Empresa de odontologia brasileira compromete
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Empresa de odontologia brasileira compromete
2 PAIS Dental Tribune Brazilian Edition | Abril 2013 Empresa de odontologia brasileira compromete-se em expandir assistência de qualidade às comunidades de baixa renda Extraído de reportagens Nova Iorque e São Paulo – Um milhão de pessoas são esperadas para receberem assistência odontológica de qualidade em áreas de baixa renda no Brasil devido ao comprometimento da franquia odontológica brasileira Sorridents com o programa Business Call to Action-BctA (Negócios Convocam para a Ação), uma iniciativa global que objetiva apoiar negócios inclusivos. BCtA encoraja as empresas a lutarem contra a pobreza através de modelos de negócios inovadores e é apoiada pelo Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas e outras organizações internacionais. A Sorridents comprometeu-se em triplicar seu tamanho, tencionando operar 400 clínicas odontológicas até o final de 2016. Fundada por um jovem dentista em 1995, a Sorridents já é a maior rede de clínicas odontológicas, sejam completamente privadas ou franquiadas na América Latina. Essas clínicas objetivam fornecer assistência odontológica para deficientes e aces- sível próximo às residências, tipicamente nas periferias das cidades grandes e médias, onde o preço imobiliário é mais acessível e a maioria das pessoas de baixa renda vive. As clínicas Sorridents oferecem uma variedade de procedimentos odontológicos, servindo como parada necessária para assistência odontológica, principalmente para os mais idosos e pessoas com deficiências. “Nós acreditamos que a nossa expansão ajudará as populações de baixa renda a quererem mais serviços do que simplesmente buscarem assistência emergencial. Nós as ajudaremos a terem acesso à assistência de alta qualidade que é integrada na saúde e bem-estar”, disse Carla Sarni, CEO da Sorridents. A empresa espera que esse novo esforço alcance aproximadamente um milhão de novos pacientes até 2016. No Brasil, 75% das clínicas odontológicas na região Sudeste, que inclui os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Es- pírito Santo— e embora haja numerosas clínicas, ou elas são caras ou de baixa qualidade. Através do franqueamento em novas regiões, a Sorridents objetiva alcançar pacientes de baixa renda historicamente incapazes de pagar assistência odontológica preventiva. “O comprometimento da Sorridents com o Business Call to Action (Negócios Convocam para a Ação) demonstra um modelo de negócio único e inclusivo que direciona a necessidade de assistência odontológica adequada nos mercados tradicionais não desejáveis”, disse Sahba Sobhani, Diretor de Ações do Programa BctA. “Isso também proporciona opções de acesso mais baratas nas assistências odontológicas, melhorando a saúde geral dos consumidores.” Embora uma nova clínica requer um investimento modesto e taxa de franquia, a empresa fornece treinamento rigoroso em todos os aspectos de abertura de uma clínica e seu gerenciamento. A Sorridents tam- bém auxilia com a localização e aluguel do imóvel, e treinamento para funcionários diretos e dentistas associados. De acordo com o Relatório de Desenvolvimento Humano de 2013 do Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (UNDP's 2013 Human Development Report), o Brasil reduziu drasticamente a proporção de sua população de baixa renda – de 17,2% da população em 1990 para 6,1% em 2009. Mas o sistema público de saúde regido pelo governo está sobrecarregado e o acesso médico e odontológico é desnivelado. O Brasil possui um número elevado de dentistas e quase 200 faculdades de odontologia, mas o mercado é competitivo e muitos não conseguem manter suas clínicas. O modelo de franquia inovador da Sorridents objetiva manter mais dentistas trabalhando e atendendo novos mercados de consumo. (Fonte: UNDP) AD Alta prevalência de má-oclusão nas crianças em idade escolar Relatório pede pela inclusão do tratamento ortodôntico nos serviços públicos de saúde DTI JUIZ DE FORA – Uma em cada duas crianças em idade escolar parece precisar de tratamento ortodôntico, é o que indica a descoberta de um estudo recentemente conduzido pela Universidade Federal de Juiz de For a com a participação da Escola Pública Nacional do Rio de Janeiro. De acordo com o relatório publicado na edição mais recente da revista Dental Press Journal of Orthodontics, das 450 crianças observadas no município de Juiz de Fora, 65% possuíam uma desordem ortodôntica não tratada. O estudo também revelou que a maioria das crianças e seus pais reconheciam a existência do problema ortodôntico e que o mesmo precisaria de tratamento. Os dados dos exames para o estudo foram retirados de quase 8.000 crianças em idade escolar que não fizeram tratamento ortodôntico anteriormente e que não tiveram consultas em dentistas privados ou públicos na cidade. Avaliações clínicas foram aplicadas por apenas um ortodontista com um assistente oficial ou registrando os dados. Entre as prevalências mais comuns de másoclusões estavam o apinhamento dentário, relação molar Classe II e overjet, de acordo com o relatório. Os problemas foram igualmente observados em todas as raças e grupos sociais indicando a necessidade de incluir tratamento ortodôntico nas políticas de saúde pública, declararam os pesquisadores. Atualmente, o tratamento ortodôntico é quase todo excluído dos serviços públicos de saúde no país. Enquanto os pesquisadores © Stephen Lynch/Shutterstock pedem disponibilização de recursos adequados, melhor uso dos recursos humanos , criação profissional e parcerias entre o setor público e privado para cuidarem do problema, eles admitem que as mudanças ainda estão muito longe de serem realizadas. “Embora a redução gradual das taxas de cáries conduziu às novas expectativas referentes às estratégias públicas de saúde dirigidas à má-oclusão, a alta demanda para tratamento ortodôntico ainda é um desafio, principalmente devido aos recursos financeiros escassos que afetam o desenvolvimento dos países”, declarado no relatório. “Planejamento racional das ações da saúde que objetiva assistência ortodôntica requer dados epidemiológicos e as prioridades deveriam ser dadas aos casos com mais severidade.” Resultados similares referentes à necessidade de tratamento ortodôntico nas crianças em idade escolar no Brasil foram publicados em 2002 e 2009.