clipping n.2-2011 - Sombras Moto Clube

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clipping n.2-2011 - Sombras Moto Clube
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17 de fevereiro de 2011
Motociclismo e Ouvidoria: casamento de sucesso
By Elio Rodrigues da Silva Filho.
Tem coisas que casam muito bem: whisky e gelo, charuto e bourbon, vinho com queijos, frio e lareira, estrada com
moto, filme e pipoca, homem com mulher… motociclismo e ouvidoria! “Mas o que duas matérias aparentemente tão diversas
podem compor juntas?” – perguntará um leitor mais curioso.
Motociclismo é tratado por muitos quase como uma religião: o caminho é a estrada, a verdade é um misto de
fraternidade com solidariedade, a vida é tudo aquilo que se leva sobre a motocicleta ou em torno dela, num ambiente de
apaixonados pela liberdade e pela justiça que remonta aos tempos dos cavaleiros e “cowboys” que cruzavam enormes distâncias
se equilibrando sobre um chassi de cavalo em busca de um ideal, se me permite expor assim tão simploriamente.
Quando um motociclista escolhe seu objeto de desejo, a motocicleta, materializa um sonho, uma necessidade, uma opção de
vida, não importa: o que se destaca é a parceria que ele assina com a fabricante / montadora / importadora daquele veículo.
Muito mais que uma compra e venda, o motociclista acredita que aquela moto é uma janela para sua felicidade e a empresa
uma amiga que lhe proporcionou esta oportunidade.
Como nem tudo é perfeito, como na vida as contas nem sempre somam doze, poderão ocorrer alguns percalços
nos caminhos e o motociclista casualmente precisará da concessionária, fabricante, ou importadora… geralmente é aí que a
corda arrebenta para ambos os lados.
Sim, para ambos os lados: o motociclista poderá até ficar refém num jogo de empurra-empurra de
responsabilidades e garantias suspeitas, arcando com prejuízos de tempo, materiais ou psicológicos, porém esse mesmo
motociclista será outro prego espetado na madeira daquela marca. E por mais que se retirem os pregos, o furo ficará exposto
para sempre! Imagem e confiança são o que mantém empresas centenárias no ramo das motocicletas, fazendo com que
continuem reverenciadas e desejadas.
Pois bem, neste cenário excepcionalmente dantesco que exponho a necessidade das nossas empresas acreditarem
na criação e manutenção de ouvidorias como canais autônomos, independentes e capazes de construir relacionamentos
duradouros com os clientes.
Ouvidoria tem tradição milenar: há registros da sua existência desde o império chinês, sendo Confúcio um grande
incentivador. Desde o século XIX, com a ampliação dos direitos do cidadão diante do poder do Estado, a Suécia criou a figura do
Ombudsman, cuja tradução literal do idioma sueco resulta em “homem imbuído de missão pública, intermediário e
representante”. No Brasil existe registro da chegada do primeiro Ouvidor-Geral na caravela que aportou em 1523 em Salvador,
trazendo o primeiro Governador-Geral do Brasil.
Depois da edição do Código de Defesa do Consumidor (lei n° 8078 de 1990) as empresas preocuparam-se mais
com a satisfação dos seus clientes, eficiência dos serviços e qualidade dos produtos. Algumas instituíram de pronto a figura do
“ombudsman/ouvidor” atuando em “serviços de atendimento a clientes – SAC” e até mesmo no âmbito dos funcionários e
prestadores de serviços, mediando eventuais conflitos internos antes que virem casos maiores com as conseqüências graves
disso.
Por força de Lei as instituições financeiras se viram obrigadas a ter este tipo de canal, assim como consórcios e
seguradoras. Porém, conferindo a qualidade dos serviços e o retorno conseguido, com baixo ou nenhum custo comparado com
outros setores, estenderam a idéia também para outros produtos e serviços.
Ainda sob o prisma do motociclismo, ouvidoria tem por finalidade estabelecer elos entre consumidor e empresa,
fazendo que o cliente participe e colabore dos processos decisórios, resultados de reclamações ou elogios e dos lançamentos ou
extinção de novos produtos e serviços. Ouvidoria não pode sob hipótese nenhuma ser um ente passivo captador de reclamações
e solucionador de problemas: exige-se da figura do Ouvidor a proatividade em detectar casos repetidos e auxiliar na solução
desde a raiz, evitando a continuidade e o estabelecimento de ciclos viciosos. Mediar eventuais conflitos entre o cliente e a
empresa não apenas “desfazendo malfeitos”, mas indo na base do acontecido e verificando, com os responsáveis, os reais
motivos dos fatos!
Ouvidor também não deveria ser uma pessoa incapaz de dizer “não” a uma reivindicação, porém sua atuação será
fundamental para que este “não” seja fundamentado e o cliente compreenda a impossibilidade fática de resolver aquele caso
específico, seja pelo mérito que for.
O que causa profunda decepção no cliente, invariavelmente, são respostas padronizadas de SAC e desídia em
apresentar posicionamentos da empresa, deixando o cliente frustrado, alheio e sentindo-se indefeso, subjugado por um gigante.
Davi ameaçado pelo Golias, porém sentindo-se sem pedra nem funda. São casos que se podem se arrastar indefinidamente,
esperando por vezes decisão judicial, disputas desnecessárias que maculam uma marca de tal forma que são criadas redes
somando outros clientes insatisfeitos via Orkut, Twitter, fóruns e sites de reclamação, com visibilidade global!
Ouvidoria deve atuar evitando que uma pequena situação vire problema irreparável, estabelecendo laços com o motociclista
para que ele goste do seu veículo, confie na máquina e na marca, viva momentos felizes com muita liberdade e emoção, o que
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felizmente é a regra… este motociclista vira um outdoor de propaganda daquela empresa, seja na estrada como nos eventos
entre semelhantes
Finalmente, o motociclista tem no seu íntimo a vontade máxima de ser solidário, fraterno, “alma liberta” com
responsabilidade e cidadania… este mesmo “personagem” por trás de médicos, engenheiros, advogados, pessoas comuns do
povo e muitos outros não admite que a mesma empresa que lhe vendeu um sonho, a motocicleta, fuja dos conceitos e lhe traia
a confiança, deixando a desejar num atendimento ou tratando sua reivindicação como um número estatístico. “Vendeu e agora
me esqueceu!”, é o sentimento…
Ouvidoria tem o mister de se relacionar com os clientes e mais: buscar com cada um deles e em grupos sua
opinião e satisfação, promover campanhas, abrir espaços culturais que vinculem as pessoas com suas motocicletas e com a
marca, atraindo para ambos o que de melhor pode ser proporcionado pela cultura das duas rodas. Motociclismo atrai paixões,
Ouvidoria atrai apaixonados, unindo os dois teremos bons frutos e isso é certo.
O consumidor brasileiro evoluiu, aprendeu a exigir direitos e defender deveres, o que é muito louvável. Não existe
mais como vender sonhos e entregar pesadelos sem uma devastadora conseqüência àquela marca, ao logotipo colado no
tanque de gasolina que será exibido diariamente nas ruas e estradas. Exibido positivamente ou negativamente? Quem decide é
a empresa ao criar ou não laços fortes com seu cliente.
Harley-Davidson apresenta seus planos para expandir a presença no Brasil
By Sandra Polo
A Harley-Davidson do Brasil anuncia o desenvolvimento de uma nova rede de concessionárias e serviços, além dos
planos para expandir sua presença no País.
“A Harley-Davidson está comprometida com o Brasil e fazendo mudanças para assegurar que os clientes daqui
desfrutem da experiência de qualidade que representa uma marca premium, como a nossa”, diz Mark Van Genderen, vicepresidente da Harley-Davidson Motor Company América Latina. “Novas concessionárias foram nomeadas nas cidades de São
Paulo e Belo Horizonte e estão temporariamente operando como centros de serviços. Estamos planejando nomear outras
concessionárias nos próximos meses, com o objetivo de criar uma rede para cobrir o mercado brasileiro. Estamos trabalhando
arduamente para cumprir essa promessa o mais breve possível.”
O foco da Harley-Davidson Motor Company no Brasil é parte da estratégia de crescimento internacional da
empresa. A companhia espera que as vendas de motocicletas fora dos Estados Unidos sejam superiores a 40% do total
produzido em 2014. Para atingir este objetivo, a Harley-Davidson planeja nomear entre 100 e 150 novas concessionárias em
todo o mundo até 2014.
“Estamos entusiasmados com a oportunidade que o Brasil representa para nossa companhia. Já demos
importantes passos em direção ao desenvolvimento de uma rede de concessionárias que atenda às necessidades dos clientes e
esteja alinhada aos padrões mundiais da empresa. Certamente, 2011 será um ano marcante na história da Harley-Davidson no
Brasil”, comenta Longino Morawski, diretor-superintendente Comercial da Harley-Davidson do Brasil.
Uma das iniciativas da empresa é a abertura de um centro de treinamento em São Paulo, localizado na nova sede
da Harley-Davidson do Brasil, que será usado também para treinar técnicos de toda a América do Sul.
Para oferecer um serviço eficiente, a Harley-Davidson do Brasil também está abrindo um armazém de peças na
região do Rodoanel. O novo centro de distribuição atenderá a rede de concessionárias no País.
A empresa, comprometida com seus clientes no Brasil, disponibiliza para contato, a quem tiver necessidade de
serviços ou mais informações, o telefone 0800 724 1188. “Reiteramos nosso compromisso de manter os consumidores
informados sobre cada passo do processo. Os clientes são sempre nossa primeira prioridade e lamentamos por qualquer
inconveniência ocorrida durante essa fase de transição”, acrescenta Van Genderen.
Nova Linha Harley-Davidson 1200 Custom 2011
By Equipe Sobremotos,
Basedas na Sportster 1200, as novas Custom 2011 se diferenciam pelos esquemas de cores especiais e pelos pneus
mais largos (130/90B e 150/80B) em rodas de 16 polegadas.
Para acomodar estas novas medidas o garfo foi alterado e recebeu novas regulagens. O painel de instrumentos
ficou ainda mais diminuto.
Assentos, guidão, acabamento do motor e outros componentes podem ser customizados pelo próprio cliente na
hora do pedido da moto.
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Esta linha será comercializada nos EUA com preço sugerido entre 10.299 e 10.799 dólares, algo em torno de 18 mil
reais numa conversão direta.
Além das características básicas diferentes, um grande catálogo de acessórios está disponível para a
personalização das motos.
Fotos: Divulgação
Harley Davidson faz recall de mais de 6900 motos da linha
Softail 2011 nos EUA
A lendária marca norte americana está fazendo um recall nos Estados Unidos da
linha de motos modelos Softail 2011, fabricadas entre junho e outubro de 2010.
São mais de 6900 unidades envolvidas.
Nos Estados Unidos os proprietários das motociclistas envolvidas nesse recall
serão avisados, segundo o National Highway Traffic Safety Administration
(NHTSA).
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O problema é um defeito no módulo de controle do corpo que resulta em uma vedação incompleta (em cujas motocicletas tem
instaladas um kit de acessório de segurança do sistema). Como resultado, existe a possibilidade de infiltração de água para o
módulo. Se o motociclista estiver pilotando a motocicleta e o problema ocorrer, pode gerar um acidente potencialmente fatal.
A Harley Davidson americana informa que até agora não foi informada de nenhum acidente devido ao problema técnico que
originou esse recall.
Para ler a notícia original publicada em Inglês:
http://www.associatedcontent.com/article/7712382/harley_davidson_recall_affects_6964.html?cat=27
Fonte: Tradução RockRiders.com.br de matéria publicada no site americano Associated Content do Yahoo.
RockRiders.com.br não consultou a Harley Davidson Brasil para saber se as motos envolvidas nesse recall e o respectivo kit de
acessório mencionado nessa notícia, vieram para o nosso país.
Vale informar que a Harley Davidson possui uma fábrica em Manaus, onde são produzidas diversos modelos, inclusive a linha
Softail, sendo assim as motos desse recall devem ser somente as produzidas nos EUA. Interessados em mais informações podem
entrar em contato com a empresa através do telefone 0800 724 1188 ou o e-mail [email protected].
Yamaha Star Stryker 1300
O estilo custom cada vez mais
conquista admiradores e consumidores no mundo
inteiro. Todas as grandes marcas têm investido
nesse segmento e apresentado suas versões com
essa característica. A Yamaha, que também já
descobriu esse filão e criou a linha Star, aposta em
mais uma variação sobre o mesmo tema e
apresenta a mais nova representante da família: a
Star Stryker 1300, indiscutivelmente direcionada
ao mercado norte-americano onde esse estilo
sempre teve sucesso, mas que também deverá
atrair consumidores em todo o mercado
internacional.
Como todas as motos desse
segmento, a nova Stryker tem vocação estradeira
pelo seu porte e postura ergonômica, prioriza o
torque do motor ao invés da velocidade final, e oferece segurança para viagens de longa quilometragem. Já no trânsito
complicado das grandes cidades grandes o prazer e o conforto de pilotar podem ser prejudicados. Aliás, nesse estilo de moto
conforto é uma característica que privilegia apenas o piloto enquanto o garupa sofre equilibrado-se num minúsculo apoio
colocado sobre o paralama traseiro.
O motor é um bicilíndrico em “V” com inclinação a 60º, 1304 cm³ de cilindrada, sistema de refrigeração líquida
com um grande radiador colocado à frente da seção frontal do quadro, quatro válvulas por cilindro para proporcionar melhor
eficiência de combustão, injeção eletrônica de combustível controlada por computador para garantir o fornecimento de mistura
ideal qualquer que seja a temperatura ou altitude, e oferece um bom desempenho com mapas de ignição personalizados. Sua
configuração disponibiliza um torque generoso – máximo de 11.3 kgm.f a 8.000 rpm – sem muita preocupação com a curva de
potência (cujas medidas nem foram divulgadas).
Os pistões, forjados, se movimentam em camisas fabricadas com cerâmica composta que garantem durabilidade.
A alta taxa de compressão - 9.5:1 – é a responsável por toda a energia produzida pelo motor e pelo ronco característico emitido
pelo novo sistema de escape com tubos longos cujo desenho acompanha a linha sinuosa e dinâmica de todo o conjunto. O
câmbio de cinco velocidades com escalonamento mais elástico nas marchas longas possibilita um aproveitamento ideal do
volume de torque e proporciona uma pilotagem menos cansativa na estrada por não exigir reduções constantes para retomadas
de velocidade principalmente nas ultrapassagens. A transmissão final é por correia dentada ao invés de corrente.
O quadro é um berço duplo de aço que abriga o enorme motor numa estrutura magra e leve, e que contribui na
distribuição de peso aliviando a frente do conjunto. A baixa altura do assento, apenas 660 mm do solo, proporciona boa
ergonomia e domínio tanto dos comandos situados no guidão alto que acompanha o grau de inclinação do garfo da suspensão
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dianteira quanto dos pedais de freio e câmbio. Além disso, sua posição mais atrasada desloca o centro de gravidade do conjunto
para trás compensando a acentuada inclinação garfo na hora das manobras curtas. Nas paradas, permite que o piloto apóie com
facilidade os pés no chão.
A suspensão dianteira é um garfo telescópico, com bengalas de 41mm de diâmetro, e a traseira, um sistema
monoamortecedor escamoteado embaixo da carenagem. Na hora de parar você conta com a eficiência de dois grandes discos:
de 320 mm de diâmetro na dianteira e de 310mm na traseira. As rodas são de liga leve com cinco raios, a dianteira calçada com
pneu 120/70 -R21 e a traseira com um gigantesco 210/40 -R18, que lhe confere boa estabilidade.
A Stryker estará disponível totalmente negra com poucos cromados (até os tubos de escape são pintados em preto
fosco só com as ponteiras cromadas), ou com tanque, paralamas e laterais pintados de azul vívido ou cobre avermelhado (ambas
com tubos de escape cromados). O painel tem estilo vintage e é equipado com velocímetro analógico. O tanque em forma de
lágrima e decoração tribal tem capacidade para 15,1 litros e o peso do conjunto é 293 kg. O paralamas traseiro é envolvente e
tem anterna com luzes LEDs. Situado entre as bengalas da suspensão dianteira, o grande farol com bojo redondo completa o
visual retro do modelo.
Especificações
Motor – 2 cilindros em V a 60º, 4 tempos, 4 válvulas por cilindro, SOHC e refrigeração líquida
Cilindrada – 1.304 cc
Transmissão – 5 velocidades
Alimentação – injeção eletrônica
Suspensão dianteira – garfo telescópico com bengalas de 41mm de diâmetro
Suspensão traseira – sistema monoamortecedor escamoteado sob a carenagem
Freio dianteiro – disco simples com 320 mm de diâmetro
Freio traseiro – disco simples com 310 mm de diâmetro
Potência máxima – ND
Torque – 11.3 kgf-m a 8.000 rpm
Tanque – 15.1 litros
Peso (seca) – 293 kg
Fonte: Divulgação Yamaha.
Kawasaki ZRX 1200: Novas cores para uma velha conhecida
By Equipe Sobremotos,
Para os fanáticos pelas superbikes dos
anos 70 e 80 a boa notícia fica por conta da
manutenção da produção da ZRX 1200 no Japão, um
modelo clássico que ganha novas cores para 2011. O
novo esquema de cores segue o padrão de verde
competição e marrom escuro. A mecênica segue a
mesma com motor de 4 tempos, 1.164cc, refrigeração
líquida, 110 CV de potência máxima em 8.000 rpm e
torque máximo de 107 em 6.000 rpm. O peso é bem
significativo, sendo 246 Kg (seco).
Foto: Divulgação
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Dicas para guardar sua motocicleta com tranquilidade
Voltou de viagem e parou a moto na garagem? INFOMOTO dá dicas que ajudarão você a não sofrer quando for sair para sua
próxima viagem
•
Texto: André Jordão / Infomoto
•
Foto: Divulgação
Depois daquela longa (ou até mesmo curta) viagem de fim de ano, infelizmente, chegou a hora de encostar sua
motocicleta na garagem e voltar ao batente. Certo? Não, errado. Antes de parar sua moto há alguns cuidados importantes que
devem ser tomados – não largue sua companheira lá esquecida juntando poeira. Durante as “férias” da sua moto, vale a pena
ficar atento para não ter surpresas desagradáveis da próxima vez que for pegar a estrada. Para isso conversamos com
especialistas e elaboramos um guia para ajudá-lo a não passar nervoso antes de sua próxima aventura.
A primeira atitude que os mecânicos recomendam ao voltar de uma viagem, seja praia, campo ou interior, é uma
lavagem completa. Pois o sal, lama, areia e outras sujeiras acumuladas podem deteriorar partes de sua motocicleta. Depois de
limpa, a lubrificação das articulações deve ser minuciosa, utilizando o lubrificante adequado para cada peça. Esse item merece
um cuidado especial, pois algumas partes podem ficar ressecadas e ter seu funcionamento comprometido da próxima vez que
você for rodar com sua moto. Peças, como eixo e rolamento, por exemplo, terão de ser trocados muito antes da hora, caso não
sejam lubrificados adequedamente.
Outro item que sempre dá dor de cabeça aos motociclistas mais descuidados é a bateria. Por isso Antonio Marcos
Montagnana, conhecido como Marquinhos, mecânico que já participou oito vezes do Rally dos Sertões, aconselha deixar o
componente sempre desligado. “O cabo positivo da bateria tem que ser desconectado para que o motociclista não tenha
surpresa desagradável ao tentar dar a partida”.
Segundo Marquinhos, o tanque de combustível deve ser drenado. No caso de motos carburadas é necessário drenar
também o combustível da(s) cuba(s) do(s) carburador(es). “Outra dica é injetar um pouco de desengripante através do tubo de
alimentação de combustível, para manter peças internas, como agulha de bóia, sempre sob efeito de uma película lubrificante
protetora”, finaliza.
Outro detalhe que merece atenção é a corrente. A maioria das pessoas usa graxa, preta ou branca, ou um lubrificante
inadequado, o que para o mecânico especializado em duas rodas, da oficina Street Fighters, Rogério China Otani, é como passar
um creme esfoliante. “A graxa acumula poeira e com o tempo destrói os retentores e o-rings da corrente. Deve ser utilizado um
lubrificante especial para corrente, que tem um fixador que não deixa o lubrificante se desprender ao rodar, e também não
acumula resíduos”, aconselha.
Os especialistas alertam ainda para outros detalhes, como combustível de qualidade, óleo apropriado, calibragem
correta dos pneus, entre outros, para evitar desagradáveis surpresas. Um exemplo simples, mas que muitos se esquecem, é o
aperto da moto, explica China. “Muitas pessoas pensam que o reaperto da moto só deve ser feito quando ela é submetida a
terrenos mais irregulares, o que é errado. A vibração, que acontece em qualquer tipo de solo, vai soltando parafusos e isso pode
se tornar um problema no futuro”, avalia. Por isso mesmo, China aconselha ao motociclista levar sua moto para um mecânico de
confiança realizar esse “reaperto” depois de uma longa viagem.
Protegida
Já que sua moto vai ficar parada por algum tempo, pelo menos até a próxima aventura, nada mais justo que os pneus recebam
uma atenção especial. China aconselha uma calibragem extra, em torno de cinco libras acima do recomendado pelo fabricante –
porém a dica só vale se a moto for ficar estacionada. Para evitar que os pneus apoiados no chão por muito tempo fiquem
“quadrados”, os mecânicos aconselham ainda o uso de um cavalete.
Marquinhos dá outra dica importante: “se possível, mantenha os pneus sempre calibrados com nitrogênio, pois este
gás não sofre com a ação da temperatura, mantendo por um período muito maior a calibragem recomendada. Porém não se
deve utilizar o nitrogênio para calibragem de motos esportivas, pois como se trata de um gás frio, pode interferir na
temperatura de aquecimento dos pneus em altas performances”.
Uma proteção, como uma capa, é recomendada. Principalmente para quem tem cachorro em casa. A urina corrói aros
e raios e é péssima para sua moto.
Não se esqueça!
Alguns procedimentos simples ainda contribuem para que sua moto fique sempre em ordem. A motocicleta deve ser
ligada a cada dez dias, pelo menos. Algumas voltas no quarteirão periodicamente já são suficientes para que o combustível
limpe todo o sistema de alimentação, evitando formações de borras. Além disso, todo o sistema elétrico e eletrônico da sua
moto será revitalizado, recarregando a bateria naturalmente. Portanto, não esqueça sua companheira de estrada largada no
canto. Moto foi feita para rodar!
Entretanto, se o descuido aconteceu e sua moto já enfrenta problemas, Marquinhos adverte: “No caso de
motocicletas com mais de um cilindro que só possuam partida elétrica, aconselha-se nunca dar o famoso ‘tranco’, nem se utilizar
da famosa ‘chupeta’”. O mecânico explica que o tranco pode causar travamento do motor ou comprometer as bielas da moto. Já
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a “chupeta” pode queimar componentes elétrico/eletrônicos importantes da motocicleta, como módulos, relês, CDI, etc.
Se você tiver disciplina e, mais do que isso, hábito de realizar estes procedimentos em sua motocicleta, a economia pode chegar
a R$ 500. Sim, é este o valor médio para quem liga para um mecânico de última hora implorando socorro para poder, enfim,
pegar a estrada tranquilo.
Dez dicas rápidas para quem vai deixar a moto parada:
1- Sempre que voltar de uma viagem, lave sua motocicleta
2- Mantenha sua moto lubrificada
3- O pólo positivo da bateria deve ser desligado
4- É importante drenar todo o combustível do tanque de gasolina
5- A corrente deve receber um lubrificante especial
6- O reaperto da sua motocicleta deve ser feito periodicamente
7- O pneu deve receber uma calibragem extra, em torno de cinco libras
8- Use uma capa para cobrir sua moto
9- Ligue sua motocicleta a cada dez dias
10- Não dê tranco, nem faça chupeta em sua moto caso a bateria descarregue
Dez novas motos que vão ganhar as ruas brasileiras em 2011
Dentro da enxurrada de novidades, dez são muito esperadas pelo consumidor apaixonado pelo mundo das duas rodas
•
•
Texto: Arthur Caldeira / Infomoto
Foto: Divulgação
Mal começou o ano e novos modelos de motocicletas já estão nas ruas. A Honda iniciou 2011 acelerando fundo:
apresentou a Shadow 750 com espírito renovado; uma nova carenagem da Titan 150 e a Biz 125 com tecnologia flex. E com o
crescimento da economia e das vendas de motos, este ano ainda promete muitos outros lançamentos para agitar o mercado.
Entre as novidades, selecionamos dez motocicletas que devem desembarcar no Brasil neste ano e merecem atenção especial
daqueles apaixonados por duas rodas. Confira.
Honda VFR 1200F
A sport-touring impacta primeiramente pelo seu design futurista e já fez sua
estréia no Salão do Automóvel 2010. A Honda não confirma, mas tudo indica que a
VFR 1200F deve desembarcar no Brasil no segundo semestre deste ano. Equipado
com um motor de quatro cilindros em “V”, com 1.273 cm³ de capacidade, a
principal qualidade do propulsor é o torque disponível: mais de 13 kgf.m a 8.750
rpm, sem falar no desempenho esportivo dos 172 cv a 10.500 rpm. Comercializada
em uma versão com câmbio manual, a grande novidade da VFR 1200F é mesmo o
câmbio automático, com duas embreagens, o primeiro desse tipo a equipar uma
motocicleta.
Yamaha Super Ténéré XT1200Z
A lendária big-trail japonesa renasceu em 2010 e não são poucos seus fãs
brasileiros que a aguardam ansiosamente. Apesar de sua irmã menor, a XT660Z
Ténéré, já ter até sido flagrada rodando no Brasil, deve ser mesmo a “Super” que
vai chegar primeiro por aqui. Muitos motociclistas vão querer provar as
qualidades aventureiras desta Yamaha, como tanque de 23 litros, ciclística
reforçada e também acelerar o motor de dois cilindros paralelos e 1.200 cc. Sem
falar na eletrônica embarcada como controle de tração, freios ABS e
gerenciamento do motor. A grande dúvida é: será a nova Super Ténéré 1200 é
uma rival à altura da BMW R 1200 GS? Tudo indica que a resposta virá ainda
neste primeiro semestre.
Kawasaki ZX-10R
Uma das esportivas de 1.000 cc mais adoradas de todo o mundo, a Kawasaki Ninja ZX-10R está completamente nova para 2011.
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Tudo com a promessa de oferecer 200 cavalos de potência máxima – o
que se confirmado será a esportiva mais potente do mundo. Além do
propulsor de quatro cilindros em linha, 998 cc, a Kawa equipou a Ninja
1000 com muita eletrônica. A ZX-10R 2011 terá um inédito sistema de
controle de tração projetado para o uso em circuitos. Assim como os
freios com ABS, também voltados para o uso esportivo. Se seguir a
mesma estratégia do modelo 2010, que chegou rapidamente ao País, a
Kawasaki deve lançar em breve essa nova Ninja no Brasil. Somente um
problema nas molas das válvulas, que gerou um recall das primeiras
unidades no exterior, pode atrasar a chegada da ZX-10. Mas aposto que
até dezembro ela já estará acelerando em nossas pistas.
Ducati Multistrada 1200
Outra big-trail que pode ajudar sua viagem até a Patagônia a sair do papel, a Ducati Multistrada 1200 foi mostrada no Salão da
Motocicleta e deve começar a ser comercializada em breve. Além de um potente motor V2 de 1200 cc, a big-trail italiana chega
com um pacote eletrônico como ajuste eletrônico de suspensão, controle de tração e freios ABS. Sem falar em um moderno
sistema de modos de pilotagem que faz dessa Multistrada uma moto 4 em 1. Pelo sucesso que tem feito na Europa, essa italiana
deve conquistar também muitos motociclistas brasileiros.
BMW K 1600 GTL
Essa grã turismo alemãs já deu as caras no último Salão do Automóvel. Tudo
indica que ainda neste primeiro semestre a K 1600 GLT equipada com motor
de seis cilindros em linha, 1.649 cm³ de capacidade, vai desembarcar por
aqui. Os mototuristas que puderem pagar os R$ 106 mil terão o prazer de
curtir os 160 cavalos de potência máxima a 7.500 rpm e 17,8 kgf.m de torque
máximo a 5.500 rpm. Como é de praxe nos modelos da marca alemã, a K1600
GTL terá muita tecnologia embarcada. A começar pelo farol direcional que se
ajustará de acordo com o peso da moto – piloto, garupa e bagagem – e que
também acompanhará a trajetória da motocicleta em curvas. Um sistema de
segurança até então inédito em motos.
Harley-Davidson Forty-Eight
Com o anúncio de que o Grupo Izzo e a Harley-Davidson Motorcycles
chegaram a um acordo depois do imbróglio judicial que atrapalhou os
lançamentos da marca no Brasil em 2010, os fãs (e são muitos) aguardam
ansiosamente por novidades. Bem que a primeira delas poderia ser a
bela Forty-Eight (48), integrante da família Sportster e equipada com o
motor Evolution de 1.200 cc. Com clara inspiração na escola hot-rod –
veículos das décadas de 30 e 40 com rodas mais largas – a Forty-Eight
traz um largo pneu de 130 mm na dianteira e de 150 mm na traseira.
Tem ainda paralamas “cortados”, ou seja, mais curtos que os usados nos
outros modelos da linha Sportster. Além de reviver o estilo hot-rod, a
Forty-Eight traz de volta o lendário tanque “peanut” (amendoim) que
equipava os modelos mais antigos da família. Com vocação urbana,
agradaria aqueles que querem uma moto urbana para rodar com estilo na cidade.
Bimota DB8
Apesar da exclusividade da marca, a Bimota lançou no exterior em 2010 a DB8 para ganhar volume de vendas. O modelo biposto
equipado com motor Ducati de 170 cavalos abdicou das peças de fibra de carbono e titânio e adotou o alumínio e plástico na
confecção de sua nova roupagem para ficar “um pouco” mais acessível. Lá fora custa 20.000 euros, mais de 10% a menos que
outros modelos da fábrica. Com materiais menos nobres, porém com a mesma alma esportiva, a DB8 seria um ótimo
lançamento para os fãs de motos esportivas em 2011 no Brasil.
Yamaha FZ8
A naked FZ8 substituiu a linha FZ6 na Europa, posicionando-se como esportivas de média cilindrada com especificações mais top
de linha e motor mais potente. Deixando a linha XJ6, à venda Brasil, como opção mais acessível aos motociclistas. Há rumores de
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que a marca dos diapasões traga a FZ8 para enfrentar a Honda Hornet e
a Kawa Z 750. Os motociclistas esperam que sejam verdadeiros. Afinal, a
FZ8 traz um novo motor de 779 cm³ com quatro cilindros em linha, duplo
comando de válvulas no cabeçote (DOHC) e refrigeração líquida, capaz
de produzir 106 cv de potência máxima a 10.000 rpm. Seria mais uma
opção no concorrido segmento de motos naked de média cilindrada.
Honda Transalp XL700V
Também mostrada no Salão do Automóvel de 2010, a topa tudo Honda
XL 700V Transalp já foi confirmada como um dos lançamentos deste ano.
Veterana no mercado europeu, a Transalp 700 traz motor bicilíndrico em
“V” de 680,2 cm³ de capacidade, refrigerado à água e com sistema de
injeção PGM-FI. Gera 60 cv a 7 750 rpm e 6,12 kgf.m a 5 500 rpm.
Versátil e pronto para encarar qualquer estrada, a Transalp é o sonho de
qualquer motociclista que procura mais opções no segmento, além da
Yamaha XT 660R e da BMW G 650 GS. Com tanque de combustível de
17,5 litros e parabrisa, a Transalp tem uma proposta mais aventureira
que as concorrentes.
KTM Duke 125
Apesar de sua baixa capacidade cúbica, a KTM Duke 125 figura nesta
lista porque o modelo deve ser o primeiro da fábrica austríaca montado
no Brasil. Recentemente, a empresa emitiu um comunicado oficial
confirmando que vai assumir o controle das operações no País, até
então nas mãos de um distribuidor oficial e exclusivo. Lançada no
Intermot 2010, a KTM Duke 125 quer atrair os jovens consumidores
para a marca laranja.
Equipada com um motor de um cilindro e 124,7 cm³ de capacidade, a
Duke 125 tem refrigeração líquida e injeção eletrônica Bosch para
produzir 15 cavalos a 10.500 rpm. Além de ser mais uma opção para
quem quer começar no mundo das motos, a Duke 125 vai marcar a
estreia de mais uma montadora de motocicletas no Brasil.

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