de hidromasaje tinas

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de hidromasaje tinas
MATERIAIS
RENOVAÇÃO
REABILITAÇÃO
DE
E
artigos técnicos
entrevistas
/ 41
Reabilitação
Renovação e reabilitação
de construções tradicionais na região centro-litoral
PAULO CACHIM. PROFESSOR ASSOCIADO, DEPARTAMENTO ENGENHARIA CIVIL, UNIVERSIDADE DE AVEIRO
ANA VELOSA. PROFESSORA ASSOCIADA, DEPARTAMENTO ENGENHARIA CIVIL, UNIVERSIDADE DE AVEIRO
Figura 1
A renovação e a reabilitação de edifícios têm sido
possivelmente os sectores da construção menos
afetados pela crise. O edificado existente, suficiente para suprimir em número as necessidades da
população, e o estado por vezes de alguma degradação em que se encontra, são as causas fundamentais desta realidade. A intervenção em construções existentes reveste-se de um conjunto de
características próprias que deve ser tida em conta
pelos diversos intervenientes no processo, mas
que, infelizmente e por variadas razões, nem sempre são consideradas.
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As dificuldades e problemas associados a obras de intervenção em edifícios
existentes começam muitas vezes com constrangimentos legislativos e
regulamentares derivados de legislação feita para construções novas e, por
esse motivo, dificilmente aplicáveis a muitas situações de construções existentes. A falta de conhecimento das soluções construtivas e dos materiais
utilizados, ou a utilização de materiais incompatíveis com os existentes na
construção, são outras possíveis causas de problemas nos trabalhos de reabilitação e renovação.
As soluções construtivas utilizadas em Portugal, e em particular na região centro
litoral, fundamentalmente até à primeira metade do século XX caracterizam-se,
em muitas situações, pela forte utilização de materiais locais.
A utilização destes materiais devia-se essencialmente a condicionantes socioeconómicas e aos meios de transporte existentes. As soluções de construção tradicional na região litoral
centro de Portugal, caracterizam-se por paredes resistentes
de adobe revestidas por argamassas de cal e muitas vezes
pela utilização de revestimentos de paredes em azulejo principalmente nas fachadas exteriores dos edifícios (Figura 1).
Os pavimentos e as coberturas são tradicionalmente realizados em madeira.
Portugal tem, sem qualquer dúvida, um vasto património construído com base em terra, expresso tanto em taipa como em
adobe, sendo o último dos quais proeminente na região litoral
central do país (Coroado et al, 2010; Silveira et al, 2007; Fernandes, 2007). No caso particular de adobes em Portugal,
devido a técnicas tradicionais e aos solos existentes, a cal foi
muitas vezes incorporada quando eram utilizados solos arenosos. Este tipo de adobe chegou a ter uma produção semiindustrializada. Nesta região e de forma particular, a cal aérea
tem o papel de ligante e de estabilizador, devido à utilização
de solos arenosos com baixo teor de argila. A percentagem de
cal tem uma importância fundamental no comportamento dos
adobes e diversas percentagens deste material podem fornecer características físicas e mecânicas distintas, contribuindo
para um comportamento diferenciado.
Apesar de muitas construções realizadas com alvenaria de
adobe apresentarem um considerável estado de degradação
(Figuras 2 e 3), associado normalmente a falta de manuten-
ção, existem muitos outros exemplos de construções com
dezenas de anos (de habitação e serviços) em bom estado de
conservação, atestando assim as boas características de
durabilidade deste material.
Uma maior consciencialização das autoridades e das populações tem permitido intervenções menos intrusivas e de preservação das soluções existentes.
A degradação dos materiais com base em terra é fundamentalmente efectuada pela água, por ação direta ou através do
transporte de sais solúveis. Ciclos de secagem-molhagem
promovem a expansão/contração de alguns minerais argilosos presentes nestes materiais, criando tensões internas e
contribuindo fortemente para a degradação.
A limitação do acesso da água aos adobes bem como uma
entrada de água mais lenta associados a uma capacidade de
secagem rápida são determinantes para uma maior durabilidade dos adobes. Esta regulação do acesso à água pode ser
efectuada com recurso a revestimentos adequados.
Diversos estudos realizados nos últimos anos (Coroado et al,
2010; Silveira et al, 2007; Fernandes, 2007; Velosa et al,
2010) têm permitido conhecer as propriedades e o comportamento dos adobes e das construções em adobe, contribuíndo
para que intervenções de renovação e reabilitação possam
ser realizadas com menor grau de intrusão e maior reversibilidade.
Figura 2
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Reabilitação
Durante séculos o azulejo manteve-se em espaços interiores de edifícios religiosos e nobres, passando, a partir
da primeira metade do século XIX, a revestir um importante número de edifícios urbanos, construídos ou renovados durante este período, refletindo o gosto de uma
nova classe social, constituída essencialmente por negociantes, proprietários, industriais e altos funcionários
públicos, que utiliza a arte cerâmica para ostentar poder
económico e posição social.
A moda da azulejaria de fachada provocou a produção
em série de azulejos, cuja aplicação se estendeu a uma
grande variedade de edifícios.
Uma intervenção de reabilitação e/ou conservação com
utilização de soluções de revestimento incompatíveis,
devido à falta de conhecimento dos materiais, das técnicas de conservação, dos princípios de manutenção e do
ambiente envolvente (condições de humidade, presença
de sais solúveis, condições de ventilação, entre outros)
são factores que podem originar a degradação prematura dos revestimentos (Figuras 2 e 3).
As intervenções de reabilitação e conservação em paredes revestidas com azulejos necessitam de ter em consideração simultaneamente o azulejo e a argamassa de
suporte. No que se refere aos azulejos, para além de
garantir homogeneidade decorativa, é necessário assegurar que quer a estrutura porosa, quer o coeficiente de
dilatação dos azulejos novos que vão ser empregues
sejam similares aos dos existentes, de forma a garantir
um comportamento uniforme da parede e não criar
zonas de degradação preferencial. Nestes revestimentos, as argamassas de suporte devem assegurar adequada aderência aos elementos confinantes, alvenaria e
azulejo, e possuir também características físicas (dilatação térmica, porosidade), químicas e mecânicas (sobretudo deformabilidade) compatíveis (Botas et al, 2012).
Este assunto tem igualmente sido alvo de alguns trabalhos de investigação que procuram determinar as características dos azulejos antigos e estabelecer as bases
para a produção de réplicas de azulejos que satisfaçam
os requisitos necessários para trabalhos de reabilitação
(Jordán et al, 1999; Mimoso et al, 2009; Pereira et al,
2011).
Figura 3
Estes trabalhos incluem estudos sobre a composição, a caracterização química e mecânica de adobes, a caracterização da resistência
estrutural bem como o reforço das estruturas existentes face às ações
sísmicas.
A cerâmica decorativa aplicada à arquitetura em Portugal remonta à
ocupação árabe da Península Ibérica, situando-se no século XV a
criação do azulejo com as características básicas que atualmente se
lhe atribuem.
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Para além dos revestimentos em azulejo, a utilização de
rebocos, com base em materiais tais como a cal aérea
ou a terra, tem ampla utilização nesta região. É fundamental ter em conta que, em intervenções nos revestimentos do nosso património edificado, a escolha de
revestimentos compatíveis deve ser estudada para cada
caso particular, tendo em conta a degradação existente,
as condições do ambiente envolvente, as principais anomalias e a possibilidade de eliminação das suas causas.
Em edifícios antigos existe a possibilidade de aplicação
de várias soluções de revestimento, embora muitas
delas apresentem problemas em termos de durabilidade
e proteção da alvenaria, quando existem elevados teores
de humidade.
Neste contexto, é evidente que revestimentos impermeáveis retêm a água no interior da alvenaria, gerando
a sua degradação, não sendo desejável a sua utilização
em intervenções no património arquitetónico. É também
fundamental garantir que as argamassas não tenham
elevados teores de sais solúveis, de forma a evitar a
contaminação da alvenaria.
Na região centro-litoral, devido à sua frente marítima,
existe uma elevada exposição a sais solúveis, fundamentalmente cloretos. É possível inferir, a partir de estudos existentes (Massari e Ippolito, 1993; Veiga et al,
2009) que existe um efeito exponencial dos cloretos e
sulfatos, agravando o ataque dos sais quando ambos
estão presentes.
Por este motivo, a utilização de ligantes tais como o
cimento e algumas cais hidráulicas (muitas vezes utilizados em trabalhos de reabilitação), contendo sulfatos,
poderá ter efeitos especialmente gravosos nesta zona.
No caso dos elementos de madeira, a presença de água
e principalmente os ciclos de molhagem/secagem são
também a principal causa de deterioração da madeira,
proporcionando as condições ideais para o desenvolvimento de fungos e podridões bem como de insetos. As
intervenções deverão assim, em primeiro lugar, procurar
secar a madeira, eliminar as fontes de humidade e criar
condições para manter a madeira seca e ventilada. O
tratamento químico por injeção ou pulverização, com
eventual remoção das zonas superficiais afetadas, e a
criação de barreiras protetoras contra os insetos poderão também ser possibilidades a considerar. Em casos
de maior deterioração, poderá ser necessário a introdução de novos materiais (chapas ou varões de aço, elementos de madeira, resinas) com a eventual necessidade de remoção e reconstituição das secções danificadas com argamassas epoxídicas ou pastas de madeira.
Nalguns casos pode ser necessário a substituição total
dos elementos ou a reorganização do sistema estrutural, recorrendo a elementos de madeira ou de outros
materiais. Em todos os casos será sempre necessário
proceder a uma manutenção regular e cuidada.
Em construções com madeira, a proteção ao fogo
adquire em geral uma importância significativa devido à
combustibilidade da madeira. O tratamento com produtos retardantes superficiais (que podem ser intumescentes ou não intumescentes) que podem ser aplicados por
pincelagem, aspersão ou imersão, sendo frequentemente incolores, pode por vezes ser complicado pela
necessidade de aplicação de várias demãos. Podem
também ser aplicados elementos adicionais de proteção.
De uma forma geral, pode-se afirmar que cada obra de
reabilitação e/ou conservação necessita de uma cuidada análise que permita identificar o sistema construtivo,
os materiais utilizados e as causas da degradação, de
forma a encontrar materiais e soluções compatíveis com
as existentes com um mínimo de intrusão.
REFERÊNCIAS
BOTAS, S.M.S.; VEIGA, M.R.S.; VELOSA, A.L. (2012)
Reapplication mortars for old tiles: characteristics of
tiles and mortars and selection criteria. International
Journal of Architectural Heritage. Vol. Accepted author
version.
COROADO, J.; PAIVA, H.; VELOSA A.; FERREIRA,
V.M. (2010). Characterization of renders, joint mortars
and adobes from traditional constructions in Aveiro
(Portugal). International Journal of Architectural
Heritage, 4 (2) pp. 102-114.
FERNANDES, M. (2007). O adobe e as alvenarias de
adobe em Portugal. V Seminário de Arquitectura em
Terra em Portugal, Aveiro. Editora Argumentum, pp.
116-119.
JORDÁN, M.M.; BOIX, A.; SANFELIÚ, T.; DE LA FUENTE, C. (1999) Firing transformations of cretaceous clay
used in manufacturing of ceramic tiles. Applied Clay
Science. Vol. 14, p. 225-234.
MASSARI, G.; IPPOLITO. Damp Buildings. Old and
new. Roma: International Centre for the Study of the
Preservation and the Restoration of Cultural Property
(ICCROM), 1993.
MIMOSO, J; SANTOS SILVA, A; ABREU, M; COSTA, D;
GON. (2009) Reservation and the Restor Decay of historic azulejos in Portugal: an assessment of research
needs, in Proc. Int. Seminar on the conservation of glazed tiles, April 15-16, LNEC;
PEREIRA, S; MIMOSO, J; SANTOS SILVA, A. (2011)
Physical-chemical
characterization
of
historic
Portuguese tiles, Relatório LNEC 23/2011, Lisbon,
LNEC;
SILVEIRA, D.; VARUM, H.; COSTA, A. (2007)
Rehabilitation of an important cultural and architectural
heritage: the traditional adobe constructions in Aveiro
district. Sustainable Development 2007, pp. 705-714,
Editors: A. Kungolas, C.A. Brebbia, E. Beriatos WITPress, ISBN 978-1-84564-103-0, Carvoeiro,
Algarve.
VEIGA, R.; FRAGATA, A.; TAVARES, M.; MAGALHÃES, A.C.; FERREIRA, N. (2009) Inglesinhos
Convent: Compatible renders and other measures to
mitigate water capillary rising problems. Journal of
Building Appraisal, v. 5, p. 171-185.
VELOSA, A.; VARUM, H.; SAÉZ, M. (2010).
Characterization of adobe blocks from Burgos. VI
Seminário de Arquitectura em Terra em Portugal, IX
SIACOT, Coimbra. Editora Argumentum, pp.130-131.
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Entrevista
Amorim Isolamentos
Carlos Manuel, Diretor-Geral
A AMORIM ISOLAMENTOS É UMA
CORTICEIRA AMORIM SGPS, E QUE
EMPRESA QUE INTEGRA A
VADO GRAU DE ISOLAMENTO TÉRMICO, ACÚSTICO E ANTIVIBRÁTICO,
COMO A CORTIÇA E O COCO, DESENVOLVENDO E PRODUZINDO SOLU-
PORTOS, EDIFÍCIOS, ADEGAS E NA INDÚSTRIA DA REFRIGERAÇÃO,
MATERIAIS DE ISOLAMENTO A PARTIR DE MATÉRIAS-PRIMAS NATURAIS
ÇÕES DE ISOLAMENTO TÉRMICO E ACÚSTICO EM AGLOMERADOS
EXPANDIDOS DE CORTIÇA, EM REGRANULADOS E PLACAS/ROLOS DE
FIBRA DE COCO, MATERIAIS COM EXCELENTE DESEMPENHO TÉCNICO
E AMIGOS DO AMBIENTE
É
- RIGOROSAMENTE 100% NATURAIS.
UMA EMPRESA COM KNOW-HOW NO SECTOR DA CORTIÇA E NO
APROVEITAMENTO DOS RECURSOS NATURAIS PROVENIENTES DE UMA
FLORESTA RENOVÁVEL, TRANSFORMANDO ESSA MATÉRIA-PRIMA EM
MATERIAIS QUE CONSTITUEM EXCELENTES SOLUÇÕES TÉCNICAS E
SUSTENTÁVEIS PARA A CONSTRUÇÃO.
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AS CARACTERÍSTICAS ÚNICAS DO PRODUTO CONFEREM-LHE UM ELE-
SE DEDICA À PRODUÇÃO DE
SENDO POR ISSO UTILIZADO NA CONSTRUÇÃO DE OLEODUTOS, AEROBEM COMO EM ESPAÇOS DE LAZER.
OS MATERIAIS PRODUZIDOS SÃO COLOCADOS NO MERCADO PORTU-
GUÊS, DANDO DESTA FORMA UM BOM CONTRIBUTO À ECONOMIA PORTUGUESA.
EM ENTREVISTA À REVISTA “MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO”, CARLOS
MANUEL, DIRETOR-GERAL DA AMORIM ISOLAMENTOS, ABORDA A
EMPRESA, OS PRODUTOS E O MERCADO.
QUAL
O PERCURSO QUE A EMPRESA TEM TIDO DESDE A SUA CRIA-
ÇÃO, TANTO A NÍVEL DA EMPRESA COMO DA GAMA DE PRODUTOS?
Consideramos um percurso normal e de acordo com os objetivos traçados desde o início da nossa atividade, ou seja, procurar crescimento em quantidade e valor, bem como novos
produtos no acompanhamento da evolução dos mercados.
QUE
ANÁLISE FAZ DO MERCADO E COMO PREVÊ A SUA EVOLUÇÃO
PARA OS PRÓXIMOS ANOS?
O mercado atual é de recessão que todos reconhecem, mas
de evidente necessidade de recuperação e já com alguns
sinais que indicam melhores perspetivas para os próximos
anos.
COMO SE COMPÕE E CARACTERIZA A VOSSA GAMA DE PRODUTOS?
QUAL É, ATUALMENTE, O VOSSO PRODUTO CHAVE, A VOSSA APOSTA
PARA AS NOVAS EXIGÊNCIAS DA CONSTRUÇÃO?
Da nossa gama de produtos destacaria os aglomerados de
cortiça expandida, como solução de isolamento “sustentável”
de projetos específicos de renovação e reabilitação.
DA
VASTA OFERTA DE PRODUTOS QUE COMERCIALIZAM, QUAIS SÃO
AQUELES QUE MAIS SE DESTACAM NO MERCADO DA REABILITAÇÃO?
EXISTE
POR PARTE DA EMPRESA UMA ORIENTAÇÃO OU ESTRATÉGIA
VOLTADA PARA O DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS PARA ESTE MER-
CADO?
Para além da vasta gama de produtos em cortiça, pautamos
a nossa orientação no desenvolvimento de novos produtos,
mas essencialmente encontrar soluções construtivas/isolamentos em função das características de cada projeto. Por
exemplo, revestimento/isolamento de fachadas com o nosso
aglomerado refª. MD fachada já devidamente testado em
projetos nacionais e internacionais - a solução “Lambourdè”
para reabilitação de pavimentos e paredes de interiores com
outros materiais associados (madeira e cartão gesso).
MUITOS
CONSIDERAM A REABILITAÇÃO COMO O FUTURO E A SOLU-
ÇÃO PARA A CRISE NO MERCADO DA CONSTRUÇÃO.
NA
SUA ÓTICA,
QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS OBSTÁCULOS A UMA MAIOR DINAMIZAÇÃO
DO MERCADO DA REABILITAÇÃO?
Também consideramos que a reabilitação de edifícios será
uma solução que minimizará os efeitos da crise.
Os obstáculos são os que todos conhecem, ou seja, a crise
financeira, mas mais importante, a ausência do necessário
clima de confiança que, na nossa opinião, embora de forma
lenta, será retomado e uma realidade de curto prazo. E aí
sim… haverá recuperação.
AS EXPECTATIVAS PARA O FUTURO NÃO SÃO MUITO ANIMADORAS. DE
QUE FORMA PENSAM ATUAR, A FIM DE CONTRARIAR ESTE CENÁRIO?
QUAIS OS PROJETOS PARA O FUTURO?
Todos estamos conscientes da realidade, mas também todos
nós poderemos dar o nosso contributo para que as expectativas sejam melhores.
Atuaremos como sempre; abnegados, construtivos, inovadores na
procura de soluções de qualidade técnica e sustentável, e desenvolvimento qualitativo capazes de responder aos desafios permanentes deste e outros mercados.
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Entrevista
Cobert Telhas
Rui Vieira, Diretor-Geral
ALIANDO A EXPERIÊNCIA DE MAIS DE 30 ANOS DE PRODUÇÃO DE TELHA AO
FACTO DE PERTENCER A UM DOS MAIS IMPORTANTES GRUPOS DE MATERIAIS
PARA A CONSTRUÇÃO DA EUROPA, O
GRUPO URALITA, A TELHAS COBERT
OFERECE AO MERCADO A MAIS COMPLETA GAMA DE PRODUTOS, DE FORMA
A ADAPTAR-SE AOS MAIS DIVERSOS DESENHOS DAS NOSSAS CONSTRUÇÕES.
TRATA-SE
DE UMA VASTA VARIEDADE DE SOLUÇÕES, QUE INCLUEM
MÚLTIPLAS COLORAÇÕES E PERFIS.
RUI VIEIRA, DIRETOR-GERAL DA EMPRESA, DEU UMA ENTREVISTA À REVISTA
“MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO” PARA FALAR DA EMPRESA E DOS SEUS PRODUTOS, APROVEITANDO PARA ABORDAR TEMAS IMPORTANTES COMO A REABILITAÇÃO, ENTRE OUTROS.
QUAL
O PERCURSO QUE A EMPRESA TEM TIDO DESDE A SUA CRIAÇÃO,
QUE ANÁLISE
FAZ DO MERCADO E COMO PREVÊ A SUA EVOLUÇÃO PARA
TANTO A NÍVEL DA EMPRESA COMO DA GAMA DE PRODUTOS?
OS PRÓXIMOS ANOS?
A Cobert desde o ano de 1978, quando iniciou a produção de
telha com a marca Telhasol, que se destacou pela inovação e
capacidade tecnológica. Mais recentemente, com o investimento
numa nova fábrica com tecnologia de suportes individuais, introduziu a gama Lógica que a recolocou na liderança do mercado,
tanto em Portugal como em especial na exportação.
O mercado da construção em Portugal tem sofrido uma redução
forte, em especial nos dois últimos anos, mas o sector das telhas
tem aguentado bastante bem, pois a reabilitação, que utiliza
bastante telha, tem tido uma atividade que permitiu compensar
em grande parte essa queda. A exportação também tem tido
uma evolução bastante positiva, tanto por maior volume de faturação, como pela conquista de novos mercados em quase todos
os continentes.
COMO SE COMPÕE E CARACTERIZA A VOSSA GAMA DE PRODUTOS?
QUAL É, ATUALMENTE, O VOSSO PRODUTO CHAVE, A VOSSA APOSTA
PARA AS NOVAS EXIGÊNCIAS DA CONSTRUÇÃO?
Temos duas gamas bastante diferenciadas. Uma é a gama
Telhasol, com uma qualidade média e com menos variedade de
cores, destinado a um segmento de maior volume e requisitos
mais baixos. A outra gama é a Lógica, de segmento alto, com
uma quase infinidade de cores e acabamentos, para situações
mais exigentes tanto a nível climatológico como estético.
48 /
O nosso produto chave é a gama Lógica, no modelo de
telha plana, que tem características dimensionais, estéticas e de acabamentos que nos tem permitido ganhar
projetos a nível internacional, em concorrência com
todos os outros fabricantes mundiais.
DA VASTA OFERTA DE PRODUTOS QUE COMERCIALIZAM, QUAIS
SÃO AQUELES QUE MAIS SE DESTACAM NO MERCADO DA REABILITAÇÃO? EXISTE POR PARTE DA EMPRESA UMA ORIENTAÇÃO OU ESTRATÉGIA VOLTADA PARA O DESENVOLVIMENTO DE
PRODUTOS PARA ESTE MERCADO?
O produto que se destaca no mercado da reabilitação
é, sem dúvida, a Telhasol Marselha MG produzida em
moldes de gesso que, com a possibilidade de ser aplicada em ripados com várias medidas, pode também
ser instalada em linha ou cruzada, possibilita reabilitar
o telhado sem mudar a estrutura, que apresenta muitas
vezes ripados com menores distâncias do que as utilizadas atualmente nas telhas cerâmicas.
A nossa estratégia não se baseia neste mercado, mas
sim nos vários mercados e exigências neles encontrados. Desse conjunto de requisitos, resultam produtos
que respondem aos mercados, por exemplo, o ripado
variável adapta-se não só à nossa reabilitação como a
mercados com ripados diferentes, inclusive em obra
nova.
MUITOS
CONSIDERAM A REABILITAÇÃO COMO O FUTURO E A
SOLUÇÃO PARA A CRISE NO MERCADO DA CONSTRUÇÃO.
NA
SUA ÓTICA, QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS OBSTÁCULOS A UMA
MAIOR DINAMIZAÇÃO DO MERCADO DA REABILITAÇÃO?
Os principais obstáculos para uma maior dinamização
de mercado da reabilitação são, em primeiro lugar, a
rentabilidade económica do imóvel, visto as rendas
ainda não suportarem o investimento necessário.
Depois, o próprio Estado, no vasto património que possui, não o reabilita. No entanto, e até pela escassez de
crédito para compra de casa nova, o mercado da reabilitação tem vindo a subir e essa tendência irá com
certeza manter-se pelo menos na próxima década.
AS
EXPECTATIVAS PARA O FUTURO NÃO SÃO MUITO ANIMADORAS.
FORMA PENSAM ATUAR, A FIM DE CONTRARIAR ESTE CENÁRIO?
JETOS PARA O FUTURO?
DE QUE
QUAIS OS PRO-
As expectativas para o futuro, em Portugal, de facto não são muito animadoras, pois a dimensão do nosso mercado vai provocar uma maior
concentração de fabricantes, e até um menor investimento em novas
unidades com tecnologia mais moderna.
Desde o investimento que fizemos na nova unidade da gama Lógica,
que rondou os 30 milhões de euros, que a nossa estratégia foi a consolidação no mercado português, onde desde os últimos dois anos
conseguimos obter a liderança, quer em faturação, quer, em especial,
em número de telhas vendidas, focando-nos em produtos de qualidade
adequada a cada segmento. Temos que ser no entanto muito competitivos a nível internacional, de forma a ganhar volume nesses mercados bastantes exigentes, tanto a nível de qualidade como a nível de
capacidade de entregas, em quantidades e sobretudo em prazo.
Neste momento temos projetos de novos produtos que nos permitem
olhar com bastante confiança o futuro.
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Entrevista
Diera
José Manuel Santos, Administrador
A DIERA INICIOU A SUA ATIVIDADE COM A PRODUÇÃO DE TINTAS E VERNIZES, ASSUMINDO DESDE A SUA FUNDAÇÃO, EM 1967, UMA FILOSOFIA DE CRIAÇÃO DE PRODUTOS COM ALTAS EXIGÊNCIAS DE QUALIDADE. ATUALMENTE, PRODUZ PARA OS PRINCIPAIS FABRICANTES NACIONAIS DE PAVIMENTOS EM MADEIRA E CORTIÇA, E EXPORTA
DIRETA OU INDIRETAMENTE PARA MAIS DE 20 PAÍSES NA EUROPA, ÁFRICA, ÁSIA E
AMÉRICA. NO CAMPO DAS COLAS E ARGAMASSAS DE CONSTRUÇÃO, A DIERA É
ATUALMENTE UMA DAS MAIS IMPORTANTES EMPRESAS PORTUGUESAS.
EM ENTREVISTA À REVISTA “MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO” JOSÉ MANUEL SANTOS,
ADMINISTRADOR DA DIERA, FAZ UMA BREVE DESCRIÇÃO DA EMPRESA ANALISANDO
O MERCADO, E AINDA DOS PRODUTOS QUE COMERCIALIZAM E DO MERCADO DA REABILITAÇÃO.
QUAL
O PERCURSO QUE A EMPRESA TEM TIDO DESDE A SUA
CRIAÇÃO, TANTO A NÍVEL DA EMPRESA COMO DA GAMA DE
PRODUTOS?
A Diera é uma marca 100% portuguesa que nasceu em
1967, dedicando-se inicialmente à produção de tintas e
vernizes para a construção e indústria de mobiliário.
Uma década depois, alargou a sua abrangência com a
criação de uma unidade industrial para o fabrico de
argamassas de cimento, e posteriormente com a criação de outra unidade de produção, para o fabrico de
argamassas de juntas, reforçando assim o seu catálogo
de soluções para a colagem e betumação de azulejos.
50 /
Na última década, a Diera alargou a sua gama de produtos para o segmento
das argamassas técnicas, como resultado do investimento em meios de produção e pesquisa e, desde então, tem vindo a reforçar a aposta na investigação e desenvolvimento de novos produtos, com especial destaque para o
mercado da renovação e reabilitação, e do isolamento térmico.
QUE
ANÁLISE FAZ DO MERCADO E COMO PREVÊ A SUA EVOLUÇÃO PARA OS PRÓXI-
MOS ANOS?
Como resultado da conjuntura económica e social que o país tem atravessado, os últimos anos representaram o declínio definitivo do mercado da
construção nova, que teve o seu pico durante a década de 90, e atingiu o
ponto de saturação a partir da primeira metade da década de 2000.
Este declínio, mais do que assinalar o fim de uma época de
falsa prosperidade que o país viveu, marca o nascimento de
uma série de oportunidades e desafios para o mercado da
construção civil, proporcionando simultaneamente uma reflexão profunda sobre a necessidade de avaliar e se adaptar
aos novos paradigmas.
O renascimento do mercado do aluguer é um claro exemplo
da necessidade de reorientação estratégica que se impõe,
focada na renovação e reabilitação do parque habitacional já
existente. Esta alteração estratégica implica o desenvolvimento de soluções de cariz eminentemente tecnológico,
focadas na sustentabilidade e na adaptabilidade às condições únicas de cada obra.
Acreditamos que o futuro do mercado da construção em
Portugal assenta neste caminho, e manter-se-á neste curso
durante um largo período, o que a longo prazo só pode ter
consequências positivas para o país e para a economia.
COMO SE COMPÕE E CARACTERIZA A VOSSA GAMA DE PRODUTOS?
QUAL É, ATUALMENTE, O VOSSO PRODUTO CHAVE, A VOSSA APOSTA
PARA AS NOVAS EXIGÊNCIAS DA CONSTRUÇÃO?
A nossa gama de produtos aposta principalmente na diversificação, e na qualidade ao melhor custo.
Assim, temos uma gama de produtos fundamentalmente dividida em dois sectores distintos: a área da pintura, com especial enfoque para as nossas tintas de exterior anti fungos e
vernizes, e a área das argamassas, composta por diversos
tipos de produtos, desde os cimentos cola até às soluções de
impermeabilização, rebocos de reabilitação, isolamento térmico e argamassas de juntas.
Adicionalmente, é imperioso que se reveja a lei do arrendamento,
que deve ser mais flexível e adaptada à realidade atual, e se analisem medidas de apoio à construção de habitação, que respeitem a atual conjuntura económica, assentes na certificação da
qualidade dos materiais e na sustentabilidade dos mesmos.
AS EXPECTATIVAS PARA O FUTURO NÃO SÃO MUITO ANIMADORAS. DE QUE
FORMA PENSAM ATUAR, A FIM DE CONTRARIAR ESTE CENÁRIO? QUAIS OS
PROJETOS PARA O FUTURO?
O período atual que o país atravessa só pode ser enfrentado com
estratégias de longo prazo, focadas no desenvolvimento de
novos produtos, na inovação, e na conquista de novos mercados,
dentro e fora do país.
Estas estratégias devem ser implementadas e acompanhadas de
uma forma sustentável, sem delírios de grandeza, mas com a
ambição e a coragem necessárias para acreditarmos que conseguimos ser tão ou mais competitivos que as restantes empresas
no mercado, a maior parte das vezes multinacionais, com meios
financeiros, materiais e humanos, com os quais não nos podemos comparar.
Esta crise está a ter um impacto profundo na sociedade, e afeta-nos a todos, indivíduos e empresas. Acreditamos que apenas as
empresas que melhor souberem adaptar-se aos novos paradigmas do mercado, e preparar-se para os desafios que aí vem, é
que poderão sobreviver e fortalecer-se.
Em termos de projetos para o futuro, a Diera pretende continuar
a aposta no desenvolvimento de soluções técnicas de qualidade,
que deem resposta às necessidades do mercado, e no reforço da
sua estratégia de internacionalização através do estabelecimento
de parcerias comerciais e aumento das exportações para os mercados europeu e africano.
Mais do que um produto isolado, a Diera possui duas áreas
chave de intervenção: as argamassas técnicas de reabilitação e as soluções completas de isolamento térmico.
DA
VASTA OFERTA DE PRODUTOS QUE COMERCIALIZAM, QUAIS SÃO
AQUELES QUE MAIS SE DESTACAM NO MERCADO DA REABILITAÇÃO?
EXISTE
POR PARTE DA EMPRESA UMA ORIENTAÇÃO OU ESTRATÉGIA
VOLTADA PARA O DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS PARA ESTE MER-
CADO?
A Diera está particularmente focada no desenvolvimento de
produtos para o mercado da reabilitação, que consideramos
fundamental. Como solução técnica mais recente, destacamos o Diera TC Plast R9, um revestimento de impermeabilização que se destina à regularização de suportes a renovar,
tais como: rebocos de cimento, cal e gesso, pinturas, revestimentos cerâmicos e placas de gesso cartonado.
MUITOS
CONSIDERAM A REABILITAÇÃO COMO O FUTURO E A SOLU-
ÇÃO PARA A CRISE NO MERCADO DA CONSTRUÇÃO.
NA
SUA ÓTICA,
QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS OBSTÁCULOS A UMA MAIOR DINAMIZAÇÃO
DO MERCADO DA REABILITAÇÃO?
A falta de iniciativa e apoios por parte do Estado no que diz
respeito à reabilitação dos edifícios degradados pode tornar-se um obstáculo, se não forem tomadas medidas concretas
para reverter esta tendência de retração do investimento.
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Entrevista
Extrusal
João Madail, Diretor Comercial
FUNDADA EM 1972, A EXTRUSAL
É UMA EMPRESA NACIONAL DE EXTRUSÃO E TRATAMENTO DE PERFIS DE
ALUMÍNIO PARA APLICAÇÃO NA ARQUITETURA E NA INDÚSTRIA EM GERAL, MANTENDO-SE SEMPRE NA VAN-
GUARDA TECNOLÓGICA, TENDO COMO LEMA PRINCIPAL A QUALIDADE DOS SEUS PRODUTOS PARA MÁXIMA
SATISFAÇÃO DOS SEUS CLIENTES.
QUALIDADE,
CARACTERÍSTICAS QUE A DISTINGUEM.
SOLIDEZ, INOVAÇÃO, TECNOLOGIA, DESIGN E AMBIENTE SÃO
JOÃO MADAIL, DIRETOR COMERCIAL DA EXTRUSAL, EM ENTREVISTA À REVISTA “MATERIAIS DE
CONSTRUÇÃO”, FALA-NOS DA EMPRESA E DOS PRODUTOS QUE COMERCIALIZAM, ASSIM COMO DO MERCADO
EM QUE ESTÃO INSERIDOS. ABORDA AINDA A QUESTÃO DA REABILITAÇÃO E DAS SUAS CONDICIONANTES. PARA
TERMINAR, EXPLICA-NOS QUAIS OS PROJETOS DA EMPRESA PARA O FUTURO.
Garantimos aos nossos clientes sempre a mesma dedicação e empenho
desde 1972. Assumimos três compromissos essenciais. O primeiro, o
conforto e qualidade de vida - que se traduz em edifícios termicamente
melhorados e mais silenciosos, onde o bem-estar é a prioridade. Em
segundo lugar, um compromisso com a segurança - quer nos perfis de
elevada performance que criamos para a mais exigente indústria mundial, quer nos sistemas fiáveis e duradouros para arquitetura. E por fim,
assumimos um compromisso com as gerações futuras através de uma
política de desenvolvimento sustentável. Os nossos processos tecnológicos procuram sempre respeitar as mais rigorosas normas ambientais
e os nossos sistemas para a arquitetura são sempre concebidos para
melhorar a eficiência energética das habitações.
A Extrusal inicialmente focou a sua atividade no fornecimento de perfis
de alumínio para o sector da construção, os quais representavam 70%
do volume de vendas anuais, e os restantes 30% dedicados à indústria. Hoje, e após a criação do laboratório de extrusão (1999), da obtenção das certificações de Qualidade e Ambiente, da criação do
Departamento Comercial Internacional (2004) e de empresas comerciais nos PALOP’s (Hexalmar - Cabo Verde 2003, Aluexal - Angola
2005, Extrusal Moçambique - Moçambique 2009), a indústria representa cerca de 74% do volume de vendas da Extrusal, e as exportações
diretas 49% do volume de produção.
QUE
ANÁLISE FAZ DO MERCADO E COMO PREVÊ A SUA EVOLUÇÃO PARA OS
PRÓXIMOS ANOS?
QUAL O PERCURSO QUE A EMPRESA TEM TIDO DESDE A SUA CRIAÇÃO, TANTO A NÍVEL DA EMPRESA COMO DA GAMA DE PRODUTOS?
Temos tido, há mais de 40 anos, uma preocupação acentuada na satisfação das necessidades dos nossos clientes alicerçada em duas premissas: a qualidade dos produtos que
desenvolvemos e I&D de novas soluções.
A Extrusal é uma empresa certificada pelas normas NP EN
ISO 9001 e NP EN ISO 14001 e detém as licenças de marca
de qualidade europeias Qualanod, Qualicoat e Qualideco um sinal claro que para nós a qualidade é um fator determinante no processo de fabrico.
O know-how acumulado nestas quatro décadas, associado
ao sistema de qualidade implantado e à nossa carteira de
clientes, são três realidades que atestam a excelência da
extrusão e tratamento de superfície da Extrusal.
52 /
Apesar de toda a conjuntura económica verificada na Europa e particularmente em Portugal, acredito que ainda haja muito para onde crescer e os nossos indicadores revelam que há muito potencial sobretudo
além-fronteiras.
Temos assistido ao surgimento de novos mercados, até então não
explorados, os quais têm sido fonte de grande crescimento para
empresas locais como internacionais (portuguesas inclusive). Agora,
no meu entender, é crucial uma aposta cirúrgica na definição dos mercados, como é primordial uma oferta de soluções adaptada aos mercados referenciados.
É difícil prever o futuro, contudo não se esperam grandes facilidades,
pois além do já mencionado, acresce ainda uma concorrência cada
vez maior e agressiva no nosso sector. Acredito no entanto que a aposta da Extrusal na qualidade, rigor e transparência, valores transmitidos
pelo nosso fundador, transforma-a numa marca de referência nacional
e internacional, distinguindo-se assim do seu mercado concorrencial.
COMO SE COMPÕE E CARACTERIZA A VOSSA GAMA DE PRODUTOS?
QUAL É, ATUALMENTE, O VOSSO PRODUTO CHAVE, A VOSSA APOSTA
PARA AS NOVAS EXIGÊNCIAS DA CONSTRUÇÃO?
Atualmente a Extrusal produz e comercializa perfis de alumínio
para sistemas de caixilharia, guarda-corpos, fachadas e de
indoor desenvolvidos por técnicos da empresa; perfis standard
e técnicos, sendo alguns desenvolvidos para clientes que solicitam quantidades que justificam a sua produção; e ainda perfis
para indústria (automóvel, transportes, engenharia em geral,
engenharia eletrotécnica, energia, entre outras) mediante projeto do cliente e aconselhamento da Extrusal. De acrescentar
ainda a comercialização por parte de uma das empresas do
Grupo de acessórios para os seus sistemas de caixilharia. Para
o sector da indústria, o Grupo Extrusal tem apostado na oferta
de peças em alumínio de utilização imediata através do processo de maquinação e ainda no desenvolvimento de perfis estruturais.
Além da produção e comercialização dos perfis, a Extrusal oferece ainda o tratamento de superfície, todos certificados por
entidades europeias - Qualanod, Qualicoat e Qualideco.
DA
VASTA OFERTA DE PRODUTOS QUE COMERCIALIZAM, QUAIS SÃO
AQUELES QUE MAIS SE DESTACAM NO MERCADO DA REABILITAÇÃO?
EXISTE
POR PARTE DA EMPRESA UMA ORIENTAÇÃO OU ESTRATÉGIA
VOLTADA PARA O DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS PARA ESTE MERCA-
DO?
Devo dizer que a Extrusal tem a preocupação de desenvolver
sistemas de arquitetura que façam face às necessidades do
mercado da reconstrução. Contamos hoje no nosso portfólio
com sistemas específicos para a reabilitação, nomeadamente o
nosso sistema de batente A.100 - o expoente máximo dos
desempenhos acústicos e térmicos da caixilharia -, e de correr,
o B.055, ambos com soluções desenvolvidas especificamente
para o mercado da reconstrução tanto nacional como internacional, os quais permitem adequar-se às mais variadas traças
arquitetónicas das habitações. De referenciar que além destes
dois sistemas, todas as nossas soluções estão preparadas para
receber perfis de remate, os quais permitem, por um lado, o
aproveitamento dos aros fixos das originais janelas de madeira
consoante o seu estado de conservação, e, por outro, garantir
classificações de desempenho obtidas em laboratórios notificados, superiores à média dos sistemas de caixilharia comercializados em Portugal.
MUITOS
o principal obstáculo à dinamização do mercado da reabilitação
deve-se em grande parte à atual conjuntura económico-financeira, a qual provoca uma redução drástica dos investimentos
por falta de verbas para a realização de obras públicas, como
também, por parte dos investimentos do sector privado, além
do sentimento de incerteza quanto ao futuro por parte dos consumidores finais.
AS
EXPECTATIVAS PARA O FUTURO NÃO SÃO MUITO ANIMADORAS.
DE
QUE FORMA PENSAM ATUAR A FIM DE CONTRARIAR ESTE CENÁRIO?
QUAIS
OS PROJETOS PARA O FUTURO?
A atual conjuntura económica e financeira vivida em toda a
Europa, sobretudo em Portugal, faz-nos viver momentos de
grande incerteza. Temos assistido a um aumento significativo
do número de empresas a recorrer à insolvência ou a PER’s no
sector da construção fruto duma diminuição de investimentos e
às cada vez maiores condicionantes impostas pela Banca.
Apesar de algumas melhorias verificadas na Europa, continua-se a verificar um agravar da crise no sector em Portugal.
Atualmente, se comercializássemos apenas para o mercado
doméstico, tal como muitas empresas, não teríamos sobrevivido. Assim, estamos a focalizar-nos desde há uns anos em mercados externos sustentados e em crescimento, prevendo um
acréscimo de 10% das nossas exportações até ao final do ano.
A aposta do plano de internacionalização para o sector da construção passa pela entrada em novos mercados como o Brasil e
a Venezuela. Paralelamente ao acréscimo das nossas exportações, a Extrusal lançará dois novos sistemas de correr para o
sector da arquitetura, apostará no investimento em ferramentas
que visem aumentar a produtividade do Grupo e na criação de
parcerias com os clientes do sector da indústria.
CONSIDERAM A REABILITAÇÃO COMO O FUTURO E A SOLUÇÃO
PARA A CRISE NO MERCADO DA CONSTRUÇÃO.
NA
SUA ÓTICA, QUAIS
SÃO OS PRINCIPAIS OBSTÁCULOS A UMA MAIOR DINAMIZAÇÃO DO MERCADO DA REABILITAÇÃO?
A reabilitação, no meu entender, tem um papel muito importante
na retoma do sector da construção e da economia. Contudo,
considero que por si só não chegará para alavancar o sector da
construção, mas sem dúvida poderá ser um dos fatores que
contribuirá para que esse efeito possa ser sentido.
Apesar das crescentes preocupações com o conforto das habitações, através das evoluções dos desempenhos térmicos e
acústicos, da aposta contínua na reconstrução, e ainda dos
financiamentos europeus (FEE) para a construção sustentável,
/ 53
Entrevista
Recer
Daniel Santos, Diretor de Comunicação e Imagem
FUNDADA EM 1977, A RECER DESENVOLVE SIMULTANEAMENTE UMA ATIVIDADE
QUE RECORRE A MINERAIS PESADOS COMO MATÉRIAS-PRIMAS, E ATUA NUM SECTOR EM QUE A PREPARAÇÃO DA CONCORRÊNCIA E A EXIGÊNCIA DOS CONSUMIDORES IMPÕE UM PERMANENTE PROCESSO DE APERFEIÇOAMENTO FACE AO
MERCADO, COM RECURSO A FATORES IMATERIAIS.
PARA A RECER, SERÁ SEM-
PRE ESSENCIAL COMPREENDER O PAPEL, PARA ALÉM DA PRODUÇÃO FÍSICA, DA
CONSTELAÇÃO DE SERVIÇOS EM TORNO DO PRODUTO INDUSTRIAL.
A RECER
É UMA EMPRESA MODERNA, COM CAPACIDADE PARA CONTROLAR
CORRETAMENTE A DISTRIBUIÇÃO E AO MESMO TEMPO RACIONALIZAR EFICAZ-
MENTE OS RECURSOS, OFERECENDO AO MERCADO GRÉS PORCELÂNICO, REVES-
TIMENTOS EM MONOPOROSA DE PASTA BRANCA E PAVIMENTOS DE GRÉS, QUE
UTILIZAM MATÉRIAS-PRIMAS CRITERIOSAMENTE SELECIONADAS E SÃO RIGORO-
SAMENTE CONCEBIDOS PARA SE ADAPTAREM A DIVERSOS MERCADOS MUNDIAIS.
EM ENTREVISTA À REVISTA “MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO”, DANIEL SANTOS,
DIRETOR DE COMUNICAÇÃO E IMAGEM DA EMPRESA, EXPLICA-NOS COMO FOI O
PERCURSO DA EMPRESA DURANTE OS SEUS 35 ANOS DE EXISTÊNCIA, FALA-NOS
DOS PROJETOS PARA O FUTURO, ASSIM COMO DOS PRODUTOS QUE COMERCIALIZAM. ABORDA AINDA O TEMA DA REABILITAÇÃO URBANA.
QUAL O PERCURSO QUE A EMPRESA TEM TIDO DESDE A SUA CRIAÇÃO, TANTO A NÍVEL DA EMPRESA COMO DA GAMA DE PRODUTOS?
O percurso da Recer, ao longo de mais de 35 anos, está
marcado pela inovação e por constantes desafios.
A empresa nasceu focada no mercado nacional, mas
desde cedo encarou as exportações como um fator incontornável na valorização da sua atividade.
Sobretudo a partir dos anos 90, a Recer integrou o pelotão
da frente que integrava as mais prestigiadas empresas
europeias.
É neste contexto que a empresa lança um formato, então
inovador na cerâmica portuguesa, as suas coleções de
autor, assinadas por Ana Salazar, Graça Viterbo, Delfins e
Madredeus.
Dando sequência à sua experiência internacional, a Recer
lançou estruturas próprias de distribuição em geografias
tão variadas como Canadá, Espanha, França e
Luxemburgo, a que acrescem largas dezenas de outros
mercados para onde a Recer exporta, desde há muito.
A nível da sua gama de produtos, a Recer apresenta todos
os anos novas coleções, que respirando as tendências da
decoração globais, refletem alguma da sua própria criatividade e o investimento em design, que a empresa assumiu
com pioneirismo.
Desde há muito que as preocupações com a renovação
são uma realidade para o I&D da Recer, que oferece soluções estéticas e técnicas capazes de satisfazerem um
mercado cada vez mais conhecedor e criterioso.
54 /
Entrevista
QUE ANÁLISE FAZ DO MERCADO E COMO PREVÊ A SUA EVOLUÇÃO PARA OS PRÓXIMOS ANOS?
O mercado está mais maduro, exigente e ávido de soluções que, pela sua contemporaneidade, vão de encontro ao gosto das novas gerações e a um cada vez mais
variado conjunto de aplicações.
A cerâmica afirmou-se como um material de decoração
nobre, versátil e ecológico, capaz de valorizar as soluções arquitetónicas e decorativas e de acrescentar
valor ao património edificado.
O mercado evoluirá no sentido de uma resposta mais
abrangente às exigências da reabilitação urbana, que
se traduz em mais qualidade e melhor serviço.
É este o segmento de mercado em que a Recer se posiciona, ao lado dos profissionais mais qualificados, nas
diversas disciplinas.
COMO SE COMPÕE E CARACTERIZA A VOSSA GAMA DE PRODUQUAL É, ATUALMENTE, O VOSSO PRODUTO CHAVE, A
VOSSA APOSTA PARA AS NOVAS EXIGÊNCIAS DA CONSTRUÇÃO?
TOS?
A nossa gama de produtos é bastante vasta quer em
termos de tipologia de produção (grés, porcelânico
vidrado, porcelânico técnico, monoporosa) quer em termos de formatos (desde 10x10 cm, a 100x300 cm) e
espessuras (de 3 a 11 mm).
Uma aposta de momento passa pelo produto porcelânico, natural, amaciado, polido ou estruturado, com aplicações múltiplas em soluções de revestimento e pavimento.
Pela sua versatilidade de acabamentos e decorações,
mas sobretudo pelas suas características técnicas que
lhe conferem dureza, resistência e garantias elevadas
de duração, este produto posiciona-se num patamar
elevado de qualidade. É por isso um produto de eleição
na prescrição de obra onde se exigem níveis elevados
de qualidade e que correspondam às exigências das
normas de construção vigentes, nacionais e internacionais.
DA VASTA OFERTA DE
PRODUTOS QUE COMERCIALIZAM, QUAIS
SÃO AQUELES QUE MAIS SE DESTACAM NO MERCADO DA REABILITAÇÃO?
EXISTE POR PARTE DA EMPRESA UMA ORIENTAÇÃO
OU ESTRATÉGIA VOLTADA PARA O DESENVOLVIMENTO DE PRO-
DUTOS PARA ESTE MERCADO?
De uma forma geral podemos afirmar que a gama de
produtos da Recer permite enquadrar-se num plano de
reabilitação global tendo nós a consciência, de há
muito, que este é um caminho a trilhar.
Cada obra é um caso, com especificidades técnicas e
necessidades estéticas díspares de outras. Na gama
encontram-se sempre soluções que se vão ajustar posteriormente nas linhas previamente traçadas para a
execução e consumação da obra em questão.
56 /
Para além disso, temos ainda a capacidade instalada de podermos responder a solicitações específicas de reabilitação, como seja reposição
de azulejaria em interior e exterior. Ou o aconselhamento através de
uma equipa e departamento de apoio ao cliente, que pretende responder
a solicitações postas ou encaminhar para os canais mais credíveis no
sentido de resolução das mesmas.
MUITOS
CONSIDERAM A REABILITAÇÃO COMO O FUTURO E A SOLUÇÃO PARA A
CRISE NO MERCADO DA CONSTRUÇÃO.
NA SUA ÓTICA,
QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS
OBSTÁCULOS A UMA MAIOR DINAMIZAÇÃO DO MERCADO DA REABILITAÇÃO?
A reabilitação urbana vai ganhar maior expressão no nosso país e beneficiar dos apoios europeus em sede do novo quadro de apoio
(2014/2020).
O aumento do turismo vai, por outro lado, pressionar a requalificação
dos centros históricos das nossas cidades.
O parque habitacional dos subúrbios das cidades de Lisboa e Porto está
também envelhecido e exige obras de menor impacto, mas igualmente
importantes.
Por este conjunto de razões estamos convictos das potencialidades
deste segmento de mercado e preparados para dar uma resposta adequada.
AS EXPECTATIVAS PARA O FUTURO NÃO SÃO MUITO ANIMADORAS. DE QUE FORMA
QUAIS OS PROJETOS
PARA O FUTURO?
PENSAM ATUAR, A FIM DE CONTRARIAR ESTE CENÁRIO?
O futuro é, a prazo, sempre animador. Estamos convencidos de que a
atual conjuntura interna irá melhorar e a nível global continuamos a
assistir a um cenário de aumento da produção e do consumo de materiais cerâmicos.
Importante é não perder os referenciais de qualidade, design e diferenciação, procurando criar valor e resistindo ao canto da sereia, que pelo
baixo preço nos pretende levar para a delapidação da riqueza.
Entrevista
Roca
Jorge Vieira, Diretor-Geral
LÍDER MUNDIAL NA DEFINIÇÃO DO ESPAÇO DE BANHO E UMA FORTE REFERÊNCIA
135
PAÍSES E TEM 76 UNIDADES DE PRODUÇÃO DISTRIBUÍDAS POR CINCO CONTINENTES.
NO MUNDO DO DESIGN, A ROCA ESTÁ ATUALMENTE PRESENTE EM MAIS DE
EMPENHADA NUM
PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO CONTÍNUO, A
ROCA ESTÁ
PROFUNDAMENTE COMPROMETIDA NA EXCELÊNCIA DO DESIGN DOS SEUS PRODUTOS.
TEM COMO OBJETIVO OFERECER AOS CLIENTES ESPAÇOS QUE ESTIMU-
LAM OS CINCO SENTIDOS, PROPORCIONANDO EXPERIÊNCIAS ÚNICAS.
O
ESTATUTO DA
ROCA
COMO LÍDER MUNDIAL REFLETE-SE NA CRIAÇÃO DE
SOLUÇÕES ALTAMENTE VERSÁTEIS, QUE SE ADAPTAM FACILMENTE AOS HÁBITOS
DE CONSUMO A NÍVEL GLOBAL E QUE OFERECEM SOLUÇÕES PERSONALIZADAS
A TODAS AS EXIGÊNCIAS.
NA ROCA, NUM PROCESSO DE INVESTIGAÇÃO CONTÍNUO, O DESIGN E A INOVA-
ÇÃO TRABALHAM EM CONJUNTO PARA CONSTRUIR UM FUTURO DE BEM-ESTAR
COMUM.
GRAÇAS A ESTE EMPENHO, A ROCA É A MARCA DE REFERÊNCIA MUN-
DIAL NA CRIAÇÃO DE ESPAÇOS DE BANHO.
JORGE VIEIRA, DIRETOR-GERAL DA EMPRESA, NUMA ENTREVISTA À REVISTA
“MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO”, FALA DA EMPRESA E DOS PRODUTOS QUE
COMERCIALIZAM, DO FUTURO E DA REABILITAÇÃO.
QUAL
O PERCURSO QUE A EMPRESA TEM TIDO DESDE A
SUA CRIAÇÃO, TANTO A NÍVEL DA EMPRESA COMO DA
GAMA DE PRODUTOS?
A evolução da Roca em Portugal, desde 1972, foi
absolutamente marcante para o reconhecimento e
reputação da marca e dos seus valores no mercado português. Em 41 anos de presença em
Portugal, passámos da importação de produtos de
aquecimento e comercialização de banheiras de
ferro fundido para a aquisição de várias unidades
fabris, implementação do Centro de Formação e
Showroom e, mais recentemente, a inauguração
do Roca Lisboa Gallery, um espaço onde apresentamos as novidades Roca e, simultaneamente,
promovemos eventos culturais. Somos, por isso,
uma empresa líder na definição de espaços de
banho com grande responsabilidade no sector, e
procuramos constantemente apresentar um conjunto de soluções altamente versáteis, que se
adaptam facilmente aos hábitos de consumo a
nível global e que oferecem soluções personalizadas a todas as exigências. Tentamos que a envolvente externa tenha o mínimo de influência possível naquele que é o nosso principal objetivo: estarmos empenhados num processo de desenvolvimento contínuo. A Roca está profundamente comprometida com a excelência do design e qualidade
dos seus produtos, oferecendo aos seus clientes
espaços que estimulam os cinco sentidos e que
proporcionam experiências únicas.
58 /
Entrevista
QUE ANÁLISE FAZ DO MERCADO E COMO PREVÊ A SUA EVOLUÇÃO PARA OS PRÓXIMOS ANOS?
É óbvio que o mercado está difícil, e que estamos a
atravessar um momento de grande exigência para
todas as empresas que, de alguma forma, estão ligadas
ao sector da construção. Estamos inseridos num mercado cada vez mais agressivo e competitivo, e é fundamental estar atento às novas oportunidades que surgem. Este tipo de conjunturas dão muitas vezes origem
ao aparecimento de novas necessidades por parte dos
clientes, e é importantíssimo estar preparado para dar
uma resposta válida e imediata, de acordo com aqueles
que são os pilares da empresa: qualidade, design de
excelência e sustentabilidade.
COMO SE COMPÕE E CARACTERIZA A VOSSA GAMA DE PRODUQUAL É, ATUALMENTE, O VOSSO PRODUTO CHAVE, A
VOSSA APOSTA PARA AS NOVAS EXIGÊNCIAS DA CONSTRUÇÃO?
TOS?
Tendo em conta o nosso estatuto de líderes, mais do
que ter um produto ou um conjunto de produtos chave,
o essencial é ter uma ampla gama de produtos, nos
diversos segmentos, adaptáveis às distintas necessidades. Apresentámos no princípio do ano no Roca Lisboa
Gallery, na praça dos Restauradores, as nossas principais apostas para 2013, que reforçam a nossa posição
enquanto líderes em produtos para espaço de banho e
o nosso firme compromisso com a excelência e prioridade em antecipar o futuro. Entre as novidades, destaque
para o In-Tank Meridian, uma solução que integra, pela
primeira vez, o tanque na própria sanita. Estas sanitas
de nova geração não necessitam de instalação de um
tanque nem de uma placa de acionamento para o funcionamento. Lançámos também a nova coleção de torneiras L90, caracterizada pelas suas linhas puras, em
forma de L, com ângulos de 90º, que potenciam elegância ao seu caráter arquitetónico. Temos também a nova
gama de colunas de duche Victoria, uma termostática
para banho e duche e uma monocomando para duche
que se juntam à atual coluna de duche e às misturadoras termostáticas. Destaque também para a nova
banheira ergonómica In-Flow, que oferece momentos
de relax, através do novo sistema de hidromassagem
Roca e da opção cromoterapia. A pensar na poupança
de água, In-Flow utiliza menos água que o habitual para
desfrutar do seu momento de bem-estar.
DA VASTA OFERTA DE
PRODUTOS QUE COMERCIALIZAM, QUAIS
SÃO AQUELES QUE MAIS SE DESTACAM NO MERCADO DA REABILITAÇÃO?
EXISTE POR PARTE DA EMPRESA UMA ORIENTAÇÃO
OU ESTRATÉGIA VOLTADA PARA O DESENVOLVIMENTO DE PRO-
DUTOS PARA ESTE MERCADO?
Todos os nossos produtos, dada a sua versatilidade e
reduzido impacto ambiental, são aplicáveis às necessidades do mercado da reabilitação. Estamos a falar de
produtos de máxima qualidade, resultantes de uma
investigação aprofundada e de um desenvolvimento
contínuo das suas faculdades, e isso concede-lhes uma
aplicabilidade variada, adaptável aos mais distintos
espaços.
60 /
A nossa estratégia, seja qual for o segmento, assentará sempre no compromisso com o design e a qualidade, mantendo a nossa liderança num mercado em constante evolução, nos domínios da estética e da funcionalidade.
MUITOS CONSIDERAM A REABILITAÇÃO COMO O FUTURO E A SOLUÇÃO PARA A CRISE
NO MERCADO DA CONSTRUÇÃO. NA SUA ÓTICA, QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS OBSTÁCULOS A UMA MAIOR DINAMIZAÇÃO DO MERCADO DA REABILITAÇÃO?
Considerando os fatores que marcam a forte crise que estamos a atravessar, parece-me que a reabilitação é a alternativa natural para o atual contexto. Com o enorme abrandamento da nova construção em Portugal, é
normal que a reabilitação se torne um mercado mais apetecível e onde as
diferentes empresas do sector vão querer ter uma participação significativa.
A versatilidade da nossa gama de produtos permite a utilização facilitada
em projetos de reabilitação. O mercado da reabilitação, como qualquer
outro segmento relacionado com o sector da construção, exige das empresas dedicação máxima na conceção e desenvolvimento constante de produtos inovadores, fiáveis e de máxima versatilidade. É preciso responder
com rapidez, e de forma acertada a um cliente, que hoje, mais do que
nunca, é atento, informado e cada vez mais consciente das suas necessidades.
AS
EXPECTATIVAS PARA O FUTURO NÃO SÃO MUITO ANIMADORAS.
PENSAM ATUAR, A FIM DE CONTRARIAR ESTE CENÁRIO?
O FUTURO?
DE QUE FORMA
QUAIS OS PROJETOS PARA
A nossa estratégia para o último trimestre de 2013 e para o futuro mais próximo passa essencialmente por manter a aposta contínua na criação de produtos de máxima qualidade, tendo por base os valores associados à sustentabilidade e à eco-eficiência. A eco sustentabilidade é um dos principais valores da nossa empresa, e a nossa liderança global está fortemente vinculada
a temas ambientais, especialmente em temas relacionados com a água. É
este processo de investigação contínuo, de procura constante por novas e
melhores soluções, de inovação e de eficiência, que faz da Roca a marca
de referência mundial na criação de espaços de banho. Continuaremos a
reforçar a nossa oferta com produtos de máxima qualidade e fiabilidade. É
fundamental procurar responder cada vez mais rápido e cada vez melhor, às
necessidades dos consumidores portugueses, e apesar de estarmos atentos às condicionantes externas, tentar sempre que esta tenha o mínimo de
impacto possível nos objetivos traçados pela empresa.

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