BROCHURA TYVEK® RESIDENCIAL

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BROCHURA TYVEK® RESIDENCIAL
MANUAL TÉCNICO TYVEK®
SEGMENTO RESIDENCIAL
DuPont Tyvek® 3480
INDEX
1
SOBRE A DUPONT
4
1.1
Essa é a nossa ciência. Essa é a DuPont.
4
1.2
Segurança industrial e meio ambiente
5
1.3
Reposicionamento
5
2
TYVEK® - MARCA DUPONT
7
3
TELHADOS RESIDENCIAIS NO BRASIL
8
4
SUBCOBERTURAS – VISÃO GERAL E HISTÓRICO
9
5
A SUBCOBERTURA TYVEK®
10
5.1
Características do Produto
10
5.2
Boletim Técnico – Especificação – Tyvek® 3480
11
INSTALAÇÃO DA SUBCOBERTURA TYVEK®
11
6
6.1
Relatório Técnico Nº 39.784
11
6.2
Instalação da Subcobertura
12
6.3
Considerações importantes sobre a instalação
15
7
BENEFÍCIO ANTI-GOTEIRAS
15
7.1
Introdução
15
7.2
Proteção anti-goteiras do Tyvek®
16
7.3
Inclinações Indicadas
17
7.4
Conceitos Fundamentais
7.4.1
Impermeabilidade – A tensão superficial
7.4.2
Impermeabilidade – A polaridade polietileno/água
7.4.3
Respirabilidade Poros/Ar
7.4.4
Explicação: como funciona a bombinha
7.4.5
Explicação: como funciona o Tyvek® no telhado
DUPONT CONFIDENCIAL
18
18
19
19
20
21
2
8
BENEFÍCIO TÉRMICO
23
8.1
Introdução
23
8.2
Proteção térmica do Tyvek®
23
8.3
Relato do ensaio IPT
26
8.4
Ondas - Som, Luz e Infravermelho
26
8.5
Emissividade
27
8.6
Refletividade/Reflexão: O espelho
28
8.7
Baixa emissividade do calor radiante (infravermelho)
29
8.8
Explicação: Cores
30
8.9
Explicação: O que o branco traz de benefício térmico
30
9
OUTROS BENEFÍCIOS
31
10
DIFERENCIAIS DO TYVEK®
32
10.1
Resistência Mecânica
32
10.2
Resistência Química
32
10.3
Único térmico que é realmente anti-goteiras
33
10.4
Explicação: Aluminização à Vácuo e Coating
33
10.5
Inflamabilidade
34
11
PERGUNTAS FREQÜENTES
DUPONT CONFIDENCIAL
35
3
1 SOBRE A DUPONT
Falar de ciência não é falar de um assunto distante, reservado a
laboratórios de acesso restrito. A ciência está integrada à vida diária das
pessoas, mesmo que muitas vezes sua presença seja imperceptível. Porque o
resultado de um bom projeto de ciência é rapidamente absorvido pelas pessoas
e passa a ser tão essencial que a sensação é de que sempre existiu. Mas para
perceber a ciência basta acender a luz. Assim como a invenção da lâmpada
elétrica transformou profundamente a vida de toda a sociedade, a ciência
continua iluminando novos caminhos e desenhando o futuro. A ciência é pura
criatividade e um exercício incansável de tornar possível idéias desafiantes.
Porque descobrir é um verbo pulsante e inquieto, que alimenta o desejo contínuo
do homem por evolução. E evolução significa um futuro sempre melhor.
1.1 Essa é a nossa ciência. Essa é a DuPont.
A história da DuPont começa em 1802, com a inauguração da fábrica de
pólvora de E.I. du Pont, próxima à cidade de Wilmington, no estado de
Delaware, Estados Unidos. Desde então, a empresa vem se destacando com uma
série de descobertas, consideradas grandes saltos para a melhoria da vida das
pessoas ao redor do planeta.
Durante seus 200 anos, a DuPont vem se diferenciando pela identificação
das
mais
diferentes
necessidades
dos
consumidores,
pesquisando,
desenvolvendo, fabricando e comercializando produtos e serviços classificados
como Os milagres da ciência.
Atualmente, a empresa atua em 70 países e conta com 79 mil
funcionários em todo o mundo, sendo 4.300 na América do Sul. Suas instalações
estão localizadas na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia e Venezuela, onde a
companhia ainda possui 19 unidades produtivas e 5 joint ventures.
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1.2 Segurança industrial e meio ambiente
A DuPont também comercializa e coloca à disposição de outras
companhias os processos que lhe conferem posição de destaque em todo o
mundo na área de segurança industrial. A atenção dispensada pela companhia a
essa questão, aliás, vem desde a sua fundação: para convencer seus
funcionários de que a produção de pólvora era um processo seguro, o fundador
E. I. du Pont construiu sua residência ao lado da fábrica, sinalizando a todos a
confiança que depositava em seu negócio. A DuPont também é reconhecida
mundialmente por seus programas de qualidade de vida, que abrangem aspectos
de saúde ocupacional, segurança e preservação ambiental. Para incentivar ações
nesse sentido, são premiados, anualmente, trabalhos desenvolvidos por
funcionários que resultem em benefício aos negócios e à corporação como um
todo.
1.3 Reposicionamento
Em 1999 a DuPont realizou um profundo reposicionamento de sua
imagem e de seus negócios que culminou, em julho de 2002, com as
comemorações dos seus 200 anos de existência. Conhecida muito mais por sua
atuação na área química, a companhia adotou um novo slogan - The miracles of
science* (Os milagres da ciência) - para enfatizar a diversidade de produtos e
áreas em que atua, mostrando as contribuições que já deu à ciência e quais são
as suas promessas para este novo século. A empresa tem atuado com mais força
na área de biotecnologia e, dessa forma, defende a total informação da
sociedade e a ampliação dos debates que envolvem esta nova tecnologia, para
que as pessoas possam escolher livremente que tipo de produto pretendem
comprar e consumir.
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Com o objetivo de expandir sua atuação na América do Sul, a DuPont
adquiriu, em 1999, o restante das ações da Agar-Cross, uma joint-venture que
mantinha com a Sociedad Comercial del Plata, passando a ser a única
proprietária da tradicional empresa de produtos agrícolas da Argentina. Na área
de sementes geneticamente modificadas, a intenção da companhia é atuar
principalmente na produção de grãos. Nesse sentido, comprou as ações da
norte-americana
Pioneer
Hi-Bred
International,
Inc.,
líder
mundial
no
fornecimento de sementes e no desenvolvimento de tecnologia genética vegetal.
Com a aquisição da Pioneer, a DuPont tem condições necessárias para descobrir,
desenvolver e comercializar uma nova geração de produtos, nas áreas de
agricultura, nutrição, materiais biodegradáveis entre outros. É uma combinação
de talento e recursos, tanto da DuPont quanto da Pioneer, beneficiando toda a
cadeia produtiva.
Dando continuidade a sua estratégia global de crescimento sustentável,
em 2002 a DuPont anunciou a reestruturação global de seus negócios, com a
criação da subsidiária DuPont Textiles & Interiors e cinco plataformas de
crescimento: DuPont Tecnologias - Eletrônica e Comunicação; DuPont Materiais
de Performance; DuPont Tecnologias - Cor e Revestimento; DuPont Segurança e
Proteção; DuPont Agricultura e Nutrição.
No segmento de nutrição e saúde, a DuPont vai trabalhar no
desenvolvimento de produtos que sejam capazes de ajudar na prevenção de
doenças como as do coração e alguns tipos de câncer através da alimentação.
São os nutracêuticos, cujo exemplo mais próximo são os produtos que contam
com adição de proteína de soja isolada, substância que já recebeu o aval do
órgão norte-americano FDA (Food and Drug Administration), como importante
aliada na prevenção de doenças cardíacas. Uma das joint-ventures da DuPont, a
Solae Company, está entre as principais produtoras de ingredientes alimentícios
especializados, o que inclui proteína de soja e lecitinas, para a indústria de
alimentos e nutrição animal. Atende produtores de alimentos, revendedores e
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consumidores dos EUA, Canadá, Europa, Oriente Médio, América Latina e região
da Ásia/Pacífico, num total de 80 países.
O desenvolvimento de bio-materiais representa um dos grandes desafios
deste século. A DuPont quer desenvolver processos e materiais que representem
alternativas biológicas para produtos hoje fabricados através da química, onde já
obteve os primeiros resultados. Através de um processo ainda experimental
denominado 3GT, criou uma fibra de poliéster produzida a partir do amido de
milho. Essa é a missão da DuPont para este século. A companhia está aliando
informação científica e biotecnologia, para continuar levando os benefícios da
ciência para a população ao redor do mundo, de maneira econômica e
ambientalmente sustentável.
2 TYVEK® - MARCA DUPONT
Tyvek® é uma marca mundial da DuPont e caracteriza-se por um nãotecido composto de 100% de fibras de polietileno de alta densidade que não
possuem corantes nem resinas em sua composição. O não-tecido, cuja
tecnologia é exclusividade da DuPont, apresenta alta resistência aos rasgos,
furos, rupturas e perfurações. A leveza do produto, muito superior a dos filmes e
membranas utilizados em aplicações similares por causa da estrutura fibrosa,
torna-o muito mais fácil de usar. Além de ser química e biologicamente estável,
Tyvek® também é atóxico.
Tyvek® apresenta inúmeras aplicações em diversos segmentos que
demandam um produto de alto desempenho e confiabilidade. Na construção
civil, Tyvek® é utilizado como subcobertura para telhados residenciais e
industriais e como revestimento de paredes externas de projetos em steel-frame
e wood-frame. Outros usos de Tyvek® são as indústrias gráficas, como
substituto superior ao papel e filmes, na área médica-hospitalar, como agente de
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proteção de materiais e instrumentos, na área de vestimentas industriais
especiais, como macacões de segurança, etc.
3 TELHADOS RESIDENCIAIS NO BRASIL
Entre os elementos estruturais, a telha é um dos ítens mais importantes
da obra. Afinal, é esta peça que além de determinar o conforto e durabilidade do
projeto, também compõe o estilo arquitetônico do imóvel. Entretanto, de nada
adiantará uma cobertura com águas plasticamente atraentes se o responsável
pelo projeto não considerou os aspectos climáticos da região.
Recorrendo a um exemplo histórico, na época do Brasil Império, em áreas
de muita chuva adotavam-se os telhados em estilo colonial. O modelo é ideal
porque os beirais formam um ângulo obtuso com a estrutura principal,
proporcionando maior velocidade à água da chuva e conduzindo-a para longe
das paredes laterais, o que evita a infiltração. Atualmente, o mercado oferece
opções para todos os gostos e necessidades de aplicação.
No caso das telhas de barro, os arquitetos obtêm coberturas do tipo
marselha ou francesa, colonial, romana, portuguesa italiana, paulista, paulistinha
ou plan. As peças de fibrocimento dão origem a superfícies em placas onduladas,
calhetas ou canalete. Existem também coberturas de alumínio, cobre, madeira,
fibra vegetal, PVC, policarbonato, vidro e concreto.
As coberturas com telhas cerâmicas são tradicionais na paisagem
brasileira. Tendo sido incorporadas à cultura nacional, revelam as formas de
viver de cada região.
Quanto as telhas de amianto, no Brasil o produto não foi proibido, ao
contrário de alguns países europeus, onde o veto é radical. A tendência, no
entanto, é que este tipo de telha seja extinto também por aqui. Inclusive já
existe no mercado modelos de fibrocimento sem amianto.
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4 SUBCOBERTURAS – VISÃO GERAL E HISTÓRICO
Mantas para subcoberturas são componentes colocados entre a estrutura
de suporte e as telhas, com o objetivo de melhorar a estanqueidade através da
retenção de eventuais vazamentos que possam ocorrer pelas telhas, contribuindo
desta maneira, para uma maior eficiência e durabilidade do telhado. Algumas
destas mantas podem ser especificadas para apresentarem ambas ou apenas
uma face de alumínio, com o objetivo de aumentar o conforto térmico, através
da reflexão ou não emissão das radiações térmicas provenientes do aquecimento
das telhas.
Resumidamente, podemos dizer que são componentes que buscam uma
melhor eficiência e durabilidade do telhado. Eficiência porque podem atuar como
isolantes térmicos, melhorando o conforto para os usuários, e durabilidade
porque protegem a estrutura do telhado e as partes internas da edificação, pois
evitam as indesejáveis goteiras.
Estes componentes vieram para ficar, e hoje em dia cada vez mais
profissionais conscientes especificam subcoberturas, seja na construção de
telhados novos, ou apenas na reforma de telhados antigos. No entanto, estes
componentes devem ser entendidos como peças complementares para o
telhado, que juntamente com um bom projeto e execução, aumentam a
eficiência do conjunto.
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5 A SUBCOBERTURA TYVEK®
5.1 Características do Produto
Dimensões Físicas
Rolos de 1000mm de largura por 30 metros de comprimento. Alguns rolos
podem apresentar, em situações muito específicas, comprimentos diferentes
e/ou larguras diferentes.
Cor
O Tyvek® 3480 apresenta uma face branca e outra aluminizada
Acabamentos
O Tyvek® 3480 recebe acabamento em alumínio e coating acrílico em
uma das faces, sendo que a outra permanece intacta, ou seja, em nãotecido de
polietileno de alta densidade.
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5.2 Boletim Técnico – Especificação – Tyvek® 3480
Propriedades
Gramatura
Espessura
Tensão de
Alongamento
(MD)
Tensão de
Alongamento
(CD)
Tensão de
Ruptura
(MD/CD)
Mullenburst
Emissividade à
Temperatura
ambiente
Passagem de
Vapor (MVTR)
Resistência à
Pressão
Hidrostática
Unidade
Método
g/m2
(DIN EN ISO
536)
(DIN EN
20534)
μm
Valor
Nomina
l
83.5
Valores
Limites
Min
Max
77
89
14
275
0
Valor Típico
210
N/2.54cm
EN ISO1924-2
125
N/2.54cm
EN ISO1924-2
110
N
G.D. 5.4.1
65
kPa
ISO 2758
%
JIS 1423/83
g/m²/24h
ASTM E398-83
mca
DIN EN 20811
750
24
950
2.15
6 INSTALAÇÃO DA SUBCOBERTURA TYVEK®
6.1 Relatório Técnico Nº 39.784
Natureza do Trabalho: Relatório de acompanhamento de instalação de
membrana plástica de fibras não-tecidas em cobertura de estrutura de madeira e
telhado cerâmico.
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6.2 Instalação da Subcobertura
Básico
Os procedimentos gerais para instalação do produto são ilustrados na
sequência a seguir (figura 2 a figura 6)
Inicialmente, deve ser fixado um sarrafo de 2,5 x 5,0 cm nas
extremidades, no beiral inferior da cobertura, para posterior colocação de calha
para águas pluviais (Figura 2)
Figura 2
Estrutura da
cobertura (terças e caibros) com
sarrafo fixado nas extremidades
dos caibros.
A instalação da membrana é feita em faixas horizontais, deixando-as
planas e sem sobras nos beirais laterais. É necessário prever uma sobra que
permita uma sobreposição mínima de 3cm da membrana no interior da calha no
beiral inferior da cobertura (Figura 3).
Figura 3 Fixação das
faixas horizontais
DUPONT CONFIDENCIAL
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A colocação das faixas começa no beiral inferior e vai sucessivamente até
a cumeeira da cobertura. As faixas devem ser fixadas em todos os caibros, em
três pontos (extremidades e metade da largura da faixa).
A sobreposição entre as faixas horizontais deve ser de no mínimo 10-15
cm. Sobre as emendas, aplica-se fita acrílica adesiva em toda a extensão (Figura
4).
Figura 4 – Emendas entre
faixas horizontais
Após a colocação das faixas por toda a cobertura, fixam-se contra-caibros
(ripas de madeira de 1,5 x 1,5 cm) sobre os caibros, conforme Figura 5.
Os
contra-caibros
devem
ser
fixados
com
um
pequeno
recuo
(aproximadamente 2 cm) para colocação da calha.
DUPONT CONFIDENCIAL
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Figura 5 – Colocação dos contra-caibros
A execução da cobertura pode então ser finalizada com a fixação das ripas
sobre os contra-caibros e a colocação das telhas cerâmicas.
No beiral inferior, instala-se a calha sobre o sarrafo colocado,
aproveitando-se para fixar a sobra da membrana (aproximadamente 3 cm) no
interior da calha (Figura 6). A fixação da calha e da membrana no sarrafo deve
ser feita aproximadamente a cada 25 cm.
Figura 6 – Figura da calha e da
sobra da membrana no interior da calha
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6.3 Considerações importantes sobre a instalação
Básico
O Tyvek® deve ficar distante no mínimo 2cm de qualquer superfície
abaixo dele, sendo o ideal uma distância de pelo menos 4 cm. Isto é necessário
para que a resistência térmica alcançada com o uso de um metal com baixa
emissividade, no caso o alumínio, seja a máxima possível. Em casos onde a face
aluminizada está em contato direto com forro ou laje, a eficiência térmica da
barreira radiante é praticamente nula.
A face aluminizada deve estar voltada para baixo em qualquer situação
para obter-se o benefício térmico da barreira radiante.
O contra-caibro deve possuir uma espessura mínima para que a água
possa escoar por entre a telha e o Tyvek®. Essa espessura deve estar em torno
de 1,5cm.
A fita sempre deve ser utilizada, pois, serve para aumentar a resistência
de Tyvek® contra infiltrações e principalmente porque sua falta pode fazer com
que as bordas da subcobertura gere ruídos incômodos com a entrada de vento
pelo telhado.
7 BENEFÍCIO ANTI-GOTEIRAS
7.1 Introdução
O telhado é a parte de uma edificação que está sujeito às maiores
incidências provenientes das intempéries, ou seja, sol, chuva e vento. Além
disso, existem muitas causas de falha de telhas causadas por fatores humanos
como pedras atiradas no telhado, manutenção de antenas no telhado, etc.
Pensando nisso, e tendo em mente que as telhas por si só não são totalmente
eficientes no combate daqueles fatores climáticos, surgiram no mercado as
chamadas subcoberturas.
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7.2 Proteção anti-goteiras do Tyvek®
Básico
Princípios: Impermeabilidade e Respirabilidade
O Tyvek® é uma subcobertura desenhada para atender plenamente os
requisitos de proteção anti-goteiras, isso porque Tyvek®, além de ser
impermeável à água de infiltração (ver relato do laudo) é também uma
membrana capaz de ajudar a secagem da estrutura do telhado, madeiramento e
telha, caso ocorra alguma infiltração.
Para conseguir esta proteção estão envolvidas as características de
impermeabilidade e respirabilidade do Tyvek®. Por impermeabilidade entende-se
a capacidade do material de reter a água líquida por até 2.10 metros de coluna
de água de pressão e por respirabilidade, a capacidade de trocar até 1250
gramas de vapor por metro quadrado em um dia.
Impermeabilizar não é uma tarefa simples. Embora a maioria dos
materiais sólidos podem funcionar como barreira para água líquida, o tempo de
exposição, a alteração dimensional e a degradação que o produto sofre em
contato com a água são fatores imprescindíveis de serem levados em conta na
hora de definir um impermeabilizante.
Por outro lado, a característica exclusiva de Tyvek®, a respirabilidade,
torna a impermeabilização uma tarefa segura de ser feita num telhado,
diferentemente dos casos onde a subcobertura que não respira traz o
abafamento e o acúmulo de umidade entre a impermeabilização e a telha como
efeito indireto que pode comprometer toda a estrutura da cobertura, inclusive a
madeira e a telha.
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7.3 Inclinações Indicadas
Básico
A inclinação é uma das exigências a serem obedecidas na hora da
execução da cobertura. O ângulo varia de acordo com a telha empregada e seu
cálculo é minucioco. De nada adiantará especificar uma telha certificada se a
colocação for inadequada. Mesmo respeitando-se a inclinação correta, o uso da
subcobertura é imprescindível como elemento contra infiltrações de água e
também para o desempenho térmico da cobertura.
Algumas recomendações de caimento generalizam para as telhas tipo
francesa um caimento mínimo de 35% à 40%, pois são telhas mais vulneráveis a
vazamentos e infiltrações de água. Já a telha de concreto exigiria uma inclinação
mínima de 30% até 7 metros, acima disso é necessário acrescentar 1% por
metro adicional.
Outra recomendação mais detalhada estabelece o seguinte:
Tabela – Inclinações Recomendadas de telhados residenciais
Telha de barro plana (francesa)
Barro canal (colonial)
Cimento amianto
Plástica ondulada
Zinco ondulada
Vidro
Laje
Fonte: Revista Mais Arquitetura – nº53
DUPONT CONFIDENCIAL
35%
25%
10%
15%
15%
25 a 35%
1%
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7.4 Conceitos Fundamentais
7.4.1 Impermeabilidade – A tensão superficial
Avançado
Definição 1: A tensão superficial é a força por unidade de comprimento
exercida por uma fase noutra numa interface.
Definição 2: Propriedade de um líquido que o faz comportar-se como se
sua superfície estivesse revestida por uma pele elástica.
Para entender o que é tensão superficial, vamos recorrer a exemplos
práticos, presentes no nosso dia-a-dia.
Um bom exemplo prático de tensão superficial de líquidos são as gotas.
Com um conta-gotas podemos perceber que as gotas de água, por exemplo, são
maiores do que as gotas de uma solução com detergente. Isso ocorre porque a
tensão superficial da água é maior do que a da solução com detergente (água +
detergente). O fato do mercúrio se “juntar” quando empurramos duas porções
do líquido espalhado também é um fenômeno intimamente ligado à tensão
superficial
deste
líquido.
Por
fim,
experimente
colocar
um
alfinete
cuidadosamente sobre a superfície de um copo cheio de água e verá que o
mesmo não afunda mesmo sendo mais denso do que a água. A força que o
mantém na superfície, neste caso, não é o empuxo, aquela que faz o navio
flutuar, e sim a tensão superficial da água, ou a “membrana” que a água forma
em sua superfície.
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7.4.2 Impermeabilidade – A polaridade
polietileno/água
Avançado
Para entender este conceito de repelência vamos fazer algumas
associações com exemplos conhecidos:
Quando se tenta juntar dois pólos de um ímã eles se atraem ou se
repelem.
A pilha têm dois pólos: positivo e negativo. Sabemos dessa diferença,
pois, quando invertemos a pilha de um rádio, ele não funciona.
Estes dois fenômenos são caracterizados por serem de natureza física e
ligados a estrutura da matéria. Da mesma forma, existe um conceito físico,
também ligado a estrutura da matéria, que caracteriza líquidos e sólidos em:
polar ou apolar. Por exemplo, o petróleo é uma mistura apolar, assim como a
gasolina, a querosene, o óleo de cozinha, a glicerina. Já a água é polar, assim
como o álcool. Como regra geral, substâncias apolares não se misturam com
polares.
O polietileno, matéria-prima do Tyvek®, é um polímero (matéria) extraído
do petróleo, portanto é um material apolar. Por esta razão, quando jogamos
água sobre o polietileno temos a impressão de que esta não o molha, no sentido
de “não se espalha pela superfície”. De fato, o que ocorre é que o polietileno,
mesmo sendo sólido, ainda é um material que repele a água.
7.4.3 Respirabilidade Poros/Ar
Avançado
Até aqui falamos de dois conceitos isolados: tensão superficial e
imiscibilidade entre água e óleo (repelência). Na verdade, estes dois conceitos
juntos explicam a impermeabilidade do Tyvek® à água líquida. Os poros do
tyvek®, formados pelo emaranhado de fibras de polietileno são tão pequenos
que a água não consegue penetrá-los, pois forma-se uma “membrana”
imaginária em sua superfície devido a tensão superficial da água. Esta
“membrana” é reforçada por causa da repelência da água ao polietileno, o que
DUPONT CONFIDENCIAL
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aumenta a tensão superficial. O resultado é que podemos fazer uma pressão de
2 metros de coluna de água (como encher uma piscina de 2 metros de
profundidade) sobre o Tyvek® e ainda assim não conseguiremos quebrar a
“membrana” de resistência à penetração nos poros do Tyvek®.
Por outro lado, nada disso ocorre quando falamos de vapores e gases.
Este estado da matéria, diferentemente dos líquidos e sólidos, não sofre
influência da tensão superficial nem da polaridade da matéria. O resultado é que
o vapor d’água e o ar passam livremente pela estrutura porosa do Tyvek®.
7.4.4 Explicação: como funciona a bombinha
Básico
A bombinha, dispositivo insuflador de ar do Tyvek®, serve para ilustrar o
comportamento do Tyvek® de impermeabilidade a água e livre trânsito do ar e
do vapor de água. Portanto, não se pretende mostrar como é o funcionamento
do produto no telhado, uma vez que não existe diferencial de pressão como
existe quando apertamos a bombinha.
O princípio de funcionamento da bombinha consiste em criar uma
diferença de pressão de ar entre duas câmaras separadas pelo Tyvek®. Com
isso, forçamos a passagem do ar da câmara de maior pressão para a câmara de
menor pressão.
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7.4.5 Explicação: como funciona o Tyvek® no telhado
Básico
Num telhado real, caso ocorra infiltração de água, a situação é diferente
da que acontece na bombinha, embora a bombinha mostre muito bem a
impermeabilidade do Tyvek® à água líquida, a respirabilidade ocorre de outra
forma. Para entendermos o funcionamento vamos primeiro imaginar o problema:
quando chove e ocorre infiltração num telhado com subcobertura a água é
conduzida para a calha, mas durante todo o percurso acaba molhando o
madeiramento, podendo inclusive formar pequenos acúmulos. A madeira
precisará secar logo após a chuva e fará isso com a ajuda do aquecimento do
telhado, mas a velocidade com que a umidade é retirada desse ambiente, entre
a telha e a subcobertura é fundamental para garantir uma rápida secagem. Esse
é o principal motivo da DuPont, fabricante de inúmero tipo de filmes, optar pelo
único produto que é capaz de liberar esse vapor formado, da forma mais rápida
e eficiente possível, pois o Tyvek® é capaz de trocar a umidade em toda a sua
extensão e em qualquer direção. O problema de infiltração pode ocorrer mais de
uma vez sem ser percebido, pode inclusive nunca ser detectado, pois a
subcobertura esconde a falha de quem olha por baixo. Por isso, o risco de
apodrecimento da madeira e comprometimento da telha conforme o caso deve
ser considerado na hora da escolha da subcobertura.
Telhas
Infiltração de chuva
1) Durante a ocorrência de
chuva, podem ocorrer infiltrações
no telhado que acabam sendo
conduzidas
até
a
calha
pela
subcobertura.
Tyvek®
Contra-caibros e ripas
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Aquecimento das telhas
2) Com o fim da chuva e o
reaquecimento do telhado pela
ação do sol, toda a estrutura
úmida
acima
da
subcobertura,
como contra-caibros e ripas, irá
secar mais rapidamente por causa
da permeabilidade de Tyvek® à
Umidade dissipada
umidade.
Exemplos que ajudam a entender como isso ocorre:
A bombinha não serve para mostrar como o Tyvek® funciona no telhado,
pois não há diferença de pressão considerável entre os dois lados do produto
instalado. Correto, mas ela serve para mostrar que o Tyvek® permite a
passagem do ar. Então para entender o que ocorre na prática basta imaginarmos
algumas situações típicas como: uma comida cheirosa em cima do fogão na
cozinha é capaz de fazer-se sentir em todos os comodos de uma casa. Um
perfume forte faz-se presente em toda parte de um lugar fechado. Não há
diferença de pressão nesses casos, o que leva os vapores de um lugar para outro
é a diferença de concentração, o mesmo que ocorre com o Tyvek®. Caso
ocorrer alta concentração de umidade de um lado do Tyvek®, devido a
infiltração de água e a madeira molhada, é equilibrada com a passagem desta
para o outro lado, graças a capacidade do material da subcobertura em permitir
sua passagem.
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8 BENEFÍCIO TÉRMICO
8.1 Introdução
O conhecimento das diversas alternativas para isolação térmica dos
elementos de edificação servem de subsídios para a elaboração de projetos
visando a economia de energia ou, em grande parte do território nacional, para
encontrar soluções construtivas que propiciem condições satisfatórioas de
conforto térmico aos usuários sem utilizar equipamentos de condicionamento
ambiental.
Dentre os diversos produtos atualmente disponíveis no mercado nacional,
encontram-se as barreiras radiantes, que começaram a ser utilizadas no Brasil
em 1995. Embora o uso destes produtos tenha crescido significativamente nos
últimos anos, não existe ainda normalização nacional que trate do assunto. Esta
carência de especificações técnicas, fez surgir no mercado produtos que não
apresentam características adequadas para funcionar como isolante térmico,
trazendo prejuízos ao consumidor.
Além disto, tem-se verificado que a aplicação deste tipo de isolante é feita
muitas vezes de maneira inapropriada, observando-se práticas em que a
superfície de baixa emissividade é posicionada voltada para o telhado tendo em
vista tirar proveito da sua alta refletância ao infravermelho. Esta condição
favorece o acúmulo de detritos sobre a superfície refletora, modificando as suas
propriedades radiantes e consequentemente o seu desempenho térmico.
8.2 Proteção térmica do Tyvek®
Básico
Princípios: calor e baixa emissividade
Em termos práticos, calor é aquilo que sentimos ou os termômetros
registram quando a temperatura está alta. Esta definição, embora verdadeira do
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23
ponto de vista de um leigo, é muito simplista quando falamos em isolantes
térmicos e quando precisamos argumentar sobre esse fenômeno. Para
entendermos o que o Tyvek® realmente faz, portanto, precisamos ter uma
definição melhor do que é calor.
Definição1: Calor é a energia térmica em trânsito de um corpo com maior
temperatura para um corpo com menor temperatura.
Definição2: Energia é a capacidade de transformar alguma coisa, isto é, é
a capacidade de mudar o estado das coisas.
Definição3: Todo corpo acima de -273ºC possui um tipo de energia, a
energia térmica, associada a vibração e rotação de suas moléculas. A
temperatura é a forma de medir a quantidade desta energia que um corpo
possui.
O Calor tem três maneiras de se propagar:
1-Condução
2-Convecção
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3-Irradiação
Exemplo de quando o calor se transporta via condução é o contato entre
superfícies de temperaturas diferentes, por exemplo, encostar a mão numa
panela quente. A convecção ocorre apenas em fluidos (gases e líquidos), por
exemplo, quando mexemos o café para esfriá-lo, ou quando ligamos o
ventilador, estamos transferindo calor de ou para um corpo via convecção.
Convecção é resumidamente a mistura de fluidos com diferentes temperaturas. A
irradiação ocorre devido ao fenômeno da emissividade, ou seja, a capacidade
que toda matéria têm de emitir calor via ondas eletromagnéticas, mesmo que
não haja contato nem mistura de fluidos.
De modo geral, a convecção é a forma mais rápida de transferir calor a
baixas temperaturas. Em altas temperaturas e em espaços confinados, sem
movimentação de fluidos a irradiação torna-se importante. A condução é um
fenômeno importante quando falamos de sólidos opacos.
O princípio de funcionamento do Tyvek® é não emitir o calor propagado
via irradiação, assim, quando este está confinado num telhado como
subcobertura, com a face aluminizada voltada para baixo, é capaz de
praticamente impedir a forma mais importante de propagação do calor nesta
situação, ou seja, impede a irradiação.
DUPONT CONFIDENCIAL
25
Outras subcoberturas trabalham com o apelo de refletir o calor irradiado.
Este conceito é errado, pois com o tempo, a superfície metálica refletora acaba
sujando por estar voltada para cima e com isso acaba o efeito isolante. Refletir o
calor não é ruim, ao contrário, o Tyvek® faz isso quando estamos no inverno e a
temperatura interna da casa é maior do que a do telhado. Nesta situação, o calor
irradiado pelo interior da casa ou pela laje é refletido pelo Tyvek®. Não é errado
pensar em reflexão do calor, como o espelho reflete a luz, o problema é que o
mercado, às vezes, vende a idéia de que esse fenômeno ocorre com o metal
voltado para cima, o que é comprovadamente um engano, pois em pouco tempo
o material perde esta capacidade devido ao acúmulo de poeira que, mesmo
sendo uma fina camada, impede a reflexão.
8.3 Relato do ensaio IPT
Básico
O ensaio de emissividade à temperatura ambiente, feito no IPT tem por
objetivo estabelecer qual é a emissividade do material em relação ao máximo
alcançado por uma superfície negra.
O resultado, para o Tyvek® é e = 0,2, ou seja, o Tyvek® emite apenas
20% aproximadamente do calor radiante que seria emitido pela maioria dos
materiais.
8.4 Ondas - Som, Luz e Infravermelho
Avançado
O que são esses fenômenos? São ondas, ou seja, ondas sonoras, ondas
de luz e ondas de infravermelho. Onda é como tecnicamente chamamos o
transporte de energia sem o transporte de matéria. Existem 2 tipos de ondas: as
mecânicas e as eletromagnéticas. O som transporta energia através das ondas
sonoras, mesmo com o ar parado. O mar transporta energia através das ondas
marítimas, mesmo que a água esteja parada (marola). Estes dois exemplos são
de ondas chamadas mecânicas. A luz, o infravermelho, o ultra-violeta, as
DUPONT CONFIDENCIAL
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microondas, as ondas de rádio e TV, o raio x são exemplos de outro tipo de
onda, as ondas eletromagnéticas. A diferença desta última é que ela se propaga
mesmo onde não existe matéria, por exemplo: a luz do sol chega à terra através
do espaço onde não há matéria, já o som precisa de matéria para se propagar –
assim, a trilogia de “guerra nas estrelas” não deveria ter som.
Quando falamos de isolantes térmicos refletivos ou barreiras radiantes
estamos tratando de um assunto muito ligado as ondas eletromagnéticas,
especificamente, das chamadas ondas de infravermelho.
8.5 Emissividade
Avançado
Toda matéria cuja temperatura está acima de –273ºC emite ondas
eletromagnéticas.
Em torno dos 25ºC os corpos emitem ondas eletromagnéticas do tipo
infravermelho, também chamadas de CALOR RADIANTE. Se o corpo estiver
muito quente (ex. 500ºC) ele emite, também, ondas eletromagnéticas do tipo da
DUPONT CONFIDENCIAL
27
luz. A +/- 4000ºC, a superfície do sol emite ondas eletromagéticas dos tipos
infravermelho(50%), luz(45%) e ultra-violeta(5%).
O poder emissivo de qualquer superfície, para cada temperatura, é
limitado por um valor máximo que é aquele emitido por um corpo negro. A
emissividade é uma medida do percentual que uma superfície qualquer está em
relação ao poder emissivo de um corpo negro na mesma temperatura.
8.6 Refletividade/Reflexão: O espelho
Avançado
A refletividade de ondas eletromagnéticas pode ocorrer na interface
(superfície) entre duas fases (matérias diferentes). Um exemplo simples e prático
T = 25ºC
é o espelho: a luz, um tipo de onda eletromagnética, é refletida pelo espelho.
Assim como a luz, todas as ondas eletromagnéticas são refletidas por um
espelho, pois é característica de todo metal, alumínio, cobre, etc, refletir ondas
eletromagnéticas. O espelho é uma superfície polida de um metal que pode estar
DUPONT CONFIDENCIAL
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ou não protegida com uma camada de material transparente para não perder o
brilho, ou seja, não oxidar.
O infravermelho também é, em parte, refletido pelo espelho, exatamente
como a luz. A única diferença é que nós não o enxergamos.
8.7 Baixa emissividade do calor radiante
(infravermelho)
Básico
É muito importante saber que dependendo do tipo de material da
superfície de um corpo, a intensidade da emissividade é maior ou menor, isto é,
a quantidade de energia emitida é maior ou menor. Por exemplo, à 25ºC um
corpo está emitindo onda eletromagnética do tipo
infravermelha (também
chamada de calor radiante), mas a quantidade que ele emite é muito menor se
ele tiver a superfície metálica. Fazendo uma analogia com um aparelho de rádio,
o infravermelho seria a estação sintonizada e a quantidade emitida seria o
volume.
100%
< 15%
DUPONT CONFIDENCIAL
29
8.8 Explicação: Cores
Avançado
Em determinadas faixas de
frequência, (entre 4,3 e 7,5 1014
Hz), as ondas eletromagnéticas
se tornam visíveis para nosso
olho, ou seja, sensibilizam as
células do nosso sistema visual e
enxergamos.
Para
cada
frequência corresponde uma cor
diferente, indo do vermelho ao
violeta.
A luz solar é composta por todas as cores, ou seja, o sol emite radiações
em todas as frequências visíveis. Essas radiações são então refletidas pelos
objetos na terra, e é aí que surgem as diferentes cores das coisas. Quando
vemos um objeto de cor branca, significa que ele reflete todas as frequências de
ondas emitidas pelo sol, ou seja, todas as cores, e o resultado é a cor branca.
Por outro lado, objetos coloridos, só refletem algumas frequências (cores),
absorvendo as restantes. Por exemplo um objeto amarelo absorve todas as cores
da luz solar, menos o amarelo que é refletido. Objetos pretos absorvem todas as
cores, não emitindo nenhuma radiação visível(cor).
8.9 Explicação: O que o branco traz de benefício
térmico
Avançado
A luz do sol é composta basicamente de 50% de luz, 45% de
infravermelho e 5% de ultra-violeta. Quando utilizamos o branco num telhado,
por exemplo, refletimos praticamente toda a parcela visível da energia solar, ou
seja 50% desta energia. Sabemos disso quando escolhemos roupas claras em
DUPONT CONFIDENCIAL
30
dias quentes, pois absorvem menos a luz ao invés do preto que absorve
praticamente tudo.
É necessário fazer algumas ressalvas: primeiro, o branco só reflete as
ondas visíveis, absorvendo o infravermelho. Portanto, o branco não serve para
refletir a radiação emitida pela telha, por exemplo; segundo, o branco pode
sujar, e se isso acontece ele toma a cor da sujeira, portanto deixa de ser branco.
Isto acontece muitas vezes com telhados brancos que ficam sujos grande parte
do ano sem as chuvas.
9 OUTROS BENEFÍCIOS
Básico
Muitas vezes, num projeto arquitetônico, deseja-se tornar o sótão um
lugar habitável ou, ao menos, um depósitos de objetos e utilidades sazionais. Às
vezes, com o uso de forros e elementos de acabamento, cria-se cômodos inteiros
logo abaixo do telhado. Existem também os casos onde, por questões de
economia, por exemplo numa casa de campo ou numa varanda opta-se pela não
colocação de laje. Nesses casos, o uso do Tyvek® significa um ganho de
benefícios em termos de limpeza, com a diminuição da entrada de poeira pelo
telhado e em termos de conforto, com a barreira de vento.
DUPONT CONFIDENCIAL
31
10 DIFERENCIAIS DO TYVEK®
10.1 Resistência Mecânica
Avançado
O Tyvek® resiste a forças de tração de 4.5kN/m sem se romper. Por
exemplo, se fixarmos as duas extremidades de Tyvek® com um metro de
extensão cada fixação podemos colocar um peso de 900Kg distribuídos
uniformemente sobre o produto sem rompê-lo. Veja a ilustração:
10.2 Resistência Química
Básico
O Tyvek® resiste a diversos produtos químicos, orgânicos e inorgânicos
por apresentar uma cadeia carbônica linear – Polietileno de alta densidade –
capaz de manter-se inerte mesmo com agentes fortemente reativos.
DUPONT CONFIDENCIAL
32
10.3 Único térmico que é realmente anti-goteiras
Básico
Tyvek® é a única subcobertura aluminizada no mercado que, além do
benefício térmico, é capaz de permitir a passagem da umidade na forma de
vapor por entre sua estrutura, proporcionando maior abertura para o ambiente
para a secagem do madeiramento e das telhas no caso de infiltração de água de
chuva acumulada entre a subcobertura e o telhado.
Esta é a característica mais relevante do produto. Em termos práticos,
quer dizer o seguinte: se a água infiltrar, troque apenas uma telha e não o
telhado inteiro. Veja a explicação acima, no tópico “como funciona o Tyvek® no
telhado”.
10.4 Explicação: Aluminização à Vácuo e Coating
Avançado
O Tyvek® aluminizado é uma barreira radiante por apresentar uma
superfície de baixa emissividade. Apesar de conter o metal alumínio na estrutura,
o material ainda permite a troca de umidade, na forma de vapor d’água, entre
sua estrutura. Este fato é conseguido graças ao processo de aluminização
empregado e ao uso do substrato nãotecido de polietileno.
O processo consiste basicamente em ferver o alumínio a baixa pressão,
numa câmara de aluminização e fazer com que o nãotecido passe em baixa
temperatura sobre o vapor de alumínio recebendo o metal, por impregnação, em
toda sua superfície, e deixando os poros livres.
Depois desse processo o material recebe uma camada de um coating
acrílico protetor para o alumínio, garantindo a performance do metal durante
muitos anos.
DUPONT CONFIDENCIAL
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10.5 Inflamabilidade
Básico
Tyvek® é um material combustível, com baixo poder calorífico por metro
quadrado, que é consumido quando exposto a fonte de geração de calor. Nos
EUA é testado segundo a norma ASTM E-84 e na Europa segundo a DIN 4102.
No brasil, a legislação prevê o controle de materiais de revestimento e
acabamento apenas para edificações acima 12 metros de altura ou maiores que
750m² de área construída.
O controle de materiais de revestimento e acabamento no Brasil é feito
pelo corpo-de-bombeiros, através de uma instrução técnica, IT-10, que trata de
coberturas maiores de 750m² e/o acima de 12 m de altura. Tyvek® é aprovado
por esta instrução (IT-10), tanto no quesito de propagação de chama, quanto no
quesito emissão de fumaça.
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34
11 PERGUNTAS FREQÜENTES
Básico
O Tyvek® é um isolante térmico?
Sim. Tecnicamente podemos chamar as barreiras radiantes de isolantes
térmicos pois elas reduzem significativamente o fluxo de calor.
A subcobertura deve “respirar”, ou, tecnicamente: ser permeável
ao vapor de água?
A DuPont, como fabricande de inúmeros tipos de filmes que serviriam
como elemento impermeável à água em telhados, escolheu o nãotecido Tyvek®
para esta função por entender que este material é o único capaz de permitir a
secagem da estrutura do telhado acima da subcobertura (ou seja, contracaibros, ripas e a própria telha) de forma adequada, em caso de infiltração de
água.
O fato de ocorrer uma falha no telhado decorrente de quebra de telha ou
deslocamentos desta é bastante comum com o tipo de construção utilizado no
Brasil, o que pode tornar-se um problema quando chove, gerando as goteiras.
Este problema, se não for adequadamente tratado pode tornar-se ainda pior,
comprometendo toda a estrutura do telhado. Isto pode ocorrer quando
utilizamos materiais ditos “barreiras de vapor”, como os filmes e as folhas de
alumínio que, na prática, podem esconder durante anos, problemas de infiltração
de água, abafando toda a estrutura molhada e às vezes quente por causa do
calor gerado pelas telhas. O resultado é a proliferação de fungos e bolores, a
degradação da madeira e o comprometimento de todo o telhado.
Posso instalar Tyvek® sem usar contra-caibros?
Não. O uso de contra-caibro é essencial quando deseja-se obter o
benefício de anti-goteiras, por facilitar o escoamento da água para a calha. Além
DUPONT CONFIDENCIAL
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disso, o distanciamento do Tyvek® das telhas forma um colchão de ar que
aumenta a resistência térmica da cobertura. A espessura dos contra-caibros deve
estar em torno de 1,5cm.
Qual o lado correto para instalação do Tyvek®?
Com a face aluminizada voltada para o ático, ou seja, para baixo. Instalar
ao contrário faz com que a face metalizada suje em pouco tempo, praticamente
eliminando o efeito térmico da subcobertura.
Posso instalar o Tyvek® sem utilizar a fita?
Não. A DuPont recomenda o uso da fita porque ela ajuda a garantir o
benefício anti-goteiras em caso de infiltrações de água. Outro motivo é que sem
o uso da fita, as emendas da subcobertura podem vibrar com a passagem de
vento entre elas, podendo gerar ruídos incômodos.
Existe outra fita no mercado que a DuPont recomenda?
Não. A DuPont recomenda apenas o uso da fita Tyvek® Tape porque esta
foi especialmente desenhada, em termos de adesivagem e resistência, para o
uso a qual se destina.
Qual a percentagem de redução de temperatura num ambiente
com o Tyvek®?
O acompanhamento prático, dos relatos de quem instala uma barreira
radiante, nos levam a sugerir que a redução de temperatura seja da ordem de 1
a 3 ºC no interior do ambiente.
Quais são os fatores que influem na temperatura de um
ambiente?
Esta resposta não é fácil. O que podemos dizer é que, se você se
preocupou com a cor do ambiente, a quantidade de iluminação, com o efeito de
DUPONT CONFIDENCIAL
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ventilação de portas e janelas, com o sombreamento externo, deve preocupar-se
também com a cobertura e com o calor que pode ser gerado por esta, afinal,
todas as formas de ganho térmico devem ser consideradas num projeto
arquitetônico bem elaborado.
A dificuldade de fixação de percentuais existe em primeiro lugar porque
depende de outros fatores físicos além da subcobertura, como: os elementos
contrutivos das paredes, do piso, da existência ou não de laje, forro, quantidade
de janelas e portas, entradas de ar em geral, além de existência de sombras
causadas por construções próximas ou mesmo árvores, quantidade de luz solar
incidente, tipo de telha: ondulada ou plana. São inúmeras as variáveis físicas que
influenciam a performance térmica de uma edificação. Em segundo lugar, o uso
do ambiente é determinante para avaliar a performance térmica, podendo-se
considerar: existência de equipamentos eletrônicos (computadores, TVs, rádios)
que geram calor, quantidade de iluminação incidente solar e artificial, quantidade
de pessoas, fogões, geladeiras, todos esses elementos são geradores internos
que podem contribuir muito para o nível de temperatura atingido no local.
Quanto mais brilhante, melhor?
Não. O brilho pode não estar relacionado com a capacidade de baixa
emissividade ou refletividade que é o que realmente reduz o fluxo de calor. O
melhor exemplo são os espelhos, que apesar de refletirem a luz, não refletem o
infravermelho, também chamado calor radiante.
Posso instalar o Tyvek® por baixo das telhas?
A DuPont não recomenda este tipo de aplicação por não garantir a
estanqueidade do produto. Funcionará com relação a eficiência térmica, se forem
mantidas as distâncias entre telha e entre forro ou laje, mas ainda neste caso, a
DuPont recomenda que um profissional faça um projeto e seja responsável pela
aplicação e performance do produto.
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Posso instalar o Tyvek® sobre a laje, com o alumínio virado para
cima para refletir o calor?
Não. A face aluminizada deve estar sempre voltada para baixo para evitar
o acúmulo de poeira e conseqüentemente a perda total de eficiência térmica.
Além disso, a estanqueidade do sistema está condicionada a maneira correta de
instalação recomendada pela DuPont.
Que tipos de subcoberturas existem no mercado?
Foils, que são folhas de alumínio normalmente presas a um substrato tipo
ráfia ou trama de fibra de fidro, de polipropileno ou papel Kraft; filmes plásticos
metalizados; espumas plásticas de poliestireno, de polietileno ou de polipropileno
com uma, duas ou nenhuma face metalizada. Em geral, a performance térmica
desses produtos variam entre 70% e 90% de redução do fluxo de calor, sendo
que todos eles, exceto o Tyvek®, são barreiras de vapor e portanto não
permitem a troca de umidade por entre sua estrutura.
No inverno, a casa fica mais fria com o Tyvek®?
Não. Ocorre que com a redução do fluxo térmico pela cobertura, o
ambiente irá manter por mais tempo o calor gerado internamente. Portanto, no
inverno o Tyvek® ajuda a manter uma temperatura mais elevado no interior da
edificação.
Existe alguma norma a respeito de subcoberturas no Brasil?
Não. Exitem projetos de norma ainda em discussão, por comitês
independentes, como é o caso do COBRACON e da ABAL.
Por que o Tyvek® não é aluminizado dos dois lados?
Porque, segundo estudos, sabe-se que a face metalizada que fica voltada
para cima, em telhados residenciais brasileiros suja-se rapidamente em
decorrência do acúmulo de poeira, perdendo praticamente toda sua eficiência.
DUPONT CONFIDENCIAL
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Além disso, no caso de infiltrações de água, a face de polietileno de alta
densidade do Tyvek® é inerte à oxidação.
Posso instalar o Tyvek® diretamente sobre um forro de madeira?
Não. Pelo fato da barreira radiante não funcionar em contato com outros
elementos. Neste caso, a falta de isolamento entre o telhado e o forro pode
provocar inclusive o empenamento deste, caso sua estrutura ainda estiver úmida
do corte, por causa das diferenças de velocidade de secagem entre o lado
quente, voltado para a telha, e o lado frio, voltado para o ambiente interno.
O Tyvek® não tem mais o logotipo oval da DuPont impresso na
face branca?
Sim. Desde outubro de 2005 a DuPont não fabrica mais o Tyvek® com a
sua logomarca estampada.
Posso usar o Tyvek® para substituir as telhas?
Não. O Tyvek® possui 6 meses de resistência a ação direta dos raios UV.
Como é a performance térmica do Tyvek® em relação aos
concorrentes?
Na prática, todas as subcoberturas apresentam desempenho térmico
equivalente.
A respirabilidade do Tyvek® depende do lado que o vapor passa?
Não. Sob circunstâncias normais de uso, a respirabilidade ocorre de forma
bilateral, ou seja, os dois lados possuem a mesma capacidade de permitir a
passagem de vapor de água.
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