FILOSOFIA – 11º ano

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FILOSOFIA – 11º ano
FILOSOFIA – 11º ano
Sofistas e filósofos
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Surgimento do Movimento Sofístico
(Grécia Sec. V a.C.)
• Resposta às necessidades de ampliar e
renovar as estruturas sociopolíticas e culturais
da época
• Proporcionar aos jovens uma nova educação,
capaz de os tornar competentes nas práticas
públicas.
• Sofistas
nova educação
Domínio da linguagem
e do discurso
São professores, itinerantes no sentido político
O seu ensino dirige-se aos jovens que querem aceder
a posições políticas importantes – arte de viver e de
governar
São técnicos de retórica, de oratória e de eloquência
Sofistas
• Praticavam o método antilógico ou a antilogia
“Dava-se ao aluno a tarefa de defender uma tese ou uma causa,
fazendo-o desenvolver toda uma argumentação a seu favor.
Depois pediam ao mesmo aluno que relativamente à mesma
tese ou causa, desenvolvesse uma argumentação inversa, isto
é, de ataque, que a deitasse por terra. “
Fomentar o espírito crítico e a capacidade de
argumentar
• ENSINO SOFÍSTICO
Argumentação e retórica
Capacidade de usar a palavra e de fazer discursos
persuasivos e convincentes
Que os fizesse atingir os objetivos perseguidos
Distinção
Sofistas
“Filósofos malditos”
Êxito, eficácia
Imorais e oportunistas
Filósofo
Bem, Verdade
Persuadir sim, mas
com vista à verdade e
para praticar o bem
Filósofos
Platão
Platão
RETÓRICA, MANIPULAÇÃO DO OUTRO
Não orienta a um conhecimento do ser, cuja verdade
quer fazer partilhar
Tem como finalidade cativar e seduzir o auditório
que procura conquistar
Aproveita-se da ignorância e da fraqueza das pessoas
Algo eticamente reprovável
SERES HUMANOS
Dom da linguagem
Capacidade de raciocinar e argumentar
Permite gerir os conflitos coletivos através da razão
Democracia
Retórica, liberdade política, justiça e participação dos
indivíduos
Dois usos da palavra e do pensamento
• Sofística
 Objetivos práticos
 Discurso: mais forma do que conteúdo
 Os mestres da oratória procuram convencer
 O discurso é instrumento de manipulação
 Desenvolveu a retórica
 O seu relativismo gnosiológico exigia a “prova”
 Privilegiou a opinião
Formação de especialistas
 O discurso: meio para a verdade e aperfeiçoamento dos
humanos
 Os filósofos procuram libertar e esclarecer
 A linguagem e a eloquência são instrumentos e não fins
 Subordina os instrumentos à verdade e ao saber
 Uso da linguagem descomprometida dos interesses
mundanos
 Desenvolveu a dialética
 Procura a salvação através do conhecimento
 Visa o esclarecimento e a compreensão
 Privilegia a sabedoria (Sofia)
Formação integral dos seres humanos
Proposta de Platão
Responsabilidade do saber perante a
cidade
A retórica foi descoberta pelos gregos como forma democrática de
resolver os problemas da cidade. O cidadão participava
diretamente no governo, pelo que sentia necessidade de intervir,
expressando as suas opiniões e derrotando os pontos fracos do
adversário.
Os cidadãos sentiam necessidade de preparar os jovens para o
ingresso na vida pública, o que explica o êxito da retórica enquanto
arte de argumentar, e dos sofistas, encarregados de fazer dos
jovens bons cidadãos e bons políticos.
A retórica, enquanto forma de convencer por argumentos o
adversário, transformou-se numa estratégia para impor opiniões
aos interlocutores. Isto leva a que seja desprezada pelos filósofos,
como, por exemplo, Parménides e Platão, que rejeitavam a opinião
e se empenhavam na verdade absoluta.
Com a decadência política e social dos gregos e sua
anexação ao Império Romano, a retórica transita da
Grécia para Itália, onde é cultivada como oratória, isto é,
como arte de bem orar ou discursar. Os bons discursos
são aqueles que se notabilizam pela sua organização
formal e pelos recursos estilísticos a que os oradores
lançam mão.
Esta orientação de retórica, seguida aliás nos tempos
medievais, renascimento e modernidade, confere-lhe um
sentido negativo com que ainda hoje em alguns meios é
conotada: retórico é o discurso que prima pela beleza da
forma em detrimento da riqueza de conteúdo.
O reducionismo cientista a que se vê
confinada a razão provoca, no século XX, uma
onda
reativa
que,
encabeçada
por
Perelman, propõe um novo conceito de
razão, um novo conceito de lógica e um novo
conceito do que pode ser racionalmente
tratado. É o advento da argumentação ou
nova retórica, inspirada e alimentada a partir
da reabilitação da velha retórica dos gregos.

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