plastica 59.p65 - SBCP-MG

Transcrição

plastica 59.p65 - SBCP-MG
Plástica em Minas
Informativo da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica - Regional Minas Gerais
Ano XVI – Nº 59 – maio/junho/2008
Rua Araguari, 1705 - sala 303 - CEP 30.190-111 - Belo Horizonte - Minas Gerais
IMPRESSO FECHADO
Ivo Pitanguy é presença
marcante em Simpósio do Mater Dei
Pode ser aberto pela ECT
3
Regional Minas inaugura
novas instalações e retrato de
José Tariki
10
SBCP Nacional atua para
minimizar abusos na invasão
da especialidade
12
Veja Reportagem sobre o Serviço
de Cirurgia Plástica Credenciado
de Uberaba
4
EDITORIAL
HIPÓCRATES E A MERCANTILIZAÇÃO DA MEDICINA
“É vedado ao médico o atendimento de pacientes encaminhados por empresas que anunciem e/ou comercializem
planos de financiamento ou consórcios para procedimentos médicos”. Este é o objeto principal da Resolução 1.836,
datada de 11 de fevereiro deste ano (publicada no Diário
Oficial da União em 14 de março).
Se estivesse vivo, um Hipócrates atordoado estaria se
perguntando: Será que o Conselho Federal de Medicina deveria mesmo se preocupar em editar uma Resolução com este teor? É realmente necessária uma Resolução que proíba a comercialização de procedimentos
médicos através de agências intermediadoras? Será que
existe o vínculo de alguns médicos com empresas que
anunciam e comercializam planos de financiamento ou
consórcios?
E Hipócrates teria razão de estar estupefato. Na época dele,
certamente atitudes dessa natureza não aconteceriam. Mas,
atualmente, quando o capital é a alavanca que move o
mundo, a ética dá lugar ao “vale tudo”. Até mesmo o
médico, que prometeu exercer a arte de curar, mantendo-
se sempre fiel aos preceitos da honestidade, da caridade e
da ciência, pode se contaminar com a quantidade de ofertas comerciais para tornar sua profissão mais lucrativa. O
que não é verdade, pois, ao oferecer à sociedade consórcios para o pagamento parcelado de cirurgias plásticas (em
até 36 vezes), a intermediadora não só coloca o paciente
em risco por oferecer o trabalho de cirurgiões não habilitados, como desvaloriza o ato médico, remunerando o
profissional com baixíssimos valores.
A Regional da SBCP em Minas está preocupada com a
utilização dos serviços de intermediadoras do procedimento médico, que anunciam seus propósitos em todas as mídias, utilizando depoimentos de pacientes e fotos do tipo
“antes” e “depois”, prática condenada pelo Conselho Federal de Medicina. Daí, a SBCP-MG ter a obrigação de alertar os colegas médicos para uma atitude que deve ser rechaçada, com o objetivo de preservar os valores éticos e
morais da medicina e resguardar a integridade dos pacientes. (Este editorial continua na página 2, “Recado da Diretoria)”
2
RECADO DA DIRETORIA
Simpósio de Ouro Preto
Gostaria de elogiar a excelente organização
do Simpósio de Ouro Preto e dizer que fiquei
muito surpresa com a qualidade. Gostei tanto
que irei no de 2009. Aliás, não conhecia Ouro
Preto e AMEI a cidade (principalmente o restaurante Bené da Flauta, que recomendo juro que não estou recebendo pela propaganda do restaurante e nem pertence a minha família!)
Um abraço,
Sumara Marques Barral
Encontro Itinerante de Juiz de Fora
Parabenizo a Regional, na pessoa do presidente Jorge Menezes , bem como dos outros
membros que aqui estiveram (em Juiz de Fora),
pela iniciativa brilhante de ouvir em cada cidade os membros da SBCP-MG.
Essa iniciativa, além de tornar mais próxima
nossa convivência, vem nos lembrar a importância e responsabilidade de ser um Cirurgião
Plástico, assim mesmo, com letras maiúsculas.
Tivemos a possibilidade de, mais uma vez,
aprender e trocar experiências.
Continuação do
editorial de capa
A atuação destas empresas, se não atinge os cirurgiões
plásticos, tem como alvo uma classe médica não apta a
exercer a cirurgia plástica e que, infelizmente está sendo
formada “a rodo” por diversos cursos “latu sensu” espalhados pelo país. São cursinhos não reconhecidos pelo
Ministério da Educação que confundem, propositadamenJorge Menezes
te, medicina estética com cirurgia plástica e oferecem à
incauta população “cirurgiões” despreparados, responsáveis pelo aumento dos fatores de risco, como a incidência de intercorrências, erros
e até mortes.
E o que pode estar motivando tudo isso? Para a SBCP-MG, a concorrência predatória é uma das grandes causas dessa situação. E um outro agente motivador é a
invasão da especialidade por profissionais sem treinamento ou qualificação, a ponto
de criar um campo de medicina estética que tem pouco de medicina, sujeito à
lógica das soluções mágicas e da falta de controle e regulamentação social.
Aguardo novas oportunidades, obrigado,
Tudo isso pode ser traduzido pelos sinais do tempo, onde globalização e mercantilização da medicina são os grandes fatores de risco.
João Márcio
Ainda bem que Hipócrates não está vivo!
Evento Científico de Juiz de Fora
(artigo assinado publicado na editoria de Opinião do Jornal Estado de Minas/23 de
junho de 2008).
Mais uma vez gostaria de agradecer o presidente Jorge Menezes e os membros da diretoria de SBCP-Minas pela presteza em atender à nossa solicitação para participar do evento em Juiz de Fora.Sem a participação da diretoria, o evento teria outro impacto.
Os alunos elogiaram muito as palestras de vocês.
Muito obrigado e espero revê-los em breve.
Marilho Tadeu Dornelas
SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRURGIA
PLÁSTICA - REGIONAL MINAS GERAIS
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SECRETÁRIO: Eduardo L. Nigri dos Santos
TESOUREIRO: Cláudio Salum Castro
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Nenhum homem
é uma ilha
Nossa gestão frente à regional mineira da SBCP tem nos
dado muito trabalho, mas, também, muita satisfação. Basta
ler as cartas ao lado para perceber que a nossa Sociedade está no caminho certo, pois a resposta dos colegas que
participaram de eventos como os de Ouro Preto e Juiz de
Fora é um exemplo gratificante de como nossa administração tem buscado acertar. É a nova filosofia da SociedaEduardo Nigri
de que procura a participação de todos para que nos fortaleçamos. Cada evento (seminário, workshop, encontro) objetiva o benefício, a união e o crescimento do cirurgião plástico e, temos
certeza, que os colegas sabem da importância e da necessidade desse nosso crescimento. Nenhum homem é uma ilha e, em algum momento, poderá precisar de
alguém e a SBCP-MG está aqui para apoiar, incentivar ou até mesmo socorrer esse
colega. Acesse o nosso site, leia nossos boletins on line e dê sua sugestão para
melhorar essa administração!
O crescimento da Regional
Toda a mudança de filosofia da Regional reflete também nas nossas ações executivas. Estamos minimizando nossos custos para investir em melhorias na nossa sede.
Levantamos paredes para dividir as salas, principalmente
a de reuniões, visando mais privacidade. Estamos adquirindo uma câmera filmadora para reportarmos nossas aulas e disponibilizá-las no site, como já o fazemos, com o
objetivo de dar acesso a todos os cirurgiões plásticos às
aulas do Curso Teórico.
Além do Curso Teórico Integrado, dos Encontros Científicos mensais no sábado, dos encontros da Administração
Itinerante, realizaremos ainda este ano o Simpósio de
Mama, evento de grande importância científica que contará com a participação de especialistas de renome. Tudo
isso com o objetivo de atender às necessidades dos membros da nossa Regional. Participe de sua Sociedade e colabore conosco para o seu crescimento!
Cláudio Salum
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EM DIA COM A NOTÍCIA
Simpósio do Hospital Mater Dei:
como sempre um sucesso
O Simpósio da Clínica de Cirurgia Plástica do Hospital Mater Dei, promovido todos os anos pelo Cirurgião Plástico e secretário-geral da SBCP, Sebastião Guerra, foi novamente um sucesso. Nesta nona edição do encontro,
realizada nos dias 06 e 07 de junho,
no Centro de Convenções do Hospital Mater Dei, mais de 260 participantes tiveram a oportunidade de se confraternizar e trocar experiências sobre
a especialidade.
Compondo a mesa oficial estavam
José Salvador Silva, presidente do
Hospital Mater Dei, Sebastião Guerra, secretário-geral da SBCP e organizador do Simpósio, José Horácio
Aboudib, vice-presidente da SBCP, Ivo
Pitanguy, patrono da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Hermann
Von Tiesenhausen, presidente do Conselho Regional de Medicina de Minas
Gerais, José Carlos Collares, presidente da Associação Médica de Minas
Gerais, Jorge Menezes, presidente da
SBCP-MG, Henrique Moraes Silva, diretor clínico do Hospital Mater Dei,
Douglas Jorge, tesoureiro geral da
SBCP, Osvaldo Saldanha, presidente
de honra do Simpósio e Teófilo Taranto, regente do Centro de Formação e Treinamento em Cirurgia Plástica do Hospital Mater Dei.
Ivo Pitanguy
Presente em quase todas as edições
do Simpósio, Ivo Pitanguy proferiu a
palestra inaugural deste ano: “Para
mim, é um prazer estar nessa terra,
que também considero minha” disse
Pitanguy. Com o tema “Horizontes da
Cirurgia Plástica no Século XXI”, o patrono da Cirurgia Plástica traçou um
panorama de como está a especialidade atualmente e de como ela será
no futuro. “Hoje teremos uma palestra calma. Não mostrarei fotos de casos cirúrgicos nem sangue” brincou.
A apresentação de Pitanguy mostrou a
importância que a Cirurgia Plástica tem
hoje dentro da medicina. “O século XX
serviu para consolidar a cirurgia plástica como uma especialidade respeitada.
Os cirurgiões são, acima de tudo, médicos. A postura, principalmente a ética, deve ser sempre transmitida aos mais
jovens”, disse durante sua palestra.
“Os cirurgiões são,
acima de tudo,
médicos. A postura,
principalmente a
ética, deve ser
sempre transmitida
aos mais jovens”:
Ivo Pitanguy
Sebastião Nelson promove o Simpósio pela nona vez
Além da presença de Pitanguy, a Cerimônia de Abertura do Simpósio foi
marcada por homenagens. Sebastião
Nelson fez questão de agradecer a
presença de todos. “A nossa força de
vontade em desenvolver a especialidade fará desse simpósio um sucesso. O
prato principal será a discussão cientí-
fica, e a sobremesa, a confraternização”, disse. O ex-presidente da SBCP
e presidente de honra do Simpósio,
Osvaldo Saldanha disse em seu discurso que sua vida em Minas Gerais sempre foi um namoro muito longo.
“Hoje, me sinto em casa quando estou aqui”, comentou.
Homenagens
Os homenageados da noite receberam uma placa em inox com sua imagem e uma mensagem escrita pelo
presidente do Hospital Mater Dei, José
Salvador. Um dos homenageados, o
prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, foi representado pelo
Secretário de Saúde, Helvécio Miranda que recebeu a placa das mãos de
José Salvador. Ivo Pitanguy entregou
a homenagem a Osvaldo Saldanha e
José Horácio Aboudib fez a entrega
da placa a Pedro Djacir Escobar. O presidente da SBCP-MG, Jorge Menezes
entregou a homenagem a Ruy Vianna. Luiz Alberto do Nascimento, o funcionário mais antigo do Hospital Mater Dei, recebeu a placa das mãos de
Henrique Moraes Salvador Silva. Sebastião Nelson entregou a placa de
homenagem ao presidente da Sociedade Venezuelana de Cirurgia Plástica, Reconstrutiva, Estética e Maxilofacial, Reinaldo Kube.
Encerrando a noite de confraternização, Alexandre Gastão fez uma
surpresa a Sebastião Guerra. Ele entregou uma placa em nome de todos os seus residentes e ex-residentes, com os seguintes dizeres: “A
quem nos transmite seus conhecimentos, honra-nos com sua honestidade, ampara-nos com sua amizade e nos fascina com todo seu
brilhantismo. Agradecemos por
cada instante de aprendizado e
convivência. Com respeito, admiração e carinho dos seus residentes e
ex-residentes”. Emocionado, Sebastião Nelson disse que sempre foi
acostumado a fazer surpresas e homenagear pessoas especiais. “Fico
muito feliz em receber essa homenagem das mãos do meu primeiro
residente. Espero que todos que
homenageei tenham sentido o
mesmo que sinto agora”, disse Sebastião.
4
FORMAÇÃO
Triângulo precisa de mais Serviços credenciados
Continuando a série de matérias sobre os Serviços de Cirurgia Plástica credenciados pela SBCP, Plástica em Minas mostra nesta edição
como funciona o Serviço de outra cidade do interior de Minas: Uberaba. Credenciado pelo MEC desde 1988 e com início do serviço de
residência em 1990, o Serviço de Cirurgia Plástica em Uberaba recebeu a credencial da SBCP em 2003. Todos os cirurgiões plásticos
que compõem o quadro clínico são membros titulares da Sociedade
Brasileira de Cirurgia Plástica – Odo Adão (Regente Honorário), Luiz
Humberto Toyoso Chaem (Regente), José Fernando Borges Bento,
Paulo Roberto Borges Cherulli, Marco Túlio Rodrigues da Cunha,
Manoel Pereira da Silva Neto – além de três residentes.
A estatística de atendimento em Uberaba é semelhante à do Serviço
de Juiz de Fora (matéria publicada no Plástica em Minas 58): 70%
dos procedimentos são reparadores e 30%, estéticos. Entre março e
abril de 2008, foram realizadas 106 cirurgias reparadoras e 34 estéticas. O relacionamento com os fornecedores de produtos cirúrgicos no Serviço é feito de duas formas. No ambulatório, os representantes fazem visitas periódicas. “Quanto a materiais consignados,
usados em cirurgias reparadoras, a aquisição é feita através do Serviço de Material do Hospital, mediante solicitação e autorização
prévias” explica Odo Adão.
Maiores demandas
De acordo com Odo Adão, as maiores demandas dentro dos procedimentos reconstrutivos estão ligadas a queimaduras, traumas da
face e de membros, tumores de pele, reconstrução de mama e reconstruções em malformação congênita (fissuras lábio-palatais,
microtias, sindactilias, etc.). As cirurgias estéticas são mais procura-
das para aumento e redução de mamas, dermolipectomia, rinoplastia, lipoaspiração, orelha em abano, lifting de face e blefaroplastia.
O Serviço de Cirurgia Plástica da Universidade Federal do Triângulo
Mineiro tem atendimento de plantão 24 horas por dia e o ambulatório, que funciona entre 7h e 18h, de segunda a sexta-feira.
Muitos desses procedimentos realizados em Uberaba apresentam
uma grande importância acadêmica e têm sido divulgados em eventos científicos da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. “Recentemente, enviamos o relato de um caso de reconstrução de lábio
inferior para o Plástica em Minas e também estamos produzindo
mais quatro trabalhos para serem publicados na revista da SBCP”,
observa Odo Adão. (O relato de reconstrução de lábio inferior foi
publicado na coluna Ciência de Fato da edição 58 do Plástica em
Minas).
Um dos motivos para a importância acadêmica desses casos pode
ser explicado pela qualidade do serviço prestado em Uberaba. Na
região, existem outros serviços de Cirurgia Plástica, porém, os mesmos não estão devidamente credenciados pelo MEC ou pela SBCP.
Odo Adão explica que o atendimento a pessoas de outras cidades
da região é muito elevado e inclui cirurgias reconstrutivas e estéticas. Como essa procura é bem maior do que a capacidade de atendimento, em muitos casos, o paciente precisa aguardar algum tempo até que a cirurgia possa ser realizada. “Na minha opinião, a
região deveria contar com mais Serviços de Cirurgia Plástica, desde
que tivessem a orientação da SBCP, pois a demanda aqui é muito
grande” finaliza.
Entrada de emergência do Pronto Socorro da UFTM
Serviço de Cirurgia Plástica da
Universidade Federal do
Triângulo Mineiro
Endereço: Avenida Getúlio Guaritá, s/nº, Abadia – Uberaba –
Minas Gerais
CEP: 38025-180
Telefone: (34) 3318-5592
Horário de funcionamento: Plantão: 24 horas por dia.
Ambulatório: de 2ª a 6ª feira, de 7h às 18h.
Regente: Luiz Humberto Toyoso Chaem
Conheça e utilize os veículos de comunicação da
Regional Minas. Confira seus e-mails com freqüência.
Acesse: www.sbcpmg.org.br
5
QUALIFICAÇÃO
Calendário de Eventos da Regional Minas - 2008
Administração Itinerante
12 – Reconstruções parcial e total
09 de agosto – Governador Valadares
• Ectrópio, ectrópio e lagoftalmo
19 – Deformidades congênitas das pálpebras
20 de setembro - Alfenas
•
Outubro – Montes Claros
I Encontro de Cirurgia Plástica
A série de Encontros de Cirurgia Plástica teve início na manhã
do dia 28 de junho, com o tema “Novos procedimentos com
implante injetável de longa duração na aplicação cosmética e
corretiva facial”. O evento, que ocorreu no centro de convenções da Associação Médica de Minas Gerais, contou com uma
participação considerável de cirurgiões plásticos que assistiram
a palestra proferida por Célia Sampaio, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Nacional; especialista
em cirurgia geral e cirurgia plástica estética e reparadora e
sócia fundadora da Sociedade Brasileira de Laser – em Cirurgia e Medicina. O próximo Encontro ocorrerá no mês de julho,
em data a ser previamente anunciada.
Reconstrução de fundos de saco conjuntivais
26 – Blefaroplastias
Setembro
Tema: Procedimentos complementares
02 – Anatomia e tipos de pele
•
Peeling
09 – Preenchimento facial
16 – Laser
23 – Carboxterapia no auxílio da celulite e feridas
30 – Botox e rejuvenescimento
Outubro
Tema: Implantes em geral
07 – Implantes
14 – Implantes de mama
•
Tema: Região Periorbital
Implantes em reconstrução de mama
21 – Implantes de glúteo
28 – Implantes de panturrilha
Novembro
04 – Implantes de face e suas conseqüências
05 – Noções anatômicas e funcionais
Calendário 2009
Curso Teórico Integrado
Agosto
•
Ptose palpebral
• III Simpósio Mineiro de Intercorrências em Cirurgia Plástica – 20 e 21 de março – Ouro Preto/MG
• XI Jornada Mineira de Cirurgia Plástica – 18 de setembro
Eventos da SBPC
• Jornada Carioca
27ª Jornada Carioca de Cirurgia Plástica
06 a 09 de agosto de 2008
Rio de Janeiro – RJ
• Jornada Norte-Nordeste
23ª jornada Norte-Nordeste de cirurgia Plástica
18 a 20 de setembro de 2008
Recife – Pernambuco
• Congresso da SBCP
45º Congresso Brasileiro de Cirurgia Plástica
12 a 15 de novembro de 2008
Brasília – Distrito Federal
PRESTAÇÃO DE CONTAS
Maio
R$
Total Receitas...................................................................... 8.674,60
Total despesas................................................................. 10.930,83
Saldo anterior ................................................................. 10.558,99
Saldo atual ........................................................................ 8.302,76
Junho
R$
Total Receitas..................................................................... 8.398,80
Total despesas................................................................. 10.436,66
Saldo anterior..................................................................... 8.302,67
Saldo atual.......................................................................... 6.264,81
Sociedade Brasileira de Cirúrgica Plástica – Regional Minas Gerais
Presidente: Jorge Menezes - Tesoureiro: Cláudio Salum
6
ENTREVISTA COLETIVA
Presidentes das três maiores Regiona
valorização da especialidade e o futu
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica representa 4.300 membros. Deste total, 66% estão lotados nos três
maiores estados brasileiros: São Paulo (1581), Rio de Janeiro (688) e Minas Gerais (488). A situação da cirurgia
plástica hoje, a importância da valorização da especialidade e a invasão do mercado são assuntos que preocupam
todos os profissionais. O Plástica em Minas entrevistou os três presidentes das maiores regionais sobre o assunto:
João Paulo de Moraes Prado Neto da SBCP-SP, Sérgio Levy, da SBCP-RJ e Jorge Menezes da SBCP-MG.
Plástica em Minas: O que sua regional
está fazendo para a valorização da especialidade?
Prado Neto: Nós temos feito este trabalho através da divulgação dos nossos
eventos. Alertamos a população para
procurar um cirurgião plástico que conste no site da SBCP e, para isso, utilizamos também a mídia com entrevistas
concedidas à imprensa leiga - escrita ,
radiofônica ou televisada. Temos feito
esta divulgação também através dos inúmeros portais na internet.
Sérgio Levy: Temos trabalhado muito
para divulgar a importância da Regional Rio de Janeiro e da Nacional da
SBCP. Temos uma lista com os nomes
de todos os Cirurgiões associados no
nosso site e, quando alguém da Regional dá entrevistas, divulgamos esta lista. Outra forma que encontramos para
valorizar a especialidade foi a criação
do slogan: “Se você quer fazer uma
Cirurgia Plástica, procure um Cirurgião
Plástico credenciado pela SBCP”. Utilizamos esse slogan para fazer propagandas nos ônibus da cidade e em aeroportos, mostrando que os associados
são credenciados e formados em Cirurgia Plástica.
Jorge Menezes: Logo após a posse da
nossa diretoria, colocamos em prática
uma filosofia voltada exclusivamente
para o cirurgião plástico mineiro, valorizando a defesa profissional e a atualização científica dos associados. Criamos
comissões e cursos para atualizar os profissionais na área de cirurgia plástica e
para sua proteção jurídica, como o curso de formação de peritos médicos. Buscamos orientar o profissional com informações que sejam repassadas aos pa-
“Se você quer fazer uma
Cirurgia Plástica, procure
um Cirurgião Plástico
credenciado pela SBCP”.
Sérgio Levy
cientes para que a relação médico-paciente seja a melhor possível. Com seis
meses de administração, colhemos os
primeiros frutos: a diretoria está sendo
maciçamente aprovada, justamente por
ser esta uma diretoria voltada exclusivamente para a área da valorização e proteção do cirurgião plástico.
Plástica em Minas: A invasão da especialidade é preocupante? O que o senhor sugere para tentar minimizar este
problema?
Prado Neto: Com certeza, a invasão
da especialidade é preocupante
sim. Mais uma vez precisamos
alertar a população contra médicos despreparados, e, também,
contra intermediadoras e consórcios. No nosso estado, 76%
das queixas envolvendo pacientes e cirurgiões plásticos, que
dão entrada no Conselho Regional de Medicina de São Paulo,
dizem respeito a cirurgias realizadas através de intermediadoras.
ser feita com um cirurgião plástico. Afinal de contas, não se opera vesícula
com um pediatra. Então, não adianta
brigar com profissionais que fazem cursos de final de semana, vão praticar a
medicina estética e invadir a especialidade. Eles pertencem a várias categorias: geriatria, pediatria, ginecologia, obstetrícia, anestesia e até ortopedia. Como o Conselho Federal de
Medicina permite que isso ocorra, a
Regional protege o cirurgião plástico,
divulgando que só ele tem formação
e está habilitado para esse tipo de tratamento.
Sérgio Levy: No Rio de Janeiro,
não enfrentamos esse problema.
Temos um grande número de Cirurgiões Plásticos no estado e não
abrimos espaço para outros profissionais. Não deixamos que outras especialidades invadam a Cirurgia Plástica. Além disso, a Regional também não permite que
Cirurgiões participem de outros tipos de eventos. Se tomamos conhecimento de que algum associ- Sérgio Levy, Prado Neto e Jorge Menezes
ado vai ser palestrante em algum
Plástica em Minas: Qual a atuação
evento científico que não esteja ligado
da sua regional na orientação de
à nossa especialidade, damos um prazo
seus sócios para evitar os processos
de 24 horas para que ele retire seu nome
de pacientes contra os cirurgiões
da programação.
plásticos?
Jorge Menezes: A invasão da especiaPrado Neto: Solicitamos aos nossos
lidade não é só preocupante, ela é uma
membros prudência na indicação das
constante. Ela tem tomado o lugar do
cirurgias. Não há demérito se não se
cirurgião, mas é bom deixar claro que
sentir perito ou apto a resolver um
esse lugar tomado são para pequenos
determinado problema. Uma vez
ou médios procedimentos. Eu acredito
tendo um mal resultado, é importanpiamente que o melhor remédio para isso
te desdobrar-se nos cuidados
é conscientizar a população civil que se
e atenção ao paciente. Nada resiste
for para fazer cirurgia plástica, ela deve
ao calor humano. Ligações diárias e
7
ENTREVISTA COLETIVA
onais da SBCP falam sobre a
uturo dos cirurgiões plásticos
visitas constantes ao paciente são
essenciais.
Sérgio Levy: Primeiro, fazemos questão de selecionar bem os pacientes.
Não damos muitas informações por telefone sobre preços, por exemplo. Paciente que faz pesquisa de preços com
vários Cirurgiões mostra que não está
preocupado com a qualidade do serviço prestado, e com certeza vai trazer
problemas para o Cirurgião. Nas nossas reuniões mensais, convidamos
advogados e juízes, que sempre nos
dão vários tipos de orientações. Mas a
principal atuação da Regional está ligada aos peritos. Hoje, temos uma
média de 15 Cirurgiões Plásticos peritos, o que facilita nosso trabalho na
hora dos processos, pois podemos indicar alguém da especialidade para
fazer a perícia.
Plástica em Minas: Hoje, a formação do
cirurgião plástico é condizente com as
exigências do mercado?
Prado Neto: A formação do profissional
é condizente, mas não sei se temos
uma pletora de jovens cirurgiões plásticos entrando em um mercado já saturado.
Sérgio Levy: Sim. Para chegar à Cirurgia Plástica, são necessários muitos anos
de dedicação. Seis anos de faculdade,
dois de cirurgia geral e três de cirurgia
plástica. Depois dos três anos de residência em Cirurgia Plástica, o médico
precisa fazer uma prova para ser especialista. Se ele passar na prova e quiser
ser membro titular da Sociedade, precisa esperar mais dois anos para fazer a
outra prova. São quase 15 anos de dedicação para um médico conseguir se tornar Cirurgião Plástico.
Jorge Menezes: A formação dos nossos profissionais está até acima do que
o mercado espera. Os profissionais que
saem hoje estão sabendo até mais do
que o mercado precisa, ou seja, precisamos inclusive, ofertar essa boa formação nas várias áreas da cirurgia plástica
para minimizarmos os problemas da especialidade. A SBCP promove um número enorme de jornadas, congressos
e simpósios durante o ano para que os
colegas se atualizem, e para que seja
ofertada para a sociedade civil essa cirurgia plástica de alto nível, caracterizada pelo segundo país no mundo em posição de cirurgia plástica, perdendo apenas para os Estados Unidos.
Plástica em Minas: Qual é a real situação da cirurgia plástica hoje?
Jorge Menezes: Nossa Regional tem-se voltado para a proteção constante e imediata
ao cirurgião e à cirurgia plástica. Acreditamos
que um bom relacionamento médico-paciente é o melhor remédio para que não deságüe num processo jurídico. O bom relacionamento com o paciente e a utilização dos termos de orientação e consentimento e a realização de fotografias para todas as cirurgias
são fatores que diminuem os riscos. Importante lembrar que a nossa Regional está preparando cursos para formação de peritos cirurgiões plásticos, o que colaborará para
a elucidação de possíveis processos.
Prado Neto: A situação é otimista quanto à evolução da especialidade, porém
preocupante quanto à concentração de
colegas, e mais do que isso, quanto à
invasão da cirurgia plastica por médicos
despreparados e inescrupulosos.
Sérgio Levy: No Rio de Janeiro a situação ainda está muito boa. O nosso mercado tem uma diferença com relação aos
outros lugares, pois está em uma cidade
turística. Muitos pacientes vêm de fora
para operar aqui. Não realizamos cirurgias como há 10 anos porque a população perdeu muito sua renda, mas dentro da atual situação, diria que a Cirurgia Plástica está muito bem.
Jorge Menezes: Vivemos um período
“Temos uma filosofia voltada
exclusivamente para o
cirurgião plástico mineiro,
valorizando a defesa
profissional e a atualização
científica dos associados”.
Jorge Menezes
de transição. Antigamente era uma área
da medicina voltada única e exclusivamente para a elite, não só no preço como
na execução. Hoje, a cirurgia plástica se
popularizou, ela está acessível a qualquer classe social, na melhor forma de
pagamento e pelo aumento do número
de profissionais.
Plástica em Minas: As perspectivas futuras são positivas?
Prado Neto: Tenho absoluta confiança
na especialidade, na nossa SBCP e nos
rumos que nos nortearão. Prova disso, é
que tenho dois filhos em formação na
cirurgia plastica.
Sérgio Levy: Para os futuros profissionais, sem dúvida. As informações hoje
são muito mais fáceis de conseguir.
Quem quer se formar em Cirurgia Plástica atualmente, sai com muito mais
conhecimento do que antigamente. Só
vai depender do cirurgião aproveitar
bem e utilizar toda essa informação
para melhorar cada vez mais a especialidade.
Jorge Menezes: Nosso futuro será brilhante, pois somos uma especialidade
em expansão. Nos últimos anos tivemos pacientes pós-bariátricos e procedimentos estéticos e cosmetológicos, acrescidos à SBCP como novas áreas de atuação. Estamos em franca expansão
também no interior do estado, com um
alcance cada vez maior para uma população que precisa dos nossos serviços
tanto do ponto de vista de cirurgias reconstrutoras quanto estéticas.
“No nosso estado, 76% das
queixas envolvendo pacientes e
cirurgiões plásticos, que dão
entrada no Conselho Regional de
Medicina de São Paulo, dizem
respeito a cirurgias realizadas
através de intermediadoras”.
Prado Neto
8
AÇÕES DA REGIONAL
Administração Itinerante em
Juiz de Fora motiva debate científico
Participantes
do evento
elogiaram a
iniciativa da
Regional
A diretoria da Regional Minas da SBCP participou no dia
17 de maio de mais um encontro da Administração Itinerante. Dessa vez, o evento foi na cidade de Juiz de Fora,
com a presença de cirurgiões plásticos da região, que tiveram a oportunidade de trocar idéias com a diretoria da
Regional sobre os principais problemas enfrentados pela
especialidade hoje principalmente naquela região.
O presidente Jorge Menezes falou da importância desses
encontros e de como eles têm servido para municiar a entidade com informações que, certamente, vão colaborar
na solução das questões levantadas por todos os cirurgiões do estado. Estiveram presentes os cirurgiões plásticos: Darlem Rodrigues Vieira, Luzia Márcia Machado Nogueira, Marilia de Pádua Dornelas Corrêa, João Márcio Prazeres dos Santos, Glower Braga , Marilho Tadeu Dornelas
e Cristiano A. Silveira Ramos. Participou também o cirurgião plástico João Medeiros Tavares Filho, membro do
Comitê Científico da Regional do Rio de Janeiro, que
gostou da experiência e prometeu sugerir a idéia dos Encontros Itinerantes à SBCP-RJ.
Evento
Na oportunidade, o Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora
realizou importante evento científico, com diversos temas
de interesse da especialidade. O evento foi organizado pela
regente do Serviço, Marília de Pádua e pelos professores
Marilho Dornelas e Larissa Leitão Daroda. A palestra de
abertura, proferida pelo presidente da Regional, Jorge
Menezes, tratou do tema “Invasão da Especialidade: Aspectos Jurídicos”. O presidente falou sobre os inúmeros
procedimentos realizados para “refazer“ o que teria sido
mal feito, normalmente por profissionais não habilitados.
Levantou a necessidade da união da especialidade para
buscar meios de se evitar essa invasão que, se não é boa
para o cirurgião plástico, é pior ainda para o paciente – a
maior vítima.
O presidente da SBCP-MG citou algumas ações que devem ser tomadas pelas instituições de cirurgia plástica
para minimizar a invasão na profissão, entre elas, a divulgação da entidade para que ela se fortaleça ainda
mais e a criação de um capítulo de medicina estética na
Regional.
Ainda na abertura do evento, Gustavo Mercadante, advogado da SBCP-MG, falou sobre a “Responsabilidade civil do cirurgião plástico”. O advogado enfatizou a
visão do Judiciário sobre a Cirurgia Plástica e deu sugestões de como deve agir o profissional para evitar
litígios com seu paciente (prontuário completo e legível, consentimento informado, contrato de prestação
de serviços e fotos; relação médico/paciente e relação
entre colegas) e como ele deve agir diante à insatisfação do paciente (consulta ao seu advogado, acordo,
encaminhamento do paciente para outro colega ou
decisão da “recirurgia”). Instaurado o litígio, Mercadante discorreu sobre o procedimento do cirurgião
plástico (reunião de toda a documentação do caso,
consulta ao advogado especializado, contratação de
assistente técnico, enfrentar o processo, verificar a possibilidade de acordo).
Temas Científicos
No sábado, 17 de maio, o evento teve continuidade
com os debates focando temas mais técnicos e científicos. Últimas tendências, práticas de ontem e de hoje,
Modelagem da Face, Cirurgia do Contorno Corporal,
Bioplastia, Reconstrução mamária, Mamoplastia, Reconstrução pós-cirurgia bariátrica; Acidentes e Mutilações e a Construção do Corpo nas Academias foram
os temas discutidos nas mesas redondas com a participação do presidente Jorge Menezes, dos diretores
Eduardo Nigri e Cláudio Salum, do ex-presidente da
Regional Minas,Renato Rocha Lage, dos cirurgiões plásticos locais e de João Medeiros Tavares Filho.
9
FATOS E FOTOS
Jornada Paulista
VII Simpósio Sul Americano Smile
Train sobre Fissura Lábio Palatina
IV Workshop dos Serviços de Fissura Lábio Palatina e VII
Simpósio Sobrapar em Psicologia da Saúde - ocorrido nos
dias 25 e 26 de abril em Campinas, com a participação de
Renato Rocha Lage, ex-presidente da Regional Minas da
SBCP.
Os cirurgiões plásticos Renato
Rocha Lage (Centrare - BH),
Vera Adami Raposos de
Amaral (presidente do
Simpósio Internacional de
Fissuras Labiopalatal) e Celso
Buzzo (Sobrapar Campinas)
O presidente Jorge Menezes, na Jornada Paulista, acompanhado
de Raphael Carvalho Brasileiro, Peterson Alvares Ottero, Alexander
Diniz Nassif Baleia, Thiago Henrique Diniz Gonçalves,Patrícia
Noronha de Almeida, Eduardo Luiz Nigri dos Santos e Bruno
Meilman Ferreira.
II Simpósio de
Cirurgia Oncolástica
da Mama, no Hospital
Sírio Libanês, em
São Paulo
Sede da SBCP Minas é inaugurada
com retrato de José Tariki
A diretoria
da Regional
Minas
inaugura
foto do
presidente
da SBCP
Nacional,
José Tariki
Membros das
diretorias da
Nacional e da
Regional
Minas
Alfonso Sempértegui
(centro).
Simpósio
Internacional
de Cirurgia
Plástica, em
São Paulo
Evaldo Bolívar, cirurgião plástico de Santos e Carlos Uebel, de
Porto Alegre, tendo ao centro Jorge Menezes
IX Simpósio de
Cirurgia Plástica
do Hospital
Mater Dei
Encontro Itinerante de Juiz de Fora
A participação dos cirurgiões plásticos da região de Juiz de Fora
enriqueceu o evento
Sebastião Nelson recebe placa
de homenagem das mãos de
seu primeiro residente,
Alexandre Gastão
Oswaldo
Saldanha é
também
homenageado
e recebe a
placa das
mãos do
professor Ivo
Pitanguy
10
AÇÕES DA REGIONAL
Diretorias se reúnem para inaugurar nova sede
As diretorias da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Nacional e da SBCP-MG se
reuniram no último sábado, 07 de junho,
para a inauguração da nova sede da Regional, reformada integralmente. Na ocasião,
foi inaugurada a foto do presidente da Regional, Jorge Menezes junto ao presidente
da SBCP, José Tariki.
este espírito Acredito que essa iniciativa da
Regional, que é uma das mais importantes
da SBCP, vai servir de exemplo para todos”.
“O Jorge é uma pessoa muito especial, tem
uma sensibilidade muito grande. Está sem-
pre trabalhado conosco, nos consultando.
Essa iniciativa de prestigiar a SBCP e a diretoria da Nacional mostra que estamos trabalhando com total integração, o que é fundamental para a Sociedade” finalizou o presidente José Tariki.
Em um ambiente bastante descontraído, a
foto foi descerrada pelos presidentes José
Tariki e Jorge Menezes. Jorge agradeceu a
presença de todos, enfatizando que aquele
momento representava a união e refletia o
espírito da atual gestão da Sociedade. Jorge Menezes falou, ainda, das ações da Regional que visam, principalmente, a valorização do cirurgião plástico.
“Estamos
trabalhando
com total
integração”:
José Tariki
Para o presidente José Tariki, “a proposta da
nossa campanha para a presidência foi a da
união de todos os cirurgiões plásticos brasileiros. Ela deveria começar dentro das regionais, e, sem dúvida, Jorge tem demonstrado
CIÊNCIA DE FATO
Falta de comunicação gera
litígio e pode ter conseqüências graves
A cirurgiã plástica Clarissa Leite Turrer,
ao participar do II Simpósio de Intercorrências, realizado recentemente
em Ouro Preto, apresentou um artigo científico interessante, publicado
na Revista do American College of
Surgeons. O artigo demonstra como
a falha de comunicação entre cirurgiões e pacientes em todos os aspectos
pode resultar em litigância .
MÉTODO
Estudo retrospectivo realizado nos
Estados Unidos pelo American College of Surgeons- Patient Safety and
Professional Liability Comitte
Período: entre abril de 2004 a fevereiro de 2006 - 460 reclamações relativas aos profissionais médicos cirurgiões foram analisadas
Segue a referência e o resumo do artigo, que valem a pena ser lidos na
íntegra:
Os dados foram obtidos de cinco diferentes operadoras distribuídas em
diferentes regiões nos Estados Unidos
The American College Surgeons closed claim study
Das 460 reclamações registradas: 90
(19.8%) foram relativas a falhas na
comunicação.
RESULTADOS
Bulletin of the American College of
Surgeons, 2007, 92 (1) : 12-16
INTRODUÇÃO
De acordo com a origem:
Origem das reclamações
A falha de comunicação entre médicos e pacientes vem aumentando e é
apontada como precursora de processos e litigância
• 36: paciente/familiares
• 19: profissionais de enfermagem
• 35: profissionais médicos
Registros demonstram que a falta de
comunicação entre médicos , pacientes e outros profissionais é responsável por grande parte das reclamações
47 reclamações foram
relacionadas a:
A capacidade de comunicação efetiva está associada à qualidade de atendimento
46 reclamações foram relacionadas àà::
• Falha em PROVER informação devido a falta de tempo do cirurgião em
atender as dúvidas dos pacientes
Momento em que ocorreu a
reclamação
Identificação do momento
• Período pré-operatório (26): falha
de informação necessária para entender efeitos adversos relacionados ao
procedimento e às suas comorbidades associadas - NÃO relacionadas ao
CIRURGIÃO
• Período pré-operatório (9): cirurgia
do lado errado, corpo estranho, troca de medicamentos, profissional (fellow, residente) com menor experiência conduzindo a cirurgia sem assistência
• Período pós-operatório (35): atraso
no atendimento ou reconhecimento
de condição grave
CONCLUSÃO
As complicações são inevitáveis, porém, são agravadas pela falha de comunicação
seletivamente a favor do melhor cenário
“ No tort law hold us as surgeons to
a standard of perfection where technical skills are concerned.To err is human.
• falha em SOLICITAR – cirurgião não
confirma, não verifica informação
But failures in the area of professional behavior are inexcusable.”
• falha em OUVIR – cirurgião ouve
11
O pai de filhas
Antes de começar esta crônica, propriamente dita, permitam-me
fazer uma pequena adaptação: “ser mãe é padecer no paraíso. Ser
pai de filhas também”. Aos que me lêem, não é mole ser pai de
filhas.
Não por elas que, via de regra, são sempre mais carinhosas, mais
amorosas, mais presentes, mais cheirosas, mais companheiras em
comparação aos não menos amados marmanjos.O problema é ter
que agüentar os amigos, pais de filhos. “Cuide bem de suas cabritinhas pois eu tenho um bode esperando por elas” ou “você passou
de consumidor para fornecedor” ou ainda “capriche bem no dote
pois o macho lá de casa é de primeira” e pior: “use somente talquinho importado pois meus meninos são muito exigentes.”
Que dureza, ter que ouvir tudo isso! E não há muito o que retrucar nessa sociedade machista em que vivemos, onde os homens
ainda se mantêm no topo hierarquizado das atividades humanas,
latu sensu. Isso continua sendo um fenômeno mundial, mesmo
nesse milênio globalizado. Trata-se de uma questão cultural que
se arrasta há séculos. Resta-nos, pais de filhas, suportar as gozações e nos prender ao privilégio de tê-las.
Ter filhas é ter a certeza de alguém para nos agüentar na velhice.
Ter filhas é a certeza dos domingos festivos em torno de nossas
mesas e ajantarados.
Ter filhas é a certeza de genros. Torço para
que sejam os filhos que não tive, em que pese
a possibilidade nefasta da convivência com
atleticanos ou flamenguistas.
Ter filhas é ter o privilégio de pagar os Salões
de Beleza através de boletos bancários mensais, no meu caso são quatro mulheres ou
seja, 80 unhas por semana,
08 sobrancelhas, um tanto
mais de depilações, escovas
progressivas de todas as frutas cítricas e, mais recentemente, de chocolate, além
de hidratações, massagens
relaxantes e “spas” de pés e
mãos.
Ter filhas é ser íntimo de
Louis Viuton, Bulgari, Herrera, Dolce & Gabana, Fórum,
Farm, Ellus e tantos outros
que as deixam ainda mais
belas e charmosas.
arquivo pessoal
TRIBUNA LITERÁRIA
Carlos Eduardo Leão
Ter filhas é ter a certeza da necessidade de trabalhar dobrado já que
custam 50% a mais do que nossos tão econômicos varões, segundo
recentíssima reportagem de Veja sobre o custo da criação filho x
filha.
Ter filhas assim como ter filhos é a maior graça que nos concede o
Criador.
“Ter filhas é ter a certeza
de alguém para nos
agüentar na velhice”
E, como forma de homenagem para os
meus queridos amigos e implacáveis gozadores, pais de adoráveis mancebos que
nada têm com isso, tenho como trunfo a
irretorquível, insofismável e inquestionável máxima que diz: Ter filhas é ter a certeza
absoluta de que nossos netos são mesmo
nossos.
12
VALORIZAÇÃO
Capítulo da SBCP Nacional muda currículos e
nomes de “escolas de cirurgia plástica”
A invasão da especialidade é assunto que
preocupa os cirurgiões plásticos brasileiros.
Uma das ações da SBCP Nacional trata desta questão com muita propriedade por meio
do Capítulo de Procedimentos Estéticos
não Cirúrgicos e de Cirurgias à Laser da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – Nacional.
Segundo o regente do capítulo, Rômulo
Mene, a SBCP Nacional tem procurado resolver o problema com outras especialidades de forma amigável, para evitar constrangimentos. O resultado tem sido positivo.
Foi o que aconteceu, por exemplo, com o
Instituto Médico Ribeiro Di Paula Ltda., cujo
nome fantasia era Colégio Brasileiro de
Medicina e Cirurgia Estética. Ao ser notificado pela SBCP Nacional, o Instituto se comprometeu a retirar todo conteúdo de cadeiras do currículo que, de alguma maneira,
estivesse ligado à cirurgia plástica. Houve o
comprometimento também de mudar o
nome fantasia para Colégio Brasileiro de
Medicina e Clínica Estética.
A segunda ação deu-se com a Universidade
Gama Filho, que ministrava um curso de pós-
graduação que parecia formar cirurgiões
plásticos. A Universidade mudou o nome
do Curso para Pós-Graduação em Medicina
Estética, como foram alterados todos os tópicos onde pudesse haver
qualquer idéia de que aquela universidade formaria cirurgiões plásticos. A Universidade se comprometeu, ainda, a tratar os assuntos relacionados a área cirúrgica
como “Noções de Indicações
Técnicas e Análise de Resultados”, a serem ministrados
por cirurgiões plásticos.
nhou correspondência ao DEPRO sobre um
curso de lipoplastia que seria realizado pela
Sociedade Brasileira de Medicina Estética,
assunto de competência da especialidade
cirurgia plástica. Em resposta,
Denis Calazans Loma, diretor
do referido departamento, informou que, embora a SBCP
Nacional não tenha competência legal para coibir a realização de cursos “latu sensu”,
foi formalizada denúncia junto ao CFM, que orientou a Sociedade a divulgar que estes
cursos não têm fins legais.
“Ao agir dessa forma, apenas cumprimos resolução do
Conselho Federal de Medici- Rômulo Mene
na que estabelece que cirurgias plásticas devem ser realizadas por cirurgiões plásticos ou cirurgiões gerais”, explica Rômulo Mene.
Além disso, o DEPRO vai formalizar nova denúncia junto
ao CFM e encaminhar a reforma do Regimento Interno da
SBCP, com artigo regulador sobre Medicina
Estética para o Conselho Deliberativo, solicitando urgência na sua aprovação. Segundo Calazans, o objetivo é tentar minimizar
as ações de invasão da especialidade, principalmente quando há a participação de cirurgiões plásticos nos ditos cursos “latu
sensu”.
Defesa profissional
O setor de Defesa profissional da SBCP Nacional, o DEPRO, também está atuando de
forma rápida. A Regional Minas encami-

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