Boa leitura! - Núcleo de Estudos Espíritas "Amor e Esperança"

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Boa leitura! - Núcleo de Estudos Espíritas "Amor e Esperança"
Editorial
editorial
O mês de novembro reporta-nos ao Dia dos Mortos, ou Dia de Finados, instituído
pela Igreja C atólica, para a celebração da vida eterna das pessoas queridas que já
faleceram. Daí poderemos fazer alguns questionamentos. E ste dia é para os chamados mortos, que deixaram a matéria e seguem além-túmulo? O u para os mortos-vivos
que continuam nesta vida terrena?
S im, porque para aqueles que se foram, guardamos nossos mais expressivos sentimentos, muitas vezes discordamos de suas atitudes, sendo mesmo intransigentes
para com eles, mas depois da morte vem o arrependimento e nos declaramos vivendo em perfeita harmonia com o desencarnado.
E o que falar dos mortos-vivos, ou aqueles que somente vivem a vida animal? C riaturas que reencarnam pensando que vieram passar férias nesta escola abençoada
chamada Terra, que não se preocupam com sua evolução espiritual e acham que esta
oportunidade que tiveram é para ser vivida aproveitando o máximo, não importando a
quem prejudiquem. A morte de um homem começa quando ele desiste de aprender.
S abemos que não nos preparamos devidamente para esta transição (morte). S im,
porque a chamada morte não é mais que uma mudança de plano de vida, não é banho milagroso que converta maus em bons e ignorantes em sábios, de um instante
para outro.
Para nós, espíritas, que acreditamos na reencarnação, devemos ter a certeza de
que nos reencontraremos com nossos entes amados, após nosso regresso à vida
espiritual, nossa pátria de origem. Por isso, a morte é uma intimação ao entendimento fraternal e, quando não a aceitamos, sofremos muito com a chamada “perda” de
nosso parente ou amigo.
Mas, precisamos lembrar sempre que os E spíritos, quando desencarnam, necessitam dar continuidade em suas vidas além-túmulo. Para isso, devemos tê-los em
nossa mente, vivenciando somente os momentos bons que compartilhamos juntos
e ajudá-los com nossas preces para que tenham uma adaptação adequada ao seu
novo plano de vida.
C omo diz E mmanuel, eles também sabem igualmente quanto dói a separação.
Porém, lastimarmos sem consolo não nos levará a caminho algum.
Q uando pensamos neles com saudades, devemos elevar uma prece ao Alto para
que todos possam ser amparados nas suas necessidades e, se pudermos realizar
por eles as tarefas que estimariam prosseguir, tornar-se-ão infatigáveis zeladores de
nossos dias.
ÍNDICE
E nfim, não devemos nos lembrar de nossos entes queridos somente no Dia de
Finados. É claro que eles recolhem as homenagens que lhes dedicamos, mas vamos
lembrar sempre de como eles devem estar bem, dando continuidade à sua evolução
espiritual.
E quipe S eareiro
Grandes Pioneiros: Madre Teresa de C alcutá - Q uarta e última parte - Pág. 3
Clube do Livro: Assim Vencerás - Pág. 11
Cantinho do Verso em Prosa: S audade - Pág. 11
Pegadas de Chico Xavier: S olidão Aparente - Pág. 12
Kardec em Estudo: Instruções dos E spíritos, Advento do E spírito de Verdade Pág. 13
Contos: A C onversão de Agenor - Pág. 13
Tema Livre: Desculpar Incessantemente É Renovar - Pág. 14
Mensagem: Vivos Para S empre - Pág. 15
Aconteceu: S emana de Fabiano de C risto - Pág. 15
Atualidade: Política O ntem e Hoje - Pág. 16
Livro em Foco: Paz e Alegria - Pág. 16
Família: J esus e as C rianças - Pág. 18
Canal Aberto: A E xcelência do Amor - Pág. 18
Calendário: Novembro - Pág. 19
Publicação Mensal
Doutrinária-espírita
Ano 11 - nº 109 - Novembro/2011
Ó rgão divulgador do Núcleo de
E studos E spíritas Amor e E sperança
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Grandes Pioneiros
grandes
pioneiros
Madre Teresa de Calcutá
Quarta e última parte
O tempo transcorria e Madre Teresa estendia as congregações por outras partes: C eilão, Itália, Austrália,
Bangladesh, Ilhas Mauricias,
Peru, C anadá entre outros
lugares.
Por volta do ano de 1970,
Madre Teresa compareceu a
Londres com o objetivo de orientar a primeira congregação européia. E ssa viagem foi organizada pela
S imon C ommunity, um grupo assistencial
que se ocupava a atender aos marginais, viciados
em drogas e bebidas. C ondoída com a situação dos jovens
londrinos, Madre Teresa quis conhecer a vida noturna, os
lugares mais atraentes para estes, que segundo ela, eram
mais pobres dos que conhecera, literalmente pobres.
Acompanhada pelo grupo S imon C ommunity, foram aos
locais dos restaurantes e bares, no S aint-Martin-in-the-Fields.
E ncostados nas grades por onde o vapor saia das cozinhas
no cozimento dos alimentos, ali estavam dormindo idosos
que, após um dia de caminhada em busca do que comer, se
agrupavam para passar as noites, sofrendo toda a alteração
climática.
Ao chegarem num bar perto de C oven G arden, Madre
Teresa parou, e puderam observar uma reunião de jovens
drogados. O que chamou a atenção da religiosa foi o comportamento de um deles, cuja ingestão exagerada da heroína
deixara-o enlouquecido. Avançava com um pedaço de pau,
a quem tentasse aproximar-se dele. O lhou para Madre Teresa e chegou mais perto dela, o que assustou o grupo que
a acompanhava, mas que buscou a calma, pelos gestos da
missionária que levantou a mão abençoando o jovem. E ste
levou a mão ao bolso e, retirando uma quantia de barbitúricos,
colocou-os de imediato na boca e os engoliu . A cena seguinte
foi chocante a todos: uma convulsão jogou o moço no chão
com tremores e gemidos estridentes que saiam do fundo de
sua garganta. De imediato Madre Teresa pediu a todos que
a ajudassem a erguer a cabeça do rapaz e puxar sua língua,
para que ela não o sufocasse. Após esses cuidados, pararam
um táxi e foram ao pronto-socorro mais próximo. O s atendentes, acostumados com esse fato, remexeram os bolsos do
abrigo que o jovem vestia e encontraram receitas de heroína,
ampolas, seringas e um frasco de heroína já vazio. O estado
do moço era gravíssimo, considerado pelos atendentes do
pronto-socorro, com pouca chance de vida.
Tudo o que estava se passando pelos olhos de
Madre Teresa era um verdadeiro pesadelo. E
continuava sua reflexão: “Meu Deus, por que...
por que S enhor? Uns desfalecem por falta de
dinheiro e outros pelo excesso de bens materiais...” e concluía: “nada disso se cura com
dinheiro ou posição social, mas com amor”.
Vendo-a entristecida, um dos componentes
do grupo S imon C ommunity, aproximando-se,
diz-lhe baixinho:
— Madre, eu não faria metade do que a
senhora faz, nem por um milhão de dólares.
Órgão divulgador do Núcleo de Estudos
Espíritas Amor e Esperança
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E ela lhe respondeu:
— S e fosse só por dinheiro
eu jamais faria nada do que
faço. Mas tudo faço com muito amor por J esus, é a E le a
quem sirvo. E m cada um dos
pobres ou ricos, seja quem for,
aos meus olhos vejo o C risto a
minha frente, sem nada a exigir,
apenas socorrendo e reerguendo
aos necessitados de luz.
E ainda completou:
— Q uando toco um leproso, cujo mau cheiro
provoca asco e que os repudia, eu o toco como se fosse o
corpo de C risto. E isso me dá muita coragem, pois de outra
forma eu não o tocaria.
E ssas palavras, ditas com tanta firmeza e carinho, tocou o
coração do componente do grupo S imon, que chorou abraçado à Madre.
O trabalho de Madre Teresa estava cada vez mais crescendo. O utras casas foram abertas em: G aza, na Palestina,
onde foram abrigados os refugiados dos intensos conflitos
existentes nesses locais e mais doentes e crianças abandonadas. Depois, México e G uatemala não ficaram sem que
outras congregações aí fossem fundadas, contando sempre
com a colaboração das voluntárias do próprio local, que tinham verdadeiro carinho pelo trabalho das Missionárias da
Paz e a elas se juntavam.
E ssa caminhada terrena da missionária Teresa de C alcutá,
ou seja, Madre Teresa, começou a aparecer em todos os
meios de comunicação, jornais, revistas, fotos em todos os
lugares e televisões, que sempre traziam algo a respeito do
grandioso trabalho assistencial das Missionárias da C aridade,
levadas pelas fortes mãos de Madre Teresa. Mas, a primeira
rede de TV que divulgou o trabalho e o rosto da religiosa e
suas missionárias, no O cidente, foi a British Broadcasting
C orporation, a BBC .
Malcolm Muggeridge, repórter da BBC , já havia entrevistado Madre Teresa na Índia. C omo os comentários sobre a
religiosa se propagavam a cada dia, Malcolm quis atualizar
suas reportagens sobre as peregrinações de Madre Teresa,
sempre alvo de acontecimentos a cada passo que dava, com
as missionárias.
Procurou-a para tanto, porém, ela se esquivava. S ua resposta, diante da insistência do repórter, para fazê-la comentar sobre o trabalho das obras assistenciais, era: “as obras
relacionadas a Deus não precisam de propagandas; a mão esquerda não precisa saber
o que faz a direita. E stas são as palavras do
E vangelho de J esus”.
C ontudo Muggeridge não se deu por vencido. Resolveu pedir ajuda ao Arcebispo de
Westmister, na época C ardeal C armel Hunan.
Através de uma carta, narrou-lhe o que pretendia e, sendo ele primaz católico da G rã-Bretanha, talvez Madre Teresa se dispusesse
a aceitar a matéria televisiva sobre sua vida de
missionária, por respeitá-lo muito. O Arcebispo de imediato redigiu um telegrama a Madre
Malcolm Muggeridge
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Teresa, onde, em poucas palavras, confirmava
islamitas, budistas e uma católica holandesa
que o assunto proposto pelo repórter não era
de nome Margaretha Klompe. Na sede munisobre ela e sim pelo trabalho realizado, e que
cipal de Londres, o príncipe Filipe, duque de
este era agradável a Deus. Informada e com
E dimburgo, passou as mãos de Madre Teresa
o telegrama nas mãos, Madre Teresa acabou
a quantia de 34 mil libras esterlinas, valores
aceitando ser entrevistada, com a condição
da época.
de ser gravado o programa, mostrando as insS endo marido da rainha da Inglaterra E lisatituições e não só a sua figura. Muggeridge,
beth II, o príncipe Filipe de E dimburgo dirigiu
satisfeito, seguiu para C alcutá com toda a equipalavras emocionadas de reconhecimento ao
pe técnica. A religiosa, constrangida, procurou
trabalho de Madre Teresa. E m seu discurso fez
ser simples e com naturalidade fez com que
várias ponderações quanto à entrega de um
a televisão mostrasse ao mundo o trabalho
prêmio aos que, por muitas maneiras, compedos enjeitados pela sociedade. O programa
tem para ganhá-lo. Mas, ressaltou a diferença
alcançou um grande sucesso.
daquele momento, quando todos os presentes
Dom Ferdinand Périer
Após essa reportagem, Madre Teresa não
no júri não demonstraram a menor intenção de
teve mais tranquilidade. S e antes seu nome tomava conta das
ganhar o prêmio, pois a pessoa mais indicada para tanto, sem
páginas de jornais, revistas etc., depois disso começaram a
sombra de dúvida, era Madre Teresa. E continuou o príncipe:
ser divulgados os convites para que ela comparecesse em
— S eu trabalho, partindo de C alcutá, espalha-se hoje por
locais os mais diversos possíveis, para receber prêmios e
toda parte. C reio que o senhor Templeton, o criador desse
citações honrosas. Tudo para Madre Teresa era de terrível
prêmio e o corpo de jurados é que estão de parabéns pela
desconforto. Mas, procurando ser afável a todos os povos,
melhor indicação feita e o prazer de ter Madre Teresa entre
dirigiu-se ao Arcebispo de C alcutá, Dom Ferdinand Périer,
nós e, ainda, ter aceito o prêmio, pois sabemos de sua simperguntando-lhe se era certo receber tantos prêmios; como
plicidade e constrangimento que sente em receber qualquer
deveria ser seu comportamento para com os líderes religiosos,
homenagem e doações.
políticos etc., se não era esse seu interesse?
Madre Teresa a tudo ouvia calada. Após o término do disDom Ferdinand Périer respondeu-lhe que esses prêmios
curso do príncipe de E dimburgo, levantou-se e com toda sua
e honras que lhe eram destinados, constituíam uma grande
humildade apertou a mão do príncipe, agradecendo o prêmio
possibilidade de divulgar o imenso trabalho que ela desenem nome das Missionárias da C aridade e dos pobres assisvolvia em todas as localidades, com o único
tidos pelas congregações existentes. Depois,
desejo de praticar o amor aos semelhantes.
olhando a plateia que a aplaudia, falou sereDiante da resposta do Arcebispo, Madre Teresa
namente:
se sentiu mais segura. E la não queria passar a
— E ste prêmio é compartilhado com todos
imagem de que os prêmios ficassem em suas
os trabalhadores que semeiam o amor de
mãos. Por isso, ela fazia questão de passáDeus, entre os pobres de todos os matizes,
-los aos encarregados das missões, para dar
atendendo a um faminto, ao nu, ao doente enseguimento aos projetos em andamento.
jeitado e a criança desnutrida.
Dentre os prêmios recebidos, de doutoraMadre Teresa recebeu, junto com o prêmio,
dos honoríficos, estão: o de Teologia, pela Unium cheque no valor de noventa mil libras esversidade de C ambridge; em Medicina, pela
terlinas, segundo a fonte inglesa, que também
Universidade G emelli de Roma; outros, pelas
anunciou haver mais uma doação feita pelos
Universidades de Paris e Bolonha. Na Índia
jovens noruegueses, no valor de trinta e seis
foram muitos, mas, Madre Teresa recebeu a
mil libras esterlinas, arrecadadas entre eles,
mais alta premiação desse país, o Padna S hri.
para ser essa doação incluída ao Nobel da
Duque de Edimburgo
E , pela sua atuação em falar da compreensão
Paz, título que esses jovens deram a essa
que precisaria existir entre os povos internacampanha, em prol das instituições dessa valorosa Irmã da
cionais, recebeu o Prêmio Nhru, na Índia.
verdadeira caridade. E , pelo fato de Madre Teresa não ter
Nas Filipinas, em memória a um presidente do país,
aceitado participar do banquete para essa festividade, os orchamado R amón Magsaysay, foi-lhe outorgado o Prêmio
ganizadores desse ágape passaram às suas mãos mais uma
Magsaysay. E sse prêmio lhe foi concedido por um júri de vários
quantia que hoje seria num montante de duzentos mil euros.
integrantes de diversos países asiáticos, que a proclamaram
S endo questionada por um repórter sobre ser agraciada
como: “a mulher mais benemérita da Ásia”. R endeu-lhe a
com tantos prêmios, ela respondeu:
doação de 50 mil rúpias, quantia que foi destinada para a
— Minha resposta é sempre a mesma, aceito-os em nome
construção de um orfanato, em Manila. Dos E stados Unidos
das congregações, pois eu nada mereço. S e Deus acha que
ela recebeu o prêmio de “Bom S amaritano”, em Boston.
todas essas doações, prêmios ou qualquer outra menção
Na Inglaterra, Madre Teresa recebeu o Prêmio Templeton.
honrosa venha até minha pessoa, eu de imediato passo para
E sse lhe foi entregue pessoalmente pela rainha E lizabeth
serem distribuídos aos pobres e hansenianos. Pagamos díviII, pelo seu trabalho denominado “For progress in Religion”,
das e aumentamos a assistência onde a situação se mostre
traduzido como: “à qualidade do testemunho religioso”. O júri
mais carente. E penso que os doadores são os medianeiros
foi composto de representantes de várias facções religiosas
desses recursos. E u só posso agradecer a Deus e a todos
como: metodistas, anglicanos, presbiterianos, hinduístas,
pela bondade de seus corações.
O repórter estava prestes a
se despedir de Madre Teresa, e
Clube do Livro Espírita “Joaquim Alves (Jô)” já agradecendo pela entrevista,
quando a religiosa lhe perguntou:
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O repórter, profundamente curioso e contente por enriquecer a matéria sobre Madre Teresa, respondeu-lhe:
— Terei imenso prazer em ouvi-la. Minha profissão é exatamente essa, portanto, estou ao seu
dispor, com muita satisfação em ouvi-la.
Madre Teresa, meditativa, falou:
— Todos esses prêmios trazem benefícios
às congregações, conforme já conversamos.
Mas as ofertas que muitas vezes chegam às
nossas mãos são verdadeiras fontes de amor
ao próximo, ou melhor dizendo, são óbolos,
aquele mencionado por J esus, o óbolo da viúva.
E xplico: C erta noite, quando me preparava para
deitar, a campainha de nossa congregação em C alcutá
tocou. Rapidamente, abrindo a porta, vimos ser um mendigo,
que talvez viesse em busca de comida, quando, para nosso
espanto, ele perguntou: — a senhora é a Madre Teresa de
C alcutá? C om a confirmação, ele continuou: já ouvi dizer que
a senhora trabalha muito pelos pobres. S ou pobre também,
mas gostaria de ajudá-la. Veja, essa é a coleta do meu dia.
Hoje o dia não foi um dos melhores, mas aceite essas poucas
moedas, elas serão um tantinho a mais para o pão da manhã.
Madre Teresa continuou: — Fiquei sem palavras. E agora,
pensei, se eu não aceitar ele ficará aborrecido e talvez humilhado, porém, ao ver em seu rosto o contentamento, passando
para as minhas mãos tão valiosa quantia, aceitamos suas
moedas e o abençoamos. E sse prêmio tocou-nos mais que
o Nobel da Paz.
O repórter continuava a anotar os fatos que marcavam
o dia a dia da religiosa. E continuou com suas lembranças:
— C erta ocasião, precisando atender a uma família que fora
desalojada de seu casebre, usei como transporte o bonde,
que naquele exato momento passava por mim. Rapidamente
adentrei e percebi que um indiano me olhava com insistência.
Aproximando-se bem pertinho do meu ouvido, falou: Madre
Teresa, permita-me pagar sua passagem. S ei do seu carinho
para com os pobres e que, no começo de seu trabalho, deixava de comer para sobrar comida aos pobres da rua. Não
sou mendigo, mas também sou pobre, porém aceite minha
pequena ajuda, quem sabe assim a senhora poderá comprar
mais leite para as crianças da creche. E , tirando do bolso um
lenço que envolvia alguns trocados, pagou a passagem do
bonde ao condutor. Diante desse gesto, meu filho, tão simples
e tão natural, só pude beijar-lhe a mão, com o respeito do meu
coração, pela atitude digna desse ser humano.
O repórter estava comovido e, num ímpeto, ajoelhou-se aos
pés da religiosa e, levantando os olhos, falou-lhe:
— Madre Teresa, agradeço a Deus por ter esses momentos
Órgão divulgador do Núcleo de Estudos
Espíritas Amor e Esperança
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tão preciosos em minha vida. Nunca imaginei conhecer
alguém tão pura em sentimentos. Por isso, pelas
suas palavras, pude sentir suas experiências e fé
realizadas em favor dos carentes, sem ostentação; apenas servir por amor. A senhora faz-me
acreditar que teremos um mundo melhor. S eus
exemplos se perpetuarão e o ser humano poderá
vislumbrar novas perspectivas de vida, quem
sabe de igualdade social.
A missionária, abençoando o repórter, respondeu:
— Façamos votos para que Deus ilumine os corações dos homens de bem.
O utro fato da vida de Madre Teresa, que ocasionou grande
repercussão, foi a visita que ela fez ao Papa J oão Paulo II,
quando, em audiência privada, ele a nomeou embaixadora,
representando-o nos convites feitos pelas nações e assembleias gerais do clero.
Anos mais tarde, Mikhail G orbachov convidou-a para uma
visita a Rússia, para que ali fosse aberta uma congregação
com a participação das Irmãs da C aridade, designadas por
Madre Teresa, na formação das Irmãs da própria região. Não
podendo recusar o pedido de G orbachov, Madre Teresa seguiu para a Rússia, acompanhada por algumas missionárias
que lá permaneceriam o tempo necessário, para capacitar as
voluntárias. Madre Teresa, após algum tempo, seguiu para
Roma, onde iria agradecer ao Papa J oão Paulo II o convite
para vir a ser a embaixadora do Papa, cargo que não poderia
aceitar, pois não se achava à altura e também por não ter estudado diplomacia. O Papa J oão Paulo II sabia de sua recusa,
mas, continuou achando-a uma verdadeira diplomata cristã.
Madre Teresa adentra o luxuoso ambiente com sua eterna simplicidade. A mesma roupa, o sári, de um branco total
como sua alma. Nada de especial. E m seu coração a alegria
contida de ser serva de J esus. S ó por E le é que aceitava a
esses prêmios, pois, mais congregações seriam beneficiadas.
Para chegar ao local, ela não veio de carro especial. Tomou
um bonde que fazia a linha em Roma, desde o trecho de “os
casteli romani” até a estação Términi. Depois, esse mesmo
bonde passava junto à favela de Tor Fiscale, onde as Missionárias da C aridade fundaram a primeira sede romana. E stá
claro que a missionária, antes de chegar ao Vaticano acompanhada da vigária a Irmã Frederick, trabalhou na assistência
com os doentes, deixando-os limpos e medicados. Depois de
deixar tudo organizado, despediu-se das Irmãs Missionárias
da C idade E terna e partiu para receber o prêmio “J oão XXIII,
o Papa da Paz”.
Madre Teresa se salientava cada vez mais perante o mundo. S eu intenso trabalho se multiplicava a cada dia, a cada ano.
Por essas atividades constantes, seu nome começou a ser
indicado entre as diversas personalidades e instituições para
receber o prêmio Nobel da Paz.
E sse prêmio era destinado, geralmente, a políticos e figuras
que se destacavam em suas
ocupações de ordem social pela
paz mundial. Mas, no dia 15 de
outubro de 1979, uma religiosa
albanesa, cidadã indiana, reconhecida pela sua dignidade no
desempenho de suas funções
assistenciais em benefício dos
carentes, foi indicada por um
júri que, pela primeira vez, faria
a entrega do prêmio Nobel da
Paz à Madre Teresa de C alcutá
Papa João Paulo II e Madre Teresa
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que, com sua forte personalidade, alcançava êxitos em sua
que nenhuma febre, por mais alta que seja, a impedirá de
preciosa vida. E m dezembro do mesmo ano, Madre Teresa
trabalhar.
chegou em O slo, capital da Noruega, acompanhada de inúMadre Teresa agradeceu os cuidados recebidos e voltou
meros pobres representantes de várias congregações para
às atividades normais. O s convites e prêmios continuavam
receber o prêmio Nobel da Paz. E m seu agradecimento ao
a surgir, e cada vez mais. O presidente Reagan recebeu-a
público presente, como sempre fazia, disse ter vindo junto aos
na C asa Branca, para homenageá-la com a “Medalha da
verdadeiros ganhadores desse galardão pela fé em C risto.
Liberdade”, a mais alta condecoração do país e a mais co— E stamos em frente do C risto. E le, como ontem, procura
mentada no mundo. Recebeu da União S oviética a Medalha
no amanhã ver a fé no coração de todos os povos. Mas, são
de O uro do C omitê S oviético da Paz. Foi também a C hina, a
poucos os que O encontram. Temos visto muitos ricos mais
C oréia e em muitos outros países. Mas, em agosto de 1989,
pobres que os pobres. E stão sufocados pela solidão, por não
seu maior sonho se realiza; conseguiu, após tantos esforços,
acharem quem os ame. E stão com fome de amor. Um dia
abrir uma casa das Missionárias da C aridade na Albânia, sua
encontramos um senhor que, em seu desespero, pediu-nos
terra natal. C onsiderado um país dos mais pobres, injustiçado
para aceitar uma doação. E m troca, dizia, enviem alguém à
pelos poderes políticos, e tendo a fama de ser o seu povo o
minha casa. S ou rico, porém estou quase cego. Minha esposa
mais ateu do mundo, previsto em sua C onstituição. Por tais
perdeu a razão de viver, por nossos filhos terem se afastado
motivos Madre Teresa lutou tanto para modificar esse estigma
do lar. E stamos morrendo de solidão.
em seu país.
A platéia ouvia, em silêncio, a voz de Madre Teresa, que
Feliz por alcançar e vencer mais uma etapa de sua vivênprosseguiu:
cia física, não esperava sofrer o segundo ataque cardíaco.
N ovamente hospitalizada,
— O dinheiro não é tudo na
Madre Teresa teve de rendervida. E le precisa que nossas
-se à sua frágil saúde. Desta
mãos o use em serviço do
vez, os médicos tiveram que
bem, em nome do C risto, faciimplantar um marca-passo,
litando a vida dos que morrem
para que essa vida tão prepelas ruas. O que realmente
ciosa continuasse a semear
falta em nosso mundo, é tero bem. E , mais uma vez, ela
mos J esus entre nós. Nesse
superou. Recuperou-se rapiponto, somos todos pobres,
damente, deixando os médiaqui, na Inglaterra, em C alcucos admirados pela força de
tá, seja onde for, não adianta
seu ideal, que a colocava saufalarmos em paz, em união,
dável, contrariando todos os
se estivermos distantes do
diagnósticos previstos.
nosso C riador. E sabemos
que o C risto foi crucificado
Voltando às suas atividana cruz, por muito nos amar.
des, após a internação hospitalar, quis passar as direções
E Madre Teresa encerrava
das congregações a uma
suas palavras, ovacionada
das Irmãs Missionárias, que
pelos presentes.
fosse eleita por uma assemAntes do prêmio Templebléia constituída para esses
ton, Madre Teresa foi lembramomentos. Mas, por votação
da pelo Papa J oão XXIII, por
Madre Teresa, presidente Ronald Reagan e sua esposa Nancy D. Reagan geral, ela foi reeleita, havenseu grandioso trabalho em
do um único voto contra, que era o seu próprio, embora a
favor dos carentes. Lá pelo mês de maio de 1963, um pouco
votação fosse secreta, mas ninguém queria a renúncia de
antes da morte do sumo pontífice, foi-lhe ofertado um prêmio
Madre Teresa.
pelo seu trabalho em honra da paz mundial. E sse prêmio aneDessa forma, grande era o número de repórteres à procura
xava um valor alto em dinheiro. J oão XXIII muito enfraquecido
da religiosa, porque sabiam ser de importância toda matéria
e já prevendo seu desencarne, deixou em seu testamento de
que vinculasse a vida de Madre Teresa. E ra só sair às ruas e
amor ao próximo, que esse prêmio fosse devidamente discutifotógrafos, cinegrafistas, televisões, cercavam-na para entredo pelos jurados eclesiásticos e, por justas razões, chegasse
vistá-la. Alcançando seu objetivo, um desses apresentadores
às mãos de Madre Teresa de C alcutá, o que foi plenamente
de telejornal local perguntou-lhe:
aceito por todos os jurados.
— Por favor, Irmã, poderia ceder-me um minuto de seu
A entrega do prêmio à Madre Teresa deu-se em um amtempo?
biente solene. O Vaticano recebeu 15 cardeais, entre outros
componentes do corpo diplomático da S anta S é. O s uniformes
C ompreensível e paciente fez-lhe um sinal afirmativo.
eram os apropriados às grandes ocasiões.
— A senhora poderia nos dizer em que época ficou-lhe
Algum tempo depois, ainda em Roma, Madre Teresa sofreu
clara a vocação de se dedicar aos pobres, aqueles mais deso primeiro ataque cardíaco. Levada ao hospital, foi constatado
validos?
como gravíssimo seu estado, e os médicos lançaram mão dos
Respondeu-lhe com toda a convicção, a religiosa.
melhores recursos medicinais. S emanas de repouso absoluto,
— Q uando senti o E vangelho. As lições do C risto penetraqueriam os médicos, porém, Madre Teresa, logo que se viu
ram-me profundamente, principalmente quando E le afirma: “O
livre das medicações, ameaçou a todos os assistentes de que
que se faz aos pequeninos, aos que tem fome, aos enfermos
iria embora, com alta ou sem alta, porque o trabalho não podia
abandonados é como atender ao chamado do meu Pai e
parar e ela precisava viajar até G aza, e entregar parte das
virem até mim”. S enti então, que esse seria o caminho que
doações recebidas pelos prêmios ganhos. “A fome, naquele
me levaria a Verdade e o dom da Vida.
local, estava crescendo muito”, dizia preocupada.
A entrevista prossegue:
Um dos médicos que acompanhava o estado físico da re— A senhora sempre afirma, em suas conversações, que
ligiosa, sabendo que realmente ela não ficaria mais tempo
não há amor sem sofrimento. É verdade?
hospitalizada, despedindo-se, disse-lhe:
— S im — responde ela e continuou — ,.o verdadeiro amor é
— Q ue Deus a continue cuidando como sempre, pois sei
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dotado de renúncia. O lar que pretender viver em paz, deverá
ser cristão. A família, aí composta, seguirá a simplicidade e a
honestidade. C omo poderá ser feliz um lar, onde cada
um quiser viver seu mundo sem repartir os sacrifícios,
os reveses dos acontecimentos naturais de uma
existência, sem a presença de Deus? Lembremos da oração de S . Francisco de Assis: “S enhor
fazei-me instrumento de vossa paz...” Aqui em
C alcutá, essa é a nossa oração de todos os dias.
— Madre, a sua congregação expandiu-se e
várias casas foram abertas em muitos países,
para tratar das pessoas aidéticas. E isso está
dando resultados?
— G raças a Deus, abrimos casas para esses
doentes não só na Índia, como nos E stados Unidos,
na Itália, no Zaire, onde o acúmulo de suicidas era muito
grande, por falta de remédios e, principalmente, de orientação. Partiam para o suicídio, por desespero, pelo abandono
e pela amargura de verem-se relegados, até pelos familiares.
A ausência do amor e da fé levava muitos jovens aos delitos
e aos suicídios. C om o valoroso trabalho das Missionárias da
C aridade, muitas vidas foram salvas e outras assistidas, uma
vez que atualmente são tratadas dentro de um lar cristão, que
é a congregação de assistência aos aidéticos; assim como os
hansenianos que são em grande número, também recolhidos
das ruas, com saliência no Zaire.
— A senhora, recebe ajuda de outras religiões?
— Muitas. Muçulmanos, hinduístas, budistas entre outros
tantos. Meses passados, recebemos a visita de um grupo de
budistas japoneses. E ntre muitos assuntos, falamos sobre o
jejum que fazemos todas as primeiras sextas-feiras de cada
mês. C om isso, como somos muitas Irmãs na congregação,
economizamos um bom dinheiro que nos ajuda a pagar as
dívidas mensais, nas compras de comida aos pobres largados
em meio do caminho. Q uando esses monges regressaram
ao seu país, fizeram uma campanha, “do jejum”, e depois
de algum tempo nos enviaram o dinheiro arrecadado, o que
nos permitiu terminar a obra para recolher as meninas que
saiam da prisão, depois de cumprir pena pelo envolvimento
com a prostituição.
— Q ue mensagem, Madre Teresa, a senhora poderia deixar
ao mundo?
— Amar uns aos outros, como J esus ama a cada um de
seus irmãos. Nada mais posso acrescentar, pois, nosso Mestre, quando aqui esteve, nesta abençoada Terra, tudo nos
ensinou e nos transmitiu através de seu amor puro à Humanidade. E o fruto desse amor é justamente o serviço ao
semelhante, que um dia será o da Paz C ristã.
No ano de 1991, Madre Teresa visitou Tijuana no México,
para uma palestra aos mexicanos, orientando-os a afastar os
jovens das drogas, onde o procedimento educacional mostrava sua impotência para impedir o uso alarmante que faziam da
cocaína. Mas, sua saúde débil levou-a a adquirir uma pneumonia com o agravamento cardíaco, ficando hospitalizada
em La Holla, S an Diego, na C alifórnia – E UA.
Dois anos depois desse acontecimento, sentindo ainda
a debilidade física, viajou à Roma atendendo a compromissos da congregação. Andando pelos arredores como era seu
costume, para levar suas orações aos doentes impossibilitados de andar; escorregou, e, com a queda,
fraturou três costelas. Novamente foi obrigada a
repousar, porém logo que se sentiu mais forte,
partiu para Nova Delhi; mas, enfraquecida como
se encontrava, contraiu a malária.
Acompanhada pela Irmã Nirmala, que veio a
sucedê-la no cargo de superiora geral das congregações, e da cardiologista doutora Patrícia
Aubanel, voltou a Roma. Porém, o avião em que
viajavam teve que fazer uma escala especial, a
pedido de sua médica, pois Madre Teresa precisava de oxigênio, uma vez que sua respiração, pelos
problemas cardíacos, estava deficiente e seu estado
físico perigoso. S eu grande desejo era o de poder chegar
mais uma vez diante do Papa. E la queria apresentar sua
sucessora, a Irmã Nirmala.
Para a chegada no aeroporto de Roma, a pedido da médica Patrícia Aubanel, foi providenciada uma cadeira de rodas
para que a missionária não se esforçasse com a caminhada
até o táxi.
Diante do sumo pontífice, após receberem as bênçãos do
mesmo, Madre Teresa falou:
— S anto Padre, permita-me apresentar-lhe minha sucessora, Irmã Nirmala.
E m resposta o Papa respondeu:
— Q ue Deus a abençoe como superiora geral das instituições, Madre Teresa; porém, a fundadora e organizadora das
congregações é e será para sempre a senhora.
Nesse mesmo tempo, na Polônia, comemorava-se um
C ongresso E ucarístico, terra natal do Papa Wojtyla, J oão
Paulo II, e onde a congregação das Missionárias da C aridade
mantinham assistência aos pobres. O s bispos convidaram
Madre Teresa para participar do C ongresso no país, mas ela
não pôde participar, deixando Roma em companhia de sua
cardiologista e da Irmã Nirmala, pois quis incentivar o trabalho das noviças em Nova York, mais precisamente no Bronx.
Ainda em cadeira de rodas, seguiu alegremente abraçando e
encorajando as noviças para serem fiéis ao trabalho de J esus.
S urpresa, Madre Teresa encontra-se com a princesa Diana,
que, em tarefas humanitárias, visitava os E stados Unidos.
E mocionadas, ambas se abraçam, por estarem envolvidas
no campo assistencial em favor dos carentes.
Muitos fotógrafos presentes mostraram ao mundo, através
das revistas e jornais, essas duas figuras famosas de mãos
dadas, como que alicerçando a força de um dever maior que
seus corações demonstravam, pela ternura de participar do
sofrimento alheio.
Madre Teresa seguiu depois para a C asa Branca, encontrando-se com três dos presidentes americanos, G eorge
Bush, pai, Ronald Reagan e também com Bill C linton e suas
esposas. S empre apresentando simplicidade, Madre Teresa
sentia-se pequenina diante do poder que esses homens representavam ao mundo. Novamente ela adicionava em seu
HOSPITAL DO FOGO SELVAGEM PEDE AJUDA
O Hospital do Fogo S elvagem de Uberaba – MG , que
atende a portadores do Pênfigo (Fogo S elvagem) e também a 150 crianças, precisa de doações para comprar:
os remédios C alcort e Psorex pomada (podem ser genéricos); materiais de limpeza (sabão em barra Ypê amarelo
para os doentes e sabão em pó para limpeza em geral);
fraldas descartáveis tamanho G infantil; Mucilon; lenços
umedecidos e álcool gel 70%.
Órgão divulgador do Núcleo de Estudos
Espíritas Amor e Esperança
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C aso queira fazer doações em dinheiro, o depósito pode
ser feito em nome do LAR DA C ARIDADE , através dos
seguintes bancos:
• Bradesco - agência 0264-0 - c/c 14572-6
• Banco Itaú - agência 0321 - c/c 00859-1
• Banco do Brasil - agência 3278-6 - c/c 3274-9
Maiores informações:
• Telefone (34) 3318-2900
• fogoselvagem@ terra.com.br
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currículo de trabalho mais um título, que lhe foi concedido, o
de “cidadã americana honorária”.
E ra o reconhecimento pela sua dedicação em cuidar dos
doentes pobres, esforçando-se para que o futuro mostrasse
ao mundo uma sociedade melhor e mais consciente diante
dos valores humanos. Madre Teresa orava para
que isso não fosse apenas um sonho,
mais que um dia se tornasse realidade.
E m seu íntimo, a missionária a tudo isso renegava. E la não queria título
algum, nem mesmo o da
diplomacia que o Papa J oão
Paulo II lhe havia pronunciado.
Para ela, o importante era o ser humano relegado. E ra ajudá-lo a secar suas lágrimas
e matar a fome. E ra ver a criança feliz, brincando junto às
mais privilegiadas pela vida. E ra ensinar o bem e irem todos
ao encontro de J esus. Porém, Madre Teresa teve que sair de
seus devaneios, quando seu nome foi anunciado para receber
as homenagens programadas pela C asa Branca. E m seus
pensamentos, rogava a J esus para afastar de seu coração o
ímpeto da vaidade e do orgulho. S ua preferência seria continuar fazendo o caminho do calvário, como serva de J esus.
Após, retorna a Roma, sempre acompanhada pela médica
e a Irmã Nirmala, preocupadas com sua saúde. E m cadeira
de rodas, fez questão de comparecer à festa Papal, celebrada no dia 29 de junho, em homenagem a S . Pedro e S .
Paulo, na basílica do Vaticano. Q ueria a missionária levar
seu agradecimento ao Papa J oão Paulo II pela sua bondade
para com os trabalhos desenvolvidos pelas Missionárias da
C aridade, em Roma. S ua estada em Roma foi mais demorada
que o previsto. S eu corpo frágil precisava de repouso. Ficou
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hospedada na residência do bispo Dom G regório, em C élio.
S entindo-se mais fortalecida, numa manhã de sol, Madre
Teresa resolveu caminhar vagarosamente pelas alamedas
da residência paroquial. E stava feliz sem a cadeira de rodas
e sabia que, no final do jardim que rodeava a casa, havia
uma capela. Não conteve o desejo de orar na
capelinha. O calçamento estava um
pouco liso e, com a fraqueza
nas pernas, escorregou,
e o resultado da queda
foram três costelas quebradas.
Novamente foi hospitalizada, não só pelo problema da queda, mas pelo fato
de seu coração mostrar deficiências.
Foi preciso o uso de um cateter para desobstruir uma veia relacionada ao coração.
Neste ínterim, Madre Teresa recebeu uma triste notícia.
Dias depois de sua internação, ficou sabendo que seu estimado amigo e confessor, o padre jesuíta belga, C eleste Van
E xem, havia morrido. Naturalmente, não podia estar presente
ao velório e nem comparecer ao enterro, mas durante toda
a noite do leito do hospital, Madre Teresa rendeu preces de
agradecimentos ao seu protetor, que estaria em um bom lugar
junto aos amigos celestiais, rogava Madre Teresa, a J esus.
O Papa J oão Paulo II e a princesa Diana enviaram mensagens de breve recuperação; e o Papa assim se referiu: “Por
favor, Irmã Teresa, cuide-se, o mundo precisa da senhora e
os pobres não podem ficar órfãos”.
E , no dia seguinte, a febre havia baixado. E ra a véspera de
seu aniversário, 25 de agosto. Nesta data as Irmãs Missionárias foram visitá-la. Madre Teresa chorou de emoção por
se ver rodeada pelas suas filhas, tão queridas e que muito
ajudavam para manter tantas instituições existentes em nome
do Mestre J esus. Ainda debilitada, mas desejando ardentemente voltar para suas tarefas, os médicos permitiram sua
saída do hospital. As Irmãs Missionárias se comprometeram a
cuidar da mãezinha querida, embora sabedoras que seria uma
difícil tarefa, pela personalidade resistente de Madre Teresa.
Voltando às suas atividades, porém mais cautelosa diante
do seu estado físico, Madre Teresa saiu às ruas, acompanhada pelas Irmãs que empurravam a cadeira de rodas, parando
sempre diante dos problemas que as ruas ofereciam aos olhos
de Madre Teresa. E numa dessas ocasiões, sua atenção fora
voltada para uma senhora que empurrava um carrinho de
bebê. C uriosa, pediu para a irmã que empurrava sua cadeira
de rodas que se aproximasse mais da senhora, pois queria ver
a criança e abençoá-la. Q ual foi a surpresa, quando as irmãs
viram que não eram um bebê e sim um cachorrinho, todo
arrumadinho e cheiroso. Madre Teresa envolveu a senhora
dona do animal, com um olhar complacente e pegando-lhe
as mãos falou:
— Q ue Deus a abençoe, minha filha, sei que esse cachorrinho tratado dessa maneira, talvez seja o substituto do filho
que um dia você recusou a tê-lo.
A senhora beijou as mãos da missionária e seguiu seu
caminho, secando as lágrimas de seus olhos.
No dia 31 de agosto de 1997, Madre Teresa recebeu mais
uma notícia triste. Ficara sabendo que a princesa Lady Di
havia morrido. A notícia da morte de Lady Di foi comunicada
pelo médico, onde Madre Teresa encontrava-se hospitalizada.
Profundamente abalada, buscou em sua memória o último
encontro que tivera com a princesa, em Nova York. Pôde sentir que Lady Di não era feliz. Porém, confidenciara à religiosa,
que ao unir suas lágrimas àqueles mais sofridos, encontrava
consolo e novas energias para continuar a viver. E Madre
Teresa, informada do trágico acidente automobilístico que
lhe tirara a vida, pronunciou carinhosa prece à J esus para
Madre Teresa e princesa Diana
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que ela pudesse ser recebida em paz,
G andhi foi também utilizado para realiem sua nova moradia. C ertamente, a
zar o cortejo desse grandioso funeral.
missionária não poderia comparecer
A Irmã Nirmala foi reconhecida puao funeral, o qual lamentava, mas seu
blicamente como sucessora de Madre
estado não o permitia.
Teresa no dia 13 de março de 1997, meA vida de Madre Teresa parecia diluirses antes da morte da missionária. E ,
-se a cada dia. O s ossos enfraquecidos,
antes do trajeto fúnebre, Irmã Nirmala
problemas cardíacos, infecção pulmopediu licença ao público para lembrar os
nar agravada, e essa última internação
últimos pensamentos de Madre Teresa:
por fortes dores no peito. E no dia 5 de
“Não usemos bombas nem armas
setembro de 1997, devido a uma parada
para conquistar o mundo. Usemos o
cardíaca, veio a desencarnar, dois dias
amor e a compaixão. A paz começa
antes do enterro de Lady Di.
com um sorriso e a fé no coração, com
O enterro de Madre Teresa foi realio Mestre J esus”.
zado oito dias após sua morte. No dia
O Arcebispo de Loreto, Dom Ângelo
13 de setembro de 1997 o mundo pôde
C omastri, dizia que seu coração tamassistir, através dos canais televisivos,
bém gostaria de homenagear Madre
um funeral com o qual, certamente, MaTeresa. E m tom de profundo respeito,
dre Teresa não concordaria, segundo as
em frente ao caixão, falou:
missionárias que durante tantos anos
— Madre Teresa viveu na mais
conviveram com ela e conheciam seus
completa pobreza. Porém, rica no seu
hábitos e sua simplicidade. E mbora a
modo de viver, sem vaidades, apenas
Irmã Nirmala
religião dominante fosse representada
dedicação em querer passar alegria
pelos católicos e todo o meio eclesiástico, outros religiosos
aos oprimidos e desvalidos do mundo. Aos 87 anos, de frágil
dos mais diversos países também vieram prestar as últimas
constituição física, rosto marcado de profundas rugas, onde
homenagens à “mãe dos pobres”.
cada uma delas demonstravam anos de experiências por
O secretário de E stado do Papa J oão Paulo II foi quem
dores passadas, não suas, mas de cada vida que procurava
oficializou o ato litúrgico. Além das autoridades políticas indiasalvar, por respeito ao C riador. S empre foi aclamada “Mãe
nas, estiveram presentes ao funeral líderes de vários países,
dos Pobres”. E ntre os pobres mais pobres, ela perseverou o
principalmente, aqueles a quem Madre Teresa tinha profunda
amor do C risto, para que os crentes e os descrentes pudesgratidão por ter sido ajudada em momentos difíceis que passem sentir e assistir o E vangelho vivo, despertando o povo
sara em sua caminhada caritativa.
para um novo perfil de vida. C remos que a morte de Madre
Três rainhas fizeram suas homenagens de reconhecimento
Teresa entristeceu o mundo e muitos ficaram órfãos de seu
pelo intenso trabalho de Madre Teresa: a Rainha Fabíola, da
carinho, mas os rastros de seus passos ficarão eternamente
Bélgica, S ofia, da E spanha e Noor, da J ordânia. Destacougravados com o nome de “C aridade”.
-se, também, a presença da senhora Bernardette
Após, sob forte emoção, todos acompanharam o sepultaC hirac, esposa do presidente da França e
mento de Madre Teresa.
Hillary C linton, ex-primeira dama dos E sO mundo católico, através da imprensa e de todos os
tados Unidos. Representando a Itália, o
meios de comunicação, aguardava, ansioso, a beatifientão presidente da R epública, O scar
cação da missionária. Uma das exigências para a conLuigi S calfaro, que concedera a Masumação do fato é a confirmação de alguns milagres.
dre Teresa o título de cidadã italiana,
E sta é a exigência do Vaticano e os cuidados na vefavorecendo-lhe o trabalho para com
rificação dos mesmos, feitos pelo Papa.
os pobres na Itália.
Um ano após o falecimento de Madre Teresa, chaD urante vários dias, filas enormes
mou a atenção do mundo um dos “milagres” realizade pessoas que queriam dar seu último
do pela missionária. Até aí, vários acontecimentos
adeus à missionária formou-se diante
eram registrados como milagres de curas feitas por
da igreja de S ão Tomé, em C alcutá,
ela. Mas, chamou a atenção o caso de uma enferonde seu corpo a princípio foi velado.
ma de nome Monika Besra, que, fora constatado
Mas como estava próximo o dia de seu
pelos médicos, ser portadora de um tumor ovariano
sepultamento e o número de pessoas
acompanhado de inchação e fortes dores na região,
continuava a aumentar, pois todos queriam
refletindo-se no estômago, causando-lhe fraqueza, a
participar da missa de corpo presente, deterponto de não ser permitida uma cirurgia, pelo fato, diziam
minou-se, por ordem do clero, que seu corpo
os médicos, da não absorção da anestesia. Também seu
fosse transladado ao E stádio Netafi, onde o
organismo registrava pressão alta, dores de cabeça, proC ardeal Ângelo S odano, secretário de E stado
blemas respiratórios etc. E speravam sua morte a qualquer
do Vaticano, celebrou a missa que foi acompamomento. Dessa forma, foi a enferma removida para o “Lar
nhada, em maior número, pelos “filhos pobres de
do Moribundo Abandonado de Patiram”, distante a 300 km
Mãe Teresa”.
de C alcutá.
O veículo que em 1948 transportara o corpo de Mahtma
As irmãs Bartholomea e Ann S evika eram as responsáveis
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sobre a Doutrina e tirar dúvidas sobre o Espiritismo por e-mail. Poderá
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Espíritas Amor e Esperança
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Bibliografia
dessa instituição. Passaram a cuidar da enferma, seguindo
as prescrições médicas, mas nada aliviava as dores
da doente, e seus gemidos eram ouvidos por
toda a casa. C erta noite, quando Monika se
contorcia em dores, a irmã Bartholomea,
pegando em suas mãos, falou:
— S ei minha filha, que você não
é católica, mas há momentos na
vida, que precisamos rogar a
D eus que venha nos assistir
pelas almas santas. O lhe para
o retrato preso na parede de
seu quarto. E la é a Mãe dos
Pobres, a nossa querida Madre Teresa. Rogue a ela para
ajudá-la a suportar essa prova
difícil de sua vida.
Monika, olhando o retrato,
apenas ouviu as palavras da
irmã Bartholomea e adormeceu. Ann S evika, também presente no quarto, percebendo a
tranquilidade que se estampara
no rosto de Monika, sugeriu a irmã
Bartholomea que fosse colocado sobre o ventre de Monika a medalha que
Madre Teresa trazia sempre consigo, a medalha de Nossa S enhora das Dores, a qual fora
doada para essa instituição pelas missionárias de
C alcutá. De imediato isso foi feito.
Na manhã seguinte, todos da instituição ouviram a voz da
doente, que gritava:
— E stou curada... estou curada... Madre Teresa me curou!
As irmãs correram ao quarto e viram Monika em pé, segurando a medalha e chorando copiosamente. S eu ventre
estava desinchado e seu aspecto físico normal. C inco médicos foram chamados para constatar o desaparecimento
do tumor. Todos foram unânimes na confirmação de que os
exames mostravam o desaparecimento do tumor e o estado
geral físico de Monika estava normal.
O Arcebispo de C alcutá, Dom Henry S ebastian D’S ouza,
assim que soube do ocorrido, levou os exames para os técnicos da C ongregação Vaticana avaliarem, junto com as “C ausas dos S antos”, todas as confirmações do milagre feito por
Madre Teresa, com os pareceres médicos e fotos antes e
depois do estado físico de Monika. Ficou então provado o
milagre e aceito pelo Papa J oão Paulo II, como a maior virtude
de Madre Teresa. E , no dia 19 de outubro de 2003 fixou-se o
ato solene para o público, da beatificação de Madre Teresa
de C alcutá.
Madre Teresa volta a pátria espiritual, feliz. É recebida por
todos aqueles E spíritos de escol que a ajudaram a cumprir
a reencarnação, imposta por ela mesma, com a finalidade
de continuar auxiliando aos desvalidos em suas dores expiatórias.
Retornava Magdalena, aos pés do S enhor! E le a esperava
e erguendo-a, disse-lhe:
— Voltaste vitoriosa, minha filha, com o reino de paz em
• Grandes Espíritas do Brasil – Zeus Wantuil, E ditora FE B, 1ª ed.,
1969.
• Madre Teresa de Calcutá – J osé Luis G onzáles-Balado, E ditora
Paulinas, 3ª ed., 1976.
• Maria de Magdala – Roque J acintho, E ditora Luz no Lar, 1ª ed.,
1992.
• Teresa de Calcutá – A Mulher do Século – M. Rouxinol, E ditora Lis.
• Teresa de Calcutá – Uma Vida de Amor a Jesus nos Pobres – J osé
Luis G onzáles-Balado, E ditora Paulinas, 1ª ed., 2003.
• Imagens:
• http://i.pbase.com/u4/deewun/upload/860460.MalcolmMUG G E RIDG E .jpg
• http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/f/fb/Ferdinand_
teu coração. S eja bem-vinda, em nome do nosso C riador!
Magdalena quedava-se em prantos. Luzes e aromas flutuavam sobre todos os E spíritos que participavam desse banquete celestial. Ainda
sob forte emoção, Magdalena falou ao
S enhor:
— Perdoa-me J esus, aos faustos
que nos foram projetados diante
do cortejo fúnebre. O ramos muito para não entrarmos em tentação. Porém, a maior ajuda
sabemos ter vindo dos corações abnegados, das nossas
companheiras da caridade
e dos aflitos, que souberam
servir-se da fé, em seu nome.
O Mestre olhando-a fixamente, respondeu-lhe:
— C onhecemos seu coração e sua personalidade espiritual. Todas essas homenagens
ficarão na mente daqueles que
um dia lembrarão de sua caminhada pela Terra. Não serão as pompas
dos grandes funerais que resistirão ao
tempo, mas a passagem dos justos, que
se dedicaram a viver o E vangelho em favor
dos semelhantes.
E os E spíritos S uperiores, que assistiram a esse
encontro emocionados, ouvindo o coro celestial, seguiram a
J esus e Magdalena unidos pelo princípio do Amor Universal.
Deixaremos aqui a oração que Madre Teresa fazia aos pés
dos moribundos:
Mantenha seus olhos puros, para que Jesus
possa olhar através deles.
Mantenha sua língua pura, para que Jesus
possa falar por sua boca.
Mantenha suas mãos puras, para que Jesus
possa trabalhar com suas mãos.
Mantenha sua mente pura, para que Jesus
possa pensar seus pensamentos em sua mente.
Mantenha seu coração puro, para que Jesus
possa amar com seu coração.
Peça a Jesus para viver sua própria vida em
você, porque:
Ele é a Verdade da humildade
Ele é a Luz na Caridade
Ele é a Vida da santidade
“E ssas são as palavras, ditadas pelo coração
puro desse E spírito, que só viveu e distribuiu
Amor por toda a sofrida Humanidade”.
Irmã Nirmala a Teresa de C alcutá.
Final da quarta e última parte.
E loísa
Perier_(1875-1968).jpg/250px-Ferdinand_Perier_(1875-1968).jpg
• http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/15/HRH_The_Duke_
of_E dinburgh_Allan_Warren.jpg
• http://p2.trrsf.com.br/image/get? o=s&h=600&src=http://img.terra.com.
br/i/2011/04/28/1865350-9969-in.jpg
• http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/f8/President_Reagan_
presents_Mother_Teresa_with_the_Medal_of_Freedom_1985.jpg
• http://4.bp.blogspot.com/-iWC F6ama6IU/TeV9O qV1T6I/AAAAAAAAE mY/
Pge6dBw7iO U/s1600/Fotos+raras35.jpg (Reuters)
• http://www.lifesitenews.com/ldn/images/2008a/S rNirmala.jpg
• http://api.ning.com/files/jG Tsl9YIheHdO sHgQ dYbfB8RE nC i8vTnUQ *aaLZJ J fQ IyQ Rgkke3yO C YtV8ZkNoyIm4L4G *cruAFvQ ccWr5jnS u970IS Hx6/
MotherTeresaVV.jpg
10
http://media.thestar.topscms.com/images/e4/3e/
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Clube do Livro
clube
do
livro
Assim Vencerás
Pelo grandioso espírito
E mmanuel foi concebida a
l
literatura
recebida pelos int
tegrantes
do C lube do Livro
E spírita “J oaquim Alves (J ô)”,
n mês de agosto de 2010,
no
i
intitulada
“Assim Vencerás”.
Q ual é nosso maior problem
ma?
“Todas as questões polític
cas
e administrativas, todos
o enigmas sociológicos e
os
p
passionais,
que espalham na
T
Terra
as mais constrangedoras crises de espírito, dependem da solução de um problema
único para serem convenientemente decifrados – o problema do reajuste da nossa própria alma ante as Leis Divinas.”
E ste é um trecho do primeiro título abordado: “O Maior
Problema”.
Na atualidade, é uma temática que vem ao encontro de
nossas indagações. E a resposta está dentro de nós mes-
mos.
S ão 40 tópicos para reflexão e descoberta de respostas,
que poderão fazer a diferença no prosseguimento da jornada
diária.
A cada tópico, frases intuitivas, objetivando aguçar, mais
que a inteligência, a sabedoria do homem – “Deus, que é a
Providência de tua alma dilacerada, é igualmente a Providência dos que te ferem”.
À luz do evangelho do C risto, a obra se destina a auxiliar
de maneira clara, mas, concisa, a qualquer hora do dia, para
as mais comezinhas situações.
Dúvidas, perquirições, orientação para a tarefa a cumprir?
Recorramos às elucidações do Mestre, ora conduzidas pelo
valoroso E mmanuel, por meio do digníssimo médium Francisco C ândido Xavier.
Uma das constatações da Providência Divina em nossas
vidas está contida nas comunicações que recebemos do
Alto, por meio de obras como esta.
E assim, estudemos, reflitamos e ajamos para poder vencer!
Rosangela
Cantinho do Verso em Prosa
cantinho
do
Saudade
Ante o brilho da vida renascente
Depois da névoa estranha, densa e fria,
Surgem constelações do Novo Dia
Muito longe da Terra descontente
Mundos celestes, reinos de alegria
E impérios de beleza resplendente
Cantam no Espaço, jubilosamente
Ao compasso do Amor e da Harmonia...
Mas, ai! pobre de mim!... Ante a grandeza
Da glória excelsa eternamente acesa
Volvo à sombra letal do abismo fundo!
E, esmagado de angústia e de carinho,
Choro de amor, revendo o velho ninho
E as aves ternas que deixei no mundo!...
Leôncio Correia
Francisco Cândido Xavier
Espírito Emmanuel
Editora Ideal
8ª edição
verso
em
prosa
O retorno ao plano espiritual, após a conclusão da caminhada terrestre,
é o reencontro com nossos mentores e o reforço de nossa fé no crescimento eterno.
Por muitas vezes o apego material, não só por bens, mas também por
entes queridos, institui um vínculo difícil de ser quebrado, o que pode
traduzir-se em tristeza e angústia e com isso tardar a recuperação de
nosso espírito neste momento de transição.
O plano espiritual vem nos acolher com a grandeza do amor, da paz e
sempre com muita alegria e devemos nos preparar para este reencontro
onde poderemos, mais do que nunca, com a brevidade de nossa transição,
dedicarmo-nos aos trabalhos de auxílio ao próximo e também acolher
nossos entes amados, encarnados e desencarnados, oferecendo-lhes
nosso fraternal amor.
C aberá a nós, durante nossas existências, exercitar o real amor e o
desapego pelo plano material, primando pela construção de sentimentos
livres e sinceros, comprometidos com o bem estar e o amor ao próximo
e com o nosso propósito evolutivo.
A saudade é um sentimento nobre, que não deve ser acolhido com dor
e sofrimento, mas sim com alegria e louvor, pois temos a certeza, através
de nossa fé, que todos os nossos irmãos estarão amparados por nosso
amado Mestre J esus, que a nenhum de nós deixará de iluminar.
Marco Antonio
Bibliogra�a: Parnaso de Além-Túmulo – Francisco C ândido Xavier / E spíritos diversos, E ditora FE B.
Banca de Livros Espíritas “Joaquim Alves (Jô)”
Livros básicos da Doutrina Espírita. Temos os 419
livros psicografados por Chico Xavier, romances de
diversos autores, revistas, jornais e DVDs espíritas.
Distribuição permanente de edi�cantes mensagens.
Órgão divulgador do Núcleo de Estudos
Espíritas Amor e Esperança
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Praça Presidente Castelo Branco
Centro - Diadema - SP - Telefone (11) 4055-2955
Horário de funcionamento: 8 às 19 horas
Segunda-feira a Sábado
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Pegadas de Chico Xavier
pegadas
de
Solidão Aparente
chico
E m meados de 1932, o “C entro E spírita Luiz G onzaga”
estava reduzido a um quadro de cinco pessoas, J osé Hermínio
Perácio, Dona C armen Pena Perácio, J osé Xavier, Dona G eni
Pena Xavier e C hico Xavier.
O s doentes e obsediados surgiram sempre, mas, logo
depois das primeiras melhoras, desapareciam como por
encanto.
C erta época, Perácio e senhora transferiram-se para Belo
Horizonte, por impositivos da vida familiar.
O grupo ficou limitado a três companheiros.
Dona G eni, a esposa de J osé Xavier, adoeceu e a casa
passou a contar apenas com os dois irmãos.
J osé, que era seleiro, naquela ocasião foi procurado por um
credor que lhe vendia couros. E ste credor insistia em receber
pelos seus serviços.
P or isso, apesar de sua boa vontade, necessitava
interromper a frequência ao grupo, pelo menos, por alguns
meses.
Vendo-se sozinho, C hico Xavier também quis se ausentar.
Mas, na primeira noite em que se achou a sós no C entro,
sem saber como agir, E mmanuel apareceu-lhe e disse:
— Você não pode se afastar. Prossigamos em serviço.
— C ontinuar como? Não temos frequentadores...
— E nós? — disse o espírito amigo — Nós também
precisamos ouvir o E vangelho para reduzir nossos erros.
E , além de nós, temos aqui numerosos desencarnados que
precisam de esclarecimento e consolo. Abra a reunião na
hora regulamentar, estudemos juntos a lição do S enhor e não
encerre a sessão antes de duas horas de trabalho.
xavier
Foi assim que, por muitos meses, de 1932 a 1934, C hico
abria o pequeno salão do C entro e fazia a prece de abertura,
às oito da noite em ponto.
E m seguida, abria “O E vangelho S egundo o E spiritismo”,
ao acaso e lia essa ou aquela instrução, comentando-a em
voz alta.
Por essa ocasião, a vidência nele alcançou maior lucidez.
Via e ouvia dezenas de almas desencarnadas e sofredoras
que iam até o grupo, à procura de paz e refazimento.
E scutava-lhes as perguntas e dava-lhes respostas sob a
inspiração direta de E mmanuel.
Para os outros, no entanto, orava, conversava e gesticulava
sozinho.
E ssas reuniões no C entro, com um Médium a sós e os
desencarnados de portas iluminadas e abertas, se repetiam
todas as noites de segundas e sextas-feiras.
***
Q ue tenhamos a fé, a persistência, a bondade, a disciplina,
entre tantas outras virtudes, como as de C hico Xavier que,
como demonstrado em mais esta passagem de sua vida,
sabemos não ter falhado em sua missão perante o Pai C eleste
e J esus, atendendo a uma multidão de necessitados todos os
dias, sem nenhuma distinção de raça, crença, cor ou sexo, sem
hora marcada, fossem eles encarnados ou desencarnados.
E quanto a nós, já paramos para pensar e perguntar se
estamos cumprindo a nossa?
Q ue aprendamos com as lições do querido irmão e sigamos
as suas “pegadas”.
Reinaldo
Bibliogra�a: Adaptação do livro Lindos Casos de Chico Xavier - Ramiro G ama, capítulo 29, E ditora Lake, 20ª ed., 2006.
Imagem: http://1.bp.blogspot.com/-y-wi5RtF7qo/TarbfiH_zAI/AAAAAAAAAs8/
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Kardec em Estudo
kardec
em
estudo
Instruções dos Espíritos,
Advento do Espírito de Verdade
O Evangelho
lh Segundo
S
d o Espiritismo
E i iti
– Capítulo
C ít l VI “O Cristo
C i t Consolador”
C
l d ” – itens 5
Eu venho,
E
h como outrora
t
entre
t os filh
filhos desgarrados
d
d de
d Israel,
I
l trazer
t
a verdade
d d e dissipar
d
di i
as trevas.
t
Escutem-me!
Para que possamos buscar entender este capítulo do E vangelho, faremos uma reflexão sobre:
“Advento” = Vinda. Q uem na Terra
teria a moral e o entendimento necessários para nos trazer a Verdade, senão J esus, o C risto?
“Venho como outrora” - dois milênios e alguns anos nos separam da
vinda de J esus, trazendo-nos a Boa
Nova. O s ensinamentos do Pai, o
Deus único, o Deus bom e suas Leis
Imutáveis e E ternas.
E nsinou-nos, com seus atos e palavras, sobre a vida espiritual, para que
pudéssemos entender a vida terrena
e sua necessidade de aprendizado,
aprimorando nossos laços com a eternidade.
“entre os �lhos desgarrados” que, apesar das grandes mudanças
materiais ocorridas, ainda estamos tão
distantes do entendimento daquelas
necessárias em nossa moral, que é a
grande chave para a vida atual e espiritual.
“dissipar as trevas” - como dissipar trevas que nós mesmos criamos,
sem buscarmos “O E vangelho S egundo o E spiritismo” assim como “O Livro dos Médiuns” que nos trazem em
seus ensinamentos como dissipar as
fantasias, tais como fantasmas, castelos mal assombrados e tantas outras
besteiras permitidas pelo nosso medo,
desconhecimento e, muitas vezes,
Contos
desinteresse em seus estudos, alertando-nos ainda, entre tantos outros
importantes assuntos, sobre os falsos
profetas, onde ajustamos nossos interesses, afastando-nos da Verdade
Divina.
S omente com sérios estudos, entenderemos ainda, a loucura, alucinações, o charlatanismo, a obsessão e
suas consequências, e tantos outros
que povoam nossas mentes, gerando
a escuridão para a vida tão iluminada
que J esus veio nos mostrar.
C ompreendemos? ! S im! Porém, o
básico que nossa inteligência consegue gerir, em meio ao nosso orgulho.
Mas, essa compreensão ainda não
chegou ao nosso coração, para que
possamos praticar o verdadeiro amor.
J esus reforça: Escutem-me!
O estudo que falamos acima é muito
importante, mas escutar a J esus representará muito mais!
É o “entenda-me”, mas com o coração, pois ali está a essência Divina,
que será regada com o amor, para o
crescimento necessário na prática da
verdadeira caridade ao próximo.
“Creiam, amem, meditem sobre
as coisas que lhes são reveladas.”
Não basta só acreditar! É necessário acreditar amando nosso próximo,
saber o que as Leis Divinas representam em nossas vidas e sua continuidade, livrando-nos do Deus que castiga, mas crendo no Deus que confia
Órgão divulgador do Núcleo de Estudos
Espíritas Amor e Esperança
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Bibliogra�a: O Evangelho Segundo o
Espiritismo – Allan Kardec, Tradução de
Roque J acintho, E ditora Luz no Lar -1ª ed.1987.
O Livro dos Médiuns – Allan Kardec, E ditora FE B, 59ª ed., 1992.
Construção do Amor - Francisco C ândido
Xavier, pelo espírito de E mmanuel, E ditora
C E U, 1ª ed., 1988.
contos
A Conversão de Agenor
A tarde tinha sido realmente muito
difícil...
No escritório, o dia fora todo atrapalhado. Logo que chegara percebera
que as informações recebidas não foram das melhores. O sócio de Londres
havia feito uma transação fraudulenta,
que causara um rombo enorme nas finanças da empresa. E m consequência
em nós, não importando quanto tempo
levaremos para estarmos preparados
para uma vida melhor, mas com a certeza de que lá chegaremos, e E le estará nos esperando de braços abertos.
C ompreenderemos então os “olhos
de ver” e “ouvidos de ouvir”, em seu
justo sentido.
Nesta certeza, E mmanuel, através
da psicografia de nosso amigo Francisco C ândido Xavier, nos aconselha:
“Se procuras o Mestre do Evangelho
não admitas que tua fé se transforme
em combustível ao fogo da ambição
menos e�ciente.
Vale-te da lição de Jesus, à maneira do lavrador vigilante que sabe selecionar as melhores sementes, a �m
de enriquecer a colheita próxima, ou à
maneira do viajor, que guarda consigo
a lâmpada acesa para a vitória sobre
as trevas.”
Deus, em sua criação não escondeu
absolutamente nada. Resta-nos o interesse de buscar, desde o seu início, o
conhecimento para que tenhamos o
C aminho, a Verdade e a Vida!
Vano
disto, todas as outras filiais e mesmo
a C entral, localizada na zona norte de
S ão Paulo, sofreram uma enorme perda; algo aproximado a 500 milhões de
dólares.
B em, c om essas informaç ões,
dá para imaginar o alvoroço que se
tornou a vida dos sócios e acionistas
da E mpresa Mineradora... S /A. O s te-
lefones não paravam de tocar, os faxes
vinham de todas as partes do mundo
e os e-mails, então, lotaram as caixas
postais com solicitações desesperadas de informações atualizadas sobre
o golpe acontecido.
E videntemente, a filial de Londres
encontrava-se totalmente fora do ar e
não se conseguia falar com nenhuma
pessoa responsável pela empresa.
Aqui no Brasil, o setor da Administração C entral estava em polvorosa,
tentando, de todas as formas, fugir
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das perguntas insistentes dos repórteres das empresas de rádio e televisão,
atentas ao acontecido.
O porta-voz da empresa, S r. E duardo, não conseguia convencer os
acionistas presentes na coletiva de imprensa, com suas colocações vazias
de detalhes sobre o que ocorrera no
mercado financeiro.
Alguns dias após o acontecido...
— Paulo, você soube o que aconteceu?
— S oube sim e confesso que estou
muito preocupado com o nosso diretor
o S r. Agenor. Desde os acontecimentos
infelizes, ele anda triste e acuado. Para
cobrir as despesas da empresa, teve
que colocar em custódia todos os seus
bens e, mais do que isso, colocar suas
propriedades, que não são poucas, em
juízo, para pagar a fiança de um empréstimo de cinco milhões de reais, a
fim de continuar operando no mercado.
A agência de Londres foi fechada e a
S cotland Yard continua procurando os
envolvidos na fraude. Por outro lado,
fiquei contente em ver as atitudes de
sua esposa, na verdade de toda a sua
família.
— C omo assim?
— Bem, conversando com D. Luiza
e Alfredo, o filho mais velho, eles nos
disseram que ficaram mesmo assustados com o fato. Mas, mesmo considerando ser esta uma situação muito difícil de ser encarada e vivida, a primeira
coisa que fizeram foi... o E vangelho.
— E vangelho? Rezar?
— S im, rezar e muito. A família é
evangélica e sempre viveu os ensinamentos do Mestre, assim como em
toda religião C ristã. O s ensinamentos
de J esus consolidaram com muita força
os laços que unem esta família e todos
os seus membros, quer dizer, quase todos. O S r. Agenor, por ser uma pessoa
muito ligada aos negócios e ao dinheiro, tem muita dificuldade em aceitar o
C risto e seus ensinamentos. C ostuma
dizer que quem fez tudo pela sua família foi ele, Agenor e não J esus. D.
Luiza o ama muito e sabe que ele é
um bom homem, apenas muito ligado
ao dinheiro.
— É então, por isso, que ele anda
tão estranho! O utro dia, na “rádio
peão”, me disseram que ele pensou
Tema Livre
até no suicídio...
— Isso. E esse é o maior problema.
C onheço o Alfredo, seu filho, de há
muito tempo, desde a época da faculdade, onde nos formamos e sempre
nos entendemos muito bem. Frequento
sua casa faz tempo e tenho livre trânsito na família. C omo espírita, fazemos
nossas preces juntos e temos, todos,
o mesmo objetivo na vida: amar ao
próximo como a nós mesmos. Por isso
estamos fazendo, juntos, O E vangelho,
todos os dias. E nvolvemos o espírito
do S r. Agenor em nossas preces todas
as vezes que oramos, e mesmo assim
está difícil... Mas não desistimos, não,
pois sabemos que seremos todos atendidos de uma forma ou de outra. Por
que você não nos acompanha Luiz?
C inco meses depois...
— Boa noite, senhores ouvintes. Vamos acompanhar, neste momento, o
depoimento do S r. Paulo, nosso palestrante, nesta reunião de hoje. S r. Paulo,
por favor...
— Boa noite a todos. Q ue o S enhor
nos abençoe. Falaremos hoje sobre “A
Paciência”, esta virtude tão difícil de ser
cultivada em nossos corações. E m “O
E vangelho S egundo o E spiritismo”, de
Allan Kardec, no capítulo IX, item sete
encontramos o seguinte:
“A dor é uma bênção que Deus envia a seus eleitos. Não se aflijam, pois,
quando vocês sofrem. Mas bendigam
a Deus onipotente que assinalou vocês
pela dor neste mundo, para a glória no
céu. S ejam pacientes!”
A história que vamos narrar nesta
noite é verdadeira e o personagem
tema
principal é o doador do terreno e de
todo o material que deu vida a esta
C asa e o alimento a todos os necessitados que aqui são atendidos, diariamente.
É a história de um momento da vida
do homem que tudo fez para que conseguíssemos ter este local maravilhoso, que nos ajuda a manter a vida dos
que aqui são atendidos: S r. Agenor de
S ouza.
Após ter sido salvo de uma tentativa de suicídio devido à pressão porque passara há cinco anos, resolveu
doar grande parte de sua fortuna aos
necessitados. Mas não foi fácil tomar
esta decisão. Podemos dizer até que
foi através da persuasão.
S im, pois quando estava prestes a
se suicidar e já se preparava para pular
da ponte do rio J uquiá, encontrou um
livro que veio mudar sua vida por completo. E ste livro foi-lhe presenteado por
um sem-teto que o lançou fora e caíra
aos pés do S r. Agenor. Por curiosidade,
tomou o livro em suas mãos, e, através de sua leitura ele conseguiu reunir
forças para continuar vivendo. Através
dele descobriu fatos e revelações que
até aquele momento lhe faltavam na
vida. E mais, descobriu que é eterno
assim como todos nós. O livro? Uma
obra de Allan Kardec intitulada “O Livro
dos E spíritos” e, desde esta data, o S r.
Agenor procura colocar em prática os
deveres morais que conquistou através
dessa importantíssima obra. Q ue Deus
o abençoe! E que nós possamos seguir
o seu exemplo...
Antoine
livre
Desculpar Incessantemente É Renovar
“Desculpar Incessantemente É Renovar-se para a Vida Superior” Emmanuel
Q uando lemos essa mensagem,
temos a impressão que a entendemos
bem, no entanto, na prática, fazemos
justamente o oposto.
O “desculpar” de E mmanuel é
entender e aceitar o erro dos que
nos acompanham nesta jornada. Não
é deixar que o seu companheiro de
caminhada cometa erros sob a sua
ignorância, mas saber conduzi-lo de
forma construtiva, procurando fazê-lo
entender o seu engano, não como um
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criminoso, porém como um filho de
Deus, passível de quedas e que, com
a ajuda de J esus, retornará a caminhar
com o jugo mais leve.
O “incessantemente” quer dizer
que devemos desculpá-lo sempre e
da mesma forma, pois somente assim
estaremos nos renovando perante as
lições aprendidas em “O E vangelho
S egundo o E spiritismo”, colocando-nos
a serviço do nosso Mestre.
Vamos buscar em nossos relacionamentos se praticamos tal ensinamento:
Q uando um dos nossos familiares
comete, vamos dizer, um deslize, procuramos chamar sua atenção pelo ato
praticado, como se fôssemos os poderosos e infalíveis de praticá-lo. S e voltar
a cometer outro deslize, nossa (falta de)
“paciência” já faz com que mudemos
o tom da voz e coloquemo-nos como
vorazes juízes. Nos enganos seguintes,
não precisamos nem lembrar.
S e em nossa família, onde temos liberdade de expressar nossos sentimentos e, que já sabemos o que representa
essa união, não conseguimos sequer o
entendimento, percebemos que a luta
será muito grande para que possamos
colocar o ensinamento em prática.
“Renovar” é buscar dentro de nós a
força necessária para entender quais
sentimentos ainda estamos alimentando, refletindo muito sobre os nossos
atos, buscando nos estudos da Doutrina
E spírita os esclarecimentos que ainda
são necessários para que essa renovação se faça presente em todos os
momentos da nossa vida, lembrando
sempre que o lar é, e será sempre, o
início da nossa caminhada em cada reencarnação, pois somente dela sairá a
semente que nos fará o carvalho que a
Misericórdia Divina espera de nós.
“Vida S uperior” não é a vaidade
na qual estamos envolvidos pela vida
material, que nos afasta de tudo que é
verdadeiramente importante. Busquemos entender nossas necessidades
materiais como o que é necessário para
nossa tranquilidade, mas não aquela
que nos rouba do lar, cega-nos para a
Mensagem
análise e acompanhamento dos filhos,
afastando-nos da família e arrastando a
todos para o desconhecimento da vida
espiritual.
Lembremos sempre que os dias de
inverno virão, não porque o desejemos,
mas, porque fazem parte de nosso
aprendizado e, se estivermos preparados para compreendê-los, serão menos
dolorosos e muito mais proveitosos.
“A Terra ainda não é um paraíso,
conquanto as fontes e �ores que a enriquecem”. Emmanuel
B us quem os ler novam ente a
mensagem e comecemos, a partir deste
momento, a nossa renovação.
J esus, obrigado pela confiança em
nós!
S e temos preguiça de ler e de nos
instruir, que não requer nem esforço
físico e muitas vezes nem sair de casa,
o que nos restará na hora da Verdade?
Anna
Bibliogra�a: Escultores de Almas – Francisco C ândido Xavier / E spíritos diversos,
E ditora C E U.
mensagem
Vivos Para Sempre
E stamos sempre vivos.
A vida, mais que a expressão transitória da existência, está
sempre onde nós estivermos.
C hamemos plano físico ou plano espiritual; cidade terrena
ou cidadela espiritual – aí em toda parte a vida é um eterno
presente.
S e desejamos, pois, relacionarmos-nos com os PLANO S
S UPE RIO RE S DA VIDA, quer estejamos imersos nas experiências físicas, ou já em repetição de experiências espirituais,
bastará que sublimemos os nossos sentimentos, as nossas
Aconteceu
emoções, os nossos conhecimentos.
É que os planos espirituais estão em toda parte.
Ao redor de cada um de nós há sombras e há luzes.
Refletir a luz ou ensombrarmos com as trevas interiores – é opção de cada um de nós.
Viva, pois, nesta hora, como lhe convém, para que você
amealhe todos os valores mais ALTO S , a fim de que a sua
mestra de vida seja o AMO R, liberando-se, afinal, das lições
vindas pelas mãos dos sofrimentos.
G uarde-se no bem e o bem será toda a sua proteção
quer esteja você no sanatório da carne ou na liberação da
E spiritualidade – nossa pátria de destino.
Paz.
Roque J acintho
aconteceu
Semana de Fabiano de Cristo
Num clima de muita alegria cristã realizou-se a 6ª S emana
E spírita de Fabiano de C risto de 17 a 22 de outubro de
2011, no Núcleo de E studos E spíritas Amor e E sperança,
à Rua das Turmalinas, 56/58, C entro – Diadema – S P, para
comemorarmos o desencarne deste nosso querido Patrono
E spiritual de que tanta gratidão somos devedores.
Antes de iniciarem as palestras, tivemos a oportunidade de
nos deliciar com as apresentações artísticas e os palestrantes
escolhidos nos trouxeram boas explicações através dos
seguintes temas:
• Transmigrações P rogressivas, P luralidade das
E xistências
• Influências dos E spíritos em Nossos Atos
• Fenômenos da Natureza e a Ação dos E spíritos
• Diante da Lei da Destruição, S egundo a Doutrina
E spírita
Órgão divulgador do Núcleo de Estudos
Espíritas Amor e Esperança
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• O C onsolador Prometido
O encerramento de nossa S emana E spírita Fabiano de
C risto foi feito na Banca de Livros E spíritas J oaquim Alves,
na Praça C astelo Branco, C entro, Diadema, com leitura de
um trecho de “O E vangelho S egundo o E spiritismo” e do livro
“Fonte Viva” de E mmanuel, seguida de uma prece.
Agradecemos a presença de todos que compartilharam
conosco destes momentos iluminados.
Equipe do Núcleo de Estudos Espíritas
Amor e Esperança
AC E ITAMO S S UA C O LABO R AÇ ÃO
Sua doação é importante para o custeio da postagem do Seareiro e
pode ser feita em nome do
Núcleo de Estudos Espíritas Amor e Esperança - C NPJ : 03.880.975/0001-40
Banco Itaú S .A. - Agência 0257 - C /C 46.852-0
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18/10/2011 05:16:06
Atualidade
atualidade
Política Ontem e Hoje
A ruína moral observada na época do C risto,
risto com a história da
crucificação, continua ainda hoje, prevalecendo na covardia, na falta
de consciência, no não comprometimento, imperando a injustiça.
S etores até então dignos de credibilidade, hoje padecem, contaminados com a moléstia da corrupção e desonra. A sede do poder
invade as mentes enfermiças, expondo nações inteiras ao declínio.
E is o que acontece hoje no meio político mundial.
Rui Barbosa deixou entre várias frases, esta:
“Abomino as ditaduras de todo gênero, militares ou científicas,
coroadas ou populares.”
E ntre vários textos de R ui Barbosa, destacamos trechos de:
“O ração aos Moços” e “O Justo e a Justiça Política”:
“Porque para sermos �éis no muito, o devemos ser no pouco.”
“De Anás a Herodes o julgamento de Cristo é o espelho de todas
as deserções da justiça, corrompida pelas facções, pelos demagogos e pelos governos. A sua fraqueza, a sua inconsciência, a sua
perversão moral cruci�caram o Salvador, e continuam a cruci�cá-lo, ainda hoje, nos impérios e nas repúblicas, de cada vez que um
tribunal so�sma, tergiversa, recua, abdica. Foi como agitador do
povo e subversor das instituições que se imolou Jesus. E, de cada
vez que há precisão de sacri�car um amigo do direito, um advogado
da verdade, um protetor dos indefesos, um apóstolo de idéias generosas, um confessor da lei, um educador do povo, é esse, a
ordem pública, o pretexto, que renasce, para exculpar as transações
dos juízes tíbios com os interesses do poder. Todos esses acreditam, como Pôncio, salvar-se, lavando as mãos do sangue, que vão
derramar, do atentado, que vão cometer. Medo, venalidade, paixão
partidária, respeito pessoal, subserviência, espírito conservador,
interpretação restritiva, razão de estado, interesse supremo, como
quer te chames, prevaricação judiciária, não escaparás ao ferrete
de Pilatos! O bom ladrão salvou-se. Mas não há salvação para o
juiz covarde.”
A exploração da ignorância e miséria do povo, cultivada e mantida
com benefícios ilusórios, permite que a ação de mentes egoisticamente dominadoras manipule, com propostas que afastam cada
Livro em Foco
livro
em
vez mais as pessoas da busca do saber e de novas
conquistas, do trabalho e crescimento dignos. A massa
nebulosa de promessas vãs e comprometedoras aliada
a “benefícios” que mais decresce a dignidade humana,
cresce na medida em que o povo, sem sustentação por
falta de conhecimento e estudo, entrega-se na miserabilidade do S er. O “sujeito-marionete”, que coloca sua
vida em custódia, nas mãos de pessoas cruéis, sob o
jugo destas será manipulado e perderá sua identidade.
O conformismo e a zona de conforto agem como
vírus, invadindo as expectativas dos povos, que serão
cada vez mais subjugados, na medida em que se
omitirem ou permitirem que seu valor seja sequestrado
por quaisquer querelas.
O povo, sem querer agir ou enxergar, está aceitando
propostas ilusórias, endossando a imoralidade e permitindo sua decadência diante de facilidades enganosas.
Q ue haja o despertar de cada povo, de cada consciência, para que governantes não dominem ou enganem
com tanta facilidade.
A escolha é de cada um e a responsabilidade
também.
Theo
Imagem: http://www.clmais.com.br/public/noticias/04683_crop.jpg
foco
Paz e Alegria
Francisco C ândido Xavier
E spíritos Diversos
E ditora G E E M
Pequenos pingos de verdade!
“Não temperes de azedume
O prato simples do bem;
Nunca se viu amargura
Auxiliar a ninguém.”
Podemos dizer “pingos de amor”, revelados
de
d forma simples e profunda.
Assim apresentam-se os diversos E spíritos,
através
da psicografia de nosso C hico, em cuja
a
linguagem
formam lindos versos e trovas, para
l
assuntos
relacionados a: renovações, camia
nhos,
lar, consciência, coragem e tantos outros.
n
...
“Não faças da própria vida
Preguiça, folga ou pilhéria.
O dia desocupado
Traz o cartão da miséria.”
...
Deixar de ler este singelo livro de bolso, será
afastar-se de dias de alegria e deixar de com-
preender a paz.
Disse o vivo ao morto amigo:
“A ti, meu pesar sincero...”
Disse o morto, no jazigo:
“Muito grato. Aqui te espero.”
E ndossado pelo prefácio de E mmanuel:
“Comparemos este livro à harpa a�nada
em que os trovadores, cada qual com suas
peculiaridades, nos trazem nobres e belas
inspirações, através de rápidos harpejos.”
Q ue mais poderíamos escrever sobre tão
belas obras, a não ser convidar à sua leitura,
que renovará as mensagens de consolo e esperança, sempre em nome de Nosso S enhor
J esus.
O brigado poetas e trovadores do Além.
Q ue a “Paz e Alegria” de J esus, permaneça
a iluminá-los, sempre!
Adna
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Família
familia
Jesus e as Crianças
“Deixai as crianças e não as impeçais de virem a mim, porque delas é
o reino dos céus”. Mateus 19:14
Na época em que J esus esteve na
Terra encarnado, era costume do povo
judeu levar as crianças para receber a
bênção de algum rabino, que colocava
as mãos sobre a cabeça.
Q uando as mães foram levar as
crianças para receberem a bênção de
J esus os discípulos viram com olhar
de censura e reprovação e procuraram
afastá-las. J esus, porém, advertiu seus
discípulos, instruindo para que não impedissem a aproximação das crianças.
J esus compreendia o cuidado das mães
para educarem seus filhos segundo a
Palavra de D eus e identificava suas
preces em favor dos pequeninos. E le
mesmo as havia atraído ao ouvir suas
súplicas.
O s filhos foram confiados a nós pelo
C riador e é dever de cada mãe e de
cada pai orientar, esclarecer, orar e suplicar pelos filhos.
C ertamente notamos a sede de saber
destes reencarnantes que, há menos
tempo que nós, deixaram a Pátria E spiritual para retornar à E scola Bendita
da Terra, na ânsia e desejo de acertar,
corrigir, reparar e evoluir.
C abe mais uma vez repetir para
maior compreensão que os filhos nos
foram confiados por Deus e é nosso dever o esforço no trabalho de educação
e orientação, sem projetarmos nossos
conflitos em nossos filhos.
É dever dos pais educar e orientar
para emancipação humana de acordo
com os princípios e a compreensão da
natureza espiritual, baseando-se nos
ensinamentos de J esus.
C onscientizar as crianças sobre a importância das Leis terrenas e espirituais,
pilares a nortearem suas funções nesta
oportunidade bendita da reencarnação.
A educação interliga aspectos físi-
Canal Aberto
cos, orgânicos, morais,
sociais, mentais, sentimentais e espirituais.
Importante a observação dos pais e educadores ao perceber logo em
tenra idade a tendência
desordenada pela estima
de si mesmo, desprezando e desrespeitando os
outros, querendo elevar-se acima dos seus semelhantes. É prec iso
identificar a erva daninha
do orgulho e egoísmo
que surge sutilmente e se
alastra através de graves
faltas.
O orgulho é uma enfermidade terrível da alma.
Desenvolve a pretensão que a criatura
tem em se achar superior aos outros.
Desencadeia-se nesse processo a ira,
a inveja, a preguiça, a luxúria e todos os
males que nos levam para o sofrimento.
A ira, além de prejudicar o espírito,
prejudica o corpo físico promovendo
movimentos violentos, linguagem inadequada, adentrando em faixas vibratórias equivocadas, nas quais impera
o desequilíbrio. J á ouvimos dizer que
é melhor ser aleijado do que colérico.
E sses males são combatidos no esforço pela calma, no exercício da paciência e da paz, procurando suportar os
sofrimentos e investidas conforme os
preceitos de J esus, confiando na Bondade e na J ustiça Divina, sempre.
Toda criança precisa conhecer a religião. A religião significa nossa ligação
com o Pai. Nos auxilia a identificar nossos deveres e propósitos como espíritos eternos que somos. A dedicação
ao estudo da Lei Divina nos aproxima
de Deus. A oração nos liga ao C riador
e nos torna receptivos ao S eu amparo.
A religião nos conduz a Deus. O estudo e o trabalho são ferramentas para
canal
que nos tornemos melhores, superemos
nossas imperfeições e conquistemos a
humildade, a bondade, a lealdade, na
pratica da caridade, fazendo todo o bem
que possamos nos empenhar a realizar, inclusive àqueles que nos fazem
mal, vibrando, consolando e aliviando,
compreendendo e auxiliando.
Nossa responsabilidade é inegável
ao entender e praticar os ensinamentos
de J esus para que ao transmitirmos às
crianças, o teor tenha respaldo nas nossas atitudes, que seja verdadeiro, pois
sabemos que as crianças nos copiam
e imitam.
Assim, orientaremos a criança com
base na Verdade, instruindo que o homem virtuoso é aquele que cumpre
seus deveres para consigo mesmo,
para com o próximo e para com Deus.
Amar a Deus de todo nosso coração, conhecimento e alma, com todas
as nossas forças e ao próximo como a
nós mesmos.
Nereide
Bibliogra�a: Espiritismo para Crianças C airbar S chutel, E ditora O C larim, 30ª ed.,
2000.
Imagem: http://3.bp.blogspot.com/-ze0uLIRd_mE /
Tgy3Q gmO E cI/AAAAAAAAAak/FmzC h0uic6M/
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aberto
E ste espaço é reservado para respondermos às dúvidas que nos são enviadas e para publicações dos leitores.
Agradecemos por todas as correspondências e e-mails recebidos. Reservamo-nos o direito de fazer modificações nos textos a serem publicados.
A Excelência do Amor
J esus, o justo por excelência, recomenda-nos que coloquemos o amor
verdadeiro acima de tudo.
É ilusão pensar que o dinheiro é a
solução para as dificuldades da vida.
O dinheiro é útil quando bem usado
em nosso favor e do nosso semelhante.
Do contrário, é fonte de puro egoísmo e de satisfação de falsos prazeres
e necessidades irreais.
Todo ser humano que almeja a
felicidade, não pode e nem deve esquecer que ela é fruto de trabalho ao
próximo.
O u seja, é uma conquista que nasce
do trabalho de servir ao outro.
A humanidade age como uma criança
que dá os primeiros passos ao aprender
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a andar. É recorrente a sua preocupação maior com as coisas da matéria.
Poucos são aqueles que procuram
realizar um trabalho voluntário em favor
de outrem.
Na verdade, nós vamos perceber
tardiamente a oportunidade bendita
Calendário
Novembro
que desperdiçamos, quando do nosso
retorno ao mundo espiritual.
Por isso, amigos, não sejamos imprevidentes, façamos o melhor.
O momento é de serviço ao próximo.
S er útil é a senha que garantirá o
nosso retorno numa melhor condição
ao Mundo Maior, o contrário é engano.
O importante, em qualquer situação
da vida, é servir e fazer sempre bem
feita a nossa tarefa.
Amigos! O amor verdadeiro está acima das tolas fantasias da matéria.
Ricardo S antos - S ão Paulo - S P
calendario
DIA 01
1918 desencarna em Sacramento, MG,
Eurípedes Barsanulfo; cristão autêntico, espírita ativo, médium e fundador
do Colégio Allan Kardec, cognominado
“Apóstolo do Triângulo Mineiro”. O seu
primeiro contato com a Doutrina Espírita ocorreu em 1903, através do seu tio,
conhecido como Sinhô, que, após tentar
explicar os pontos básicos da doutrina,
emprestou ao sobrinho o livro “Depois
da Morte”, de Léon Denis. Ocorreu,
então, uma transformação em sua vida:
mudou-se da casa de seus pais e fundou
o Grupo Espírita Esperança e Caridade,
em1905, onde, além de realizar reuniões
mediúnicas e doutrinárias, também prestava auxílio aos mais necessitados. Foi
médium de variadas funções: inspirado,
vidente, audiente, receitista, psicofônico, psicógrafo, de desdobramento e de
bicorporeidade. Como médium receitista, psicografava prescrições do Espírito
Dr. Bezerra de Menezes. Veja em nossa
revista sua biografia detalhada <http://
www.espiritismoeluz.org.br/seareiro/seareiro_08_2004.pdf>.
DIA 05
1839 nasce em Lincolnshire, Inglaterra,
Stainton Moses, reverendo protestante,
que se voltou para o Espiritismo, tendo
deixado a obra “Ensinos Espiritualistas”.
DIA 06
1835 nasce em Verona, Itália, Cesare
Lombroso; criminalista, pesquisador e
escritor espírita, em experiências com a
médium Eusápia Paladino.
DIA 07
1913 desencarna na Inglaterra o cientista e pesquisador espírita Alfred Russel
Wallace.
DIA 08
1834 nasce em Berlim, Alemanha, Johann Karl Friedrich Zöllner, pesquisador
espírita.
DIA 10
1835 nasce em Sevilha, Espanha, Amália
Domingos Soler, vulto de grande destaque no Espiritismo espanhol. Fundou o
jornal ”La Luz del Porvenir”. Escreveu
”Reencarnação e Vida”, ”Perdoa-me” e
”Memórias do Padre Germano”.
DIA 14
1849 as Irmãs Fox realizam as primeiras
demonstrações públicas de suas faculdades mediúnicas no Corinthian Hall, em
Rochester.
DIA 18
1881 nasce em Piraí, Rio de Janeiro,
Alfredo José dos Santos Nora. Foi um
grande poeta e jornalista. Lutou pela divulgação Espírita, através de seus versos,
conseguiu aliar adeptos de outros credos
quando estudante de Engenharia. Desencarnou em 13 de novembro de 1948, no
mesmo local de seu nascimento. Consta
no livro “Parnaso de Além-Túmulo” a poesia “Carta Ligeira” de sua autoria.
DIA 22
1897 desencarna no Rio de Janeiro Júlio
César Leal. Foi um dos pioneiros do Espiritismo no Brasil.
DIA 23
1795 nasce em Thiais, França, à época
da revolução francesa, Amélie-Gabrielle
Boudet, educadora e escritora. Casou-se
com o Professor Hypolite Léon Denizard
Rivail (Allan Kardec) e colaborou na
divulgação do Espiritismo. Filha única,
seus pais lhe proporcionaram uma reta
educação moral e intelectual. Era professora primaria e seguia a linha de Pestalozzi, assim como A. Kardec, quando
lecionava em Paris. Exerceu também as
atividades de poetisa e artista plástica. Foi
professora de Letras e Belas Artes; escreveu três livros: Contos Primaveris (1825),
Noções de Desenho (1826) e O Essencial
em Belas Artes (1828). Veja em nossa
revista “Seareiro” do mês de Setembro
de 2006, sua biografia completa <http://
www.espiritismoeluz.org.br/seareiro/seareiro_09_2006.pdf>.
DIA 29
1982 desencarna Edgard Armond, ligado à Federação Espírita do Estado de
São Paulo, autor de várias obras espíritas
entre elas “Os Exilados de Capela” e pioneiro do movimento de unificação.
Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança”
DIA
LIVROS ESTUDADOS
O E vangelho S egundo o E spiritismo – Allan Kardec;
Livro da E sperança – E mmanuel*; A G ênese – Allan
Kardec; Missionários da Luz – André Luiz*
3ª
O E vangelho S egundo o E spiritismo – Allan Kardec;
Livro da E sperança – E mmanuel*; O C onsolador –
E mmanuel*; O Livro dos E spíritos – Allan Kardec
4ª
O problema do ser, do destino e da dor – Léon Denis;
Viagem E spírita em 1862 – Allan Kardec; Das Leis
Morais – Roque J acintho
5ª
O E vangelho S egundo o E spiritismo; E mmanuel –
E mmanuel*; S eara dos Médiuns – E mmanuel*; O Livro
dos Médiuns – Allan Kardec
6ª
O E vangelho S egundo o E spiritismo – Allan Kardec;
Livro da E sperança – E mmanuel*; O s Mensageiros –
André Luiz*; Vida Futura – Roque J acintho
Domingo O E vangelho S egundo o E spiritismo – Allan Kardec;
Livro de mensagens de E mmanuel*
2ª
Reuniões: 2ª, 4ª e 5ª, às 20 horas
3ª e 6ª, às 15 horas
Domingo, às 10 horas
Artesanato: S ábado, das 10 às 17 horas
Atendimento às Gestantes: 2ª, às 15 horas na nova
sede (Rua dos Marimbás, 220, Vila G uacuri, S ão Paulo)
Evangelização Infantil: ocorre em conjunto com as
reuniões
Terapia de apoio espiritual aos dependentes
químicos e doentes em geral: 6ª, às 19h30
Tratamento Espiritual: 2ª e 4ª, às 19h45
3ª e 6ª, às 14h45
Treino Mediúnico: 5ª, às 20 horas
*Livro psicografado por Francisco Cândido Xavier
Rua das Turmalinas, 56 / 58
Jardim Donini - Diadema - SP - Tel.: (11) 2758-6345
Órgão divulgador do Núcleo de Estudos
Espíritas Amor e Esperança
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FECHAMENTO AUTORIZADO - Pode ser aberto pela E C T
Destinatário
Ó rgão divulgador do Núcleo de E studos E spíritas “Amor e E sperança”
C aixa Postal 42
Diadema - S P
09910-970
... CORREIOS ...
SEAREIRO
9912284046 - DR/SPM
Mala Direta
Postal