cada vez mais relação com o desenvolvimento empresarial”. Oliveira (2013).
A escolha de um bom fornecedor é considerada ponto-chave no processo de compras.
Para haver uma boa relação é necessário avaliar a pontualidade do fornecedor, também suas
instalações e qualidade sem seus produtos. Sendo assim para evitar problemas posteriores e
manter um cadastro atualizado dos fornecedores com cotação de preço atualizando
semanalmente.
É de grande interesse que haja uma aplicação em estoques, pois, de forma que há um
desempenho no estoque revigora o ritmo da produção e um atendimento das vendas de
satisfação. “O investimento em estoques é importante na medida em que os mesmo funcionam
como um lubrificante necessário para a produção e o bom atendimento das vendas.” (DIAS,
2011)
[ 108 ]
Em geral o assunto relata a falta de flexibilidade no setor de gestão de compras. O
objetivo de realizar essa pesquisa no setor de compras foi por perceber que de certa forma
tornou-se o centro das organizações e pensando em melhorá-la para pequenas empresas ou até
mesmo aplicá-la de forma a mostrar o quanto este setor é importante na competitividade no
mercado.
GESTÃO EM COMPRAS
É a atividade responsável por se efetuar compras, integrada no processo de suprimentos
dentro da empresa, adquirindo materiais, matérias-primas e equipamentos de forma organizada
e bem planejada, desta forma obtendo o produto certo, no momento certo, com entregas dentro
do prazo estabelecido e principalmente com a qualidade esperada para suprir as necessidades
da empresa, e cujo preço seja rendoso, almejando grandes resultados, beneficiando dessa forma
a empresa, pois é de fundamental importância para o bom gerenciamento e sucesso da
organização, tendo consequências diretas em seus lucros. Conforme a figura abaixo:
Gestor em Compras
Tal profissional planeja as aquisições de forma a realizá-las no tempo certo e
quantidades corretas, “incluindo os cálculos relacionados á despesas com estocagem e
[ 109 ]
depreciação, análise dos sistemas de custeio e avaliação das instalações” (Farias, 2013),
também verificando se recebeu efetivamente o que foi adquirido possibilitando um melhor
aproveitamento dos recursos disponíveis na empresa, mantendo um fluxo contínuo de
suprimentos de modo a atender a demanda da produção, gerando um mínimo em investimentos,
a fim de não afetar a operacionalidade da empresa. Como está na figura acima. Também caberá
administrar tudo desde a saída do material do estoque até os contratos com os fornecedores de
forma justa e honesta, garantindo sempre as melhores condições custo benefício para a empresa
principalmente no que se refere às condições de pagamentos equilibrando preços, prazos e
qualidade.
Desta forma esses gestores deixam de serem meros compradores profissionais e passam
a ser analistas e negociadores, numa visão mais ampla do negócio passando a ficarem mais
valorizados no mercado. O profissional que superintende dessa função deve possuir formação
acadêmica em administração ou logística e algum tipo de especialização (que pode ser feita até
mesmo on-line).
Fornecedores
“Manter-se bem relacionado com o mercado fornecedor, antevendo na medida do
possível eventuais problemas que possam prejudicar a empresa no cumprimento de suas metas
de produção e objetivos”. César (2013) bem como suas prioridades competitivas:
•
Redução de custos;
•
Entregas dentro dos prazos estabelecidos;
•
Qualidade nas compras dos produtos;
Para isso a organização deve manter um cadastro atualizado regularmente com cotações de
preços feitas regularmente evitando muitos gargalos. Não se deve deixar de lado suas
instalações e seus produtos, poupando tempo e dinheiro. De acordo com a estratégia e
necessidades da organização e de seus clientes podem ser desenvolvidas relações do tipo:
•
Fonte única - fornecedor que atende exclusivamente a determinada empresa.
•
Fonte Múltipla - vários fornecedores, promovendo a concorrência pelos melhores
preços e serviços.
[ 110 ]
•
Fonte Simples - compra exclusiva, mantendo uma relação de longo prazo com o
fornecedor escolhido.
Negociação na Gestão de Compras
É um fator importante no que diz respeito, por exemplo, á negociação de preços entre
os fornecedores e o negociador da empresa, é de fundamental importância ter um domínio
relativamente aprofundado quanto ao que se negociará, deve-se considerar a relação entre a
oferta e a demanda, comparando com o mercado como um todo, além de ter informações da
importância dos lucros que a empresa contratante irá gerar para com o possível fornecedor
contratado, medindo-se o poder de persuasão na negociação, instigando até mesmo uma
competição entre os fornecedores de um mesmo item. A negociação é baseada nas teorias das
decisões. Também é fato que as seções de compras estão em constante evolução e adaptação,
devido à competitividade do mercado perante volumes e valores negociados. Tendo como
principal objetivo a redução dos custos nas aquisições, implantando estratégias para a
concretização de objetivos globais para as organizações. Segundo, Silveira, Fernando:
“Considerar primeiramente os interesses da empresa conhecendo e aplicando suas políticas”.
Fatores decisivos na hora da compra
“Buscar conhecer os materiais, serviços e processos envolvidos na compra” Silveira
(2004). De acordo com a necessidade da empresa e de seus clientes existem alguns fatores que
se pode disser que são decisivos numa negociação:
Quantidade - a quantidade adquirida tem influência direta no custo de produção, já que
em pequenas quantidades os preços são maiores e vice-versa;
Preço - o valor econômico atribuído á matéria-prima é diretamente proporcional ao preço de
venda do produto final, ou seja, para um produto caro, matéria-prima cara e vice-versa;
Funcionalidade - o uso a que será destinado o produto final, exige da matéria-prima detalhes
essenciais, como a cor e o estilo;
[ 111 ]
Problematização
A origem dos problemas deu-se a falta de flexibilidade no processamento quando diz
respeito a não existente de uma política a toda organização, desta forma atrasos nos pedidos
ocorrem quando não há o acompanhamento do pedido para a diminuição de gargalos no setor.
Quando a organização não obtém um sistema para identificação de reposição do
estoque, acontece que sobrecarrega o setor de compras com pedidos de urgência que vão se
tornando um grande gargalo.
Ao tratar de compras indiretas surgem problemas como compras insensatas sem
obtenção de fornecedores aprovados ou preços negociados, que sai caro para organização
podendo estender-se ao departamento de contas a pagar onde perderá tempo.
(READSOFT,2013)
Simples erros podem trazer grandes consequências para a economia das empresas:
•
Compras sem necessidade e qualidade acarretam o insucesso na produção e nos lucros;
•
Gastos desnecessários com a aquisição de materiais, depreciação e estocagem;
•
Falta de materiais e perdas de prazos;
SOLUÇÕES ESTRATÉGICAS
A identificação precoce da falta de matérias no estoque aumenta o controle para não
tornar-se urgência a reposição do estoque. Para que isso aconteça é proposto através de uma
planilha com estima de estoque mínimo variável para cada tipo de materiais e com relação a
perda de tempo com as compras indiretas propor que junto com a requisição um processamento
de confirmação do pedido. O departamento de compras pode melhorar muito as condições da
empresa, através das condições comerciais e técnicas adquiridas ao longo de seu trabalho, de
planos e estratégias que sustentem as atividades deste setor e que atenda a empresa de forma
compromissada gerando o crescimento da organização. Para tal:
•
Deve-se ter uma gestão de compras fortificada, competitiva, que realize grandes
compras e bons negócios, estabelecendo sua função participativa;
•
O reconhecimento da cúpula da empresa ciente de que um bom planejamento estratégico
em compras poderá produzir lucros inesperados;
[ 112 ]
•
A necessidade de se comprar cada vez melhor, juntamente com a necessidade de se
estocar em níveis adequados e aperfeiçoar os processos produtivos;
•
Evitar excedentes, que podem gerar custos;
•
Evitando a falta de materiais e perda de prazos está sendo realizadas compras com o
menor custo possível impactando diretamente no faturamento final da empresa;
•
Quando gerenciada corretamente gera lucros diretos e indiretos auxiliando para que a
organização se mantenha por mais tempo no ramo de negócios através de boas
negociações, redução e melhoramento de seus produtos e serviços;
•
Contratar um gestor em compras especializado, pois estes são importantes na hora de
negociar preços e prazos;
Figura 2. Planilha: Planilha de Compra
A Gestão de Compras “deve trabalhar em parceria com os outros setores da empresa
na conscientização dos funcionários no que tange à economia dos materiais e bens utilizados
(VITORIANO, 2013).
[ 113 ]
Figura 3. Planilha: Requisição de compras
DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO NA ÁREA DE GESTÃO DE COMPRAS
Segundo Faria (2013) “Existem inúmeros Softwares e Ferramentas Operacionais que
podem auxiliar o gestor em compras na sua tarefa de manter um cadastro atualizado dos
fornecedores e um fluxo confiável de matérias-primas e materiais”. Esta evolução profissional
é acompanhada por outra ao nível dos serviços de comércio eletrônico, que capacita as empresas
de melhores estratégias em compras, otimizações de processos, fortalecimento do
relacionamento com fornecedores e de redução de custos, e tem um impacto de tal maneira
significativa ao nível do mercado. Hoje com a globalização o mundo vem aumentando a
capacidade de informações, facilitando para que o comprador saiba o que, quando e onde
comprar, reduzindo custos e gerando renda de forma direta ou indireta para a corporação.
Controle de Compras e Estoque
Para otimização dos volumes de compras o planejamento de estoque surge como
elemento essencial devido á ligação que efetua com a produção e as vendas, qualquer pedido é
avaliado por este setor, onde eles estudam a necessidade e o porquê da reposição de um
equipamento e ou materiais.
[ 114 ]
Ao destacar um estoque como referencial para uma empresa, quer dizer que, o
monitoramento do mesmo evitará um futuro de gargalos, podendo assim antecipar uma
paralisação na produção, atrasando pedidos e fazendo com que os processos estacionem por um
pequeno detalhe que seria a verificação do estoque antecipado ou até mesmo atraso na entrega
dos fornecedores. “A insuficiência em estoques, pode, por exemplo, comprometer o ritmo da
produção e limitar as vendas.” Dias (2011).
(GALVÃO, 2013) para o bom desenvolvimento desta atividade alguns dos mais
importantes critérios deve ser seguido:
•
Atualizar constantemente o custo de cada produto;
•
Determinar os períodos de compra e dos tamanhos dos lotes de cada produto para cada
fornecedor;
•
Controlar a disponibilidade do estoque para suprir eventuais faltas repentinas;
•
Colocar o estoque num local estratégico;
•
Identificar, ordenar e etiquetar os produtos;
•
Codificar os produtos para uma consulta mais rápida;
•
Atualizar os sistemas de informação para obter acessos e consultas rápidas de
quantidades disponíveis de cada produto em estoque;
Compartilhamento de Informações com outros Setores da Empresa
Deve-se haver uma integração da Gestão de Compras com os outros departamentos
funcionais dentro da empresa, pois geram informações para o Sistema de Compras ou requerem
informações por causa do mesmo.
Os mais importantes setores de integração com o setor de compras para a empresa são:
•
Produção;
•
Engenharia;
•
Contabilidade;
•
Vendas;
•
PCP;
•
Controle de Qualidade;
[ 115 ]
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Podemos entender que a Gestão de Compras não é meramente um setor, mas é parte de
grande importância dentro de uma organização, pois, gera lucros diretos e indiretos, além de ter
a capacidade de contribuir fazendo com que a empresa seja capaz de se manter competitiva no
mercado, através de boas negociações, redução e melhoramento de seus produtos e ou serviços,
isso é o de positivo nesta área.
As dificuldades do setor de gestão de compras é uma imensa inflexibilidade quanto a
atraso em entradas e saídas no setor de compras, estoques mal elaborados, compras sem
fornecedores e sem preços negociados, quando ocorrem esses problemas aumenta os tipos de
pedidos de urgência e emergências, acumulando assim os posteriores pedidos e os
transformando em urgências e emergências.
É necessário um controle através das planilhas anteriormente apresentadas se
implantadas nas pequenas empresas para a forma como o processo é conduzido, passando assim
a área de compras a integrar o processo de logística e a fazer parte da cadeia de suprimentos.
Por isso ao avaliar toda a estrutura deste setor notou que é de grande interesse manter sempre
organizado e para que isso ocorra o desenvolvimento de planilhas para um fácil manuseio foi
elaborada com intuito de centralizar o setor numa flexibilidade sem excesso de urgências e
emergências.
Para pesquisas futuras um aprofundamento neste setor com elaboração de flexibilidade
e acompanhamento de pedidos, para um processo mais desenvolto dentro da empresa, todos os
gestores desta área podendo adquirir conhecimento para melhorias continuas.
REFERÊNCIAS
CÉSAR, Paulo. Compras no setor privado. Disponível em: www.fortium.edu.br. Acesso
em: 22 nov. 2013.
DIAS, Marco Aurelio. Administração de matérias: Uma Abordagem Logística. 5. ed. São
Paulo: Atlas, 2010.
FARIAS, Cardine. Administração de compras. [mensagem pessoal] Mensagem recebida
por: www.infoescola.com. em: 26 nov. 2013.
[ 116 ]
GALVÃO, Sérgio. Administração de Materiais I . Disponível em: www.portaladm.adm.br.
Acesso em: 10 nov. 2013.
OLIVEIRA, Claudia Regina N. de. Processos administrativo de compras. [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por: www.ebah.com.br.em: 27 out. 2013.
READSOFT. Assuma o controle dos custos de compras, automatizando os processos de
aquisição. Disponível em: http://br.readsoft.com/. Acesso em: 15 nov. 2013.
SILVEIRA, Fernando. Negociação em compras. Disponível em:
www.slidehare.net/fersiv/negociaçao-em-compras-resumo. Em: 20 nov. 2013.
SENAPESCHI NETO, Alberto; GOLDINHO FILHO, Moacir. A evolução da gestão de
compras em uma empresa do seguimento de material escolar: estudo de caso longitudinal.
Disponível em: www.scielo.br. Em 12 nov. 2013.
VITORINO, Bárbara Cristina. Você sabe o que é gestão de compras. [mensagem pessoal]
Mensagem recebida por: www.portaleducacao.com.br. em: 10 nov. 2013.
[ 117 ]
10.
ANÁLISE DA EFICIÊNCIA DO TRANSPORTE TERCEIRIZADO
DE CARGA RODOVIÁRIO EM UMA EMPRESA DE EMBALAGEM
SITUADA EM ABREU E LIMA
RESUMO
Após apresentamos o papel da Logística, observaremos a grande importância que ela exerce na
economia, pois ela fomenta o crescimento do mercado interno e externo. A Logística bem
trabalhada auxilia nos preços finais dos produtos, ajudando as empresas a aumentarem o seu
faturamento proporcionando ao cliente satisfação e um serviço de qualidade. O Transporte
Terceirizado de Carga Rodoviária possui relevância na prestação de serviços, pois além de
agregar valor ao produto, fortalece a satisfação e a fidelização dos Clientes. A ausência de
requisitos para a contratação e a falta de monitoramento do desempenho das Terceirizadas tem
trazido sérios prejuízos às empresas contratantes tais como: perda de clientes, baixa
competitividade e comprometimento do nível de serviço e imagem negativa no mercado.
Analisando os resultados obtidos nesta perspectiva, optamos pela criação de implantação de
critérios específicos de excelência a serem seguidos no processo de seleção, contratação e
avaliação do desempenho destas empresas. Esta estratégia utilizada em nosso estudo visa a
redução de tempo e o aumento da eficiência dos serviços de transporte terceirizados
repercutindo positivamente no faturamento da empresa contratante.
Palavras-chave: transporte, carga, terceirização
ABSTRACT
After we present the role of logistics, will observe the great importance it plays in the economy,
as it encourage the growth of domestic and foreign market . The Logistics crafted assists in
final product prices, helping businesses increase their sales by providing customer satisfaction
and quality service . The Road Freight Transport Contractor has relevance in the provision of
services , as well as adding value to the product , enhance customer satisfaction and
loyalty. The absence of requirements for hiring and lack of performance monitoring
Outsourcing has brought serious harm to contractors such as : loss of customers , low
competitiveness and commitment level of service and negative image in the market . Analyzing
the results obtained in this perspective , we chose to create specific deployment criteria of
excellence to be followed in the selection , hiring and performance evaluation of these
empresas.Esta strategy used in our study is aimed at reducing process time and increased
efficiency of outsourced transport services positively impacting the billing contractor.
Keywords: Transportation, freight, Outsourcing.
INTRODUÇÃO
O presente trabalho aborda um dos principais problemas enfrentados pelos Gestores de
Transporte e inicialmente a seleção entre os diversos operadores logísticos que proporcionam
[ 118 ]
serviço de distribuição dos produtos para seus clientes. Uma avaliação entre custos e seus
desempenhos devem ser vistos antes de sua escolha final (BALOU. 2011). De acordo com o
Funcionário, Na região metropolitana norte do Recife, na cidade de Abreu e Lima uma empresa
de porte médio que abrange quatro unidades industriais no país com mais de 1.400 funcionários,
encontra-se no mercado há mais de 30 anos que se direciona no segmento de embalagens
plásticas sopradas e injetadas atende empresas de grande porte em todo território Nacional, nas
áreas de limpeza, farmacêutica e alimentícia. Tentando atender os objetivos e expectativas dos
seus clientes, escoa seus produtos através de transporte rodoviários de carga terceirizada.
Problematização
Identificar os possíveis fatores causadores da insatisfação dos clientes internos, “As
pessoas que trabalham na Organização” (MARQUES, 2007 P34), externos, “São as que pagam
pelos produtos ou serviços” (MARQUES, 2007, P33), da empresa de Embalagem plástica na
Cidade de Abreu e lima, com a prestação de serviços da empresa Terceirizada de Transporte
Rodoviário de Carga. Problemas encontrados: (falhas nas operações de manuseio, estocagem e
carga e descarga, Roterização) e externos (atrasos no processo de entrega dos produtos).
Dessa forma, abordaremos como Análise da Eficiência pode contribuir com o
Transporte Terceirizado de Carga Rodoviário, no setor da logística de uma Empresa de
Embalagem situada em Abreu e Lima.
Hipótese
Considerando que a logística e um dos fatores primordiais que gera eficiência, fica claro
que o objetivo do estudo, pode ser praticada em caráter experimental com processos de
padronização dos critérios de seleção, capacitação da mão de obra e respectivos indicadores de
desempenho para o efetivo acompanhamento dos resultados e diretrizes que venham a melhorar
ainda mais o andamento dos processos.
Nesse Contexto, Sabemos que a eficiência na Empresa, pode aumentar a produtividade,
proporcionando lucros e facilitando o andamento da evolução administrativa e logística da
empresa.
[ 119 ]
Justificativas
Considerando a terceirização uma ferramenta administrativa usada estrategicamente
pelas empresas a fim de diminuir os custos e aumentar a qualidade da prestação de serviços.
Torna-se necessário que o transporte de Carga rodoviário terceirizado deva ser realizado
com a máxima qualidade possível com eficiência nos processos, de forma que possa integrar
todas as áreas envolvidas, proporcionando continuamente a satisfação do cliente final, criando
assim um diferencial em relação às concorrentes. Sendo assim o serviço terceirizado de
transporte rodoviário tem o seu papel decisivo para que uma empresa possa chegar ao sucesso
no mercado cada vez mais competitivo. Falhas nos processos e problemas de gestão deixam o
serviço terceirizado totalmente comprometido em uma indústria de embalagens na cidade de
Abreu e Lima.
OBJETIVOS
Objetivo Geral
Analisar a Eficiência do Transporte Terceirizado de Carga Rodoviário em uma Empresa
de Embalagem situada em Abreu e Lima
Objetivos Específicos
Apresentar os processos de melhoria nas empresas terceirizadas que prestam serviços
no transporte de Carga.
METODOLOGIA
O trabalho foi elaborado com base na pesquisa qualitativa, que se caracteriza pela “nãoutilização de instrumental estatístico na análise dos dados” (FALCÃO, 2004, p 17), através de
consulta documental, a fim de obter informações em revista, jornais, internet, livros e, também,
“através de entrevistas, e/ou questionários, observação, in loco, para análise de resultados
posteriores” (LOPES, 2006, p 215). “A coleta de dados foi realizada com base nas” Entrevistas
[ 120 ]
estruturada caracterizam por questões fechadas apresentada ao entrevistado “(REIS, 2010, p
65).
A IMPORTÂNCIA DO TRANSPORTE NA LOGÍSTICA
O transporte tem um papel essencial no fluxo logístico, ele ajuda na circulação das
mercadorias e bens em todo o território, e nos processos da cadeia logística, atendendo a
solicitação do consumidor final, respeitando os prazos de entregas (MOURA 2008).
A logística nasce pela necessidade do homem de se locomover para grandes distâncias
em pouco tempo, levando seus suprimentos. Nas guerras temos os maiores exemplos do
exercício pleno da logística como afirma Christopher (1997, p 240)
Ao Longo da história do homem, as guerras têm sido ganhas e perdidas através do poder
e da capacidade da logística, ou de sua Falta, o deslocamento de suprimentos e de tropas, em
grandes distâncias, e em um curto espaço de tempo, se constituiu em um exercício logístico
altamente proficiente e determinou vitórias, ou derrotas, em diversas ocasiões.
Depois que a logística é usada na eficiência das guerras, torna-se ferramenta para a
criação de competitividade nas organizações. No mundo globalizado são necessários meios
eficientes e eficazes na circulação de mercadorias em âmbito internacionais e/ou regionais.
Batista (2008) afirma que “Não é por acaso que, nos Estados Unidos, os custos em logística
atingem a cifra de 1,1 trilhões de dólares, o que significa cerca de 10% do enorme PIB daquele
país”.
As empresas que entendem a logística como melhor forma de agregar valores e diminuir
custos conquistam os clientes pela observação de suas necessidades superando as expectativas
destes, no qual o investimento na área logística se torna necessário. Assim,
As organizações têm que descobrirem quais são as componentes de valor que os seus
clientes apreciam e procurar a realização de ações que se traduzam na agregação de valores
perante os seus clientes. No horizonte econômico do Brasil à necessidade de as empresas
trabalharem em cadeias que agreguem valores para os seus clientes (BATISTA, 2008).
Transporte próprio
[ 121 ]
O transporte próprio é empregado “quando a empresa utiliza os serviços da frota de
veículos da própria empresa de forma exclusiva para as entregas dos produtos, e não para
aluguel” (SILVA, 2012, p 36).
Vantagens e desvantagens do transporte rodoviário próprio
Existem vantagens e desvantagens na utilização do transporte próprio, Rodrigues (2011)
exemplifica:
1. Vantagens:
a. Maior disponibilidade de vias de acesso;
b. Possibilita o serviço fracionado porta – a porta integrando regiões de difícil
acesso;
c. Embarque e partidas mais rápidos, favorecendo entregas rápidas a curta
distância;
d. Favorece os embarques de pequenos lotes;
e. Facilidade de substituir o veiculo em caso de quebre ou acidente;
f. Maior rapidez na entrega.
2. Em contrapartida, compreendem algumas desvantagens:
a. Maior custo operacional e menor capacidade de carga;
b. Provoca congestionamento nas estradas;
c. Necessidade de um armazém para base de frota;
d. Desgasta prematuramente a infraestrutura da malha rodoviária.
Transporte Rodoviário Carga
O transporte rodoviário de carga teve seu início no Brasil, em 1926 após a construção
da rodovia que corta o Rio de janeiro e São Paulo. Após a vinda de algumas empresas
automobilísticas para o país foram resgatadas estradas que se encontravam em uma situação
drástica naquela época. A partir daí o transporte rodoviário passou a ser encarado como um
fator de necessidade e modernidade para o país que fomentava a demanda de transporte
rodoviário.
[ 122 ]
O transporte rodoviário e considerado um modal dos mais simples e eficientes, suas
exigências para sua utilização e apenas que existam rodovias para transitar, esse modal
apresenta um alto consumo de óleo diesel por quilometro transportado.
No Brasil a maior parte da distribuição realizada através do transporte rodoviário e feita
durante o dia que consequentemente causa um enorme congestionamento nas grandes cidades.
Os transportes rodoviários são classificados por sua capacidade, quantidade e distância entre
eixos, Apartir daí e denominado o tipo de caminhão que irá realizar o transporte do produto.
(RODRIGUES, 2011)
TERCEIRIZAÇÃO
A Terceirização já era usada em outras atividades, após o seu desenvolvimento passou
a ser utilizada na Logística. Segundo alguns autores:
A terceirização (ou outsourcing) - é uma pratica de gestão empresarial largamente
utilizada no Brasil desde o inicio dos anos 90, e já se encontra bastante consolidada
em atividades como segurança patrimonial, transporte em geral, e manutenção predial.
Nos últimos anos esse processo vem crescendo no país abrangendo outras áreas como
logística, manufatura, vendas, pesquisa e desenvolvimento (NEVES. 2013 p34).
Ou ainda:
Trata-se de um processo de gestão pelo qual se repassam algumas atividades para
terceiros, com os quais se estabelece uma relação de parceria, ficando a empresa
concentrada apenas em tarefas essencialmente ligadas ao negócio em que atua. A
transferência de atividades para fornecedores especializados, detentores de tecnologia
própria e moderna, que tenham esta atividade terceirizada como sua atividade-fim,
liberando a tomadora para concentrar seus esforços gerenciais em seu negócio
principal, preservando e evoluindo em qualidade e produtividade, permite reduzir
custos globais e ganhar competitividade (ARAUJO e BRAGAGNOLO, 2007, p20).
Desta forma, observa-se que terceirização passar ser uma opção de gestão gerencial para
as empresas que almejam diminuir seus custos sem perder a qualidade e a produtividade de seus
produtos ou serviços, utilizando toda uma estrutura especializada.
A terceirização do transporte
A terceirização do serviço logístico deve buscar continuamente a eficiência, qualidade
e a satisfação dos clientes. Neste contexto, qualquer estratégia comercial deve absorver em seu
[ 123 ]
cotidiano a economicidade, selecionando o modal que realmente agregue valor ao serviço
prestado e ao mesmo tempo representante um menor custo para a empresa contratante.
Na maior parte das empresas, as rotinas de transporte constituem atualmente 1/3 dos
gastos realizados na composição dos custos logísticos, consolidando assim a sua importância
para os resultados esperados. Os fretes que são os grandes vilões neste processo, chegam a
absorver até 60 % dos gastos. (RODRIGUES, 2011). E, segundo Balou (2011, p115),
“transporte com baixo custo impacta diretamente nos custos de produção e respectivamente na
composição do preço final dos produtos”.
Com o aumento da competição no mercado, o desejo por rapidez e eficiência na entrega
dos produtos comercializados, as empresas precisam estar cada vez mais conscientes da
importância de investir em um transporte de qualidade para aumentar a competitividade e a
fidelização dos clientes. Na medida em que a eficiência do transporte aumenta, a satisfação e o
padrão de vida da sociedade também aumentam.
Por que as terceirizações logísticas falham?
Conforme os autores as terceirizadas falham:
É necessária avaliação contínua e todos os ajustes para acertar na implementação da
terceirização, as falhas podem está em qualquer parte do processo, entre outros
motivos a “falta de confiança e respeito, de comunicação que pode causar uma ruptura
na relação cliente-empresa” (CAIM; DISHNER, 2008).
A falha na prestação de serviço oferecida pelas empresas Terceirizadas pode partir de
motivos diversos, que se não forem adotados outros procedimentos para correção no momento
da identificação da falha em ambas as partes, possivelmente haverá rescisão de contrato. É o
que afirma Neves (2013, p42), “à falta de acompanhamento dos processos pelos gestores, baixa
visibilidade, falhas na comunicação, gerando prejuízo para empresa contratante, podendo levar
ao encerramento dos contratos”.
O tempo gasto, também é relevante, “avaliando a produtividade e sucesso, quando este
é o caso, além do relacionamento, que deve ser seriamente analisado e reformulado,
verificando-se as relações de acordo com a cultura do cliente, objetivos e expectativas” (CAIM;
DISHNER, 2008), para que seja viável a implementação.
[ 124 ]
Distribuição
Na logística a distribuição é um dos processos no qual há administração de materiais,
desde a saída do produto na linha de produção ao destino final (MARQUES, 1994) e, a
terceirização deve garantir o sucesso na distribuição dos materiais das empresas contratantes.
Para distribuição alguns padrões foram criados no decorrer dos anos, contudo, a distribuição
está sob dois moldes atualmente, conforme afirma Menacho (2012), a distribuição tem seguido
dois padrões. Pelo primeiro padrão, denominado de distribuição baseada na fonte, as empresas
centralizavam estoques e despachavam para as localidades dos clientes, por meio de entregas
parceladas, ou melhor, cargas de caminhão.
Os autores acrescentam que, “o segundo padrão, denominado de distribuição baseada
no mercado, as empresas estocam localmente, atendem aos pedidos do cliente por meio do
depósito local e despacham aos clientes da região" (CHING, 1999 apud MENACHO, 2012),
no qual se pode escolher a forma de transporte que adéqua melhor as disponibilidade e
viabilidade em relação ao tempo da distribuição.
No mundo globalizado com competitividade das empresas a agilidade na distribuição
pode ser o fator determinante no sucesso do empreendimento.
Distribuição no transporte rodoviário
Dentre as formas de transporte de cargas rodoviário as mais utilizadas são a full truck
load (FTL) e less than truck load (LTL) (REIS, BALZAN, MELHEM e MENACHO, 2012),
para determinar carga completa e carga fracionada, respectivamente. A maneira utilizada FTL
indica um carregamento completo, no qual o veículo é carregado totalmente com certo lote de
remessa e LTL indica uma partilha da capacidade do veículo por mais de um embarcador. Essas
operações determinam as diversas etapas do carregamento de acordo com a exigência do
cliente, segundo cada tipo de empresa contratante. Segundo Ballou (2004 ) “o transporte
rodoviário proporciona entrega razoavelmente rápida e confiável para fretes tipo LTL”, o que
deixa com vantagem sobre os outros tipos pela qualidade e possibilidade de serviços no
mercado das cargas de menor porte.
Quanto aos custos Ballou (2004, p166) afirma que “são divididos, principalmente, entre
despesas nos terminais e em transito [...] coleta-entrega, manutenção de plataformas e
[ 125 ]
faturamento, e cobrança, representam entre 15 a 25% dos custos totais”, justificando a vantagem
do tipo de contrato por frete LTL.
RESULTADOS DA PESQUISA E ANÁLISE DOS DADOS
O objetivo desse capítulo tem por Detalhar e organizar os dados coletados no transcorrer
da pesquisa, a fim de responder ao objetivo proposto com base na análise das entrevistas
realizadas com Dez funcionários da empresa de embalagens, selecionados por conveniências
dos autores.
A partir do Terceiro respondente ocorreu a saturação nas entrevistas, mas por decisão
dos autores, para confirmar a saturação nas respostas, mais dois consumidores foram
entrevistados. O critério de saturação é uma técnica “utilizada para estabelecer ou fechar o
tamanho final de uma amostra em estudo, interrompendo a captação de novos componentes.”
(FONTANELLA, RICAS e TURATO, 2008, p.17).
Foi constatado que 100% dos entrevistados relataram a falta de um planejamento na
área do transporte, pelos gestores da empresa de embalagens, implicando assim na necessidade
de criação de um planejamento estratégico que possa implantar melhorias contínuas do setor de
transporte da empresa.
Em relação à entrega de produtos, 90% informaram que existem atrasos na entrega dos
produtos aos clientes. Isto sugere que, é imperioso fazer um levantamento das causas que
provocam esses atrasos, e, a partir da detecção dos motivos, corrigir as falhas.
Quanto ao planejamento de Roterização. 100% alegam que não existe um cumprimento
das viagens programadas. Assim, a criação de rotinas para o acompanhamento diário dessas
viagens soluciona parte do problema, contudo, o capital humano também é parte essencial do
resultado.
Em resposta à Quarteirização 50% informaram da existência deste método pela empresa
terceirizada, “é um estagio complementar á terceirização, e ocorre quando uma empresa
terceirizada contrata outra empresas para presta parte do serviço contratado pelo cliente
(MORAES, 2012) no qual o investimento de mais veículos para atender a demanda regularia a
atividade.
[ 126 ]
Já 90% citaram que a empresa terceirizada não tem infraestrutura adequada para o tipo
de serviço pelo qual foi contratada. Neste contexto, é necessário o comprimento do contrato
pela terceirizadas, estipulando prazo, evitando custos processuais por quebra de contrato, e/ou
anulação do contrato.
Em relação à carga e descarga dos produtos, 100% alertaram que existe deficiência no
processo de carga e descarga de mercadoria. Portanto, pela falta de padronização, se faz
necessário a criação e implantação de regras de padronização para a correção de falhas dentro
do processo de cargas e descargas.
Foi verificado em 100% dos entrevistados que funcionários terceirizados, não recebem
nenhum tipo de orientações dos seus gestores.
Enquanto 95% respondem que necessita de uma melhor formação intelectual.
Implicando na imperiosa necessidade de ingresso em cursos específicos na área de gestão de
transporte, formação superior, entre outros, para o desempenho eficiente e eficaz das atividades
diárias dentro da empresa.
Quanto à eficiência no sistema de monitoramento, 100% admitiram ineficiência no
monitoramento do transporte das cargas, por ainda ser usado o telefone móvel, sugerindo
investir em tecnologias como, por exemplo, o monitoramento via satélite.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste trabalho abordamos o assunto Análise da Eficiência do Transporte Terceirizado
de Carga Rodoviário em uma Empresa de Embalagem situada em Abreu e Lima. Com base nos
resultados obtidos chega-se a possibilidade de validação da hipótese, considerando que a
eficiência é o objeto do estudo, pode-se implementar em caráter experimental a padronização
dos critérios de seleção, capacitação da mão de obra e respectivos indicadores de desempenho
para o efetivo acompanhamento dos resultados.
No mercado cada vez mais globalizado e competitivo a logística tem um papel
importante, exigindo cada vez mais qualidade e eficiência nos serviços e processos de forma
que possa integrada em todas as áreas, tendo um papel decisivo para o sucesso da empresa.
Objetivou-se identificar as falhas no processo de carga e descarga considerando a terceirização
como uma ferramenta administrativa usada estrategicamente pelas empresas a fim de diminuir
[ 127 ]
os custos e aumentar a qualidade da prestação de serviços. O trabalho teve suas limitações,
dentre elas a impossibilidade de fazer a pesquisa in loco, por não obter a autorização para tal
feito, e, ainda, a maioria do capital humano da empresa pesquisada recusar-se a prestar
informações sobre a empresa.
Através da entrevista observou-se falhas no planejamento e/ou execução nas diversas
etapas, tanto na área administrativa, de gestão, quanto na operacional. Os dados mostram que a
prioridade está em contratar o mais barato e a qualidade fica em segundo plano, preço baixo e
prazo curto, o que pode acarretar em qualidade ruim. Apontam, ainda, que falta padronização
nas operações e a inexistência de aperfeiçoamento profissional, tanto no alto escalão da empresa
quanto nos funcionários operacionais, dificulta a contínua melhoria do empreendimento.
A nossa hipótese poderá ser validada com a implantação desses processos que conduzirá
a empresa ao maior nível de profissionalismo e de excelência nos seus serviços impactando na
satisfação dos clientes.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARAUJO, Jose; BRAGAGNOLO, Marcelo. A Terceirização da Logística de Distribuição.
2007 < disponível em www.administradores.com.br > Acessado em 15 de outubro de 2013
BALLOU, Ronald H. Logística Empresarial Transporte, Administração de Materiais e
Distribuição Física: Logística - Uma função essencial na empresa. São Paulo. 1ª ed.
Editora Atlas. Cap. I. p18,. 2011.
______ Logística Empresarial Transporte, Administração de Materiais e Distribuição
Física: O sistema de Transporte. São Paulo. 1ª ed. Editora Atlas. Cap. VI p. 113 -115. 2011.
______. Logística Empresarial Transporte, Administração de Materiais e Distribuição
Física: Administração de Tráfego. São Paulo. 1ª ed. Editora Atlas. Cap. VII p. 137. 2011.
______. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos: Logística Empresarial. São Paulo. 5ª
ed.p155, 2004.
______. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos: Logística Empresarial. São Paulo. 5ª
ed.p166, 2004.
BATISTA, Fernando. Logística importância para economia. Disponível em:
<http://fernandobatistabr.blogspot.com.br>. Acesso em: 20 agosto de 2013.
BOWERSOX, Donald J; CLOSS. David J. Logística Empresarial: o processo de
integração da cadeia de suprimento. São Paulo. Editora Atlas. Cap. X, p 280 e 281. 2010
______. Logística Empresarial: o processo de integração da cadeia de suprimento. São
Paulo. Editora Atlas. CAP. XI, p. 303 – 306. 2010.
[ 128 ]
CAIM, Ron. DISHNER, Andy. Terceirização sem medo. 2008. Disponível em
http://www.eft.com/3pllogistics/outsourcing-without-fear#sthash.mAnugs2X.dpuf <Acessado
em 07 de novembro de 2013>
CHRISTOPHER, Martin. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos. São Paulo:
Pioneira, p 240, 1997.
FONTANELLA, Bruno José Barcellos. RICAS, Janete. TURATO, Egberto Ribeiro.
Amostragem por saturação em pesquisas qualitativas em saúde: contribuições teóricas. In
Caderno de Saúde Pública. V. 24, nº 1, pp. 17-27. Jan. 2008.
LOPES, Jorge. Fazer Do Trabalho Científico Em Ciências Sociais Aplicadas. Recife. Ed
Universitária. 2006.
MARQUES, Fabio. Guia Prático de Excelência em serviços. São Paulo. Editora NBL. 1ª
p33 - 34, ed. 2006.
MARQUES, Wagner Luiz. Administração de Logística. Paraná. Editora Cianorte. 1ª ed. p
23, 1994.
MENACHO, Sandra Mara Staff REIS, Edson; BALZAN, Jefarson; CAMPOS, Silvane
Fandinho; MELHEM, Tannous. LOGÍSTICA DE DISTRIBUIÇÃO. Trabalho apresentado
ao Prof. Ademar Silva Junior Scheidt, da Disciplina Logística, do 6º período do Curso de
Administração, da Fundação Universidade Federal de Rondônia – Campus de Guajará-Mirim,
como requisito parcial para a avaliação da disciplina. 2012. Disponível no Portal Educação
<http://www.portaleducacao.com.br/administracao/artigos/10914/logistica-dedistribuicao#!1#ixzz2mWoEgR75> Acessado em 15 de outubro de 2013
MORAES, Fabio Cássio Costa. Tópicos Avançados em Recurso Humanos. Curitiba.
IESDE Brasil S.A, p 69. 2012
MOURA, LetÍcia Abib de. A importância do transporte para a logística
empresaria. 2008. 120 f. Tese (Doutorado) - Curso de Geografia, Departamento de Instituto
de Geografia da Universidade Federal de Uberlândia., Universidade Federal de Uberlândia
Instituto de Geografia, Uberlândia, 2008. Cap. 1. ... p24 Disponível em:
<http://www.geografiaememoria.ig.ufu.br/>. Acesso em: 15 out. 2013.
NEVES, Marco Antonio Oliveira. Por que e como Contratar um Operador Logístico?:
Motivos para a terceirização total ou parcial das atividades logísticas dicas de como
conduzir o processo de seleção de seu parceiro. Revista mundo logística, Curitiba, Editora
MAG, Edição 35, p. 34, jul /ago. 2013.
NOVAES, A. G. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Distribuição. Rio de Janeiro,
Editora Campus. 2001.
RODRIGUES, Paulo Roberto Ambrósio. Introdução aos sistemas de transporte no Brasil e
a logística internacional. São Paulo. Aduaneiras.p47,49-50, 2011.
SANTO, Alexandre do Espírito. Delineamentos de metodologia científica. São Paulo. 1992
SHIMABUKURO, Rodrigo R. Custo, Prazo e Qualidade: entregue até mais que os três!.
Revista mundo logística, editora MAG, Edição 35, p. 30 jul/ago. 2013.
[ 129 ]
SILVA, Cristiane de Paula. A terceirização de transporte rodoviário de carga e a redução
do custo agregado à logística. Monografia apresentada à AVM Faculdade Integrada. Rio de
Janeiro. 2012.
SOUSA, M. L. JR. Revista Logweb. Editora Logweb. p42. 2013.
TOZONI-REIS, Marilia Freitas de campos. Metodologia de Pesquisa. Curitiba. IESDE Brasil
S.A. 2010.
[ 130 ]
11.
ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO
RESUMO
O presente artigo tem por finalidade analisar a gestão da armazenagem e movimentação
de materiais em um operador logístico. O tema proposto tem importante impacto sobre a
eficiência organizacional e na redução dos custos, desta forma tem sido um diferencial
competitivo nas empresas deste setor que vem apresentando um crescimento acelerado nos
últimos anos no Brasil. A Movimentação e Armazenagem de Materiais tratam de uma operação
complexa e de extrema importância para cadeia de produção dentro de diversos âmbitos. O
controle sobre a movimentação e transporte é vital para sobrevivência e competitividade da
empresa, devido à flexibilização e a agilização do sistema de produção. Porém para que esse
seja eficiente são necessários equipamentos adequados para cada tipo de material a ser
transportado, o que irá contribuir para uma melhor execução desta tarefa.
Palavras-chave: Armazenagem, Movimentação, Layout
ABSTRACT
This article aims to analyze the management of storage and materials handling in a logistics
operator. The theme has an important impact on organizational efficiency and reducing costs
in this way has been a competitive advantage in enterprises of this sector which has shown
rapid growth in recent years in Brazil. The movement and storage of materials dealing with a
complex operation and of extreme importance to the production chain within several âmbito.
Control over the movement and transportation is vital to survival andcompany's
competitiveness, due to flexibility and streamlined production system. However in order for this
to be effective they require appropriate equipment for each type of material to be transported,
which will contribute to a better implementation of this task.
Keywords: Storage, Movement, Layout
INTRODUÇÃO
Em meio a um mercado dinâmico, as empresas devem procurar a melhoria continua de
seus processos de gestão, como forma de adquirir ou manter vantagem competitiva. As
operações logísticas dos operadores compreendendo as diversas formas de armazenagem e
movimentação. Os resultados da investigação mostram que a organização vem desenvolvendo
esforços continuados melhoria dos processos de logística. A pesquisa mostrou uma série de
atributos e variáveis positivas e evidenciando a importância de planejar as funções e tarefas, de
trabalhar com foco no cliente, no aperfeiçoamento dos recursos humanos, financeiros,
tecnológicos visando a maximização dos resultados para todos aqueles que direta ou
[ 131 ]
indiretamente necessita das transportadoras. O objetivo deste trabalho é identificar problemas
na armazenagem compreendendo as diversas formas de armazenagem e movimentação
reconhecer o sistema de gerenciamento e controle. Os principais instrumentos para coleta de
dados, foram a realização de estudos bibliográficos de teorias aplicadas a armazenagem, visitas
e entrevistas, as observações, as análises de documentos e processos de trabalho no período de
fevereiro a outubro do ano de 2013, onde foi possível elaborar um plano de melhoria visando a
otimização no fluxo, controle das mercadorias e maior aproveitamento do espaço físico.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Gestão de Estoque
A gestão de estoque é uma das atividades mais importantes para qualquer negócio, pois
o estoque tem diversas característica ambígua, uma vez que sua existência, se por um lado
tranquiliza a empresa quanto a flutuações de demanda e a manutenção do nível de serviço, por
outro é fonte de constante atrito em função do capital investido (Arbache et al. 2011).
Segundo Ching (2008), a visão tradicional é de que os produtos devem ser mantidos em estoque
por diversas razões. Seja para acomodar variação nas demandas, seja para produzir lotes
econômicos em volumes substancialmente superiores ao necessário, seja para não perder
vendas. No entanto, essa visão acarreta para as empresas: Custos mais altos de manutenção de
estoques; Falta de tempo na resposta ao mercado; Risco de o inventário tornar-se obsoleto.
Afirma ainda que:
O controle de estoque exerce influência muito grande na rentabilidade
da empresa. Os estoques absorvem capital que poderia estar sendo
investido de outras maneiras, desviam fundos de outros usos potenciais
e tem o mesmo custo de capital que qualquer outro projeto de
investimento da empresa. Aumentar a rotatividade do estoque libera
ativo e economizar o custo de manutenção do inventário (CHING,
2008. P. 32).
De acordo com Slack, et al. (1997, p.423) apud Ching (2008, p.33), o conceito de gestão
de estoque, originou-se na função de compras em empresas que compreenderam a importância
de integrar o fluxo de matérias a suas funções de suporte, tanto por meio do negócio, como por
meio do fornecimento aos clientes imediatos. Isso inclui a função de comprar, de
acompanhamento, gestão de armazenagem, planejamento e controle de produção e gestão de
[ 132 ]
distribuição física. Ching (2008), afirma que quando a gestão de estoque não é colocada como
um conceito integrado, esses diferentes estágios são gerenciados geralmente por departamentos
diferentes. As altas taxas de juros e competição global cada vez maior forçam as empresas a
requestionar as formas existentes de controle de estoques.
Espaço Físico
Conforme Ballou (2007) a armazenagem e movimentação das mercadorias são
fundamentais no complemento das atividades logísticas, pois seus custos podem absorver de
12 a 40% das despesas logísticas da empresa.
Ao contrário do transporte, que ocorre entre locais e tempos diferentes, a armazenagem
e o manuseio de materiais acontece, na grande maioria das vezes, em algumas localidades
fixas. Portanto, os custos destas atividades estão intimamente associados à seleção destes locais.
(BALLOU, 2007, p.152)
Afirma que as empresas necessitam do espaço físico para estoque porque as demandas
dos produtos não podem ser previstas, os fornecimentos não ocorrem instantaneamente, assim
sendo, tem-se a necessidade desse espaço para as mercadorias serem armazenadas. Portanto, as
empresas usam estoques para melhorar a coordenação entre oferta e demanda e diminuir os
custos totais.
De acordo com Viana (2008) os principais aspectos que devem ser verificados na
organização do depósito são:
•
Itens do estoque: As mercadorias de maior saída do depósito devem ser armazenadas
próximas das saídas para que o manuseio da mesma seja facilitado;
•
Corredores: Os corredores devem facilitar ao máximo o acesso as mercadorias que estão
estocadas. Quanto maior a quantidade de corredores a facilidade de movimentação e
acesso se torna mais prática.
A localização dos corredores é determinada em função das portas de acesso e da arrumação
das mercadorias. Entre as mercadorias e as paredes do edifício devem existir passagens mínimas
de 60 cm, para acesso as instalações de combate a incêndio. (VIANA, 2008, p.311)
[ 133 ]
Portas de acesso do depósito: devem permitir a passagem dos equipamentos que são
utilizados para movimentação dos materiais;
Prateleiras e estruturas: quando existir prateleiras ou estruturas no depósito, a altura
máxima ser considerada de acordo com o peso dos materiais estocados. As alturas máximas
das mercadorias estocadas devem estar distantes um metro das luminárias do teto ou dos
sprinklers (equipamentos de combate a incêndio). O piso deve ser forte o bastante para resistir
o peso das mercadorias armazenadas e dos equipamentos utilizados para movimentação.
Conclui que:
Um dos fatores fundamentais na armazenagem é a correta utilização do espaço
disponível, o que depende de estudos das cargas a serem armazenadas, dos níveis de
armazenagem, das estruturas para o armazenamento e dos meios mecânicos utilizados
no processo, não deixando nunca de pensar na utilização de paletes para
armazenamento nas estruturas verticais. (VIANA, 2008, p.313)
Layout
A Compreensão sobre aspectos relacionados à localização e o layout dos centros de
distribuição e sua importância como também apresentar a melhor forma de aproveitamento do
espaço físico e do tempo, através das atividades de movimentação e armazenagem de materiais.
Os desafios apresentados por este tema, abrange de um modo geral um maior
conhecimento no que se refere a localização e layout de produtos na sua forma correta para
realizar a sua movimentação e uma melhor forma de armazenagem viabilizando assim o menor
custo na estocagem a armazenagem dentro da organização. Para facilitar a localização dos
produtos estocados minimizando assim investimentos equipamentos, ir além das expectativas
dos clientes na manipulação dos materiais de forma eficiente e eficaz reduzindo os custos e
tempo agilizando todo processo.
Layout na Armazenagem
Segundo Viana (2008), a realização de uma operação de armazenagem eficiente e
efetiva depende muito da existência de um bom layout, que determine o grau de acesso ao
material, as formas de fluxo de material, as áreas obstruídas, a eficiência e segurança do pessoal
e do armazém. Os objetivos do layout de um armazém devem ser: Assegurar a utilização
[ 134 ]
máxima do estoque; Propiciar a mais eficiente movimentação de materiais; Propiciar a
estocagem mais econômica, em relação às despesas de equipamento, espaço, danos e material
e mão de obra do armazém; Fazer do armazém um modelo de boa organização.
Viana (2008) afirma que para projetar um layout de um armazém é necessário: Localizar
as áreas de recebimento e expedição; Localizar as áreas primárias, secundárias, de separação
de pedidos e estocagem; Definir o sistema de localização de estoque; Avaliar as alternativas de
layout de armazém.
O arranjo físico é representado pelo layout, que significa colocar, dispor, ocupar,
localizar, assentar. O layout é o gráfico que representa a disposição espacial, a área ocupada e
a localização dos equipamentos, pessoas e materiais (VIANA, 2008, p.310).
O layout ideal é aquele que procura minimizar a distância total percorrida com uma
movimentação eficiente entre os materiais, com a maior flexibilidade possível e com custos de
armazenagem reduzidos (TOMPKINS et al., 1996. p.426).
Demanda Recebimento e Empurrada
Segundo Arbache et al. (2011), no inicio a produção era artesanal para atender pequenas
demandas, já no inicio da produção industrial a ideia era produzir para estocar surgindo o
conceito produção empurrada.
No período pós revolução industrial, houve uma reorientação do modelo de produção,
passado a ser utilizado o conceito denominado produção empurrada, no qual as empresas
produzem segundo uma previsão baseada em dados históricos de venda e disponibilizam seus
produtos ao mercado através de seus canais de distribuição, ou seja, a empresa produz baseada
no perfil de consumo apresentando até o momento ou supondo se possível, por meio de ações
promocionais, conquistar novos clientes para seus produtos. (ARBACHE et al. 2011, p.50).
Afirma que antes vendia-se tudo que se produzia, hoje produz tudo que se vende desta
forma podemos reduzir custos e ser mais competitivos já que o custo de manter estoque é uma
prática recomendada.
Para diminuir os custos e atender às necessidades dos clientes à customização de
produtos, algumas organizações passaram a buscar um modelo de produção adequado ao novo
[ 135 ]
quadro econômico: o denominado modelo de produção puxada, em que a forma tradicional do
fluxo decisório na concepção de um produto (produtor-consumidor final) input oriundos do
ponto de venda (consumidor final-produtor). Este modelo visa, principalmente, diminuir os
estoques no processo de produção (ARBACHE et al. 2011, p.50)
Sistema de Gerenciamento
Um sistema do tipo chamado Warehouse Management System (WMS), ou Sistema de
Gerenciamento de Armazém, é uma parte importante da cadeia de suprimentos (ou supply
chain) e fornece a rotação dirigida de estoques. O sistema também dirige e otimiza a colocação
no armazém, baseado em informações de tempo real. O sistema WMS utiliza tecnologia, como
código de barras, dispositivos moveis e redes locais sem fio para monitorar eficientemente o
fluxo de produtos. O banco de dados pode então ser usado para fornecer relatórios úteis sobre
o status das mercadorias no armazém. Isto permite uma forma de se receber automaticamente
o inventario, processar pedidos e lidar com devoluções. Afirma ainda que: “ Na implementação
de um WMS devem ser considerados todos os custos, para além dos custos equipamento e
programas informáticos” (DONATH, 2002, p.272).
METODOLOGIA
Os principais instrumentos para coleta de dados foram entrevistas, observações, as
análises de documentos e processos de trabalho no período de fevereiro a outubro do ano de
2013. Feito com um coordenador de controle de estoque, utiliza-se 03 perguntas: Mediante a
inabilidade dos funcionários na utilização do sistema informatizado o que podemos aperfeiçoar
para otimização do controle de estoque? Quais motivos estão gerando saldos indevidos? A falta
de dinâmica e agilidade na resolução de problemas pode impactar na operação do armazém?
Caracterizações da Pesquisa
Para analisar o processo de armazenagem de uma empresa é necessária segundo AnderEgg (1978, p.28) apud Lakatos e Marconi (2001), a pesquisa como um “procedimento
reflexível, sistemático, controlado e crítico, que permite descobrir novos fatos ou dados,
[ 136 ]
relações ou leis em qualquer campo do conhecimento”. A pesquisa é uma forma de adquirir
informações, para reflexões e construir um caminho para conhecer realidades ou verdades
parciais. (LAKATOS e MARCONI, 2010). Os dados serão levantados com base em pesquisa
descritiva exploratória. De acordo com Severino (2007, p.123), “a pesquisa exploratória busca
apenas levantar informações sobre um determinado objeto, delimitando assim um campo de
trabalho”, o objetivo da pesquisa descritiva exploratória é realizar o levantamento dos dados,
registrar e analisar buscando identificar as condições de manifestações deste objeto.
Técnicas de Coletas de Dados
Conforme Lakatos e Marconi (2010, p.49) “Etapa de pesquisa em que se inicia a
aplicação dos instrumentos elaborados e das técnicas selecionadas, afim de se efetuar a coleta
de dados previstos”. É uma tarefa cansativa que exige empenho e dedicação do observador,
além do cuidado com as informações coletadas.
Observação
Segundo Gil (2009), a observação é caracterizada como um elemento fundamental para
a pesquisa. Desde o início do problema, seguindo pela formação de hipóteses, coleta, análise e
interpretação dos dados, atuando como papel indispensável no processo da pesquisa.
ANÁLISE ANALÍTICA DOS RESULTADOS
Atualmente com a competitividade do mercado a armazenagem realizada de forma
correta, agiliza os processos reduzindo os custos, tornando a organização mais competitiva e
sustentável. De acordo com os estudos realizados conclui-se que para uma boa armazenagem é
necessário um melhor aproveitamento de espaço físico, com um layout adequado, para facilitar
o fluxo de movimentação. Desta forma e fundamental que haja um correto endereçamento dos
materiais armazenados, contendo informações apropriadas para facilitar a localização.
Também, torna-se indispensável a realização de uma classificação para que se obtenha melhor
agilidade no deslocamento. As sugestões apresentadas sendo aplicadas terão um melhor
aproveitamento dos espaços físicos e agilidade nos processos, facilitando o fluxo e propiciando
[ 137 ]
maior confiabilidade nas informações armazenadas no sistema tendo como benefícios reduções
nos custos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como já foi mencionado, é indiscutível a importância de um eficiente desempenho
logístico para o sucesso de qualquer organização, já que ela é uma ferramenta chave para a
satisfação de clientes, e como consequência, a redução de custos. Diante desse fato, imagina-se
como vem sendo efetuada a Logística no país, Contudo, vale-se salientar que existem gestores
que almejam a modernização da logística. A complexidade no mercado exige entregar serviços
e produtos com melhor qualidade a um menor custo, atendendo as exigências dos clientes, o
que torna administração da cadeia logística uma operação complexa. Isso torna a logística um
diferencial de competividade entre as empresas. A armazenagem é um processo logístico de
alto custo, mas também constitui-se numa peça muito importante nos requisitos de atendimento
ao cliente, pois é nele que o produto é recebido, estocado e expedido. Portanto, a
responsabilidade da área de armazenagem é manusear e manter a qualidade do produto desde
sua chegada ao armazém até o atendimento integral do pedido ao menor custo. Portanto, é
interessante que sejam realizados e difundidos trabalhos cujo foco seja a eficiência na Gestão
como um todo podendo ser obtidas através de mudanças comportamentais da própria estrutura
administrativa, onde uma reciclagem na conduta interna é o fator mais importante para a
redução de gargalos e obtenção de melhorias.
REFERÊNCIAS
ARBACHE, Fernando Saba et al. Gestão de Logística, Distribuição e Trade Marketing.
Rio de janeiro: FGV, 2011.
BALLOU, Ronald H. Logística Empresarial: transportes, administração de materiais.
São Paulo: Editora Atlas, 1993.
CHING, Hong yuh. Gestão de Estoques na Cadeia de Logística Integrada. São Paulo:
Atlas S.A, 2008.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia
científica. 7.ed. São Paulo: Atlas, 2010.
NOVAES, Antônio Galvão. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Distribuição:
Estratégia, Operação e Aplicação. 1ª edição. Rio de Janeiro: Ed. Campus, 2001.
[ 138 ]
ORTOLANI, Luiz Fernando Ballin. Logística: Gestão de estoques e sistemas de
informação, instrumentos imprescindíveis para a eficiência nas organizações públicas e
privadas. Florianópolis, 2001.
TOMPKINS, James A. et al. Facilities plaining. 2.ed. Nova Iorque: John Wiley & Sons,
1996.
VIANA, João José. Administração de materiais: uma abordagem logística. São Paulo:
Atlas, 1998.
[ 139 ]
12.
TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGA ESPECIAL
INDIVISÍVEL: Pás De Geradores De Energia Eólica
RESUMO
Este trabalho apresenta um estudo sobre o transporte rodoviário de uma Pá de um Gerador de
Energia Eólica do Porto do Recife-PE ao Parque Eólico de Casa Nova-BA. A necessidade dessa
modalidade de transporte vem crescendo a cada dia em nosso país. O transporte Rodoviário de
cargas indivisíveis é de alta complexidade e exige um planejamento eficiente para a sua
execução. Embora as condições das estradas no Estado de Pernambuco até a Bahia sejam
precárias, é possível elaborar um planejamento de transporte eficiente.
Palavras-chave: Transporte, Carga Indivisível, Pá de Gerador de Energia.
ABSTRACT
This paper presents a study on the transport of a Spade a Wind Power Generator the Port of
Recife-PE to the Casa Nova, Bahia Wind Farm. The need for this mode of transport is growing
every day in our country. The Road carriage of indivisible loads is highly complex and requires
efficient planning for its implementation. Although the road conditions in the state of
Pernambuco to Bahia are poor, it is possible to develop efficient transportation planning.
Keywords: Transport, Cargo Indivisible, Wind Power
INTRODUÇÃO
No dia 10 de março de 2013, chegam ao Porto do Recife 69 Pás Eólicas vindas de
Houston, nos Estados Unidos. Cada uma tem uma estrutura de 40m de comprimento e pesam
cerca de nove toneladas. Essas pás de gerador de energia eólica foram encomendadas pela
CHESF – Companhia Hidrelétrica do São Francisco para serem instaladas no Parque Eólico de
Casa Nova, no Estado da Bahia. Segundo informações do Porto do Recife, o transporte desta
carga será feito pelo modal rodoviário (JCONLINE, 2013).
Problematização
Trata-se de uma operação muito complexa, pois envolve o transporte de uma carga
especial indivisível, de alto custo (cerca de R$ 75 milhões no total). O transporte será feito do
[ 140 ]
Porto do Recife até o Parque Eólico de Casa Nova, localizado no Município de Casa Nova-BA.
O grande desafio para o Porto do Recife e a transportadora Saraiva é elaborar um projeto de
transporte eficiente e com menores custos para o Porto do Recife, considerando a natureza da
carga, a situação das estradas, as condições de segurança e os custos do transporte. (JCONLINE,
2013).
Hipótese
Como é realizado esse tipo de operação de modo eficiente e com menores custos para o
Porto do Recife, considerando a natureza da carga, a situação das estradas, as condições de
segurança e os custos do transporte dessa operação?
Justificativa
Existe a necessidade desse tipo de pesquisa, uma vez que a metodologia encontrada para
a resolução dos problemas existentes poderá um dia ser utilizada por alguma empresa que
exerça atividades semelhantes ao estudo de caso apresentado, ou até mesmo o próprio Porto do
Recife poderá utilizar este estudo nas suas atividades, visando a redução de custos e uma
otimização desta tarefa tão complexa, do ponto de vista logístico.
Objetivos
Objetivos Gerais
Elaborar um estudo sobre o transporte das pás de gerador de energia eólica do porto do
recife até o parque eólico de Casa Nova-BA.
Objetivos específicos
•
Descrever alguns requisitos necessários para esse tipo de atividade;
•
Elaborar uma possível roteirização para o transporte da carga;
•
Demonstrar alguns riscos que ocorrem nesse tipo de atividade;
[ 141 ]
METODOLOGIA
A metodologia adotada neste artigo será o estudo de caso, devido à relevância do tema
para a Logística dentro do Estado de Pernambuco e também visando explicar como ocorre uma
operação deste tipo. A coleta de dados será feita por meio de publicações encontradas no site
do Porto do Recife e nos sites de Jornais de grande circulação, objetivando a observação e
análise da atividade desenvolvida pelo Porto do Recife, a elaboração de uma análise qualitativa
sobre o transporte dessa carga do ponto de origem ao ponto de destino.
CHEGADA DAS PÁS EÓLICAS AO PORTO O RECIFE
O Porto do Recife deu início na madrugada do domingo (10/03) - e segue na manhã de
segunda-feira - ao processo de desembarque de 69 pás eólicas, vindas de Houston, nos Estados
Unidos, que podemos observar na figura 1. As estruturas têm, cada uma, 40 metros de
comprimento e foram encomendadas pela Chesf. Seguirão, nos próximos dias, para Bahia, para
serem instaladas no parque eólico de Casa Nova. A carga está avaliada em R$ 75 milhões.
Esse é o primeiro de seis desembarques do tipo, que irão render para os cofres do Porto
do Recife R$ 500 mil em receitas. A carga é a primeira desse tipo a chegar no terminal recifense
e abre caminho para outras cargas de projeto (máquinas e equipamentos para indústrias). Ao
diversificar os produtos que recebe, o Porto passa a ter mais receita e depender menos de açúcar
e fertilizantes, por exemplo. (JCONLINE, 2013). Estas Pás de Gerador de Energia Eólica
podem ser observadas na figura 1.
[ 142 ]
Figura 1. Pás Eólicas chegam ao Porto do Recife.
Fonte: (JCONLINE, 2013).
Energia Eólica.
Antes de abordarmos a operação do Transporte das Pás de Gerador de Energia Eólica,
faremos uma breve leitura sobre a Energia Eólica e sua importância no cenário atual. Segundo
o site do Ministério de Meio Ambiente (2013) A energia eólica - produzida a partir da força dos
ventos - é abundante, renovável, limpa e disponível em muitos lugares. Essa energia é gerada
por meio de aerogeradores, observados na figura 2, dos quais a força do vento é captada por
hélices ligadas a uma turbina que aciona um gerador elétrico. A quantidade de energia
transferida é função da densidade do ar, da área coberta pela rotação das pás (hélices) e da
velocidade do vento.
A utilização dessa fonte para geração de eletricidade, em escala comercial, começou na
década de 1970, quando se acentuou a crise internacional de petróleo. Os EUA e alguns países
da Europa se interessaram pelo desenvolvimento de fontes alternativas para a produção de
energia elétrica, buscando diminuir a dependência do petróleo e carvão. (AMBIENTE, 2013).
[ 143 ]
Figura 2. Energia Eólica.
Fonte: (INFOESCOLA, 2013).
A Energia Eólica no Brasil.
O Brasil possui um grande potencial de energia eólica, que é uma fonte de energia limpa
e representa uma importante alternativa para a geração de energia no País, podendo reforçar a
estrutura energética já existente no Brasil, visando um melhor fornecimento de energia elétrica
no futuro.
Quanto à aplicação desse tipo de energia no Brasil, pode-se dizer que as grandes centrais
eólicas podem ser conectadas à rede elétrica uma vez que possuem um grande potencial para
atender o Sistema Interligado Nacional (SIN). De acordo com a Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel), o Brasil possui 248 megawatts (MW) de capacidade instalada de energia
eólica, derivados de dezesseis empreendimentos em operação.
O Atlas do Potencial Eólico Brasileiro, elaborado pelo Centro de Pesquisas de Energia
Elétrica (Cepel), mostra um potencial bruto de 143,5 GW, o que torna a energia eólica uma
alternativa importante para a diversificação do "mix" de geração de eletricidade no País..
(AMBIENTE, 2013).
Parque Eólico de Casa Nova.
É dentro do território baiano que está localizado o Município de Casa Nova, na
mesorregião do Médio Rio São Francisco, situado nas coordenadas geográficas de 09º09”43”
[ 144 ]
S e 40º58’15” W, como observado na figura 3, possuindo uma área em torno dos 9.647,069
km² e, uma população em 2010 em torno de 64.940 de acordo com o IBGE. (IBGE, 2010).
O Município de Casa Nova é uma das áreas consideradas pela Chesf com grande potencial
gerador de energia eólica. O Parques que está sendo implementado nesse município possuirá
uma potência instalada de cerca de 180 magawatts (MW), com um numero estimado de
aerogeradores em torno de 120 e, com a extensão dos acessos girando numa média de 55 Km.
(PACHECO; SANTOS, 2013).
Figura 3.Localização do Parque Eólico de Casa Nova.
Fonte: (DOISAENGENHARIA, 2013).
Turbina Geradora de Energia Eólica.
Para Krauter (2013), turbina eólica, ou aerogerador, é uma máquina eólica que absorve
parte da potência cinética do vento através de um rotor aerodinâmico, convertendo em potência
mecânica de eixo (torque x rotação), a qual é convertida em potência elétrica (tensão x corrente)
através de um gerador elétrico. A turbina eólica é composta pelo rotor e pela torre que o
sustenta, pela transmissão/multiplicação e pelo conversor. Ela pode extrair energia cinética
somente do ar que passa através da área interceptada pelas pás rotativas. Esse procedimento
está ilustrado a seguir na figura 4.
[ 145 ]
Figura 4. Turbina Eólica.
Fonte: (ASSIMSEFAZ, 2013).
Modal de transporte escolhido para a operação.
O modal de transporte utilizado nesta operação é o modal rodoviário, por meio de
caminhão conforme a figura 5 e fará um percurso de aproximadamente 800 km do porto do
recife até o município de Casa Nova-BA. (PORTO DO RECIFE, 2013).
Em logística os modais básicos de transporte são rodovias, ferrovias, aerovias, hidrovias
e dutos. A escolha de cada modal reflete na condição e necessidade específica sobre o material
a ser distribuído, o ritmo de distribuição e o custo logístico. Rodovia : O transporte
rodoviário oferece rotas de curta distância de produtos acabados ou semi-acabados. As
vantagens do uso de caminhões nas estradas são : O serviço porta a porta; Freqüência e
disponibilidade dos serviços; Velocidade; No mercado de pequenas cargas é mais competitivo
em comparação ao ferroviário. (INFOESCOLA, 2013).
Os modelos de caminhões utilizados nesta operação são os seguintes, conforme
observado na figura 5: Unidade Tratora: Cavalo Mecânico tipo 380/420 = 6x2 equipado com
Semi-reboque tipo carreta extensível (EQUIPAMENTOS, 2013)
[ 146 ]
Figura 5.Caminhão carregado com Pá de Gerador de Energia Eólica.
Fonte: (REGIÃO, 2013).
Conceito de Carga Indivisível.
É uma espécie de carga especial, que geralmente está fora dos padrões estabelecidos
pelo CONTRAN para o transporte convencional, seja pelas dimensões ou peso excessivo.
Requer uma atenção especial e deve atender a diversos critérios para que seja possível um
veículo transitar pelas vias terrestres com tal tipo de carga.
Carga indivisível é carga unitária, representada por uma única peça estrutural ou por um
conjunto de peças fixadas por rebitagem, solda ou outro processo, para fins de utilização direta
como peça acabada ou ainda, como parte integrante de conjuntos estruturais de montagem ou
de máquinas ou equipamentos e que pela sua complexidade, só possa ser montada em
instalações apropriadas; (CONTRAN, 2004).
Legislação relativa ao caso e documentação necessária para a operação
Segundo o site Guia do Transportador (2013), para a realização de operações de
transporte de carga indivisível, as empresas possuem algumas das seguintes necessidades que
precisam ser atendidas, tais como:
Cálculo de Taxas e Tarifas.
[ 147 ]
Na elaboração de um projeto de Transporte de Carga Especial Indivisível é
importante constar uma planilha com os cálculos de todas as despesas que serão realizadas
nesse tipo de operação, especialmente o custo com as taxas e as tarifas que serão utilizadas
durante a viagem. Isso ajudará a empresa transportadora a reduzir custos e elaborar o melhor
itinerário a ser seguido.
O transporte de cargas excedentes está sujeito a uma extensa lista de taxas e tarifas,
específicas. As mais comuns se referem àquelas para obtenção de licenças especiais – AET’s,
acompanhamento por escoltas policiais e por equipes técnicas de concessionárias e pela
utilização da via (TUV; TAP; TUR) (GUIADOTRC, 2013)
Gestão do Processo de Obtenção de AET
Outro importante fator está no gerenciamento do processo de obtenção da Autorização
Especial de Trânsito – AET, pois requer uma análise apurada de todas as etapas do processo,
especialmente a roteirização, e levantamento da documentação exigida pelos órgãos de Trânsito
competentes.
O processo de concessão de AET exige um monitoramento contínuo de todas as etapas
do processo, desde a análise da documentação exigida a ser entregue aos órgãos e
concessionárias até a emissão da AET, bem como, a realização de programação junto às
concessionárias de rodovias e os diversos prestadores de serviço que envolvem a execução do
transporte da origem ao destino (GUIADOTRC, 2013)
AET – autorização especial de Transito
Segundo o Art. 101 do Código de Trânsito:
Art. 101. Ao veículo ou combinação de veículos utilizado no transporte de
carga indivisível, que não se enquadre nos limites de peso e dimensões
estabelecidos pelo CONTRAN, poderá ser concedida, pela autoridade com
circunscrição sobre a via, autorização especial de trânsito, com prazo certo,
válida para cada viagem, atendidas as medidas de segurança consideradas
necessárias.
§ 1º A autorização será concedida mediante requerimento que especificará
as características do veículo ou combinação de veículos e de carga, o percurso,
a data e o horário do deslocamento inicial. (Lei nº 9.503/1997).
[ 148 ]
As AETs podem ser expedidas diretamente pela Internet ou, em alguns casos, podem
necessitar de estudos de viabilidade. Além disso, o setor de AET orienta usuários sobre o
levantamento e o cadastramento de dimensões de Obras de Arte Especiais (Pontes, Viadutos e
Passarelas) e elementos referentes ao peso, altura, comprimento e largura de veículos em
trechos de rodovias federais. Os critérios para aprovação das AETs são estipulados pelo
CONTRAN – Conselho Nacional de Trânsito.” (DNIT, 2013).
Auditagem do atendimento à legislação.
Conforme o Guia do Transportador (2013), Além dos problemas com excesso de peso,
a não observação aos requisitos como a sinalização do conjunto transportador pode resultar em
entraves na hora da execução do transporte que devem ser evitados a todo custo.
Contratação de Batedores
Figura 6. Batedores para Carga Indivisível.
Fonte: (GUIADOTRC, 2013).
Para a realização desse tipo de atividade, é necessária a contratação de batedores, como
se observa na figura 6. Estes terão a função de guiar todo o conjunto transportador durante a
viagem, visando evitar acidentes e dando maior segurança ao motorista do caminhão.
O processo de contratação de empresas credenciadas para a realização do serviço de escolta
deve levar em consideração, principalmente, se a empresa atende todos os requisitos legais em
relação aos veículos, equipamentos obrigatórios e pessoal devidamente, treinado e capacitado
[ 149 ]
e é normalmente exigida para cargas com dimensões e peso acima de 3,20m largura; 25,00m
comprimento; 5,00m de altura e 60,00 t de PBT/PBTC (DER/SP) e 74,00 t (DNIT)
(GUIADOTRC, 2013).
Programação de Travessias
Um grande desafio a ser enfrentado no transporte de Cargas Especiais Indivisíveis é a
travessia do conjunto transportador por trechos urbanos. Segundo o Guia do Transportador
(2013), deve haver um planejamento prévio desta etapa por meio de reuniões com as entidades
responsáveis pela via para que seja feito um estudo sobre o melhor itinerário, com a participação
das empresas de energia elétrica e telefonia para que sejam removidos os cabos de energia,
telefone, TV a cabo e internet, caso necessários para a passagem do caminhão com a carga.
A travessia de cargas especiais nos trechos urbanos nas principais capitais dos Estados
Brasileiros, como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, assim como nas rodovias
concessionadas, está sujeita à realização de programação da passagem do conjunto
transportador junto as Prefeituras, Concessionárias, Empresas de Telefonia e Cabo e órgãos
responsáveis pela operação nas vias. (GUIADOTRC, 2013).
Roteirização para o transporte da carga
Uma vez definido o modal a ser utilizado e observada a legislação pertinente, no caso,
transporte rodoviário, será necessário definir qual o melhor trajeto a ser seguido desde a origem
até o destino. Nesse contexto, deverá ser feita uma análise das limitações de altura da carga,
comprimento, peso, horários de trafego, pagamento de pedágio, entre outros fatores. A seguir,
apresenta-se um mapa com o itinerário que será utilizado neste projeto de transporte.
Segundo Guia do Transportador (2013), por ocasião da elaboração da roteirização
devem ser feitos estudos prévios sobre a geometria da via, o levantamento do itinerário, aferição
dos gabaritos verticais e horizontais da via, bem como da capacidade portanto das pontes e
viadutos.
[ 150 ]
Primeira etapa: deslocamento do Porto do Recife até o início da BR-232, no bairro do
Curado, Recife-PE.
Segundo a rota traçada no site Google Maps (2013) vista na figura 7, basta seguir na
direção Oeste, na Praça Comunidade Luso Brasileira, em direção à Avenida Militar; seguir na
Av. Norte até o bairro de Apipucos; pegar a BR-101 no Bairro de Dois Irmãos; Continuar na
BR-101 até a Avenida Getúlio Vargas, no bairro do Curado; curva suave á direita na BR-101;
pegar a saída para a Avenida Getúlio Vargas e, finalmente chegar à BR-232.
Figura 7. Itinerário: Porto do Recife ao Início da BR-232.
Fonte: (GOOGLE MAPS, 2013)
O maior desafio desta primeira etapa é o deslocamento do Porto do Recife até o início
da BR-232, pois é um trecho urbano do Recife e requer muita cautela no trânsito. Ruas
apertadas, fiação de energia, obras de arte (viadutos, passarelas) entre outros fatores podem
dificultar o trajeto. Para isso, deve ser feito um estudo de viabilidade do itinerário e solicitação
de auxílio da Companhia de Energia elétrica para auxiliar a passagem do veículo nos locais em
que os fios de energia elétrica forem muito baixos. Tudo isso deve ser feito antes da emissão
da AET – Autorização Especial de Trânsito, que, neste caso, será expedida pelo órgão de
Trânsito competente do município do Recife. O trajeto da BR-101 e da BR 232 é de
responsabilidade do DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte, por se
tratar de rodovias federais. Segundo Porto do Recife (2013), este trajeto será feito na
madrugada. Neste trecho, deverá ser feito um planejamento de paradas para descanso dos
[ 151 ]
motoristas e abastecimento dos veículos a fim de prezar pela qualidade do transporte por todo
o trecho.
Segunda Etapa: Do início da BR-232 até o Município de Casa Nova-BA
Podemos verificar na figura 8 que o trajeto segue pela BR 232, que se inicia no bairro
do Curado, Recife-PE e termina no município de Parnamirim-PE. Após isso, o veículo seguirá
pela BR-110, por aproximadamente 50 km. Depois seguirá para a PE-360, pela qual transitará
por aproximadamente 85,4 Km. Além dessas rodovias, será necessário seguir por alguns
trechos das BRs: 408, 122, 128, 407 e 235 para chegar ao destino final da carga, o Parque Eólico
de Casa Nova, perfazendo um percurso total de aproximadamente 728 km. (MAPS, 2013)
Figura 8. Itinerário: do início da BR-232 até Casa Nova-BA.
Fonte: (GOOGLE MAPS, 2013).
Análise dos riscos deste tipo de operação
Os riscos de acidentes nesse tipo de atividade são frequentes, devido ao tamanho da
carga e a fragilidade do material do qual é produzida a hélice da turbina eólica. Os prejuízos
são grandes devido ao alto valor da carga. Vejamos alguns exemplos: segundo Globo.com
(2013), devido ao erro de um dos batedores que acompanhavam a carga, três caminhões quase
entraram no perímetro urbano da cidade de Curitiba-PR. O batedor se perdeu e não entrou no
[ 152 ]
contorno que estava previsto para o itinerário da carga. Isso fez com que os caminhões
seguissem em frente e ficassem sem saída. Para resolver o problema os veículos ficaram
parados por horas, aguardando sair de marcha-ré por um trecho de 6 Quilômetros, pois não
havia como contornar no local devido ao tamanho da carga. Podemos verificar a seguir na figura
9, uma carreta que tombou na BR-304. (APODI, 2013).
Figura 9. Carreta transportando hélice tombou na BR-304.
Fonte: (APODI, 2013)
Além dos riscos de acidentes, poderá haver falhas em outros processos, como no
manuseio do material, na armazenagem, no itinerário, entre outros fatores que podem
inviabilizar o processo de transporte da carga, causando prejuízos ao cliente e à transportadora
responsável.
A atividade de manuseio e transporte de cargas especiais não pode desconsiderar a
possibilidade de ocorrência de falhas. Sempre que há possibilidade de produzir um bem ou
prestar um serviço, há possibilidade de falhas, algo pode sair errado. Algumas falhas ocorrem
de forma incidental e podem nem ser percebidas pelos envolvidos, tanto o prestador de serviço,
como o cliente; por outro lado, existem as falhas que influenciam diretamente sobre o produto
ou serviço, interrompendo o processo de transferência de carga. (CAPO, 2005)
Segundo Diariosp.com.br (2013) um caminhão que ultrapassou um batedor acabou
colidindo com uma carreta que transportava uma pá eólica, na Rodovia Senador Erminio de
Morais, em São Paulo. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, o batedor deveria controlar
o trânsito para que nenhum caminhão passasse pelo local enquanto os caminhões carregados de
[ 153 ]
pás faziam a curva. Porém, esse veículo ultrapassou os batedores e causou o acidente. Ninguém
ficou ferido.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A finalidade deste trabalho foi demonstrar uma maneira viável e eficiente de se realizar
o transporte de 69 pás de geradores de energia eólica partindo do Porto do Recife, em
Pernambuco, com destino ao Parque Eólico de Casa Nova, no Estado da Bahia. É uma atividade
complexa de se realizar devido às várias exigências burocráticas e às características especiais
de uma Carga Especial Indivisível, além das dificuldades enfrentadas no deslocamento do
conjunto transportador por todo o itinerário traçado.
É importante ressaltar o crescimento do uso da Energia Eólica em nosso país, uma vez
que o Brasil possui um potencial de geração de energia eólica considerável. Isso irá demandar
muitas atividades dessa natureza nos próximos anos.
Acreditamos ser acertada a escolha pelo Porto do Recife pelo Modal Rodoviário para a
realização desta operação, uma vez que seria inviável o transporte das pás eólicas pelo modal
aquaviário, devido à falta de estrutura navegável no trajeto, bem como ficaria muito onerosa
pelo modal Aeroviário. Também não há ferrovias disponíveis na localidade para esse tipo de
transporte.
Quanto à parte burocrática, foi observado que é necessário preencher vários requisitos
para se fazer um transporte de carga especial indivisível no Brasil, em especial a Autorização
Especial de Trânsito – AET. Pode haver outros requisitos necessários para um veículo transitar
pelas vias terrestres com Carga Especial Indivisível, pois não foram esgotadas as pesquisas
sobre este tópico. Pode ser fonte de novas pesquisas os custos existentes neste tipo de atividade.
Outro fator importante a ser considerado neste tipo de atividade é a elaboração de um
projeto eficiente de roteirização. Podemos considerá-la como um fator crítico de sucesso para
a operação. Um erro no trajeto poderá causar muitos prejuízos e transtornos para o trânsito no
local. Por isso deve-se procurar a melhor rota entre as disponíveis e se fazer uma pesquisa para
verificar se é possível a passagem da carga por determinados locais, visando reduzir custos e
minimizar riscos.
[ 154 ]
São vários os riscos neste transporte devido ao tamanho desta carga e a fragilidade que
esse material apresenta, esses riscos se tornam ainda maiores devido ao valor agregado a essas
pás eólicas podendo causar um imenso prejuízo caso um sinistro que venha a ocorrer.
A sistematização dessas informações poderá ajudar na reflexão sobre o transporte de
cargas especiais indivisíveis e no transporte especifico das Pás de Gerador de Energia Eólica
no Brasil. no sentido de se analisar os diferentes modais disponíveis para a formação de
representações descritivas documentárias e para a continuação deste estudo de maneira mais
aprofundada. Entretanto, esse estudo não deve ser encarado de maneira conclusiva, mas sim
como uma organização de informações pertinentes ao assunto abordado com o propósito de
servir como fonte para novos estudos.
REFERÊNCIAS
AMBIENTE, MinistÉrio do Meio. ENERGIA EÓLICA. Disponível em:
<http://www.mma.gov.br/clima/energia/energias-renovaveis/energia-eolica)>. Acesso em: 12
nov. 2013.
AMBIENTE, MinistÉrio do Meio. ENERGIA EÓLICA. Disponível em:
<http://www.mma.gov.br/clima/energia/energias-renovaveis/energia-eolica)>. Acesso em: 12
nov. 2013.
APODI, Sentinelas do. Carreta Transportando Hélice tombou na BR 304. Disponível em:
<http://sentinelasdoapodi.blogspot.com.br/2011/08/carreta-transportando-helice-detorre.html>. Acesso em: 19 nov. 2013.
ASSIMSEFAZ. Energia Eólica no Brasil. Disponível em:
<http://www.assimsefaz.com.br/galeria/energia-eolica-no-brasil-3>. Acesso em: 26 out. 2013
CAPO, Geucimar Moro. Gerenciamento de Projetos Aplicado ao Transporte de Cargas
Especiais Indivisíveis. Disponível em: <http://www.ppga.com.br/mestrado/2005/capojeucimar_moro.pdf>. Acesso em: 19 nov. 2013.
CONGRESSO NACIONAL. Lei nº 9.503, de 23 de janeiro de 1997. Código de Trânsito
Brasileiro. Brasília, DF,
CONTRAN. Resolução nº 11, de 25 de janeiro de 2004. Resolução do CONTRAN 11/2004.
Brasília, DF,
DIARIOSP.COM.BR. Acidente envolve dois caminhões na Casteliho. Disponível em:
<http://www.diariosp.com.br/noticia/detalhe/27825/Acidente+envolve+dois+caminhoes+na+
Castelinho>. Acesso em: 19 nov. 2013.
DNIT. Perguntas Frequentes. Disponível em: <http://www.dnit.gov.br/acesso-ainformacao/perguntas-frequentes>. Acesso em: 16 nov. 2013.
[ 155 ]
ENGENHARIA, Doisa. Parque Eólico Casa Nova. Disponível em:
<http://www.doisa.com/obra/parque-eolico-casa-nova#262>. Acesso em: 12 nov. 2013.
EQUIPAMENTOS, Saraiva. Carreta Extensível. Disponível em:
<http://saraivaequipamentos.com.br/equipamentos.php>. Acesso em: 16 nov. 2013.
GLOBO.COM. Batedor erra caminho e carga gigante quase invade zona urbana de
Curitiba. Disponível em: <http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2013/09/batedor-erra-ecarga-gigante-quase-chega-zona-urbana-de-curitiba.html>. Acesso em: 19 nov. 2013.
GUIADOTRC, Aet Online. Conheça nossos serviços. Disponível em:
<http://www.guiadotrc.com.br/aetonline/solucoes.asp>. Acesso em: 20 nov. 2013.
INFOESCOLA. ENERGIA EÓLICA. Disponível em:
<http://www.infoescola.com/tecnologia/energia-eolica/>. Acesso em: 26 out. 2013.
INFOESCOLA. Logística: Modais de Transporte. Disponível em:
<http://www.infoescola.com/administracao_/logistica-modais-de-transporte/>. Acesso em: 16
nov. 2013.
JCONLINE. Porto do Recife recebe pela primeira vez pás eólicas. Disponível em:
<http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/economia/pernambuco/noticia/2013/03/11/porto-dorecife-recebe-pela-primeira-vez-pas-eolicas-76019.php>. Acesso em: 26 out. 2013.
KRAUTER, Stefan. Fontes de Energia Renováveis. Disponível em:
<http://www.solar.coppe.ufrj.br/eolica/eol_txt.htm>. Acesso em: 14 nov. 2013.
MAPS, Google. Rota da BR - 232 até Casa Nova-BA. Disponível em:
<https://www.google.com.br/maps/preview?hl=pt-BR#!data=!4m27!3m18!1m5!1sRod.+BR232+-+Curado,+Recife+-+PE!2s0x7ab1c0f138b9cb7:0xb0fc63975a166e05!3m2!3d8.0739045!4d-34.9636448!1m1!1sCasa+Nova+-+Bahia!2e0!3m8!1m3!1d44852!2d34.9238415!3d8.0734211!3m2!1i1242!2i545!4f13.1!5m2!13m1!1e1!7m4!11m3!1m1!1e1!2b1&fid=0>.
Acesso em: 18 nov. 2013.
MAPS, Google. Rota Porto do Recife até BR-232 - CURADO. Disponível em:
<https://www.google.com.br/maps/preview?hl=pt-BR#!data=!1m4!1m3!1d44856!2d34.9169634!3d-8.0414588!4m37!3m28!1m5!1sAdministração+do+Porto+do+Recife++Praça+Comunidade+Luso+Brasileira,+70+-+Recife,+Pernambuco,+50030280!2s0x7ab18a54bee11ab:0x2ec488773a0a7c5e!3m2!3d-8.053673!4d34.870282!1m5!1sRod.+BR-232+-+Curado,+Recife++PE!2s0x7ab1c0f138b9cb7:0xb0fc63975a166e05!3m2!3d-8.0739045!4d34.9636448!2e0!3m8!1m3!1d89711!2d-34.9393495!3d8.0436034!3m2!1i1242!2i545!4f13.1!9m5!2m2!3d-8.0093267!4d34.9365544!3s0x7ab19ee9d093877:0x8e583a6d71a7b646!4f0.9559606!5m2!13m1!1e1!7m4!
11m3!1m1!1e1!2b1&fid=0>. Acesso em: 18 nov. 2013.
MINUCCI, Isabela. O que é Roteirização. Disponível em:
<http://isabelaminucci.blogspot.com.br/2011/06/o-que-e-roteirizacao_8507.html>. Acesso
em: 18 nov. 2013.
PACHECO, ClÉcia Simone GonÇalves Rosa; SANTOS, Reinaldo Pacheco dos. PARQUES
EÓLICOS E SUSTENTABILIDADE ENERGÉTICA: ANÁLISE DOS IMPACTOS
[ 156 ]
SOCIOAMBIENTAIS NA CIDADE DE CASA NOVA/BAHIA/BRASIL. Disponível em:
<http://www.egal2013.pe/wp-content/uploads/2013/07/Tra_Clecia-Reinaldo.pdf>. Acesso
em: 14 nov. 2013.
RECIFE, Porto do. Pás Eólicas seguem para parque na Bahia. Disponível em:
<http://www.portodorecife.pe.gov.br/saladeimprensa/2013-08-01-1.htm>. Acesso em: 14 nov.
2013.
REGIÃO, Portal VÁrzea e. Brotas de Macaúbas recebe hélices para aerogeradores de
parque eólico. Disponível em: <http://www.varzeaeregiao.net/2011/03/brotas-de-macaubasrecebe-helices-para.html>. Acesso em: 16 nov. 2013.
[ 157 ]
13.
O PAPEL DO LÍDER COACH NA LOGÍSTICA COMO
VANTAGEM COMPETITIVA
RESUMO
Trata-se de uma abordagem da forma de gestão inovadora com o objetivo de aliar-se ao
processo logístico, aperfeiçoando o papel do líder e influenciando as equipes com o intuito de
obter vantagem competitiva no mercado atual. Com enfoque nos tipos de liderança, passando
pela história da logística e seus principais acontecimentos, até o modelo de liderança coach e
seus processos de gestão, apresentando a evolução deste processo logístico.
Palavras-Chaves: Logística, liderança, competitividade.
ABSTRACT
It is an approach to the management approach, innovative in order to ally the logistics process
enhancing the role of leading and influencing teams in order to gain competitive advantage in
the current market, focusing on the types of leadership through the history of logistics and its
main event until model leadership coach and management processes, presenting the evolution
of the logistics process.
Keywords: logistics, leadership, competitive edge.
INTRODUÇÃO
No mundo atual com a chegada da globalização, as organizações estão cada vez mais
ligadas aos avanços na área científica e tecnológica, não apenas em equipamentos, mas em
processos de trabalho em gestão de pessoas. Verificando-se que, nas organizações hoje em dia,
existe uma grande importância de investir no capital humano e no desenvolvimento de
habilidades que possam contribuir para o seu sucesso. Neste contexto, a figura do líder ganha
destaque, pois, em uma época em que a liderança se tornou tão importante-quanto rara nas
empresas, cada vez mais o termo “liderança”, emerge. (Diniz 2005, p. 27).
A liderança é necessária em todos os tipos de organização humana, seja nas empresas,
seja em cada um de seus departamentos. Ela é essencial em todas as funções de administração:
o administrador precisa conhecer a natureza humana e saber conduzir as pessoas, isto é, liderar.
(Chiavenato 2003, p. 122). Para isso, é necessário que a organização resgate valores que
reforcem a importância dessa prática e capacite os seus líderes através de palestras e/ou
[ 158 ]
treinamentos para melhorar o relacionamento dos seus liderados, a fim de promover um
ambiente harmônico e mais produtivo.
O líder terá o papel de comandar, conduzir, influenciar e inspirar pessoas seja em que
atividade for, em grandes, médias ou pequenas empresas. Independente de essas organizações
serem pública ou privada, sempre haverá espaço para um líder sobressair e realizar um bom
trabalho (Diniz 2005, p. 09). O mercado empresarial brasileiro vive momentos de guerra, a
maioria das organizações são super gerenciadas e sub-lideradas. As empresas e as pessoas
investiram muito pouco no desenvolvimento da liderança nos últimos anos. Isso vale para
funcionários de pequenas empresas, grandes empresas, empreendedores, autônomos e
prestadores de serviços. Por isso, a necessidades de se desenvolver líderes eficazes e
transformadores (Diniz 2005, p. 22).
Liderança é a influência interpessoal exercida em uma situação. É dirigida por meio do
processo da comunicação humana para a consecução de um ou mais objetivos específicos, das
necessidades existentes em uma determinada situação na relação entre um indivíduo e um grupo
(Chiavenato 2003, p. 122). O sucesso das organizações depende diretamente das pessoas. Hoje
se reconhece que a maneira como a organização trata e gerencia as pessoas é o segredo do seu
sucesso e competitividade. Diversas teorias e técnicas surgiram no mercado das mais diversas
origens. Mas, com certeza, o que mais tem impressionado a todos com os seus resultados é a
utilização do coaching como ferramenta de liderança. No ambiente empresarial de hoje,
algumas organizações já usam o coaching como ferramenta de vantagem competitiva para
alcançar suas metas e objetivos no mercado atual.
Problematização
O problema de pesquisa é definido pelas considerações anteriores, esta pesquisa
interroga os benefícios do líder coaching nas organizações como vantagem competitiva.
Hipóteses
•
Aumento da produtividade dos funcionários através da liderança coach;
•
Alcance de metas estipuladas obtidas pelo processo do coaching;
•
Realização pessoal e motivacional do coache;
[ 159 ]
•
Diferencial competitivo na logística utilizando a ferramenta do coaching.
Justificativa
A importância do estudo do papel do líder coach na gestão do departamento de logística
como vantagem competitiva, demonstra ser um tema de bastante importância, visto que, as
maiorias das empresas almejam um lugar de destaque no cenário mercadológico. Para isso, a
necessidade de utilização dos processos do choaching como ferramenta para alavancar lucros,
consequentemente metas e resultados. Diante disso, se torna uma ferramenta promissora diante
da competitividade já pré-existente. É uma nova forma de gestão, aplicada a setores do processo
logístico, visando aumentar a sua competitividade no cenário atual. Incluindo todas as
vantagens que o processo fornece, tais como: motivação dos funcionários e aumento da
satisfação pessoal. Realizando assim um estudo de um tema relativamente novo, associado a
processos logísticos existentes nas empresas, se tornará um fator decisivo para a sobrevivência
das organizações nos próximos anos.
Com a globalização, é sabido que a concorrência é uma constante nos tempos atuais.
Sendo assim, empresas e pessoas que tiverem os seus pensamentos autocráticos, enraizados em
suas decisões e processos; cada vez mais perderá importância no quesito concorrência. Visto
que, a necessidade de atualização tanto de pensamento quanto de ações já é um assunto de
grande relevância nos próximos anos. Já que o papel do líder coach se tornará uma das
ferramentas mais cobiçadas para as empresas; pois além de alavancar lucros, melhorará a
competitividade diante de um cenário totalmente competitivo.
Um dos grandes problemas enfrentados pelos gestores, é que as maiorias das pessoas
pensam que conhecem as características dos bons líderes. Segundo Briner (1997), é preciso
acreditar no que se faz para ter um sucesso expressivo e ser capaz de instilar em seus
colaboradores um pouco de entusiasmo. Cabe ao líder, direcionar os membros de sua equipe
para que eles sejam no futuro os próximos líderes da organização. Para isso, é preciso
desenvolver as habilidades interpessoais, profissionais e de confiança. Para Hunter (2006), as
empresas deveriam ajudar a desenvolver tais habilidades para que ocorra uma mudança de
aprendizagem comportamental dos funcionários e também para que haja uma melhoria contínua
na transformação dos mesmos.
[ 160 ]
Tendo em vista, as considerações acima, entende-se que, a realização do presente
projeto, tem sua justificativa baseada na necessidade de conhecer e analisar o papel dos líderes
e suas influências nos processos de trabalho e na motivação da equipe.
OBJETIVOS
Os objetivos desta pesquisa subdividem-se em geral e específicos, a saber:
Objetivo Geral
Demonstrar o papel do líder coach na logística como vantagem competitiva.
Objetivos Específicos
•
Explicar os conceitos acerca dos temas: logística, tipos de liderança, líder coach;
•
Analisar os tipos de liderança;
•
Identificar o uso do coaching como ferramenta competitiva;
•
Entender os benefícios do líder coach;
•
Observar o papel do líder na área da logística.
METODOLOGIA
A metodologia aplicada neste trabalho é baseada na pesquisa bibliográfica. Onde consta
bastante clareza e ênfase ao tema abordado, com o intuito de obter embasamento teórico, para
demonstrar o papel do líder coach na gestão da logística de uma forma eficiente e de fácil
entendimento.
REFERENCIAL TEÓRICO
Logística
[ 161 ]
A definição segundo Bueno (2000, p. 344), revela a logística como “ciência militar que
trata do equipamento, transporte...”
Logística Militar:
É o conjunto de atividades relativas à previsão e à provisão dos recursos e dos serviços
necessários à execução das missões das Forças Armadas. (Departamento de Logística,
Secretaria de Logística e Mobilização, Ministério da Defesa, Esplanada dos Ministérios - Bloco
Q Brasília, Doutrina de Logística Militar, pag. 15).
Este conceito revela a essência da logística onde as missões militares eram o foco dos
comandantes que utilizavam da logística para concluir com êxito suas atividades.
Logística Empresarial:
A logística empresarial trata de todas as atividades de movimentação e armazenagem,
que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da matéria-prima até o ponto de
consumo final, assim como dos fluxos de informação que colocam os produtos em movimento,
com o propósito de providenciar níveis de serviço adequados aos clientes a um custo razoável.
(BALLOU, 2012, p. 24).
Nesta citação, Ballou, de forma elíptica descreve os setores envolvidos no processo da
logística, os setores de movimentação de produtos, armazenagem, compra e aquisições de
matérias-primas e entrega ao cliente final, cada uma desse setor se faz necessário a presença do
gestor ou líder para controle e direcionamento das atividades afins de cada área.
Em um conceito mais atualizado a cerca da logística, define-se como:
O processo de planejamento, implementação e controle do fluxo eficiente e
economicamente eficaz de matérias-primas, estoque em processo, produtos acabados
e informações relativas desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o
propósito de atender as exigências dos clientes. (Ballou, 1993, p. 27).
Podemos retirar deste conceito que os processos de planejar, implantar e controlar de
maneira eficaz são características intrínsecas do bom gestor.
[ 162 ]
De acordo com o dicionário etimológico da Língua Portuguesa de José Pedro Machado,
a etimologia do vocábulo logística, provém do grego logistiké, que significa “A ciência prática
do cálculo”. (MOURA, Benjamim, Ed. Centro Atlântico 2006, pag. 53)
Os conceitos acima retratam as operações logísticas em todo seu percurso ao longo dos
anos para melhor entendimento do valor destas operações.
Períodos da história da logística: Tomaremos por conhecimentos períodos de
desenvolvimento histórico da logística que se se desmembra em três eras: antes de 1950, 19501970, e após 1970 (BALLOU, 2012, p. 28, 29, 34).
Antes de 1950:
Os anos adormecidos, bastantes conflitos de objetivos e de responsabilidades para as
atividades logísticas foram percebidos neste período, por parte dos setores de
transporte, produção, estoque, marketing e finanças, pois suas atividades-chaves eram
fragmentadas não existindo uma filosofia para guiá-los. Alguns pioneiros e estudiosos
em marketing, conseguiram identificar a natureza da distribuição física, mas só após
a guerra foi que a economia voltou a crescer (BALLOU, 2012, p. 28).
O período de 1950-1970:
O período de desenvolvimento. Neste período, a pressão por custo nas empresas, às
alterações nos padrões e nas atitudes dos consumidores, os avanços na tecnologia de
computadores e a experiência militar, foram fatores que propiciaram um ambiente
mais favorável ao pensamento administrativo (BALLOU, 2012, p. 29).
1970 e anos posteriores:
Os anos de crescimento, com alguns princípios básicos já sendo estabelecidos, e
algumas firmas já faziam seu uso, pois, a competição mundial começou a crescer. Em
contrapartida, as matérias-primas de boa qualidade passaram a faltar. Controle de
custo, produtividade e controle de qualidade passaram a ser áreas de interesse, os
princípios e conceitos passaram a ser utilizados com grande sucesso (Ballou 2012, p.
34).
Outros fatores importantes na história da logística são apresentados no quadro seguinte:
Datas
Acontecimento
Significado
[ 163 ]
1901
1916
1927
John F. Crowel, Report of the industrial
Primeiro texto que aborda os custos e os fatores
Comission on distribution farms products.
que afetam a distribuição de produtos agrícolas.
Arch W. Shaw, An Approch to Business
Texto que discute os aspectos estratégicos da
Problems.
logística.
Ralph Borsodi, the distribution age.
Um dos primeiros livros em que se define o
termo logística com grande semelhança as
atuais.
1956
Howard T. Lewis, James W. Culiton e Jack
Introdução ao conceito de custo total na
D. Steele, The Role of Air Freight In
logística.
Phyical Distribution.
Início dos
Michigan StateUniversity e The Ohio
anos 60
StateUniversity instituíram programas de
Primeiros programas de formação em logística.
formação em logística.
1962
1963
Peter F. Drucker, The Economy´s Dark
Reconhecimento da importância da distribuição
Continent
física por uma grande autoridade acadêmica.
Fundação do National Council of Physical
Primeira organização profissional da logística.
distribution Management
1970
Lançamento do International Journal of
Physical
Distribution
and
Primeiro jornal especializado em logística.
Logistics
Management.
Décadas
Desenvolvimento
de
Melhoria da integração e eficiência das
de 70 e 80
técnicas em logística, tais como MRP,
atividades logísticas com reflexos na qualidade
DRP, Kanban, JIT.
e no serviço logístico.
Graham Sharm, The Rediscovery of
Identificação da necessidade de reconhecimento
logistics.
da logística pela gestão de topo.
1985
Michael E. Porte, CompetitiveAdvantage.
Introdução do conceito de cadeia de valor.
1991
Constituição da APLOG (Associação
Primeira associação portuguesa na área da
Portuguesa de Logística).
logística.
Donald J. Bowesox and David J. Closs,
Primeiro livro a incluir Supply Chain no título
1984
1996
Logistical
e
implantação
management:
The
IntegradSuplly Chain Process
1996
Supply Chain Management Review
Primeira revista a incluir Supply Chain no título.
[ 164 ]
Fontes: LAMBERT, Douglas M e STOCK, James R. (1993) p. 22-24/FLINT, Daniel j. e KENT, Jonh L.
(1997) p. 17-19
Quadro 1 – fatos importantes na história da logística
A logística vista como herança militar:
Que a logística está associada às grandes estratégias de guerras e de grandes líderes
como Napoleão Bonaparte e Alexandre, o Grande, não podemos negar. Ao analisar as técnicas
e capacidade de interpretar a arte de armazenar, transportar e distribuir, os dois ganhou
destaques, cada um em seu tempo. Alexandre, o Grande, foi um general macedônio que viveu
entre 356. C. e 323 a. C., e foi um dos maiores conquistadores de territórios que a história tem
em registro. Utilizando as mais diferentes formas de logística em suas estratégias de batalhas.
Napoleão Bonaparte viveu entre 1769 e 1821, foi um grande estrategista militar francês, e os
sucessos de suas estratégias dependiam severamente da forma de sua organização logística
realizada pelos seus soldados, equipamentos e suprimentos.
As lideranças destacadas acima, referem-se a dois grandes líderes que a humanidade
vivenciou, e mais, demonstram que uma liderança bem sucedida e um processo logístico bem
definido, sem dúvidas, deixam claro que a gestão entre as operações e a logística podem vencer
e conquistar o mercado e seus clientes cada vez mais disputados como se fossem territórios. A
logística vem sendo estudada ao longo do tempo e se apresenta como papel relevante e
fundamental tanto nas indústrias como em setores de serviços. Teve a sua origem no âmbito
militar, muito embora sua utilização remonte às mais antigas épocas na história da humanidade
e na economia agrária. Em virtude das necessidades de planejamento, de alojamento e
deslocamento de tropas com seus devidos suprimentos – a saber: armamentos, veículos,
alimentos, medicamentos, entre outros – visando operações eficientes e eficazes nos campos de
batalha para enfrentamento de inimigos e obtenção de vitórias, há séculos os militares estudam
e desenvolvem sistemas logísticos (BULLER, 2012, p. 11).
Estudiosos e organizações levaram conceitos de logística militar aos negócios de modo
sistêmico, identificando a influência do gerenciamento logístico nas atividades empresariais,
tal qual os militares, expandindo seu papel para além de apenas um apoio operacional. O suporte
estratégico das atividades logísticas nos empreendimentos comerciais deixava de ser visto como
[ 165 ]
“custo” e passava a figurar como elemento criador de vantagem competitiva frente à
concorrência.
A guerra da concorrência no mercado não difere muito do campo de batalha em sua
essência (BULLER, 2012, p. 11).
O papel do líder já era requisitado nesta época, a começar pelos grandes líderes como
Napoleão, que “perdeu a guerra” por não ter planejado adequadamente sua incursão em um
determinado país em pleno inverno. Suas tropas sofreram com o frio e com a falta de alimento
e medicamentos, em virtude de dificuldades ocorridas nos acessos ao campo inimigo. A
importância da logística no meio militar comandada por grandes generais remonta ao século
XVIII. (RODRIGUES, 2005, p. 123) comenta que, no reinado de Luiz XIV (França), existia
um posto militar denominado Marechal General de Lógis.
A essência da logística militar leva-nos a direção de que o papel do líder está vinculado
diretamente à coordenação e ao planejamento de todos os setores da cadeia logística de forma
a reduzir custo e ganhar competitividade através de suas ações (liderança). Em um processo
mais avançado de estratégia competitiva através da liderança, se dá na identificação de seus
gestores e treinamento dos mesmos, sendo realizado pelo processo do coach para obtenção de
gestores de ponta; atuando nos pontos fortes e fracos de cada setor da empresa, identificando
forças que dirigem ou determinem a concorrência no mercado atual. O mercado aqui tratado,
deve ser entendido em sua estrutura, que inclui concorrentes já existentes, potenciais
concorrentes, fornecedores e clientes.
A logística empresarial teve a sua origem no meio militar, a partir das necessidades de
gestão das operações militares de forma unificada e sistêmica com os objetivos de alavancar a
capacidade de combate para a conquista de territórios e/ou defesa de territórios.
Logística de forma competitiva:
A competição entre as empresas levaram estas a investirem cada vez mais na atualização
de suas tecnologias em suas unidades; através de ferramentas, equipamentos, maquinário,
matérias-primas de alta qualidade e porque não, gestores de alta performance.
Uma das razões que tornam a logística competitiva, são as mudanças econômicas,
tecnológicas, políticas e sociais, ocorridas desde meados do século passado; mas com grande
[ 166 ]
tendência nos últimos 20 anos, onde os efeitos foram mais profundos em vários segmentos, em
particular na logística.
Se os gestores logísticos dispõem atualmente de recursos tecnológicos altamente
sofisticados que facilitam a gestão; a sua atividade é de complexidade crescente, na medida em
que se desenvolve num contexto de hipercompetição e sob multíplice fatores (MOURA, 2006,
p 45).
Ainda Segundo Benjamim Moura, a globalização aumentou o número de fornecedores
a disputar o mesmo nicho. O mercado ganhou proporção mundial, cresceu a distância a ser
percorrida. O que leva a profundas mudanças em vários domínios, por exemplo, nos sistemas
de transportes, circuitos de distribuição, embalagens e técnicas de negociação e em muitos
outros aspectos.
Sem dúvidas, setores da tecnologia da informação e da comunicação foram os que
facilitaram mais a desintermediação, fazendo alavancar mais a questão da competição. Muitas
vezes, fazendo aproximar vendedores e compradores, sem a necessidade de intermédios, com
profunda incidência nos processos logísticos.
Inovação é a melhor arma contra a competitividade. A questão deste trabalho, é tratar a
questão de um novo modelo de gestão, focado através da liderança coach- com um destaque
principal para a competitividade na logística; resultando em novos clientes, alavancagem de
mercado e satisfação dos clientes. Pois, abrangendo mais o papel do líder, ficará evidenciado
que, a ferramenta do coaching nas empresas, com o intuito de aperfeiçoar a gestão de pessoas,
trará de uma forma mais perceptível resultados de satisfação dos clientes e novos mercados.
Visto que, em uma empresa onde o funcionário trabalha motivado, os lucros e resultados serão
consequência do seu modelo de gestão.
Liderança
Liderar é realizar uma série de ações, sendo algumas planejadas e outras espontâneas,
com a finalidade de comandar, conduzir, influenciar e inspirar indivíduos ou grupos para que
trabalhem rumo aos objetivos organizacionais e alcancem resultados pessoais e profissionais
satisfatórios e mútuos (MADRUGA, 2013, p.8).
[ 167 ]
A liderança é necessária em todos os tipos de organização, seja nas empresas, seja em
todas as funções da administração: o administrador precisa conhecer a natureza humana e saber
conduzir as pessoas, isto é, liderar (CHIAVENATO, 2003, p.122).
Segundo Chiavenato, a liderança pode ser visualizada sob diversos ângulos, a saber:
Liderança como um fenômeno de influência interpessoal – Liderança é a influência interpessoal
exercida em uma situação e dirigida por meio do processo da comunicação humana para a
consecução de um ou mais objetivos específicos.
Liderança como um processo de redução da incerteza de um grupo – O grau como o
indivíduo demonstra qualidade de liderança depende não somente de suas próprias
características pessoais, mas também das características da situação na qual se encontra.
Liderança como uma relação funcional entre líder e subordinados – Liderança é uma
função das necessidades existentes em uma determinada situação e consiste em uma relação
entre indivíduo de um grupo.
Liderança como um processo em função do líder, dos seguidores e de variáveis da
situação – Liderança é o processo de exercer influência sobre pessoas ou grupos nos esforços
para a realização de objetivos em uma determinada situação.
As teorias sobre liderança:
•
Teorias sobre traços de personalidade – Características marcantes de personalidade
possuídas pelo líder.
•
Teorias sobre Estilos de Liderança – Maneiras e estilos de se comportar adotados pelo
líder.
As características dos estilos de liderança segundo Madruga (2013):
•
Liderança Autocrática – Tipo de liderança é focado nos resultados. Seu estilo concentra
a maior parte dos trabalhos em si, seja por paixão pelo que faz, ou por falta de confiança.
Às vezes levam em consideração as opiniões do grupo, mas a sua opinião tem peso
maior. Firme em suas decisões e comentários, e não tolera membros descomprometidos.
[ 168 ]
•
Liderança Democrática – Tipo de liderança voltada para o grupo e suas decisões. Para
o líder democrático os membros da equipe têm voz e podem e devem dar sua opinião
nos assuntos abordados. O líder democrático possui um ótimo jogo de cintura e possui
a capacidade de medir conflitos. Respeitador e ligado a questões morais, saber fazer
política.
•
Liderança Liberal - Esse tipo de liderança é indicado quando o líder está a frente de uma
equipe madura e autossuficiente, onde os membros da equipe possuem liberdade para
tomar decisões. Porém, se a equipe não possuir tal maturidade, este tipo de liderança
pode ser prejudicial para o andamento dos objetivos, uma vez que esse tipo de líder não
possui pulso para punir erros.
•
Teorias Situacionais de Liderança – Adequação do comportamento do líder às
circunstâncias da situação.
Coaching
Histórico e Evolução do Coaching:
O Coaching é uma palavra anglo-saxônica, e que se dá ao processo na parceria entre o
Coach e o Coachee (cliente). Uma parceria poderosa em que o coach ajuda o coachee a alcançar
o seu melhor e a produzir o resultado desejado na sua vida pessoal e profissional.
É uma relação de comprometimento mútuo para que o coachee consiga realizar sua
metas e alcançar o tão desejado sonho/objetivo (PERSIA et al. 2011, p.193).
De acordo com o ICF (International Coach Federation), coaching profissional é um
relacionamento profissional que ajuda pessoas a produzir resultados extraordinários em sua
vida pessoal, carreira, empreendimento ou organização. Por meio do coaching, os clientes
aprofundam o seu aprendizado, melhoram as suas performances e a sua qualidade de vida. A
interação entre o coach e o coachee, faz com que o coachee descubra os seus sonhos, metas e
o seu potencial inexplorado. Ajuda o coachee a transformar esse conjunto em ação e a não
perder o foco no caminho da implantação (Diniz, Arthur, 2005, p. 78).
•
Coach – A pessoa que conduz o processo.
•
Coachee – A pessoa que é alvo do processo.
•
Coaching – O processo propriamente dito.
[ 169 ]
De acordo com a International Coaching Federation (ICF), o coaching é: Uma parceria
continuada que estimula e apoia o cliente a produzir resultados gratificantes em sua vida pessoal
e profissional. Por meio do processo de coaching, o cliente expande a sua capacidade de
aprender, aperfeiçoa seu desempenho e eleva sua qualidade de vida.
Para Robert Hargrove (1995): Coaching é desafiar e apoiar as pessoas, oferecendo a elas o
benefício da nossa parceria.
Segundo Gallwey (1996): Coaching é o potencial de uma pessoa para que ela maximize a
própria performance. É mais ajudá-la a aprender do que ensiná-la.
Entendemos coaching como o processo de facilitar a aprendizagem e o desempenho de
outra pessoa através da utilização ótima do seu potencial, com a finalidade de alcançar os
resultados por ela almejados. O processo de coaching estimula a capacidade das pessoas de se
reinventarem e encontrarem alternativas válidas, apesar das restrições do contexto em que
atuam.
Coach: É um profissional especializado no crescimento pessoal e profissional das pessoas.
É um motivador nato, que auxilia, acompanha e direciona o indivíduo a alcançar novos e
melhores níveis de satisfação e de realização em diversas áreas da vida. O Coach (técnico)
conduz a pessoa de um lugar para outro, ou seja, do lugar onde ela está hoje para aquele que
ela almeja chegar. (PERSIA et al.,2011, p.194).
A metodologia do coaching:
A metodologia apresentada, propicia o desenvolvimento do indivíduo, tanto no âmbito
profissional quanto no pessoal, através do apoio ao processo de reflexão, aprendizado e ação
para atingir suas metas. Coaching é fundamentalmente, a facilitação da mudança que vai levar
aos resultados desejados: facilitação do movimento a partir de um “estado atual” (A) para o
“estado futuro mais desejável” (B) Paiva, Luiz Augusto (2012, pág. 152).
Os domínios nos quais o coaching facilita a mudança incluem:
•
- Aprendizado – Processos, Habilidades;
•
- Desempenho – Atividades, Resultados;
•
- Realização – Profissional, Pessoal.
[ 170 ]
Descrições sobre coaching:
O coaching preocupa-se com o desenvolvimento das pessoas. Ele atua no processo de
crescimento pessoal e o desenvolvimento profissional é consequência. A preocupação está em
desenvolver o gestor (coachee) e este, por sua vez, atuando como líder-coach, buscar o
desenvolvimento dos membros da equipe e não controla o comportamento ou fiscaliza o
trabalho deles.
Conforme Luiz Paiva (2012), podemos descrever o coaching das seguintes formas:
•
Uma forma de estímulo e acompanhamento a longo prazo, adaptados às necessidades
de desenvolvimento pessoal;
•
Acompanhamento profissional de pessoas em diferentes profissões e contextos;
•
Contribuição para a configuração de sistemas de trabalho e de instrução;
•
Contribuição para a estabilização e o desenvolvimento contínuo do procedimento
profissional;
•
Fomento para a motivação, o rendimento, a capacidade de comunicação e o sucesso;
aproveitando as capacidades e os conhecimentos comuns do coach e do cliente;
•
Medida inovadora do desenvolvimento de recursos humanos e instrumento para
desenvolver a capacidade de aprendizagem de uma empresa.
Evolução do coaching:
•
1500 – Surgiu na Inglaterra o uso da palavra coach para denominar aquele que conduz
uma carruagem que transporta pessoa de um lugar para outro.
•
1850 – A palavra coach era utilizada nas universidades da Inglaterra para denominar o
tutor de uma pessoa, aquele que ajudava os estudantes a se prepararem para os exames.
•
1950 – A palavra coaching é introduzida pela primeira vez na literatura de negócios
como uma habilidade de gerenciamento de pessoas.
•
1960 – Programa educacional de Nova York introduziu pela primeira vez habilidades
de coaching de vida. Este programa foi transportado para o Canadá e melhorado com a
inclusão de resolução de problemas.
[ 171 ]
•
1980 – Programas de liderança incluíram o conceito de coaching executivo e o mundo
de negócios começou a dar importância a este tema. A partir desta década, o coaching
emerge como uma ferramenta/disciplina extremamente poderosa.
Figura 1 – evolução do coaching (Ferreira, 2011).
A necessidade de planejamento, de alinhamento estratégico, de exigência crescente de
qualidade, de constante preocupação com a otimização dos custos, de reter talentos e de
desenvolver lideranças internas; são aspectos que as empresas vêm enfrentando nos dias atuais,
onde assistimos a um crescente processo de competição local e mundial. Foi em meio a este
cenário que ocorreu a crescente intensificação da cultura do coaching no ambiente empresarial.
Com o objetivo de atender, de forma customizada, às necessidades de organizações, executivos,
líderes, profissionais e colaboradores de todos os níveis.
O Coaching utiliza muitos princípios da área esportiva. Assim como um técnico treina
seus atletas para serem melhores jogadores, o coach treina as pessoas, para serem mais
realizadas em quaisquer aspectos de sua vida.
O papel do coach é fundamental para direcionar o cliente e principalmente deixar claro
o que realmente está impedindo. No processo é pontencializado aspectos positivos, pontos
fortes; e minimizados e até eliminamos aspectos negativos ou pontos fracos. Coaching é: FOCO
e AÇÃO. Não existe resposta errada ou certa. No processo não há julgamento. Pois se acredita
que todos sabem o que realmente deve ser feito, ou seja, o que é melhor para si, pode não ser
para o outro.
[ 172 ]
Coaching executivo:
O Executive coaching, é voltado ao mercado empresarial que tem por finalidade a
expansão profissional e o alinhamento do gestor às metas corporativas. É um trabalho
direcionado aos proprietários, diretores e gerentes corporativos; alinhados com as metas,
valores e missão de suas empresas, visando pra alcançar melhores resultados e gestão.
Uma pesquisa, publicada no New York Times (Leonhardt, 2005, seção Business),
mostra que em 1980, 5% dos presidentes permaneciam menos de cinco anos na empresa; em
1999 esse número subiu para 14% e em 2005 passou para 18%. Comprovando a tendência de
redução do ciclo de vida desses executivos e sinalizando a crescente dificuldade das empresas
de reterem talentos em seus quadros. Um outro fato é que o topo das pirâmides organizacionais
está se tornando um lugar cada vez mais solitário, de difícil acesso, instável, ao qual raramente
chegam feedbacks honestos, sem segundas intenções. Construir e manter a coesão grupal,
estimular o espírito de equipe, garantir canais de comunicação fluidos que permitam unir
pessoas com diferentes experiências para o envolvimento de cada colaborador com o sentido e
os resultados do trabalho, constituem fatores vitais para a sobrevivência e o sucesso renovado
das empresas.
A aprendizagem, a reconstrução da experiência, não são processos solitários. Envolvem,
executivos capazes de dialogar em vez de comandar, partilhar o poder em vez de concentrá-lo
em suas mãos, pensar com os outros em vez de pensar pelos outros.
Segundo o Executive Coaching Handbook, (Hunt &Weintraub, 2003), coaching
executivo é uma parceria colaborativa entre um alto/médio executivo, sua organização e um
coach executivo. O propósito básico desta parceria é duplo: Facilitar a aprendizagem do
executivo e da organização; Alcançar resultados identificáveis para a organização.
Características distintas do coaching executivo:
•
Processo Customizado: Trata-se de uma atividade ajustada ao perfil do coachee,
proporcionando o que chamamos de pronto-atendimento personalizado das
necessidades específicas daquele momento e daquele contexto de sua vida profissional.
•
Formato Flexível: O coachee dispõe de várias alternativas para trabalhar com o coach.
[ 173 ]
•
Acesso/Contato Just-in-time: As sessões de coaching são comumente presenciais, mas,
dependendo das condições de trabalho do cliente, poderão ser realizadas via telefone, email, videoconferência, Skype, Messenger, etc.
•
Olhos e ouvidos atentos, disponíveis e interessados: O coachee tem o coach um parceiro
leal, dedicado, confiável, experiente e envolvido no seu sucesso, com disponibilidade
para ouvi-lo, vê-lo sem retoques, questioná-lo, confrontá-lo, dar-lhe feedback honesto,
direto e claro. Disponibiliza informações, o estimula e apoia na busca de suas metas.
•
Oportunidade para reflexão: O coaching cria um espaço e um cenário propício para a
reflexão, um oásis seguro para o coachee pensar a respeito de seus valores, seu papel na
empresa, seu estilo de relacionamento e o impacto que esse causa nas interações com a
equipe e cada um dos seus componentes, com pares e superiores hierárquicos.
•
Feedback constante e de impacto: O coaching proporciona ao cliente o benefício de
ouvir coisas que o estimularão a calibrar seu senso de realidade e suas competências de
gestor/executivo, e que poucas pessoas atrevem-se a dizer-lhe.
•
Comprometimento mútuo: Primeiro é com o coachee e sua necessidade de
desenvolvimento pessoal e profissional, bem como a ampliação e diversificação de
competências.
•
Elevado potencial de irradiação: O coaching executivo atua nos níveis hierárquicos mais
elevados de uma organização, isto é, no centro do poder decisório, o que afeta a
organização como um todo.
As metas e os objetivos do coaching executivo poderão variar substancialmente de
indivíduo para indivíduo, de organização para organização. Entretanto, existem alguns fatores
ou razões presentes na maioria dos casos.
Segundo Dean & Meyer (2002, p.8), três aspectos parecem ser comuns:
1. Expandir a autoconsciência, o que envolve a disponibilidade do executivo para olhar de
forma honesta e neutra o seu comportamento e suas características e perceber o quanto esses
afetam a tomada de decisão, o relacionamento e várias outras funções por ele desempenhadas.
2. Alterar comportamentos limitadores e autodestrutivos, tais como prepotência, agressividade,
desrespeito, foco limitado de problemas, autocracia e controle excessivo.
[ 174 ]
3. Capacidade de autogestão e competência relacional, uma vez que dificuldades nessas áreas
poderão elevar os conflitos e repercutir desfavoravelmente no clima e na performance da
organização como um todo.
Vantagens do coaching:
A pessoa adquiri:
•
Autoconhecimento;
•
Autodesenvolvimento;
•
Esclarecimento;
•
Confiança em si mesmo;
•
Segurança em suas ações;
•
Foco e assertividade;
•
Motivação;
•
Novas perspectivas;
•
Equilíbrio;
•
Harmonia;
•
Alegria;
•
Autocontrole;
•
Felicidade
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conforme pesquisado verificamos que as organizações atuais não possuem um modelo
de liderança adequada para com os seus liderados, devido a não utilização da ferramenta
coaching apropriada. Atualmente, as empresas impulsionadas pela competitividade, passaram
a investir mais nos seus colaboradores e dar mais importância a funcionários mais criativos e
motivados. Os tornando verdadeiros líderes. Apesar das melhorias na infraestrutura logística,
existe uma falta de líderes capacitados e motivados para agregar valor, como o de
competitividade. O trabalho apresentou aspectos relevantes no que diz respeito a liderança,
inclusive, demonstrando épocas em que a logística tinha seus principais líderes atuando no
[ 175 ]
âmbito militar, onde os comandantes das tropas já desempenhavam o papel da liderança,
influenciando seus comandados e motivando-os para conquistas de territórios. Bem como
ganhar as suas batalhas. Já a partir da década de 1990 (Moura, 2006), a logística passou a ter
um papel
diferenciado e
competitivo nas empresas. A tão falada globalização ou
mundialização como muitos preferem chamar, é o processo que tornou o mundo altamente
competitivo, afetando pessoas, empresas, organizações, instituições e países. Podemos dizer
então, que as principais características do mundo atual, são a alta competitividade e a aceleração
do ritmo das mudanças, sentidas no ambiente corporativo e no dia a dia das pessoas.
Em tempos antigos, certas campanhas de guerra se valiam de algo parecido com a
logística. As guerras eram longas, duravam décadas, às vezes séculos, e as táticas militares
daquela época certamente incluíam táticas de logística tanto para suprimentos como
armamentos. A logística moderna engloba vários fatores imprescindíveis para o melhor
desempenho e competitividade das empresas no mundo globalizado.
O líder possui uma atitude importantíssima na transformação e mudança de atitude
comportamental da equipe, através da sua influência e motivação, valorizando as pessoas e
fazendo com elas se sintam parte da integrante da organização. Ter bons líderes dentro da
empresa é fundamental para que a operação funcione melhor e para que o empreendedor possa
se afastar das tarefas do dia a dia para ter uma atuação mais estratégica.
O coaching preocupa-se com o desenvolvimento das pessoas. Ele atua no processo de
desenvolvimento pessoal e o desenvolvimento profissional. A grande preocupação está em
desenvolver o gestor, atuando como o líder coach, buscando o desenvolvimento dos líderes de
sua equipe, em vez de ficar controlando o comportamento ou fiscalizando os trabalhos deles.
REFERÊNCIAS
PERSIA, André et al. Manual completo do coaching.São Paulo: Ser Mais, 2011.
DINIZ, Arthur. Lider do futuro. São Paulo: Associação Brasileira de Treinamento e
Desenvolvimento, 2005. 102 p.
MOURA, Benjamim – Logística: Conceitos e tendências. ed. Centro Atlântico 2006, 242p.
BRINER, Bob. Os métodos de administração de Jesus. São Paulo: Mundo Cristão, 1997.
89p.
[ 176 ]
FERREIRA, Douglas. Evolução do coaching. 2011. 200 f. Tese (Doutorado) - Curso de
Administração, Universidade, São Paulo, 2011.
CHIAVENTO, Idalberto. Introdução a teoria geral da administração. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2003. 7. ed. rev. e atual.
HUNTER, James C. Como se transformar em um líder servidor: Os princípios de
segurança de o monge e o executivo. Rio de Janeiro:Sextante, 2006, 136p.
BULLER, Luz Selene. Logística Empresarial, Curitiba, PR: IESDE Brasil, 2012. 126p.
RODRIGUES, P. R. A. Introdução aos Sistemas de Transporte no Brasil e à Logística
Internacional. 3. ed. .São Paulo: Aduaneiras, 2005, p. 123.
MADRUGA, Roberto. Triunfo da liderança. São Paulo: Atlas, 2013.
BALLOU, Ronald. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos: Logística
Empresarial. São Paulo: Atlas, 1993, 609p.
BALLOU, Ronald. Logística Empresarial: Transporte administração de matérias e
distribuição física, São Paulo: Atlas, 2012, 388p.
KRAUZ, Rosa R.. Coaching executivo: A conquista da liderança. São Paulo: Nobel, 2007.
[ 177 ]
14.
LOGÍSTICA REVERSA: A Reciclagem De Garrafas Pets E Suas
Possibilidades Sustentáveis
RESUMO
Na vida habitual, o ser humano precisa assegurar uma boa qualidade de vida de forma
sustentável, é neste ponto que surge um padrão de vida onde se torna indispensável à
preocupação com o meio ambiente, de forma que o interesse fica ainda maior por se reutilizar
a garrafa PET, este trabalho irá fazer uma análise e dar ênfase ao procedimento de reciclagem
com uma análise bibliográfica, para que a partir de determinados conceitos de logística reversa,
e com uma pesquisa qualitativa tenha-se conhecimento de sua ajuda para o fato do meio
ambiente. Dessa forma, este trabalho possui como principal escopo mostrar a dilapidação de
recursos oriundos da natureza nos grandes centros urbanos do Brasil, focalizando o descarte
inconveniente de garrafas PET. Visto que, vive-se em uma sociedade onde pouco se abrange a
seriedade da reciclagem. À vista disso, por meio deste trabalho, almeja-se exibir a necessidade
de se reciclar garrafas PET, colaborando em vários aspectos com o meio ambiente.
Palavras-chaves: Logística reversa, garrafa PET e reciclagem.
ABSTRACT.
In ordinary life, humans need to ensure a good quality of life in a sustainable way, then appears
a landscape where it becomes essential to caring for nature, so that the interest is further for
reusing PET bottle, this work will make an analysis and emphasize the recycling procedure
with a literature review, so that from certain concepts of reverse logistics, and qualitative
research has become aware of the fact that you help the environment. Thus, this work has as
main scope to show the squandering of resources from nature in big cities of Brazil, focusing
on the downside disposal of PET bottles. Since, one lives in a society where little is covered
seriousness of recycling. In view of this, through this work, the aim is showing the need to
recycle PET bottles, collaborating on various aspects of the environment.
Keywords: reverse logistics, and recycling PET bottle.
INTRODUÇÃO
Em pleno século XXI reflete-se em logística como um direcionamento de fluxo de carga
e descarga de mercadoria, partindo da sua produção até que chegue ao consumidor final. Mas,
presentemente já existe uma divisão da logística que versa do fluxo reverso das mercadorias, a
partir da matéria prima até chegar ao advento do artefato final nas mãos dos consumidores e o
pós-consumo. Dessa forma, o fluxo reverso já vem advindo a ser uma preocupação para os
fabricadores e os grandes empreendimentos, principalmente, da seção de bebidas. Já que, vários
[ 178 ]
dos problemas no meio ambiente são acontecidos da má utilização das substâncias que formam
as bebidas, isto é, as garrafas PETs. Que são descartados de forma inadequada na natureza,
originando poluição nos lagos, rios, tornando-se sérios problemas e catástrofes no meio
ambiente (COSTA, [s.d.]).
Os grandes empreendimentos de bebidas gerenciam todo o retorno das garrafas PETs
partindo da fabricação até as centrais distribuidoras. Originando o desenvolvimento da logística
reversa por sua grande potencialidade na economia, no reaproveitamento da matéria prima
reciclada. A atuação da logística reversa igualmente vem originando novos empregos, e
adequando um desenvolvimento sustentável e a conservação da natureza de modo consciente,
por meio do pós-consumo. Assim sendo, as novas tecnologias sobrepostas a reciclagem vem
reduzir a produção de plástico virgem, isso irá reduzir por consequência a exploração de
recursos minerais e os impactos no meio ambiente originados pelo descarte inadequado.
Desenvolvendo meios inovadores de reciclagem e conservação do meio ambiente (FERREIRA,
2002).
A elaboração deste artigo foi concretizada por meio de um ensaio teórico possuindo
como principal finalidade atender aos requisitos de conclusão do Curso de Tecnólogo em
Logística, assim como trazer o assunto logística reversa, culminando na Reciclagem de Garrafas
PETs e suas possibilidades. Um dos assuntos que suscita maiores alteração na
contemporaneidade, principalmente quando faz referência a natureza, aos resíduos sólidos e ao
descarte dos próprios no meio urbano.
O presente artigo vem controverter a cadeia de produção da logística reversa e a
reciclagem de garrafas PETs (Politereftalato de etileno), problematizando os componentes que
levam a fabricação desse composto e as probabilidades que a reciclagem ocasiona. Procurando
apresentar determinados entendimentos bibliográficos da Logística Reversa e do subtítulo
tratado. Pois, o PET tornou-se alvo de ampla fabricação, consumo e pós-consumo, por ser um
material de valor barato para fabricação e mais leve, tornando-se causador de fonte de renda
para os indivíduos mais simples e o vilão da natureza.
LOGÍSTICA REVERSA
[ 179 ]
A logística reversa possui total responsabilidade por tornar o regresso de materiais e
mercadorias viáveis depois de sua venda e consumo, a seus centros de produção e de negócios,
através de reversos de distribuição e suscitando valores para os mesmos. Dessa forma, a
logística de pós-consumo vem colaborar para adoção de novas condutas por parte dos
empreendimentos e da sociedade como um todo. Abalizando uma maior valorização dos
procedimentos de retorno de várias mercadorias e materiais que são jogados de maneira
inapropriada na natureza (CHAVES; MARTINS, 2005).
A logística reversa vem fazer uma avaliação das necessidades da sociedade e da
natureza, expandindo a visão dos gestores governamentais e empresariais para o
desenvolvimento de projetos que possuam uma finalidade principal de reciclar e tratar os
artefatos e os resíduos sólidos descartados na natureza de modo inapropriado. Suscitando um
empenho com a sociedade e elucidando o consumidor para que ele adquira consciência diante
do produto que vem fazendo uso (CHAVES; MARTINS, 2005).
HISTÓRIA DO PET NO BRASIL
O PET apareceu no Brasil no ano de 1988, ocasionando múltiplos benefícios para o
consumidor. Pois, é um recipiente mais leve e de valor menor. Entretanto, trouxe com ele o fato
do descarte inapropriado, gerando dessa forma, as preocupações com sua reciclagem. O Brasil
vem a cada ano chegando mais perto de se tornar um grande produtor internacional de garrafas
PETs, não somente por condicionar bebidas, como além disso, em outros segmentos de
alimentos (ABIPET, [s.d.]).
Presentemente, quatro empreendimentos produzem o Pet grau garrafas no Brasil, sendo
a competência produtiva nacional cerca de 360 mil toneladas por ano. Toda essa produção tem
o destino do ramo dos recipientes, que são depois da utilização descartados de forma indevida
na natureza, originando catástrofes ambientais. Mas, se reaproveitada ela tem a possibilidade
de ser reciclada várias vezes. Porém, o fluxo reverso do material que é utilizado nos lares não
foi refletido pelas indústrias no mesmo período que o fabricavam. Ainda está sendo criada uma
cultura que almeja favorecer e facilitar o recolhimento das embalagens, separadas de modo
adequado, para que ela possa ser completamente reaproveitada (ABIPET, [s.d.]).
[ 180 ]
A Reciclagem Do Pet No Brasil
Pesquisas relatam que não houve problemas de rejeição na troca das garrafas de vidro
pelas de PET nas indústrias de refrigerante. As embalagens PET possuem diversas cores,
variabilidade no design, além do baixo custo do frete, pelo fato de ser mais leve e por ser 100%
reciclável (CEMPRE; RECIPET, 2005).
No entanto a reciclagem mecânica de plástico é a maneira mais utilizada de se readquirir
o valor que a PET tem. Essa reciclagem permite que os produtos de plásticos sejam triturados,
lavados, são expostos a secagem e são processados novamente, originando assim novos
produtos.Uma pesquisa relata que em 2004 cerca de 48% do volume de plásticos e embalagens
PET já eram reciclados (ZANIN; MANCINI, 2000).
Em uma macro economia, em uma área que vem se tornando cada vez mais competitiva,
as empresas precisam de benefícios diferenciados para continuarem no mercado. Dessa forma
o mercado optou por produtos de empresas que dão prioridade a sustentabilidade. Com a
inserção das leis ambientais, ISSO 14000 Internacional Standardization Organization, tornou
mais forte a preocupação com o meio ambiente do qual vivemos, posteriormente trará danos as
empresas, nas áreas financeiras e no marketing negativo. Sabemos que tanto a garrafa PET
como o plástico em geral demora diversos anos para se decompor na natureza, prejudicando
assim o meio ambiente.
A reciclagem é definida pela ONU Organização das Nações Unidas uma das escolhas
mais importante dentro da definição de desenvolvimento sustentável, o métodos deve ser usado
nos seguintes casos: quando a restauração dos resíduos for realizada de forma técnica e
econômica, sendo higienicamente utilizável. Sendo respeitado cada ponto de cada material.
A reciclagem trará efeito das atividades intermediarias como: coleta, divisão e
processamento, por meio de materiais pós-consumidos que são utilizados como matéria-prima
na produção de bens, produzidos anteriormente com matéria-prima virgem. O bom resultado
da reciclagem está relacionado ao abastecimento de matéria-prima, a tecnologia de reciclagem
e ao mercado diferenciado. Há três tipos de reciclagem: a energética, química e a mecânica
(ROLIM, 2001).
CONTAMINAÇÃO QUÍMICA
[ 181 ]
As dificuldades enfrentadas em relação à contaminação química em polímeros
recicláveis podem ser classificadas da seguinte forma: a partir da contaminação por materiais
devidos a formação do polímero com o tempo e o da contaminação por migração, que ocorre
no recipiente, nos elementos do seu conteúdo, podendo ser previsto, como por exemplo, nos
casos dos refrigerantes de ar ou imprevisto que ocorre devido ao seu papel de armazenamento
dos materiais diferentes daqueles que foram inicialmente determinados (FORMIGONI;
CAMPOS, [s.d.]).
Ela pode acontecer em dois casos: se o acumulo de uma substância for maior do que o
líquido incluído em um frasco de polímero, essa substância pode ser transferida pra dentro do
frasco de polímero, caso ocorra, de um conteúdo não ter a substância que anteriormente foi
transferida para o polímero, ela pode ser transferida do polímero para esse conteúdo. De outra
forma com a utilização e o tempo, o material polimérico acaba se decompondo e desenvolvendo
agentes contaminantes de massa molar, capazes de ir para forma do polímero (FORMIGONI;
CAMPOS, [s.d.]).
Porém, para que os polímeros reciclados de pós-consumo possam ser adaptados para
que sejam utilizados novamente em embalagens alimentares é de extrema importância que eles
não gerem contaminação de seu conteúdo, ou que isso ocorra em condições iguais ou menores
do que foram gerados pelo polímero virgem do mesmo tipo, se este for um material reconhecido
para o uso de aplicações de alimentos (FORMIGONI; CAMPOS, [s.d.]).
Para que seja possível a reciclagem desses polímeros é fundamental a criação de
métodos de descontaminação que possam acabar com a contaminação gerada por qualquer
outro conteúdo que tenha utilizado a embalagem no seu período de reaproveitamento.
Geralmente devido as dificuldades relacionadas a criação de métodos eficientes e desprovido
de descontaminação, a reciclagem de plásticos objetiva o reaproveitamento em aplicações
alimentícias que era banida mundialmente até os anos 90 (SANTOS; AGNELLI, 2004).
Atualmente, essa prática transformou-se em um dos principais desafios na área da
reciclagem de plástico, simbolizando toda uma parte do mercado a ser explorado. Por exemplo,
nos Estados Unidos, a área das embalagens representa cerca de 30% da massa de consumo total
dos plásticos desenvolvidos (LEITE, 2003)
Apesar das poliolefinas serem consideradas um plástico dominante nesta área,
representando cerca de 75% do consumo de plástico no mercado, as embalagens PET vem
[ 182 ]
atraindo a atenção dos recicladores, apesar de simbolizarem apenas cerca de 3% do total de
mercado de plástico, isto é 10% do mercado de plástico designado a área de embalagens
(LEITE, 2003).
Os elementos que colaboram para a questão mencionada são: o elevado custo da resina,
a concorrência nos processos de reciclagem mecânica, entre outros, cuja atuação depende da
tecnologia utilizada podendo ser semelhante ao da resina virgem. Além do mais o seu mercado
possui uma tecnologia extremamente especializado, sendo indicado especialmente para a área
de bebidas carbonatadas (FORMIGONI; CAMPOS, [s.d.]).
Um alto valor agregado á reciclagem pode ser atingido através do dever de uma fase
adicional de separação de embalagens em incolores e coloridas. Atualmente são utilizados
diversos métodos de reciclagem de limpeza profunda, também denominado de super-limpeza.
Estes métodos abrangem diversos tipos de limpeza: tratamento a vácuo, tratamento com
elevadas temperaturas, limpezas profundas de superfície exposta, entre outros. Esses métodos
são utilizados para acabar com as substâncias não desejáveis, geralmente sobrevindas do pósconsumo do PET-PCR, que significa PET reciclado do pós-consumo (FORMIGONI;
CAMPOS, [s.d.]).
O processo de descontaminação do PET-PCR é dividido em três fases e é utilizada para
devolver de forma adequada para o uso de embalagens com contato com os alimentos, as três
fases de descontaminação, que são: repolimeração química, multilavagem e super limpeza do
material para torna-lo utilizável no uso de contato com alimento (BAYER, 1997).
Nesses métodos estão incluídos o uso da temperatura elevada, o vácuo, assim como os
fluidos escolhidos de forma criteriosa, solvente e tratamento químico superficial. A
determinação das normas de análise da qualidade é fundamental para a PCRs, pois os
consumidores pode ter reaproveitado a embalagem de diversas formas.
Nesse sentido a primeira empresa a dar prioridade à segurança do uso de PCRs para o
uso de embalagens com contato alimentício foi a empresa norte americana FDA, Legislação
Societária Food and Drug Administration. A instituição criou um método para realização de
testes dos materiais reciclados adquiridos nos processos comerciais e destinados ao uso nos
casos em que ocorra o contato com o alimento (FORMIGONI; CAMPOS, [s.d.]).
[ 183 ]
A aprovação desse método pelas diversas instituições governamentais ou por
instituições internacionais tem sido extremamente lenta. Uma pesquisa feita pela FDA realizou
uma lista com doze diferentes métodos, nos quais foram enviadas as cartas de não objeção da
FDA. Atualmente a FDA tem acumulada cerca de quarenta cartas de não objeção, relacionadas
aos diferentes tipos de métodos e de utilização de PCR´s para o uso de contato com o alimento
(BAYER, 2002).
Essa pesquisa está baseada na expectativa de que o conjunto de embalagens originadas
da má utilização tenha na área do material coletado para a reciclagem uma importância maior
do que do que as originadas diretamente da área alimentícia ou de áreas de produtos de que não
são prejudiciais á saúde humana (FRITSCH; WELLE, 2002).
Para definir a formação dos três tipos de PCR Pós consumo de reciclável de polietileno
PET tem como intuito analisar a presença de contaminação química nas embalagens originadas
das áreas alimentícias. Sendo assim, a contaminação desse material acontece com frequência
devido as misturas das embalagens alimentícia com outras contaminadas por mercadorias
perigosas, em razão das diversas formas de coleta das embalagens retiradas da PET.
A maioria dos processos de super-limpeza estabelecidos pela FDA (Food and Drug
Administration um órgão governamental dos Estados Unidos da América responsável pelo
controle dos alimentos) abrange a utilização do elevado vácuo industrial ou de soluções
alcalinas, geralmente é de hidróxido de sódio por diversas horas. Isso retira os agentes
contaminantes, possuindo um custo elevado e desperdiça energia. Atualmente foi criado no
Brasil um método alternativo, similar e eficaz do grupo de pesquisa coordenado por Sati
Manrich, da UFSCar Para Manrich, o novo método precisa somente de um fluxo de ar seco
quente que vai de 130 á 220° aproximadamente (ERENO, 2005).
Contaminação Biológica
No século XIX, Louis Pasteur, analisou a relação entre a degradação dos alimentos e a
existência de micro-organismos. Também foi descoberto por Pasteur que o aquecimento
comedido atualmente chamado de pasteurização, que é o aquecimento a 62°C por 30 minutos,
e em seguida é realizado um rápido resfriamento, que poderia ser usado para eliminar os
[ 184 ]
micróbios que geravam a deterioração de alguns alimentos, sem modificar as suas propriedades
organolépticas como cheiro, sabor e cor (FORMIGONI; CAMPOS, [s.d.]).
No entanto, a pasteurização não torna o meio improdutivo. Pasteur também criou termos
aeróbico e anaeróbico, para caracterizar aqueles micro-organismos que habitam com a presença
e ausência do oxigênio. Depois de diversas pesquisas realizadas Pasteur pode concluir que:
através da exteriorização do ar seco com a duração de 120 minutos e com a temperatura de
170°C torna o meio improdutivo; na atmosfera saturada de vapor d´água com a umidade em
aproximadamente 100%, sob pressão de duas atmosferas, isto é um átomo acima da pressão
atmosférica ao nível molar, em 30 minutos com uma temperatura equivalente á 121°C é o
bastante para acabar com todos os micro-organismos conhecidos (FORMIGONI; CAMPOS,
[s.d.]).
Atualmente existem duas ferramentas padronizadas que realizam essas esterilizações: o
forno de Pasteur, que esteriliza á seco alcançando a temperatura de 170°C e a autoclave, que
esteriliza á vapor d´água sob a pressão de 121°C, 2 atm. Esses modelos de esterilização foram
criados através de cuidadosas pesquisas cientificas (FORMIGONI; CAMPOS, [s.d.]).
O que torna possível concluir que qualquer tipo de micro-organismo que contaminar o
material PET que irá ser reciclado será eliminado quando for colocado á uma temperatura média
de processo de reciclagem que vai de 200° a 240°C. No decorrer do processo, no entanto, não
há perigo algum de agentes contaminantes biológicos durarem aos processos de reciclagem,
desde que esses abranjam o processo do PET até alcançar a temperatura necessária para
descontaminação (FORMIGONI; CAMPOS, [s.d.]).
LEGISLAÇÃO
Em decorrência da pressão exercida por parte de multinacionais interessadas no
mercado nacional, o interesse a nível global pelo Mercosul e a carência por cooperar com o
aumento da relação de reciclagem, se tornou viável alcançar um espaço na legislação nacional
para instituições recicladoras que têm em vista atuar no país com ideologia baseada em
alimentação. A resolução nº 23 de 2000 da ANVISA determina chances de elaborar um PET
reciclado que entre em contato com alimentos, no caso em que a instituição candidata entre
com o pedido de petição em conjunto com a Vigilância Sanitária e torne evidente que seu
[ 185 ]
método de reciclagem está dentro dos moldes mundiais de pureza necessária, requerida pela
Codex Alimentarius (Código para Alimentos), ILSI e FDA. Este processo é semelhante ao que
acontece dentro da FDA, de maneira que é emitido um documento a favor, se for o caso do
processo gere matéria que não ultrapasse níveis aceitáveis de toxinas, de acordo com o
documento apresentado a favor o procedimento de alto nível de limpeza de Franz. As
instituições mais influentes no ramo estão nos EUA, a FDA e, na Europa, o ILSI. O surgimento
desta modalidade no Brasil, torna certo a qualidade do resultado final e em função disto um
favorecimento na economia relacionada a este tipo de mercado. Se o retorno da embalagem
para sua origem for levado em consideração, será uma grande conquista (OLIVEIRA, 2013).
Atualmente, em decorrência do curto ciclo de tempo no mercado, as embalagens PET
já são cerca de 75% da quantidade de detritos plásticos nas ruas (LEITE,2003). Sendo assim, a
reciclagem do PET contribuirá ativamente no processo de despoluição do meio ambiente, pelo
menos em relação ao lixo PET. Porém, este procedimento é mais complexo do que aparenta,
em função da política democrática de exigências por parte da FDA, que, então, é o principio de
tantas normas do ILSI e da ANVISA, a resolução n° 105 de 1999 da ANVISA é a adaptação
da FDA para embalagens do tipo alimentício.
A Food and Drug Administration (FDA), esclarece desde 1958, os quesitos adicionais
para embalagens alimentícias, e é quem arca com o dever de manter a segurança do
abastecimento alimentício nos EUA. Isto abrange verificar o condicionamento dos alimentos
para prevenir possíveis contaminações por conta de embalagens tóxicas. A FDA é desprovida
de regulamentos direcionados a embalagens alimentícias produzidas a partir da reciclagem. O
foco de normas da FDA em relação a isto, apenas esclarece que o material pode ser utilizado
desde que seja devidamente "purificado". Em circunstância de material de primeira mão, o
controle é mais fácil em função do conhecimento das origem de determinada matéria-prima
(VOLOKH, 1995).
Já que não é plausível controlar a origem de um material reciclado, pois não é de
conhecimento por onde ele andou, é cabível apenas evidenciar que a fórmula de um material de
origem reciclada é tão pura quanto a de um feito a primeira mão. Caso a FDA aceitar que as
condições envolvidas no processo são aceitáveis aos seus requisitos, após um procedimento
custoso, demorado e complexo, finalmente é fornecido um documento de não objeção
(VOLOKH, 1995) . A única incógnita é a definição do adequadamente puro, este exigido pela
FDA.
[ 186 ]
A FDA classifica a reciclagem de embalagens plásticas em três modalidades. (RULIS,
1992):
•
Primária: no caso da reutilização da matéria plástica incluída no procedimento de
fabricação. Se compreende que as sobras e os produtos devolvidos, sendo
minuciosamente avaliado, não devem apresentar toxinas em função de ter sua origem
sob conhecimento, sendo de natureza igual á matéria nunca utilizada, deste modo se
torna um material adequadamente puro. Procedimentos deste escalão geralmente são
aprovados a um documento de não objeção, sem dúvidas. Porém, este processo apenas
impede o alastramento da poluição, pois reduzem os detritos descartados em sua
produção, sem se culpar se o PET vai ocupar mais espaço na natureza (FORMIGONI;
CAMPOS, [s.d.]).
•
Terciária: é uma modalidade de reciclagem química. Neste procedimento, a intenção é
hidrolisar o material e suas moléculas, torna-los puros, e em seguida, o reconstituir; este
processo é equivalente a uma matéria prima virgem, precisando apenas disto para o
transformar em matéria de moléculas puras, o que é perfeitamente viável, pois estes
monômeros não são macromoleculares. No mínimo, três modalidades acerca deste
procedimento já receberam o documento de não objeção. Em compensação, este tipo de
processo é custoso, de difícil acesso financeiro atualmente (FORMIGONI; CAMPOS,
[s.d.]).
•
Secundária: método em que o material passa por um reprocesso que inclui ele ser moído,
limpado, e peletizado, ou constituído em flakes, purificado, e reprocessado, desta vez
então, em outra embalagem. De costume, a FDA, é mais favorável a fornecer o
documento de não objeção em casos em que o alimento fica em contato direto com a
embalagem a curta data, ou em outros casos em que há uma película que proteja o
alimento, ovos, por exemplo, e também quando é de garantia que o alimento passará por
um processo de lavagem ante o ato do consumo. Nesta modalidade de reciclagem, a
FDA é mais rigorosa para liberar o documento de não objeção, pela dificuldade de tomar
conhecimento do tempo em que a embalagem manterá o contato direto com o alimento,
e improvável conhecer a origem do material a ser reciclado. Porém, a reciclagem
secundária, é o procedimento mais eficiente, visando opinião de economistas, ainda
mais sendo o procedimento que induz a despoluição ativamente do meio ambiente, pela
hipótese de retirar definitivamente o PET e torná-lo usável de novo. Servindo o PET
[ 187 ]
reciclado secundário como embalagem alimentícia, é crucial a purificação total, e o
documento de não objeção não será liberado para um segmento da reciclagem toda vez
que a FDA reconhecer que o resultante final deste produto possua a pureza adequada
com a de um material não usado e livre do contágio de toxinas por variados
microrganismos. Para a total aceitação da FDA é necessário diversos testes em que o
material é diretamente exposto á situação de contágio por inúmeros compostos,
mergulhando os flakes diretamente no contaminante, em um período de 15 dias em
condições de 40º graus e movimentação. Posteriormente o resultante é seco e induzido
á uma segunda reciclagem, que tem por direito deteriorar qualquer possibilidade de
contágio existente. A FDA já expôs seu posicionamento sobre Regra de Quantidade
Mínima Detectável
(Thresholds of Regulation), a principio elaborada em 1993,
esclarece que:
•
Substâncias carcinogênicas são toleradas, se forem identificadas, de modo que seja
indiferente a presença delas. Substâncias não carcinogênicas que carregam consigo
sujeiras carcinogênicas ou que as originem também são toleradas, entretanto que sua
TD50 (Dose Tolerada por 50% da amostra, isto é, que causa câncer em 50% dos animais
testados), seja maior que
6,25 mg/kg. (VOLOKH,1995). A acumulação dietária
tolerada para a substancia, não ultrapasse 0,5 ppb, salvo casos de substâncias que sejam
classificadas como agentes ativos tolerados em alimentos, cujos, ainda sim, não lhe é
permitido exceder 1% da tolerância no consumo diário deste aditivo (FORMIGONI;
CAMPOS, [s.d.]).
•
a substância não deve causar reação no alimento, como uma alteração na pigmentação
ou no sabor;
•
o uso da substância não deve causar choque ambiental. Para evitar riscos, a FDA
enquadra a ideia de que nenhuma prevenção é abusiva, deste modo, demasiando seu
nível de cautela, excedendo-a. Ela ainda calcula outras coisas (VOLOKH, 1995):
•
toda vez que um contaminante existente terá participação ativa no alimento em questão,
o que é inverdade, já que sempre ocorrerá partição; de outra forma, se um contaminante
aparentemente presente não for constatado, é sabido que este tem participação na
concentração equivalente ao excedente determinado tecnicamente usado, e que qualquer
contaminante, assim, migre para o alimento (VOLOKH, 1995)
•
uma substância não classificada previamente como não carcinogênica, provavelmente
terá apresentação carcinogênica em algum momento.
[ 188 ]
•
para esclarecer o risco envolvido com uma substância na quantia de 0,5 ppb, na
probabilidade de haver diversas análises na literatura, deve ser selecionado o que seja
equivalente a espécie/sexo/órgão mais suscetível apresentada (VOLOKH, 1995)
•
ao ingerir dupla quantia, duplica as chances de risco, ou seja, existe a formalidade entre
dose e reação, com base nas informações do TD50, o que não é verdadeiro, pois a
aplicação de doses consideráveis altas de um composto, ação habitual nestas teorias, é
cancerígeno por causar a duplicação das células; ainda é contestável se as doses
designadas a camundongos ou para ratos podem ser equivalentes para homens,
principalmente levando em consideração que há determinados compostos que são
altamente cancerígenos para ratos e não causam esta mesma reação em camundongos,
por exemplo. Obviamente ratos e camundongos carregam mais semelhanças entre si do
que com a espécie humana. O questionamento mais relevante pela análise
demasiadamente cautelosa de risco é que torna improvável a gestão racional. A FDA se
dispõe a conservar as chances os riscos de câncer no ritmo de um por milhão, na
possibilidade mais pessimista possível. A real chance de risco deve ser ainda menor,
porém, pouco se sabe, pois nunca se faz constatações reais. Isto torna dificultoso o
retorno do PET de procedência reciclada secundária ás embalagens alimentícias, em
razão de um risco minimalista em relação á saúde humana, ao mesmo tempo que, a
destruição contínua do meio ambiente, tanto em função da ação de descarte inesgotável,
como pela não recuperação deste material jogado na via urbana, segue rumo
descontrolado (VOLOKH, 1995)
CADEIA PRODUTIVA DA LOGÍSTICA REVERSA
Assim este trabalho visa avaliar os processo analíticos da logística reversa em
detrimento da reciclagem de garrafas PETs e suas possibilidades sustentáveis e a cadeia
produtiva da logística reversa do PET (Politereftalato de etileno), analisando as suas diversas
etapas de separação e coleta, processo de reciclagem, partindo de uma análise bibliográfica, a
partir de vários estudo e pesquisas realizadas em literaturas encontradas sobre o tema, para com
tais informações obter um conhecimento específico sobre o assunto e os adaptar as práticas de
preservação do meio ambiente, trazendo a importância da reciclagem para preservar os recursos
naturais e diminuir a poluição ambiental que hoje já afeta demasiadamente o ambiente e a
[ 189 ]
sociedade, através de materiais gráficos que serão distribuído preferencialmente nas escolas de
ensino fundamental.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho torna evidente para a sociedade o procedimento de reciclagem da garrafa
PET, visando concretizar a consciência de responsabilidade social de suma importância para as
empresas com relação ao meio ambiente somando ideologias econômicas. Devemos identificar
que foi observado que o jovem tem capacidade de compreender este tipo de abordagem, mas
não de agir. A falta de coerência no processo educacional é base de apoio e inventar obstáculos
para logística reversa, pois o caráter da mesma está diretamente relacionada aos costumes
culturais de uma população. Uma das possibilidades do setor público, seria elaborar um plano
de campanha de ampla colheita e seleção de lixo residual, de modo que fosse passado para a
população a não descartar garrafas de refrigerantes no lixo comum, mas sim em um lixo
adequado para este tipo de descarte, deste modo, favorecendo o trabalho de catadores e
recicladores a colheita dos detritos a serem reciclados, originando meios de logística reversa e
somando valores em questão de qualidade de vida, entretanto, a população não precisa aguardar
ações governamentais, é preciso ter iniciativa, apenas assim, é possível renovar a visão de
sustentabilidade social.
O ato de reciclagem no Brasil, passa por muitos contratempos, em função disto, mesmo
com um súbito aumento na última década, precisa expandir objetivos de modo com que faça
avançar estágios no que diz respeito a sustentabilidade. Os maiores obstáculos na coleta do PET
fazem menção á seleção por cor e modalidade de resíduo, diante a incontáveis desempenhos
acerca, e o comprometimento causado pelo restante de materiais plásticos intoxicados, cola e
sujeira. Também a interferência dos famosos sucateiros, atrapalham na expansão das melhoras
no processo produtivo, em conta da qualidade e superestimação de entrega da coleta, e pela
falta de estrutura e forma deplorável de exposição dos catadores, com evidentes bloqueios para
sua profissionalização no ramo. Agregado aos insucessos na coleta seletiva relacionado ao
cenário urbano nacional. Finalmente, é de suma importância uma análise das políticas públicas,
seja em termos tributários, ou no controle de detritos na via urbana.
Mesmo com obstáculos evidentes para as organizações a reciclagem PET, tem grande
convocação em aspectos ecológicos e econômicos, e também por desempenho social no cenário
[ 190 ]
nacional. A funcionalidade dos catadores como contribuintes na reversão de matéria plástica de
produtos descartados transforma a reciclagem em nível de grande alcance e grande em escala.
Sua constante presença em capitais resulta em um desfecho favorável no que diz respeito á
conscientização ambiental.
Além do mais o debate acerca da política de resíduos sólidos necessita expansão com
objetivo de gerar estímulo financeiro. A indústria tem o dever de contribuir, visando não
quebrar o ciclo de compra, incentivando o mérito de catadores, extraindo meio termos de modo
com que valorize o preço do produto no mercado. De outra maneira, o setor estadual pode
contribuir com a implantação de boas ações, e também a motivação da formalização de
cooperativas de catadores.
De tal maneira, se faz necessário amplo investimento em dados e tecnologia. A cultura
sobre reutilização de matérias, ensinando a maneira como realizar ações de forma adequadas
para contribuir com a causa. Elaborar técnicas que possibilitam materiais mais práticos para
reciclar, inofensivos e inertes, para preservação do meio ambiente é de suma importância.
Aparenta ser simples que o setor privatizado não tenha domínio sobre se adaptar a estas
atividades em níveis aceitáveis. A conquistas de resultados concretos neste ramo, também, a
submeter-se a investir em estágios anteriores e posteriores á reciclagem, isto é, na coleta seletiva
e no mercado para o resultado do produto. A ação em acordo com o governo, universidades,
organizações não governamentais e instituições pode constituir uma espécie de motivação para
expandir o ato de reutilização no Brasil.
Neste sentido, espera-se que esta pesquisa venha servir de grande importância para a
toda a comunidade acadêmica, fazendo parte de um processo inovador de construção de novos
materiais bibliográficos para a realização de futuras pesquisas a serem realizadas nesta mesma
temática, idealizando a elaboração de novas fontes bibliográficas para o aprofundamento maior
da fundamentação teórica deste artigo científico.
6. REFERÊNCIAS
ABIPET. Associação Brasileira da Indústria de PET. 2010 Disponível
em:<http://www.abipet.org.br>. Acesso em: 20/11/2013.
[ 191 ]
ANVISA – AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resolução n.º 105, de
19 de maio de 1999. Disponível em:<http://www.elegis.bvs.br/leisref/publ/showAct.php?id=103>. Acesso em: 20/11/2013
BAYER, F. L. The threshold of regulation and its application to indirect food additive
contaminants in recycled plastics. Food additives and contaminants, Atlanta, v. 14, p. 661670, 1997.
BAYER, F. L. Polyethylene terephthalate recycling for food-contact applications: testing,
safety and technologies: a global perspective. Food Additives and Contaminants, Atlanta, v.
19, p. 111-134, 2002.
CEMPRE (COMPROMISSO EMPRESARIAL PARA RECICLAGEM) e ABIPET
(Associação Brasileira dos Fabricantes de Embalagens de PET). Manual Reciclagem &
Negócios – PET. Enfardamento e revalorização de sucatas de PET. Outubro de 1997. (São
Paulo - SP - Brasil).
COSTA, Sirlei Marins. LOGÍSTICA REVERSA: geração de emprego e renda com a coleta
seletiva do lixo na cidade de Londrina – PR, [s.d.].
CHAVES, G; MARTINS, R. Diagnóstico da Logística Reversa na Cadeia de Suprimentos
de Alimentos Processados no Oeste Paranaense. In: SIMPÓSIO DE ADMINISTRAÇÃO
DA PRODUÇÃO, LOGÍSTICA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS, VIII. 2005, São
Paulo, Anais... São Paulo: FGV, 2005, p. 1-16.
ERENO, D. De volta às origens: novos processos simplificam a limpeza e a recuperação de
garrafas plásticas descartáveis. Revista Pesquisa FAPESP. São Paulo, v. 112, p. 68-71, jun.
2005.
FDA – FOOD AND DRUG ADMINISTRATION. Recommendations for chemistry data
for indirect food additive petitions. (Washington, DC: US FDA, Chemistry Review
Branch). June, 1995
FDA – FOOD AND DRUG ADMINISTRATION. Recycled plastics in food packaging
(Washington, DC: US Food and Drug Administration, Center for Food Safety and Applied
Nutrition. Office of Premarket Approval). 2002. Disponível
em:<http://vm.cfsan.fda.gov/~dms/ opa-recy.html. Acesso em: 20/11/2013
FERREIRA, C. Logística Reversa : Aspectos Importantes para a Administração de
Empresas. Centro Universitário Assunção – UniFAI.
São Paulo. Trabalho de conclusão de Curso apresentado no Curso de Administração de
Empresas para obtenção de grau de Bacharel em Administração de Empresas. Disponível
em:<http://www.guialog.com.br/ARTIGO402.htm>. Acesso em: 20/11/2013
FORMIGONI, A; CAMPOS, I. P. A. Reciclagem de PET no Brasil. [s.d.]. Disponível
em:<http://www.aedb.br/seget/artigos07/1200_1200_ARTIGO%20%20RECICLAGEM%20DE%20PET%20NO%20BRASIL.pdf>. Acesso em:. 20/11/2013
FRITSCH, K.; WELLE, F. Polyethylene terephthalate (PET) for packaging. Plastics
Europe, Freising, v. 92, p. 40-41, 2002.
ILSI – INTERNATIONAL LIFE SCIENCES INSTITUTE. Recycled of plastics for food
contact use, guidelines prepared under the responsibility of the ILSI. European Packaging
Material Task Force (Brussels: International Life Sciences Institute). 1998.
[ 192 ]
LEITE, P. R. Logística Reversa - Meio Ambiente e Competitividade. São Paulo : Prentice
Hall, 2003. 246p.
OLIVEIRA, P. G. Embalagens Pet e Outro Lado da Moeda: uma Análise sob o Prisma dos
Princípios da Precaução e da Proporcionalidade. 2013. Disponível
em:<http://gral.eng.br/g/images/easyblog_images/73/EMBALAGENS-PET-E-OUTROLADO-DA-MOEDA-UMA-ANLISE-SOB-O-PRISMA-DOS-PRINCPIOS -DA-PRECAUOE-DA-PROPORCIONALIDADE-GRAL2013.pdf>. Acesso em: 20/11/2013
RECIPET – Disponível em: http://www.recipet.com.br. Acesso em: 20/11/2013
ROLIM, S. P. Prós e contras de reciclar plásticos. Revista Plástico Moderno. São Paulo, v. 8,
p. 40-43, ago. 2001. Microbiology, Valencia, v. 7, p. 71-76, 2004.
RULIS, A. M. Threshold of Regulation: Options for Handling Minimal Risk Situations. In:
FOOD SAFETY ASSESSMENT, ed J. W. Finley, S. F. Robinson and D. J. Armstrong,
American Chemical Society Symposium Series, 484, 1992, p.132-138
SANTOS, A. S. F.; AGNELLI, J. A. M; MANRICH, S. Tendências e Desafios da
Reciclagem de Embalagens Plásticas. Polímeros: Ciência e Tecnologia. São Carlos, v. 14, nº
5, p. 307-312, 2004.
VOLOKH, A. The FDA vs. Recycling: Has Food Packaging Law Gone Too Far. October
1995. Disponível em:< http://www.rppi.org/ps196html.>. Acesso em: 20/11/2013
ZANIN, M; MANCINI, S. D. Estudo Aponta a Relação Entre Consumo e Descarte dos
Principais Plásticos. Plástico Industrial, São Paulo-SP, v. ANO II, n. no 25, p. 118-125,
2000.
[ 193 ]
15.
Mobilidade Urbana: Transporte Público em Recife e R M
(Região Metropolitana)
RESUMO
Vivemos o colapso da mobilidade urbana. O transito cada vez mais lento, porém é rápido o
crescimento de pessoas e veículos. Reflete a falta de gestão integrada entre os entes políticos, a
escassez de planejamento urbanístico adequado, e a insuficiência de investimentos em vias,
rodovias e transportes públicos. Novos princípios e diretrizes para que possam adequar e
organizar os ambientes de circulação com a elaboração de políticos públicos que correspondem
aos meios coletivos na mobilidade urbana. As organizações governamentais sobrepõem
soluções entre o povo urbanista referente a distância entre a casa e o trabalho. Após enfrentar o
transtorno que é o transporte público, ressaltarem-se os efeitos negativos dos gargalos na
mobilidade urbana ressalta na razão social dos direitos fundamentais dos usuários. Com isso, é
bastante necessário que os governos, federais, estaduais e municipais, que têm poder de mudar
façam projetos de melhorias na mobilidade urbana para acabar com este caos tenso e neurótico
que compõe difuso dos ambientes, uma vez com o crescimento da população, também cresce
as dificuldades de locomover bem como a baixa qualidade de vida. Nosso trabalho relata o
transtorno que é o transporte público, dificultando a jornada dos usuários. Com o menor nível
de conforto dentre os transportes públicos cita-se também rodovias de difícil trajeto, e com a
escassez de transporte que passam a apresentar a mobilidade de baixa qualidade e de alto risco
com um impacto na vida das pessoas, será necessário o avanço nas ações políticas, públicos
para reduzir cada problema urbanista garantindo a todos o direito como cidadão e a perda de
tempo com os congestionamentos urbanos e o aumento dos acidentes de transito.
Palavras-chave: transporte, qualidade de vida, transito no Recife.
Abstract
We live in the collapse of urban mobility. The traffic increasingly slow over adensamente more
people and vehicles. Reflects the lack of integrated management among political entities , the
lack of adequate urban planning , and insufficient investments in roads , highways and public
transportation. New principles and guidelines so that they can adapt and organize
environments circulation with the development of public policy that correspond to the media
collective in urban mobility. Government organizations overlap between the people urbanist
solutions regarding the distance between home and work . After facing the disorder that is
public transport, ressaltarem up the negative effects of the bottlenecks in urban mobility
underscores the corporate fundamental rights of users. Thus, it is quite necessary that the
federal, state and municipal governments that have the power to make change improvement
projects in urban mobility to end this tense and neurotic chaos that consists of diffuse
environments, once with population growth, also increases the difficulty of getting as well as
the low quality of life. Mobility is the great challenge of cities across the country , the choice
of car for a few years will be a priority among people who suffer from this situation. This paper
reports the disorder that is public transport , making the journey of the users . At the lowest
level of comfort among public transport quotes is also difficult path of highways , and the
scarcity of transport that should depict the mobility of low quality and high risk with an impact
[ 194 ]
on people's lives , you need to advance in political action , public to reduce every problem
urbanist guaranteeing everyone the right as a citizen and the loss of time with urban congestion
and increased traffic accidents .
Keywords: transportation, quality of life, vehicle, traffic
INTRODUÇÃO
Com o trânsito congestionando todo mundo perde, seja quem está no ônibus, carro e até
a pé, pois passa a maioria do tempo nos engarrafamentos, e o pedestre para conseguir cruzar as
vias em um percurso que poderia ser de 15 minutos passa mais de 25 minutos. Tânia (2013)
Também contribui para o congestionamento há má infraestrutura das rodovias e BR, a
falta de incentivos vindos do governo para a população no uso de bicicletas e nas ciclovias,
frotas de ônibus reduzidas e o aumento na fabricação e venda de veículos. Atualmente com o
crescimento da população, a facilidade de financiamento de carros vem contribuindo cada vez
mais para os engarrafamentos, tirando a qualidade de vida dos usuários, tanto de transporte
público quanto do indivíduo que possui condução própria, pois perde tempo nos grandes
congestionamentos. (Tânia 2013)
O objetivo geral é relatar a importância dos transportes públicos no deslocamento da
população que dependem desde que seja para ir ao trabalho, escola, faculdades e lazer. Poder
proporcionar aos usuários um conforto no seu deslocamento ao sair de suas residências e chegar
no destino final na hora certa com conforto e segurança.
Objetivos específicos: Melhorar o deslocamento dos usuários, analisar o tempo de
deslocamento, identificar a qualidade de vida proporcionando um acesso amplo e democrático
ao espaço que lhes concede de forma segura, socialmente exclusiva e sustentável, tendo como
principal objetivo a implantação de sistemas de transporte coletivo bem como implementação
de conceitos para garantir acessibilidade urbana.
Problematização
Como mostra a figura abaixo o que vem contribuindo ainda mais no transtorno que hoje
em dia é a mobilidade urbana é a má infraestrutura das rodovias e BR que não suportam a
quantidade de veículos, causando vastos congestionamentos, tirando assim a qualidade de vida
[ 195 ]
dos cidadãos que necessita dos transportes público no seu dia a dia, pois os usuários perdem
mais tempo nos percursos de inda e vinda do que no próprio ambiente de trabalho.(Figura 1)
Figura 1. Faixa da Avenida Herculano Bandeira (Foto: Blog Diário de Pernambuco/ Tânia Passos)
Hipótese
•
Melhoria na qualidade dos transportes públicos
•
Vias e BR com estruturas que suportem a quantidade de veículos
•
Incentivos aos usuários ao uso das ciclovias e bicicletas
•
Corredores exclusivos de ônibus.
Justificativa
No último século a mudança de ocupação nas grandes rodovias urbanos de Recife teve
um aumento de frota ambulante, nos últimos quatro de 2009 a 2012 o Recife passou de trinta
bilhões para setenta bilhões de frota nas rodovias do Recife onde cresce cada vez mais esses
números. Tânia (2013)
[ 196 ]
No decorre dos dias pode ser verificado que existe um processo lento quando se refere
ao transporte público. Cada dia cresce de maneira desordenado a quantidade de veículos, e não
existe um planejamento do governo para melhoria no trânsito. Com isso os usuários que
necessitam do transporte público ou que possuem condução própria param se locomover ao
destino desejado sofre com desorganização das rodovias e BR, tirando a qualidade de vida dos
cidadãos. Tânia (2013)
METODOLOGIA
A metodologia aplica neste trabalho se dá através da pesquisa qualitativa onde consta
com clareza e ênfase o tema abordado, com o intuído de mostrar as dificuldades da mobilidade
urbana do Recife e Região Metropolitana, bem como a qualidade de vida dos usuários do
serviço público de transporte.
TRANSPORTE PÚBLICO URBANOS EM RECIFE
Para os usuários do transporte publico os engarrafamentos provocados pelo excesso de
veículos das vias reduz as velocidades dos ônibus. No Recife apenas 67% das viagens
programadas para os ônibus são executados por dia. Com o transito parado é preciso aumentar
a frota de coletivos o que acaba onerando os valores da tarifa e agravando ainda mais o transito.
Tânia (2013)
Com a frota de veículo aumentando e os indivíduos querendo obter status as vendas dos
carros irá crescer cada vez mais e o uso do transporte público serão menos procurados; no
Recife perde-se muito tempo no transito principalmente os usuários de ônibus, a população que
depende desses transportes público não tem qualidade de vida pois tem que sair de casa mais
cedo para não chegar com atraso no seu compromisso, além de afetar a vida social do seres
humanos, afeta também o meio ambiente através dos gases poluentes que são produzidos pelos
carros.
Um levantamento feito pelo sindicato do transporte publica (urbano-PE) constatou que
no período de Janeiro Julho deste ano, 135 viagens deixaram de ser realizadas por conta dos
fluxos de veículos nas e BR que causam engarrafamentos. Tânia (2013)
[ 197 ]
Melhoria no Transporte Público de Recife
Com o objetivo de melhorar o trânsito até a Copa do Mundo de 2014, foi aprovado em
2011 o Programa Estadual de Mobilidade – Promob de Recife. A mudança inclui quatro novos
viadutos a serem construídos na Avenida Agamenon Magalhães, além de corredores exclusivos
para o transporte coletivo, aumentando a capacidade de locomoção atual de 800 mil para 1,3
milhões de passageiros. Climex (2013)
As obras envolvem municípios da Região Metropolitana de Recife e prevê o Terminal
Integrado Cosme e Damião em São Lourenço da Mata, além da implantação de 52 quilômetros
de corredores exclusivos de Transporte Rápido de Ônibus – TRO nos eixos Norte-Sul e LesteOeste, que criam um ramal para a Cidade da Copa. Também inclusa no projeto está a
implantação de corredores de transportes públicos na Avenida Norte Miguel Arraes e na BR101. Climex (2013)
Com isso trará para os usuários do transporte publico, melhores condições de trafego e
infraestrutura, desenvolvimento socioeconômico e social com o objetivo de melhoria e
minimização do caos do transporte publico de Recife.
Sistemas de aluguel de bicicletas são integrados no Recife
Através de uma parceria das prefeituras e secretaria das cidades privilegiados do Recife,
junto com o município de Olinda e Jaboatão do Guararapes ganham 36 estações das BIKE
(figura 2) distribuídas na cidade. Esse projeto traz como objetivo melhorar a mobilidade urbana
do Recife. Onde o usuário precisa se cadastrar para ter acesso ao benefício. Aquino (2013)
[ 198 ]
Figura 2: Bicicletas do Bike PE contam com leitor do cartão VEM. (Foto: Lorena Aquino / G1)
Uma opção que os usuários têm para transita nas vias do Recife, além de proporcionar
exercício físico e um bem estar à saúde. Vale ressaltar que este projeto será lançado em outros
municípios do Recife para todos tenham o diretos de desfrutar da ação melhoria para todos.
Aquino (2013)
CONCLUSÃO
A infraestrutura de transporte de um país é importante, pois é por meio dela que as
pessoas conseguem se deslocar de um ponto a outro. O transporte é uma atividade do meio
logístico, tanto no transporte de cargas quanto no de passageiros, pois ambos requerem
planejamento e estratégia para atender a demanda podendo proporcionar grandes impactos no
que diz respeito aos custos.
O presente estudo permitiu analisar a importância de o governo investir mais na
infraestrutura do estado para a melhoria da mobilidade urbana e da qualidade de vida dos
usuários, através de uma política pública mais atuante com fiscalizações mais intensas, bem
como os incentivos as empresas para oferecerem aos seus usuários boas condições, sendo os
veículos de qualidade, estradas e rodovias bem como o atendimento aos usuários, permitindo
aos recifenses e da região metropolitana um deslocamento seguro, rápido e prático. Seria
interessante que o governo criasse incentivos para que a população pudesse está utilizando das
[ 199 ]
ciclovias, onde ajudaria para diminuir os engarrafamentos, e proporcionaria aos cidadãos uma
boa qualidade de vida.
REFERÊNCIAS
AQUINO, Lorena. Mobilidade urbana do recife: sistema de aluguel de BIKE do Recife.
Disponível em: <http://cabresto.blogspot.com.br/2013/08/sistemas-de-aluguel-de-bicicletasao.html>. Acesso em: 29 nov. 2013.
CLIMEX. Mobilidade urbana do recife: a melhoria da mobilidade urbana do Recife.
Disponível em: <http://blog.climex.com.br/index.php/promob-a-melhoria-da-mobilidadeurbana-do-recife>. Acesso em: 29 nov. 2013
TÂNIA. Mobilidade urbana do recife: transporte público. Disponível em:
<http://blogs.diariodepernambuco.com.br/mobilidadeurbana/>. Acesso em: 29 nov. 2013.
[ 200 ]
16.
LOGÍSTICA REVERSA- LATAS DE ALUMÍNIO
RESUMO
Temos Por objetivo trazer esclarecimento sobre a logística reversa e algumas áreas onde
se pode aplicá-la tais como pós-vendas e pós- consumo e onde pode ser utilizada dentro de uma
organização. A Logística reversa trata de produtos dando uma destinação adequada para cada
tipo de resíduo, que em sua maioria são embalagens que após seus respectivos consumo
naturalmente seria descartado, sobretudo o alumínio
Palavras-chave: logística reversa: tratamento de descartes; conservação do meio ambiente
ABSTRACT
Why We aim to bring clarification on reverse logistics and some areas where you can apply it
such as after-sales and post-consumer which can be used within an organization. The Reverse
Logistics comes to products giving an appropriate destination for each type of waste, which
are mostly packaging that post their consumption would naturally be discarded.
Keyword: reverse logistics: treatment discharges; environmental conservation
INTRODUÇÃO
Com o crescimento da globalização é necessário que as organizações estejam
ambientadas com as novas exigências ambiental para que grande parte de produção que antes
era descartada e se transformaria em lixo tenha um aproveitamento correto, minimizando os
riscos de poluição e trazendo um retorno financeiro. As organizações empresariais não tinham
esta forma de pensar, porém com o mercado cada vez mais acirrado cada detalhe faz a
diferença entre os concorrentes.
Problematização
Observando as exigências dos consumidores e pensando na sustentabilidade ambiental,
devemos saber como, quando e que fazer com os resíduos dispensados. Por não terem mais
aparente serventia, o que fazer com objetos tais como pneus, embalagens pilhas e outros.
Hipótese
[ 201 ]
Segundo Dias (2005, p. 205). A logística reversa é responsável por tratar de fluxo de
resíduos desde o ponto de consumo ao local de origem. Podendo ser trabalhada dentro das
organizações empresariais como uma ferramenta para se obter economia por diminuir os
custos , do ponto de vista socioeconômico a logística reversa vem agregando valores a matérias
e dando importância a reutilização dos materiais assim diminuindo as agressões ao meio
ambiente.
OBJETIVOS
Objetivo Geral
O objetivo é trazer esclarecimento sobre a logística reversa dentro e fora das
organizações empresariais. Fazendo com que a logística reversa seja melhor utilizada nos
ambientes sociais desde o fabricante até o consumidor. Orientando como pode ser trabalhado
para que os resíduos pós-consumo tenha a destinação correta voltando ao início do seu ciclo,
ou que seja desenvolvido um novo destino para cada objeto, para que possam ser minimizados
os danos ao meio ambiente e os custos nas organizações.
Objetivos Específicos
•
Mostrar como a Logística Reversa pode contribuir na redução de custos nas
organizações;
•
Mostrar como as pessoas e as organizações podem aproveitar resíduos que aparentam
não ter mais utilidade nas organizações;
•
Trazer a conhecimento geral uma conscientização das pessoas de como pode
tratar
resíduos e componentes eletrônicos para um mundo mais sustentável.
LOGÍSTICA REVERSA
Para Leite (2003) com as experiências das indústrias que por volta dos anos oitenta
traziam para um novo processo os produtos não conformes. A preocupação ambiental faz com
que a logística reversa tenha tido uma evolução desde sua criação. Com isto as indústrias estão
adaptando-se ao novo mercado. Segundo, Leite (2000) a logística reversa é a área que trabalha
[ 202 ]
para que os produtos sejam encaminhados para seu centro produtivo tendo como sua principal
atividade tratar produtos já descartados uma nova utilização assim diminuindo custos
empresariais e os impactos ambientais
Logística pós-consumo
Segundo Leite (2003) são considerados produtos de pós- consumo os objetos que
chegam ao fim de sua vida útil e podem ter como destinação os métodos habituais que é ser
enviados por meios de canais de distribuição para aterros sanitários ou incineração ou ao
método da logística reversa que trata de forma para que o produto volte ao ciclo produtivo ou
seja reutilizado. Existe a classificação entre os bens eles podem ser chamados de bens
descartáveis ou bens duráveis.
Bens duráveis:
São os bens que podem sofrer a prática de (canibalismo) sendo desmontado e reaproveitado
alguns componentes, podem ser destinados ao mercado secundário, voltar a indústria, ou
seguem pra reciclagem.
Bens descartáveis:
São os bens que são destinados á aterros sanitários, incineração ou à reciclagem.
Na logística de pós-consumo podem ser tratados os bens. Segundo (RESENDE, 2004,
p. 23) é considerado um bem o objeto que é descartado e volta a seu ciclo produtivo, podendo
ser como matéria prima ou secundaria. Representado na figura 1.
[ 203 ]
Fig. 1 : Cadeia de recuperação de produtos . Fonte :Fleichmann et al. 2000
No Brasil a reciclagem é uma dos canais de tratamento do produto pós-consumo mais
conhecido, dando um maior suporte, no que diz respeito a sustentabilidade.
RECICLAGEM DO ALUMÍNIO.
O alumínio é um dos produtos que podem ser reaproveitados com sua reciclagem de
várias formas podem do ter novas utilidades para as indústrias de alumínio conforme a
(Industria de reciclagem Recicla Brasil) o processo de reciclagem se torna vantajoso pelo fato
de que para produzir um objeto com sua matéria-prima tem-se um gasto de maior de energia
quando não é utilizado o material reciclado. Porém quando é usado o metal reciclado tem-se
um gasto de apenas 5% de energia na sua produção
Neste processo de reciclagem podemos reutiliza o alumínio para diversos produtos. No
caso das latas de alumínio temos quatro etapas que proporcionaram uma reutilização dessas
latas:
•
ETAPA 1 – Nessa etapa as latas de alumínio são trituradas e passam em um separador
magnético que remove qualquer outro metal que possa ter se misturado durante o
processo.
•
ETAPA 2 – Depois da trituração os pedaços das latas passam por um jato de ar quente
(em torno de 550°C) que tira qualquer tipo de pintura que esteja no alumínio.
•
ETAPA 3 – Após a remoção das pinturas, os pedaços de alumínio são inseridos em um
forno de fusão com misturadores submersos. Nesse processo em se temos um
derretimento rápido e rendimento alto.
[ 204 ]
•
ETAPA 4 – O alumínio derretido vai para um forno de espera onde são tiradas as
impurezas antes da fundição do alumínio. À medida que o alumínio vai para os moldes
eles são resfriados por jatos de água fria que moldam o metal, depois de tudo isso a parte
bruta vai para uma laminadora que formam bobinas, a partir das quais os produtores de
latas podem produzir novas latas e todo o processo recomeça.
É representado no gráfico á baixo os principais materiais reciclados no Brasil e suas
respectivas médias de reciclagem. Conforme figura 2
Fig.2. Média nacional de reciclagem por material. Fonte: fichas técnicas do CEMPRE
Como podemos observar no gráfico á cima o alumínio é apontado como o maior material
reciclado no Brasil. Como já citado anteriormente existem as quatro etapas principais para a
reciclagem das latas de alumínio porém na figura abaixo podemos observar o processo deste
material desde a compra de um produto cujo sua embalagem seja de alumínio até seu retorno
para o consumo.
[ 205 ]
Fig.3 processo de reciclagem da lata de alumínio Foto: Associação Brasileira de Alumínio
Agregado a o processo da figura nº 3 existem vários fatores tais como econômico e
sustentável.
Do ponto de vista econômico pode ser extraídos várias fontes de renda movimentando
a economia local inserindo vários profissionais no mercado de trabalho através de organizações
(cooperativas) organizações estas que trabalham junto a catadores que inicialmente por falta de
emprego trabalhavam anonimamente catando fazendo coleta pelas ruas de matérias recicláveis
para vender a recicladoras, porém com as cooperativas estes trabalhadores ganham o direito de
trabalhar. Conforme (Teixeira, Murilo, Malheiros, Telma Maria Marque) As cooperativas de
catadores de lixo são formadas, em geral, por pessoas desempregadas que moram no entorno
de onde a cooperativa será instalada, além de prestadores de serviços e outras pessoas que
agregam seus conhecimentos a estas organizações.
Do ponto de vista ecosustentável, os profissionais encarregados de coletar os materiais
evitam que os resíduos sejam dispensados de forma incorreta e contribui para a diminuição e
prevenção de impactos ambientais recolhendo os metais que são objetos não degradáveis não
[ 206 ]
são absorvidos pelos organismos decompositores persistindo no solo por longos períodos
impossibilitando ou dificultando a sobrevivência de vários seres vivos causando desequilíbrio
ecológicos em todos ecossistemas da terra
A diminuição e a prevenção de impactos ambientais: Tanto os resíduos não degradáveis
como os degradáveis, ou orgânicos, por sua enorme quantidade, não são assimilados pelos
organismos decompositores, persistindo nos solos e nos corpos hídricos por longos períodos,
impossibilitando ou dificultando a sobrevivência de inúmeros seres vivos e, por consequência,
causando desequilíbrios ecológicos em todos os ecossistemas terrestre.
Logística reversa pós-venda
A logística reversa pós venda acontece quando a uma reutilização de produtos para
venda como produto de segunda linha, e quando a devolução de bens por parte dos clientes em
qualquer ponto da cadeia de distribuição que acontece por algum tipo de falha no produto ou
quando o prazo de validade expira.
Leite (2003), logística reversa de pós-venda e a área que cuida do planejamento das
movimentações físicas e das informações geradas através dessa pratica. Cuida também dos
produtos de Pós-venda que volta a diferentes partes da cadeia de distribuição. Que compõe os
canais revesso que esses produtos terão que passar.
(BALLOU, 2001) a prática de uso da logística reversa de pós-venda aumenta a
competitividade no mercado fazendo com que os clientes percebam a qualidade no atendimento
e com o tempo sejam clientes fieis
CONCLUSÃO
Neste artigo verificamos que a logística reversa é importante para as empresas, pois ela
resolve vários problemas com o descarte de resíduos que podem afetar o meio ambiente,
algumas pessoas se preocupam com o meio tendem a utilizar a logística reversa fazendo a
utilização de produtos reciclados. Recuperando e arrumando novos destinos para produtos que
não teriam utilidades para algumas pessoas. É possível observar que quando nós conseguimos
[ 207 ]
usar a logística reversa em nosso favor podemos também reduzir custos que a princípio não são
vistos como uma preocupação para as empresas.
RESULTADOS DA PESQUISA
Neste artigo podemos observar que a reciclagem do alumínio traz vários benefícios para
o meio ambiente, pois economiza matéria–prima e energia elétrica, diminuindo a poluição as
emissões de gás de efeito estufa, o volume de lixo nos aterros sanitários e gera fonte de renda
para várias pessoas envolvidas com a coleta deste material podendo ser reciclado infinitas vezes
sem perder suas propriedades, fazendo com que as empresas tenha um menor custo com
embalagens.
REFERÊNCIAS
Leite . Logística reversa. 2003. (Graduação) - Curso de Logística, Pretence Hall, São Paulo,
2013.
BALLOU, R. H. (2001) - Gerenciamento da cadeia de suprimentos: planejamento,
organização e logística empresarial. Bookman. Porto Alegre.
LEITE, Paulo Roberto. Da logística empresarial à logística reversa. Revista Banas
Qualidade, junho de 2006, número 16
Teixeira, Murilo, Mestrando em Sistema de Gestão, Laboratório de Tecnologia, Gestão
de Negócios e Meio Ambiente – LATEC – da Universidade Federal Fluminense.
Administrador, Contador, Professor Universitário da USS, Auditor da Prefeitura Municipal de
Três Rios.
Malheiros, Telma Maria Marques, D. SC.
Advogada, Doutora em Engenharia Ambiental pela COPPE/UFRJ, Professora do Mestrado
em Sistema de Gestão da UFF.
Membro da Comissão de Direito Ambiental da OAB/RJ
[ 208 ]
17.
A IMPORTÂNCIA DA TECNOLÓGICA DA INFORMAÇÃO NA
ARMAZENAGEM DE MATERIAIS PERMANENTE
RESUMO
O avanço das mudanças tecnológicas, em particular da tecnologia da informação, associado ao
processo para que as empresas consigam vantagem no mercado em constante evolução. A
armazenagem está sobre várias formas, conforme a possessão da facilidade e o grau de controle
operacional desejado. Esse pode beneficiar-se de diversas formas; as mais populares são a
estocagem, a consolidação e a transferência de fretes. No caso de armazenagem pública existem
vários tipos de serviços oferecidos. Identificar as ferramentas da tecnologia da informação que
foram colocadas no mercado nos últimos anos dando ênfase a que proporcionaram melhorias
no desenvolvimento das atividades logísticas. No entanto, o processo de informação nem
sempre consegue atingir os objetivos esperados e um estudo dos problemas enfrentados neste
segmento torna-se fundamental. A tecnologia da informação tem a importância e a necessidade
das informações estocagem e endereçamento.
Palavra-Chave: Logística, Armazenagem, Endereçamento.
ABSTRACT
The pace of technological change, particularly in information technology, associated with the
process so that companies are able to advantage in a constantly evolving marke. The storage
is on various forms, as the possession of the facility and the desired degree of operational
control. This can benefit in several ways, the most popular are the storage, consolidation and
transfer of freight. In the case of public storage there are several types of services offered.
Identify the tools of information that have been placed on the market in recent years
emphasizing technology that provided improvements in the development of logistics activities.
Howeve, the process of information can not always achieve the expected objectives and a study
of the problems faced in this segment becomes essential. Information technology has the
importance and necessity of information storage and addressing.
Keyword: Logistics, Warehousing, Addresses.
INTRODUÇÃO
[ 209 ]
O desenvolvimento econômico e social tem levado as empresas a investirem em
mecanismos e estratégias inovadoras com vistas a maiores vantagens competitivas, qualidade
de serviços, satisfação do cliente e permanência no mercado.
Nessa busca pela inovação, a logística tem sido um caminho viável, permitindo uma
maior flexibilidade na gestão empresarial. Neste processo logístico, armazenagem e estocagem
têm papel fundamental, pois oferecem valor de tempo e lugar determinando o material na
quantidade e momento certo.
A administração desses sistemas requer agilidade no fluxo de materiais das atividades
operacionais e uma ferramenta que pode viabilizar essas operações com rapidez e eficiência é
o endereçamento.
O endereçamento é um diferencial estratégico dentro da armazenagem e estocagem, pois
influência de forma precisa no espaço que deverá ser utilizado, facilitando as operações para
atender a demanda com qualidade, rapidez e eficiência.
Para consolidar a pesquisa em questão, este artigo apresenta de forma simples e objetiva,
a importância da logística nas operações de armazenagem e estocagem, procurando demonstrar
a eficiência do endereçamento como uma ferramenta que maximiza a utilização do espaço,
facilitando essas operações.
O objetivo deste trabalho é identificar problemas na armazenagem e movimentação
reconhecer o sistema de gerenciamento e controle.
Objetivos
Objetivo Geral
Compreender o processo de armazenagem de forma que forneça o material certo, na
quantidade certa no lugar certo e no momento certo.
O objetivo e obter a máxima rotatividade satisfazendo, ao mesmo tempo os
compromissos com o cliente.
No armazém existem quatro funções básicas que fazem parte da armazenagem: receber,
estocar, separar e expedir.
[ 210 ]
Objetivos Específicos
•
Identificar as diversas formas de armazenagem;
•
Reconhecer o sistema de gerenciamento e controle;
•
Analisar o processo de armazenagem de manuseio de materiais e embalagem;
TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO
A tecnologia de informação é o recurso-chave para se obter integração. No entanto, da
mesma forma se obter integração. No entanto, da mesma forma que a avaliação de desempenho,
os aplicativos de sistemas de informação costumam ser criados tomando como base a estrutura
organizacional.
Vários bancos de dados são limitados as funções específicas e o acesso interfuncional a
eles não é uma tarefa fácil. A necessidade de compartilhar informações resultou no
desenvolvimento de data warehouses, até que sejam desenvolvidos esquemas para a
transferência de informações. (Bowersox 2008).
Gestão de Estoques
A gestão de estoques é uma das atividades mais importantes para qualquer negócio, pois
o estoque tem uma característica ambígua, uma vez que sua existência, se por um lado
tranquiliza a empresa quanto às flutuações de demanda e a manutenção do nível de serviços,
por outro é fonte de constante atrito em função do capital investido (ARBACHE, et al. 2011).
A visão tradicional é de que os produtos devem ser mantidos em estoque por diversas
razões, seja para acomodar variação nas demandas, seja para produzir lotes econômicos em
volumes substancialmente superiores aos necessários, seja para não perder vendas. No entanto,
essa visão acarreta para as empresas:
•
Custos as altos de manutenção de estoques
•
Falta de tempo na resposta ao mercado;
•
Risco do inventário torna-se obsoleto.
[ 211 ]
Afirma ainda que:
O controle do estoque exerce influência muito grande na rentabilidade da empresa.
Os estoques absorvem capital que poderia estar sendo investido de outras maneiras
desviam fundos de outros usos potenciais e tem o mesmo custo de capital que qualquer
outro projeta de investimento da empresa. Aumentar a rotatividade do estoque libera
ativo e economiza o custo da manutenção do inventário. (CHING. 2008. p.32)
O controle de estoque é de extrema importância, pois é necessário para manter o nível
de serviço, mas, em contrapartida, gera grandes custos.
Para diminuir esses custos duas ações podem ser desencadeadas: as centralizações dos
estoques que diminui o total estocado e o planejamento mais precisam possíveis não gerando
estoques desnecessários.
É necessário que “comecemos então a desenvolver a metodologia de controle de
estoques como uma forma de definir a disponibilidade de produtos e uma identificação dos
custos relevantes ao gerenciamento dos níveis de estoques.”
Existe uma grande e crescente variedade de produtos que as empresas dispõem em seus
portfólios criando complexidade de controle.
Nesse sentido a logística necessita ter um sistema de avaliação de armazenagem e
estoque que assegure o mínimo de custos, que o estoque esteja de acordo com política da
empresa, que a armazenagem e estoque reflitam seu conteúdo usando o valor desse capital como
ferramenta de tomada de decisão e que evite desperdício.
Os saldos em estoque demonstrados nos sistemas informatizados devem estar em
sintonia com os saldos físicos existentes nos depósitos para se ter um inventário confiável.
Quando esta acuracidade não acontece, o indicador de qualidade e confiabilidade da
informação no sistema de avaliação e controle está falho, sendo a logística responsável em
diagnosticar a falha e corrigi-la.
Dentro de uma empresa, principalmente na armazenagem e estoque, a logística poderá
ser o caminho para a diferenciação aos olhos de seus clientes, tanto para a redução de custos
quanto para agregação de valor à empresa, refletindo num aumento da lucratividade.
[ 212 ]
Porém, a logística por si só não alcançará esses resultados, não pode ser vista como a
tábua de salvação, mas sim, como uma parceira da empresa integrada com os demais setores.
Segundo Ballou (2011, p.265 a 266).
Armazenagem
O termo armazenagem relaciona-se ao processo de guarda e movimentação de produtos
em uma instalação.
As instalações de armazenagem desempenham papel primordial do processo logístico
de uma empresa.
Seu planejamento e formatação terão impacto importante no desempenho da
distribuição dos produtos. Por esse motivo, a armazenagem requer um gerenciamento moderno
com a adoção de processos aplicados a movimentação e estocagem, mudando a visão
tradicional de que uma instalação de armazenagem seja um local destinado à guarda de produtos
(ARBACHE, et al. 2011).
A armazenagem muitas vezes é confundida com estocagem e trocada na prática, mas é
necessário entender o significado de cada uma, que Moura (2011, p.152) define como
armazenagem é a denominação genérica e ampla que inclui todas as atividades de um ponto
destinado à guarda temporária e à distribuição de materiais depósitos, almoxarifados, centros
de distribuição, etc.
E estocagem e uma das atividades do fluxo de materiais no armazém e o ponto destinado
à locação estática dos materiais. Dentro de um armazém podem existir vários pontos de
estocagem.
A estocagem é uma parte da armazenagem. Pode-se dizer que armazenar é uma função
logística que envolve o tratamento dos materiais entre o tempo de produção e a sua venda ao
usuário final. Não pode ser vista de forma isolada, mas sim, entendida em seu contexto,
envolvendo desde a embalagem da mercadoria, sua movimentação até a armazenagem.
A melhor forma de estocagem é aquela que maximiza o espaço, pois o mau
aproveitamento torna o armazém não econômico.
[ 213 ]
Aperfeiçoar o espaço verificando a ocupação física para diminuir o espaço e armazenar
uma maior quantidade de materiais é necessário na administração da armazenagem. É
necessário perceber que existem diferenças entre as funções da armazenagem e as de um
armazém.
A armazenagem consiste em receber os materiais, estocá-los e expedi-los quando
solicitado e o armazém é o local e a estrutura disponível para a armazenagem. Moura (2011,
p.152 a 157) destaca seis objetivos para a função de armazenagem:
•
Máximo aproveitamento do espaço;
•
Utilização efetiva de mão de obra e equipamento;
•
Acesso fácil a todos os itens;
•
Movimentação eficiente dos itens;
•
Máxima proteção dos itens;
•
Boa qualidade de armazenagem.
Esses objetivos, para serem alcançados, necessitam de um planejamento minucioso das
operações de armazenagem para satisfazer as necessidades dos clientes.
Já os armazéns devem ter como objetivos a maximização do serviço ao cliente, utilização
de mão de obra, equipamentos, espaço, energia, giro de estoque, acesso às mercadorias,
proteção dos itens, controle de perdas, produtividade e minimização de custos. Como observa
Moura (2011, p. 131), “O propósito de qualquer armazém é fornecer o material certo, na
quantidade certa, no lugar certo e no momento certo” No armazém existem quatro funções
básicas que fazem parte da armazenagem: receber, estocar, separar e expedir.
O planejamento de armazenagem deve visar ao aproveitamento das oportunidades de
redução de custos e eliminação de esforços, proporcionando soluções mais adequadas ao fluxo
de materiais e ao armazém, sendo a estocagem de curta ou longa duração. São dez as funções
citadas por Moura (2011):
•
Recebimento: todas as atividades inclusas na aceitação de materiais para serem
estocados;
•
Identificação e endereçamento para estoque: identifica o que é recebido e decide onde
deve ser estocado;
•
Envio para o estoque: movimentação de itens para estoque ou inspeção;
[ 214 ]
•
Localização no estoque: onde os itens estão fisicamente localizados e estocados
conforme características do material. Planejando um layout apropriado, os materiais
podem estar estocados no chão, empilhados ou colocados em estruturas porta palletes;
•
Separação de pedidos: função mais importante que também exige um planejamento
quanto à separação de itens de pequeno e médio porte;
•
Acumulação dos itens dos pedidos: todos os itens de um pedido devem ser mantidos
juntos para a conferência final;
•
Embalagem e expedição: embalar os pedidos para proteção dos materiais;
•
Carregamento: consiste em colocar o pedido em uma área de espera para o
carregamento;
•
Expedição: embarque e entrega dos produtos no ponto onde será utilizado;
•
Registro das operações: com a finalidade de alimentar o sistema de informações que
deve ser feito no início e no final das funções de armazenagem.
O planejamento para efetivar essas funções com qualidade necessita ser dinâmico, pois
a armazenagem não pode ser um problema de engenharia industrial.
Hoje a ênfase está na otimização e eficiência do fluxo de produtos através de ações
planejadas que consiga dar conta de atender os objetivos e cumprir as funções de armazenagem
com qualidade, rapidez e menor custo.
Estocagem
O estoque normalmente acontece em lugares como armazéns, pátios ou chãos de
fábricas e existe em função de uma necessidade futura de materiais, matéria-prima, materiais
em processamento, semi ou acabados e produtos acabados que não são usados em determinados
momentos.
Estoques são acumulações de matérias primas, suprimentos, componentes, materiais em
processo e produtos acabados que surgem em numerosos pontos do canal de produção e
logística das empresas.
Quaisquer quantidades de bens físicos que sejam conservados, de forma improdutiva
por algum intervalo de tempo, como os produtos acabados antes de sua venda ou despacho, as
matérias primas, embalagem e componentes antes de sua utilização na produção, e os produtos
[ 215 ]
em processo, em elaboração ou semi-elaborados entre as etapas de produção de uma
organização. Dias (2009) observa que: O estoque é necessário para que o processo de produção
e vendas da empresa opere com um número mínimo de preocupações e desníveis. Os estoques
podem ser de: matéria prima, produtos em fabricação e produtos acabados.
O setor de controle de estoque acompanha e controla o nível de estoque e o investimento
financeiro envolvido. Ainda segundo Dias (2009), “sem estoque é impossível uma empresa
trabalhar, pois ele funciona como amortecedor entre os vários estágios da produção até a venda
final do produto.”
Outros conceitos existem na literatura e traduzem o que basicamente o estoque
representa, ou seja, o conjunto dos itens materiais de propriedade da empresa que são mantidos
para venda futura se encontra em processo de produção ou são correntemente consumidos no
processo de produção de produtos a serem vendidos. Dias (2009), apresenta os principais
objetivos do setor de controle de estoques:
•
Determinar “o que” deve permanecer no estoque;
•
Determinar “quando” se devem reabastecer os estoques;
•
Determinar “quanto” de estoque será necessário para um período predeterminado;
•
Acionar o departamento de compras para executar aquisição de estoque;
•
Receber, armazenar e guardar os materiais estocados de acordo com as necessidades;
•
Controlar os estoques em termos de quantidade e valor;
•
Manter inventários periódicos para avaliação das quantidades e estados dos materiais
estocados;
•
Identificar e retirar do estoque os itens obsoletos e danificados.
Uma questão relevante que merece atenção é o papel e o comportamento dos estoques
existentes nas empresas.
A preocupação gira em torno de como manter os custos condizentes com a quantidade
adequada do volume colocado à disposição.
É necessário planejamento, organização e controle de estoques, conforme (Ballou 2011)
especifica no quadro de decisões sobre a política de estoques o sistema de estoque necessita ter
planejamento, organização e controle sobre as estratégias de estoque, transporte e localização e
movimentação de materiais com vistas ao atendimento ao cliente, que atualmente, está cada vez
[ 216 ]
mais exigente e com características individualizadas. Ballou (2011, p. 204), “A política de
serviço ao cliente inclui disponibilidade de estoque, velocidade de entrega, velocidade de
preenchimento do pedido e acuaria.
“Está fortemente ligada às políticas de estoque e transporte.” A empresa deve ter sempre
o produto que o cliente necessita, portanto o controle de estoque é tarefa vital da logística
empresarial, pois podem absorver, segundo Ballou (2011, p. 211), de 20 a 40% do custo com
sua manutenção, respondendo por uma parcela considerável do capital investido por uma
empresa, sendo economicamente sensato administrá-lo cuidadosamente.
Em relação à administração de estoque de materiais apresenta algumas funções que
podem ser colocadas como as mais relevantes:
•
Melhorar o nível de serviço: podem auxiliar quando são localizados mais próximos aos
pontos de venda, beneficiando aqueles clientes que requerem disponibilidade imediata
de produtos;
•
Incentivar economias na produção: estoques agem como amortecedores entre oferta e
demanda, possibilitando uma produção mais constante;
•
Permitir economias de escala nas compras e no transporte: gerenciamento de melhores
preços com o transporte de materiais;
•
Agir como proteção contra aumentos de preços: compras antecipadas quando houver
tendências de aumento de preços, criando estoques que devem ser administrados
eficientemente;
•
Proteger a empresa de incertezas na demanda e no tempo para reabastecimento;
•
Manter adicionalmente aos estoques regulares, quando necessário, um estoque de
segurança.
•
Servir como segurança contra contingências: manter estoques de reserva é uma forma
de garantir o fornecimento normal quando for necessário.
Todas essas funções devem fazer parte de um sistema de planejamento de estoques, pois
a manutenção adequada de um estoque oferece vários benefícios, mas seus custos são elevados
e o desafio da gestão logística é minimizar esse investimento agregando valor à empresa. Ballou
(2011, p. 205) apresenta razões a favor e contra a manutenção de estoques.
As razões a favor estão na melhoria de serviço ao cliente onde “os estoques
proporcionam um nível de disponibilidade de produtos ou serviços que, quando perto dos
[ 217 ]
clientes, acabam satisfazendo as altas expectativas destes em matéria de disponibilidade” e na
economia de custos indiretamente resultantes que “embora a manutenção de estoques implique
em custos adicionais, sua utilização acaba indiretamente reduzindo os custos operacionais em
outras atividades do canal de suprimentos de tal modo que pode mais do que compensar os
custos de manutenção.”
As razões contra se referem à manutenção de estoques que onera custos altos demais, a
existência de problemas de qualidade que demanda tempo excessivo para correção dos
problemas e a atitude de isolamento sobre o gerenciamento global do canal de suprimento onde
não é incentivado o processo integrado de tomada de decisões.
A empresa tem que ter clareza quanto à necessidade e importância do estoque, sua
função, os objetivos operacionais que deverão ser alcançados, o espaço físico adequado para
atender a demanda, a localização dos depósitos ou armazéns visando à redução de custos com
o transporte, manutenção e processamento de pedidos bem como o tipo adequado de armazém
para suprir as necessidades da empresa.
Assegurar a disponibilidade de mercadorias e minimizar os custos de produção e de
distribuição é tarefa do sistema de estoque, com a finalidade de obter maior lucratividade para
a empresa e atender a necessidade do cliente.
Endereçamento
O endereçamento é uma ferramenta que auxilia na localização de materiais dentro de
um armazém. Visa estabelecer locais específicos ou endereços para a armazenagem dos
materiais, visando facilitar as operações de movimentação, inventários, estabelecendo
parâmetros para a identificação e facilidade de localização dos itens estocados.
No endereçamento é necessário observar alguns fatores e objetivos para melhor
organização e desempenho do trabalho:
•
Tipo de Produtos Estocados;
•
Instalações Necessárias;
•
Tipos de Processamento;
•
Tamanho dos pedidos;
[ 218 ]
•
Facilitar Localização;
•
Otimizar Tempo do Separador;
•
Facilitar o Controle de validade;
•
Indicar endereçamento no recebimento do produto;
•
Manter correto o endereçamento do produto;
•
Modificações de endereço repassar para o responsável do setor;
•
Tirar periodicamente relatórios de auditoria para verificação.
CONCLUSÃO
O objetivo da tecnologia da informação é determinar a quantidade e a localização de
todos os tipos de instalações necessárias para a execução do processo logístico. Também e
necessário determinar o tipo de estoque volume a ser armazenado em cada instalação, assim
como é necessário vincular os pedidos de cliente aos locais de onde deve ser feita a expedição.
A rede de instalações forma uma estrutura a partir da qual as operações logísticas são
executadas. Assim, a rede incorpora capacidades relacionadas com a informação e o transporte.
Todas as tarefas específicas associadas ao processamento de pedidos de clientes, à manutenção
de estoque e ao manuseio de matérias são executadas dentro da estrutura do projeto do TI. Essa
negligência é Fruto da falta de tecnologia adequada para gerar as informações desejadas. Os
níveis gerenciais também não possuíam uma avaliação completa e uma compreensão
aprofundada da maneira como uma comunicação rápida e precisa pode melhorar o desempenho
logístico.
A importância da modificação constante da tecnologia da informação, visando adaptála às mudanças nas infraestruturas na oferta e demanda, deve ser sempre presente. A variedade
de produtos a demanda dos clientes e as necessidades de fabricação estão em constante
mudança em um ambiente dinâmico e competitivo. Embora a relocalização simultânea de todas
as instalações logísticas seja inconcebível, existe um liberdade de ação considerável na
relocalização ou no reprojeto de instalações existentes. Ao longo do tempo, todas as instalações
devem ser reavaliadas para determinar se suas localizações ainda são a mais adequada. A
seleção de uma melhor rede em termos de localização pode significar o primeiro passo para a
obtenção de vantagem competitiva.
[ 219 ]
A vantagem do fluxo rápido de informação está diretamente relacionada com o
equilíbrio dos procedimentos de trabalho. Faz pouco sentido para uma empresa acumular
pedidos em um armazém, processá-los pelo lote, designar-lhes um armazém de distribuição e,
em seguida despachá-los por via aérea para conseguir uma entrega rápida.
Se há o intercâmbio eletrônico de dados (EDI – Eletctronic Data Interchange). No
entanto, a qualidade da tecnologia utilizada não é acompanhada pela qualidade da informação.
Deficiências na qualidade da informação podem criar inúmeras enquadra-se em duas amplas
categorias.
Em primeiro lugar, as informações recebidas podem incorretas quanto às tendências e
ais acontecimentos. Visto que uma grande parte das atividades futuras, uma projeção ou
avaliação imprecisa pode resultar em falta ou em excesso de estoque. Projeções excessivamente
otimistas podem resultar no posicionamento inadequado de estoque.
Em segundo lugar, foi levantado o que era necessário para atuar
REFERÊNCIAS
ARBACHE, Fernando Sabe et al. Gestão de Logística, distribuição e trade marketing,
Faculdade Joaquim Nabuco, Rio de Janeiro, 2011.
BALLOU, Ronald H.. Ballou Ronald H. LOGÍSTICA EMPRESARIAL. 2011. 265/266 f.
Curso de Logística, Faculdade Joaquim Nabuco, São Paulo, 2013. Cap. 8
BALLOU, Ronald H.. Ballou Ronald H. LOGÍSTICA EMPRESARIAL. 2011. 211f. Curso
de Logística, Faculdade Joaquim Nabuco, São Paulo, 2013. Cap. 8
BALLOU, Ronald H.. Ballou Ronald H. LOGÍSTICA EMPRESARIAL. 2011. 205f. Curso
de Logística, Faculdade Joaquim Nabuco, São Paulo, 2013. Cap. 8
BOWERSOX, Donald J.. Logística Empresarial: O processo de Integração da Cadeia de
Suprimento. 2008. 4062 f., Curso de Logística, Faculdade Joaquim Nabuco, São Paulo, 2013.
CHING, Hong Yuh. Gestão de Estoques na Cadeia de Logística Integrada. 2008, 32 f. Curso
de Logística, Faculdade Joaquim Nabuco, São Paulo, Atlas, 2008
DIAS, Marcos Aurélio P. Administração de Materiais, Princípios, Conceitos e Gestão. 2007
ed. São Paulo, Atlas 2007.
MOURA, Reinaldo Aparecido Moura, Atualidade na Logística. 2011 152 f. Curso de
Logística, Faculdade Joaquim Nabuco, São Paulo, 2011.
MOURA, Reinaldo Aparecido Moura, Atualidade na Logística. 2011 152/ 157 f. Curso de
Logística, Faculdade Joaquim Nabuco, São Paulo, 2011.
[ 220 ]
[ 221 ]
18.
PERDAS E DANOS DE CARGAS NO MODAL RODOVIÁRIO
BRASILEIRO
RESUMO
As estradas e rodovias do Brasil não proporcionam uma estrutura física confiável e satisfatória.
Um país onde as rodovias e estradas são predominantes no processo de distribuição e
escoamentos de cargas deveriam ter melhores condições possíveis. Porém o que se tem é a
insatisfação de quem a utiliza. Estradas esburacadas, engavetamentos, estradas de barro. São
alguns dos problemas que ocorrem. No transporte rodoviário de cargas as perdas e danos são
relativamente visíveis. Contudo o que o estudo vem a mostrar são anomalias que possam vir a
existir e que não só as estradas e rodovias mal estruturadas que fazem parte desses dados.
Entretanto o processo de escolha do modal poderá ser afetado de acordo com as vantagens e
desvantagens, sabendo-se que também levará em conta o que será transportado e como será
transportado para defini-lo.
Palavras-chave: Perdas, Danos, Estradas, Rodovias.
ABSTRACT
The roads and highways of Brazil do not provide a reliable and satisfactory physical structure.
A country where the roads and highways are prevalent in the distribution and disposal of
process loads should have the best possible conditions. But what we have is the dissatisfaction
of those who use it. Bumpy roads, pileups, dirt roads ... Are some of the problems that occur.
In the carriage of cargo loss and damage are relatively visible. However, what the research
has to show are possible anomalies that may exist and that not only the roads and highways
poorly structured that add to this data. Therefore the damages may influence the choice of
modal process, knowing that also take into account what will be transported and how it will be
transported to define it.
Keywords: Loss, damage, Roads, Highways
INTRODUÇÃO
O transporte rodoviário no Brasil é um dos modais mais utilizados para o transporte de
cargas, a sua extensão em quilômetros está entre uma das seis maiores em todo o mundo. O
maior problema em possuir uma vasta quilometragem de estradas e rodovias, é conseguir
mantê-las em perfeitas condições para o transporte de cargas. (Estradas, 2013).
De acordo com Estradas. As rodovias e estradas do Brasil não estão todas em perfeitas
condições para o transporte de cargas, sendo assim um dos motivos responsáveis por grandes
parcelas de perdas e danos a cargas.
[ 222 ]
De acordo com Ronald Ballou (2012). Transportadores variam em sua capacidade em
proteger a carga de perdas ou danos. Por isso, perdas e danos devem ser fatores que influenciam
na seleção de um transportador.
Contudo a responsabilidade de proteger a carga não só se detém as transportadoras, de
fato é de suma responsabilidade, porém as estradas e rodovias fazem parte desses dados que
correspondem aos riscos das perdas e danos de mercadorias.(Ballou, 2012).
Entretanto só as estradas e rodovias precárias que causam perdas e danos a cargas?
Ressaltamos que existem outros fatores que contribuem para as perdas e danos a cargas,
o manuseio de materiais, amarração da carga, embalagem de proteção, roubos e furtos. São
fatores que somam essa parcela.
De acordo com Potenza (2006, p. 31) os índices de roubo de carga seguiram em níveis
baixos durante toda a década de 80, até que no início dos anos 90 sofreram um enorme aumento
e vindo a se estabilizarem a partir de 2002. Porém tal estabilidade se deu apenas no número de
ocorrências, pois os valores envolvidos nos sinistros tornaram-se maiores devido ao aumento
da procura dos bandidos por cargas de maior valor agregado.
Sendo assim os objetivos principais são de Identificar e relatar perdas e danos de cargas
que ocorrem no modal rodoviário brasileiro e os fatores determinantes que compõem os riscos.
Analisando os motivos pelo qual ocorrem as perdas e danos de cargas nas estradas e rodovias
do Brasil.
Com isso os dados analisados servirão nas supostas duvidas referente ao transporte
rodoviário tanto para uso pessoal ou profissional. Esclarecendo todos os riscos que possam vir
a ocorrer na escolha do modal para a realização do transporte de cargas.
Problematização
Após estudo foi descoberto que no modal rodoviário brasileiro ocorrem significativas
perdas e danos a cargas durante o processo de distribuição ou deslocamento. As estradas e
rodovias fazem parte dos fatores que somam nas perdas e danos que acontecem constantemente.
Verifica-se que existem fatores que possam vir a contribuir com esses dados e que sua
vantagem ou desvantagem irá influenciar na escolha do modal.
[ 223 ]
Hipótese
Como descrito na problematização às justificativas que poderão questionar o devido
problema de fatores adversos que possam contribuir com os dados de perdas e danos são:
Manuseio de materiais, amarração de cargas, embalagem de proteção e roubos e furtos.
Assim como as vantagens e desvantagens que iram influenciar na escolha do modal, o
processo de escolha da carga dependerá do que será transportado e de que tipo de veículo será
utilizado no seu transbordo.
Justificativa
Devido aos constantes índices de perdas e danos no transporte rodoviário brasileiro
através desse projeto foi possível analisar os dados que estão relacionados às perdas e danos,
identificando os possíveis riscos e falhas que possam vir a ocorrer.
As informações contidas no projeto referente ao transporte rodoviário de cargas servirão
tanto para uso pessoal ou profissional. Tratando a devida importância da melhor escolha na
hora de optar pelo modal.(ANTT, 2013)
Objetivos
Os objetivos desta pesquisa subdividem-se em geral e específico, a saber:
Geral
Identificar e relatar perdas e danos de mercadorias que ocorrem no modal rodoviário
brasileiro e os fatores determinantes que compõem os riscos.
Específico
Analisar os motivos pelo qual ocorrem as perdas e danos de cargas nas estradas e
rodovias do Brasil descrevendo, como ocorrem, porque ocorrem, aonde ocorrem e com que
frequência que ocorrem.
[ 224 ]
METODOLOGIA
A metodologia a ser utilizada, será a referência teórica, que em acordo com o que se foi
pesquisado esse método somou informações e serviu como base de toda pesquisa por se tratar
de uma fonte segura.
Assim como a pesquisa que realizamos através da internet, proporcionaram dados
específicos e ajudaram a desenvolver o tema relacionado às perdas e danos.
TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS
Segundo BALLOU (2007):
A administração de transportes é o braço operacional da função de movimentação que
é realizada pela atividade logística cujo objetivo é assegurar que o serviço de
transporte seja realizado de modo eficiente e eficaz. Para o autor, o transporte é, sob
qualquer ponto de vista, seja militar, político ou econômico, a atividade mais
importante do mundo.
Contudo KEEDI (2003): Ressalta que os transportes rodoviários não se atem, em hipótese
alguma, a trajetos fixos, tendo a capacidade de transitar por qualquer lugar, apresentando uma
flexibilidade impar, proporcionando assim uma vantagem competitiva perante os outros
modais.
De acordo com SILVA (2004): O transporte rodoviário apresenta como uma de suas
maiores vantagens à flexibilidade, pois é possível ter acesso a diferentes pontos, sem que haja
uma infraestrutura tão complexa como as de outros modais, assim como pode transportar
diferentes tipos de carga.
Assim podemos dizer que o transporte rodoviário de cargas é o meio pelos quais que se
utilizam das estradas e rodovias para a circulação de produtos e mercadorias através de
transportes específicos atendendo o mercado nacional assim como o internacional,
flexibilizando o canal de distribuição.
Especificações Do Modal Rodoviário Brasileiro
Estradas E Rodovias Brasileiras
[ 225 ]
(Martins, apud Campos, 2001), no Brasil, mais da metade do transporte de cargas é feito
pelas rodovias. O transporte rodoviário é o menos produtivo dos modais em termos de carga
por hora de operador e seu custo de mão de obra é elevado.
Responsável por maior parte do canal de distribuição, o modal rodoviário é um dos mais
utilizados no território brasileiro, suas estradas e rodovias correspondem em média mais de um
milhão de quilômetros. Contudo grande parte dessas estradas e rodovias não é bem monitorada
por órgãos competentes, ocasionando em algumas vezes péssimas condições para o transporte
de cargas. (ANTT, 2013)
O ministério dos transportes disponibiliza um mapa da atual situação da malha
rodoviária federal para viagens, transporte de cargas... As informações das estradas e rodovias
são demarcadas no mapa por cores, sendo elas a cor verde (Boa); Amarelo (Atenção); Vermelho
(Cuidado).(ANTT, 2013)
Figura 1: Condições das rodovias, (Antt, 2013).
Os Tipos De Cargas Utilizadas No Modal Rodoviário Brasileiro
Tipos De Veículos
De acordo com Keedi (2003), suas capacidades de transporte dependem de sua força de
tração, tamanho, bem como quantidade de eixos. O peso do veículo em si é denominado de tara
enquanto sua capacidade de carga é a sua lotação, no inglês payload, sendo que somados
representam o peso bruto total do veículo.
[ 226 ]
Caminhão
Transporte de contêineres e cargas de grande volume ou peso unitário
Plataforma
Sua carroceria possui uma estrutura semelhante a dos contêineres, que
Caminhão Baú protegem das intempéries toda a carga transportada.
Caminhão
Transporte de cargas a granel, este veículo descarrega suas mercadorias
Caçamba
por gravidade, pela basculação da caçamba.
Caminhão
Transporte de mercadorias não perecíveis e pequenos volumes. Em caso
Aberto
de chuva são cobertos com lonas encerados.
Transporte de gêneros perecíveis. Semelhante ao caminhão baú possui
Caminhão
mecanismos próprios para a refrigeração e manutenção da temperatura
Refrigerado
no compartimento de carga
Caminhão
Sua carroceria é um reservatório dividido em tanques, destinados ao
tanque
transporte de derivados de petróleo e outros líquidos a granel.
Caminhão
Possui carroceria adequada para transporte de granéis sólidos.
Graneleiro(silo) Descarregam por gravidade, através de portinholas que se abrem.
Tabela 1: Tipos de veículos, (Guia do transportador, 2013).
Os tipos de transporte servirão de acordo com as necessidades de momento, veículos
com grandes extensões só poderão trafegar mediante uma confirmação de liberação do órgão
competente, pois existem especificações e cuidados durante o transporte.
Perdas E Danos
[ 227 ]
De acordo com Ronald Ballou (2012). Transportadores variam em sua capacidade em
proteger a carga de perdas ou danos. Por isso, perdas e danos devem ser fatores que influenciam
na seleção de um transportador.
Contudo a responsabilidade de proteger a carga não só se detém as transportadoras, de
fato é de suma responsabilidade, porém as estradas e rodovias fazem parte desses dados que
correspondem aos riscos das perdas e danos de mercadorias.
Ressaltamos que no Brasil a maioria das perdas e danos do transporte de cargas ocorre
devido às estradas... Contudo, só as estradas e rodovias precárias que causam perdas e danos às
cargas? Cerca de 66%( sessenta e seis) das cargas do Brasil são transportados pelo modal
rodoviário.(ANTT, 2013)
Os descuidos durante o processo de manuseio de materiais durante o carregamento,
amarração da carga, deslizes durante o deslocamento... São fatores que influenciam nas perdas
e danos da carga que irá ser transportado por longas distâncias. Entretanto um dos fatores que
mais são relevantes no processo de transporte são o roubo e furto de cargas.
Fatores Que Influenciam Perdas E Danos
Manuseio De Materiais
De acordo com R. Ballou (2012):
O manuseio ou movimentação interna de produtos e materiais significa transportar
pequenas quantidades de bens por distâncias relativamente pequenas, quando
comparadas com as distâncias na movimentação de longo curso executada pelas
companhias transportadoras. É a atividade executada em depósitos, fábricas e lojas,
assim como no transbordo entre modais de transporte.
Durante o processo de carregamento pode acontecer algum tipo de dano à carga, o mau
uso dos equipamentos utilizados para o manuseio da mercadoria podem vim a danificar o lote
na hora do embarque nas carretas.
Amarração Da Carga
[ 228 ]
A amarração de carga muitas das vezes é um dos fatores que correspondem os
indicadores de influência de perdas e danos. Os itens de segurança que compõem nas
amarrações de cargas são os cintos têxteis, correntes, cordas, cabos de aços, entre outros.
Contudo o mais importante para uma boa amarração da carga é a manutenção dos
equipamentos de seguranças, as inspeções, e os profissionais adequados para realizar a
amarração. (Guia do transportador, 2013)
Embalagem De Proteção
De acordo com R. Ballou (2012) Uma das principais razões para incorrer nas despesas
extras de embalagem é diminuir a ocorrência de danos e perdas devidas a roubo, armazenagem
em locais errados ou deterioração. A principal preocupação da logística é evitar o dano durante
o manuseio do produto.
A proteção é um fator importante para a segurança do produto. É o que compõem a
segurança da mercadoria e acima de tudo do cliente.
Roubos E Furtos
Os roubos e furtos correspondem a uma grande parcela sobre os indicadores de perdas
e danos. De acordo com Potenza (2006, p. 31)
Os índices de roubo de carga seguiram em níveis baixos durante toda a década de 80,
até que no início dos anos 90 sofreram um enorme aumento e vindo a se estabilizarem
a partir de 2002. Porém tal estabilidade se deu apenas no número de ocorrências, pois
os valores envolvidos nos sinistros tornaram-se maiores devido ao aumento da procura
dos bandidos por cargas de maior valor agregado.
Índice De Roubo E Furto De Cargas No Brasil
[ 229 ]
Figura 2: Roubos de cargas no Brasil, (NTC logística, 2013)
Pesquisas afirmam que o Brasil teve um prejuízo de quase R$ 1 bilhão com o roubo de
cargas nas rodovias em 2009. Foram 13.500 ocorrências, segundo dados da Associação
Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC & Logística). A realidade, no entanto, é
ainda pior, de acordo com o próprio presidente da entidade, Flávio Benatti. Segundo ele, é
grande o número de crimes desse tipo que não são comunicados à polícia. Estimativas não
oficiais da Federação Interestadual das Empresas de Transporte de Cargas (Fenatac) indicam
que o roubo de cargas aumenta cerca de 7% a cada ano”. (NTC logística, 2013).
Dados De Perdas E Danos
Acidentes Ocorridos Nas Uf
Através do anuário publicado pelo Ministério dos Transportes podemos identificar
conforme na figura 3 as regiões em que mais ocorrerão acidentes de 2004 até 2008.
[ 230 ]
NORTE
NORDESTE
SUDESTE
SUL
CENTRO-OESTE
Figura 3: Acidentes ocorridos nas UF, (Ministério dos transportes, 2004 até 2008).
Observou-se que as regiões onde ocorreram mais acidentes, estabelecem uma posição
de PIB (Produto Interno Bruto) elevado. Ou seja, quanto mais elevado é a produção, maior são
os riscos devido a grande movimentação e escoamento das cargas. As regiões do Sul e Sudeste
mantiveram um elevado índice de acidentes durante os anos de 2004 à 2008. Proporcionalmente
o PIB da região permaneceu elevado durante esse período.
A região do nordeste apresentou um aumento gradativo durante esse período, o estado
de Pernambuco dentre os demais estados do nordeste gerou um elevado PIB durante o período.
O Porto de SUAPE(Complexo Industrial Portuário Governador Eraldo Gueiros) é um dos
principais geradores de PIB do estado de Pernambuco.
A região Norte tem uma média consideravelmente baixa de acidentes, pois a sua malha
rodoviária não é vasta igual as outras regiões. A região centro-oeste tem a sua malha rodoviária
conservada e sinalizada. É a região com o índice mais baixo de acidentes.(Antt, 2010)
Influência Na Escolha Do Modal Rodoviário Por Conta Das Perdas E Danos
Vantagens
Ele é o mais flexível e o mais ágil no acesso às cargas, permite integrar regiões, mesmo
as mais afastadas, bem como o interior dos países. Nesses casos, principalmente quando não há
outros modais disponíveis. (Samir Keedi,200).
[ 231 ]
A simplicidade do funcionamento do transporte rodoviário é o seu ponto forte, pois não
apresenta qualquer dificuldade e está sempre disponível para atendimentos urgentes.
Este transporte permite às empresas exportadoras e importadoras terem flexibilidade,
podendo oferecer algumas vantagens, dentre as quais:
•
Vendas na condição de entrega porta a porta;
•
Menos manuseio da carga, portanto, mais segurança, já que o caminhão é lacrado no
local de carregamento e aberto no local de entrega;
•
Rapidez na entrega da carga em curta distância;
•
O transporte vai até a carga em vez de obrigar o exportador a levá-la até ele;
•
A carga vai até o importador ao invés de obrigá-lo a ir retirá-la;
•
Possibilidade de utilização de embalagens mais simples e de menor custo.
•
Peça fundamental da multimodalidade e da intermodalidade.
Contudo ela não representa total segurança assim como S. Keedi declara durante o
processo de escoamento a carga poderá ser afetada pelas condições adversas dos riscos. Ex.
acidentes, péssimas condições de rodovias e estradas, amarração da carga, entre outros. (Samir
Keedi, 2003)
Desvantagens
O transporte rodoviário também apresenta algumas desvantagens, dignas de serem
registradas, entre as quais:
•
Riscos mais alto do que alguns outros modais que são ou estão apresentando-se como
seus concorrentes;
•
A menor capacidade de carga entre todos os modais;
•
Custo elevado da sua infraestrutura;
•
Um modal bastante poluidor do meio-ambiente;
•
A quantidade excessiva de veículos ajuda a provocar congestionamentos, trazendo
transtornos ao trânsito bem como a toda população, inclusive aumentando o consumo
de combustíveis, agravando a situação do país que é importador líquido de petróleo;
[ 232 ]
Obriga a construção contínua de estradas, ou a sua manutenção, com recursos do poder
público, ou seja, da população. Isto faz com que, além do frete visível, tenhamos também um
alto frete invisível que recai sobre os contribuintes. (Samir Keedi, 2003)
Fiscalização De Órgãos Competentes
O principal órgão brasileiro que efetua fiscalizações no modal rodoviário é a ANTT
(Agência Nacional de Transportes Terrestres). O exercício da atividade econômica, de natureza
comercial, de transporte rodoviário de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração,
depende de prévia inscrição no RNTRC (Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de
Cargas). O porte do CRNTRC (Certificado de Inscrição no Registro Nacional de
Transportadores Rodoviários de Cargas), emitido pela ANTT, tem caráter obrigatório e será
fiscalizado, pela ANTT e Órgãos conveniados, em todas as vias públicas do território nacional.
(ANTT, 2009).
Na fiscalização do RNTRC, serão exigidos dos transportadores de carga ou do condutor:
•
Contrato ou Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas, que poderá ser
substituído por outro documento fiscal, desde que contenham as informações
necessárias, tratadas nos artigos 23 e 39 da Resolução ANTT nº 3.056/2009.
•
Certificado de Inscrição no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários
de Cargas – CRNTRC, em tamanho natural ou reduzido, desde que legível
admitida à impressão em preto e branco, ou do Certificado de Registro e
Licenciamento de Veículos-CRLV contendo o número do RNTRC.
•
Identificação do número de inscrição no RNTRC nas laterais dos veículos, na
forma prevista na Resolução ANTT nº 3.056/2009. (ANTT, 2009)
Gerenciamento De Risco
De Acordo com Albuquerque (2006, p. 69):
Os processos de identificação dos interessados e de seu posicionamento e o
levantamento dos interesses e das estratégias necessária para cada um deles são
ferramentas importantes para que toda a equipe possa ter uma visão total do projeto e, assim, gerenciar de forma mais planejada possível riscos ou falhas que estão
ocorrendo ou que poderiam ocorrer.
[ 233 ]
Conforme Cruz (2005), a gerência de riscos pode ser definida como a ciência, a arte e a
função que visa à proteção dos recursos humanos, materiais e financeiros de uma empresa, no
que se refere à supressão, redução ou ainda financiamento dos riscos, caso seja economicamente
viável.
Segundo De Cicco e Fantazzini (1994),
A gerência de riscos visa à proteção dos recursos humanos, materiais e financeiros de
uma empresa, quer através da eliminação ou redução de seus riscos, quer através do
financiamento dos riscos remanescentes. Sendo assim, o gerenciamento de riscos
busca a diminuição de erros e falhas e o estabelecimento de planos de ação de
emergência para a mitigação de acidentes, não se restringindo apenas à administração
dos gastos com seguros, como algumas vezes é entendido.
Assim podemos dizer que o gerenciamento de riscos serve para precaver os riscos que
possam está acontecendo ou que possam vim a acontecer no transporte de cargas. Visando a
redução de falhas, perdas e danos, fazendo com que o transporte seja mais eficiente. (De Cicco
e Fantazzini, 1994)
Ferramentas Utilizadas No Processo De Gerenciamento De Risco
Monitoramento/Rastreamento:
Utilizado para mostrar o posicionamento dos veículos de transporte de carga pelo
GPS, informando aos operadores, em intervalos regulares, onde e como o veículo se
encontra. Pode detectar várias situações como abertura de portas, velocidade,
desengate de carretas, quebras propositais de antenas e corte de combustível,
possibilitando a tomada de medidas preventivas ou corretivas a partir da central de
monitoramento. (Guia do transportador, 2013)
Roteirização:
Mapeamento e pesquisando as principais rodovias no território nacional, visando
conhecer as condições das estradas, localização pelo GPS dos postos fiscais, polícia
rodoviária e postos de abastecimentos que possuam uma boa segurança e estrutura
para a parada dos veículos. (Guia do transportador, 2013).
Manutenção Preventiva:
[ 234 ]
Providência tomada pelo transportador visando detectar problemas mecânicos no
veículo transportador, informando quais problemas para que a administração possa resolver
antes da partida do veículo. (Guia do transportador, 2013)
Desconcentração De Riscos:
Devido aos altos índices de roubos de cargas, detectamos quais são as mercadorias
mais visadas pelas quadrilhas. Cientes disso, os transportadores não devem concentrar
mercadorias visadas ou de alto valor num mesmo veículo, bem como evitar o
transporte de mercadorias em comboios (dois ou mais veículos transportadores).
Podendo também ser aplicado na armazenagem de produtos em depósitos
intermediários utilizados pelos transportadores. (Guia do transportador, 2013)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
De acordo com o estudo observa-se que o transporte rodoviário do Brasil é um dos
modais mais utilizados para o transporte de cargas. A sua flexibilidade e agilidade ao acesso as
cargas o torna o modal mais procurado no processo de distribuição. Porém por outro lado as
suas desvantagens são perceptíveis como exemplo o custo elevado da sua infraestrutura, e a
menor capacidade de carga entre todos os modais.
Contudo as péssimas condições e a falta de manutenção das estradas e rodovias eleva o
aumento de perdas e danos a cargas e geram dúvidas com as vantagens e desvantagens no
processo de escolha do modal.
Entende-se que existem outros fatores tais como: manuseio de materiais, amarração de
cargas, embalagem de proteção e roubos e furtos que também proporcionam parte das perdas e
danos.
O gerenciamento de riscos por outro lado avaliam as anomalias que poderão acontecer no
processo de escoamento da carga. O processo de monitoramento e rastreamento, roteirização,
manutenção preventiva e desconcentração de riscos evita os danos ou perdas que possam vim
a acontecer.
REFERÊNCIAS
ANTT, Agencia Nacional de Transportes Terrestres, Disponível em: www.an tt.go v.br/ inde
x.ph p/ content/view/4935/Fiscalizacao, Acesso em: 20/10/2013
[ 235 ]
BALLOU, Ronald H. et al. Logística Empresarial. São Paulo: Atlas, 2012.
BIT. Banco de Informações e Mapas de Transportes. Disponível em: <http:// www.
Transpo rtes.gov.br/bit/02-rodo/4-cond-rodo/pe.pdf>. Acesso em: 18 out. 2013.
ESTRADAS, Transporte rodoviário no Brasil. Disponível em: < http://estradas.com.br/>,
Acesso em: 20 out. 2013.
GUIA DO TRANSPORTADOR, Disponível em: http://www.guiadotrc.com.br/, Acesso em:
17/11/2013.
KEEDY, Samir; MENDONÇA, Paulo C. C. de. Transportes e Seguros no comércio
Exterior. São Paulo: Aduaneira, 2000.
KEEDY, Samir. Transportes, inutilização e seguros internacionais. 2. ed. São Paulo:
Aduaneira, 2003.
MARTINS, P. C; CAMPOS, P. R. Administração de materiais e recursos
patrimoniais. São Paulo: Saraiva, 2001.
MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES, Disponível
em:<www.transportes.gov.br/conteudo/53887>, Acesso em: 20 out. 2013.
NTC LOGÍSTICA, valores estimados referente as rodovias e áreas urbanas. Disponível
em: http: //www.p ortalntc.org .br/index.php ?option=com_fli pping book
&view=category&id=1%3Aanuarios-ntcalogistica&Itemid=93, Acesso em: 19 out. 2013.
POTENZA, G.. Segurança: Na escalada da Violência. Revista Caminhoneiro, São Paulo, n.
225, p.30-37, jun. 2006.
SILVA, Luiz Augusto. Logísitca no comércio exterior. São Paulo: Aduaneira, 2004.
[ 236 ]
19.
INFORMATIZAÇÃO: FATOR ESSENCIAL
RESUMO
Logística pode ser considerada uma área da organização indispensável nos processos
empresariais tendo como aliado à tecnologia. A não informatização da empresa estudada foi
essencial para seguimos uma linha de pesquisa. A Tecnologia usada com precisão fundamental
para resultados esperados, em todo o processo e bons conhecimentos organizacionais, esse
projeto tem como objetivo mostra a importância da tecnologia da informação e comunicação,
analisar a implantação do sistema APS- Advanced plannig and Scheduling Syafim, a fim de
melhorar o setor de logística da empresa, para obtermos um maior desempenho operacional,
redução de perdas e maiores ganhos, auxiliando o gestor logístico na tomada de decisão.
Palavras-chaves: Tecnologia, Informatização.
ABSTRACT
Logistics can be considered an indispensable organization in the area of business processes
with technology as an ally. The non-computerization of the studied company was essential to
follow a line of research. The technology used accurately and fundamental to expected results
throughout the process and good organizational skills, this project aims to show the importance
of information and communication technology, to analyze the implementation of the system
APS-Advanced Scheduling and plannig Syafim in order improvement of the logistics industry
of the company, to give greater operational performance, reduce losses and larger gains, and
assisting the logistics manager in decision making.
Keywords: Technology, Information Technology
INTRODUÇÃO
A Empresa X localizada em Recife, uma micro empresa com 35 colaboradores atua no
ramo de produtos Musicais, o setor logístico funcionava de forma arcaica com uso de planilhas
de papel para controle de entrada e saída das matérias, pedidos manualmente atrasando o
processo, erros operacionais por conta da falta de inventários atualizados constantemente,
consumo de tempo excessivo entre os processos. Sendo necessário para acompanhar a demanda
do mercado, ser implantado um sistema que atenda com rapidez todo seu processo, reduzindo
custos operacionais, velocidade operacional, informações em tempo real, áreas de estocagem.
O conceito de logística segundo o councif of Management (1996) apud Bezerra (2013)
pode ser definido como sendo: Processo de planejar, programar e controlar a eficiência, o fluxo
e armazenagem de mercadoria, serviços e informações correlatas do ponto de origem ao ponto
[ 237 ]
de consumo, com o objetivo de atender ás exigências dos clientes. (COUNCIF OF
MANAGEMENT 1996) apud (BEZERRA 2013)
A Logística é vista hoje de outra forma, tendo como aliado à estratégia e a gestão
operacional, a informação e essencial para dar agilidade aos processos logísticos.
A Logística vem apresentando uma evolução crescente e hoje é um elemento-chave na
estratégia competitiva das empresas. Ate pouco tempo à logística era compreendida somente
como transporte e armazenagem. Atualmente as empresas já compreendem na Logística uma
potente ferramenta para garantia de sucesso de seus processos e bons resultados operacionais e
financeiros. (CHOPRA, MEINDL E NOGUEIRA 2013)
Problematização
A situação mostra uma empresa nova no mercado com um pouco mais de 10 anos, com
um grande gargalo em seu setor logístico.
Como atender a demanda do na área de logística com todas as exigências que setor pede?
Que é o produto certo na hora e local certo ao menor custo?
Com todas essas exigências a empresa precisou se atualizar ela avaliou que precisa da
mais qualidade aos seus processos e garantir agilidade para melhor atender seus clientes, esse
processo só seria possível com informatização para melhora seu nível de serviço, e seu fluxo
de pedidos ganharem mais agilidade, como mostra na figura 1, a empresa não tinha um sistema
completo, prático e seguro sendo assim não dava confiança suficiente para o trabalho ser
executado.
Figura 1- Fluxo de matérias Meda (2013)
[ 238 ]
Hipótese
A utilização de informatização na empresa dá a possibilidade aos Gestores e
funcionários de trabalharem com a tecnologia e a partir daí rever seus níveis de conhecimentos
utilizando no dia-a-dia uma forma mais rápida de trabalharem.
Objetivos
Objetivos Gerais
Analisar a implementação de um sistema de tecnologia APS- Advanced plannig and
Scheduling Syafim, a fim de melhora o setor de logística da empresa.
Objetivos Específicos
•
Melhorar o atendimento com clientes e fornecedores
•
Reduzir os imprevistos
•
Melhorar o atendimento de pedidos
•
Melhorar o gerenciamento de compras de matérias e serviços
•
Melhorar visualização de estoque
METODOLOGIA
Tipo de estudo
A pesquisa é do tipo Qualitativo-Exploratória / Entrevista.
Local
O estudo foi realizado na Empresa x, localizada na rua da concórdia situada na cidade
do Recife/PE.
Participante
[ 239 ]
Foi realizada a avaliação com dois gestores de setores diferentes da empresa, um é o
gestor financeiro e o outro é o gestor geral.
Critério de Exclusão
Para esta investigação, foram determinados os seguintes critérios de exclusão: Todos os
indivíduos que não se enquadram nos critérios de inclusão.
Coleta dos dados
A Pesquisa teve como início a abordagem de dois gestores que estavam presentes desde
a implantação do sistema. Após a abordagem os gestores foram submetidos a uma entrevista
para preenchimento de dados sobre a empresa.
Justificativa
Na maioria dos casos, um sistema é aplicado ou construído com intuito de automatizar
tarefas que antes eram realizadas de forma manual e lenta, o sistema aplicado tende a simplificar
e dar segurança, organizar informações trazendo benefícios como, mais aceleração e
credibilidade aos processos evitando erros humanos. Com isso fornece aos seus gestores
elementos para tomadas de decisões, além de a empresa garantir um grande diferencial aos
concorrentes e também transmitir segurança, clareza e facilidade aos seus clientes. No momento
a empresa está tendo que se adaptar a constante mudança para se manter competitiva, a TI está
sendo peça fundamental a todos os ramos de negócios fazendo um grande diferencia,
observando e avaliando um critério de crescimento, custo x benefício, com isso sendo mais
eficiente em todo seu processo tendo um melhor nível de serviço e qualidade.
INFORMATIZAÇÃO
O processo informatização se faz imprescindível melhorando todo o desenvolvimento a
empresa, tanto facilitando os processos quanto em relação a custos. Os Executivos de logística
vêem a tecnologia de informação como uma fonte importante de melhoria de produtividade e
[ 240 ]
competitividade. Ao contrário da maioria dos outros recursos, a capacidade da tecnologia de
informação estão aumentando e seu custo diminuindo. (BOWERSOX 2010)
Sistemas de Informação Logísticos
Sistema de informação logística é uma ferramenta que e conectado as atividades
logísticas, integrado a aplicação da cadeia de suprimentos, este processo se integra aos demais
setores da empresa, pelo meio de sistemas de tecnologia da informação e comunicação.
O conceito tecnológico de informação junta às diversas tecnologias que colhem
armazém processa, e transmitem informações.
Assim envolve além de computadores, equipamentos e reconhecimentos de dados,
tecnologia de comunicação, automação de fabricas e outras modalidade de hardware e de
serviços (PORTER E NOGUEIRA 2013)
A TI trata-se de banco de dados, hardware entre outros que formam o sistema de
informação, ajudando assim todo o processo de uma empresa, segue exemplo na figura 2.
Figura 2- Eficiência e Eficácia de um Sistema de informação Maggiolini e Laurindo (2013)
Em seguida visualizara alguns ferramentas integradas a e aplicadas à cadeia de
suprimento.
WMS- Sistema de gerenciamento de armazém
[ 241 ]
E uma tecnologia usada para integra dados de um armazém, trabalha todo controle de estoque,
capacidade de produção de mão de obra, visualiza o status do uso de prateira agilidade em
separação de pedidos, diminuição dos erros nos processos, entre outras funções e um sistema
operacional onde aperfeiçoa conhecimento de pessoas, e relacionado aos processos logísticos,
com todos esses dados a empresa aperfeiçoa o tempo e passar a ter lucros na produção nas
operações cotidianas. Vários sistemas WMS têm interconexão com sistemas do tipo Enterprise
Resource Planning (ERP), (MRP) ou com outros tipos de softwares de gestão. Isto aceita uma
forma de se receber automaticamente o inventário, processar pedidos e lidar com devoluções.
Na implementação de um WMS devem ser considerados todos os custos, para além dos custos
do equipamento e programas informáticos. (GUARNIERI, 2006)
Códigos de Barras
O Código de barras e de uma grande utilidade para a velocidade de um processo
informatizado para gerenciamentos da cadeia de fornecimento.
Segundo Bowersox o código de barras é a tecnologia de colocação legível por
computador em itens, caixas e contêineres, e até vagões ferroviários. (BOWERSOX 2010)
A finalidade do código de identifica os produtos informações como data de validade,
origem do produto, e todas as descrições relativas ao mesmo, o código de barras e feito a leitura
através de leitor laser (scanner). A utilização dessa tecnologia para empresa e a otimização de
tempo e agilidade na mão de obras assim aumentado mais seus ganhos. (BOWERSOX, 2010)
As Vantagens da implementação de tecnologia de código de barra são bem
consideráveis veja alguns delas:
•
Aumento de exatidão das informações
•
Diminuição das perdas com matérias
•
Fácil Manuseio
•
Alta velocidade na captura dos dados do produto
•
Uso de Aparelhamentos compactos
•
Redução nos ciclos de processamento
[ 242 ]
A coleta e a troca de informações criticam para o gerenciamento e o controle de informações
logísticas. O desenvolvimento de código de barras está avançando rapidamente em várias
direções como ilustra a figura 3 (BOWERSOX 2010)
Figura 3- Evolução dos códigos de barras Bowersox (2010)
Rastreamentos GPS - Global Positionig System
Rastreamento e a tecnologia de monitoramento de um objeto em quanto ele se
movimenta, e possível com o procedimento em alta monitora qualquer objeto utilizando de
equipamento de GPS em ligação aos links de comunicação.
O GPS e um sistema de localização mundial composto por uma constelação de 24
satélites que mostram a localização de qualquer corpo sobre a superfície terrestre.
A tecnologia e usado com mais um meio de segurança para cargas, veículos, pessoas
para o exemplo de rastreamento de cargas.
Através de canais de comunicação veículo com central de monitoramento, verificando
desvio de rota, parada fora do programado e toda irregularidade em seu trajeto, muito usado
pelas empresas com baixo investimento em relação ao grau de informações, e o acesso rápido
dessas informações pelo link na web.
[ 243 ]
O Rastreamento é um procedimento para localização cargas perdidas ou atrasadas, o
rastreamento e muito facilitado pelo uso de tecnologia. (BOWERSOX 2010)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
De acordo com dados coletados como melhoria no desempenho da empresa, satisfação
dos clientes e maior controle de entrada e saída dos produtos, o sistema APS- Advanced plannig
and Scheduling Syafim teve um desempenho satisfatório pelo Presidente e funcionários da
empresa. O sistema está trabalhando de forma simples e completa otimizando custo e trazendo
agilidade em todos os processos, de acordo com a necessidade, a melhoria foi significativa, os
rendimentos da empresa está em constante melhora, tendo nos processos a melhor integração
com todos os setores da empresa.
A tecnologia foi à parte que mais dificultou na implantação, a questão de servidores,
melhores computadores com capacidade compatível com sistema para rodar todos os dados sem
travamento.
Retornando o conceito desse projeto que informatização fator essencial surgimos com
resultados positivo, trazendo mais qualidade em serviços e satisfação do cliente, o software
agrega mais qualidade a todos os processos logísticos desejado.
REFERÊNCIAS
BALLOU, Ronald. LOGÍSTICA EMPRESARIAL. 9. Ed. São Paulo: Atlas, 2011. 392 p
BOWERSOX. LOGÍSTICA EMPRESARIAL. São Paulo: Atlas, 2010. 600 p.
CHOPRA; MEINDL; NOGUEIRA, Amarido. A Importância da TI nos Processos
Logísticos. Disponível em:
<http://ogerente.com.br/novo/colunas_ler.php?Canal=11&canallocal=41&canalsub2=132&id
=2398>. Acesso em: 13 nov. 2013.
GUARNIERI, Patrícia. WMS – Warehouse Management System: adaptação proposta
para o gerenciamento da logística reversa. 2006. 14 f. Tese (Doutorado) - Curso de Gestão
Empresarial, Cefet, Paraná, 2006. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/prod/v16n1/a11v16n1.pdf>. Acesso em: 15 nov. 2013.
MAGGIOLINI; LAURINDO, Fernando José Barbin. O PAPEL DA TECNOLOGIA DA
INFORMAÇÃO (TI) NA ESTRATÉGIA DAS ORGANIZAÇÕES. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/gp/v8n2/v8n2a04>. Acesso em: 26 nov. 2013.
MANAGEMENT, Councif Of; BEZERR, André Luiz Batista. Vantagem Competitiva em
Logística Empresarial Baseada em Tecnologia de Informação. Disponível em:
[ 244 ]
<http://www.uva.br/sites/all/themes/uva/files/pdf/artigo-vantagem-competitiva.pdf>. Acesso
em: 14 nov. 2013.
MEDA, Marco. O fluxo de materiais e o fluxo de informações na Logística. Disponível
em: <http://marcomeda.wordpress.com/category/logistica/page/3/>. Acesso em: 03 dez. 2013.
PORTER; NOGUEIRA, Amarido. A Importância da TI nos Processos
Logísticos. Disponível em: <http://ogerente.com.br/novo/colunas_ler.
php?Canal=11&canallocal=41&canalsub2=132&id=2398>. Acesso em: 16 nov. 2013.
[ 245 ]
20.
ANÁLISE DOS PROFISSIONAIS DA ÁREA DE LOGÍSTICA E A
SATISFAÇÃO NO DESEMPENHO DE SUAS ATIVIDADES.
RESUMO
Este trabalho aborda uma análise dos profissionais atuantes na área da logística em
Pernambuco, o intuito principal foi mostrar dificuldades, problemas vividos pelos profissionais
e sobretudo, saber mesmo com todas as dificuldades e mudanças constantes que envolvem a
logística, como estava a motivação desses profissionais. O que as organizações têm
proporcionado para o seu principal bem, o capital humano. Mediante a aplicação de um
questionário na Faculdade Joaquim Nabuco / Paulista, nos alunos do curso de gestão em
logística e nos profissionais atuantes em diversas empresas da área de logística. Tanto o
questionário quanto o conteúdo do artigo foi montado baseando-se principalmente em três
autores que se dedicaram aos estudos de motivação e qualidade de vida no trabalho, pessoas
que sempre estiveram à frente do seu tempo, Chiavenato, Maslow e Aldefer. Onde foi
verificado que os profissionais na área da logística estão satisfeitos no desempenho de suas
atividades, com seus salários, cerca de 73% das empresas atuam de alguma maneira na logística
reversa, haja visto que nos últimos anos é crescente tanto na pessoas quanto nas organizações
a preocupação com a sustentabilidade. A avaliação do relacionamento interpessoal –
profissional e empresa também foram avaliadas e identificadas; O grau de satisfação do
profissional junto à empresa; Cultura organizacional – missão, visão, valor, e os objetivos
organizacionais estão causando impacto na vida do profissional em relação a sua vida pessoal.
O resultado final da pesquisa de uma maneira geral - foi recebido com grata surpresa, com os
pontos positivos superando as expectativas e pontos negativos ficando abaixo do esperado.
Palavra-chave: Satisfação; Logística; Relação interpessoal; profissional; motivação
ABSTRACT
This paper deals with an analysis of the professionals working in logistics in Pernambuco , the
main purpose was to show difficulties , problems experienced by professional and above all, to
know even with all constants difficulties and changes involving logistics , as was the motivation
of these professionals . The organizations that have provided for its main asset, the human
capital. By a questionnaire at the College Nabuco / Paulista , students in the course in Logistics
Management and professionals working in various companies in the logistics area . Both the
questionnaire and the content of the article was assembled based primarily on three authors
who have devoted themselves to the study of motivation and quality of work life , people have
always been ahead of his time , Chiavenato , Maslow and Aldefer . Which found that
professionals in logistics are satisfied in the performance of their activities, with their salaries,
about 73 % of the companies act in some way in reverse logistics, given the fact that in recent
years is growing both in people and in organizations concern with sustainability . The
assessment of interpersonal relationships - professional and company were also evaluated and
identified: The degree of satisfaction with the professional company , organizational culture –
mission, vision, value and organizational objectives are making an impact in the life of a
professional regarding your personal life . The end result of the research in general - was met
with surprise, with strengths exceeding expectations and negatives being lower than expected.
[ 246 ]
Keyword: Satisfaction; Logistics; Interpersonal Relationship; professional; motivation
INTRODUÇÃO
Quando o ser humano atinge uma certa idade, ele acaba entrando em uma sociedade
que necessita de consumo para satisfazer algumas questões básicas para sua sobrevivência. O
ser humano necessita suprir algumas necessidades cotidianas como: alimentação, vestuário,
educação e dentre outras que estabelecem ao longo da sua existência contribuindo assim para
alcançar uma qualidade de vida satisfatória. O homem depara-se com o paradigma de realizarse: financeiramente, pessoalmente e profissionalmente, tendo em vista que o somatório desses
três fatores influencia na realização do ser humano.
A partir disso, para conseguir satisfazer todas as suas necessidades, as pessoas buscam
uma inserção nas organizações, justamente para conseguir obter o seu objetivo através de uma
carreira profissional; escolhendo muitas vezes profissões que não se encaixam com o seu perfil
profissional, apenas para ter as suas necessidades básicas supridas, ou seja, buscam realização
apenas do lado financeiro. Outros buscam de alguma outra forma, chegar a realização
profissional combinando com o seu perfil, não deixando o lado financeiro influenciar na sua
decisão.
A cultura organizacional influência no comportamento das pessoas entre si, focalizando
e executando o seu modo de agir e de atuar, pois cada empresa possui os seus valores, suas
visões e os seus objetivos a serem alcançados, onde o foco das organizações é fazer com que
os seus colaboradores assimilem, adaptem-se e ponham em prática a sua cultura e valores.
Fazendo isso, a empresa tem grande chance de obter sucesso no mercado. De acordo com
Chiavenato, (2002, p.391): “A qualidade de vida tem um objetivo de assimilar duas posições
antagônicas: de um lado a reivindicação dos empregados quanto ao bem estar e satisfação no
trabalho, do outro, o interesse das organizações quanto a seus efeitos sobre a produção e a
produtividade.” Por isso, foi verificado que a importância de ter qualidade de vida não está
somente ligada as necessidades: fisiológicas, de segurança, sociais, auto-estima e autorealização de acordo com Maslow e Aldefer e sim uma relação sistêmica entre organização x
indivíduo.
[ 247 ]
Problematização
Devido à falta de investimento nas empresas do setor logístico em relação ao bem estar
do profissional, visando sempre em primeiro lugar os lucros operacionais e a satisfação dos
seus clientes externos e os seus objetivos corporativos influenciando no desempenho dos seus
colaboradores no exercício da sua função. Foram verificados alguns fatores que interferem no
desempenho do profissional da área da logística, como:
•
Distinção de sexo – em relação a nível hierárquico
•
Segurança no trabalho – estabilidade, planos de cargos e carreira e salários
•
Motivação do profissional – desempenho da atividade
Hipótese
Constantes insatisfações por parte dos profissionais de logística, acreditamos encontrar
um cenário desfavorável entre empresa x profissional, cenário esse de desmotivação pela
função exercida, falta de reconhecimento por parte da empresa, de remuneração, da cultura
organizacional voltada para o colaborador, de logística reversa, de segurança no trabalho
(planos de cargos e carreiras).
Objetivos
Objetivo Geral:
Analisar o comportamento do profissional na área da logística, sua qualidade de vida e
a motivação no desempenho das suas atividades.
Objetivos Específicos:
•
Realizar uma análise comportamental do profissional da área da logística;
•
Verificar o seu relacionamento interpessoal;
•
Descrever o perfil do profissional da área da logística;
•
Explorar os fatores que influenciam no desempenho de suas atividades, bem como sua
qualidade de vida e motivação.
[ 248 ]
METODOLOGIA
Este trabalho foi realizado mediante pesquisa exploratória através de um levantamento
de aplicação de questionários e coleta de dados aos mais diversos profissionais da área da
logística na Faculdade Joaquim Nabuco / Paulista durante o período de 23 de Setembro a 25 de
Outubro de 2013, nos cursos de Gestão em Logística (2º ao 4º Período) e em empresas de
logística. A pesquisa foi quantitativa, mediante a aplicação de questionários de forma
presencial.
CONCEITO DA LOGÍSTICA
Na sua origem, o conceito de logística estava essencialmente ligado às operações
militares. Ao decidir avançar, suas tropas seguindo uma determinada estratégia militar, os
generais precisavam ter, sob suas ordens, uma equipe que providenciasse o deslocamento, na
hora certa, de munição, viveres, equipamentos e socorro médico para o campo de batalha. Por
se tratar de um serviço de apoio, sem o glamour da estratégia e sem o prestígio das batalhas
ganhas, os grupos logísticos militares trabalhavam em silêncio, na retaguarda. Nos dias de hoje,
podemos adotar alguns conceitos e definições do que é logística, de acordo com o CSCMP
(Cuncil of Supply Chain Management Professionals):
Logística é o processo de planejar, implementar e controlar de maneira eficiente o fluxo
e a armazenagem de produtos, bem como os serviços e informações associados, cobrindo desde
o ponto de origem até o ponto de consumo, com o objetivo de atender aos requisitos do
consumidor.
De acordo com Danilo Campos: a logística depende de várias análises e uso de técnicas
de otimização que consigam contemplar todos os aspectos necessários de modo simultâneo.
Logística é o processo de gerenciar estrategicamente a aquisição, movimentação e
armazenagem de materiais, peças e produtos acabados (e de informações correlatas) através da
organização de seus canais de marketing, de modo a poder maximizar as lucratividades
presentes e futuras através do atendimento dos pedidos a baixo custo. (CHRISTOPHER, 1997).
[ 249 ]
Missão da Logística
Colocar as mercadorias ou serviços no lugar certo, na hora certa, nas condições
acertadas ao menor custo possível, além de prover ao cliente com os níveis de serviços
desejados. Para Ballou (2011) a meta de nível de serviço logístico é providenciar bens ou
serviços corretos ao lugar certo, ao tempo exato e na condição desejada ao menor custo possível.
Isto é conseguido através da administração adequada das atividades – chave da logística,
transportes, manutenção de estoques, processamento do pedido e de várias atividades de apoio
adicionais (armazenagem, manuseio de materiais, embalagem de proteção, obtenção,
programação do produto, manutenção de informação).
Pernambuco no cenário logístico
Pernambuco se consolida como centro logístico do Nordeste devido à posição
estratégica que ocupa. Conforme a figura 1, em um raio de 800 quilômetros, está no centro de
distribuição para sete capitais que somam oito portos internacionais, um porto fluvial e 34
milhões de pessoas que representam 90% do PIB do Nordeste (Imprensa, 2013). A situação
geográfica foi e continua sendo uma das principais vantagens competitivas. Num raio de 300
quilômetros do Recife, estão quatro capitais, dois aeroportos internacionais, três aeroportos
regionais, quatro portos internacionais e 12 milhões de pessoas que representam 35% do PIB
do Nordeste. (Kowalskibv, 2013).
[ 250 ]
Figura 1 - Fonte: Secretária de Desenvolvimento Econômico em:
http://200.238.107.64/c/portal/layout?p_l_id=PUB.1520.56
Localizado no centro da Região Nordeste, Pernambuco se destaca no cenário nacional
e internacional.
A cultura organizacional
Cultura organizacional de acordo com Marras “é o modelo de pressupostos básicos que
um grupo assimilou na medida em que resolveu os seus problemas de adaptação externa e
integração interna e que, por ter sido suficientemente eficaz, foi considerado válido e repassado
(ensinado) aos demais (novos) membros como a maneira correta de perceber, pensar e sentir
em relação aqueles problemas.” (Marras, 2011)
Componentes da cultura organizacional
São Valores, ritos, mitos e tabus – conceitos que moldam o contorno cultural de um
grupo, estabelecendo padrões de comportamento de avaliação de imagem. Alguns exemplos de
valores adotados pelas organizações – são eles: busca pelas inovações tecnológicas;
lucratividade; assistência e desenvolvimento das pessoas; seriedade e honestidade; cliente;
qualidade; segurança; imagem da empresa; relação interpessoal; planejamento a curto prazo.
Por causa do capitalismo as empresas focam em lucratividade, esquecendo muitas vezes do
capital mais precioso dentro de toda e qualquer organização que é o capital humano. “Não
podemos esquecer que a maior parte da vida significativa das pessoas é dedicada ao trabalho e
que para muitas o trabalho constitui a maior fonte de identificação pessoal.” (Gil,2008). “A
conscientização do desejo de viver qualitativamente melhor é algo patente e palpável para a
grande massa dos trabalhadores.” (Marras,2011). A cultura organizacional influencia no
comportamento das pessoas entre si, focalizando e executando o seu modo de agir e de atuar,
pois cada empresa possui seus valores, suas visões e seus objetivos a serem alcançados, onde o
grande objetivo das organizações é fazer com que seus colaboradores assimilem, adaptem-se e
ponha em prática a sua cultura e valores. Fazendo isso a empresa tem grande chance de obter
sucesso no mercado.
[ 251 ]
Qualidade de vida
De acordo com Chiavenato, (2002, p. 391), “a qualidade de vida tem o objetivo de
assimilar duas posições antagônicas: de um lado, a reivindicação dos empregados quanto ao
bem-estar e satisfação no trabalho, do outro, o interesse das organizações quanto a seus efeitos
sobre a produção e a produtividade”. Por isso foi verificado que a importância de se ter uma
qualidade de vida não está somente ligada às necessidades fisiológicas de acordo com Maslow
e sim, uma relação sistêmica entre organização x indivíduo. A importância das necessidades
humanas varia conforme a cultura de cada pessoa e cada organização. Portanto, a qualidade de
vida no trabalho não é determinada apenas pelas características individuais (necessidades,
valores, expectativas) ou situacionais (estrutura organizacional, tecnologia, sistemas de
recompensas, políticas internas), mas, sobretudo, pela atuação sistêmica dessas características
individuais e organizacionais.
Qualidade de Vida no Trabalho
Alcançar a qualidade de vida é o grande anseio do ser humano, que busca tudo que possa
proporcionar maior bem estar e o equilíbrio físico, psíquico e social, uma regra para se obter
uma vida mais satisfatória. Profissionais de diversos segmentos dedicam-se a arte de descobrir
novas formas e maneiras de obter esses anseios. Inevitável e naturalmente, a qualidade de vida
está sendo inserida no meio organizacional das empresas, local onde grande parcela do tempo
das pessoas é dedicada. O mercado cada vez mais competitivo e exigente, movido pela
velocidade das informações geradas por um mundo globalizado e pelos avanços tecnológicos,
define o profissional como sendo a verdadeira potência. A motivação e o comprometimento são
os combustíveis dessa potência. Portanto a geração de qualidade de vida nas empresas é
essencial para obter-se a motivação e o comprometimento; e esse conceito está tomando forma
no Brasil.
Benefícios para o funcionário em relação a sua qualidade de vida (OLIVEIRA,2013 e
QUIRINO,2013)
• Redução da incidência de doenças ocupacionais;
• Redução do estresse emocional e do sedentarismo;
[ 252 ]
• Redução do gasto energético na execução das tarefas;
• Aumento da eficiência no trabalho;
• Aumento na motivação;
• Aumento da qualidade de vida;
• Melhoria do relacionamento entre os funcionários.
Benefícios para a empresa (OLIVEIRA,2013 e QUIRINO,2013)
• Aumento da produtividade;
• Melhoria no ambiente de trabalho;
• Melhoria da imagem da empresa junto ao quadro de funcionários e do mercado de trabalho;
• Redução do número de acidentes;
• Redução de gastos com assistência médica;
• Redução do número de faltas;
• Maior proteção legal à empresa contra possíveis processos.
De acordo com Nadler e Lawler (Chiavenato,2010) a qualidade de vida está
fundamentada em quatro aspectos:
•
Participação dos colaboradores nas decisões.
•
Reestruturação do trabalho através do enriquecimento de tarefas e de grupos autônomos
de trabalho.
•
Inovação no sistema de recompensas para influenciar o clima organizacional.
•
Melhoria no ambiente de trabalho quanto a condições físicas e psicológicas, horário de
trabalho e etc.
Pesquisa e procedimento do método
A busca por este tipo específico de pesquisa foi no intuito de medir os benefícios
oferecidos pelas empresas e o recebimento dos colaboradores dessas mesmas e como esses
benefícios contribuem para um melhor desempenho do profissional em relação as suas
atividades (funções). Haja visto que esta medição está diretamente voltada para a nossa futura
[ 253 ]
área (pois muitos ainda não encontram-se inseridos na área de logística), uma vez que formados
teremos melhores chances e oportunidades em relação aos que não possuem qualificação;
A dificuldade enfrentada foi em montar um questionário coeso e simples, (conforme
anexo 1), que nos proporcionasse medir diversas questões como: salários, bonificação, cultura
organizacional (conhecimento do funcionário em relação a empresa), logística reversa, e
reconhecimento pessoal e profissional dentro da organização; de maneira singela e imparcial
sem causar constrangimentos aos pesquisados. As aplicações dos questionários ocorreram
dentre os dias 23 de setembro a 25 de outubro de 2013 na Faculdade Joaquim Nabuco / Paulista
(nos alunos do 2º ao 4º período do curso de Logística) e também em algumas empresas atuantes
no setor logístico (na região de Paulista / Abreu e Lima).
Dados questionários aplicados
Total
Questionários Validos
Perdas
108
85
23
Tabela 1 – questionários aplicados
Questionarios aplicados
21%
questionarios validos
perdas de questionarios
79%
Gráfico 1 – questionários aplicados
De acordo com a tabela 1 e o gráfico 1, o grande motivo para as perdas foram os dos
profissionais que trabalham em empresas de logísticas, mas desempenham funções que não são
[ 254 ]
da área da logística como: Auxiliar de Serviços Gerais (ASG); Motoboy; Office boy
(mensageiro), recepcionistas, porteiros, vendedores.
Questionários validos – profissionais da área de Logística
Homem
Mulher
68
17
Tabela 2 – profissionais de logística (sexo)
Questionários válidos da área
da logística
20%
sexo masculino
80%
sexo femenino
Gráfico 2 – profissionais de logística (sexo)
De acordo com a tabela 2 e o gráfico 2, a quantidade do sexo masculino ocupa 80% das
ocupações em relação ao feminino que é de 20% no total dos questionários válidos.
Idade
HOMEM
MULHER
16 – 25 anos = 23
16 – 25 anos = 9
26 – 35 anos = 32
26 – 35 anos = 6
36 – 45 anos = 12
36 – 45 anos = 2
Acima de 45anos = 1
Acima de 45 anos = 0
Tabela 3 – faixa etária
[ 255 ]
Dados dos questionários aplicados por idade (homens)
2%
19%
33%
16 até 25
26 até 35
46%
36 até 45
acima de 45
Gráfico 3 - faixa etária (homem)
Dados dos questionários
aplicados por
idade(mulheres)
12%
53%
35%
16 até 25
0%
26 até 35
36 até 45
acima de 45
Gráfico 4 - faixa etária (mulher)
Verificamos que na área da logística, a presença feminina está muito abaixo de outras
áreas, devido por ser uma área dominada ainda masculina, refletindo ainda as suas origens, haja
visto, que a logística surgiu através das operações militares, área até os dias atuais ocupadas
predominantemente por homens, de acordo com as tabelas 2 e o gráfico 2; pois em grande parte
dos cargos ocupados pelos pesquisados, exigem da força física. As faixas etárias destes
profissionais estão dentre 16 até acima dos 45 anos, de acordo com a tabela 3 e os gráficos 3 e
4.
Cargos Ocupados
HOMEM
MULHER
Operacional= 54
Operacional = 15
Tático= 13
Tático = 2
Estratégico= 1
Estratégico = 0
Tabela 4 – cargos ocupados
[ 256 ]
De acordo com Teixeira (2013), Toda empresa ou organização conta com três níveis de
decisão e operação. Que são: Estratégico, tático e operacional.
Nível estratégico – É o nível que afeta toda a organização, onde define e gerencia seu
planejamento estratégico, como a missão, visão e valores; suas estratégias genéricas, forças e
vantagens competitivas, dentre outras. A função típica deste nível é tomar decisões estratégicas,
e dar condições de que haverá recursos humanos e financeiros para os projetos estratégicos.
Profissionais ocupantes: sócios, proprietários, presidente, CEO, diretoria e, dependendo da
forma como a organização concebe seus processos, também os diretores departamentais (diretor
comercial, diretor financeiro etc.).
Nível tático – É o nível que faz a intermediação entre os outros dois níveis. É o nível da gerência
média ou intermediária: gerentes de seção, gerentes de filiais, supervisores, coordenadores,
líderes de projetos e funções similares. Perceba que, se o líder é encarregado de uma pequena
equipe operacional, este líder provavelmente estará no nível operacional também, não neste
nível tático. A função dos ocupantes deste nível: colocar em ação os processos, as pessoas e
os recursos para assegurar que seu segmento de atuação estará alinhado às decisões estratégicas
e para assegurar também que estará colaborando para a obtenção dos resultados gerais da
organização.
Cargos de homens na área da logística
2%
19%
operacional
79%
tático
estrategico
Gráfico 5 – cargos ocupados (homem)
[ 257 ]
Cargos de mulheres na logística
12%
0%
operacional
tático
estrategico
88%
Gráfico 6 – cargo ocupado (mulher)
Nível operacional – é o nível onde se encontra todos os colaboradores que estão em contato
direto com as atividades da “ponta” (contato com clientes e fornecedores) e do suporte da
organização e que não tomem decisões estratégicas ou táticas. Todos os técnicos envolvidos na
execução dos processos da organização fazem parte deste nível. Nenhuma estratégia será vista
na prática se não alterar a forma com que os técnicos concebem e executam seus trabalhos. Será
preciso então, que eles executem de forma eficiente e eficaz os processos, sub-processos e
atividades que foram desenhados nos níveis estratégicos e tático. Função típica dos ocupantes
deste nível: colocar em práticas os processos e sub-processos, mediante a realização de tarefas
definidas como essenciais para os objetivos estratégicos da organização. Profissionais
ocupantes deste nível: os técnicos e operadores em geral.
Tempo de empresa – estabilidade profissional
HOMEM
MULHER
0 a 1 ano= 18
0 a 1 ano = 09
1 a 5 anos = 35
1 a 5 anos = 05
5 a 10 anos = 10
5 a 10 anos = 03
Acima de 10 anos = 05
Acima de 10 anos = 0
Tabela 5- estabilidade profissional
[ 258 ]
Tempo de empresa (homens)
7%
27%
15%
o a 1 ano
1 a 5 anos
51%
5 a 10 anos
acima de 10 anos
Gráfico 7 - tempo de empresa (homem)
Dos cargos ocupados, de acordo com a tabela 4 em ambos os sexos e os e os gráficos 5
e 6, foram verificados que a área operacional é quem mais engloba estes profissionais, visto
que a da ocupação tática e estratégicas (ambos possuem um certo tempo de empresa ou estão
cursando ou concluído um curso superior).
Tempo de empresa (mulheres)
0%
18%
o a 1 ano
29%
53%
1 a 5 anos
5 a 10 anos
acima de 10 anos
Gráfico 8 – Tempo de empresa (mulheres)
A média destes profissionais em tempo de permanência na empresa é de até 5 anos, para
ambos os sexos (pesquisados). Gráfico 7 e 8, de acordo com a pesquisa realizada e com base
no questionário aplicado (anexo 1), todos os pesquisados com mais de 10 anos de empresa
ocupam cargos táticos (gerentes, coordenadores e supervisores) isso implica duas situações:
•
As empresas oferecem planos de cargos e carreiras (de acordo com as respostas obtidas
no questionário, questões 19,20 e 23);
•
Todos os pesquisados concluíram ou estão cursando um curso de nível superior nas
áreas logística/administração;
Função
[ 259 ]
Satisfeitos (sim)
Parcialmente (às vezes)
46
Não satisfeito (nunca)
36
03
Tabela 6 - Função
questão 10
4%
42%
54%
satisfeitos
parcialmente
não satisfeitos
Gráfico 9 – Função
Visto que, os profissionais que estão em busca de uma qualificação e especialização nos
dias atuais é um fator primordial na busca de melhorias no emprego ou na procura do mesmo,
sendo um diferencial daqueles que ainda não possuem nenhuma graduação ou especialização.
Em relação à função exercida, (gráfico 9) 97% dos pesquisados estão satisfeito ou
parcialmente satisfeitos com a sua função, visto que, independente dos sexos dos pesquisados
– a sua carreira profissional está dentre de suas expectativas, atendendo os seus desejos
pessoais.
Salários
Satisfação (sim)
21
Parcialmente (às vezes)
42
Não satisfeito (nunca)
21
Tabela 7
questão 11
25%
25%
satisfeitos
parcialmente
50%
não satisfeitos
Gráfico 10
[ 260 ]
Dentre os que não estão satisfeitos com os seus salários, (gráfico 10) é devido ao fato
de também não serem reconhecidos dentro da organização, seja tanto por seu desempenho ou
bonificação extra. Apenas 03 pesquisados dos insatisfeitos com a sua função (gráfico 9),
também estão insatisfeitos com os seus salários (gráfico 10), confirmando a tese de que os
profissionais menos qualificados a sua maior motivação é oriunda da classe financeira, pois
todos ocupam cargos de nível operacional. No caso dos 21 pesquisados que não estão satisfeitos
em relação a salários (gráfico10), 67% destes não recebem bonificação extra alguma, gerando
uma problemática muito comum que é o absenteísmo (faltas, atrasos, atestados), aumentando
assim o seu grau de insatisfação dentro das organizações que pertencem. Sendo que destes
insatisfeitos, são 19 do nível operacional e 2 do tático. Mostrando assim que a classe
operacional sofre mais por receberem salários inferiores aos profissionais das classes acima,
mostrando a importância da qualificação para aquele que ainda não a possuem. Dos satisfeitos
ou parcialmente satisfeitos com os salários (gráfico 10), 75% a empresa oferecem planos de
cargos e carreiras proporcionando ao colaborador um futuro melhor, podendo chegar aos cargos
de chefia (coordenação, supervisão, gerência) o que facilitará os processos internos, já que o
colaborador conhece muito bem o andamento da organização, permitindo o crescimento de
ambos.
Logística Reversa
Sim faz
Parcialmente faz
35
27
Não faz
23
Tabela 8
logística reversa
27%
41%
32%
sim faz
parcialmente faz
não faz
[ 261 ]
Gráfico 11
Conforme o gráfico 11, as empresas estão investindo mais em logística reversa devido
à sustentabilidade, meio ambiente e também por algumas certificações que necessitam que,
exigem essa pratica das mesmas. Isso ficará para uma futura pesquisa.
Missão, Visão e Valores
Sim conhece
Parcialmente conhece
60
Não conhece
16
9
Tabela 9
missão, visão e valores da empresa
10%
19%
sim conhece
71%
parcialmente conhece
não conhece
Gráfico 12
O gráfico 12, mostra que as empresas estão cada vez mais orientando seus colaboradores
sobre a importância de conhecer a visão, missão e valores da organização.
Cultura organizacional
Sim, conhece
41
Parcialmente conhece
34
Tabela 10
[ 262 ]
Não conhece
10
cultura organizacional
12%
40%
48%
sim conhece
parcialmente
não conhece
Gráfico 13
Conforme o gráfico 13, a cultura organizacional também é levada aos colaboradores,
fazendo-os com que seu rendimento seja bastante produtivo.
CONCLUSÃO
Neste trabalho, podemos verificar alguns aspectos do cotidiano do profissional atuante
na área da logística no estado de Pernambuco, estado este com vocação enorme para a tal.
Dentre os diversos fatores, podemos destacar o fato do mesmo ter uma posição privilegiada em
relação a outros estados do nordeste, onde de forma geral encontramos profissionais motivados
para o desempenho de suas atribuições, além dos fatores salário / bonificações, dentre outros
benefícios. As empresas pesquisadas mostram-se atentas a remunerar e investir no bem-estar
do seu colaborador, permitindo-o crescer e realizar-se tanto profissionalmente quanto no seu
lado pessoal, agregando assim valores que geram ganho como um todo para organização.
A atividade da logística por si só já é motivadora, pois os profissionais nela inseridos
sentem-se responsáveis pelo sucesso trazido por uma cadeia de distribuição sendo bem feita.
Que é aquela que começa no momento do pedido do cliente, passando por todas as fases da
manufatura / produção e chegando ao cliente na hora certa, no momento certo, na quantidade
certa, com o menor custo (Ballou, 2011). Agregando valor de lugar, de tempo, de qualidade e
de informação (Novaes, 2007), obedecendo a risca a missão da logística.
Concluímos com a nossa pesquisa que os profissionais da área da logística estão
satisfeitos com o desempenho das suas atividades e com as organizações (empresas) vimos
como a cultura organizacional bem feita gera impacto positivo nos colaboradores, refletindo
em seu desempenho, tornando-o mais realizado naquilo que ele executa, fazendo-o vestir a
[ 263 ]
camisa da empresa. Portanto com um planejamento organizacional de missão, visão e valores
bem definidos, com ações voltadas para o colaborador e o meio ambiente em que vivemos, toda
organização poderá transformar um conglomerado de pessoas em um time, mais que um grupo,
ou seja, pessoas dispostas a unir seus interesses pessoais com os interesses coorporativos.
REFERÊNCIAS
ELER, Zózimo Elias. Logística: Uma Visão Geral e a Importância do Controle de
Estoques. Disponível em:
<http://www.techoje.com.br/site/techoje/categoria/detalhe_artigo/1066>. Acesso em: 30 nov.
2013.
AUSENTE. Planejamento Estratégico, Tático e Operacional. Disponível em:
<http://adm.esobre.com/planejamento-estratgico-ttico-operacional>. Acesso em: 30 nov.
2013.
BALLOU, Ronald H.. Logística Empresarial: Transportes, Administração de Materiais,
Distribuição Física. São Paulo: Atlas, 2011.
BATISTA, Álamo Alexandre da Silva. ANÁLISE DA QUALIDADE DE VIDA NO
TRABALHO
UTILIZANDO UM MODELO DE REGRESSÃO LOGÍSTICA. Disponível em:
<http://www.pg.utfpr.edu.br/dirppg/ppgep/dissertacoes/arquivos/155/Dissertacao.pdf>.
Acesso em: 22 nov. 2013.
BRASIL. Anonimo. Agencia Nacional de Transportes Terrestre. Multimodal. Disponível
em: <http://www.antt.gov.br/index.php/content/view/4963/Multimodal.html>. Acesso em: 21
nov. 2013.
CAMPOS, Danilo. Eficiência Logística. Disponível em:
<http://www.neolog.com.br/neolog/site/pdf/artigos/eficiencia-logistica.pdf>. Acesso em: 14
nov. 2011.
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoa. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
CRISÓSTOMO, Juliana. Motivação Pessoal e Profissional. Disponível em:
<http://www.alnoticias.com.br/motivacao-pessoal-e-profissional/>. Acesso em: 30 nov. 2013.
[ 264 ]
DORNIER, Philippe-Pierre. Logística e Operações Globais: Texto e Casos. São Paulo:
Atlas, 2009.
EXAME.COM, Revista. AS MELHORES EMPRESAS PARA VOCÊ TRABALHAR 2012. Disponível em: <http://exame.abril.com.br/revista-voce-sa/melhores-empresas-paratrabalhar/2012/transporte-e-logistica/>. Acesso em: 17 nov. 2013.
GIL, Antonio Carlos. Gestão de Pessoa: enfoque nos Papéis Profissionais. São Paulo: Atlas,
2010.
GODOY, Juliana. Conexão de modais é o futuro. Disponível em:
<http://www2.uol.com.br/JC/especial/penovageracao/pub5/m4.html>. Acesso em: 22 nov.
2013.
IMPRENSA, Assessoria de. Pernambuco se consolida como Centro Logístico e de
Distribuição no Nordeste. Disponível em:
<http://www.pe.gov.br/blog/2011/09/29/pernambuco-se-consolida-como-centro-logistico-ede-distribuicao-no-nordeste/>. Acesso em: 26 nov. 2013.
J.BOWERSOX, Donald; CLOSS, David J. Logística Empresarial: O Processo de Integração
da Cadeia de Suprimento. São Paulo: Atlas, 2008.
KOWALSKIBV. Posição geográfica favorece vocação. Disponível em:
<http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=597053>. Acesso em: 27 nov. 2013.
NUNES, Paulo. Teoria das Necessidades de Alderfer. Disponível em:
<http://www.knoow.net/cienceconempr/gestao/teorianecessidadesalderfer.htm>. Acesso em:
30 nov. 2013.
OLIVEIRA, Raquel. Benefícios especiais geram qualidade de vida na empresa. Disponível
em: <http://www.coladaweb.com/administracao/beneficios-especiais-geram-qualidade-devida-na-empresa>. Acesso em: 01 dez. 2013.
PACHECO, Thaís Cristina. Teoria da motivação segundo Alderfer. Disponível em:
<http://psicologiaemfocoesamc3.blogspot.com.br/2012/11/teoria-da-motivacao-segundoalderfer.html>. Acesso em: 30 nov. 2013.
QUIRINO, Larissa Ricarte GalvÃo. MOTIVAÇÃO versus NECESSIDADE: um estudo
dos funcionários da agência 0372 do Banco Itaú S/A. Disponível em:
[ 265 ]
<http://unipe.br/blog/administracao/wp-content/uploads/2008/11/motivacao-versusnecessidade-um-estudo-dos-funcionarios-da-agencia-0372-do-banco-itau.pdf>. Acesso em:
28 nov. 2013.
RODRIGUES, Paulo Roberto Ambrosio. Introdução aos sistemas de transporte no Brasil e
à logística internacional. 4. ed. São Paulo: Editora Aduaneiras, 2011.
TEIXEIRA, Ricardo. Planejamento Estratégico, Tático e Operacional. Disponível em:
<http://www.negociosecarreiras.com.br/2013/06/planejamento-estrategico-tatico-eoperacional/>. Acesso em: 30 nov. 2013.
UVB, Faculdade. Logística e Distribuição: Aula Nº 5 - A Distribuição Física - Conceitos
Principais. Disponível em:
<http://arquivos.unama.br/nead/gol/gol_adm_7mod/logistica_e_distribuicao/pdf/aula05.pdf>.
Acesso em: 30 nov. 2013.
VIANA, Fernando Luiz E. ENTENDENDO A LOGÍSTICA E SEU ESTÁGIO ATUAL.
Disponível em: <http://www.flf.edu.br/revista-flf.edu/volume02/24.pdf>. Acesso em: 22 nov.
2013.
[ 266 ]
Alunos concluintes do Curso Superior de Tecnologia em Logística, os quais construíram
os artigos constantes neste book.
Declaramos que os alunos abaixo foram autores de um, e apenas um, dos artigos
constantes neste livro, os quais são responsáveis pela sua produção.
Adriano José Valcácer De Lima - [email protected]
Carla Cristina Ribeiro - [email protected]
Carla Pereira Da Silva - [email protected]
Carlos Aberto Lucas De Souza Junior - [email protected]
Cláudio Freire Nunes - [email protected]
Cleiton Gledson Da Silva Pereira Castro - [email protected]
Damiana Maria Do Nascimento Dias - [email protected]
Damião Rodrigues De Mendonça - [email protected]
Danilo Ribeiro De França
Danubia Veloso - [email protected]
Dayse Roberta Da Silva Ferreira - [email protected]
Denny Mauro Gandra Rodrigues - [email protected]
Deyvson Henrique Silvino - [email protected]
Dione Firmino Paulo Pereira - [email protected]
Edmilson Estevam Da Silva - [email protected]
Eduardo Fernando Ivo Cunha Da Silva - [email protected]
Elienai Mendes Da Silva
Esdras Gonçalves Ferreira - [email protected]
Fábio Dos Santos Bezerra Pontes - [email protected]
Fábio Pereira Dos Santos - [email protected],
Flavia Santos Duarte - [email protected],
Flávio Alexandre - [email protected]
Geovani Fernandes Alves - [email protected]
Gleidson Bruce Lopes Gomes - [email protected]
Gleydson Silva Alves Perônico - [email protected]
Hérica Patrícia Alves De Farias – [email protected]
Irani Abreu - [email protected]
Jaciara Maria Feitosa - [email protected]
João Paulo Teixeira - [email protected]
Jonatan Luiz De Santana - [email protected]
Jorge Sávio Cavalcanti Silva - [email protected]
Jose Bruno Tavares De Melo - [email protected]
José Nilson Da Silva Junior - [email protected]
Josenildo Feijó De Melo - [email protected]
Júlio Paradiso Marinho - [email protected]
Klebyanderson Da Silva Galdino Ramos - [email protected]
Lamek De Souza Carvalho - [email protected]
Luiz Naldo De Lima - [email protected]
Marcelo Alves Da Silva - [email protected]
Marcelo Correia - [email protected]
Maria Betânia Da Silva - [email protected]
Mariana Olímpia Pereira - [email protected]
Michael Douglas Galvão Da Silva - [email protected]
Niedja Carla Da Silva - [email protected]
Pedro Felipe França Da Silva - [email protected]
Phelipe Alexandre Lima - [email protected]
Rafael Henrique - [email protected]
Ricardo José Simplício Monteiro - [email protected]
Suzana Santana Da Silva - [email protected]
Thaís Mirely - [email protected]
Tiago De Albuquerque Silva - [email protected]
Valdir Tavares De Freitas Filho
Valeria Miranda - [email protected]
Waldecy Amorim - [email protected]
Wallacy De Araújo Silva - [email protected]
Willany Ponciano Da Silva – [email protected]
Wilson Silva Santiago - [email protected]
Professores Orientadores dos Alunos concluintes do Curso Superior de Tecnologia em
Logística, os quais construíram os artigos constantes neste book.
Declaramos que os professores abaixo foram orientadores dos alunos que produziram
os artigos constantes neste livro.
1. Ameliara Freire de Santos
2. Artur Lapenda
3. Ernandes Rodrigues
4. Gerly Fialho
5. José Luiz Moraes dos Santos
6. Loiva Borba
7. Márcia Pedrosa
8. Priscila Petrusca Messias Gomes Silva
9. Rebeca Cunha de Barros

Documentos relacionados