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Pronto. O Verão passou. As férias chegaram ao fim. O novo ano lecti‐
vo já está em andamento. Estamos de novo cada um no nosso trabalho. E, em princípio, devíamos estar todos empenhados em desempenhar as nossas tarefas com muito sentido de responsabilidade. O teu trabalho, aquele que se refere à tua actual profissão, é estudar, com tudo o que isso significa. Das tuas tarefas fazem parte também aquelas que se prendem com a tua especial situação de pré‐seminarista, para a qual não deve ter havido férias. Pelo menos era isso que se esperava de ti e foi isso que te reco‐
mendámos. Tens aqui a “CONVOCATÓTIA” para o nosso segundo “encontro for‐
mativo” do novo ano lectivo”. É no fim‐de‐semana a seguir ao Dia Mun‐
dial das Missões. Este Dia das Missões é muito festejado no Colégio Mis‐
sionário. Vêm imensas pessoas que passam cá o dia, participando na Eucaristia e, depois do almoço, numa tarde muito animada e divertida. A esta festa tão significativa para nós do Colégio Missionário era bom que viessem alguns pré‐seminaristas (pelo menos os que são de mais perto) e suas famílias. Já o ano passado fizemos este convite. Veio quem quis. Vamos a ver se este ano aparece mais alguém. Mas o impor‐
tante é não faltar ao ‘encontro formativo’. E trazer o RRR bem feito. Para evitar confusões, dizemos já a seguir qual é o trabalho que deves apresentar. No mês passado apresentaste dois trabalhos, não é verdade? Quem eventualmente não tenha vindo ao ‘encontro’ de Setembro ou não tenha apresentado o trabalho completo, desta vez tem de o apresentar, junta‐
mente com o novo. Este último terá o título de ‘RRR de Outubro’ e será constituído pelas respostas às perguntas que vão aqui na página anterior, relendo, para isso, os textos do ‘Em Frente’ de Setembro. DATA: 23 e 24 de Outubro. CHEGADA: no sábado, entre as 9.00 e as 10.30 horas. REGRESSO A CASA: no domingo, logo após o almoço, de preferên‐
cia antes das 14.00 horas. TRAZER: As coisas do costume, sem esquecer aquilo que deve ser entregue à chegada, a saber: Cartão de pré‐seminarista, Folhi‐
nha da Fidelidade e o RRR de Outubro. Em Frente (Contacto com os Pré‐seminaristas Dehonianos) Publicação Mensal ‐ Ano IX ‐ nº 192 ‐ Outubro de 2009 Proprietário, Director e Editor: Pe. Fernando Ribeiro, SCJ Redacção e Administração: Caminho do Monte, 9 | Ap. 430 | 9001‐905 ‐ FUNCHAL Telf.: 291 22 10 23 | Web site: emfrente.wordpress.com | Email: [email protected] Impresso nos Serviços Privativos do Colégio Missionário Sagrado Coração ‐ FUNCHAL Depósito Legal nº 120 306 Em Fr
Freente
Publ. Mensal ‐ nº 192 ‐ Outubro de 2009 ‐ Preço 0,25€ (IVA incl.) Contacto com os Pré‐seminaristas Dehonianos Caro PRÉ‐SEMINARISTA! O novo ano lectivo já está em andamento. As férias pertencem ao passado. Não fiques triste, por causa disso. Pelo contrário, alegra‐te, porque voltaste à tua vida normal, à tua escola, aos teus amigos. Ale‐
gra‐te também, porque, com energias renovadas, podes retomar a tua caminhada como estudante, na preparação do teu futuro. Mas acontece, bem sabes, que não és só estudante. És muito mais do que isso. E o muito mais que tu és não deve ter estado de férias, não deve ter sofrido interrupção. Assim sendo, com o mês de Outubro, não vais propriamente retomar toda a tua caminhada. Retomas os estudos, mas continuas tudo o resto. Como pré‐seminarista, por exemplo, não se trata de retomar, mas de continuar em frente com entusiasmo cada vez maior. E, se, para alguma coisa serviram as férias, deve ter sido exactamente para renovar esse entusiasmo, de modo a poderes enfrentar o novo ano lectivo per‐
feitamente consciente daquilo que Jesus – e não só Ele – espera de ti. Como pré‐seminarista que é estudante, voltaste ou deverias ter voltado à tua escola e aos teus estudos de uma forma mais madura e responsável. O ano passado foi o que foi. Para alguns até foi bastante bom. Para outros, nem por isso. Este ano tem de ser melhor. Cresceste mais um bocadito, deves também ter amadurecido um pouco mais. Encara as coisas com mais empenho e seriedade. Mostra que cresceste. As coisas importantes da vida não podem ser levadas na brincadei‐
ra. Os estudos, por exemplo, merecem a tua aplicação responsável des‐
de o início do ano. Repito: “desde o início”. Por isso, não vais cair no erro de alguns estudantes – erro que talvez tu próprio já cometeste – de estudar só na véspera dos testes ou de deixar tudo para o fim do período ou do ano. Lembra‐te bem disto: tens de dar o teu melhor, logo desde o princí‐
pio. Aliás, deves dar sempre o teu melhor, em tudo o que diz respeito à tua vida. E não caias, nem agora nem nunca, no erro de te limitares ao mínimo dos mínimos. Além disso, não esqueças o que deves saber a respeito do desânimo. Pe. Fernando Ribeiro, SCJ OBRA DE
Para ti, A PALAVRA DO PADRE DEHON [eler] [eflectir] [esponder] 1. a) Que dificuldade tiveram alguns dos que foram admitidos ao Seminário? b) Que é que só fazes bem, se fizeres? c) Que caminhada está a fazer um pré‐seminarista? d) Que é, afinal, a ‘vocação’? e) Qual deve ser a atitude de um pré‐seminarista, se Jesus o chamar a ser uma pes‐
soa consagrada? f) Que é que esperamos que este ano não aconteça? Obra de amor, a Eucaristia pertence ao Coração de Jesus e reclama‐o como seu princípio e seu lugar de origem. S. João ensinou‐o ao mundo, indo fazer a sua acção de graças pelo dom inefável que acabava de receber na própria fonte donde sabia que ele provinha – o Coração de Jesus. COMENTÁRIO: "Mistério da fé!" – diz o sacerdote logo após a consagração, na qual se faz a Eucaris‐
tia. Na verdade, a Eucaristia é um mistério de tal ordem, que só por fé pode ser aceite. Mas o sacerdote poderia igualmente dizer: “Eis o mistério do amor!”. É exactamente isso que o Padre Dehon afirma: que a Eucaristia é, de facto, um mis‐
tério do amor que Jesus tem para com os homens e que, ao instituí‐la, atingiu o seu extremo limite. Quer dizer que Jesus, apesar da sua omnipotência divina, não podia ter feito mais por amor dos homens: “amou‐os até ao fim”. Durante a última Ceia, quando Jesus instituiu a Eucaristia, S. João encontrava‐se junto d’Ele, em posição de poder recli‐
nar a cabeça sobre o seu peito e sentir as palpitações do seu Coração. Percebeu assim que era exactamente naquele Coração cheio de amor que tinha origem a Eucaristia. Nascia do amor “até ao fim” do Coração de Jesus. 2. a) Que espécie de ‘corações’ pede Jesus, segundo o Pe. Dehon? b) Que é que quer dizer o Pe. Dehon com a palavra ‘corações’? a) Que é que se exige, no dizer do Papa, daqueles que são chamados? 3. b) Que recorda o ‘Catecismo da Igreja Católica’? c) Que é que pressupõe sempre uma resposta positiva? 4. a) Que é que nunca é demais recomendar‐te? b) Refere os dois provérbios que são citados no texto. c) Que acontece a quem não foge das más companhias? a) Que pediu Bento XVI a 02/08/2009 a milhares de acólitos? 5. b) Que é a amizade com Jesus? 6. a) Que palavras se juntaram no interior do futuro Pe. L. Merta? b) Que tentou ele fazer, a princípio? c) Que é que era muito difícil? d) Que escolhas tinha ele de fazer? e) Que significaria a primeira opção? 7. a) Que significava para aquele jovem “amar por amor”? b) Como deve ser, segundo ele, o nosso amor? 8. Perguntas sobre o “Directório” (página 22‐24) a) Que possibilidade dá o pré‐seminário? b) Que procura o pré‐seminário favorecer? c) Que ideal exaltante procura o pré‐seminário manter vivo? d) Que procura o pré‐seminário desenvolver? e) Quais são os sinais reveladores do chamamento de Deus? f) Para que consciência procura o pré‐seminário despertar? g) Que pode também garantir o pré‐seminário? h) Donde podem advir múltiplas dificuldades? 2 11 PARA LER E MEDITAR Jesus ama‐te! A PALAVRA DO PAPA, para ti A paz de Cristo esteja convosco! Sou uma jovem de 18 anos que muito ama aqueles que se dispõem a seguir Jesus. Peço a todos que rezem por mim, pela minha vocação, para que eu responda prontamente a tudo o que o Mestre quiser de mim. Só quero fazer a sua vontade. Assim, sou muito, muito feliz. Aproveito para deixar um pequeno recado. Não importa a tua idade. O importante é seres aquilo que és. Por vezes pensas que és mais um ser humano no meio de quatro biliões. Esqueces que Deus pensou em ti desde a eternidade, e que com profundo e infinito amor te chamou à vida. Deus sentiu que tu fazias falta no mundo. O mundo é como que um jardim, e cada pessoa é uma flor com um aroma e uma cor bem definidos. Sem ti, o mundo teria menos razão de ser. Para Deus tu tens um valor único. És peça muito importante para que o mundo fun‐
cione. Por vezes não te dão a devida atenção, o teu esfor‐
ço passa despercebido aos homens, mas Jesus está sem‐
pre a olhar‐te com tanto amor! Tu és tão importante para Deus, que Ele deu a sua vida por ti. E, se só existis‐
ses tu na terra, Ele teria feito o mesmo. Isto não é fan‐
tástico? Dar a vida, a maior prova de amor. Jesus criou‐te para seres feliz, e tu só serás feliz, quando O conheceres e amares acima de tudo o resto. Para O conheceres tens de O escutar através da sua Palavra, e falar‐Lhe com uma oração simples e since‐
ra. Fala com Ele como falas com um teu amigo. Só que há uma grande diferença: é que Ele é o teu maior amigo. Ana Luísa 10 PRONTA ADESÃO
Quem pode considerar‐se digno de ingressar no ministério sacer‐
dotal? Quem pode abraçar a vida consagrada contando apenas com os seus recursos humanos? Mais uma vez convém reafirmar que a res‐
posta da pessoa à vocação divina – sempre que se esteja consciente de que é Deus a tomar a iniciativa e é Ele também a levar a bom ter‐
mo o seu projecto salvífico – não se reveste jamais do cálculo medro‐
so do servo preguiçoso, que por medo escondeu na terra o talento que lhe fora confiado (cf. Mt 25, 14‐30), mas exprime‐se numa pronta adesão ao convite do Senhor, como fez Pedro quando, apesar de ter trabalhado toda a noite sem nada apanhar, não hesitou em lançar novamente as redes confiando na palavra d’Ele (cf. Lc 5, 5). Sem abdi‐
car de forma alguma da responsabilidade pessoal, a resposta livre do homem a Deus torna‐se assim «corresponsabilidade», responsabilida‐
de em e com Cristo, em virtude da acção do seu Santo Espírito; faz‐se comunhão com Aquele que nos torna capazes de dar muito fruto (cf. Jo 15, 5). COMENTÁRIO: Estas palavras fazem parte da Mensagem do Papa para Dia Mundial das Vocações deste ano. No fundo, o Papa quer dizer que, na questão da vocação, a iniciativa é sem‐
pre de Deus, à qual aquele que é chamado deve dar uma adesão (resposta) pronta e cheia de confiança. Confiança não nas nossas forças, mas na ajuda de Deus que nunca falha. Assim é que “a resposta livre do homem a Deus se torna ‘corresponsa‐
bilidade’ (responsabilidade em e com Cristo)”. E o Santo Padre recorda a atitude de S. Pedro que, depois de ter passado toda a noite na pesca sem apanhar nada, confia em Jesus que lhe manda lançar novamente as redes e acabou por fazer uma pescaria extraordinária. 3 UMA HISTÓRIA DE CADA VEZ SEXTO MISTÉRIO
Um bom lavrador da Holanda, sen‐
tindo‐se na agonia, chamou os filhos. Quando os viu junto de si, disse‐lhes: ‐ Meus filhos, agora que vou mor‐
rer, quero descobrir‐vos um segredo. Muitas vezes vos queixastes de que as orações da noite eram demoradas. Ao acabar o terço, rezávamos sempre mais um mistério “por uma intenção particular”. Quantas vezes me per‐
guntastes que intenção era essa e eu nunca vos respondi! Vou dizê‐la agora. No dia do nosso casamento, a vos‐
sa mãe e eu fizemos na igreja uma promessa muito importante. Prome‐
temos que havíamos de rezar todos os dias mais um mistério do terço para alcançar que ao menos um dos nossos filhos fosse missionário. Agora morro contente, ao ver três dos meus filhos missionários. Alcancei o que pedia. Nunca vos quis dizer isto, para que vós escolhêsseis com toda a liberdade a vossa vocação. Pouco depois de ter proferido estas palavras, morreu piedosamente. Isto deu‐se na Holanda, país de muitos missionários. Mas também em Portugal não faltam mães que vivem este sublime ideal: ter um filho sacer‐
dote ou missionário. Há alguns anos 4 10 grãos de
sabedoria
1. Estreita é a porta e apertado o caminho que conduz à verdadeira vida; e quão poucos são os que o encontram. (Jesus) 2. O amor coloca Deus no seu lugar e faz d’Ele verdadeiramente o Senhor, o centro e o ideal de tudo. (Padre Dehon) atrás uma noiva escreveu esta carta ao Reitor do Seminário de Évora: “Reverendo Senhor. Peço que aceite a pequeníssima esmola que vai junta, que é de uma rapariga pobre e que tem uma aspiração: ter um filho Padre. Por isso peço as orações dos que vivem nessa casa e que eu tenha a imensa alegria de ver no meu futuro lar desabrochar ao menos uma voca‐
ção. Todos os dias dirijo ao Senhor preces por essa intenção. Se quiser fazer publicidade desta carta, pode fazê‐lo, pois talvez desperte no cora‐
ção de muitas raparigas o meu grande sonho: ter um filho Padre!”. Mesmo nos nossos dias, apesar de serem muitas as famílias com pouca ou sem nenhuma fé, nós próprios somos testemunhas de que muitos sacerdotes e freiras atribuem a graça da sua vocação consagrada às ora‐
ções dos seus pais. 3. Estamos na terra para mostrar aos outros, através de nós, que Deus nos ama. (Alguém) 4. O que fazes com alegria resulta melhor. (A. Bonnafous) 5. Se puderdes, dai a vossa vida com alegria, sem medo, a Ele, que antes deu a sua vida por vós. (João Paulo II) 6. A maior parte dos sacerdotes e dos missionários deve a origem da sua vocação aos exemplos e lições do pai e da mãe. (Pio XII) 7. Visto que não podemos ver Cristo, não podemos exprimir‐Lhe o nosso amor; mas o nosso próximo vemo‐lo e devemos fazer por ele o que quereríamos fazer por Cristo, se fosse visível. Devemos estar abertos a Deus, a fim de que Ele possa servir‐Se de nós. (Madre Teresa de Calcutá) 8. Começa a viver já e considera cada dia como uma vida. (Séneca) 9. Não temais. O Espírito Santo está convosco e nunca vos abando‐
na. A quem confia em Deus nada é impossível. (Bento XVI) 10. Ninguém calcula o bem que faz, quando faz tudo bem. (Alguém) 9 PÁGINA VOCACIONAL -
Na Ordenacao diaconal- de
Jorge Luis Flores Cabenas
Dou‐Te graças, Senhor, por me teres hoje aqui, considerado digno de confiança para o desempenho deste ministério. A Ti, Mãe Maria, por estar seguro de que foste Tu que me acom‐
panhaste durante toda a minha vida e em especial nestes anos da minha formação missionária. Dou‐Te graças, Pai Deus, pela minha família, que, apesar de não estar neste momento junto a mim, reza e vive este momento em comunhão comigo. Dou‐Te graças pelos pais que me deste, porque foram eles que ao colocarem as bases da minha fé me levaram a que hoje esteja aqui a dar este passo que também é muito significativo para eles, já que, ter dado a minha vida a Ti, Jesus, não foi para me esquecer deles, mas para que a sua vida, um dia, também chegue a ser tua. Dou‐Te graças pela minha Santa Madre Igreja que me acolheu como seu filho na pessoa do nosso Padre e Arcebispo Mons. Túlio Manuel Chirivella e à qual espero servir e com a qual quero colabo‐
rar com todo o meu coração neste dom que por suas mãos me foi conferido. E, neste contexto de Igreja, quero agradecer a todos vós que representais a acção do Espírito Santo, manifestada nos diferentes carismas. A todos os jovens aqui presentes que dão vida e esperança à Igreja e especialmente aos companheiros do seminá‐
rio Divina Pastora que colaboraram nesta celebração Eucarística do meu diaconado. Pela minha querida Família Verbum Dei à qual estou mui‐
to grato por tudo o que sou e por tudo o que tenho; dela recebi conhecer Deus de forma vivencial através da sua Palavra, e dela recebi compreensão, carinho, paciência em todas as ocasiões em que partilhámos: Alegrias, Tristezas, Lutas e Ilusões. Estou consciente de que, por trás de mim, há muitas pessoas a quem Deus me entregou, no decurso de toda esta história que Ele iniciou há 12 anos e mesmo antes de me formar no ventre de minha mãe. Pai Deus, Jesus, Espírito Santo, quero terminar pedindo‐Vos que se faça realidade em mim este lema da minha ordenação diaconal: Quem iniciou esta boa obra em mim a leve a bom termo. Acom‐
panha‐me, Maria, com o teu afectuoso amor de mãe para que a minha consagração à Palavra viva de Deus e pregação da mesma, seja propagação contínua da Vida de Deus por gerações. Ámen. 8 DSJTUP!DPOUJOVB!
B!DIBNBS!
Para responder ao chamamento de Deus e pôr‐se a caminho, não é necessário que sejamos já perfeitos. Sabemos que o reconheci‐
mento do próprio pecado fez com que o filho pródigo retornasse e experimentasse a alegria da reconciliação com o Pai. No mistério da Igreja, Corpo Místico de Cristo, o poder divino do amor muda o coração do homem, dando‐lhe a capacidade de comuni‐
car o amor de Deus aos irmãos. Durante tantos séculos, muitos homens e mulheres, transforma‐
dos pelo amor divino, consagraram a sua existência à causa do Reino. Maria, Mãe de Jesus, directamente associada, na sua peregrina‐
ção de fé, ao mistério da encarnação e da redenção, é o modelo daqueles que são chamados a testemunhar, de modo particular, o amor de Deus. Relembrados da recomendação de Jesus: “A messe é grande, mas poucos são os operários! Orai para que o dono da messe mande operários à sua messe!”(Mt. 9:37), advertimos vivamente para a neces‐
sidade de rezar pelas vocações ao sacerdócio e à vida consagrada. Cristo, Sumo Sacerdote, na sua solicitude pela Igreja, chama, em cada geração, diversas pessoas para cuidar do seu povo. Cristo chama ao ministério sacerdotal homens que exerçam uma função paterna, cuja fonte reside na mesma paternidade de Deus (cfr Ef. 3:14). A missão do sacerdote na Igreja é insubstituível. Mesmo se, em certos lugares, há escassez de sacerdotes, não se deve ter menos certeza de que Cristo ainda continue a chamar homens, que como os Apóstolos, abandonan‐
do todas as outras tarefas, se dediquem totalmente à celebração dos santos mistérios, à pregação do Evangelho e ao ministério pastoral. (Bento XVI) 5 TESTEMUNHO HISToRIA DE
AMOR
“Considero a minha vida como uma história de Amor em que o protagonista principal é Deus.” O meu nome é Jorge Luís Flores Cobeñas, nasci nas quentes ter‐
ras de Sullana, no dia 29 de Novembro de 1968, no seio de uma família a quem quero muito e da qual fazem parte sete irmãos e meus pais que graças a Deus estão vivos. Fiz os meus estudos primários e secundários em Piura; depois de cumprir o meu serviço militar durante dois anos, entrei na Universi‐
dade Nacional de Piura no ano de 1989 na Faculdade de Contabilida‐
de, lugar onde conheci o Senhor (onde não me passaria pela cabe‐
ça), e comecei pela primeira vez na minha vida a ter um conheci‐
mento próximo e vivencial de diálogo íntimo e afectivo com o Senhor. Este conhecimento foi através do testemunho das missio‐
nárias Verbum Dei e através das Fraternidades, momentos de ora‐
ção, convívios, retiros que nos ofereciam a nós estudantes. Encontrei‐me com o Senhor no ano de 1993 e, a partir daí, come‐
çou uma revolução na minha vida, porque nesse encontro eu expe‐
rimentei uma felicidade muito grande na minha vida, uma felicidade que nunca antes tinha sentido assim. Quanto à minha chamada e à minha saída do Peru para o México no dia 3 de Outubro de 1997 (dia de S. Francisco de Assis) como missionário, nem eu sei explicar; como vêem foram quatro longos anos a lutar com o Senhor e só sei que eu era um rapaz que aspirava casar‐me e ter muitos filhos e sobretudo desejava triunfar na vida. Por isso não considero que sigo o Senhor porque era um falhado, nem porque não tinha outra solução, mas porque Ele me venceu, como disse na sua Palavra: “ Seduziste‐me, Senhor, e eu me deixei seduzir por Ti” (Jeremias, 7,20) 6 Considero que os 6 anos que estive no México, foram os melho‐
res anos da minha formação missionária, só pelo simples facto de estar no País onde se ama a Virgem Maria (A Lupita como dizem os mexicanos), ela que quis ficar como padroeira do México e sobre‐
tudo da América. Não sabem o amor que aprendi a ter à Virgem Maria. No meio das festas e nas nossas capelas e Igrejas não falta‐
va a imagem da nossa Mãe, “la morenita”, a sempre Virgem Maria. No México tive a oportunidade de fazer os meus primeiros Votos temporários no dia 28 de Agosto de 1999 (dia de São Santo Agostinho, o pecador perdoado); os meus segundos votos tempo‐
rários, fi‐los no dia 14 de Julho de 2002 (dia dos anos do meu Pai); no dia 6 de Agosto do ano 2003 (dia da transfiguração do Senhor), recebi o Acolitado e Leitorado. Nesse mesmo ano, para terminar os meus estudos, viajei para Espanha (Loeches‐Madrid) e, neste últi‐
mo ano, estando nas quentes terras Peruanas, fiz os meus votos perpétuos no auditório da UNP (onde estudei) no sábado, dia 3 de Setembro (dia de S. Gregório Magno, um grande Pastor da Igreja) Deus deu‐me a graça, este Domingo 12 de Fevereiro, de poder realizar a minha ordenação diaconal nestas terras venezuelanas, mais especificamente em Barquisimeto, Cidade onde estou a reali‐
zar a missão que Cristo me confiou, na companhia de outros 2 sacerdotes: Domingo Garcia e Gilmer Valderrama. Por último quero terminar dando graças a Deus e dizer‐lhe: Como te pagarei por todo o bem que me fizeste e por isso hoje lhe digo que se voltasse a nascer e Deus me perguntasse: “Filho, que gostarias de ser...?” eu responder‐lhe‐ia: Missionário para sempre. Ser Missionário é o melhor que me poderia ter acontecido na vida, mas não só pela felicidade que experimento, mas pela alegria e felicidade que vi aparecer em tantos rostos sombrios, de tantas vidas que não tinham sentido para viver. Na verdade, fiquei sur‐
preendido de ver tanta gente que tinha tudo e não era feliz, por isso agora, no momento da minha ordenação diaconal, quero dizer‐
‐lhes que esta proposta de ser seu diácono, que significa servidor, é para mim uma honra muito grande que me ultrapassa, já que Ele me disse: “onde estou, aí quero este meu servidor” (João 12, 26). Por isso, por Amor a Jesus e por amor aos meus irmãos de todo o mundo, hoje novamente quero dizer a Deus com todo o meu cora‐
ção como disse a Virgem: “Faça‐se”, e sempre com a confiança que diz o Lema da minha ordenação diaconal: “Ele que iniciou esta obra em mim, leva‐la‐á a fim feliz” (Filipenses 1, 6) Despede‐se o vosso irmão em Cristo: Jorge Flores
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